Upload
patricia-ross
View
215
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Anatocismo
Citation preview
Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
Poder JudiciárioTribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte
Apelação Cível n° 2013.022347-1
Origem: 1ª Vara Cível da Comarca de São Gonçalo do Amarante/RN.
Apelante : Damião Maria de Menezes
Advogado : Edberto Rodrigo Afonso Smith Júnior
Apelado : BV Financeira S.A. - Crédito Financiamento e Investimento
Advogado : Giulio Alvarenga Reale
Advogada : Amanda de Lima Umbelino Gomes
Relator: Desembargador DILERMANDO MOTA
EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO.
PREJUDICIAL DE NULIDADE DA SENTENÇA,
SUSCITADA PELO RELATOR. ACOLHIMENTO.
SENTENÇA LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA.
APLICAÇÃO DO ART. 285-A DO CPC.
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
CONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO DO
TRIBUNAL LOCAL. SENTENÇA CONTRÁRIA À
ORIENTAÇÃO DESTA CORTE QUANTO À
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. NULIDADE DA
SENTENÇA E RETORNO DOS AUTOS À INSTÂNCIA
DE ORIGEM. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ.
APELO PREJUDICADO.
ACÓRDÃO
Acordam os Desembargadores que integram a 1ª Câmara
Cível deste Egrégio Tribunal de Justiça, em Turma, à unanimidade de votos, acolher a
prejudicial de nulidade da sentença suscitada pelo relator, julgando prejudicado o apelo,
nos termos do voto do relator que integra este acórdão.
1
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
RELATÓRIO
Trata-se de Apelação Cível interposta por Damião Maria de
Menezes em face de sentença proferida pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da comarca
de São Gonçalo do Amarante/RN, que, nos autos da Ação Ação de Revisão de Contrato
Repetição de Indébito C/ Tutel Antecipada nº 0003086-02.2010.8.20.0129, promovida em
desfavor do Bv Financeira S.a. - Crédito Financiamento e Investimento, julgou
improcedentes os pedidos iniciais. Revogou o benefício da justiça gratuita. Condenou,
ainda, o apelante ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios fixados em 20%
sobre o valor atribuído à causa.
Em suas razões, de fls. 56/104, não obstante sua longa
petição, com diversas transcrições de outros votos na íntegra, sustenta, em resumo: a) a
impossibilidade de capitalização mensal dos juros no contrato objeto dos autos; b) a
abusividade da taxa de juros pactuada no contrato, proclamando pela limitação em 12%
ao ano, conforme taxa média de juros de mercado; c) o cabimento da repetição do
indébito em dobro.
Ao final, requer o conhecimento e provimento do apelo para
conceder o benefício da justiça gratuita, declarar a limitação dos juros a 12% ao ano ou a
utilização da taxa selic, a exclusão da capitalização, a repetição do indébito em dobro,
bem como a condenação em honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa.
O apelado apresentou as contrarrazões às fls. 115/136,
pugnando, em suma, pelo desprovimento do recurso.
Instado a se pronunciar, o Ministério Público, por intermédio
da 9ª Procuradoria de Justiça, em manifestação de fl. 155/157, considerando a inexistência
de interesse público, deixou de emitir opinião sobre a lide recursal.
É o relatório.
VOTO
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço do
recurso.2
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
NULIDADE DA SENTENÇA SUSCITADA DE OFÍCIO PELO RELATOR –
APLICAÇÃO DO ART. 285-A DO CPC. IMPOSSIBILIDADE
O magistrado a quo julgou improcedente a pretensão, com
base no art. 285-A do CPC, ao fundamento de que a capitalização mensal de juros é
permitida e de que é livre a pactuação de juros, observada a taxa média do mercado.
Todavia, o julgamento pela técnica do art. 285-A do CPC
pressupõe que o entendimento exarado pelo magistrado de piso esteja de acordo com o
entendimento formado a respeito da matéria pela Corte Estadual à qual vinculado, bem
como aos Tribunais Superiores, o que se convencionou chamar de dupla conformidade.
