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PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC. Apoio Administrativo Funcionamento da Fundação Nice Lobão - CINTRA 2.279.342,00 5.050.947,85 222% Expansão e desenvolvimento do ensino Capacitação de recursos humanos 22.600,00 3.240,00 14% Desenvolvimento do ensino formal 235.000,00 118.755,61 51% Desenvolvimento do ensino médio 50.000,00 2.074,00 4% Fomento ao ensino profissionalizante 303.000,00 217.967,29 72% TOTAL 2.889.942,00 5.392.984,75 187% 61 O contraste fica por conta da Fundação Nice Lobão, que teve uma aplicação de 187%, praticamente o dobro do que foi orçado inicialmente, com suplementação de recursos concentrada na atividade de apoio administrativo. TABELA XX - GASTOS COM FUNDAÇÃO NICE LOBÃO 2003 CRIANÇA E ADOLESCENTE / Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2003 Este ano o montante de recursos executado na educação atingirá o menor patamar. No entanto, isto não atinge a Fundação Nice Lobão, que terá tanto em volume quanto em taxa de aplicação um grande desempenho. Neste ano o total de alunos atendidos pela rede estadual tem mais uma redução, chegando a 547.598 mil alunos, ou 341.308 no nível fundamental e 206.290 no nível médio. 6.5 - Gastos com criança e adolescente em educação 2004 A partir de 2004, a análise de gastos dos programas e atividades é facilitada na medida em que se tem uma maior uniformidade das descrições e definições, em face dos dados do SISPCA, mesmo que ainda permaneça uma agregação de gastos em alguns programas, sem o adequado detalhamento, como Gestão de Políticas Educacionais, que concentra a execução de R$ 132.782.175,28 ou 486% acima do valor orçado. A partir deste ano passa-se a adotar a denominação dotação inicial, para o valor orçado no inicio do ano, e o termo liquidado para o valor executado ao final do exercício orçamentário. Têm destaque também na aplicação, a ação do plano interno, transporte escolar, com uma taxa de 502% e a atividade de valorização dos profissionais de ensino médio, com 323%. Há, porém, programas com baixa execução, como o da oferta de educação especial, com somente 3% de aplicação de um total orçado de R$ 2.872.230,00. Neste ano, apesar dos cortes e contingenciamentos realizados no orçamento estadual, houve um significativo aumento no montante executado, atingindo R$ 185.873.499,21 ou 46,5% acima do valor orçado e mais de 50 milhões em relação a 2003. ANÁLISE DOS GASTOS SOCIAIS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ORÇAMENTO ESTADUAL DO MARANHÃO DE 2000 A 2005

ANÁLISE DOS GASTOS SOCIAIS COM CRIANÇAS … · Melhoria e Desenvolvimento da Escola (PDE-PME-PDDE) 7.559.500,00 603.607,26 8% ... executado em 2004, sendo que ao final do ano essa

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PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio Administrativo

Funcionamento da Fundação Nice Lobão - CINTRA 2.279.342,00 5.050.947,85 222%

Expansão e desenvolvimento do ensino

Capacitação de recursos humanos 22.600,00 3.240,00 14%

Desenvolvimento do ensino formal 235.000,00 118.755,61 51%

Desenvolvimento do ensino médio 50.000,00 2.074,00 4%

Fomento ao ensino profissionalizante 303.000,00 217.967,29 72%

TOTAL 2.889.942,00 5.392.984,75 187%

61

O contraste fica por conta da Fundação Nice Lobão, que teve uma aplicação de 187%,praticamente o dobro do que foi orçado inicialmente, com suplementação de recursos concentradana atividade de apoio administrativo.

TABELA XX - GASTOS COM FUNDAÇÃO NICE LOBÃO 2003CRIANÇA E ADOLESCENTE /

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2003

Este ano o montante de recursos executado na educação atingirá o menor patamar.No entanto, isto não atinge a Fundação Nice Lobão, que terá tanto em volume quanto em taxa deaplicação um grande desempenho.

Neste ano o total de alunos atendidos pela rede estadual tem mais uma redução,chegando a 547.598 mil alunos, ou 341.308 no nível fundamental e 206.290 no nível médio.

6.5 - Gastos com criança e adolescente em educação 2004

Apartir de 2004, a análise de gastos dos programas e atividades é facilitada na medida emque se tem uma maior uniformidade das descrições e definições, em face dos dados do SISPCA,mesmo que ainda permaneça uma agregação de gastos em alguns programas, sem o adequadodetalhamento, como Gestão de Políticas Educacionais, que concentra a execução de R$132.782.175,28 ou 486% acima do valor orçado.

Apartir deste ano passa-se a adotar a denominação dotação inicial, para o valor orçado noinicio do ano, e o termo liquidado para o valor executado ao final do exercício orçamentário.

Têm destaque também na aplicação, a ação do plano interno, transporte escolar, com umataxa de 502% e a atividade de valorização dos profissionais de ensino médio, com 323%. Há,porém, programas com baixa execução, como o da oferta de educação especial, com somente 3%de aplicação de um total orçado de R$ 2.872.230,00.

Neste ano, apesar dos cortes e contingenciamentos realizados no orçamento estadual,houve um significativo aumento no montante executado, atingindo R$ 185.873.499,21 ou 46,5%acima do valor orçado e mais de 50 milhões em relação a 2003.

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Universalização do Ensino Fundamental 54.145.084,00 29.058.738,99 54%Expansão da Rede Estadual de Bibliotecas – Farol Educaçãopara o Ensino Fundamental .

1.240.000,00 311.262,41 25%

Expansão da Rede Física Escolar do Ensino Fundamental 2.500.000,00 1.102.175,72 44%

Maranhão na Escola 988.250,00 319.609,53 32%

Educação Escolar Indígena 898.419,00 243.563,39 27%

Expansão da Oferta Educacional em Áreas de Assentamento 747.798,00 32.000,00 4%

Expansão da Oferta Educacional em Quilombos 1.329.977,00 0 0%

Melhoria e Desenvolvimento da Escola (PDE-PME-PDDE) 7.559.500,00 603.607,26 8%

Assistência Técnico-Pedagógica no Ensino Fundamental 4.299.999,00 571.866,94 13%

Prêmio Aluno Modelo 642.600,00 0 0%Formação Inicial dos Professores do Ensino Fundamental – PROFORM

66.000,00 1.467,50 2%

Implementação da Política de Educação no Campo 90.000,00 451.593,00 502%

? Transporte – Transporte Escolar 0 451.593,00

Apoio e Desenvolvimento da Gestão Escolar 26.748.691,00 24.356.070,02 91%

Revitalização da Educação à Distância 6.000.000,00 869.854,40 14%

Ampliação do Acesso à Educação Infantil 503.840,00 3.000,00 1%

Aceleração de Estudos do Ensino Fundamental 530.010,00 192.668,82 36%

Expansão e Melhoria do Ensino Médio 17.979.007,00 6.609.454,29 37%Expansão da Rede Estadual Bibliotecas – Farol da Educaçãono Ensino Médio

311.999,00 169.405,43 54%

Expansão da Rede Física Escolar do Ensino Médio 16.214.999,00 2.264.685,41 14%

Valorização dos Profissionais do Ensino Médio 852.410,00 2.750.820,14 323%Formação e Capacitação de Gestores Escolares do EnsinoMédio

599.599,00 1.424.543,31 238%

Desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos 9.984.867,00 7.594.647,51 76%

Vamos Ler 9.784.917,00 7.594.647,51 78%

Educação e Cidadania 199.950,00 0 0%

Ações Complementares a Educação 14.562.500,00 9.748.255,73 67%

Assistência Alimentar 11.200.000,00 9.402.777,46 84%

Saúde na Escola 600.000,00 98.153,72 16%

Informática na Educação-PROINFO 1.200.000,00 33.192,90 3%

Inserção de Alunos em Programa de Trabalho e Renda 40.000,00 0 0%

Educação Física e Práticas Desportivas no Ensino Fundamental 1.522.500,00 214.131,65 14%

Expansão da Oferta de Educação Especial 2.872.230,00 80.227,41 3%Construção de Centro de Atendimento de Portadores deNecessidades Especiais

2.872.230,00 80.227,41 3%

Gestão de Políticas Educacionais 27.299.758,00 132.782.175,28 486%

TOTAL 126.843.446,00 185.873.499,21 146,5%

TABELA XXI - GASTOS COM SEDUC 2004CRIANÇA E ADOLESCENTE /

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em Julho de 2005

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TABELA XXII - GASTOS COM FUNDAÇÃO NICE LOBÃO2004

CRIANÇA E ADOLESCENTE /

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2003

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Universalização do Ensino Fundamental 134.000,00 95.422,24 71%

Capacitação de Recursos Humanos 22.000,00 0 0%

Desenvolvimento do Ensino Formal 112.000,00 95.422,24 85%

Expansão e Melhoria do Ensino Médio 256.000,00 87.497,14 34%

Fomento ao Ensino Profissionalizante 179.000,00 57.243,89 32%

Desenvolvimento do Ensino Médio – CINTRA 77.000,00 30.253,25 39%

Apoio Administrativo 3.162.088,00 2.853.244,83 90%

Funcionamento da Fundação Nice Lobão 3.162.088,00 2.853.244,83 90%

TOTAL 3.552.088,00 3.036.164,21 85,50%

A partir deste ano é possível identificar despesas executadas com grupos especiais dentrodo segmento criança e adolescente. O gasto com educação indígena, com R$ 243.563,39; o gastocom assentamentos, no valor de R$ 32.000,00, apenas 4% do valor orçado, e a previsão do gastocom educação fundamental nas áreas quilombolas, que infelizmente não consta valor liquidado.

É importante destacar que há neste ano um aumento de alunos atendidos pelo Estado, comdestaque para a elevação do ensino médio que agora responde por 267.848 mil alunos, enquantoque o fundamental chega a 307.598, totalizando 574.958 mil alunos.

6.6 - Gastos com criança e adolescente em educação 2005

Para o ano de 2005, foi elevado consideravelmente o montante orçado para os programasde educação, equivalendo a R$ 277.328.699,00 ou quase 100 milhões de reais acima do valorexecutado em 2004, sendo que ao final do ano essa execução atingiu R$ 318.604.372,00. Esseaumento correspondeu aos recursos com a expansão e melhoria do ensino médio, que teve umaaplicação de 189,32%, portanto, quase dobrando o valor orçado para esse programa.

AFundação Nice Lobão teve uma aplicação de 85,50%, de fato uma redução em relação a2003, tanto em valores percentuais, quanto em montante executado. De fato, ao contrario dosoutros anos, o gasto com o funcionamento da Fundação teve uma redução em relação ao valororçado de cerca de 10%, ou R$ 308.000,00.

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TABELA XXIII - GASTOS COM SEDUC 2005CRIANÇA E ADOLESCENTE /

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em 03/02/2006.

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Universalização do Ensino Fundamental 53.344.532 48.464.554 90,85%Expansão da Rede Física Escolar do Ensino Fundamental 10.160.000 5.692.399 56,03%Maranhão na Escola 1.520.000 628.929 41,38%Educação Escolar Indígena 4.308.000 3.519.874 81,71%Implementação da Política de Educação no Campo 6.876.372 125.786 1,83%Apoio e Desenvolvimento da Gestão Escolar 28.950.920 37.554.366 129,72%Revitalização da Educação a Distância 1.529.240 943.200 61,68%Expansão e Melhoria do Ensino Médio 17.643.000 33.402.426 189,32%Expansão da Rede Física Escolar do Ensino Médio 13.913.000 7.570.352 54,41%Melhoria e Desenvolvimento da Escola 3.730.000 25.832.074 692,55%Desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos 15.455.000 11.702.726 75,72%Educação e Cidadania 15.455.000 11.702.726 75,72%Ações Complementares a Educação 14.943.000 11.852.721 79,32%Assistência Alimentar 11.200.000 11.306.970 100,96%Saúde na Escola 650.000 309.582 47,63%Informática na Educação-PROINFO 2.600.000 236.169 9,08%Educação Física e Práticas Desportivas no Ensino Fundamental 493.000 0 0,00%Expansão da Oferta de Educação Especial 2.321.720 31.182 1,34%Construção de Centro de Atendimento de Portadores de Necessidades Especiais

2.321.720 31.182 1,34%

Gestão de Políticas Educacionais 173.621.447 213.150.763 122,77%Apoio à Administração Pública 7.784.717 9.258.577 118,93%Direção e Coordenação da Política da Educação 165.236.730 203.427.052 123,11%Avaliação Estadual da Escola Pública 400.000 266.770 66,69%Informações e Estatísticas 200.000 198.364 99,18%TOTAL 277.328.699 318.604.372 114,88%

Em relação à Fundação Nice Lobão, houve um pequeno aumento de sua dotaçãoorçamentária em comparação com o que esta executou em 2004, bem como uma manutenção dopatamar de execução de 88,21%. O destaque fica por conta da execução de 403,84% na atividadede desenvolvimento de ensino médio e, pelo segundo consecutivo, uma execução menor do que ovalor orçado na atividade de funcionamento da Fundação.

TABELA XXIV - GASTOS COM FUNDAÇÃO NICE LOBÃO2005

CRIANÇA E ADOLESCENTE /

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Universalização do Ensino Fundamental 105.000 83.842 79,85%

Capacitação de Recursos Humanos 10.000 8.544 85,44%

Desenvolvimento do Ensino Formal 95.000 75.298 79,26%

Expansão e Melhoria do Ensino Médio 132.000 224.324 169,94%

Fomento ao Ensino Profissionalizante 100.000 95.095 95,10%

Desenvolvimento do Ensino Médio – CINTRA 32.000 129.229 403,84%

Apoio Administrativo 3.285.327 2.798.753 85,19%

Funcionamento da Fundação Nice Lobão 3.285.327 2.798.753 85,19%

TOTAL 3.522.327 3.106.919 88,21%

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em 03 fev. de 2006.AN

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Destaca-se neste ano novamente a atividade de educação escolar indígena, que sai deuma execução orçamentária de R$ 243.563,39 em 2004 para uma execução de R$ 3.519.874,00.Chama a atenção também, pelo contraste, a baixíssima execução, 1,83%, do montante daatividade de educação no campo.

Em 2005, o universo de alunos matriculados na rede estadual nos níveis fundamental emédio chega a 530.145, sendo 263.717 no fundamental e 266.428 no médio, ou seja, nesta sériede 06 anos pela primeira vez as matrículas no ensino médio superam as do ensino fundamental.

