6
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS EM UMA ÁREA DE TRANSIÇÃO CLIMÁTICA ENTE A ZONA ÚMIDA E E O SEMI-ÁRIDO: O CASO DO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA (BA) Tayná Freitas Brandão¹; Rosângela Leal Santos² 1. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Engenharia Civil, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: [email protected] 2. Orientador, Departamento de Tecnologia, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: [email protected] RESUMO: A principal característica do comportamento das chuvas no município de Feira de Santana é a sua variabilidade que refletem claramente a dinâmica atmosférica da região, este trabalho visa o estudo e a caracterização da precipitação no município de Feira de Santana (BA), uma região intermediária entre o litoral úmido e o interior semi-árido. Foram utilizados os dados diários de precipitação de uma série continua e interrupta entre os anos de 1996 a 2008 da estação climatológica nº 83221 (INMET/UEFS). Realizou-se análises estatísticas dos dados sendo possível afirmar que há um aumento na concentração das chuvas no período mais úmido, porém isso não significa dizer que está ocorrendo uma diminuição nos totais anuais, pois a série histórica é considerada pequena para tal afirmação. ABSTRACT: The main feature of the behavior of rainfall in the city of Feira de Santana is the variability that clearly reflect the atmospheric dynamics of the region, this work is the study and characterization of precipitation in the municipality of Feira de Santana (BA), an intermediate region between the coastal wet and semi-arid interior. We used the daily rainfall data from a continued and uninterrupted series between the years 1996 to 2008 climatological station No. 83221 (INMET / UEFS). Was carried out statistical analysis of the data being possible to affirm that there is an increased concentration of rainfall during the wetter, but that does not mean that it is occurring a decrease in annual total since the series is considered small for such a claim. Palavras-chave: variabilidade da chuva, precipitação, série temporal; variability of rainfall, precipitation, temporal series. 1. INTRODUÇÃO A análise do comportamento das chuvas na Região Nordeste, devido a sua enorme irregularidade, se reveste de grande importância, não somente sob o enfoque estritamente climático, mas, também, pelas conseqüências de ordem econômica e social resultantes desse fenômeno. Por outro lado, de acordo com Nimer (1979), as condições térmicas da Região Nordeste, de forma geral, não possuem importantes variações no decorrer do ano e sua variabilidade através dos anos é de pouca significância, não chegando a influir sobre as atividades humanas. Dessa forma, o presente trabalho enfoca exclusivamente a pluviosidade, pois o município de Feira de Santana localiza-se entre o agreste e o início do sertão baiano, onde se tratando de uma região segundo a classificação de Thornthwaite e Matther (1955), de clima C2rA’a’ (seco subúmido, megatérmico), a variabilidade climática recai grandemente sobre o regime pluviométrico. A grande maioria dos estudos sobre precipitação utiliza como método geral a definição de tendências pluviométricas em longos períodos de tempo, para que se possa analisar a variabilidade real dos valores médios. Monteiro (1971) ressaltou a importância do uso de uma abordagem rítmica nos estudos climáticos, na qual, indicaria a ocorrência de dias, meses e anos de comportamentos semelhantes, dentro de um sistema cíclico. Com efeito, Ayoade (1983), destacou que os totais de precipitação são normalmente distribuídos, o que permite uma análise mais confiável, exceto em áreas onde a precipitação pluvial anual média seja inferior a 750 mm. Nesse sentido, a grande dificuldade de proceder tal análise, residiria na escassez de dados climáticos confiáveis, principalmente, em um longo período de tempo. Dessa forma, o presente trabalho se propõe a realizar uma análise do comportamento das chuvas no município de Feira de Santana, localizado no agreste baiano. Sabemos, entretanto, da limitação da forma dos dados apresentados: a curta duração da série de dados (13 anos). Por outro lado, acreditamos ser um ponto inicial de análise da variação das precipitações no município, necessitando, obviamente, da ampliação da série amostral.

