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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” LOGÍSTICA EMPRESARIAL ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO LEONARDO BEZERRA DE SOUZA Prof. MARCO A. LAROSA RIO DE JANEIRO 2002

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” LOGÍSTICA EMPRESARIAL

ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

LEONARDO BEZERRA DE SOUZA

Prof. MARCO A. LAROSA

RIO DE JANEIRO 2002

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INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

LEONARDO BEZERRA DE SOUZA

Prof. MARCO A. LAROSA

RIO DE JANEIRO 2002

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AGRADECIMENTOS

A todos os autores, alunos e pessoas que,

direta e indiretamente contribuíram para a

confecção desta monografia.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a minha noiva que

tanto colaborou para sua confecção e

aperfeiçoamento.

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RESUMO

Uma das grandes dificuldades que sentimos dos empresários de

pequeno e médio porte é a falta de conhecimento a respeito do comércio

exterior, que a priori é visto como uma atividade que somente as grandes

empresas têm acesso.

As importações desempenham papel vital na vida econômica de

qualquer país; desenvolvido, subdesenvolvido, em desenvolvimento, nenhum

país é totalmente auto-suficiente. Todos os países estão sujeitos a econômica,

segundo a qual quanto mais desenvolvido e mais industrializado, maior será

sua necessidade de relacionamento com os demais países.

Uma visão global, sob aspecto internacional, no relacionamento entre

países, quem importa e exporta, não são as empresas individualmente, mas

sim o País.

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METODOLOGIA

Neste trabalho foi utilizado bibliografias de Comércio Exterior, a

operacionalidade de empresas de comércio internacional, Noções básicas de

importação , e Normas administrativas de importação do SECEX.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I

NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO

CAPÍTULO II

CONDIÇÕES DE COMPRA

CAPÍTULO III

FLUXO DE IMPORTAÇÃO

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO

Com o atraso de informações, as empresas nacionais se vem na

necessidade de estarem aprimorando os seus conhecimentos e a preencher o

seu vazio tecnológico, embora esteja acontecendo em passos lentos e

graduais as portas estão se abrindo para diversos ramos de atividades

importadoras.

A importação tem como objetivo básico:

- Importação de produtos de consumo com grande aceitação no mercado

interno, ou seja, com potencial de revenda,

- Importação de equipamentos e maquinários que possam aprimorar a

tecnologia e melhoria de seus produtos,

- Importação de matérias-primas mais competitivas e de melhor qualidade do

que as nacionais, aumentando o poder de barganha com os fornecedores,

onde poderiam conseguir maior qualidade e menor preço.

"Atividade importadora representa o elo entre o produto estrangeiro e o

mercado interno"

As importações desempenham papel vital na vida econômica de

qualquer país; desenvolvido, subdesenvolvido, em desenvolvimento, nenhum

país é totalmente auto-suficiente. Todos os países estão sujeitos a econômica,

segundo a qual quanto mais desenvolvido e mais industrializado, maior será

sua necessidade de relacionamento com os demais países.

Uma visão global, sob aspecto internacional, no relacionamento entre

países, quem importa e exporta, não são as empresas individualmente, mas

sim o País.

Como numa empresa, existem funções definidas por departamentos-

compras, vendas, estoque e financeiro. Nesta macroempresa Brasil, veremos

que determinados órgãos públicos são encarregados de cumprir estas tarefas,

como segue:

Secex – Secretária de comércio exterior – Faz o papel do departamento

comercial, controlando as importações e exportações.

Bacen – Banco Central do Brasil – Faz o papel do departamento financeiro,

controlando a entrada e saídas de divisas do País.

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SRF – Secretaria de Receita Federal – Cumpre o papel de controlador dos

estoques, controlando fisicamente a entrada e saída das mercadorias.

Tecnicamente, dividimos o processo de importação em três fases distintas:

Administrativa, Cambial e Fiscal, que serão analisadas distintamente.

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CAPÍTULO I

NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO

As normas administrativas são estabelecidas pelo Departamento de

Comércio Exterior – DECEX - , órgão subordinado à Secretaria de Comércio

Exterior – SECEX.

O primeiro passo para se iniciar um processo de importação, assim

como na exportação, é o Registro de Exportadores e Importadores. O registro

de importador (REI) é efetuado no DECEX da mesma forma como se efetua o

registro de exportação. Obtido o registro, o passo seguinte será uma análise do

enquadramento administrativo do produto a ser importado.