A titulo de conclusão desta série, cabe demonstrar que, destarte o aumento progressivo derecursos, o aumento do atendimento pouco se elevou na rede pública de ensino. Em 2000, o totalde alunos matriculados na pré-escola, na alfabetização, no nível fundamental, no nível médio, noensino especial e na educação e jovens e adultos, atingiu 593.096 mil alunos. Já em 2005,

24atingiram em todos esses níveis e modalidades, 583.450 mil alunos .

7 -ANÁLISE DOS GASTOS COM CRIANÇAEADOLESCENTE EM SAÚDE 2000A2005

Os gastos de saúde ao longo destes 06 anos, segundo o critério adotado para gastos comCeA, tiveram um crescimento constante. No entanto, segundo os dados do Tesouro, constante dasleis orçamentária neste período, os recursos alocados na Secretaria e no Fundo de Saúde oscilambastante, conforme Tabela V.

Na definição dos gastos com CeA ligados à saúde constam programas e atividades, alémde órgãos, no caso as unidades de saúde, através das atividades de funcionamento, todosmantido com recursos existentes na Secretaria e no Fundo de Saúde no período de 2000 a 2002 ede 2003 a 2005 no Fundo de Saúde.

7.1 - Gastos com criança e adolescente em saúde 2000

Em 2000, os programas e atividades da saúde, diretamente relacionados com a criança e oadolescente, tiveram uma execução baixa, chegando a 33,97% do que havia sido orçado.Destaque aqui para várias atividades que não tiveram execução de suas dotações e outras quechegaram à casa dos 163,22% de execução, como a atividade de funcionamento da MaternidadeMarly Sarney. Atividades essenciais como a de proteção da saúde da mulher e da criança e doadolescente, executaram apenas 10,32% do valor orçado.

_________________________24INEP. Sinopse Estatística.Acesso em Fev. 2006 A

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TABELA XXV - GASTOS COM CRIANÇA ADOLESCENTE / SES 2000

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Redução dos índices de morbidadePrograma de agentes comunitários de saúde 1.042.992,00 7.689,00 0,74%Proteção e recuperação da saúde da mulher, da criança e doadolescente 9.080.781,00 937.475,00 10,32%Controle das DST/AIDS 530.426,00 594.455,00 112,07%Campanhas de controle e erradicação de doenças transmissíveis 1.716.176,00 538.548,00 31,38%Controle e fiscalização sanitáriaControle e avaliação dos serviços cadastrados e/ou credenciados 145.150,00 52.074,00 35,88%Manutenção do Centro de Vigilância Sanitária 81.760,00 322.537,00 394,49%Manutenção do Centro de Vigilância Epidemiológica 8.492.735,00 999.392,00 11,77%Programa de assistência à saúdeManutenção de unidades assistenciais 25.421.459,00 8.898.819,00 35,01%Funcionamento das Unidades*Funcionamento do Hospital Alarico Nunes Pacheco 878.515,00 6.933,00 0,79%Funcionamento do Posto de Assistência Médica de Codó 200.778,00 0,00 0,00%Funcionamento de Centro de Saúde Três Poderes – Imperatriz 349.982,00 0,00 0,00%Funcionamento da Unidade Mista Luizinho Pires – Loreto 277.757,00 112.739,00 40,59%Funcionamento da Unidade Mista São Raimundo das Mangabeiras 562.458,00 222.928,00 39,63%Funcionamento da Unidade Mista Dr. Zerbini – Santo Antônio dos Lopes 512.966,00 21.650,00 4,22%Funcionamento da Unidade Mista São José de Ribamar 548.206,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Francisca Melo – Santa Luiza do Paruá 380.656,00 209.558,00 55,05%Funcionamento do Hospital Teoplistes Teixei ra – Pastos Bons 355.438,00 27.313,00 7,68%Funcionamento do Centro Odontológico da Alemanha 396.185,00 250.622,00 63,26%Funcionamento da Unidade Mista Vitorino Freire 256.798,00 21.256,00 8,28%Funcionamento do Hospital Serra de Castro – Lago da Pedra 444.182,00 0,00 0,00%Funcionamento da Unidade Mista de Bequimão 422.552,00 187.570,00 44,39%Funcionamento do Centro de Saúde Vinhais 274.391,00 388.127,00 141,45%Funcionamento da Unidade Mista José Piauí – São Felix de Balsas 545.330,00 0,00 0,00%Funcionamento do Posto de Atendimento Médico Filipinho 460.951,00 0,00 0,00%Funcionamento da unidade Mista Dr. José Murad – Viana 498.505,00 510.361,00 102,38%Funcionamento do Centro de Saúde Liberdade 353.626,00 252.494,00 71,40%Funcionamento do Centro de Saúde Cohatrac 473.526,00 108.194,00 22,85%Funcionamento do Centro de Saúde Vila Esperança 900.906,00 92.001,00 10,21%Funcionamento do Centro de Saúde Genésio Filho 152.528,00 83.583,00 54,80%Funcionamento da Unidade Mista Maria Helena Greire – Santa Rita 604.055,00 7.826,00 1,30%Funcionamento do Centro de Saúde Turu 289.526,00 122.444,00 42,29%Funcionamento da Unidade Mista Carlos Macieira Paulo Ramos 192.122,00 0,00 0,00%Funcionamento da Unidade Materno Infantil de São Bento 500.904,00 242.019,00 48,32%Hospital de Imperatriz 344.063,00 0,00 0,00%Funcionamento do Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos 2.437.752,00 941.313,00 38,61%Funcionamento da Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 4.113.213,00 1.218.165,00 29,62%Funcionamento da Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 2.962.609,00 1.873.325,00 63,23%Funcionamento da Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 1.624.750,00 321.794,00 19,81%Funcionamento da Unidade Hospitalar Dr Juvêncio Matos 1.558.250,00 1.107.202,00 71,05%Funcionamento da Maternidade Benedito Leite 5.024.424,00 1.429.097,00 28,44%Funcionamento do Posto de Assistência Médica/Diamante 3.749.140,00 1.773.120,00 47,29%A

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Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2000. *Repetição da Unidade de Saúde

Outro destaque negativo são os gastos com a Maternidade Benedito Leite, que executousomente R$ 1.429.424,00 de um total orçado de R$ 5.024.424,00. Cita-se também a baixaexecução da atividade de controle e erradicação de doenças transmissíveis, com 31,38%, de umtotal de R$ 1.716.176,00.

Em termo de indicadores, para citar apenas um, neste ano a taxa de mortalidade infantil foi25de 54,2 para cada 1000 nascidos vivos, enquanto que a do Brasil foi de 31,8 .

7.2 - Gastos com criança e adolescente em saúde 2001

A saúde em 2001 teve um patamar de execução de 114%, atingindo o montante de R$116.281.404,12. Este é um valor mais de três vezes superior ao valor executado em 2000. Odestaque fica por conta da elevação de recursos aplicados na atividade de agentes comunitáriosde saúde e a destinação de R$ 39.955.500,93 para a atividade de assistência médica qualificada egratuita.

_________________________25Maranhão em Dados. 2003. p. 45.

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Funcionamento do Instituto Osvaldo Cruz 1.482.460,00 751.751,00 50,71%Funcionamento do Posto de Assistência Médica/Cidade Operária 2.303.929,00 850.571,00 36,92%Funcionamento do Centro de Saúde Dr Genésio Rego 1.266.874,00 533.694,00 42,13%Funcionamento da Maternidade Marly Sarney 4.822.940,00 7.872.042,00 163,22%Funcionamento da Unidade Hospitalar Presidente Vargas 1.564.100,00 946.082,00 60,49%Funcionamento da Rede Estadual de Sangue e Hemoderivados 18.900.348,00 4.974.594,00 26,32%*Funcionamento do Hospital Alarico Nunes Pacheco 2.464.230,00 1.132.655,00 45,96%Funcionamento do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz 2.086.048,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Celso Rocha Santos 533.119,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Regional Laura Vasconcelos 495.375,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Regional Antônio Fontes de Aguiar 1.993.758,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Dr. Carlos Macieira 1.003.133,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Adélia Matos Fonseca 1.469.468,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital Regional Alexandre Mamede Trovão 486.804,00 0,00 0,00%Funcionamento do Hospital e Maternidade José Sarney 491.583,00 0,00 0,00%TOTAL 120.522.692,00 40.944.012,00 33,97%

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TABELA XXVI - GASTOS COM CRIANÇA E ADOLESCENTE / SES 2001

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio AdministrativoManutenção dos Serviços Administrativos 12.013.957,00 12.723.475,82 106%Redução dos Índices de MorbidadeProgramas de Agentes Comunitários de Saúde 352.250,00 475.529,89 135%Proteção e Recuperação da Saúde da Mulher 1.290.574,00 389.428,58 30%Controle de Doenças Endêmicas 1.758.585,00 9.536.303,30 542%Controle das DST/AIDS 557.197,00 542.797,47 97%Campanhas Controle e Erradicação de Doenças Transmissíveis 467.330,00 2.029,45 0%Programa Leite e Vida 4.311.944,00 5.400.000,00 125%Controle e Fiscalização SanitáriaControle e Avaliação de Serviços Cadastrados e/ou Credenciados 275.892,00 171.885,61 62%Manutenção do Centro de Vigilância Sanitária 389.068,00 399.202,82 103%Manutenção do Centro de Vigilância Epidemiológica 851.682,00 884.600,81 104%Programa de Assistência a SaúdeAssistência Médica Qualificada e Gratuita 38.137.006,00 39.955.500,23 105%Funcionamento das Unidades de Saúde*Funcionamento do Hospital Alarico Nunes Pacheco 191.004,00 2.969.336,36 1555%Funcionamento do de Assistência Medica de Codó 107.944,00 0,00 0%Funcionamento de Centro de Saúde Três Poderes-Imperatriz 122.014,00 0,00 0%Funcionamento da Unidade Mista Luizinho Pires – Loreto 116.994,00 173.095,61 148%Funcionamento da Unidade Mista São Raimundo das Mangabeiras 153.728,00 227.058,24 148%Funcionamento da Unidade Mista Dr. Zerbini- Sto Antônio Lopes 146.519,00 0,00 0%Funcionamento da Unidade Mista São José de Ribamar 143.903,00 0,00 0%Funcionamento do Hospital Francisca Melo – Sta Luzia do Paruá 134.554,00 2.040.678,76 1517%Funcionamento do Hospital Teoplistes Te ixeira-Pastos Bons 131.093,00 61.641,37 47%Funcionamento do Centro Odontológico da Alemanha 150.683,00 243.908,28 162%Funcionamento da Unidade Mista Vitorino Freire 113.041,00 0,00 0%Funcionamento do Hospital Serra de Castro – Lago da Pedra 145.608,00 0,00 0%Funcionamento da Unidade Mista de Bequimão 134.829,00 241.097,21 179%Funcionamento do Centro de Saúde Vinhais 152.279,00 484.083,00 318%Funcionamento da Unidade Mista José Piauí – São Félix de Balsas 144.981,00 0,00 0%Funcionamento do Posto de Atendimento Médico Filipinho 145.003,00 108.207,69 75%Funcionamento da Unidade Mista Dr. José Murad – Viana 137.307,00 825.083,16 601%Funcionamento do Centro de Saúde Liberdade 129.145,00 266.863,11 207%Funcionamento do Centro de Saúde Cohatrac 135.455,00 147.204,17 109%Funcionamento do Centro de Saúde Vila Esperança 174.235,00 115.801,60 66%Funcionamento do Centro de Saúde Genésio Filho 93.891,00 105.276,19 112%Funcionamento da Unidade Mista Maria Helena Freire – Santa Rita 161.001,00 0,00 0%Funcionamento do Centro de Saúde Turu 116.033,00 161.142,17 139%Funcionamento da Unidade Mista Carlos Macieira – Paulo Ramos 103.673,00 0,00 0%Funcionamento da Unidade Materno Infantil de São Bento 151.740,00 255.519,41 168%Hospital de Imperatriz 116.528,00 0,00 0%Funcionamento do Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos 829.820,00 865.405,63 104%Funcionamento da Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 1.180.957,00 144.207,55 12%Funcionamento da Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 1.530.123,00 1.875.185,86 123%Funcionamento da Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 394.244,00 453.444,31 115%

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Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2000. *Repetição da Unidade de Saúde

Contribuiu para o aumento geral da execução, o bom desempenho de atividades como ocontrole de doenças endêmicas, que tinha uma previsão de R$ 1.758.588,00 e executou R$9.536.303,30, ou seja, 542%. Fato negativo neste aspecto é a baixa execução de atividades comoa de proteção e recuperação da saúde da mulher, que executou somente 30% de um montanteorçado de R$ 1.290.574,00.

7.3 - Gastos com criança e adolescente em saúde 2002

Em 2002, os programas somaram R$ 200.721.849,96 de execução, portanto, superando ovalor de 2001, mesmo atingindo apenas 76,20% do valor orçado. Contraditoriamente, atividadesfundamentais como a de agentes comunitários de saúde e a de proteção e recuperação da saúdeda mulher, da criança e do adolescente, tiveram baixíssima execução.Aprimeira teve execução de12% e a segunda de 18%, sendo que neste último caso o valor orçado foi de R$ 3.151.461,00.

Registre-se também a baixa execução da atividade de controle e erradicação de doençastransmissíveis, que atinge R$ 2.133.045,34 ou 37% do valor orçado. Assim com a maternidadeBenedito Leite, que atinge somente 20% do orçado.

Outras atividades tiveram altíssima aplicação. A atividade “Viva Vida” obteve 1.004%; aatividade de atendimento de urgência atingiu 120%.

