87
1 ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

1

ANEXO I

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Page 2: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

2

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada ml contém 1 mg de sirolimus. Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução oral. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas O Rapamune está indicado para a profilaxia da rejeição de órgãos em doentes adultos transplantados renais com um risco imunológico ligeiro a moderado. Recomenda-se que o Rapamune seja usado inicialmente em associação com uma microemulsão de ciclosporina e corticosteróides, durante 2 a 3 meses. O Rapamune pode manter-se como terapêutica de manutenção com corticosteróides caso a ciclosporina possa ser progressivamente descontinuada (ver as secções 4.2 e 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento deve iniciar-se e manter-se sob a orientação de um especialista devidamente qualificado em transplantação. Adultos Terapêutica Inicial (2 a 3 meses após a transplantação): O regime posológico habitual para o Rapamune é de uma dose de sobrecarga de 6 mg, logo que possível após a transplantação, seguida de 2 mg uma vez por dia. Em seguida a dose de Rapamune deve ser individualizada de modo a obter concentrações sanguíneas mínimas entre 4 e 12 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). A terapêutica com Rapamune deve ser optimizada com o regime de esteróides e microemulsão de ciclosporina. Nos primeiros 2-3 meses após transplantação, sugere-se um intervalo de concentrações mínimas de ciclosporina entre 150-400 ng/ml (doseamento monoclonal ou técnica equivalente). Terapêutica de Manutenção: A ciclosporina deve ser descontinuada progressivamente, durante 4 a 8 semanas e a dose de Rapamune deve ser ajustada de forma a obter concentrações sanguíneas mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). O Rapamune deve ser administrado com corticosteróides. Nos doentes em que a descontinuação de ciclosporina não é bem sucedida ou não pode ser experimentada, a associação de ciclosporina e Rapamune não pode ser mantida para além de 3 meses após transplantação. Nestes doentes, quando clinicamente adequado, o Rapamune deve ser descontinuado e deve instituir-se um regime imunossupressor alternativo. Transplantados de raça negra: A informação que sugere a necessidade de doses mais elevadas e níveis mínimos mais elevados de sirolimus para obter a mesma eficácia nos transplantados renais de raça negra (predominantemente Afro-Americanos), comparativamente aos de outras raças, é limitada. Os dados actualmente disponíveis são muito limitados para permitir recomendações de utilização específicas em transplantados de raça negra.

Page 3: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

3

Utilização em crianças e adolescentes: A experiência da utilização do sirolimus em crianças e adolescentes é insuficiente para recomendar a utilização do sirolimus. Os dados farmacocinéticos disponíveis em crianças são limitados (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes idosos (> 65 anos): Os estudos clínicos realizados com o Rapamune não incluíram um número de doentes com mais de 65 anos que permita determinar se estes respondem de forma diferente comparativamente com os doentes mais jovens. Os dados relativos à concentração mínima do sirolimus em 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticos aos de uma população adulta (n=822) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Doentes com alteração da função renal: Não é necessário ajuste posológico (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes com insuficiência hepática ligeira ou moderada: Nos doentes com insuficiência hepática, recomenda-se que as concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus sejam cuidadosamente monitorizadas. Não é necessário modificar a dose de sobrecarga de Rapamune (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada em indivíduos com doença hepática grave. Monitorização terapêutica do fármaco: A maioria dos doentes tratados com 2 mg de Rapamune 4 horas após a ciclosporina apresentaram concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus no intervalo pretendido de 4 a 12 ng/ml. Para optimizar a terapêutica é necessário monitorização das concentrações do fármaco em todos os doentes. Os níveis sanguíneos de sirolimus devem ser cuidadosamente monitorizados nas populações seguintes, uma vez que estas provavelmente terão necessidades posológicas especiais: (1) doentes com patologia hepática; (2) em caso de administração simultânea de potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4 e após a sua interrupção (ver secção 4.5); e/ou (3) se a dose de ciclosporina foi consideravelmente reduzida ou descontinuada. De modo a reduzir a variabilidade, o Rapamune deve ser tomado à mesma hora relativamente à toma da ciclosporina, ou seja, 4 horas após a toma de ciclosporina, e sempre da mesma forma com ou sem alimentos (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). De preferência, os ajustes posológicos de Rapamune devem basear-se em mais de um nível mínimo de concentração obtido decorridos mais de 5 dias após uma alteração posológica prévia. Após descontinuação da terapêutica com ciclosporina recomenda-se um intervalo de concentrações mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico). A ciclosporina inibe o metabolismo do sirolimus, pelo que os níveis do sirolimus diminuem quando a ciclosporina é descontinuada, a menos que a dose de sirolimus seja aumentada. Em média, será necessário um aumento de 4 vezes na dose de sirolimus para compensar, por um lado a ausência de interacção farmacocinética (aumento 2 vezes), e por outro a necessidade de aumentar a imunossupressão devido à ausência de ciclosporina (aumento 2 vezes). O aumento da dose de sirolimus deve ser efectuado proporcionalmente à descontinuação da ciclosporina. Os intervalos de concentrações recomendados para o sirolimus baseam-se em métodos cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria de massa, cujos resultados são, em média, cerca de 20% inferiores aos resultados obtidos por imunoensaio. Devem efectuar-se ajustes no intervalo de concentração pretendido em função do método de doseamento utilizado para determinar as concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus. Portanto, quaisquer comparações entre valores de concentração encontrados na literatura publicada e valores observados num doente em particular, utilizando os métodos correntes, devem ser efectuadas com o conhecimento detalhado do método de doseamento usado. A monitorização do fármaco não deve ser a única base para o ajuste da terapêutica com sirolimus. Deve ter-se uma atenção especial para sinais ou sintomas clínicos, biópsias tecidulares e parâmetros laboratoriais.

Page 4: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

4

Outras considerações para a utilização: A ciclosporina (microemulsão) e outros medicamentos ou substâncias podem interagir com o sirolimus (ver secção 4.5). 4.3 Contra-indicações O Rapamune está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade ao sirolimus ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização O Rapamune destina-se apenas a administração oral. Em estudos clínicos, o Rapamune foi administrado concomitantemente com os seguintes fármacos: ciclosporina, azatioprina, micofenolato de mofetilo, corticosteróides e anticorpos citotóxicos. A eficácia e segurança do Rapamune em associação com outros imunossupressores não foi largamente investigada. O Rapamune não foi suficientemente estudado nos doentes com alto risco de imunossupressão. A farmacocinética do Rapamune não foi estudada em doentes com insuficiência hepática grave. Recomenda-se nestes casos que a concentração sanguínea mínima do sirolimus seja cuidadosamente monitorizada. Não se recomenda a administração simultânea de Rapamune e potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4, excepto se os benefícios superarem os riscos, devido às interacções potenciais. Recomenda-se uma monitorização cuidadosa dos níveis mínimos da concentração sanguínea de sirolimus em caso de administração simultânea de indutores ou inibidores da CYP3A4 e após a sua descontinuação (ver secção 4.5). O aumento da susceptibilidade à infecção e a possibilidade de se desenvolver linfoma e outras doenças malignas, particularmente cutâneas, pode ser uma consequência da imunossupressão (ver Efeitos indesejáveis, secção 4.8). A imunossupressão acentuada pode igualmente aumentar a susceptibilidade às infecções, incluindo infecções oportunistas, fatais e septicémia. Como é habitual, nos doentes com risco aumentado de cancro de pele, a exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector, bem como um protector solar com um factor de protecção elevado. Foram notificados casos de pneumonia por Pneumocystis carinii em doentes não submetidos a profilaxia antimicrobiana. Por isso, deve ser administrada profilaxia antimicrobiana para a pneumonia por Pneumocystis carinii durante os primeiros 12 meses após a transplantação. Recomenda-se a profilaxia da infecção por citomegalovírus (CMV) nos primeiros 3 meses após a transplantação, particularmente nos doentes que apresentem um risco aumentado de infecção por CMV. A utilização do Rapamune em doentes transplantados renais esteve associada a níveis séricos aumentados de colesterol e triglicéridos, o que pode requerer tratamento médico. Nos doentes sob terapêutica com Rapamune a hiperlipidémia deve ser monitorizada com exames laboratoriais e se esta for detectada deverão iniciar-se as medidas adequadas, tais como dieta, exercício físico e fármacos que diminuam a concentração lipídica. Nos doentes que apresentem hiperlipidémia a relação risco/benefício deve ser avaliada antes do início de um regime imunossupressor que inclua o Rapamune. A relação risco/benefício da terapêutica continuada com Rapamune deve igualmente ser reavaliada nos doentes com hiperlipidémia refractária grave. No número limitado de doentes estudados, a administração concomitante de Rapamune e inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos foi aparentemente bem tolerada. Os doentes sob tratamento com

Page 5: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

5

Rapamune, concomitantemente com inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos, devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de rabdomiólise e outros efeitos adversos referidos no Resumo das Características do Medicamento destes fármacos. A função renal deve ser monitorizada durante a administração concomitante de Rapamune e ciclosporina. Deve efectuar-se um ajuste adequado do regime de imunossupressão nos doentes com níveis elevados de creatinina sérica. Recomenda-se precaução na utilização concomitante de outros fármacos que apresentem efeitos nocivos sobre a função renal. Os doentes tratados com ciclosporina e Rapamune para além dos 3 meses apresentam níveis superiores de creatinina sérica e valores inferiores da taxa de filtração glomerular comparativamente aos doentes tratados com ciclosporina e placebo ou aos de controlo que tomaram azatioprina. Os doentes em que a ciclosporina foi descontinuada com sucesso apresentaram níveis inferiores de creatinina sérica e valores superiores da taxa de filtração glomerular, comparativamente aos doentes que continuaram o tratamento com ciclosporina. Até que estejam disponíveis novos dados clínicos, a administração concomitante e continuada de ciclosporina e Rapamune como terapêutica de manutenção não pode ser recomendada. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção O sirolimus é extensamente metabolizado na parede do intestino e no fígado pela isoenzima CYP3A4. O sirolimus é também um substrato da bomba de efluxo de multifármacos, glicoproteína P (P-gp), localizada no intestino delgado. Portanto, a absorção e subsequente eliminação do sirolimus absorvido sistemicamente podem ser afectadas por substâncias que interferem com essas proteínas. Ciclosporina (substrato da CYP3A4): A taxa e a extensão da absorção do sirolimus foram significativamente influenciadas pela ciclosporina. A microemulsão de ciclosporina administrada 4 horas antes do sirolimus aumenta a AUC, Cmax e tmax do sirolimus 1,8 vezes, 1,4 vezes e 1,6 vezes respectivamente. O sirolimus em dose única não afectou a farmacocinética da ciclosporina (microemulsão) em voluntários saudáveis, quando administrados simultaneamente ou com 4 horas de intervalo. Com base no esquema posológico dos ensaios clínicos alargados de Fase III, recomenda-se que o Rapamune seja administrado 4 horas após a ciclosporina (microemulsão). Rifampicina (indutor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de rifampicina diminuiu a concentração sanguínea do sirolimus após a administração de uma dose única de 10 mg de Rapamune solução oral. A rifampicina aumentou a clearence do sirolimus cerca de 5,5 vezes e diminuiu a AUC e Cmax em 82% e 71%, respectivamente. Caso se administre rifampicina concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente aumentada para 8 vezes a dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com a rifampicina terminar, a dose de sirolimus deve ser reduzida gradualmente para a dose de manutenção original. Cetoconazol (inibidor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de cetoconazol afectou significativamente a taxa de absorção, a extensão da absorção e a exposição ao sirolimus como se pode demonstrar pelo aumento da Cmax e tmax e AUC em 4,3 vezes, 1,4 vezes e 10,9 vezes, respectivamente. Caso se administre cetoconazol concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente reduzida para 1/6 da dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com o cetoconazol terminar, a dose de sirolimus deve ser aumentada para a dose de manutenção original. Diltiazem (inibidor da CYP3A4): A administração oral simultânea de solução oral de Rapamune 10 mg e de 120 mg de diltiazem afectou significativamente a biodisponibilidade do sirolimus. A Cmax, tmax e AUC do sirolimus aumentaram respectivamente 1,4 vezes, 1,3 vezes e 1,6 vezes. O sirolimus não afectou a farmacocinética do diltiazem nem dos seus metabolitos desacetildiltiazem e desmetildiltiazem. No caso de administração concomitante de diltiazem, deve fazer-se a monitorização dos níveis sanguíneos do sirolimus e pode ser necessário ajuste posológico.

Page 6: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

6

Contraceptivos orais: Não se observou nenhuma interacção farmacocinética significativa entre o sirolimus e a formulação de 0,3 mg de norgestrel/ 0,03 mg de etinilestradiol. Embora os resultados de um estudo de interacção de dose única com um contraceptivo oral sugiram a ausência de interacção farmacocinética, não se pode excluir a possibilidade de ocorrerem alterações farmacocinéticas susceptíveis de alterar a farmacocinética do contraceptivo oral durante o tratamento crónico com Rapamune. Outras interacções possíveis: Os inibidores da CYP3A4 podem diminuir o metabolismo do sirolimus e aumentar os seus níveis sanguíneos (e.g. bloqueadores dos canais de cálcio: nicardipina, verapamil; antifúngicos: clotrimazol, fluconazol, itraconazol; antibióticos macrólidos: claritromicina, eritromicina e troleandomicina; fármacos procinéticos gastrointestinais: cisapride, metoclopramida e outros fármacos: bromocriptina, cimetidina, danazol e inibidores da protease). Os indutores da CYP3A4 podem aumentar o metabolismo do sirolimus e reduzir os seus níveis sanguíneos (e.g. chá de hipericão (Hypericum perforatum), anticonvulsionantes: carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; antibióticos: rifabutina). Embora o sirolimus iniba o citocromo microsomal hepático humano P450 CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4/5 in vitro, não se prevê que o fármaco iniba estas isoenzimas in vivo, dado que as concentrações de sirolimus necessárias para provocar inibição são muito superiores às observadas nos doentes tratados com as doses terapêuticas de Rapamune. Os inibidores da P-gp podem diminuir o efluxo do sirolimus das células da parede intestinal e assim aumentar os níveis circulantes do sirolimus. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Não foi detectada nenhuma interacção farmacocinética com significado clínico entre o sirolimus e os seguintes fármacos: aciclovir, atorvastatina, digoxina, glibenclamida, metilprednisolona, nifedipina, prednisolona e trimetoprim/sulfametoxazole. 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados adequados sobre a utilização de Rapamune em mulheres grávidas. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutora (ver 5.3). O risco potencial para o ser humano é desconhecido. O Rapamune não deve ser usado durante a gravidez, salvo se for claramente necessário. Deve ser usada contracepção eficaz durante o tratamento com Rapamune e durante 12 semanas após a sua interrupção. Após a administração de sirolimus marcado com isótopo radioactivo em ratos, a radioactividade foi excretada no leite. Desconhece-se se o sirolimus é excretado no leite materno humano. Dado o potencial de efeitos adversos do sirolimus em recém-nascidos amamentados, durante o tratamento deve suspender-se a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A lista seguinte inclui as reacções adversas observadas nos ensaios clínicos e nos relatórios pós-comercialização. Incluem-se apenas os acontecimentos para os quais haja pelo menos uma suspeita razoável de relação de causalidade com o tratamento com Rapamune. A maioria dos doentes nos ensaios clínicos foram tratados com ciclosporina e corticosteróides; assim a frequência das reacções adversas alistadas inclui a administração de Rapamune em associação com a ciclosporina e corticosteróides. A frequência das reacções adversas proveniente dos resultados de estudos clínicos foi determinada em quatro estudos clínicos, dos quais dois aleatórios, em duplo anonimato, multicêntricos e controlados nos quais 499 doentes transplantados renais foram tratados com 2 mg/dia de Rapamune e 477 tratados

Page 7: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

7

com 5 mg/dia de Rapamune em associação com ciclosporina e corticosteróides, e outros dois abertos que incluíram 771 doentes tratados inicialmente com Rapamune e ciclosporina e posteriormente distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um que manteve a terapêutica com a ciclosporina e outro em que se retirou a ciclosporina 2-3 meses após transplantação. As reacções adversas estão alistadas de acordo com as seguintes categorias: Muito frequentes: >10 % Frequentes: >1% e <10% Pouco frequentes: >0,1% e <1% Gerais: Muito frequentes: Linfocelo Frequentes: Cicatrização anormal; edema; infecções fúgicas, virais e bacterianas (tais

como infecções por micobactérias, vírus de Epstein-Barr, CMV e Herpes zoster); Herpes simplex; septicémia

Disfunções cardíacas: Frequentes: Taquicardia Distúrbios gastrointestinais: Muito frequentes: Dor abominal; diarreia Frequentes: Estomatite Pouco frequentes: Pancreatite Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo: Muito frequentes: Anemia; trombocitopénia Frequentes: Leucopénia; púrpura trombocitopénica trombótica / síndrome hemolítico

urémico Pouco frequentes: Linfoma / doença linfoproliferativa pós-transplantação Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Muito frequentes: Hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia (hiperlipidémia); hipocaliémia;

desidrogenase láctica (LDH) aumentada Frequentes: Exames anormais da função hepática Distúrbios musculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos: Muito frequentes: Artralgia Frequentes: Necrose óssea Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: Frequentes: Epistaxis; pneumonia Afecções da pele e dos tecidos subcutâneos: Muito frequentes: Acne Frequentes: Erupção cutânea Distúrbios renais e do sistema urinário: Muito frequentes: Infecções urinárias Frequentes: Pielonefrite A imunossupressão aumenta a susceptibilidade ao desenvolvimento de linfoma e outras doenças malignas, em particular cutâneas (ver secção 4.4). Ocorreram casos de pneumonia sem identificação da etiologia infecciosa, por vezes com envolvimento intersticial, em doentes tratados com regimes imunossupressores que incluíam o Rapamune. Em alguns casos a pneumonia resolveu com a descontinuação do Rapamune.

