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Relatório final
6, 7 e 8 de julho de 2015
Formação de facilitadores de processos participativos para a definição do Bem-Estar dos Câmara-lobenses
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
1
Índice
Introdução ……………………………………………………………………………………………………….……………………. 2 1. O bem-estar na perspetiva dos cidadãos Câmara-lobenses …………………………………………………… 3 2. O incremento da corresponsabilidade para o bem-estar de todos em Câmara de Lobos ……… 10 3. Avaliação da Formação ………………………………………………………………………………………………………… 11
Anexos ………………………………………………………………………………………………………………………………….. 18
1. Dados por Grupo Homogéneo ……………………………………………………………………………………………... 19
2. Guião com as 9 dimensões e 68 componentes de bem-estar …………………………………………….…. 24
3. Lista de instituições participantes na formação (Rede de Facilitadores) ……………………………….. 36
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
2
Introdução
O presente relatório foi elaborado no âmbito da implementação do Programa “Intervenção Social Participada”,
fruto da Agenda 21 Câmara de Lobos – vetor as Pessoas1 e consiste no resumo das principais conclusões da ação
de formação da Rede de Facilitadores que incluiu a realização de oficinas de participação, onde foram ouvidos
cerca de 240 cidadãos Câmara-lobenses, nos dias 6, 7 e 8 de julho de 2015.
O estudo realizou-se baseou-se na metodologia SPIRAL - Societal Progress Indicators and Responsabilities for All –
tendo sido apurados ao todo 2900 critérios de bem-estar, que foram entretanto introduzidos no site oficial da
Rede Together, através do programa ESPOIR - Élaborer le Progrèss Sociétal par l'Organisation d'Indicateurs
Raisonnés, facultado gratuitamente pelo Conselho da Europa2.
Esta metodologia visa a construção do progresso social para o bem-estar dos cidadãos e comunidades e tem vindo
a ser aplicada, não só ao nível da Europa como em diversos outros territórios. A SPIRAL, partindo da premissa de
que a definição de bem-estar de todos deve ser construída a partir da visão dos próprios cidadãos, assenta na
realização de reuniões, com pequenos grupos homogéneos, organizados segundo o que se pretende conhecer
(território, instituição, grupo-alvo), possibilitando extrair, de forma expedita, extrair resultados para Diagnóstico
Social.
O documento encontra-se estruturado em três partes distintas. Na primeira parte do presente relatório, fazemos
uma abordagem sobre a metodologia SPIRAL e apresentamos os resultados das oficinas de participação. Na
segunda parte, explicamos o modo como pode vir a ser incrementada a corresponsabilidade para o bem-estar de
todos, na perspetiva da Rede de Facilitadores. Na terceira e última parte, damos conta das opiniões expressadas
pelos Facilitadores sobre a ação de formação e os seus impactos.
1 www.cm-camaradelobos.pt
2 www.wikispiral.pt
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
3
1. O bem-estar na perspetiva dos cidadãos Câmara-lobenses
Segundo um estudo do INE3, em 2013, o Índice de Bem-estar em Portugal recuperou da redução verificada em
2012, estimando-se a continuação deste crescimento em 2014. Dos 10 domínios que integram o IBE, a Educação, o
Ambiente e a Saúde são as componentes do bem-estar com evolução mais favorável no período analisado.
Inversamente, os domínios Trabalho e remuneração e Vulnerabilidade económica são aqueles cuja evolução foi
mais desfavorável. Os dois índices sintéticos, Condições materiais de vida e Qualidade de vida, evoluíram em
sentidos opostos, com o primeiro a evidenciar uma tendência decrescente, que se atenuou a partir de 2012, e o
segundo a apresentar uma tendência crescente, ligeiramente atenuada após 2011.
Em Câmara de Lobos decidiu-se aplicar a metodologia SPIRAL, com o objetivo de conseguir apurar as principais
dimensões de bem-estar dos cidadãos ouvidos, permitindo retirar algumas orientações e pistas para a definição de
futuros projetos de intervenção social, com grupos e indivíduos específicos (crianças, adolescentes, adultos e
idosos).Tendo em conta que se pretende “obter um olhar” sobre todo o território, foram identificados grupos
homogéneos representativos da malha social em questão, assegurando que os resultados obtidos seriam variados
e demonstrativos da realidade em análise (diferentes idades, sexo, condições socioeconómicas, formações,
situação face ao emprego, freguesias). Mais do que uma representatividade estatística, procurou-se através desta
metodologia, uma representatividade de facto dos diferentes papéis e pertenças.
Assim, foram selecionados grupos homogéneos de crianças, grupos de adolescentes e grupos de idosos que
frequentavam determinada resposta social ou projeto ocupacional, mas também, grupos de desempregados e
beneficiários de determinada prestação ou apoio social. O estudo envolveu ao todo 27 facilitadores (incluindo os
formadores) e 238 cidadãos, a residir ou a trabalhar no concelho, com idades entre os 5 e os 85 anos de idade,
num total de 169 mulheres e 69 homens. Os participantes foram selecionados de forma totalmente aleatória, de
acordo com as instituições que se inscreveram na Rede de Facilitadores.
Antes de apresentarmos os resultados finais, gostaríamos de salientar que os mesmos deverão ser interpretados à
luz das caraterísticas específicas e perfil de participantes, na medida em que na sua maioria, se tratavam de
utentes ou beneficiários das respostas sociais existentes nas cinco freguesias do concelho (ex.: Centro de Dia Lar,
Equipa de Rua, Campos de Férias, Clube de Emprego, Rendimento Social de Inserção, Escola, Infantário).
3 INE. Índice de Bem-estar para Portugal (2015)
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Dimensões de Bem-estar dos Câmara-lobenses
Neste ponto faremos a apresentação e análise dos resultados globais, constando em anexo a este relatório, dados
mais detalhados relativos a cada grupo homogéneo.
Numa primeira fase do processo, foram constituídos 26 grupos homogéneos4, compostos por cidadãos de todas as
freguesias do concelho e agrupados de acordo com as seguintes categorias:
Crianças e adolescentes: 7 grupos homogéneos
Adultos: 12 grupos homogéneos
Idosos: 7 grupos homogéneos
Nos gráficos seguintes descrevemos a distribuição dos 26 grupos homogéneos e dos 238 participantes, por
freguesias, sendo que a maioria residia ou trabalhava nas freguesias de Câmara de Lobos (136) e Estreito de
Câmara de Lobos (58), coincidindo dessa forma com a proveniência da maioria das instituições inscritas na ação de
formação.
