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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARAN UNESPAR CAMPUS DE CAMPO MOURO
VI ENCONTRO INTERDISCIPLINAR DE EDUCAO A responsabilidade Social da Universidade com a Formao Inicial e Continuada de
Professores
De 17 a 19 de agosto de 2015
ANAIS DO VI ENIEDUC
VOLUME 1 NMERO 6 | ISSN 2175-4195 Universidade Estadual do Paran Campus de Campo Mouro
Av. Comendador Norberto Marcondes, 733 - Campo Mouro - Paran - Brasil - CEP 87.302-060
2
COORDENAO E ORGANIZAO
Comisso organizadora
Coordenao: Adriana Delmira Mendes Polato Cibele Introvini
Gisele Ramos Onofre Ramos Onofre Rosane Rosane Doralice Lange Schmidt
Rosefran Adriano Gonales Cibotto Sandro Adriano da Silva
Valdete dos Santos Coqueiro
REALIZAO E APOIO
3
SUMRIO
GEOGRAFIA ....................................................................................................................................... 10
COMUNICAO ORAL LIVRE OU PAINEL DE GEOGRAFIA ........................................................... 10 A PRAA ELEUTRIO GALDINO DE ANDRADE: PERSPECTIVAS E REPRESENTATIVIDADE
ENQUANTO LUGAR NA PEQUENA CIDADE DE PEABIRU-PR ............................................................. 10 A CONTRIBUIO DO NCLEO DE ESTUDOS E DEFESA DOS DIREITOS DA INFNCIA E
JUVENTUDE (NEDDIJ) EM PARANAVA E REGIO ............................................................................... 11 ANLISE DO PERFIL SOCIOECONMICO DOS MORADORES DOS JARDINS BOTNICO I E II NA
CIDADE DE CAMPO MOURO (PR) ........................................................................................................ 12 O ENVELHECIMENTO DA POPULAO: CORRELACIONANDO INVESTIMENTO PBLICO E A
MUDANA NO PERFIL ETRIO EM CAMPO MOURO-PR .................................................................. 13 O ESTGIO SUPERVISIONADO DO CURO DE LICENCIATURA E O PIBID: CONTRIBUIES NA
FORMAO INICAL DE PROFESSORES .................................................................................................. 14 MAPEAMENTO E ESTUDO DAS CONDIES DE HABITABILIDADE DOS AGLOMERADOS
SUBNORMAIS DE CAMPO MOURO (PR) ............................................................................................... 15 COMPREENSO DO ESPAO GEOGRFICO E CONSTRUO DA CIDADANIA ATRAVS DO
ESTUDO SOBRE INDICADORES SOCIAIS ............................................................................................... 16 ANLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRFICA GUA DAS BARRAS NO MUNICPIO DE
CAMPO MOURO PARAN .................................................................................................................... 17 DESVENDANDO O PASSADO ATRAVS DOS FSSEIS .......................................................................... 26 POLTICAS PBLICAS PARA A MANUTENO DE REAS VERDES URBANAS: UM ESTUDO SOBRE
OS PARQUES URBANOS DE CAMPO MOURO-PR ............................................................................... 27 MUNICPIO DE RONCADOR: A INFLUNCIA DO CLIMA NA ORGANIZAO DA PAISAGEM
AGRICOLA ................................................................................................................................................... 44 MAPAS TEMTICOS: O DESAFIO DA CONSTRUO DE BANCO DE DADOS GEOGRFICOS ....... 45 O USO DA CARTOGRAFIA ESCOLAR NO ENSINO DE GEOGRAFIA .................................................... 46 AVALIAO DOS ASPECTOS PAISAGSTICOS E DE INFRAESTRUTURAS DE REAS VERDES
URBANAS: O CASO DA PRAA PREFEITO JOO SZESZ LOCALIZADA NA REA CENTRAL DA
CIDADE DE MAMBOR (PR) ..................................................................................................................... 47 REAS VERDES URBANAS: UM ESTUDO GEOGRFICO SOBRE A PRAA DAS FLORES DE
MAMBOR, PARAN, BRASIL ................................................................................................................... 63 ADOO DE PRAAS PBLICAS POR ENTIDADES PRIVADAS: ACESSO OU RETROCESSO? ........ 79 TRANSFORMAES SOCIOECONMICAS NA MESORREGIO CENTRO-OCIDENTAL
PARANAENSE .............................................................................................................................................. 80 CARACTERIZAO GEOGRFICA DA SUB-BACIA DO RIO RANCHINHO .......................................... 81 IMPLANTAO DO PROJETO DE ENSINO SOBRE A IMPORTNCIA DAS UNIDADES DE
CONSERVAO - (UC) LOCALIZADAS EM CAMPO MOURO-PR, COM ALUNOS DO COLGIO
ESTADUAL UNIDADE PLO ..................................................................................................................... 82 REFLEXES ACERCA DAS CONTRIBUIES DA UNIVERSIDADE NA TRANSFORMAO DA
SOCIEDADE: O CASO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARAN - CAMPUS DE CAMPO
MOURO-PR ............................................................................................................................................... 98 A VERTICALIZAO DA REA CENTRAL DA CIDADE DE CAMPO MOURO PARAN .............. 115 VIDA E OBRA DO GEGRAFO CARL SAUER ........................................................................................ 132 O USO DA CARTOGRAFIA ESCOLAR NO ENSINO DE GEOGRAFIA .................................................. 133 A PRAA NOSSA SENHORA DO ROCIO NA PEQUENA CIDADE DE ARARUNA (PR): DIFERENTES
USOS E FUES DO ESPAO PBLICO............................................................................................... 134 CARTOGRAFIA DA CRIMINALIDADE E DA VIOLNCIA URBANA DO MUNICPIO DE TERRA BOA,
PR (2012-2014) .......................................................................................................................................... 135 MORFOMTRIA DA BACIA HIDROGRFICA GUA DAS BARRAS NO MUNICPIO DE CAMPO
MOURO - PR ........................................................................................................................................... 136 O ACERVO DE OBJETOS LTICOS E A EXTENSO UNIVERSITRIA DO MUSEU DE GEOLOGIA DA
UNESPAR, CAMPUS DE CAMPO MOURO........................................................................................... 144
4
SIMPSIO: A MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL E A CORRENTE DE JATO DE BAIXO
NVEL .......................................................................................................................................................... 145 A MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL E A CORRENTE DE JATO DE BAIXO NVEL ..................... 145 A IMPORTNCIA DAS CARTAS SINTICAS PARA A CLIMATOLOGIA ........................................... 146 CARACTERSTICAS DAS MASSAS DE AR QUE ATUAM EM CAMPO MOURO E OS ESTADOS DO
TEMPO ...................................................................................................................................................... 147 A DINMICA DO ANTICICLONE SEMI-FIXO DO ATLNTICO SUL E A MASSA TROPICAL
ATLNTICA ............................................................................................................................................... 148 PALEOCLIMATOLOGIA DO QUATERNRIO NO ESTADO DO PARAN: CONTRIBUIES DA
MICROPALEONTOLOGIA ........................................................................................................................ 150 ESTUDOS DA VULNERABILIDADE DE CAMPO MOURO AOS EVENTOS CLIMTICOS EXTREMOS
.................................................................................................................................................................... 160 REGIO DE CAMPO MOURO: A INFLUNCIA DO CLIMA NA DINMICA DA PAISAGEM .......... 161 A CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO NO ENSINO DE GEOGRAFIA: O MAPEAMENTO DOS
CASOS DE DENGUE NA CIDADE DE CAMPO MOURO EM 2014 ..................................................... 162
SIMPSIO: O ESPAO AGRRIO BRASILEIRO ............................................................................. 173 ALCANCES DA APOSENTADORIA RURAL ESPECIAL .......................................................................... 173 MUNICPIO DE RONCADOR: A INFLUNCIA DO CLIMA NA ORGANIZAO DA PAISAGEM
AGRICOLA ................................................................................................................................................. 174 REFLEXES SOBRE O ESPAO AGRRIO MOURAOENSE ................................................................. 175 A RELAO DE TRABALHO E DE PRODUO DA CULTURA DE TABACO NAS PEQUENAS
PROPRIEDADES AGRICOLAS DO DISTRITO DE GONALVES JUNIOR IRATI PR ..................... 184 A TERRITORIALIZAO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA MST NA
MICRORREGIO GEOGRFICA DE CAMPO MOURO, PARAN ...................................................... 185
HISTRIA .......................................................................................................................................... 186
COMUNICAO ORAL LIVRE OU PAINEL DE HISTRIA .............................................................. 186 HISTRIA, CULTURA E O CINEMA: CINE PLAZA COMO OBJETO DE INFLUENCIA EM CAMPO
MOURO ................................................................................................................................................... 186 SIMPSIO: EDMUNDO MERCER E OS DISCURSOS SOBRE A CONSTRUO DA ESTRADA
BOIADEIRA ................................................................................................................................................ 187 ENVELHECIMENTO HUMANO EM DESTAQUE ................................................................................... 188 A METODOLOGIA WEBQUEST E AS POSSIBILIDADES PARA O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM ...................................................................................................................................... 189 A CRITICA A MORAL EM S SEGUNDO A VISO NIETZSCHIANA ...................................................... 190 A FIGURA DE TIRADENTES: REPRESENTAES NA MDIA, NA HISTORIOGRAFIA E NO LIVRO
DIDTICO.................................................................................................................................................. 191 DISCURSOS E DISPUTAS DE PODER NA REFORMULAO DO ENSINO DO DIREITO ................. 192 METODOLOGIA WEBQUEST: UMA ALTERNATIVA PARA SE ENSINAR HISTRIA .......................... 193 WEBQUEST: UMA PROPOSTA METODOLGICA PARA O ENSINO DE HISTRIA .......................... 194 MITOS E PRECONCEITOS QUE PERMEIAM A VELHICE .................................................................... 195
SIMPSIO: DAS POLTICAS PARA A DIVERSIDADE S AES COTIDIANAS: POR QUE AS
RESISTNCIAS? ....................................................................................................................................... 196 POLTICAS E PRTICA PEDAGGICAS DE GNERO E SEXUALIDADE NA EDUCAO BSICA:
PARA QU ISSO? .................................................................................................................................. 196 VIOLNCIA COMO EXPRESSO DAS IDENTIDADES PLURAIS ......................................................... 197 ESTUDOS DE MULHERES E DE GNERO NO ENSINO SUPERIOR: MAPEAMENTO DE TESES (2011-
2012) ........................................................................................................................................................... 209 QUEM TEM MEDO DA RAA: O DISCURSO DA MESTIAGEM NO ENSINO DE HISTRIA E
CULTURA AFRO-BRASILEIRA ................................................................................................................. 210 ENFRENTANDO A VIOLNCIA DE GNERO: POLTICAS PBLICAS PARA AS MULHERES .......... 221
5
REPRESENTAES DE GNERO VEICULADAS POR MSICA SERTANEJAS: QUE IDENTIDADES
REPRODUZEM? ........................................................................................................................................ 223 ENVELHECIMENTO HUMANO NAS ESCOLAS ...................................................................................... 224 REPRESENTAES DE GNERO APRESENTADAS POR PROFESSORES/AS DO ENSINO MDIO:
PARA ALM DOS PRESSUPOSTOS BINRIOS ...................................................................................... 225 AES AFIRMATIVAS NA MDIA: APONTAMENTOS PARA O DEBATE ............................................. 226 REPRESENTAES DA MULHER NA IMPRENSA CATLICA DO NORTE DO PARAN (1976) ....... 238 MULHERES AUTORAS DE VIOLNCIA: UMA DISCUSSO PRVIA................................................... 249 A VIOLNCIA E SUAS VARIADAS FORMAS DE MANIFESTAO: CONDIO DE VTIMAS OU
PRATICANTES? ......................................................................................................................................... 258 MULHERES E A INSERO NO ESPAO DAS ARTES: UMA BREVE REFLEXO ............................. 268
LETRAS .............................................................................................................................................. 269
SIMPSIO: A LITERATURA DRAMTICA: A ARTE COMO INSTRUMENTO DA FORMAO
HUMANA ...................................................................................................................................................... 269 O GRUPO DE TEATRO GALPO: ESTTICA E PROCESSO DE FORMAO DE PBLICO ............ 269 BECKETT NO TEATRO E NO ROMANCE: ALGUMAS APROXIMAES ENTRE ESPERANDO GODOT
E MOLLOY ................................................................................................................................................. 270 O TEATRO DIALTICO EM COMPARAO: OS AZEREDO MAIS OS BENEVIDES, DE VIANINHA, E
SOCIEDADE MORTUARIA, DA CIA DO LATO .................................................................................... 271 GEORG BCHNER COMO PRECURSOR DOS NOSSOS PROBLEMAS HUMANOS E ESTTICOS: UM
ESTUDO DOS PROCESSOS DE ADAPTAO DE A MORTE DE DANTON PELA COMPANHIA DO
LATO ........................................................................................................................................................ 272 A PEA CAF, DE MRIO DE ANDRADE: TEATRO PICO NO BRASIL DOS ANOS 1930. .............. 273 APROXIMAO ENTRE TRAGGIA E REVOLUO: A DIALTICA DO INDIVDUO E O COLETIVO
NAS PEAS A NOITE DE JOS SARAMAGO E TAMBORES NA NOITE DE BERTOLD BRECHT....... 274 DZI CROQUETTES: A ESTTICA DE VANGUARDA DE UMA NOVA DRMATURGIA, O TEATRO DE
CABAR EM PERODO DE RESISTNCIA ............................................................................................. 275 O ESPAO E SUA FUNO EM GOTA DGUA, DE CHICO BUARQUE E PAULO PONTES .......... 276 OPINIO PBLICA E POSICIONAMENTOS FEMININOS EM UM INIMIGO DO POVO, DE IBSEN
.................................................................................................................................................................... 277 UMA LEITURA DA DIALTICA DA ALIENAO NA PEA QUANDO AS MQUINAS PARAM, DE
PLNIO MARCOS ....................................................................................................................................... 278
SIMPSIO: ANLISE LINGUSTICA SOB PERSPECTIVAS HETEROGNEAS ....................... 279 O JOGO DE IMAGENS NA REPRESENTAO DA DEFICINCIA FSICA .......................................... 279 CONCEPES DE SUBJETIVIDADE EM BAKHTIN E PCHEUX: PRTICAS DE LINGUAGEM EM
FOCO ......................................................................................................................................................... 280 SIGNO IDEOLGICO: A CONTRA PALAVRA DE SILAS MALAFAIA AO ANNCIO DA EMPRESA O
BOTICRIO................................................................................................................................................ 281 UM XEQUE A IDEOLOGIA FORMAL EM UMA RESPOSTA PUBLICADA NO SITE RECLAME AQUI
.................................................................................................................................................................... 282 ANLISE DE PALAVRA/DISCURSO NA PEA PUBLICITRIA PENSE FORA DA CAIXINHA ....... 283 O PERCURSO GERATIVO, UM EFEITO DE CONSTRUO DO SENTIDO NO FILME: AMOR ALM
DA VIDA................................................................................................................................................... 284 INTELIGNCIA COLETIVA E (EM) DISCURSO: REGIMES DE VERDADE SOBRE AS PRTICAS
PEDAGGICAS CONTEMPORNEAS .................................................................................................... 295 PRTICAS DE LEITURA DE UM VDEO DIGITAL: DISCURSO E ENSINO ......................................... 296 ASPECTOS LINGUSTICOS E EXTRALINGUSTICOS EM UM COMBATE EDITORIAL ..................... 298 UMA LEITURA CONDICIONAL PARA ORAES INTRODUZIDAS PELO QUANDO EM CRNICAS
DO PERODO CLSSICO DO PORTUGUS .......................................................................................... 312 A CONSTITUIO IDEOLGICA NO DISCURSO SOBRE O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A
LEI: INTERFACES SOCIAIS, HISTRICAS E POLTICAS ..................................................................... 313
6
MULTILETRANDO COM OS BARBIXAS: A VDEO-PIADA COMO PRTICA DE LEITURA E ESCRITA
NA ESCOLA ............................................................................................................................................... 314 DICIONRIOS EM SALA DE AULA: RECONFIGURANDO A ABORDAGEM DESSE INSTRUMENTO
EM PRTICAS DE LEITURA SOB UM ENFOQUE DISCURSIVO. ......................................................... 329 EU TENHO UM SONHO: O DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING JR. PELOS OLHOS DA
ANLISE CRTICA DO DISCURSO .......................................................................................................... 342 A UDIO-DESCRIO COMO RECURSO DE ACESSIBILIDADE AO CONHECIMENTO .................. 354 A ORALIDADE E OS TEXTOS DE APOIO NO TRABALHO COM GNEROS TEXTUAIS ..................... 355 A PALAVRA CARACTERIZADA SOB A PERSPECTIVA DO CRCULO DE BAKHTIN E OUTROS
AUTORES BRASILEIROS .......................................................................................................................... 366 FUNCIONAMENTO LINGUSTICO DOS TEMPOS VERBAIS NO GNERO TEXTUAL RESPOSTA
ARGUMENTATIVA .................................................................................................................................... 377
SIMPSIO: DILOGOS SARAMAGUIANOS .................................................................................... 390 ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, DA LITERATURA PARA O CINEMA .................................................... 390 A DRAMATURGIA DE JOS SARAMAGO: OS BASTIDORES DA HISTRIA DE UM ESTADO DE
EXCEO EM O QUE FAREI COM ESTE LIVRO? ................................................................................ 403 A ETERNIDADE EM SARAMAGO E EM RULFO: UMA DISCUSSO SOBRE A MORTE ..................... 414
SIMPSIO: LABIRINTOS EM TERRAS INSTVEIS: HISTRIA, LITERATURA E LEITURA EM
TEMPOS PS-MODERNOS .................................................................................................................... 415 A FIGURA FEMININA NO ROMANCE PS-MODERNO, A SANTA DO CABAR, MOACIR JAPIASSU:
LEITURAS POSSVEIS .............................................................................................................................. 415 OS HORIZONTES DE EXPECTATIVA DA NARRATIVA JUVENIL PS-MODERNA: UM PASSEIO POR
PNTANO DE SANGUE DE PEDRO BANDEIRA. ................................................................................... 416 LITERATURA COMPARADA COMO CAMINHO PARA ENTENDER AS ARTES: ANALOGIA ENTRE O
QUADRO O GRITO, DE EDVARD MUNCH E O POEMA ESTA VELHA ANGSTIA, DE FERNANDO
PESSOA, SOB O HETERNIMO DE LVARO DE CAMPOS.................................................................. 417 A ARCA DE NE, DE VINICIUS DE MORAES, O OFCIO DO VERSO PARA CRIANAS ADULTAS . 428 QUEM SEVERO SNAPE? ....................................................................................................................... 429
SIMPSIO: MATERIALISMO LACANIANO, TEORIAS CONTEMPORNEAS E ENSINO DE
LITERATURA ............................................................................................................................................ 446 LAVOURA ARCAICA: ESTRUTURAS POLTICAS, REPRESSO E PERVERSO ................................. 446 MANIFESTAES DE VIOLNCIA(S) EM NO VERS PAS NENHUM, DE IGNCIO DE LOYOLA
BRANDO .................................................................................................................................................. 447 O MATERIALISMO LACANIANO NA RELEITURA DE POESIA: THE WASTE LAND E A FUGA DO
REAL ........................................................................................................................................................... 448 VIOLNCIA: O VIS ZIZEKIANO NA PEA OS DOUS OU O INGLS MAQUINISTA ......................... 449 A VIOLNCIA OBJETIVA POR MEIO DA HOMOTEXTUALIDADE EM CAIO FERNANDO ABREU .. 450 VIDAS SECAS: TRAOS DE VIOLNCIA SOB UMA ABORDAGEM ZIZEKIANA ................................. 451 LACANIANISMO E MATRIA LITERRIA: ESTRATGIAS DE LEITURAS ........................................... 452
SIMPSIO: NARRATIVAS CONTEMPORNEAS............................................................................ 453 OS VIAJANTES DALTON TREVISAN E OSWALD DE ANDRADE .......................................................... 453 ASPECTOS DA LITERATURA PS-MODERNA NO ROMANCE EXTREMAMENTE ALTO &
INCRIVELMENTE PERTO (2005), DE JONATHAN SAFRAN FOER ...................................................... 454 A MSICA EM DALTON TREVISAN ........................................................................................................ 455 DA EPOPEIA ANTIEPOPIA: UMA VIAGEM NDIA COMO RELEITURA DE OS LUSADAS ..... 456 WUTHERING HEIGHTS EM CREPSCULO: INTERTEXTUALIDADE E CULTURA DE MASSA NA
NARRATIVA CONTEMPORNEA ............................................................................................................. 470 A EPIFANIA DA RAZO: ANLISE DO CONTO UM DISCURSO SOBRE O MTODO DE SRGIO
SANTANNA ............................................................................................................................................... 471 LCIO CARDOSO E A CORDA DE PRATA - UMA CRTICA AO MODELO BURGUS DE
CASAMENTO. ............................................................................................................................................ 480
7
SIMPSIO: REFLEXES ENTRE LINGUSTICA E ENSINO ......................................................... 481 O PLANEJAMENTO DO PROFESSOR E A ESCRITA: PROPOSTAS E REFLEXES PARA O
TRABALHO EM SALA DE AULA .............................................................................................................. 481 ESCRITA NA SALA DE AULA: RELAO COM A FORMAO DOCENTE INICIAL .......................... 482 ESCRITA, REVISO E REESCRITA: POSSVEIS CONTRIBUIES PARA O PROCESSO DE
FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA ....................................................................... 483 REPRESENTAO IDENTITRIA DO SUJEITO CONTEMPORNEO NA PUBLICIDADE ................. 484 OS GNEROS TEXTUAIS E DISCURSIVOS E OS TEXTOS DIDATIZADOS EM SALA DE AULA: QUAL
SE APROXIMA MAIS DA REALIDADE DOS ALUNOS? .......................................................................... 485 MURO DAS LAMENTAES OU COMO SER FELIZ SENDO PROFESSOR: DISCURSOS SOBRE O
ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ......................................................................................... 486 REFLEXES ENTRE LINGUSTICA E ENSINO: A REFERNCIAO DISCURSIVA NA PRODUO
DOS EFEITOS DE SENTIDO DO TEXTO ................................................................................................ 487 DISCUSSES E REFLEXES PARA A ESCRITA DIALGICA DO GNERO CARTA PESSOAL NO
ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................................................................................... 488
SIMPSIO: TECELS NA SALA-DE-ARMAS: NARRATIVA FEMININA CONTEMPORNEA
........................................................................................................................................................................ 489 A CONSTRUO E A SIMBOLOGIA DAS CASAS PATRIARCAIS NO ROMANCE MEMORIAL DE
MARIA MOURA ......................................................................................................................................... 489 A CONSTRUO DAS PERSONAGENS CANINAS NA OBRA A MULHER QUE MATOU OS PEIXES,
DE CLARICE LISPECTOR ........................................................................................................................ 490 UMA LEITURA INTERARTSTICA DO ROMANCE A FORA DO DESTINO, DE NLIDA PION ..... 491 A TRAJETRIA DAS PERSONAGENS FEMININAS NO ROMANCE HANI, DE ADRIANA LISBOA . 492 A FICO FEMININA NO SCULO XXI: O ROMANCE DE ADRIANA LISBOA .................................. 500 A PERSONAGEM PS-MODERNA DE ELVIRA VIGNA: UMA LEITURA DO ROMANCE DEIXEI ELE
L E VIM .................................................................................................................................................... 501 OS NO LUGARES NO ROMANCE RAKUSHISHA, DE ADRIANA LISBOA .......................................... 502 AS IMPLICAES DO NARRADOR MASCULINO NA ESTRUTURA NARRATIVA DE PONTO CEGO,
DE LYA LUFT ............................................................................................................................................ 503 PROLAS ABSOLUTAS E O MITO DO ANDRGINO: O ENCONTRO COM O OUTRO NA
LITERATURA DE AUTORIA FEMININA .................................................................................................. 516
SIMPSIO: VIRTUDE DE ENGANAR COM CLAREADO A FANTASIA DA GENTE: POESIA E
NARRATIVA BRASILEIRA CONTEMPORNEA .............................................................................. 534 A INTELECTUALIDADE NA OBRA GENTE POBRE DE DOSTOIVSKI: DO HOMEM DO SUBSOLO
REDENO ATRAVS DA LITERATURA ................................................................................................ 534 INVENTRIO DE GIRASSIS: POESIAS NUNCA PUBLICADAS DE CAIO FERNANDO ABREU....... 535 INTERARTES: AS CLASSES SOCIAIS EM CIDADO E OPERRIOS ........................................... 536 DESEJO E SOLIDO EM CAIO FERNANDO ABREU: UMA PROPOSIO DE PESQUISA ............... 549 NO FLUIR DAS GUAS: UM ESTUDO COMPARADO DE POEMAS E PINTURA ............................... 550 TENHO UMA FOLHA BRANCA E LIMPA MINHA ESPERA: ANA CRISTINA CESAR, POESIA E
METAPOESIA ............................................................................................................................................ 551 METFORAS DA MORTE E SUBJETIVIDADE LRICA EM SENTIMENTO DO MUNDO, DE CARLOS
DRUMMOND DE ANDRADE: UMA PROPOSTA DE PESQUISA .......................................................... 552 O MITO NA LRICA DE DORA FERREIRA DA SILVA ............................................................................ 553 A REPRESENTAO DE GUERNICA EM MURILO MENDES E PICASSO ........................................... 564 RESSONNCIAS DA MSICA BARROCA NOS POEMAS DE PAULO LEMINSKI ................................ 565
MATEMTICA ................................................................................................................................. 566
COMUNICAO ORAL LIVRE OU PAINEL DE MATEMTICA ..................................................... 566 A APREENSO OPERATRIA EM GEOMETRIA: UM ESTUDO COM REGISTROS FIGURAIS ......... 566
SIMPSIO: PESQUISAS E EXPERINCIAS EM ENSINO DE MATEMTICA: CONTRIBUIES
PARA A FORMAO INICIAL E CONTINUADA ............................................................................... 578
8
REFLETINDO SOBRE O PAPEL DO INTRPRETE DE LIBRAS NO ENSINO DE MATEMTICA PARA
SURDOS EM INCLUSO ESCOLAR ........................................................................................................ 578 O DESENVOLVIMENTO DA CONDUTA INVESTIGATIVA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
I. .................................................................................................................................................................. 593 ANLISE DE ERROS E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: RESULTADOS PARCIAIS
DE UMA PROPOSTA DE FORMAO CONTINUADA .......................................................................... 594 DIFERENTES REPRESENTAES DOS NMEROS RACIONAIS: ANLISE DE DOIS LIVROS
DIDTICOS DO 8 ANO ............................................................................................................................ 603 A CONSTITUIO DAS TRAJETRIAS DE APRENDIZAGEM DE ROGRIO E ANTNIO NO
AMBIENTE DE APRENDIZAGEM GERADO PELO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE
MODELAGEM ........................................................................................................................................... 604 QUAL A REA DA SACOLA? UMA ATIVIDADE DE MODELAGEM MATEMTICA COM ALUNOS
DO 4 ANO DE MATEMTICA ................................................................................................................. 622 O DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA DE MODELAGEM MATEMTICA NO CURSO DE
MATEMTICA DA UNESPAR- CAMPUS DE CAMPO MOURO NO PERODO DE 1998 A 2014. ..... 632
PEDAGOGIA ..................................................................................................................................... 633
COMUNICAO ORAL LIVRE OU PAINEL DE PEDAGOGIA ......................................................... 633 A EDUCAO PARA A FELICIDADE EM EPICURO ............................................................................. 633 PATOLOGIZAO DO PROCESSO EDUCATIVO: ESTUDO DE CASOS SOBRE ALUNOS COM TDAH
NO MUNICPIO DE CAMPO MOURO .................................................................................................. 650 CONTEDO RELIGIOSO NO JORNAL FOLHA DO NORTE DO PARAN (1962-1970) ...................... 668 SISTEMA DE APOSTILAMENTO NA EDUCAO INFANTIL: UM DEBATE NECESSRIO ............. 669 APONTAMENTOS CRTICOS SOBRE O TRABALHO E DA EDUCAO NA SOCIABILIDADE DO
CAPITAL .................................................................................................................................................... 670 POLTICA NACIONAL DEEDUCAO INFANTIL NO BRASIL: UMA INVESTIGAOHISTRICA . 671 OS PACOTES DE ENSINO PRIVADOS NA EDUCAO PBLICA: UM BALANO DE PRODUO 672 A CONCEPO EDUCACIONAL DO GRUPO POSITIVO: UMA DISCUSSO A PARTIR DA
PEDAGOGIA DA EXISTNCIA ................................................................................................................ 673 EDUCAO COMO UMAS DAS DIMENSES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO: UMA ANLISE
DE CAMPO MOURO .............................................................................................................................. 687
SIMPSIO: A DIMENSO TERICO-PRTICA DO ESTGIO SUPERVISIONADO ................ 688 ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O
ESTGIO OBRIGATRIO COMO EFETIVAO DA PRXIS EDUCACIONAL ................................... 688 MUSICALIZAO: SUA CONTRIBUIO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ATENO
VOLUNTRIA EM CRIANAS DE TRS ANOS. ...................................................................................... 689 O USO DO FOLCLORE NA PRTICA DE ALFABETIZAO E LETRAMENTO .................................. 700 A CONTRIBUIO DA ARTE PARA O DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO .................................. 712 A IMPORTANCIA DO BACO NO ENSINO DA MATEMTICA E NO DESENVOLVIMENTO DAS
FUNES PSIQUICAS SUPERIORES: UMA EXPERIENCIA COM ALUNAS DO CURSO DE
FORMAO DOCENTE ............................................................................................................................ 727 ATIVIDADES COM JOGOS E BRINCADEIRAS NO ENSINO DA MATEMTICA PARA CRIANAS DO
1 ANO ........................................................................................................................................................ 736 GRUPO DE ESTUDOS HISTRICO-CULTURAL: REFLEXES NECESSRIAS .................................. 751 AS CONTRIBUIES DA MUSICALIZAO E ESTIMULAO NECESSRIA E INTENCIONAL PARA
O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANAS DO BERRIO ..................................................................... 752 CONTRIBUIES DA INTERVENO PEDAGGICA PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ... 761 AS CONTRIBUIES DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE AQUISIO DA LINGUAGEM
PELA CRIANA ......................................................................................................................................... 777 A FUNO DOS JOGOS NA APRENDIZAGEM NA LEITURA, ESCRITA E MATEMTICA ................ 786 O ESTGIO NA FORMAO DO PEDAGOGO ...................................................................................... 801 HISTRIA DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNESPAR CAMPUS DE CAMPO MOURO ................ 802
9
A APROPRIAO DA LEITURA E ESCRITA COMO ATIVIDADE PRINCIPAL DA CRIANA EM
IDADE ESCOLAR ...................................................................................................................................... 803 ATIVIDADE DE ESTUDO E SUA IMPORTNCIA PARA O PROCESSO DE ASSIMILAO DA
ESCRITA ..................................................................................................................................................... 818 FORMAO DOCENTE: MUSICALIZAO E SUAS CONTRIBUIES NA FORMAO INICIAL DO
MAGISTRIO ............................................................................................................................................. 833
10
GEOGRAFIA
COMUNICAO ORAL LIVRE OU PAINEL DE GEOGRAFIA
A PRAA ELEUTRIO GALDINO DE ANDRADE: PERSPECTIVAS E
REPRESENTATIVIDADE ENQUANTO LUGAR NA PEQUENA CIDADE DE
PEABIRU-PR
Paulo Sergio Gusmo, (IC, Fundao Araucria Universidade Estadual do Paran
Campus de Campo Mouro), [email protected]
Marcos Clair Bovo, (Fundao Araucria, Grupo de Estudos Urbanos - Universidade Estadual
do Paran Campus de Campo Mouro), [email protected]
RESUMO: A praa um elemento essencial existente nas pequenas cidades e encontra instalada nas
reas centrais evidenciando dessa forma que a vida urbana gira ao entorno desses logradouros. Esse
espao pblico atende na maioria das vezes as perspectivas dos citadinos, ao oferecer estruturas e
equipamentos viveis utilizao. Tambm propiciam sentimentos, afeies aos usurios criando e
recriando seu imaginrio a partir do acesso e da apropriao desse lugar. A pesquisa objetiva caracterizar
e analisar a Praa Eleutrio Galdino de Andrade na pequena cidade de Peabiru (PR), destacando o uso
e acessibilidade. Para alcanar os objetivos pesquisa apresenta uma reflexo terica e conceitual
referente a pequenas cidades, lugar e praa. Na sequncia apresenta a anlise do levantamento
quantitativo e qualitativo da vegetao e das infraestruturas e dos equipamentos existentes na praa. A
pesquisa finaliza apresentando o perfil dos usurios que frequentam a Praa Eleutrio Galdino de
Andrade. Dentre os resultados constatamos ser necessrio: a) melhoria e manuteno dos equipamentos
e das estruturas existentes; b) melhoria dos aspectos fsicos e sanitrios da vegetao, levando em
considerao as espcies introduzidas nesses logradouros; a mo-de-obra treinada e especializada;
plantio e o acompanhamento do crescimento, poda e tratamento, obedecendo s tcnicas adequadas; c)
criao de medidas e diretrizes para o aproveitamento da praa enquanto logradouro pblico de uso e
acessibilidade para a populao.