Page 8: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

8

4.9 Sobredosagem Até ao momento, a experiência com sobredosagem é mínima. Um doente sofreu um episódio de fibrilhação auricular após a ingestão de 150 mg de Rapamune. Em todos os casos de sobredosagem devem ser iniciadas as medidas gerais de suporte. Baseado na fraca solubilidade aquosa e na elevada ligação do Rapamune aos eritrócitos, é de esperar que o Rapamune não seja significativamente dialisável. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: imunossupressores selectivos. Código ATC: L04A A10 O sirolimus inibe a activação das células T induzida pela maioria dos estímulos, por bloqueio do sinal intracelular de transdução dependente e independente do cálcio. Os estudos demonstraram que os seus efeitos são mediados por um mecanismo diferente do da ciclosporina, do tacrolimus e de outros imunossupressores. A evidência experimental sugere que o sirolimus se liga a uma proteína citosólica específica, a FKPB-12, e que o complexo FKPB 12-sirolimus inibe a activação do Alvo da Rapamicina de mamífero (mTOR), uma quinase crítica para a progressão do ciclo celular. A inibição da mTOR tem como consequência o bloqueio de numerosos sinais específicos das vias de transdução. O resultado final é a inibição da activação dos linfócitos, que provoca imunossupressão. Nos animais, o sirolimus tem um efeito directo na activação das células T e B suprimindo as reacções mediadas pelo sistema imunitário tais como a rejeição de alotransplantes. Nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus foram estudados doentes com um risco imunológico ligeiro a moderado, incluindo doentes transplantados renais de dadores vivos ou cadáveres. Foram ainda incluídos doentes retransplantados cujos transplantes prévios sobreviveram durante pelo menos 6 meses após a transplantação. A ciclosporina não foi retirada em doentes que apresentaram episódios de rejeição aguda de grau 3 da classificação de Banff, dialisados, com valores de creatinina sérica > 400 µmol/L ou com função renal inadequada para permitir a retirada da ciclosporina. Doentes com alto risco imunológico de perda do transplante não foram estudados em número suficiente nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus e não se recomenda este regime de tratamento nestes doentes. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Após administração oral, o sirolimus é rapidamente absorvido com um tempo para atingir a concentração máxima de 1 hora em indivíduos saudáveis que tomaram doses únicas e 2 horas em transplantados renais estáveis que tomaram doses múltiplas. A disponibilidade sistémica do sirolimus, quando administrado em simultâneo com a ciclosporina (Sandimune), é de aproximadamente 14%. Após administração repetida, a concentração sanguínea média do sirolimus aumenta aproximadamente 3 vezes. A semi-vida terminal em doentes transplantados renais estáveis após doses orais múltiplas foi de 62+16 h. No entanto, a semi-vida efectiva é menor e as concentrações médias no estado estacionário atingem-se após 5 a 7 dias. A razão sangue/plasma (S/P) de 36 indica que o sirolimus é largamente fraccionado para o interior dos componentes sanguíneos diferenciados. Os parâmetros farmacocinéticos do sirolimus obtidos com 19 doentes transplantados renais tratados com microemulsão de ciclosporina (4 horas antes de tomar Rapamune) e corticosteróides, seguido de doses diárias de 2 mg de solução de Rapamune num ensaio clínico de fase III foram: Cmax,ss 12,2+6,2 ng/ml, tmax,ss 3,01+2,40 h, AUCτ,ss 158+70 ng.h/ml, CL/F/W 182+72 ml/h/kg (parâmetros calculados a partir dos resultados do ensaio LC-MS/MS). Não houve diferença significativa em nenhum destes parâmetros ao longo do tempo até 6 meses após a transplantação. As médias das concentrações mínimas de sirolimus no sangue total obtidas nos mesmos estudos de fase III foram

Page 9: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

9

9 ng/ml (5 a 14 ng/ml, imunoensaio; n=226) para a dose diária de 2 mg e 17 ng/ml (10 a 28 ng/ml, imunoensaio; n=219) para a dose diária de 5 mg. O sirolimus é um substrato do citocromo P450 IIIA4 (CYP3A4) e da glicoproteína P. O sirolimus é extensamente metabolizado por O-desmetilação e/ou hidroxilação. Sete dos seus principais metabolitos incluindo hidroxilo, desmetilo e hidroxidesmetilo, são identificáveis no sangue total. O sirolimus é o maior componente na circulação e contribui para mais de 90% da actividade imunossupressora. Após uma dose única de sirolimus [14C] em voluntários saudáveis, a maioria (91,1%) da radioactividade foi recuperada nas fezes e apenas uma quantidade mínima (2,2%) foi excretada na urina. O número de doentes com mais de 65 anos incluídos nos estudos clínicos com Rapamune é insuficiente para concluir se nestes doentes a resposta ao sirolimus é diferente da obtida em doentes mais jovens. As concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus de 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticas às concentrações sanguíneas nos doentes adultos (n=822) com idades entre os 18 e os 65 anos. Em voluntários saudáveis, uma refeição com alto teor lipídico alterou as características de biodisponibilidade do sirolimus líquido oral. Houve um decréscimo de 34% na concentração sanguínea máxima (Cmax) do sirolimus, um aumento de 3,5 vezes no tempo para atingir a concentração máxima (tmax), e um aumento de 35% na exposição total (AUC). Recomenda-se tomar o Rapamune sempre da mesma forma com ou sem alimentos. A utilização de sumo de laranja ou de água para diluir o Rapamune foram equivalentes no que diz respeito à Cmax e AUC. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Em doentes pediátricos dialisados (redução de 30% a 50% na taxa de filtração glomerular), com idades compreendidas entre os 5 e 11 anos e os 12 e 18 anos, a média da CL/F normalizada com o peso foi maior em doentes pediátricos mais jovens (580 ml/h/kg) do que em doentes pediátricos mais velhos (450 ml/h/kg) comparativamente aos adultos (287 ml/h/kg). Existe uma grande variabilidade individual dentro dos grupos etários. Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (classificação de Child-Pugh A ou B), os valores médios da AUC e do t1/2 do sirolimus aumentaram 61% e 43%, respectivamente, e a CL/F diminuiu 33% comparativamente a indivíduos normais e saudáveis. A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada nos doentes com patologia hepática grave. A farmacocinética do sirolimus foi semelhante em várias populações com função renal que varia de normal até ausente (doentes dialisados). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os acontecimentos adversos seguintes não foram observados nos ensaios clínicos mas sim em animais expostos com níveis de exposição idênticos aos níveis de exposição clínicos e podem ter significado clínico: vacuolização celular dos ilhéus pancreáticos, degeneração dos túbulos testiculares, ulceração gastrointestinal, fracturas ósseas e calosas, hematopoiese hepática e fosfolipidose pulmonar. O sirolimus não se revelou mutagénico nos ensaios de mutação reversa bacteriana in vitro, no ensaio de aberração cromossómica da célula do ovário do hamster Chinês, no ensaio de mutação da célula do linfoma do rato ou no ensaio in vivo do micronúcleo no rato. Estudos de carcinogenicidade efectuados em ratinhos e ratos mostraram aumento na incidência de linfomas (ratinho macho e fêmea), adenoma e carcinoma hepatocelulares (ratinho macho) e leucemia granulocítica (ratinho fêmea). Sabe-se que existe a possibilidade de ocorrerem doenças malignas (linfomas) secundárias ao uso crónico de imunossupressores, tendo sido notificados casos raros em doentes. No ratinho as lesões cutâneas ulcerosas crónicas aumentaram. As alterações podem estar relacionadas com a imunossupressão crónica. No rato os adenomas celulares intersticiais testiculares

Page 10: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

10

foram provavelmente devidos a uma resposta, relacionada com a espécie, aos níveis de homona luteínica e normalmente são considerados como tendo pouco significado clínico. Nos estudos toxicológicos sobre a reprodução, observou-se a diminuição da fertilidade de ratos machos. Num estudo de 13 semanas no rato registaram-se reduções parcialmente reversíveis na contagem de espermatozóides. Foram observadas reduções nos pesos testiculares e/ou lesões histológicas (p.e., atrofia tubular e células tubulares gigantes) em ratos e num estudo em macacos. O sirolimus provocou embrio/fetotoxicidade em ratos, que se manifestou sob a forma de mortalidade e diminuição dos pesos fetais (acompanhada de atrasos na ossificação do esqueleto). Ver gravidez e aleitamento - secção 4.6. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Polissorbato 80, Phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, mono-, di-glicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). 6.2 Incompatibilidades O Rapamune não deve ser diluído em sumo de toranja ou qualquer outro líquido que não seja água ou sumo de laranja. Ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6. 6.3 Prazo de validade 18 meses. 30 dias após abertura do frasco. 24 horas na seringa doseadora (à temperatura ambiente, mas não acima de 25ºC). Após a diluição (ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6) a preparação deve ser usada imediatamente. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar a 2ºC-8ºC (no frigorífico). Conservar no recipiente original de modo a proteger da luz. Se necessário, o doente pode conservar os frascos à temperatura ambiente até 25ºC durante períodos curtos (24 horas). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Frascos de vidro de âmbar de 60 ml ou de 150 ml com adaptador para seringa e 30 seringas doseadoras de plástico âmbar. 6.6 Instruções de utilização e manipulação Para retirar a quantidade prescrita de Rapamune do frasco deve ser usada a seringa doseadora. Retire a quantidade correcta de Rapamune da seringa apenas para um copo de vidro ou plástico que contenha pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Quaisquer outros líquidos, incluindo o sumo de toranja, não devem ser usados para a diluição. Agite vigorosamente e beba de uma só vez. Encha novamente o copo com um volume adicional (mínimo 120 ml) de água ou sumo de laranja, agite vigorosamente e beba de uma só vez.

Page 11: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

11

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Page 12: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

12

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/1 ml solução oral. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada ml contém 1 mg de sirolimus. Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução oral. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas O Rapamune está indicado para a profilaxia da rejeição de órgãos em doentes adultos transplantados renais com um risco imunológico ligeiro a moderado. Recomenda-se que o Rapamune seja usado inicialmente em associação com uma microemulsão de ciclosporina e corticosteróides, durante 2 a 3 meses. O Rapamune pode manter-se como terapêutica de manutenção com corticosteróides caso a ciclosporina possa ser progressivamente descontinuada (ver as secções 4.2 e 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento deve iniciar-se e manter-se sob a orientação de um especialista devidamente qualificado em transplantação. Adultos Terapêutica Inicial (2 a 3 meses após a transplantação): O regime posológico habitual para o Rapamune é de uma dose de sobrecarga de 6 mg, logo que possível após a transplantação, seguida de 2 mg uma vez por dia. Em seguida a dose de Rapamune deve ser individualizada de modo a obter concentrações sanguíneas mínimas entre 4 e 12 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). A terapêutica com Rapamune deve ser optimizada com o regime de esteróides e microemulsão de ciclosporina. Nos primeiros 2-3 meses após transplantação, sugere-se um intervalo de concentrações mínimas de ciclosporina entre 150-400 ng/ml (doseamento monoclonal ou técnica equivalente). Terapêutica de Manutenção: A ciclosporina deve ser descontinuada progressivamente, durante 4 a 8 semanas e a dose de Rapamune deve ser ajustada de forma a obter concentrações sanguíneas mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). O Rapamune deve ser administrado com corticosteróides. Nos doentes em que a descontinuação de ciclosporina não é bem sucedida ou não pode ser experimentada, a associação de ciclosporina e Rapamune não pode ser mantida para além de 3 meses após transplantação. Nestes doentes, quando clinicamente adequado, o Rapamune deve ser descontinuado e deve instituir-se um regime imunossupressor alternativo. Transplantados de raça negra: A informação que sugere a necessidade de doses mais elevadas e níveis mínimos mais elevados de sirolimus para obter a mesma eficácia nos transplantados renais de raça negra (predominantemente Afro-Americanos), comparativamente aos de outras raças, é limitada. Os dados actualmente disponíveis são muito limitados para permitir recomendações de utilização específicas em transplantados de raça negra.

Page 13: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

13

Utilização em crianças e adolescentes: A experiência da utilização do sirolimus em crianças e adolescentes é insuficiente para recomendar a utilização do sirolimus. Os dados farmacocinéticos disponíveis em crianças são limitados (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes idosos (> 65 anos): Os estudos clínicos realizados com o Rapamune não incluíram um número de doentes com mais de 65 anos que permita determinar se estes respondem de forma diferente comparativamente com os doentes mais jovens. Os dados relativos à concentração mínima do sirolimus em 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticos aos de uma população adulta (n=822) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Doentes com alteração da função renal: Não é necessário ajuste posológico (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes com insuficiência hepática ligeira ou moderada: Nos doentes com insuficiência hepática, recomenda-se que as concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus sejam cuidadosamente monitorizadas. Não é necessário modificar a dose de sobrecarga de Rapamune (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada em indivíduos com doença hepática grave. Monitorização terapêutica do fármaco: A maioria dos doentes tratados com 2 mg de Rapamune 4 horas após a ciclosporina apresentaram concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus no intervalo pretendido de 4 a 12 ng/ml. Para optimizar a terapêutica é necessário monitorização das concentrações do fármaco em todos os doentes. Os níveis sanguíneos de sirolimus devem ser cuidadosamente monitorizados nas populações seguintes, uma vez que estas provavelmente terão necessidades posológicas especiais: (1) doentes com patologia hepática; (2) em caso de administração simultânea de potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4 e após a sua interrupção (ver secção 4.5); e/ou (3) se a dose de ciclosporina foi consideravelmente reduzida ou descontinuada. De modo a reduzir a variabilidade, o Rapamune deve ser tomado à mesma hora relativamente à toma da ciclosporina, ou seja, 4 horas após a toma de ciclosporina, e sempre da mesma forma com ou sem alimentos (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). De preferência, os ajustes posológicos de Rapamune devem basear-se em mais de um nível mínimo de concentração obtido decorridos mais de 5 dias após uma alteração posológica prévia. Após descontinuação da terapêutica com ciclosporina recomenda-se um intervalo de concentrações mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico). A ciclosporina inibe o metabolismo do sirolimus, pelo que os níveis do sirolimus diminuem quando a ciclosporina é descontinuada, a menos que a dose de sirolimus seja aumentada. Em média, será necessário um aumento de 4 vezes na dose de sirolimus para compensar, por um lado a ausência de interacção farmacocinética (aumento 2 vezes), e por outro a necessidade de aumentar a imunossupressão devido à ausência de ciclosporina (aumento 2 vezes). O aumento da dose de sirolimus deve ser efectuado proporcionalmente à descontinuação da ciclosporina. Os intervalos de concentrações recomendados para o sirolimus baseam-se em métodos cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria de massa, cujos resultados são, em média, cerca de 20% inferiores aos resultados obtidos por imunoensaio. Devem efectuar-se ajustes no intervalo de concentração pretendido em função do método de doseamento utilizado para determinar as concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus. Portanto, quaisquer comparações entre valores de concentração encontrados na literatura publicada e valores observados num doente em particular, utilizando os métodos correntes, devem ser efectuadas com o conhecimento detalhado do método de doseamento usado. A monitorização do fármaco não deve ser a única base para o ajuste da terapêutica com sirolimus. Deve ter-se uma atenção especial para sinais ou sintomas clínicos, biópsias tecidulares e parâmetros laboratoriais.

Page 14: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

14

Outras considerações para a utilização: A ciclosporina (microemulsão) e outros medicamentos ou substâncias podem interagir com o sirolimus (ver secção 4.5). 4.3 Contra-indicações O Rapamune está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade ao sirolimus ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização O Rapamune destina-se apenas a administração oral. Em estudos clínicos, o Rapamune foi administrado concomitantemente com os seguintes fármacos: ciclosporina, azatioprina, micofenolato de mofetilo, corticosteróides e anticorpos citotóxicos. A eficácia e segurança do Rapamune em associação com outros imunossupressores não foi largamente investigada. O Rapamune não foi suficientemente estudado nos doentes com alto risco de imunossupressão. A farmacocinética do Rapamune não foi estudada em doentes com insuficiência hepática grave. Recomenda-se nestes casos que a concentração sanguínea mínima do sirolimus seja cuidadosamente monitorizada. Não se recomenda a administração simultânea de Rapamune e potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4, excepto se os benefícios superarem os riscos, devido às interacções potenciais. Recomenda-se uma monitorização cuidadosa dos níveis mínimos da concentração sanguínea de sirolimus em caso de administração simultânea de indutores ou inibidores da CYP3A4 e após a sua descontinuação (ver secção 4.5). O aumento da susceptibilidade à infecção e a possibilidade de se desenvolver linfoma e outras doenças malignas, particularmente cutâneas, pode ser uma consequência da imunossupressão (ver Efeitos indesejáveis, secção 4.8). A imunossupressão acentuada pode igualmente aumentar a susceptibilidade às infecções, incluindo infecções oportunistas, fatais e septicémia. Como é habitual, nos doentes com risco aumentado de cancro de pele, a exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector, bem como um protector solar com um factor de protecção elevado. Foram notificados casos de pneumonia por Pneumocystis carinii em doentes não submetidos a profilaxia antimicrobiana. Por isso, deve ser administrada profilaxia antimicrobiana para a pneumonia por Pneumocystis carinii durante os primeiros 12 meses após a transplantação. Recomenda-se a profilaxia da infecção por citomegalovírus (CMV) nos primeiros 3 meses após a transplantação, particularmente nos doentes que apresentem um risco aumentado de infecção por CMV. A utilização do Rapamune em doentes transplantados renais esteve associada a níveis séricos aumentados de colesterol e triglicéridos, o que pode requerer tratamento médico. Nos doentes sob terapêutica com Rapamune a hiperlipidémia deve ser monitorizada com exames laboratoriais e se esta for detectada deverão iniciar-se as medidas adequadas, tais como dieta, exercício físico e fármacos que diminuam a concentração lipídica. Nos doentes que apresentem hiperlipidémia a relação risco/benefício deve ser avaliada antes do início de um regime imunossupressor que inclua o Rapamune. A relação risco/benefício da terapêutica continuada com Rapamune deve igualmente ser reavaliada nos doentes com hiperlipidémia refractária grave. No número limitado de doentes estudados, a administração concomitante de Rapamune e inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos foi aparentemente bem tolerada. Os doentes sob tratamento com

Page 15: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

15

Rapamune, concomitantemente com inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos, devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de rabdomiólise e outros efeitos adversos referidos no Resumo das Características do Medicamento destes fármacos. A função renal deve ser monitorizada durante a administração concomitante de Rapamune e ciclosporina. Deve efectuar-se um ajuste adequado do regime de imunossupressão nos doentes com níveis elevados de creatinina sérica. Recomenda-se precaução na utilização concomitante de outros fármacos que apresentem efeitos nocivos sobre a função renal. Os doentes tratados com ciclosporina e Rapamune para além dos 3 meses apresentam níveis superiores de creatinina sérica e valores inferiores da taxa de filtração glomerular comparativamente aos doentes tratados com ciclosporina e placebo ou aos de controlo que tomaram azatioprina. Os doentes em que a ciclosporina foi descontinuada com sucesso apresentaram níveis inferiores de creatinina sérica e valores superiores da taxa de filtração glomerular, comparativamente aos doentes que continuaram o tratamento com ciclosporina. Até que estejam disponíveis novos dados clínicos, a administração concomitante e continuada de ciclosporina e Rapamune como terapêutica de manutenção não pode ser recomendada. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção O sirolimus é extensamente metabolizado na parede do intestino e no fígado pela isoenzima CYP3A4. O sirolimus é também um substrato da bomba de efluxo de multifármacos, glicoproteína P (P-gp), localizada no intestino delgado. Portanto, a absorção e subsequente eliminação do sirolimus absorvido sistemicamente podem ser afectadas por substâncias que interferem com essas proteínas. Ciclosporina (substrato da CYP3A4): A taxa e a extensão da absorção do sirolimus foram significativamente influenciadas pela ciclosporina. A microemulsão de ciclosporina administrada 4 horas antes do sirolimus aumenta a AUC, Cmax e tmax do sirolimus 1,8 vezes, 1,4 vezes e 1,6 vezes respectivamente. O sirolimus em dose única não afectou a farmacocinética da ciclosporina (microemulsão) em voluntários saudáveis, quando administrados simultaneamente ou com 4 horas de intervalo. Com base no esquema posológico dos ensaios clínicos alargados de Fase III, recomenda-se que o Rapamune seja administrado 4 horas após a ciclosporina (microemulsão). Rifampicina (indutor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de rifampicina diminuiu a concentração sanguínea do sirolimus após a administração de uma dose única de 10 mg de Rapamune solução oral. A rifampicina aumentou a clearence do sirolimus cerca de 5,5 vezes e diminuiu a AUC e Cmax em 82% e 71%, respectivamente. Caso se administre rifampicina concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente aumentada para 8 vezes a dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com a rifampicina terminar, a dose de sirolimus deve ser reduzida gradualmente para a dose de manutenção original. Cetoconazol (inibidor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de cetoconazol afectou significativamente a taxa de absorção, a extensão da absorção e a exposição ao sirolimus como se pode demonstrar pelo aumento da Cmax e tmax e AUC em 4,3 vezes, 1,4 vezes e 10,9 vezes, respectivamente. Caso se administre cetoconazol concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente reduzida para 1/6 da dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com o cetoconazol terminar, a dose de sirolimus deve ser aumentada para a dose de manutenção original. Diltiazem (inibidor da CYP3A4): A administração oral simultânea de solução oral de Rapamune 10 mg e de 120 mg de diltiazem afectou significativamente a biodisponibilidade do sirolimus. A Cmax, tmax e AUC do sirolimus aumentaram respectivamente 1,4 vezes, 1,3 vezes e 1,6 vezes. O sirolimus não afectou a farmacocinética do diltiazem nem dos seus metabolitos desacetildiltiazem e desmetildiltiazem. No caso de administração concomitante de diltiazem, deve fazer-se a monitorização dos níveis sanguíneos do sirolimus e pode ser necessário ajuste posológico.

