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ANÁLISE COMPARATIVA DE PROJETO DE UM PAVIMENTO, FEITO EM LAJES MACIÇAS CONVENCIONAIS E EM LAJES LISAS Giovanni da Silva Smiriglio Projeto de Graduação apresentado ao curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadores: Assed Haddad e Henrique Longo Rio de Janeiro Março, 2015

análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

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ANÁLISE COMPARATIVA DE PROJETO DE UM PAVIMENTO,

FEITO EM LAJES MACIÇAS CONVENCIONAIS E EM LAJES

LISAS

Giovanni da Silva Smiriglio

Projeto de Graduação apresentado ao curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro.

Orientadores: Assed Haddad e Henrique Longo

Rio de Janeiro

Março, 2015

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ANÁLISE COMPARATIVA DE PROJETO DE UM PAVIMENTO,

FEITO EM LAJES MACIÇAS CONVENCIONAIS E EM LAJES

LISAS

Giovanni da Silva Smiriglio

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinada por:

__________________________________________________

Prof. Assed Haddad

__________________________________________________

Prof. Henrique Longo

__________________________________________________

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

Março, 2015

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Giovanni da Silva Smiriglio

Análise comparativa de projeto de um pavimento, feito

em lajes maciças convencionais e em lajes lisas / Giovanni

da Silva Smiriglio. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola

Politécnica, 2014.

X, 75 p.: il.; 29,7 cm.

Orientadores: Assed Haddad e Henrique Longo

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Civil, 2015.

Referências Bibliográficas: p. 73-74

1.Introdução. 2.Estruturas em concreto armado:

definições e critérios para análise de viabilidade

econômica. 3. Projeto analisado. 4.Caregamento utilizado.

5.Utilização do programa SAP2000. 6.Comparação dos

sistemas estruturais. 7.Conclusão. Haddad, Assed.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. Análise

comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

maciças convencionais e em lajes lisas.

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Agradecimentos

Agradeço a Deus por me dar disposição, paciência, saúde, oportunidades e força

de vontade ao longo de toda minha vida, que foram essenciais para o meu aprendizado.

Sou grato a toda minha família. Especialmente aos meus pais, Giovanni Smiriglio

e Débora da Silva Smiriglio que me deram suporte em todos os sentidos para que eu

pudesse realizar meus sonhos.

Aos meus amigos de infância que me deram apoio nos momentos difíceis e que

compartilharam comigo momentos inesquecíveis. Ao engenheiro Rodolfo Shamá que

me forneceu apoio tecnológico para a execução do projeto estrutural. Aos amigos que

fiz nesta universidade e que contribuíram para esta conquista.

Aos professores do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

de Janeiro que desempenharam papel fundamental na minha formação acadêmica.

Ao meu orientador, Assed Haddad, que me auxiliou com sabedoria nesta

empreitada, tornando possível o desenvolvimento deste trabalho.

E, por fim ao meu Co-orientador, Henrique Longo, que não apenas me ajudou a

desenvolver toda a etapa e memorial de cálculo estrutural do projeto em si, mas que

também me transmitiu um conhecimento essencial de engenharia civil.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes maciças

convencionais e em lajes lisas

Giovanni da Silva Smiriglio

Março/2015

Orientadores: Assed Haddad e Henrique Longo

Curso: Engenharia Civil

Será feito um estudo de viabilidade de projeto estrutural para um pavimento de um

empreendimento residencial. Neste estudo serão analisadas duas soluções estruturais.

A primeira a ser analisada, será a de lajes convencionais: sistema composto por lajes,

vigas e pilares. A segunda opção de projeto a ser analisada, será a de lajes lisas:

sistema composto por apenas lajes e pilares, com vigas ao entorno.

Os programas AUTOCAD e SAP2000, serão utilizados como instrumentos de auxílio de

projeto para a representação gráfica da estrutura e para o seu dimensionamento,

respectivamente. Neste estudo serão analisados dados como: volume de concreto a ser

utilizado, peso de armadura empregada e área de fôrmas das lajes e vigas. Um outro

requisito que também será analisado é o tempo e a facilidade da construção para cada

um dos sistemas estruturais.

Após terem sido analisados todos estes requisitos, para a conclusão do trabalho, será

proposta a opção de projeto mais viável e vantajosa.

Palavras-chave: Lajes convencionais, lajes lisas, viabilidade econômica.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Engineer

Comparative analysis of design of a ground floor, done in slabs with beams and

flat slabs

Giovanni da Silva Smiriglio

March/2015

Advisor: Assed Haddad and Henrique Longo

Course: Civil Engineering

A feasibility study of structural design for a ground floor of a residential development will

be done. This study will analyze two structural solutions. The first to be discussed will be

the conventional slabs: system composed of slabs, beams and columns. The second

design option being considered will be flat slabs: the system consists of only slabs and

pillars, with beams on the surroundings (edges).

The AUTOCAD and SAP2000 programs will be used as tools to aid the design of the

graphical representation of the structure and its scaling, respectively. Volume of concrete

to be used, employed armor weight, area formwork of slabs and beams: these data will

be analyzed in this study. Another requirement which will also be analyzed is the time

and the ease of construction for each of the structural systems.

After all these requirements have been reviewed for completion of the work it will be

offered the more viable and profitable project option.

Keywords: conventional slabs, flat slabs, economic viability

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Sumário

1.Introdução............... ...................................................................................... 10-13

1.1.O tema e sua relevância ............................................................................ 10-11

1.2.Objetivo..............................................................................................................11

1.3.Metodologia ............................................................................................... 11-12

1.4.Pressupostos.................................................................................................. 12

1.5.Limitações do projeto ............................................................................... 12-13

1.6.Estrutura da monografia ................................................................................ 13

2.Estruturas em concreto armado: definiçõe e critérios para análise de

viabilidade econômica .................................................................................... 14-23

2.1.Lajes maciças convencionais .................................................................. 14-18

2.1.1.Definição ................................................................................................. 14-15

2.1.2.Vantagens das lajes maciças convencionais ............................................ 15

2.1.3.Desvantagens das lajes maciças convencionais ...................................... 15

2.1.4.Método executivo das lajes maciças convencionais ........................... 15-16

2.1.4.1.Montagem das fôrmas e armaduras dos pilares .................................... 16

2.1.4.2.Montagem das fôrmas de vigas e lajes ................................................... 16

2.1.4.3.Concretagem dos pilares ......................................................................... 17

2.1.4.4.Colocação das armaduras nas fôrmas de vigas e lajes ........................ 17

2.1.4.5.Concretagem de vigas e lajes ............................................................. 17-18

2.1.4.6.Desfôrma ................................................................................................... 18

2.2.Lajes maciças lisas ........................................................................................ 18

2.2.1.Definição ................................................................................................. 19-20

2.2.2.Punção ..................................................................................................... 20

2.2.3.Vigas de borda ............................................................................................. 21

2.2.4.Vantagens das lajes maciças lisas ....................................................... 21-22

2.2.5.Desvantagens das lajes maciças lisas ................................................. 22-23

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2.2.6.Método executivo das lajes maciças lisas ................................................ 23

3.Projeto analisado ......................................................................................... 24-31

3.1.Dados utilizados ............................................................................................. 27

3.2.Pré-dimensionamento para estrutura convencional ............................... 27-29

3.2.1.Pré-dimensionamento das lajes ............................................................ 27-28

3.2.2.Pré-dimensionamento das vigas ................................................................ 29

3.3.Pré-dimensionamento para estrutura de lajes lisas ............................... 29-31

3.3.1.Pré-dimensionamento das lajes ................................................................. 30

3.3.2.Pré-dimensionamento das vigas ........................................................... 30-31

4.Carregamento utilizado ..................................................................................... 32

5.Utilização do programa SAP2000 ................................................................ 33-63

5.1.Combinação de cargas............................................................................... 33-35

5.2.Estrutura convencional no SAP2000........................................................ 35-37

5.3.Verificação da flecha limite, para estrutura convencional..................... 37-42

5.4.Momentos fletores atuantes nas lajes, da estrutura convencional ....... 42-43

5.5.Cálculo das armaduras das lajes, para a estrutura convencional......... 43-46

5.6.Momentos fletores e esforços cortantes atuantes nas vigas, da estrutura

convencional..................................................................................................... 46-48

5.7.Cálculo das armaduras das vigas, para estrutura convencional........... 49-50

5.8.Estrutura de lajes lisas no SAP2000......................................................... 50-52

5.9.Verificação da flecha limite, para estrutura de lajes lisas...................... 52-54

5.10.Momentos fletores atuantes na estrutura de lajes lisas....................... 55-57

5.11.Cálculo das armaduras das lajes, para estrutura de lajes lisas........... 57-60

5.12. Momentos fletores e esforços cortantes atuantes nas vigas, da estrutura

de lajes lisas...................................................................................................... 60-62

5.13.Cálculo das armaduras das vigas, para estrutura de lajes lisas.......... 62-63

6.Comparação dos sistemas estruturais........................................................ 64-71

6.1.Massa(Peso) de aço utilizada(o)................................................................ 64-69

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6.2.Volume de concreto utilizado................................................................... 69-70

6.3.Área de fôrmas........................................................................................... 70-71

7.Conclusão.......................................................................................................72-73

Referências Bibliográficas ............................................................................. 74-75

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1. Introdução

1.1. O tema e sua relevância

Tem-se notado, nestes últimos anos um crescimento forte da construção civil e do

mercado imobiliário. Este crescimento levou aos engenheiros civis, tanto projetistas

quanto construtores, buscarem soluções mais econômicas na engenharia, objetivando

maior racionalidade e melhores desempenhos possíveis.

