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ANGOLA 30 DIAS
Março 2019
Research
ATLANTICO
Índice
Sumário Executivo
Mercado Monetário
Inflação
Mercado Cambial
Finanças Públicas
Economia Real
Economia Regional
Cobertura de Notícias
Tabela de Indicadores
Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.SumárioExecutivo
• A última reunião do Comité de Política Monetária,
realizada no dia 29 de Março, culminou com a decisão
de manutenção das taxas de juro de referência. A Taxa
BNA manteve-se em 15,75%, a taxa de juro da facilidade
permanente de absorção de liquidez em 0% e os
coeficientes de reservas obrigatórias em moeda
nacional e estrangeira em 17% e 15%, respectivamente.
• O desempenho da inflação contribuiu para a trajectória
da política monetária, considerando-se que o Índice de
Preços no Consumidor Nacional (IPCN) situou-se em
237,11 pontos durante o mês de Fevereiro, cuja
comparação homóloga demonstra uma variação de
17,96%, que corresponde a desaceleração de 26 p.b.
face ao mês de Janeiro.
• A tendência de queda correspondeu também ao Índice
de Preços Grossista (IPG) referente ao mês de Fevereiro
que aumentou 1,32%, no entanto, uma desaceleração de
0,03 p.p. em relação ao mês anterior, o que poderá
influenciar o custo de produção nacional e o poder de
compra dos consumidores. Apesar dos produtos
nacionais terem registado o maior incremento, cerca de
1,42%, contra os 1,29% dos produtos importados, foi esta
ultima categoria que maior contribuição apresentou
para o desempenho do IPG, de 77%.
• Adicionalmente, faz-se referência à contribuição positiva
do mercado cambial, em que durante o período em
análise, o montante disponibilizado pelo BNA atingiu
cerca de 800,64 milhões USD, que representa um
incremento de 29% em comparação ao mês de Janeiro.
• As vendas foram realizadas por via de leilões de preço
(venda de divisas) e de quantidades (plafonds para
cartas de crédito), através de sessões diárias, para a
cobertura de todas a finalidades, incluindo liquidação de
cartas de crédito, atendimento às casas de câmbio e
operadoras de remessas. Inicialmente o BNA previa a
venda de moeda estrangeira no montante equivalente a
700 milhões USD, o que foi superado.
• A consolidação fiscal mantém-se um dos principais
objectivos do Governo no ano corrente, tendo-se em
vista a meta de se alcançar o rácio da dívida pública em
relação ao PIB de cerca de 60%, a meta de
convergência prevista pela Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral (SADC – na sigla em
inglês).
• Na perspectiva das arrecadações do Estado destaca-se
a pressão que a diminuição da produção petrolífera tem
exercido sobre as receitas fiscais petrolíferas, com
impactos sobre a relação comercial com os EUA, que
variou de uma posição superavitária para uma deficitária
na análise de Janeiro de 2018 e 2019, respectivamente.
• Em relação à produção petrolífera percebe-se uma
trajectória decrescente, tendo-se em consideração que
em Fevereiro de 2019 a produção fixou-se em 1,457
milhões barris/dia, de acordo com dados das fontes
secundárias consultadas pela Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP).
• Na rubrica das despesas destaca-se que as yields dos
Eurobonds mantêm a correlação inversa com a
trajectória da cotação internacional do crude,
consequentemente durante o mês de Março o
rendimento exigido pelos investidores para a aquisição
de títulos da dívida pública emitidos por Angola no
exterior diminuiu em comparação ao mês anterior.
• O Indicador de Clima Económico (ICE) referente ao
último trimestre de 2018 fixou-se em -12 pontos, registo
que representa uma recuperação de 4 pontos em
comparação ao trimestre anterior e de 3 pontos
comparativamente ao período homólogo. O
desempenho do ICE reflecte a melhoria das expectativas
dos empresários, reflectida na tendência positiva, no
entanto o indicador mantém-se num nível desfavorável.
• Relativamente às outras economias africanas destaca-se
que a trajectória da inflação, a exemplo de Angola, tem
apresentado uma tendência decrescente, na
generalidade das economias. Por tal, a política
monetária destas regiões tem-se mantido estável, com
perspectivas de moderação nos próximos meses.