Page 16: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

16

Contraceptivos orais: Não se observou nenhuma interacção farmacocinética significativa entre o sirolimus e a formulação de 0,3 mg de norgestrel/ 0,03 mg de etinilestradiol. Embora os resultados de um estudo de interacção de dose única com um contraceptivo oral sugiram a ausência de interacção farmacocinética, não se pode excluir a possibilidade de ocorrerem alterações farmacocinéticas susceptíveis de alterar a farmacocinética do contraceptivo oral durante o tratamento crónico com Rapamune. Outras interacções possíveis: Os inibidores da CYP3A4 podem diminuir o metabolismo do sirolimus e aumentar os seus níveis sanguíneos (e.g. bloqueadores dos canais de cálcio: nicardipina, verapamil; antifúngicos: clotrimazol, fluconazol, itraconazol; antibióticos macrólidos: claritromicina, eritromicina e troleandomicina; fármacos procinéticos gastrointestinais: cisapride, metoclopramida e outros fármacos: bromocriptina, cimetidina, danazol e inibidores da protease). Os indutores da CYP3A4 podem aumentar o metabolismo do sirolimus e reduzir os seus níveis sanguíneos (e.g. chá de hipericão (Hypericum perforatum), anticonvulsionantes: carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; antibióticos: rifabutina). Embora o sirolimus iniba o citocromo microsomal hepático humano P450 CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4/5 in vitro, não se prevê que o fármaco iniba estas isoenzimas in vivo, dado que as concentrações de sirolimus necessárias para provocar inibição são muito superiores às observadas nos doentes tratados com as doses terapêuticas de Rapamune. Os inibidores da P-gp podem diminuir o efluxo do sirolimus das células da parede intestinal e assim aumentar os níveis circulantes do sirolimus. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Não foi detectada nenhuma interacção farmacocinética com significado clínico entre o sirolimus e os seguintes fármacos: aciclovir, atorvastatina, digoxina, glibenclamida, metilprednisolona, nifedipina, prednisolona e trimetoprim/sulfametoxazole. 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados adequados sobre a utilização de Rapamune em mulheres grávidas. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutora (ver 5.3). O risco potencial para o ser humano é desconhecido. O Rapamune não deve ser usado durante a gravidez, salvo se for claramente necessário. Deve ser usada contracepção eficaz durante o tratamento com Rapamune e durante 12 semanas após a sua interrupção. Após a administração de sirolimus marcado com isótopo radioactivo em ratos, a radioactividade foi excretada no leite. Desconhece-se se o sirolimus é excretado no leite materno humano. Dado o potencial de efeitos adversos do sirolimus em recém-nascidos amamentados, durante o tratamento deve suspender-se a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A lista seguinte inclui as reacções adversas observadas nos ensaios clínicos e nos relatórios pós-comercialização. Incluem-se apenas os acontecimentos para os quais haja pelo menos uma suspeita razoável de relação de causalidade com o tratamento com Rapamune. A maioria dos doentes nos ensaios clínicos foram tratados com ciclosporina e corticosteróides; assim a frequência das reacções adversas alistadas inclui a administração de Rapamune em associação com a ciclosporina e corticosteróides. A frequência das reacções adversas proveniente dos resultados de estudos clínicos foi determinada em quatro estudos clínicos, dos quais dois aleatórios, em duplo anonimato, multicêntricos e controlados nos quais 499 doentes transplantados renais foram tratados com 2 mg/dia de Rapamune e 477 tratados

Page 17: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

17

com 5 mg/dia de Rapamune em associação com ciclosporina e corticosteróides, e outros dois abertos que incluíram 771 doentes tratados inicialmente com Rapamune e ciclosporina e posteriormente distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um que manteve a terapêutica com a ciclosporina e outro em que se retirou a ciclosporina 2-3 meses após transplantação. As reacções adversas estão alistadas de acordo com as seguintes categorias: Muito frequentes: >10 % Frequentes: >1% e <10% Pouco frequentes: >0,1% e <1% Gerais: Muito frequentes: Linfocelo Frequentes: Cicatrização anormal; edema; infecções fúngicas, virais e bacterianas

(tais como infecções por micobactérias, vírus de Epstein-Barr, CMV e Herpes zoster); Herpes simplex; septicémia

Disfunções cardíacas: Frequentes: Taquicardia Distúrbios gastrointestinais: Muito frequentes: Dor abominal; diarreia Frequentes: Estomatite Pouco frequentes: Pancreatite Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo: Muito frequentes: Anemia; trombocitopénia Frequentes: Leucopénia; púrpura trombocitopénica trombótica / síndrome hemolítico

urémico Pouco frequentes: Linfoma / doença linfoproliferativa pós-transplantação Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Muito frequentes: Hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia (hiperlipidémia); hipocaliémia;

desidrogenase láctica (LDH) aumentada Frequentes: Exames anormais da função hepática Distúrbios musculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos: Muito frequentes: Artralgia Frequentes: Necrose óssea Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: Frequentes: Epistaxis; pneumonia Afecções da pele e dos tecidos subcutâneos: Muito frequentes: Acne Frequentes: Erupção cutânea Distúrbios renais e do sistema urinário: Muito frequentes: Infecções urinárias Frequentes: Pielonefrite A imunossupressão aumenta a susceptibilidade ao desenvolvimento de linfoma e outras doenças malignas, em particular cutâneas (ver secção 4.4). Ocorreram casos de pneumonia sem identificação da etiologia infecciosa, por vezes com envolvimento intersticial, em doentes tratados com regimes imunossupressores que incluíam o Rapamune. Em alguns casos a pneumonia resolveu com a descontinuação do Rapamune.

Page 18: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

18

4.9 Sobredosagem Até ao momento, a experiência com sobredosagem é mínima. Um doente sofreu um episódio de fibrilhação auricular após a ingestão de 150 mg de Rapamune. Em todos os casos de sobredosagem devem ser iniciadas as medidas gerais de suporte. Baseado na fraca solubilidade aquosa e na elevada ligação do Rapamune aos eritrócitos, é de esperar que o Rapamune não seja significativamente dialisável. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: imunossupressores selectivos. Código ATC: L04A A10 O sirolimus inibe a activação das células T induzida pela maioria dos estímulos, por bloqueio do sinal intracelular de transdução dependente e independente do cálcio. Os estudos demonstraram que os seus efeitos são mediados por um mecanismo diferente do da ciclosporina, do tacrolimus e de outros imunossupressores. A evidência experimental sugere que o sirolimus se liga a uma proteína citosólica específica, a FKPB-12, e que o complexo FKPB 12-sirolimus inibe a activação do Alvo da Rapamicina de mamífero (mTOR), uma quinase crítica para a progressão do ciclo celular. A inibição da mTOR tem como consequência o bloqueio de numerosos sinais específicos das vias de transdução. O resultado final é a inibição da activação dos linfócitos, que provoca imunossupressão. Nos animais, o sirolimus tem um efeito directo na activação das células T e B suprimindo as reacções mediadas pelo sistema imunitário tais como a rejeição de alotransplantes. Nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus foram estudados doentes com um risco imunológico ligeiro a moderado, incluindo doentes transplantados renais de dadores vivos ou cadáveres. Foram ainda incluídos doentes retransplantados cujos transplantes prévios sobreviveram durante pelo menos 6 meses após a transplantação. A ciclosporina não foi retirada em doentes que apresentaram episódios de rejeição aguda de grau 3 da classificação de Banff, dialisados, com valores de creatinina sérica > 400 µmol/l ou com função renal inadequada para permitir a retirada da ciclosporina. Doentes com alto risco imunológico de perda do transplante não foram estudados em número suficiente nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus e não se recomenda este regime de tratamento nestes doentes. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Após administração oral, o sirolimus é rapidamente absorvido com um tempo para atingir a concentração máxima de 1 hora em indivíduos saudáveis que tomaram doses únicas e 2 horas em transplantados renais estáveis que tomaram doses múltiplas. A disponibilidade sistémica do sirolimus, quando administrado em simultâneo com a ciclosporina (Sandimune), é de aproximadamente 14%. Após administração repetida, a concentração sanguínea média do sirolimus aumenta aproximadamente 3 vezes. A semi-vida terminal em doentes transplantados renais estáveis após doses orais múltiplas foi de 62+16 h. No entanto, a semi-vida efectiva é menor e as concentrações médias no estado estacionário atingem-se após 5 a 7 dias. A razão sangue/plasma (S/P) de 36 indica que o sirolimus é largamente fraccionado para o interior dos componentes sanguíneos diferenciados. Os parâmetros farmacocinéticos do sirolimus obtidos com 19 doentes transplantados renais tratados com microemulsão de ciclosporina (4 horas antes de tomar Rapamune) e corticosteróides, seguido de doses diárias de 2 mg de solução de Rapamune num ensaio clínico de fase III foram: Cmax,ss 12,2+6,2 ng/ml, tmax,ss 3,01+2,40 h, AUCτ,ss 158+70 ng.h/ml, CL/F/W 182+72 ml/h/kg (parâmetros calculados a partir dos resultados do ensaio LC-MS/MS). Não houve diferença significativa em nenhum destes parâmetros ao longo do tempo até 6 meses após a transplantação. As médias das concentrações mínimas de sirolimus no sangue total obtidas nos mesmos estudos de fase III foram

Page 19: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

19

9 ng/ml (5 a 14 ng/ml, imunoensaio; n=226) para a dose diária de 2 mg e 17 ng/ml (10 a 28 ng/ml, imunoensaio; n=219) para a dose diária de 5 mg. O sirolimus é um substrato do citocromo P450 IIIA4 (CYP3A4) e da glicoproteína P. O sirolimus é extensamente metabolizado por O-desmetilação e/ou hidroxilação. Sete dos seus principais metabolitos incluindo hidroxilo, desmetilo e hidroxidesmetilo, são identificáveis no sangue total. O sirolimus é o maior componente na circulação e contribui para mais de 90% da actividade imunossupressora. Após uma dose única de sirolimus [14C] em voluntários saudáveis, a maioria (91,1%) da radioactividade foi recuperada nas fezes e apenas uma quantidade mínima (2,2%) foi excretada na urina. O número de doentes com mais de 65 anos incluídos nos estudos clínicos com Rapamune é insuficiente para concluir se nestes doentes a resposta ao sirolimus é diferente da obtida em doentes mais jovens. As concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus de 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticas às concentrações sanguíneas nos doentes adultos (n=822) com idades entre os 18 e os 65 anos. Em voluntários saudáveis, uma refeição com alto teor lipídico alterou as características de biodisponibilidade do sirolimus líquido oral. Houve um decréscimo de 34% na concentração sanguínea máxima (Cmax) do sirolimus, um aumento de 3,5 vezes no tempo para atingir a concentração máxima (tmax), e um aumento de 35% na exposição total (AUC). Recomenda-se tomar o Rapamune sempre da mesma forma com ou sem alimentos. A utilização de sumo de laranja ou de água para diluir o Rapamune foram equivalentes no que diz respeito à Cmax e AUC. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Em doentes pediátricos dialisados (redução de 30% a 50% na taxa de filtração glomerular), com idades compreendidas entre os 5 e 11 anos e os 12 e 18 anos, a média da CL/F normalizada com o peso foi maior em doentes pediátricos mais jovens (580 ml/h/kg) do que em doentes pediátricos mais velhos (450 ml/h/kg) comparativamente aos adultos (287 ml/h/kg). Existe uma grande variabilidade individual dentro dos grupos etários. Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (classificação de Child-Pugh A ou B), os valores médios da AUC e do t1/2 do sirolimus aumentaram 61% e 43%, respectivamente, e a CL/F diminuiu 33% comparativamente a indivíduos normais e saudáveis. A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada nos doentes com patologia hepática grave. A farmacocinética do sirolimus foi semelhante em várias populações com função renal que varia de normal até ausente (doentes dialisados). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os acontecimentos adversos seguintes não foram observados nos ensaios clínicos mas sim em animais expostos com níveis de exposição idênticos aos níveis de exposição clínicos e podem ter significado clínico: vacuolização celular dos ilhéus pancreáticos, degeneração dos túbulos testiculares, ulceração gastrointestinal, fracturas ósseas e calosas, hematopoiese hepática e fosfolipidose pulmonar. O sirolimus não se revelou mutagénico nos ensaios de mutação reversa bacteriana in vitro, no ensaio de aberração cromossómica da célula do ovário do hamster Chinês, no ensaio de mutação da célula do linfoma do rato ou no ensaio in vivo do micronúcleo no rato. Estudos de carcinogenicidade efectuados em ratinhos e ratos mostraram aumento na incidência de linfomas (ratinho macho e fêmea), adenoma e carcinoma hepatocelulares (ratinho macho) e leucemia granulocítica (ratinho fêmea). Sabe-se que existe a possibilidade de ocorrerem doenças malignas (linfomas) secundárias ao uso crónico de imunossupressores, tendo sido notificados casos raros em doentes. No ratinho as lesões cutâneas ulcerosas crónicas aumentaram. As alterações podem estar relacionadas com a imunossupressão crónica. No rato os adenomas celulares intersticiais testiculares

Page 20: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

20

foram provavelmente devidos a uma resposta, relacionada com a espécie, aos níveis de homona luteínica e normalmente são considerados como tendo pouco significado clínico. Nos estudos toxicológicos sobre a reprodução, observou-se a diminuição da fertilidade de ratos machos. Num estudo de 13 semanas no rato registaram-se reduções parcialmente reversíveis na contagem de espermatozóides. Foram observadas reduções nos pesos testiculares e/ou lesões histológicas (p.e., atrofia tubular e células tubulares gigantes) em ratos e num estudo em macacos. O sirolimus provocou embrio/fetotoxicidade em ratos, que se manifestou sob a forma de mortalidade e diminuição dos pesos fetais (acompanhada de atrasos na ossificação do esqueleto). Ver gravidez e aleitamento - secção 4.6. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Polissorbato 80, Phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, mono-, di-glicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). 6.2 Incompatibilidades O Rapamune não deve ser diluído em sumo de toranja ou qualquer outro líquido que não seja água ou sumo de laranja. Ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6. 6.3 Prazo de validade 18 meses. Usar a saqueta imediatamente após abertura. Após a diluição (ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6) a preparação deve ser usada imediatamente. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar a 2ºC-8ºC (no frigorífico). Se necessário, o doente pode conservar as saquetas à temperatura ambiente até 25ºC durante períodos curtos (24 horas). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Saquetas de folha laminada de alumínio de 1 ml em embalagens de 30. 6.6 Instruções de utilização e manipulação Esprema o conteúdo total da saqueta para um copo de vidro ou plástico contendo pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Quaisquer outros líquidos incluindo o sumo de toranja, não devem ser usados para a diluição. Agite vigorosamente e beba de uma só vez. Encha novamente o copo com um volume adicional (mínimo 120 ml) de água ou sumo de laranja, agite vigorosamente e beba de uma só vez.

Page 21: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

21

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO 11. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Page 22: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

22

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 2 mg/2 ml solução oral. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada ml contém 1 mg de sirolimus. Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução oral. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas O Rapamune está indicado para a profilaxia da rejeição de órgãos em doentes adultos transplantados renais com um risco imunológico ligeiro a moderado. Recomenda-se que o Rapamune seja usado inicialmente em associação com uma microemulsão de ciclosporina e corticosteróides, durante 2 a 3 meses. O Rapamune pode manter-se como terapêutica de manutenção com corticosteróides caso a ciclosporina possa ser progressivamente descontinuada (ver as secções 4.2 e 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento deve iniciar-se e manter-se sob a orientação de um especialista devidamente qualificado em transplantação. Adultos Terapêutica Inicial (2 a 3 meses após a transplantação): O regime posológico habitual para o Rapamune é de uma dose de sobrecarga de 6 mg, logo que possível após a transplantação, seguida de 2 mg uma vez por dia. Em seguida a dose de Rapamune deve ser individualizada de modo a obter concentrações sanguíneas mínimas entre 4 e 12 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). A terapêutica com Rapamune deve ser optimizada com o regime de esteróides e microemulsão de ciclosporina. Nos primeiros 2-3 meses após transplantação, sugere-se um intervalo de concentrações mínimas de ciclosporina entre 150-400 ng/ml (doseamento monoclonal ou técnica equivalente). Terapêutica de Manutenção: A ciclosporina deve ser descontinuada progressivamente, durante 4 a 8 semanas e a dose de Rapamune deve ser ajustada de forma a obter concentrações sanguíneas mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). O Rapamune deve ser administrado com corticosteróides. Nos doentes em que a descontinuação de ciclosporina não é bem sucedida ou não pode ser experimentada, a associação de ciclosporina e Rapamune não pode ser mantida para além de 3 meses após transplantação. Nestes doentes, quando clinicamente adequado, o Rapamune deve ser descontinuado e deve instituir-se um regime imunossupressor alternativo. Transplantados de raça negra: A informação que sugere a necessidade de doses mais elevadas e níveis mínimos mais elevados de sirolimus para obter a mesma eficácia nos transplantados renais de raça negra (predominantemente Afro-Americanos), comparativamente aos de outras raças, é limitada. Os dados actualmente disponíveis são muito limitados para permitir recomendações de utilização específicas em transplantados de raça negra.

Page 23: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

23

Utilização em crianças e adolescentes: A experiência da utilização do sirolimus em crianças e adolescentes é insuficiente para recomendar a utilização do sirolimus. Os dados farmacocinéticos disponíveis em crianças são limitados (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes idosos (> 65 anos): Os estudos clínicos realizados com o Rapamune não incluíram um número de doentes com mais de 65 anos que permita determinar se estes respondem de forma diferente comparativamente com os doentes mais jovens. Os dados relativos à concentração mínima do sirolimus em 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticos aos de uma população adulta (n=822) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Doentes com alteração da função renal: Não é necessário ajuste posológico (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes com insuficiência hepática ligeira ou moderada: Nos doentes com insuficiência hepática, recomenda-se que as concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus sejam cuidadosamente monitorizadas. Não é necessário modificar a dose de sobrecarga de Rapamune (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada em indivíduos com doença hepática grave. Monitorização terapêutica do fármaco: A maioria dos doentes tratados com 2 mg de Rapamune 4 horas após a ciclosporina apresentaram concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus no intervalo pretendido de 4 a 12 ng/ml. Para optimizar a terapêutica é necessário monitorização das concentrações do fármaco em todos os doentes. Os níveis sanguíneos de sirolimus devem ser cuidadosamente monitorizados nas populações seguintes, uma vez que estas provavelmente terão necessidades posológicas especiais: (1) doentes com patologia hepática; (2) em caso de administração simultânea de potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4 e após a sua interrupção (ver secção 4.5); e/ou (3) se a dose de ciclosporina foi consideravelmente reduzida ou descontinuada. De modo a reduzir a variabilidade, o Rapamune deve ser tomado à mesma hora relativamente à toma da ciclosporina, ou seja, 4 horas após a toma de ciclosporina, e sempre da mesma forma com ou sem alimentos (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). De preferência, os ajustes posológicos de Rapamune devem basear-se em mais de um nível mínimo de concentração obtido decorridos mais de 5 dias após uma alteração posológica prévia. Após descontinuação da terapêutica com ciclosporina recomenda-se um intervalo de concentrações mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico). A ciclosporina inibe o metabolismo do sirolimus, pelo que os níveis do sirolimus diminuem quando a ciclosporina é descontinuada, a menos que a dose de sirolimus seja aumentada. Em média, será necessário um aumento de 4 vezes na dose de sirolimus para compensar, por um lado a ausência de interacção farmacocinética (aumento 2 vezes), e por outro a necessidade de aumentar a imunossupressão devido à ausência de ciclosporina (aumento 2 vezes). O aumento da dose de sirolimus deve ser efectuado proporcionalmente à descontinuação da ciclosporina. Os intervalos de concentrações recomendados para o sirolimus baseam-se em métodos cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria de massa, cujos resultados são, em média, cerca de 20% inferiores aos resultados obtidos por imunoensaio. Devem efectuar-se ajustes no intervalo de concentração pretendido em função do método de doseamento utilizado para determinar as concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus. Portanto, quaisquer comparações entre valores de concentração encontrados na literatura publicada e valores observados num doente em particular, utilizando os métodos correntes, devem ser efectuadas com o conhecimento detalhado do método de doseamento usado. A monitorização do fármaco não deve ser a única base para o ajuste da terapêutica com sirolimus. Deve ter-se uma atenção especial para sinais ou sintomas clínicos, biópsias tecidulares e parâmetros laboratoriais.