No passado, a maioria dos empreendimentos de construção civil seguiam o modelo

estrutural de lajes maciças convencionais. Este sistema estrutural foi utilizado durante

anos e adotado como solução normal, sem maiores problemas. Segundo SPOHR

(2008), estas estruturas eram construídas com vãos relativamente pequenos e sujeitas

apenas a cargas distribuídas.

Atualmente, tem sido observado um grande número de empreendimentos que estão

sendo construídos com lajes lisas ao invés de utilizarem o sistema de estrutura de lajes

maciças convencionais. Por este sistema apresentar algumas vantagens sobre o

sistema tradicional, o mesmo tem ganho um espaço considerável na construção civil.

Assim, o sistema estrutural de lajes lisas vem sendo bastante utilizado não só para a

construção de restaurantes, shopping centers, salões de festas e hall de hotéis, como

também em empreendimentos residenciais. Nota-se, por exemplo, a utilização deste

sistema estrutural em edifícios residenciais localizados no Rio de Janeiro, Barra da

Tijuca.

De acordo com ALBUQUERQUE (1999), a evolução do processo construtivo começa

pela qualidade dos projetos, e entre os projetos elaborados para a construção civil,

destaca-se o estrutural. A estrutura de uma edificação, individualmente, responde pela

etapa de maior representatividade no custo total da construção (15 a 20% do custo

total). Assim, torna-se possível viabilizar uma economia para a etapa de projetos

estruturais, tendo em vista que uma economia na etapa estrutural de um

empreendimento terá grande significância na economia do custo total do mesmo. O

autor ainda acrescenta que uma redução de 10% no custo da estrutura pode representar

uma diminuição de 2% no custo total da edificação. Em termos práticos, 2% do custo

total correspondem à execução de toda a etapa de pintura ou a todos os serviços de

movimento de terra, soleiras, rodapés, peitoris e coberta juntos. Dito isto, é justificável

um estudo prévio de soluções estruturais a serem adotadas.

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Por isso tudo, cabe aqui neste trabalho um estudo mais aprofundado de viabilidade

econômica para cada um dos sistemas estruturais, em que serão analisados fatores

como tempo e facilidade de construção para cada uma das soluções estruturais. Estes

fatores serão expostos de maneira abstrata através do método executivo de cada uma

das soluções estruturais. Também serão expostas cada uma das vantagens e

desvantagens para cada um dos casos.

Assim, após ter sido analisado a fundo cada um dos dois sistemas estruturais, será

possível chegar a uma conclusão mais racional pela a escolha do sistema estrutural

mais viável, a ser adotado. Porém vale ressaltar que neste estudo não se busca adotar

uma solução ideal de projeto estrutural, lembrando que a análise comparativa está

restrita a critérios como: volume do concreto, peso do aço, área de fôrmas das lajes e

vigas, método executivo, tempo e facilidade de construção.

1.2. Objetivo

Este trabalho tem como objetivo principal, fazer uma análise de viabilidade econômica

para a construção de um pavimento térreo residencial, variando-se a alternativa de laje

a ser adotada. Serão comparados neste estudo duas soluções estruturais: estrutura de

lajes maciças convencionais (lajes, vigas e pilares) e estrutura de lajes lisas (lajes e

pilares, com vigas de bordo). Para isso será feito um projeto de dimensionamento para

cada uma das soluções estruturais. Feito isso, dados como volume de concreto a ser

utilizado, peso da armadura, área de fôrmas das lajes e vigas, método executivo, tempo

e facilidade de construção, serão os critérios adotados para a conclusão da viabilidade

econômica de cada uma das soluções estruturais. Serão expostas também algumas das

vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de estrutura, ao longo deste trabalho.

1.3. Metodologia

Para a realização deste trabalho foi criada uma planta arquitetônica de um pavimento

térreo. As plantas de fôrmas tanto da estrutura convencional quanto da estrutura de lajes

lisas, foram criadas logo em seguida. Para o desenho das plantas citadas acima utilizou-

se o programa Auto Cad.

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Logo em seguida, foi feito um pré-dimensionamento para cada uma das estruturas.

Neste pré-dimensionamento, estimaram-se as espessuras das lajes e das vigas. Com

isto, cada um dos sistemas estruturais foi representado adequadamente no programa

SAP2000, para o cálculo dos esforços internos atuantes nas lajes e vigas que foram

estudadas. Feito isto, foi possível o dimensionamento das armaduras das lajes e das

vigas.

Assim, após ter sido feito o cálculo estrutural para cada um dos casos, fez-se o

levantamento do peso do aço, volume de concreto e área de fôrmas, à serem utilizados,

para cada um dos sistemas estruturais. Além disso, foram analisados o tempo, a

facilidade de construção e as vantagens e desvantagens de cada um dos sistemas

estruturais.

Com todos estes requisitos levantados, foi feita uma comparação de viabilidade entre o

pavimento, feito em lajes lisas e em estrutura convencional.

O desenvolvimento deste trabalho foi realizado com auxílio de livros, apostilas

acadêmicas, teses de mestrado e também sites virtuais de pesquisa. Todo este material

somado ao aprendizado durante o período de graduação foram fundamentais para o

desenvolvimento deste projeto.

1.4. Pressupostos

Para a realização deste trabalho, admite-se que:

i) O projeto do pavimento foi dimensionado de maneira correta.

ii) Os critérios, à serem analisados, são essenciais para a comparação de

viabilidade do projeto.

1.5. Limitações do projeto

O dimensionamento da estrutura será dado com o auxílio de apenas um programa de

cálculo estrutural: SAP2000 v.15.

O dimensionamento da estrutura será feito apenas para algumas lajes e vigas, que

serão explicitadas na memória de cálculo, como foi proposto pelo professor e orientador

Henrique Longo.

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A análise de viabilidade econômica comparativa para os dois tipos estruturais estará

restrita aos critérios:

i) Peso do aço utilizado, volume de concreto, área de fôrmas.

ii) Tempo e facilidade de construção que serão expressados através do método

executivo.

iii) Vantagens e desvantagens de cada sistema estrutural.

Vale ressaltar também, que neste trabalho não será feito o dimensionamento e nem o

levantamento de materiais a serem utilizados, para os pilares. Sabe-se que o tipo

estrutural de lajes lisas está sujeito a um tipo de ruptura chamada: ruptura por

puncionamento. Assim, geralmente, são projetados capitéis em seus pilares

(engrossamento dos pilares em seu topo), para que seja evitado este tipo de ruptura.

Isto, logicamente, resultaria num volume maior de concreto e de armadura a ser utilizado

para os pilares. Porém, cabe aqui neste trabalho, uma análise somente para o

pavimento térreo.

.

1.6. Estrutura da monografia

O trabalho monográfico foi dividido em 7 capítulos, sendo este o primeiro deles. O

capítulo seguinte irá abordar além de algumas definições de fundamental importância

para a compreensão do tema, critérios para análise de viabilidade econômica para cada

um dos sistemas estruturais. O capítulo 3, irá expor o pavimento de estudo, em que

serão expostas suas plantas arquitetônica e de fôrmas. O mesmo mostrará também, o

pré-dimensionamento do pavimento para as duas soluções estruturais.

O capítulo 4 irá expor o carregamento que será utilizado para a análise do projeto.

No capítulo 5, serão mostrados todos os processos utilizados para o dimensionamento

da armadura e a exposição dos resultados que foram obtidos no programa SAP2000.

Será feito também o dimensionamento da armadura para cada uma das soluções

estruturais.

Já no capítulo 6 será feita a contabilidade dos materiais utilizados em cada uma das

soluções e a comparação dos dois sistemas estruturais.

E por fim, no capítulo 7, a conclusão, que mostrará a solução mais viável, sob a análise

dos critérios expostos neste trabalho.

