Anexo v - Manual de Operao

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EDITAL N 029/2008 CONCORRNCIA PBLICA N 005/08

MANUAL DE OPERAO

1. ETAPAS DO TRATAMENTO 1.1 PR-TRATAMENTO O pr-tratamento tem como objetivo a remoo, por ao fsica, do material grosseiro e uma parcela das partculas maiores em suspenso no esgoto e prepara os efluentes para os tratamentos subseqentes, sendo dividido em duas etapas: gradeamento e desarenador (caixa de areia). GRADEAMENTO O gradeamento constitudo por grade mdia, com limpeza manual, onde o material retido removido periodicamente, devendo ser disposto em aterro sanitrio. O principal objetivo dessa etapa remover os slidos grosseiros em suspenso protegendo, assim, equipamentos e evitando obstrues em equipamentos e tubulaes que poderiam ser causadas por esses materiais. DESARENADOR (CAIXA DE AREIA) A unidade desarenadora do tipo canal duplo com limpeza manual e se localiza aps o gradeamento. A areia deve ser removida periodicamente do desarenador e encaminhada para o leito de secagem, para posterior disposio em aterro sanitrio. O objetivo do desarenador evitar o acmulo de material inerte nos reatores biolgicos. A calha Parshall instalada na sada da unidade desarenadora tem o objetivo de controlar o nvel dgua e para eventuais medies de vazes. 1.2 ESTAO ELEVATRIA DE ESGOTO O esgoto gradeado encaminhado para a estao de recalque de onde bombeado para o reator UASB. A estao elevatria tambm recebe o lodo de lavagem dos biofiltros, na ocasio em que os reatores forem submetidos lavagem do meio granular.Rua Regente Feij, 1222 Sala 12 Centro CEP 13.419-290 Piracicaba/SP e-mail: [email protected] Tel: (19) 3432.4262 1

1.3 LIMPEZA DA ESTAO ELEVATRIA DE ESGOTO Mesmo depois de passar pela caixa de areia, o esgoto conduz slidos para a elevatria. Parte bombeado para o reator anaerbio e parte acumula no fundo da elevatria. A retirada dos slidos do fundo da estao efetuada com o auxlio de um caminho limpa fossa. Para que no ocorra a entrada de grandes quantidades de slidos inertes (areia) no reator UASB, esta limpeza deve ser efetuada a cada 30 dias. Deve-se adotar como procedimento para limpeza do fundo da elevatria: 1 Aguardar at que a lamina dgua atinja seu nv el mnimo, para facilitar a ) visualizao do fundo da estao elevatria; 2 Introduzir o mangote do caminho limpa fossa at o fundo, efetuando a ) limpeza, percorrendo todo o fundo da estao elevatria; 3 Enviar os resduos para destino apropriado (ate rro sanitrio); ) Obs.: No h necessidade de desligar as bombas ou interromper a chegada de esgoto para efetuar o procedimento de limpeza. 1.4 TRATAMENTO BIOLGICO - REATOR ANAERBIO (REATOR UASB) O reator UASB composto por um leito de lodo biolgico no interior do qual, microorganismos anaerbios efetuam o tratamento de esgoto. O esgoto bruto tem suas partculas grosseiras e areias retiradas no desarenador e encaminhado para as caixas de distribuio e conduzidos at o fundo do reator UASB. Em seguida, o fluxo torna-se vertical ascendente e o esgoto tratado pelas bactrias presentes no lodo. 1.5 TRATAMENTO BIOLGICO - BIOFILTRO AERADO SUBMERSO (BAS) O polimento do efluente proveniente do reator UASB realizado pelos biofiltros aerados submersos (BAS), que constitudo por um tanque preenchido com camadas de material poroso (brita), atravs do qual esgoto e ar fluem permanentemente, ambos com fluxo ascendente.

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1.6 LAVAGEM DOS BIOFILTROS Os biofiltros devem ser lavados, no mnimo, duas vezes ao dia, por um perodo mnimo de 20 minutos cada um. A lavagem do biofiltro de fundamental importncia para o processo, porque evita possveis problemas de colmatao (entupimento), causado pelo crescimento exagerado da colnia de bactrias em torno do material filtrante. 1.7 SISTEMA DE AERAO O biofiltro dispe de um sistema de aerao compostos por difusores que distribuem o ar por todo o biofiltro, proveniente de um soprador de baixa presso. de fundamental importncia que a aerao esteja ligada para manter um ambiente propcio ao crescimento do biofilme de bactrias aerbias existentes no meio filtrante. 1.8 DESCARTE DE LODO No reator UASB ocorre a formao de um leito de lodo muito concentrado junto ao fundo do reator. Acima do leito de lodo encontra-se uma zona de crescimento bacteriano mais dispersa, denominada manta de lodo. O descarte de lodo necessrio para extrao do lodo que cresce em excesso. Atravs das rotinas operacionais e resultados analticos de controle do UASB, defini-se a quantidade e necessidade da remoo de lodo, evitando o arraste de slidos para o Biofiltro Aerado Submerso. Atravs da vlvula localizada no fundo do reator anaerbio realizado o descarte desse lodo para o leito de secagem. Com o passar dos dias, o lodo descartado perder umidade e depois de observado a inexistncia de lquidos livres no leito de secagem, deve-se remover o lodo desaguado encaminhando para o destino final, o aterro sanitrio. Somente aps completa limpeza do leito que o mesmo ser novamente utilizado para descarte de lodo.