1.1 - DESPACHO e DESEMBARAÇO ADUANEIRO

O despacho aduaneiro de importação é o procedimento, motivado pelo

importador, que tem por objetivo o desembaraço (liberação) de mercadoria

procedente do exterior, tenha esta sido importada a título definitivo ou não. O

despacho aduaneiro inicia-se com o registro da Declaração de Importação no

SISCOMEX ou, na hipótese de Declaração Simplificada de Importação (DSI),

mediante procedimento específico junto à Unidade da Receita Federal (URF)

de despacho. O despacho só deverá ter início após a chegada da mercadoria

na URF na qual o importador for submeter a mercadoria importada a Despacho

Aduaneiro.

O despacho aduaneiro tem por base declaração formulada pelo

importador, ou por seu representante, no SISCOMEX, devendo nela constar

informações gerais (importador, básicas, transporte, carga, pagamento) e

informações específicas – adição (fornecedor, mercadoria, valor aduaneiro e

métodos, Incoterms, tributos e câmbio). A declaração de importação deverá ser

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formulada no microcomputador do usuário, onde ele deverá selecionar o tipo

de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro que envolve a operação,

elaborada a DI, poderá o importador transmiti-la para o computador central do

SISCOMEX para análise ou registro, iniciando assim o processo de despacho

aduaneiro.

O interessado – pessoa física ou jurídica, ou entidade que tenha

interesse direto na operação de importação – exercerá as atividades

relacionadas com o despacho aduaneiro de bens pessoalmente ou através de:

· representante legal, pessoa física que detém a representação de firma

individual, sociedade ou entidade por força de contrato social, estatuto ou ato

equivalente;

· empregado com vínculo empregatício exclusivo com o interessado ou de

empresa coligada ou controlada;

· despachante aduaneiro.

Os interessados da administração pública direta e autárquica federal,

estadual ou municipal, as missões diplomáticas e repartições consulares de

países estrangeiros e as representações de órgãos internacionais poderão

exercer as atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, quanto às

próprias operações, através do servidor especialmente designado, ou pôr

despachante aduaneiro.

Após a recepção dos documentos na URF, a declaração será

selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:

· Verde: pelo qual o sistema procede o desembaraço automático da

mercadoria, dispensados os exames documental da declaração, a verificação

da mercadoria e a análise preliminar do valor aduaneiro;

· Amarelo ou Laranja: pelo qual a declaração é submetida a exame

documental, e, não sendo constatada irregularidade, autoriza o desembaraço e

a entrega da mercadoria, dispensadas a verificação da mercadoria e a análise

preliminar do valor aduaneiro;

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· Vermelho: pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada e entregue

ao importador após a realização do exame documental, da verificação da

mercadoria e da análise preliminar do valor aduaneiro;

· Cinza: valoração aduaneira – método, acréscimos, deduções e informação

complementares para composição do valor aduaneiro, base de cálculo do

imposto de importação. Provar o verdadeiro valor do produto.

O desembaraço aduaneiro é o ato final do despacho aduaneiro em

virtude do qual é autorizada a entrega da mercadoria ao importador.

Independentemente do canal para qual tenha sido selecionada a conferência, a

entrega da mercadoria somente poderá ser efetuada após o registro do

desembaraço no SISCOMEX pela autoridade aduaneira.

O Desembaraço Aduaneiro é o procedimento pelo qual a mercadoria

importada passa pelo processo de nacionalização, sendo que o principal

instrumento desse processo é a Declaração de Importação (D.I. – documento

eletrônico que compreende o conjunto de informações gerais correspondentes

a determinada operação de importação e conjunto de informações específicas

de cada mercadoria objeto da importação), que a partir de 02.01.97, passou a

ser emitida por sistema eletrônico SISCOMEX.

Registrado o desembaraço das mercadorias no Sistema, a autoridade

fiscal emitirá Comprovante de Importação, que será entregue ao importador,

constituindo-se, aquele documento, em prova de ingresso regular da

mercadoria no país.

Em determinados casos, tais como amostras sem valor comercial,

matérias primas, insumos e produtos acabados, importados sem cobertura

cambial, catálogos e folhetos, algumas formas de Admissão Temporária, desde

que atendidas as condições estipuladas pela Secretaria da Receita Federal,

deverá ser utilizada a Declaração Simplificada de Importação (DSI), conforme

formulário aprovado pelo referido órgão, sem registro no SISCOMEX.

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De acordo com as características de cada importação é necessária a

juntada de determinados documentos para efetuarmos o desembaraço

aduaneiro, que é o ato final do despacho aduaneiro em virtude do qual é

autorizada a entrega da mercadoria ao importador.

O Desembaraço Aduaneiro é parte de um processo global e por isso a

sua execução será cumprida em estreita sintonia com os procedimentos de

desestiva e coordenação de transporte doméstico.

1.2 - LICENCIAMENTO

O licenciamento poderá ser automático ou não automático:

· Licenciamento Automático

Todas as importações estão sujeitas a licenciamento. De modo geral, o

licenciamento ocorrerá de forma automática, efetuada pelo próprio Sistema, no

momento da formulação da Declaração de Importação, após a chegada da

mercadoria no País.

As informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal

deverão ser prestadas no SISCOMEX em conjunto com os dados exigidos para

a formulação da Declaração de Importação para fins de despacho aduaneiro da

mercadoria.

Alguns produtos sujeitam-se a procedimentos especiais que deverão ser

observados até o desembaraço aduaneiro:

- Exigências zoosanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura

- Exigências ecológicas estabelecidas pelo IBAMA

-Números do registro da empresa e/ou produto junto ao órgão competente

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· Licenciamento Não-Automático

Quando se tratar de mercadoria ou operação de importação sujeita a

controles especiais do órgão licenciador, a importação estará sujeita ao

Licenciamento Não-Automático.

Nas importações sujeitas ao Licenciamento Não-Automático (LI), o importador,

deverá prestar as informações de natureza comercial, financeira, cambial e

fiscal, previamente ao embarque da mercadoria no exterior ou antes do

despacho aduaneiro.

1.3 - ENTREPOSTO ADUANEIRO

Para a admissão das cargas importadas sob regime de

entrepostamento, as tarefas competentes serão as seguintes:

- Controle de entrada da carga no entreposto para cumprimento do prazo para

registro da Declaração de Admissão (D.A. – declaração da mercadoria

destinada a admissão no regime de entreposto aduaneiro na importação, que

permite o depósito de mercadorias em local determinado, com suspensão do

pagamento do tributo e sob controle fiscal.);

- Análise dos documentos que instruirão a Declaração de Admissão;

Confecção da Declaração de Admissão;

Solicitação de numerário para pagamento das despesas envolvidas;

1.4 - NACIONALIZAÇÃO DE CARGAS EM ENTREPOSTO ADUANEIRO

Caberá à empresa as seguintes tarefas básicas:

- Análise preliminar da documentação que será apresentada à Receita Federal;

- Elaboração de pré-cálculo de despesas, a fim de solicitar ao importador a

alocação dos recursos financeiros necessários;

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- Enquadramento tarifário e preenchimento da Declaração de Importação

eletrônica, quando aplicável, em conformidade com as diretrizes fixadas pelas

autoridades competentes;

- Acompanhamento da documentação junto aos órgãos da Receita Federal,

principalmente no que tange às isenções/ reduções de tributos;

Portanto, a importação está classificado na relação de importações

permitidas pelo DECEX (Departamento de Comércio Exterior, subordinado à

Secretaria de Comércio Exterior - SECEX), deve-se Localizar e contatar seus

prováveis Fornecedores externos, sempre por escrito, explicando quem é e o

que deseja, de maneira sucinta e objetiva (este Fornecedor pode ser um

Fabricante, uma Empresa Comercial Exportadora ou uma Trading Company).

Solicite amostras sem valor comercial, quando cabíveis, para análise e

adequação às suas necessidades específicas, e caso ainda não o seja, registre

sua Empresa no REI - Registro de Exportadores e Importadores da

SECEX/MDIC e no SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior

(Microempresas não podem exportar).

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CAPÍTULO II

CONDIÇÕES DE COMPRA

Somente poderão efetuar importação as empresas, entidades e pessoas

que estejam previamente inscritas no cadastro de Exportadores e Importadores

da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, do Comércio e

do Turismo, que atendam os seguintes requisitos:

· possuir capital mínimo integralizado fixado pela SECEX;

· não estar em débito com a Fazenda Nacional e Fazendas Estaduais;

· ser considerada idônea;

· não tiver sido punida, em decisão administrativa final, por infrações

aduaneiras, de natureza cambial, de comércio exterior, ou de repressão ou

abuso do poder econômico.

2.1 - INCOTERMS

As importações brasileiras poderão ser conduzidas em qualquer das

modalidades de incoterms praticadas no comércio internacional. As incoterms

que incluam o seguro de transporte internacional dependem de prévia

manifestação do Instituto de Seguros do Brasil – IRB.

Nas importações são aceitos quase todos os termos de condição de

venda (Incoterms) aprovados pela Câmara do Comércio Internacional – CCI,

com exceção de alguns, como pôr exemplo: DEQ e DDP. Os aceitos são

divididos em : Grupo "E"- ponto de origem, o vendedor torna a mercadoria

disponível para o importador em seu próprio estabelecimento; Grupo "F"-

transporte principal não pago, o vendedor é solicitado a entregar as

mercadorias ao transportador designado pelo comprador; e Grupo "C"-

transporte principal e/ou seguro pagos, o vendedor contrata o transporte e/ou o

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seguro, porém sem assumir os riscos por perda ou dano às mercadorias ou

custos adicionais devidos a eventos que ocorram após o despacho.