Palavras-chave: Pequenas Cidades. Praa. Lugar.
11
A CONTRIBUIO DO NCLEO DE ESTUDOS E DEFESA DOS DIREITOS DA
INFNCIA E JUVENTUDE (NEDDIJ) EM PARANAVA E REGIO
Rosangela Trabuco Malvestio da Silva (Docente de apoio NEDDIJ - SETI Fundo Paran
Unespar Paranava), e-mail: [email protected];
Talita de Jesus Vieira (Advogada NEDDIJ SETI Fundo Paran, Unespar Paranava), e-
mail [email protected]
RESUMO: O Ncleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infncia e da Juventude NEDDIJ,
na Unespar Campus Paranava, uma iniciativa do Governo Estadual e tem assumido
relevncia terica, prtica e social no que tange ao atendimento de crianas e adolescentes em
situao de risco pessoal e social, vulnerabilidade socioeconmica e em medidas
socioeducativas. Diante do exposto, este texto tem por objetivo, descrever o trabalho do
NEDDIJ, destacando as contribuies obtidas nas aes impetradas na Vara de Famlia e
Infncia e Juventude da Comarca de Paranava, no que se refere penso alimentcia, guarda e
sade de crianas e adolescentes. O trabalho do NEDDIJ pauta-se na Lei n 8.069 promulgada
em 13 de julho de 1990, conhecida como Estatuto da Criana e Adolescente ECA, que institui
a Doutrina de Proteo Integral s Crianas e Adolescentes priorizando pessoas em
desenvolvimento. O ECA um instrumento jurdico que possibilita o resgate da cidadania das
crianas e adolescentes, na medida que os concebe como sujeitos detentores de direitos,
garantindo a incluso destes no universo de direitos famlia, Estado e sociedade civil
proporcionando uma participao mais efetiva em sociedade.
Palavras-chave: NEDDIJ. Criana e Adolescente. Direitos Sociais.
mailto:[email protected]12
ANLISE DO PERFIL SOCIOECONMICO DOS MORADORES DOS JARDINS
BOTNICO I E II NA CIDADE DE CAMPO MOURO (PR)
GOZER, Mateus Rodrigues (G Geografia) (IC), UNESPAR/FECILCAM, [email protected]
BOVO, Marcos Clair (OR), UNESPAR/FECILCAM, [email protected]
RESUMO: O crescimento populacional nos centros urbanos, o deficit populacional, a excluso
social e territorial, tornarm-se problemas nas diversas cidades brasileiras, diante disso faz-se
necessria a busca de instrumentos de planejamento, de gesto urbana, de polticas pblicas e
estratgias para promover a participao da comunidade tendo em vista o desenvolvimento
local. Nesta pesquisa buscou-se analisar o perfil socioeconmico dos moradores dos jardins
Botnico I e II, localizados na cidade de Campo Mouro/PR. Para isso, foram distribudos
formulrios com perguntas desta temtica aos residentes, com o objetivo de discorrer e
compreender a dimenso social e econmica local, pois no existe nenhuma pesquisa oficial
relacionada a esta temtica, devido o recente lanamento do empreendimento. O Espao Urbano
est vinculado a um valor de troca que o torna uma mercadoria distinta, uma vez que sua
apropriao ocorre por diferentes grupos sociais que agregam ao espao seus respectivos
valores. Esta pesquisa, de carter quantitativo, demonstra quem , e como vivem os habitantes
dos jardins Botnico I e II.
Palavras-chave: Socioeconmicos. Expanso urbana. Loteamento.
13
O ENVELHECIMENTO DA POPULAO: CORRELACIONANDO
INVESTIMENTO PBLICO E A MUDANA NO PERFIL ETRIO EM CAMPO
MOURO-PR
Joze Palani Guarez, (PPGSeD, Capes), Unespar Cmpus Campo Mouro
RESUMO: O envelhecimento populacional um fenmeno mundial. Caracteriza-se por ser
um crescimento mais elevado da populao idosa com relao aos demais grupos etrios e pode
ser explicado atravs do aumento da expectativa de vida mdia e da taxa de fecundidade cada
vez menor nas populaes dos pases em especial dos mais desenvolvidos. De acordo com o
IBGE, em 2001 o Brasil contava com 15,5 milhes (9%) de pessoas com idade igual ou superior
a 60 anos, em 2011 essa parcela da populao representava 23,5 milhes (12,1%), passando
para 34.345.469 ou, 17% da populao brasileira que era de 201.467.084 habitantes, em 2013.
Diante disso, o envelhecimento populacional um tema que demandar cada vez mais espao
na agenda pblica, apresentando-se como um desafio para os Governos e para a sociedade,
tendo em vista a necessidade de garantir qualidade de vida e bem-estar a essa parcela da
populao. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo correlacionar os dados sobre o
envelhecimento da populao e o investimento pblico direcionado para os idosos no municpio
de Campo Mouro PR, por meio de dados pblicos e, portanto, secundrios, disponveis no
PNAD/IBGE e nos Oramentos Municipais publicados em Dirio Oficial, visando encontrar
correspondncia.
Palavras-chave: Envelhecimento da Populao. Investimento Pblico. Idoso.
14
O ESTGIO SUPERVISIONADO DO CURO DE LICENCIATURA E O PIBID:
CONTRIBUIES NA FORMAO INICAL DE PROFESSORES
Sandra Terezinha Malysz (TIDE), Geografia, UnesparCmpus de Campo Mouro,
Lucas da Silva Salmeron (IC e PIBID/CAPES), Geografia, Unespar Cmpus de Campo
Mouro, [email protected]
Resumo: O estgio supervisionado no curso de Licenciatura uma etapa importante da
formao docente na qual os licenciandos vivenciam a prtica pedaggica e preparam-se para
o exerccio da docncia. O Programa Institucional de Iniciao a Docncia PIBID, tambm
contribui com a formao inicial dos docentes e j se questiona o espao do PIBID junto ao
estgio supervisionado. Objetivamos verificar a aproximao do PIBIB com o estgio
supervisionado no curso de Licenciatura, mais especificamente de Geografia e a contribuio
com a formao inicial docente. A pesquisa ter carter qualitativo. Sero realizadas pesquisas
documentais e questionrios com alunos da universidade e professores do ensino bsico.
Esperamos com isso entender os principais objetivos do Estgio Supervisionado na
Licenciatura e do PIBID e aprofundar os estudos sobre a formao inicial de professores.
Palavras-chave: Estgio Supervisionado. Formao Docente. PIBID.
mailto:[email protected]15
MAPEAMENTO E ESTUDO DAS CONDIES DE HABITABILIDADE DOS
AGLOMERADOS SUBNORMAIS DE CAMPO MOURO (PR)
Valria Barreiro Postali-Santana, doutora em Geografia pela UEM, professora do Colegiado
do curso de Geografia da Unespar Campus de Campo Mouro, membro do Geurf Grupo
de Estudos Urbanos da Fecilcam, [email protected]
RESUMO: A problemtica habitacional brasileira constitui-se objeto de anlise em inmeras
pesquisas das mais distintas categorias profissionais, tanto em nvel acadmico quanto em
instituies e entidades pblicas. No caso da Geografia, essa temtica envolve a discusso das
condies presenciadas e vivenciadas por famlias de baixa renda em metrpoles como So
Paulo e Rio de Janeiro, caracterizando o chamado fenmeno da favelizao. Embora este
fenmeno seja caracterstica marcante das grandes cidades, sua expanso manifesta-se tambm
em cidades de diferentes portes demogrficos, dentre elas Campo Mouro. As reas urbanas
que abrigam a populao excluda socioeconomicamente do modo de produo vigente so
designadas de aglomerados subnormais que, segundo a classificao do IBGE (2015), so
conjuntos constitudos por 51 ou mais unidades habitacionais caracterizadas pela ausncia de
ttulo de propriedade e pelo menos uma das caractersticas a seguir: irregularidade das vias de
circulao e do tamanho e forma dos lotes e/ou carncia de servios pblicos essenciais (como
coleta de lixo, rede de esgoto, rede de gua, energia eltrica e iluminao pblica). A existncia
dos aglomerados subnormais se traduz na resposta da populao urbana mediante a intensa
especulao imobiliria e fundiria e s precrias condies socioeconmicas s quais est
submetida. Dentro desta perspectiva, os procedimentos metodolgicos adotados constituem-se
no mapeamento dos aglomerados subnormais da cidade de Campo Mouro, aplicao de
questionrios em 10% das unidades habitacionais em cada aglomerado e anlises a respeito das
condies de habitabilidade dos mesmos.
Palavras-chave: Urbanizao. Pobreza urbana. Desigualdade socioeconmica.
