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Prezados Fuzileiros Navais do Brasil! Esta segunda edição, que ora segue o mesmo azi- mute da primeira edição do Âncoras e Fuzis, periódico de publicação bimestral, é confeccionada pelo Departa- mento de Estudos e Pesquisa deste Comando-Geral. EDITORIAL Nesta oportunidade, gosta- ria de, novamente, exaltar a todos os Combatentes Anfíbios que participem desse projeto de divulgação dos feitos dos Fuzileiros Navais. Espero que os nossos Comandantes se em- penhem em multiplicar o efeito dessa divulgação e em fazer chegar, às suas tripulações, a informação que está sendo aqui veiculada. E mais ainda, incen- tivar a participação de todos nesse processo de interação entre o Comando e a tropa, de modo a manter todos infor- mados sobre a evolução do nosso Corpo de Fuzileiros Navais. ADSUMUS Ano II / N o 2 - 1 o de janeiro de 2000 Light Gun L118 apresentando-se para o serviço Os cursos de manutenção de segundo e terceiro escalões e o curso de operação dos obuseiros de 105 mm Light Gun L118 foram conduzidos, de 6 de setembro a 8 de outubro de 1999, pelos representantes da Royal Ordnance no CRepSupEspCFN. Ao término do curso de operação, foi realizado, de 26 a 28 de outubro, um exercício de tiro no Campo de Instrução de Gericinó, acompanhado de perto por Fuzileiros Navais ingleses, instrutores da Escola de Artilharia de Larkhill, com emprego de granadas de adestramento e iluminativas. Houve um pequeno embaraço no uso da calculadora Gunzen, com introdução de derivas ao invés de lançamentos, o que foi imediatamente solucionado pelos militares do BtlArtFuzNav. Esse fato serviu para fortalecer o conhecimento do nosso pessoal de Central de Tiro e, certamente, auxi- liará para melhorar a formação dos demais militares que irão operar com essa arma. Aprovados no teste de tiro, a Bateria de Light Gun foi entregue ao BtlArtFuzNav, em cerimônia realiza- da no CIASC, presidida pelo AE (FN) Carlos Augusto Costa, Comandante- Geral do CFN, com a presença do AE (FN) Valdir Bastos Ponte, a quem muito se deve por mais essa aquisição. BRAVO ZULU para a Gerência do Projeto de Aquisição desses obu- seiros! O “Estado-da-Arte” agradece. UNIMOG – Mobilidade para a FFE Norteado pela máxima “quem dá a missão, dá os meios”, o CMatFN realizou a entrega das viaturas UNIMOG para o CIASC, BtlLogFuzNav. BtlEngFuzNav e BtlArtFuzNav. Agora, cabe a essas OM tirar o maior proveito desse meio de transporte em prol dos nossos exercícios e operações, proporcionando maior conforto e bem-estar à tropa, bem como garantir que os recursos chegarão aos locais certos nos momentos oportunos. Além disso, o CMatFN já iniciou os estudos para a conversão de algumas dessas viaturas para uso como Central de Tiro para a Artilharia de Campanha.

Ancoras e Fuzis (2)

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Periódico do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil

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Page 1: Ancoras e Fuzis (2)

Prezados Fuzileiros Navaisdo Brasil! Esta segunda edição,que ora segue o mesmo azi-mute da primeira edição doÂncoras e Fuzis, periódicode publicação bimestral, éconfeccionada pelo Departa-mento de Estudos e Pesquisadeste Comando-Geral.

EDITORIAL Nesta oportunidade, gosta-ria de, novamente, exaltar atodos os Combatentes Anfíbiosque participem desse projetode divulgação dos feitos dosFuzileiros Navais. Espero queos nossos Comandantes se em-penhem em multiplicar o efeitodessa divulgação e em fazerchegar, às suas tripulações, ainformação que está sendo aqui

veiculada. Emais ainda, incen-tivar a participação de todosnesse processo de interaçãoentre o Comando e a tropa, demodo a manter todos infor-mados sobre a evolução donosso Corpo de FuzileirosNavais.

ADSUMUS

Ano II / No 2 - 1o de janeiro de 2000

Light Gun L118 apresentando-se para o serviçoOs cursos de manutenção de

segundo e terceiro escalões e o cursode operação dos obuseirosde 105 mm Light Gun L118foram conduzidos, de 6 desetembro a 8 de outubro de1999, pelos representantesda Royal Ordnance noCRepSupEspCFN.