Podemos citar :

Sigla Descrição Tradução Meio de Transporte

EXW Ex Works A partir do local de produção Qualquer

FCA Free Carrier Transportador livre Qualquer

FAS Free Alongside Ship Livre no costado no navio Mar ou rio

FOB Free on Board Livre a bordo Mar ou rio

CFR Cost and Freigth Custo e frete Mar ou rio

CPT Carriage Paid to... Transporte pago até... Qualquer

CIF Cost,Insurance and

Freigth

Custo, seguro e frete Mar ou rio

CIP Carriage and Insurance

Paid to...

Transporte e seguro pagos

até...

Qualquer

DAF Delivered at Frontier Entregue na fronteira Qualquer

DES Delivered Ex-Ship Entregue a partir do navio Mar ou rio

DDU Delivered Duty Unpaid Entregue direitos não pagos Qualquer

2.2 - FORMAS DE PAGAMENTO

As formas de pagamento utilizadas na importação são as mesmas das

utilizadas na exportação. No entanto, através da circular BCB nº 2747/97 de

25/03/97, foi estabelecida a obrigatoriedade de contração da operação de

câmbio para liquidação futura quando se tratar de importação até 360 dias.

São elas:

a) ANTECIPADO

Pagar o fornecedor através do banco (fechamento de câmbio), Aguardar

a chegada da mercadoria e dos documentos do exterior, pagar os tributos,

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SISCOMEX: preparar, registrar e imprimir a Declaração de Importação e

aguardar a liberação da mercadoria na estação aduaneira.

b) REMESSA DIRETA

Aguardar a chegada dos documentos do exterior, pagar os tributos,

SISCOMEX: preparar, registrar e imprimir a Declaração de Importação,

aguardar a liberação da mercadoria na estação aduaneira, pagar o fornecedor

através do banco apresentando-lhe o Comprovante de Importação – CI .

C) COBRANÇA SIMPLES

Aguardar o aviso do banco sobre a chegada dos documentos do

exterior. Para retirar os documentos: pagar ao banco (se cobrança à vista) ou

dar o aceite (se a prazo) e pagar os tributos .

SISCOMEX: preparar, registrar e imprimir a Declaração de Importação,

aguardar a liberação da mercadoria na estação aduaneira.

2.3 – FECHAMENTO DE CÂMBIO DE IMPORTAÇÃO

O fechamento de câmbio, na importação, obedece a alguns critérios :

- será contratado antes do registro da Declaração de Importação - DI, quando

os pagamentos forem à vista, ou à prazo com vencimento até o quinto mês

subseqüente ao fechamento da Declaração de Importação.

- será contratado até o último dia do sexto mês anterior ao vencimento, quando

os pagamentos forem à prazo com vencimento até 360 dias da data de

contratação de câmbio (limitado pela data de efetivo vencimento da obrigação.

São atividades cambiais básicas da importação:

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- toda operação cambial deve ser registrada no ROF - Registro de Operação

Financeira do SISBACEN - Sistema de Informações do Banco Central do

Brasil, antes do registro da DI, para aprovação (que será automática, caso o

SISBACEN não se manifeste em cinco dias úteis),

- cada ROF aprovado é válido por 180 dias, após o que, não tendo sido

utilizado, será cancelado automaticamente.

- para efetivação das remessas de divisas ao Exterior, após o desembaraço

aduaneiro, o Importador deve registrar o esquema de pagamentos no ROF,

- para efetivação das remessas de divisas ao Exterior, sem o registro do

esquema de pagamentos mas, ainda assim, com a aprovação de um ROF,

estas remessas devem ser para pagamento antecipado e à vista ou para

depósito em garantia de operações de arrendamento mercantil, de

arrendamento simples, de aluguel de equipamentos e de afretamento de

embarcações, ou, ainda, para remessas de encargos com pagamento anterior

ao desembaraço aduaneiro;

- operações refinanciadas, que extrapolem os prazos de pagamento até 360

dias, devem ser registradas no ROF, antes da retificação da DI,;

- operações de financiamento, mediante linha de crédito, com prazos de

pagamentos superiores a 360 dias, devem ser registradas no ROF pelo Banco

autorizado, na qualidade de devedor.

A liquidação do Contrato de Câmbio, na importação, se processará :

- para pagamentos efetuados antes do desembaraço aduaneiro, à vista dos

documentos de embarque das mercadorias, com instruções para liberação

contra pagamento ou contra a apresentação dos documentos de embarque,

conforme negociado na Carta de Crédito.

- na cobrança bancária, serão anexados, ao processo de liquidação de

câmbio, cópias da fatura comercial, do conhecimento de transporte

internacional, do saque e do respectivo borderô.

