Análise dos riscos de SMS na Construção Civil

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    o objetivo do conhecimentodos sistemas construtivosutilizados na construo civilAntonio FernandoNavarro. Engenheiro Civil Engenheiro de Segurana do TrabalhoGerente de Riscos do Banco Nacional Professor da Funenseg

    ObjetivoI U I m dos problemas com o quals engenheiros se defrontamno mercado segurador o de verificarque a maioria dos profissionais ligados anlise e taxao de seguros, que en-volvem construo civil,desconhe-cemos aspectos ligadosaesses siste-

    Parte IImas construtivos. Quando muito,aps trabalharem anos a fio nesses ra-mos de seguro, fazem apenas compa-raes com outros tipos de obras jconcludas e cuja experincia em rela-o aos sinistros foi boa.No nos cabe aqui fazer compara-es entre as vrias modalidades deseguros que tratam deste assunto(Riscos de Engenharia, Garantia deObrigaes Contratuais e Responsa-bilidade Civildo Construtor e Geral) enem comentar sobre suas coberturas,uma vez que acreditamos fazer partedo conhecimento obrigatrio de todosquanto trabalham com o assunto. Pro-curamos, sim, comentar sobre as v-rias fases distintas existentes numaconstruo civil,no af de que estesconhecimentos possam trazer ao res-

    ponsvel pelatarifao inmeras van-tagens, traduzidas como:a) Perfeito enquadramento da obrana tarifa;b) _Menorescustos de seguro, emvirtude desse enquadramento;c) Coberturas de seguro maisabrangentes.Como existe venda em todas aslivrariasum infindvelnmero de boaspublicaes sobre o assunto, pormbastante tcnicas e em alto nvel deentendimento, procuramos na prepa-rao deste trabalho no nos aprofun-dar muito nos assuntos doravante tra-tados, para que todos possam ter umnvelde el'Jtendimento que considera-mos mnimo, sobre o assunto. Destaforma, dividimos o trabalho nos se-

    guintes temas:CADERNOS DE SEGURO 11

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    .VIGA CAIXO. "", ' 1:.;.'\.,' .

    PILAR

    SUPE RESTRUTURA

    MESOESTRUTURA

    BLOCO DECOROAMENTOT TU UB BU UL L O O

    ROCHA

    INFRA-ESTRUTURA

    Fig. 1 - Seo transversal de um viaduto (esquemtica)PLANO DE MATRIASDO TRABALHO

    1. Locao de Obra;2. Fundaes;3. Elevao da estrutura;4. Servios de acabamento;5. Comentrios geraissobre o graude sinistralidade de cada evento;6. Concluso.

    Apresentaodo assunto~ oda e qualquer obra civil pode~ ser dividida em trs partes,quer seja para a diviso de tarefas co-mo tambm para a execuo.A primeira parte denomina-se in-fra-estrutura, ou a parte inferior es-trutura. Nelaest compreendida a fun-daco ou o alicerce da construco.Asegunda parte conhecida omomesoestrutura, ou a estrutura inter-mediria. No caso de pontes e viadu-tos, a mesoestrutura compreende ospilares. No caso de edifcios, a me-soestrutura recebeadenominao deestrutura.Finalmnte tem-se a super~strutu-ra, coroando todos ostrabalhos j de-senvolvidos. Nas pontes, a superes-trutura a pista de rolamento ou o ta-buleiro.12 ruNMG

    Locao da obraI U I ma.grande construo com-reende a preparao de vrioseventos, correJatos ou no. O grau decorrelao depende de: Disponibilidade financeira; Disponibilidade de materiais eequipamentos; Prazo de entrega da obra; Facilidade de transportes; Existncia de rea para canteirode obra.