• O incremento da expectativa de moderação do custo do
endividamento reflecte a necessidade de estímulo ao
crescimento destas economias mediante a promoção do
sector privado, tendo-se em consideração que se torna
mais acentuado o compromisso do Estado de garantir a
regulamentação e fiscalização da economia.
02.Mercado Monetário
• As operações de permuta de liquidez realizadas entre
os bancos comerciais no mercado interbancário mais
que triplicaram durante o mês de Fevereiro, ao fixarem-
se em 260,29 mil milhões Kz, que contrapõe os 68,90
mil milhões Kz verificados em Janeiro. Entretanto, em
relação ao período homólogo, a tendência foi contrária,
ao reduzir cerca de 71%.
• Relativamente às operações do BNA de facilidade de
cedência de liquidez, o montante situou-se em 30,71 mil
milhões Kz, que representa um incremento de 59% face
ao período anterior.
• A tendência acima descrita poderá reflectir a maior
absorção de liquidez pelas operações nos mercados
cambial e de capitais, resultante do incremento das
vendas de divisas e das transacções de Títulos do
Tesouro, respectivamente.
• As Operações de Mercado Aberto (OMA) realizadas no
segundo mês do ano corrente fixaram-se em 120,82 mil
milhões Kz, que corresponde a uma diminuição de 44%
em comparação ao período anterior.
• Durante o período em análise, as taxas Luibor seguiram
tendência decrescente na generalidade das
maturidades, com excepção da Luibor Overnight que se
manteve inalterada em 15,75%. As restantes taxas
fixaram-se em: Luibor 1 mês em 15,97% (-39 p.b.); Luibor
3 meses em 16,26% (-60 p.b.); Luibor 6 meses em 16,78%
(-42 p.b.); Luibor 9 meses em 17,05% (-34 p.b.); Luibor
12 meses em 17,53% (-27 p.b.).
• A última reunião do Comité de Política Monetária
culminou com a decisão de manutenção das principais
taxas. A Taxa BNA manteve-se em 15,75%, a taxa de juro
da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em
0% e os coeficientes de reservas obrigatórias em moeda
nacional e estrangeira em 17% e 15%, respectivamente.
• A oferta de moeda nacional, mensurada pelo agregado
monetário M2 registou um incremento de 2%, situando-
se em 4.495,46 mil milhões KZ, que representa uma
recuperação face a redução de 2% registada em Janeiro.
FONTE: BNAFONTE: BNA, valores em mil milhões Kz
Operações MMI Taxas de Juro do BNA
(%)
14
18
22
fev-17 ago-17 fev-18 ago-18 fev-19
Taxa BNA Redesconto Cedência O/N
%
910,296
260,29
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2018 2019
03.Inflação
• O Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN)
situou-se em 237,11 pontos durante o mês Fevereiro. O
nível representa uma variação mensal de 1,04%,
destacando que em termos acumulados a inflação atingiu
2,20% em 2019.
• A comparação homóloga demonstra uma variação de
17,96%, que corresponde a desaceleração de 26 p.b. face
ao período anterior. A entrada em vigor da nova folha
salarial da função pública não apresentou impacto
significativo sobre a evolução do nível geral dos preços.
• A Classe “12. Bens e Serviços Diversos” registou a maior
variação, cerca de 1,57%, seguido das Classes “10.
Educação” e “11. Hotéis, Cafés de Restaurantes” com 1,56%
cada. Relativamente à Classe 10, o início do ano lectivo,
tanto no ensino geral assim como no superior, poderá
justificar o aumento nos preços.
• Em termos geográficos, os níveis de preços apresentaram
maior variação nas províncias do Uíge, Zaire e Cuanza Sul
com 1,85%, 1,51% e 1,41%, respectivamente. Paralelamente,
as províncias de Malange, Lunda Norte e Benguela
registaram as menores variações, cerca de 0,85%, 0,89% e
0,92%, respectivamente.
• Por seu turno, o Índice de Preços no Consumidor da
cidade capital, Luanda, fixou-se em 247,3 pontos, o que
resultou numa variação mensal de 1,04%, o mínimo desde
Novembro de 2017, e 17,78% em termos homólogos.