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2. Estruturas em concreto armado: definições e critérios para

análise de viabilidade econômica

2.1. Lajes maciças convencionais

Este tópico será apresentado nos próximos subitens, através de: definição do sistema

estrutural, critérios de avaliação de viabilidade econômica (método construtivo) e

algumas vantagens e desvantagens do sistema estrutural.

2.1.1. Definição

Segundo SPOHR (2008), as lajes maciças são placas de espessura uniforme, apoiadas

ao longo de seu contorno. Estes elementos estruturais são responsáveis pelo

recebimento das cargas de utilização aplicadas nos pisos das edificações e transmissão

aos apoios, que geralmente são constituídos por vigas.

Um sistema convencional de estruturas de concreto armado é aquele que pode ser

constituído basicamente por lajes maciças, vigas e pilares, sendo que as lajes recebem

os carregamentos oriundos da utilização, ou seja, das pessoas, móveis acrescidos de

seu peso próprio, os quais são transmitidos às vigas, que por sua vez descarregam seus

esforços aos pilares e esses às fundações.

A estrutura de lajes maciças convencionais, está representada na figura 1:

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Figura 1 – Representação esquemática de uma estrutura com laje convencional. Fonte: Silva, M.A. FERREIRA. Projeto

e Construção de lajes nervuradas de concreto armado. São Carlos. 2005.

2.1.2. Vantagens das lajes maciças convencionais

Destacam-se como vantagens das lajes maciças convencionais:

i) Existência de muitas vigas, por outro lado, formam muitos pórticos que

garantem uma boa rigidez à estrutura (SPOHR, 2008).

ii) Um dos sistemas estruturais mais utilizados nas construções de concreto

armado, por isso a mão-de-obra já é bastante treinada (SPOHR, 2008).

2.1.3.Desvantagens das lajes maciças convencionais

Destacam-se como desvantagens das lajes maciças convencionais:

i) Devido aos limites impostos, apresentam uma grande quantidade de vigas,

fato esse que deixa a fôrma do pavimento muito recortada, diminuindo a

produtividade da construção (ALBUQUERQUE, 1999).

ii) Grande consumo de concreto, aço e fôrmas (ALBUQUERQUE, 1999).

iii) Os recortes diminuem o reaproveitamento das fôrmas (ALBUQUERQUE,

1999).

2.1.4.Método executivo de lajes maciças convencionais

A seguir estão citadas as etapas construtivas para uma estrutura de lajes maciças

convencionais. Estas etapas são descritas, de acordo com BARROS e MELHADO

(2006):

i) Montagem das fôrmas e armaduras dos pilares.

ii) Montagem das fôrmas de vigas e lajes.

iii) Concretagem dos pilares.

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iv) Montagem da armadura de vigas e lajes.

v) Concretagem de vigas e lajes.

vi) Desfôrma.

2.1.4.1.Montagem das fôrmas e armaduras dos pilares

São descritos os seguintes procedimentos, conforme BARROS E MELHADO (2006):

a) Locação de gastalhos de pé de pilar, os quais deverão circunscrever os

painéis das faces.

b) Posicionamento das três faces do pilar, nivelando e aprumando cada uma

das faces com o auxílio de escoras inclinadas.

c) Posicionamento da armadura, com espaçadores, segundo o projeto.

d) Fechamento, nivelamento, prumo e escoramento da 4ª face.

2.1.4.2.Montagem das fôrmas de vigas e lajes

Para a montagem das fôrmas de vigas e lajes, são descritos os seguintes

procedimentos, conforme BARROS E MELHADO (2006):

a) Montagem dos fundos de viga apoiados sobre os pontaletes, cavaletes ou

garfos.

b) Posicionamento das laterais das vigas, das guias, dos travessões e pés-direitos

de apoio dos painéis de laje.

c) Distribuição e fixação dos painéis de laje e colocação das escoras das faixas de

laje.

d) Alinhamento das escoras e nivelamento das vigas e lajes.

e) Limpeza geral e liberação da fôrma para a colocação da armadura.

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2.1.4.3.Concretagem dos pilares

Antes da descrição do procedimento em si, é importante ressaltar que a concretagem

dos pilares pode ser executada antes da montagem das fôrmas das vigas e das lajes.

BARROS E MELHADO (2006), descrevem o procedimento da concretagem dos pilares

destacando alguns cuidados à serem tomados.

Conforme os autores, quando o concreto for transportado com bomba, seu lançamento

no pilar é realizado diretamente, com o auxílio de um funil. Já quando o transporte é

feito através de caçambas ou jericas, é comum, primeiramente, colocar o concreto sobre

uma chapa de compensado junto à boca do pilar e, em seguida, lançar o concreto para

dentro dele. É recomendado também que o lançamento do concreto no pilar seja feito

por camadas não superiores a 50cm, devendo-se vibrar cada camada, utilizando-se um

vibrador de agulha, para uma melhor eficiência do adensamento do concreto.

2.1.4.4.Colocação das armaduras nas fôrmas de vigas e lajes

Dá-se início à colocação das armaduras nas fôrmas das vigas e das lajes, logo após o

término da concretagem dos pilares. Tendo em vista que as armaduras já estejam

previamente cortadas e pré-montadas, dá-se início o seu posicionamento nas fôrmas.

Para isso, BARROS E MELHADO (2006), recomendam os seguintes procedimentos:

a) Antes de colocar a armadura da viga e da laje nas fôrmas, deve-se colocar os

espaçadores de acordo com o projeto.

b) Marcar as posições e montar a armadura nas vigas e lajes.

2.1.4.5.Concretagem de vigas e lajes

BARROS E MELHADO (2006), recomendam os seguintes procedimentos para a

concretagem de vigas e lajes:

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a) Lançar o concreto diretamente sobre a laje e espalhar com auxílio de pás e

enxada.

b) Lançar o concreto nas vigas, sempre que possível, diretamente com a bomba,

caso contrário, utilizar jericas e auxiliando com pás e enxadas.

c) Adensamento com vibrador e sarrafeamento do concreto.

d) Acabamento com desempenadeira e início da cura da laje logo que for possível

andar sobre o concreto.

2.1.4.6.Desfôrma

De acordo com a NBR 14.931 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,

2004b), “Fôrmas e escoramentos devem ser removidos de acordo com o plano de

desfôrma previamente estabelecido e de maneira a não comprometer a segurança e o

desempenho em serviço da estrutura”. A Norma prossegue recomendando que

escoramentos e fôrmas não devam ser removidos, em nenhum caso, até que o concreto

tenha adquirido resistência suficiente para:

a) Suportar a carga imposta ao elemento estrutural nesse estágio.

b) Evitar deformações que excedam as tolerâncias especificadas.

c) Resistir a danos para a superfície durante a remoção.

2.2.Lajes maciças lisas

As lajes maciças lisas serão apresentadas nos próximos subitens, através de: definição

do sistema estrutural, critérios de avaliação de viabilidade econômica (método

construtivo) e algumas vantagens e desvantagens.

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2.2.1.Definição

LONGO (2008), define este sistema estrutural da seguinte maneira: As lajes cogumelo

são lajes que se apoiam diretamente em pilares. Em alguns casos elas podem ter

capitéis, que são engrossamentos da laje na região dos pilares. Quando estas lajes não

possuem capitéis, elas são chamadas de lajes lisas.

De acordo com LEONHARDT e MÖNNING (1978) e a NBR 6.118 (ASSOCIAÇÂO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a), as lajes maciças lisas são as lajes que

se apoiam diretamente sobre pilares sem capitéis.

Segundo FUSCO (1995), antigamente, essas lajes eram providas de capitéis sobre os

pilares, por isso se deve o nome laje-cogumelo, como também são conhecidas. O autor

ainda cita que hoje em dia os capitéis estão em desuso, mas o nome de laje-cogumelo

ainda é empregado.

A estrutura de lajes maciças lisas, está representada na figura 2:

Figura 2 – Representação esquemática de uma estrutura com laje lisa.

(MELGES, 1995)

HENNRICHS (2003) cita que a crescente aplicação de lajes lisas em estruturas de

edifícios se deve a exigência de estruturas com melhor desempenho executivo, ou seja,

de execução mais simples e rápida e com redução de custos. E melhor desempenho

funcional, permitindo que se tenham ambientes mais confortáveis e personalizados. Por

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20

este motivo é que, segundo ARAÚJO (2003b), atualmente, tem-se evitado o emprego

de lajes com capitéis, devido às dificuldades de execução das fôrmas. Dessa maneira,

empregam-se lajes lisas, as quais são projetadas com uma espessura suficiente para

garantir a sua resistência à punção.