    Desta forma, na locao da obraque procuramos dirimir todas as dvi-das existentes sobre o projeto, monta-mos a equipe tcnica, providenciamosmquinas e equipamentos auxiliaresetc. A organizao do canteiro cal-cada em trs princpios fundamentais,que so: a qualidade na execuo daobra, o cronograma fsico-financeiro ea rea disponvel para as instalaes.A locao da obra, ou o trabalho daconstruo, consiste em se marcar so-bre o terreno previamente limpo a si-tuao exata e e~ real grandeza da fu-tura construo. Enessa operao queso marcados os eixos das fundaes,o recuo do arruamento e os afasta-mentos, se existentes, das edificaesvizinhas. Para tanto, lana-se mo dosseguintes equipamentos: Fitasmagnticas; Piquetes; Rguas-nvel; Esquadros; Borracha de nvel;

    . Mira e teodolito, para o caso degrandes construes ou de constru-es de grande responsabilidade.O emprego da mira e do teodolitose faz sempre necessrio quando aedificao for locada topograficamen-te.Depois dedefinidos todos os pon-tos importantes, cravam-se no terre-no os cavaletes,de marcao e cru-zam-se os arames, que sesituam exa-tamente nos eixos das fundaces. Ospontos de cruzamento dos armessotransportados para o solo por fios deprumo. Por razesde construo, oscavaletes devero estar a 1,60m de al-tura do solo.Paralelamente aessa atividade soconstrudos os galpes do almoxarifa-do, do alojamento e da administraodo canteiro.

    Fig. 2 - Terreno escavado, j com oscavaletes de marcao cravados e osarames-guia esticados

    FundaesI D I efinimos por "fundao" oegmento da edificao quetransmite aosolo todos osesforos re-cebidos, em termos de carregamento.Eladeveser suficientemente resisten-te parasuportar aesforos detoda na-tureza, sob penade danificar ou mes-mo arruinar toda a estrutura.Os esforcos transm-itidos a umafundao cmpreendem:a) Carga Permanente: o carre-gamento constitudo pelo peso pr-prio daestrutura e por todas assobre-cargas fixas;b) Carga Acidental: o carrega-mento constitudo pelas cargas fixa-das nas respectivas normas, posicio-nadas naestrutura naforma maisdes-favorvel;c) Ao do Vento: um tipo decarregamento que considera nos cl-culos a pressoexercida pelo vento so-bre a estrutura;

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    d) Emalguns casos so considera-dos os efeitos da variao de tempe-ratura, re!rao, deformao lenta,choques, vibraes e fadiga e influn-cia do processo de construo.As normas de construo prescre-vem qual deve ser a parcela de cargaque dever ser considerada nos clcu-los dos esforos, por metro quadradode construco.A execco das fundaces oevento que se segue imeditamenteaps a locao da obra. nessa faseque so feitas asescavaes e a mo-vimentao de terra, visando a cons-truco das fundaces. escolha do tipo de fundao de-ver ser de acordo com o tipo de car-regamento, como tambm dacapaci-dade de suporte do solo. De'nadaadianta optar-se por uma fundaoque tenha maior capacidade de carga,seo carregamento a elatransmitido pequeno. Da mesma forma tambmno adianta optar-se por uma funda-o superficial, se a primeira camadado solo pouco resistente. Dessemo-do, a escolha deveser coerente, defor-ma a no onerar muito o custo daobra, como tambm oferecer a mxi-ma segurana.O clculo do carregamento feito

    levando-se em conta o volume e o pe-so dos materiais a serem utilizados, asprescries de norma com relao atividade, eassobrecargas acidentais.A capacidade desuporte do solo de-finida atravsde ensaios, emamostrasextradas por sondagens. Estes en-saios demonstram a capacidade m-xima de resistncia, nas condicesmais adversas. .As fundaces mais comumenteusadas so: .a) Fundao direta: baldrame, sa-pata, radier etc.;b) Fundao profunda: estacas etubules encamizados ou escavados.Fundaco diretaaqela que se apia diretamentena superfcie do solo, ou requer umapequena escavao paratal fim. Pode-mos dizer que setrata de uma funda-o superficial. Osmeios empregadosem tais escavaes so manuais, ou,quando a rea a ser escavada bemgrande, utilizam-se meios mecnicoscomo retroescavadeira, p carregadei-ra, bulldozers. Essetipo de fundaono recomendado nos casos emqueh ocorrncia de gua prxima su-perfcie do solo.a) Baldrame: a denominaoque recebe um "pequeno muro", de

