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7/25/2019 Análise Crítica Da Narrativa Resumo Dos Capítulos 5, 6 e 7 http://slidepdf.com/reader/full/analise-critica-da-narrativa-resumo-dos-capitulos-5-6-e-7 1/3 Análise Crítica da Narrativa: resumo dos capítulos 5, 6 e 7 Sergio Ferreira Junior Kristopher-Jon Samuel  Nesta parte do livro “Análise Crítica da Narrativa”, de ui! "on!aga #otta, o autor a$irma %ue a concep&'o da narrativa segue uma linearidade, %ue integra a&(es no  passado, no presente e no $uturo) *le empreende uma Narratologia %ue englo+a tanto as narrativas $actuais ornalismo, hist.ria, +iogra$ias/ %uanto $ictícias contos, $ilmes, telenovelas, videoclipes, hist.rias em %uadrinho/) 0rocura-se entender como os sueitos sociais constroem os seus signi$icados atrav1s da apreens'o, compreens'o e e2press'o narrativa da realidade) Seguindo esta l.gica, #otta argumenta %ue a narrativa, portanto, n'o pode ser conce+ida somente como ramo da literatura, ao contrário do %ue 3enamin a$irma) #otta a$irma %ue a Narratologia passa a ser utili!ada como um procedimento analítico para compreender os mitos, as $á+ulas, os valores su+etivos, as ideologias e a cultura política inteira de uma sociedade) Falando da narrativa ornalística, #otta declara %ue n'o se podem analisar as notícias unitárias e isoladas separadamente) Na verdade, estas notícias n'o s'o unitárias, mas $a!em parte de uma narrativa especi$ica e integral) 0or conseguinte, a narrativa ornalística deve ser estudada como uma conunta signi$icativa integrada, um acontecimento integral, e n'o isoladamente) Se untarmos todas essas notícias so+re o mesmo assunto, com a $inalidade de analisar a narrativa construída podemos ver uma realidade construída a partir deste acontecimento geral4 %ue visa, a cria&'o de uma hist.ria do passado, presente e o $uturo) 0ara analisar a narrativa ornalística, #otta prop(e um sistema de 5movimentos6, levando em considera&'o %ue nenhuma narrativa 1 ing7nua ou e2iste sem prop.sito) 8 de e2trema import9ncia ao analisar uma narrativa $amiliarmos-nos com as estrat1gias e inten&(es te2tuais do narrador, no caso o ornalista)  No primeiro e segundo movimento, a %ue #otta chama de “compreender a intriga como síntese do heterog7neo” e “compreender a l.gica do paradigma narrativo”, ao analisar as narrativa midiáticas, o analista precisa reunir todas as notícias em um enredo s., assim, ele pode identi$icar a serialidade temática cronol.gico para compreender o tema) As notícias diárias s'o $ragmentos descone2os de sentido, mas ao reuni-las, pode-se ver uma hist.ria completa de início, meio e $im) Ao recompor a hist.ria, privilegiam-se certos elementos de composi&'o, como a sinta2e e a l.gica narrativa decorrentes da estrat1gia te2tual) 0ode-se á o+servar de maneira sistemática e

Análise Crítica Da Narrativa Resumo Dos Capítulos 5, 6 e 7

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Análise Crítica da Narrativa: resumo dos capítulos 5, 6 e 7

Sergio Ferreira Junior Kristopher-Jon Samuel

 Nesta parte do livro “Análise Crítica da Narrativa”, de ui! "on!aga #otta, o

autor a$irma %ue a concep&'o da narrativa segue uma linearidade, %ue integra a&(es no

 passado, no presente e no $uturo) *le empreende uma Narratologia %ue englo+a tanto as

narrativas $actuais ornalismo, hist.ria, +iogra$ias/ %uanto $ictícias contos, $ilmes,

telenovelas, videoclipes, hist.rias em %uadrinho/) 0rocura-se entender como os sueitos

sociais constroem os seus signi$icados atrav1s da apreens'o, compreens'o e e2press'o

narrativa da realidade) Seguindo esta l.gica, #otta argumenta %ue a narrativa, portanto,

n'o pode ser conce+ida somente como ramo da literatura, ao contrário do %ue 3enamin

a$irma) #otta a$irma %ue a Narratologia passa a ser utili!ada como um procedimento

analítico para compreender os mitos, as $á+ulas, os valores su+etivos, as ideologias e a

cultura política inteira de uma sociedade)Falando da narrativa ornalística, #otta declara %ue n'o se podem

analisar as notícias unitárias e isoladas separadamente) Na verdade, estas notícias n'o

s'o unitárias, mas $a!em parte de uma narrativa especi$ica e integral) 0or conseguinte, a

narrativa ornalística deve ser estudada como uma conunta signi$icativa integrada, umacontecimento integral, e n'o isoladamente) Se untarmos todas essas notícias so+re o

mesmo assunto, com a $inalidade de analisar a narrativa construída podemos ver uma

realidade construída a partir deste acontecimento geral4 %ue visa, a cria&'o de uma

hist.ria do passado, presente e o $uturo)0ara analisar a narrativa ornalística, #otta prop(e um sistema de 5movimentos6,

levando em considera&'o %ue nenhuma narrativa 1 ing7nua ou e2iste sem prop.sito) 8