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Funcionamento da Unidade Hospitalar Dr. Juvêncio Matos 1.103.883,00 1.323.647,84 120%Funcionamento da Maternidade Benedito Leite 1.610.601,00 1.513.347,24 94%Funcionamento do Posta de Assistência Médica-Diamante 2.331.388,00 1.892.748,66 81%Funcionamento do Instituto Oswaldo Cruz 1.116.370,00 1.176.234,67 105%Funcionamento do Posto de Assistência Médica-Cidade Operária 913.183,00 416.210,34 46%Funcionamento do Centro de Saúde Dr. Genésio Rego 543.758,00 653.051,62 120%Funcionamento da Maternidade Marly Sarney 8.364.516,00 8.355.112,26 100%Funcionamento da Unidade Hospitalar Presidente Vargas 881.407,00 977.467,58 111%Funcionamento da Rede Estadual de Sangue e Hemoderivados 7.996.355,00 3.574.099,15 45%*Funcionamento do Hospital Alarico Nunes Pacheco 830.145,00 1.604.357,69 193%Funcionamento do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz 1.860.021,00 3.488.636,37 188%Funcionamento do Hospital Celso Rocha Santos 488.197,00 378.197,00 77%Funcionamento do Hospital Regional Lauro Vasconcelos 644.940,00 410.358,52 64%Funcionamento do Hospital Regional Antônio Pontes de Aguiar 1.479.958,00 2.359.456,77 159%Funcionamento do Hospital Dr. Carlos Macieira 1.216.059,00 1.403.074,18 115%Funcionamento do Hospital Adélia Matos Fonseca 1.461.529,00 2.239.926,90 153%Funcionamento do Hospital Alexandre Mamede Trovão 825.899,00 2.270.483,67 275%Funcionamento do Hospital e Maternidade José Sarney 214.296,00 0,00 0%TOTAL 101.776.319,00 116.281.404,12 114%

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TABELA XXVII - GASTOS COM CRIANÇA E ADOLESCENTE / SES 2002

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativoApoio administrativo 36.000,00 9.223,14 26%

Controle e fiscalização sanitária

Controle e avaliação dos serviços cadastrados e/ou credenciados 224.146,00 67.591,80 30%

Manutenção do centro de vigilância sanitária 981.383,00 935.997,70 95%

Manutenção do centro de vigilância epidemiológica 7.377.079,00 2.897.791,63 39%

Redução dos índices de morbidade

Programa de agentes comunitários de saúde 241.803,00 28.458,87 12%

Atendimento de Urgência / Emergência 817.795,00 977.452,61 120%

Viva vida 443.190,00 4.447.624,48 1004%

Controle de doenças endêmicas 16.923.548,00 12.972.242,64 77%

Proteção e recuperação da saúde da mulher, da criança e doadolescente

3.151.461,00 560.020,91 18%

Controle das DSTs / AI DS 836.969,00 346.194,30 41%

Campanha de controle de erradicação de doenças transmissíveis 5.712.789,00 2.133.045,31 37%

Programa leite e vida 5.270.992,00 7.933.161,50 151%

Saneamento básico e proteção ambiental 18.131.732,00 7.207.032,65 40%

Melhoria dos índices de abastecimento d`água

Atividade com melhoria dos índices de abastecimento d`água 49.734.184,00 19.563.990,13 39%

Água para todos 2.500.000,00 15.733.248,53 629%

Expansão dos serviços de esgotamento sanitário

Atividade de expansão dos serviços de esgotamento sanitário 30.594.540,00 266.092,31 1%

Programa de Assistência à saúde

Assistência médica qualificada e gratuita 30.628.924,00 39.955.500,23 130%

Apoio administrativo 21.355.226,00 41.268.743,58 193%

Funcionamento das Unidades de Saúde

Funcionamento do Posto de Assistência Médica de Codó 270.977,00 0,00 0%

Funcionamento do Centro de Saúde Três Poderes – Imperatriz 270.977,00 0,00 0%

Funcionamento da Unidade Mista Luizinho Pires-Loreto 690.899,00 59.506,35 9%Funcionamento da unidade Mista de São Raimundo dasMangabeiras

691.236,00 74.268,18 11%

Funcionamento da unidade Mista de São José de Ribamar 338.142,00 0,00 0%

Funcionamento da unidade Mista Vitorino Freire 715.851,00 0,00 0%

Funcionamento da Unidade Mista José Piauí – São Félix deBalsas

692.893,00 0,00 0%

Funcionamento da unidade Mista Carlos Macieira – Paulo Ramos 270.977,00 0,00 0%

Hospital de Imperatriz 270.977,00 0,00 0%

Funcionamento do Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos 910.608,00 1.385.394,82 152%

Funcionamento da Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 3.114.468,00 3.295.946,49 106%

Funcionamento da Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 3.357.161,00 2.769.185,36 82%

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Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2002

Neste ano teremos algumas novidades em termos de gastos incorporados na área dasaúde. O saneamento básico é uma destas ações, que teve um valor de R$ 18.131.732,00,executando 40% deste total.Aatividade “Água para todos”, ao final, executou R$ 15.733.246,53 ou629% do valor orçado.

Outro destaque neste ano é a contínua elevação da atividade “Leite é vida”, que excuta151% do valor orçado, R$ 7.933.161,50. Lembrando que no ano anterior já havia executado maisde 5 milhões de reais.

7.4 - Gastos com criança e adolescente em saúde 2003

Os programas da saúde em 2003, novamente, executaram menos do que o valor orçado.Desta vez a execução atingiu 86,26%. No entanto, em termos de volume de execução, houve umcrescimento em valores nominais em relação ao montante executado no ano anterior, alcançandoos R$ 221.417.393,02. Porém, cabe destacar que a atividade proteção e recuperação da saúde damulher, da criança e do adolescente, conforme tabela XXVIII, teve no comparativo com os anosanteriores, uma elevação de recursos, chegando a executar R$ 1.256.905,23, superior, portanto,aos R$ 560.020,91 de 2002.

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Funcionamento da Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 778.900,00 659.956,66 85%

Funcionamento da Unidade hospitalar Dr. Juvêncio Matos 1.949.619,00 1.604.046,10 82%

Funcionamento da Maternidade Benedito Leite 5.982.244,00 1.170.125,97 20%

Funcionamento do Posto de Assistência Médica – Diamante 3.568.800,00 3.578.275,56 100%

Funcionamento do Instituto Oswaldo Cruz 4.493.851,00 2.345.389,00 52%Funcionamento do Posto de Assistência Médica – CidadeOperária

2.677.042,00 2.712.355,13 101%

Funcionamento do Centro de Saúde – Dr. Genésio Rego 2.709.500,00 1.153.938,57 43%

Funcionamento da Maternidade Marly Sarney 10.355.300,00 7.976.109,16 77%

Funcionamento da Unidade Hospitalar Presidente Vargas 1.840.697,00 1.504.838,52 82%

Funcionamento da Rede Estadual de Sangue e Hemoderivados 11.881.653,00 4.295.378,41 36%

Funcionamento do Hospital Alarico Nunes Pacheco – Timon 3.518.972,00 2.969.336,36 84%Funcionamento do Hospital Regional Materno Infantil deImperatriz

4.167.532,00 4.451.924,03 107%

Funcionamento do Hospital Celso Rocha Santos 358.081,00 0,00 0%

Funcionamento do Hospital Regional Laura Vasconcelos 2.284.339,00 1.412.462,97 62%

Funcionamento do Hospital e Maternidade José Sarney 270.977,00 0,00 0%

TOTAL 263.394.434,00 200.721.849,96 76,20%

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TABELA XXVIII - GASTOS COM CRIANÇA E ADOLESCENTE / SES 2003

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2003

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativoApoio administrativo 40.011.789,00 46.014.365,53 115%Redução dos índices de morbidadePrograma de agentes comunitários de saúde 372.741,00 217.990,09 58%Proteção e recuperação da saúde da mulher, da criança e doadolescente 2.872.991,00 1.256.905,23 44%Controle das DSTs / AIDS 3.079.116,00 2.440.696,43 79%Campanha de controle de erradicação de doenças transmissíveis 1.866.221,00 679.689,60 36%Programa leite e vida 12.616.700,00 12.334.424,89 98%Saneamento básico e proteção ambiental 14.412.999,00 264.608,78 2%Melhoria dos índices de abastecimento d`águaMelhoria dos índices de abastecimento d`água 1.381.500,00 802.023,27 58%Água para todos 17.599.906,00 29.338.048,37 167%Expansão dos serviços de esgotamento sanitárioExpansão dos serviços de esgotamento sanitário 200.004,00 0,00 0%Controle e fiscalização sanitáriaControle e avaliação dos serviços cadastrados e/ou credenciados 566.050,00 147.164,38 26%Manutenção do centro de vigilância sanitária 2.884.706,00 842.775,23 29%Manutenção do centro de vigilância epidemiológica 7.328.024,00 2.748.240,66 38%Programa de Assistência à saúdeAssistência médica qualificada e gratuita 49.318.188,00 48.874.622,96 99%Atendimento de Urgência / Emergência 823.858,00 67.014,95 8%Viva vida 8.550.542,00 5.100.412,54 60%Controle de doenças endêmicas 15.626.216,00 10.966.376,07 70%Funcionamento das Unidades de SaúdeFuncionamento do Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos 1.289.090,00 931.417,74 72%Funcionamento da Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 4.716.849,00 6.557.832,58 139%Funcionamento da Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 3.126.112,00 2.385.462,96 76%Funcionamento da Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 1.081.400,00 812.399,64 75%Funcionamento da Unidade hospitalar Dr. Juvêncio Matos 1.729.934,00 3.978.743,29 230%Funcionamento da Maternidade Benedito Leite 5.972.207,00 1.851.327,89 31%Funcionamento do Posto de assistência Médica – Diamante 3.766.550,00 2.776.867,29 74%Funcionamento do Instituto Oswaldo Cruz 6.383.678,00 5.583.047,95 87%Funcionamento do Posto de Assistência Médica – CidadeOperária 4.520.511,00 5.468.936,12 121%Funcionamento do Centro de Saúde – Dr. Genésio Rego 3.529.738,00 1.165.964,40 33%Funcionamento da Maternidade Marly Sarney 9.677.469,00 8.015.541,66 83%Funcionamento da Unidade Hospitalar Presidente Vargas 1.853.926,00 2.551.635,50 138%Funcionamento da Rede Estadual de Sangue e Hemoderivados 17.821.632,00 6.789.343,27 38%Funcionamento do Hospital Alarico Nunes Pacheco – Timon 4.284.549,00 3.071.781,54 72%Funcionamento do Hospital Regional Materno Infantil deImperatriz 4.903.353,00 5.383.247,34 110%Funcionamento do Hospital Regional Laura Vasconcelos 2.502.853,00 1.998.484,87 80%TOTAL 256.671.402,00 221.417.393,02 86,26%

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de Doenças e Agravos Prioritários 48.464.745,00 11.941.207,24 25%Proteção e Recuperação da Saúde da Mulher, da Criança, doAdolescente, do Trabalhador e do Idoso 4.283.674,00 493.343,41 12%Controle das DST / AIDS 4.566.272,00 574.326,67 13%Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Bucal 1.058.926,00 50.287,20 5%Saúde da Família 16.575.486,00 15.804,74 0%Proteção e Recuperação da Saúde Mental 157.302,00 10.937,32 7%Controle e Erradicação de Doenças Transmissíveis, Não Transmissíveis e Endêmicas 15.573.798,00 8.413.656,47 54%

Vigilância em Saúde Pública 6.249.287,00 2.382.851,43 38%Promoção e Proteção à Saúde em Vigilância Sanitária 3.445.680,00 1.068.473,14 31%Manutenção das Ações de Vigilância Sanitária 660.912,00 24.895,00 4%

Licenciamento e Inspeção dos Estabelecimentos de Saúde 746.800,00 22.380,00 3%Licenciamento e Inspeção de Estabelecimentos Comerciais de Produtos Relacionados à Saúde 2.037.968,00 1.021.198,14 50%Criança Futuro 9.199.999,00 5.840.023,79 63%Leite é Vida 9.000.000,00 5.825.208,79 65%Saúde Bucal da Criança 199.999,00 14.815,00 7%Saúde Dez 89.098.288,00 38.090.077,62 43%Implantação do PDR – Plano Diretor da Regionalização 18.000.000,00 456.420,00 3%Assistência Médica Qualificada e Gratuita 22.778.092,00 18.847.444,95 83%Controle, Regulação e Avaliação do SUS 1.405.468,00 110.269,29 8%Assistência Farmacêutica 31.898.740,00 13.015.695,07 41%Reforço da Rede de Serviço 4.050.000,00 1.598.060,33 39%Saúde Preventiva na Escola 9.995.988,00 4.062.187,98 41%Viva Vida 970.000,00 0 0%

73

Neste ano o desempenho geral das ações foi marcado pela baixa aplicação e mesmoredução do montante executado. Começando pela campanha de controle e erradicação dedoenças transmissíveis que executou 36% de um valor orçado de R$ 1.866.221,00. outra atividadede baixa execução foi a de saneamento básico e proteção ambiental que executou somente 2% deum total orçado de R$ 14.412.999,00. Assim também a atividade de melhoria do abastecimentodágua que executou 58% de um total de R$ 1.381.500,00.

As maternidades Benedito Leite e Marly Sarney também tiveram execução menor do queno ano anterior. A primeira 31% de um total de R$ 5.972.207,00, enquanto a segunda executou83%.

A elevação dos programas se fez principalmente nas atividades ligadas ao abastecimentode água, que executou R$ 29.338.048,37 ou 167%, do programa leite é vida, que aumentou paraR$ 12.334.424,89 e o aumento na atividade de assistência médica qualificada e gratuita.

7.5 - Gastos com criança e adolescente em saúde 2004

Para o ano de 2004, com a seleção dos gastos a partir do SISPCA, torna-se possívelvisualizar melhor a alocação das despesas na área da saúde.

Neste ano da reconhecida crise financeira do Estado, a área da saúde parece ter sidoatingida em cheio.