Fonte: CMCL/ Divisão de Desenvolvimento Social (2015)
4 Ver em anexo “Lista de instituições participantes na formação”
Designações exatas conforme constam no site oficial da Rede Together – www.wikispiral.pt:
Adolescentes; Adultos com Deficiência Intelectual; Alunos da USCL; Assistentes Operacionais; Centro Convívio Idosos Casa do Povo do Curral das Freiras; Centro de Dia; Colaboradores; Crianças do Pré-escolar; Crianças e Jovens 1; Crianças e Jovens 2; Crianças e Jovens 3; Crianças e Jovens 4; Desempregados; Encarregados de Educação; Equipa de Rua – Crianças e Jovens; Facilitadores Oficinas Participação 1; Facilitadores Oficinas Participação 2; Funcionários de Centro de Dia; Grupo 1 do Ribeiro Real; Idosos - Centro Comunitário Vila Viva; Idosos do lar e centro de Dia; Professores de 1º Ciclo; Utentes Consulta Alcoologia e Grupo Mensal de Apoio; Utentes do centro Dia / Convívio do Jardim da Serra - G 2; Utentes do centro Dia / Convívio do Jardim da Serra - G 1 e Utentes RSI - Segurança Social.
Câmara
de Lobos
Curral das
Freiras
Estreito de
Câmara
de Lobos
Jardim da
Serra
Quinta
Grande
CL/ECL e
JS
13
1
7
2 2 1
Oficinas de participação
Distribuição dos 26 grupos homogéneos por freguesias
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5
136
9
58
16
15 4
Oficinas de participação
Distribuição dos 238 cidadãos ouvidos por freguesias
Câmara de Lobos
Curral das Freiras
Estreito de Câmara
de Lobos
Jardim da Serra
Quinta Grande
CL/ECL e JS
Fonte: CMCL/ Divisão de Desenvolvimento Social (2015)
26 grupos homogéneos | 238 cidadãos | 2900 respostas ou critérios de bem-estar registados
Fonte: Extraído do site oficial da Rede Together – https://wikispiral.org/tiki-index.php?page=Infos+C%C3%A2mara%20de%20Lobos
367
73
31
523
147
510
244
689
311
5
0 200 400 600 800
Número de Critérios Expressados
Dim
en
sõ
es d
o B
em
-Esta
r
R
Relações na Sociedade
Atitudes e Iniciativas
Sentimentos de Mal-Estar/Bem-Estar
Equilíbrios Pessoais
Equilíbrios Societais
Relações Pessoais
Relações com e entre as Organizações
Quadro da Vida
Acesso aos meios de Subsistência
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6
Análise de resultados:
Numa primeira leitura, os resultados revelam um forte capital de proatividade presente nos(as) cidadãos(ãs)
ouvidos, tendo em conta os dimensões de bem-estar imateriais dominantes, por ordem decrescente de respostas:
Atitudes e iniciativas, Relações pessoais e Equilíbrios pessoais.
Na sua maioria, os cidadãos ouvidos valorizam componentes de bem-estar que passam pelas atitudes e iniciativas
(689 respostas), do sujeito para o meio envolvente, tomados individualmente ou com outros, tais como o trabalho
sobre si ou respeito de si próprio, as atividades e iniciativas privadas, as atitudes e o ser sociável, o encontrar, ouvir
e ser solidário, a responsabilidade, o compromisso com a sociedade, a dinâmica e vontade coletiva. Com efeito,
este tipo de critérios está associado aos seguintes aspetos da vida quotidiana5:
Aceitar, afrontar; aprender; parar de fumar, de beber, etc. preocupar-se com si próprio, ter uma higiene de
vida; ter tempo para si, aproveitar, ouvir-se a si próprio; Fazer, realizar projetos, sonhos; criar,
desenvolver, trabalhar; fazer o melhor possível, ter bons resultados; mudar de vida, partir…
Comportamento com os outros, boa educação; amar/ser amado, falar, discutir, comunicar/bater-se,
disputar-se; ter paciência, gentileza/ maldade, zombaria, ter confiança; Ajudar, dar, fazer um favor, ir ao
encontro, ocupar-se de; estar ao serviço de, atento, disponível, estar lá para, estar à escuta; generosidade;
fazer o bem; Assumir as suas responsabilidades, ser responsável (na sociedade, para com a sua família -
educação das crianças…), respeitar a lei, respeitar as regras de coabitação e de segurança (limites de
velocidade, ruído…), triagem de resíduos, respeitar o ambiente, os espaços e os bens comuns; Participar,
investir-se individualmente nas ações e organizações coletivas, dar um contributo à sociedade, ser cidadão
ativo (voto, voluntariado, …); Organizações, ações, sinergias coletivas levadas a cabo a nível da sociedade;
movimentos e dinâmicas orientando o pensamento e a reflexão coletiva; lutas comuns e propostas de
compromissos coletivos.
Com o segundo maior número de critérios ou respostas surge a dimensão das relações pessoais (523 respostas),
do meio envolvente para o sujeito, relativos às relações do indivíduo com a família, os amigos ou as pessoas em
geral, tais como relações de casal/relações sexuais e/ou sentimentais, vida de família/relações familiares,
amizade/amigos, relações de vizinhança, relações nos lugares de atividade (trabalho, escola, ...) e contactos com
animais, estando assim estes critérios associados aos seguintes aspetos da vida do dia-a-dia do cidadão6:
Ter relações sexuais e/ou sentimentais, viver em casal, estar casado, qualidade destas relações; Ter uma família, pais, vida de família/estar em família, proximidade com a sua família, dificuldades e virtudes da vida familiar, entendimento familiar, ter filhos; Ter amigos, poder contar com os amigos, momentos passados com os amigos, amizade recíproca; Ter contactos/relações com os vizinhos, acordos/desacordos com os vizinhos, tempo passado com os vizinhos, tranquilidade da vizinhança; Ter animais de estimação, sentimentos em relação a animais de estimação, atividades com animais de estimação; Relações na escola (para alunos) ou com o seu empregador, os seus colegas, relações de hierarquia no trabalho; ser aceite, respeitado pelos colegas; qualidade das relações no trabalho (boas relações de trabalho, conflitos/abusos, ambiente) ou na escola.
5 Informação extraída do site oficial da Rede Together: www.wikispiral.pt
6 idem
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A terceira maior dimensão de bem-estar dos cidadãos ouvidos é a dos equilíbrios pessoais (510 respostas),
partindo igualmente do meio envolvente para o sujeito, relacionando-se com critérios de bem-estar/mal-estar
associados a equilíbrios internos (físicos, psicológicos, organizacionais, etc) específicos da pessoa que expressa o
critério, tais como equilíbrios pessoais em geral, equilíbrio físico e saúde, autonomia, liberdade, utilização do
tempo e equilíbrio entre as atividades, equilíbrio mental/emocional, espiritualidade e religião, equilíbrio nas
relações à sociedade, equilíbrio nas relações à natureza e desenvolvimento pessoal, como destaque para os
seguintes itens:
Boa ou má saúde, doença, sono, repouso/cansaço, obesidade, doenças mentais (depressão, anorexia);
Liberdade de expressão, de escolhas, de ação; independência/capacidades físicas, faculdades intelectuais;
Estar disponível/estar sobrecarregado ; ter tempo livre, para si ; ocupação do tempo;
equilíbrio/organização das atividades; ritmo do dia; tempo de trabalho; Depressão, mal-estar/prazer de
viver ; humor (cólera, alegria); motivação; estar bem consigo próprio; Crenças pessoais, fé, práticas
religiosas; Relações com os outros; olhar dos outros; estatuto social; capacidade de se exprimir;
carisma/timidez; Desenvolvimento pessoal; sucesso/insucesso; amar a vida; criatividade.