Ao término do curso deoperação, foi realizado, de26 a 28 de outubro, umexercício de tiro no Campode Instrução de Gericinó,acompanhado de perto porFuzileiros Navais ingleses, instrutoresda Escola de Artilharia de Larkhill,com emprego de granadas deadestramento e iluminativas. Houveum pequeno embaraço no uso dacalculadora Gunzen, com introduçãode derivas ao invés de lançamentos,o que foi imediatamente solucionadopelos militares do BtlArtFuzNav.

Esse fato serviu para fortalecer oconhecimento do nosso pessoal deCentral de Tiro e, certamente, auxi-liará para melhorar a formação dosdemais militares que irão operar comessa arma.

Aprovados no teste de tiro, aBateria de Light Gun foi entregue aoBtlArtFuzNav, em cerimônia realiza-

da no CIASC, presidida pelo AE (FN)Carlos Augusto Costa, Comandante-Geral do CFN, com a presença do AE(FN) Valdir Bastos Ponte, a quem muitose deve por mais essa aquisição.

BRAVO ZULU para a Gerênciado Projeto de Aquisição desses obu-seiros!

O “Estado-da-Arte” agradece.

UNIMOG – Mobilidade para a FFENorteado pela máxima “quem dá a missão, dá os meios”, o CMatFN

realizou a entrega das viaturas UNIMOG para o CIASC, BtlLogFuzNav.BtlEngFuzNav e BtlArtFuzNav. Agora, cabe a essas OM tirar o maiorproveito desse meio de transporte em prol dos nossos exercícios eoperações, proporcionando maior conforto e bem-estar à tropa, bem comogarantir que os recursos chegarão aos locais certos nos momentosoportunos. Além disso, o CMatFN já iniciou os estudos para a conversãode algumas dessas viaturas para uso como Central de Tiro para a Artilhariade Campanha.

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Decida, certo ouerrado, mas decidalogo, combatente!É sábado, 10:00O, e o tempo

está bom na localidade deLODONGO, onde tropas de

FN participam de operação demanutenção da paz. O Sr. é ocomandante de uma patrulha,

que recebeu a tarefa deinformar atividade dos

guerrilheiros de qualquer dasfacções em conflito.

Quando o elemento da ponta pro-gredia na praça da igreja, foi atingidopor um atirador oculto na igreja,sendo gravemente ferido. Todos osintegrantes da patrulha aferraram nasposições mostradas no croquis.

Logo em seguida uma metralha-dora abre fogo contra todos na pra-ça, alvejando dois civis e fazendo queos demais também aferrassem aosolo. O FN que aferrou ao norte da pra-ça, transportando o rádio da patrulha,gritou dizendo que não conseguiriasair de sua posição devido ao fogodo iminigo e que o rádio tinha sidoatingido e estava inoperante.

O atirador localizado na igrejavem efetuando disparos próximosaos civis que saíam da missa e estãodeitados na orla da praça. Um civilparece estar morto e outro grita porsocorro por estar ferido.

O atirador, totalmente fora decontrole, vem descarregando seu ar-mamento a esmo na direção da igre-ja. O seu grupo, que é composto deFN de diversas especialidades, foireunido às pressas para atender aessa tarefa inopinada, e seu conheci-mento sobre seus subordinados limi-ta-se a contatos informais nas horasde folga no PC. O que o Sr. faria?

Responda diretamente ao De-partamento de Estudos e Pesquisado CGCFN registrando, em nomáximo uma página, todas as pro-vidências de qualquer ordem que se-riam determinadas para a soluçãodo problema, justificando-as ade-quadamente. Envie, também, umcroquis que auxilie a visualização desuas idéias. As soluções mais cria-tivas serão divulgadas nos próximosexemplares.

Participe, discuta com seus com-panheiros, aproveite esta oportu-nidade para treinar no papel, pois apróxima pode ser real.

CESPGANF eCESCOMANF

Estes cursos serão realizados sobo controle administrativo do CIASC,respectivamente, nos primeiro esegundo semestres de 2000. Comisso, o CGCFN pretende aliviar osetor operativo das atividades deensino e preservar o CIAMPA parao cumprimento de sua destinaçãoprecípua, qual seja a formação dosSD-FN. Estes cursos continuarão ater grande parte de sua carga horáriavoltada para atividades práticas,realizadas nas áreas usualmenteempregadas, com ênfase na utilizaçãodo CADIM. Para que a qualidadedesses cursos seja mantida, o CIASCvem recebendo assessoria das OM eoficiais, que anteriormente eramresponsáveis pelos citados cursos.