    dimenses na seo transversal redu-zidas, e assentado sob as paredes daestrutura. Pode ser construido compedras de mos (pedras em forma deparaleleppedos, com dimenso mxi-ma de 40 cm) - tambm conhecidocomo muro de cantaria ou muro de al-venaria de pedra aparelhada -, con-creto ciclpico (concreto em cUJacomposio entra no mximo 35% emvolume de pedra de mo, e neste ca-so as pedras tm forma irregular, comum dimetro mximo de 35 cm), alve-naria de tijolos de barro e alvenaria deblocos de cimento. uma fundaoutilizada em construes de pequenaimportncia, tais como residncias deum pavimento, galpes etc., e em lo-cais onde o solo apresenta razovelcompacidade e pouca possibilidadede apresentar recalques (afundamen-to do solo). O maior inimigo deste ti-po de fundao o recalque do solo,j que se trata de uma fundao corri-da e solidria a estrutura, e que umafratura na fundaco ir necessaria-mente se projetar' na edificao.Em terrenos que apresentam mui-ta umidade recomendvel que se uti-lize algum material repelente gua,sobre o embasamento do baldrame, afim de evitar que essa mesma umida-

    ComTrato,a Generali. AcoberturadetodosOSsegurosque a sua~ precisa,pelopreodeum s.ComTrato o seguro dp Generali que, em umanica aplice, garante.as empresas contra incndio,exploso, queda de raio, vendaval, granizo, quedade aeronaves, impacto de veculos terrestres, alaga~mento, tumultos, comoes civis e riscos cong~neres, lucros cessantes total e parcial, roubo e furtoqualificado, perda de valores estacionrios, perdade valores em trnsito, responsabilidade civil, perda

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    CADERNOSDE SEGURO 13

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    h

    //h'//I /,'v,. .Fig. 2 - Representao esquemtica de umbaldrame1 - varivel de acordo com a espessura daparede e com a cargah - de 40a 60cm a -de 10a 20cm1) camada de regularizao de concretocom 10 cm de espessura2) estrutura do baldrame3) camada drenante de areia4) solo onde est assentada a fundao5) parede de alvenaria de tijolo da construode atinja as paredes da edificao, su-bindo por capilaridade. por esse mo-tivo que se v, nas construes anti-gas, o afofamento das paredes na re-gio mais prxima ao rodap.b) Sapata: o elemento estruturalutilizado como fundao, no qual re-corre-se a transmisso da carga pelopilar diretamente para o solo, atravsde um alargamento da base do mes-mo. A esse alargamento denomina-mos de sapata. Assapatas podem serde concreto armado ou mistas, sendoque nesta ltima a base da sapata deconcreto ciclpico e o pescoo deconcreto armado. empregada em terrenos que te-nham pouca possibilidade de recal-que.

    AESTRUTURA DE CONCRETOARMADO

    NIVELDO~TERRENONfvEL DO LENOLDAGUA

    Fig. 3 - Ilustrao do acidente ocorrido emfuno da elevaco do nfvel dguaA - Situao antes da elevao do N.A.B - Situao aps a elevao do N.A.14 rUNMG

    Como o pilar-transmissor das car-gas nasce na sapata, ela deve ser di-mensionada de forma a absorver to-dos os esforcos recebidos e os trans-mitir para o solo. Nodimensionamen-to da base devemos levar em contaque a presso suportada pelo solo de-ve ser maior ou igual ao produto dafora transmitida pelo pilarcom a reada base da sapata. Podemos resumirdizendo que o esforo transmitido pelopilar,dividido pela capacidade de car-ga do terreno, d a rea da base da sa-pata.Quando numa fundao o nmerode sapatas projetadas tal que elaschegam a se tocar nas bordas, opta-sepela construo de um radier, por ra-zes construtivas. Radier uma gran-de lajede concreto armado, de espes-sura mnima de 20 cm, com vigamen-to invertido cruzando-se nos dois sen-tidos, e sobre os quais esto assenta-das as colunas da edifkaco.Costuma-se empregr o radierquando a superfcie da construo pequena em relao ao seu volume equando o terreno homogneo em re-lao a capacidade de carga. Aforaes-tes casos, emprega-se o radier no ca-so de construces com um ou maispavimentos n subsolo e no qual o n-vel dgua est prximo superfcie.No caso de a construco situar-seabaixo do nveldgua, deve-se ter cui-dado com o efeito da subpresso ouempuxo. A subpresso o empuxo hi-drulico atuante nas fundaces de bai-xo para cima. Algumas construes fi-caram clebres por causa desse fen-meno. Cita-se comumente o caso deuma caixa dgua elevada, conjugadaa um reservatrio subterrneo, cuja la-je inferior era o radier da estrutura.Aconteceu da estrutura estar em fasefinalde construo quando caram pe-sadas chuvas na regio. Com o au-mento da pluvosidadesubiu o nveldolenol fretico, gerando como conse-qncia o aumento do empuxo. O re-sultado foique a torre da caixa dguafoi inclinando-se perigosamente, proporo que o radier era levantado(ver figo3).