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS EM UMA ÁREA DE TRANSIÇÃO CLIMÁTICA ENTE A ZONA ÚMIDA E E O SEMI-ÁRIDO: O CASO DO MUNICÍPIO DE FEIRA

DE SANTANA (BA)

Tayná Freitas Brandão¹; Rosângela Leal Santos²

1. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Engenharia Civil, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: [email protected]

2. Orientador, Departamento de Tecnologia, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: [email protected]

RESUMO: A principal característica do comportamento das chuvas no município de Feira de Santana é a sua variabilidade que refletem claramente a dinâmica atmosférica da região, este trabalho visa o estudo e a caracterização da precipitação no município de Feira de Santana (BA), uma região intermediária entre o litoral úmido e o interior semi-árido. Foram utilizados os dados diários de precipitação de uma série continua e interrupta entre os anos de 1996 a 2008 da estação climatológica nº 83221 (INMET/UEFS). Realizou-se análises estatísticas dos dados sendo possível afirmar que há um aumento na concentração das chuvas no período mais úmido, porém isso não significa dizer que está ocorrendo uma diminuição nos totais anuais, pois a série histórica é considerada pequena para tal afirmação. ABSTRACT: The main feature of the behavior of rainfall in the city of Feira de Santana is the variability that clearly reflect the atmospheric dynamics of the region, this work is the study and characterization of precipitation in the municipality of Feira de Santana (BA), an intermediate region between the coastal wet and semi-arid interior. We used the daily rainfall data from a continued and uninterrupted series between the years 1996 to 2008 climatological station No. 83221 (INMET / UEFS). Was carried out statistical analysis of the data being possible to affirm that there is an increased concentration of rainfall during the wetter, but that does not mean that it is occurring a decrease in annual total since the series is considered small for such a claim. Palavras-chave: variabilidade da chuva, precipitação, série temporal; variability of rainfall, precipitation, temporal series. 1. INTRODUÇÃO

A análise do comportamento das chuvas na Região Nordeste, devido a sua enorme irregularidade, se reveste de grande importância, não somente sob o enfoque estritamente climático, mas, também, pelas conseqüências de ordem econômica e social resultantes desse fenômeno. Por outro lado, de acordo com Nimer (1979), as condições térmicas da Região Nordeste, de forma geral, não possuem importantes variações no decorrer do ano e sua variabilidade através dos anos é de pouca significância, não chegando a influir sobre as atividades humanas. Dessa forma, o presente trabalho enfoca exclusivamente a pluviosidade, pois o município de Feira de Santana localiza-se entre o agreste e o início do sertão baiano, onde se tratando de uma região segundo a classificação de Thornthwaite e Matther (1955), de clima C2rA’a’ (seco subúmido, megatérmico), a variabilidade climática recai grandemente sobre o regime pluviométrico.

A grande maioria dos estudos sobre precipitação utiliza como método geral a definição de tendências pluviométricas em longos períodos de tempo, para que se possa analisar a variabilidade real dos valores médios. Monteiro (1971) ressaltou a importância do uso de uma abordagem rítmica nos estudos climáticos, na qual, indicaria a ocorrência de dias, meses e anos de comportamentos semelhantes, dentro de um sistema cíclico.

Com efeito, Ayoade (1983), destacou que os totais de precipitação são normalmente distribuídos, o que permite uma análise mais confiável, exceto em áreas onde a precipitação pluvial anual média seja inferior a 750 mm. Nesse sentido, a grande dificuldade de proceder tal análise, residiria na escassez de dados climáticos confiáveis, principalmente, em um longo período de tempo.

Dessa forma, o presente trabalho se propõe a realizar uma análise do comportamento das chuvas no município de Feira de Santana, localizado no agreste baiano. Sabemos, entretanto, da limitação da forma dos dados apresentados: a curta duração da série de dados (13 anos). Por outro lado, acreditamos ser um ponto inicial de análise da variação das precipitações no município, necessitando, obviamente, da ampliação da série amostral.

Page 2: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

1.1 ÁREA DE ESTUDO

O município de Feira de Santana localiza-se a 105 km de Salvador, está inserido na zona intermediária entre o Agreste e o Semi-Árido numa zona climaticamente intermediária entre a zona úmida do litoral e a semi-aridez das áreas mais interioranas, com uma área aproximada de 1350 km², possuindo temperaturas em media de 25ºC e precipitações médias em torno de 781,00 mm anuais. (Dados obtidos da Estação Climatológica de Feira de Santana(83221) no período de 1996 - 2008).

No município, as contribuições dos sistemas de leste são muito mais importantes do que as da ZCIT que influencia grande parte das variações climáticas em alguns estados do nordeste brasileiro, fato que pode ser comprovado por estudos realizados pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Naturais do Estado de Alagoas onde há a classificação dos principais sistemas meteorológicos na região nordeste do Brasil. (Figura 1 e 2).

