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ANEXO DA RESOLU˙ˆO NORMATIVA N” 178, DE 10 DE NOVEMBRO 2008 FICHAS TCNICAS DOS INDICADORES DA TERCEIRA FASE DO PROGRAMA DE QUALIFICA˙ˆO DA SADE SUPLEMENTAR - QUALIFICA˙ˆO OPERADORAS, DA AG˚NCIA NACIONAL DE SADE SUPLEMENTAR ANS 1- INDICADORES DA DIMENSˆO DA ATEN˙ˆO SADE 1.1- TAXA DE INTERNA˙ˆO DE 0 A 5 ANOS POR CAUSAS SELECIONADAS Conceituaªo Nœmero de internaıes, por causas definidas, em crianas na faixa etÆria de 0 a 5 anos, em relaªo ao total de crianas na faixa etÆria de 0 a 5 anos com direito a internaªo, na operadora, no perodo considerado. MØtodo de CÆlculo* Nœmero de internaıes de 0 a 5 anos de idade por causas selecionadas Total de expostos para internaªo de 0 a 5 anos de idade x 100 *Observaªo: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta serÆ ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula simplificada pode ser representada pela seguinte equaªo: Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de ajuste) + (Taxa mØdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

ANEXO DA RESOLU˙ˆO NORMATIVA N” 178, DE … das diretrizes da política nacional de controle do câncer. Resultado obtido pela operadora Pontuaçªo N” de exames de citologia

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  • ANEXO DA RESOLUO NORMATIVA N 178, DE 10 DE NOVEMBRO 2008

    FICHAS TCNICAS DOS INDICADORES DA TERCEIRA FASE DO

    PROGRAMA DE QUALIFICAO DA SADE SUPLEMENTAR -

    QUALIFICAO OPERADORAS, DA AGNCIA NACIONAL DE SADE

    SUPLEMENTAR ANS

    1- INDICADORES DA DIMENSO DA ATENO SADE

    1.1- TAXA DE INTERNAO DE 0 A 5 ANOS POR CAUSAS SELECIONADAS

    Conceituao

    Nmero de internaes, por causas definidas, em crianas na faixa etria de 0 a

    5 anos, em relao ao total de crianas na faixa etria de 0 a 5 anos com direito

    a internao, na operadora, no perodo considerado.

    Mtodo de Clculo*

    Nmero de internaes de 0 a 5 anos de idade por causas selecionadas

    Total de expostos para internao de 0 a 5 anos de idade

    x 100

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula

    simplificada pode ser representada pela seguinte equao:

    Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

    ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

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  • Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

    indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Definio de termos utilizados no Indicador

    Numerador Nmero de internaes de crianas na faixa etria de 0 a 5 anos

    de idade completos (5 anos, 11 meses e 29 dias) cujo cdigo do diagnstico

    principal, registrado na alta hospitalar, est contido nos grupos de diagnstico

    A00 a A09 do Captulo I (Algumas doenas infecciosas e parasitrias); E40 a E63

    e E86 do Captulo IV (Doenas endcrinas, nutricionais e metablicas); J00 a

    J22, J45 e J46 do Captulo X (Doenas do aparelho respiratrio) da CID-10.

    Denominador Nmero total de crianas de 0 a 5 anos completos de idade (5

    anos, 11 meses e 29 dias) com direito a serem internadas.

    Interpretao do Indicador

    Mede a participao relativa dos grupos de causas de internao no total de

    internaes com causa definida.

    A distribuio dos grupos de causas pode sugerir associaes com fatores

    contribuintes ou determinantes das doenas. Por exemplo: propores elevadas

    de internaes por doenas infecciosas e parasitrias refletem, em geral, baixas

    condies socioeconmicas e sanitrias.

    Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de aes de sade em todos

    os nveis de ateno (educao e sade, promoo e preveno, diagnstico

    precoce e tratamento) para sade infantil.

    Usos

    Contribuir para a anlise da situao epidemiolgica e dos nveis de sade da

    populao beneficiria, identificando questes crticas a serem melhor

    investigadas.

    Contribuir para a avaliao das condies de prestao de servios de sade e

    subsidiar processos de planejamento, gesto e avaliao da assistncia visando a

    adoo de medidas para melhorar a qualidade da ateno bsica sade nessa

    faixa etria.

  • Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    As doenas diarricas e respiratrias persistem como graves problemas para a

    criana e quando associadas desnutrio colocam em risco a sua vida.

    As doenas respiratrias so o primeiro motivo de consulta em ambulatrios e

    servios de urgncia, o que demanda capacitao das equipes de sade para

    uma ateno qualificada, com continuidade, da assistncia at a resoluo

    completa dos problemas, evitando-se internao hospitalar desnecessria e

    finalmente a morte por esse motivo.

    A pneumonia uma das principais doenas da infncia e a segunda causa de

    morte em menores de 1 ano.

    A asma e sua associao com a alergia e pneumonia merecem ateno especial,

    seja por se tratar de uma das principais causas de internao e procura em

    servios de urgncia, seja pela interferncia na qualidade de vida da criana.

    As parasitoses intestinais seguem com prevalncia significativa na infncia,

    interferindo no desenvolvimento adequado da criana, o que demanda,

    conjuntamente com a doena diarrica, aes intersetoriais integradas e

    promotoras de acesso gua tratada e esgotamento sanitrio, alm de

    tratamento adequado.

    Meta

    Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa do setor e 62% da taxa do

    setor.

  • Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    N de internaes por causas

    selecionadas em crianas de 0 a 5 anos Valor de 0 a 1 Peso 2

    S/ Informao ou resultado >= taxa do

    setor x 1,6 ou taxa do setor x 0,3.e < taxa

    do setor x 0,62. V1 (>0 e taxa do setor.e < taxa do

    setor x 1,6. V2 (>0 e

  • Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importncia da preveno e

    qualificao da assistncia.

    Limitaes e vieses do indicador

    O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um

    mesmo paciente, pela mesma causa, no perodo analisado.

    O sistema de informao utilizado pode no detectar inconsistncias na

    classificao de morbidade informada.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar.

    Qualificao da Sade Suplementar: uma nova perspectiva no processo

    de regulao. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agenda de Compromissos para a Sade

    Integral da Criana e Reduo da Mortalidade Infantil. Srie A. Normas e

    Manuais Tcnicos. Braslia: 2005.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.

    So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para

    classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

  • 1.2- TAXA DE CITOLOGIA ONCTICA DE COLO DE TERO

    Conceituao

    Nmero de exames citopatolgicos de colo de tero realizados pela primeira vez

    em beneficirias na faixa etria de 25 a 59 anos em relao ao total de expostas

    da operadora, na faixa etria de 25 a 59 anos, no ano considerado.

    Mtodo de clculo

    N de exames citopatolgicos de 1 vez expostas de 25 a 59 anos

    N de expostas de 25 a 59 anos

    x 100

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador - Exame colpocitopatolgico de colo do tero de 1 vez o exame

    Papanicolau realizado pela 1 vez no ano, desconsiderando os exames repetidos

    na mesma beneficiria, na faixa etria de 25 a 59 anos completos de idade. o

    colpocitopatolgico de esfregao de material do colo uterino para identificao de

    clulas atpicas.

    Denominador - Nmero de expostas para exame colpocitopatolgico de colo de

    tero de 1 vez (25 a 59 anos) o nmero total de mulheres com direito a

    realizar o exame colpocitopatolgico de colo de tero de 25 a 59 anos completos

    de idade.

    Interpretao do indicador

    um indicador de captao anual que permite a obteno de cobertura do

    exame Papanicolaou, ou seja, estima a freqncia relativa da populao

    beneficiria que est realizando o exame em relao ao total que deveria realiz-

    lo anualmente.

    O indicador permite avaliar o alcance da mobilizao da populao beneficiria em

    relao ao rastreamento citopatolgico num determinado perodo de tempo.

    Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilizao para o rastreamento

    do cncer de colo de tero por parte da operadora sobre profissionais de sade e

    beneficirias, ou por dificuldades de acesso ao servio.

  • Usos

    Estimar a cobertura deste procedimento para deteco precoce do cncer de colo

    de tero.