Importa ressaltar que durante o período em análise a
inflação registou uma desaceleração de 0,07 p.p. e 0,1 p.p.
na comparação mensal e homóloga, respectivamente, o
que poderá concorrer para o alcance do target de 15%
projectado para o ano corrente.
• O Índice de Preços Grossista referente ao mês de
Fevereiro aumentou 1,32%, que corresponde a uma
desaceleração de 0,03 p.p. em relação ao mês anterior, o
que poderá influenciar o custo de produção nacional e o
poder de compra dos consumidores. Apesar dos produtos
nacionais terem registado o maior incremento, cerca de
1,42%, contra os 1,29% dos produtos importados, foi esta
ultima categoria que maior contribuição apresentou para
o desempenho do IPG, de 77%.
• O Índice de Preços de Produtos Vigiados registou
incremento homólogo de 6,1% em Fevereiro. A variação
reflecte, fundamentalmente, o aumento nos preços da
“Carne seca (33,4%)”, “Farinha de Trigo (20,5%)” e “Leite
em pó (20,4%)”, respectivamente.
FONTE: INE FONTE: INE
Índice de Preços Grossista
(var. homóloga %)
Taxa de inflação
(var. homóloga %)
17,06
10
15
20
25
30
35
fev-17 jun-17 out-17 fev-18 jun-18 out-18 fev-19
17,78
23,36
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2018 2019
04.Mercado Cambial
• O Banco Nacional de Angola continuou com o processo
de comercialização de divisas durante o segundo mês do
ano corrente.
• Durante o período em análise, o montante disponibilizado
pelo BNA atingiu cerca de 800,64 milhões USD, que
representa um incremento de 29% em comparação ao
mês de Janeiro. As vendas foram realizadas por via de
leilões de preço (venda de divisas) e de quantidades
(plafonds para cartas de crédito), através de sessões
diárias, para a cobertura de todas as finalidades, incluindo
liquidação de cartas de crédito, atendimento às casas de
câmbio e operadoras de remessas. Inicialmente o BNA
previa a venda de moeda estrangeira no montante
equivalente a 700 milhões USD, o que foi superado.
• Relativamente às cartas de crédito, o BNA realizou leilões
de quantidades para abertura de CDI´s (Crédito
Documentário para Importação) no montante de
aproximadamente 1.653,44 milhões USD, no período
compreendido entre Setembro de 2018 e Janeiro de 2019.
• Durante o mesmo período, as liquidações de CDI´s
atingiram 923,43 milhões USD, com o sector do comércio
a liderar o ranking, ao passo que em termos de
finalidades os bens alimentares e matérias-primas
ocupam os lugares de realce, com 44% e 21%,
respectivamente.
• Por outro lado, em termos de países de destino, Portugal
e os Emirados Árabes Unidos representam os lugares de
eleições, com 26,3% e 15,5%, respectivamente.
• Consequentemente, a taxa de câmbio continuou o seu
processo de depreciação, tendo a cotação face ao euro e
ao dólar situado-se em 358,11 Kz e 314,17 KZ por unidade,
contra 358,24 Kz e 312,25 Kz, respectivamente.
• No mercado informal, a cotação do euro e do dólar
continua a rondar 400 Kz. No final de Fevereiro, a
cotação do euro fixou-se em 465 Kz, enquanto o dólar
situou-se em 423,75 Kz.
• A maior intervenção do BNA no mercado cambial
contribuiu para a redução das Reservas Internacionais
Liquidas (RILs), que durante o mês de Fevereiro situaram-
se em 10.441 milhões USD, uma diminuição de 19% em
termos homólogos e 6% na comparação mensal. O actual
nível das RILs representa o mínimo da série histórica, que
teve início no final de 2011.