16
COMPREENSO DO ESPAO GEOGRFICO E CONSTRUO DA CIDADANIA
ATRAVS DO ESTUDO SOBRE INDICADORES SOCIAIS
Ana Paula Azevedo da Rocha, (G - Unespar Cmpus de Campo Mouro),
Renata dos Santos de Menezes Iba Manoel, (G - Unespar Cmpus de Campo Mouro),
Sandra Terezinha Malysz, (Unespar Cmpus de Campo Mouro),
RESUMO: Entender a realidade e o Espao Geogrfico no qual estamos inseridos um dos
objetivos principais da Geografia. Assim, ajudar os alunos do Ensino Fundamental a
compreender os indicadores sociais importante para auxili-los na compreenso do Espao
Geogrfico, j que os indicadores refletem a realidade social. Neste trabalho objetivamos
discutir como podemos explorar alguns dos indicadores sociais com os alunos nas aulas de
geografia, explicando como tais indicadores retratam aspectos da sociedade brasileira e qual
sua relao com a vida cotidiana. Isso a partir dos dados gerados pelas pesquisas do IBGE, de
programas como o PNUD e, de sua relao com a realidade local e global. A metodologia
utilizada consiste em pesquisas bibliogrficas e anlises destes indicadores, e posteriormente
pesquisa participativa com alunos do Ensino Fundamental de uma escola de Campo Mouro
(PR). Primeiramente ser selecionada uma temtica para ser trabalhada e em seguida sero
realizadas pesquisas com levantamentos e anlises de dados do IBGE e PNUD. Em uma
segunda etapa propomos o trabalho com os alunos, em uma perspectiva crtica de ensino. Alm
de aulas expositivas e interativas, pretende-se orientar os alunos na realizao de atividades de
pesquisas no site do IBGE e no do PNUD, e tambm em suas casas, de forma que se
estabeleam relaes entre os dados oficiais e sua realidade. Esperamos aproximar o IBGE da
escola e ajudar os alunos a compreender os indicadores e como eles so importantes para o
entendimento dos aspectos sociais do Espao Geogrfico e para a construo da cidadania.
Palavras-chave: Ensino de Geografia. Indicadores sociais. Compreenso do Espao Geogrfico.
IBGE.
17
ANLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRFICA GUA DAS BARRAS
NO MUNICPIO DE CAMPO MOURO PARAN
Fernando Henrique Villwock (LAPEGE) UNESPAR Campus de Campo Mouro,
Tiago Vinicius Silva Athaydes (LAPEGE) UNESPAR Campus de Campo Mouro,
Jefferson de Queiroz Crispim (LAPEGE) UNESPAR Campus de Campo Mouro
INTRODUO
O estudo geoambiental da Bacia Hidrogrfica gua das Barras de grande importncia para
a populao de Campo Mouro, pois na rea de estudo observa-se uma intensa relao do homem com
o meio em que vivem, uma vez que suas guas so utilizadas na piscicultura, agricultura e pecuria, j
o solo utilizado para agricultura em 90% da bacia. Percebe-se que a rea vem sofrendo grandes
impactos decorrentes do uso e ocupao humana.
A base da economia do municpio de Campo Mouro est voltada para a agricultura, e por
muitas vezes o plantio das culturas realizado prximo s margens dos rios. De acordo com Cerqueira
(2008) a atividade agrcola se apresenta como fator contaminante dos recursos hdricos e na atualidade
observamos uma grande variedade de agrotxicos e adubos que em contato com a gua podem ser
carreados para o corpo hdrico e causar a contaminao.
Nesse ponto surge a necessidade de uma anlise geoambiental, pois de acordo com Bastos
(2012) a anlise geoambiental tem como funo a constatao de problemas ambientais, porm para
Silva (2012) a anlise geoambiental de grande importncia, pois atravs dos diagnsticos que so
realizados, possibilitam a uma melhor compreenso do meio, de uma forma integrada as variveis
ambientais.
O rio gua das Barras o principal manancial de abastecimento do municpio de Campo
Mouro. Por isso, fundamental que seja realizado um diagnstico da vegetao, das vertentes e do uso
dos sistemas de terraciamento para a conteno da eroso. Dessa forma, tem-se a situao sistmica da
dinmica da referida bacia.
REA DE ESTUDO
18
A Bacia Hidrogrfica da gua das Barras (figura 1) se localiza no municpio de Campo
Mouro. De acordo com a classificao de Kppen a regio apresenta clima subtropical mido
mesotrmico (Cfa), caracterizado por veres frescos e geadas frequentes, os ndices pluviomtricos
apresentam-se em mdia entre 1.400 mm e 1.500 mm por ano.
Figura 1: Localizao da Bacia Hidrogrfica gua das Barras
19
Os solos so resultantes da intemperizao de rochas bsicas de origem vulcnicas, em
transio com arenitos da formao Caiu, os solos existentes na bacia so do tipo Latossolo Vermelho
e Argissolo Vermelho, conforme o Levantamento de Reconhecimento dos Solos do Estado do Paran
realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuria (EMBRAPA, 2006).
O uso do solo ocorre em maior proporo pela agricultura moderna, mecanizada, com destaque
para os cultivos de soja/milho na safra de vero e trigo/aveia ou milho safrinha na safra de inverno,
porm apresenta pequenas reas de pastagem, destinadas a produo pecuria e h reas de
reflorestamento, cujo objetivo a explorao dos recursos florestais, tais como lenha, madeira para o
uso agrcola. De acordo com Roderjan et al. (2002) a rea de estudo possui a vegetao composta pela
Floresta Ombrfila Mista e Estacional Semidecidual, tendo como principal caracterstica a presenas de
pinheiros.
A Bacia Hidrogrfica gua das Barras est localizada no limite municipal de Campo Mouro
e Farol, sobre o divisor de gua das bacias hidrogrficas do rio Iva e Piquiri, sendo que a mesma
tributria da bacia do rio Iva.
METODOLOGIA
O processo de anlise geoambiental foi dividido em duas etapas, sendo que a primeira
consistiu na realizao de um levantamento de campo, no qual foram realizadas visitas na rea de estudo,
as quais tiveram como objetivo a observao das caractersticas fsicas o local, como a presena de
vegetao ripria, reas de preservao permanente e a presena de processos erosivos, alm de
visualizar a utilizao do solo.
Posteriormente foram realizados trabalhos de levantamento no software Google Earth, para
mapear os problemas encontrados na rea, e posterior produo de bases para a confeco de mapas no
software Corel Draw verso X5.
RESULTADOS E DISCUSSES
Ao iniciar os trabalhos na Bacia Hidrogrfica gua das Barras, foram realizadas atividades de
campo e anlise de imagens de satlite para caracterizao da rea de estudo.
O primeiro aspecto analisado foi vegetao ripria e as reas de preservao permanente
(figura 2), que de acordo com Walker et. al. (1996) a vegetao ripria encontrada principalmente nas
margens dos rios e nas cabeceiras da bacia hidrogrfica, enquanto o Cdigo Florestal por meio da lei n
12.651/12 define as reas de preservao permanente como pores destinadas a proteo do solo e da
20
vegetao ripria e por meio de imagens de satlite foram realizadas medies da rea para verificar se
a largura estavam conforme a legislao
A partir da observao in loco e posteriormente em laboratrio, foi possvel determinar a
distribuio da vegetao ripria e as reas de preservao permanente (APP) que ocupa cerca de 30%
da rea de estudo, ainda foi possvel determinar que as reas de preservao permanente possuem
destinao para atividades ligadas ao extrativismo1.
1 O extrativismo consiste do processo de retirada da natureza quaisquer produtos que possam ser cultivados para
fins comerciais ou industriais. Sendo que na rea de estudo observamos a presena plantios de eucalipto, destinados
a comercializao.
21
Figura 2: reas de vegetao e APPs da Bacia Hidrogrfica gua das Barras
Norte
22
Outro ponto analisado durante os trabalhos de campo foram os processos erosivos, que de
acordo com Pena (2014) um fenmeno referente transformao do solo, que ocorre um processo de
retirada ou transporte de sedimentos da superfcie. Foi constatada a presena de processos erosivos
(figura 3) na rea de estudo, principalmente na poro oeste da rea de estudo, pois a mesma se encontra
em uma rea de solo arenoso, pois de acordo com Salemi (2009) os solos arenosos so mais suscetveis
eroso por serem compostos por gros individualizados, o que facilita o processo de retirada e
transporte dos sedimentos. A figura 3 mostra que o processo erosivo ainda em estgio laminar, sendo
que o mesmo o estgio inicial, sendo que o mesmo pode evoluir para ravinas e voorocas, caso no
ocorram medidas de conteno das guas pluviais.
Ainda de acordo com Salemi (2009) a falta de planejamento na construo de estradas rurais
um agravante, pois as estradas geralmente so locais em que o solo est compactado, ou seja, uma por
isso impermevel.
As estradas vicinais no pavimentadas apresentam grande importncia na rea de estudo, pois
as mesmas fazem a ligao das propriedades rurais s reas urbanas, servindo tambm como uma base
para o escoamento da produo agrcola presente na rea. Entretanto, as mesmas no possuem a devida
manuteno e conservao por parte dos rgos responsveis, o que acaba por transformar as estradas
rurais em produtores de sedimentos, os quais so carregados diretamente para o corpo hdrico.
A partir da visita a rea de estudo foi realizada um mapeamento dos pontos que mais chamaram
ateno, podendo determinar a localizao de eventos e caractersticas da rea de estudo para melhor
Figura 3: Foto de um trecho nas margens da estrada vicinal, onde se
verifica processos erosivos.
23
gerenciamento da rea de estudo, constituindo um mapa dos aspectos geoambientais da Bacia
Hidrogrfica gua das Barras (figura 4).
Figura 4: Aspectos geoambientais da Bacia Hidrogrfica gua das Barras
A regio apresenta um uso e ocupao voltada principalmente para a agricultura temporria, na
qual cultivada em larga escala soja, milho, trigo e aveia. Quanto ao manejo do solo foi verificado que
o Sistema de Plantio Direto, prtica adotada no final da dcada de 1980, mantido pela maioria dos
agricultores na sub-bacia hidrogrfica. Os terraos base larga atualmente no esto sendo mantido em
todas as propriedades da bacia hidrogrfica rio do Campo e identificados vrios pontos de eroso
laminar, eroso em sulcos e ravinas.
Foram realizados trabalhos de manuteno em estrada vicinal e em caixas de conteno, no
entanto essa rea sofreu reincidncia de processo erosivo, devido manuteno inadequada a montante
das vertentes. Isso demonstra que os trabalhos de conservao do solo devem ser realizados de forma
24
integrada, a falta de manejo adequado na alta vertente resulta em processos erosivos nos terrenos
situados na baixa vertente. O solo removido carreado para as partes mais baixas do terreno assoreando
as caixas de conteno podendo chegar at os rios causando alta turbidez e comprometendo a qualidade
da gua.
Outro problema verificado e que pode causar impacto ambiental na bacia hidrogrfica do rio do
Campo o lanamento de resduos slidos s margens das estradas. Dentre os resduos que podem ser
encontrados esto rejeitos de construo civil, plsticos, resduos de lava jatos, pneus, eletrodomsticos
entre outros.