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- nas Cartas de Crédito, será anexada cópia do aviso de negociação de

crédito no Exterior;

- para pagamentos com prazos de vencimento até 360 dias, efetuados

após o desembaraço aduaneiro, deve ser encaminhado, ao Banco negociador,

cópia do CI - Comprovante de Importação emitido pelo SISCOMEX, juntamente

com cópias da fatura comercial, do conhecimento de transporte internacional,

do saque e do respectivo borderô de remessa, acrescidos de cópia do aviso de

negociação do crédito no Exterior, quando houver Carta de Crédito,

- com a inclusão, no processo de liquidação de Contrato de Câmbio, do nº

do LI - Licenciamento de Importação aprovado pelo Órgão anuente, fica

regularizada a operação que estiver sujeita ao regime de Licenciamento não-

Automático, antes do embarque das mercadorias,

- com a inclusão da Cláusula Declaratória, fica regularizada a operação sob

regime de Licenciamento Automático ou aquela que esteja sujeita à emissão de

LI antes do despacho aduaneiro, - para cada conhecimento de transporte

internacional fica regularizada uma única Liquidação de Câmbio no SISBACEN.

Logo, sempre que Você compra e vende produtos no mercado

internacional, está obrigado a realizar operações para a troca das moedas

estrangeiras transacionadas, através de estabelecimentos financeiros

autorizados, pelo Banco Central do Brasil, a operar com câmbio.

Como a legislação brasileira monopoliza, para a União, o mercado de

compra e venda de moedas estrangeiras, uma das moedas transacionadas

será, sempre, o Real (R$). 3 - O Exportador, para receber o montante gerado

com suas exportações, precisa vender, à União, as moedas estrangeiras que

obteve, convertendo-as em Reais (R$); o Importador, para poder honrar seus

pagamentos externos, necessita, em contrapartida, comprar moedas

estrangeiras da União, pagando-as em Reais (R$).

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O Contrato de Câmbio deve ser formalizado através de documentos

padronizados pelo Banco Central do Brasil e sujeita-se as normas vigentes

para o Mercado de Taxas Livres (câmbio comercial) e para as modalidades de

pagamento.

As modalidades de pagamento internacional cuidam da forma como os

documentos de embarque, e principalmente o original do Conhecimento de

Transporte Internacional (como documento único reconhecido pelas aduanas

internacionais), devem ser entregues ao Importador, ocasião em que se

transfere, a este, a posse das mercadorias, e, ao mesmo tempo, se garante o

pagamento das mercadorias ao exportador.

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CAPÍTULO III

FLUXO DE IMPORTAÇÃO

De posse da oferta ( fatura proforma), o importador deverá, em primeiro

lugar, verificar a NCM (nomenclatura do Mercosul). Através da NCM, poder-se-

á verificar o tratamento administrativo do produto.

Se a importação do produto está dispensado de emissão prévia da

licença de importação, está sujeita à emissão de licença de importação antes

do embarque da mercadoria e antes do desembaraço aduaneiro. Se estiver

sujeita à emissão de LI antes do efetivo embarque, o importador deverá

solicitar a emissão através do SISCOMEX.

É muito importante observar o prazo de validade da licença de

importação que, como regra geral, tem validade para 60 dias apenas e, se

necessário, o importador deverá solicitar prorrogação antes do vencimento.

Como já foi visto nas incoterrms, o seguro deverá ser feito quase que

obrigatoriamente no Brasil; portanto, cabe ao importador providenciar a

cobertura do seguro de transporte internacional. O valor da cobertura deverá

ser, no mínimo, o valor CIF da mercadoria acrescido das despesas aduaneiras

e tributos.

No próximo passo, se a condição de pagamento for cobrança, o

importador poderá autorizar o embarque da mercadoria; se for carta de crédito,

o importador deverá providenciar a abertura da mesma, dentro das mesmas

normas já vistas em “formas de pagamento”.

O terceiro passo será a liquidação cambial se o pagamento for à vista;

se for a prazo, deve dar o aceite no saque e retirar os documentos de

embarque do banco.

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O quarto passo será o desembaraço aduaneiro. Para isso, o importador

deverá nomear um despachante na zona portuária, que irá efetivar a

nacionalização da mercadoria. Os documentos necessários para

nacionalização da mercadoria são: licença de importação, conhecimento de

embarque, fatura comercial, lista de embalagem e certificado de origem.

A última etapa é o transporte do porto até o armazém, a contabilização

da importação e arquivo dos documentos, que deverão ficar disponíveis pelo

prazo de cinco anos.

3.1 - IMPORTAÇÕES SUJEITAS À OBTENÇÃO DE COTA NÃO

TARIFÁRIA

A importação de produtos têxteis e de vestuário sujeitos a limites

quantitativos, por força do acordo e de têxteis e vestuário da OMC –1994, de

que trata a portaria Interministerial MICMF nº 7 de 22/05/96, está sujeita a

licenciamento não automático, previamente ao embarque no exterior.