2.2.2.Punção

A ruptura por punção, de acordo com LONGO (2008), pode acontecer quando uma

carga concentrada atua em uma área relativamente pequena de uma placa de concreto.

A punção é um estado limite último determinado por cisalhamento no entorno da carga

concentrada. Esse efeito pode acontecer em lajes cogumelo, lajes lisas e em placas de

fundações.

Segundo LEONHARDT e MÖNNING (1978) quando estas tensões são elevadas, as

fissuras propagam-se como fissuras de cisalhamento, com uma inclinação de 30º a 35º,

o que pode levar a estrutura a romper bruscamente.

A figura 3 ilustra a ruptura por puncionamento.

Figura 3 – Representação esquemática de uma estrutura com laje lisa, sujeita à ruptura por punção.

(MELGES, 1995)

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2.2.3. Vigas de borda

Segundo LONGO (2008), o efeito da punção se torna mais crítico nos pilares situados

na borda livre e nos cantos da laje. Por este motivo, observa-se que grande parte das

possíveis deficiências estruturais das lajes lisas estão localizadas nas bordas e nos

cantos.

Assim, o emprego de vigas de borda na laje lisa torna-se sempre recomendável,

segundo FUSCO (1995).

ALBUQUERQUE (1999), ainda acrescenta que a utilização das vigas de borda traz uma

série de vantagens para o sistema estrutural, como:

i) Não prejudicam a arquitetura.

ii) Formam pórticos para resistir às ações laterais.

iii) Impedem deslocamentos excessivos nas bordas.

iv) Eliminam a necessidade de verificação de punção em alguns pilares.

2.2.4. Vantagens das lajes maciças lisas

Destacam-se como vantagens das lajes maciças lisas, segundo Moretto (1975 apud

HENRICHS, 2003) e Figueiredo Filho (1989 apud HENRICHS, 2003):

i) Adaptabilidade de diversas formas ambientais: grandes possibilidades de

reformas e modificações futuras (quando previstas em projeto),

racionalização de vedações e aberturas, execução de fachadas com grande

liberdade.

ii) Simplificação das fôrmas: menor consumo de materiais, as fôrmas

apresentam um plano contínuo sem obstáculos, as espessuras das lajes

podem ser uniformizadas, as fôrmas são montadas e desmontadas com

maior facilidade, menos incidência de mão-de-obra, racionalização e

padronização dos cimbramentos.

iii) Simplificação e racionalização das armaduras: ausência de vigas, operações

de corte, dobra e montagem facilitadas, facilidade de inspeção e conferência.

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iv) Simplificação da concretagem: poucos recortes nas lajes, facilitando o

acesso dos vibradores, reduzindo a possibilidade de falhas e melhorando o

acabamento.

v) Redução da quantidade de cimento: em sistemas convencionais, onde há

grande incidência de vigas pode ser necessário um concreto mais fluido.

vi) Simplificação das instalações: menor quantidade de condutos e fios

necessários, menor incidência de cortes e emendas, modificações futuras

são facilitadas, possibilidade de perfuração da laje para passagem de

tubulação.

vii) Melhoria das condições de habitualidade: a ausência de vigas facilita a

insolação e a ventilação dos ambientes, diminuindo a umidade, redução do

acúmulo de sujeira e insetos.

viii) Redução do tempo de execução: em função da simplificação nas fôrmas,

armaduras, concretagem e instalações.

2.2.5. Desvantagens das lajes maciças lisas

ARAÚJO (2003b), cita que o emprego das lajes lisas deve seguir uma análise criteriosa

e que seu uso pode ser antieconômico, devido as disposições irregulares dos pilares. O

autor acrescenta também, que a ausência das vigas torna a estrutura muito deformável

frente às ações horizontais, o que é um grande problema para edifícios muito altos.

Frente a isso, torna-se necessário a projeção de elementos de contraventamento, como

paredes estruturais ou núcleos rígidos na região da escada e dos elevadores.

Diante disso, de acordo com HENRICHS (2003), destacam-se como desvantagens das

lajes maciças lisas:

i) Punção das lajes: é um dos principais problemas de tais lajes, podendo ser

solucionado adotando-se uma espessura de laje adequada ou adotando uma

armadura de punção, ou ambos.

ii) Deslocamentos transversais das lajes: o deslocamento de lajes sem vigas,

para uma mesma rigidez e um mesmo vão, é maior do que aqueles nas lajes

sobre vigas.

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iii) Estabilidade global do edifício: no caso de edifícios altos, a ausência de vigas

diminui a estabilidade global devido às ações horizontais, nesse caso deve-

se vincular as lajes em paredes estruturais ou em núcleos rígidos.

2.2.6.Método executivo das lajes maciças lisas

O método executivo para a estrutura de lajes lisas é idêntico ao de lajes maciças

convencionais. As etapas construtivas referentes as vigas serão aplicadas apenas para

as vigas de borda, quando as mesmas existirem. Já no interior da estrutura, todo o

processo construtivo referente as vigas é excluído. Isto se deve pela inexistência das

mesmas. Pela semelhança entre os dois processos construtivos, não será exposto aqui

o método executivo de lajes lisas, tendo em vista que o mesmo foi, praticamente,

detalhado anteriormente.

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3. Projeto analisado

Será feita uma análise comparativa do sistema estrutural do teto de um pavimento térreo

(fig. 4). Esta comparação, será feita variando-se o sistema estrutural de um pavimento,

para: convencional e lajes lisas. A figura 4 mostra a planta de arquitetura do pavimento.

Figura 4 – Planta de arquitetura do pavimento exemplo.

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O teto do pavimento exemplo, em estrutura convencional, está ilustrado na figura 5.

Figura 5 – Teto do pavimento exemplo (estrutura convencional).

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O teto pavimento exemplo, em lajes lisas, está ilustrado na figura 6.

Figura 6 – Teto do pavimento exemplo (estrutura de laje lisa).

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3.1. Dados utilizados:

Para o projeto, serão utilizados:

Aço CA-50

Concreto C30

𝜌(𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜) = 25 kN/m³

Ecs = 26.071.594 kN/m²

Ʋ (poison) = 0,2

d (altura útil) = h – 3 (cm)

3.2.Pré-dimensionamento para a estrutura convencional

Para a estrutura convencional, como foi sugerido pelo professor Henrique Longo o

cálculo dos momentos fletores e das respectivas armaduras será feito para:

Lajes: L1, L2, L5, e L6.

Vigas: V1, V2 e V8.

3.2.1.Pré-dimensionamento das lajes

A laje escolhida para o pré-dimensionamento é aquela que estará mais solicitada ao

carregamento ou a de maior vão. Para este caso, foi escolhida a laje L1.

A figura 7 ilustra a laje L1, vista no plano x-y.

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Figura 7 – Laje L1.

Segundo LONGO (2008), a altura da laje pode ser estimada por:

H ≈ 𝐿

40> 8𝑐𝑚

, sendo L(cm), o menor vão da laje.

Assim, a altura estimada para a laje será:

H ≈ 680

40= 17𝑐𝑚

Considerando que a estimativa, geralmente, é maior do que o valor necessário, será

adotada para esta laje H = 15cm.

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3.2.2.Pré-dimensionamento das vigas

O pré-dimensionamento das vigas, também segue o mesmo critério utilizado para as

lajes. Ou seja, é escolhido o caso mais crítico: ou de maior vão ou submetido ao maior

carregamento.

Seguindo estes critérios, foi escolhida a viga V9, que está ilustrada pela figura 8:

Figura 8 – Viga V9.

A largura da viga irá obedecer a arquitetura, ficando embutida nas paredes.

Portanto:

b = 12cm.

A altura da viga pode ser estimada por:

H ≈ 𝐿

15=

750

15= 𝟓𝟎𝒄𝒎

3.3.Pré-dimensionamento para a estrutura de lajes lisas

Para a estrutura de lajes lisas, como foi sugerido pelo professor Henrique Longo o

cálculo dos momentos fletores e das respectivas armaduras será feito para:

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Respectivas lajes (mostradas na estrutura convencional): L1, L2, L5, e L6

3.3.1.Pré-dimensionamento das lajes

Segundo CUNHA e SOUZA (1998), a espessura mínima da laje cogumelo é

determinada, utilizando o critério do ACI 318 (1983) que depende do tipo de aço utilizado

e do maior vão do painel.

Como estamos utilizando o aço CA-50 e o maior vão do painel é L = 745cm, estima-se

a espessura da laje:

H ≈ 𝐿

31=

745

31 ≈ 𝟐𝟓𝒄𝒎

3.3.2.Pré-dimensionamento das vigas

Assim como foi feito o pré-dimensionamento das vigas para a estrutura convencional,

será feito, utilizando-se o mesmo critério, o pré-dimensionamento para o caso de lajes

lisas. Ou seja, será escolhido o caso mais crítico: ou de maior vão ou submetido ao

maior carregamento.