CONCLUSES
Ao realizar o presente estudo na Bacia Hidrogrfica gua das Barras, possvel concluir que
a rea apresenta uma vegetao que atende a legislao em vigor, porm apresenta reas seriamente
degradadas, como por exemplo, o surgimento de processos erosivos as margens das estradas vicinais.
Na rea ocupada pelos cultivares de soja, milho, entre outros, observamos a falta de terraos
em algumas propriedades, o que propicia o escoamento de gua pluvial, gerando o transporte de
partculas de solo para os rios da rea, alm de ocasionar o aparecimento de processos erosivos.
Portanto conclui-se que rea de estudo apresente possui boa preservao de sua vegetao,
porm as aes de manuteno das estradas vicinais, caixas de reteno de gua e terraos, devem
ocorrer regularmente, para uma melhor preservao da qualidade do solo.
REFERNCIAS
BASTOS, F. de H.; SILVA, E. V. TCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO NA ANLISE
AMBIENTAL: O CASO DOS RELEVOS SERRANOS DO MUNICPIO DE
GUARAMIRANGA CE. REVISTA GEONORTE, Edio Especial, V.2, N.4, 2012.
BRASIL. CDIGO FLORESTAL: LEI N 12.651/12. Disponvel em:
Acessado em: 09/11/2014.
COLAVITE, A. P. Cartografia Aplicada Anlise Ambiental da Bacia Hidrogrfica do Rio do
Campo - PR. Trabalho de Concluso de Curso (Especializao em Planejamento e Gerenciamento
Urbano e Rural) Curso de Ps Graduao em Planejamento e Gerenciamento Urbano e Rural, Maring,
2008.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECURIA - EMBRAPA. Centro Nacional de
Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificao de solos. 2.ed. Rio de Janeiro, 2006.
25
KEPPEN, W. Climatologia: con um estdio de los climas de la Tierra. Mxico: Fondo de Cultura
Economica, 1948. 478p.
PENA, R. F. A. PROCESSOS EROSIVOS. Disponvel em:
Acessado em: 09/11/2014.
SALEMI, L. F. AS ESTRADAS RURAIS E A EROSO DO SOLO. Disponvel em:
Acessado em: 09/11/2014.
SILVA, J. M. O.; SILVA, E. V. ANLISE GEOAMBIENTAL DO BAIXO CURSO DA BACIA
HIDROGRFICA DO RIO PIRANGI CE. REVISTA GEONORTE, Edio Especial, V.2, N.4,
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WALKER, J. INDICATORS OF CATCHMENT HEALTH: A TECHNICAL PERSPECTIVE.
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YOKOO, E. N.; Processo da dinmica das frentes de ocupao territorial e da paisagem agrria
na mesorregio centro-ocidental paranaense. Anais do IV Encontro de Produo Cientfica e
tecnolgica, 2009.
RODERJAN, C. V.; Galvo, F.; Kuniyoshi, Y. S.; Hatschbach, G. G. As unidades fitogeogrficas do
Estado do Paran. Cincia & Ambiente. P. 75 92. 2002.
26
DESVENDANDO O PASSADO ATRAVS DOS FSSEIS
Bruna Fernanda Eleuterio (CAPES - PIBID), Geografia, Unespar Cmpus de Campo
Mouro, [email protected].
Jessica de Oliveira Guimares (CAPES - PIBID), Geografia, Unespar Cmpus de Campo
Mouro, [email protected].
Sandra Terezinha Malysz (CAPES PIBID), Geografia, UnesparCmpus de Campo
Mouro, [email protected].
RESUMO: O estudo dos fsseis de fundamental importncia para o conhecimento de como
era o nosso planeta no passado. De acordo com Popp (1988), os fsseis so restos, impresses
ou outros indcios de formas de vida, animal ou vegetal encontrados naturalmente dentro das
rochas, capazes de nos revelar as condies climticas ou ambientais do passado. O estudo dos
fsseis na escola possibilita ao aluno a reflexo sobre a evoluo do planeta Terra e evoluo
da vida. Neste contexto, foi desenvolvido um projeto de pesquisa e ensino com alunos do 6
Ensino Fundamental, objetivando possibilitar aos mesmos a compreenso da importncia dos
fsseis tanto para o entendimento de transformaes nos ambientes do planeta, quanto na
utilizao dos fsseis enquanto recurso. A metodologia consistiu em pesquisas bibliogrficas e
pesquisa qualitativa a partir da pesquisa ao com a insero pedaggica das bolsistas do PIBID
junto aos alunos dos sextos anos do Colgio Estadual Marechal Rondon, no municpio de
Campo Mouro (PR), no ano de 2014 e de 2015. Como as crianas ainda tm dificuldades de
abstrao e compreenso trabalhou-se com a temtica em uma abordagem crtica; aulas
dialogadas; utilizao de recursos audiovisuais; visita tcnica ao Museu de Geologia da
Unespar; oficina com confeco de rplicas dos fsseis utilizando argila e alguns moldes
(dinossauros de brinquedos, ossinhos, folhas, dentre outros) e; desenho do aluno. A
diversificao de metodologias e a abordagem de diferentes dimenses do conhecimento
possibilitaram aulas dinmicas, alunos motivados e interessados no saber e; conhecimento
significativo.
Palavras-chave: Fsseis, Ensino de Geografia, Oficina.
REFERNCIA
POPP, J.H. Geologia Geral 4 ed. Rio de Janeiro; So Paulo. LTC Livros Tcnicos e
Cientficos, 1988.
27
POLTICAS PBLICAS PARA A MANUTENO DE REAS VERDES URBANAS:
UM ESTUDO SOBRE OS PARQUES URBANOS DE CAMPO MOURO-PR
Josimari de Brito Morigi, (Grupo de Estudos Urbanos da Fecilcam - GEURF),
UNESPAR- Campus de Campo Mouro, [email protected]
RESUMO: O presente estudo tem como objetivo analisar a importncia da implantao de polticas
pblicas voltadas para a manuteno de reas verdes urbanas, destacando os resultados de um estudo
realizado sobre os parques urbanos presentes na cidade de Campo Mouro-PR. Adotaram-se como
procedimentos metodolgicos a pesquisa bibliogrfica sobre a temtica das reas verdes urbanas e dos
parques urbanos. Posteriormente, analisou-se o Plano Diretor de Campo Mouro e a Legislao
Municipal referente questo ambiental e arborizao urbana, com a pretenso de verificar o
planejamento e a manuteno dos parques urbanos mouroenses. Tambm se realizou pesquisa in locus
nos parques urbanos, para realizar um levantamento da infraestrutura e de sua localizao dentro do
espao urbano. Aps a concluso da pesquisa pde-se concluir que os parques urbanos de Campo
Mouro necessitam de alguns cuidados por parte do poder pblico, especialmente no que corresponde
manuteno adequada de suas infraestruturas e mobilirios e a oferta de maior segurana para seus
usurios. Alm disso, os prprios frequentadores destes espaos pblicos precisam se conscientizar dos
benefcios que essas reas florestadas dentro do espao urbano proporcionam para melhorar a qualidade
do ar, da esttica dos bairros, assim como melhorar a qualidade de vida da populao mouroense, e por
tais motivos, precisam zelar por esses ambientes.
Palavras-Chave: Gesto Ambiental. reas Verdes Urbanas. Polticas Pblicas. Manuteno dos Parques
Urbanos.
INTRODUO
H algumas dcadas, as questes referentes ao ambiente urbano ainda no tinham sido
delineadas de forma precisa. Alm disso, no se considerava a relao entre o crescimento urbano, a
preservao ambiental e a qualidade de vida, pois at ento as reas verdes urbanas eram vistas como
espaos que tinham suas funes voltadas especialmente para a esttica e o lazer.
No entanto, a partir da dcada de 1980, momento em que a questo ambiental foi
institucionalizada no aparelho estatal brasileiro, essa temtica obteve maior destaque, pois se teve a
percepo da necessidade de se considerar o espao urbano como um espao em constante evoluo,
vinculado aos problemas ambientais e qualidade de vida da populao urbana. Desse modo, nas
ltimas dcadas as discusses referentes aos problemas ambientais se intensificaram de forma
expressiva. Teve-se tambm uma intensificao das discusses sobre a qualidade ambiental das reas
urbanas e esta temtica acabou tornando-se, de certa forma, obrigatria no meio acadmico-cientfico.
Nas ltimas dcadas houve um crescimento no interesse por parte dos pesquisadores pela
realizao de pesquisas cientficas voltadas para o estudo das transformaes ocorridas no espao, sejam
estas de cunho econmico, social, poltico, cultural e ambiental. Em se tratando especialmente das reas
verdes urbanas, importante enfatizar que os parques urbanos, igualmente s demais reas verdes
urbanas (praas, parques fluviais, parque balnerio e esportivo, jardim botnico e jardim zoolgico, etc.)
apresentam um papel de extrema importncia no espao urbano no que diz respeito sustentabilidade,
28
visto que abrigam em alguns casos, a maior parte da vegetao presente no permetro urbano de
determinadas cidades, colaborando assim, para a melhoria da qualidade ambiental, paisagstica e esttica
do espao urbano. neste contexto que diversos pesquisadores tm desenvolvido estudos voltados para
as reas verdes urbanas, ressaltando, sobretudo, os benefcios da vegetao no espao citadino.
Em sntese, ressalta-se que os parques apresentam um papel essencial no espao urbano,
contribundo para a melhoria da qualidade ambiental, paisagstica e esttica. Por conseguinte, o presente
estudo tem como objetivo analisar a importncia da implantao de polticas pblicas voltadas para a
manuteno dos parques urbanos, evidenciando os resultados de um estudo realizado sobre os parques
urbanos presentes na cidade de Campo Mouro - Paran.
MATERIAIS E MTODOS
Para alcanar os objetivos propostos pela investigao, realizou-se o levantamento terico em
livros, dissertaes e artigos cientficos que versam sobre a temtica das reas verdes urbanas e dos
parques urbanos. Em seguida, analisou-se o Plano Diretor de Campo Mouro e a legislao municipal
referente questo ambiental e a arborizao urbana, com o escopo de verificar o planejamento e a
manuteno dos parques urbanos mouroenses.
