Anais Sobama 2003

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ISSN 1413-9006

Revista da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada - SOBAMAVolume 8 Nmero 1 Suplemento Dezembro, 2003

Editor-chefe

Eliane Mauerberg-deCastro

Editor-associado

Verena Junghhnel Pedrinelli

A revista da SOBAMA um rgo de divulgao da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA) . Copyright 2003 Revista da SOBAMA ISSN 1413-9006

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Pedro Amrico de Souza SobrinhoPresidente da SOBAMA

Marco Tlio de MelloVice-Presidente da SOBAMA

Mey de Abreu van MunsterSecretria Geral da SOBAMA

Joslei Viana de Souza1a. Secretria

Daniela Sanches MachadoTesoureira

Silvio Soares Santos1a. Tesoureira

Conselho FiscalPresidente

Francisco Camargo Netto Jane Gonzalez Elisabeth de Mattos Sonia Maria Ribeiro Carla Dants Macedo Manoel da Cunha CostaConselho Consultivo Suplentes Membros

Kathya Augusta Thom Lopes Katia Euclydes de Lima e Borges Sidney de Carvalho Rosadas Jos Jlio Gavio de Almeida Valria Manna Oliveira

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A revista da SOBAMA publica trabalhos de profissionais e pesquisadores de diferentes reas como educao fsica e esportes, fisioterapia, educao especial, psicologia e outras cujos manuscritos tenham perfis direcionados atividade motora adaptada ou pertinentes aos interesses dos leitores da revista da SOBAMA. Direitos Autorais A revista da SOBAMA reserva os direitos autorais dos artigos aqui publicados. Qualquer reproduo parcial ou total destes est condicionada autorizao escrita do editor da revista da SOBAMA. Indexador A revista da SOBAMA est indexada na SIBRADID Colaborao Adriana Ins de Paula Editorao Eliane Mauerberg-deCastro, Doutora em Cincias Debra F. Campbell, Jornalista e Doutoranda em Comunicao Apoio: UNESP/IB, Rio Claro, SP UFMG, Belo Horizonte, MG

Encaminhamento de Manuscritos A remessa de manuscritos para publicao, bem como toda e qualquer correspondncia dever ser feita para: Secretaria Geral: a/c Mey de Abreu van Munster Secretria Geral da Sobama Rua Guilherme Orlando Sabino, 111 Residencial Samambaia, So Carlos, SP CEP: 13565-555 e-mail: [email protected] ou diretamente com o Editor-chefe da Revista da SOBAMA Profa. Dra. Eliane Mauerberg-deCastro Departamento de Educao Fsica, UNESP Av. 24-A, 1515, Bela Vista Rio Claro, SP 13506-900 Fone: (x19) 3526-4333 Fax: (x19) 3534-0009 e-mail: [email protected] visite: http://www.sobama.br Periodicidade Anual

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Consultores Ad-hoc especialmente convidados Adriana Ins de Paula - UNESP, Presidente Prudente Alberto Martins da Costa - UFU, Uberlndia Carolina Paioli - UNESP, Rio Claro Edison Duarte - UNICAMP, Campinas Eliane Mauerberg-deCastro - UNESP, Rio Claro Elisabeth de Mattos - USP, So Paulo Marcia V. Cozzani - UNESP, Rio Claro Marli Nabeiro - UNESP, Bauru Mey van Munster - UFSC, So Carlos Neiza F. Fumes - UFAL, Maceio Ruth Eugnia Cidade e Souza, UFPR, Curitiba Sonia Maria Toyoshima Lima - UEM, Maring Verena Junghhnel Pedrinelli - UCB, So Paulo

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada

Palavras do presidenteNo ano em que o prprio Presidente da Repblica adiou o programa Fome Zero em funo da escassez de recursos financeiros, nos coube a honra e o desafio de realizar o V Congresso Brasileiro de Incluso. Uma exposio sobre Antnio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nos remete ao Brasil colnia pelos caminhos das Minas Gerais e nos encanta com sua obra maravilhosa. A programao apresenta artistas com necessidades e qualidades especiais, contempla a apresentao de trabalhos cientficos e seminrio sobre Educao Fsica Adaptada e Incluso. As mesas redondas relativas educao, lazer, polticas pblicas, trabalho e renda, sade, atividade e participao, esporteterapia e esporte de reabilitao inovam pela temtica, mantm a qualidade SOBAMA e UFMG e primam pela participao de pessoas com deficincia em vrias delas. A temtica tem como norte a incluso e se estende de aspectos psicolgicos aos odontolgicos, dos fisioterpicos aos teraputico-ocupacionais, da legislao educao especial, do lazer em academias ao esporte na natureza, das teorias s tecnologias. Face aos elevados custos e situao financeira atual, muitas despesas foram suprimidas como para distribuio de pastas, contratao de receptivos, empresas de organizao de eventos. Em compensao, os preos de inscrio so acessveis e, numa parceria com o Comit Paraolmpico Brasileiro, sero distribudas centenas de fitas de vdeo sobre esporte adaptado e paraolmpico, de ttulo Campeo, em que Chitozinho e Xoror nos encantam com sua voz e com uma letra maravilhosa. O V Congresso Brasileiro de Incluso SOBAMA/UFMG te espera. Analise a programao, venha ver a diversidade e qualidade de contedos e aproveite para exercer sua solidariedade na operacionalizao deste evento que de todos ns. Que Deus nos abenoe. Pedro Amrico de Souza Sobrinho Presidente

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ProgramaoPerodo: 24 a 27 de outubro de 2003 Local: Auditrio da Reitoria da UFMG Av. Presidente Antnio Carlos, 6627 - Pampulha - Belo Horizonte MG 24 de outubro de 2003 (sexta-feira) Solenidade de Abertura 20:00 s 22:00 h Auditrio da Reitoria da UFMG Apresentaes Artsticas Apresentao de danas de salo pela bailarina Carla Barrio e Companhia Apresentao de danas pelo grupo Sarandeiros, da Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG Coral do Ministrio de Surdos da Igreja Batista da Lagoinha Abertura Solene Abertura do congresso pela magnfica reitora da UFMG, professora Ana Lcia Almeida Gazzola e apresentao do tema A UFMG e a Incluso Saudao aos congressistas pelo presidente do Congresso Brasileiro de Incluso e presidente da SOBAMA, Pedro Amrico de Souza Sobrinho professor da UFMG Saudao aos congressistas pelo senador Hlio Costa Saudao aos congressistas pelo deputado federal Eduardo Barbosa vicepresidente da Conferncia Interamericana de Incluso Internacional - CILPEDIM Conferncia: Polticas Pblicas Federais de Incluso no Lazer e no Esporte Ministro do Esporte Agnelo Santos Queiroz Jnior

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Programao (cont.)25 de outubro de 2003, sbado Auditrio da Reitoria da UFMG 8:00 s 9:30 h Mesa Redonda: Incluso no Desenvolvimento Social e no Esporte Secretrio de Estado Joo Leite: Poltica de Desenvolvimento Social do Estado de Minas Gerais Vital Severino Neto Presidente do Comit Paraolmpico Brasileiro: Brasil Paraolmpico Urbano Marques - Universidade do Porto, Portugal: Polticas de Incluso Adotadas na Europa Coordenao: Pablo Juan Greco Diretor da Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG 9:30 s 10:00 h Abertura da Exposio sobre Antnio Francisco Lisboa: O Aleijadinho Curadora: Maria das Graas Ribeiro UFMG 10:00 s 12:00 h Incluso na Educao Vanessa Guimares Pinto - Secretria de Estado da Educao de Minas Gerais: Incluso de Estudantes com Necessidades Especiais no Ensino Regular Ana Lcia Almeida Gazzola Reitora da UFMG: Poltica de Incluso na UFMG

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)Deputado Federal Eduardo Barbosa - Vice-Presidente da Conferncia Interamericana de Incluso Internacional - CILPEDIM: Relao entre o Profissional Formado e as Qualificaes Demandadas Carlos Roberto Jamil Cury Membro do Conselho Nacional de Educao/ExPresidente da CAPES: Poltica de Aperfeioamento de Docentes e Incluso Liliane Camargos Representante do Corpo Discente na Comisso Permanente de Apoio ao Portador de Necessidades Especiais UFMG: Principais Demandas dos Estudantes, com Necessidades Especiais, Relativas Incluso Coordenao: Eliane Mauerberg-deCastro SOBAMA - UNESP, Rio Claro, SP 12:00 h Apresentao artstica por jovens com deficincia mental 12:15 h Instalao da comisso de Sistematizao das Propostas de Incluso Coordenao: Marco Tlio Mello SOBAMA - UNIFESP 14:00 s 16:00 h Auditrio da Reitoria da UFMG: Esporteterapia e Esporte de Reabilitao Pedro Amrico de Souza Sobrinho - SOBAMA - UFMG: A Esporteterapia como Indutora da Neuroplasticidade na Paralisia Cerebral Carlos Eduardo Negro - Diretor do Departamento de Reabilitao e Fisiologia do INCOR/USP: O Papel do Exerccio na Reabilitao Cardiovascular Ktia Euclydes de Lima e Borges - SOBAMA - UFMG: Atividade Fsica e Sndromes Psicticas

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)Luzimar Teixeira - SOBAMA - USP - Instituto Inspira: Atividade Fsica na Profilaxia e Teraputica da Asma Coordenao: Admilson Santos SOBAMA - UEFS 16:00 s 16:30 h Incluso na Educao Jos Rafael Miranda - SOBAMA/SEESP/MEC: Legislao Educacional e Incluso Coordenao: Manoel da Cunha Costa - SOBAMA - ESEF, PE 16:30 s 17:20 h Aspectos Psicolgicos da Incluso Dietmar Martin Samulski - UFMG: Motivao e Incluso Daniel Augusto dos Reis Ministrio Pblico - Ex-titular da Coordenadoria de Apoio e Assistncia Pessoa Portadora de Deficincia do Estado de Minas Gerais: O Corpo que Cerceia e o Corpo que Viabiliza Coordenao: Manoel da Cunha Costa - SOBAMA - ESEF, PE 17:20 s 17:30 h Intervalo 17:30 s 18:00 h Reabilitao e Incluso Luci Fuscaldi Salmella - UFMG: A Utilizao de Academias como Alternativa de Reabilitao de Pessoas com Seqelas de AVC Coordenao: ngela Zuchetto SOBAMA - UFSC 18:00 s 19:00 h Educao Inclusiva Eliane Mauerberg-deCastro SOBAMA - UNESP, Rio Claro : Referenciais Tericos sobre o Comportamento Motor e suas Adequaes Incluso na Educao Fsica Adaptada Coordenao: Rodolfo Novellino Benda - UFMG

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)26 de outubro de 2003, domingo Auditrio da Reitoria Sesso cientfica com apresentao de trabalhos 8:00 s 10:30 h Comunicao Oral 10:30 s 11:00 h Intervalo 11:00 s 12:00 h Sesso de posters 14:00 s 14:30 h Educao e Incluso Conferncias: Recursos Odontolgicos para o Paciente Especial Dorcas L.C. Assis - SESI - CIRA,MG: A Odontologia em Paciente Especiais Coordenao: Valria Manna Oliveira SOBAMA - UFU 14:30 s 15:00 h Educao Inclusiva Paulo Roberto Brancatti - SOBAMA - UNESP, Presidente Prudente: Adaptaes Curriculares Coordenao: Snia Maria Ribeiro - SOBAMA 15:00 s 15:30 h Educao Inclusiva Rodolfo Novellino Benda UFMG: Teoria da Aprendizagem Coordenao: Joslei Viana de Souza SOBAMA - UFMS