Page 24: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

24

Outras considerações para a utilização: A ciclosporina (microemulsão) e outros medicamentos ou substâncias podem interagir com o sirolimus (ver secção 4.5). 4.3 Contra-indicações O Rapamune está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade ao sirolimus ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização O Rapamune destina-se apenas a administração oral. Em estudos clínicos, o Rapamune foi administrado concomitantemente com os seguintes fármacos: ciclosporina, azatioprina, micofenolato de mofetilo, corticosteróides e anticorpos citotóxicos. A eficácia e segurança do Rapamune em associação com outros imunossupressores não foi largamente investigada. O Rapamune não foi suficientemente estudado nos doentes com alto risco de imunossupressão. A farmacocinética do Rapamune não foi estudada em doentes com insuficiência hepática grave. Recomenda-se nestes casos que a concentração sanguínea mínima do sirolimus seja cuidadosamente monitorizada. Não se recomenda a administração simultânea de Rapamune e potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4, excepto se os benefícios superarem os riscos, devido às interacções potenciais. Recomenda-se uma monitorização cuidadosa dos níveis mínimos da concentração sanguínea de sirolimus em caso de administração simultânea de indutores ou inibidores da CYP3A4 e após a sua descontinuação (ver secção 4.5). O aumento da susceptibilidade à infecção e a possibilidade de se desenvolver linfoma e outras doenças malignas, particularmente cutâneas, pode ser uma consequência da imunossupressão (ver Efeitos indesejáveis, secção 4.8). A imunossupressão acentuada pode igualmente aumentar a susceptibilidade às infecções, incluindo infecções oportunistas, fatais e septicémia. Como é habitual, nos doentes com risco aumentado de cancro de pele, a exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector, bem como um protector solar com um factor de protecção elevado. Foram notificados casos de pneumonia por Pneumocystis carinii em doentes não submetidos a profilaxia antimicrobiana. Por isso, deve ser administrada profilaxia antimicrobiana para a pneumonia por Pneumocystis carinii durante os primeiros 12 meses após a transplantação. Recomenda-se a profilaxia da infecção por citomegalovírus (CMV) nos primeiros 3 meses após a transplantação, particularmente nos doentes que apresentem um risco aumentado de infecção por CMV. A utilização do Rapamune em doentes transplantados renais esteve associada a níveis séricos aumentados de colesterol e triglicéridos, o que pode requerer tratamento médico. Nos doentes sob terapêutica com Rapamune a hiperlipidémia deve ser monitorizada com exames laboratoriais e se esta for detectada deverão iniciar-se as medidas adequadas, tais como dieta, exercício físico e fármacos que diminuam a concentração lipídica. Nos doentes que apresentem hiperlipidémia a relação risco/benefício deve ser avaliada antes do início de um regime imunossupressor que inclua o Rapamune. A relação risco/benefício da terapêutica continuada com Rapamune deve igualmente ser reavaliada nos doentes com hiperlipidémia refractária grave. No número limitado de doentes estudados, a administração concomitante de Rapamune e inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos foi aparentemente bem tolerada. Os doentes sob tratamento com

Page 25: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

25

Rapamune, concomitantemente com inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos, devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de rabdomiólise e outros efeitos adversos referidos no Resumo das Características do Medicamento destes fármacos. A função renal deve ser monitorizada durante a administração concomitante de Rapamune e ciclosporina. Deve efectuar-se um ajuste adequado do regime de imunossupressão nos doentes com níveis elevados de creatinina sérica. Recomenda-se precaução na utilização concomitante de outros fármacos que apresentem efeitos nocivos sobre a função renal. Os doentes tratados com ciclosporina e Rapamune para além dos 3 meses apresentam níveis superiores de creatinina sérica e valores inferiores da taxa de filtração glomerular comparativamente aos doentes tratados com ciclosporina e placebo ou aos de controlo que tomaram azatioprina. Os doentes em que a ciclosporina foi descontinuada com sucesso apresentaram níveis inferiores de creatinina sérica e valores superiores da taxa de filtração glomerular, comparativamente aos doentes que continuaram o tratamento com ciclosporina. Até que estejam disponíveis novos dados clínicos, a administração concomitante e continuada de ciclosporina e Rapamune como terapêutica de manutenção não pode ser recomendada. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção O sirolimus é extensamente metabolizado na parede do intestino e no fígado pela isoenzima CYP3A4. O sirolimus é também um substrato da bomba de efluxo de multifármacos, glicoproteína P (P-gp), localizada no intestino delgado. Portanto, a absorção e subsequente eliminação do sirolimus absorvido sistemicamente podem ser afectadas por substâncias que interferem com essas proteínas. Ciclosporina (substrato da CYP3A4): A taxa e a extensão da absorção do sirolimus foram significativamente influenciadas pela ciclosporina. A microemulsão de ciclosporina administrada 4 horas antes do sirolimus aumenta a AUC, Cmax e tmax do sirolimus 1,8 vezes, 1,4 vezes e 1,6 vezes respectivamente. O sirolimus em dose única não afectou a farmacocinética da ciclosporina (microemulsão) em voluntários saudáveis, quando administrados simultaneamente ou com 4 horas de intervalo. Com base no esquema posológico dos ensaios clínicos alargados de Fase III, recomenda-se que o Rapamune seja administrado 4 horas após a ciclosporina (microemulsão). Rifampicina (indutor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de rifampicina diminuiu a concentração sanguínea do sirolimus após a administração de uma dose única de 10 mg de Rapamune solução oral. A rifampicina aumentou a clearence do sirolimus cerca de 5,5 vezes e diminuiu a AUC e Cmax em 82% e 71%, respectivamente. Caso se administre rifampicina concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente aumentada para 8 vezes a dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com a rifampicina terminar, a dose de sirolimus deve ser reduzida gradualmente para a dose de manutenção original. Cetoconazol (inibidor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de cetoconazol afectou significativamente a taxa de absorção, a extensão da absorção e a exposição ao sirolimus como se pode demonstrar pelo aumento da Cmax e tmax e AUC em 4,3 vezes, 1,4 vezes e 10,9 vezes, respectivamente. Caso se administre cetoconazol concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente reduzida para 1/6 da dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com o cetoconazol terminar, a dose de sirolimus deve ser aumentada para a dose de manutenção original. Diltiazem (inibidor da CYP3A4): A administração oral simultânea de solução oral de Rapamune 10 mg e de 120 mg de diltiazem afectou significativamente a biodisponibilidade do sirolimus. A Cmax, tmax e AUC do sirolimus aumentaram respectivamente 1,4 vezes, 1,3 vezes e 1,6 vezes. O sirolimus não afectou a farmacocinética do diltiazem nem dos seus metabolitos desacetildiltiazem e desmetildiltiazem. No caso de administração concomitante de diltiazem, deve fazer-se a monitorização dos níveis sanguíneos do sirolimus e pode ser necessário ajuste posológico.

Page 26: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

26

Contraceptivos orais: Não se observou nenhuma interacção farmacocinética significativa entre o sirolimus e a formulação de 0,3 mg de norgestrel/ 0,03 mg de etinilestradiol. Embora os resultados de um estudo de interacção de dose única com um contraceptivo oral sugiram a ausência de interacção farmacocinética, não se pode excluir a possibilidade de ocorrerem alterações farmacocinéticas susceptíveis de alterar a farmacocinética do contraceptivo oral durante o tratamento crónico com Rapamune. Outras interacções possíveis: Os inibidores da CYP3A4 podem diminuir o metabolismo do sirolimus e aumentar os seus níveis sanguíneos (e.g. bloqueadores dos canais de cálcio: nicardipina, verapamil; antifúngicos: clotrimazol, fluconazol, itraconazol; antibióticos macrólidos: claritromicina, eritromicina e troleandomicina; fármacos procinéticos gastrointestinais: cisapride, metoclopramida e outros fármacos: bromocriptina, cimetidina, danazol e inibidores da protease). Os indutores da CYP3A4 podem aumentar o metabolismo do sirolimus e reduzir os seus níveis sanguíneos (e.g. chá de hipericão (Hypericum perforatum), anticonvulsionantes: carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; antibióticos: rifabutina). Embora o sirolimus iniba o citocromo microsomal hepático humano P450 CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4/5 in vitro, não se prevê que o fármaco iniba estas isoenzimas in vivo, dado que as concentrações de sirolimus necessárias para provocar inibição são muito superiores às observadas nos doentes tratados com as doses terapêuticas de Rapamune. Os inibidores da P-gp podem diminuir o efluxo do sirolimus das células da parede intestinal e assim aumentar os níveis circulantes do sirolimus. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Não foi detectada nenhuma interacção farmacocinética com significado clínico entre o sirolimus e os seguintes fármacos: aciclovir, atorvastatina, digoxina, glibenclamida, metilprednisolona, nifedipina, prednisolona e trimetoprim/sulfametoxazole. 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados adequados sobre a utilização de Rapamune em mulheres grávidas. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutora (ver 5.3). O risco potencial para o ser humano é desconhecido. O Rapamune não deve ser usado durante a gravidez, salvo se for claramente necessário. Deve ser usada contracepção eficaz durante o tratamento com Rapamune e durante 12 semanas após a sua interrupção. Após a administração de sirolimus marcado com isótopo radioactivo em ratos, a radioactividade foi excretada no leite. Desconhece-se se o sirolimus é excretado no leite materno humano. Dado o potencial de efeitos adversos do sirolimus em recém-nascidos amamentados, durante o tratamento deve suspender-se a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A lista seguinte inclui as reacções adversas observadas nos ensaios clínicos e nos relatórios pós-comercialização. Incluem-se apenas os acontecimentos para os quais haja pelo menos uma suspeita razoável de relação de causalidade com o tratamento com Rapamune. A maioria dos doentes nos ensaios clínicos foram tratados com ciclosporina e corticosteróides; assim a frequência das reacções adversas alistadas inclui a administração de Rapamune em associação com a ciclosporina e corticosteróides. A frequência das reacções adversas proveniente dos resultados de estudos clínicos foi determinada em quatro estudos clínicos, dos quais dois aleatórios, em duplo anonimato, multicêntricos e controlados nos quais 499 doentes transplantados renais foram tratados com 2 mg/dia de Rapamune e 477 tratados

Page 27: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

27

com 5 mg/dia de Rapamune em associação com ciclosporina e corticosteróides, e outros dois abertos que incluíram 771 doentes tratados inicialmente com Rapamune e ciclosporina e posteriormente distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um que manteve a terapêutica com a ciclosporina e outro em que se retirou a ciclosporina 2-3 meses após transplantação. As reacções adversas estão alistadas de acordo com as seguintes categorias: Muito frequentes: >10 % Frequentes: >1% e <10% Pouco frequentes: >0,1% e <1% Gerais: Muito frequentes: Linfocelo Frequentes: Cicatrização anormal; edema; infecções fúgicas, virais e bacterianas (tais

como infecções por micobactérias, vírus de Epstein-Barr, CMV e Herpes zoster); Herpes simplex; septicémia

Disfunções cardíacas: Frequentes: Taquicardia Distúrbios gastrointestinais: Muito frequentes: Dor abominal; diarreia Frequentes: Estomatite Pouco frequentes: Pancreatite Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo: Muito frequentes: Anemia; trombocitopénia Frequentes: Leucopénia; púrpura trombocitopénica trombótica / síndrome hemolítico

urémico Pouco frequentes: Linfoma / doença linfoproliferativa pós-transplantação Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Muito frequentes: Hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia (hiperlipidémia); hipocaliémia;

desidrogenase láctica (LDH) aumentada Frequentes: Exames anormais da função hepática Distúrbios musculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos: Muito frequentes: Artralgia Frequentes: Necrose óssea Distδrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: Frequentes: Epistaxis; pneumonia Afecções da pele e dos tecidos subcutâneos: Muito frequentes: Acne Frequentes: Erupção cutânea Distúrbios renais e do sistema urinário: Muito frequentes: Infecções urinárias Frequentes: Pielonefrite A imunossupressão aumenta a susceptibilidade ao desenvolvimento de linfoma e outras doenças malignas, em particular cutâneas (ver secção 4.4). Ocorreram casos de pneumonia sem identificação da etiologia infecciosa, por vezes com envolvimento intersticial, em doentes tratados com regimes imunossupressores que incluíam o Rapamune. Em alguns casos a pneumonia resolveu com a descontinuação do Rapamune.

Page 28: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

28

4.9 Sobredosagem Até ao momento, a experiência com sobredosagem é mínima. Um doente sofreu um episódio de fibrilhação auricular após a ingestão de 150 mg de Rapamune. Em todos os casos de sobredosagem devem ser iniciadas as medidas gerais de suporte. Baseado na fraca solubilidade aquosa e na elevada ligação do Rapamune aos eritrócitos, é de esperar que o Rapamune não seja significativamente dialisável. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: imunossupressores selectivos. Código ATC: L04A A10 O sirolimus inibe a activação das células T induzida pela maioria dos estímulos, por bloqueio do sinal intracelular de transdução dependente e independente do cálcio. Os estudos demonstraram que os seus efeitos são mediados por um mecanismo diferente do da ciclosporina, do tacrolimus e de outros imunossupressores. A evidência experimental sugere que o sirolimus se liga a uma proteína citosólica específica, a FKPB-12, e que o complexo FKPB 12-sirolimus inibe a activação do Alvo da Rapamicina de mamífero (mTOR), uma quinase crítica para a progressão do ciclo celular. A inibição da mTOR tem como consequência o bloqueio de numerosos sinais específicos das vias de transdução. O resultado final é a inibição da activação dos linfócitos, que provoca imunossupressão. Nos animais, o sirolimus tem um efeito directo na activação das células T e B suprimindo as reacções mediadas pelo sistema imunitário tais como a rejeição de alotransplantes. Nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus foram estudados doentes com um risco imunológico ligeiro a moderado, incluindo doentes transplantados renais de dadores vivos ou cadáveres. Foram ainda incluídos doentes retransplantados cujos transplantes prévios sobreviveram durante pelo menos 6 meses após a transplantação. A ciclosporina não foi retirada em doentes que apresentaram episódios de rejeição aguda de grau 3 da classificação de Banff, dialisados, com valores de creatinina sérica > 400 µmol/L ou com função renal inadequada para permitir a retirada da ciclosporina. Doentes com alto risco imunológico de perda do transplante não foram estudados em número suficiente nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus e não se recomenda este regime de tratamento nestes doentes. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Após administração oral, o sirolimus é rapidamente absorvido com um tempo para atingir a concentração máxima de 1 hora em indivíduos saudáveis que tomaram doses únicas e 2 horas em transplantados renais estáveis que tomaram doses múltiplas. A disponibilidade sistémica do sirolimus, quando administrado em simultâneo com a ciclosporina (Sandimune), é de aproximadamente 14%. Após administração repetida, a concentração sanguínea média do sirolimus aumenta aproximadamente 3 vezes. A semi-vida terminal em doentes transplantados renais estáveis após doses orais múltiplas foi de 62+16 h. No entanto, a semi-vida efectiva é menor e as concentrações médias no estado estacionário atingem-se após 5 a 7 dias. A razão sangue/plasma (S/P) de 36 indica que o sirolimus é largamente fraccionado para o interior dos componentes sanguíneos diferenciados. Os parâmetros farmacocinéticos do sirolimus obtidos com 19 doentes transplantados renais tratados com microemulsão de ciclosporina (4 horas antes de tomar Rapamune) e corticosteróides, seguido de doses diárias de 2 mg de solução de Rapamune num ensaio clínico de fase III foram: Cmax,ss 12,2+6,2 ng/ml, tmax,ss 3,01+2,40 h, AUCτ,ss 158+70 ng.h/ml, CL/F/W 182+72 ml/h/kg (parâmetros calculados a partir dos resultados do ensaio LC-MS/MS). Não houve diferença significativa em nenhum destes parâmetros ao longo do tempo até 6 meses após a transplantação. As médias das concentrações mínimas de sirolimus no sangue total obtidas nos mesmos estudos de fase III foram

Page 29: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

29

9 ng/ml (5 a 14 ng/ml, imunoensaio; n=226) para a dose diária de 2 mg e 17 ng/ml (10 a 28 ng/ml, imunoensaio; n=219) para a dose diária de 5 mg. O sirolimus é um substrato do citocromo P450 IIIA4 (CYP3A4) e da glicoproteína P. O sirolimus é extensamente metabolizado por O-desmetilação e/ou hidroxilação. Sete dos seus principais metabolitos incluindo hidroxilo, desmetilo e hidroxidesmetilo, são identificáveis no sangue total. O sirolimus é o maior componente na circulação e contribui para mais de 90% da actividade imunossupressora. Após uma dose única de sirolimus [14C] em voluntários saudáveis, a maioria (91,1%) da radioactividade foi recuperada nas fezes e apenas uma quantidade mínima (2,2%) foi excretada na urina. O número de doentes com mais de 65 anos incluídos nos estudos clínicos com Rapamune é insuficiente para concluir se nestes doentes a resposta ao sirolimus é diferente da obtida em doentes mais jovens. As concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus de 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticas às concentrações sanguíneas nos doentes adultos (n=822) com idades entre os 18 e os 65 anos. Em voluntários saudáveis, uma refeição com alto teor lipídico alterou as características de biodisponibilidade do sirolimus líquido oral. Houve um decréscimo de 34% na concentração sanguínea máxima (Cmax) do sirolimus, um aumento de 3,5 vezes no tempo para atingir a concentração máxima (tmax), e um aumento de 35% na exposição total (AUC). Recomenda-se tomar o Rapamune sempre da mesma forma com ou sem alimentos. A utilização de sumo de laranja ou de água para diluir o Rapamune foram equivalentes no que diz respeito à Cmax e AUC. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Em doentes pediátricos dialisados (redução de 30% a 50% na taxa de filtração glomerular), com idades compreendidas entre os 5 e 11 anos e os 12 e 18 anos, a média da CL/F normalizada com o peso foi maior em doentes pediátricos mais jovens (580 ml/h/kg) do que em doentes pediátricos mais velhos (450 ml/h/kg) comparativamente aos adultos (287 ml/h/kg). Existe uma grande variabilidade individual dentro dos grupos etários. Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (classificação de Child-Pugh A ou B), os valores médios da AUC e do t1/2 do sirolimus aumentaram 61% e 43%, respectivamente, e a CL/F diminuiu 33% comparativamente a indivíduos normais e saudáveis. A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada nos doentes com patologia hepática grave. A farmacocinética do sirolimus foi semelhante em várias populações com função renal que varia de normal até ausente (doentes dialisados). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os acontecimentos adversos seguintes não foram observados nos ensaios clínicos mas sim em animais expostos com níveis de exposição idênticos aos níveis de exposição clínicos e podem ter significado clínico: vacuolização celular dos ilhéus pancreáticos, degeneração dos túbulos testiculares, ulceração gastrointestinal, fracturas ósseas e calosas, hematopoiese hepática e fosfolipidose pulmonar. O sirolimus não se revelou mutagénico nos ensaios de mutação reversa bacteriana in vitro, no ensaio de aberração cromossómica da célula do ovário do hamster Chinês, no ensaio de mutação da célula do linfoma do rato ou no ensaio in vivo do micronúcleo no rato. Estudos de carcinogenicidade efectuados em ratinhos e ratos mostraram aumento na incidência de linfomas (ratinho macho e fêmea), adenoma e carcinoma hepatocelulares (ratinho macho) e leucemia granulocítica (ratinho fêmea). Sabe-se que existe a possibilidade de ocorrerem doenças malignas (linfomas) secundárias ao uso crónico de imunossupressores, tendo sido notificados casos raros em doentes. No ratinho as lesões cutâneas ulcerosas crónicas aumentaram. As alterações podem estar relacionadas com a imunossupressão crónica. No rato os adenomas celulares intersticiais testiculares

Page 30: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

30

foram provavelmente devidos a uma resposta, relacionada com a espécie, aos níveis de homona luteínica e normalmente são considerados como tendo pouco significado clínico. Nos estudos toxicológicos sobre a reprodução, observou-se a diminuição da fertilidade de ratos machos. Num estudo de 13 semanas no rato registaram-se reduções parcialmente reversíveis na contagem de espermatozóides. Foram observadas reduções nos pesos testiculares e/ou lesões histológicas (p.e., atrofia tubular e células tubulares gigantes) em ratos e num estudo em macacos. O sirolimus provocou embrio/fetotoxicidade em ratos, que se manifestou sob a forma de mortalidade e diminuição dos pesos fetais (acompanhada de atrasos na ossificação do esqueleto). Ver gravidez e aleitamento - secção 4.6. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Polissorbato 80, Phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, mono-, di-glicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). 6.2 Incompatibilidades O Rapamune não deve ser diluído em sumo de toranja ou qualquer outro líquido que não seja água ou sumo de laranja. Ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6. 6.3 Prazo de validade 18 meses. Usar a saqueta imediatamente após abertura. Após a diluição (ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6) a preparação deve ser usada imediatamente. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar a 2ºC-8ºC (no frigorífico). Se necessário, o doente pode conservar as saquetas ou os frascos à temperatura ambiente até 25ºC durante períodos curtos (24 horas). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Saquetas de folha laminada de alumínio de 2 ml em embalagens de 30. 6.6 Instruções de utilização e manipulação Esprema o conteúdo total da saqueta para um copo de vidro ou plástico contendo pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Quaisquer outros líquidos incluindo o sumo de toranja, não devem ser usados para a diluição. Agite vigorosamente e beba de uma só vez. Encha novamente o copo com um volume adicional (mínimo 120 ml) de água ou sumo de laranja, agite vigorosamente e beba de uma só vez.