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1.9 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL de fundamental importncia que o operador das ETEs, possua equipamentos de proteo individual, composta por: Luva de borracha cano longo; Bota de borracha; Luva de pano (raspa); lcool iodado (proporo de 1/50 ml); Mscara descartvel; Roupa de borracha; culos de proteo. 1.10 TAREFAS DIRIAS DO OPERADOR A operao da estao de tratamento de esgoto requer ateno e compreenso para interpretao dos resultados analticos. Todas as rotinas operacionais so de grande importncia e todos os servios devem ser realizados com muita ateno e cuidado, devido ao enorme risco de contaminao. Cada estao possui sua particularidade, e somente com o diaa-dia operacional que os tcnicos envolvidos desenvolvem mtodos e procedimentos especficos e que resultam em controles e aes que dificilmente encontram-se nas literaturas. Desta forma, sugere-se que as rotinas iniciais atendam os seguintes procedimentos: 1) Medir a vazo da estao, seguindo os procedimentos para medio de vazo; 2) Limpeza do gradeamento da elevatria e caixas distribuidoras; 3) Limpeza e remoo do material depositado na caixa de areia; 4) Limpeza peridica do poo de suco da estao elevatria de esgoto bruto; 5) Verificar o funcionamento do queimador atmosfrico e os sistemas de segurana; 6) Verificar as condies de funcionamento do sistema de aerao; 7) Observar a capacidade de filtragem do leito filtrante; 8) Realizar as rotinas analticas para acompanhamento do processo biolgico de tratamento; 9) Sempre manter o local e equipamentos limpos.

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2. MONITORAMENTO ANALTICO 2.1 PLANO DE MONITORAMENTO PARA ANLISES A definio dos usos propostos para o corpo de gua, o conhecimento dos riscos a sade da populao, os danos aos ecossistemas, a toxicidade das substncias qumicas, os processos industriais e as medidas de vazo somam algumas das informaes bsicas necessrias para se definirem a metodologia de coleta, a escolha dos pontos de amostragem e a seleo de parmetros. Sem isso, qualquer programa para avaliar a qualidade ambiental pode gerar dados distorcidos sobre a realidade, favorecendo decises errneas. O objetivo da amostragem e das anlises no a obteno de informaes sobre alquotas, mas, sim, a caracterizao espacial e temporal do corpo dgua amostrado. O perodo de amostragem depende do regime de variao da vazo, da disponibilidade de recursos econmicos e dos propsitos do programa de amostragem. Atualmente, os tcnicos dos laboratrios de anlise contam com aparelhos de alta tecnologia e preciso para executar seu trabalho. No entanto, de nada adiantar se as amostras a serem analisadas no forem representativas das condies reais e/ou no forem devidamente conservadas. 2.1.1 TIPOS DE COLETA DE AMOSTRAS AMOSTRAS SIMPLES Representam somente as caractersticas da gua residual para o instante da amostragem e, na maioria dos casos, podem no ser representativas de um perodo prolongado posto que estas caractersticas variam com o tempo. mais desejvel quando o fluxo de gua residual no continuo, quando a descarga de contaminantes intermitente, quando a caracterstica dos resduos relativamente constante ou quando o parmetro que se vai analisar pode mudar de maneira significativa durante o perodo de amostragem. Em geral usam-se amostras simples para anlise de OD (oxignio dissolvido), cloro residual, temperatura, pH, alcalinidade e acidez, coliformes, graxas e leos.