    Analisar a evoluo da cobertura do exame, por operadora, identificando

    tendncias e situaes de desigualdade que possam demandar a realizao de

    estudos especiais.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    Segundo o Consenso do Seminrio Interno de Preveno e Controle do Cncer -

    INCA (MS), publicado nas Normas e Recomendaes do INCA baseado nas

    recomendaes do National Cancer Institute (www.cancer.gov), Canadian Task

    Force, U.S. Task Force e American Cancer Society o exame deve ser oferecido

    para mulheres com atividade sexual (MS, 2002). Entretanto, para garantir

    comparao com outros dados obtidos do programa nacional, utilizaremos a

    faixa etria de 25 a 59 anos.

    Programas de rastreamento, realizados com 1 exame citopatolgico a cada 3

    anos entre mulheres de 30 a 50 anos e a cada 6 anos entre 30 e 72 anos,

    apresentaram reduo de 1/3 na taxa de mortalidade por cncer de colo de tero

    (MS, 2000).

    Considera-se grupo de risco todas as mulheres com vida sexual, na faixa etria

    de 25 a 59 anos.

    Mulheres em grupo de alto risco em funo de serem HIV positivas ou

    imunodeprimidas devem realizar o rastreamento anualmente (MS, 2002).

    A periodicidade de rastreamento recomendada um exame citopatolgico a cada 3

    anos, aps 2 exames negativos em dois anos consecutivos, a partir do primeiro

    exame, para 80% das mulheres sob risco e o rastreamento anual (01 exame

    citopatolgico) para 100% das beneficirias dos grupos de alto risco (MS, 2002).

    Segundo a Organizao Mundial de Sade, os nveis de cobertura adequados

    para controle do cncer do colo de tero devem ser superiores a 80% na

    populao alvo, em um determinado perodo de tempo (OMS, 2002).

    A faixa etria de 25 a 59 anos definida como prioritria para programas de

    rastreamento populacional. A definio de faixa etria de risco no impede a

    realizao de exame citopatolgico do colo do tero fora da faixa etria

    estabelecida pelo indicador.

  • Meta

    A meta anual de 28% de exames de citologia onctica de primeira vez nas

    mulheres na faixa etria de 25 a 59 anos (Realizao de exame de citologia

    onctica em 80% das mulheres nessa faixa etria, no perodo de trs anos).

    Pontuao

    Os valores para pontuao estabelecidos para este indicador foram obtidos a

    partir das diretrizes da poltica nacional de controle do cncer.

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    N de exames de citologia onctica em

    cada 100 expostas de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3

    S/ Informao ou resultado = 0 0 0

    Resultado >0 e < 28 v (>0 e ou = 28 1 3

    V= (Resultado >0 e < 28) /28

    Fonte de dados

    Numerador: Anexo IV - Sistema de Informao de Produtos (SIP)

    Denominador: Anexo IV - Sistema de Informao de Produtos (SIP)

    Aes esperadas para causar impacto no indicador

    Capacitar os profissionais de sade no sentido de assegurar o exame citolgico

    (Papanicolaou) durante a consulta ginecolgica, seguindo protocolo previamente

    definido pelo Ministrio da Sade.

    Incentivar a divulgao de informaes a respeito do cncer de colo uterino e sua

    ocorrncia nas diversas faixas etrias da populao feminina, dos fatores de risco -

    como a infeco por HPV -, garantindo orientao adequada quanto forma de

    preveno desta doena s mulheres atendidas nos servios de sade.

    Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importncia do processo de

    preveno e qualificao da assistncia.

  • Construir sistema de informaes que permita a definio do perfil

    epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da

    populao beneficiria.

    Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

    prestadores de servio.

    Para as operadoras que no conseguem identificar seus beneficirios de acordo

    com os critrios estabelecidos pelo indicador, a expectativa que organizem o

    seu sistema de informao.

    Limitaes e vieses

    O nmero de expostas, no perodo sob anlise, pode ser influenciado pelo tempo

    de exposio, ou seja, do perodo de tempo em que aquela beneficiria tem o

    direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questo,

    considerando a possibilidade da influncia de outros fatores sobre o tempo de

    exposio.

    A utilizao do nmero de procedimentos de 1 vez como numerador no clculo

    deste indicador, em lugar de utilizar o nmero de expostas que realizaram o

    exame, visa reduzir a possibilidade de superestimao do mesmo, o que

    ocorreria com a incluso de beneficirias que realizaram mais de um exame num

    mesmo perodo.

    A utilizao do nmero de procedimentos de primeira vez como numerador na

    frmula deste indicador permite identificar a quantidade de mulheres, conferindo

    maior fidedignidade aos resultados.

    Considerando as informaes mencionadas anteriormente acerca do uso deste

    indicador e que este serve para estimar a freqncia de utilizao deste

    procedimento, o mesmo no deve ser utilizado como nico instrumento de

    avaliao da qualidade da assistncia prestada por uma determinada operadora.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Normas e

    Recomendaes do Instituto Nacional do Cncer (INCA). Revista Bras. de

    Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

  • BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Nacional de

    Preveno do Cncer. Falando sobre cncer de colo de tero. 2000.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Nacional

    de Controle do Cncer do Colo de tero Viva Mulher.

    IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio. Acesso e Utilizao de

    Servios de Sade 2003. Rio de janeiro 2005

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,

    Policies and managerial guidelines. 2nd

    Edition. Genebra: 2002.

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no

    Brasil: conceitos e aplicaes. Rede Interagencial de Informaes para a Sade -

    Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.

  • 1.3- TAXA DE MAMOGRAFIA

    Conceituao

    Nmero de mamografias realizadas pela 1 vez em beneficirias na faixa etria

    de 50 a 69 anos em relao ao total de beneficirias expostas, na faixa etria de

    50 a 69 anos, no ano considerado.

    Mtodo de clculo

    Mulheres na faixa etria de 50 a 69 anos que realizaram

    exames de mamografia

    N de mulheres expostas para o exame de mamografia na faixa etria

    de 50 a 69 anos

    x 100

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador Nmero de mulheres que realizaram exame de mamografia pela

    1 vez no ano, desconsiderando os exames repetidos na mesma beneficiria, na

    faixa etria de 50 a 69 anos completos de idade. o exame radiolgico para a

    deteco de alteraes do tecido mamrio que serve ao rastreamento do cncer

    de mama.

    Denominador Nmero total de mulheres com direito a realizar o exame de

    mamografia, de 50 a 69 anos completos de idade.

    Interpretao do indicador

    um indicador de cobertura que estima a proporo de mulheres que realizaram

    exame mamogrfico na populao beneficiria.

    O indicador permite avaliar indiretamente o alcance da mobilizao da populao

    beneficiria em relao ao rastreamento da doena num determinado perodo de

    tempo.

    Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilizao e captao da

    populao beneficiria para o rastreamento de cncer de mama ou dificuldades

    de acesso ao servio.

  • Usos

    Avaliar a cobertura deste procedimento para deteco do cncer de mama.

    Analisar a evoluo da cobertura do exame, por operadora, identificando

    tendncias e situaes de desigualdade que possam demandar a realizao de

    estudos especiais.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    A sensibilidade da mamografia para deteco do cncer de mama varia entre

    46% e 88% e dependente dos seguintes fatores: tamanho e localizao da

    leso, densidade do tecido mamrio, idade da paciente, qualidade do exame e

    habilidade de interpretao do radiologista (MS, 2002)

    Mulheres de alto risco para cncer de mama so aquelas que:

    tm um ou mais parentes de 1 grau (me, irm ou filha) com cncer de

    mama antes de 50 anos;

    tm um ou mais parentes de 1 grau (me, irm, ou filha) com cncer de

    mama bilateral ou cncer de ovrio;

    apresentam histria familiar de cncer de mama masculina;

    apresentam leso mamria proliferativa com atipia comprovada em bipsia.

    Mulheres com risco elevado de cncer de mama devem ser submetidas

    mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade (MS, 2004).

    Recomenda-se realizar uma mamografia, pelo menos a cada 2 anos, em

    mulheres de 50 a 69 anos de idade (MS, 2004).

    Ensaios clnicos sugerem reduo de 15% na mortalidade por cncer de mama

    em mulheres de 50 a 69 anos, rastreada pela mamografia combinada com

    exame clnico (MS, 2002).

    A faixa etria de 50 a 69 anos definida como prioritria para programas

    organizados de rastreamento populacional, para esse exame. A definio de faixa

    etria de risco no impede a realizao de mamografia fora da faixa etria

    estabelecida pelo indicador.

