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Análise de custos nas diferenças das dimensões da seção transversal dos pilares em concreto
armado entre a NBR 6118: 2007 x NBR 6118: 2014 Julho/2016 1
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
Análise de custos nas diferenças das dimensões da seção
transversal dos pilares em concreto armado entre a NBR 6118:
2007 x NBR 6118: 2014
Marcos Rebuá dos Santos – [email protected]
MBA em Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundação
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Campo Grande - MS, 06 de novembro de 2015
Resumo
A norma brasileira NBR 6118 de 2014 alterou algumas recomendações em nas dimensões
mínimas dos pilares de concreto armado em relação a edição de 2007. Estas alterações
geraram um aumento nos consumos dos materiais e serviços para a construção das
edificações. Neste estudo foi analisado os custos que estes novos critérios geraram na
construção em uma edificação de padrão popular. Para o desenvolvimento foram elaborados
dois projetos arquitetônicos, o Projeto 2007 e o Projeto 2014, com diferenças somente nas
espessuras das paredes acabadas, visando a estética da residência, para evitar que os pilares
ficassem destacados, ou seja, requadrados. A análise da estrutura foi realizada através do
software Eberick® na versão 9 verificando a diferença dos esforços dos projetos e o
dimensionamento da mesma. Os custos dos serviços de alvenaria, reboco, forma, armadura e
concreto dos pilares foram comparados para ambos os projetos. As variações de custo dos
serviços de forma, armadura e concreto foram desprezíveis, mas as diferenças de custo dos
serviços de reboco e alvenaria foram consideráveis chegando a 14% de economia no caso da
utilização das recomendações da NBR6118 de 2007.
Palavras-chave: NBR 6118:2007. NBR6118:2014. Pilar. Edificação Padrão Popular.
1. Introdução
A busca de viabilidade econômica em construções de padrão popular gera uma crescente
concorrência no mercado da construção civil levando tanto os projetistas quanto as
construtoras em busca de soluções que, além de simples e eficazes, tragam diminuição de
custos em relação a materiais e em mão de obra para viabilização de um empreendimento.
Partindo desta ideia, a análise das dimensões mínimas dos pilares em concreto armado
recomendadas pela norma NBR 6118 “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”
busca quantificar o impacto desta alteração nas construções de residências populares em
relação aos custos de suas construções.
A NBR 6118 na edição de 2014 teve uma alteração nos critérios de adoção para as dimensões
mínimas de largura dos pilares em concreto armado, em relação a edição de 2007, que
consequentemente ocasionou um maior consumo de materiais na construção de uma
edificação.
Análise de custos nas diferenças das dimensões da seção transversal dos pilares em concreto
armado entre a NBR 6118: 2007 x NBR 6118: 2014 Julho/2016 2
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
O objetivo deste trabalho é efetuar uma análise econômica entre as edições de 2007 e 2014 da
NBR 6118, focando nas alterações em relação as dimensões na largura dos pilares em
concreto armado. Neste estudo foi comparado o quantitativo e o custo dos serviços a serem
utilizados na construção de uma edificação residencial de padrão popular. Este trabalho não
tem como objetivo questionar se as edições da NBR 6118 estão corretas, apenas se foca nos
custos gerados em relação a estas alterações.
A comparação entre as edições foi feita em cima de dois projetos arquitetônico de uma
residência de padrão popular, considerando os materiais e serviços disponíveis na Tabela do
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção (SINAPI) da região do
Estado de Mato Grosso do Sul. O projeto estrutural foi elaborado através do software
Eberick® Versão 9, um software para projeto estrutural em concreto armado moldado in-loco,
que utiliza um modelo de pórtico espacial para análise.
2. ABNT NBR 6118
A ABNT NBR 6118 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil, pela Comissão
de Estudo de Estruturas de Concreto Simples, Armado e Protendido. A norma definir os
critérios gerais que regem o projeto das estruturas de concreto, sejam elas de edifícios, pontes,
obras hidráulicas, portos ou aeroportos etc. Assim, ela deve ser complementada por outras
normas que fixem critérios para estruturas específicas (ABNT NBR 6118:2003).