TABELA XXIX - GASTOS COM SES 2004CRIANÇA E ADOLESCENTE /

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

SANESTADO 28.134.580,00 42.969.996,61 153%Projeto Sanear 24.878.598,00 27.827.593,91 112%Projeto Alvorada 3.255.982,00 15.142.402,70 465%Saneamento Básico em Pequenos Aglomerados 46.976.119,00 0 0%Implantação de Sistemas Simplificados 28.455.396,00 0 0%Melhorias dos Sistemas Simplificados 18.520.723,00 0 0%Controle Antidrogas 2.135.000,00 176.500,00 8%Implantação de CAPS 600.000,00 0 0%Sistema Interinstitucional das Ações Antidrogas – SIAAD 500.000,00 0 0%Proteção e Recuperação de Dependentes Químicos 1.035.000,00 176.500,00 17%Gestão da Política de Saúde Pública 44.118.541,00 44.337.211,86 100%Instalação da Escola de Saúde do Governo 2.880.000,00 11.000,00 0%Apoio à Administração Pública 3.532.440,00 3.035.412,34 86%Direção e Coordenação da Política de Saúde Pública 34.720.486,00 41.264.775,39 119%Qualificação do Controle Social 1.665.615,00 26.024,13 2%? Confesaude – conferências e plenárias em saúde 864.075,00 0 0%? Conseentor – conselho de entorpecente 123.000,00 0 0%? Consaneam – conselho de saneamento 152.800,00 0 0%? Consesaude – conselho estadual de saúde 525.740,00 26.024,13 5%Funcionamento da Escola de Saúde do Governo 1.320.000,00 0 0%Funcionamento das Unidades de Saúde Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos 4.846.010,00 988.973,35 20%Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 9.881.482,00 5.969.485,35 60%Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 8.728.553,00 2.704.627,63 31%Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 2.607.400,00 806.461,60 31%Unidade Hospitalar Dr. Juvêncio Matos 14.295.644,00 5.303.243,39 37%Maternidade Benedito Leite 5.665.198,00 2.829.290,03 50%Posto de Assistência Médica/Diamante 7.331.999,00 3.044.222,98 42%Instituto Oswaldo Cruz 12.706.559,00 3.916.095,60 31%Posto de Assistência Médica/Cidade Operária 5.426.291,00 4.820.973,75 89%Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo 2.712.604,00 775.756,45 29%Maternidade Marly Sarney 10.061.655,00 8.197.213,06 81%Unidade Hospitalar Presidente Vargas 8.202.159,00 3.429.178,57 42%Supervisão de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão 17.524.436,00 7.221.458,68 41%Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco 5.982.559,00 5.690.462,20 95%Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz 9.059.209,00 4.869.985,77 54%Hospital Regional Laura Vasconcelos 2.529.582,00 1.670.157,79 66%Hospital Regional Dr. Carlos Macieira 2.192.556,00 1.985.847,28 91%Hospital Regional Adélia Matos Fonseca 2.931.243,00 2.856.836,21 97%Hospital Regional Antônio Pontes de Aguiar 3.243.218,00 944.320,25 29%Hospital Francisca Melo 3.016.094,00 2.688.000,00 89%Unidade Mista de Carutapera 2.779.156,00 2.598.000,00 93%Centro de Saúde da Vila Esperança 607.128,00 125.250,59 21%Centro de Saúde da Liberdade 705.759,00 312.521,72 44%Centro de Saúde Dr. Genésio Ramos Filho 1.030.925,00 0 0%

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Posto de Assistência Médica do Filipinho 661.646,00 147.990,32 22%Centro de Saúde do Turu 645.440,00 113.175,80 18%Centro Odontológico da Alemanha 1.047.337,00 595.113,06 57%Centro de Saúde do Vinhais 1.518.648,00 637.405,31 42%Fundo Estadual Antidrogas 719.480,00 0 0%Hospital Dr. Adelson de Sousa Lopes 5.644.369,00 3.141.780,58 56%Hospital Theoplistes Teixeira Filho 601.950,00 196.978,08 33%Unidade Materno Infantil de São Bento 1.968.984,00 0 0%Hospital Dr. José Murad 2.227.095,00 1.805.447,73 81%Hospital Regional Alexandre Mamede Trovão 2.055.743,00 600.000,00 29%Centro de Saúde do Cohatrac 1.355.380,00 253.329,35 19%Hospital Alarico Pacheco 172.000,00 0 0%TOTAL 434.258.443,00 225.663.072,74 52,0%

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em Julho de 2005

Neste ano prossegue a não execução do valor orçado, agora com uma queda de aplicaçãopara 52%. Essa pequena execução se reflete em diversas atividades, como a de proteção erecuperação da saúde da mulher, da criança, do adolescente, do trabalhador e do idoso, que deum orçamento de R$ 4.283.674,00, apenas R$ 493.343,41 (12%) foi executado. No entanto, há uma pequena elevação nominal no montante de recurso executado em relação ao ano de 2003.

O programa de promoção da saúde e controle de doenças e agravos prioritários executousomente 25%, ou R$ 11.941.207,24 de um total de R$ 48.464.745,00.

As únicas atividades que mais uma vez tiveram uma elevação de recursos e de aplicaçãoforam aquelas ligadas ao fornecimento de água e dos serviços de saneamento, como o projetosanear e o projeto alvorada.

7.6 - Gastos com criança e adolescente em saúde 2005

Os recursos para a saúde em 2005 tiveram uma forte recuperação em relação ao anoanterior. De uma projeção de R$ 376.344.693,00 foi executado R$ 338.385.769,00 ou 89,91%.

No entanto, a boa recuperação não se expressa no conjunto de programas, atividades e ações. Um exemplo disto são as ações do programa promoção da saúde, prevenção e controle dedoenças, que teve execução de 29,14%. A atividade de proteção e recuperação da saúde damulher, da criança, do adolescente, do trabalhador e do idoso, de um valor orçado de R$4.712.094,00 executou somente R$ 1.400.332,00.

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TABELA XXX - GASTOS COM SES 2005CRIANÇA E ADOLESCENTE /

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de Doenças eAgravos Prioritários

40.925.256,00 11.926.970,00 29,14%

Proteção e Recuperação da Saúde da Mulher, da Criança, doAdolescente, do Trabalhador e do Idoso

4.712.094,00 1.400.332,00 29,72%

Controle das DST / AIDS 5.999.388,00 1.345.295,00 22,42%

Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Bucal 1.030.185,00 8.881,00 0,86%

Saúde da Família 4.999.945,00 29.067,00 0,58%

Proteção e Recuperação da Saúde Mental 1.288.488,00 20.096,00 1,56%

Controle e Erradicação de Doenças Transmissíveis, NãoTransmissíveis e Endêmicas

18.408.000,00 8.335.956,00 45,28%

Vigilância em Saúde Pública 4.487.156,00 787.342,00 17,55%Promoção e Proteção à Saúde em Vigilância Sanitária 1.693.000,00 1.107.445,00 65,41%Manutenção das Ações de Vigilância Sanitária 1.200.000,00 13.361,00 1,11%Licenciamento e Inspeção dos Estabelecimentos de Saúde 493.000,00 1.094.085,00 221,92%Criança Futuro 6.569.161,00 7.472.138,00 113,75%Leite é Vida 6.108.161,00 7.451.353,00 121,99%Saúde Bucal da Criança 461.000,00 20.785,00 4,51%Saúde Dez 66.736.674,00 105.174.086,00 157,60%Implantação do PDR – Plano Diretor da Regionalização 9.638.490,00 28.734.079,00 298,12%Assistência Médica Qualificada e Gratuita 10.014.767,00 51.227.783,00 511,52%Controle, Regulação e Avaliação do SUS 1.677.970,00 228.917,00 13,64%Assistência Farmacêutica 38.327.243,00 21.476.506,00 56,03%Reforço da Rede de Serviço 2.097.000,00 2.009.981,00 95,85%Saúde Preventiva na Escola 4.981.204,00 1.496.819,00 30,05%SANESTADO 14.700.612,00 16.734.821,00 113,84%Projeto Sanear 14.700.612,00 16.734.821,00 113,84%Otimização de Sistemas 41.000.000,00 48.273.835,00 117,74%Água para todos 41.000.000,00 48.273.835,00 117,74%Controle Antidrogas 3.173.319,00 965.798,00 30,43%Implantação de CAPS 749.950,00 2.511,00 0,33%Sistema Interinstitucional das Ações Antidrogas – SIAAD 1.265.801,00 0,00 0,00%Proteção e Recuperação de Dependentes Químicos 1.157.568,00 963.288,00 83,22%Gestão da Política de Saúde Pública 55.137.602,00 48.532.866,00 88,02%Instalação da Escola de Saúde do Governo 2.390.000,00 17.891,00 0,75%Apoio à Administração Pública 4.532.390,00 4.812.166,00 106,17%Direção e Coordenação da Política de Saúde Pública 47.211.170,00 43.648.199,00 92,45%Qualificação do Controle Social 284.006,00 52.850,00 18,61%Funcionamento da Escola de Saúde do Governo 720.036,00 1.760,00 0,24%Funcionamento das Unidades de SaúdeCentro de Saúde Dr. Paulo Ramos 2.901.840,00 779.834,00 26,87%Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 8.909.917,00 9.862.251,00 110,69%Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 8.905.188,00 3.970.374,00 44,58%Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 2.083.998,00 1.077.996,00 51,73%Unidade Hospitalar Dr. Juvêncio Matos 8.738.941,00 5.787.474,00 66,23%Maternidade Benedito Leite 5.383.188,00 5.926.641,00 110,10%Posto de Assistência Médica/Diamante 7.549.056,00 6.500.557,00 86,11%Instituto Oswaldo Cruz 15.657.743,00 2.471.084,00 15,78%

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Posto de Assistência Médica/Cidade Operária 4.445.463,00 4.614.441,00 103,80%Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo 1.113.724,00 802.561,00 72,06%Maternidade Marly Sarney 9.839.500,00 7.551.255,00 76,74%Unidade Hospitalar Presidente Vargas 6.097.350,00 5.514.949,00 90,45%Supervisão de Hematologia E Hemoterapia Do Maranhão 20.438.542,00 9.855.885,00 48,22%Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco 6.706.479,00 8.330.255,00 124,21%Hospital Regional Materno Infantil De Imperatriz 8.820.197,00 9.121.175,00 103,41%Hospital Regional Laura Vasconcelos 2.772.536,00 0,00 0,00%Hospital Regional Dr. Carlos Macieira 3.154.930,00 2.091.314,00 66,29%Hospital Regional Adélia Matos Fonseca 3.792.900,00 3.068.574,00 80,90%Hospital Francisca Melo 3.188.833,00 730.887,00 22,92%Unidade Mista de Carutapera 2.928.500,00 2.526.643,00 86,28%Centro de Saúde da Vila Esperança 468.176,00 0,00 0,00%Centro de Saúde da Liberdade 575.876,00 251.820,00 43,73%Posto de Assistência Médica Do Filipinho 610.824,00 0,00 0,00%Centro Odontológico da Alemanha 1.573.949,00 86.024,00 5,47%Centro de Saúde do Vinhais 1.000.000,00 755.857,00 75,59%Fundo Estadual Antidrogas 120.000,00 0,00 0,00%Hospital Dr. Adelson de Sousa Lopes 4.128.500,00 3.933.017,00 95,27%Hospital Theoplistes Teixeira Filho 869.800,00 252.771,00 29,06%Unidade Materno Infantil de São Bento 639.311,00 0,00 0,00%Hospital Dr. José Murad 2.402.890,00 2.125.376,00 88,45%Centro de Saúde Do Cohatrac 590.918,00 208.795,00 35,33%TOTAL 376.344.693,00 338.385.769,00 89,91%

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em Julho de 2005

Neste ano surgem ações de destaque em termos de dotação orçamentária. A assistênciafarmacêutica que executa R$ 21.476.506,00 é uma delas.

Outras ações tiveram um valor elevado de execução e uma taxa acima da média deaplicação, como a atividade água para todos com 117,74%, projeto sanear com 113,84% e leite évida com 121,99%.

Uma análise retrospectiva dos 06 anos, ao modo de uma conclusão, constata-se que os gastos executados com CeA na área da saúde representaram 1,72% do orçamento em 2000 e8,95% em 2005. É um crescimento considerável. Se analisarmos o crescimento da execução doFundo de Saúde, este sai de 2,03% em 2000 para 9,14% em 2005. No entanto, como se percebeno interior das tabelas de cada ano, o crescimento não se dá de forma homogênea: muitasatividades essenciais têm crescimento irrisório.

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PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativoConselho Estadual da Criança e do Adolescente 92.135,00 31.894,00 34,62%Redução das desigualdades sociaisIntegração social comunitária 615.410,00 427.273,00 69,43%Comunidade solidária 92.863,00 32.988,00 35,52%Promoção Social 11.005.208,00 198.029,00 1,80%Ações de enfrentamento à pobreza 644.000,00 0,00 0,00%Redução dos índices de morbidadePrograma leite e vida 4.336.935,00 5.072.671,00 116,96%Apoio ao desenvolvimento da criança e do adolescenteAtendimento e defesa dos direitos da criança e do adolescente 315.600,00 315.600,00 100,00%Brasil Criança Cidadã 1.105.960,00 103.600,00 9,37%Abrigo à criança e ao adolescente 420.354,00 49.560,00 11,79%Erradicação do trabalho infantil 1.100.989,00 2.444.607,00 222,04%Atendimento a crianças em creches 2.225.153,00 976.457,00 43,88%Assistência integral à criança e ao adolescente 211.000,00 0,00 0,00%Geração de ocupação e rendaGeração de rendas 220.999,00 1.679,00 0,76%TOTAL 22.386.606,00 9.654.358,00 43,12%

8 - ANÁLISE DOS GASTOS COM CRIANÇA E ADOLESCENTE EM ASSISTÊNCIA SOCIAL2000A2005

Os gastos com CeAna área de assistência social, com recursos vinculados à Secretaria deEstado do Desenvolvimento Social - SEDES, tiveram uma involução nos últimos 06 anos.AprópriaSecretaria em 2000 executou o equivalente a R$ 34.687.191,00 chegando em 2005 a R$13.068.523,00. Esta redução de gastos, e por conseguinte, redução das finalidades da Secretarianão têm sentido ao detectarmos que os baixos indicadores sociais persistem ao longo destesanos, dando-lhe o sentido de existir.

8.1 - Gastos com criança e adolescente em assistência social 2000

Em 2000 os gastos com crianças e adolescentes na área da assistência social, inscritos naSEDES, não executaram nem a metade do seu orçamento inicial, ficando nos patamares de43,12%. Dentre as atividades com maior nível de aplicação está a de erradicação do trabalhoinfantil, com 222,04% e a mais baixa a de promoção social, com 1,80%. Destacando que houve várias atividades fundamentais sem nenhuma execução, como ações de enfrentamento a pobrezae assistência integral a criança e ao adolescente.

TABELA XXXI - GASTOS COM CRIANÇA E ADOLESCENTE / SEDES 2000

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2000

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Do total dos gastos selecionados e executados, R$ 9.654.358,00, mais da metade serefere ao programa leite é vida, com R$ 5.072.671,00, o que caracteriza a visão assistencialistadas ações de assistência social neste ano.

8.2 - Gastos com criança e adolescente em assistência social 2001

A somatória dos gastos com CeA, desenvolvidos na SEDES, em 2001, tiveram umaexecução da ordem de 91,29%, superior ao ano anterior, no entanto, isto não significou aumentode recursos, ao contrário. Enquanto em 2000 executou-se R$ 9.654.358,00, no ano de 2001atingiu-se o valor de R$ 8.919.844,76.

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.Apoio AdministrativoConselho Estadual da Criança e do Adolescente 92.135,00 28.527,55 31%Redução das Desigualdades SociaisIntegração Social Comunitária 615.410,00 469.383,79 76%Comunidade Solidária 112.849,00 84.549,22 75%Promoção Social 4.524.338,00 620.246,45 14%Ações de Enfrentamento a Pobreza 263.416,00 0,00 0%Desenvolvimento Social 227.686,00 50.000,00 22%Apoio ao desenvolvimento da Criança e do adolescenteAtendimento e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente 543.666,00 441.099,04 81%Brasil Criança Cidadã 742.675,00 44.112,35 6%Assistência Integral a Criança e ao Adolescente 74.891,00 425.166,07 568%Abrigo a Criança e ao Adolescente 297.475,00 12.600,00 4%Erradicação do Trabalho Infantil 737.705,00 5.854.653,44 794%Atendimento a Criança em Creches 1.448.586,00 889.506,85 61%Geração de Ocupação e RendaGeração de Renda 89.627,00 0,00 0%TOTAL 9.770.459,00 8.919.844,76 91,29%

TABELA XXVII - GASTOS COM CRIANÇA E ADOLESCENTE / SEDES 2001

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2001

A redução refletiu-se na baixa execução de quase todas as atividades, exceção para asatividades de assistência integral à criança e ao adolescente, que de uma previsão de R$ de R$74.891,00 chegará a uma execução de R$ 425.166,07 e de erradicação do trabalho infantil, quechegara ao nível de 794% de aplicação, respondendo por mais da metade do total de recursosexecutados.