• O BNA continua a adoptar um conjunto de medidas que
visam garantir maior transparência e previsibilidade no
mercado cambial. É com este intuito que a instituição
passará a comunicar o montante global das compras de
moeda estrangeira que efectuar ao mercado, tal como a
taxa de câmbio resultante das operações.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Liquidações de CDI´s por finalidadeTaxa de Câmbio
358,109
314,172
fev-16 ago-16 fev-17 ago-17 fev-18 ago-18 fev-19
USD/AOA EUR/AOA
44%
21%
20%
2%
12%
Bens alimentares Matérias-primas Bens de equipamento
Medicamentos Outros
05.Finanças Públicas
FONTE: MinfinFONTE: FMI, Country Report, Dezembro 2018
Receitas Petrolíferas
(Mil Milhões Kz)
Dívida Pública
(% PIB)
• A consolidação fiscal mantém-se como um dos principais
objectivos do Governo no ano corrente, tendo-se em
vista a meta de se alcançar o rácio da dívida pública em
relação ao PIB de cerca de 60%, a meta de convergência
prevista pela Comunidade de Desenvolvimento da África
Austral (SADC – na sigla em inglês).
• A delegação do FMI que avalia a implementação das
medidas no âmbito do Acordo de Financiamento
Ampliado em vigor desde Dezembro de 2018, alerta
sobre o desempenho do rácio da dívida pública.
• A análise da instituição de Bretton Woods, que teve
início no dia 22 de Março com perspectiva de conclusão
em 2 de Abril, estima que a dívida pública possa atingir
cerca de 90% do PIB no final de 2019, dado que supera
em 10,1 p.p. a expectativa apresentada no Country Report
de Dezembro de 2018.
• Na perspectiva das arrecadações do Estado destaca-se
que o saldo da conta de bens registou superavit de 1,62
mil milhões USD, que representa uma recuperação em
comparação ao défice de 926,07 milhões USD referente a
Janeiro de 2019. No entanto o registo representa uma
redução homóloga de 19%, após registos numa média de
2 mil milhões USD referentes ao ano 2018.
• As receitas fiscais petrolíferas fixaram-se em 265,71 mil
milhões KZ em Fevereiro, uma redução mensal de 28%,
devido ao incremento do preço em 4,7%, para 58,6
USD/barril, cujo impacto não superou a redução de 1,4%
na produção, para 1,42 milhões barris/dia.
• A relação comercial com os EUA revela variação de um
superavit de 108 milhões USD em Janeiro de 2018, para
um défice de 13 milhões USD em Janeiro de 2019, como
resultado da redução significativa das exportações em
87,7%, para 17,6 mil milhões USD, fixando-se abaixo das
importações de 30,8 mil milhões USD, que representam
uma redução homóloga de 12,3%. O registo de Angola
reflecte a redução significativa das exportações de crude
para os EUA.
• Por outro lado, na perspectiva das despesas destaca-se
a possibilidade de atribuição de subsídios aos
combustíveis para as pescas e agricultura, na campanha
agrícola de 2019/2020, sendo que o Governo estima
cobrir cerca de 45% dos gastos com combustíveis, para
que os sectores possam contribuir com brevidade para o
processo de diversificação das exportações.
• As yields dos Eurobonds, rendimento exigido pelos
investidores para a aquisição de títulos da dívida pública
emitidos por Angola no exterior, reduziram em Março, no
intervalo de 2,7 p.p. a 11,4 p.p., para 6,855% e 8,583%,
para os títulos com maturidade em 2025 e 2048.
91,0
79,1
73,871,9
2018 2019 2020 2021
370,25
265,71
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2017 2018 2019
06.EconomiaReal
• O Indicador de Clima Económico (ICE) referente ao
último trimestre de 2018 fixou-se em -12 pontos, que
representa uma recuperação de 4 pontos em
comparação ao trimestre anterior e de 3 pontos,
comparativamente ao período homólogo. O
desempenho do ICE reflecte a melhoria das
expectativas dos empresários, reflectida na tendência
positiva, no entanto, o indicador mantém-se em nível
desfavorável.
• A contribuição positiva para o desempenho do
indicador verificou-se nos sectores da Construção,
Transportes e Comércio, com incrementos de 25, 8 e 6
pontos, fixando-se em -20, 5 e -24 pontos, em cada
caso. Por outro lado, as variações negativas
destacaram-se nos sectores de Comunicação, Indústria
transformadora e Indústria extractiva, em 8, 7 e 3
pontos para 19,-15 e -7 pontos, respectivamente.