A NBR 6118 existe hoje em três edições de 2003, 2007 e 2014, que agregou mudanças em
vários critérios com a atualização de cada edição, inclusive as dimensões mínimas para pilares
em concreto armado. Na edição de 2003 e 2007 a norma propôs as seguintes recomendações
para os pilares:
A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a sua
forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais,
permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que se
multipliquem as ações a serem consideradas no dimensionamento por um
coeficiente adicional γn, de acordo o indicado na tabela 13.1 e na seção 11. Em
qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm²
(ABNT NBR 6118: 2003 e 2007).
Na Figura 1 mostra a tabela 13.1 das edições de 2003 e 2007. Já na NBR 6118 de 2014 diz
que nos casos especiais permita-se a dimensão mínima entre 19cm e 14cm, também
considerando a multiplicação dos esforços solicitantes de cálculo de acordo com a Tabela
13.1 da edição de 2014, conforme Figura 2 abaixo:
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Figura 1 – Tabela 13.1 das NBR 6118 de 2003 e 2007
Fonte: ABNT NBR 6118 (2003 e 2007)
Figura 2 – Tabela 13.1 das NBR 6118 de 2014
Fonte: ABNT NBR 6118 (2014)
Observa-se que a única alteração entre as edições de 2007 e 2014 na tabela 13.1 da norma são
as dimensões mínimas para os pilares em concreto armado. Os coeficientes e a área mínima
foram mantidos.
Deve-se ressaltar que a NBR 6118 em cada edição houve uma maior preocupação com a
durabilidade das estruturas em concreto armado, aumentando os cobrimentos e adotando
dimensões mínimas maiores nos elementos estruturais, sempre visando o aumento da vida útil
e uma maior segurança aos usuários das edificações.
4. Projeto arquitetônico da residência
Para este trabalho foram adotados dois projetos arquitetônicos residenciais de padrão popular,
o primeiro denominado de Projeto 2007 com 48,89m² de área construída (Figuras 3 e 4) e as
espessuras das paredes com 15cm acabadas, para utilizar as recomendações das dimensões
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mínimas dos pilares de acordo com a edição de 2007 da NBR 6118. Para atender as
dimensões mínimas da edição de 2014 da NBR 6118, foi elaborado o Projeto 2014 com
49,17m² de área construída (Figuras 5 e 6) e as paredes com a espessura de 17cm acabadas.
O critério de adoção dos dois projetos visou manter uma estética de acabamento da
edificação, com diferenças somente nas espessuras das paredes acabadas, assim mantendo os
pilares embutidos dentro da alvenaria, ou seja, não destacar ou requadrar os pilares,
considerando que o revestimento (reboco) na região dos pilares e das vigas ficariam com uma
espessura de 1,5cm para cada lado.
O pé direito do pavimento térreo é de 3,00m e foi adotado um nível intermediário com uma
laje para sustentar a caixa d’água com 1,10m acima do nível da cobertura e um nível para a
cobertura da caixa d’água, conforme Figura 7. A cobertura considerada foi de telhas de
fibrocimento de 5mm e a estrutura da cobertura foi em madeiras pontaletadas diretamente nas
lajes.
Figura 3 e 4 – Planta baixa térreo e cobertura do Projeto 2007
Fonte: Projeto do Autor (2015)
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Figura 5 e 6 – Planta baixa térreo cobertura do Projeto 2014
Fonte: Projeto do Autor (2015)
Figura 7 – Corte AA do projeto estrutural
Fonte: Eberick® V9
5. Projeto estrutural utilizando o Eberick®
O projeto estrutural dos Projetos 2007 e 2014 foram desenvolvidos no software Eberick® que
é destinado ao projeto de edificações em concreto armado através de um sistema gráfico de
entrada de dados, associado à análise da estrutura em um modelo de pórtico espacial e a
diversos recursos de dimensionamento e detalhamento dos elementos. A análise utilizada no
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processamento dos Projetos 2007 e 2014 foram através do pórtico espacial, não considerando
o processo P-Delta, assim, não foi considerado o efeito de 2ª ordem.
No Projeto 2007 (Figuras 8, 9, 10, 11 e 12) as seções transversais dos pilares e das vigas
foram de 12x30cm. Já nas lajes foram utilizadas lajes treliçadas pré-moldadas unidirecionais,
com uma espessura final de 12cm.