Page 31: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

31

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Page 32: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

32

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 5 mg/5 ml solução oral. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada ml contém 1 mg de sirolimus. Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução oral. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas O Rapamune está indicado para a profilaxia da rejeição de órgãos em doentes adultos transplantados renais com um risco imunológico ligeiro a moderado. Recomenda-se que o Rapamune seja usado inicialmente em associação com uma microemulsão de ciclosporina e corticosteróides, durante 2 a 3 meses. O Rapamune pode manter-se como terapêutica de manutenção com corticosteróides caso a ciclosporina possa ser progressivamente descontinuada (ver as secções 4.2 e 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento deve iniciar-se e manter-se sob a orientação de um especialista devidamente qualificado em transplantação. Adultos Terapêutica Inicial (2 a 3 meses após a transplantação): O regime posológico habitual para o Rapamune é de uma dose de sobrecarga de 6 mg, logo que possível após a transplantação, seguida de 2 mg uma vez por dia. Em seguida a dose de Rapamune deve ser individualizada de modo a obter concentrações sanguíneas mínimas entre 4 e 12 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). A terapêutica com Rapamune deve ser optimizada com o regime de esteróides e microemulsão de ciclosporina. Nos primeiros 2-3 meses após transplantação, sugere-se um intervalo de concentrações mínimas de ciclosporina entre 150-400 ng/ml (doseamento monoclonal ou técnica equivalente). Terapêutica de Manutenção: A ciclosporina deve ser descontinuada progressivamente, durante 4 a 8 semanas e a dose de Rapamune deve ser ajustada de forma a obter concentrações sanguíneas mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico, ver Monitorização terapêutica do fármaco). O Rapamune deve ser administrado com corticosteróides. Nos doentes em que a descontinuação de ciclosporina não é bem sucedida ou não pode ser experimentada, a associação de ciclosporina e Rapamune não pode ser mantida para além de 3 meses após transplantação. Nestes doentes, quando clinicamente adequado, o Rapamune deve ser descontinuado e deve instituir-se um regime imunossupressor alternativo. Transplantados de raça negra: A informação que sugere a necessidade de doses mais elevadas e níveis mínimos mais elevados de sirolimus para obter a mesma eficácia nos transplantados renais de raça negra (predominantemente Afro-Americanos), comparativamente aos de outras raças, é limitada. Os dados actualmente disponíveis são muito limitados para permitir recomendações de utilização específicas em transplantados de raça negra.

Page 33: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

33

Utilização em crianças e adolescentes: A experiência da utilização do sirolimus em crianças e adolescentes é insuficiente para recomendar a utilização do sirolimus. Os dados farmacocinéticos disponíveis em crianças são limitados (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes idosos (> 65 anos): Os estudos clínicos realizados com o Rapamune não incluíram um número de doentes com mais de 65 anos que permita determinar se estes respondem de forma diferente comparativamente com os doentes mais jovens. Os dados relativos à concentração mínima do sirolimus em 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticos aos de uma população adulta (n=822) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Doentes com alteração da função renal: Não é necessário ajuste posológico (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). Doentes com insuficiência hepática ligeira ou moderada: Nos doentes com insuficiência hepática, recomenda-se que as concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus sejam cuidadosamente monitorizadas. Não é necessário modificar a dose de sobrecarga de Rapamune (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada em indivíduos com doença hepática grave. Monitorização terapêutica do fármaco: A maioria dos doentes tratados com 2 mg de Rapamune 4 horas após a ciclosporina apresentaram concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus no intervalo pretendido de 4 a 12 ng/ml. Para optimizar a terapêutica é necessário monitorização das concentrações do fármaco em todos os doentes. Os níveis sanguíneos de sirolimus devem ser cuidadosamente monitorizados nas populações seguintes, uma vez que estas provavelmente terão necessidades posológicas especiais: (1) doentes com patologia hepática; (2) em caso de administração simultânea de potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4 e após a sua interrupção (ver secção 4.5); e/ou (3) se a dose de ciclosporina foi consideravelmente reduzida ou descontinuada. De modo a reduzir a variabilidade, o Rapamune deve ser tomado à mesma hora relativamente à toma da ciclosporina, ou seja, 4 horas após a toma de ciclosporina, e sempre da mesma forma com ou sem alimentos (ver Propriedades farmacocinéticas, secção 5.2). De preferência, os ajustes posológicos de Rapamune devem basear-se em mais de um nível mínimo de concentração obtido decorridos mais de 5 dias após uma alteração posológica prévia. Após descontinuação da terapêutica com ciclosporina recomenda-se um intervalo de concentrações mínimas de 12 a 20 ng/ml (doseamento cromatográfico). A ciclosporina inibe o metabolismo do sirolimus, pelo que os níveis do sirolimus diminuem quando a ciclosporina é descontinuada, a menos que a dose de sirolimus seja aumentada. Em média, será necessário um aumento de 4 vezes na dose de sirolimus para compensar, por um lado a ausência de interacção farmacocinética (aumento 2 vezes), e por outro a necessidade de aumentar a imunossupressão devido à ausência de ciclosporina (aumento 2 vezes). O aumento da dose de sirolimus deve ser efectuado proporcionalmente à descontinuação da ciclosporina. Os intervalos de concentrações recomendados para o sirolimus baseam-se em métodos cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria de massa, cujos resultados são, em média, cerca de 20% inferiores aos resultados obtidos por imunoensaio. Devem efectuar-se ajustes no intervalo de concentração pretendido em função do método de doseamento utilizado para determinar as concentrações sanguíneas mínimas de sirolimus. Portanto, quaisquer comparações entre valores de concentração encontrados na literatura publicada e valores observados num doente em particular, utilizando os métodos correntes, devem ser efectuadas com o conhecimento detalhado do método de doseamento usado. A monitorização do fármaco não deve ser a única base para o ajuste da terapêutica com sirolimus. Deve ter-se uma atenção especial para sinais ou sintomas clínicos, biópsias tecidulares e parâmetros laboratoriais.

Page 34: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

34

Outras considerações para a utilização: A ciclosporina (microemulsão) e outros medicamentos ou substâncias podem interagir com o sirolimus (ver secção 4.5). 4.3 Contra-indicações O Rapamune está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade ao sirolimus ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização O Rapamune destina-se apenas a administração oral. Em estudos clínicos, o Rapamune foi administrado concomitantemente com os seguintes fármacos: ciclosporina, azatioprina, micofenolato de mofetilo, corticosteróides e anticorpos citotóxicos. A eficácia e segurança do Rapamune em associação com outros imunossupressores não foi largamente investigada. O Rapamune não foi suficientemente estudado nos doentes com alto risco de imunossupressão. A farmacocinética do Rapamune não foi estudada em doentes com insuficiência hepática grave. Recomenda-se nestes casos que a concentração sanguínea mínima do sirolimus seja cuidadosamente monitorizada. Não se recomenda a administração simultânea de Rapamune e potentes indutores (e.g. rifampicina, rifabutina) ou inibidores (e.g. cetoconazol) da CYP3A4, excepto se os benefícios superarem os riscos, devido às interacções potenciais. Recomenda-se uma monitorização cuidadosa dos níveis mínimos da concentração sanguínea de sirolimus em caso de administração simultânea de indutores ou inibidores da CYP3A4 e após a sua descontinuação (ver secção 4.5). O aumento da susceptibilidade à infecção e a possibilidade de se desenvolver linfoma e outras doenças malignas, particularmente cutâneas, pode ser uma consequência da imunossupressão (ver Efeitos indesejáveis, secção 4.8). A imunossupressão acentuada pode igualmente aumentar a susceptibilidade às infecções, incluindo infecções oportunistas, fatais e septicémia. Como é habitual, nos doentes com risco aumentado de cancro de pele, a exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector, bem como um protector solar com um factor de protecção elevado. Foram notificados casos de pneumonia por Pneumocystis carinii em doentes não submetidos a profilaxia antimicrobiana. Por isso, deve ser administrada profilaxia antimicrobiana para a pneumonia por Pneumocystis carinii durante os primeiros 12 meses após a transplantação. Recomenda-se a profilaxia da infecção por citomegalovírus (CMV) nos primeiros 3 meses após a transplantação, particularmente nos doentes que apresentem um risco aumentado de infecção por CMV. A utilização do Rapamune em doentes transplantados renais esteve associada a níveis séricos aumentados de colesterol e triglicéridos, o que pode requerer tratamento médico. Nos doentes sob terapêutica com Rapamune a hiperlipidémia deve ser monitorizada com exames laboratoriais e se esta for detectada deverão iniciar-se as medidas adequadas, tais como dieta, exercício físico e fármacos que diminuam a concentração lipídica. Nos doentes que apresentem hiperlipidémia a relação risco/benefício deve ser avaliada antes do início de um regime imunossupressor que inclua o Rapamune. A relação risco/benefício da terapêutica continuada com Rapamune deve igualmente ser reavaliada nos doentes com hiperlipidémia refractária grave. No número limitado de doentes estudados, a administração concomitante de Rapamune e inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos foi aparentemente bem tolerada. Os doentes sob tratamento com

Page 35: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

35

Rapamune, concomitantemente com inibidores da redutase da HMG-CoA e/ou fibratos, devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de rabdomiólise e outros efeitos adversos referidos no Resumo das Características do Medicamento destes fármacos. A função renal deve ser monitorizada durante a administração concomitante de Rapamune e ciclosporina. Deve efectuar-se um ajuste adequado do regime de imunossupressão nos doentes com níveis elevados de creatinina sérica. Recomenda-se precaução na utilização concomitante de outros fármacos que apresentem efeitos nocivos sobre a função renal. Os doentes tratados com ciclosporina e Rapamune para além dos 3 meses apresentam níveis superiores de creatinina sérica e valores inferiores da taxa de filtração glomerular comparativamente aos doentes tratados com ciclosporina e placebo ou aos de controlo que tomaram azatioprina. Os doentes em que a ciclosporina foi descontinuada com sucesso apresentaram níveis inferiores de creatinina sérica e valores superiores da taxa de filtração glomerular, comparativamente aos doentes que continuaram o tratamento com ciclosporina. Até que estejam disponíveis novos dados clínicos, a administração concomitante e continuada de ciclosporina e Rapamune como terapêutica de manutenção não pode ser recomendada. 4.4 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção O sirolimus é extensamente metabolizado na parede do intestino e no fígado pela isoenzima CYP3A4. O sirolimus é também um substrato da bomba de efluxo de multifármacos, glicoproteína P (P-gp), localizada no intestino delgado. Portanto, a absorção e subsequente eliminação do sirolimus absorvido sistemicamente podem ser afectadas por substâncias que interferem com essas proteínas. Ciclosporina (substrato da CYP3A4): A taxa e a extensão da absorção do sirolimus foram significativamente influenciadas pela ciclosporina. A microemulsão de ciclosporina administrada 4 horas antes do sirolimus aumenta a AUC, Cmax e tmax do sirolimus 1,8 vezes, 1,4 vezes e 1,6 vezes respectivamente. O sirolimus em dose única não afectou a farmacocinética da ciclosporina (microemulsão) em voluntários saudáveis, quando administrados simultaneamente ou com 4 horas de intervalo. Com base no esquema posológico dos ensaios clínicos alargados de Fase III, recomenda-se que o Rapamune seja administrado 4 horas após a ciclosporina (microemulsão). Rifampicina (indutor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de rifampicina diminuiu a concentração sanguínea do sirolimus após a administração de uma dose única de 10 mg de Rapamune solução oral. A rifampicina aumentou a clearence do sirolimus cerca de 5,5 vezes e diminuiu a AUC e Cmax em 82% e 71%, respectivamente. Caso se administre rifampicina concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente aumentada para 8 vezes a dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com a rifampicina terminar, a dose de sirolimus deve ser reduzida gradualmente para a dose de manutenção original. Cetoconazol (inibidor da CYP3A4): A administração de doses repetidas de cetoconazol afectou significativamente a taxa de absorção, a extensão da absorção e a exposição ao sirolimus como se pode demonstrar pelo aumento da Cmax e tmax e AUC em 4,3 vezes, 1,4 vezes e 10,9 vezes, respectivamente. Caso se administre cetoconazol concomitantemente com sirolimus, a dose de sirolimus deve ser inicialmente reduzida para 1/6 da dose de manutenção, seguido por colheitas de sangue durante 5 a 7 dias para monitorização terapêutica do fármaco. Quando a terapêutica com o cetoconazol terminar, a dose de sirolimus deve ser aumentada para a dose de manutenção original. Diltiazem (inibidor da CYP3A4): A administração oral simultânea de solução oral de Rapamune 10 mg e de 120 mg de diltiazem afectou significativamente a biodisponibilidade do sirolimus. A Cmax, tmax e AUC do sirolimus aumentaram respectivamente 1,4 vezes, 1,3 vezes e 1,6 vezes. O sirolimus não afectou a farmacocinética do diltiazem nem dos seus metabolitos desacetildiltiazem e desmetildiltiazem. No caso de administração concomitante de diltiazem, deve fazer-se a monitorização dos níveis sanguíneos do sirolimus e pode ser necessário ajuste posológico.

Page 36: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

36

Contraceptivos orais: Não se observou nenhuma interacção farmacocinética significativa entre o sirolimus e a formulação de 0,3 mg de norgestrel/ 0,03 mg de etinilestradiol. Embora os resultados de um estudo de interacção de dose única com um contraceptivo oral sugiram a ausência de interacção farmacocinética, não se pode excluir a possibilidade de ocorrerem alterações farmacocinéticas susceptíveis de alterar a farmacocinética do contraceptivo oral durante o tratamento crónico com Rapamune. Outras interacções possíveis: Os inibidores da CYP3A4 podem diminuir o metabolismo do sirolimus e aumentar os seus níveis sanguíneos (e.g. bloqueadores dos canais de cálcio: nicardipina, verapamil; antifúngicos: clotrimazol, fluconazol, itraconazol; antibióticos macrólidos: claritromicina, eritromicina e troleandomicina; fármacos procinéticos gastrointestinais: cisapride, metoclopramida e outros fármacos: bromocriptina, cimetidina, danazol e inibidores da protease). Os indutores da CYP3A4 podem aumentar o metabolismo do sirolimus e reduzir os seus níveis sanguíneos (e.g. chá de hipericão (Hypericum perforatum), anticonvulsionantes: carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; antibióticos: rifabutina). Embora o sirolimus iniba o citocromo microsomal hepático humano P450 CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4/5 in vitro, não se prevê que o fármaco iniba estas isoenzimas in vivo, dado que as concentrações de sirolimus necessárias para provocar inibição são muito superiores às observadas nos doentes tratados com as doses terapêuticas de Rapamune. Os inibidores da P-gp podem diminuir o efluxo do sirolimus das células da parede intestinal e assim aumentar os níveis circulantes do sirolimus. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Não foi detectada nenhuma interacção farmacocinética com significado clínico entre o sirolimus e os seguintes fármacos: aciclovir, atorvastatina, digoxina, glibenclamida, metilprednisolona, nifedipina, prednisolona e trimetoprim/sulfametoxazole. 4.5 Gravidez e aleitamento Não existem dados adequados sobre a utilização de Rapamune em mulheres grávidas. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutora (ver 5.3). O risco potencial para o ser humano é desconhecido. O Rapamune não deve ser usado durante a gravidez, salvo se for claramente necessário. Deve ser usada contracepção eficaz durante o tratamento com Rapamune e durante 12 semanas após a sua interrupção. Após a administração de sirolimus marcado com isótopo radioactivo em ratos, a radioactividade foi excretada no leite. Desconhece-se se o sirolimus é excretado no leite materno humano. Dado o potencial de efeitos adversos do sirolimus em recém-nascidos amamentados, durante o tratamento deve suspender-se a amamentação. 4.6 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.7 Efeitos indesejáveis A lista seguinte inclui as reacções adversas observadas nos ensaios clínicos e nos relatórios pós-comercialização. Incluem-se apenas os acontecimentos para os quais haja pelo menos uma suspeita razoável de relação de causalidade com o tratamento com Rapamune. A maioria dos doentes nos ensaios clínicos foram tratados com ciclosporina e corticosteróides; assim a frequência das reacções adversas alistadas inclui a administração de Rapamune em associação com a ciclosporina e corticosteróides. A frequência das reacções adversas proveniente dos resultados de estudos clínicos foi determinada em quatro estudos clínicos, dos quais dois aleatórios, em duplo anonimato, multicêntricos e controlados nos quais 499 doentes transplantados renais foram tratados com 2 mg/dia de Rapamune e 477 tratados

Page 37: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

37

com 5 mg/dia de Rapamune em associação com ciclosporina e corticosteróides, e outros dois abertos que incluíram 771 doentes tratados inicialmente com Rapamune e ciclosporina e posteriormente distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um que manteve a terapêutica com a ciclosporina e outro em que se retirou a ciclosporina 2-3 meses após transplantação. As reacções adversas estão alistadas de acordo com as seguintes categorias: Muito frequentes: >10 % Frequentes: >1% e <10% Pouco frequentes: >0,1% e <1% Gerais: Muito frequentes: Linfocelo Frequentes: Cicatrização anormal; edema; infecções fúgicas, virais e bacterianas (tais

como infecções por micobactérias, vírus de Epstein-Barr, CMV e Herpes zoster); Herpes simplex; septicémia

Disfunções cardíacas: Frequentes: Taquicardia Distúrbios gastrointestinais: Muito frequentes: Dor abominal; diarreia Frequentes: Estomatite Pouco frequentes: Pancreatite Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo: Muito frequentes: Anemia; trombocitopénia Frequentes: Leucopénia; púrpura trombocitopénica trombótica / síndrome hemolítico

urémico Pouco frequentes: Linfoma / doença linfoproliferativa pós-transplantação Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Muito frequentes: Hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia (hiperlipidémia); hipocaliémia;

desidrogenase láctica (LDH) aumentada Frequentes: Exames anormais da função hepática Distúrbios musculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos: Muito frequentes: Artralgia Frequentes: Necrose óssea Distδrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: Frequentes: Epistaxis; pneumonia Afecções da pele e dos tecidos subcutâneos: Muito frequentes: Acne Frequentes: Erupção cutânea Distúrbios renais e do sistema urinário: Muito frequentes: Infecções urinárias Frequentes: Pielonefrite A imunossupressão aumenta a susceptibilidade ao desenvolvimento de linfoma e outras doenças malignas, em particular cutâneas (ver secção 4.4). Ocorreram casos de pneumonia sem identificação da etiologia infecciosa, por vezes com envolvimento intersticial, em doentes tratados com regimes imunossupressores que incluíam o Rapamune. Em alguns casos a pneumonia resolveu com a descontinuação do Rapamune.