Nesse sentido, os seguintes precedentes do Superior Tribunal
de Justiça:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO. SENTENÇA LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA. ART. 285-A DO CPC. NECESSIDADE DE CONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL LOCAL E DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. 1. Sentença de improcedência proferida com fulcro no art. 285-A do CPC que, embora esteja em consonância com a jurisprudência do STJ, diverge do entendimento do Tribunal de origem. 2. O art. 285-A do CPC constitui importante técnica de aceleração do processo. 3. É necessário, para que o objetivo visado pelo legislador seja alcançado, que o entendimento do Juiz de 1º grau esteja em consonância com o entendimento do Tribunal local e dos Tribunais Superiores (dupla conforme). 4. Negado provimento ao recurso especial. (REsp 1225227/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/05/2013, DJe 12/06/2013)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. IMPROCEDÊNCIA PRIMA FACIE. ART. 285-A DO CPC. ENTENDIMENTO DO JUÍZO SENTENCIANTE. DISSIDÊNCIA RELATIVA ÀS INSTÂNCIAS SUPERIORES. APLICAÇÃO DA NOVA TÉCNICA. DESCABIMENTO. EXEGESE TELEOLÓGICA. 1. A aplicação do art. 285-A do CPC, mecanismo de celeridade e economia processual, supõe
3
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
alinhamento entre o juízo sentenciante, quanto à matéria repetitiva, e o entendimento cristalizado nas instâncias superiores, sobretudo junto ao Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. 2. Recurso especial não provido. (REsp 1109398/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 16/06/2011, DJe 01/08/2011)
PROCESSUAL CIVIL. ART. 285-A DO CPC. APLICABILIDADE. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA CONTRÁRIA À ORIENTAÇÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM, DESTA CORTE SUPERIOR E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Deve ser afastada a aplicação do artigo 285-A do Código de Processo Civil quando o entendimento do juízo de Primeira Instância estiver em desconformidade com orientação pacífica de Tribunal Superior ou do Tribunal local a que se encontra vinculado. 2. Precedente: REsp 1109398/MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe 1.8.2011. 3. Recurso especial não provido. (REsp 1279570/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/11/2011, DJe 17/11/2011)
No caso em apreço, a fundamentação adotada pelo
magistrado a quo está em dissonância com a jurisprudência consolidada por esta Colenda
Corte Estadual, em especial quanto à possibilidade de capitalização mensal de juros,
senão vejamos:
INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 5º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.170, DE 23 DE AGOSTO DE 2001. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. IMPOSSIBILIDADE. OBRIGATORIEDADE DE LEI COMPLEMENTAR PARA REGULAMENTAR O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. ARTIGOS 192 E 62, § 1º, INCISO III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO DISPOSITIVO. PROCEDÊNCIA DO INCIDENTE. (Argüição de Inconstitucionalidade em Apelação Cível nº 2008.004025-9/0002.00. Relator Des. Amaury Moura Sobrinho, Tribunal Pleno, data 08/10/2008)
Ademais, frise-se que esta Corte Estadual possui o
entendimento de que em alguns contratos denominados como sendo uma cédula de
crédito bancário, são, na verdade, simples financiamento de veículo.4
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
Nesse contexto, a intenção da instituição financeira em
denominar o contrato de financiamento como sendo cédula de crédito bancário, constitui
mero subterfúgio, ferindo frontalmente a boa-fé objetiva, pois o propósito é claramente
beneficiar-se, uma vez que o art. 28, §1º, I, da Lei n.º 10.931/04, permite a incidência da
capitalização mensal de juros.
Destarte, é deveras importante a análise do contrato em
questão de acordo com sua natureza real (financiamento) e não em face do seu nomen
iuris, afastando, dessa maneira, a possibilidade de capitalização mensal dos juros.
Nesse sentido são os julgados deste E. Tribunal:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. DESCARACTERIZAÇÃO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. PRINCÍPIO DO PACTA SUNT SERVANDA. RELATIVIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 5º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.963-17/2000, (ATUALMENTE REEDITADA SOB Nº 2.170-36/2001). MATÉRIA EXAMINADA POR ESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE, JULGADO À UNANIMIDADE PELO PLENO. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO PRESENTE CASO POR FORÇA DO ART. 243 DO REGIMENTO INTERNO DESTE TRIBUNAL. VEDAÇÃO DO ANATOCISMO. RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS A MAIOR. POSSIBILIDADE. MANUTENÇÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL RECÍPROCO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.1 - A denominação do contrato de empréstimo pessoal como sendo cédula de crédito bancário, com o propósito de beneficiar a instituição fornecedora do crédito, colidindo com a boa-fé objetiva, impõe a análise do contrato de acordo com a sua natureza (empréstimo pessoal consignado) e não em face do seu numen iuris.2 - Recurso conhecido e desprovido". (AC n.º 2012.004108-9, Relator Juiz Convocado Artur Cortez Bonifácio, j. em 14.08.2012). (destaquei)