Por outro lado, apesar de numa avaliação global as dimensões mais valorizadas pelos participantes terem sido as
mencionadas anteriormente, a tendência de resposta variou de acordo com a questão colocada. Assim, conforme
podemos verificar no gráfico abaixo, enquanto nos critérios relativos ao bem-estar as dimensões mais valorizadas
foram os “equilíbrios pessoais”, as “relações pessoais” e o “acesso aos meios de subsistência”, nos critérios
relativos ao mal-estar, este último aspeto foi preterido face às “relações na sociedade”. Quando os cidadãos foram
questionados sobre o que poderiam fazer para assegurar o seu bem-estar e o bem-estar dos outros, a tendência
de resposta concentrou-se sobretudo nas “atitudes e iniciativas”.
Fonte: Extraído do site oficial da Rede Together – https://wikispiral.org/tiki-index.php?page=Infos+C%C3%A2mara%20de%20Lobos
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Não obstante terem sido privilegiados os critérios anteriores, de cariz sobretudo imaterial, dominando a tendência
de respostas dos cidadãos, há que ter em atenção que a quarta dimensão imediatamente a seguir, tem um cariz
material, uma vez que se refere ao acesso aos meios de subsistência (367 respostas) ou a elementos materiais
essenciais para a vida do locutor, tais como a alimentação, os cuidados e medicamentos, o alojamento, o
vestuário, a educação/formação, o emprego/trabalho/atividade, o lazer, cultura e desporto, o poder de
compra/acessos às finanças, os serviços à pessoa, a mobilidade e as Informações/ intercâmbios.
Imediatamente a seguir à dimensão relacionada com o acesso aos meios de subsistência, é valorizada a dimensão
das relações na sociedade (311 respostas), ou seja, entre os membros da sociedade em geral, onde se incluem
relações de género, relações entre gerações, relações entre culturas, relações entre classes sociais, relações de
proximidade, cortesia, respeito e tolerância, solidariedade, partilha e transmissão dos saberes e dos recursos e
inclusão/exclusão.
Imediatamente a seguir aos meios de subsistência, tivemos os sentimentos de bem-estar/mal-estar (244
respostas), isto é, os sentimentos de autoestima/vergonha, satisfação/frustração, serenidade/medo,
stress/tranquilidade e alegria/tristeza.
Por sua vez, os campos menos valorizados pelos cidadãos, no que diz respeito ao seu bem- estar foram os
relacionados com os equilíbrios societais (147 respostas), relacionados com as questões de identidade e valores,
saberes, consciência e equilíbrio na educação, equidade e mobilidade social, coabitação social, violência e paz,
equilíbrios económicos, equilíbrios demográficos, relações entre as sociedades e o meio ambiente e o progresso
científico e técnico; o quadro de vida (73 respostas), ou seja, aspetos relacionados com questões como a
salubridade/poluição/ruido, as infraestruturas, equipamentos e redes, os serviços e comércios de proximidade, os
espaços de vida social, a meteorologia e os fenómenos naturais, o ambiente e paisagem e o quadro de produção e
trabalho; e por último, as relações com e entre as organizações (31 respostas), diretamente relacionadas com
direitos fundamentais/reconhecimento, funcionamento da justiça, concertação/democracia,
transparência/comunicação, organização, gestão finanças, acesso, informações e contactos e políticas públicas.
Numa abordagem mais individualizada dos resultados gráficos, relativos aos diversos grupos homogéneos7, é
interessante verificar algumas diferenças de grupo para grupo (adolescentes, adultos, idosos, utentes do serviço x),
o que pode ser relevante na definição de ações ou projetos de intervenção com esses grupos específicos.
Na grande maioria dos grupos homogéneos em análise, a tendência de respostas recaiu sobre a dimensão de bem-
estar associada às atitudes e iniciativas. Contudo, em alguns grupos, a primazia foi dada às dimensões dos
equilíbrios pessoais e das relações pessoais e/ou sentimentos de bem-estar/mal-estar. Foi o caso dos grupos
“Crianças e jovens 1, 2 e 3”, “Crianças do Pré-escolar”, “Centro de Dia”, “Professores do 1.º Ciclo”, “Grupo 1 do
Ribeiro Real”, “Alunos da USCL” e “Adultos com Deficiência”, conforme consta em anexo “Dados por Grupo
Homogéneo”.
No grupo “Professores do 1.º Ciclo” a dimensão das atitudes e iniciativas chegou mesmo a ser a menos valorizada
pelos participantes no que diz respeito ao bem-estar. Por outro lado, no grupo “Grupo 1 do Ribeiro Real”, logo
depois das relações pessoais, a dimensão do acesso aos meios de subsistência foi a mais importante.
7 idem
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Ocorreram ainda dois casos atípicos em que a tendência de resposta recaiu sobre uma dimensão não escolhida
pela maioria. Foi o caso do grupo “Encarregados de Educação” e “Adolescentes” que optaram pela dimensão das
relações na sociedade em primeiro lugar.
De salientar também a ocorrência de algumas dicotomias dentro do mesmo grupo etário e com caraterísticas
semelhantes, no caso concreto, os participantes no Campo de Férias Lobos Radical, promovido pela autarquia.
Verificou-se uma diferença significativa entre os grupos homogéneos “Crianças e Jovens 1, 2 3“, com idades entre
os 9 e os 13 anos, comparativamente ao grupo “Crianças e Jovens 4”, com idades entre os 8 e os 9 anos. Neste
último, a dimensão que mais se destacou foi a do acesso aos meios de subsistência, tendo sido aliás o único grupo
homogéneo (no total de 26) em que isso aconteceu, evidenciando, uma maior vulnerabilidade social destas
crianças. Não será alheio a esta situação o facto de alguns dos participantes nesta atividade, estarem previamente
identificados como “crianças em risco” pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco e, nesse
contexto, terem sido encaminhados para esta atividade como medida de prevenção e promoção.
Pelo contrário, nos restantes grupos de crianças, as dimensões mais privilegiadas foram as relações pessoais,
equilíbrios pessoais e sentimentos de bem-estar/mal-estar. Este facto é bastante curioso pois leva-nos a concluir
que muito embora essas crianças apresentassem traços semelhantes do ponto de vista de idade, nível de ensino,
género, escola frequentada, concelho de residência, o aspeto que mais determinou os resultados parece ter sido o
da condição socioeconómica.