Figura 8 – Imagem 3D – Projeto 2007
Fonte: Eberick® V9
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Figura 9 e 10 – Planta de forma baldrame e cobertura – Projeto 2007
Fonte: Eberick® V9
Figura 11 e 12 – Planta de forma caixa d’água e cobertura caixa d’água – Projeto 2007
Fonte: Eberick® V9
No Projeto 2014 (Figuras 13, 14, 15, e 17) as seções transversais dos pilares foram de
14x30cm e nas vigas de 12x30cm. Nas lajes também foram utilizadas lajes treliçadas pré-
moldadas unidirecionais, com uma espessura final de 12cm.
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Figura 13 – Imagem 3D – Projeto 2014
Fonte: Eberick® V9
Figura 14 e 15 – Planta de forma baldrame e cobertura – Projeto 2014
Fonte: Eberick® V9
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Figura 16 e 17 – Planta de forma caixa d’água e cobertura caixa d’água – Projeto 2014
Fonte: Eberick® V9
Para ambos os projetos os carregamentos foram adotados a norma ABNT NBR 6120 (1980),
onde as cargas da cobertura completa, ou seja, telhas e estrutura de madeira, foram adotadas
como permanente distribuídas uniformemente na área das lajes no valor de 1,0 kN/m². Já a
carga acidental foi utilizada a recomendação da norma no valor de 0,5 kN/m². Nas vigas que
suportam as cargas das alvenarias foi considerado o valor de 14 kN/m³. A caixa d’água
adotada no dimensionamento foi de 500 litros, com isto, ela representa uma carga distribuída
uniformemente na área da laje destinado ao local da caixa d’água de 1,67kN/m².
As fundações foram definidas como estacas escavadas com o diâmetro de 25cm sob bloco de
coroamento e com uma carga admissível de 80kN.
6. Quantitativo de serviço e levantamento de custos
Neste artigo será analisado somente os seguintes quantitativos de serviços e custos
influenciados na alteração das dimensões da largura dos pilares: execução de alvenaria,
execução de revestimento de massa única (reboco), execução de forma, armação e concreto
dos pilares.
Para efetuar esta análise, foi adotado a tabela de preços do mês de outubro de 2015 do
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) da gestão
compartilhada entre Caixa Econômica Federal e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) que é divulga mensalmente os custos e os índices da construção civil.
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A tabela do SINAPI foi utilizada por ser limitador de preços para serviços contratados com
recursos do Orçamento Geral da União e adotado pela a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que
estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de
engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União (SINAPI 2015).
Pesquisando os serviços descritos acima a serem analisados, foram elaboradas duas planilhas,
uma com a descrição dos serviços, código SINAPI, unidade e valores dos serviços de
alvenaria e reboco (Tabela 1) e outra com composições elaboradas não encontradas na tabela
SINAPI (Tabela 2), mas utilizando a tabela de custo de composição de preço do SINAPI.
Nessa mesma tabela foram encontrados os serviços de execução de alvenaria com blocos de
vedação cerâmica com 14cm de espessura e blocos de vedação concreto com 14cm. No caso
do Projeto 2007, o bloco de vedação ideal seria de 11,5cm de espessura, no qual não foi
encontrado na tabela de serviços do SINAPI, porém existe na tabela de insumos o bloco de
vedação cerâmico de 11,5cm de espessura, com isto, foi elaborado uma composição
(Composição 01) com o bloco cerâmico de 11,5cm.
Já no Projeto 2014, foram feitas duas análises, uma com o bloco cerâmico de 14cm e outra
com o bloco de concreto de 14cm.
Na tabela SINAPI foi encontrado somente o serviço de reboco (massa única) com a espessura
de 2,0cm, que não atenderia os casos deste artigo, em consequência disto, foram elaboradas
duas composições (Composição 2 e 3) para atender o Projeto 2007 com 1,75cm de espessura
de reboco para cada lado da alvenaria e para o Projeto 2014 com 1,5cm.