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)15:30 s 16:00 h A Formao de Conceitos pelo Aluno com Deficincia Visual Joo Antnio Menescal Conde SOBAMA - Instituto Benjamin Constant Coordenao: Ruth Eugnia Cidade SOBAMA - UFPR 16:00 s 16:30 h Incluso no Ensino Superior Maria das Graas Ribeiro - UFMG: Recursos Didticos para a Incluso de Educandos com Deficincia Visual Coordenao: Sigrid Bitter SOBAMA - UFU 16:30 s 17:00 h Educao Inclusiva Rosana Maria Tristo: Distrbios de Aprendizagem Coordenao: Priscila Augusta de Lima - UFMG 17:00 s 17:30 h Educao Inclusiva lvio Marcos Boato - SOBAMA - UnB: Estimulao Psicomotora na Educao Fsica Adaptada Coordenao: Ktia Euclydes de Lima e Borges SOBAMA - UFMG 17:30 s 19:00 h Incluso no Lazer e em Atividades de Academia Anderson Aurlio da Silva - UFMG: Preveno de Leses Jos Jlio Gavio - SOBAMA - UNICAMP: Lazer Junto Natureza para Pessoas com Deficincia Visual Lcia Sodr - SOBAMA - Sociedade Brasileira de Mergulho Adaptado: Mergulho Adaptado com Pessoas com Deficincia Jorge Steinhilber Presidente do Sistema CONFEF Coordenao: Cludio Augusto Boschi - CREF,MG

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)19:00 s 19:30 h Apresentao Artstica Cantor e Compositor Jos Carlos 19:30 h Auditrio da Reitoria da UFMG: Eleio da Diretoria da SOBAMA no Binio 2004-2005 Presidncia da Comisso Eleitoral: Francisco Camargo Netto 27 de outubro de 2003, segunda-feira Auditrio da Reitoria Sesso cientfica com apresentao de trabalhos 8:00 s 10:30 h Comunicao Oral 10:30 s 11:00 h Intervalo 11:00 s 12:00 h Sesso de posters 14:00 s 15:30 h Mesa Redonda: Incluso na Sade, Atividade e Participao Zoica Bakirtzief Representante para o Brasil da American Leprosy Missions: CIF Classificao Internacional de Funcionalidade, Deficincia e Sade; bem como Escala de Participao Elisabeth de Mattos SOBAMA - USP - Representante da IFAPA (International Federation of Adapted Physical Activity) Mauro Chrysstomo Ferreira Diretor de Redes Assistenciais da Secretaria de Estado da Sade de Minas Gerais: A Estrutura e o Papel das Redes Assistenciais no Processo de Incluso Coordenao: Edison Jos Corra UFMG - Presidente do Frum de Pr-Reitores de Extenso das Universidades Pblicas Brasileiras

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)15:30 s 16:00 h Tecnologia a Servio da Incluso Marco Niquini Grupo Fiat: Desenvolvimento de Solues Tecnolgicas Inovadoras (O Projeto Autonomy) Coordenao: Slvio Soares Santos SOBAMA - UFU 16:00 s 16:30 h Reunio dos Membros da Comisso de Sistematizao das Propostas de Incluso Coordenao: Marco Tlio Mello SOBAMA - UNIFESP 16:30 s 17:00 h Incluso no Trabalho e Renda Carmen Rocha Secretaria de Desenvolvimento Social e Esporte do Estado de Minas Gerais (ex-Diretora do Departamento de Qualificao Profissional do Ministrio do Trabalho) Joo Jos Pinto Reis - Empresa Brasileira de Correios (Diretor dos Correios de MG). Coordenao: Daniel Augusto dos Reis Ministrio Pblico 17:00 s 17:30 h Sade Mental e Incluso Simone Costa de Almeida UFMG Marta Soares - PBH: A Terapia Ocupacional na Incluso de Pessoas com Sofrimento Mental Coordenao: Ktia Euclydes de Lima e Borges - SOBAMA - UFMG 17:30 s 18:00 h Terapia Ocupacional e Incluso Educacional Marisa Cotta Mancini - UFMG: Fatores Preditivos de Participao de Estudantes com Necessidades Especiais no Ensino Regular Coordenao: Elisabeth de Mattos - SOBAMA - IFAPA - USP

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)18:00 s 18:30 h Terapia Ocupacional e Educao Inclusiva Lvia de Castro Magalhes - UFMG: A Terapia Ocupacional na Estimulao Psicomotora da Criana com Necessidades Especiais Coordenao: Elisabeth de Mattos - SOBAMA - IFAPA - USP 18:30 s 19:00 h Terceira Idade e Incluso Marcella de Assis Tirado - UFMG: Aspectos Selecionados da Atividade Fsica na Terceira Idade Coordenao: Jane Gonzalez - SOBAMA - PUCRS 19:00 s 20:00 h Seminrio de Educao Fsica Adaptada e Incluso (Auditrio da Reitoria da UFMG) Coordenao: Marco Tlio de Mello SOBAMA - UFSP e Jos Rafael Miranda - SOBAMA SEESP - MEC 20:00 h Encerramento do Congresso Brasileiro de Incluso UFMG/SOBAMA e do V Congresso Brasileiro da SOBAMA Qualificao dos Conferencistas Profissional Agnelo Santos Queiroz Jnior Ana Lcia Almeida Gazzola Anderson Aurlio da Silva Carlos Eduardo Negro Carlos Roberto Jamil Cury Carmen Rocha Qualificao Ministro do Esporte Reitora da UFMG Fisioterapeuta e professor de educao fsica Doutorado em Reabilitao Cardaca Membro do Conselho Nacional de Educao/ExPresidente da CAPES Ex-Diretora do Departamento de Qualificao Profissional do Ministrio do Trabalho

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)Qualificao dos Conferencistas Profissional Daniel Augusto dos Reis Dietmar Martin Samulski Dorcas L.C. Assis Edison Duarte Eduardo Barbosa Eliane Mauerberg-deCastro Elisabeth de Mattos lvio Marcos Boato Francisco Camargo Netto Hlio Costa Joo Antnio Menescal Conde Joo Leite Jos Jlio Gavio Jos Rafael Miranda Jorge Steinhilber Joslei Viana de Souza Ktia Euclydes de Lima e Borges Liliane Camargos Lvia de Castro Magalhes Luci Fuscaldi Salmella Lcia Sodr Luzimar Teixeira Manoel da Cunha Costa Qualificao Ministrio Pblico/Psiclogo e ex-Titular da Coordenadoria de Apoio e Assistncia Pessoa com Deficincia de Minas Gerais Doutorado pela Deutsche Sporthochschule Kln Coordenadora da Clnica Odontolgica para Pacientes Especiais do SESI/CIRA Doutorado Vice-Presidente da Conferncia Interamericana de Incluso Internacional - CILPEDIM Doutorado Doutorado Mestrado Doutorado Senador da Repblica Diretor Tcnico do Instituto Benjamin Constant Secretrio de Estado de Desenvolvimento Social Doutorado Representante da Secretaria de Educao Especial do MEC Presidente do Sistema CONFEF Mestrado Doutoranda pela Universidade do Porto Representante do Corpo Discente da UFMG em Comisso Especial de Incluso Doutorado pela Universidade de Chicago Doutorado pela Queens University/Canad Diretora Tcnica da Sociedade Brasileira de Mergulho Adaptado Doutorado Doutorado pela Universidade do Porto

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora AdaptadaProgramao (cont.)Qualificao dos Conferencistas Profissional Marcella de Assis Tirado Maria das Graas Ribeiro Marisa Cotta Mancini Paulo Roberto Brancatti Pedro Amrico de Souza Sobrinho Priscila Augusta de Lima Rodolfo Novellino Benda Rosana Maria Tristo Simone Costa de Almeida Urbano Marques Vanessa Guimares Pinto Vital Severino Neto Zoica Bakirtzief Doutorado Diretora do Museu de Morfologia da UFMG Doutorado pela Universidade de Boston Mestre em Filosofia da Educao pela UNIMEP Presidente da SOBAMA Doutorado em Psicologia da Educao/ USP Doutorado pela USP Doutorado Fisioterapeuta/Mestranda pela UFMG Doutorado pela Secretria de Estado de Educao e ex-Reitora da UFMG Presidente do Comit Paraolmpico Brasileiro Doutorado em Psicologia pela USP/Coordenadora Nacional de Programa de Pesquisa Internacional Multicntrica sobre Excluso Social de Pessoas com Deficincias Qualificao

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V Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada Sumrio

Temas Livres ............................................................................................................................................ 1 Relato de Experincias ............................................................................................................................ 27 Programa de Apresentao Oral ..................................................................................................................55 Programa de Apresentao de Posters ................................................................................................ 63 Normas para publicao da Revista da Sobama ........................................................................................73 Informaes sobre a sociedade.............................................................................................................. 79 ndice de autores .................................................................................................................................... 83

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Revista da Sobama Dezembro 2003, Vol. 8, n.1, Supl. pp. 1-25

Resumos Temas Livres

Polticas Educacionais Inclusivas para Criana Deficiente: Concepes e Veiculaes no Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte 1978-1999Cristina Borges de OliveiraE-mail: [email protected] Este trabalho uma sntese da dissertao de mestrado Polticas educacionais inclusivas para a criana deficiente: concepes e veiculaes no Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte (CBCE) 1978-1999, defendida junto ao programa de ps-graduao da FEF/UNICAMP. Seu objetivo ampliar a sistematizao de conhecimentos e contribuir para o avano das reflexes na EF sobre a criana deficiente. Problema: Quais as incurses tericas e prticas sobre a educao da criana deficiente tm marcado a produo dos pesquisadores da educao fsica divulgada no/pelo CBCE 1978-1999. As fontes de coleta de dados foram: Revista Brasileira de Cincias do Esporte (RBCE) no perodo 19781999; anais do Congresso Brasileiro de Cincias do Esporte (CONBRACE), documentos internacionais que fornecem diretrizes para a implantao de polticas inclusivas como o Programa de Ao Mundial para as pessoas deficientes (PAM) de 1982, a Declarao de Jontiem (1990), a Declarao de Salamanca (1994), a legislao brasileira (LDB 9394/96, Constituio/1988), a literatura especfica sobre infnciasociedade e educao especial no Brasil. Anlise dos dados: Mtodo anlise de contedo com enfoque dialtico. 1 o Pranlise: primeiras leituras e diviso do material em eixos temticos. 2 o Descrio analtica: aprofundamento dos estudos e construo de um quadro que apresenta todas as publicaes no/do CBCE sobre deficincia no perodo recortado. Seleo apenas dos textos completos, ou seja, 17 publicaes para interpretao inferencial. 3o Interpretao inferencial: estabelecimento de relaes entre a problemtica de pesquisa e a realidade scio-educacional ampla. A interpretao recaiu sobre o campo epistemolgico utilizando a matriz referencial de anlise. Categorias de anlise: nvel metodolgico: emprico-analtica, frenomenolgicohermenutica e crtico-dialtica; nvel tcnico: tipo de pesquisa, instrumentos de coleta e metodologia de anlise dos dados; nvel terico: temticas abordadas, objetivos, propostos, autores mais citados, propostas e crticas apresentadas; nvel epistemolgico: concepes de criana/ infncia/deficincia. Concluses: Identificamos uma viso naturalizada de criana enquanto ser inocente e puro, de

infncia como tempo de felicidade, e de deficincia como dficit biolgico, negao das diferenas. Hegemonias do jogo, da dana e da natao como contedos mais utilizados e atrelados questo do prazer e socializao; ecletismo conceitual e fragilidade terica; hegemonia de concepes naturalizantes e a-histricas de criana, infncia e deficincia; prticas centradas na experincia direta sem avano para nveis mais elaborados de conscincia; pouca nfase na transmisso de conhecimento que venha proporcionar a emancipao, autonomia e senso crtico.