Efetivamente, o critério da condição económica não determinou a escolha da amostra ou dos grupos. No caso
daquelas crianças foi privilegiado o fator idade, para além do critério “ser participante no campo de férias”, ou
seja, os subgrupos de crianças foram basicamente agrupados consoante as idades (8-13 anos). Os resultados
levam-nos então a concluir que coincidentemente, as crianças com uma condição socioeconómica mais
desfavorável terão ficado agrupadas no mesmo subgrupo de idades.
Nesta ótica, cabe-nos salientar, que para além do grupo anteriormente referido, existiram outros em que a
dimensão do “acesso aos meios de subsistência” assumiu especial importância, posicionando-se, em termos de
tendência de respostas, em segunda posição ou muito próxima desta. Nesta situação encontramos, por exemplo, o
“Grupo 1 do Ribeiro Real”, os “Funcionários do Centro de Dia”, os “Utentes da consulta de Alcoologia” e o grupo
“Colaboradores”.
Estes resultados, embora experimentais, podem contribuir para conceber atividades e projetos de intervenção
social, junto de públicos-alvo específicos e espelham, em parte, os objetivos da aplicação de uma metodologia
SPIRAL, num determinado território ou grupo, permitindo chegar aonde não é permitido, através de uma
abordagem de caráter mais quantitativo. A SPIRAL é uma ferramenta que possibilita por um lado, desenvolver e
planear atividades e projetos, partindo dos interesses e aspirações dos intervenientes, e por outro lado, trabalhar
sob uma visão estratégica, os campos menos valorizados.
Por exemplo, se em Câmara de Lobos quisermos trabalhar e desenvolver competências pessoais e sociais em torno
das questões da identidade e valores e do progresso científico e técnico, recaindo estes itens na dimensão dos
“equilíbrios societais”, uma das menos valorizadas pela generalidade dos cidadãos ouvidos neste estudo,
poderemos, a partir dos resultados SPIRAL, delinear estratégias que desencadeiam mudança.
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
10
2. O incremento da corresponsabilidade para o bem-estar de todos em Câmara de Lobos
Da reflexão produzida pelos formandos, foi possível identificar os aspetos mais importantes para o incremento da
corresponsabilidade para o bem-estar de todos, sistematizados no esquema que a seguir se apresenta.
O que considera mais relevante para o incremento da co-
responsabilidade para o bem-estar de todos, em Câmara
de Lobos?
Concretizar ações; definir um plano de ação conjunto para
o concelho
Participação das Instituições
Participação dos munícipes na
relflexão/decisão e ação para o
bem-estar
Cooperação/
Compromisso de todos Maior n.º de ações de
sensibilização junto das instituições e
cidadãos
Ouvir/ chegar à população e
compreendê-la para uma melhor ajuda
Maior comunicação/ partilha entre
todas as entidades e instituições
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3. Avaliação da Formação
De forma global, a formação teve uma avaliação muito positiva, tendo alguns facilitadores referido que seria
importante existir uma reciclagem contínua dos conhecimentos adquiridos e partilha de toda a informação
recolhida no concelho.
Opiniões da Rede de Facilitadores
- Avaliação da Formação -
1 e 2 – Aspetos positivos da formação e aspetos a melhorar:
De acordo com as fichas de avaliação, os formandos destacaram como aspetos positivos a possibilidade de
partilhar opiniões e ideias entre os parceiros sociais, bem como o envolvimento da comunidade. Referiram ainda
ter sido igualmente muito positivo a disponibilidade, simpatia e o nível de conhecimento das formadoras,
possibilitando uma partilha rica em conhecimento e experiências profissionais, aberta à reflexão individual e
coletiva sobre a temática do bem-estar.
Aspetos positivos:
Participação dos parceiros e da comunidade
Partilha
Aquisição de conhecimentos/novas metodologias de trabalho
Reflexão e possibilidade de mudar
Formadoras
Componente prática/ metodologia
Aspetos a melhorar:
Duração da formação
Gestão do tempo
Aperfeiçoar/aprofundar os conhecimentos sobre o uso da ferramenta SPIRAL
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12
A componente prática/metodologia desta formação foi igualmente referenciada, pois permitiu colocar em prática
os conhecimentos teóricos.
Nos aspetos a melhorar, os formandos foram unânimes e referiram, na sua maioria, a duração da formação e
gestão do tempo da mesma, o que não permitiu aprofundar ainda mais os conhecimentos práticos sobre o uso da
ferramenta SPIRAL.
3 – Avaliação global
A análise e reflexão desenvolvidas durante a formação foram avaliadas, na sua maioria com muito bom, tendo sido
referido que a mesma permitiu a reflexão individual e de grupo sobre o bem-estar e sobre as práticas profissionais,
dando oportunidade a todos de participar.
Relativamente ao envolvimento e compromisso do grupo, foi fortemente classificada como muito boa, destacando
que o grupo se mostrou empenhado/interessado e motivado em colaborar e fazer parte deste projeto.
No parâmetro, desempenho das formadoras, avaliado com muito bom e excelente, foram evidenciados os
conhecimentos, a dinâmica, a disponibilidade e a capacidade de transmissão de informação das mesmas.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Análise e reflexãodesenvolvida
Envolvimento ecompromisso do grupo
Desempenho dasformadoras
Avaliação global da formação
Excelente
Muito Bom
Bom
Satisfatório
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- Receção/ aceitação por parte do grupo.
- Grande Participação.
- Sentido de responsabilidade.
- Superação de expectativas
- Curiosidade/disponibilidade.
- Boa adesão.
- Sentimento de satisfação pela participação/possibilidade de expressão.
- Participação ativa e consciente.
- Espontaneidade do grupo.
- Bom acolhimento/ abertura.
- O grupo sentiu-se valorizado.
- Inversão de papéis entre o facilitador/ participante.
- Participação do grupo, superou as espectativas do facilitador.
- Os grupos manifestaram sentimentos de valorização por serem chamados a participar.
- Interação do grupo.
- Ambiente da sessão adequado.
- Nível de interesse e participação.
- Espontaneidade/rapidez nas respostas.
- Sinergia entre parceiros sociais/ dimensão da atividade (concelho).
- Interação com facilitadores e público alvo.
- Boa gestão do tempo.
- Espaços de reflexão conjunta sobre o Eu e os Outros.
- Participação e valorização da opinião individual e do seu papel de cidadania.
Opiniões da Rede de Facilitadores
- Dinamização das Oficinas de Participação -
Idosos
Crianças
e Jovens
Idosos
Grupo
Públicos
Diversos
O que
foi positivo?
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14
-Atraso na receção do material.
- Dificuldade de apelar à participação oral.
- Analfabetismo.
- Pouco tempo de preparação para a realização da sessão/ explicação do objetivo.