• Destaca-se que registou-se em alguns sectores melhoria
em limitações como a “dificuldade de obtenção de
crédito bancário” e “insuficiência da procura”.
• A economia poderá registar recessão em 2019 e 2020,
numa taxa de aproximadamente 1,9%, de acordo com
informações divulgadas pelo Economist Intelligence
Unit (EIU), tendo-se em consideração a perspectiva de
manutenção do impacto negativo dos baixos preços da
cotação do crude no desempenho da economia, que
diferem significativamente das expectativas de
crescimento acima de 2% apresentadas no Plano de
Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
• Adicionalmente, a instituição, EIU, perspectiva que se
registe recuperação entre 2021 e 2023, com o
crescimento a atingir 7% e 5,9%, respectivamente, em
consequência da perspectiva de incremento da cotação
internacional e produção do crude.
• Em relação à produção petrolífera, verifica-se uma
trajectória decrescente, tendo-se em consideração que
em Fevereiro de 2019 a produção fixou-se em 1,457
milhões barris/dia, de acordo com dados das fontes
secundárias consultadas pela Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP). O desempenho
mensal é inferior em 10%, ao registo de 1,613 milhões
barris/dia referente ao período homólogo de 2017,
sendo que o Orçamento Geral do Estado para 2019
(OGE 2019) estima uma produção de 1,570 milhões
barris/dia, um dos aspectos que tem sido defendido
pelos analistas como um dos motivadores da revisão do
Orçamento.
• No âmbito da efectivação do programa de Apoio à
Produção, Diversificação das Exportações e
Substituição de Importações (PRODESI) terá início em
Abril do ano corrente, a exportação de etanol para a
Europa, produzido pela Companhia de Bionergia de
Angola (BIOCOM).
FONTE: OPEP, Fontes secundárias
Produção Petrolífera
(Milhões Barris/dia)
1,3
1,35
1,4
1,45
1,5
1,55
1,6
1,65
fev-18 mai-18 ago-18 nov-18 fev-19
FONTE: INE
Indicador de Clima Económico
(Pontos)
-12
-33-34
2
IVT18IIT18IVT17IIT17IVT16IIT16IVT15IIT15
07.Economia Regional
• África do Sul: O Comité de Política Monetária decidiu
manter em 6,75% a taxa de juro de referência, na
reunião de Março de 2019, o mesmo nível desde
Novembro de 2018. O registo reflecte o desempenho da
inflação que registou variação homóloga de 4,1% em
Fevereiro de 2019, um incremento de 0,1 p.p. em
relação ao trimestre anterior, no entanto, mantém-se no
limite da inflação previsto pelo Governo de 3% a 6%. As
perspectivas de crescimento da economia em 2019
foram revistas em baixa, de 1,7% em Janeiro para 1,3%
em Março.
• Nigéria: O Banco Central reduziu a taxa de juro de 14%,
a mesma taxa desde Julho de 2016, para 13,5% na
reunião de Março do ano corrente, que representa a
primeira diminuição da taxa de referência desde
Novembro de 2015. A redução da inflação homóloga de
11,37% em Janeiro para 11,31% em Fevereiro contribuiu
para a decisão do Comité de Política Monetária.
• Ruanda: A economia registou crescimento de 8,6% em
2018, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas
do Ruanda, desempenho que superou a expectativa do
Governo de 7,2% no período, em consequência do
desempenho positivo de sectores como agricultura,
construção e vendas a retalho. O Fundo Monetário
Internacional divulgou em Março do ano corrente a
perspectiva de crescimento económico de 7,8% em
2019.
• Quênia: O crescimento económico poderá fixar-se em
6,1% em 2019, registo que representa uma recuperação
de 0,1 p.p. em relação ao ano anterior, de acordo com
dados de Março divulgados pelo FMI. Adicionalmente, a
instituição de Bretton Woods perspectiva incremento
da inflação de 5% para 5,6%, na análise de 2018 e 2019,
respectivamente.
• Senegal: A instituição de Bretton Woods estima que o
crescimento económico varie de 7% para 6,7% e que a
inflação aumente de 0,4% para 0,9%, na análise de 2018
e 2019. A economia senegalesa caracteriza-se pela
exploração do sector mineiro, construção, turismo,
pescas e agricultura.