Equipagens que nascem da tropaQuantas e quantas vezes já vimos

um “campanha” que aparece com umitem novo da equipagem operativa,recém-adquirido no comércio? E, porincrível que pareça. a “moda acabapegando”? A impressão que fica éque foi assim que se chegou ao acervoatual, no que diz respeito aoequipamento básico individual decombatente (EIBC) e da equipagemde estacionamento (EBE). Para amaioria dos itens dessas equipagens,há um intenso processo de pesquisa,estudos, testes e, finalmente, a aqui-sição. Esse é o intensivo e incansáveltrabalho do CMatFN.

Mas, às vezes, a moda pega mes-mo. E esse é o caso do “anorac”e dabarraca tipo “igloo”. Estão previstosrecebimentos, neste ano e no próxi-

mo, de cerca de 2 mil unidades doscasacos e calças que constituem osabrigos contra chuva e frio, os cha-mados “anorac”. Da barraca tipo “ig-loo”, serão cerca de mil unidades. Dositens recebidos neste ano, a prioridadede distribuição será para atender àunidade de infantaria da Força-Pron-ta da FFE, seguindo-se os grupa-mentos com tarefas ribeirinhas e asunidades que exerçam atividades deensino.

Convocamos os FN a nos enviarhistórias sobre outras aquisições quehoje são de uso consagrado, que “nas-ceram da tropa”. Aos que quiseremparticipar, enviem para o Depto. deEstudos e Pesquisa uma pequenamatéria para que possa se tornar“uma lenda de conhecimento geral”.

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Lar doce Lar...Cascavelrejuvenescido

Conforme noticiado na primeiraedição deste periódico, a aquisição dosnovos carros de combate encontra-se em andamento. Mas, o que fazercom os “velhos Cascavéis”?

Esses carros de combate e, prin-cipalmente, seus canhões de 90mmestão sendo reparados e testados nu-ma parceria entre a CiaCC e oCRepSupEspCFN. O primeiro resul-tado dessa parceria foi a repoten-cialização de uma dessas seis bocasde fogo de 90mm, que servirão deapoio às tarefas de reconhecimento,escoltas de comboio, especialmentenas operações de paz, e defesa an-ticarro, provendo, além dessa potênciade fogo, ação de choque e proteçãoblindada à gloriosa Infantaria. Já fo-ram realizados testes de tiro bemsucedidos com a munição HESH.Mas, ainda falta ajustar o recuo doscanhões para o tiro com a muniçãoHEAT, mas nada que o nosso pessoalnão possa realizar. Em breve a expe-riência do velho se juntará à moderni-dade do novo, ganhando, com isso,mais uma vez, o nosso CFN. BRAVOZULU para o CRESUMAR e para aCiaCC!

Uniformes: preservando as tradiçõesNão existem uniformes dos grupos III – Alexandrino; e VI – Azul para

Cabos e Soldados Fuzileiros Navais, sendo usados os uniformes do grupoBranco, quando determinado o uso daqueles uniformes para os demais militaresda MB. Para corrigir essa discrepância, encontra-se em estudo a alteração doRUMB, visando a adoção do uniforme Garança como correspondente ao dogrupo Azul para as praças. Dessa forma, ao ser determinado o uso do unifor-me Azul, os Cabos e Soldados envergarão seus Garanças.

Se o uniforme for o Alexandrino, basta a substituição da calça azul pelabranca; e se for o Azul de Verão, basta a troca da gandola do Garança pelacamisa branca de manga curta.

As fotos desses uniformes serão divulgadas, juntamente com a modifica-ção do RUMB, se aprovadas.

Está sendo proposto, também, que o uniforme Garança deixe de ser dotaçãodas OM, passando a fazer parte da andaina básica dos Cabos e Soldados FN.Com isso, cada militar poderá ostentar uniforme compatível com seu portefísico e não com as disponibilidades de um paiol.

Mulheres nasBandas do CFNVisando a manter o alto grau de

qualificação técnica de nossas Bandasde Música e proporcionar melhorescondições para o seu recompletamen-to, o Comandante-Geral do CFN de-terminou um estudo para que seapresente uma proposta para o in-gresso do sexo feminino no CPFN, naespecialidade MU, preenchendo, as-sim, as vagas deixadas em abertopara determinados naipes.

Em pleno vapor, digo a motor,encontra-se o projeto de moderniza-ção dos suportes de fixação e esta-bilização das metralhadoras .50” naslanchas de ação rápida (LAR) utiliza-das pelos Grupamentos de FN de Manaus e La-dário. Juntamente com esse projeto, visando aproteção dos patrões dessas embarcações, serãoadquiridos óculos especiais. Alguns modelos jáestão sendo testados pelos grupamentosribeirinhos, de modo a selecionar aquele quemelhor se adapte ao nosso pessoal.