- Pressão do tempo.
- Falta de comparência de alguns elementos convocados.
- Dificuldade de corresponder as respostas às categorias.
- O papel/ estatuto do facilitador na instituição - inibição nas respostas dadas.
- Dificuldade em perceber a letra.
-Dificuldade na escrita.
- Compreensão dos conceitos bem-estar/ mal-estar.
- Questões políticas.
- Receio na transmissão de ideias.
-Terem que escrever as respostas, pois tinham medo
de errar.
- Diversidade do grupo (no sentido de uns escreverem
e outros não).
- Idosos com algumas limitações.
- Várias respostas no mesmo post-it.
- Sinais de emoção no decurso da sessão.
- Algumas respostas constrangedoras.
- Aproveitamento da sessão para a realização de
pedidos.
- Divagar sobre o assunto principal.
- Ausência de resposta quando foi abordado o mal-
estar (1 utente).
- Limitação do tempo.
- Palavras "Bem-estar" e "Mal-estar".
- Algumas respostas dos post-its.
- Desatenção/ Dispersão.
- Dificuldade em manter o grupo em U (os mais pequenos).
- Dificuldade em fazê-los perceber o sentido da dinâmica.
- Manter ordem/ deixar ouvir falar os outros.
- Repetição de ideias (sobretudo na última pergunta).
- Telemóveis.
Idosos
Crianças
e Jovens
Idosos
Grupo
Públicos
Diversos
O que
foi limitador ou
constrangedor?
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15
-Junção de respostas no mesmo post-it (por falta de tempo).
- Integração de novos elementos.
- Pedido de ajuda de terceiros para escrever as respostas.
- O facilitador optou por escrever as respostas (analfabetismo).
- Opção pela escrita nos post-its e no papel de cenário.
- Simplificação de conceitos.
- Ajudar a escrever.
- Transmissão de segurança/ confiança.
- "Quebra-gelo".
- Apoio de terceiros para escrever as respostas.
- Foi solicitado aos participantes que voltassem a escrever cada resposta em diferentes post-its (foi novamente explicado como se fazia).
- Mudámos de assuntos quando manifestaram respostas constrangedoras/ manifestação de emoção.
- Quando os participantes realizaram pedidos, não relacionados com a sessão, foram reforçados os objetivos da sessão e do papel do facilitador.
- Omitir o post-it/ não aprofundar.
- Mesa quadrada alternativa a U.
- Limitação de tempo (2 min).
- Dar exemplos.
- Simplificar conceitos.
Idosos
Crianças
e Jovens
Idosos
Grupo
Públicos
Diversos
Soluções
encontradas?
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16
- Medo, angústia, insegurança.
- Satisfação.
- Preparação insuficiente/ falta de tempo.
- Surpresa pelas respostas dadas.
- Surpresa pela boa participação.
- Sentimo-nos em "casa".
- Bem-estar.
- Partilha.
- Alegria.
- Empatia.
- Ajudar a reconstruir pensamentos e ações.
- Satisfação, à vontade.
- Facilidade no decorrer da sessão, até ao momento de enquadrar algumas respostas nas diferentes dimensões.
- Surpresa com as respostas e participação.
- Valorização dos bens imateriais/ relações/ sentimentos.
- Tarefa exigente (para ambos os lados).
Idosos
Crianças
e Jovens
Idosos
Grupo
Públicos
Diversos
O que
sentiram?
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- Consciência ambiental dos participantes.
- Preocupação com o Outro/ relação interpessoal.
- Conflitos por gerir.
- Falta de comunicação entre serviços.
- Importância pelo respeito/ individualidade nas relações interpessoais/ de trabalho.
- Ver o "outro" como um apoio/ recurso.
- Que os participantes gostam de colaborar/ sentem necessidade de ser ouvidos.
-Importância da Escuta Ativa.
- Simplicidade das "coisas".
- Valorização do outro.
- A importância do sorriso.
- Estarmos disponíveis emocionalmente.
-A "fazer" os conhecimentos adquiridos no dia anterior.
- Aprendemos que não podemos desvalorizar as capacidades e potencialidades de determinados grupos.
- Controlar o medo.
- Dinâmica como espaço de reflexão e forma de se expressar ao "sentir" de cada um.
- Metodologia simples.
- Ideias/ informação mais complexas.
- Trabalho em equipa permite maiores e melhores resultados.
Idosos
Grupo
Públicos
Diversos
O que
aprenderam?
Crianças
e Jovens
Idosos
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Anexos 1. Dados por grupo homogéneo disponíveis no site da Rede Together -
www.wikispiral.pt
2. Guião com as 9 dimensões e 68 componentes do bem-estar 3. Lista das instituições participantes na formação (Rede de Facilitadores)
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Anexo 1. Dados por Grupos Homogéneos
Grupos homogéneos, dimensões e questões
Legenda:
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Anexo 2. Guião com as 9 dimensões e 68 componentes do bem-estar
Portugal
As 9 dimensões e 68 componentes do bem-estar exprimidos pelos cidadãos
G- SENTIMENTOS DE BEM / MAL-ESTAR
G00 - Sentimentos de mal-estar/ bem-estar em geral G01 - Autoestima/ vergonha G02 - Satisfação/ frustração G03 - Serenidade/ medo G04 - Stress / tranquilidade G05 - Alegria/ tristeza
F- EQUILÍBRIOS PESSOAIS H- ATITUDES E INICIATIVAS
F00- Equilíbrios pessoais em geral F01 - Equilíbrio físico e saúde F02 - Autonomia, liberdade F03- Utilização do tempo e equilíbrio entre as atividades F04 - Equilíbrio mental/emocional F05- Espiritualidade e religião F06 - Equilíbrio nas relações à sociedade F07 – Equilíbrio nas relações à natureza F08- Desenvolvimento pessoal
H00 - Atitudes e iniciativas em geral H01 - Trabalho sobre si/Respeito de si próprio H02 - Atividades e iniciativas privadas H03- Atitudes/ ser sociável H04 - Encontrar/ouvir, ser solidário H05 - Responsabilidade H06 - Comprometer-se na sociedade H07 - Dinâmica, vontade coletiva
E- EQUILÍBRIOS SOCIETAIS I- RELAÇÕES NA SOCIEDADE
E00- Equilíbrios societais em geral E01 – Identidade e valores E02 – Saberes, consciência e equilíbro na educação E03 - Equidade e mobilidade social E04 – Co habitação social E05 - Violência e paz E06- Equilíbrios económicos E07- Equilíbrios demográficos E08 - Relações entre a sociedade e o meio ambiente E09- Progresso científico e técnico
I00. Relações na sociedade em geral I01. Relações de género I02. Relações entre gerações I03. Relações entre culturas I04. Relações entre classes sociais I05. Relações de proximidade I06. Cortesia, respeito e tolerância I07. Solidariedade, partilha e transmissão dos saberes e dos recursos I08. Inclusão/exclusão
D- RELAÇÕES PESSOAIS
D00 - Relações pessoais em geral D01 - Casal/relações sexuais e/ou sentimentais D02 - Vida de família/relações familiares D03 - Amizade/amigos D04 - Relações de vizinhança D05 - Relações nos lugares de atividade (trabalho, escola, ...) D06- Ligações com animais