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    Fig. 4 - Sapata de concreto armado, com aferragem tfpica1) Camada de regularizao de concretomagro2) Base da sapata3) Pescoo da sapata ou pilar solidrio base4) Ferragem de espera do pilar

    Fig. 5 - Sapata mista1) Base escalonada feita com concretociclpico2) Pescoo da sapata em concreto armado

    PI LAR COMFERRAGEMDE ESPERAV

    ..w~Fig. 6 - Radier: constitui-se numa laje de concreto armado com vigamento invertido e sobreo qual nascem os pilares, partindo do cruzamento das vigas

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    o objetivo do co~ecimentodos sistemas construtivosutilizados na construoo civil

    Parte final

    ,,",-...- Antonio Fernando.c.3#""'"'""",,,,,,.r Navarro...-. . .... .Engenheiro Civil.",... :8 Engenhtlirode Segurana do TrabalhoGerante de Riscos do Banco Nacional,t ProfessordaFunenseg..,-. - Fundaot--- profundar;p t' ---.... "- --. ,...."..- -

    '.i. "..-.... . ....;;

    I Qj uando a camada superficial dof-' _...I> '\",i

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    solo atravs de um processo mecani-co;11I- aps atingir-se a profundida-de desejada e efetuada a limpeza dofuro, lana-se a ferragem da estaca;IV - concreta-seo furo;V - arrasa-se a estaca na cota de-sejada para a.fund~o.Existem vrios tipos de estacas deconcreto, que diferementre sipelama-neira de execuo, sendo, porm, queo princpiode funcionamento o mes-moparatodas elas. Paraexemplificar,citaremos alguns tipos de estacasmais comumente utilizadas:Estacas Franki - Osistema Frankiconvencional se faz atravs da pene-trao de um tubo metlico guia, nosolo, mediante a percurso de ummar-telo ou pilo sobre uma rolha de con-creto (tampo), situada no interiordotubo. Aproporo que a rolha vaisen-do apiloada, e o terreno comprimido,faz-se a descida do tubo guia. Quan-do se atinge a cota desejada e a negasuficiente (capacidade de resistnciado solo avaliada pelo afundamentoque o terreno sofre, ao ser apiloado),apiloa-se energicamente a rolha, sol-tando-a do interiordo tubo a, a seguir,enche-se o tubo a intervalos regularescom concreto, que vaisendo compri-midopelomartelo. A proporo que onvelde concreto vai se elevando, o tu-bo guiavaisendo retirado, sendo esteprocedimento repetido at a concreta-gem final.

    Tubo guia -

    o princpiode cravao consiste noseguinte:I - atravs de um pesado cone deao, que solto de uma determinadaaltura, faz-se a perfurao do terreno.11 - aps a execuo do furo,acrescentam-se camadas de concre-to de 30 a 40 cm de altura, que socomprimidas energicamente.111- atingidaa alturanecessria,est pronta a estaca.

    eono.o_1ao~ Nrveloterreno

    2~faseEstacas Zeissl - umaestacase-melhante estaca Frankino seu pro-cesso de cravao, porm, alm de le-var uma armadura em todo o seu in-terior, tem o concreto vibrado.