Outro destaque neste ano é o atendimento de criança em creche, que atingiu R$889.506,85,contrastando com a atividade de abrigos que executa somente 4%, de um total de R$297.475,00.

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PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativo

Conselho Estadual da Criança e do Adolescente 77.367,00 100.345,61 130%

Redução das desigualdades sociais

Integração social comunitária 584.614,00 469.057,85 80%

Comunidade Solidária 111.516,00 157.496,20 141%

Promoção Social 646.500,00 859.978,62 133%

Ações de enfrentamento à pobreza 263.000,00 0,00 0%

Desenvolvimento Social 227.550,00 3.502.790,13 1539%

Apoio ao desenvolvimento da criança e do adolescente

Atendimento e defesa dos direitos da criança e do adolescente 603.248,00 345.318,12 57%

Brasil Criança Cidadã 736.398,00 21.514,49 3%

Assistência Integral à criança e ao adolescente 75.000,00 208.466,55 278%

Abrigo à criança e ao adolescente 297.100,00 3.415,50 1%

Erradicação do Trabalho Infantil 674.000,00 4.219.602,81 626%

Atendimento às crianças em creches 1.006.750,00 311.885,16 31%

Geração de ocupação e renda

Geração de renda 89.600,00 0,00 0%

TOTAL 5.392.643,00 10.199.871,04 189,14%

8.3 - Gastos com criança e adolescente em assistência social 2002

Em 2002 há um alto percentual de aplicação da somatória dos programas, atingindo os189,14%, o que equivale a R$ 10.199.871,04. Como se percebe, apesar da elevada aplicação, omontante é praticamente o mesmo do valor executado em 2000.

TABELA XXXIII - GASTOS COM SEDES / 2002CRIANÇA E ADOLESCENTE

Fonte:SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2002

O destaque neste ano é o aumento significativo dos gastos executados com o conselhoestadual dos direitos da criança e do adolescente, que passa de R$ 28.527,55 em 2001 para R$100.345,51 em 2002.

Esse ano será marcado pela elevação das atividades vinculadas ao programa de reduçãodas desigualdades sociais. Serão elevadas as execuções das atividades de desenvolvimentosocial, que atinge, após uma dotação inicial de R$ 227.550,00, o montante de R$ 3.502.790,13, apromoção social, com 133%, e a comunidade solidária, com 141%.

Já as atividades do programa de apoio ao desenvolvimento da criança e adolescente têm,tanto o volume, quanto a taxa de aplicação, reduzidos. A atividade de creches com R$ 311.885,16e atendimento e defesa com R$ 345.318,12.

8.4 - Gastos com criança e adolescente em assistência social 2003

No ano de 2003, verifica que se mantém um patamar elevado de aplicação, atingindo opatamar de R$ 123,15%. Mas contraditoriamente, é neste ano que se dá a execução do menormontante, R$ 7.563.774,49.A

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TABELA XXXIV - GASTOS COM / SEDES 2003CRIANÇA E ADOLESCENTE

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2003

Essa redução é vista em praticamente todas as atividades, principalmente as ligadas àredução das desigualdades, como a de desenvolvimento social, que sai de R$ 3.502.790,13 em 2002 para R$ 589.818,46.

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativo

Conselho Estadual da Criança e do Adolescente 92.220,00 32.788,01 36%

Redução das desigualdades sociais

Integração social comunitária 785.300,00 174.541,30 22%

Comunidade Solidária 330.260,00 82.962,38 25%

Promoção Social 747.080,00 220.683,10 30%

Desenvolvimento Social 149.640,00 589.818,46 394%

Apoio ao desenvolvimento da criança e do adolescente

Atendimento e defesa dos direitos da criança e do adolescente 1.100.600,00 526.919,66 48%

Brasil Criança Cidadã 150.000,00 133.874,40 89%

Assistência Integral à criança e ao adolescente 203.600,00 151.682,81 75%

Erradicação do Trabalho Infantil 1.749.480,00 4.933.682,05 282%

Atendimento à crianças em creches 833.700,00 716.822,32 86%

TOTAL 6.141.880 7.563.774,49 123,15%

As atividades de apoio ao desenvolvimento da criança e adolescente, apesar da baixaaplicação, mas os montantes executados foram superiores ao ano anterior. A atividade de defesade direitos executou R$ 526.919,65, portanto superior aos R$ 345.318,12 de 2002. Assim ocorreucom a atividade de atendimento em creche.

Este ano, mais uma vez, teve a atividade de erradicação do trabalho infantil respondendopor quase 70% do total de recursos executados.

8.5 - Gastos com criança e adolescente em assistência social 2004

A partir deste ano, os gastos com CeA na área de assistência social são selecionadas edetalhadas nos programas e atividades constantes na SEDES e no FEAS.

As ações, programas e atividades, nesta área, também foram afetadas com a crisefinanceira, no entanto, nota-se que há um aumento do volume de recursos executados, atingindo,na SEDES, o montante de R$ 11.339.879,32. Já o FEAS, que tinha um valor orçado de R$16.210.039,00 e executou ao final do ano apenas 37% deste montante.

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TABELA XXXV - GASTOS COM SEDES 2004CRIANÇA E ADOLESCENTE /

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em Julho de 2005

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Apoio à Promoção Social 1.600.410,00 1.640.264,21 102%

Promoção do Acesso ao Trabalho e Renda 5.343.176,00 2.110.801,55 40%

Gestão da Política Social 4.685.894,00 7.588.813,56 162%

Operacionalização de Conselhos de Política Social 93.345,00 26.113,40 28%

Conscrianca – conselho estadual da criança e do adolescente 18.360,00 9.700,39 53%

Consmulher – conselho estadual da mulher 21.500,00 0 0%

Conassisten – conselho estadual de assistência social 14.800,00 5.391,78 36%

Conseidoso – conselho estadual do idoso 14.275,00 3.746,23 26%

Contrabalho – conselho estadual do trabalho 24.410,00 7.275,00 30%

Apoio à Administração Pública 1.134.700,00 1.544.834,98 136%

Direção e Coordenação da Política Social 3.457.849,00 6.017.865,18 174%

SUBTOTAL 11.629.480,00 11.339.879,32 98%

FUNDO ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-FEAS

Apoio à Promoção Social 16.210.039,00 5.936.659,15 37%

Moradias para População Rural Carente 923.800,00 2.698,75 0%

Moradias para População Urbana Carente 1.000.000,00 798.282,50 80%

Viva Luz 6.000.001,00 470.059,29 8%

Proteção e Promoção Social da Juventude 3.711.748,00 1.800,00 0%

? Juventude – atendimento a juventude 149.000,00 1.800,00 1%

? Musica choro – clube do choro 1.155.870,00 0 0%

? Semáforo – crianças e adolescentes em semáforo 2.364.722,00 0 0%

? Jovemvida – jovens de bem com a vida 42.156,00 0 0%

Fortalecimento da Política de Assistência Social 1.085.620,00 401.753,54 37%

Benefícios Assistenciais 364.000,00 291.945,53 80%

Proteção e Promoção de Comunidades Quilombolas 156.300,00 0 0%

Proteção e Promoção Social da Mulher 27.400,00 0 0%

Revitalização de Equipamentos Sociais da Rede de Proteção Social 441.000,00 277.645,08 63%

Proteção e Promoção Social da Pessoa Idosa 444.116,00 143.997,71 32%

Proteção e Promoção Social da Pessoa Portadora de Deficiência 330.010,00 7.040,00 2%

Proteção e Promoção Social da Criança e do Adolescente 1.706.044,00 3.541.436,75 208%

? Petirenda – capac.p/geracao de renda das famílias do peti 159.000,00 1.012.801,95 637%

? Combasexy – combate abuso e expl.sexual criancas/adolesc. 150.032,00 0 0%

? Erradicação – erradicação do trabalho infantil 973.500,00 2.179.411,80 224%

? Aconchego – implant.de cozinhas comunit.e brinquedotecas 423.512,00 349.223,00 82%

Assistência Integral à Família 20.000,00 0 0%

TOTAL 27.839.519,00 17.276.538,47 62,05%

O destaque neste ano são as atividades que executaram valores bem acima do que lhesera reservado.Aatividade de direção e coordenação da política social teve uma suplementação derecursos na ordem de 74%, atingindo R$ 6.017.865,18. Outra atividade que se destaca é a queincorpora as ações vinculadas à erradicação do trabalho infantil, que sai de uma dotação de R$ 1.706.044,00 para uma execução de R$ 3.541.436,75, ou 208%.

Ao final o montante de recursos da assistência social executado atinge R$ 17.276.5538,47,ou 62,05% do valor orçado inicialmente.A

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Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso 03/02/2006

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Apoio à Promoção Social 436.068,00 466.077,00 106,88%Promoção do Acesso ao Trabalho e Renda 3.830.763,00 4.300.345,00 112,26%Gestão da Política Social 9.423.695,00 8.302.134,00 88,10%Apoio à Administração Pública 1.967.998,00 1.798.582,00 91,39%? Conscrianca – conselho estadual da criança e do

adolescente40.000,00 39.970,00 99,93%

? Consmulher – conselho estadual da mulher 25.000,00 24.940,00 99,76%? Conassisten – conselho estadual de assistência social 25.000,00 21.756,00 87,02%? Conseidoso – conselho estadual do idoso 25.000,00 21.656,00 86,62%? Contrabalho – conselho estadual do trabalho 25.000,00 23.042,00 92,17%? Poltrabalho – gestão da política do trabalho 152.530,00 96.661,00 63,37%? Manutenção – manutenção dos serviços administrativos 1.675.468,00 1.570.558,00 93,74%

Direção e Coordenação da Política Social 7.455.697,00 6.503.552,00 87,23%TOTAL 13.690.526,00 13.068.557,00 95,46%FUNDO ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-FEASApoio à Promoção Social 3.239.580,00 4.059.386,00 125,31%Moradias para População Rural Carente 69.218,00 62.876,00 90,84%Moradias para População Urbana Carente 211.544,00 765.262,00 361,75%Promoção Social do Indígena 99.999,00 4.744,00 4,74%Proteção e Promoção Social da Juventude 10.000,00 10.000,00 100,00%Fortalecimento da Política de Assistência Social 1.095.511,00 1.244.967,00 113,64%Benefícios Assistenciais 149.226,00 73.776,00 49,44%Proteção e Promoção de Comunidades Quilombolas 54.395,00 0 0,00%Revitalização de Equipamentos Sociais da Rede de ProteçãoSocial

496.864,00 366.421,0073,75%

Proteção e Promoção Social da Pessoa Idosa 299.999,00 293.872,00 97,96%Proteção e Promoção Social da Pessoa Portadora deDeficiência

50.000,00 0 0,00%

Proteção e Promoção Social da Criança e do Adolescente 483.584,00 1.126.282,00 232,90%

? Petirenda – capac.p/geracao de renda das famílias dopeti

0 606.282,00 -

? Combasexy – combate abuso e expl.sexualcriancas/adolesc.

100.000,00 0 0,00%

? Aconchego – implant.de cozinhas comunit.ebrinquedotecas

383.584,00 520.000,00 135,56%

Assistência Integral à Família 219.240,00 111.186,00 50,71%

TOTAL 16.930.106,00 17.127.943,00 101,16%

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TABELA XXXVI - GASTOS COM SEDES 2005CRIANÇA E ADOLESCENTE /

8.6 - Gastos com criança e adolescente em assistência social 2005

Em 2005 os gastos com CeA tiveram um montante executado inferior ao ano de 2004,apesar de um nível de aplicação superior. Foram R$ 17.127.943,00 executados para umaaplicação de 11,16%. No entanto, os programas inscritos na SEDES tiveram um pequenoaumento, atingindo os R$ 13.068.557,00.

A drástica redução no valor do Fundo Estadual da Assistência Social é que seráresponsável por essa redução do montante executado. O FEAS inicia o ano com uma previsão deR$ 3.239.580,00 e executa ao final R$ 4.059.386,00. Isto significou gastos irrisórios, ouinexistentes, em algumas atividades, como apoio e proteção das comunidades quilombolas epromoção social do indígena, repetindo, inclusive o que aconteceu no ano anterior. A

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Do total de R$ 4.611.308,00 mais da metade, R$ 2.633.404,00, são gastos com ofuncionamento da Fundação. No programa de articulação municipal, onde se presume estejam asações das medidas sócio-educativas em meio-aberto, a execução foi de 92,55%, atingindo R$898.665,00.

9.2 - Gastos com criança e adolescente na FUNAC 2001

Em 2001, os gastos com Criança e Adolescente tiveram uma execução orçamentária de101,33%, superior, portanto, ao ano anterior, o que foi equivalente a R$ 5.324.841,87.Logicamente que este aumento se dá de forma nominal, pois o programa de medidas sócio-educativas, que no ano anterior atingiu R$ 1.079.239,00 de execução, este ano chega aomontante de R$ 1.137.909,56, ou 80% do valor orçado inicialmente, portanto, praticamente

9 -ANÁLISE DOS GASTOS COM CRIANÇAEADOLESCENTE NAFUNAC - 2000A2005

Os gastos com a Fundação da Criança e do Adolescente foram destacadosseparadamente do conjunto dos gastos da Secretaria, a qual esta se vincula, devido ao papel queesta desempenha especificamente na prestação das políticas de atendimento, especialmente asde medidas sócio-educativas. E também para podermos tê-la no comparativo com outros órgãos.A existência da FUNAC remonta ao período da FEBEM, por isso seu estatuto próprio e seudestaque em separado.

Segundo a Tabela V, o orçamento realizado da FUNAC sai de R$ 4.611.308,00 em 2000 para R$ 7.277.077,00 em 2005, tendo atingido em 2003 R$ 8.025.206,00.

Nas tabelas que se seguem encontram-se os gastos com Criança e Adolescente, ou seja,os gastos da Fundação excluindo as despesas com a previdência social.

9.1 - Gastos com criança e adolescente na FUNAC - 2000

A Fundação da Criança e do Adolescente executou 85,32% do que foi orçado no inicio doano de 2000, no entanto, isso não se deu de forma homogênea. A atividade de medida sócio-educativas, executou 57,64% do que foi proposto inicialmente, como se vê na tabela abaixo.