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C- RELAÇÕES COM E ENTRE AS ORGANIZAÇÕES
C00- Relações com e entre as organizações em geral C01 - Direitos fundamentais/reconhecimento C02 - Funcionamento da justiça C03 - Concertação/democracia C04 - Transparência/comunicação C05 - Organização, gestão finanças C06 - Acesso, informações e contactos C07 - Politicas públicas
A- MEIOS DE SUBSTÊNCIA B- QUADRO DE VIDA
A00 - Acesso aos meios de subsistência em geral A01 - Alimentação A02 - Cuidados e medicamentos A03 - Alojamento A04 - Vestuário A05 - Educação/Formação A06 - Emprego/trabalho/atividade A07- Lazeres, cultura e desporto A08 - Poder de compra/acessos às finanças A09 - Serviços à pessoa A10 – Mobilidade A11- Informações/ intercâmbios
B00 – Quadro de vida em geral B01 - Salubridade/poluição/ruido B02 – Infraestruturas, equipamentos e redes B03 - Serviços e comércios de proximidade B04 - Espaços de vida social B05 - Meteorología e fenómenos naturais B06 - Ambiente e paisagem B07- Quadro de produção e trabalho
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Dimensões, componentes e conteúdos
Critérios pessoais, pertencentes ao autor do critério Critérios coletivos, lidar com a sociedade
A. Acesso a recursos essenciais B. Condições de Vida
Critérios de Bem-estar/Mal-estar específicos da pessoa que os
expressa em relação a elementos materiais que são essenciais para a
sua vida
Critérios de Bem-estar/Mal-estar relativos ao ambiente físico com
impacto no Bem-estar/Mal-estar de todos
D. Relações pessoais C. Relações com e entre organizações
Critérios de Bem-estar/Mal-estar relativos às relações do indivíduo
(com a família, os amigos, as pessoas em geral, etc)
Critérios de Bem-estar/Mal-estar relativos à estrutura organizacional
e política (instituições públicas e organizações privadas)
F. Equilíbrios pessoais E. Equilíbrios sociais
Critérios de Bem-estar/Mal-estar relativos a equilíbrios internos
(físico, psicológico, organizacional, etc) específicos da pessoa que
expressa o critério
Critérios de Bem-estar/Mal-estar relativos aos equilíbrios ou
desequilíbrios que caracterizam sociedade na qual a pessoa que
expressa os critérios vive (bairro, região, país, mundo, áreas culturais,
etc)
I. Relações dentro da sociedade
Critérios de Bem-estar ou Mal-estar com base nas relações entre os
membros da sociedade
G. Sentimentos de Bem-estar/Mal-estar
Critérios específicos para a pessoa em causa que expressa um
sentimento de mal-estar ou bem-estar em geral, e não relacionados a
uma família já descrita
H. Atitudes e iniciativas
Critérios de Bem-estar/Mal-estar relativos às atitudes, iniciativas e
compromissos, tomados individualmente ou com outros
Critérios
materiais
Critérios
imateriais
Do sujeito
para o meio
envolvente
Do meio
envolvente
para o
sujeito
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A. Acesso aos meios de subsistência
A00. Acesso aos meios de subsistência em geral
Critério de bem-estar/mal-estar próprios ao locutor e relativos aos elementos materiais essenciais para a sua vida
NA0. Não Class A
A01. Alimentação
Acesso à alimentação ou a um modo de alimentação, à bebida (saudável, sem OGM…)
A02. Cuidados e medicamentos
Acesso aos medicamentos, aos diferentes tipos de tratamentos, a cirurgias, aos hospitais
A03. Alojamento
Acesso à habitação : casas, apartamentos e anexos, ligação às redes, aquecimento, isolamento
A04. Vestuário
Acesso ao vestuário ; roupa, calçado, modo e tipos de vestuário
A05. Educação/Formação
Acesso à educação, à escola, qualidade de ensino, formação profissional, formação contínua
A06. Emprego/trabalho/atividade
Acesso ao trabalho, a uma atividade profissional, estar desempregado
A07. Lazer, cultura, desportos
Acesso ao lazer, férias, desportos, cultura, leitura, cinema, música
A08. Poder de compra/acesso às finanças
Acesso ao poder de compra, níveis dos preços de compra, economias, dívidas
A09. Serviços às pessoas
Acesso aos apoios financeiros e materiais, aos serviços às pessoas, apoio às instituições
A10. Mobilidade
Acesso aos meios de transporte, aos transportes públicos e privados
A11. Informação/ intercâmbios
Acesso à informação, aos jornais, aos diferentes meios de comunicação
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B. Quadro de vida
B00. Quadro de vida
Critérios de bem-estar/mal-estar relativos ao quadro físico e com influência sobre o bem-estar/ mal-estar de todos
NB0. Não Class B
B01. Salubridade/poluição/ruido
Poluição, sujidade, resíduos, meio ambiente são, barulho, outras formas de poluição, circulação
B02. Infraestruturas e equipamentos de base
Estradas, ciclovias, passeios, segurança rodoviária, redes de comunicação, água, energia, casas, terrenos, imóveis, hospitais, escolas, urbanismo, manutenção e acessibilidade das infraestruturas e redes
B03. Infraestruturas e equipamentos de serviços
Lojas, serviços públicos, correios, bancos, estruturas de acolhimento, creches e jardins de infância, proximidade de serviços
B04. Locais de encontro e de lazer
Parques, espaços públicos, espaços comuns, áreas de lazer, todos os espaços públicos destinados ao encontro entre as pessoas
B05. Meteorologia e fenómenos naturais
Sol, chuva, temperatura, condições naturais locais, fenómenos naturais
B06. Ambiente e paisagem
Contacto com a natureza, verdura, campo, montanha, rios ; preservação e proteção da paisagem
B07. Condições de produção e quadro de trabalho
Práticas agrícolas, industriais (agricultura biológica, não intensiva; indústrias menos poluentes), …
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C. Relações com e entre as organizações
C00. Relações com e entre as organizações
Critérios de bem-estar/mal-estar relativos ao enquadramento organizacional e político (instituições públicas e privadas)
NC0. Não Class C
C01. Direitos fundamentais/reconhecimento
Direitos humanos, direitos sociais, estado de direito, reconhecimento pelo Estado, liberdade de expressão, direito à greve
C02. Funcionamento da justiça
Justiça, respeito das leis, regras, tribunais, juízes, advogados, prisões, sanções, policias, serviços de segurança
C03. Concertação/democracia
Funcionamento da democracia, participação às decisões e avaliação, diálogo entre instituições e cidadãos, sistema politico
C04. Transparência/comunicação
Comunicação pelas organizações públicas e privadas, coerência entre as promessas e os atos, nível de informação, liberdade de imprensa, honestidade, qualidade e comportamento dos media.