    Estacas pr-moldadas - Quandoo processo de cravao de uma esta-ca de concreto armado trabalhosoOllproblemtica, devido a exigidadede espao nocanteiro para a locomo-o dos equipamentos, utiliza-sea es-taca pr-moldada.So estacas de concreto arma

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    1 oPonteiramellica

    Fig. 10 - Aspectos usuais das estacas pr-moldadastas, os trilhosferrovirios,podendo sersimples, duplos ou triplos.O sistema de cravao bastantesimples e se faz por percurso commartelos pneumticos ou bate-esta-cas.Este tipo de fundao, principal-mente de perfis, muito utilizado emobras provisrias e at como estacasprancha, no caso de escoramento detaludes ou valas.

    Madeira1ce.

    I

    ',~~ ~e.~e.Proteot;.,O'l/ para9~ a estaca

    Cepo de cravao

    Estacas de madeira - o maissimples e o mais antigo tipo de funda-o que se conhece, j que empregatoras de madeira. Desde os tempospr-histricos, em que os homens mo-ravam em palafitas, j as toras de ma-deira sustentavam as casas, elevan-do-as por sobre o solo, para resguar-dar o homem dos animais.Modernamente so utilizadas emobras provisrias e de curta durao,

    Fig. 11 - Representao esquemtica de perfis metlicos, sendo utilizadosno escoramento de valas (muito encontrados no metr)

    Perfil de trilhos Perfil "U" soldadoFig. 12 - Seo de perfis utilizados como fundao

    Perfil "H" soldado

    j que a madeira requer um tratamen-to especial com produtos qumicos,como tambm no estar sujeita a va-riaes de umidade para que seu tem-po de vida tilseja grande. As madei-ras mais utilizadas so o pinho e o eu-calipto, sendo que as toras so comer-cializadas com um dimetro mximode 35 cm. Emobras no mar comumencontrar-se a maaranduba, prove-niente do Sul da Bahia.Todaa cidade de Veneza, na Itlia,est assentada sobre estacas de ma-deira hj pelo menos 1.000anos. Las toras esto imersas permanente-mente na gua. Aquino Brasiltemoso Teatro Municipal do Riode Janeiro.Quand da escavao da galeria doMetr na vizinhana do teatro teve-seque rebaixar o nveldgua do local e,para que o teatro no sofresse danosmaiores com o ressecamento das es-tacas, construiu-se uma parede ao re-dor das fundaes para que alia umi-dade se mantivesse constante.O sistema de cravao semelhan-te ao das estacas metlicas, s que,neste caso, se protege a cabea da es-taca com umcepo, ou umafitade ao,e afina-se a extremidade damesma ouacrescenta-se uma ponteira metlica.

    AnelMetlico

    Estaca demadeira

    Fig. 13 - Tipos de cepos de cravao

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    Fig. 14 - Estaca de madeiraEm se tratando de cargas recebi-das, a estaca de madeira a que temmenor capacidade de suporte. A car-ga mxima que pode ser suportadapor esse tipo de estaca da ordem de35t, jcomputado o coeficiente de se-gurana.b) Tubules - So elementos es-truturais utilizados como fundaoprofunda, possuindo grande dimetro.Ostubules podem ser de vriostipos:tubulo escavado; tubulo mecaniza-do, com camisa perdida; tubulo combase alargada.Tubulio escavado - um tipo defundao semelhante a uma estaca,quer seja quahto ao sistema constru-tivoou ento quanto ao funcionamen-

    to. Existem duas maneiras de se esca-var o solo para o posicionamento dotubulo. A primeiramaneira a esca-vao manual e a segunda a mecni-ca. O tubulo escavado segue usual-mente a primeiramaneira, j que pos-sui dimetros variando desde 1,80 a2;50m.Normalmente o tubulo escavado empregado em solos no sujeitos adesmoronamentos e em locaisem queo nivel do lenol dgua se encontrabem abaixo da cota mxima de esca-vao.Essasprecauessotomadas 7"-a fim de no sacrificar os operrios.Tubulio mecanizado - Quandoa profundidade de escavao bemgrande e h presena de gua na es-cavao, utiliza-se o tubulo mecani-zado. Nele h o emprego de equipa-mentos mecnicos de escavao, co-mo, por exemplo, o sistema bade.wirth, clamshell, perfuratriz cald-weld etc.Quando hnecessidade da verifica-o dos trabalhos visualmente, utili-za-se a campnula a ar comprimido,que um equipamento a ser acopla-do ao topo do tubulo e no qual inje-ta-se arcomprimido a uma presso talque impede a entrada de gua paradentro do tubulo.