Programa de Educao Fsica Adaptada: Poder Pblico e Iniciativa Privada em uma Parceria de Incentivo Incluso Social da Pessoa com DeficinciaIvan Teixeira Cardoso 1, Mrcia Cristina Aparecida de Oliveira2, Fernanda Hiplito Haddad2, Murilo Caccioli de Oliveira2, Flvio Gomes Fraga1, Caio Ferraz Cruz2,31

Prefeitura de Santo Andr; 2 Adapta Atividade Fsica Orientada; 3 UniABC Santo Andr - So Paulo - Brasil E-mail: [email protected]

O Programa de Educao Fsica Adaptada (PEFA) uma realizao da Prefeitura de Santo Andr - SP, Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Departamento de Esporte. Em 1993 iniciou-se o atendimento de aproximadamente 90 pessoas com deficincias em uma piscina pblica, semi-olmpica, coberta e aquecida, tendo como objetivo o ensino da natao, com prazer, segurana e o mximo de independncia, para fins de lazer, manuteno da sade ou competio esportiva, visando melhora da auto-estima e da autonomia. Com o intuito de melhorar o atendimento, tanto no que diz respeito qualidade quanto quantidade, a administrao pblica, em comum acordo com a populao (organizada na Associao pela Cidadania do Deficiente - ACIDE), empenhou-se para a construo de um novo equipamento - o Ncleo de Apoio Natao Adaptada de Santo Andr (NANASA), buscando recursos no Oramento Participativo Municipal. Em paralelo construo da obra, o Departamento de Esporte e a ACIDE firmaram parceria com o Plo Petroqumico do Grande ABC, possibilitando a contratao de profissionais de educao

Temas Livres

fsica, aquisio de materiais e realizao de eventos, e com a Universidade do Grande ABC (UniABC), que destinou 15 bolsas de estudo para os alunos do curso de educao fsica estagiarem no PEFA, aumentando de seis para vinte e cinco o nmero de profissionais e estudantes envolvidos diretamente. O atendimento, que era de 90 pessoas, passou a ser de 218 pessoas, assim distribudas: 58% do sexo masculino e 42% do sexo feminino; por faixa etria: 6% de 2 a 5 anos, 39% de 6 a 12 anos, 25% de 13 a 18 anos, 17% de 19 a 29 anos, 12 % de 30 a 60 anos e 1% com mais de 60 anos; por deficincia: 44% deficincia mental, 31% deficincia fsica, 3% deficincia visual, 1% deficincia auditiva, 13% deficincias fsica e mental, 2% deficincias mental e visual, 1% deficincias fsica e visual, 1% deficincias mental e auditiva, 1% deficincias fsica, mental e visual, 1% deficincias fsica, mental e auditiva, 1% deficincias mental, visual e auditiva e 1% deficincias fsica, mental, visual e auditiva. O PEFA tem como objetivo final incentivar os alunos que aprenderam a nadar ou adaptaram-se ao meio lquido a freqentar locais pblicos ou privados para que continuem a exercitar a competncia adquirida como meio de incluso social.

nveis daqueles estados negativos, tais como, sinto-me triste, intil e desagradvel. A anlise dos dados possibilitou verificar alteraes nos aspectos emocionais, indicando que a prtica da atividade fsica pelos idosos melhora seu estado de nimo, contribuindo assim para a melhora de sua qualidade de vida.

O Estgio em Educao Fsica Aadaptada na Formao do Profissional de Educao Fsica: Um Juzo DiscenteIvan Teixeira Cardoso 1, Caio Ferraz Cruz2,3, Murilo Caccioli de Oliveira2, Flvio Gomes Fraga 1, Mrcia Cristina Aparecida de Oliveira2, Fernanda Hiplito Haddad 21

Prefeitura de Santo Andr, 2 Adapta Atividade Fsica Orientada, 3 UniABC Santo Andr - So Paulo - Brasil E-mail: [email protected]

Interferncia da Prtica de Atividade Fsica no Estado de nimo de Pessoas da Terceira IdadeMarcelo Jamil Humsi, Adriana Ins de Paula, Valter Luiz da Silva FelixUNIRP - So Jos do Rio Preto - SP - Brasil E-mail: [email protected] Atualmente os programas de atividade fsica para a terceira idade esto em evidncia, principalmente devido to propalada alteraes na qualidade de vida que eles propiciam. Essas alteraes podem ser observadas no apenas no comportamento motor, mas tambm no comportamento cognitivo, assim como nos aspectos afetivos e sociais (Spirduso, 1995; Gis, 2003). muito comum verificar um clima de alegria entre os grupos de terceira idade, principalmente quando envolvidos com a prtica da atividade fsica. Sendo assim, objetivo desse trabalho foi comparar o estado de nimo de idosos antes e aps a prtica da atividade fsica. Para tanto, 9 participantes, sendo 7 mulheres e 2 homens, com idade mdia de 60,5 ( 4,5), freqentadores a mais de um ano do Grupo da Terceira Idade do SESC-Rio Preto, responderam a uma lista de estado de nimo reduzida e ilustrada, elaborada por Volp (2000) que consiste de 16 diferentes estados de nimo. Estes estados variam desde sinto-me feliz/alegre at sinto-me com medo, e permitiu aos participantes graduar a intensidade desses estados em 4 nveis: muito forte, forte, pouco e nunca. Uma lista foi apresentada pr- e outra ps-prtica de 30 minutos de alongamento. Os resultados indicaram um aumento nos nveis de estados de nimo positivos, tais como: sinto-me agradvel, cheio de energia, ativo, e uma diminuio nos

Uma parceria entre a Universidade do Grande ABC (UniABC) e a prefeitura de Santo Andr, SP possibilita que alunos do curso de licenciatura em educao fsica da UniABC complementem e enriqueam sua formao acadmica, oferecendo-lhes a oportunidade de realizar um estgio extracurricular no Programa de Educao Fsica Adaptada (PEFA) do Departamento de Esporte da Prefeitura de Santo Andr. So oferecidas 15 bolsas de 50% da mensalidade do curso para que os alunos selecionados por professores do PEFA e da UniABC cumpram 20 horas semanais no Ncleo de Apoio Natao Adaptada de Santo Andr (NANASA), onde so oferecidas aulas de iniciao natao para pessoas com deficincias. Alm dos estagirios da UniABC, h trs estagirios selecionados por concurso pblico da prefeitura. As aulas ocorrem de tera a sexta e s segundas h reunies para capacitao dos estagirios e avaliao dos alunos do PEFA. O estgio tem como objetivo proporcionar aos estudantes uma experincia em educao fsica adaptada, preparando o futuro profissional para lidar com situaes reais e aplicar seus conhecimentos obtidos no curso. Foi elaborado um questionrio com questes fechadas a fim de verificar, sob o ponto de vista dos estagirios, que aspectos so mais importantes no estgio, quais suas maiores dificuldades e se h relao entre o estgio e o contedo das disciplinas do curso. Dos 17 estagirios que responderam o questionrio, 41% consideram que o mais importante a aprendizagem na prtica, 41% a aquisio de experincia profissional, 12% o convvio com pessoas com deficincia e 6% o trabalho com natao. Ningum considera a bolsa o aspecto mais importante. 76% colocam em terceiro lugar (numa escala de 1 a 6) o convvio com pessoas com deficincia. Como aspecto menos importante (sexto lugar na escala), 47% consideram o trabalho com natao. Em relao s dificuldades, as respostas foram bem variadas: 29% consideram que o maisRevista da Sobama Dezembro 2003, Vol. 8, n.1, Supl. pp. 1-25

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difcil compreender o aluno e 29% consideram que conhecer a deficincia e as caractersticas de cada aluno. 100% responderam que h relao entre o estgio e as disciplinas do curso. As disciplinas mais citadas foram: natao (15 citaes), educao fsica adaptada (10), biomecnica (7), fisiologia (6), crescimento e desenvolvimento (4), psicologia (4) e aprendizagem motora (3). Conclui-se, portanto, que o estgio tem atendido s expectativas dos estudantes quanto complementao da formao acadmica e que a universidade tem desenvolvido nestes estudantes competncias, conhecimentos e habilidades que se aplicam diretamente prtica profissional.

compe de portadores de deficincia fsica com dificuldades para se posicionar durante as atividades. Dos alunos que responderam ao questionrio, 17 no conhecem a tecnologia assistiva e 22 acreditam que poderiam melhorar a qualidade de suas aulas se a tecnologia assistiva estivesse mais integrada na atividade motora adaptada como um todo. Nas respostas sobre descrever e apontar a funo da tecnologia assistiva verificamos que a maioria tem pouco conhecimento sobre ela. Conclumos que a escassez de conhecimento e a relevncia da tecnologia assistiva em ampliar as possibilidades de experincias motoras apontaram a importncia da divulgao desse assunto entre os professores que atuam com a atividade motora adaptada.