Page 38: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

38

4.9 Sobredosagem Até ao momento, a experiência com sobredosagem é mínima. Um doente sofreu um episódio de fibrilhação auricular após a ingestão de 150 mg de Rapamune. Em todos os casos de sobredosagem devem ser iniciadas as medidas gerais de suporte. Baseado na fraca solubilidade aquosa e na elevada ligação do Rapamune aos eritrócitos, é de esperar que o Rapamune não seja significativamente dialisável. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: imunossupressores selectivos. Código ATC: L04A A10 O sirolimus inibe a activação das células T induzida pela maioria dos estímulos, por bloqueio do sinal intracelular de transdução dependente e independente do cálcio. Os estudos demonstraram que os seus efeitos são mediados por um mecanismo diferente do da ciclosporina, do tacrolimus e de outros imunossupressores. A evidência experimental sugere que o sirolimus se liga a uma proteína citosólica específica, a FKPB-12, e que o complexo FKPB 12-sirolimus inibe a activação do Alvo da Rapamicina de mamífero (mTOR), uma quinase crítica para a progressão do ciclo celular. A inibição da mTOR tem como consequência o bloqueio de numerosos sinais específicos das vias de transdução. O resultado final é a inibição da activação dos linfócitos, que provoca imunossupressão. Nos animais, o sirolimus tem um efeito directo na activação das células T e B suprimindo as reacções mediadas pelo sistema imunitário tais como a rejeição de alotransplantes. Nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus foram estudados doentes com um risco imunológico ligeiro a moderado, incluindo doentes transplantados renais de dadores vivos ou cadáveres. Foram ainda incluídos doentes retransplantados cujos transplantes prévios sobreviveram durante pelo menos 6 meses após a transplantação. A ciclosporina não foi retirada em doentes que apresentaram episódios de rejeição aguda de grau 3 da classificação de Banff, dialisados, com valores de creatinina sérica > 400 µmol/L ou com função renal inadequada para permitir a retirada da ciclosporina. Doentes com alto risco imunológico de perda do transplante não foram estudados em número suficiente nos ensaios de eliminação da ciclosporina - manutenção do sirolimus e não se recomenda este regime de tratamento nestes doentes. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Após administração oral, o sirolimus é rapidamente absorvido com um tempo para atingir a concentração máxima de 1 hora em indivíduos saudáveis que tomaram doses únicas e 2 horas em transplantados renais estáveis que tomaram doses múltiplas. A disponibilidade sistémica do sirolimus, quando administrado em simultâneo com a ciclosporina (Sandimune), é de aproximadamente 14%. Após administração repetida, a concentração sanguínea média do sirolimus aumenta aproximadamente 3 vezes. A semi-vida terminal em doentes transplantados renais estáveis após doses orais múltiplas foi de 62+16 h. No entanto, a semi-vida efectiva é menor e as concentrações médias no estado estacionário atingem-se após 5 a 7 dias. A razão sangue/plasma (S/P) de 36 indica que o sirolimus é largamente fraccionado para o interior dos componentes sanguíneos diferenciados. Os parâmetros farmacocinéticos do sirolimus obtidos com 19 doentes transplantados renais tratados com microemulsão de ciclosporina (4 horas antes de tomar Rapamune) e corticosteróides, seguido de doses diárias de 2 mg de solução de Rapamune num ensaio clínico de fase III foram: Cmax,ss 12,2+6,2 ng/ml, tmax,ss 3,01+2,40 h, AUCτ,ss 158+70 ng.h/ml, CL/F/W 182+72 ml/h/kg (parâmetros calculados a partir dos resultados do ensaio LC-MS/MS). Não houve diferença significativa em nenhum destes parâmetros ao longo do tempo até 6 meses após a transplantação. As médias das concentrações mínimas de sirolimus no sangue total obtidas nos mesmos estudos de fase III foram

Page 39: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

39

9 ng/ml (5 a 14 ng/ml, imunoensaio; n=226) para a dose diária de 2 mg e 17 ng/ml (10 a 28 ng/ml, imunoensaio; n=219) para a dose diária de 5 mg. O sirolimus é um substrato do citocromo P450 IIIA4 (CYP3A4) e da glicoproteína P. O sirolimus é extensamente metabolizado por O-desmetilação e/ou hidroxilação. Sete dos seus principais metabolitos incluindo hidroxilo, desmetilo e hidroxidesmetilo, são identificáveis no sangue total. O sirolimus é o maior componente na circulação e contribui para mais de 90% da actividade imunossupressora. Após uma dose única de sirolimus [14C] em voluntários saudáveis, a maioria (91,1%) da radioactividade foi recuperada nas fezes e apenas uma quantidade mínima (2,2%) foi excretada na urina. O número de doentes com mais de 65 anos incluídos nos estudos clínicos com Rapamune é insuficiente para concluir se nestes doentes a resposta ao sirolimus é diferente da obtida em doentes mais jovens. As concentrações sanguíneas mínimas do sirolimus de 35 doentes transplantados renais com mais de 65 anos foram idênticas às concentrações sanguíneas nos doentes adultos (n=822) com idades entre os 18 e os 65 anos. Em voluntários saudáveis, uma refeição com alto teor lipídico alterou as características de biodisponibilidade do sirolimus líquido oral. Houve um decréscimo de 34% na concentração sanguínea máxima (Cmax) do sirolimus, um aumento de 3,5 vezes no tempo para atingir a concentração máxima (tmax), e um aumento de 35% na exposição total (AUC). Recomenda-se tomar o Rapamune sempre da mesma forma com ou sem alimentos. A utilização de sumo de laranja ou de água para diluir o Rapamune foram equivalentes no que diz respeito à Cmax e AUC. O sumo de toranja afecta o metabolismo mediado pela CYP3A4 e deve por isso ser evitado. Em doentes pediátricos dialisados (redução de 30% a 50% na taxa de filtração glomerular), com idades compreendidas entre os 5 e 11 anos e os 12 e 18 anos, a média da CL/F normalizada com o peso foi maior em doentes pediátricos mais jovens (580 ml/h/kg) do que em doentes pediátricos mais velhos (450 ml/h/kg) comparativamente aos adultos (287 ml/h/kg). Existe uma grande variabilidade individual dentro dos grupos etários. Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (classificação de Child-Pugh A ou B), os valores médios da AUC e do t1/2 do sirolimus aumentaram 61% e 43%, respectivamente, e a CL/F diminuiu 33% comparativamente a indivíduos normais e saudáveis. A farmacocinética do sirolimus não foi avaliada nos doentes com patologia hepática grave. A farmacocinética do sirolimus foi semelhante em várias populações com função renal que varia de normal até ausente (doentes dialisados). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os acontecimentos adversos seguintes não foram observados nos ensaios clínicos mas sim em animais expostos com níveis de exposição idênticos aos níveis de exposição clínicos e podem ter significado clínico: vacuolização celular dos ilhéus pancreáticos, degeneração dos túbulos testiculares, ulceração gastrointestinal, fracturas ósseas e calosas, hematopoiese hepática e fosfolipidose pulmonar. O sirolimus não se revelou mutagénico nos ensaios de mutação reversa bacteriana in vitro, no ensaio de aberração cromossómica da célula do ovário do hamster Chinês, no ensaio de mutação da célula do linfoma do rato ou no ensaio in vivo do micronúcleo no rato. Estudos de carcinogenicidade efectuados em ratinhos e ratos mostraram aumento na incidência de linfomas (ratinho macho e fêmea), adenoma e carcinoma hepatocelulares (ratinho macho) e leucemia granulocítica (ratinho fêmea). Sabe-se que existe a possibilidade de ocorrerem doenças malignas (linfomas) secundárias ao uso crónico de imunossupressores, tendo sido notificados casos raros em doentes. No ratinho as lesões cutâneas ulcerosas crónicas aumentaram. As alterações podem estar relacionadas com a imunossupressão crónica. No rato os adenomas celulares intersticiais testiculares

Page 40: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

40

foram provavelmente devidos a uma resposta, relacionada com a espécie, aos níveis de homona luteínica e normalmente são considerados como tendo pouco significado clínico. Nos estudos toxicológicos sobre a reprodução, observou-se a diminuição da fertilidade de ratos machos. Num estudo de 13 semanas no rato registaram-se reduções parcialmente reversíveis na contagem de espermatozóides. Foram observadas reduções nos pesos testiculares e/ou lesões histológicas (p.e., atrofia tubular e células tubulares gigantes) em ratos e num estudo em macacos. O sirolimus provocou embrio/fetotoxicidade em ratos, que se manifestou sob a forma de mortalidade e diminuição dos pesos fetais (acompanhada de atrasos na ossificação do esqueleto). Ver gravidez e aleitamento - secção 4.6. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Polissorbato 80, Phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, mono-, di-glicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). 6.2 Incompatibilidades O Rapamune não deve ser diluído em sumo de toranja ou qualquer outro líquido que não seja água ou sumo de laranja. Ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6. 6.3 Prazo de validade 18 meses. Usar a saqueta imediatamente após abertura. Após a diluição (ver Instruções de utilização e manipulação, secção 6.6) a preparação deve ser usada imediatamente. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar a 2ºC-8ºC (no frigorífico). Se necessário, o doente pode conservar as saquetas à temperatura ambiente até 25ºC durante períodos curtos (24 horas). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Saquetas de folha laminada de alumínio de 5 ml em embalagens de 30. 6.6 Instruções de utilização e manipulação Esprema o conteúdo total da saqueta para um copo de vidro ou plástico contendo pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Quaisquer outros líquidos incluindo o sumo de toranja, não devem ser usados para a diluição. Agite vigorosamente e beba de uma só vez. Encha novamente o copo com um volume adicional (mínimo 120 ml) de água ou sumo de laranja, agite vigorosamente e beba de uma só vez.

Page 41: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

41

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Page 42: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

42

ANEXO II

A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO

RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE

B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Page 43: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

43

A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE

Fabricante responsável pela libertação do lote Wyeth Medica Ireland Little Connell Newbridge, Co. Kildare Irlanda Autorização de fabrico emitida em 28 de Janeiro de 1999 por Irish Medicines Board. B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E À

UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Medicamento de receita médica restrita (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, 4.2.).

Page 44: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

44

ANEXO III

ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO

Page 45: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

45

A. ROTULAGEM

Page 46: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

46

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR DE 60 mL DE RAPAMUNE (EMBALAGEM QUE CONTĒM SERINGAS/FRASCO EM EMBALAGEM) 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. Sirolimus. 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 60 ml de solução oral 30 seringas doseadoras 1 adaptador para seringa 1 estojo. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). Proteger da luz. O frasco que contém Rapamune pode ser retirado da embalagem e conservado directamente no frigorífico a 2°C – 8°C. Depois da abertura do frasco, utilizar no prazo de 30 dias.

Page 47: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

47

10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização.

Page 48: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

48

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM INTERMĒDIA DE RAPAMUNE: FRASCO DE 60 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. Sirolimus 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 60 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). Proteger da luz. Depois da abertura do frasco, utilizar no prazo de 30 dias. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Page 49: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

49

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização.

Page 50: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

50

INDICAÇÕES A INCLUIR NO RÓTULO DE FRASCO DE RAPAMUNE: FRASCO DE 60 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. Sirolimus 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 60 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY. 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). Proteger da luz. Depois da abertura do frasco, utilizar no prazo de 30 dias. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Page 51: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

51

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização. Destacar para mais informações Data de abertura

Page 52: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

52

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR DE 150 mL DE RAPAMUNE (EMBALAGEM QUE CONTĒM SERINGAS/FRASCO EM EMBALAGEM) 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. Sirolimus. 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 150 ml de solução oral 30 seringas doseadoras 1 adaptador para seringa 1 estojo. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Conservar fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO

Guardar a 2°C – 8°C (no frigorífico). Proteger da luz. O frasco que contém Rapamune pode ser retirado da embalagem e conservado directamente no frigorífico a 2°C – 8°C. Depois da abertura do frasco, utilizar no prazo de 30 dias.

10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Page 53: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

53

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização.

Page 54: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

54

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM INTERMĒDIA DE RAPAMUNE: FRASCO DE 150 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. Sirolimus 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 150 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). Proteger da luz. Depois da abertura do frasco, utilizar no prazo de 30 dias. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Page 55: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

55

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização. .

Page 56: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

56

INDICAÇÕES A INCLUIR NO RÓTULO DE FRASCO DE RAPAMUNE: FRASCO DE 150 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/ml solução oral. Sirolimus 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 150 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). Proteger da luz. Depois da abertura do frasco, utilizar no prazo de 30 dias. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Page 57: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

57

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização. Destacar para mais informações Data de abertura

Page 58: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

58

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR DE RAPAMUNE: SAQUETA DE 1 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 1 mg/1 ml solução oral. Sirolimus. 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 30 Saquetas. Cada saqueta contém 1 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Rejeitar a saqueta após utilização.

Page 59: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

59

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 12. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 13. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização.

Page 60: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

60

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM PRIMÁRIA DE RAPAMUNE: SAQUETA DE 1 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Rapamune 1 mg/1 ml solução oral. Sirolimus. Via oral. 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização. 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 4. NÚMERO DO LOTE Lote: AAAA 5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 1 ml.

Page 61: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

61

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR DE RAPAMUNE: SAQUETA DE 2 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 2 mg/2 ml solução oral. Sirolimus. 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 30 Saquetas. Cada saqueta contém 1 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Rejeitar a saqueta após utilização.

Page 62: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

62

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização.

Page 63: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

63

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM PRIMÁRIA DE RAPAMUNE: SAQUETA DE 2 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Rapamune 2 mg 2 ml solução oral. Sirolimus. Via oral. 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização. 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 4. NÚMERO DO LOTE Lote: AAAA 5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 2 ml.

Page 64: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

64

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR DE RAPAMUNE: SAQUETA DE 5 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Rapamune 5 mg/5 ml solução oral. Sirolimus. 2. DESCRIÇÃO DO(S) PRINCÍPIO(S) ACTIVO(S) Cada ml de Rapamune contém 1 mg de sirolimus. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Contém também: etanol (1,5% a 2,5%), propilenoglicol, ácidos gordos de soja. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 30 Saquetas. Cada saqueta contém 1 ml de solução oral. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL: XX/YYYY 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar a 2°C – 8°C (no frigorífico). 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR CASO DISSO

Rejeitar a saqueta após utilização.

Page 65: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

65

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Wyeth Europa Ltd. Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire, SL6 0PH Reino Unido. 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/x/xx/xxx/xxx. 13. NÚMERO DO LOTE DE FABRICO Lote: AAAA. 14. CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização.

Page 66: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

66

INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM PRIMÁRIA DE RAPAMUNE: SAQUETA DE 5 mL 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Rapamune 5 mg/5 ml solução oral. Sirolimus. Via oral. 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Leia o folheto informativo antes da utilização. 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.: XX/YYYY 4. NÚMERO DO LOTE Lote: AAAA 5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 5 ml.

Page 67: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

67

B. FOLHETO INFORMATIVO

Page 68: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

68

FOLHETO INFORMATIVO Rapamune 1 mg/ml solução oral (Sirolimus) Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. − Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. − Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. − Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem a os mesmos sintomas. Neste folheto: 1. O que é o Rapamune e para que é utilizado 2. Antes de tomar o Rapamune 3. Como tomar o Rapamune 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Rapamune 6. Outras informações O nome do seu medicamento é Rapamune solução oral. Cada ml de Rapamune contém 1 mg da substância activa sirolimus. Os outros ingredientes são: polissorbato 80 e phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, monodiglicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). O titular da autorização de introdução Rapamune é fabricado por: no mercado do Rapamune é: Wyeth Medica Ireland Wyeth Europa Ltd Little Connell Huntercombe Lane South Newbridge Taplow, Maidenhead Co. Kildare Berkshire, SL6 0PH Irlanda. Reino Unido. 1. O QUE É O RAMAPUNE E PARA QUE É UTILIZADO? O Rapamune pertence a um grupo de medicamentos chamados imunossupressores. Ajuda a controlar o sistema imunitário do seu organismo após ter recebido um transplante de órgão. É utilizado para prevenir o seu organismo da rejeição de rins transplantados e normalmente é utilizado com medicamentos chamados ciclosporina e corticosteróides. O Rapamune solução oral apresenta-se em frascos de vidro âmbar de 60 ml e 150 ml. As embalagens podem não estar todas comercializadas. 2. ANTES DE TOMAR O RAPAMUNE Não tome o Rapamune: − se for hipersensível (alérgico) ao sirolimus ou a qualquer dos ingredientes do Rapamune. Tome especial cuidado com o Rapamune: − se tem algum problema no fígado ou teve uma doença que possa ter afectado o seu fígado,

informe o seu médico pois tal pode afectar a dose de Rapamune que irá tomar; − os medicamentos imunossupressores podem diminuir a capacidade do seu organismo para

combater as infecções e podem aumentar o risco de cancro dos tecidos linfóides e da pele.

Page 69: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

69

Tomar Rapamune com alimentos ou bebidas: O Rapamune deve ser tomado sempre da mesma forma, com ou sem alimentos. O Rapamune só deve ser diluído com água ou sumo de laranja. Não tome o Rapamune com sumo de toranja. Gravidez Durante o tratamento com Rapamune e nas 12 semanas após terminar o tratamento, use métodos contraceptivos eficazes. Se tiver dúvidas ou pensa que pode ter engravidado, fale com o seu médico. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Aleitamento Não se sabe se o Rapamune passa para o leite materno. As doentes que tomam Rapamune devem interromper o aleitamento. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Utilização em crianças e adolescentes A experiência de administração de Rapamune a crianças e adolescentes é limitada. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram efectuados estudos acerca dos efeitos do Rapamune na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Embora não se espere que o tratamento com Rapamune afecte a sua capacidade de conduzir, se tem dúvidas, consulte o seu médico. Informações importantes sobre um dos ingredientes do Rapamune AVISO: Este medicamento contém 1,5% a 2,5% de etanol. Cada dose de 2 mg contém até 50 mg de álcool. O álcool pode ser prejudicial para quem sofre de alcoolismo, epilepsia, perturbações cerebrais ou doença cerebral, bem como para mulheres grávidas e crianças. O álcool pode modificar ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Tomar o Rapamune com outros medicamentos: Está a tomar ou tomou recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica? Alguns medicamentos podem interferir com a acção do Rapamune. Informe o seu médico ou farmacêutico, particularmente se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos: − qualquer outro imunossupressor, excluindo a ciclosporina ou corticosteróides; − antibióticos ou medicamentos antifúngicos utilizados para tratar as infecções, como por

exemplo, rifampicina, claritromicina, eritromicina, troleandomicina, rifabutina, clotrimazol, fluconazol, itraconazol e cetoconazol;

− medicamentos para a tensão arterial alta ou medicamentos para problemas de coração, incluindo nicardipina, verapamil e diltiazem;

− medicamentos anti-epilépticos incluindo carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; − medicamentos utilizados no tratamento das úlceras ou outros problemas gastrointestinais tais

como cisapride, cimetidina, metoclopramida. Bromocriptina (utilizado no tratamento da doença de Parkinson e diversos problemas hormonais), danazol (utilizado no tratamento de problemas ginecológicos) ou inibidores da protease (utilizados no tratamento do HIV).