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AMOSTRAS COMPOSTAS OU MISTURAS DE AMOSTRAS SIMPLES Asseguram representatividade e detectam efeitos da descarga varivel dos diferentes contaminantes. As amostras compostas so preferveis quando se deseja conhecer resultados mdios. A amostra composta preferida uma mistura de amostras individuais proporcionais a vazo instantnea, para o efeito toma-se amostra simples a intervalos constantes de tempo, ou um perodo de uma hora, armazena-se apropriadamente em um refrigerador e, ao final do perodo e amostragem, mistura-se em proporo direta a vazo avaliada em cada instante de amostragem. Nos dois tipos de coleta so necessrios os seguintes cuidados: Os frascos de coleta devem ser limpos e secos: para analise microbiolgica, o frasco deve ser esterilizado, a quantidade de amostra de 100 ml, j para analise fisico-qumica o frasco no precisa ser estril e a quantidade de amostra de 2 l; Antes de iniciar a coleta, os frascos devem ser enxaguados trs vezes com a prpria amostra; As amostras coletadas no devem incluir partculas grandes, folhas, detritos ou outro tipo de material estranho coletado acidentalmente, exceto no caso de sedimento de fundo; No devem ser coletadas amostras junto s paredes ou prximos ao fundo de tanque, o ideal procurar um ponto intermedirio representativo de massa liquida; Deve-se ter o cuidado de no tocar as partes internas dos frascos e equipamentos de coleta, ou ainda evitar sua exposio a p, fumaa e outras impurezas que possam ser grande fonte de contaminao como gasolina, leo, fumaa de exausto de veculos. Desta forma recomenda-se que o pessoal responsvel pela coleta das amostras use luvas plsticas nocoloridas, preferencialmente cirrgicas; Como as cinzas e fumaa de cigarro podem ser fontes de contaminao, principalmente em relao a metais pesados, fosfatos, amnia e outras substncias, recomendvel que os coletores no fumem durante a coleta; Os frascos devem ser devidamente identificados, constando nos rtulos a data, a hora, a origem da amostra, as analises a que se destina (se foi conservada ou no) e o nome do responsvel pela amostragem; Se houver transporte dos frascos, estes devem ser bem fechados e acondicionados, para evitar perda de amostra. Caso o local de coleta seja longe do laboratrio, o transporte deve ser feito em caixas trmicas com gelo;

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Aps a coleta as amostras devero ser acondicionadas imediatamente at a chegada ao laboratrio. As amostras que exigirem refrigerao para a manuteno da integridade fsica e qumica devem ser transferidas e acondicionadas em caixa trmica com gelo. Valendo ressaltar que alguns parmetros dispensam este tipo de procedimento, como o caso do oxignio dissolvido (OD). Apresentados os cuidados de carter geral, passamos agora a explicar os tipos de coleta. A coleta simples restringe-se a recolher um determinado volume de amostra instantaneamente. O volume de amostra vai depender das anlises a que ela se destina. A coleta composta realizada recolhendo-se em intervalos programados ao longo de um dado perodo, uma determinada poro de amostra. O volume de cada poro nica varivel de acordo com o tempo total em que se queira efetuar a amostragem e com o volume final de amostra a ser obtido. As pores nicas coletadas devem ser conservadas a baixa temperatura (em torno de 4 a 5 C), misturadas no fi nal do perodo de amostragem e analisadas imediatamente. O intervalo entre uma coleta e outra deve ser o menor possvel, sendo o ideal entre 10 e 15 minutos. O perodo de tempo para a coleta composta deve ser igual ao perodo de funcionamento da estao durante um dia de trabalho. Esse tipo de coleta pode ser realizado por amostradores automticos ou manualmente. Caracterizando os tipos de coletas, preciso considerar quando necessrio usar uma ou outra. Para os testes de rotina, ou seja, as anlises dirias que so realizadas nas estaes, a coleta simples suficiente, pois os resultados so comparativos. A coleta composta, por sua vez, indicada quando desejamos valores mais representativos do efluente a tratar. 2.1.2 PRESERVAO E ARMAZENAMENTO DE AMOSTRAS DE GUA A coleta de amostras em campo , provavelmente, o passo mais importante de um Programa de Monitoramento de qualidade de gua. Da correta execuo dos procedimentos depende a confiabilidade dos resultados finais e, portanto, as aes resultantes da interpretao dos dados gerados. O simples fato de se abstrair uma amostra do seu local de origem e coloc-la em contato com as paredes de recipientes e, portanto, sujeitando-se a um novo ambiente fsico, pode ser suficiente para romper esse equilbrio natural e conferir mudanas na sua composio. O intervalo de tempo entre a coleta das amostras e a realizao das analises pode comprometer sua composio inicial, especialmente quando se faz necessrio a avaliao da concentrao de substncias que se encontram em grandes traos, ou no caso de amostras biolgicas, quando se necessita manter a integridade dos organismos.

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Os principais objetivos dos mtodos de preservao de amostras so: retardar a ao biolgica e a hidrlise dos compostos qumicos e complexos; reduzir a volatilidade dos constituintes e os efeitos de adsoro; preservar organismos, evitando alteraes morfolgicas e fisiolgicas. A tabela a seguir apresenta, para cada anlise, o mtodo e o tempo de conservao das amostras. Tabela 1: Cada anlise, o mtodo e o tempo de conservao das amostras. Parmetro Frascos Volume mn. de amostra (ml) Preservao Adicionar ao frasco vazio 4 gotas de acerato de zinco 2N/100ml de amostra, encher o frasco e refrigerar a 4 C Refrigerar a 4 C Analisar imediatamente Analisar imediatamente Refrigerar a 4 C Refrigerar a 4 C Adicionar H2SO4 at pH