    I contrapesosEJ

    I Entrada ,e pessoalSolo

    Salda do materialescavado Camisa metlicado tubullo

    Terreno a ser pesquisado

    Fig. 15- CampAnulaa ar comprimidoTubulio com base alargada - o mesmo tipo de tubulo, porm h oalargamento da base, como forma dese aumentar a capacidade de carga. Oprocesso inicial consiste em se esca-var o tubulo mecanicamente e, a se-

    yFig. 16-- -

    Rocha

    guir,enviaroperriosao fundo que voalargando a base manualmente.No caso de concretagens espe-ciais, na presena de gua (concreta-gem submersa), usa-se um processojbastante difundido, que utilizao tu-bo Tremie. Osistema o seguinte: 1 -realiza-se a escavao mecnica; 2 -faz-sea limpezaprviadotubo; 3 - in-troduz-se a armao; 4 - lana-se otubo Tremie;5 - concreta-se.O tubo Tremie um tubo ou man-gueira de borracha, que tem preso naextremidade um tampo. Quando secoloca o tubo dentro do furo, deve-seter o cuidado, para que o mesmo es-teja posicionado no furo. Depois des-te cuidado, lana-se concreto dentrodo tubo cm uma determinada pres-so. O concreto solta o tampo e vaiocupar todo o volume do furo. A pro-poro que o niveldo concreto vaisu-bindo, eleva-se gradualmente a man-gueira, tendo-se o cuidado para que amesma permanea permanentemen-te dentro do concreto. Assim que seatingir a altura determinada, retira-seo tubo e remove-se a primeira cama-da de concreto da superficie, tambmconhecida como borra.

    CADERNOSDE SEGURO 11

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    Elevao dasuperestruturaI Al ps a concluso dos serviose fundao, tem incio o le-vantamento da superestrutura da edi-ficao.A superestrutura ou esqueleto doprdio composta de vigas, lajes, pi-lares e paredes. Os pilares so os ele-mentos portantes verticais, que trans-ferem as cargas recebidas para as fun-daes. Lajes ou tabuleiros so os ele-mentos estruturais sobre os quais re-pousam todos os ramos de' atividadedo prdio. As vigas so os elementosintermedirios entre as lajes e os pila-res. Em resumo, temos que a laje trans-mite os carregamentos para as vigas,estas para os pilares e, finalmente, es-tes para as fundaes.Fazendo parte da superestrutura te-mos as paredes, que so os elementosportantes vertica'is de seo delgada.O trmino da superestrutura se dcom a concretagem da ltima laje e aelevao de todas as paredes.

    Servios deacabamentoI A I ps o levantamento da estrutu-a do prdio, tm incio as ope-raes de acabamento. Ela tem inciocom a colocao das telas de proteoestendidas sobre as fachadas e a co-locao das pestanas (plataformas fi-xadas externamente na estrutura, petrs em trs andares).

    Terminad~ a atividade de seguran-12 rUNEtffiJ--

    a, comea-se a emboar as paredesexternas e internas.Entra emoperao a equipe de ins-taladores, para acolocao dasinsta-laes de gua, luz e esgoto.A prxima seqncia o reboco detodas asparedes, aps o qual so as-sentados os pisos, revestimentos dasparedes, rebaixamento de tetos (quan-do houver), colocao de portas eja-nelas e, finalmente, a pintura.A seqncia cronolgica maisusual a seguinte: 1 - operao deproteo; 2 - emboo; 3 - instala-es de luz, gua e esgoto; 4 - tes-tes nas instalaes; 5 - reboco; 6 -pisos eazulejos; 7 - portas ejanelas;8 - pintura.