C05. Organização, gestão finanças
Todas as questões de gestão pública dos territórios e de funcionamento das organizações, gestão dos recursos públicos, simplificação das regras e administrativa, impostos, corrupção, burocracia, serviço público.
C06. Acesso, informação e contactos
Receção, acolhimento, acesso às informações, respeito pelos funcionários, facilitação dos processos administrativos, informações
C07. Políticas públicas
Apoios políticos em várias áreas
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D. Relações pessoais
D00. Relações pessoais
Critérios de bem-estar/mal-estar correspondentes às relações que o locutor tem (amigos, família, vizinhos, etc.)
ND0. Não Class D
D01. Casal/relações sexuais e/ou sentimentais
Ter relações sexuais e/ou sentimentais, viver em casal, estar casado, qualidade destas relações
D02. Vida de família/relações familiares
Ter uma família, pais, vida de família/estar em família, proximidade com a sua família, dificuldades e virtudes da vida familiar, entendimento familiar, ter filhos
D03. Amizade/amigos
Ter amigos, poder contar com os amigos, momentos passados com os amigos, amizade recíproca
D04. Relações de vizinhança
Ter contactos/relações com os vizinhos, acordos/desacordos com os vizinhos, tempo passado com os vizinhos, tranquilidade da vizinhança
D05. Relações com animais
Ter animais de estimação, sentimentos em relação a animais de estimação, atividades com animais de estimação
D06. Relações nos lugares de atividades (escola, trabalho, …)
Relações na escola (para alunos) ou com o seu empregador, os seus colegas, relações de hierarquia no trabalho; ser aceite, respeitado pelos colegas; qualidade das relações no trabalho (boas relações de trabalho, conflitos/abusos, ambiente) ou na escola
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E. Equilíbrios societais
E00. Equilíbrios societais
Critérios de bem-estar/mal-estar relativos aos equilíbrios e desequilíbrios caracterizando a sociedade na qual o locutor vive (bairro região, país, mundo, espaços culturais, etc.)
NE0. Não Class E
E01. Afirmação e transmissão valores e identidades
Afirmação e transmissão de valores fundamentais (p. ex. amor, família, amizade), ética, educação com base em valores, consciência da identidade (cultural, tradição, língua, religiosa) e de valores, sentimento coletivo de cidadania, extremismos
E02. Conhecimento, consciência e equilíbrio na educação
Nível geral da educação na sociedade, o interesse de abertura (curiosidade ...), sentido coletivo de cidadania e de cultura democrática, os processos de progresso social
E03. Equidade e mobilidade social
Ascensão social ; igualdade de oportunidades; partilha das riquezas, injustiça social, fome, miséria, pobreza
E04. Co habitação social
Guetização, segregação cultural, étnica, isolamento (social), promiscuidade, mestiçagem cultural, abertura cultural, ações intergerações, coabitação
E05. Violência e paz
Paz, segurança, proteção, fraternidade/guerra, violência, conflitos, crimes e delitos
E06. Equilíbrios económicos
Equilíbrio ou desequilíbrio económico, propostas e alternativas económicas; crise, bens comuns/bens individuais, papel do homem na economia; domínio do crescimento, do consumo
E07. Equilíbrios demográficos
Renovação da população, pirâmide etária
E08. Relações entre a sociedade e o meio ambiente
Sociedade respeitando/destruindo os equilíbrios ambientais, gestos coletivos para respeitar o ambiente
E09. O progresso científico e tecnológico
Meios de investigação médica e científica, inovação tecnológica e científica para a ciência do bem-estar e tecnologia, a bioética, o progresso científico, as novas tecnologias
E10. Adições e vícios
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F. Equilíbrios pessoais
F00. Equilíbrios pessoais
Critérios de bem-estar/mal-estar relativos aos equilíbrios internos (físicos, psicológicos, organizacionais, …) próprios ao locutor do critério
NF0. Não Class F
F01. Equilíbrio físico e saúde
Boa ou má saúde, doença, sono, repouso/cansaço, obesidade, doenças mentais (depressão, anorexia)
F02. Autonomia, liberdade
Liberdade de expressão, de escolhas, de ação; independência/capacidades físicas, faculdades intelectuais.
F03. Gestão do tempo e equilíbrio entre atividades
Estar disponível/estar sobrecarregado ; ter tempo livre, para si ; ocupação do tempo; equilíbrio/organização das atividades; ritmo do dia; tempo de trabalho.
F04. Equilíbrio mental/emocional
Depressão, mal -estar/prazer de viver ; humor (cólera, alegria); motivação; estar bem consigo próprio.
F05. Espiritualidade e religião
Crenças pessoais, fé, práticas religiosas.
F06. Equilíbrio nas relações à sociedade
Relações com os outros; olhar dos outros; estatuto social; capacidade de se exprimir; carisma/timidez.
F07. Desenvolvimento pessoal
Desenvolvimento pessoal; sucesso/insucesso; amar a vida; criatividade.
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G. Sentimentos de mal-estar/bem-estar
G00. Sentimentos de mal-estar/bem-estar
Critérios de bem-estar/mal-estar pessoais do locutor exprimindo um sentimento de mal-estar ou de bem-estar de uma forma geral e não específico a uma dimensão já descrita.
NG0. Não Class G
G01. Autoestima/vergonha
Autoestima, fraca autoestima; auto confiança; imagem de si.
G02. Satisfação/frustração
Deceção/satisfação; pesar/contentamento
G03. Serenidade/medo
Serenidade, tranquilidade/medo do futuro, do tempo que passa, do desconhecido.
G04. Stress / Tranquilidade
Problemas/quietude, serenidade face ao presente; excesso de responsabilidades/vida calma.