O Conhecimento de Tecnologia Assistiva pelo Professor de Educao Fsica AdaptadaAlda Snia Peres Brasileiro, Maria da Consolao G. Cunha F. TavaresUNICAMP Campinas SP Brasil E-mail:[email protected] Durante a elaborao de um programa de atividade motora adaptada, preciso ter em mente que a educao fsica deva contemplar a todos. Por isso, a atividade dever ser adaptada de acordo com a necessidade de cada aluno. Para obter melhor desempenho, muitas vezes ser necessrio adaptar o equipamento pessoa, bem como o ambiente em que a atividade ser desenvolvida. Preenchendo esses aspectos estaremos praticando a tecnologia assistiva. Ao considerar a importncia da tecnologia assistiva, a amplitude de servios que ela oferece hoje e, ao mesmo tempo, sabendo que os conhecimentos em tecnologia assistiva se encontram dispersos e pouco acessveis na literatura, questionamos: ser que os alunos do curso de atividade motora adaptada conhecem e/ou aplicam esse instrumento? O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento e a experincia com a tecnologia assistiva entre os alunos do Curso de Especializao de Atividade Motora Adaptada da FEF, UNICAMP. Realizamos uma pesquisa de campo mediante a tcnica de aplicao de questionrio que incluiu perguntas relacionadas com o local de atuao, tipo de clientela, se atua com atividade motora adaptada, se na clientela h pessoas com deficincia fsica, se encontra dificuldades para posicion-lo durante a realizao das atividades, se conhece a tecnologia assistiva, se utiliza, e se acredita que poderia melhorar a qualidade de suas aulas se a tecnologia assistiva estivesse mais integrada atividade motora adaptada como um todo. Para finalizar, solicitamos descrever e apontar a funo da tecnologia assistiva. A partir da anlise dos questionrios, pudemos constatar que, entre os 26 sujeitos pesquisados, dos quais constavam 20 professores de educao fsica, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e um pedagogo, onde a maioria atua com a atividade motora adaptada em instituies, escolas e academias, e que sua clientela se

O Professor de Educao Fsica: Opinio das Pessoas com DeficinciaSonia Maria Toyoshima Lima, Josiane Fujisawa Filus, Edison Duarte, Ane Beatriz Dalquano, Raphael Loureno Lang Dias, Karenn Patrcia NakadaUEM UNICAMP Paran Brasil E-mail: [email protected] O trabalho com atividade fsica para pessoas com deficincia um campo emergente na rea da educao fsica. A cada dia cresce mais o nmero de pessoas com deficincia que procuram desenvolver atividades fsicas por motivos de lazer, reabilitao, esportiva e desportiva competitiva. Observa-se porm, que a demanda de profissionais na rea especfica ainda est deficitria, considerando que os egressos de uma universidade no se sentem preparados para trabalhar com essa populao. Qual ser a viso da pessoa com deficincia que desenvolve a prtica de uma atividade fsica? Desta forma, procuramos desenvolver uma pesquisa para verificar a opinio das pessoas com deficincia a respeito da presena do professor de educao fsica para o desenvolvimento de uma atividade fsica. Utilizamos como instrumento de pesquisa a entrevista estruturada, tendo como grupo amostral dez pessoas com deficincia fsica, sendo seis mulheres e quatro homens que participavam do V Encontro Nacional do Centro de Vida Independente (CVI) realizado em Maring, Paran. Os participantes eram representantes de diferentes estados do Brasil. Entre os principais resultados identificamos que, os entrevistados consideram muito importante a presena do profissional de educao fsica para orientao nas atividades. Eles enfatizam que os professores no so terapeutas ou fisioterapeutas, mas profissionais que buscam orient-los nas atividades, no apenas para a reabilitao e tratamento. Todos os entrevistados informaram a dificuldade em participar de um programas de atividade fsica apresentando como fatores principais: a falta de disponibilidade do professor em oferecer um atendimento mais individualizado, e a falta de estrutura dos locais para a prtica da atividade fsica. Identificamos tambm a preocupao de alguns

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entrevistados sobre a formulao de conceitos sobre a pessoa com deficincia. Eles apontam a formao profissional como responsvel na desmistificao, comentando que, enquanto profissionais, a dessensibilizao de suma importncia, pois os mesmos devem informar sobre a diversidade humana. Ao analisar as opinies, conclumos que entre os entrevistados fica a percepo de que os professores de educao fsica, que esto trabalhando com essa populao, demonstram apresentar conhecimento sobre o trabalho desenvolvido. Os entrevistados acreditam que os cursos de formao em educao fsica estejam preparando profissionais para trabalhar com essa populao, embora mencionem a responsabilidade sobre a desmistificao social. Outro destaque relatado foi sobre o vnculo afetivo que os mesmos encontram no professor de educao fsica, comentando que o professor no v a pessoa com deficincia no modelo mdico, ou como uma pessoa que se reabilita, mas como aquele que trabalha o todo no indivduo.

ambientes adjacentes (quadras poliesportivas) e da dinmica da atividade fsica. Constatou-se a necessidade a) a reestruturao dos espaos fsicos, b) a importncia da presena do intrprete com formao na mesma rea acompanhando-os permanentemente facilitando a compreenso da sinalizao e contedos, c) a criao de um espao para a aprendizagem da LIBRAS, cultura surda e convivncia com outros surdos dentro da estrutura do curso, e d) reunies semestrais com corpo docente e surdos acadmicos. Atravs desse estudo, foi possvel perceber que o intrprete LIBRAS inserido no contexto do esporte e da atividade fsica necessita de condies especficas para exercer a mediao e que necessrio mais estudos nessa rea.

Educao Fsica Escolar para Alunos de Classes Especiais: Deficientes Auditivos e VisuaisGiselle de Arruda Barreiros da Motta, Gracielle Santiago Barbosa, Paulo Roberto BrancattiUNESP Campus de Presidente Prudente SP E-mail: [email protected] O papel da educao fsica inclusiva vem aumentando sua atuao nas escolas gradativamente, aps amplos debates surgidos na rea a partir dos anos de 1980. Esta discusso enfatiza a necessidade de se trabalhar com a populao deficiente priorizando atividades que envolvam aes corporais. Dentre estes princpios, a disciplina da educao fsica inclusiva escolar participa plenamente no desenvolvimento corporal do indivduo, melhorando as habilidades motoras, cognitivas, afetivas e sociais, desempenhando, deste modo, seus objetivos. atravs de jogos e brincadeiras, atividades recreacionais, iniciao esportiva e atividades de danas, selecionadas e adaptadas a cada deficincia especfica, que nossa atividade de aula planejada e executada, respeitando os limites e a individualidade do aluno. As atividades so estendidas para duas salas especiais, uma com alunos com deficincia auditiva e outra visual, num total de quinze alunos, crianas e adolescentes. Durante este perodo de trabalho, maro de 2003 at o presente momento, foi possvel constatar notveis mudanas em relao s habilidades motoras, cognitivas e afetivas. As crianas so motivadas a participar das aulas, revelando seus interesses nas atividades propostas. Finalmente, como estagirias no projeto na rea, este trabalho tem nos motivado muito para contribuir com nossa formao acadmica do curso de educao fsica da F.C.T. / UNESP de Presidente Prudente.

Interpretao em Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no Curso de Educao Fsica: O Olhar do Intrprete e do Acadmico SurdoPaula Streb Nogueira, Fabrcio Mhler RamosUniversidade Luterana do Brasil - ULBRA RS Brasil E-mail: [email protected] O intrprete de LIBRAS exercendo a mediao entre ouvintes (professor universitrio) e surdos (alunos), refletindo na formao profissional do acadmico de educao fsica surdo. O objetivo deste estudo descrever e analisar as experincias do uso da LIBRAS nesse contexto sobre o ponto de vista do intrprete e do acadmico. A metodologia deste estudo de cunho descritivo atravs de observao participante do intrprete de LIBRAS, graduada em educao fsica e nove surdos acadmicos de educao fsica, de ambos os sexos na faixa etria de 20 a 35 anos. Foram feitos registros das situaes de interpretao no perodo de dois anos, acompanhando nove acadmicos; e tambm as discusses com os mesmos sobre essa mediao, incluindo o depoimento de um acadmico de terceiro semestre. Assim, o estudo subdividiu-se em duas perspectivas: a percepo do intrprete de LIBRAS abordando a) situaes cotidianas nas mediaes realizadas em aulas tericas, b)prticas com ou sem uso de materiais, c) prticas em espao aberto, e d)aulas com utilizao da msica e movimento; e a percepo do acadmico surdo participante dessas situaes. Os resultados deste estudo apontam para necessidades especficas para o trabalho do intrprete no curso de educao fsica. Necessidades que, se atendidas, melhoram a compreenso do surdo. De acordo com o intrprete, h algumas dificuldades no exerccio da mediao em aulas tericas, pela movimentao dos docentes e uso de recursos audiovisuais e, nas aulas prticas, pela distrao dos

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Consideraes da Pessoa com Deficincia sobre a Atividade FsicaAne Beatriz Dalquano, Raphael Loureno Lang Dias, Karenn Patrcia Nakada, Sonia Maria Toyoshima Lima, Josiane Fujisawa Filus, Edison DuarteUEM - Maring - PR - UNICAMP Campinas SP Brasil E-mail:[email protected] Pesquisadores na rea do exerccio fsico tm comprovado que a prtica da atividade fsica, juntamente com a devida escolha do como praticar, identificando as condies fsicas e individuais, so requisitos bsicos e fundamentais para que participantes possam obter uma qualidade de vida mais eficaz para suas atividades de vida diria (AVD). Nesse aspecto, cada vez mais as pessoas envolvem-se com a prtica de uma atividade fsica. No diferente desse contexto, as pessoas com deficincia tambm buscam cada vez mais participar das atividades. A partir da oportunidade de estar em um encontro onde quase todos os presidentes, vicepresidentes e/ou representantes do Centro de Vida Independente (CVI) de quase todos os estados do Brasil participavam, realizamos uma pesquisa com objetivo de verificar a opinio das pessoas com deficincia sobre a atividade fsica e se os mesmos desenvolviam alguma prtica esportiva. Utilizamos como instrumento de medida uma entrevista estruturada, com dez participantes, sendo seis mulheres e quatro homens que participavam do Encontro Nacional do CVI, realizado em Maring Paran. Constatamos que todos os entrevistados consideram a prtica da atividade fsica muito importante, apresentando como fatores importantes, o auxlio e o benefcio sade, e a socializao ao desenvolver a prtica. Apesar destas consideraes, e lamentando o fato, somente 20% desenvolviam efetivamente alguma atividade fsica. As justificativas recaram nas dificuldades de deslocamento (de casa ou do trabalho para o local da prtica) e na falta de adaptaes em academias e ginsios de esportes. Os motivos que os levam a participar das prticas so: pela prpria prtica do exerccio fsico para o lazer, sade, mas principalmente, pela competio desportiva. Conclumos com estes resultados que as pessoas com deficincia querem muito desenvolver uma prtica esportiva. Porm, tambm identificamos, atravs das falas, que ainda existem vrios obstculos sociais e estruturais a serem vencidos, como: deslocamento, barreiras arquitetnicas, mas principalmente as dificuldades quanto ao preconceito. Um dos entrevistados comenta que: tem que mudar, no s o preconceito para com a pessoa com deficincia, mas tem que mudar o esprito do preconceito e que a gente tem que estar aberto a mudanas e transformaes. Consideramos que muitas conquistas j se efetivaram, mas que muitas limitaes ainda se instauram como obstculos na contra-mo da autonomia e da independncia das pessoas com deficincia.