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SINAPI DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNID R$
COMP. 01
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE
11,5X19X39CM (ESPESSURA 11,5CM) DE PAREDES COM ÁREA LÍQUIDA MENOR QUE
6M² SEM VÃOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO EM
BETONEIRA. AF_06/2014
M2 35,82
87473
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE
14X19X39CM (ESPESSURA 14CM) DE PAREDES COM ÁREA LÍQUIDA MENOR QUE
6M² SEM VÃOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO EM
BETONEIRA. AF_06/2014
M2 51,41
87449
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO DE 14X19X39CM
(ESPESSURA 14CM) DE PAREDES COM ÁREA LÍQUIDA MENOR QUE 6M² SEM VÃOS E
ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO EM BETONEIRA. AF_06/2014
M2 59,19
87529
MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES
INTERNAS DE PAREDES DE AMBIENTES COM ÁREA MENOR QUE 10M2, ESPESSURA
DE 20MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014
M2 22,85
COMP. 02
MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES
INTERNAS DE PAREDES DE AMBIENTES COM ÁREA MENOR QUE 10M2, ESPESSURA
DE 17,5MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014
M2 21,26
COMP. 03
MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES
INTERNAS DE PAREDES DE AMBIENTES COM ÁREA MENOR QUE 10M2, ESPESSURA
DE 15,0MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014
M2 19,66
Tabela 1 – Tabela de custo por unidade de consumo
Fonte: SINAPI Outubro (2015)
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UNID R$ COEFICIENTE R$ TOTAL
COMP 01
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE
11,5X19X39CM (ESPESSURA 11,5CM) DE PAREDES COM ÁREA LÍQUIDA MENOR QUE
6M² SEM VÃOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO EM
BETONEIRA. AF_06/2014
M2 35,82
87292
ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA) PARA EMBOÇO/MASSA
ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO MECÂNICO COM
BETONEIRA 400 L. AF_06/2014
M3 340,42 0,0118 4,02
88309 PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 16,53 0,86 14,22
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 13,37 0,43 5,75
34547TELA DE ACO SOLDADA GALVANIZADA PARA ALVENARIA, FIO 1,20 A 1,70 DE
DIAMETRO, MALHA 15 X 15 MM, LARGURA 12 CM E COMPRIMENTO 50 CMM 1,78 0,785 1,40
37395 PINO DE ACO COM FURO, HASTE = 27 MM (ACAO DIRETA) CENTO 50,87 0,0189 0,96
38783
BLOCO CERAMICO DE VEDACAO COM FUROS NA HORIZONTAL, 11,5 X 19 X 19 CM -
4,5 MPA (NBR 15270) UND 0,71 13,35 9,48
COMP 02
MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES
INTER
NAS DE PAREDES DE AMBIENTES COM ÁREA MENOR QUE 10M2, ESPESSURA DE
17,5MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014
M2 21,26
87292ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA) PARA
EMBOÇO/MASSA ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO
MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_06/2014
M3 340,42 0,0329 11,20
88309 PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 16,53 0,47 7,77
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 13,37 0,171 2,29
COMP 03
MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES
INTER
NAS DE PAREDES DE AMBIENTES COM ÁREA MENOR QUE 10M2, ESPESSURA DE
15,0MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014
M2 19,66
87292ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA) PARA
EMBOÇO/MASSA ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO
MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_06/2014
M3 340,42 0,0282 9,60
88309 PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 16,53 0,47 7,77
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 13,37 0,171 2,29
COMPOSIÇÃO
Tabela 2 – Tabela de composição de serviços
Fonte: SINAPI Outubro (2015)
Para simplificar a análise de custo, no quantitativo de serviços foi considerado somente o
Projeto 2007 e os vãos das esquadrias foram considerados como área de alvenaria e reboco.
Segue na Tabela 3 os quantitativos levantados com os custos totais de cada serviço.
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ITEM DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNID QUANT R$ UINT R$ TOTAL
1 ALVENARIA DE BLOCO DE CERÂMICOS EPESSURA 11,5CM M2 171,81 35,82 6154,08
2 ALVENARIA DE BLOCO DE CERÂMICOS EPESSURA 14,0CM M2 171,81 51,41 8832,75
3 ALVENARIA DE BLOCO DE CONCRETO EPESSURA 14,0CM M2 171,81 59,19 10169,43
3 REBOCO (MASSA ÚNICA) ESPESSURA 17,5MM M2 325,89 21,26 6926,85
4 REBOCO (MASSA ÚNICA) ESPESSURA 15,0MM M2 325,89 19,66 6405,44
Tabela 3 – Tabela quantitativo e custos totais
Fonte: Autor (2015)
7. Análise dos resultados
Utilizando o software Eberick® foram extraídos os resultados dos esforços da estrutura,
mostrando uma diferença entre as cargas totais nas fundações de 12,01 kN, sendo a carga total
do Projeto 2014 foi de 643,76kN (Tabela 4) e do Projeto 2007 de 631,75kN (Tabela 5).
Observa-se que houve uma diferença de 1,87%, que é variação muito pequena e praticamente
desprezível em relação ao dimensionamento das fundações.