• Zimbabwe: O FMI perspectiva que a economia cresça
4,2% em 2019, que representa um incremento de 0,6
p.p. em relação ao período homólogo.
FONTE: TRADING ECONOMICS FONTE: TRADING ECONOMICS
Taxas de juro de Referência (%)Taxa de Inflação (%)
15,75
6,75
14
9
5,5
4,5
9,48
Angola África doSul
Nigéria Quênia Ruanda Senegal Zimbabwe
Janeiro Fevereiro
18,22
4
11,37
4,70,2 0,6
56,9
17,96
4,1
11,31
4,14
-0,4 -0,1
59,39
Angola África doSul
Nigéria Quênia Ruanda Senegal Zimbabwe
Janeiro Fevereiro
08.Cobertura de Notícias
• O crédito mal parado referente ao mês de Fevereiro
fixou-se em 27,8% do crédito total. O nível representa
uma redução mensal de 0,29 p.p.. Porém, em relação a
Fevereiro de 2014, regista-se um aumento de 22,73 p.p.,
o que revela as dificuldades de reembolso dos
empréstimos, com impactos sobre o crescimento da
economia.
• A oferta de moeda, avaliada pelo agregado monetário
M2, situou-se em 8.087,42 mil milhões Kz em
Fevereiro. O montante representa um incremento de
16% em termos homólogos devido sobretudo ao efeito
cambial, com possíveis impactos sobre a inflação.
• A yield dos Eurobonds reduziu em média 0,2 p.p. em
Fevereiro. A variação mensal poderá reflectir o
incremento da cotação internacional do Brent, com
reflexos nas contribuições do Estado para a
estabilização da economia, em detrimento do
pagamento da dívida externa.
• As reservas bancárias registaram incremento de 10,4%
em Fevereiro em comparação ao período homólogo
de 2018. O montante fixou-se em 1.226,64 mil milhões
Kz e reflecte o aumento dos depósitos excedentários,
cerca de 72%, com possíveis impactos sobre o crédito
à economia.
• As receitas com as exportações para a China atingiram
2.084,67 milhões USD em Fevereiro. A redução de
13,2% face ao período anterior, segundo a Bloomberg,
poderá reflectir os actuais constrangimentos do sector
petrolífero com impacto sobre o crescimento da
economia.
• O peso do crédito ao sector privado sob o crédito
total atingiu 88,6% em Janeiro. O desempenho
representa uma manutenção face ao período
homólogo, o que poderá contribuir para o
desenvolvimento do sector e maior absorção da força
de trabalho.
• A conclusão da primeira avaliação do FMI ao abrigo
do Acordo Alargado poderá realizar-se no dia 29 de
Março. Destaca-se que o desembolso da segunda
tranche, 252 milhões USD, encontra-se pendente das
conclusões realizadas pela equipa da instituição de
Bretton Woods.
• A emissão de Obrigações de Tesouro situou-se em
22,25 mil milhões Kz em Fevereiro. A redução
homóloga de 88% poderá reflectir a maior apetência
dos investidores por títulos de curto prazo, com
impactos na estratégia do Governo de alongamento
da curva de maturidade da dívida.
• A Conta Única do Tesouro registou redução mensal de
13% em Fevereiro. O montante que se situou em
1.334,8 mil milhões Kz, representa o menor nível desde
Abril de 2018, e poderá condicionar a execução das
despesas, com impactos nas condições de vida da
população.
• As notas e moedas estrangeiras recuaram 56% em
Fevereiro. A variação homóloga poderá reflectir a
manutenção das restrições de acesso às notas e
moedas no estrangeiro, com possibilidade de inversão
resultante da intervenção do Fundo Monetário
Internacional.
• Os depósitos excedentários dos bancos comerciais
registaram aumento mensal de 9%, em Fevereiro. O
desempenho resulta do incremento em 17% dos
depósitos em moeda nacional, enquanto os depósitos
em moeda estrangeira reduziram 3%, o que poderá
reflectir-se sobre as taxas de juro do mercado
interbancário.