Salienta-se que ao desenvolver um levantamento sobre as leis referentes questo ambiental no
municpio de Campo Mouro, encontrou-se: a Lei n1040/97, que dispe sobre o Cdigo de Arborizao
e Ajardinamento Urbano do Municpio de Campo Mouro. A Lei n 1077/97 que dispe sobre a poltica
de proteo, controle, conservao e recuperao do meio ambiente no municpio de Campo Mouro, e
a Lei n 1851/2004 que torna obrigatrio o plantio de espcies componentes do cerrado de Campo
Mouro em todas as reas verdes urbanas e nos espaos pblicos, presentes neste municpio. Todavia,
ao analisar estas leis, verificou-se que nas mesmas no h um detalhamento dos procedimentos a serem
realizados e nem das exigncias com relao s espcies arbreas e ao porte das rvores que devem ser
plantadas nos logradouros, nos canteiros centrais e nas caladas das vias pblicas. Tambm no foram
encontrados quaisquer outros indicadores para manuteno dos parques urbanos.
Durante a anlise desse conjunto de documentos, primou-se identificar o que foi pensado pelo
poder pblico para o melhor uso e manuteno dos parques urbanos. Apesar de as leis supramencionadas
no terem sido criadas especificamente para os parques urbanos, vale ressaltar que suas normas e
diretrizes tambm podem ser usadas para os parques urbanos. No obstante, no basta apenas a
existncia dessas leis para que seja assegurada uma boa gesto dos parques urbanos e demais reas
verdes urbanas, preciso que a legislao existente seja posta em prtica.
Tambm foi realizada a pesquisa de campo nos parques urbanos, com a pretenso de realizar
um levantamento e analisar a situao da infraestrutura, do mobilirio e de sua localizao dentro do
29
espao urbano, e tambm para fazer registros fotogrficos destes logradouros para dar subsdios
realizao de anlises posteriores.
APRESENTAO DA REA DE ESTUDO
O municpio de Campo Mouro tem sua sede que leva o mesmo, est localizado na Mesorregio
Centro Ocidental Paranaense (Figura 1), tem sua economia baseada principalmente na agricultura e
considerado plo regional da Mesorregio supracitada, constituda por 25 municpios. Sua populao
total de acordo com o censo demogrfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE)
realizado em 2010 de 87.194 habitantes, sendo 82.676 habitantes residentes na rea urbana. Possui
rea total de 757, 876 Km e densidade demogrfica de 115, 05 hab./Km (IBGE, 2011). Sua rea urbana
abrange cerca de 1.943,32 hectares.
Figura 1: Localizao do municpio de Campo Mouro (PR).
Organizado por: Morigi (2014).
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Como a cobertura vegetal nativa presente em determinada regio est fortemente atrelada aos
aspectos climticos que abrange o espao. Cabe abordar, ainda que brevemente, as principais
caractersticas do clima no municpio de Campo Mouro. Clima este, que nas consideraes de Kppem
(1948) apud Massoquim et al. (2011), classificado como do tipo Cfa Subtropical mido
Mesotrmico caracterizado por apresentar veres quentes e geadas poucos frequentes. A maior
incidncia pluviomtrica acontece nos meses mais quentes, estes apresentam mdia de temperaturas
superior a 22 C e os meses mais frios apresentam mdia inferior a 18C. O autor tambm salienta que
no se tem uma estao seca definida neste municpio. E que a pluviosidade mdia para esta regio gira
em torno de 1.500mm anuais.
Em relao s formaes fitogeogrficas, segundo Roderjan et al. (2002), o municpio de Campo
Mouro se localiza em uma zona de transio climtica que apresenta diferentes tipos e formaes
vegetacionais, onde ocorre um ectono de Floresta Estacional Semidecidual Montana (Floresta
semicaduciflia) e Floresta Ombrfila Mista Montana (Floresta com Araucria) e incide de um encrave
da formao de Cerrado.
De acordo com Maack (1968), muito embora o clima de Campo Mouro seja estvel, no
Quaternrio Antigo houve variaes climticas radicais em todo o Brasil e como resultado teve-se a
origem de um tipo de vegetao atpica em alguns pontos do territrio paranaense, denominada de
Cerrado.
Ainda segundo o autor o Cerrado presente no Paran no est inserido neste estado como um
bioma, mas a vegetao encontrada nestes locais apresenta famlias e espcies com fitofisionomia
caracterstica da vegetao encontrada no Bioma Cerrado que est distribudo nos estados de: Gois,
Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, So Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Cear,
Maranho, Rondnia e Piau.
Este encrave cobria uma rea de aproximadamente 102km, dessa rea, remanescentes ainda
podem ser encontrados na Estao Ecolgica do Cerrado de Campo Mouro (13.330m) e terrenos
baldios situados nas reas perifricas da cidade (MAACK, 1968). E tambm podem ser encontradas
algumas espcies caractersticas do Cerrado, como por exemplo, o Barbatimo (Stryphnodendron
adstringens), no Parque Robson Dacilk Paitach, situado nas dependncias do Colgio Estadual Unidade
Plo.
RESULTADOS E DISCUSSES
Em primeiro lugar, vale destacar que o estudo das questes da problemtica ambiental urbana,
e, por conseguinte, da questo das reas verdes urbanas tem sido objeto de estudo das mais variadas
reas do conhecimento nas ltimas dcadas, desde a Geografia, a Botnica, a Biologia, a Agronomia, a
Arquitetura, o Urbanismo, a Administrao Pblica, a Engenharia Florestal, etc. Alm disso, as
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discusses alternam-se entre a funcionalidade paisagstica e esttica das cidades e ainda com relao
sua funo social, priorizando a questo do bem estar da populao.
Um dos elementos propulsores para o crescimento no quantitativo de estudos voltados para esta
temtica foi o fato de que as reas verdes converteram-se nos principais smbolos de defesa do meio
ambiente, tanto pela sua degradao, quanto pelo restrito espao que comumente lhes destinado nos
centros urbanos (LOBODA, 2003).
Conforme os dados do IBGE (2010), cerca de 84% da populao brasileira reside em cidades.
Tal concentrao tem colaborado com o crescimento acelerado e desordenado apresentado pelas cidades
no transcorrer do tempo, fruto de fluxos migratrios inter-regionais e tambm do xodo rural,
acarretando diversas consequncias socioambientais. Assim, no transcorrer do tempo teve-se uma
expressiva reduo do quantitativo de vegetao presente nas reas urbanas brasileiras (MILANO &
DANCIN, 2000).
A cidade, conforme explana Carlos (2005, p. 26): [...] um modo de viver, pensar, mas tambm
sentir. O modo de vida urbano produz ideias, comportamentos, valores, conhecimentos, formas de lazer,
e tambm uma cultura. Em meio a essa dinamicidade pode-se observar, de modo mais acentuado nos
grandes centros, o estabelecimento de um ritmo de vida ainda mais acelerado que faz com que as
relaes sejam cada vez mais objetivas, menos intimistas e humanizadas. Observa-se ainda um ambiente
urbano cada vez mais antropizado, onde o concreto prevalece na paisagem urbana.
Ao explicar sobre os transtornos causados pela degradao ambiental nos centros urbanos, Moro
(1976, p. 15) esclarece:
Que a constante urbanizao nos permite assistir, em nossos grandes centros
urbanos, a problemas cruciais do desenvolvimento nada harmonioso entre a cidade e
a natureza. Assim, podemos observar a substituio de valores naturais por rudos,
concreto, mquinas, edificaes, poluio etc..., e que ocasiona entre a obra do homem
e a natureza crises ambientais cujos reflexos negativos contribuem para degenerao
do meio ambiente urbano, proporcionando condies nada ideais para a sobrevivncia
humana (MORO, 1976, p. 15).
Cabe advertir que os termos reas verdes, espaos/reas livres, arborizao urbana, verde
urbano, tm sido frequentemente utilizados no meio acadmico-cientfico com o mesmo significado
para designar a vegetao intraurbana. Contudo, importante destacar que a maioria deles no so
sinnimos, e sequer se referem aos mesmos elementos. Nesse sentido, a seguir ser destacado o
significado do termo rea verde, na concepo de diversos pesquisadores.
Cavalheiro e Del Picchia (1992) destacam que, do ponto de vista conceitual, uma rea verde
sempre um espao livre e segundo eles, os espaos livres desempenham basicamente papel ecolgico,
no amplo sentido, de integrador de espaos diferentes, baseando-se, tanto no enfoque esttico, como
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ecolgico e de oferta de reas para o desempenho de lazer ao ar livre. (CAVALHEIRO; DEL
PICCHIA, 1992, p. 31).
Considerando as reas verdes como uma categoria dos espaos livres de construo,
importante ressaltar que Mazzei et al. (2007, p. 35) ressaltam que estes termos no so sinnimos e que
o planejamento das reas verdes objetiva[...] atender demanda da comunidade urbana por espaos
abertos que possibilitem a recreao, o lazer e a conservao da natureza. Alm disso, os mesmos
autores explanam que: [...] as reas verdes no so necessariamente voltadas para a recreao e o lazer, objetivos
bsicos dos espaos livres, porm devem ser dotadas de infraestrutura e equipamentos para oferecer opes de
lazer e recreao s diferentes faixas etrias, a pequenas distncias da moradia (que possam ser percorridas a p)
(MAZZEI et al.., 2007, p. 39).
Complementando o exposto, Morero et al. (2007, p. 20) entendem que:
[...] as reas verdes englobam locais onde predominam a vegetao arbrea, praas,
jardins e parques, e sua distribuio deve servir a toda populao, sem privilegiar
qualquer classe social e atingir as necessidades reais e os anseios para o lazer, devendo
ainda estar de acordo com sua estrutura e formao (como idade, educao, nvel
scio-econmico).
Conforme destacam Lima et al. (1994), as reas verdes so espaos livres de construo, no qual
o elemento principal de composio a vegetao, juntamente com o solo livre de concreto, ou seja, o
solo permevel, o qual deve ocupar no mnimo 70% da rea. Incluem as praas, os jardins pblicos e os
parques urbanos. Alm disso, os canteiros centrais de avenidas, os trevos e rotatrias permeveis das
vias pblicas e reas que exercem funes estticas e ecolgicas tambm so conceituadas como reas
verdes.
A partir de uma viso mais aprofundada, Vaz (2008) salienta que so consideradas reas verdes,
os espaos que possuem um quantitativo considervel de vegetao arbrea, principalmente, as praas,
os jardins pblicos e os parques urbanos. Destaca-se que a estes locais so conferidas diversas funes
no contexto da qualidade ambiental urbana, desde o conforto trmico at a melhora considervel da
qualidade de vida dos habitantes citadinos, alm de considerar a sua importante funo enquanto espao
de sociabilizao da populao.
Como nesta pesquisa estuda-se o parque como rea verde urbana, torna-se necessrio apresentar
a definio do conceito de parque urbano, que apresentado por Macedo e Sakata (2003, p. 14), como
sendo: todo espao de uso pblico destinado recreao de massa, qualquer que seja o seu tipo, capaz
de incorporar intenes de conservao cuja estrutura morfolgica autossuficiente, isto , no
diretamente influenciada em sua configurao por nenhuma estrutura construda em seu entorno. Neste
caso, alm dos tipos de uso, funes e morfologia, deve-se tambm incluir a obrigatoriedade da presena
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da vegetao arbrea, pois a massa vegetal e seus efeitos positivos no ambiente urbano que de fato
diferencia o parque de outras reas verdes urbanas.