Reboques de 1 1/2 TonPor alguma falha no projeto original, os engates dos reboques de 1 1/2 Ton

estavam quebrando com extrema facilidade.Foi estudada, no Comando de Material, uma modificação estrutural para

que tal falha fosse solucionada. Concluídos os estudos preliminares e terminadaa fase inicial do processo licitatório, será possível a recuperação de dez reboquesdo BtlLogFuzNav, que é a OM detentora da maior quantidade desse tipo dereboque.

Com relação à modernização dos reboques de 1/4 Ton do acervo do CFN,encontra-se em estudo no CMatFN a viabilidade da execução desse projeto,em face da relação custo benefício.

Nacionalização deitens menores

O CMatFN testou, na OperaçãoDragão XXXIV, baterias nacionaispara viaturas REO de 5 Ton, M-113e CLAnf, a partir de pesquisa rea-lizada junto ao Comando do 8o DistritoNaval.

O resultado dessa iniciativa serádivulgado, posteriormente, nesteperiódico.

Viaturas ToyotaDurante a realização de um

adestramento de helitransporte noBtlArtFuzNav, constatou-se que umaviatura de 3/4 Ton fletiu durante o seuiçamento pela aeronave. Em conse-qüência, iniciou-se um estudo para queessa falha fosse sanada. Apesar deconstatar que a flexão observadaestava dentro dos limites aceitos pelofabricante, encontra-se na fábrica daTOYOTA uma dessas viaturas paraque sejam instalados novos pontos de

içamentos. Uma vez restabelecidaessa possibilidade, através do iça-mento das viaturas, estará asseguradaa mobilidade necessária à Bateria deObuseiros Light Gun 105mm ou demorteiros de 120mm em apoio à peçade manobra helitransportada.

Aproveitando o ensejo, divulga-seum estudo que, Também, está sendorealizado no CMatFN, de modo a con-verter TOYOTAS de 1/2 e 3/4 Ton,de transporte não especializado, emambulância e oficina.

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Notas Internacionais No primeiro número do Âncoras e Fuzis, foram veiculadas várias notícias sobre o que se considerounovidade sobre meios e emprego de forças armadas dos demais países. Em tempos de globa-

lização, é de bom alvitre que nos inteiremos sobre o que se está estudando ou desenvolvendo mundo afora. A partir desta edição, porém,passaremos a dirigir nossa nossa atenção sobre um determinado assunto e, através de pesquisa, compartilharemos o conhecimento adquiridocom todos os nossos leitores. Qualquer novidade que descubram, não hesitem em nos enviar uma dica. Estamos esperando sua participação.

GLOBAL HAWK – Foi testada, em fe-vereiro, durante 6 horas de vôo, umaaeronave não tripulada da Força Aéreanorte-americana, denominada GlobalHawk. Durante esses testes, foramcaptadas imagens eletro-óticas trans-mitidas por satélites e sinais de radar.Tudo isso, a 20 mil metros de altitudemédia de vôo.

PREDATOR – Pelo fato da campanhaaérea da OTAN focalizar as tropas sérviasem Kosovo, os estrategistas aliados lan-çaram mão de uma poderosa arma paradetectar seus alvos: pequenos grupos detropas paramilitares, de difícil identificaçãoatravés de imagens de satélites e de acom-panhamento por meio de aeronaves con-vencionais.

O veículo aéreo não tripulado (VANT)denominado Predator, dotado de um mo-tor de 80hp e equipado com sensores co-mo, por exemplo, uma câmera fotográficacolorida no seu nariz, câmeras de vídeocapazes de filmar à noite, além de um ra-dar capaz de receber e transmitir sinaisatravés de fumaça, nuvem ou neblina, é omeio de alta tecnologia capaz de coletaros dados de inteligência requeridos.

Os Predators não utilizam a tecnolo-gia stealth, como os F-117 ou os bombar-deiros B-2, mas, em virtude de sua corbranca, de suas reduzidas dimensões (27pés de comprimento e 6.9 pés de altura) eda sua capacidade de voar até 25,000 pésde altitude, mesmo possuindo baixavelocidade (80mph), tem dificultada a suadetecção visual.

Os Predators são comandados por umaestação de controle terrestre, do tamanhode um tractor-trailler, que trabalha comuma unidade independente de comunica-ções por satélite.

Essas aeronaves transmitem imagense dados para um posto de controle, ondeos operadores podem acionar aeronavespara efetuarem ataques aéreos nos alvosselecionados.