G05. Alegria/tristeza
Rir/chorar; estar contente/estar triste
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H. Atitudes e iniciativas
H00. Atitudes e iniciativas em geral
Critérios de bem-estar/mal-estar relativos a atitudes, iniciativas e compromissos assumidos individualmente ou com outras pessoas
NH0. Não Class H
H01. Trabalho sobre si/Respeito de si próprio
Aceitar, afrontar; aprender; parar de fumar, de beber, etc. preocupar-se com si próprio, ter uma higiene de vida; ter tempo para si, aproveitar, ouvir-se a si próprio;
H02. Atividades e iniciativas privadas
Fazer, realizar projetos, sonhos; criar, desenvolver, trabalhar; fazer o melhor possível, ter bons resultados; mudar de vida, partir…
H03. Atitude/ser sociável
Comportamento com os outros, boa educação; amar/ser amado, falar, discutir, comunicar/bater-se, disputar-se; ter paciência, gentileza/ maldade, zombaria, ter confiança
H04. Encontrar/ouvir, ser solidário
Ajudar, dar, fazer um favor, ir ao encontro, ocupar-se de; estar ao serviço de, atento, disponível, estar lá para, estar à escuta; generosidade; fazer o bem;
H05. Responsabilidade para com os bens comuns
Assumir as suas responsabilidades, ser responsável (na sociedade, para com a sua família -educação das crianças…), respeitar a lei, respeitar as regras de coabitação e de segurança (limites de velocidade, ruído…), triagem de resíduos, respeitar o ambiente, os espaços e os bens comuns
H06. Comprometer-se na sociedade
Participar, investir-se individualmente nas ações e organizações coletivas, dar um contributo à sociedade, ser cidadão ativo (voto, voluntariado, …)
H07. Dinâmica, vontade coletiva
Organizações, ações, sinergias coletivas levadas a cabo a nível da sociedade; movimentos e dinâmicas orientando o pensamento e a reflexão coletiva; lutas comuns e propostas de compromissos coletivos.
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I. Relações na sociedade
I00. Relações na sociedade
Critérios de bem-estar/mal-estar com base nas relações entre os membros da sociedade
NI0. Não - classificado I
I01. Relações de gênero
As relações entre pessoas ou grupos de pessoas de sexos diferentes, o respeito, a tolerância ou a igualdade entre os sexos.
I02. As relações entre gerações
As relações entre pessoas de diferentes gerações e idades, entre jovens e velhos, respeito, tolerância entre diferentes idades.
I03. Relações entre culturas
Abertura e diálogo intercultural, inter-religião, inter comunidade.
I04. As relações entre as classes sociais
As relações entre pessoas de diferentes condições sociais, origens, níveis de riqueza e cultura e do respeito, da solidariedade, entre eles.
I05. Relações de base local
As relações entre vizinhos, pessoas que compartilham o mesmo lugar, o convívio no âmbito dessas relações.
I06. Cortesia, respeito e tolerância
Racismo, preconceitos, arrogância, hipocrisia, mentira, sentimento de superioridade, humilhações, agressividade verbal, tolerância, respeito mútuo (entre pessoas, culturas, gerações), aceitação dos outros, simpatia, civismo.
I07. Solidariedade, partilha e transmissão dos saberes e dos recursos
Indiferença, ausência de solidariedade, individualismo, egoísmo, ciúme, escuta, diálogo, ajuda mútua, altruísmo, generosidade, troca de experiências e de conhecimentos, partilha (de ideias, de trabalho, de riqueza, de responsabilidades, partilha entre gerações).
I08. Inclusão/exclusão
Ser excluído, rejeitado, ser integrado, ser aceite, ser reconhecido; isolamento.
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Anexo 3. Lista de instituições participantes na formação (Rede de Facilitadores)
Oficina de participação
Crianças e jovens
Idosos
Encarregados de educação
Assistentes Operacionais
Utentes do CAO-CL
Local
EBS Dr. Maurílio da Silva Dantas
Centro Comunitário
Vila Viva
EB23 do Estreito de Câmara de
Lobos
EB23 do Estreito de Câmara de
Lobos
CAO-CL
Instituição
CMCL/ Campos de
Férias
CMCL
EB23 do Estreito de Câmara de
Lobos
EB23 do Estreito de Câmara de
Lobos
CAO-CL
N.º de participantes
44
9
7
7
11
Faixa etária
8 aos 13 anos ( 10 mulheres / 34 homens)
77 aos 81 anos ( 9
mulheres)
37 aos 51 anos (7
mulheres)
36 aos 56 anos (7
mulheres)
24 aos 36 anos (6
mulheres /5 homens)
N.º de oficinas
4
1
1
1
1
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
37
Oficina de participação
Adolescentes
Idosos
Idosos
Funcionários
Inquilinos
Beneficiários de RSI
Local
Centro Comunitário
(Bairro da Palmeira)
Centro de dia do Jardim da
Serra
Estabelecimento Ilhéu
Centro de Dia Quinta Grande
Gabinete atendimento
R. Real
Segurança Social de
Câmara de Lobos
Instituição
Centro Social e Paroquial de Santa Cecília
(IPSS)
Centro de dia/convívio do Jardim da
Serra
ISSM, IP - Estabelecimen
to do Ilhéu
Centro de Dia Quinta Grande
IHM, EPE RAM
Segurança Social de
Câmara de Lobos
N.º de participantes
12
16
7
8
11
9
Faixa etária
11 aos 18 anos (7 mulheres /5
homens)
41 aos 81 anos (12 mulheres /
4 homens)
70 aos 83 anos (6 mulheres /
1 homem)
21 aos 57 anos (8 mulheres)
29 aos 76 anos (9 mulheres/ 2
homens)
16 aos 45 anos (5 mulheres/ 4
homens)
N.º de oficinas
1
2
1
1
1
1
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
38
Oficina de participação
Desempregados
Idosos
Alunos da Universidade
Sénior
Crianças
Idosos
Crianças e Jovens
Local
Casa do Povo do Estreito de
Câmara de Lobos
Centro Social e Paroquial da
Encarnação
Casa do Povo de Câmara de
Lobos
Fundação D. Jacinta Ornelas Pereira
Casa do Povo do Curral das
Freiras
Urbanização Coolobos
Instituição
Clube Emprego
Centro Social e Paroquial da
Encarnação
Casa do Povo de Câmara de
Lobos
Fundação D. Jacinta Ornelas Pereira
Casa do Povo do Curral das
Freiras
ISSM, IP - Equipa de Rua
do CACJ
N.º de participantes
9
8
9
18
9
8
Faixa etária
18 aos 44 anos (7
mulheres /2 homens)
63 aos 87 anos (8
mulheres)
50 aos 69 anos (8
mulheres/1 homem)
5 aos 48 anos (14 mulheres/
4 homens)
58 aos 73 anos ( 9
mulheres)
9 aos 17 anos (4 mulheres /
4 homens)
N.º de oficinas
1
1
1
2
1
1
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
39
Oficina de participação
Utentes que frequentam
a consulta de alcoolismo e
grupo mensal de
apoio
Professores
Formandos
Local
Biblioteca Municipal de
Câmara de lobos
EB1 com PE da Quinta
Grande
Biblioteca Municipal
Instituição
SESARAM, EPE - Centros
de Saúde
EB1 com PE da Quinta
Grande
Rede de Facilitadores
N.º de participantes
4
7
25
Faixa etária
39 aos 58 anos (2
mulheres/ 4 homens)
34 aos 39 anos (7
mulheres)
> 25 anos (1 homem/ 24 mulheres)
N.º de oficinas
1
1
2
Oficinas de Participação com os Cidadãos | ISP 2015
40
Relatório elaborado por:
-
-
- -