TABELA XXXVII - FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2000

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2000

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativo

Funcionamento da Fundação da Criança e do Adolescente – FUNAC 2.561.261,00 2.633.404,00 102,82%

Apoio ao desenvolvimento da criança e do adolescente

Programa à articulação municipal 970.957,00 898.665,00 92,55%

Programas sócio-educativos 1.872.350,00 1.079.239,00 57,64%

TOTAL 5.404.568,00 4.611.308,00 85,32%

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PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativo

Funcionamento da Fundação da Criança e do Adolescente 2.978.380,00 3.333.611,05 112%

Apoio ao desenvolvimento da criança e ao adolescente

Programa de articulação municipal 141.000,00 356.192,05 253%

Programa de proteção à criança e ao adolescente 821.598,00 783.714,49 95%

Programa sócio-educativo 526.643,00 1.216.234,80 231%

TOTAL 4.467.621,00 5.689.752,39 127,35%

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Há aqui o destaque para a suplementação de recursos nas atividades de funcionamentodo órgão e do programa de proteção a criança e ao adolescente, que atingiram, respectivamente,113 e 119%.

9.3 - Gastos com criança e adolescente na FUNAC 2002

No ano de 2002, os gastos na FUNAC mantiveram a elevação no percentual de aplicaçãoiniciada no ano anterior. Neste ano chega ao patamar de 127,35%, ou R$ 5.689.752,39, portanto,quase o mesmo montante do ano anterior.

TABELA XXXVIII - FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2001

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2001

O destaque fica por conta da alta aplicação dos recursos orçados para as atividades dosprogramas de articulação municipal e de medidas sócio-educativas. O primeiro atinge 253% e o segundo 231%, no entanto, os montantes são um pouco superiores ao ano anterior: R$356.192,05 e R$ 1.216.234,80, respectivamente.

9.4 - Gastos com criança e adolescente na FUNAC 2003

Em 2003, os gastos com Criança e Adolescente voltam a ter uma baixa aplicação dosvalores orçados, 79,46%. Porém, há uma elevação dos recursos executados, chegando emalguns casos a dobrar os valores envolvidos, como na atividade do programa de proteção àcriança e ao adolescente, que aplicou 71%, mas teve um volume de R$ 1.388.555,63, superior aosR$ 783.714,49 do ano anterior.

TABELA XXXIX - FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2002

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2002

PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio Administrativo

Funcionamento da Fundação da Criança e do Adolescente 2.789.662,00 3.141.685,70 113%

Apoio ao Desenvolvimento da Criança e do Adolescente

Programa de Articulação Municipal 382.455,00 256.887,90 67%

Programa de Proteção a Criança e ao Adolescente 661.580,00 788.358,71 119%

Programa Sócio-Educativo 1.421.117,00 1.137.909,56 80%

TOTAL 5.254.814,00 5.324.841,87 101,33%

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PROGRAMA / ATIVIDADE ORÇ. EXEC. APLIC.

Apoio administrativo

Funcionamento da Fundação da Criança e do Adolescente 3.235.649,00 3.782.072,01 117%

Apoio ao desenvolvimento da criança e ao adolescente

Programa de articulação municipal 200.500,00 298.829,33 149%

Programa de proteção à criança e ao adolescente 1.959.618,00 1.388.556,63 71%

Programa sócio-educativo 3.952.474,00 1.958.982,92 50%

TOTAL 9.348.241,00 7.428.440,89 79,46%

TABELA XL - FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2003

Fonte: SIAFEM. Balanço Geral do Estado de 2003

Em relação às medidas sócio-educativas, apesar da baixa aplicação, houve um aumentodo montante executado, chegando a R$ 1.958.982,92.

9.5 - Gastos com criança e adolescente na FUNAC 2004

A redução na aplicação prossegue em 2004 na FUNAC. Neste ano a somatória dosprogramas executados chega ao montante de R$ 5.994.968,92, inferior ao ano de 2003 tanto emvolume, quanto em patamar de aplicação.

Na tabela a seguir é detalhado o gasto com a Fundação, o que possibilita visualizar asações integrantes de cada atividade e assim onde se processa a não execução dos recursosorçados.

TABELA XLI - FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2004

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

PROTEÇÃO ESPECIAL A CRIANÇA E ADOLESCENTE 7.683.256,00 5.994.968,92 78%Administração e Gestão da FUNAC 3.357.355,00 4.454.829,16 133%? Capacitação – capacitação dos servidores 59.620,00 14.724,46 25%? Pessoal – despesas com pessoal e encargos 2.813.920,00 4.164.659,52 148%? Func. Funac – funcionamento da funac 483.815,00 275.445,18 57%Implementação do ECA 139.630,00 8.928,76 6%? Protege – municipalização de ações protetivas 75.830,00 0 0%? Municipaliz – municipalização de mse em meio aberto 63.800,00 8.928,76 14%Atendimento à Crianças e Adolescentes em Situação de Risco 1.638.517,00 592.691,05 36%? Quilombos – ações afirmativas junto a c/a quilombolas 57.280,00 9.578,60 17%? Egresso – apoio e acompanhamento a adolescente egressos 53.500,00 3.859,58 7%? Abrigo – atendimento a c/a em abrigos 850.458,00 417.877,84 49%? Meioaberto – atendimento em meio aberto 70.800,00 830,8 1%? Trabalho – colocação do adolescente no trabal. Educativo 115.200,00 42.677,03 37%? Unidprofis – profissionalização e produção 351.399,00 117.867,20 34%? Reviproduto – revitalização dos espaços de produção 139.880,00 0 0%? Apoio psico-social à família 291.040,00 73.261,40 25%? Apoiofam – apoio psico-social a família sem dotação 19.998,80 100%? Família – apoio psico-social a família 291.040,00 53.262,60 18%

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Atendimento à Adolescentes em Conflito com a Lei 2.256.714,00 865.258,55 38%? Reciclarte – arte em papel 241.157,00 2.421,20 1%? Regionaliz – implant.de unid.de atendimento regionalizadas 294.457,00 0 0%? Provisória – medida acautelatória de internação provisória 361.000,00 217.136,22 60%? Internação – medida socio-educativa de internação 782.100,00 451.520,57 58%? Liberassis – mse de liberdade assistida 143.000,00 56.205,66 39%? Semiliber – mse de semiliberdade 389.600,00 131.219,86 34%? Plantão – plantão interinstitucional 45.400,00 6.755,04 15%TOTAL 7.683.256,00 5.994.968,92 78%

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Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em Julho de 2005

Observa-se que somente a atividade de administração teve execução superior ao valororçado.As demais, com destaque, para a atividade de atendimento a adolescente em conflito coma lei, tiveram uma baixíssima aplicação, isso em virtude, não do aumento do valor orçado, mas daredução dos valores executados.

9.6 - Gastos com criança e adolescente na FUNAC - 2005

A execução dos gastos com Criança e Adolescente na FUNAC em 2005 é caracterizadapor um aumento da aplicação e de volume em relação ao valor executado em 2004. O valor atingeo montante de R$ 6.731.784,00, ou 90,91% do orçado inicialmente.

Esse aumento se reflete nas atividades de atendimento à criança em situação de risco e noatendimento de adolescente em conflito com a lei. Não é um crescimento homogêneo em todas asações, tais como atendimento em abrigo, com volume de execução inferior a 2004, apesar de umataxa de execução de 111,32%. Outro exemplo, é atividade de medida sócio-educativa de liberdadeassistida, que executará R$ 5.565,00, quando em 2004 executou R$ 56.205,57.

TABELA XLII - FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FUNAC 2005

PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

PROTEÇÃO ESPECIAL A CRIANÇA E ADOLESC ENTE 7.404.632,00 6.731.784,00 90,91%Administração e Gestão da FUNAC 4.468.632,00 4.112.375,00 92,03%? Capacitação - capacitação dos servidores 14.140,00 15.494,00 109,58%? Pessoal - despesas com pessoal e encargos 4.204.632,00 3.863.589,00 91,89%? Funciofunac - funcionamento da funac 249.860,00 233.292,00 93,37%Implementação do ECA 128.000,00 77.587,00 60,61%? Municipaliz - Municipalização de MSE em Meio Aberto 128.000,00 77.587,00 60,61%Atendimento à Crianças e Adolescentes em Situação de Risco 888.000,00 795.541,00 89,59%? Quilombos - ações afirmativas junto a c/a quilombolas 38.762,00 24.904,00 64,25%? Egresso - apoio e acompanhamento a adolescente egressos 22.500,00 10.792,00 47,96%? Abrigo - atendimento a c/a em abrigos 357.053,00 397.467,00 111,32%? Meioaberto - atendimento em meio aberto 41.100,00 0 0,00%? Trabalho - colocação do adolescente no trabal. Educativo 24.700,00 10.092,00 40,86%? Unidprofis - profissionalização e produção 403.885,00 352.287,00 87,22%

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PROGRAMA / ATIVIDADE / PLANO INTERNO DOT. INICIAL LIQUIDADO %

Apoio Psico-Social à Família 224.000,00 90.140,00 40,24%? Família - Apoio Psico-Social a Família 224.000,00 90.140,00 40,24%Atendimento à Adolescentes em Conflito com a Lei 1.696.000,00 1.656.141,00 97,65%? Provisória - medida acautelatória de internação provisória 486.820,00 476.926,00 97,97%? Internação - medida socio-educativa de internação 904.538,00 962.598,00 106,42%? Liberassis - mse de liberdade assistida 15.570,00 5.565,00 35,74%? Semiliber - mse de semiliberdade 246.838,00 195.425,00 79,17%? Plantão - plantão interinstitucional 42.234,00 15.627,00 37,00%TOTAL 7.404.632,00 6.731.784,00 90,91%

O fato preocupante neste ano foi a redução com gasto de pessoal e funcionamento daFundação. Com se vê o nível de aplicação na atividade de administração manteve-se na casa dos90%, com montante de quase R$ 200 mil reais a menos. Disto pode se desprender a pergunta:como a fundação, reduzindo sua estrutura, pode dar conta de sua finalidade, o atendimento decrianças e adolescentes em situação de risco e violação de direitos, algo que só tem aumentadonos últimos anos?

Fonte: SEPLAN. SISPCA. Acesso em Julho de 2005

10 - A EXECUÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA EDOADOLESCENTE - FEDCA- 2000A2005

Já em relação à questão da dotação e execução orçamentária dos recursos do FEDCA, aTabela abaixo é auto-explicativa. Do ponto de vista da dotação, esta evolui de R$ 315.600,00 em2000 para R$ 1.079.300,00 em 2004, tendo em seguida uma brutal redução para R$ 240.00,00 em2005.

Quanto aos patamares de execução, estes seguem um movimento inverso da dotação,decrescendo de 100% de execução em 2000 para 29,07% em 2004, retomando uma grandeexecução em 2005, quando atinge 95%. No entanto, como em outros programas de grandeexecução orçamentária nos últimos anos, o montante executado sofre uma brutal redução. O valorgasto em 2005 (R$ 228.000,00) é inclusive inferior a 2000, quando foi gasto R$ 315.600,00.

O corte abrupto em 2004 dos recursos do FEDCA, por conta do contingenciamento feito pelo Poder Executivo Estadual, através de Decreto nº 20.538/2004, de 40% dos repasses paratodos os órgãos do Estado, inviabilizando as suas ações, foi uma prova de que a mentalidade dosgestores estava mais para a formação de um gerente de caixa de comércio do que de gestorpúblico. Tratou de forma isonômica, o que não poderia, pois senão bastasse o ECA preconizar aprioridade absoluta, o que por si só justifica o tratamento diferenciado, havia amparo financeiro elegal, pois a arrecadação do Estado manteve-se em crescimento no ano de 2004 e os artigo 4º,inciso I, aliena b, e art. 9º, parágrafo 2º, da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelecemcritérios para o contingenciamento, é explicito no que tange a assegurar os recursos para aproteção de crianças e adolescentes.A

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TTABELA XLIII - FEDCA 2000 a 2005

ANO ORÇADO (A) EXECUTADO (B) % B/A

2.000 315.600,00 315.600,00 100,00%2.001 543.666,00 441.099,00 81,13%2.002 603.248,00 345.318,00 57,24%2.003 1.100.600,00 530.491,00 48,20%2.004 1.079.300,00 313.797,91 29,07%2.005 240.000,00 228.000,00 95,00%2006 500.000,00

Fonte:Leis Orçamentárias do Estado dos anos de 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, extraídos do quadro de evoluçãodas despesas do Tesouro. Sobre os dados de execução de 2004 e 2005, dados do SISPCA.

EVOLUÇÃO DO FEDCA

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Evolução do FEDCA comparativamente com Receitas e Orçamento do Governo

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Total dasTransferências (1)

FPE (2)

ICMS*

FEDCA

ORÇAMENTO DOGOVERNO

GRÁFICO XV

GRÁFICO XVI

Neste período de 06 anos, o desempenho do FEDCAé um retrato em miniatura dos gastoscom Criança e Adolescente no conjunto dos gastos orçamentários do Maranhão, ou seja, oscila adotação e a execução ao sabor das intempéries dos ordenadores da despesa do TesouroEstadual. A

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11 - SUGESTÕES PARA O CONTROLE SOCIAL E O MONITORAMENTO DO ORÇAMENTOPÚBLICO

Uma das grandes conquistas da Constituição de 1988 foi o reconhecimento daparticipação direta dos cidadãos na gestão do Estado em suas várias esferas. No textoconstitucional, de fato, estão presentes os marcos da democracia participativa, ampliando oescopo democrático, até então restrito à idéia da democracia representativa, isolada no binômioeleitor e eleito. Foi o momento da redemocratização do País que permitiu a conquista de umconjunto de direitos fundamentais à efetivação da cidadania no Brasil e instaurou os mecanismosdo controle social.

Esta conjuntura permitiu que fossem inscritos no texto constitucional o artigo 14, queinstituiu os instrumentos da democracia semidireta - plebiscitos, referendos e iniciativa popular - como afirmação da soberania popular e da participação da sociedade civil nas decisões políticas,bem como o artigo 27, que estabelece o instituto da iniciativa popular no processo legislativoestadual e o artigo 29, que trata da cooperação das associações representativas no planejamentomunicipal, o que possibilitou importantes mudanças institucionais no nível local. Além dessas,foram previstas outras possibilidades de participação direta, presentes nos arts. 194, 198, 204, 206e 227 que indicaram que a gestão administrativa da Seguridade Social (Saúde, Previdência eAssistência Social), da educação e da criança e do adolescente deveria ter caráter democrático edescentralizado, o que ampliou a possibilidade de participação da sociedade civil na gestãopública (CUNHA, JARDIM).