Os produtos e países de origem sujeitos ao contingenciamento, bem

como as cotas correspondentes, estão relacionados nos anexos A e B da

Portaria SECEX nº 23 de 19/12/96.

3.2 - IMPORTAÇÕES SUJEITAS À EMISSÃO DE COMUNICADO

DE COMPRA

O comunicado de compra (CCO) deverá ser apresentado a qualquer

dependência do Banco do Brasil, autorizada a conduzir operações de comércio

exterior, juntamente com a documentação comprobatória da operação de

compra. As operações de importação passíveis de CCO estão sujeitas ao

licenciamento não automático antes do embarque da mercadoria no exterior.

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3.3 - CONTROLE DE PREÇOS

As importações brasileiras estão sujeitas ao controle de preços dos

produtos importados, exercido pelo DECEX, e tem por objetivo permitir o

pagamento justo, evitando-se o super ou subfaturamento, visto que tais

procedimentos são nocivos a economia do país. Os critérios para avaliação dos

preços são os seguintes:

-cotação de bolsas internacionais de mercadorias;

-publicações especializadas;

-listas de preços de fabricantes estrangeiros;

-preços declarados por importadores, com base em documentos

comprobatórios das operações comerciais;

-contratos de bens de capital fabricados sob encomenda.

Poderão ser considerados como despesas diversas, o freteinterno no

exterior, descarga e embalagens necessárias à segurança da mercadoria,

quando estas forem por conta do importador, assim com o custo de obtenção

de documentos no exterior (Portaria SECEX 21/96).

3.4 – EXAME DE SIMILARIDADE

Estão sujeitas ao exame de similaridade as importações amparadas por

benefícios fiscais (isenção ou redução de imposto de importação), inclusive as

realizadas pela união, pelos estados e municípios (artigo 19 Portaria SECEX

21/96.

Os órgãos da administração indireta que não pleitearem benefícios

fiscais estão dispensados do exame de similaridade. Será considerado similar

ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o importado,

observados os seguintes parâmetros:

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-qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destina;

-preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, calculado

sobre o valor CIF acrescido dos tributos;

-prazo de entrega normal ou corrente para o tipo de mercadoria.

3.5 - TRANSPORTE OBRIGATÓRIO

As mercadorias importadas com algum benefício fiscal, normalmente,

estão sujeitas a cláusula de transporte obrigatório em navio de bandeira

brasileira. Isto implica que o importador tem de exigir que o exportador cumpra

rigorosamente esta exigência sob pena da perda do benefício fiscal. Caso não

houver navio de bandeira brasileira disponível, o exportador deverá solicitar a

liberação de bandeira junto ao Departamento da Marinha Mercante (DMM).

No caso de transporte aéreo, a solicitação de liberação de bandeira

deverá ser feita junto ao DAC – Departamento de Aviação Civil.

Excluem-se desta obrigação, os benefícios concedidos pelo drawback.

3.6 - IMPORTAÇÕES SEM COBERTURA CAMBIAL

A principal característica da importação sem cobertura cambial é o não

pagamento do bem no exterior. Poderão ser admitidas guias de importação

sem cobertura cambial nas seguintes condições:

-peças e acessórios, abrangidos por contrato de garantia;

-doações;

-filmes cinematográficos;

investimento de capital estrangeiro, sujeito a registro prévio no Banco Central

do Brasil;

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-retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou

pesquisa, com finalidade industrial ou científica;

-bens importados em regime de admissão temporária nos casos previstos na

IN SRF nº 136/87;

-bens importados em consignação ( Acrescido p/ Port. MICT 371/94).

3.7 - VALORAÇÃO ADUANEIRA

É o método de acréscimos, deduções e informações complementares

para a composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de

importação. A valoração aduaneira é um mecanismo utilizado pela Secretaria

da Receita Federal para ajustar o preço para fins de cálculo do imposto de

importação e do IPI nos casos em que o preço não representar a prática de

mercado (Ex. sub-faturamento).

3.8 - CUSTO DE IMPORTAÇÃO

Antes da elaboração de um custo de importação, devemos conhecer

todos os impostos e taxas incidentes sobre o produto a ser importado, como

segue:

-imposto de importação – (II);

-imposto sobre produtos industrializados - (IPI);

-imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – (ICMS);

-adicional ao frete para renovação da marinha mercante – ( AFRMM);

-capatazia;

armazenagem.

Para facilitar o nosso estudo, analisaremos cada um destes tributos

isoladamente:

- Imposto de Importação: É um imposto de competência da União e está

dividido em três tipos de alíquotas: “ad valorem”, específica e mista.