3. COMO TOMAR O RAPAMUNE O Rapamune destina-se apenas a ser tomado por via oral. Tome sempre o Rapamune exactamente de acordo com as instruções do seu médico. Se tiver dúvidas, confirme com o seu médico ou farmacêutico. O seu médico decide exactamente qual a dose de Rapamune que deve tomar e quantas vezes a vai tomar. Siga exactamente as instruções do seu médico e nunca altere a dose por sua iniciativa. Não pare de tomar o seu medicamento sem que o seu médico lhe diga para o fazer.

Page 70: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

70

Habitualmente, para um adulto, o seu médico dar-lhe-á uma dose inicial de 6 mg na altura da operação de transplantação do rim. Depois irá precisar de tomar 2 mg de Rapamune por dia, ou consoante a indicação do seu médico. A dose pode ser ajustada em função dos seus níveis de Rapamune no sangue. O seu médico irá precisar de fazer um exame ao seu sangue para medir os níveis de Rapamune. Se estiver a tomar também ciclosporina, deve tomar os dois medicamentos com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Instruções para diluir o Rapamune 1. Retire a tampa de protecção do frasco. Para tal aperte as marcas na tampa e rode. Insira o

adaptador da seringa no frasco até ficar nivelado com o topo do frasco. Não tente retirar o adaptador da seringa do frasco após ter sido inserido.

2. Com o êmbolo totalmente premido, insira uma das seringas doseadoras dentro da abertura do

adaptador.

3. Retire a quantidade exacta de solução oral de Rapamune tal como o seu médico receitou,

puxando o êmbolo da seringa doseadora para fora, suavemente, até que a base da linha a preto do êmbolo fique ao nível da marca apropriada da seringa doseadora. O frasco deve estar na posição vertical enquanto se está a retirar a solução. Se se formarem bolhas na seringa doseadora durante a remoção, verta a solução de Rapamune novamente para o frasco e repita o procedimento de remoção.

4. É possível que tenha recebido instruções para tomar a sua solução oral de Rapamune num

determinado momento do dia. Se precisar de levar a medicação consigo encha a seringa doseadora e coloque a tampa de modo seguro - a tampa deve dar um estalido quando colocada. Em seguida coloque a seringa doseadora no estojo fornecido. Uma vez colocada na seringa, a medicação pode ser mantida à temperatura ambiente (não excedendo 25ºC) ou no frigorífico e deve ser usada no prazo de 24 horas.

Verta o conteúdo da seringa doseadora para um copo de vidro ou plástico com pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Mexa bem durante um minuto e beba imediatamente. Encha novamente o copo com pelo menos 120 ml de água ou sumo de laranja, mexa bem e beba imediatamente. Não

Page 71: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

71

devem ser usados quaisquer outros líquidos, nomeadamente o sumo de toranja, para a diluição. A seringa doseadora com tampa deve ser usada uma vez e depois rejeitada.

Informação adicional Quando refrigerada, a solução contida no frasco pode apresentar-se turva. Se tal acontecer, basta levar o Rapamune solução oral à temperatura ambiente e agitar lentamente. A presença desta turvação não afecta a qualidade do Rapamune. Caso tenha tomado mais Rapamune do que deveria Caso tenha tomado mais Rapamune do que o indicado, consulte um médico ou dirija-se a um serviço de urgência hospitalar imediatamente. Leve sempre consigo o frasco do medicamento com o respectivo rótulo, mesmo que esteja vazio. Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune, tome-o assim que se lembrar, mas não nas 4 horas que se seguem à próxima dose de ciclosporina. Depois continue a tomar os seus medicamentos como habitualmente. Não tome uma dose dupla para compensar uma dose esquecida e tome sempre o Rapamune e a ciclosporina com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Se falhar completamente uma dose de Rapamune, informe o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, o Rapamune pode ter efeitos secundários. Porém, uma vez que o Rapamune é tomado em associação com outros medicamentos, os efeitos secundários não podem ser sempre atribuídos, com absoluta certeza, ao Rapamune. Os efeitos secundários mais comuns são dor abdominal, acumulação de líquidos à volta do rim, bater do coração rápido, inchaço, diarreia, feridas na boca, cicatrização anormal, dores nas articulações, danos nos ossos, sangrar pelo nariz, acne, problemas na pele e infecções (como por exemplo pneumonia, infecções urinárias ou infecções renais). Também pode ocorrer, com menor frequência, infecção do sangue. Outros efeitos secundários podem incluir: inflamação dos pulmões ou do pâncreas. Existem efeitos secundários de que poderá não se aperceber durante a toma do seu medicamento, que incluem exames laboratoriais alterados, tais como alterações no teor de células do sangue ou substâncias transportadas no sangue, como por exemplo gorduras, colesterol e creatinina. Durante o tratamento o seu médico pode efectuar exames ao sangue para avaliar estas alterações. A exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector bem como um protector solar com um factor de protecção alto, devido ao aumento do risco de cancro da pele. Caso esteja preocupado com qualquer efeito secundário ou detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DO RAPAMUNE SOLUÇÃO ORAL Mantenha o Rapamune solução oral no seu recipiente original de forma a ficar protegido da luz. Conservar a 2ºC - 8ºC, no frigorífico. Após a abertura do frasco, o conteúdo deve ser guardado no

Page 72: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

72

frigorífico e usado no prazo de 30 dias. Se necessário, pode guardar os frascos à temperatura ambiente até 25ºC durante um período curto (mas não superior a 24 horas). Não tome após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Outras informações Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. Belgique/België/Belgien AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél/Tel:+ 32 10 49 4711

France Wyeth-Lederlé Le Wilson 2 80, Avenue du Gϑnϑral de Gaulle Puteaux 92031 Paris la Défense Cedex Tél:+33 41 02 7000

Österreich Wyeth-Lederle Pharma GmbH Storchengasse 1 1150 Wien Tel:+ 43 222 89 1140

Danmark Wyeth Lederle Denmark Produktionsvej 24 DK-2600 Glostrup Tlf:+45 44 88 88 05

Ireland Wyeth Laboratories 765 South Circular Road Islandbridg Dublin 8 Tel:+353 1 670 920

Portugal Wyeth Lederle Portugal (Farma), Lda. Rua Dr. António Loureiro Borges, 2 Arquiparque - Miraflores P-1495-131 Algés Tel:+()351 21 412 82 00

Deutschland Wyeth-Pharma GmbH Wienburgstra8e 207 48159 Münster Tel:+49 251 2040

Italia Wyeth S.p.A. Via Nettunense, 90 04011 Aprilia (LT) Tel:+39 6 927151

Suomi/Finland Wyeth Lederle Finland Rajatorpantie 41C FIN-01640 Vantaa Puh/Tlf:+ 353 9 853 2066

Ελλάδα Wyeth Hellas AEPE Κύπρου 126 & 25ης Μαρτίου 164 52 Αργυρούπολη Αθήνα Tηλ +30 1 99 81 600

Luxembourg/Luxemburg AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tϑl:+32 1049 4711

Sverige Wyeth Lederle Nordiska AB Råsundavägen 1-3 S-171 24 SOLNA Tlf:+46 8 470 3200

España Wyeth Orfi SA Ctra. De Burgos, km.23 28700 San Sebastian de Los Reyes, Madrid Tel:+34 334 65 65

Nederland AHP Pharma B.V. P.O. Box 255 2130 AG Hoofddorp Tel:+31 23 567 2567

United Kingdom Wyeth Laboratories Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire SL6 0PH Tel:+44 1628 604377

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

Page 73: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

73

FOLHETO INFORMATIVO Rapamune 1 mg/1 ml solução oral (Sirolimus) Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. − Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. − Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. − Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem a os mesmos sintomas. Neste folheto: 1. O que é o Rapamune e para que é utilizado 2. Antes de tomar o Rapamune 3. Como tomar o Rapamune 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Rapamune 6. Outras informações O nome do seu medicamento é Rapamune solução oral. Cada ml de Rapamune contém 1 mg da substância activa sirolimus. Os outros ingredientes são: polissorbato 80 e phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, monodiglicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). O titular da autorização de introdução Rapamune é fabricado por: no mercado do Rapamune é: Wyeth Medica Ireland Wyeth Europa Ltd Little Connell Huntercombe Lane South Newbridge Taplow, Maidenhead Co. Kildare Berkshire, SL6 0PH Irlanda. Reino Unido. 1. O QUE É O RAMAPUNE E PARA QUE É UTILIZADO? O Rapamune pertence a um grupo de medicamentos chamados imunossupressores. Ajuda a controlar o sistema imunitário do seu organismo após ter recebido um transplante de órgão. É utilizado para prevenir o seu organismo da rejeição de rins transplantados e normalmente é utilizado com medicamentos chamados ciclosporina e corticosteróides. O Rapamune solução oral apresenta-se em saquetas de folha de alumínio de 1 ml, em embalagens de 30 saquetas. 2. ANTES DE TOMAR O RAPAMUNE Não tome o Rapamune: − se for hipersensível (alérgico) ao sirolimus ou a qualquer dos ingredientes do Rapamune. Tome especial cuidado com o Rapamune: − se tem algum problema no fígado ou teve uma doença que possa ter afectado o seu fígado,

informe o seu médico pois tal pode afectar a dose de Rapamune que irá tomar; − os medicamentos imunossupressores podem diminuir a capacidade do seu organismo para

combater as infecções e podem aumentar o risco de cancro dos tecidos linfóides e da pele.

Page 74: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

74

Tomar Rapamune com alimentos ou bebidas: O Rapamune deve ser tomado sempre da mesma forma, com ou sem alimentos. O Rapamune só deve ser diluído com água ou sumo de laranja. Não tome o Rapamune com sumo de toranja. Gravidez Durante o tratamento com Rapamune e nas 12 semanas após terminar o tratamento, use métodos contraceptivos eficazes. Se tiver dúvidas ou pensa que pode ter engravidado, fale com o seu médico. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Aleitamento Não se sabe se o Rapamune passa para o leite materno. As doentes que tomam Rapamune devem interromper o aleitamento. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Utilização em crianças e adolescentes A experiência de administração de Rapamune a crianças e adolescentes é limitada. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram efectuados estudos acerca dos efeitos do Rapamune na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Embora não se espere que o tratamento com Rapamune afecte a sua capacidade de conduzir, se tem dúvidas, consulte o seu médico. Informações importantes sobre um dos ingredientes do Rapamune AVISO: Este medicamento contém 1,5% a 2,5% de etanol. Cada dose de 2 mg contém até 50 mg de álcool. O álcool pode ser prejudicial para quem sofre de alcoolismo, epilepsia, perturbações cerebrais ou doença cerebral, bem como para mulheres grávidas e crianças. O álcool pode modificar ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Tomar o Rapamune com outros medicamentos: Está a tomar ou tomou recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica? Alguns medicamentos podem interferir com a acção do Rapamune. Informe o seu médico ou farmacêutico, particularmente se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos: − qualquer outro imunossupressor, excluindo a ciclosporina ou corticosteróides; − antibióticos ou medicamentos antifúngicos utilizados para tratar as infecções, como por

exemplo, rifampicina, claritromicina, eritromicina, troleandomicina, rifabutina, clotrimazol, fluconazol, itraconazol e cetoconazol;

− medicamentos para a tensão arterial alta ou medicamentos para problemas de coração, incluindo nicardipina, verapamil e diltiazem;

− medicamentos anti-epilépticos incluindo carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; − medicamentos utilizados no tratamento das úlceras ou outros problemas gastrointestinais tais

como cisapride, cimetidina, metoclopramida. Bromocriptina (utilizado no tratamento da doença de Parkinson e diversos problemas hormonais), danazol (utilizado no tratamento de problemas ginecológicos) ou inibidores da protease (utilizados no tratamento do HIV).

3. COMO TOMAR O RAPAMUNE O Rapamune destina-se apenas a ser tomado por via oral. Tome sempre o Rapamune exactamente de acordo com as instruções do seu médico. Se tiver dúvidas, confirme com o seu médico ou farmacêutico. O seu médico decide exactamente qual a dose de Rapamune que deve tomar e quantas vezes a vai tomar. Siga exactamente as instruções do seu médico e nunca altere a dose por sua iniciativa. Não pare de tomar o seu medicamento sem que o seu médico lhe diga para o fazer.

Page 75: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

75

Habitualmente, para um adulto, o seu médico dar-lhe-á uma dose inicial de 6 mg na altura da operação de transplantação do rim. Depois irá precisar de tomar 2 mg de Rapamune por dia, ou consoante a indicação do seu médico. A dose pode ser ajustada em função dos seus níveis de Rapamune no sangue. O seu médico irá precisar de fazer um exame ao seu sangue para medir os níveis de Rapamune. Se estiver a tomar também ciclosporina, deve tomar os dois medicamentos com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Instruções para diluir o Rapamune 1. Antes da abertura da saqueta, aperte a saqueta na zona da marca para empurrar o conteúdo para

a parte inferior da mesma. 2. Abra a saqueta cuidadosamente. Para tal dobre a saqueta na zona da marca e corte com uma

tesoura ao longo do tracejado. Verta o conteúdo da saqueta para um copo de vidro ou plástico com pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Mexa bem durante um minuto e beba imediatamente. Encha novamente o copo com pelo menos 120 ml de água ou sumo de laranja, mexa bem e beba imediatamente. Não devem ser usados quaisquer outros líquidos, nomeadamente o sumo de toranja, para a diluição. A saqueta deve ser usada uma vez e depois rejeitada. Informação adicional Caso tenha tomado mais Rapamune do que deveria Caso tenha tomado mais Rapamune do que o indicado, consulte um médico ou dirija-se a um serviço de urgência hospitalar imediatamente. Leve sempre a saqueta consigo mesmo que esteja vazia. Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune, tome-o assim que se lembrar, mas não nas 4 horas que se seguem à próxima dose de ciclosporina. Depois continue a tomar os seus medicamentos como habitualmente. Não tome uma dose dupla para compensar uma dose esquecida e tome sempre o Rapamune e a ciclosporina com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Se falhar completamente uma dose de Rapamune, informe o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, o Rapamune pode ter efeitos secundários. Porém, uma vez que o Rapamune é tomado em associação com outros medicamentos, os efeitos secundários não podem ser sempre atribuídos, com absoluta certeza, ao Rapamune. Os efeitos secundários mais comuns são dor abdominal, acumulação de líquidos à volta do rim, bater do coração rápido, inchaço, diarreia, feridas na boca, cicatrização anormal, dores nas articulações, danos nos ossos, sangrar pelo nariz, acne, problemas na pele e infecções (como por exemplo pneumonia, infecções urinárias ou infecções renais). Também pode ocorrer, com menor frequência, infecção do sangue. Outros efeitos secundários podem incluir: inflamação dos pulmões ou do pâncreas. Existem efeitos secundários de que poderá não se aperceber durante a toma do seu medicamento, que incluem exames laboratoriais alterados, tais como alterações no teor de células do sangue ou substâncias transportadas no sangue, como por exemplo gorduras, colesterol e creatinina. Durante o tratamento o seu médico pode efectuar exames ao sangue para avaliar estas alterações. A exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector bem como um protector solar com um factor de protecção alto, devido ao aumento do risco de cancro da pele.

Page 76: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

76

Caso esteja preocupado com qualquer efeito secundário ou detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DO RAPAMUNE SOLUÇÃO ORAL Conservar a 2ºC - 8ºC, no frigorífico. Rejeite cada saqueta após a sua utilização. Se necessário, pode guardar as saquetas à temperatura ambiente até 25ºC durante um período curto (mas não superior a 24 horas). Não tome após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Page 77: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

77

Outras informações Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. Belgique/België/Belgien AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél/Tel:+32 10 49 4711

France Wyeth-Lederlé Le Wilson 2 80, Avenue du Gϑnϑral de Gaulle Puteaux 92031 Paris la Défense Cedex Tl:+33 41 02 7000

Österreich Wyeth-Lederle Pharma GmbH Storchengasse 1 1150 Wien Tel:+43 222 89 1140

Danmark Wyeth Lederle Denmark Produktionsvej 24 DK-2600 Glostrup Tlf:+45 44 88 88 05

Ireland Wyeth Laboratories 765 South Circular Road Islandbridg Dublin 8 Tel:+353 1 670 920

Portugal Wyeth Lederle Portugal (Farma), Lda. Rua Dr. António Loureiro Borges, 2 Arquiparque - Miraflores P-1495-131 Algés Tel:+()351 21 412 82 00

Deutschland Wyeth-Pharma GmbH Wienburgstra8e 207 48159 Münster Tel:+49 251 2040

Italia Wyeth S.p.A. Via Nettunense, 90 04011 Aprilia (LT) Tel:+ 39 6 927151

Suomi/Finland Wyeth Lederle Finland Rajatorpantie 41C FIN-01640 Vantaa Puh/Tlf:+ 353 9 853 2066

Ελλάδα Wyeth Hellas AEPE Κύπρου 126 & 25ης Μαρτίου 164 52 Αργυρούπολη Αθήνα Tηλ +30 1 99 81 600

Luxembourg/Luxemburg AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél:+32 1049 4711

Sverige Wyeth Lederle Nordiska AB Råsundavägen 1-3 S-171 24 SOLNA Tlf:+46 8 470 3200

España Wyeth Orfi SA Ctra. De Burgos, km.23 28700 San Sebastian de Los Reyes, Madrid Tel:+34 334 65 65

Nederland AHP Pharma B.V. P.O. Box 255 2130 AG Hoofddorp Tel:+31 23 567 2567

United Kingdom Wyeth Laboratories Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire SL6 0PH Tel:+44 1628 604377

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

Page 78: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

78

FOLHETO INFORMATIVO Rapamune 2 mg/ 2 ml solução oral (Sirolimus) Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. − Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. − Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. − Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem a os mesmos sintomas. Neste folheto: 1. O que é o Rapamune e para que é utilizado 2. Antes de tomar o Rapamune 3. Como tomar o Rapamune 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Rapamune 6. Outras informações O nome do seu medicamento é Rapamune solução oral. Cada ml de Rapamune contém 1 mg da substância activa sirolimus. Os outros ingredientes são: polissorbato 80 e phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, monodiglicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). O titular da autorização de introdução Rapamune é fabricado por: no mercado do Rapamune é: Wyeth Medica Ireland Wyeth Europa Ltd Little Connell Huntercombe Lane South Newbridge Taplow, Maidenhead Co. Kildare Berkshire, SL6 0PH Irlanda. Reino Unido. 1. O QUE É O RAMAPUNE E PARA QUE É UTILIZADO? O Rapamune pertence a um grupo de medicamentos chamados imunossupressores. Ajuda a controlar o sistema imunitário do seu organismo após ter recebido um transplante de órgão. É utilizado para prevenir o seu organismo da rejeição de rins transplantados e normalmente é utilizado com medicamentos chamados ciclosporina e corticosteróides. O Rapamune solução oral apresenta-se em saquetas de folha de alumínio de 2 ml, em embalagens de 30 saquetas. 2. ANTES DE TOMAR O RAPAMUNE Não tome o Rapamune: − se for hipersensível (alérgico) ao sirolimus ou a qualquer dos ingredientes do Rapamune. Tome especial cuidado com o Rapamune: − se tem algum problema no fígado ou teve uma doença que possa ter afectado o seu fígado,

informe o seu médico pois tal pode afectar a dose de Rapamune que irá tomar; − os medicamentos imunossupressores podem diminuir a capacidade do seu organismo para

combater as infecções e podem aumentar o risco de cancro dos tecidos linfóides e da pele.