    Meta

    Realizao de exame mamogrfico em 60% das mulheres na faixa etria de 50 a

    69 anos.

  • Pontuao

    Os valores para pontuao estabelecidos para este indicador foram obtidos a

    partir das diretrizes da poltica nacional de controle do cncer.

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    Nmero de exames em cada 100

    expostas de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3

    S/ Informao ou resultado = 0 0 0

    Resultado >0 e < 60 v (>0 e = 60 1 3

    V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

    Fonte de dados

    Numerador: Item 2.1.2 (n de expostos) do Anexo IV - Sistema de Informao

    de Produtos (SIP)

    Denominador: Itens 2.1.2 (quantidade) do Anexo IV - Sistema de Informao

    de Produtos (SIP)

    Aes esperadas para causar impacto no indicador

    Incentivar o exame mamogrfico para rastreamento do cncer de mama em

    mulheres de 50 a 69 anos e na populao de risco elevado.

    Incentivar o exame clnico de mamas em todas as consultas ginecolgicas, pelo

    menos uma vez ao ano, em especial na populao nas faixas etrias de risco

    para a doena.

    Incentivar a divulgao de informaes a respeito do cncer de mama e sua

    ocorrncia nas diversas faixas etrias da populao feminina dos fatores de risco

    histria familiar, obesidade, fumo, exposio radiao ionizante,

    nuliparidade, etc. - garantindo s mulheres atendidas uma orientao adequada

    quanto forma de preveno desta doena.

    Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importncia do processo de

    preveno e qualificao da assistncia.

  • Construir sistema de informaes que permita a definio do perfil

    epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da

    populao beneficiria.

    Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

    prestadores de servio.

    Para as operadoras que no conseguem identificar seus beneficirios de acordo

    com os critrios estabelecidos pelo indicador, a expectativa que organizem o

    seu sistema de informao.

    Limitaes e vieses

    O nmero de expostas, no perodo sob anlise, pode ser influenciado pelo tempo

    de exposio, ou seja, do perodo de tempo que aquela beneficiria tem o

    direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questo,

    considerando a possibilidade da influncia de outros fatores sobre o tempo de

    exposio.

    A utilizao do nmero de expostas que realizaram o exame em lugar de utilizar

    o nmero procedimentos como numerador no clculo deste indicador visa

    conferir maior fidedignidade ao resultado. Ou seja, uma medida de avaliao

    da freqncia relativa da populao beneficiria que est realizando o exame.

    Destarte, o mesmo no deve ser utilizado como nico instrumento de avaliao

    da qualidade da assistncia prestada por uma determinada operadora.

    Referncias

    ALBERTA MEDICAL ASSOCIATION Canadian Guideline for The Early

    Detection of Breast Cancer. Reviewed, 2002.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Consenso para o

    Controle do Cncer de Mama. 2004. 39 pp.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Normas e

    Recomendaes do Instituto Nacional do Cncer (INCA). Revista Bras. de

    Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

    FEDERAO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRCIA; SOCIEDADE

    BRASILEIRA DE MASTOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA;

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA. Projeto Diretrizes. 2002.

  • IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio. Acesso e Utilizao de

    Servios de Sade 2003. Rio de janeiro 2005.

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade

    no Brasil: conceitos e aplicaes / Rede Interagencial de Informaes para a

    Sade - RIPSA - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.

  • 1.4- PROPORO DE PARTO CESREO

    Conceituao

    Percentual de partos cesreos realizados em beneficirias, de uma operadora, no

    ano considerado.

    Mtodo de Clculo

    Nmero de partos cesreos

    Total de partos (normais + cesreos)

    x 100

    Definio de termos utilizados no Indicador

    Numerador: Parto cesreo o procedimento cirrgico no qual o concepto

    extrado mediante inciso das paredes abdominal e uterina.

    Denominador: Parto normal o procedimento no qual o concepto nasce por via

    vaginal.

    Interpretao do Indicador

    Mede a ocorrncia de partos cesreos em relao ao total de partos realizados

    em uma determinada operadora no perodo considerado.

    Permite avaliar a qualidade da assistncia prestada, uma vez que o aumento

    excessivo de partos cesreos, acima do padro de 15% definido pela

    Organizao Mundial de Sade - OMS, pode refletir um acompanhamento pr-

    natal inadequado e/ou indicaes equivocadas do parto cirrgico em detrimento

    do parto normal.Em geral, entre 70 e 80% de todas as gestantes podem ser

    consideradas de baixo risco no incio do trabalho de parto (OMS, 1996).

    Usos

    Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistncia pr-natal e ao

    parto, supondo que uma boa assistncia diminua o valor do indicador.

    Analisar as variaes do indicador, por operadora, identificando tendncias e

    situaes de desigualdade que possam demandar a realizao de estudos

    especiais.

  • Subsidiar a elaborao e avaliao de polticas e aes de sade voltadas para a

    ateno materno-infantil e a assistncia mdico-hospitalar prestada aos

    beneficirios de planos de sade.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    A OMS preconiza que o total de partos cesreos em relao ao nmero total de

    partos realizados em um servio de sade seja de at 15%. Esta determinao

    est fundamentada no conhecimento emprico de que apenas 15% do total de

    partos apresentam indicao precisa de cesariana, ou seja, existe uma situao

    real onde fundamental para preservao da sade materna e/ou fetal que

    aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e no por via natural (OMS,

    1996).

    A cesariana um procedimento cirrgico com indicaes bem estabelecidas, o

    que no justifica o seu aumento alarmante. Assumindo que as cesarianas que

    ultrapassam a taxa recomendada pela OMS no teriam indicao mdica,

    milhes de cirurgias no justificadas estariam sendo realizadas anualmente,

    trazendo risco para a me e, principalmente, para o recm-nascido.

    Entre os potenciais riscos associados cesariana, particularmente a cirurgia

    eletiva, est o nascimento prematuro. A prematuridade reconhecida como um

    dos principais determinantes da morbimortalidade infantil, mesmo entre aqueles

    recm-natos quase a termo.

    Embora os nascimentos pr-termo espontneos, sem complicaes maternas,

    respondam por 60% dos casos de prematuridade, a induo do trabalho de parto

    e a cesrea eletiva vm respondendo por parcelas crescentes dos casos de

    partos prematuros, apresentando um crescimento importante nos ltimos 20

    anos.

    Alm da prematuridade limtrofe, alguns autores tm apontado para o maior

    risco de morbidade respiratria em crianas nascidas a termo por cesrea

    eletiva. Fetos com 37 a 38 semanas de gestao, quando comparados a fetos de

    39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de necessitarem suporte

    ventilatrio. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve ser realizado

    somente por fortes razes mdicas.

    As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a

    realizao de partos cesreos, bem como critrios progressivos para o alcance do

    valor mximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Tcnica/GM no.

  • 466 de 14 de maio de 2000). Percentuais elevados podem significar, entre outros

    fatores, a concentrao de partos considerados de alto risco, em municpios onde

    existem unidades de referncia para a assistncia ao parto.

    A proporo de partos cesreos pagos pelo SUS passou de 23,92 em 2000 para

    31,68, em 2007.

    Proporo de partos cesreos pagos pelo SUS (Brasil 2000 a 2007)

    Ano Indicador

    2000 23,92

    2001 25,06

    2002 25,19

    2003 26,41

    2004 27,53

    2005 28,61

    2006 30,14

    2007 31,68

    Fonte: DATASUS

    A anlise deste indicador evidenciou que a parto cirrgico predomina no mercado

    privado de planos de sade no Brasil. Foram identificadas altas taxas de

    cesariana, variando de 64,30% em 2003 a 80,72% em 2006, valores muito

    acima dos 15% recomendados pela OMS. O impacto negativo desta taxa, nos

    dados nacionais, expressivo, pois a proporo de cesarianas no Setor de Sade

    Suplementar cerca de trs vezes maior que a proporo encontrada no SUS e

    duas vezes maior que a mdia nacional.

    Comparada s taxas mundiais, observa-se que os valores do setor suplementar

    so os mais elevados: nos pases que compem a OECD (Organization for

    Economic Cooperation and Development), a variao nas taxas de cesarianas foi

    desde taxas baixas de 14-18% na Holanda, Repblica Tcheca, Eslovquia,

    Noruega e Sucia, at taxas consideradas muito altas como as encontradas na

    Coria, Itlia e Mxico (39 a 33%). As taxas tambm foram muito mais altas que

    a mdia nos Estados Unidos, Portugal e Austrlia (variando de 26 a 30%).