Seguindo estes critérios, foi escolhido trecho V8A da viga V8, ilustrada pela figura 9:

Figura 9 – Viga V8.

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Como o trecho V8A possui o mesmo vão do trecho V9A da estrutura convencional, a

viga V8 possuirá as mesmas dimensões da viga V9.

Portanto:

b = 12cm.

H = 50cm.

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4.Carregamento utilizado

- Peso próprio da estrutura:

O peso próprio da estrutura é automaticamente carregado pelo programa SAP2000. O

mesmo é representado no programa pela expressão: “DEAD “.

- Carga acidental:

Foi utilizada, no pavimento de estudo, uma sobrecarga acidental de 2,0kN/m², em que

a mesma atua em todo o pavimento.

- Revestimento:

Foi considerada uma carga atuante de 0,5kN/m², referente ao revestimento, atuante em

todo o pavimento de estudo.

- Paredes:

Para o cálculo da carga referente as paredes, foram feitas as seguintes considerações:

I) Uso de tijolo furado, em que ɣ = 13kN/m³.

II) Paredes com espessura de 15cm.

III) Pé direito de 3m de altura.

Assim, a carga referente a parede será:

Par = (13 . 0,15 . 3,0) = 5,85kN/m

Ou seja:

Par = 5,85kN/m

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5.Utilização do programa SAP2000

Feito o pré-dimensionamento da estrutura e o cálculo do carregamento, dá-se início a

análise da estrutura no programa SAP2000, em que serão utilizadas as dimensões e os

carregamentos calculados acima. Assim, serão obtidos os esforços internos para que

seja feito, em seguida, o cálculo das respectivas armaduras. Será feita também a análise

da flecha limite, para a verificação do pré-dimensionamento estrutura.

5.1.Combinação de cargas

Para este estudo, será utilizado o Estado Limite Último (ELU) de combinação de cargas

para o cálculo da armadura e o Estado Limite de Serviço (ELS) para a análise da flecha

limite.

Estado Limite Último (ELU):

q = 1,4.(peso próprio da estrutura + sobrecarga + revestimento + paredes)

A figura 10 representa a combinação do Estado Limite Último, utilizada no programa

SAP2000:

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Figura 10 – Estado Limite Último, representado no SAP2000 - ELU

Estado Limite de Serviço (ELS):

q = (peso da estrutura + revestimento + paredes + 0,3.sobrecarga)

De acordo com a NBR-6118 (1994a), foi utilizado um fator de redução de combinação

quase permanente para o Estado Limite de Serviço (ELS), igual a 0,3. Este fator de

redução é o fator que é empregado para o caso de edifícios residenciais. Ou seja, supõe-

se que o pavimento de estudo seja destinado à uso residencial.

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A figura 11 representa a combinação do Estado Limite de Serviço, utilizada no programa

SAP2000:

Figura 11 – Estado Limite de Serviço, representado no SAP2000 - ELS

5.2.Estrutura convencional no SAP2000

A figura 12 mostra a estrutura do pavimento térreo exemplo, vista no programa

SAP2000, em 3D.

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Figura 12 – Pavimento Exemplo - Estrutura de Lajes Maciças Convencionais – Vista em 3d.

A figura 13, mostra a visualização da estrutura convencional de lajes maciças do

pavimento exemplo, em duas dimensões (plano x-y).

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Figura 13 – Pavimento Exemplo - Estrutura de Lajes Maciças Convencionais – Vista no plano x-y.

5.3.Verificação da flecha limite, para estrutura convencional

Segundo LONGO (2008), a flecha total para a estrutura pode ser dada pela expressão:

ƒtotal = 2,5 ( ƒg + 0,3 ƒq )

Vale ressaltar que a flecha correspondente às ações variáveis (sobrecarga), está

multiplicada por um fator de redução igual a 0,3 (fator utilizado para edifícios

residenciais).

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A figura 14, mostra o valor da maior flecha imediata relativa às ações permanentes, na

estrutura:

Figura 14 – Flecha imediata máxima, na estrutura convencional, para as ações permanentes.

Já a figura 15, mostra o maior valor da flecha imediata relativa às ações variáveis:

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Figura 15 – Flecha imediata máxima, na estrutura convencional (L= 15cm), para as ações variáveis.

Assim, a flecha total será dada por:

ƒtotal = 2,5 ( ƒg + 0,3 ƒq )

ƒtotal = 2,5 ( 0,0152 + 0,3. 0,0016)

ƒtotal = 0,0392m.

De acordo com a NBR-6118 (2003), a flecha limite referente a deslocamentos visíveis é

dada por:

F(lim) = L / 250 , em que L é o menor vão da laje armada em duas direções.

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Assim, para L13:

F(lim) = 6,80 / 250

F(lim) = 0,0272m

Como ƒtotal = 0,0392m > F(lim) = 0,0272m , será aumentada a dimensão da laje de

15cm para 25cm, para efetuar-se o cálculo da nova flecha total.

A figura 16 representa a flecha imediata relativa as ações permanentes na estrutura,

que agora possui uma laje de 25cm de espessura:

Figura 16 – Flecha imediata máxima, na estrutura convencional (L= 25cm), para as ações permanentes.

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Já a figura 17, mostra o maior valor da flecha imediata relativa as ações variáveis, para

a laje que agora possui 25cm de espessura:

Figura 17 – Flecha imediata máxima, na estrutura convencional (L= 25cm), para as ações variáveis.

Agora, a nova flecha total para a laje de 25cm de espessura será dada por:

ƒtotal = 2,5 ( ƒg + 0,3 ƒq )

ƒtotal = 2,5 ( 0,0079 + 0,3. 0,0006)

ƒtotal = 0,0202m.

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Como ƒtotal = 0,0202m < F(lim) = 0,0272m , o valor da flecha satisfaz a condição limite

imposta pela norma. Assim, a espessura das lajes para a estrutura convencional será

mantida. Ou seja: L = 25cm.

5.4.Momentos fletores atuantes nas lajes, da estrutura

convencional

As figuras 18 e 19, mostram os momentos máximos positivos e máximos negativos,

encontrados nas duas direções das lajes L1, L2, L5 e L6.

Figura 18 – Momentos máximos, na direção x-x, na estrutura convencional (L= 25cm), para ELU.

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Figura 19 – Momentos máximos, na direção y-y, na estrutura convencional (L= 25cm), para ELU.

5.5.Cálculo das armaduras das lajes, para estrutura

convencional

Para o cálculo das armaduras, foi utilizada uma planilha de cálculo, fornecida pelo

engenheiro Rodolfo Shamá. A mesma, respeita as recomendações das normas. Assim:

As armaduras das lajes na direção do eixo x-x, são:

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M(positivo) Armadura Positiva M(negativo) Armadura Negativa

Laje 1 41,19 ø12,5 c/ 20cm -7,57 ø10 c/ 20cm

Laje 2 2,68 ø10 c/ 20cm -7,57 ø10 c/ 20cm

Laje 5 48,5 ø10 c/ 10cm -32,07 ø10 c/ 15cm

Laje 6 0,82 ø10 c/ 20cm -32,07 ø10 c/ 15cm

As armaduras das lajes na direção do eixo y-y, são:

M(positivo) Armadura Positiva M(negativo) Armadura Negativa

Laje 1 46,85 ø10 c/ 10cm -16,69 ø10 c/ 20cm

Laje 2 47,35 ø10 c/ 10cm -39,64 ø10 c/ 12,5cm

Laje 5 5,36 ø10 c/ 20cm -16,69 ø10 c/ 20cm

Laje 6 4,16 ø10 c/ 20cm -39,64 ø10 c/ 12,5cm

A figura 20, mostra o detalhamento das armaduras inferiores para as lajes: L1, L2, L5 e

L6 da estrutura convencional:

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Figura 20 – Detalhamento das armaduras inferiores para a estrutura convencional.

A figura 21, mostra o detalhamento das armaduras superiores para as lajes: L1, L2, L5

e L6 da estrutura convencional:

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Figura 21 – Detalhamento das armaduras superiores para a estrutura convencional.

5.6.Momentos fletores e esforços cortantes atuantes nas vigas,

da estrutura convencional

As figuras 22,23,24,25,26 e 27, a seguir, irão mostrar os diagramas de momento e de

cortante com seus respectivos valores máximos, referente às vigas V1, V2 e V8, para o

caso da estrutura convencional.

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Figura 22 - Diagrama de momento, para a viga V1 (ELU, Estrutura Convencional).

