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Dr. Daniel Volquind, TSA/SBA Anestesia Venosa no Paciente Idoso Can Clínica de Anestesiologia Caxias do Sul - RS

Anestesia Venosa no Paciente Idoso - sargs.org.br · utilizando-se o clearance da creatinina como exemplo ... Farmacologia Farmacocinética ... - depuração plasmática diminui 33%;

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Dr. Daniel Volquind, TSA/SBA

Anestesia Venosa no Paciente Idoso

Can Clínica de Anestesiologia

Caxias do Sul - RS

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RS 73,5

Paciente Idoso

A idade não é um parâmetro para definir o paciente como idoso.

OMS: 70 anos

ASA: II

Fisiologia

ü Diminuição lenta e progressiva das reservas funcionais de todos os sistemas;

Ø Alterações na manutenção da homeostasia;

ü Diminuição da capacidade de resposta fisiológica;

" Diminuição progressiva do córtex renal (30% aos 80 anos);

" Função renal diminuida (↓ DCE);

" Alteração do clearance renal de fármacos;

Sis te m a Ren al

Anestesia Venosa no Paciente Idoso

R a n g e r C a v a l c a n t e d a S i l v a

Introdução Houve uma importante elevação do número de pacientes geriátricos cirúrgicos,

ao longo dos últimos 20 anos. Entre os idosos, a população que mais cresce é aquela com mais de 85 anos, com estimativas de elevação em 275% entre 1960 e 19941.

Existem importantes modificações fisiológicas que ocorrem com o envelhecimen-to. Hábitos de vida, como fumo e álcool, doenças associadas ao envelhecimento e a uti-lização de múltiplos medicamentos, tornam a população geriátrica aquela com a maior heterogeneidade fisiopatológica encontrada na prática clínica. Em seres humanos, há um declínio linear das funções fisiológicas a partir da terceira década, processo que se intensifica após a sétima década1. Pode-se perceber, claramente, o referido declínio, utilizando-se o clearance da creatinina como exemplo (Figura 1). No paciente idoso, mesmo uma creatinina normal pode significar uma função renal limítrofe. O idoso perde sua “reserva” fisiológica, sua capacidade de resposta máxima, ocorrendo também re-tardo para atingir sua resposta máxima1.

Figura 1. Clearance da creatinina vs. Idade.

Em relação à anestesia venosa, parece não haver clara superioridade quando comparada a outras técnicas anestésicas. Contudo, o adequado conhecimento das alterações fisiopatológicas do idoso é fundamental, para a adequada condução de qualquer técnica anestésica, particularmente a anestesia venosa. Existem importan-tes modificações farmacocinéticas, bem como farmacodinâmicas, que precisam ser levadas em consideração, sob risco de efeitos colaterais hemodinâmicos e sobre o despertar.

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Anestesia Venosa no Paciente Idoso

R a n g e r C a v a l c a n t e d a S i l v a

Introdução Houve uma importante elevação do número de pacientes geriátricos cirúrgicos,

ao longo dos últimos 20 anos. Entre os idosos, a população que mais cresce é aquela com mais de 85 anos, com estimativas de elevação em 275% entre 1960 e 19941.

Existem importantes modificações fisiológicas que ocorrem com o envelhecimen-to. Hábitos de vida, como fumo e álcool, doenças associadas ao envelhecimento e a uti-lização de múltiplos medicamentos, tornam a população geriátrica aquela com a maior heterogeneidade fisiopatológica encontrada na prática clínica. Em seres humanos, há um declínio linear das funções fisiológicas a partir da terceira década, processo que se intensifica após a sétima década1. Pode-se perceber, claramente, o referido declínio, utilizando-se o clearance da creatinina como exemplo (Figura 1). No paciente idoso, mesmo uma creatinina normal pode significar uma função renal limítrofe. O idoso perde sua “reserva” fisiológica, sua capacidade de resposta máxima, ocorrendo também re-tardo para atingir sua resposta máxima1.

Figura 1. Clearance da creatinina vs. Idade.

Em relação à anestesia venosa, parece não haver clara superioridade quando comparada a outras técnicas anestésicas. Contudo, o adequado conhecimento das alterações fisiopatológicas do idoso é fundamental, para a adequada condução de qualquer técnica anestésica, particularmente a anestesia venosa. Existem importan-tes modificações farmacocinéticas, bem como farmacodinâmicas, que precisam ser levadas em consideração, sob risco de efeitos colaterais hemodinâmicos e sobre o despertar.

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Fisiologia

Fisiologia

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Paciente Idoso

Farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Paciente Idoso

- biodisponibilidade;

- ligação protéica;

- sensibilidade dos receptores;

- V1 diminui 25%; - reducao do clearance entre compartimentos corporais; - depuração plasmática diminui 33%;

- ED50 diminuida;

Paciente Idoso

Propofol

Mulheres Homens

Propofol

Mulheres Homens

Mecanismo desconhecido

Remifentanil

ED

50

Remifentanil

Remifentanil

Modelos Farmacocinéticos

Marsh Peso

Não considera a idade para os

cálculos farmacocinéticos.

SexoSchnider Idade Massa magra

Propofol

Conceitos Importantes

A concentração do fármaco mostrada na interface do sistema de infusão é uma estimativa prevista através de cálculos matemáticos no modelo farmacocinético.

Conceitos Importantes

Varvel, 1992, estudou esta variabilidade e desenvolveu critérios para sua avaliação:

MDPE: medida de desempenho de erro

MDAPE: medida absoluta do desempenho de erro

WOBBLE: medida de variabilidade intraindividual

DIVERGÊNCIA: medida de tendência de erro durante o tempo

Varvel JR, Donoho DL, Shafer SL , J Pharmacokinet Biopharm, 1992

Conceitos Importantes

Esta previsibilidade de concentração plasmática e no sítio efetor pode sofrer variações devido a erros admissíveis no modelo farmacocinético.

O sistema de infusão e seu o modelo farmacocinético é considerado aceitável quando o MDPE é de 10–20% e o MDAPE 20-40%.

A concetração estimada pode não ser exatamente a concentração medida no plasma, por exemplo.

Paciente Idoso

Modelo de Marsh (peso) a MDPE e MDAPE apresentaram um variação maior em relação aos pacientes com menos idade.

REDUZIR O ALVO PLASMÁTICO EM 30%;

Paciente Idoso

ü Embora, teoricamente, o modelo de Schnider

(idade, massa magra) possa ser mais apropriado, estudos de desempenho da previsibilidade do modelo não foram apresentados.

Paciente Idoso

Remifentanil: - A taxa de infusão deve ser reduzida em 40% e o peso ideal do paciente utilizado.

Anestesia Venosa no Paciente Idoso

Exige o conhecimento das limitações dos modelos farmacocinéticos em relação à fisiologia do envelhecimento para evitar efeitos hemodinâmicos adversos e complicações de elevada morbimortalidade nesta população.

[email protected]

Can Clínica de Anestesiologia

Caxias do Sul - RS