O Profissional de Educao Fsica e a Educao Inclusiva nas Escolas Estaduais da Cidade de BauruUbiratan Franco de Godoy, Chimenia X. C. da Silva, Lvia M. C. Rolim, Ricardo Vitrio, Sabrina A. Giacon, Shirley R. Perissinoto, Marli Nabeiro LAPEF/Departamento de Educao Fsica UNESP Bauru SP Brasil E-mail: [email protected] Atualmente um dos maiores desafios no setor pblico de ensino a questo da educao inclusiva, e a educao fsica tem por finalidade auxiliar nessa poltica de ensino, incluindo seus alunos com necessidades especiais e evitando segregaes em suas aulas. Dessa forma, essencial que o professor tenha em sua formao conhecimento suficiente para que no haja nenhuma barreira para o ensino de seus alunos com necessidades especiais. Assim, o presente trabalho props uma anlise para obter informaes de como se encontra a educao inclusiva dentro das aulas de educao fsica regular no sistema pblico de ensino na cidade de Bauru/SP. Com o auxlio da Diretoria Regional de Ensino de Bauru, foram distribudos questionrios para todos os professores de educao fsica da rede que esto atuando neste momento, abordando, por exemplo, sua formao e sua prtica com alunos com necessidades especiais. Foram analisados 122 professores de 54 escolas de um total de 72 da regio de Bauru. Dentre os professores, 50% que atuam na rede hoje, concluram sua graduao nas dcadas de 70 e 80, sendo que apenas no final dos anos 80, mais especificamente em 1987, o Conselho Federal da Educao sugere que os currculos de graduao em educao fsica sejam modificados incluindo a educao fsica adaptada como contedo. Os outros 50% dos professores concluram a graduao aps a dcada de 90, porm, mesmo esses professores que concluram o curso nesse perodo apenas 54% tinham em seus currculos a educao fsica adaptada. Os ndices se agravam em relao a cursos de extenso e especializao especfica ou, que de certa forma, abordaram o assunto, com apenas 17% dos 122 professores que responderam ao questionrio. Estes dados configuram uma situao incoerente, pois mesmo sem os contedos da rea, os professores tm o desafio de atuar com alunos com necessidades especiais em suas aulas. Conclui-se que os professores esto despreparados para uma eficaz atuao nas aulas de educao fsica regular na educao inclusiva. Baseado neste trabalho, sugerimos uma interveno imediata que proporcione a preparao destes profissionais para uma atuao de sucesso junto aos alunos com necessidades especiais.

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A Famlia no Processo de Incluso Social da Pessoa com DeficinciaIvan Teixeira Cardoso 1, Murilo Caccioli de Oliveira2, Mrcia Cristina Aparecida de Oliveira2, Fernanda Hiplito Haddad2, Flvio Gomes Fraga 1, Caio Ferraz Cruz2,32

(Re)Construindo a Histria das Pessoas com Deficincia na Educao Fsica: Um Estudo a Partir dos Alunos (as) do Ncleo de Educao Fsica e Esporte Adaptado (NEFEA)Joo Danilo B. de Oliveira, Admilson SantosNcleo de Educao Fsica e Esporte Adaptado (NEFEA) - UEFS Bahia Brasil E-mail: [email protected] A sociedade moderna passa por um perodo de desenvolvimento de polticas de incluso social para as pessoas com deficincia. Segundo Sassaki (1997), para entendermos esse novo paradigma na educao fsica fazse necessrio analisar/pesquisar a histria desses sujeitos no contexto da prtica de atividades motoras, esportivas e de lazer. Este trabalho tem como objetivo (re) construir as histrias dos alunos do NEFEA na histria da educao fsica. Utilizamos para a realizao deste trabalho original, classificado como qualitativo, a pesquisa descritiva. O mtodo de coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada e a interpretao dos dados feita atravs da tcnica de anlise do discurso de Bardin (1997). Neste caso, o grupo pesquisado encontrou-se como informante e objeto do estudo. A amostra contou com 12 alunos com deficincia que realizam atividades no NEFEA, com idades entre 19 e 46 anos, sendo nove do sexo masculino e trs do feminino. Dentre eles, cinco so portadores deficincia visual, seis deficincia fsica e um com mltiplas deficincias. A partir da interao dos depoimentos com nossa pesquisa bibliogrfica mapeamos diferentes rumos da educao fsica com essas pessoas: 1. educao fsica escolar, 2. educao fsica especial (instituies especializadas), 3. educao fsica e esporte de competio, resaltando que essa no ocorre separadamente. Percebemos tambm uma lacuna entre a produo de discursos nesta reas e sua materializao na prtica das aulas de educao fsica e nas atividades motoras esportivas e de lazer.

Prefeitura de Santo Andr Adapta Atividade Fsica Orientada, 3 UniABC Santo Andr - So Paulo - Brasi E-mail: [email protected]

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A Prefeitura de Santo Andr com o patrocnio do Plo Petroqumico do Grande ABC e apoio da Universidade do Grande ABC (UniABC) e da Associao pela Cidadania do Deficiente (ACIDE) desenvolve dentro do Programa de Educao Fsica Adaptada (PEFA) um curso de iniciao natao, que tem por objetivo incentivar pessoas com deficincia a participarem de atividades esportivo/recreativo/ culturais em locais pblicos ou privados. A durao do curso de um a trs semestres e aps este perodo o aluno desligado e incentivado a exercitar esta competncia adquirida para fins de manuteno da sade, recreao ou competio. Com o intuito de saber se o aluno dar continuidade prtica da natao ou outras atividades esportivo/culturais aps seu desligamento, elaborou-se uma avaliao composta por duas fases, sendo entrevista e questionrio respectivamente. Participaram da avaliao oitenta pessoas, sendo os familiares ou s vezes o prprio aluno. Na entrevista foi explicado o significado de atividades esportivo/culturais e anotado o que era realizado antes e aps iniciar o curso. No questionrio foi perguntado o pretendido aps a sada do curso. Para no ocorrer influncia nas respostas, era obrigatrio a no identificao, alm de no haver a presena do entrevistador e a folha deveria ser colocada em uma urna. Dos 80 alunos que responderam o questionrio: 49% realizavam atividades esportivo/culturais com regularidade (aulas de ginstica, natao, msica, pintura) e 51% no realizavam atividades. 20% continuam a realizar atividades aps sua entrada no curso e 80% desistiram das outras atividades ou j no as faziam. 90% tm a inteno de realizar regularmente uma ou mais atividades esportivo/culturais, sendo que 74% pretendem continuar a praticar natao alm de outras modalidades esportivas e 16% preferem atividades culturais. 6% no pretendem procurar atividades esportivo/culturais, alegando que no existem atividades para seus filhos ou cansao do familiar. 4% no entregaram o questionrio. Conclui-se que devido a elevada porcentagem de familiares e alunos que alegam interesse em procurar outros locais para dar continuidade s atividades esportivo/culturais verifica-se a necessidade em acompanhar estas famlias para legitimar tal inteno. Outras respostas indicaram a necessidade de ampliao desta pesquisa a fim de compreender melhor a resistncia incluso e quais mecanismos para tornar o PEFA mais eficiente e assim alcanar seus propsitos.

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Representao Social do Ncleo de Educao Fsica e Esporte Adaptado no Olhar das Pessoas Portadoras de DeficinciaJoo Danilo B. de Oliveira, Admilson SantosNcleo de Educao Fsica e Esporte Adaptado (NEFEA) UEFS Bahia E-mail: [email protected] Este estudo qualitativo, classificado como terico-empirista vem pesquisar/refletir a educao fsica e o esporte para pessoas portadoras de deficincia (PPD). Para tanto, exigiu o dilogo constante entre autores da rea atravs da pesquisa bibliogrfica, bem como, do grupo pesquisado, atravs do levantamento das representaes sociais. O objetivo deste estudo localizar e levantar discusso acerca dos elementos principais da representao social dos alunos NEFEA sobre a importncia deste ncleo e suas influncias no processo de incluso social. Para tal utilizamos a metodologia de Abric (1994), O Ncleo Central da Representao Social que, segundo este autor, (...) toda representao est organizada em torno de um ncleo central, que determina ao mesmo tempo, sua significao e sua organizao interna. Para tanto, estabelece critrios metodolgicos a serem seguidos e organizados em trs etapas: investigao do contedo da representao, estudo das relaes entre os elementos da representao, sua importncia relativa e sua hierarquia e a determinao do ncleo central com a verificao da centralidade da hierarquia e centralidade posta em evidncia. Encontramos os elementos centrais no grupo pesquisado ancorados no anseio e na luta dos movimentos de e para deficientes, por uma participao mais efetiva na sociedade e que vem a importncia do NEFEA-UEFS como um local onde podem demarcar espaos e firmarem seus direitos de participao social. Apesar de, com esse estudo, percebermos que houve grandes avanos no trato dos conhecimentos da educao fsica e de sua base epistemolgica para atender as PPD, essa rea ainda precisa avanar mais e produzir conhecimentos que viabilizem uma educao fsica inclusiva.

Vistos como improdutivos, os deficientes so isolados e deixados margem de um processo de construo histrica. Como ento perceber e retirar da marginalidade um corpo teoricamente improdutivo, incapaz, assexuado e por vezes visto como doente: o corpo da mulher deficiente? Assim, quais as representaes que mulheres portadoras de cegueira tm da sade-doena? Os objetivos so: identificar quais so as representaes de sade-doena de mulheres portadoras de cegueira congnita e investigar se estas representaes podem interferir na sua relao com a sociedade. Para o desenvolvimento deste estudo estamos utilizando a pesquisa qualitativa com roteiro de entrevista semi-estruturada. At o momento algumas representaes esto surgindo com maior freqncia: normalidade mesmo com minha doena, no deixo de fazer nada; solidariedade pessoas que enxergam podem ajudar a gente. O que fica evidente por enquanto o mito da cegueira enquanto doena. 1 Ncleo de Educao Fsica e Esporte Adaptado (NEFEA)

Desenvolvimento de Metodologia de Avaliao das Competncias e Desempenho dos Profissionais da Equipe de Sade da Famlia e sua Relao com as Causas do Abandono da Caminhada pelos HipertensosRoselane da conceio Lomeo, Alberto Hatim Ricardo, Ivana Cristina de H.C. BarretoEscola de Sade da Famlia Visconde de Sabia Sobral Cear Brasil E-mail: [email protected] Introduo: A hipertenso arterial uma doena de alta prevalncia, atingindo cerca de 15 a 20% da populao adulta. No Brasil, estudos regionais mostram que na regio nordeste, as prevalncias vo de 7 a 40%. Tomando em considerao a importncia da incorporao dos pacientes hipertensos atividade fsica sistemtica e, ao mesmo tempo, o fato do comum abandono, consideramos de grande utilidade a elaborao de uma metodologia para abordagem das causas de abandono relacionadas a competncia e desempenho das equipes de sade da famlia. Objetivo: Desenvolver uma pesquisa sobre a competncia e desempenho das equipes da sade da famlia em relao incorporao e ao acompanhamento dos pacientes hipertensos includos na prtica sistemtica da caminhada no municpio de Sobral/CE. Descrio da experincia: Foram desenhadas vrias estratgias, como: avaliao do processo de incorporao do grupo e a atuao profissional dos membros da equipe de sade (mdico, enfermeira, educadora fsica, fisioteraputa, nutricionista, auxiliar de enfermagem). Para tanto, foram contemplados diferentes critrios e instrumentos, para avaliar o referido processo de trabalho individual e grupal. Entre os instrumentos utilizados esto as entrevistas, e os questionrios de avaliao de competncia e desempenho profissional e tcnica de grupo7

Representao de Sade-Doena por Mulheres Portadoras de Cegueira CongnitaSandra Regina Rosa Farias1, Admilson Santos, Maria Lcia Silva ServoUEFS Bahia - Brasil E-mail: [email protected] O nosso estudo surge a partir da participao da mulher na sociedade. Ao longo do tempo, percebermos que o corpo feminino se tornou alvo de determinaes e imposies s quais foi obrigada a se moldar em busca de uma aceitao ou normalidade. Indo na contra-mo desta normalidade, como podemos discutir sobre o corpo da mulher deficiente numa sociedade de eficientes, de corpos belos e saudveis?Revista da Sobama Dezembro 2003, Vol. 8, n.1, Supl., pp. 1-25

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focal. A amostra consta de 30 pacientes hipertensos, na faixa etria de 55 a 78 anos submetidos a teraputicas de tratamento. Resultado: contamos com uma metodologia que nos permitiu acompanhar e avaliar a aderncia ao tratamento e as intervenes educativas necessrias para alcanar as competncias necessrias para se obter resultados eficientes atravs da prtica sistemtica da atividade fsica. Ainda, a metodologia serviu para verificar as causas do abandono do paciente hipertenso incorporado ao grupo de caminhada. No perodo de novembro de 2002 a agosto de 2003, 31% dos hipertensos abandonaram a caminhada. Nenhuma das causas do abandono foi atribuda ao desempenho e competncia da equipe de sade da famlia. Concluso: As causas do abandono da caminhada pelos pacientes hipertensos so atribudas a vrios fatores que no esto relacionados com a competncia e desempenho da equipe de sade da famlia e sim a problemas de sade (66,66%), falta de apoio da famlia (22,22%) e crena religiosa (11,11%).