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- Alíquota “ad valorem”: Como regra geral, as mercadorias importadas estão

sujeitas a alíquota, representada por uma taxa percentual sobre o valor CIF da

mercadoria, ou sobre o preço de referência.

- Alíquota específica: Corresponde a uma importância fixa cobradasobre a

unidade da mercadoria. Ex: Tantos centavos de dólar por... (unidade, dúzia,

milheiro etc.).

- Alíquota mista: É aquela que combina as duas tarifas a “ad valorem” e a

específica.

As alíquotas de imposto de importação são publicadas no diário oficial,

mas, devido a constantes alterações, é impossível acompanhamento eficiente.

Para tanto desenvolveu-se uma publicação fiscal, conhecida como Tarifa

Externa Comum TEC, onde encontraremos as alíquotas correspondentes ao II

e IPI, além das exigência administrativas se houver. Os despachantes

aduaneiros, assim como empresas de comércio exterior, normalmente dispõem

desta publicação.

As alíquotas do imposto de importação variam atualmente de 0 a 70%,

sendo que a média está em torno de 14%.

Imposto sobre Produtos Industrializados: IPI – É um imposto de competência

da união, de alíquota “ad valorem” ou específica, por produto, e incide sobre o

valor CIF da mercadoria acrescido do imposto de importação, ou sobre o valor

de referência acrescido do imposto de importação.

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: ICMS – É um imposto de

competência estadual.

Portanto, cada estado poderá ter seu próprio regulamento. No estado

de Santa Catarina, pela legislação em vigor, a alíquota é de 17%, e a base de

cálculo é o valor CIF da mercadoria acrescido das despesas aduaneiras.

Entende-se por despesas aduaneiras, imposto de importação, IPI, AFRMM,

assim como armazenagem e capatazia.

Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante: (AFRMM) –

Decreto-Lei 2404/87 – modificado pela Lei 8032/90 – É uma taxa que incide

sobre o transporte marítimo de longo curso à razão de 25% sobre o valor do

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frete, 10% para navegação de cabotagem e 5% sobre navegação lacustre ou

fluvial.

Capatazia: A capatazia compreende os serviços prestadospelo porto ou

aeroporto de movimentação e guarda da mercadoria. Estes custos variam de

porto para porto. Portanto, não existe uma taxa fixa, normalmente cobrada

sobre o peso ou volume da mercadoria.

Armazenagem: A armazenagem é a taxa de estadia da mercadoria no

porto ou aeroporto. No caso de portos marítimos ou fluviais, a base de cálculo

é o valor do CIF da mercadoria. Como por exemplo, podemos citar o porto de

Itajaí que cobra, no primeiro período (10 dias), 0.26% sobre o valor CIF da

mercadoria; após o 10º dia, 0.11% ao dia. Já o EADI (Entreposto Aduaneiro do

Distrito de Itajaí) cobra 0.20% no primeiro período e 0.10% ao dia.

No caso dos aeroportos, o valor é cobrado sobre o valor CIF da

mercadoria e a alíquota é crescente por períodos de 15 dias.

Além das despesas com tributos, temos outras despesas provenientes de

prestação de serviços e despesas financeiras que também deverão ser

computadas no custo da mercadoria importada.

Despesas Financeiras: As despesas financeiras variam principalmente

em função da condição de pagamento, embora podemos traçar alguns

parâmetros, como por exemplo:

- carta de crédito de custo estimado entre 0.8 a 2% sobre o valor da operação

financeira.

- Cobrança desta despesa cai para 0.5 a 1% sobre o valor da operação.

Comissão do Despachante Aduaneiro: Em se tratando de uma prestação de

serviços, esta deverá ser negociada antes da chegada da mercadoria ao porto

ou aeroporto, para evitar que a mercadoria fique muito tempo armazenada no

porto enquanto se discute a comissão do despachante. Cabe também ao

despachante a incumbência de credenciar a empresa junto à aduana do porto

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(Receita Federal). A prática do mercado ensina-nos que devemos estabelecer

um valor mínimo e um valor máximo em termos de salários mínimos.

Sindicato dos Despachantes Aduaneiros: (SDA) – O sindicato dos

despachantes é um dos mais antigos do Brasil e, nos portos e aeroportos em

que havia sindicato dos despachantes, era cobrada uma taxa a favor do

sindicato, paga pelo importador, que correspondia a 10% do valor da comissão.