Figura 23 - Diagrama de cortante, para a viga V1 (ELU, Estrutura Convencional).

Figura 24 - Diagrama de momento, para a viga V2 (ELU, Estrutura Convencional).

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Figura 25 - Diagrama de cortante, para a viga V2 (ELU, Estrutura Convencional).

Figura 26 - Diagrama de momento, para a viga V8 (ELU, Estrutura Convencional).

Figura 27 - Diagrama de cortante, para a viga V8 (ELU, Estrutura Convencional).

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5.7.Cálculo das armaduras das vigas, para estrutura

convencional

Para o cálculo das armaduras das vigas, também será utilizada uma planilha de cálculo,

fornecida pelo engenheiro Rodolfo Shamá. A mesma, respeita as recomendações das

normas. Assim:

- Armaduras longitudinais das vigas:

Trecho da Viga

Momento (positivo)

Armadura (positiva)

Momento (negativo)

Armadura (negativa)

V1A 55,22 4 ø10 -80,29 6 ø10

V1B 10,53 2 ø10 -13,83 2 ø10

V2A 52,64 4 ø10 -82,77 6 ø10

V2B 10,61 2 ø10 -17,25 2 ø10

V8C 12,92 2 ø10 -23,75 2 ø10

V8D 60,03 5 ø10 -89,51 7 ø10

O comprimento das barras longitudinais será calculado, conforme foi sugerido pelo

professor e orientador Henrique Longo, da seguinte maneira:

I) armadura inferior para Mmax(+): - metade das barras até o apoio e metade com um comprimento igual a 60% do vão. II) armadura superior para Mmax(-): - comprimento das barras = 1/4 do vão L1 + 1/4 do vão L2, sendo L1 e L2 os vãos vizinhos ao Mmax(-).

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Assim, as armaduras longitudinais das vigas e seus respectivos comprimentos são:

Trecho da Viga Armadura (positiva) Armadura (negativa)

V1A 2 ø10 - 575 e 2 ø10 - 420 6 ø10 - 290

V1B 1 ø10 - 275 e 1 ø10 - 270 2 ø10 - 225

V2A 2 ø10 - 575 e 2 ø10 - 420 6 ø10 - 290

V2B 1 ø10 - 275 e 1 ø10 - 270 2 ø10 - 225

V8C 1 ø10 - 300 e 1 ø10 - 300 2 ø10 - 250

V8D 3 ø10 - 615 e 2 ø10 - 450 7 ø10 - 315

- Armaduras transversais das vigas:

Pela planilha utilizada, foi verificado que o esforço cortante relativo à armadura mínima

é igual a 76,50kN. E a armadura mínima é de ø6,3 c/ 30, para um estribo de duas pernas.

Foi verificado também pelos diagramas de esforços cortantes que as vigas V1, V2 e V8

nos respectivos trechos V1A, V1B, V2A, V2B, V8C e V8D possuem esforços cortantes

que não excedem o valor do cortante de 76,50kN, relativo à armadura mínima. Assim,

todos estes trechos das vigas terão a armadura mínima igual a ø6,3 c/ 30.

5.8.Estrutura de lajes lisas no SAP2000

A figura 28 mostra a estrutura do pavimento térreo exemplo, feita em lajes lisas, vista

no programa SAP2000, em 3D.

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Figura 28 – Pavimento Exemplo - Estrutura de Lajes Maciças Lisas – Vista em 3D.

A figura 29 mostra a visualização da estrutura de lajes maciças lisas do pavimento térreo

exemplo, em duas dimensões (plano x-y).

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Figura 29 – Pavimento Térreo Exemplo - Estrutura de Lajes Maciças Lisas – Vista no plano x-y.

5.9.Verificação da flecha limite, para a estrutura de lajes lisas

A verificação da flecha total para a estrutura de lajes lisas é calculada da mesma

maneira que foi calculada para o caso de lajes maciças convencionais. Ou seja:

ƒtotal = 2,5 ( ƒg + 0,3 ƒq )

A figura 30 mostra o valor da maior flecha imediata relativa as ações permanentes, na

estrutura:

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Figura 30 – Flecha imediata máxima, na estrutura de lajes lisas (L= 25cm), para as ações permanentes.

A figura 31 mostra o maior valor da flecha imediata relativa as ações variáveis, para a

estrutura de lajes lisas:

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Figura 31 – Flecha imediata máxima, na estrutura de lajes lisas (L= 25cm), para as ações variáveis.

Agora, a flecha total para a estrutura de lajes lisas, de 25cm de espessura, será dada

por:

ƒtotal = 2,5 ( ƒg + 0,3 ƒq )

ƒtotal = 2,5 ( 0,0083 + 0,3. 0,0006)

ƒtotal = 0,0212m.

Como ƒtotal = 0,0212m < F(lim) = 0,0272m , o valor da flecha satisfaz a condição limite

imposta pela norma. Assim, a espessura das lajes para a estrutura de lajes lisas será

mantida. Ou seja: L = 25cm.

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5.10.Momentos fletores atuantes na estrutura de lajes lisas

As figuras 32 e 33, que se encontram a seguir, mostram os momentos máximos

positivos e máximos negativos, encontrados nas duas direções das respectivas lajes L1,

L2, L5 e L6.

Figura 32 – Momentos máximos, na direção x-x, na estrutura de lajes lisas (L= 25cm), para ELU.

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Figura 33 – Momentos máximos, na direção y-y, na estrutura de lajes lisas (L= 25cm), para ELU.

Segundo LONGO (2012), se os pilares forem modelados como apoios pontuais, a curva

de momentos terá um valor muito grande no ponto de apoio e não representará

adequadamente os valores reais. Assim, será feita uma média estimada pelos valores

de pico e o valor que se encontra a 0,5m do pilar. Esta média é feita para ser evitado o

problema de pico de momento e para que assim se alcance valores mais próximos dos

valores reais, já que foram utilizados apoios pontuais para a estrutura.

Portanto, os momentos negativos serão:

Direção x-x:

M = (-230,06 – 54,63) / 2

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M = -142,35kNm/m.

Direção y-y:

M = (-235,38 – 120,42) / 2

M = -177,90kNm/m.

5.11.Cálculo das armaduras das lajes, para estrutura de lajes

lisas

- As armaduras das lajes na direção do eixo x-x, são:

M(positivo) Armadura Positiva M(negativo) Armadura Negativa

Laje 1 47,96 ø10 c/ 10cm -142,35 ø20 c/ 15cm

Laje 2 4,77 ø10 c/ 20cm -142,35 ø20 c/ 15cm

Laje 5 53,50 ø10 c/ 10cm -142,35 ø20 c/ 15cm

Laje 6 1,24 ø10 c/ 20cm -142,35 ø20 c/ 15cm

- As armaduras das lajes na direção do eixo y-y, são:

M(positivo) Armadura Positiva M(negativo) Armadura Negativa

Laje 1 49,82 ø10 c/ 10cm -177,90 ø20 c/ 10cm

Laje 2 56,33 ø10 c/ 10cm -177,90 ø20 c/ 10cm

Laje 5 4,04 ø10 c/ 20cm -177,90 ø20 c/ 10cm

Laje 6 2,03 ø10 c/ 20cm -177,90 ø20 c/ 10cm

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A figura 34, mostra o detalhamento das armaduras inferiores para as lajes: L1, L2, L5 e

L6 da estrutura de lajes lisas:

Figura 34 – Detalhamento das armaduras inferiores para a estrutura de lajes lisas.

A figura 35, mostra o detalhamento das armaduras superiores referentes ao eixo x-x,

para as lajes: L1, L2, L5 e L6 da estrutura de lajes lisas:

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Figura 35 – Detalhamento das armaduras inferiores para a estrutura de lajes lisas, eixo x-x.

A figura 36, mostra o detalhamento das armaduras superiores referentes ao eixo y-y,

para as lajes: L1, L2, L5 e L6 da estrutura de lajes lisas:

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Figura 36 – Detalhamento das armaduras inferiores para a estrutura de lajes lisas, eixo y-y.

5.12.Momentos fletores e esforços cortantes atuantes nas vigas,

da estrutura de lajes lisas

As figuras 37,38,39 e 40, a seguir, irão mostrar os diagramas de momento e de cortante

com seus respectivos valores máximos, referente às vigas V1 e V8.

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Figura 37 - Diagrama de momento, para a viga V1 (ELU, Lajes Lisas).

Figura 38 - Diagrama de cortante, para a viga V1 (ELU, Lajes Lisas).

Figura 39 - Diagrama de momento, para a viga V8 (ELU, Lajes Lisas).

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Figura 40 - Diagrama de cortante, para a viga V1 (ELU, Lajes Lisas).