Também foi analisado o consumo de concreto nos pilares utilizado no Projeto 2014 sendo de
2,8m³, já o Projeto 2007 teve o consumo de 2,4m³. A diferença entre os projetos foram de
0,4m³, isto desprezando o quantitativo das estacas da fundação.
No consumo de aço houve uma diferença de 3,5kg, porém somente no aço 5.0mm utilizado
nos estribo dos pilares. O consumo deste aço no Projeto 2014 foi de 66,6kg e no Projeto 2007
foi de 63,1kg.
Em relação a forma dos pilares houve uma diferença de 2,7m² entre os projetos, onde o
consumo no Projeto 2014 foi de 58,8m² e no Projeto 2007 foi de 56,1m².
Tabela 4 – Relatório de cargas nas fundações – Projeto 02
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Fonte: Eberick® V9
Tabela 5 – Relatório de cargas nas fundações – Projeto 01
Fonte: Eberick® V9
Ao analisar os esforços nos pilares descritos nas Tabela 6 e 7, observou-se pequenas variações
nos carregamentos, todos abaixo de 3%, devido ao aumento da seção transversal, contudo
podendo ser considerado desprezível no dimensionamento dos pilares.
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Tabela 6 – Relatório de cargas nos pilares – Projeto 2007
Fonte: Eberick® V9
Tabela 7 – Relatório de cargas nos pilares – Projeto 2014
Fonte: Eberick® V9
Analisando o quantitativo e os custos das alvenarias mostrados na Tabela 3 observou-se que
no caso do Projeto 2007 os custos com estes serviços ficariam em R$13.080,93, já no Projeto
2014, utilizando a alvenaria de bloco cerâmico de 14cm de espessura, os valores dos serviços
ficariam em R$15.238,19. A diferença entre os Projetos 2007 e 2014 ficou em R$2.157,26,
significando 14% de economia no caso da execução do Projeto 2007.
Para os custos em relação a diferença encontrado nos serviços da estrutura, como execução de
formas, armadura e concreto, foi elaborada a Tabela 8, com as diferenças dos quantitativos
apresentados acima e os custos totais de cada serviço, resultando em uma diferença de
R$296,19, que podemos considerar um valor baixo.
SINAPI DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNID QUANT R$ UINT R$ TOTAL
84214
FORMA PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO (PILAR, VIGA E LAJE) EM CHAPA DE
MADEIRA COMPENSADA RESINADA, DE 1,10 X 2,20, ESPESSURA = 12 MM, 02
UTILIZACOES. (FABRICACAO, MONTAGEM E DESMONTAGEM)M2 2,70 34,78 93,91
74254/002ARMACAO ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4) À 12,5MM(1/2) -FORNECIMENTO/
CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO.KG 3,50 8,10 28,35
73972/001 CONCRETO FCK=25MPA, VIRADO EM BETONEIRA, SEM LANCAMENTO M3 0,40 346,98 138,79
74157/003 LANCAMENTO/APLICACAO MANUAL DE CONCRETO EM ESTRUTURAS M3 0,40 87,85 35,14
TOTAL 296,19
Análise de custos nas diferenças das dimensões da seção transversal dos pilares em concreto
armado entre a NBR 6118: 2007 x NBR 6118: 2014 Julho/2016 16
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
8. Conclusão
As diferenças das dimensões mínimas recomendadas nas edições da NBR 6118 de 2007 e de
2014 geraram pequenas variações nos carregamentos dos pilares e das fundações entre os
projetos. Os valores ficaram abaixo de 3% para os pilares e 2% para as fundações. Podemos
considerar que estas variações são desprezíveis em relação aos valores totais dos
carregamentos.
Em relação as diferenças no quantitativo dos serviços da estrutura, não houve grandes
variações nos valores, ocorrendo apenas uma economia de R$296,19. Entretanto em relação
aos serviços de execução de alvenaria e reboco, os valores foram consideráveis sendo
R$2.157,26, ou seja, 14% na economia de no caso da execução do Projeto 2007.
Com o exposto acima, conclui-se que as alterações nas recomendações da edição de 2014
geraram uma aumento de 14% nos custos somente nos serviços de execução da alvenaria e do
reboco.
Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2007.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para
o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.
SINAPI, SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA
CONSTRUÇÃO: Relatórios de Insumos e Composições. 2015