Essa pesquisa ressalta o quanto interessante retomar o tema interdisciplinaridade mostrando cada vez mais sentido e orientao ao trabalho em grupo junto populao portadora de deficincia mental, apresentando e considerando finalmente que esta ainda est por ocorrer.

Acessibilidade para Cadeirantes e Cegos em Clubes e Academias do Municpio de So Leopoldo: Um Estudo Descritivo-ExploratrioRangel Ricardo Garcia Maciel, Cludio Marques MandarinoUNISINOS So Leopoldo - RS Brasil E-mail: [email protected] Este estudo trata da acessibilidade em clubes e academias para as pessoas que so cadeirantes e cegas (CC)no municpio de So Leopoldo. Os seus objetivos esto em fazer um levantamento sobre as adaptaes que visam garantir aos dois segmentos o acesso ao esporte e ao lazer bem como verificar se os clubes e academias esto adequando-se s normas da NBR 9050. Definimos, portanto o seguinte problema: De que forma os clubes e academias garantem a acessibilidade para os CC no municpio de So Leopoldo? O trabalho est dividido em duas partes: a)na primeira tratamos da acessibilidade, prticas desportivas e de lazer na cidade. O crescimento das cidades ainda no conseguiu contemplar o espao para o lazer urbano relacionado s pessoas CC em dois aspectos: a autonomia e segurana (Lei 10.098) e a eliminao das barreiras urbansticas. Se, para Dumazedier (1975) o lazer um conjunto de ocupaes de livre vontade para divertir-se, recrear-se e formar-se, fundamental que isto seja garantido para todas as pessoas. Garantir a acessibilidade dos CC aos locais de lazer, como clubes e academias, alm de ser um direito queles que procuras estes locais dever dos responsveis por estes estabelecimentos. b)Este um estudo descritivo-exploratrio. Participaram do estudo 6 clubes e 16 academias. O instrumento para a coleta de dados constou de oito itens que tratavam da acessibilidade: smbolo internacional de acesso (SAI); quadra desportiva; rebaixamento na calada de acesso ao local; sanitrios; trnsito interno e externo, no local, com cadeira de rodas; piso para trnsito de carros; sala multiuso e acesso ao piso superior. Verificou-se a freqncia e os percentuais das variveis envolvidas. Os dados nos mostraram que somente 9,1% dos estabelecimentos possuam o SAI. Em relao s quadras desportivas somente 18,2% as possuam. Destas. desportivas sendo que somente 6% delas possuam acessibilidade. 50% dos clubes e academias encontram-se no centro da cidade e os demais distribudos em sete bairros. Somente 40,9% dos locais visitados possuem rebaixamento nas calados para o acesso. Em relao aos sanitrios encontramos 13,6% de acesso e 9,1% com barras. Para acesso pelas escadas, somente 9,1% dos locais possuam adaptaes no corrimo. Para hidratar-

A Interdisciplinaridade nas Instituies Especializadas de Taubat, Trememb e Pindamonhangaba - SP: Uma Questo Tambm da Educao FsicaCntia Campos Pierotti, Jos Luiz RodriguesUNICAMP - So Paulo - Brasil E-mail:[email protected] O presente estudo, de natureza qualitativa, apresenta uma investigao quanto aos aspectos interdisciplinares ligados educao fsica em instituies especializadas que atendem pessoas portadoras de deficincia mental das cidades de Taubat, Trememb e Pindamonhangaba - SP, sob a tica dos professores de educao fsica das mesmas. Os dados foram coletados utilizando como forma metodolgica de pesquisa de campo a entrevista semi-estruturada, e analisados sob o compartilhamento de idias de diversos autores como Japiassu, Fazenda, Andrade, Rodrigues, etc. em uma reviso de literatura. Os dados deram embasamento para uma reflexo sobre o modo com que os profissionais de educao fsica, atuantes na rea da educao especial, enxergam a interdisciplinaridade em sua conceituao, entendimento e aplicabilidade. Ainda, os dados permitiram uma reflexo sobre o modo com que estes profissionais notam ou no sua real importncia para um alcance efetivo de objetivos em comum dentro de instituies especializadas cujo quadro profissional composto por diversas disciplinas. Conclui-se com esse trabalho que os profissionais de educao fsica dessas instituies ainda apresentam uma viso muito limitada sobre os aspectos interdisciplinares. Ainda, que a educao fsica s no mais aplicada, ou at mesmo, aplicada de maneira mais coerente, porque os mesmos, no conseguiram ainda notar que o dilogo e a complementao de conhecimentos s sugerem um trabalho mais rico s pessoas que se encontram sob seus cuidados.

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se, 13.6% dos bebedouros esto acessveis. O piso externo acessvel somente em 36,4%. Internamente 40,9% dos locais so acessveis e 9,1% destes espaos possuem rampas internas. Nas vias para carros, 63,7% so de asfalto, 31,8% de paraleleppedo e 4,5% de terra. As salas de multiuso so acessveis em 13,6% dos locais. Concluso: o estudo nos mostra que a garantia para o lazer e o desporto, atualmente, est dificultada por uma sria de impedimentos relacionados acessibilidade.

Para ter acesso interno nas salas 20% so acessveis, 55% no e 25% para algumas salas. Dos locais investigados 45% encontram-se no centro da cidade e os demais distribudos em cinco bairros. Na concluso, destacamos que cabe ao poder pblico, em conjunto com as entidades, firmarem o compromisso no atendimento e na adequao da acessibilidade aos CDs. Conforme a anlise dos vinte locais onde aconteceu a pesquisa, poucos possuem algum tipo de adaptao para a populao CD, enquanto os demais no possuem. Nota-se que esta inexistncia de adaptaes impede que o CD se desloque com autonomia e segurana e possa desfrutar de atividade de lazer e desporto.

Condies de Acessibilidade dos Cadeirantes no Municpio de Minas do Leo: Um Estudo Descritivo-Exploratriolida Marisa Flres Luiz, Cludio Marques MandarinoULBRA Canoas RS Brasil E-mail: [email protected] Este estudo trata de uma anlise sobre as condies de acessibilidade dos cadeirantes (CDs) no municpio de Minas do Leo. O seu objetivo est em identificar o acesso desta populao. Neste trabalho so abordados temas sobre a cidade, a acessibilidade para os CDs e a garantia de lazer e esporte a esta populao. O tema em foco permite analisar a cidade atravs da paisagem e do espao. A paisagem um conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranas que representam as sucessivas relaes localizadas entre homem e natureza. o conjunto de elementos naturais e artificiais que, fisicamente, caracterizam uma rea. Os espaos so as formas mais a vida que as anima. O espao sempre um presente, uma construo horizontal, uma situao nica. O espao um sistema de valores que se transforma permanentemente (Santos, 1996, p.83). Na segunda parte, iniciamos com a metodologia. Este um estudo descritivo-exploratrio. Foram analisados 20 locais identificando a freqncia e os percentuais nas questes relativas acessibilidade em clubes, praas pblicas, campos de futebol, escolas e ginsios desportivos (locais). Na anlise e discusso dos dados foram identificados o ginsio municipal e cinco escolas que apresentam condies de acessibilidade. O instrumento para a coleta de dados constou de sete itens que tratavam da acessibilidade: quadra desportiva; rebaixamento na calada de acesso ao local; sanitrios; trnsito interno e externo, no local, com cadeira de rodas; piso para trnsito de carros; sala multiuso e acesso ao piso superior. Em relao s quadras desportivas somente 20% possuam acessibilidade e somente 5% possuam o piso adequado para a prtica do basquetebol sobre cadeira de rodas. Em relao aos sanitrios, 15% dos locais possuam acessibilidade. Para o trnsito externo locais, 15% possuem barreiras arquitetnicas, 70% no e 15% possuem parte das adaptaes necessrias. Para ter acesso aos locais somente 5% tinham calada adaptada. Em relao via para carros, 34,6% de asfalto, 26,9% de paraleleppedo e 38,5% terra.

Anlise das Condies de Lazer Desportivo da Populao com Necessidades Especiais no Municpio de So Leopoldo RS: Um Estudo Descritivo ExploratrioCludio Marques Mandarino, Maria Aparecida Marques da Rocha, Maura Corcini Lopes, Euclides Redin, Andra Fricke Duarte, Clia Maria Teixeira, Cnara dos Reis Barbosa, Paulo Ricardo Oliveira DiasUNISINOS So Leopoldo - RS - Brasil E-mail: [email protected] Esta pesquisa teve como objeto de investigao as condies de vida das pessoas com necessidades especiais (PNE) no municpio de So Leopoldo. O seu objetivo foi de subsidiar o Ministrio Pblico com dados sobre as PNE para que sejam garantidos os seus direitos, segundo o decreto n 3.298. Este projeto teve o apoio da FAPERGS/UNIBIC. A investigao aproxima-se do tema da Cidade. Santos (1993), Luz Ramos (1999) ao colocarem a cidade como um espao privilegiado de estudo, Mayol, Certeau e Giard (1997) ao trazerem a idia de bairro, vida cotidiana e organizao do espao, nos possibilitam olhar para So Leopoldo como um campo frtil de pesquisa. Este um estudo descritivoexploratrio. Utilizou-se um questionrio com 47 perguntas fechadas. Participaram da amostra 214 PNE: 37,4% de deficientes mentais, 23,3% de deficientes fsicos, 14,5% de cegos/deficientes visuais, 13,6% de deficientes mltiplos e 11,2% de surdos/deficientes auditivos. Analisaram-se as freqncias, os percentuais e cruzamentos de dados. Para esta anlise separamos duas categorias: transporte e lazer: na categoria do transporte 70% necessitam de transporte coletivo e 30% no, sendo que 50% possuem passe livre e 50% no; na categoria de desporto e lazer 40% responderam que praticam desporto e 60% que no o praticam. Em relao aos que praticam desporto (n = 85), 66% so do sexo masculino e 44% do sexo feminino sendo que 61,2% responderam que as praas satisfazem as suas necessidades e 38.8% responderam que no, porm, 31% responderam que as praas so prximas a sua residncia e 69% no. Entre os segmentos das PNE identificou-se que 47% dos deficientes9

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mentais, 17% dos def. Fsicos (DF), 83% dos surdos/DA, 35% dos cegos/DV e 11% dos def. mltiplos praticam desporto. Percebe-se que existe uma pequena participao do sexo feminino nas prticas desportivas, o segmento dos surdos/DA apresentou a melhor participao no desporto e a no adaptao dos nibus dificulta o acesso, principalmente, dos cadeirantes. Associado a isto, perceberse que os locais que poderiam estimular a participao do lazer desportivo, ou seja, as praas, esto distantes dos locais de moradia. Conclui-se que as condies de lazer das PNE no municpio de So Leopoldo apresentam uma baixa participao no lazer desportivo. Os elementos contribuintes para estes ndices passam pela falta de adaptao do transporte coletivo e as inexpressivas polticas pblicas voltadas as PNE.

e, nesta perspectiva, salientamos a falta de polticas pblicas no que tange a cultura corporal, tais como recreao, dana e desporto, desenvolvidos na escola ou no. Foi ainda, possvel evidenciar a impossibilidade de haver interesse desta populao por esta cultura, enquanto no lhes for oportunizada tal vivncia.