As condições meteorológicas têm gran-de influência sobre a sua operacionalidade,uma vez que, sob condições adversas, emespecial nos períodos chuvosos, sua efi-cácia torna-se bastante reduzida.

Entretanto, suas vantagens são imen-sas se comparadas com as vidas humanasque poderiam ser perdidas em caso de

serem abatidas pelo fogo antiaéreo ini-migo.

Cada VANT pode monitorar umdeterminado setor por mais de um dia, oque lhe confere outra vantagem em re-lação aos poucos minutos de observaçãoprovidos por satélites e às poucas horasproporcionadas pelas aeronaves U-2, os“espiões aéreos”.

TROPAS BLINDADAS – Conformenoticiado no jornal “O Globo”, de 21 denovembro de 1999, o Exército dos EstadosUnidos está estudando a transformaçãodos meios que compõem suas tropasblindadas. “Os carros de combate sãomuito pesados e estão condenados adesaparecer”. Esta foi a conclusão iniciala que chegaram os especialistas sobre osM1A2 ABRAMS. Dessa forma, os deslo-camentos por terra sofrem as restriçõesde estradas e passagens; o consumoacentuado de combustível torna-se umproblema de vulto para a logística; osdeslocamentos aéreos tornam-se lentos,em função da baixa capacidade detransporte das aeronaves, ou melhor, peloexcessivo peso dos blindados. Apenasum de cada vez pode ser aerotrans-portado. Os blindados ficaram assistindode “camarote” à guerra da Força Aéreaem Kosovo. “Não podemos derrotar osinimigos de amanhã com as armas deontem”, afirmou o Chefe do EM Conjuntodas Forças Armadas norte-americanas.Há uma perspectiva de se fabricar novosblindados, observando-se a limitação depeso – 20 Ton – que está previsto paradaqui a cinco anos; mas enquanto issonão se concretiza, existe a possibilidadede se importar modelos europeus. Nestecaso, dois tipos estão sendo estudados:o alemão WIEDEL e o austríaco PANDOR.Em paralelo, estuda-se o desenvolvimentode projetos na área de sensores, equi-pamentos de visada, canhões e equipa-mentos de comunicações.

RÁDIOS THOMPSON-CSF – Comoparte do projeto “Guerreiro do Futuro”, oExército francês adquiriu 20 mil equi-pamentos-rádio CSF TRC 5010 em VHF,dotados de fomes de ouvido leves, paraemprego em grupos de combate, com umaentrega inicial de 5 mil unidades, aindaeste ano. O alcance do equipamento é de

algumas centenas de metros – valor nãoespecificado – em áreas urbanas, esten-dendo-se até 1km em áreas abertas.Projetados para serem operados pelosgrupos de combate, esses equipamentostêm sido desenvolvidos, pelo período deum ano, com auxílio de tecnologia comercial.

Os equipamentos individuais pesamapenas 150g, à exceção do fone de ouvido,que acrescenta outros 100g ao sistema.

A tecla de transmissão do rádio foiprojetada para ser acionada a um simplestoque, o que possibilita ao combatente oemprego simultâneo do seu próprioarmamento.

O sistema é “interoperacional” com osequipamentos digitais de quarta geraçãode rádios, atualmente em serviço peloExército francês, e será integrado ao siste-ma denominado “a carga individual docombatente anfíbio do futuro”, em desen-volvimento pelo governo francês.

“OSPREY” – A produção de aeronaves“OSPREY” V-22 para uso específico peloCorpo de Fuzileiros Navais norte-americano iniciou em JAN99, seguindo-se um período de testes no mar, comduração de um mês, visando à preparaçãodessas aeronaves para a avaliaçãooperacional a ser realizada no final desteano.

Uma versão experimental do“OSPREY”V-22 pousou no “USSSAIPAN”, um NAeHA, na costa da Vir-gínia, em 14JAN99, para testes de pouso,decolagem e rotinas de manutenção nomar.

Os testes finais, foram marcados paraoutubro como a última barreira pela qualessa aeronaves teriam que passar, antesque o Depto. de Defesa norte-americanolibere a produção de mais sete unidades.

“GPS” – O Exército norte-americanocompletou os testes da versão de lan-çadores de foguetes de multiplos calibresguiados por “Global Positioning System”(GPS), de fabricação da Lochheed MartimVought, no início de FEV99, no campo detestes de mísseis em White Sands, NovoMéxico, tendo os impactos alcançado aprecisão de 2m em relação aos alvos. Esteprograma está sendo conduzido emcooperação com a França, Alemanha,Itália e Reino Unido.