5.13.Cálculo das armaduras das vigas, para estrutura de lajes

lisas

Da mesma forma que foi feito o cálculo das armaduras das vigas para a estrutura

convencional, será utilizada a mesma planilha de cálculo, fornecida pelo engenheiro

Rodolfo Shamá, citada anteriormente. A mesma, respeita as recomendações das

normas. Assim:

- Armaduras longitudinais das vigas:

Trecho da Viga

Momento (positivo)

Armadura (positiva)

Momento (negativo)

Armadura (negativa)

V1A 57,04 4 ø10 -86,67 7 ø10

V1B 11,61 2 ø10 -17,87 2 ø10

V8C 13,94 2 ø10 -26,28 2 ø10

V8D 62,09 5 ø10 -95,68 7 ø10

Page 63: análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

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Da mesma maneira que foi feito, anteriormente, o comprimento das barras longitudinais

será calculado, conforme foi sugerido pelo professor e orientador Henrique Longo, da

seguinte maneira:

I) armadura inferior para Mmax(+): - metade das barras até o apoio e metade com um comprimento igual a 60% do vão. II) armadura superior para Mmax(-): - comprimento das barras = 1/4 do vão L1 + 1/4 do vão L2, sendo L1 e L2 os vãos vizinhos ao Mmax(-). Assim, as armaduras longitudinais das vigas e seus respectivos comprimentos são:

Trecho da Viga

Armadura (positiva) Armadura (negativa)

V1A 2 ø10 - 575 e 2 ø10 - 420 7 ø10 - 290

V1B 1 ø10 - 275 e 1 ø10 - 270 2 ø10 - 225

V8C 1 ø10 - 300 e 1 ø10 - 300 2 ø10 - 250

V8D 3 ø10 - 615 e 2 ø10 - 450 7 ø10 - 315

- Armaduras transversais das vigas:

Pela planilha utilizada, foi verificado que o esforço cortante relativo à armadura mínima

é igual a 76,50kN. E a armadura mínima é de ø6,3 c/ 30, para um estribo de duas pernas.

Foi verificado também pelos diagramas de esforços cortantes que as vigas V1, V2 e V8

nos respectivos trechos V1A, V1B, V2A, V2B, V8C e V8D possuem esforços cortantes

que não excedem o valor do cortante de 76,50kN, relativo à armadura mínima. Assim,

todos estes trechos das vigas terão a armadura mínima igual a ø6,3 c/ 30.

Page 64: análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

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6.Comparação dos sistemas estruturais

Neste capítulo serão feitas as comparações dos dois sistemas estruturais. Esta

comparação analisará dados como: massa de aço utilizada, volume de concreto, área

de fôrmas, de cada sistema estrutural.

6.1.Massa(Peso) de aço utilizada(o)

Serão mostrados quadros comparativos para a massa (peso) de aço empregada(o) em

cada uma das soluções estruturais. Vale ressaltar, que a massa (peso) nominal do aço

utilizado foi retirada da tabela da Gerdau. A mesma mostra o vergalhão GG 50 que é

referente ao aço CA-50 (aço utilizado no cálculo do projeto). A tabela é mostrada pela

figura 40.

Figura 41 - Tabela com especificações do aço GG 50.

O quadro 01, mostra a massa(peso) de aço utilizada nas lajes, para a estrutura

convencional.

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Estrutura Convencional

Massa (peso) de aço utilizada nas lajes

Laje Armadura utilizada Comprimento Massa Massa

Total (m) Nominal (kg/m) Total (kg)

L1 37ø12,5 c/ 20cm - 6,80m 251,60 0,963 242,29

68ø10 c/ 10cm - 7,45m 506,60 0,617 312,57

L1/L2 37ø10 c/ 20cm - 3,40m 125,80 0,617 77,62

L1/L5 34ø10 c/ 20cm - 3,73m 126,82 0,617 78,25

L2 37ø10 c/ 20cm - 4,50m 166,50 0,617 102,73

45ø10 c/ 10cm - 7,45m 335,25 0,617 206,85

L2/L6 36ø10 c/ 12,5cm - 3,73m 134,28 0,617 82,85

Laje 5 50ø10 c/ 10cm - 6,80m 340,00 0,617 209,78

34ø10 c/ 20cm - 5,00m 170,00 0,617 104,89

L5/L6 33ø10 c/ 15cm - 3,40m 112,20 0,617 69,23

Laje 6 25ø10 c/ 20cm - 4,50m 112,50 0,617 69,41

22ø10 c/ 20cm - 5,00m 110,00 0,617 67,87

Ʃ Massa

1624,34

Quadro 01 - Quadro de contabilidade da armadura utilizada nas lajes (estrutura convencional).

O quadro 02, mostra a massa de aço das armaduras longitudinais, utilizadas nas vigas,

para a estrutura convencional.

Estrutura Convencional

Massa (peso)de aço utilizada nas vigas

Armadura longitudinal Trecho

Armadura utilizada (m) Comprimento Massa Massa

da Viga Total (m) Nominal (kg/m) Total (kg)

V1A 2 ø10 - 5,75 e 2 ø10 - 4,20 19,90 0,617 12,28

6 ø10 - 2,90 17,40 0,617 10,74

V1B 1 ø10 - 2,75 e 1 ø10 - 2,70 5,45 0,617 3,36

2 ø10 - 2,25 4,50 0,617 2,78

V2A 2 ø10 - 5,75 e 2 ø10 - 4,20 19,90 0,617 12,28

6 ø10 - 2,90 17,40 0,617 10,74

V2B 1 ø10 - 2,75 e 1 ø10 - 2,70 5,45 0,617 3,36

2 ø10 - 2,25 4,50 0,617 2,78

V8C 1 ø10 - 3,00 e 1 ø10 - 3,00 6,00 0,617 3,70

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2 ø10 - 2,50 5,00 0,617 3,09

V8D 3 ø10 - 6,15 e 2 ø10 - 4,50 27,45 0,617 16,94

7 ø10 - 3,15 22,05 0,617 13,60

Ʃ Massa

95,64

Quadro 02 - Quadro de contabilidade da armadura longitudinal, utilizada nas vigas (estrutura convencional).

O quadro 03, mostra a massa de aço das armaduras transversais, utilizadas nas vigas,

para a estrutura convencional.

Estrutura Convencional

Massa (peso) de aço utilizada nas vigas

Armadura transversal

Viga Vão (m)

Armadura

Perímetro Comprimento Massa Massa

do estribo (m) Total (m) Nominal (kg/m) Total (kg)

V1A 6,80 ø6,3 c/30cm 1,04 23,57 0,25 5,78

V1B 4,50 ø6,3 c/30cm 1,04 15,60 0,25 3,82

V2A 6,80 ø6,3 c/30cm 1,04 23,57 0,25 5,78

V2B 4,50 ø6,3 c/30cm 1,04 15,60 0,25 3,82

V8C 5,00 ø6,3 c/30cm 1,04 17,33 0,25 4,25

V8D 7,45 ø6,3 c/30cm 1,04 25,83 0,25 6,33

Ʃ Massa 29,77

Quadro 03 - Quadro de contabilidade da armadura transversal, utilizada nas vigas (estrutura convencional).

O quadro 04, mostra a massa de aço utilizada nas lajes, para a estrutura de lajes lisas.

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Estrutura de Lajes Lisas

Massa (peso)de aço utilizada nas lajes

Laje Armadura utilizada Comprimento Massa Massa

Total (m) Nominal (kg/m) total (kg)