•O spread bancário, diferença entre a taxa de juro dos
empréstimos e depósitos, atingiu 27,7 p.p., em Janeiro.
O incremento em 482 p.b. face ao período homólogo
poderá reflectir à instabilidade macroeconómica, com
efeitos sobre a atractividade dos produtos bancários.
09.Tabela de Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
FONTE: FMI, Abril 2018
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
FONTE: BNA, INE e OPEP
2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018
ANGOLA 28,2 0,7 2,2 124,2 119,4 4.407,7 4.114,5 16,5 18,4 22,0 20,1 62,3 73,0 -4,5 -2,2 26,26 24,59
ÁFRICA DO SUL 56,5 1,3 1,5 349,3 370,9 6.179,9 6.459,2 28,4 29,0 32,9 33,2 52,7 54,9 -2,3 -2,9 4,72 5,63
BOTSWANA 2,2 2,2 4,6 17,2 18,6 7.877,0 8.443,1 32,7 30,5 32,3 31,8 15,6 14,9 10,8 8,3 2,95 3,50
CAMARÕES 24,3 3,2 4,0 34,0 39,1 1.400,7 1.570,2 14,9 15,7 19,2 17,9 30,4 30,6 -2,5 -2,5 0,79 1,14
CONGO 4,3 -4,6 0,7 8,5 10,5 1.958,2 2.349,7 23,1 27,7 30,3 23,9 119,1 110,4 -12,7 3,0 1,79 1,76
REP. DEM. CONGO 86,7 3,4 3,8 41,4 42,6 478,2 477,8 10,4 11,2 12,9 11,1 15,7 14,5 -0,5 0,3 55,00 29,50
GANA 28,3 8,4 6,3 47,0 51,6 1.663,2 1.779,9 17,5 17,9 22,5 23,0 65,3 63,0 -4,5 -4,1 11,82 8,00
MAURÍCIA 1,3 3,9 3,9 12,4 13,3 9.794,1 10.437,1 24,0 24,0 27,3 27,3 60,2 59,9 -6,0 -7,4 4,21 5,88
MOÇAMBIQUE 29,5 3,0 3,0 12,7 14,3 429,3 472,0 26,6 23,4 32,1 30,9 102,2 110,1 -16,1 -16,9 7,16 6,50
NAMÍBIA 2,3 -1,2 1,2 12,7 13,3 5.413,1 5.627,1 33,6 32,4 39,8 40,1 43,6 50,2 -1,4 -3,6 5,17 5,75
NIGÉRIA 188,7 0,8 2,1 376,3 408,6 1.994,2 2.107,6 6,0 7,6 11,7 12,4 19,6 23,7 2,5 0,5 15,37 14,50
TANZÂNIA 50,0 6,0 6,4 51,7 56,7 1.033,6 1.110,1 15,9 15,8 18,6 20,2 38,2 39,3 -3,8 -5,4 3,97 5,00
QUÉNIA 46,7 4,8 5,5 79,5 88,3 1.701,6 1.837,7 18,7 19,0 27,2 26,5 50,4 53,7 -6,4 -6,2 4,50 5,06
ZÂMBIA 17,2 3,6 4,0 25,5 26,2 1.479,5 1.475,7 17,9 18,8 25,2 26,6 56,3 61,3 -3,3 -2,6 6,09 8,00
ZIMBABWE 14,9 3,0 2,4 17,5 19,4 1.175,7 1.270,7 22,5 23,0 32,1 26,2 78,4 75,2 -2,6 -2,7 3,50 7,90
DÍVIDA PÚBLICA
(%PIB)
BALANÇA
CORRENTE
(%PIB)
INFLAÇÃO
(%)PIB ( %) PIB NOMINAL
(USD )
PIB PER CAPITA
(USD)
RECEITA PÚBLICA
(%PIB)
DESPESA PÚBLICA
(%PIB)POPULAÇÃO
2015
dez-15 Dez Dez Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev
TAXA DE CÂMBIO (MÉDIA)
AOA/USD 135,3 165,9 165,9 214,6 225,8 238,2 248,3 257,0 276,7 296,4 309,4 310,5 308,6 312,3 314,2