Figura 1 - Principais sistemas meteorológicos na região Nordeste do Brasil. Fonte: SEMARHN/AL (2003).

Figura 2 – Classificação da região nordeste segundo análise da vegetação e padrões climáticos. Fonte: SEMARHN/AL (2003).

2. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desse trabalho foram coletados dados diários de precipitação da Estação climatológica do município de Feira de Santana (83221) pertencente à rede do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), localizada a uma altitude de 257 m, latitude 12º 16’ e longitude 38º 58’.

Segundo Meis et al. (1981), podem-se analisar as precipitações no decorrer do tempo de diferentes maneiras, possibilitando o reconhecimento do seu comportamento geral, dos seus padrões habituais e extremos. Entretanto, as autoras ressaltam os perigos contidos em análises baseadas somente em valores médios.

Para tanto, o presente trabalho baseou-se, na maioria das análises apresentadas, em métodos propostos por Nimer (1971).

Caracterizou-se os meses de acordo com a analise da freqüência dos intervalos de precipitação diários e observando sua porcentagem de prevalência no mês, considerou-se como mês muito seco o que prevaleceu as chuvas diárias de 0 a 2,5 mm; mês pouco chuvoso, de 2,5 a 5 mm; mês intermediário, de 5 a 10 mm, mês chuvoso de 10 a 15 mm e mês bastante chuvoso, acima de 25 mm. Dessa forma, foram analisados os totais diários de cada mês dentro das quatro classes de chuvas acumuladas, anteriormente apresentada, e verificou-se a porcentagem de ocorrência. Para determinação do mês seco foi adotado o critério de Gaussen e Bagnouls, onde o mês, cujo total das precipitações é igual ou inferior ao dobro da temperatura média, é considerado como seco.

Page 3: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

3. RESULTADOS Variabilidade Anual das Precipitações – Altura da precipitação

A variabilidade da precipitação constitui a principal característica do regime de chuvas no município de Feira de Santana. Tratando-se de uma região de clima seco e sub úmido possui uma pluviosidade irregular (Figura 3).

Os índices de precipitação de 700 -800 mm foram mais freqüentes, ocorrendo em 5 dos 13 anos. Entretanto, outros três índices registraram diferenças pequenas de ocorrência: os índices de 800-900 mm ocorreram em 4 dos 13 anos; em 3 anos os totais anuais ficaram entre 600-700 mm. Outro índice se mostrou bastante raro, em apenas em 1 ano ocorreu índice superior a 900mm . A precipitação média anual foi de 781 mm, para os 13 anos da série analisada.

A análise da distribuição das chuvas demonstrou também, ligeira tendência de diminuição destes totais anuais ao longo dos 13 anos (Figura 3). Contudo, não se pode afirmar que se trata de alguma mudança climática, pois como já foi mencionado anteriormente, a variabilidade pluviométrica pode inverter essa tendência nos próximos anos. Variabilidade Anual das Precipitações – Desvio da precipitação

Esta significativa variabilidade pluviométrica resulta em notáveis desvios anuais. Durante os 13 anos amostrados, o índice mais elevado de precipitação em Feira de Santana se deu no ano de 1997, onde foi registrado um total de 924 mm, resultando em uma variação positiva em relação a normal de aproximadamente 20%. Em 1998, por outro lado, foi o ano que apresentou o mais baixo índice: 593 mm, com desvio negativo de 24% em relação à média, estabelecendo uma amplitude de 332 mm em relação ao máximo de 1997 (Figura 4).

Dessa forma, a média não é confiável, pois ao longo do tempo podem ocorrer situações pluviométricas bastante distintas. Estudando o comportamento das chuvas na cidade de Aracaju/SE, Pinto (2002) observou característica semelhante em relação à alta variação em relação à média, concluindo que a mesma não é confiável, sendo uma situação problemática, tipicamente nordestina.

Desvios semelhantes a esses não são raros. E, ainda, ocorrem com freqüência de um ano para outro, como o observado entre os anos de 2000 e 2001, não sendo comum uma seqüência longa de desvios positivos ou negativos, ocorrendo no máximo por três anos consecutivos, como os desvios negativos dos anos de 2006, 2007 e 2008. Há, contudo, uma ligeira prevalência dos desvios negativos em relação aos positivos, onde em 13 anos houve 7 desvios negativos contra 6 anos com variações positivas (Figura 4).

