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Katlyn Nayane Nogueira
ANATOMIAS EMERGENTES E BUG MUSCULAR: PEDAGOGIAS DO CORPO NO
LIMIAR DO SÉCULO XXI (RESENHA)
Resenha apresentado como requisito parcial para conclusão da Matéria de Filosofia Educação Física no Curso de Bacharel em Educação Física, do Departamento de Educação Física, Setor de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Paraná.
CURITIBA
2012
Informações sobre o autor
Licenciado em Educação Física pelo Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista (IPA); mestre
e doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS. Professor
da Escola de Educação Física (ESEF) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do
Movimento Humano (PPGCMH) da UFRGS. Atualmente é coordenador da Comissão de
Pesquisa da ESEF/UFRGS; coordenador substituto do PPGCMH; coordenador do Grupo de
Pesquisa Políticas de Formação em Educação Física e Saúde (POLIFES); tutor do PET-Saúde
UFRGS/SMS e editor da Revista Movimento da ESEF/UFRGS. Foi secretário estadual do
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) no Rio Grande do Sul (2004-2006), editor
da Revista Brasileira de Ciências do Esporte (2005/2007) e coordenador dos cursos de
graduação em Educação Física da UFRGS (2007/2008). É autor dos livros Corpo, identidade
e bom-mocismo: cotidiano de uma adolescência bem comportada (Autêntica Editora, 2000);
do livro Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativa (Autores
Associados, 2006). É organizador do livro Educação Física e Saúde Coletiva: políticas de
formação e perspectivas de intervenção (Editora UFRGS, 2007). E autor do Referencial
Curricular de Educação Física do Estado do Rio Grande do Sul (SECRS, 2009) e autor do
livro Afazeres da Educação Física na escola: planejar, ensinar, partilhar (Edelbra, 2012).
Resenha
O texto inicia a discussão entre “bug eletrônico” e “bug muscular”. Bug eletrônico
supostamente ocorreria no início do século XXI e bug muscular se tratando aos avanços
tecnológicos na área do esporte que podem melhorar ou aumentar o desempenho e trazer
melhoras de marcas em esportes de auto- rendimento. Na busca de um melhor desempenho,
esteroides, anabolizantes e a engenharia genética se formaram como importantes ferramentas
nesse assunto.
Apesar do aumento de quebras de recordes e a melhora do desempenho humano, não raro,
vemos o aumento de lesões por conta dessa exigência física e treinamentos intensos. Por conta
disso, muitos têm defendido a liberação do uso de drogas no preparo físico, porém, as
empresas farmacêuticas estariam ligadas diretamente à esses atletas e teriam um papel
dominante do desempenho desses atletas, tal fato, é questionada como sempre perigosa pelo
autor.
O autor utiliza o body building como exemplo para mostrar a evolução do culto ao corpo
através dos anos. Para atingirem seus objetivos, muitos utilizam anabolizantes e esteroides
para chegar no seu corpo ideal, o que acarreta risco à saúde, sem falar na utilização de
seringas, o compartilhamento delas leva a uma disseminação da AIDS.
Ao fim, o autor alerta para os perigos desta busca incessante pelo corpo, como um bug, uma
catástrofe fisiológica. Por fim, o autor finaliza o texto atestando que o princípio do século
XXI é ambíguo, e não cabe estabelecer juízo de valor final sobre atletas de qualquer tipo.
Referências FRAGA, Alex Branco. Anatomias emergentes e o bug muscular: pedagogias do corpo no
limiar do século XXI. In: Soares, Carmen Lucia (Org). Corpo e história, SP : Autores
Associados, 2001. Pág. 61-77