Com relao aos diversos benefcios que as reas verdes podem proporcionar ao espao urbano
e populao citadina, elenca-se a opinio de alguns autores, tais como: Cavalheiro e Del Picchia
(1992), Lima et al. (1994), Oliveira (1996), Nucci (2001), Vieira (2004), Toledo e Santos (2008), os
quais destacam que dentre os benefcios esto: o controle da poluio do ar e acstica, o aumento do
conforto ambiental, a estabilizao de superfcies por meio da fixao do solo pelas razes das plantas,
a interceptao das guas da chuva no subsolo reduzindo o escoamento superficial, o abrigo fauna, o
equilbrio do ndice de umidade no ar, a proteo das nascentes e dos mananciais, a organizao e
composio de espaos no desenvolvimento das atividades humanas, a valorizao visual e ornamental
do ambiente, a recreao, a diversificao da paisagem construda.
Deve-se ressaltar ainda que a vegetao tem efeitos diretos sobre a sade mental e fsica da
populao. Nesse sentido, Oliveira (1996) destaca ainda que estes efeitos podem contribuir para a
valorizao de reas para convvio social, valorizao econmica das propriedades e para a formao
de uma memria e do patrimnio cultural
Corroborando com o exposto, Loboda e De Angelis (2005) enfatizam que a qualidade de vida
urbana est diretamente vinculada a mltiplos fatores que esto agrupados na infraestrutura, no
desenvolvimento econmico-social e queles atrelados questo ambiental. No caso do ambiente
urbano, as reas verdes pblicas constituem-se elementos essenciais para o bem estar da populao, j
que pode influenciar de forma direta na sade fsica e mental da populao.
A Figura 2 retrata as principais funes das reas verdes no entendimento de Vieira (2004).
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Figura 2: Principais funes das reas verdes.
Fonte: Vieira (2004), adaptado por Morigi (2015).
Ao analisar a figura acima, pde-se perceber que so cinco as principais funes das reas
verdes, e elas esto ligadas ao bem estar da populao tanto no que se refere ao bem estar psicolgico e
fsico. Ao uso desses espaos pblicos como espaos de lazer e socializao. A importncia paisagstica
que estas reas desempenham no espao urbano. A importncia educativa, pois podem usar como
complemento durante uma aula de Geografia e/ou Biologia, por exemplo. Por fim, a importncia
ecolgica relacionada com a manuteno de um clima urbano agradvel, com a qualidade do ar, com a
infiltrao da gua no solo e a preservao de mananciais, alimentao da fauna, habitat da avifauna e
entomofauna, etc.
Cabe enfatizar ainda que as contribuies ecolgicas das reas verdes urbanas esto atreladas
presena de elementos naturais que compem esses espaos contribundo para a minimizao de alguns
impactos decorrentes da industrializao urbana. Por outro lado, a funo esttica est pautada
especialmente, no papel de integrao entre os espaos construdos e os espaos destinados circulao.
J a funo social encontra-se fortemente relacionada oferta de espaos populao citadina
(MORIGI, 2014).
De acordo com Loboda e De Angelis (2005), alm dos espaos criados luz da arquitetura,
ultimamente a percepo ambiental aufere status e passa a ser materializada na produo de praas e
parques pblicos nos centros urbanos. Com o intuito de melhorar a qualidade de vida, atravs da
recreao, da preservao ambiental, das reas de preservao dos recursos hdricos, e prpria
sociabilidade, desse modo, essas reas tornam-se atenuantes da paisagem urbana marcada pelo concreto
e pelas edificaes.
importante destacar que o crescimento acelerado e desordenado do espao urbano de muitas
cidades brasileiras passou a ser visto com certa preocupao pela sociedade, dado que tem contribudo
para o surgimento de diversos efeitos negativos sobre a qualidade de vida de seus moradores. Contudo,
ainda notrio o descaso por parte do Poder Pblico, em relao s reas verdes urbanas. Esse descaso
tem ocasionado diversos entraves para a populao citadina, tais como: o empobrecimento da paisagem
urbana, a falta de espaos de lazer para os moradores, a deteriorao do ambiente e tambm a
desvalorizao imobiliria das construes situadas ao entorno dos logradouros.
A legislao ambiental brasileira determina a proteo ou conservao de reas de relevncia
ambiental que ocupam uma expressiva parte do territrio, seja rural ou urbano. De modo a complementar
a legislao ambiental, a legislao urbanstica estabelece a existncia de espaos que possam contribuir
para o equilbrio ambiental das cidades. Sendo que a implementao da legislao faz parte do
desenvolvimento territorial de um pas, definido por Baudelle (2011) apud Steiner e Rckert (2013)
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como a demanda pela melhoria da funcionalidade das estruturas espaciais ou do prprio modo de
organizao da sociedade no espao.
Nesta conjuntura, deve-se tambm considerar o planejamento de espaos de relevncia
ambiental em reas urbanas, principalmente nas cidades de mdio e de grande porte, pela sua
importncia na prestao de servios ambientais, como, entre outros, a regulao de emisses gasosas,
do clima e do ciclo da gua. Diversas funes ecolgicas das reas verdes urbanas acabam se alterando
quando o sistema natural como um todo alterado e fragmentado, processo caracterstico em reas
urbanas densamente ocupadas e utilizadas. Desta forma, o planejamento ambiental e territorial de reas
verdes urbanas deve prever a manuteno de uma rede integrada de espaos de relevncia ambiental
junto s reas de uso de forma que as funes ecolgicas no sejam totalmente interrompidas (STEINER
& RCKERT, 2013).
De acordo com o Plano Diretor (2007), Campo Mouro conta com seis parques urbanos (Parque
Municipal Joaquim Teodoro de Oliveira, Parque Municipal Gralha Azul, Parque das Torres, Parque
Municipal Parigot de Souza, Parque Municipal Robson Daciuk Paitach e Parque Municipal do Distrito
Industrial I), os quais esto evidenciados na Figura 3. Sendo que todos os parques encontram-se situados
nas reas mais perifricas da cidade.
Alm dos parques urbanos supracitados, Campo Mouro tambm possui treze praas
distribudas em sua rea urbana, as quais so: Praa So Jos, Praa Aldo Casali, Praa Alice Alves
Macena, Praa Airton Paulo Cerqueira Alves, Praa Getlio Vargas, Praa Servidor Pblico Domingos
Maciel Ribas, Praa da Amizade, Praa Getlio Ferreira Salermo, Praa Rotary Verdes Campos, Praa
Alvorada, Praa Pedro Paulo Walker, Praa Bento Munhoz da Rocha Neto e Praa Abelardo.
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Figura 3: Localizao dos parques e praas presentes na cidade de Campo Mouro.
Fonte: Plano Diretor Municipal de Campo Mouro-PR (2007); Adaptado por: Morigi (2014).
Ao analisar a Figura 3 pde-se constatar que h uma carncia de parques e praas nas partes sul
e sudoeste da cidade. Alm do mais, os seis parques e as treze praas pblicas encontram-se espalhadas
no espao urbano mouroense que atualmente abriga segundo dados do IBGE (2010), uma populao
de aproximadamente 87.194 habitantes, representado uma quantidade de rea verde muito pequena para
uma cidade com esse porte populacional.
Nesse contexto, importante destacar que para Oliveira (2010) todas as cidades com populao
superior a 20 mil habitantes deveriam conter no mnimo 10% de seu espao urbano ocupados por reas
verdes. No entanto, ao somar os parques existentes em Campo Mouro, a rea total de 522.854,97 m,
desconsiderando neste clculo as reas de caladas ou edifcios dentro dos parques. Assim sendo, para
a rea urbanizada de Campo Mouro h apenas 2,69% de reas verdes, que corresponde aos seis parques
urbanos levantados. Porm, se considerarmos nesse clculo as praas e outros pontos verdes presentes
na cidade, a soma alcanaria o ndice de 3% de reas verdes na cidade, mantendo-se ainda muito baixo
do necessrio para uma cidade deste porte, se considerarmos a proposta percentual de Oliveira (2010).
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O Parque Joaquim Teodoro de Oliveira tambm conhecido como Parque do Lago (Figura 4) foi
criado em 1982, sendo o primeiro parque criado na cidade e o maior em amplitude, contando com uma
rea de 263.687,55m. Alm disso, dentre os seis parques presentes na cidade, este o que tem recebido
mais ateno por parte do poder pblico no quesito manuteno e remodelao, uma vez que ele o
parque mais frequentado pela populao.
Figura 4: Vista parcial do Parque Joaquim Teodoro de Oliveira (Parque do Lago).
Foto: Morigi (2013).
Dentre os atrativos presentes neste parque destacam-se: o Ecomuseu do Saneamento
(desativado), a concha acstica, o mirante, a academia da primeira e da terceira idade, o Monumento
Histrico - Marco Zero do Caminho do ndio, a pista de caminhada, a ponte, trs pequenos lagos
artificiais, uma quadra de vlei de praia, etc. O parque tambm possui atrativos naturais relevantes como
lagos, sendo que um deles, muito embora possua peixes e seja frequentado por animais, como capivaras,
por exemplo, encontram-se assoreado, pois foi originado a partir do represamento do Rio Mouro que
passa nas proximidades do parque, e esse processo foi efetuado sem a realizao de um planejamento
tcnico adequado. Os demais lagos presentes no parque contm pequenos peixes, porm, carecem de
maiores cuidados, pois apresentavam uma vegetao gramnea alta e tambm continham lixos e restos
de alimentos. Ou seja, alm de receber a devida ateno por parte do poder pblico, este parque tambm
precisa ser mais bem cuidado pelos seus frequentadores.
O Parque Municipal Gralha Azul (Figura 5) foi inaugurado em 2001, e abrange uma rea de
21.305,21m. Corresponde a uma rea protegida por lei como Unidade de Conservao e encontra-se
todo cercado e no possui infraestrutura. Durante o trabalho de campo observou-se que as galerias
pluviais presentes no mesmo vm causando eroso e acmulo de lixo. Alm disso, algumas das
nascentes que se encontram dentro do parque encontram-se desprotegidas pela ausncia de mata ciliar,
e possuem construes muito prximas a elas. Este parque no tem recebida a ateno necessria por
parte do poder pblico, pois no monitorado, assim como os outros parques e isso faz com que os
prprios usurios utilizem o mesmo de forma inadequada, seja jogando lixo, provocando incndios,
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entre outros problemas.