A previsão para a institucionalização dos diversos conselhos setoriais ou conselhosgestores de políticas públicas, nas variadas esferas estatais, coloca um desafio na construção deuma sociedade democrática. Tanto os governos quanto a sociedade civil organizada têm deaprender a construir este novo momento. Os gestores aprendendo a ouvir e compartilhar decisões.Asociedade civil organizada (associações, ong´s, sindicatos e movimentos sociais) ultrapassandoo limite da reivindicação e passando a co-responsalizar-se pela formulação e gestão das políticaspublicas.

A implementação dos diversos conselhos paritários a partir de 1990,

notadamente os de criança e adolescente, saúde, educação e

assistência social, conforma em definitivo o que se esboçou na

nossa ultima Carta Magna. Essa cultura da participação, inclusive,

vem se ampliando, como se observa em vários municípios com a

criação de conselhos ligados à questão da igualdade racial, da

cultura, do meio-ambiente, do esporte, dos transportes públicos, do

idoso, da mulher, da juventude, etc.(Idem)

Determinante, neste processo de democratização do Estado, foi a implementação dasexperiências de Orçamento Participativo em vários municípios do País, como Porto Alegre a partirde 1988 e, mais recentemente, a construção do PPA (Plano Plurianual) 2004-2007 do GovernoFederal. São processos com o mesmo sentido, qual seja, possibilitar a participação direta docidadão na definição dos seus destinos, expressos na formulação e controle das políticas desaúde, educação, assistência, lazer, cultura, emprego, transporte, moradia etc.A

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Mas se por um lado se constata avanços no arcabouço legal, no sentido de assegurar a participação mais ampla do cidadão no controle do orçamento, por outro lado, contraditoriamente,limita-se a eficácia deste poder decisório da participação. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC101/2000) ao tempo que incorpora as exigências da consulta ampla à população, via audiênciaspúblicas, na elaboração do orçamento, conforme o artigo 48, também estabelece um conjunto deregras para a execução dos gastos públicos, onde sobressai a prioridade dada aos gastos com oscontratos firmados, via operações financeiras, pelos entes federados. A Lei acabou se tornando oálibi dos gestores para não ampliarem gastos com a área social.

Para uma concepção correta do que seria uma lei de responsabilidade fiscal, esta teria queembutir, além das obrigações de limitar gasto com pessoal e dívida pública, a exigência de secumprir com os limites mínimos de gasto, como os 25% para a educação e os 12% com a saúde,ditados pelas normas federais.

11.1 - O papel dos conselhos na elaboração e acompanhamento do orçamento para acriança e o adolescente

Em 2005, cada município foi desafiado a ampliar e pôr em prática a experiência deelaboração democrática das leis orçamentárias: os PPA´s municipais e as Leis de DiretrizesOrçamentárias - LDO´s e Leis OrçamentáriasAnuais - LOA`s.

O PPA, dentre os instrumentos legais, é a peça fundamental, pois dele emana oplanejamento de longo prazo, fundamental para a reversão dos baixos indicadores sociais, namedida em que gera a implantação de políticas públicas com sustentabilidade, contrapondo-se àcultura de gestão publica de curto prazo e geralmente de caráter paliativo. Portanto, o aumento doIPTU, a criação e valor da contribuição sobre o serviço de iluminação, o valor do serviço de água, oaumento do salário do professor, o concurso público, a construção de escolas e postos de saúde, adiminuição da evasão e repetência escolar, a construção de sarjetas, são todos serviços ou obras,devem estar previstos no PPApara 04 anos.

Interferir e contribuir na elaboração democrática do orçamento em suas várias fases emomentos exige uma dinâmica onde o Poder Publico, Prefeitura e Câmara, e a Sociedade Civil seempenhem no aprendizado desta nova cultura da participação. É preciso realizar as audiências etantas reuniões quantas forem necessárias para informar e formar as opiniões e posições sobre asdecisões a serem tomadas.Isso exige tempo e recursos das pessoas e das instituições, bem comocapacitação e estudo, posto que a democracia é um aprendizado e não uma condição inata aosseres humanos.

Sugere-se que os conselhos solicitem do setor da prefeitura responsável pela montagemdo orçamento (ou da Câmara de Vereadores) uma cópia da LDO, da LOA, em vigência e, sepossível, do PPA , e com isso em mãos, convoquem uma reunião ampliada, com conselheiros e todos os interessados, para avaliar estas peças orçamentárias e, embasados, formular as metas ediretrizes para serem incorporadas nas peças que vigorarão a cada ano. Compete, enfim, aosconselhos setoriais e comissões municipais (merenda escolar, FUNDEF, da saúde, da educação,da assistência, do FOME-ZERO, do PETI, do Bolsa Família) diagnosticarem a situação da infânciano município, e, assim embasados, traçarem as propostas para os anos vindouros.

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No entanto, o processo de formulação e o acompanhamento da execução do OrçamentoPúblico são desconhecidos por grande parte da sociedade civil, que, por isso, não exerce aparticipação e pressão popular imprescindíveis para a manutenção do Estado democrático deDireito.

É a partir desta constatação que têm surgido várias experiências de acompanhar oorçamento público e o gasto social. Uma dessas experiências é a metodologia do OrçamentoCriança e Adolescente OCA, que permite monitorar o financiamento das políticas públicasdirecionadas para a criança e o adolescente e, conseqüentemente, aprimorar o controle socialsobre essas políticas. Surgiu no Brasil, em reunião do Grupo Executivo do Pacto pela Infância, emabril de 1995. Hoje, esta metodologia se aperfeiçoou e se difundiu, estando disponível empublicações escritas e eletrônicas, sendo referência o sitio www.orcamentocrianca.com.br,mantido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), Fundo das Nações Unidas para aInfância (UNICEF) e FundaçãoABRINQ.

Após esta exitosa experiência nacional, o desafio atual é tornar efetivo o OrçamentoCriança e Adolescente em cada município. A tarefa a ser desenvolvida pela sociedade civilorganizada, conselhos gestores e instituições governamentais, é saber quantos e quais osprogramas, atividades e projetos, nas áreas da saúde, educação, assistência e lazer, estãovoltados para o atendimento à criança e ao adolescente, e quais os montantes destinados, e sesão, de fato, executados.

Ultrapassados os obstáculos à efetivação do direito, a participação popular encontraentraves na pouca cultura participativa da população, chegando a inexistir um conjunto deentidades organizadas e representativas da sociedade civil na grande maioria dos municípiosbrasileiros, notadamente os do interior do País. Há muito que se sabe que não basta a condição deexcluído para que haja uma reação- esse excluído carece de informação, influência eorganização. Há uma diferença entre necessidade e capacidade de demandar que é preciso

reconhecer; afinal, a necessidade não produz por si identidade, nem tampouco promove a ação 26

coletiva .

Nesse sentido, há que se estar aberto para incorporar sempre o “novo organizativo” ou27formas de auto-organização e representação social que surge no conjunto da sociedade. Estas

formas novas estão surgindo em ultrapassagem das formas tradicionais. Os movimentos sociaisligados a terra, na área rural, os movimentos de sem-teto, em defesa dos favelados, ligados aexpressões culturais, como rap e o hip-hop, o bumba-meu-boi, os clubes de futebol amador, umaheterogênea rede de Ong´s, nas áreas urbanas, devem ser vistos como novas formas deexpressão organizativa e, portanto, ouvidos no processo de democratização do orçamento eformulação e efetivação de políticas publicas.

Concluindo, os Conselhos, além de renovados e abertos aos novos 'representandos”,devem estar estruturados à altura de suas atribuições. Eles precisam ter uma equipe técnicaestável, profissionalizada, com especialistas na área financeira, jurídica e de programas sociais,de modo que estes possam pesquisar e analisar as questões autonomamente, subsidiando osrepresentantes de todos os segmentos presentes em cada conselho.

_________________________26Política Social: o que podemos esperar da participação? - Vera Schattan P. Coelho, Ilza Araújo L. de Andrade, Mariana CifuentesMontoya. Extraído de www.cebrap.org.br, acessado dia 25/03/200527Distingüir e mobilizar: duplo desafio face às políticas governamentais - Alfredo Wagner Berno de Almeida . Extraído de www.revistatipitima.com.br/politicas.htm, acesso dia 05/04/2005.A

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11.2 -Abrindo as contas do governo

A principal forma de se exercer o controle social sobre os gastos sociais é oacompanhamento do processo orçamentário. Ou seja, quando da elaboração, discussão,aprovação e execução dos orçamentos anuais e dos planos plurianuais é que o cidadão e acidadã, direta ou indiretamente, pode fiscalizar e interferir na alocação dos recursos de modo queestes venham cumprir a sua finalidade.

De um modo geral, com a evolução tecnológica, todo o processo orçamentário encontra-seinformatizado, com isso possibilitando o seu acesso, não só pela via impressa, mas também pelacanais eletrônicos, intranet´s e internet´s. No Brasil, há alguns anos, o orçamento federal é aacompanhado eletronicamente, ainda restrito, pelo SIAFI Sistema Integrado de AdministraçãoFinanceira do Governo Federal, e com esta evolução difundiu-se uma tecnologia semelhante paraEstados e Municípios.

O SIAFI é liberado para consulta dos parlamentares federais, além do uso interno do poderExecutivo. No Maranhão tem-se um sistema denominado SIAFEM - Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios, de uso restrito do poder executivo, onde é executado todo oacompanhamento do processo orçamentário do Estado.

Outra experiência é o Portal da Transparência, espaço eletrônico do Governo Federal,onde este divulga todas as despesas realizadas, inclusive os repasses obrigatórios e voluntários

28aos Estados e Municípios .

Recentemente, o Governo do Maranhão implantou um sistema voltado para oacompanhamento do planejamento orçamentário denominado SISPCA - Sistema Informatizadode Planejamento, Coordenação e Avaliação SISPCA, que é, segundo o governo, a ferramenta detrabalho desenvolvida e implantada para dar suporte às atividades de gerenciamento dosprogramas e ações do PPA, nas fases de Planejamento, Coordenação, Monitoramento e

29Avaliação de Programas eAções .

Estes sistemas completam-se, pois o primeiro, o SIAFEM, acompanha em tempo real amovimentação financeira dos gastos do Estado, tanto a movimentação da receita, quanta dadespesa, demonstrando a disponibilidade de caixa e toda a liquidação (pagamento) dasdespesas, enquanto que o segundo acompanha a compatibilização físico-financeiro, ou aprevisão orçamentária, com metas distribuídas nos vários órgãos e programas, face ao processode execução.

São essas ferramentas que têm que estar disponível à consulta dos cidadãos e de suasrepresentações, tanto na esfera do legislativo, como dos diversos conselhos setoriais, como jáocorre em várias unidades da federação e municípios. Isto não seria nenhuma novidade, mas tãosomente o cumprimento das prerrogativas legais contidas na Constituição Federal.

Por fim, a transparência dos gastos públicos teria que avançar para um completoacompanhamento, em tempo real, via Internet, das etapas de execução orçamentária, desde alicitação até o pagamento. O que comprou, quem forneceu, a que valor e com que qualidade,seriam algumas das perguntas que estariam sendo respondidas pelos cidadãos a partir datransparência total._________________________28

29Decreto 19.678 de 26/06/2003 - SISPCA Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. www.seplan.ma.gov.br Acesso em abril de 2005

Endereço: http//: www.portaldatransparencia.gov.br

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PARTE III

CONCLUSÃO

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III - CONCLUSÃO

O trabalho que ora se encerra, vem matizado de uma percepção muito clara, a de que estefica necessariamente inconcluso. Aspecto que deve ser ressaltado em face da natureza e objetivodo que se procurou demonstrar neste estudo, que, sucintamente, é a análise dos gastos sociais com o segmento criança e adolescente, em um determinado período, enfocando aí a priorizaçãode crianças e adolescentes, utilizando-se para tanto o referencial de pesquisa do orçamentocriança- OCA.

É preciso enfatizar, inicialmente, as dificuldades para se acessar os dados. A coleta deinformações para completar este estudo é por si só uma demonstração de quão distantes nosencontramos do controle do orçamento e da transparência na gestão pública. Além disto, apósacesso aos dados, outra barreira decorre da pouca uniformidade na classificação orçamentária. São programas e atividades descritos de forma diferente de um ano para outro, ou mesmo, umanova nomenclatura ou órgão, dificultando uma comparação ou uma análise temporal.

Prosseguindo, mesmo considerando que este é um estudo que dá seqüência a umaanálise mais ampla da realidade na qual se inserem as crianças e adolescentes do Maranhão,iniciada com a pesquisa “Vidas Ameaçadas" e continuada com o “Observatório Criança”, ele porsi só assume a magnitude de lançar uma olhar sobre os números e gerar suas diversasinterpretações. Contudo, do título aos comentários internos, fica subjacente a interpretaçãopreponderante.

Ao conhecermos a dimensão do gasto social, conhecemos não só o dispêndio de recursosorçamentários e financeiros entre os diversos setores de atuação governamental, mas podemosmensurar a importância dada a cada área social e indicar a direção da ação estatal, bem como osajustes realizados por dentro do conjunto da política social, quando detalhada por áreas.

Demonstra-se, logo, que o cenário do planejamento da política para a infância noMaranhão está submetido a uma “esquizofrenia discursiva”, segundo as peças analisadas, o PPA2000/2003 e o PPA 2004/2007. De um lado, a partir do reconhecimento da grande pobreza, aurgência do crescimento; de outro, a exclusão social, com fartos indicadores, impõe odesenvolvimento social. Nesse sentido, os documentos oficiais do planejamento da políticapública demonstram uma continuidade na gestão à frente do governo do Estado, onde todos seencontram na defesa concreta de grandes projetos, com potencial para a disputa do mercadoexterno, como saída para o crescimento, bem como elencam as medidas focadas noassistencialismo como saída para enfrentar o drama da exclusão social.

Quanto ao financiamento da política para infância como obrigação do Estado, observa-seque no período de 2000 a 2005, ocorrem mudanças significativas na implementação das políticaspara a educação, saúde e assistência.

Pela ótica da classificação orçamentária por função, percebe-se que a assistência social involui, em termos de percentuais, na participação geral das despesas do Estado. Em 2000 atingiu0,84% e chegou em 2005 a 0,49%. Em relação aos programas e atividades, isto significou, para alguns anos, uma execução orçamentária menor que os recursos orçados ou, uma execuçãomaior, face um valor proposto menor.

Quanto à função saúde, observa-se no período um crescimento constante. De um patamar

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de 3,16% em 2000, ela chega a 2005 a 8,70%. Ano a ano isto significou um aumento do montanteorçado, no entanto, em termos de atividades e programas, segundo o recurso metodológicoadotado neste trabalho, há uma variação na execução destes valores orçados.