Page 79: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

79

Tomar Rapamune com alimentos ou bebidas: O Rapamune deve ser tomado sempre da mesma forma, com ou sem alimentos. O Rapamune só deve ser diluído com água ou sumo de laranja. Não tome o Rapamune com sumo de toranja. Gravidez Durante o tratamento com Rapamune e nas 12 semanas após terminar o tratamento, use métodos contraceptivos eficazes. Se tiver dúvidas ou pensa que pode ter engravidado, fale com o seu médico. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Aleitamento Não se sabe se o Rapamune passa para o leite materno. As doentes que tomam Rapamune devem interromper o aleitamento. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Utilização em crianças e adolescentes A experiência de administração de Rapamune a crianças e adolescentes é limitada. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram efectuados estudos acerca dos efeitos do Rapamune na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Embora não se espere que o tratamento com Rapamune afecte a sua capacidade de conduzir, se tem dúvidas, consulte o seu médico. Informações importantes sobre um dos ingredientes do Rapamune AVISO: Este medicamento contém 1,5% a 2,5% de etanol. Cada dose de 2 mg contém até 50 mg de álcool. O álcool pode ser prejudicial para quem sofre de alcoolismo, epilepsia, perturbações cerebrais ou doença cerebral, bem como para mulheres grávidas e crianças. O álcool pode modificar ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Tomar o Rapamune com outros medicamentos: Está a tomar ou tomou recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica? Alguns medicamentos podem interferir com a acção do Rapamune. Informe o seu médico ou farmacêutico, particularmente se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos: − qualquer outro imunossupressor, excluindo a ciclosporina ou corticosteróides; − antibióticos ou medicamentos antifúngicos utilizados para tratar as infecções, como por

exemplo, rifampicina, claritromicina, eritromicina, troleandomicina, rifabutina, clotrimazol, fluconazol, itraconazol e cetoconazol;

− medicamentos para a tensão arterial alta ou medicamentos para problemas de coração, incluindo nicardipina, verapamil e diltiazem;

− medicamentos anti-epilépticos incluindo carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; − medicamentos utilizados no tratamento das úlceras ou outros problemas gastrointestinais tais

como cisapride, cimetidina, metoclopramida. Bromocriptina (utilizado no tratamento da doença de Parkinson e diversos problemas hormonais), danazol (utilizado no tratamento de problemas ginecológicos) ou inibidores da protease (utilizados no tratamento do HIV).

3. COMO TOMAR O RAPAMUNE O Rapamune destina-se apenas a ser tomado por via oral. Tome sempre o Rapamune exactamente de acordo com as instruções do seu médico. Se tiver dúvidas, confirme com o seu médico ou farmacêutico. O seu médico decide exactamente qual a dose de Rapamune que deve tomar e quantas vezes a vai tomar. Siga exactamente as instruções do seu médico e nunca altere a dose por sua iniciativa. Não pare de tomar o seu medicamento sem que o seu médico lhe diga para o fazer.

Page 80: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

80

Habitualmente, para um adulto, o seu médico dar-lhe-á uma dose inicial de 6 mg na altura da operação de transplantação do rim. Depois irá precisar de tomar 2 mg de Rapamune por dia, ou consoante a indicação do seu médico. A dose pode ser ajustada em função dos seus níveis de Rapamune no sangue. O seu médico irá precisar de fazer um exame ao seu sangue para medir os níveis de Rapamune. Se estiver a tomar também ciclosporina, deve tomar os dois medicamentos com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Instruções para diluir o Rapamune 1. Antes da abertura da saqueta, aperte a saqueta na zona da marca para empurrar o conteúdo para

a parte inferior da mesma. 2. Abra a saqueta cuidadosamente. Para tal dobre a saqueta na zona da marca e corte com uma

tesoura ao longo do tracejado. Verta o conteúdo da saqueta para um copo de vidro ou plástico com pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Mexa bem durante um minuto e beba imediatamente. Encha novamente o copo com pelo menos 120 ml de água ou sumo de laranja, mexa bem e beba imediatamente. Não devem ser usados quaisquer outros líquidos, nomeadamente o sumo de toranja, para a diluição. A saqueta deve ser usada uma vez e depois rejeitada. Informação adicional Caso tenha tomado mais Rapamune do que deveria Caso tenha tomado mais Rapamune do que o indicado, consulte um médico ou dirija-se a um serviço de urgência hospitalar imediatamente. Leve sempre a saqueta consigo mesmo que esteja vazia. Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune, tome-o assim que se lembrar, mas não nas 4 horas que se seguem à próxima dose de ciclosporina. Depois continue a tomar os seus medicamentos como habitualmente. Não tome uma dose dupla para compensar uma dose esquecida e tome sempre o Rapamune e a ciclosporina com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Se falhar completamente uma dose de Rapamune, informe o seu médico. 4 EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, o Rapamune pode ter efeitos secundários. Porém, uma vez que o Rapamune é tomado em associação com outros medicamentos, os efeitos secundários não podem ser sempre atribuídos, com absoluta certeza, ao Rapamune. Os efeitos secundários mais comuns são dor abdominal, acumulação de líquidos à volta do rim, bater do coração rápido, inchaço, diarreia, feridas na boca, cicatrização anormal, dores nas articulações, danos nos ossos, sangrar pelo nariz, acne, problemas na pele e infecções (como por exemplo pneumonia, infecções urinárias ou infecções renais). Também pode ocorrer, com menor frequência, infecção do sangue. Outros efeitos secundários podem incluir: inflamação dos pulmões ou do pâncreas. Existem efeitos secundários de que poderá não se aperceber durante a toma do seu medicamento, que incluem exames laboratoriais alterados, tais como alterações no teor de células do sangue ou substâncias transportadas no sangue, como por exemplo gorduras, colesterol e creatinina. Durante o tratamento o seu médico pode efectuar exames ao sangue para avaliar estas alterações. A exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector bem como um protector solar com um factor de protecção alto, devido ao aumento do risco de cancro da pele.

Page 81: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

81

Caso esteja preocupado com qualquer efeito secundário ou detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DO RAPAMUNE SOLUÇÃO ORAL Conservar a 2ºC - 8ºC, no frigorífico. Rejeite cada saqueta após a sua utilização. Se necessário, pode guardar as saquetas à temperatura ambiente até 25ºC durante um período curto (mas não superior a 24 horas). Não tome após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Page 82: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

82

Outras informações Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. Belgique/BelgiΝ/Belgien AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél/Tel:+ 32 10 49 4711

France Wyeth-Lederlé Le Wilson 2 80, Avenue du Gϑnϑral de Gaulle Puteaux 92031 Paris la Défense Cedex Tél:+33 41 02 7000

Österreich Wyeth-Lederle Pharma GmbH Storchengasse 1 1150 Wien Tel:+43 222 89 1140

Danmark Wyeth Lederle Denmark Produktionsvej 24 DK-2600 Glostrup Tlf:+45 44 88 88 05

Ireland Wyeth Laboratories 765 South Circular Road Islandbridg Dublin 8 Tel:+353 1 670 920

Portugal Wyeth Lederle Portugal (Farma), Lda. Rua Dr. António Loureiro Borges, 2 Arquiparque - Miraflores P-1495-131 Algés Tel:+()351 21 412 82 00

Deutschland Wyeth-Pharma GmbH Wienburgstra8e 207 48159 Münster Tel:+49 251 2040

Italia Wyeth S.p.A. Via Nettunense, 90 04011 Aprilia (LT) Tel:+39 6 927151

Suomi/Finland Wyeth Lederle Finland Rajatorpantie 41C FIN-01640 Vantaa Puh/Tlf:+ 353 9 853 2066

Ελλάδα Wyeth Hellas AEPE Κύπρου 126 & 25ης Μαρτίου 164 52 Αργυρούπολη Αθήνα Tηλ +30 1 99 81 600

Luxembourg/Luxemburg AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél:+ 32 1049 4711

Sverige Wyeth Lederle Nordiska AB Råsundavägen 1-3 S-171 24 SOLNA Tlf:+46 8 470 3200

España Wyeth Orfi SA Ctra. De Burgos, km.23 28700 San Sebastian de Los Reyes, Madrid Tel:+34 334 65 65

Nederland AHP Pharma B.V. P.O. Box 255 2130 AG Hoofddorp Tel:+ 31 23 567 2567

United Kingdom Wyeth Laboratories Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire SL6 0PH Tel:+44 1628 604377

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

Page 83: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

83

FOLHETO INFORMATIVO Rapamune 5 mg/ 5 ml solução oral (Sirolimus) Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. − Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. − Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. − Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem a os mesmos sintomas. Neste folheto: 1. O que é o Rapamune e para que é utilizado 2. Antes de tomar o Rapamune 3. Como tomar o Rapamune 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Rapamune 6. Outras informações O nome do seu medicamento é Rapamune solução oral. Cada ml de Rapamune contém 1 mg da substância activa sirolimus. Os outros ingredientes são: polissorbato 80 e phosal 50 PG (fosfatidilcolina, propilenoglicol, monodiglicéridos, etanol (1,5% a 2,5%), ácidos gordos de soja e palmitato de ascorbilo). O titular da autorização de introdução Rapamune é fabricado por: no mercado do Rapamune é: Wyeth Medica Ireland Wyeth Europa Ltd Little Connell Huntercombe Lane South Newbridge Taplow, Maidenhead Co. Kildare Berkshire, SL6 0PH Irlanda. Reino Unido. 1. O QUE É O RAMAPUNE E PARA QUE É UTILIZADO? O Rapamune pertence a um grupo de medicamentos chamados imunossupressores. Ajuda a controlar o sistema imunitário do seu organismo após ter recebido um transplante de órgão. É utilizado para prevenir o seu organismo da rejeição de rins transplantados e normalmente é utilizado com medicamentos chamados ciclosporina e corticosteróides. O Rapamune solução oral apresenta-se em saquetas de folha de alumínio de 5 ml, em embalagens de 30 saquetas. 2. ANTES DE TOMAR O RAPAMUNE Não tome o Rapamune: − se for hipersensível (alérgico) ao sirolimus ou a qualquer dos ingredientes do Rapamune. Tome especial cuidado com o Rapamune: − se tem algum problema no fígado ou teve uma doença que possa ter afectado o seu fígado,

informe o seu médico pois tal pode afectar a dose de Rapamune que irá tomar; − os medicamentos imunossupressores podem diminuir a capacidade do seu organismo para

combater as infecções e podem aumentar o risco de cancro dos tecidos linfóides e da pele.

Page 84: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

84

Tomar Rapamune com alimentos ou bebidas: O Rapamune deve ser tomado sempre da mesma forma, com ou sem alimentos. O Rapamune só deve ser diluído com água ou sumo de laranja. Não tome o Rapamune com sumo de toranja. Gravidez Durante o tratamento com Rapamune e nas 12 semanas após terminar o tratamento, use métodos contraceptivos eficazes. Se tiver dúvidas ou pensa que pode ter engravidado, fale com o seu médico. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Aleitamento Não se sabe se o Rapamune passa para o leite materno. As doentes que tomam Rapamune devem interromper o aleitamento. Consulte o seu mϑdico ou farmacΛutico antes de toma qualquer medicamento. Utilização em crianças e adolescentes A experiência de administração de Rapamune a crianças e adolescentes é limitada. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram efectuados estudos acerca dos efeitos do Rapamune na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Embora não se espere que o tratamento com Rapamune afecte a sua capacidade de conduzir, se tem dúvidas, consulte o seu médico. Informações importantes sobre um dos ingredientes do Rapamune AVISO: Este medicamento contém 1,5% a 2,5% de etanol. Cada dose de 2 mg contém até 50 mg de álcool. O álcool pode ser prejudicial para quem sofre de alcoolismo, epilepsia, perturbações cerebrais ou doença cerebral, bem como para mulheres grávidas e crianças. O álcool pode modificar ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Tomar o Rapamune com outros medicamentos: Está a tomar ou tomou recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica? Alguns medicamentos podem interferir com a acção do Rapamune. Informe o seu médico ou farmacêutico, particularmente se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos: − qualquer outro imunossupressor, excluindo a ciclosporina ou corticosteróides; − antibióticos ou medicamentos antifúngicos utilizados para tratar as infecções, como por

exemplo, rifampicina, claritromicina, eritromicina, troleandomicina, rifabutina, clotrimazol, fluconazol, itraconazol e cetoconazol;

− medicamentos para a tensão arterial alta ou medicamentos para problemas de coração, incluindo nicardipina, verapamil e diltiazem;

− medicamentos anti-epilépticos incluindo carbamazepina, fenobarbital e fenitoína; − medicamentos utilizados no tratamento das úlceras ou outros problemas gastrointestinais tais

como cisapride, cimetidina, metoclopramida. Bromocriptina (utilizado no tratamento da doença de Parkinson e diversos problemas hormonais), danazol (utilizado no tratamento de problemas ginecológicos) ou inibidores da protease (utilizados no tratamento do HIV).

3. COMO TOMAR O RAPAMUNE O Rapamune destina-se apenas a ser tomado por via oral. Tome sempre o Rapamune exactamente de acordo com as instruções do seu médico. Se tiver dúvidas, confirme com o seu médico ou farmacêutico. O seu médico decide exactamente qual a dose de Rapamune que deve tomar e quantas vezes a vai tomar. Siga exactamente as instruções do seu médico e nunca altere a dose por sua iniciativa. Não pare de tomar o seu medicamento sem que o seu médico lhe diga para o fazer.

Page 85: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

85

Habitualmente, para um adulto, o seu médico dar-lhe-á uma dose inicial de 6 mg na altura da operação de transplantação do rim. Depois irá precisar de tomar 2 mg de Rapamune por dia, ou consoante a indicação do seu médico. A dose pode ser ajustada em função dos seus níveis de Rapamune no sangue. O seu médico irá precisar de fazer um exame ao seu sangue para medir os níveis de Rapamune. Se estiver a tomar também ciclosporina, deve tomar os dois medicamentos com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Instruções para diluir o Rapamune 1. Antes da abertura da saqueta, aperte a saqueta na zona da marca para empurrar o conteúdo para

a parte inferior da mesma. 2. Abra a saqueta cuidadosamente. Para tal dobre a saqueta na zona da marca e corte com uma

tesoura ao longo do tracejado. Verta o conteúdo da saqueta para um copo de vidro ou plástico com pelo menos 60 ml de água ou sumo de laranja. Mexa bem durante um minuto e beba imediatamente. Encha novamente o copo com pelo menos 120 ml de água ou sumo de laranja, mexa bem e beba imediatamente. Não devem ser usados quaisquer outros líquidos, nomeadamente o sumo de toranja, para a diluição. A saqueta deve ser usada uma vez e depois rejeitada. Informação adicional Caso tenha tomado mais Rapamune do que deveria Caso tenha tomado mais Rapamune do que o indicado, consulte um médico ou dirija-se a um serviço de urgência hospitalar imediatamente. Leve sempre a saqueta consigo mesmo que esteja vazia. Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune Caso se tenha esquecido de tomar o Rapamune, tome-o assim que se lembrar, mas não nas 4 horas que se seguem à próxima dose de ciclosporina. Depois continue a tomar os seus medicamentos como habitualmente. Não tome uma dose dupla para compensar uma dose esquecida e tome sempre o Rapamune e a ciclosporina com um intervalo de aproximadamente 4 horas. Se falhar completamente uma dose de Rapamune, informe o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, o Rapamune pode ter efeitos secundários. Porém, uma vez que o Rapamune é tomado em associação com outros medicamentos, os efeitos secundários não podem ser sempre atribuídos, com absoluta certeza, ao Rapamune. Os efeitos secundários mais comuns são dor abdominal, acumulação de líquidos à volta do rim, bater do coração rápido, inchaço, diarreia, feridas na boca, cicatrização anormal, dores nas articulações, danos nos ossos, sangrar pelo nariz, acne, problemas na pele e infecções (como por exemplo pneumonia, infecções urinárias ou infecções renais). Também pode ocorrer, com menor frequência, infecção do sangue. Outros efeitos secundários podem incluir: inflamação dos pulmões ou do pâncreas. Existem efeitos secundários de que poderá não se aperceber durante a toma do seu medicamento, que incluem exames laboratoriais alterados, tais como alterações no teor de células do sangue ou substâncias transportadas no sangue, como por exemplo gorduras, colesterol e creatinina. Durante o tratamento o seu médico pode efectuar exames ao sangue para avaliar estas alterações. A exposição à luz solar e UV deve ser evitada, utilizando vestuário protector bem como um protector solar com um factor de protecção alto, devido ao aumento do risco de cancro da pele.

Page 86: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

86

Caso esteja preocupado com qualquer efeito secundário ou detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DO RAPAMUNE SOLUÇÃO ORAL Conservar a 2ºC - 8ºC, no frigorífico. Rejeite cada saqueta após a sua utilização. Se necessário, pode guardar as saquetas à temperatura ambiente até 25ºC durante um período curto (mas não superior a 24 horas). Não tome após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Page 87: ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTOec.europa.eu/health/documents/community-register/2001/200103134158/... · cromatográficos com detecção por ultravioleta ou espectrometria

87

Outras informações Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. Belgique/België/Belgien AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél/Tel:+32 10 49 4711

France Wyeth-Lederlé Le Wilson 2 80, Avenue du Gϑnϑral de Gaulle Puteaux 92031 Paris la Défense Cedex Tél:+33 41 02 7000

Österreich Wyeth-Lederle Pharma GmbH Storchengasse 1 1150 Wien Tel:+43 222 89 1140

Danmark Wyeth Lederle Denmark Produktionsvej 24 DK-2600 Glostrup Tlf:+45 44 88 88 05

Ireland Wyeth Laboratories 765 South Circular Road Islandbridg Dublin 8 Tel:+353 1 670 920

Portugal Wyeth Lederle Portugal (Farma), Lda. Rua Dr. António Loureiro Borges, 2 Arquiparque - Miraflores P-1495-131 Algés Tel:+()351 21 412 82 00

Deutschland Wyeth-Pharma GmbH Wienburgstra8e 207 48159 Münster Tel:+49 251 2040

Italia Wyeth S.p.A. Via Nettunense, 90 04011 Aprilia (LT) Tel:+39 6 927151

Suomi/Finland Wyeth Lederle Finland Rajatorpantie 41C FIN-01640 Vantaa Puh/Tlf:+ 353 9 853 2066

Ελλάδα Wyeth Hellas AEPE Κύπρου 126 & 25ης Μαρτίου 164 52 Αργυρούπολη Αθήνα Tηλ +30 1 99 81 600

Luxembourg/Luxemburg AHP Pharma S.A. Rue du Bosquet, 15 1348 Louvain-la-Neuve Tél:+32 1049 4711

Sverige Wyeth Lederle Nordiska AB Råsundavägen 1-3 S-171 24 SOLNA Tlf:+46 8 470 3200

España Wyeth Orfi SA Ctra. De Burgos, km.23 28700 San Sebastian de Los Reyes, Madrid Tel:+34 334 65 65

Nederland AHP Pharma B.V. P.O. Box 255 2130 AG Hoofddorp Tel:+31 23 567 2567

United Kingdom Wyeth Laboratories Huntercombe Lane South Taplow, Maidenhead Berkshire SL6 0PH Tel:+44 1628 604377

Este folheto foi aprovado pela última vez em: