2
Disciplina: História do Design Brasileiro – DSG1132 Aluna: Marcella Ferreira Cordeiro da Rocha Texto: Análise do design brasileiro Autor: MORAES, Dijon de Nos anos oitenta o design brasileiro não produziu grande quantidade, porem iniciou um processo para o reconhecimento de uma estética brasileira multicultural e mestiça. Através do nosso pluralismo étnico e estético despontamos nos anos noventa. Com os nossos signos híbridos e a nossa tão conhecida energia criamos uma estática múltipla, que para o pensamento pós-moderno era fundamental. O pós-modernismo precisava desse mix social. Surge então, um design plural, que tem origem através das diversas culturas existentes dentro do país.Como eram muitos signos a serem decodificados, encontramos dificuldades nessa decodificação. Temos como exemplo os irmãos Campana que ao passear pelas nossas movimentadas cidades, como São Paulo, retiram elementos de um meio urbano e os levam para suas “experiências” na fabricação de seus móveis. É interessante perceber que mesmo com esse pluralismo e energia, o design brasileiro traz consigo um aspecto primário da Bauhaus eu diria, ele traz as referências do pensamento racional-funcionalista. Parte desse pensamento sobrevivi até hoje. “A prática deste inicipiente modelo projetual brasileiro não se coliga mais ao pragmático rigor metodológico predominante no modelo racional- funcionalista até então vigente.” O design brasileiro com todo o seu pluralismo e mescla de tradições reconhece o Kitsch como gosto popular. Assim acontece com as telenovelas, o carnaval, as manifestações culturais que passam a servir como referência étnica e estética local. O equilíbrio, a evolução, a harmonia e a beleza formal tem o mesmo peso dentro de uma

Análise do design brasileiro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Análise do design brasileiro

Disciplina: História do Design Brasileiro – DSG1132Aluna: Marcella Ferreira Cordeiro da RochaTexto: Análise do design brasileiro Autor: MORAES, Dijon de

Nos anos oitenta o design brasileiro não produziu grande quantidade, porem iniciou um processo para o reconhecimento de uma estética brasileira multicultural e mestiça. Através do nosso pluralismo étnico e estético despontamos nos anos noventa. Com os nossos signos híbridos e a nossa tão conhecida energia criamos uma estática múltipla, que para o pensamento pós-moderno era fundamental. O pós-modernismo precisava desse mix social. Surge então, um design plural, que tem origem através das diversas culturas existentes dentro do país.Como eram muitos signos a serem decodificados, encontramos dificuldades nessa decodificação.

Temos como exemplo os irmãos Campana que ao passear pelas nossas movimentadas cidades, como São Paulo, retiram elementos de um meio urbano e os levam para suas “experiências” na fabricação de seus móveis.

É interessante perceber que mesmo com esse pluralismo e energia, o design brasileiro traz consigo um aspecto primário da Bauhaus eu diria, ele traz as referências do pensamento racional-funcionalista. Parte desse pensamento sobrevivi até hoje.

“A prática deste inicipiente modelo projetual brasileiro não se coliga mais ao pragmático rigor metodológico predominante no modelo racional-funcionalista até então vigente.”

O design brasileiro com todo o seu pluralismo e mescla de tradições reconhece o Kitsch como gosto popular. Assim acontece com as telenovelas, o carnaval, as manifestações culturais que passam a servir como referência étnica e estética local. O equilíbrio, a evolução, a harmonia e a beleza formal tem o mesmo peso dentro de uma estética carnavalesca, ao mesmo tempo livre e ao mesmo tempo ordenada. Equilibrio e integração entre os quesitos. O design comparada ao carnaval tem muito em comum. Ambos devem ousar e surpreender, emocionar o público (no design os consumidores), a mídia e o jurí (no design são os clientes).

Um símbolo do carnaval da Bahia é o Trio elétrico, uma interessante junção da cultura popular com a tecnologia.

Com o surgimento da Globo vimos que o produto físico não precisava existir sempre, havia um valor intangível em serviços, que não deixam de ser produtos, porem não são palpáveis. O design de serviço vem como uma economia do serviço e do conhecimento.