Portanto, o departamento de importação de uma empresa se propõe a

receber e analisar a fatura pro forma, que é o primeiro documento, o stater

efetivo do negócio, onde depois de trocas de informações o exportador cota o

seu produto ao importador (via fax, telex ou carta), com a emissão da fatura pro

forma ou pro forma invoice, e/ou pedido de importação a ser encaminhado pelo

cliente, verificando sua adequação com normas de importação vigentes,

análise do pedido e classificação tarifária. A classificação de produtos técnicos,

especialmente químicos, maquinários ou outros de igual complexidade, será

indicada pelas áreas técnicas do importador, Acompanhamento do processo de

embarque no exterior, seja através de Agências Marítimas/ Transitárias/

Transportadoras contratadas ou diretamente com o exportador e

Acompanhamento da legislação de Comércio Exterior de forma a manter o

importador informado sobre alterações que possam vir a influenciar no

processo/custo das importações.

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CONCLUSAO

O importador objetiva apurar o preço final do produto a ser importado,

visando sempre estudar a viabilidade da operação.

Preço Final = Preço de exportação + Gastos de importação

O preço final é o preço cobrado pelo exportador acrescido dos gastos do

importador até o seu destino, gastos esses que variam de acordo com os

Incoterms negociados entre as partes.

No comércio internacional o importador tem que conhecer com precisão

os custos finais, pois um cálculo correto do preço pode garantir a

competitividade e lucratividade à empresa.

O Gerenciamento de Processos de Importação (G.P.I.) engloba

basicamente as tarefas relacionadas com o recebimento do pedido do cliente e

primeira análise de adequação do mesmo, seguindo-se com o registro do

Licenciamento de Importação via Siscomex, preparativos para abertura da L/C,

averbações de seguros, follow-up dos documentos de embarque junto aos

exportadores e com a comissária de despachos e atualização do cliente sobre

cada etapa do processo.

Nesse sentido o departamento de importação de uma empresa se

propõe a:

- Receber e analisar a fatura pro forma, que é o primeiro documento, o

stater efetivo do negócio, onde depois de trocas de informações o exportador

cota o seu produto ao importador (via fax, telex ou carta), com a emissão da

fatura pro forma ou pro forma invoice, e/ou pedido de importação a ser

encaminhado pelo cliente, verificando sua adequação com normas de

importação vigentes;

- Análise do pedido e classificação tarifária. A classificação de produtos

técnicos, especialmente químicos, maquinários ou outros de igual

complexidade, será indicada pelas áreas técnicas do importador;

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- Registro do Licenciamento de Importação, para produtos que

necessitem de anuência prévia, ou seja, o LI precederá o embarque da

mercadoria nos casos de mercadorias sujeitas a anuência, a controle de cota e

de mercadorias usadas com exemplo;

- Elaboração e encaminhamento de instruções para abertura de Carta de

Crédito para a área de Câmbio, a qual é emitida pôr banco estrangeiro, cuja

validade é confirmada por um banco no país, este solicitando a confirmação de

um crédito no país, tem assegurado o pagamento do mesmo pelo banqueiro

confirmador, mesmo que o banqueiro emissor no exterior venha falir, quando

assim negociado e todas as providências subseqüentes.

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BIBLIOGRAFIA DAEMON, Dalton. Empresas de Comércio Internacional:

Organização e Operacionalidade, Blumenau, FURB 1993. VAZQUEZ, José Lopes. Comércio Exterior Brasileiro, Editora

Atlas, São Paulo 1997. BIZZELLI, João dos Santos. Noções Básicas de Importação,

São Paulo- Edições Aduaneiras, 1993. MAYA, Jayme de Mariz, Economia Internacional e Comércio

Exterior, Ed. Atlas, São Paulo, 1998. MURTA, Roberto de Oliveira. Controle da Qualidade na

Exportação, Rio de Janeiro, Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior, 1982.

JESUS, Avelino,de. Relações Comerciais Internacionais, São

Paulo 1992. NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO, Portaria

SECEX nº 21 de 16.12.96

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INDICE

AGRADECIMENTO III

DEDICATÓRIA IV

RESUMO V

METODOLOGIA VI

SUMÁRIO VII

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

NORMAS ADMINISTRATIVAS DE IMPORTAÇÃO 10

1.1- Despacho e Desembaraço Aduaneiro 10

1.2- Licenciamento 13

1.3 - Entreposto Aduaneiro 14

1.4 - Nacionalização Cargas em Entreposto Aduaneiro 14

CAPÍTULO II

CONDIÇÕES DE COMPRA 16

2.1- Incoterms 16

2.2 - Formas de Pagamento 17

2.3 - Fechamento de Câmbio de Importação 18

CAPÍTULO III

FLUXO DE IMPORTAÇÃO 22

3.1 - Importações Sujeitas à Obtenção de Cota não Tarifária 23

3.2 - Importações Sujeitas à Emissão de Comunicado de Compra 23

3.3 - Controle de Preços 24

3.4 – Exame de Similaridade 24

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3.5 - Transporte Obrigatório 25

3.6 - Importações sem Cobertura Cambial 25

3.7 - Valoração Aduaneira 26

3.8 - Custo de Importação 26

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 32