O Lazer de Jovens com Deficincia MentalMrcia Nogueira, Tatiana Calado, Laura Vieira, Suzana Coelho, Neiza L. F. FumesGrupo de Estudos e Extenso em Atividade Motora Adaptada Universidade Federal de Alagoas Macei - AL - Brasil E-mail: [email protected] O objetivo deste estudo foi identificar a maneira como os jovens com deficincia mental vivenciavam o lazer, assim como os espaos por eles freqentados nesta instncia e, se fosse o caso, a(s) pessoa(s) com quem eles partilhavam destas vivncias. Participaram do estudo 16 jovens com deficincia mental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 19 e os 32 anos, alunos do Centro de Educao Especial Prof Wandette Gomes de Castro Macei/AL e freqentadores do projeto DesENVOLVER: prticas motoras adaptadas para jovens portadores de deficincia mental. O levantamento de dados foi feito atravs de entrevista semi-estruturada, aplicada de forma individual por uma das autoras da pesquisa. Os resultados indicaram que o lazer dos jovens com deficincia mental era ocupado, com maior freqncia, por jogos com bola, ainda que outras atividades menos ativas, como o conversar, os jogos de mesa, o rezar tenham aparecido com freqncia nos relatos dos mesmos. Uma ressalva que deve ser feita que todos eles apontaram que o ver televiso constitua-se em uma das suas atividades de lazer. Quanto aos espaos em que eles realizavam suas atividades de lazer, pde-se constatar que elas eram, com mais freqncia, desempenhadas na prpria casa dos sujeitos ou nas ruas da vizinhana de sua residncia. De maneira minoritria, foi indicado que uma determinada associao para pessoas com deficincia da cidade, a igreja e a casa de colegas constituam-se em espaos utilizados por eles para o lazer. No que se refere s pessoas que partilhavam destas vivncias, constatou-se que os colegas (de fora da instituio de ensino que freqentavam) eram os agentes sociais que mais comumente estavam presentes naquelas, inclusive mais do que os prprios familiares. Ainda, em relao a este aspecto, dois jovens informaram que, com freqncia, no compartilhavam com ningum o seu lazer. Desta maneira, pde-se concluir que o lazer dos jovens com deficincia em questo era ocupado por alguns poucos tipos de atividades, muitas delas de natureza passiva, realizadas na proximidade de sua residncia e com colegas.

Estilo de Vida de Crianas e Jovens SurdosRosilene Moraes Diehl Olga Denise Oliveira WagnerULBRA Canoas RS Brasil E-mail: [email protected]; [email protected] Este estudo objetiva identificar e descrever o estilo de vida de crianas e jovens surdos das escolas especiais da grande Porto Alegre, verificando de que maneira ocupam seu tempo livre e quais suas atividades de lazer. Utilizando o questionrio EVIA adaptado nossa realidade, e fazendo a anlise pela estatstica descritiva, coletamos os dados de 118 representantes do sexo masculino e 117 do sexo feminino, totalizando 235 alunos, com faixa etria entre 6 e 19 anos. Os resultados foram subdivididos em 3 grupos, de acordo com idade e sexo: 6 a 9 anos, 13 a 15 e 16 a 19 anos. Constatamos que, para todas as idades em ambos os sexos, a maioria das crianas e jovens, quando em casa, assiste TV e, fora de casa, costumam andar de bicicleta, brincar e conversar com os amigos. Dentre os materiais esportivos, 60% dos meninos de todas as idades possuem bola de futebol e bicicleta, enquanto 45% das meninas de todas as idades, em mdia, tm somente a bicicleta. O local onde jogam e brincam o ptio de casa para 40% de todas as meninas em mdia, e a rua para 33% de todos os meninos. As oficinas nas escolas foram o maior ndice apontado, com a participao de 95% de todos os alunos, em mdia. Poucos praticam atividades desportivas sendo, dentre os meninos, o futebol mais lembrado e, entre as meninas, menos de 15% realiza algum tipo de desporto. A participao em grupos sociais pequena para a grande maioria em todas as idades e sexo. Os maiores, entre os 13 e 19 anos apontam ainda os clubes, o cinema, os shoppings, passeios na rua e em parques e praas, no com nmeros superiores a 50%, mas so itens bem citados. Podemos dizer que o estilo de vida e o tempo livre dos surdos so voltados ao lazer, porm constatou-se a quase inexistncia na participao esportiva e social dos estudantes surdos. Foi possvel identificar quais as carncias e as dificuldades enfrentadas por estes indivduos10

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Rapel e Sndrome de DownAline Miranda Strapasson, Ludmila Jayme Borges, Alekssandro Haman FogagnoliFaculdade Educacional do Sudoeste do Paran FADEP E-mail: [email protected] A sndrome de Down (SD) decorrente de um erro gentico no qual o par de cromossomos 21, ao invs de dois, ter trs cromossomos, sendo o quadro denominado trissomia 21. Esta pesquisa surgiu com o intuito de acompanhamento de um aluno da stima srie, 15 anos de idade, portador da SD. AB recebeu estimulao dos mais diversos tcnicos da rea, desde os primeiros anos de vida e, atualmente, a continuao do trabalho vem sendo realizada pelos professores de educao fsica da Universidade de Rio Verde. Acompanhamos no dia 10 de maio de 2003 o curso de rapel (que um esporte radical, caracterizado por descidas em cordas de montanhas e cachoeiras) oferecido pelo corpo de bombeiros), no qual AB participou das aulas tericas e prticas e surpreendeu a todos com a sua inteligncia, tranqilidade e ousadia. Verificarmos o grau de ansiedade e concentrao subjetiva de adrenalina, os quais correlacionamos com a freqncia cardaca (FC) antes e depois das descidas executadas no dia de curso, e descida na cachoeira (65 metros) executada no dia 11 de maio. A partir destas medidas, constatamos: aos 9 metros a FC antes e depois = 96, 100 bpm; aos 12 metros = 88, 100 bpm; aos 23 metros = 100, 124 bpm; aos 23 metros = 108, 116 bpm; aos 65 metros (cachoeira) = 84, 164 bpm. Com esses dados, pudemos verificar que a relao da FC com os nveis de adrenalina no tiveram significncia nos dias de curso, visto que a mnima registrada foi de 88 bpm e a mxima foi de 124 bpm, representando 47,3% e 66,7% da FC mxima. Podemos assim inferir que, em parmetros fisiolgicos, o aumento da FC em relao ao repouso foi somente devido atividade fsica exercida. No entanto, na descida da cachoeira, durante a qual o esforo subjetivo seria o mesmo, a FC chegou ao final da descida a 164 bpm, representando 88,2% da FC mxima, caracterizando a possibilidade do aumento da produo de adrenalina. Conclumos que a sensao de medo e ansiedade foram superadas, que mais uma barreira foi vencida, e que a famlia e profissionais so importantssimos para esta populao.

Programa de Interveno Motora: Influncia no Desenvolvimento de Bebs Tpicos e com AtrasoCarla Skilham de Almeida, Ndia Valentini, Caroline X. Guerreiro de LemosUFGRS - Porto Alegre - RS - Brasil E-mail:[email protected] Sabe-se, a muito, que falhas no desenvolvimento do beb comprometem aspectos de sua formao global que refletemRevista da Sobama Dezembro 2003, Vol. 8, n.1, Supl., pp. 1-25

e se prolongam por toda a sua vida. Por esse motivo se torna to importante resgatar o mximo possvel de habilidades perdidas durante os primeiros meses de vida principalmente em bebs com atraso motor. Este estudo tem como objetivo verificar os efeitos de um programa de interveno motora no processo de desenvolvimento do beb durante o terceiro trimestre de vida, com o intuito de aproxim-lo de um padro comportamental caracterstico da sua faixa etria. Ainda, proporcionar uma melhora na qualidade de vida, o que influi diretamente na dimenso de suas expectativas futuras como ser humano. No presente estudo foram realizadas sesses de interveno motora individuais, fundamentadas nas tarefas de perseguio visual, manipulao do brinquedo, controle postural e deslocamento. Para tal, foi utilizado o teste O desenvolvimento do comportamento da criana no primeiro ano de vida. Para a coleta dos dados foi aplicada uma pr e uma ps-avaliao com intervalo de um ms e meio. No perodo entre as avaliaes foram realizadas trs sesses interventivas por semana, com durao de quinze minutos cada para cada beb, totalizando dez sesses. Este um estudo experimental que possui um grupo interventivo com atraso (IA), um grupo interventivo tpico (IT) e um grupo controle (C), o qual no submetido s intervenes. A amostra composta, at o momento, por 58% do grupo total a ser avaliado, totalizando 23 bebs,(sendo 13 do sexo masculino e 10 do sexo feminino), no havendo distino entre os sexos para a anlise dos resultados. Nos dados obtidos at o momento, anlises de varincia com medidas repetidas evidenciam uma tendncia do IA de apresentar um ganho em nvel motor significativamente maior em relao ao IT. O grupo IA desenvolveu grande parte das habilidades que ainda no realizava, as quais caracterizam o comportamento motor de bebs na sua faixa etria. Os resultados do grupo IT, o qual, devido ao seu desenvolvimento tpico, no apresentou ganhos motores muito significativos em relao ao grupo IA (pois j estava inserido em um contexto padro de comportamento motor), aproximam-se dos resultados obtidos pelo grupo C. O grupo C tambm no apresentou variaes muito significativas alm das adquiridas devido ao seu prprio crescimento. V-se, ento, uma possibilidade de que quanto mais distante de um padro tpico de desenvolvimento motor est o beb, mais ele apresenta ganhos com o processo de interveno motora, tornando-se esta fundamental para que o beb com atraso se aproxime o mximo possvel de um padro de desenvolvimento motor que corresponda ao seu perodo de vida.