  • Meta

    A meta atingir um mximo de 32% de partos cesreos.

    Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    % de partos cesreos Valor de 0 a 1 Peso 3

    S/ Informao ou resultado = 100% 0 0

    Resultado > 32% e < 100 % v (>0 e 32% e

  • Limitaes e Vieses

    Os dados so coletados por perodo de competncia contbil, ou seja, ms e ano

    em que a operadora recebe a cobrana do evento, o que nem sempre equivale

    data de sua ocorrncia.

    As variaes geogrficas desse indicador s se aplicam para o SUS onde

    possvel relacionar o tipo de parto ao local de residncia da parturiente.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar.

    Programa de Qualificao da Sade Suplementar. Rio de Janeiro: ANS,

    2005.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de

    Aes Programticas Estratgicas. rea Tcnica de Sade da Mulher. Pr-natal

    e Puerprio: ateno qualificada e humanizada - manual

    tcnico/Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade,

    Departamento de Aes Programticas Estratgicas Braslia: Ministrio

    da Sade, 2005. 158 p.

    BRASIL. Ministrio da Sade/DATASUS, Sistema de Informaes Hospitalares,

    disponvel em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

    ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Health at

    a Glance: OECD Indicators 2005. OECD, Paris, 2005.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. Assistncia ao parto normal: um guia

    prtico. Genebra. 1996.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. Assistncia ao parto normal: um guia

    prtico. Genebra: 1996.

  • 1.5- PROPORO DE MULHERES SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS

    SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE MAMA

    Conceituao

    Percentual de mulheres com cncer de mama internadas para a realizao de

    procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de mulheres com

    cncer de mama internadas, no ano considerado.

    Mtodo de clculo*

    Nmero de mulheres com cncer de mama submetidas a

    procedimentos selecionados

    Nmero de mulheres internadas por cncer de mama

    x 100

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula

    simplificada pode ser representada pela seguinte equao:

    Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

    ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

    indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador Nmero de mulheres que realizaram pela 1 vez no ano um dos

    procedimentos selecionados: Quadrantectomia ou Mastectomia simples ou

    Mastectomia radical ou Mastectomia radical modificada (com ou sem

    Linfadenectomia Axilar) para tratamento de cncer de mama, cuja definio

    compreende os grupos de diagnstico C50 e D05 do Captulo II (Neoplasias) da

    CID 10, desconsiderando os procedimentos repetidos na mesma beneficiria.

  • Denominador Nmero de mulheres com internaes em qualquer clnica pela

    1 vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para a mesma

    beneficiria, cujo cdigo do diagnstico principal, registrado na alta hospitalar,

    est contido nos grupos de diagnstico C50 e D05 do captulo II (Neoplasias) da

    CID-10.

    Interpretao do indicador

    Esse indicador permite avaliar o quanto das internaes por neoplasia maligna de

    colo de tero foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados

    que so indicados como possibilidade de tratamento dessa patologia.

    De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo

    diagnosticada e tratada oportunamente.

    Permite medir a participao relativa das internaes por neoplasia maligna de

    mama em relao populao exposta da operadora no ano considerado.

    Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de

    preveno e controle (diagnstico precoce, tratamento e educao para a sade)

    de neoplasia maligna de mama.

    A distribuio das causas de internao no caso, a neoplasia maligna de mama

    reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, condicionada

    pela oferta de servios da operadora.

    Usos

    Identificar os casos de cncer de mama na populao beneficiria e orientar a

    adoo de medidas de controle.

    Analisar a evoluo, por operadora, das internaes hospitalares de neoplasia

    maligna de mama, identificando situaes de desequilbrio que possam merecer

    ateno especial.

    Contribuir na realizao de anlises comparativas da concentrao de recursos

    mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna de mama,

    para a populao beneficiria da operadora.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na

    populao feminina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de colo de

  • tero correspondeu quarta causa de internao (9%) por neoplasia na

    populao feminina, no mesmo perodo.

    A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em

    2003, foi de 18,32/100.000 mulheres.

    No foi publicada estimativa para o ano de 2004.

    A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em

    2005, foi de 22/100.000 mulheres.

    A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em

    2006, foi de 20/100.000 mulheres.

    Conforme descrito no National Cancer Control Programmes Policies and

    managerial guidelines espera-se que:

    das beneficirias (populao feminina) com suspeita de doena de colo de

    tero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo

    nacional e/ou internacional estabelecido para a doena; e

    das beneficirias (populao feminina) com diagnstico de neoplasia de

    colo de tero, mais de 20% recebam tratamento para a doena de acordo

    com o estadiamento.

    A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil,

    no SUS, no perodo entre 2000 e 2006 variou de 2,67 e 2,87 por 10.000

    mulheres.

    Meta

    A meta das internaes por neoplasia de mama para procedimentos especficos

    deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta patologia.

  • Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    % Mulheres com CA de Mama submetidas

    a procedimentos selecionados entre todas

    internadas com CA de Mama

    Valor de 0 a 1 Peso 0,25

    S/ Informao ou resultado = 0 0 0

    Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25

    V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

    Fonte de dados

    Numerador: Item 2.2.5.1 (Mulheres com cncer de mama submetidas a

    procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Denominador: Item 2.2.5 (Mulheres internadas por cncer de mama) do Anexo

    IV Sistema de Informao de Produtos.

    Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador

    Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle da

    doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.

    Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de

    preveno e qualificao da assistncia.

    Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

    prestadores de servio.

    Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil

    epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da

    populao beneficiria.

  • Limitaes e vieses do indicador

    Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente

    registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser

    mascarada pela presena de co-morbidades.

    O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao

    masculina.

    Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

    envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao

    do homem relacionada ao cncer de prstata.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de

    Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,

    2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:

    Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Consenso para o

    Controle do Cncer de Mama. 2004. 39 pp.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.

    So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para

    classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,

    Policies and managerial guidelines. 2nd

    Edition. Genebra: 2002.

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade

    no Brasil: conceitos e aplicaes / Rede Interagencial de Informaes para a

    Sade - Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htmhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm

  • 1.6- PROPORO DE MULHERES SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS

    SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE COLO DE TERO

    Conceituao

    Percentual de mulheres com cncer de colo de tero internadas para a realizao

    de procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de mulheres com

    cncer de colo de tero internadas, no ano considerado.

    Mtodo de clculo*

    Nmero de mulheres com cncer de colo de tero submetidas a

    procedimentos selecionados

    Nmero de mulheres internadas por cncer de colo de tero

    x 100

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula

    simplificada pode ser representada pela seguinte equao:

    Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

    ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

    indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador Nmero de mulheres que realizaram pela 1 vez no ano um dos

    procedimentos selecionados: histerectomia total (via alta ou baixa),

    Histerectomia total ampliada (via alta ou baixa), Histerectomia total com

    anexectomia uni ou bilateral (via alta ou baixa) e Traquelectomia (via alta ou

    baixa) para tratamento de cncer de colo de tero, cuja definio compreende os

    grupos de diagnstico C53 e D06 do Captulo II (Neoplasias) da CIC 10,

    desconsiderando os procedimentos repetidos na mesma beneficiria.

  • Denominador Nmero de mulheres com internaes em qualquer clnica pela

    1 vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para a mesma

    beneficiria, cujo diagnstico principal, registrado na alta hospitalar, est contido

    nos grupos de diagnstico C53 e D06 do Captulo II (Neoplasias) da CID 10.

    Interpretao do indicador

    Esse indicador permite avaliar o quanto das internaes por neoplasia maligna de

    colo de tero foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados

    que so indicados como possibilidade de tratamento dessa patologia.

    De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo

    diagnosticada e tratada oportunamente.

    O denominador conter os procedimentos do numerador e outros, considerando as

    mulheres internadas com a doena.

    Quanto maior o denominador em relao ao numerador maior o volume de

    procedimentos realizados para tratamento de doena avanada e complicaes.

    Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de

    preveno e controle (diagnstico precoce, tratamento e educao para a sade)

    de neoplasia maligna de colo de tero.

    A distribuio das causas de internao no caso, a neoplasia maligna de colo

    de tero reflete uma demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez,

    condicionada pela oferta de servios pela operadora.