Figura 3 - Distribuição da precipitação anual no Município de Feira de Santana e linha de tendência.

Figura 4 - Variabilidade da precipitação anual em relação à média.

Regime Anual das Precipitações – Concentração mensal

O município de Feira de Santana apresentou um regime de chuvas maior no período outono e no verão, confirmando a dinâmica regional (Figura 5). A análise pelo critério de Gaussen e Bagnouls, onde o dobro da temperatura média de 24º foi utilizado para verificar os meses secos, nos mostra que o mês de Junho não apresentou nenhum mês seco em toda serie histórica, sendo o mês mais úmido do município. Em

Page 4: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

contrapartida, o mês de Outubro apresentou a significativa porcentagem de ocorrência de 77% de toda a contagem histórica. (Figura 6)

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

% d

e O

co

rrên

cia

Figura 05 – Histograma da distribuição anual das chuvas no município de Feira de Santana/BA: média da série histórica de 1996 a 2008.

Figura 06 – Porcentagem de ocorrência de meses considerados secos conforme o critério de Gaussen e Bagnouls (P ≤ 2T) na série histórica analisada.

A analise das chuvas acumuladas de acordo com a freqüência dos intervalos de precipitação diários e

observando sua porcentagem de prevalência no mês podemos afirmar que todos os meses apresentaram uma porcentagem superior a 50% de seu total de dias com precipitação abaixo de 2,5 mm, isso denota claramente a dinâmica da região.

Destacam-se os períodos de janeiro a abril e de Setembro a dezembro, em que a concentração de dias com precipitação inferior a 2,5 mm é maior que 80% dos dias do mês. O mês mais úmido foi considerado o de Junho com 68% de dias com precipitação inferior a 2,5 mm, 12% com precipitação entre 2,5 e 5 mm e 12% com precipitação no intervalo de 5 a 10mm.(Figura 07)

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrê

nc

ia

Janeiro

Fevereiro

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrê

nc

ia

Março

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Abril

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Page 5: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

Maio

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Junho

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Julho

0

20

40

60

80

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Agosto

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Setembro

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Outubro

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Novembro

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Dezembro

0

20

40

60

80

100

< 2,5 2,5 - 5,0 5,0 - 10,0 10,0 - 15 15,0 - 25,0 > 25

Classes de Chuvas Acumuladas (mm)

% d

e O

co

rrên

cia

Figura 07 - Histogramas dos meses que registraram totais acumulados no intervalo de <2,5 mm a > 25 mm. 4. CONCLUSÕES

Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram algumas tendências, mesmo com variabilidade das precipitações ao longo da série amostral. Em última análise, as variações nas precipitações refletem claramente a dinâmica atmosférica da região, marcadas pela variabilidade, onde se observa a atuação das Ondas de Leste no período de Abril a Junho, tornando esse período mais chuvoso. Por outro lado, foi caracterizada uma longa estação seca, ou menos chuvosa, principalmente entre os meses de Julho a Dezembro com exceção do mês de Novembro, entretanto, as variações pluviométricas nesse período exprimem a atuação de outros sistemas atmosféricos, como a Zona de Convergência Intertropical e, mais raramente, os sistemas frontais que conseguem atingir a região.

Page 6: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os Trópicos. São Paulo: Difel. 1983, 332p. MONTEIRO, C. A. F. Análise rítmica em climatologia. Instituto de Geografia da USP. Série Climatologia, 1971, 21 p. NIMER, E. Análise da precipitação na região do Cariri cearense. Revista Brasileira de Geografia, 33 (1), jan./mar. 1971. NIMER, E. Clima. In: Geografia do Brasil: Região Nordeste. Rio de Janeiro: IBGE, vol. 2,1977, p. 47-84. PINTO, J. E. S. S. O clima local de Aracaju – SE. In: Os climas das cidades brasileiras. SANT’ANA NETO, J. L. (org.) Presidente Prudente: [s. n.], 2002, p. 43-60. SEMARHN/AL. Sistemas meteorológicos que influenciam o clima do Nordeste do Brasil. Dir. de Hidrometeorologia. Secretaria Executiva do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Naturais do Estado de Alagoas, 2003, 2 p. THORNTHWAITE, C.W.; MATHER, J.R. The water balance. Publication in climatology. v. 8, n. 1, 104 p, 1955.