Efeitos de um Programa de Interveno Motora no Desenvolvimento do Comportamento da Criana no Terceiro Trimestre de Vida em Creches de Porto AlegreBrbara coiro Spessato, Ndia Cristina ValentiniUFRGS - RS - Brasil Email:[email protected]

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Fatores de risco, como por exemplo baixo peso ao nascer; desvantagens scio-econmicas; pouco estmulo e abuso familiar; alteraes genticas e neurolgicos; falta de experincias motoras, so fatores que contribuem para os atrasos motores, cognitivos e sociais de crianas. Programas interventivos tm sido desenvolvidos com o intuito de melhorar a relao da criana com seu meio social, favorecendo suas tomadas de decises e o seu desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo. Nesta perspectiva, este estudo tem como objetivo principal a reduo de atrasos motores e o desenvolvimento de habilidades motoras adequadas a faixa etria de bebs no terceiro trimestre de vida. Este um estudo do tipo qualitativo interpretativo desenvolvido em creches pblicas de baixa renda. Os bebs foram avaliados atravs da Escala do Desenvolvimento do Comportamento da Criana no Primeiro Ano de Vida (Batista, Vilanova & Vieira, 1997) e quatro bebs que apresentavam atrasos de desenvolvimento receberam intervenes duas vezes por semana durante oito semanas. As intervenes consistiam de atividades manipulativas, de controle postural e perseguio visual e tinham a durao total de 15 minutos. Foram utilizados objetos de diversos formatos, cores, textura e sons a fim de despertar o interesse das crianas. Os resultados obtidos at o momento apontam para uma sensvel melhora motora e cognitiva em todos os bebs, bem como uma aproximao de padres de desenvolvimento tpico semelhante a pares da mesma idade. Justificando a importncia da interveno o mais cedo possvel para bebs de risco e ou atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.

a busca no lado A. Thelen e colaboradores (Corbetta & Thelen, 1996) revisaram as consideraes tericas sobre esta prova. Estes erros foram considerados perseveraes motoras, as quais so aes inapropriadas s exigncias das tarefas e que foram aprendidas sob um contexto ambiental relativamente indiferenciado. A questo que surge , fatores de atraso no desenvolvimento como ocorre na deficincia mental podem levar a perseverao por idades mais avanadas do que a de bebs normais? Os objetivos deste estudo foram verificar o ndice cumulativo de memria de alcances ao alvo A em relao a B e o acoplamento entre a direo do olhar e o local do alcance. Participaram deste estudo 4 crianas com sndrome de Down e idade mdia de 5,87 desvio-padro de 1,29. A tarefa, similar a de Piaget, requer que as crianas observem o experimentador agitar uma tampa em um dos dois lados, assinalados como A ou B e separados por uma pequena distncia e aps um atraso de 3 segundo dada a oportunidade para ela pegar a tampa. Aps 6 tentativas do lado A o experimentador muda de lado e agita a tampa do lado B sob as mesmas especificaes de A. Os resultados preliminares revelaram que trs crianas perseveraram com ndice cumulativo mximo (8/8), ou seja, as crianas alcanaram A nas 8 tentativas (i.e., 6 tentativas do lado A e 2 do lado B). Uma criana exibiu um indice cumulativo de 4/8, ou seja na tentativa B ela respondeu corretamente alcanando B. Com relao ao acoplamento do olhar com o gesto de alcanar, apenas um beb olhou o alvo tocado (ou A ou B) ao longo de todas as tentativas, menos uma. Os demais bebs variaram o olhar entre o alvo tocado e o experimentador. Estes resultados preliminares indicam que o desenvolvimento cognitivo atrasado em si pode ser um fator de impedimento da superao da perseverao na tarefa modificada de A no B.

Perseverao Motora de Crianas Pequenas com Deficincia Mental em Tarefas de Alcanar Objetos. Um Estudo Preliminar do Erro A no B de PiagetEliane Mauerberg-deCastro, Marcia Cozzani, Marina de Carvalho Cavicchia, Suelen PolanczykUNESP, Rio Claro, So Paulo E-mail:[email protected] A anlise do status do desenvolvimento maturacional e intelectual pode ser feita atravs de provas manipulativas como a clssica prova de Piaget (1954) Erro A e no B. O erro A no B um marco no desenvolvimento do conceito de permanncia de objetos. Nesta prova, os bebs observam o experimentador esconder sob uma tampa, um objeto em um de dois locais idnticos (duas tampas), separados por uma pequena distncia. O local assinalado como local A e em seguida, os bebs so encorajados a achar o objeto escondido. Aps algumas repeties, o experimentador esconde o mesmo objeto no local ao lado (outra tampa), designado como local B. O beb observa o experimentador esconder o objeto no novo local e em seguida encorajado a achar o objeto. Bebs entre 8 e 12 meses tendem a retornar12

Associao entre a Prtica de Atividades Motoras e o Comportamento Social de um AutistaCristiani de Frana*, Angela T. Zuchetto, John Peter NasserUFSC Florianpolis SC - Brasil E-mail:[email protected] O autismo uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida, comprometendo trs reas principais: alteraes qualitativas das interaes sociais recprocas; modalidades de comunicaes; interesse e atividades restritos, movimentos estereotipados e repetitivos. O objetivo deste estudo, tipo delineamento sujeito nico, foi analisar as modificaes do comportamento social de um portador da sndrome do autismo, atualmente com 13 anos, durante o perodo de 2001 a 2003 na prtica de atividades motoras. Para a coleta de dados utilizou-se: filmagem, registro cursivo de 18 aulas e sistema de categorias de comportamentos sociais. Os dados

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foram analisados utilizando-se o sistema de categorias de comportamentos sociais, evidenciando o relacionamento com os adultos (oito categorias) e o relacionamento com os colegas (treze categorias). Quanto ao comportamento social, no item relacionamento com os adultos, observou-se evoluo em todas as categorias na direo dos objetivos propostos. Nas categorias opostas aos objetivos propostos, tanto no relacionamento com adultos quanto no relacionamento com os colegas, houve uma diminuio na sua ocorrncia. No item relacionamento com os colegas, observou-se evoluo nos comportamentos na direo dos objetivos propostos. Conclui-se que as atividades esportivas foram as que mais favoreceram a ocorrncia de comportamentos positivos, sendo as bolas os materiais de sua preferncia. Ao contrrio do que demonstra a literatura, o participante interagiu com colegas, compartilhando materiais e respeitando as regras propostas para as atividades. As atividades rtmicas favoreceram ocorrncias de comportamentos negativos; a maior evidncia de evoluo foi no relacionamento com colegas, onde comportamentos positivos se evidenciaram e os negativos foram diminuindo sistematicamente ao longo do perodo analisado. No incio do estudo o sujeito conversava somente com os adultos e muitas vezes fora do contexto, e no decorrer do mesmo observou-se evoluo na categoria conversar com colegas. A atividade fsica contribuiu significativamente no desenvolvimento social, visto que houve evoluo nos comportamentos sociais positivos, principalmente nos que envolve a interao com os colegas. *Pibic/CNPq - AMA/CDS/UFSC

em caminhar, saltar, dificuldade de equilbrio ou nenhuma dificuldade. Foi possvel observar que durante o perodo analisado, o sujeito executou todas as atividades, no sendo necessrio adapt-las, apenas acompanh-lo e incentiv-lo. No entanto, o sujeito apresentou algumas dificuldades na realizao das atividades propostas pelos acadmicos nas quais exigiam, saltos, equilbrio e movimentos rpidos. Diante destas dificuldades o participante, na maioria das vezes, precisou de auxlio de outra pessoa, mas no houve necessidade de auxlio de objetos. O sujeito deixou de realizar algumas atividades por motivos diversos, mas no por algum tipo de dificuldade motora. As atividades desenvolvidas nas 18 aulas ministradas, foram adequadas aos interesses, capacidades e limites do sujeito estudado, sendo que as atividades que envolveram bolas e bales despertaram o maior interesse do aluno. As atividades que estavam relacionadas com a modalidade de futebol foram as que o sujeito mais se disps a melhorar sua habilidade motora. Em algumas aulas o participante no teve dificuldade motora com a realizao da atividade em si, mas sim em aes da vida diria, como vestir o uniforme sozinho, necessitando de auxlio de uma outra pessoa. As aulas que tiveram a participao de vrios alunos foram as que o sujeito apresentou os melhores resultados. Foi possvel observar o benefcio da atividade fsica quanto as habilidades e destrezas motoras, principalmente no saltar.

A Terapia Corporal da Criana AutistaMara Lcia Salazar Machado, Ivan Antonio Basegio, Jane Melgares, Eliete Cristofolini, Roberto Oliveira SampaioULBRA Canoas RS Brasil E-mail:[email protected] Funo e utilizao dos materiais disponveis na sesso. A pesquisa investigou os tipos de aproximaes e os jogos que crianas autistas podem realizar com diferentes materiais que so oferecidos em sesses de psicomotricidade relacional. A sustentao terica da investigao baseouse nos conhecimentos existentes sobre a sndrome do autismo e a psicomotricidade relacional. O estudo de corte qualitativo utilizou a metodologia do tipo descritivo de estudo de caso que contou com dois participantes do sexo masculino. Os instrumentos utilizados para coleta de informaes foram: observaes diretas dos participantes nas intervenes teraputicas (descritivas e com pautas determinadas), fotografias e vdeos das sesses. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) no municpio de Canoas/RS. A anlise das informaes e a discusso dos resultados realizaram-se considerando a individualidade na utilizao dos materiais disponveis na sesso e a presena de comportamentos especficos da sndrome do autismo que cada criana apresenta. Os materiais disponibilizados apresentaram-se como mediadores da evoluo de processos mentais das

O Comportamento Motor de um Autista Durante Trs Anos de Atividade Motora AdaptadaCristiani de Frana*, Amanda Cardoso Jacob, Angela T. ZuchettoPIBIC/CNPq AMA/CDS/UFSC E-mail:[email protected] O objetivo deste estudo, tipo delineamento sujeito nico, foi analisar o comportamento motor de um participante, atualmente com 13 anos de idade, portador da sndrome do autismo, em trs anos de atividade motora adaptada. Para a coleta de dados utilizou-se: a) filmagem de 18 aulas no programa de atividade motora adaptada, b) registro cursivo (tcnica para registrar sistematicamente as ocorrncias nas aulas, sendo descrito todos os acontecimentos durante a aula), c) sistema de categorias de comportamento motor. Este sistema avalia as facilidades, dificuldades e auxlios necessrios durante as atividades desenvolvidas, comportando 12 categorias, entre elas: conseguiu ou no realizar a atividade, no realizou a atividade por outro motivo, precisou auxlio de outra pessoa ou de algum objeto, teve dificuldade em manter-se em p, em sentar-se e levantar-se,*

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crianas. O estudo demonstrou que, na interveno pedaggico-teraputica realizada, os materiais devem ser oferecidos sem regra geral e podem ser utilizados de diferentes maneiras pelas crianas, independente da sndrome que possui.

e imagem corporal tem ocorrido na prtica