    Comentriosgerais sobre ograu desinistralidadede cada eventofCl ada even!o ou etapa des~ryi-~ o pOSsUi uma carga de SInIS-!r~lidade que pode variar de grau, de-pendendo de uma srie de fatores e in-

    Local da futuraconstruo

    clusive da equipe supervisora dos ser-v ios. Procuramos comentar, a seguir,as etapas que podem ocasionar umamaior quantidade de sinistros.Locao da obra - Nessa etapa,o maior ndice de sinistros est na mo-vimentao de terra visando a futurasfundaes. As causas dos sinistros po-dem ser devidas aos seguintes fatores:

    1. Sistema deficiente do rebaixa-mento do nivel dgua. A sbita eleva-o do lenol fretico poder aluir oterreno, provocando desmoronamen-tos dos taludes.2. Escavaode terra prxima li-nha divisria do terreno e sem a devi-da proteo, por intermdio de esco-ramentos; Neste caso, o peso dasconstrues vizinhas, anteriormentesuportado pelo terreno, nopodemaisencontrar resistncia e entrar em co-lapso.3. Movimentao de equipamen-tos pesados prxima s edificaes vi-zinhas, que pela vibrao do terrenopode causar danos, como rachaduras.

    Fundaes - Se a fundao forsuperficial, poderemos enquadrar osacidentes no item 2 anterior; porm,sea fundao for profunda teremos:1. Rebaixamento do lenol, acarre-tando recalques nas edificaes vizi-nhas.

    Nvel do lenoldgua antesdo rebaixamento

    Nvel do lenol dguaaps o rebaixamento

    Fig, 17- Rebaixamentodo lenoldgua por meio de ponteiras filtrantesl'well-pointsJ para futura construo

    ~Muro divisrio ".../

    Bate-estacas

    Fig. 18 - Cravao de estacas prxima a uma edificao vizinhac.- Estacaemcravao

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    2. Vibraocausada pelos bate-es-tacas, provocando rachaduras nas ou-tras construces.3. Desmonte de rochas tanto a frioquanto a fogo. Odesmonte a friofei-to com marretas e ponteiras e o des-monte a fogo com explosivos, apster sido feito um furo na rocha commartelete pneumtico.Elevao da estrutura - Existeuma srie de fatores nesta etapa detrabalho que pode resultarem sinistro,e a maior parte dos quais atribudaa descuidos dos operrios. So os se-guintes:1. Objetos e materiais que caem,provocando acidentes em outrasconstrues, carros e pessoas. Osob-jetos mais comuns de cair so: p depedreiro, martelo, talhadeira e baldes,e os materiais so tinta e a massa deemboo e reboo.2. Faltade cuidado na montagemdas formas e na operao de desfor-ma, quando ento existe possibilida-de de carem pedaos demadeira e depainis. Esses tipos de acidentes po-dem ser evitados com a colocaocorreta das pestanas.3. prigo namontagem dos andai-mes, pelas mesmas causas anteriores.4. Torrede ascenso e descida dosoperrios mal fixada, podendo trazer

    l-Ii Tela metlica

    Cabos estaiadospara suporte da lana

    '-. Cabine~ de comando

    ~ Carga

    Base da grua

    SoloFig.20 - Representao esquemtica de uma grua de carga

    perigo para os operrios que a utili-zam, assim como para outros bens lo-calizados nas suas proximidades.5. Grua trabalhando com excessode carga, podendo ocasionar a quedada carga ou a queda da lana dagrua.Servios de acabamento - Nes-sa etapa de servio onde ocorre amenor percentagem de sinistros. Osque ocorrem so devido a acabamen-tos externos. De qualquer forma, asimples colocao dos equipamentosde proteo j reduzem sensivelmen-te os acidentes.

    \(/ Pestana/plataformaI

    ./ Tapumeda obrar~---....-

    Fig. 19 - Exemp/o de protees adotadas na construo de edifcios Concluso

    I A I creditamos ter de~crito aqui,esmo que sumariamente, to-das as etapas de uma construo sim-ples. Se os tpicos foramcomentadossuperficialmente, o foram pelos moti-vos j descritos anteriormente. Comrelao aos comentrios sobre os si-nistros, procuramos abordar os maiscorriqueiros e os de maior incidncia.oCADERNOSDESEGURO 13