L1

74ø10 c/ 10cm - 7,57m 560,18 0,617 345,63

68ø10 c/ 10cm - 8,22m 558,96 0,617 344,88

12ø20 c/ 15cm - 2,38m 28,56 2,466 70,43

25ø20 c/ 15cm - 1,70m 42,50 2,466 104,81

12ø20 c/ 15cm - 2,38m 28,56 2,466 70,43

17ø20 c/ 10cm - 2,61m 44,37 2,466 109,42

34ø20 c/ 10cm - 1,86m 63,24 2,466 155,95

17ø20 c/ 10cm - 2,61m 44,37 2,466 109,42

L2

37ø10 c/ 20cm - 5,27 194,99 0,617 120,31

45ø10 c/ 10cm - 8,22m 369,90 0,617 228,23

12ø20 c/ 15cm - 4,76m 57,12 2,466 140,86

25ø20 c/ 15cm - 3,40m 85,00 2,466 209,61

12ø20 c/ 15cm - 4,76m 57,12 2,466 140,86

11ø20 c/ 10cm - 2,61m 28,71 2,466 70,80

23ø20 c/ 10cm - 1,86m 42,78 2,466 105,50

11ø20 c/ 10cm - 2,61m 28,71 2,466 70,80

L5

50ø10 c/ 10cm - 7,57m 378,50 0,617 233,53

34ø10 c/ 20cm - 5,77m 196,18 0,617 121,04

11ø20 c/ 15cm - 2,38m 26,18 2,466 64,56

17ø20 c/ 15cm - 1,70m 28,90 2,466 71,27

11ø20 c/ 15cm - 2,38m 26,18 2,466 64,56

17ø20 c/ 10cm - 5,22m 88,74 2,466 218,83

34ø20 c/ 10cm -3,72m 126,48 2,466 311,90

17ø20 c/ 10cm - 5,22m 88,74 2,466 218,83

L6

25ø10 c/ 20cm - 5,27m 131,75 0,617 81,29

22ø10 c/ 20cm - 5,77m 126,94 0,617 78,32

11ø20 c/ 15cm - 4,76m 52,36 2,466 129,12

17ø20 c/ 15cm - 3,40m 57,80 2,466 142,53

11ø20 c/ 15cm - 4,76m 52,36 2,466 129,12

11ø20 c/ 10cm - 5,22m 57,42 2,466 141,60

23ø20 c/ 10cm - 3,72m 85,56 2,466 210,99

11ø20 c/ 10cm - 5,22m 57,42 2,466 141,60

Ʃ Massa

4757,01

Quadro 04 - Quadro de contabilidade da armadura utilizada nas lajes (estrutura de lajes lisas).

Page 68: análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

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O quadro 05, mostra a massa de aço das armaduras longitudinais, utilizadas nas vigas,

para a estrutura de lajes lisas.

Estrutura de Lajes Lisas

Massa (peso)de aço utilizada nas vigas

Armadura longitudinal Trecho

Armadura utilizada (m) Comprimento Massa Massa

da Viga Total (m) Nominal (kg/m) Total (kg)

V1A 2 ø10 - 5,75 e 2 ø10 - 4,20 19,90 0,617 12,28

7 ø10 - 2,90 20,30 0,617 12,53

V1B 1 ø10 - 2,75 e 1 ø10 - 2,70 5,45 0,617 3,36

2 ø10 - 2,25 4,50 0,617 2,78

V8C 1 ø10 - 3,00 e 1 ø10 - 3,00 6,00 0,617 3,70

2 ø10 - 2,50 5,00 0,617 3,09

V8D 3 ø10 - 6,15 e 2 ø10 - 4,50 27,45 0,617 16,94

7 ø10 - 3,15 22,05 0,617 13,60

Ʃ Massa

68,27

Quadro 05 - Quadro de contabilidade da armadura longitudinal, utilizada vigas (estrutura de lajes lisas).

O quadro 06, mostra a massa de aço das armaduras transversais, utilizadas nas vigas,

para a estrutura de lajes lisas.

Estrutura de Lajes Lisas

Massa (peso)de aço utilizada nas vigas

Armadura transversal

Viga Vão (m)

Armadura

Perímetro Comprimento Massa Massa

do estribo (m) Total (m) Nominal (kg/m) Total (kg)

V1A 6,80 ø6,3 c/30cm 1,04 23,57 0,25 5,78

V1B 4,50 ø6,3 c/30cm 1,04 15,60 0,25 3,82

V8C 5,00 ø6,3 c/30cm 1,04 17,33 0,25 4,25

V8D 7,45 ø6,3 c/30cm 1,04 25,83 0,25 6,33

Ʃ Massa 20,17

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Quadro 06 - Quadro de contabilidade da armadura transversal, utilizada vigas (estrutura de lajes lisas).

O quadro 07, mostra a massa de aço total das armaduras empregadas em cada

elemento estrutural e o somatório das mesmas. Para este quadro, foi feita também uma

estimativa da massa (peso) de aço para todo o painel estrutural.

Estimativa da massa (peso) de aço

Convencional Laje Lisa

Valor calculado Estimativa total Valor Calculado Estimativa total

Lajes 1624,34 6511,73 4757,01 19070,14

Vigas 95,64 675,21 68,27 339,77

Arm.long.

Vigas 29,77 210,17 20,17 100,38 Estribos

Ʃ (kg) 1749,75 7397,11 4845,45 19510,29

Quadro 07 - Quadro comparativo de armadura, entre os dois tipos estruturais.

6.2.Volume de concreto utilizado

Será feita uma estimativa do volume de concreto a ser utilizado em cada uma das

soluções estruturais.

O quadro 08 mostra o volume de concreto utilizado em todos os elementos estruturais

do pavimento, para cada tipo estrutural. O mesmo mostra também, o somatório do

volume de concreto utilizado.

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Estrutura Convencional

Estrutura de Lajes Lisas

Laje / Viga Volume de concreto (m³) Volume de concreto (m³)

Lajes 139,47 139,47

V1 1,36 1,36

V2 1,36 0,00

V3/V3B+V3D 1,36 0,47

V4 0,20 0,20

V5 0,27 0,27

V6 1,36 0,00

V7 1,36 1,36

V8 1,49 1,49

V9/V9C 1,49 0,17

V10/V10C 1,49 0,17

V11 0,11 0,11

V12 1,49 0,00

V13 1,49 1,49

Ʃ (m³) 154,31 146,56

Quadro 08 - Quadro comparativo de volume de concreto, entre os dois tipos estruturais.

6.3.Área de fôrmas

Neste subcapítulo será feita a estimativa das áreas de fôrmas que serão utilizadas em

todos os elementos estruturais, para cada um dos sistemas estudados.

O quadro 09 mostra as áreas de fôrmas utilizadas em todos os elementos estruturais do

pavimento, para cada tipo estrutural.

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Estrutura Convencional

Estrutura de Lajes Lisas

Laje / Viga Área de fôrmas (m²) Área de fôrmas (m²)

Lajes 557,87 557,87

V1 25,37 25,37

V2 25,37 0,00

V3/V3B+V3D 25,37 8,85

V4 3,81 3,81

V5 5,04 5,04

V6 25,37 0,00

V7 25,37 25,37

V8 27,89 27,89

V9/V9C 27,89 2,52

V10/V10C 27,89 2,52

V11 2,02 2,02

V12 27,89 0,00

V13 27,89 27,89

Ʃ (m²) 835,01 689,13

Quadro 09 - Quadro comparativo de área de fôrmas, entre os dois tipos estruturais.

Page 72: análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

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7.Conclusão

Como conclusão deste trabalho, será apresentada a solução estrutural mais vantajosa.

Porém, vale ressaltar que este trabalho não tem como objetivo buscar uma solução de

projeto ideal. Além disso, esta comparação está restringida a certos critérios que

delimitam a pesquisa. Assim, reafirma-se que a solução é a mais vantajosa do ponto de

vista dos aspectos que foram analisados: volume de concreto, área de fôrmas, massa

do aço, tempo e facilidade da construção (expostos através do método construtivo).

O quadro 10 mostra os valores totais do volume de concreto, área de fôrmas e massa

(peso) de aço (total estimado), utilizados em cada um dos tipos estruturais.

Quadro 10 - Quadro comparativo entre os dois tipos estruturais.

Pelo quadro 10, podemos notar que o pavimento exemplo, feito em lajes lisas, utilizaria,

aproximadamente, 2,64 da massa de aço que seria utilizada na estrutura convencional.

Porém, a estrutura de lajes lisas utilizaria, aproximadamente 82,53% de área de fôrmas

que seria utilizada na estrutura convencional. E 94,98% de volume de concreto.

Assim, analisando unicamente as soluções estruturais pelos dados levantados no

quadro 10: massa de aço, área de fôrmas, volume de concreto, a solução estrutural

convencional, seria a mais vantajosa.

Porém, vale ressaltar que a estrutura em lajes lisas possui um tempo de construção

menor do que estrutura convencional. Isto ocorre porque não precisaria do tempo gasto

para toda a etapa de construção das vigas internas. Por isso, se for altamente lucrativo

para uma empresa o ganho deste tempo, a solução estrutural por lajes lisas pode ser

mais vantajosa.

Percentual Percentual

Relativo Relativo

Massa de aço (kg) 37,91% 263,76%

Área de fôrmas (m²) 121,17% 82,53%

Volume de Concreto (m³) 105,29% 94,98%

Convencional Lajes Lisas

146,56

Quantidade

Total Total

Quantidade

7397,11

835,01

154,31

19510,29

689,13

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As comparações feitas neste trabalho foram baseadas em valores estimados,

tendo em vista que foram calculados para um trecho do pavimento. Para se ter

uma avaliação mais precisa, seria necessário analisar todo o pavimento.

Page 74: análise comparativa de projeto de um pavimento, feito em lajes

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Referências Bibliográficas

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