AOA/EUR 147,1 185,4 185,4 264,4 272,9 277,8 288,9 301,0 322,1 343,6 350,2 352,6 353,0 358,2 358,1
TAXA DE JURO CRÉDITO (181 D A 1 ANO. %)
EMPRESAS
MOEDA NACIONAL 15,11 15,26 16,12 21,72 22,60 22,88 22,31 21,85 22,82 22,06 19,40 19,28 33,81 20,90 20,82
MOEDA ESTRANGEIRA 12,97 8,50 8,45 9,00 n.d n.d n.d n.d n.d n.d 10,00 9,50 14,00 n.d n.d
PARTICULARES
MOEDA NACIONAL 10,14 15,25 17,7 20,15 17,21 20,76 20,28 17,67 15,94 18,79 17,50 16,10 20,51 25,16 38,94
MOEDA ESTRANGEIRA 2,65 9 10,48 n.d n.d n.d n.d n.d n.d n.d 14,00 20,00 14,00 n.d n.d
TAXA DE DEPÓSITOS (181 D A 1 ANO. %)
MOEDA NACIONAL 4,21 3,90 4,28 7,68 8,87 9,40 8,20 9,77 9,26 5,55 7,99 8,35 8,23 8,54 9,19
MOEDA ESTRANGEIRA 2,62 3,10 2,51 2,33 2,16 2,32 2,37 2,21 2,14 2,43 2,43 1,96 2,26 2,29 2,20
AGREGADOS MONETÁRIOS (USD )
M1 3.412,4 3.807,8 3.732,1 3.870,2 3.691,5 3.847,4 3.808,1 3.895,5 3.803,9 3.868,8 3.865,4 3.957,6 4.089,1 4.034,1 4.142,8
M2 5.703,7 6.446,7 6.517,6 6.981,1 7.030,6 7.285,4 7.323,4 7.350,4 7.490,3 7.691,5 7.801,2 7.946,2 8.101,5 8.008,2 8.087,4
M3 5.711,8 6.450,5 6.521,7 6.985,5 7.035,2 7.290,3 7.328,5 7.355,6 7.495,6 7.696,9 7.806,8 7.950,9 8.110,9 8.017,6 8.094,4
TAXA LUIBOR (FIM DE PERÍODO, %)
O/N 11,31 23,35 17,77 20,12 20,05 21,02 21,94 16,38 16,52 16,44 16,75 16,75 16,75 15,75 15,75
30 DIAS 11,44 17,41 18,27 18,92 19,1 19,89 19,24 16,55 16,07 16,43 16,83 16,83 16,81 16,36 15,97
90 DIAS 11,88 18,23 18,92 19,89 19,79 19,83 20,02 17,14 16,81 17,04 17,16 17,1 17,09 16,86 16,26
180 DIAS 12,21 18,30 20,16 21,23 21,30 20,67 21,01 17,82 17,64 17,82 17,54 17,32 17,35 17,20 16,78
270 DIAS 12,56 19,65 21,9 22,44 22,59 21,68 21,96 18,28 18,13 18,21 18 17,67 17,82 17,39 17,05
360 DIAS 12,84 20,17 23,08 23,74 23,87 22,69 22,87 18,88 18,52 18,78 18,42 18,02 17,99 17,8 17,53
TAXA BÁSICA (FIM-DE-PERÍODO, %) 11 16 18 18 18 18 18 16,5 16,5 16,5 16,5 16,5 16,5 15,75 15,75
TAXA INFLAÇÃO (FIM-DE-PERÍODO, Y/Y, %) 14,27 41,95 26,26 22,32 21,32 20,65 20,16 19,51 18,98 19,22 17,35 17,77 18,21 17,88 17,78
RESERVAS INTERNACIONAIS (USD ) 24.265,8 21.399,3 13.343,4 13.171,1 12.549,9 14.396,8 13.381,2 13.850,0 12.548,6 11.943,4 11.672,5 11.902,1 10.630,0 11.130,0 10.441,0
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO (MB/D) 1,85 1,72 1,63 1,52 1,52 1,58 1,44 1,46 1,46 1,51 1,53 1,50 1,49 1,42 1,46
20192018INDICADORES 2016 2017
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