    Usos

    Identificar os casos na populao beneficiria e orientar a adoo de medidas de

    controle.

    Analisar a evoluo, por operadora, das internaes hospitalares de neoplasia

    maligna de colo de tero, identificando situaes de desequilbrio que possam

    merecer ateno especial.

    Contribuir na realizao de anlises comparativas da concentrao de recursos

    mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna de colo de

    tero, para a populao beneficiria da operadora.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na

    populao feminina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de colo de

  • tero correspondeu quarta causa de internao (9%) por neoplasia na

    populao feminina, no mesmo perodo.

    A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em

    2003, foi de 18,32/100.000 mulheres.

    No foi publicada estimativa para o ano de 2004.

    A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em

    2005, foi de 22/100.000 mulheres.

    A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em

    2006, foi de 20/100.000 mulheres.

    Conforme descrito no National Cancer Control Programmes Policies and

    managerial guidelines espera-se que:

    das beneficirias (populao feminina) com suspeita de doena de colo de

    tero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo

    nacional e/ou internacional estabelecido para a doena; e

    das beneficirias (populao feminina) com diagnstico de neoplasia de

    colo de tero, mais de 20% recebam tratamento para a doena de acordo

    com o estadiamento.

    A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de colo de

    tero, no Brasil, no SUS, no perodo entre 2000 e 2006 variou de 2,67

    e 2,87 por 10.000 mulheres.

    Meta

    A meta das internaes por neoplasia de colo de tero para procedimentos

    especficos deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta

    patologia.

  • Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    % Mulheres com CA Colo de tero

    submetidas a procedimentos selecionados

    entre todas internadas com CA de Colo de

    tero

    Valor de 0 a 1 Peso 0,25

    S/ Informao ou resultado = 0 0 0

    Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25

    V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

    Fonte

    Numerador: Item 2.2.6.1 (Mulheres com cncer de colo de tero submetidas a

    procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Denominador: Item 2.2.6 (Mulheres internadas por cncer de colo de tero) do

    Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador

    Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle da

    doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.

    Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de

    preveno e qualificao da assistncia.

    Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

    prestadores de servio.

    Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil

    epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da

    populao beneficiria.

    Limitaes e vieses do indicador

    Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente

    registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser

    mascarada pela presena de comorbidades.

  • O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um

    mesmo paciente, pela mesma causa, durante o perodo analisado.

    O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao feminina.

    Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

    envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao

    da mulher relacionada ao cncer de mama.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de

    Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,

    2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:

    Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Normas e

    Recomendaes do Instituto Nacional do Cncer (INCA). Revista Bras. de

    Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio. So

    Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para classificao de

    Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs, Policies

    and managerial guidelines. 2nd

    Edition. Genebra: 2002.

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no

    Brasil: conceitos e aplicaes / Rede Interagencial de Informaes para a Sade

    - Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm

  • 1.7- TAXA DE INTERNAO POR DIABETES MELLITUS

    Conceituao

    Nmero de internaes por Diabetes Mellitus, em relao ao total de expostos

    para internao da operadora, no ano considerado.

    Mtodo de clculo*

    N de internaes por Diabetes Mellitus

    Total de expostos para internao e outros atendimentos

    hospitalares

    x 10.000

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica da Padronizao Indireta por Faixa

    Etria e Sexo e pelo Bayes Emprico, cuja frmula simplificada pode ser

    representada pela seguinte equao:

    Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

    indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico) X (Taxa da

    populao de referncia).

    RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico = (RIE da operadora sem

    ajuste X Fator de ajuste) + (RIE mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de

    ajuste).

    RIE = Razo Informados Esperados = (Nmero de eventos informados pela

    operadora) / (Nmero de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

    mesmas taxas encontradas em cada faixa etria e sexo da populao de

    referncia).

    Razo Informados Esperados - RIE um correlato ao termo em ingls

    Standardized Incidence Rate SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate

    SMR.

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

  • indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Taxa da populao de referncia = Taxa mdia do evento na populao tomada

    como referncia para a padronizao de faixa etria/sexo.

    Definio de termos utilizados no indicador

    Eventos - Internaes por diabetes mellitus corresponde ao nmero total de

    internaes por diabetes mellitus, cujo cdigo do diagnstico principal, registrado

    na alta hospitalar, est contido nos grupos de diagnstico E10 a E14, do Captulo

    IV (Doenas endcrinas, nutricionais e metablicas) da CID-10. Inclui as

    internaes para a realizao do procedimento de amputao de membros

    inferiores (SIP - RN N 152/2007).

    Expostos - Exposto para internaes e outros atendimentos hospitalares o

    beneficirio que tem direito a usufruir dos atendimentos prestados a paciente

    admitido para ocupar leito hospitalar em enfermaria, quarto, ou unidades de

    curta permanncia, terapia intensiva ou semiintensiva (SIP - RN N 152/2007).

    Interpretao do indicador

    Estima a magnitude da ocorrncia de internaes por diabetes mellitus em

    relao populao exposta da operadora para internao no ano considerado,

    sendo uma medida de morbidade hospitalar.

    Compreende casos de diabetes do grupo primrio: tipo 1 (insulino-dependente) e

    tipo 2 (insulino no-dependente).

    Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de aes de preveno,

    controle, tratamento e educao da diabetes mellitus no mbito da operadora.

    Usos

    Subsidiar o processo de planejamento, gesto e avaliao de aes de ateno

    sade para o diabetes mellitus.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    Aproximadamente 30% dos pacientes com diabetes so hospitalizados duas ou

    mais vezes no ano por complicaes associadas doena.

    Mltiplas hospitalizaes de crianas com diabetes acontecem por condies

    agudas da doena, enquanto nos adultos as internaes esto associadas s

  • complicaes crnicas, como doena cardiovascular e doena de membros

    inferiores.

    Em relao questo econmica, pacientes com diabetes que apresentam

    mltiplas hospitalizaes no ano representam um custo trs vezes maior ao

    sistema de sade, quando comparados com pacientes com diabetes que

    apresentam uma nica internao no mesmo perodo.

    Dados disponveis no Sistema de Informaes Hospitalares/Datasus e Instituto

    Brasileiro de Geografia e Estatstica:

    Taxa de internaes por diabetes mellitus, por faixa etria e por sexo, na

    populao no coberta por planos privados de assistncia hospitalar,

    residente em municpios brasileiros selecionados (*) (x 10.000), no ano

    de 2006

    Idade Sexo masculino Sexo feminino

  • (*) municpios com menos de 10% de mortes com causa desconhecida e com capacidade

    de realizar seis (06) ou mais internaes SUS por 100 habitantes sem plano privado

    hospitalar

    SETOR SUPLEMENTAR

    Taxa de internaes por diabetes mellitus por 10.000 expostos

    Brasil 2005 e 2006

    Brasil 2005 2006

    Total 18,30 15,29

    Fonte de dados: MS/ANS Sistema de Informaes de Produtos (SIP)

    QQuuaaddrroo 11.. AAnnlliissee ccoommppaarraattiivvaa ddaass ttaaxxaass ddee iinntteerrnnaaeess ppoorr ddiiaabbeetteess

    mmeelllliittuuss eennttrree aass ooppeerraaddoorraass ccoomm ee sseemm PPrrooggrraammaass ddee PPrroommoooo ddaa

    SSaaddee ee PPrreevveennoo ddee RRiissccooss ee DDooeennaass nnaa SSaaddee SSuupplleemmeennttaarr nneessttaa

    rreeaa,, eemm 22000055 ee 22000066..

    Indicador

    Resultados das

    operadoras com

    Programas na rea

    Resultados das

    operadoras que no

    apresentaram

    Programas na rea

    ano 2005 2006 2005 2006

    Taxa de internaes por

    diabetes mellitus 13,25 10,65 19,45 16,52

    Fonte de dados: MS/ANS Sistema de Informaes de Produtos (SIP)

    Meta

    Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa padronizada do setor e 62% da

    taxa padronizada do setor.

  • Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    N Internaes por Diabetes Mellitus

    por 10.000 expostos Valor de 0 a 1 Peso 2

    S/ Informao ou resultado >= taxa

    padronizada do setor x 1,6 ou taxa padronizada do setor x

    0,3.e < taxa padronizada do setor x 0,62. V1 (>0 e taxa padronizada do setor.e <

    taxa padronizada do setor x 1,6. V2 (>0 e

  • Limitaes e vieses

    O sub-registro de diagnsticos nas hospitalizaes, entre os quais o de diabetes,

    um problema comum em diversos sistemas de sade. Anlises sobre o impacto

    do Diabetes Mellitus devem considerar e manejar esta situao, o que tem sido

    usualmente realizado em outros pases atravs da metodologia do risco

    atribuvel.

    O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um

    mesmo paciente, pela mesma causa, durante o perodo analisado.

    A anlise do indicador em populaes muito pequenas ser corrigida por

    metodologia estatstica especifica.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar

    Sistema de Informaes de Produtos - SIP.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar

    Sistema de Informaes de Beneficirios - SIB.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n 1101/GM. Disponvel em:

    .

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar. Manual

    Tcnico de Promoo da Sade e Preveno de Riscos e Doenas na Sade

    Suplementar. 2. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: ANS, 2007. Disponvel em:

    .

    BRASIL. Ministrio da Sade. Coordenao de Hipertenso e Diabete. Programa de

    Preveno de Doenas Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema nico

    de Sade. Cadernos de Ateno Bsica Diabete Melito Sistema nico de

    Sade. Braslia: Ministrio da Sade, 2006.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de

    Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,

    2002. Disponvel em: .

    Acesso em 2008.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE. Disponvel em:

    . Brasil. Acesso em 2008.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.

  • So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para

    classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Atualizao Brasileira sobre Diabetes,

    2008. www.diabetes.org.br.

    http://www.diabetes.org.br

  • 1.8- TAXA DE INTERNAO POR DOENAS HIPERTENSIVAS

    Conceituao

    Nmero de internaes por Doenas Hipertensivas em expostos, em relao ao

    total de expostos da operadora para internao, no ano considerado.

    Mtodo de clculo*

    Nmero de internaes por doena hipertensiva

    Total de expostos para internao e outros atendimentos

    hospitalares

    x 10.000

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica da Padronizao Indireta por Faixa

    Etria e Sexo e pelo Bayes Emprico, cuja frmula simplificada pode ser

    representada pela seguinte equao:

    Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

    indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico) X (Taxa da

    populao de referncia).

    RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico = (RIE da operadora sem

    ajuste X Fator de ajuste) + (RIE mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de

    ajuste).

    RIE = Razo Informados Esperados = (Nmero de eventos informados pela

    operadora) / (Nmero de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

    mesmas taxas encontradas em cada faixa etria e sexo da populao de

    referncia).

    Razo Informados Esperados - RIE um correlato ao termo em ingls

    Standardized Incidence Rate SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate

    SMR.

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

  • indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Taxa da populao de referncia = Taxa mdia do evento na populao tomada

    como referncia para a padronizao de faixa etria/sexo.

    Definio de termos utilizados no indicador

    Eventos - Internaes por doena hipertensiva corresponde ao nmero total de

    internaes por doena hipertensiva, cujo cdigo do diagnstico principal,

    registrado na alta hospitalar, est contido nos grupos de diagnstico I10 a I15 do

    Captulo IX (Doenas do aparelho circulatrio) da CID-10.

    Expostos - Exposto para internaes e outros atendimentos hospitalares o

    beneficirio que tem direito a usufruir dos atendimentos prestados a paciente

    admitido para ocupar leito hospitalar em enfermaria, quarto, ou unidades de

    curta permanncia, terapia intensiva ou semiintensiva.

    Interpretao do indicador

    Estima a magnitude da ocorrncia de internaes por doena hipertensiva em

    relao populao exposta para internao da operadora no ano considerado,

    sendo uma medida de morbidade hospitalar na operadora.

    Compreende os casos de doena cardaca e renal hipertensiva e hipertenso

    secundria.

    Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de aes de preveno,

    controle, tratamento e educao dos casos de hipertenso arterial no mbito da

    operadora.

    Usos

    Subsidiar o processo de planejamento, gesto e avaliao de aes de ateno

    sade para a hipertenso arterial.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    A elevao da presso arterial representa um fator de risco independente, linear

    e contnuo para a doena cardiovascular. A hipertenso arterial apresenta custos

    mdicos e socioeconmicos elevados, decorrentes principalmente das suas

    complicaes, tais como: doena cerebrovascular, doena arterial coronariana,

  • insuficincia cardaca, insuficincia renal crnica e doena vascular de

    extremidades.

    Com o critrio atual de diagnstico de hipertenso arterial (PA> 140/90mmHg) a

    prevalncia na populao urbana brasileira varia de 22,3% a 43,9%,

    dependendo do municpio.

    Dados disponveis no Sistema de Informaes Hospitalares/Datasus e Instituto

    Brasileiro de Geografia e Estatstica:

    Taxa de internaes por doena hipertensiva, por faixa etria e por sexo,

    na populao no coberta por planos privados de assistncia hospitalar,

    residente em municpios brasileiros selecionados (*) (x 10.000), no ano

    de 2006

    Idade Sexo masculino Sexo feminino

  • (*) municpios com menos de 10% de mortes com causa desconhecida e com capacidade

    de realizar seis (06) ou mais internaes SUS por 100 habitantes sem plano privado

    hospitalar

    Meta

    Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa padronizada do setor e 62% da

    taxa padronizada do setor.

    Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    N Internaes por Doenas

    Hipertensivas por 10.000 expostos Valor de 0 a 1 Peso 2

    S/ Informao ou resultado >= taxa

    padronizada do setor x 1,6 ou taxa padronizada do setor x

    0,3.e < taxa padronizada do setor x 0,62. V1 (>0 e taxa padronizada do setor.e <

    taxa padronizada do setor x 1,6.

    V2 (>0 e

  • Denominador: Item 1.4. do Anexo II do Sistema de Informao de Produtos

    SIP - (RN N 152/2007).

    Aes esperadas para causar impacto no indicador

    Reduo do nmero de internaes/ano por aes educativas para os

    beneficirios e acompanhamento sistemtico ambulatorial dos casos identificados

    de hipertenso arterial.

    Limitaes e vieses do indicador

    O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um

    mesmo paciente, pela mesma causa, durante o perodo analisado.

    A anlise do indicador em populaes muito pequenas ser corrigida por

    metodologia estatstica especifica.

    Referncias

    BRASIL, Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar Sistema

    de Informaes de Produtos - SIP.

    BRASIL, Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar Sistema

    de Informaes de Beneficirios - SIB.

    BRASIL, Ministrio da Sade. Portaria n 1101/GM. Disponvel em:

    .

    BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar. Manual

    Tcnico de Promoo da Sade e Preveno de Riscos e Doenas na Sade

    Suplementar. 2. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: ANS, 2007. Disponvel em:

    .

    BRASIL. Ministrio da Sade. Coordenao de Hipertenso e Diabete. Programa de

    Preveno de Doenas Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema nico

    de Sade. Cadernos de Ateno Bsica Hipertenso Arterial Sistmica.

    Braslia: Ministrio da Sade, 2006.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de

    Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,

    2002. Disponvel em: .

    Acesso em 2008.

  • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE. Disponvel em:

    . Brasil. Acesso em 2008.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.

    So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para

    classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE

    HIPERTENSO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. V Diretrizes

    Brasileiras de Hipertenso Arterial. 2006.

  • 1.9- PROPORO DE HOMENS SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS

    SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE PRSTATA

    Conceituao

    Percentual de homens com cncer de prstata internados para realizao de

    procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de homens com cncer

    de prstata internados, no ano considerado.

    Mtodo de clculo*

    Nmero de homens com cncer de prstata submetidos a

    procedimentos selecionados

    Nmero de homens internados por cncer de prstata

    x 100

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula

    simplificada pode ser representada pela seguinte equao:

    Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

    ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

    indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador Nmero de homens que realizaram pela 1 vez no ano um dos

    procedimentos selecionados: prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a

    cu aberto para tratamento do cncer de prstata, cuja definio compreende o

    grupo de diagnstico C61 do Captulo II (Neoplasias) da CID-10, desconsiderando

    os procedimentos repetidos no mesmo beneficirio.

    Denominador Nmero de homens com internaes em qualquer clnica pela 1

    vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para o mesmo beneficirio,

  • cujo diagnstico principal, registrado na alta hospitalar, est contido no grupo de

    diagnstico C61 do Captulo II (Neoplasias) da CID-10.