Em relação à educação, esta foi a função que teve o maior crescimento, saindo de 13,25%em 2000 para o patamar de 17,68% em 2005, tendo atingido a obrigação legal somente em 2003,com 25,70%. No geral, na educação ocorreu tanto um aumento do volume de recursos, quantouma elevada execução de programas e atividades em alguns anos.

Salta aos olhos, no entanto, neste período, o desempenho do Fundo Estadual dos Direitosda Criança e doAdolescente, que teve uma brutal redução nos valores executados, diante de umamanutenção dos valores orçados. Para 2005 os R$ 240.000,00 orçados são inferiores aos R$315.600,00 da previsão do ano de 2000, um dado que sintetiza quão frágil é a política setorialvoltada para a criança e o adolescente. Neste aspecto se ressalta tanto a falta de prioridade em relação à infância maranhense quanto a falta de empenho para dar suporte aos mecanismos decontrole social.

Cabe ainda ressaltar a manutenção das verdadeiras prioridades do Governo do Estadoneste período analisado. Os gastos com as atividades intermediárias, entre elas a comunicação,tiveram um forte implemento, como se observou no ano de 2004, onde, em meio acontingenciamentos e cortes de recursos em áreas fundamentais, a Assessoria de Comunicaçãorealizou despesas da ordem de R$ 23.869.002,02 e a Casa Civil R$ 51.792.539,00, enquanto a FUNAC realizou R$ 5.994.968,92. Em 2005, ratifica-se o mesmo cenário: R$ 29.500.480,00 paraa Assessoria de Comunicação, dentro do conjunto dos gastos da Casa Civil, que atingiram R$52.231.732,00, enquanto que a Fundação da Criança e do Adolescente realizou R$ 7.227.077,00,ratificando, infelizmente, o título deste trabalho: Crianças e Adolescentes no Maranhão - umaprioridade fora do Orçamento.

Coloca-se em suspenso não só o montante dos recursos, mas a qualidade dos gastos.Ressalte-se que o foco da Secretaria Estadual de Educação - SEDUC não envolveu ampliaçãodos programas educacionais nem manutenção dos espaços de desportos e lazer/promoção eapoio a essas atividades. Tampouco houve investimento, por parte da SEDUC, em capacitação derecursos humanos do ensino fundamental nem daqueles envolvidos em ensino profissionalizante.Destaque-se, ainda, a redução de 15% de recursos nos programas de educação, atingindodesenvolvimento e manutenção dos ensinos fundamental e médio.

Nesse período, vale destacar que o Maranhão possuía 5,5% de crianças e adolescentesfora da escola, na faixa etária entre 07 a 14 anos, ocupando o 4º lugar dos estados brasileiros quemais tem alunos fora da escola.

Em 2004, apesar da vulnerabilidade social crescente que assolava os maranhenses, os investimentos sociais governamentais para os setores mais vulnerabilizados foram sofríveis:nenhum investimento nas áreas quilombolas, foram executados apenas 4% do previsto nosassentamentos rurais, somente 27% para os indígenas e 3% para pessoas com deficiência.Quanto à inserção de alunos em atividades de geração de emprego e renda, não foi executadonenhum percentual do que estava orçado.

Quanto aos gastos com saúde em 2000, é importante notar os parcos investimentos ou atotal falta de investimento nas unidades de saúde dos interiores e os pífios gastos com a proteçãoda saúde da mulher, da criança e do adolescente (apenas 10,32% do valor orçado). No ano de2001, a mortalidade atingiu principalmente as crianças menores de um ano, com 10,8%, seguidosC

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dos que se encontravam entre um a nove anos, com 3,9%; dos que se encontravam entre 10 a 19anos, com 3,8% e dos que estavam acima de 20 anos, com 12,7%. No período de 2000 a 2001,foram cadastradas nas Unidades de Saúde do Estado, 9.063 gestantes com idade inferior a 20anos (SILVA, 2004, in Observatório Criança).

Quanto aos gastos relacionados à assistência social, em 2000 tiveram execução deapenas 43,12%.

Na área rural, o universo de crianças e adolescentes entre os trabalhadores é de 62,77%,enquanto na área urbana é de 37,23%. A jornada de trabalho é de até 20 horas semanais para43,35% das crianças e adolescentes, de 21 a 39 horas a porcentagem cai para 29% e acima de 40horas atinge 25% das crianças e adolescentes.

Quanto às populações vulneráveis, como indígenas, idosos, quilombolas e pessoas com deficiência, os gastos são ínfimos ou inexistentes. Senão, vejamos: nenhum recurso em 2000,2001, 2002 e 2003. Não foi executado nenhum recurso, em 2004, para proteção e promoção dascomunidades quilombolas, para proteção e promoção social da mulher. Para a proteção epromoção social da pessoa idosa, foi executado 32%, para a pessoa com deficiência, apenas 2%.Para atendimento à juventude, foram executados tão somente 1% e nenhum recurso para a açãoJovem Vida.

Podemos inferir que o Sistema sócio-educativo em funcionamento do Maranhão não temconseguido atender às diretrizes do ECA e da Resolução 005/98, do CEDCA/MA, o que colocacomo urgente a necessidade de ser dotado das condições necessárias para o funcionamento,sendo uma das prioridades para investimento governamental.

No que concerne ao controle social, ressaltamos a baixa liberação dos recursos para oConselho Estadual da Criança e doAdolescente CEDCA(34,62%), nenhum recurso para geraçãode emprego e renda (situação que se repete em 2001 e 2002); somente em 2004, serãoexecutados 40% dos recursos destinados para essa ação. Apenas em 2002, registramos umaexecução acima do orçado para o CEDCA (130%), retornando ao patamar anterior em 2003, com36% de execução e alcançando, 53% em 2004. Em 2005, excepcionalmente, ocorreu umaexecução de 99,93% para o CEDCA(R$ 39.970,00).

Em 2004, não foi destinado nenhum recurso para o Conselho Estadual da Mulher, apenas36% para o Conselho deAssistência Social, 26% para o Conselho Estadual do Idoso e 30% para oConselho Estadual do Trabalho. Frente a esse baixo investimento, os Conselhos enfrentammuitas limitações para exercer o seu papel de propositores e fiscalizadores das políticas públicas.Este elemento evidencia que o modelo de gestão adotado pelo governo estadual não prioriza aparticipação efetiva da sociedade, não cumpre o papel de elaborador, fomentador e executor de políticas públicas que enfrentem o cenário social devastador que assola o Estado. Seu projeto dedesenvolvimento social e econômico não privilegia o desenvolvimento sustentável nem rompeucom os elementos estruturais que condenam a população do Maranhão a viver sem emprego, semrenda, sem moradia, sem terra, sem dignidade.

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COELHO, Vera Schattan P. et al. Política Social: o que podemos esperar da participação. Disponível emhttp:// www.cebrap.org.br.Acesso em 25/03/2005.

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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO. Projeto de Lei de diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2006.19/04/2005.

GERÊNCIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO. Plano de Desenvolvimento Econômico eSocial Sustentável do Estado do Maranhão. São Luis, 2002 (mimeo).

INSTITUTO DE ESTUDOS E ANÁLISES SOCIOECONÔMICAS DO MARANHÃO. Maranhão em dados2003. São Luís: Gerência de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão; IEASE, 2005.

LEI 8069/91. CEDCA/MA Edição comemorativa dos 10 anos do ECA, 2000.

LEI Nº 8.051 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003. Dispõe sobre o Plano Plurianual do Estado do Maranhão parao período 2004/2007.

MACHADO JR, José Teixeira; REIS, Heraldo da Costa. A lei 4.320/64 comentada. 26ª ed. Rio dejaneiro.IBAM.1995

MEDAUAR , Odete; LOPES, Maurício Antônio Ribeiro (org). Constituição Federal de 1988. Coletânea deLegislaçãoAdministrativa. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.

SADECK, Francisco. Metodologia para avaliação, acompanhamento e monitoramento do OrçamentoCriança eAdolescente. Disponível em http://www.orcamentocrianca.org.br.Acesso em abril de 2005.

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ANEXO I

GASTO COM CRIANÇA E ADOLESCENTE – ORÇAMENTO DE 2006

SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

PROGRAMA TOTALIntermediação de Mão-de-Obra 1.267.560,00Qualificação Profissional 2.994.319,00Seguro Desemprego 435.400,00Direção e Coordenação de Política 7.817.630,00Manutenção da Unidade 2.066.412,00TOTAL 14.581.321,00

Fundo Estadual de Assistência Social-FEASPROGRAMA TOTAL

Promoção Social do Indígena 11.507,00Organização e Apoio Social 29.000,00Proteção e Promoção Social da Juventude 10.325,00Fortalecimento da Política de Assistência Social 301.946,00Benefícios Assistenciais 1.440.162,00Revitalização de Equipamentos Sociais da Rede de Proteção Social 300.000,00Proteção e Promoção Social da Pessoa Idosa 399.000,00Assistência Integral à Família 100.000,00Supervisão das Ações da Política de Assistência Social 169.790,00Capacitação Especifica e Sócio-Institucional 496.299,00Proteção e Promoção Social das Populações Afrodescendentes 92.665,00Proteção e Promoção Social da Pessoa com Deficiência 173.600,00Erradicação do Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes 10.000,00Erradicação do Trabalho Infantil 10.000,00Subtotal - FEAS 3.544.294,00TOTAL (SEDES + FEAS) 18.125.615,00

FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNAC

PROGRAMA TOTALImplementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) 386.960,00Atendimento à Crianças e Adolescentes em Situação de Risco 1.058.640,00Apoio Psico-Social à Família 239.680,00Atendimento à Adolescentes em Conflito com a Lei 1.814.720,00Funcionamento da Unidade 4.422.110,00Manutenção da Unidade 277.200,00TOTAL 8.868.868,00

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA TOTALExpansão da Rede Física Escolar do Ensino Fundamental 12.160.000,00Expansão da Rede Física Escolar do Ensino Médio 13.913.025,00Construção de CAP de Necessidade Especiais 1.375.600,00Assistência Alimentar 13.182.500,00Maranhão na Escola 1.520.020,00Educação Escolar Indígena 4.308.900,00Educação e Cidadania 9.905.940,00Saúde na Escola 650.000,00Implementação da Política de Educação no Campo 10.876.301,00Apoio e Desenvolvimento da Gestão Escolar 32.546.870,00Revitalização da Educação à Distância 1.829.000,00Melhoria e Desenvolvimento da Escola 4.938.096,00Informática na Educação - PROINFO 3.738.335,00Avaliação Estadual da Escola Pública 1.000.000,00Educação Física e Práticas Desportivas no Ensino Fundamental 493.000,00Informações e Estatísticas 198.000,00Direção e Coordenação de Política 505.341.721,00Erradicação do Analfabetismo 5.452.065,00Implementação dos Centros de Atendimento aos Portadores de Necessidades Especiais 992.540,00Manutenção da Unidade 8.173.800,00TOTAL 632.595.713,00

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FUNDAÇÃO NICE LOBÃO

PROGRAMA TOTALCapacitação de Recursos Humanos 41.300,00Desenvolvimento do Ensino Formal 95.000,00Fomento ao Ensino Profissionalizante 83.700,00Desenvolvimento do Ensino Médio - CINTRA 80.000,00Funcionamento da Unidade 2.114.945,00Manutenção da Unidade 1.011.150,00TOTAL 3.720.458,00

SECRETARIA DE SAÚDE

PROGRAMA TOTALProjeto Alvorada 9.996.194,00Implantação do PDR - Plano Diretor da Regionalização 25.000.000,00Implantação de CAPS 1.199.636,00Implantação de Sistemas Simplificados 50.776.862,00Implantação e Implementação de Serviços de Saúde da Criança e do Adolescente 1.049.988,00Implantação e Implementação de Serviços Especializados em DST/HIV/AIDS 1.855.800,00Implantação e Implementação das Ações do PASC/PSF 9.324.000,00Implantação e Implementação dos Serviços de Saúde 4.141.628,00Assistência Médica Qualificada e Gratuita 66.931.782,00Leite é Vida 5.000.000,00Qualificação do Controle Social 400.000,00Sistema Interinstitucional das Ações Antidrogas - SIAAD 1.000.000,00Controle, Regulação e Avaliação do SUS 1.194.767,00Saúde Preventiva na Escola 7.500.000,00Proteção e Recuperação de Dependentes Químicos 500.000,00Direção e Coordenação de Política 48.213.263,00Implementação da Escola de Saúde do Governo 980.000,00Eliminação de Hanseníase 1.409.112,004028-Controle das Zoonoses 2.267.403,00Controle da Tuberculose 1.551.418,00Imunização em Pessoas 3.617.743,00Controle, Eliminação e Erradicação de Agravos Transmissíveis, não Transmissíveis e Endêmicas de Relevância Epidemiológica 27.515.487,00Inspeção de Ambientes 2.221.485,00Inspeção de Produtos e Serviços 2.357.793,00Capacitação nas Ações de Promoção e Proteção de Saúde da Criança e do Adolescente 788.300,00Leite Especial 3.719.080,00Mobilização das Ações em DST/HIV/AIDS 3.591.400,00Monitoramento dos Serviços de Assistências Cadastradas no PACS/PSF 2.097.120,00Capacitação de Profissionais da Saúde 2.037.327,00Medicamentos Excepcionais 9.023.463,00Farmácia Básica 29.352.160,00Manutenção da Unidade 12.842.979,00

? Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos 1.837.800,00? Unidade Hospitalar Tarquínio Lopes Filho 15.006.467,00? Unidade Hospitalar Nina Rodrigues 11.440.881,00? Unidade Hospitalar Aquiles Lisboa 2.179.908,00? Unidade Hospitalar Dr. Juvêncio Matos 8.477.383,00? Maternidade Benedito Leite 20.656.739,00? Posto de Assistência Médica/Diamante 6.280.000,00? Instituto Oswaldo Cruz 16.583.680,00? Posto de Assistência Médica/Cidade Operária 6.727.500,00? Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo 2.664.947,00? Maternidade Marly Sarney 2.680.000,00? Unidade Hospitalar Presidente Vargas 9.480.220,00? Supervisão de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão 24.970.286,00? Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco 8.360.000,00? Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz 15.296.607,00? Hospital Regional Dr. Carlos Macieira 3.401.486,00? Hospital Regional Adélia Matos Fonseca 4.815.454,00? Unidade Mista de Carutapera 4.171.651,00? Fundo Estadual Antidrogas 129.600,00? Hospital Dr. Adelson de Sousa Lopes 4.801.000,00? Hospital Dr. José Murad 2.960.547,00

TOTAL 523.336.579,00 AN

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