Upload
ngotu
View
236
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE PAREDES DE ALVENARIA
ESTRUTURAL REABILITADAS COM PERFIS DE POLÍMEROS REFORÇADOS
COM FIBRAS (PRF)
Eduardo Spessatto (1), Elaine Guglielmi Pavei Antunes (2)
UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense
(1) [email protected] (2) [email protected]
RESUMO
Visando reduzir custos e melhorar a racionalização dos canteiros de obras, a
utilização de alvenaria estrutural apresenta crescente utilização, sendo
principalmente implantada em empreendimentos habitacionais de interesse social.
Assim como em qualquer sistema construtivo, quando não executado de forma
correta, é corriqueiro o surgimento manifestações patológicas e vícios de construção
na estrutura. Com o intuito de combater fissuras, recuperar ou aumentar a
capacidade portante das edificações, foram colados perfis poliméricos reforçados
com fibras na face de pequenas paredes. O estudo ocorreu a partir da execução de
pequenas paredes de alvenaria estrutural, estas por sua vez foram submetidas à
compressão axial no sentido natural dos esforços, em seguida estas mesmas
paredes foram recuperadas, utilizando um adesivo estrutural à base de resina epóxi
para colar os perfis PRF, posteriormente estas mesmas paredes foram submetidas
novamente à compressão axial, o intuito foi a obtenção de uma solução prática que
garanta segurança e conforto para o usuário. Ao compararmos os resultados obtidos
após a reabilitação das paredes, podemos verificar que os mesmos se mostraram
satisfatórios. Havendo ganho na capacidade portante das paredes de alvenaria
estrutural.
Palavras Chaves: Alvenaria Estrutural, Recuperação Estrutural, PRF, Pequenas
Paredes.
1. INTRODUÇÃO
As paredes podem ser constituídas de diversos tipos de materiais (madeira, blocos
cerâmicos, blocos de concreto, placas cimenticias, gesso acartonado, concreto), no
2 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Brasil os materiais mais comuns utilizados constituem a parede de alvenaria.
Moliterno (1995, p.2) define alvenaria como “o conjunto de materiais pétreos,
naturais ou artificiais, juntados entre si por meio de argamassa”. Segundo
Nascimento (2004) as alvenarias podem ser divididas quanto à sua função e
utilização, e em geral são definidas como alvenarias autoportantes e alvenarias de
vedação. Nascimento (2004) define as alvenarias autoportantes, como as alvenarias
destinadas a absorver as cargas das lajes, carga dos pavimentos superiores e
sobrecargas, entre as alvenarias autoportantes destaca-se a alvenaria estrutural.
“Em Alvenaria estrutural não se utilizam pilares e vigas, pois as paredes chamadas
de portantes compõem a estrutura da edificação e distribuem as cargas
uniformemente ao longo das fundações (TAUIL; NESE, 2010)”. Camacho (2006)
define alvenaria estrutural como um processo construtivo, onde as paredes de
alvenaria desempenham a função estrutural, sendo que as paredes são projetadas,
dimensionadas e executadas seguindo métodos racionais.
Thomas (2001) afirma que as alvenarias em geral apresentam bom desempenho
quando submetidas a cargas de compressão, porém o mesmo não ocorre quando
submetidas a cargas de tração, cisalhamento ou flexão.
Devido aos resultados relacionados à economia Sampaio (2010) afirma que o
interesse do mercado em relação à alvenaria estrutural está crescendo. Para
Oliveira (2001) o sucesso do sistema não esta relacionado apenas a racionalização
da estrutura, mas também ao fato de que paredes passaram a desempenhar
diversas funções importantes, como subdivisão do espaço, proteção ao fogo,
isolamento térmico e acústico.
Segundo Camacho (2006) os blocos, utilizados em alvenaria estrutural são os
principais elementos que caracterizam a resistência da parede e determinam a
coordenação modular de projeto. Sampaio (2010) afirma que os blocos podem ser
de três tipos, concreto, cerâmico e silíco-calcário, conforme o material utilizado em
sua fabricação, sendo que no Brasil os mais utilizados são os blocos de concreto,
seguido dos blocos cerâmicos.
De acordo com Dalbone (2010) os blocos devem atender as especificações da
norma, sendo para blocos de concreto ABNT NBR 15961-1: 2011, e para blocos
cerâmicos ABNT NBR 15812-1: 2010. Os principais requisitos destas normas estão
relacionados à resistência à compressão, absorção de água e as características
dimensionais dos blocos.
3 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Do ponto de vista dos materiais, Dalbone (2010) afirma que outro componente
importante na alvenaria estrutural, é a argamassa de assentamento, estas devem
seguir as diretrizes da norma ABNT NBR 13.281:2005, por meio desta é possível
caracterizar a argamassa e definir sua dosagem.
A alvenaria estrutural, por sua grande semelhança com a alvenaria convencional,
sofre basicamente os mesmos tipos de anomalias, que são em sua maioria fissuras
(Sampaio, 2010).
“A identificação das fissuras e de suas causas é de vital importância para a definição
do tratamento adequado, para a recuperação da alvenaria (BAUER, 2007)”.
Sampaio (2010) cita como principais artifícios para reforço e reabilitação de paredes
de alvenaria estrutural as seguintes técnicas: utilização de argamassa armada,
utilização de reboco armado, substituição de elementos degradados, grauteamento
vertical, injeção de graute ou resina epóxi expansiva, protensão, adição de vigas e
colunas de aço, reforço com materiais compósitos PRF, além de soluções mistas.
Roque (2002) afirma que os reforços utilizando materiais compósitos, esta
crescendo, isso ocorre devido elevada resistência, baixo peso, durabilidade e
facilidade de aplicação.
Segundo Pierin (2005) os materiais conhecidos como Polímeros Reforçados com
Fibras (PRF) são constituídos por uma matriz, geralmente polimérica, reforçada com
fibras.
O presente estudo visa buscar uma alternativa de reabilitação, para paredes de
alvenaria estrutural que apresentam manifestações patológicas oriundas de
sobrecargas, cargas não previstas em projetos, ou falhas executivas, ou seja, será
tratado em especial de fissuras causadas por cargas de compressão acima do que a
estrutura foi dimensionada para resistir. O estudo de recuperação será realizado
utilizando, perfis poliméricos reforçados com fibras.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para avaliar a contribuição estrutural, que a utilização de perfis de polímeros
reforçados com fibras (PRF) pode proporcionar ao serem aplicados na superfície de
paredes de alvenaria estrutural, foi necessário um estudo dos materiais e
componentes que constituem as paredes, e posteriormente foi necessário identificar
4 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
as características que as paredes possuíam. Sendo assim, a pesquisa foi dividida
em três etapas.
Na primeira etapa do estudo foi realizada a caracterização dos materiais e
componentes. Na segunda etapa ocorreu a confecção das paredes e dos prismas,
nesta mesma etapa esteve incluso os ensaios para obtenção da resistência
característica dos corpos de prova. Na terceira etapa ocorreu a aplicação do reparo,
e ensaio. A figura 1 ilustra os passos que foram seguidos durante o estudo.
Figura 1: Fases do trabalho
Fonte: Autor, 2018.
2.1. Primeira etapa - Caracterização dos materiais
2.1.1. Blocos
Os blocos estruturais que compõe as paredes ensaiadas são de cerâmica, os
mesmos são produzidos no sul do estado de Santa Catariana. A família de blocos
utilizada nas paredes, tem o bloco de dimensão (LxHxC) 14x19x29 cm como sendo
o principal.
5 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Conforme estabelece ABNT NBR 15.270-2:2005, para realizar a caracterização dos
blocos cerâmicos deve-se utilizar 13 blocos de amostra. Com a finalidade de verificar
se o lote de blocos utilizados atendem os requisitos mínimos da ABNT NBR 15270-
3:2005, inicialmente foram avaliadas características relacionadas a dimensão,
esquadro, planeza e absorção de água. Satisfazendo os critérios anteriores, os
blocos foram capeados em suas duas faces, com pasta de cimento em uma relação
água/cimento de 0,39 e posteriormente foram submetidos à compressão axial
conforme ilustrado na figura 2.
Figura 2: Caracterização do lote de blocos – Resistência à compressão axial.
Fonte: Autor, 2018.
2.1.2. Argamassa
A argamassa utilizada para assentamento dos blocos é industrializada, a mesma foi
selecionada com intuído de garantir a uniformidade do traço, e reduzir as variações
de resistência, sendo que argamassa não é o objetivo da pesquisa.
Segundo a ABNT NBR 13.281:2005 para realizar a caracterização da argamassa a
mesma deve ser submetida aos seguintes ensaios: compressão, densidade de
massa aparente no estado endurecido, resistência à tração na flexão, coeficiente de
capilaridade, densidade de massa no estado fresco, retenção de água e resistência
potencial de aderência à tração. Seguindo as diretrizes ABNT NBR 13.281:2005 o
fabricante classifica a argamassa que foi utilizada no assentamento dos blocos com
6 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
a seguinte designação: P5 M4 R5 D4 U4 A3. As características que correspondem à
descriminação apresentada pelo fornecedor estão relacionadas na tabela 1.
Tabela 1: Caracterização da Argamassa.
Classe Características
P5 Resistência à compressão: 5,5 a 9,0 Mpa
M4 Densidade de massa aparente no estado endurecido: 1.400 a 1.800 Kg/m³
R5 Resistência à tração na flexão 2,7 a 4,5 Mpa
D4 Densidade de massa no estado fresco 1.600 a 2.000 kg/m³
U4 Retenção de água 86 a 94 %
A3 Resistência potencial de aderência à tração maior ou igual a 0,30 Mpa Fonte: Autor, 2018.
A mistura da argamassa seguiu as instruções da ABNT NBR 13.276: 2002, e
conforme o fabricante recomenda, foram utilizados 140 ml de água para cada 1 Kg
de argamassa. Após a adição de água a argamassa pronta possui validade de 2
horas.
2.1.3. Material de reforço
Conforme já mencionado o material de reforço empregado, foram perfis poliméricos
reforçados com fibras, a nomenclatura utilizada pelo fabricante para este perfil, é
barra chata, estes possuem 4 cm de largura, 80 cm de comprimento e espessura
igual a 8 mm, na figura 3 temos a imagem do perfil.
Figura 3: Barra chata.
Fonte: Autor, 2018.
7 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Segundo o fabricante os perfis são laminados, e possui uma taxa mínima de
fibra/resina de 55%, as fibras que constituem os perfis e suas respectivas
características são apresentadas na tabela 2.
Tabela 2: Propriedades das fibras.
Descrição Tipo de
fibra
Massa linear - ISO
1889
Perda ao fogo – ISO 1887 (%)
Umidade ISO 3344 (%)
Roving Unidirecional Vidro - E 740 ± 54 0,52 ± 0,18 ≤ 0,05
Manta bidirecional Vidro - E 25 4,6 ≤ 0,15 Fonte: Fabricante, sd.
De acordo com o fabricante a resina utilizada no perfil trata-se de uma matriz de
poliéster insaturada, isoftálico, totalmente polimerízavel, com alta reatividade, alta
viscosidade e não acelerado.
As propriedades mecânicas do material compósito em estudo são apresentadas na
tabela 3.
Tabela 3: Propriedades mecânicas do compósito PRFV
Descrição Norma Tensão
Máxima (Mpa) Módulo de
Elasticidade (Mpa) Deformação última (%)
Compressão longitudinal
ASTM D 695 249,65 ± 34,56 11826,20 ± 6927,
11 1,83 ± 0,16
Compressão transversal
ASTM D 695 72,58 ± 9,96 3583,47 ± 2586,52 2,01 ± 0,31
Tração longitudinal
ASTM D 638-10 229,20 ± 0,49 43915,00 ±
9728,00 -
Tração transversal
ASTM D 638-10 92,20 ± 4,28 13452,00 ±
1182,00 -
Flexão (longitudinal)
ASTM D 790-10 437,6 20314 -
Flexão (transversal)
ASTM D 790-10 186,1 11190 -
Cisalhamento (longitudinal)
ASTM D2344/D2344M
33,4 - -
Cisalhamento (transversal)
ASTM D2344/D2344M
20,8 - -
Fonte: Fabricante, 2015.
8 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Os perfis de PRF apresentam de modo geral uma massa específica de 1800 Kg/m3,
conforme indicado pela empresa fornecedora do material.
2.2. Segunda etapa – Construção das Paredes e Prismas, execução dos
ensaios.
2.2.1. Prismas
Para entendermos o comportamento do conjunto bloco mais argamassas foram
produzidos 13 prismas, seguindo as diretrizes do anexo A da ABNT NBR 15812-2:
2010.
Cada prisma produzido é constituído por dois blocos unidos verticalmente por uma
espessura de argamassa fixa de 10 +/- 3 mm, posteriormente as duas faces de
contato com a prensa foram capeados, com pasta de cimento com uma relação
água/cimento de 0,39.
Após 28 dias os prismas foram submetidos ao ensaio de compressão axial a fim de
extrair os dados de resistência. Na figura 4 temos a imagem do prisma executado.
Figura 4: Imagem do Prisma executado
Fonte: Autor, 2018.
9 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
2.2.2. Execução das Paredes e Ensaio
2.2.2.1. Ensaio de Compressão Normal
Com o intuito de representar as mesmas condições que uma parede de alvenaria
estrutural esta sujeita, foram construídas pequenas paredes. Estas pequenas
paredes também designadas prismas contrafiados, foram executadas seguindo as
diretrizes do anexo B da ABNT NBR 15812-2: 2010, e possuem a seguinte
dimensão 59 cm de largura e 80 cm de altura, respeitando o limite normativo de no
mínimo dois blocos na horizontal e altura não inferior a 5 vezes a espessura da
parede. As juntas de argamassa possuem 10 mm ± 3 mm, e os blocos utilizados
possuem 14x19x29 cm, sendo assim os blocos foram dispostos conforme ilustrado
na figura 5.
A parte inferior da parede foi capeada com a mesma argamassa de assentamento,
porém a parte superior que esta em contato com a viga de distribuição foi capeado
com pasta de cimento, em uma relação água/cimento de 0,39.
Figura 5: Parede executada para o ensaio de compressão axial.
Fonte: Autor, 2018
10 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Após 28 dias da sua execução, as pequenas paredes foram submetidas ao ensaio
de compressão axial conforme ilustrado na figura 6.
Figura 6: Esquema ensaio de compressão normal.
Fonte: Autor, 2018.
Neste ensaio a carga foi aplicada em um cilindro hidráulico de cima para baixo sobre
um perfil metálico, a carga recebida pelo perfil foi distribuída ao longo de toda
parede. Foi utilizado um pórtico metálico e a carga foi aplicada por meio de uma
prensa hidráulica com capacidade de leitura máxima de 500kN e uma célula de
carga acoplada a sua base. O carregamento da estrutura ocorreu em dois estágios.
Primeiramente foram aplicados dois ciclos de cargas com 50% da carga estimada, e
posteriormente aplicou-se uma carga até o surgimento de fissuras visíveis.
Para que fosse possível recuperar as paredes, não foi atingido à tensão de ruptura.
Foi realizado um teste piloto, para que fosse possível ter um parâmetro da
capacidade de carga das paredes. A metodologia de ensaio baseou-se em Oliveira
(2001).
11 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
2.2.2.2. Ensaio de Compressão Diagonal
O ensaio de Compressão diagonal foi realizado com intuito de se obter a
resistência de cisalhamento da parede, ou de aderência entre argamassa e bloco.
Para a realização do ensaio a parede foi colocada em um ângulo de 45⁰ em relação
à sua base, conforme ilustrado na figura 7.
Figura 7: Ensaio de compressão diagonal.
Fonte: Autor, 2018.
Para o ensaio de compressão diagonal foram construídas paredes diferentes do
ensaio de compressão normal, pois quando a parede é colocada a 45⁰, a fim de
garantir a distribuição da carga em toda a parede, deve-se evitar excentricidades,
portanto o corpo de prova deve possuir largura e altura igual, sendo assim, as
paredes construídas para ensaio de compressão diagonal possuíam altura e largura
igual a 59cm, conforme ilustrado nas figuras 8.
12 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Figura 8: Parede utilizada no ensaio de compressão diagonal.
Fonte: Autor, 2018.
Como pode ser observado na ilustração acima, a parte inferior da parede foi
capeada com a mesma argamassa de assentamento, a parte superior foi capeada
com pasta de cimento em uma relação agua/cimento igual a 0,39, sendo que foi
capeada somente a região onde o suporte esteve em contato com a parede.
Assim como no ensaio de compressão axial o ensaio de compressão diagonal
baseou-se em Oliveira (2001). As paredes foram ensaiadas aplicando-se a carga no
topo da diagonal da parede. A carga foi aplicada de forma continua, até o colapso da
parede.
2.3. Terceira etapa – Aplicação do reparo e ensaio
2.3.1. Adesivo Estrutural
Com o objetivo de recuperar as paredes danificadas no ensaio de compressão axial,
foi colado com o auxilio de resina epóxi, perfis poliméricos reforçados com fibras
(PRF).
13 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
O adesivo estrutural que foi utilizado é à base de resina epóxi, e composto de dois
componentes, dispensa também o uso de solventes, além de possuir alta
viscosidade e pega normal. O adesivo estrutural tem como principais características:
alto poder de adesão, elevado desempenho no reparo estrutural, pode ser utilizado
em superfícies como concreto, aço, alumínio, fibrocimento, mármore, madeira,
cerâmica e vidro. Contém material pré-dosado e apresenta dureza inicial 24 horas
após ser aplicado, e cura total é de 7 dias após a aplicação do produto na parede.
O adesivo estrutural foi preparado seguindo as instruções do fabricante, ou seja,
primeiro houve a pré-mistura separada do endurecedor (Componente B) e a base
(Componente A), em seguida foi colocado todo o conteúdo do endurecedor ao
recipiente da base e misturado durante 3 minutos, com o uso de uma espátula, até
se obter uma coloração uniforme, conforme ilustrado na figura 9.
Figura 9: Preparo e mistura do adesivo estrutural.
a) Componente A b) Componente B c) Homogenização
Fonte: Autor, 2018.
Após abertura dos componentes o adesivo estrutural tem validade de 60 minutos
para ser aplicado, portanto depois de fazer a homogeneização dos componentes, o
adesivo estrutural foi aplicado imediatamente nos perfis PRF, conforme ilustrado na
figura 10, em seguida a face com cola foi colocada na parede.
14 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Figura 10: Aplicação do adesivo estrutural
Fonte: Autor, 2018.
2.3.2. Determinação da configuração e aplicação do reparo
Após o ensaio de compressão axial, percebeu-se um padrão nas manifestações
patológicas, as fissuras surgiram a partir das juntas, e atravessaram o bloco
verticalmente, conforme pode ser observado na figura 11 e 12.
Figura 11: Fissuras na parede
Fonte: Autor, 2018
Figura 12: Fissuras na parede
Fonte: Autor, 2018
15 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Para combater estas fissuras, recuperar ou aumentar a capacidade portante da
parede, os reforços de perfis PRF foram colados verticalmente, em duas
configurações diferentes, conforme demostrado na figura 13 e 14 este procedimento
foi realizado nas duas faces das paredes.
Figura 13: Configuração de reparo 1 da parede.
Fonte: Autor, 2018.
Figura 14: Configuração de reparo 2 da parede.
Fonte: Autor, 2018.
16 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Após 7 dias da colagem dos perfis PRF, as pequenas paredes foram ensaiadas
novamente e levadas até a ruptura, desta forma foi obtido o valor de carga máximo
das paredes após o reforço estrutural. Analisando os resultados podemos verificar,
se o reforço estudado é uma opção que satisfaz o objetivo da pesquisa. A aplicação
da carga ocorreu igual ao ensaio da parede sem o reforço.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. Bloco
A caracterização dos blocos iniciou-se com a avaliação dimensional, os dados
coletados das 13 amostras, indicaram que o lote de blocos utilizados esta conforme
perante as limitações impostas pela ABNT NBR15270-2 2005.
Desta forma foi realizada a avaliação do índice de absorção de água, as 13
amostras apresentou em média um índice de absorção de água igual a 14,98%, ou
seja, esta entre o limite normativo de 8% e 22%.
Posteriormente realizou-se o ensaio de compressão axial do bloco, os resultados
estão expressos na tabela 4.
Tabela 4: Resistência à compressão axial do bloco.
Corpo de Prova Área(mm²) Força Max. (KN) Tensão (Mpa)
CP 1 40.295,50 446,20 11,07
CP 2 41.167,25 381,10 9,26
CP 3 40.232,97 389,90 9,69
CP 4 40.237,50 386,60 9,61
CP 5 40.076,78 436,10 10,88
CP 6 40.704,30 368,80 9,06
CP 7 40.854,09 416,50 10,19
CP 8 40.147,31 427,90 10,66
CP 9 39.957,25 452,70 11,33
CP 10 40.851,30 391,70 9,59
CP 11 39.890,63 416,30 10,44
CP 12 40.077,94 532,80 13,29
CP 13 39.855,45 431,50 10,83
Resistência Média 10,45
Desvio Padrão 1,12
Coeficiente de Variação - CV (%) 10,72% Fonte: Autor, 2018.
17 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Embora a resistência média do bloco foi de 10,45 Mpa, a resistência característica
que deve ser considerada, é obtida aplicando a equação 1, e neste caso a
resistência a compressão característica do bloco (fbk) obtida foi igual a 8,97Mpa.
Equação 1.
𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2. [𝑓𝑏(1) + 𝑓𝑏(2) + ⋯𝑓𝑏(𝑖 − 1)
𝑖 − 1] − 𝑓𝑏𝑖
Fonte: ABNT NBR 15.270-2: 2005.
De acordo com a ABNT NBR15270-2 2005 a resistência característica à compressão
(fbk) dos blocos cerâmicos estruturais deve ser considerada a partir de 3,0 Mpa,
sendo assim o lote de bloco em estudo atendeu este requisito da norma, e tem 2,99
vezes a resistência mínima exigida.
3.2. Argamassa
A preparação da argamassa seguiu as orientações da ABNT NBR 13.276: 2002 e do
fabricante, sendo assim adotou-se 140 ml de água por quilo de argamassa. A
resistência à compressão da argamassa utilizada é apresentada na tabela 5.
Tabela 5: Resistência a compressão axial da argamassa.
Amostra Área [mm²] Força Máxima [KN] Resistência Compressão [Mpa]
CP 1 1.963 10,4 5,28
CP 2 1.963 8,1 4,14
CP 3 1.963 13,2 6,71
CP 4 1.963 13,4 6,81
CP 5 1.963 11,5 5,85
CP 6 1.963 9,4 4,78
Média 5,60
Desvio Padrão 1,06
Coeficiente de Variação - CV (%) 19,02% Fonte: Autor, 2018.
A resistência média a compressão da argamassa é 5,60 Mpa, ou seja, está de
acordo com a informação do fabricante, que indica uma resistência entre 5,5 Mpa e
9,0 Mpa.
18 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
De acordo com a ABNT NBR 15812-1:2010 a resistência da argamassa de
assentamento para alvenaria estrutural de blocos cerâmicos, deve ser no mínimo de
1,5 Mpa e no máximo de 70% da resistência característica à compressão dos blocos
estruturais. A resistência do bloco é igual a 8,97 Mpa e da argamassa é de 5,60
Mpa, portanto a resistência da argamassa é de aproximadamente 62,43% da
resistência do bloco, ou seja, atende o requisito normativo.
3.3. Prismas
Após identificar as características físicas e mecânicas dos materiais que compõe as
paredes, foram construídos 13 prismas. O intuito foi conhecer o comportamento do
sistema bloco mais argamassa. As resistências de compressão axial dos prismas
estão expressos na tabela 6.
Tabela 6: Resistência à compressão axial do prisma.
Fonte: Autor, 2018.
A resistência à compressão axial média dos prismas é igual 4,34 Mpa, ou seja, a
resistência do prisma quando comparado ao bloco isolado reduz em média 48,38%.
De acordo com Fahmy e Ghoneim (1995) (apud Freitas/2008) “a resistência do
Amostra Area [mm²] Força [KN] Tensão [MPa]
Cp1 42.039,88 183,40 4,36
Cp2 42.187,13 181,10 4,29
Cp3 42.113,50 166,00 3,94
Cp4 42.113,50 194,50 4,62
Cp5 42.113,50 173,50 4,12
Cp6 41.897,13 166,60 3,98
Cp7 42.113,50 167,00 3,97
Cp8 41.897,13 193,40 4,62
Cp9 41.899,00 213,90 5,11
Cp10 41.970,50 212,30 5,06
Cp11 41.823,75 174,00 4,16
Cp12 42.042,00 169,30 4,03
Cp13 41.897,13 175,30 4,18
4,34
0,40
9,15%
Resitencia Média
Desvio Padrão
Coeficiente de Variação - CV (%)
19 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
prisma é geralmente inferior a do bloco, não só pela influência da junta de
argamassa, como pela esbeltes dos elementos que alteram a forma de ruptura”.
“Diante dessa diferença temos o fator de eficiência (η) que é a relação entre a
resistência da alvenaria e a resistência do bloco. Esse fator é utilizado para fazer
uma previsão da resistência da alvenaria com base no valor de resistência do bloco
(Sampaio, 2010, p.15)”.
Relacionando a resistência média a compressão do bloco isolado com o prisma,
obtemos um fator de eficiência (η) igual a 0,48. Sampaio (2010) ressalta que além
da resistência do bloco e da argamassa, fatores relacionados à qualidade da mão de
obra e geometria dos elementos, interferem na resistência da parede.
3.4. Ensaio de Compressão Axial – Paredes sem reforço
Entendendo o comportamento da parede, e após realizar o ensaio piloto as
pequenas paredes foram submetidas à compressão axial, conforme pode ser visto
na figura 15.
Figura 15: Ensaio de compressão axial das paredes sem reforço.
Fonte: Autor, 2018.
20 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
O teste piloto atingiu a ruptura após aplicarmos uma carga de 202,58 KN, portanto
nos dois ciclos de carga inicial, a força aplicada nas paredes foi de 100 KN, ou seja,
50% da carga estimada, posteriormente monitoraram-se minuciosamente as
paredes, para que se aplicasse a carga na estrutura até o surgimento de fissuras
visíveis, os resultados estão expressos na tabela 7.
Tabela 7: Resistência à compressão axial da parede
Parede Força (KN)
P1 102,81
P2 210,20
P3 128,09
P4 195,80
P5 174,70
P6 175,21
Média 181,90
Desvio Padrão 41,03
Coeficiente de Variação - CV 24,95%
Fonte: Autor, 2018.
3.5. Ensaio de compressão Diagonal – Paredes sem reforço.
Não foi possível recuperar as paredes submetidas ao ensaio de compressão
Diagonal, pois a ruptura ocorreu de forma frágil, não sendo possível distinguir o
momento em que surgiram as primeiras fissuras e o momento do colapso da
estrutura.
Nas figuras 16 e 17 temos a imagem das paredes após o ensaio. Observando as
imagens percebesse a ruptura da argamassa, este resultado é o esperado, mas
também pode ser percebido que ocorreu a ruptura do bloco da base. Como o ensaio
parou quando tivemos a ruptura na argamassa, consideramos os resultados como
sendo a resistência da parede no ensaio diagonal.
21 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Figura 16: Ruptura da parede.
Fonte: Autor, 2018.
Figura 17: Ruptura da parede.
Fonte: Autor, 2018.
Os resultados obtidos no ensaio diagonal são apresentados na tabela 8.
Tabela 8: Resistência da parede ao ensaio Diagonal
Parede Força (KN)
P10 22,293
P11 24,345
P12 23,768
P13 17,846
P14 19,254
P15 21,378
P16 15,419
P17 19,404
P18 21,747
Média 20,606
Desvio Padrão 2,88
Coeficiente de Variação - CV 13,99% Fonte: Autor, 2018.
Conforme já citado, Thomas (2001) afirma que as alvenarias em geral apresentam
bom desempenho quando submetidas à cargas de compressão, porém o mesmo
22 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
não ocorre quando submetidas à cargas de tração, cisalhamento ou flexão. A
afirmação acima pode ser comprovada ao compararmos a carga resistida pela
estrutura no ensaio diagonal com o resistido no ensaio de compressão axial. No
ensaio diagonal a carga média resistida foi de 20,606 KN enquanto que no ensaio de
compressão axial a carga média foi de 155,36 KN, ou seja, a carga resistida no
ensaio diagonal é de 13,26% da carga resistida no ensaio de compressão axial.
3.6. Ensaio de Compressão Axial – Paredes com reforço
Após aplicarmos reforço, as paredes foram submetidas novamente ao ensaio de
compressão axial. Os resultados obtidos em cada parede podem ser observados na
tabela 9.
Tabela 9: Comparativo de resistência das paredes com e sem reforço.
Parede Força (KN)
Sem reforço
Incremento de Carga após o
reforço
Força (KN) Com Reforço
Configuração de reforço
P1 102,81 57,40% 161,82
Reparo 1 P2 210,20 4,09% 218,79
P3 128,09 62,37% 207,98
P4 195,80 31,06% 256,62
Reparo 2 P5 174,70 7,32% 187,49
P6 175,21 40,73% 246,57 Fonte: Autor, 2018.
Ao compararmos os resultados de resistência, da parede sem reforço com os da
parede reforçada, foi possível constatar que a parede restaurada teve um ganho de
resistência significativo.
A parede com a configuração de reparo 1 teve um ganho médio de resistência igual
a 41,28 %, porém o desvio padrão foi de 32,31%. O desvio padrão é um resultado
muito elevado, e pode ser justificado, ao observarmos o valor de P2, onde o
incremento de carga foi de apenas 4,09¨%. Os valores obtidos na configuração de
reparo 1 estão expressos na tabela 10.
23 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
Tabela 10: configuração de reparo 1.
Parede Força (KN)
Sem reforço
Incremento de Carga após o
reforço
Força (KN) Com Reforço
P1 102,81 57,40% 161,82
P2 210,20 4,09% 218,79
P3 128,09 62,37% 207,98
Média 147,03 41,28% 196,20
Desvio Padrão 56,15 32,31% 30,26
Coeficiente de Variação - CV 38,19% 78,26% 15,42% Fonte: Autor, 2018.
A parede com a configuração de reparo 2 teve um ganho médio de resistência igual
a 26,37 %, porém o desvio padrão foi de 17,19%. O desvio padrão também foi muito
elevado, e pode ser justificado, ao observarmos os valores de P5, onde o
incremento de carga foi de apenas 7,32¨%. Os valores obtidos na configuração de
reparo 2 estão expressos na tabela 11.
Tabela 11: Configuração de reparo 2.
Parede Força (KN)
Sem reforço
Incremento de Carga após o
reforço
Força (KN) Com Reforço
P4 195,80 31,06% 256,62
P5 174,70 7,32% 187,49
P6 175,21 40,73% 246,57
Média 181,90 26,37% 230,23
Desvio Padrão 12,04 17,19% 37,35
Coeficiente de Variação - CV 6,62% 65,19% 16,22% Fonte: Autor, 2018.
O desvio padrão existente nos dois reparos foram elevados, porém justificados, pois
ao analisarmos paredes de alvenaria estrutural, devemos considerar, as suas
variáveis, onde podemos destacar a resistência do bloco, resistência da argamassa,
a mão de obra e a forma da estrutura.
4. CONCLUSÃO
A resistência de paredes estruturais reduz drasticamente à medida que altura
aumenta, e quando temos mais combinações argamassa e bloco.
24 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
A ruptura das paredes ocorre de forma frágil, principalmente quando
submetida à carga cisalhante.
A recuperação das paredes utilizando perfis PRF é satisfatória, uma vez que
a resistência das paredes foi recuperada e aumentada.
Em termos de aumento da capacidade portante as paredes recuperadas com
a configuração 1 tem um acréscimo 41,28% enquanto as paredes
recuperadas na configuração 2 tem um acréscimo de 26,37%.
O adesivo estrutural utilizado tem grande eficiência, a aderência do adesivo
estrutural e do perfil PRF obteve um ótimo desempenho, sendo que as
paredes reforçadas romperam na superfície do bloco.
Durante o ensaio das paredes recuperadas, percebesse a flambagem do
material de reforço, pois quando ocorre à ruptura os perfis saem
bruscamente.
As variáveis existentes em paredes de alvenaria estrutural devem ser
consideradas ao projetarmos edificações, ao verificarmos os resultados de
resistência a compressão, temos um coeficiente de variação igual a 24,95%.
5. SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS
Utilizar o mesmo material de reforço, e submeter às paredes ao ensaio de
flexão.
Com o objetivo de se obter a taxa de perfil mais eficiente, realizar um estudo
com mais configurações de reforço.
Aplicar o reforço na horizontal, e em espaçamentos diferentes, verificando o
melhor desempenho.
Utilizar outros tipos de materiais para reforçar paredes, e comparar seu
desempenho.
Analisar o custo da utilização deste reforço em comparação a outros tipos de
reforço.
Estudar as deformações ocorridas durante os ensaios em especial a
flambagem das paredes, no ensaio de compressão axial.
25 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
7. REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 13276: Argamassa de Assentamento e Revestimento de Paredes e
Tetos – Preparo da Mistura e Determinação do Índice de Consistência. Rio de
Janeiro, 2005.
ABNT. NBR 13281: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e
tetos - Requisitos. Rio de Janeiro, 2005.
ABNT. NBR 15270-2: Componentes Cerâmicos – Parte 2: Blocos Cerâmicos
Para Alvenaria Estrutural – Terminologia e Requisitos. Rio de Janeiro, 2005.
ABNT. NBR 15270-3: Componentes Cerâmicos – Parte 3: Blocos Cerâmicos
Para Alvenaria Estrutural e de Vedação – Métodos e Ensaio. Rio de Janeiro,
2005.
ABNT. NBR 15812-1: Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos. Parte 1:
Projetos. Rio de Janeiro, 2010.
BAUER, Roberto José Falcão. Caderno técnico de alvenaria estrutural - CT5:
PATOLOGIAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS VAZADOS DE
CONCRETO. Prisma, São Paulo, p.33-38, 2007. Disponível em:
http://www.revistaprisma.com.br/caderno/ct5_prisma_20.pdf. Acesso em: 11 set.
2017.
CAMACHO, Jefferson Sidney. PROJETO DE EDIFÍCIOS DE ALVENARIA
ESTRUTURAL. Ilha Solteira: Universidade de São Paulo, 2006.
DALBONE, Adilson Rabello. Patologias em Prédio de Alvenaria Estrutural Inspeção
de Curta Duração. 2010. Engenharia Estudo e Pesquisa. Santa Maria, v. 10 - n. 2 -
p.27-36 - jul./dez. 2010. Disponível em:
http://www.revistaeep.com/imagens/volume10_02/cap04.pdf . Acesso em 08 de
set.2017.
26 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
FREITAS, Alexandre Alves de. Analise numérica experimental do
comportamento de prismas e mini paredes submetidos à compressão. 2008.
Tese (Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
São Carlos.
LORDSLEEM JUNIOR, Alberto Casado. Execução e Inspeção de Alvenaria
Racionalizada. São Paulo: Tula Melo, 2000. 104 p.
NASCIMENTO, Otávio Luiz do (Ed.). Alvenarias. 2. ed. Rio de Janeiro: Instituto
Brasileiro de Siderurgia / Centro Brasileiro da Construção em Aço, 2004. Disponível
em: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria-ii.pdf . Acesso
em: 14 de set. 2017.
OLIVEIRA, Francielly Djanira de et al. PRINCIPAIS PATOLOGIAS EM EDIFÍCIOS
DE ALVENARIA ESTRUTURAL. Revista Mirante, Anapolis, v. 9, n. 2, p.294-310, 01
dez. 2016. Mensak. Disponível em:
www.revista.ueg.br/index.php/mirante/article/download/5698/3909 . Acesso em: 11
de set. 2017.
OLIVEIRA, Fabiana Lopes de. Reabilitação de paredes de alvenaria pela
aplicação de revestimentos resistentes de argamassa armada. 2001. Tese
(Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo,
São Carlos.
PIERIN, Igor. ESTUDO DA ESTABILIDADE DE PERFIS DE MATERIAIS DE PRFV.
2005. 181 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
ROQUE, João Carlos Almendra. REABILITAÇÃO ESTRUTURAL DE PAREDES
ANTIGAS DE ALVENARIA. 2002. 338 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
Engenharia Civil, Engenharia Civil, Escola de Engenharia da Universidade do Minho,
Braga, 2002. Disponível em: https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/1724.
Acesso em: 31 out. 2017.
27 Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC - como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2015/01
SAMPAIO, Marliane Brito. Fissuras em edifícios residências em alvenaria
estrutural, 2010. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São
Paulo.
TAUIL, Carlos Alberto; NESE, Flávío José Martins. Alvenaria Estrutural. São Paulo: Pini, 2010. 183 p. THOMAZ, Ércio. Trincas, em Edifícios: Causas, Prevenção, e Recuperação. São Paulo. Editora PINI. 2001.