5
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. DESCARACTERIZAÇÃO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. PRINCÍPIO DO PACTA SUNT SERVANDA. RELATIVIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 5º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.963-17/2000, DE 31 DE MARÇO DE 2000 (ATUALMENTE REEDITADA SOB Nº 2.170-36/2001). MATÉRIA EXAMINADA POR ESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE, JULGADO À UNANIMIDADE PELO PLENO. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO PRESENTE CASO POR FORÇA DO ART. 243 DO REGIMENTO INTERNO DESTE TRIBUNAL. VEDAÇÃO DO ANATOCISMO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. CUMULAÇÃO COM DEMAIS ENCARGOS CONTRATUAIS. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1 - A denominação do contrato de financiamento de veículo como sendo cédula de crédito bancário, com o propósito de beneficiar a instituição fornecedora do crédito, colidindo com a boa-fé objetiva, impõe-se a análise do contrato de acordo com a sua natureza (financiamento) e não em face do seu numen iuris. 2 – Recurso conhecido e desprovido." (AC n.º 2010.003450-7, Relator Desembargador Osvaldo Cruz, j. em 27.07.2010). (destaquei)
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. DESCARACTERIZAÇÃO. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS (ANATOCISMO). VEDAÇÃO. SÚMULA 121 DO STF E DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 5º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.170, DE 23 DE AGOSTO DE 2001, QUE AUTORIZAVA A CAPITALIZAÇÃO DE JUROS PELAS INSTITUIÇÕES INTEGRANTES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, PELO PLENÁRIO. VINCULAÇÃO DAS CÂMARAS AO ENTENDIMENTO DO ÓRGÃO PRINCIPAL DA CORTE. CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO". (AC n.º 2012.004108-9, Relator Juiz Convocado Artur Cortez Bonifácio, j. em
6
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
14.08.2012). (destaquei)
Desse modo, diante da impossibilidade de apreciar
diretamente o mérito da questão, sob pena de ofensa aos princípios do contraditório, da
ampla defesa e do devido processo legal, já que o réu ainda não foi citado para apresentar
defesa, não resta outra alternativa salvo anular a sentença recorrida.
Nesse sentido, os seguintes precedentes, das três Câmaras
Cíveis:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL. APLICAÇÃO DO ART. 285-A DO CPC. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DO CONTRATO NOS AUTOS. DILAÇÃO PROBATÓRIA NECESSÁRIA. SENTENÇA NULA.- Havendo necessidade de dilação probatória, é nula a sentença que julga o feito com fundamento no art. 285-A do Código de Processo Civil. (TJRN - AC nº 2012.016305-5, rel. Des. Amílcar Maia, 1ª Câmara Cível, j. 24/07/2013)
EMENTA: CONSUMIDOR. PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. ANATOCISMO. CONTRATO DE EMPRESTIMO NÃO ANALISADO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS AUTORAIS. INAPLICABILIDADE DO ART. 285-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MATÉRIA DE FATO E DE DIREITO. NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO PROCESSUAL. RETORNO DOS AUTOS A INSTÂNCIA A QUO PARA REGULAR INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. SENTENÇA ANULADA.- Não se aplica a norma do art. 285-A do CPC, aos casos que tratem de matérias de fato.(TJRN - AC nº 2012.014744-6, rel. Guilherme Cortez (Juiz Convocado), 2ª Câmara Cível, j. 16/07/2013)
EMENTA: CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL, CONSUMIDOR. REVISIONAL DE CONTRATO. PREJUDICIAL DE MÉRITO DE NULIDADE DA SENTENÇA, SUSCITADA PELO RELATOR. SENTENÇA LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA COM FUNDAMENTO NO ART. 285-A DO CPC. JULGAMENTO EM DIVERGÊNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTE TRIBUNAL. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS. INCONSTITUCIONALIDADE DO
7
2013.022347-1 Tribunal de Justiça RIO GRANDE DO NORTE
FL.______________
ART. 5º DA MEDIDA PROVISÓRIA N.º 2.170-36/2001. MATÉRIA EXAMINADA POR ESTE TRIBUNAL EM INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADO À UNANIMIDADE PELO PLENO. VEDAÇÃO DO ANATOCISMO. INAPLICABILIDADE DO JULGAMENTO LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA. ANULAÇÃO DA SENTENÇA. PRECEDENTES.- Não se autoriza o julgamento de improcedência pelo julgador monocrático nos termos do art. 285-A do CPC, quando, em que pese se tratar de matéria de direito, houver entendimento divergente sobre a matéria na jurisprudência do Tribunal local. (TJRN - AC nº 2013.005748-7, rel. Des. João Rebouças, 3ª Câmara Cível, j. 13/08/2013)
Ante o exposto, conheço do recurso e declaro, de ofício, a
nulidade da sentença, determinando o retorno dos autos ao juízo de origem a fim de que
se proceda o regular processamento do feito. Por conseguinte, julgo prejudicado o
recurso.
É como voto.
Natal, 22 de maio de 2014.
Des. Expedito FerreiraPresidente
Des. Dilermando MotaRelator
Dr. Pedro de Souto12º Procurador de Justiça
8