de e2trema import9ncia ao analisar uma narrativa $amiliarmos-nos com as estrat1gias e

inten&(es te2tuais do narrador, no caso o ornalista) No primeiro e segundo movimento, a %ue #otta chama de “compreender a

intriga como síntese do heterog7neo” e “compreender a l.gica do paradigma narrativo”,

ao analisar as narrativa midiáticas, o analista precisa reunir todas as notícias em um

enredo s., assim, ele pode identi$icar a serialidade temática cronol.gico para

compreender o tema) As notícias diárias s'o $ragmentos descone2os de sentido, mas ao

reuni-las, pode-se ver uma hist.ria completa de início, meio e $im) Ao recompor a

hist.ria, privilegiam-se certos elementos de composi&'o, como a sinta2e e a l.gica

narrativa decorrentes da estrat1gia te2tual) 0ode-se á o+servar de maneira sistemática e

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rigorosa as cone2(es e associa&(es %ue o o+eto a recomposi&'o narrativ a/ vai

sugerindo) : medida %ue se remonta a intriga reconstr.i-se o o+eto) Nos terceiro e %uarto, “dei2ar surgir novos epis.dios” e “permitir o con$lito

dramático se revelar”, o autor articula a identi$ica&'o dos con$litos e da $uncionalidade

dos epis.dios dentro dessa recomposi&'o dos acontecimentos e coconstru&'o da

realidade) ; autor advoga %ue nesta recomposi&'o cronol.gica 1 possível detectar 

con$litos ou contradi&(es, á %ue sempre e2istem dois lados na est.ria %ue vai gerar 

novas perspectivas na narrativa como toda) A constru&'o das narrativas, como a

 ornalística, sempre se desenla&a pelo clíma2, %ue chama o leitor, caracteri!ando-a e

criando tens'o, gerando e2pectativas); %uinto e o se2to movimento, “personagem< metamor$ose de pessoa e persona”

e “as estrat1gias argumentativas”, compreendem a constru&'o de personagens ornalísticas e o 9m+ito dos e$eitos de sentido, di! respeito aos atores presentes no

acontecimento sendo analisado) =ma das características da narrativa ornalística 1 $orte

identi$ica&'o das personagens presentes atuando como protagonistas, anti-her.is ou

envolvidas de uma $orma ou outra) 0or1m, al1m disso, #otta en$ati!a o $ato de %ue a

narrativa ornalística deve ser analisada a partir da vers'o contada e n'o da 5verdade

hist.rica6) ; analista precisa lem+rar %ue está analisando como as notícias constroem

 personagens, con$litos, com+ates, her.is, vil'os, mocinhos, +andidos, puni&(es,

recompensas, n'o da realidade hist.rica em si mesma, mas por meio das estrat1gias de

e$eitos realísticos e est1ticos)>sso leva ao deslocamento do enunciado narrativo como arte$ato ?nico da análise

e uma passagem @ compreens'o do proeto da dramático, envolvido na coconstru&'o da

realidade, á %ue o pro+lema da comunica&'o narrativa, en%uanto processo

comunicacional, re%uer %ue olhemos para a “per$ormance dos sueitos interlocutores da

narrativa”) esse modo, temos artimanhas narrativas relacionadas a um prop.sito, %ue

 precisa ser investigado pela análise, a $im de veri$icar a sua reali!a&'o, á %ue arelev9ncia do narrador se dá por ele ser um ator do discurso, com poder da vo! e de dar 

as instru&(es de uso)8 preciso, portanto, olhar para o processo de interlocu&'o com o destinatário

di$uso ou ausente/, %ue redunda em in$lu7ncias recíprocas, tanto em processos

assim1tricos %uanto sim1tricos, por conta da hierar%uia, do e2ercício do poder e de

 potenciais tensionamentos) *ssas %uest(es do poder e das +atalhas discursivas est'o

relacionadas @s especi$icidades da situa&'o comunicativa e das determina&(es sociais e

hist.ricas %ue $ormam os lugares das vo!es) A vo! narrativa, a partir de Bicoeur, pode

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ser entendida como “vo! %ue dirige ao leitor ouvinte ou espectador/ apresentando-lhe o

mundo” p) DE/ e, na composi&'o narrativa, devem-se considerar narrador e

 personagem) Nessa constitui&'o dos mundos contado pelo narrador e tecido em torno do

 personagem, a enuncia&'o se torna do discurso do narrador e o enunciado, o discurso do

 personagem) ; pro+lema das vo!es narrativas recai so+re o narrador como uma das

categorias principais, mas tam+1m repousa so+re a poli$onia das vo!es, inseridas em um

 processo de dialogi!a&'o e de contraponto, em uma matri! de intriga) ; Narrador 1,

assim, sueito enunciador da vo! narrativa compreendido pelo vi1s das %uest(es de

 poder4 o autor o en2erga< pela eoria iterária e por rela&(es interdisciplinares)#otta de$ine uma matri! para análise empírica a partir das narrativas

 ornalísticas, @ medida %ue elas apresentam e representam a comple2idade das rela&(essociais, inseridas em um processo de negocia&'o político e sim+.lico e na diária disputa

 por verdades e sua constru&'o) >sso a+range< a análise do con$lito e de suas negocia&(es4

delimitar as vo!es da narrativa plurivocal4 identi$icar os níveis dos narradores e os

$lu2osGe2ercícios de poder)