    Interpretao do indicador

    Esse indicador permite determinar o quanto das internaes por neoplasia maligna

    de prstata foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados

    (prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a cu aberto), que so indicados

    como possibilidade de tratamento da neoplasia maligna de prstata.

    De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo

    diagnosticada e tratada oportunamente.

    O procedimento que compe o numerador (prostatavesiculectomia radical

    retropbica) o procedimento padro-ouro para o tratamento de cncer de

    prstata localizado.

    O denominador conter os procedimentos do numerador e outros, considerando os

    homens internados com a doena.

    Quanto maior o denominador em relao ao numerador maior o volume de

    procedimentos realizados para tratamento de doena avanada e complicaes.

    Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de

    preveno e controle (diagnstico, tratamento e educao para a sade) de

    neoplasia maligna de prstata.

    Usos

    Identificar casos na populao beneficiria e orientar a adoo de medidas de

    controle.

    Analisar a evoluo por operadora das internaes hospitalares de neoplasia

    maligna de prstata, identificando situaes de desequilbrio que possam

    merecer ateno especial.

    Contribuir para a realizao de anlises comparativas da concentrao de

    recursos mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna

    de prstata, para a populao beneficiria da operadora.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na

    populao masculina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de

  • prstata correspondeu quinta causa de internao (5%) por neoplasia na

    populao masculina, no mesmo perodo.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2003 no Brasil foi

    de 40,5 /100.000 homens.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2005 no Brasil foi

    de 51/100.000 homens.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2006 no Brasil foi

    de 51 /100.000 homens.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2008 no Brasil de

    52 / 100.000 homens.

    Conforme descrito no National Cancer Control Programs Policies and

    managerial guidelines, espera-se que:

    dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de prstata, mais de 70%

    recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional

    estabelecido para a doena; e

    dos expostos com diagnstico de neoplasia maligna de prstata, mais de

    20% recebam tratamento curativo adequado para a doena de acordo com

    o estadiamento definido pela bipsia.

    A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de prstata, no Brasil, no

    SUS, no perodo entre 2000 e 2007 variou de 0,74 a 1,55 por 10.000 homens.

    Meta

    A meta das internaes por neoplasia de prstata para procedimentos especficos

    deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta patologia.

  • Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    % de homens com CA Prstata submetidos

    a procedimentos selecionados entre todos

    internados com CA de Prstata

    Valor de 0 a 1 Peso 0,25

    S/ Informao ou resultado =0 0 0

    Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25

    V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

    Fonte de dados

    Numerador: Item 3.2.6.1 (Homens com cncer de prstata submetidas a

    procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Denominador: Item 3.2.6 (Homens internados por cncer de prstata) do

    Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador

    Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle da

    doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.

    Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de

    preveno e qualificao da assistncia.

    Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

    prestadores de servio.

    Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil

    epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da

    populao beneficiria.

    Limitaes e vieses do indicador

    Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente

    registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser

    mascarada pela presena de comorbidades.

  • O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao

    masculina.

    Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

    envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao

    do homem relacionada ao cncer de prstata.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de

    Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,

    2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:

    Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Nacional

    de Controle do Cncer da Prstata. Documento de Consenso. 2002.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2005.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2006.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.

    So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para

    classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,

    Policies and managerial guidelines. 2nd

    Edition. Genebra: 2002.

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no

    Brasil: conceitos e aplicaes/Rede Interagencial de Informaes para a Sade -

    Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm

  • 1.10- PROPORO DE PESSOAS SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS

    SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE CLON E RETO

    Conceituao

    Percentual de homens e mulheres com cncer de clon e reto internados para

    realizao de procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de

    homens e mulheres com cncer de clon e reto internados, no ano considerado.

    Mtodo de clculo

    Nmero de homens e mulheres com cncer de clon e reto

    submetidos a procedimentos selecionados

    Nmero de homens e mulheres internados por cncer de clon e

    reto

    x 100

    Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula

    simplificada pode ser representada pela seguinte equao:

    Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

    ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

    indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador Nmero de pessoas que realizaram pela 1 vez no ano um dos

    procedimentos selecionados: amputao abdomino-perineal do reto (completa),

    colectomia total com ileo-reto-anamastose, colectomia total com ileostomia,

    proctocolectomia total, proctocolectomia total com reservatrio ileal e

    retossigmoidectomia abdominal para tratamento de cncer de colon e reto, cuja

    definio compreende os grupos de diagnstico C18 a C20 e D01.0 a D01.2 do

  • Captulo II (Neoplasias) da CID-10, desconsiderando os procedimentos repetidos

    no mesmo beneficirio.

    Denominador Nmero de pessoas com internaes em qualquer clnica pela

    1 vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para os mesmos

    beneficirios, cujo diagnstico principal, registrado na alta hospitalar, est

    contido grupos de diagnstico C18 a C20 e D01.0 a D01.2 do Captulo II

    (Neoplasias) da CID-10.

    Interpretao do indicador

    Esse indicador permite determinar o quanto das internaes por neoplasia maligna

    de clon e reto foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados

    (prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a cu aberto), que so indicados

    como possibilidade de tratamento da neoplasia maligna de prstata.

    De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo

    diagnosticada e tratada oportunamente.

    O denominador conter os procedimentos do numerador e outros, considerando as

    pessoas internadas com a doena.

    Quanto maior o denominador em relao ao numerador maior o volume de

    procedimentos realizados para tratamento de doena avanada e complicaes.

    Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de

    preveno e controle (diagnstico, tratamento e educao para a sade) de

    neoplasia maligna de clon e reto.

    Usos

    Identificar casos na populao beneficiria e orientar a adoo de medidas de

    controle.

    Analisar a evoluo por operadora das internaes hospitalares de neoplasia

    maligna de clon e reto, identificando situaes de desequilbrio que possam

    merecer ateno especial.

    Contribuir para a realizao de anlises comparativas da concentrao de

    recursos mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna

    de clon e reto, para a populao beneficiria da operadora.

  • Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na

    populao masculina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de

    prstata correspondeu quinta causa de internao (5%) por neoplasia na

    populao masculina, no mesmo perodo.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2003 no Brasil foi

    de 40,5 /100.000 homens.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2005 no Brasil foi

    de 51/100.000 homens.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2006 no Brasil foi

    de 51 /100.000 homens.

    A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2008 no Brasil de

    52 / 100.000 homens.

    Conforme descrito no National Cancer Control Programs Policies and

    managerial guidelines, espera-se que:

    dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de prstata, mais de 70%

    recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional

    estabelecido para a doena; e

    dos expostos com diagnstico de neoplasia maligna de prstata, mais de

    20% recebam tratamento curativo adequado para a doena de acordo com

    o estadiamento definido pela bipsia.

    A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de prstata, no Brasil, no

    SUS, no perodo entre 2000 e 2007 variou de 0,74 a 1,55 por 10.000 homens.

    Meta

    A meta das internaes por neoplasia de clon e reto para procedimentos

    especficos deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta

    patologia.

  • Pontuao

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    % de pessoas com CA Coln e Reto

    submetidas a procedimentos Especficos

    entre todas internadas com CA Coln e Reto

    Valor de 0 a 1 Peso 0,25

    S/ Informao ou resultado = 0 0 0

    Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25

    V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

    Fonte de dados

    Numerador: Item 3.2.5.1 (Pessoas com cncer de clon e reto submetidas a

    procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Denominador: Item 3.2.5 (Pessoas internadas por cncer de clon e reto) do

    Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.

    Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador

    Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle

    da doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.

    Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de

    preveno e qualificao da assistncia.

    Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

    prestadores de servio.

    Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil

    epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da

    populao beneficiria.

    Limitaes e vieses do indicador

    Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente

    registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser

    mascarada pela presena de comorbidades.

  • O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao.

    Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

    envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao

    da pessoa relacionada ao cncer de clon e reto.

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de

    Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,

    2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:

    Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2005.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de

    incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2006.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Falando sobre

    cncer de intestino. 2003.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica

    Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.

    So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para

    classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.

    ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,

    Policies and managerial guidelines. 2nd

    Edition. Genebra: 2002.

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no

    Brasil: conceitos e aplicaes/Rede Interagencial de Informaes para a Sade -

    Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htmhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm

  • 1.11- NMERO DE CONSULTAS ODONTOLGICAS INICIAIS POR

    EXPOSTO

    Conceituao

    Nmero de consultas odontolgicas iniciais, realizadas em cada exposto da

    operadora, no perodo considerado.

    Mtodo de clculo*

    Total de consultas odontolgicas iniciais

    Total de expostos para consultas odontolgicas iniciais

    *Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

    ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula

    simplificada pode ser representada pela seguinte equao:

    Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

    ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).

    Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

    fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

    progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

    indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao

    procedimento).

    Definio de termos utilizados no indicador

    Numerador - Total de consultas odontolgicas iniciais: total de atendimentos

    com consultas odontolgicas destinadas ao exame e diagnstico para a

    elaborao do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento de ficha

    clnica odontolegal, diagnstico das doenas e anomalias bucais do paciente e

    prognstico. Neste item no devem ser informadas as consultas de carter

    emergencial ou pericial, a serem lanadas no item 1.9.7 Outros Procedimentos.

    Denominador - Total de expostos para consultas odontolgicas iniciais: total de

    beneficirios expostos e expostos no beneficirios sob responsabilidade da

  • operadora, que esto fora do perodo de carncia no item em questo (consulta

    odontolgica inicial), no perodo considerado.

    Interpretao do indicador

    A ateno odontolgica em nvel individual uma importante estratgia para a

    qualificao do acesso assistncia na medida em que possibilita a avaliao por

    um profissional de sade, visando preveno das doenas bucais, avaliao dos

    fatores de risco individuais, realizao de diagnstico precoce com reduo das

    seqelas e limitao dos danos, contribuindo para a reduo dos custos com

    tratamento odontolgico, melhora nas condies de sade bucal e aumento da

    qualidade de vida dos indivduos.

    Desta forma, este indicador estima o acesso da populao exposta assistncia

    odontolgica individual, visando execuo de um plano preventivo-teraputico

    estabelecido a partir de uma avaliao/ exame clnico, no mbito da ateno

    suplementar sade.

    Usos

    Analisar o acesso e cobertura consulta odontolgica inicial, na ateno

    suplementar sade, identificando variaes e tendncias que demandem a

    implementao de aes para a ampliao do acesso qualificado ao servio

    odontolgico.

    Analisar a orientao dos modelos assistenciais praticados na assistncia

    odontolgica suplementar.

    Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliao dos servios

    odontolgicos prestados pela operadora.

    Poder ser influenciado pela infra-estrutura da rede prestadora de servios e pelo

    modelo operacional da operadora, quando existirem barreiras para o acesso s

    consultas odontolgicas iniciais.

    Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes

    Em 2003, o Ministrio da Sade concluiu a realizao de um levantamento

    epidemiolgico, denominado Projeto SB Brasil: Condies de Sade Bucal da

    Populao Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em diferentes

    grupos etrios da populao brasileira. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi

    recomendada pela Organizao Mundial da Sade (OMS), na quarta edio

  • (1997) da publicao Oral health surveys: basic methods, e sugere a composio

    da amostra em determinadas idades-ndice e faixas etrias para verificar a

    ocorrncia das doenas bucais ao longo da vida, uma vez que estas apresentam

    forte correlao com a idade do indivduo.

    O nmero de indivduos em cada faixa etria, ou idade-ndice, foi preconizado de

    acordo com a prevalncia e severidade das doenas bucais, no havendo

    correlao com a representatividade desses grupos etrios na populao

    brasileira.

    O SB Brasil constitui um marco na epidemiologia em sade bucal, representando

    a mais ampla pesquisa j empreendida no pas, e gerou resultados importantes

    para o incremento das aes de planejamento e avaliao na rea de sade

    bucal coletiva. Os resultados do estudo foram referncia para a construo dos

    parmetros dos indicadores odontolgicos do Programa de Qualificao da Sade

    Suplementar.

    O parmetro utilizado para o indicador Consultas Odontolgicas Iniciais baseou-

    se na necessidade de tratamento, em nvel individual, das principais doenas

    bucais. A distribuio da necessidade de tratamento para a crie dentria,

    segundo os grupos etrios de 18 a 36 meses, 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35

    a 44 anos, 65 a 74 anos e macrorregio do pas, foi medida pelas variveis

    TRATA_1 necessidade de restaurao de 1 face, TRATA_2 necessidade de

    restaurao de 2 ou mais faces, TRATA_3 necessidade de coroa, TRATA_4

    necessidade de faceta esttica, TRATA_5 necessidade de tratamento pulpar e

    restaurao, TRATA_6 necessidade de extrao e TRATA_8 necessidade de

    selante; e a distribuio da necessidade de tratamento periodontal, dos

    indivduos com ceo-d/ COP-D=0, foi medida pelas variveis MAXCPI_2 presena

    de clculo, MAXCPI_3 presena de bolsa 4-5 mm, MAXCPI_4 presena de bolsa 6

    mm e mais, de acordo com os resultados do Projeto SB Brasil: Condies de

    Sade Bucal da Populao Brasileira Resultados Principais.

    A Necessidade de tratamento para a crie dentria e a necessidade de

    tratamento periodontal, em indivduos com ceo-d/ CPO-D=0, segundo faixa

    etria, medidas pelas variveis descritas acima, esto demonstradas no quadro

    abaixo:

  • Fonte: Projeto SB Brasil: Condies de Sade Bucal da Populao Brasileira

    Resultados Principais.

    Meta

    De acordo com o parmetro nacional, estabelecido a partir dos resultados do

    Projeto SB Brasil, a meta a realizao de 0,60 consulta inicial/exposto/ano,

    ampliando o acesso assistncia odontolgica suplementar por meio da consulta

    odontolgica inicial.

    Faixa Etria Nmero de

    indivduos

    Nmero de

    indivduos

    com

    necessidade

    de tratamento

    para crie

    dentria

    Nmero de

    indivduos

    com ceo-d/

    CPO-D=0 e

    necessidade

    de tratamento

    periodontal

    Nmero de

    indivduos

    com

    necessidade

    de tratamento

    odontolgico

    individual/

    100

    indivduos

    18 a 36 meses 12117 3344 - 27,60

    5 anos 26641 14931 - 56,05

    12 anos 34550 19738 3680 67,78

    15 a 19 anos 16833 11139 1864 77,25

    35 a 44 anos 13431 8450 3210 86,81

    65 a 74 anos 5349 1670 393 38,57

    Total 108921 59272 9147 62,82

  • Pontuao

    A pontuao do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo:

    Resultado obtido pela operadora Pontuao

    Nmero de Consultas Odontolgicas

    Iniciais por Exposto Valor de 0 a 1 Peso 3

    S/ Informao ou resultado 0,10 e < 0,60 v (>0 e = 0,60 1 3

    V = (Resultado > 0,10 e < 0,60) 0,10 / 0,50

    Fonte

    Numerador: Sistema de Informaes de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.7

    consultas odontolgicas iniciais (n de eventos)

    Denominador: Sistema de Informaes de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.7

    consultas odontolgicas iniciais (n de expostos)

    Aes esperadas para causar impacto no indicador

    Conhecer o perfil epidemiolgico dos beneficirios, identificar os indivduos

    acometidos pelas doenas crie e periodontal com necessidade de tratamento em

    nvel individual, e adotar estratgias de busca ativa para a captao de expostos

    e aumento da cobertura assistencial.

    Desenvolver programas de promoo da sade e preveno de riscos e doenas

    com enfoque multiprofissional, de modo a inserir a consulta odontolgica

    individual nos cuidados bsicos de sade, visando a integralidade e a qualificao

    da assistncia sade.

    Limitaes e vieses

    O indicador poder ser influenciado pela contagem cumulativa de consultas

    odontolgicas iniciais, considerando a possibilidade de realizao e registro de

    mais de uma consulta, no mesmo indivduo, durante o perodo analisado.

    Podero ocorrer inconsistncias no registro das informaes referentes ao

    numerador, por parte das operadoras, uma vez que no devem ser informadas

    as consultas de carter pericial, emergencial, de reviso e/ou manuteno.

  • Referncias

    BRASIL. Portaria MS n 493/GM, de 13 de maro de 2006. Aprova a Relao

    de Indicadores da Ateno Bsica 2006. Disponvel em:

    http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7

    jan. 2008.

    BRASIL. Portaria MS n 91/GM, de 10 de jan