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Sobre Como Usar Glossário Documentos Imagens Mapas Google Earth Favor fornecer feedback! Clique para detalhes A Governação da Água Introdução Gestão Integrada dos Recursos Hídricos Gestão Transfronteiriça dos Recursos Hídricos SADC A Governação da Água na Bacia Leis Nacionais da Água Angola Namíbia CTPC Kunene Iniciativas e Projectos da CTPC Actores da Governação Desenvolvimento de Capacidades Referências send a general website comment report a specific comment about this page Você está aqui: Início >A Governação da Água >A Governação da Água na Bacia >Leis Nacionais da Água >Angola Angola A Constituição de Angola estipula que a água é propriedade do Estado. A Lei de Delimitação de Sectores de Actividades Económicas (Lei 13/94, recentemente revista e publicada como Lei 5/02 em 16 de Abril de 2002) estabelece no Artigo 13º que a captação, o tratamento e a distribuição da água potável através de redes fixas e a disponibilização de saneamento básico são áreas de “reserva relativa”. Isto significa que as empresas ou outros tipos de entidades privadas podem participar nestes sectores através de contratos de concessão a prazo fixo, celebrados com o Estado. A legislação angolana é constituída a nível nacional por: Leis, que são aprovadas pela Assembleia Nacional; Decretos- lei e decretos, que são aprovados pelo Conselho de Ministros; e Regulamentos (decretos executivos), decretos executivos conjuntos e despachos, normalmente aprovados por um ou mais ministérios (ERM 2009). A Lei angolana de Águas, aprovada em 2002, diz respeito à gestão dos recursos hídricos e ao abastecimento de água. Há disposições específicas da lei que são determinadas através de legislação secundária (regulamentos). A Lei de Águas de 2002 prevê a possibilidade da concessão de um direito de uso da água a uma entidade privada e de esta, posteriormente, pedir uma licença ou uma concessão para o uso da água. A situação mais habitual é a da atribuição de uma licença por um período renovável de 15 anos, sendo uma concessão mais significativa em diversos aspectos e dada por um período máximo de 50 anos. Entre outros temas, a nova Lei de Águas especifica os deveres e direitos dos detentores das licenças e dos concessionários, bem como as circunstâncias em que as licenças e as concessões podem ser retiradas. Uma das principais obrigações é a de pagar as taxas cobradas para cobertura dos custos da gestão dos recursos hídricos. Os operadores têm também de pagar taxas pelo uso de qualquer infra- estrutura a montante (SADC 2003). A tabela apresentada a seguir dá uma perspectiva do quadro legislativo aplicável aos recursos hídricos em Angola. Resumo da Legislação Ambiental e Social Relevante em Angola Tema Instrumento legislativo aplicável Ambiente Descarga para as águas de superfície (doce e marinha) e para as águas subterrânea Lei Nº 6/02 – Lei de Águas Decreto- Lei Nº 146/75 sobre a Poluição da Água, das Praias e das Margens Gestão de resíduos Lei de Bases do Ambiente (Nº 05/98) Resolução 41/01 de 21 de Dezembro de 2001 Resolução Nº 22/01 Pescas Lei Nº 21/92 – Lei sobre as Águas Interiores, o Mar Territorial e a Zona Económica Exclusiva Lei Nº 6- A/04, Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos Lei das Pescas Nº 20 de 1992 Explore as sub- bacias do rio Kunene Entrevista sobre a gestão integrada e transfronteiriça da bacia do rio Kunene Explore os princípios da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos

Angola - Kunene River Awareness Kit

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Page 1: Angola - Kunene River Awareness Kit

Sobre Como Usar Glossário Documentos Imagens Mapas Google Earth

Favor fornecer feedback! Clique para detalhes

A Governação da Água  Introdução

Gestão Integrada dos Recursos HídricosGestão Transfronteiriça dos Recursos HídricosSADCA Governação da Água na Bacia

  Leis Nacionais da ÁguaAngola

  Namíbia  CTPC Kunene

  Iniciativas e Projectos da CTPCActores da GovernaçãoDesenvolvimento de Capacidades

  Referências

 

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Você está aqui: Início>A Governação da Água >A Governação da Água na Bacia >Leis Nacionais da Água >Angola

Angola  

A Constituição de Angola estipula que a água é propriedade do Estado. A Lei de Delimitação de Sectores de Actividades Económicas (Lei 13/94, recentemente revista e publicada como Lei 5/02 em 16 de Abril de 2002) estabelece no Artigo 13º que a captação, o tratamento e a distribuição da água potável através de redes fixas e a disponibilização de saneamento básico são áreas de “reserva relativa”. Isto significa que as empresas ou outros tipos de entidades privadas podem participar nestes sectores através de contratos de concessão a prazo fixo, celebrados com o Estado.

A legislação angolana é constituída a nível nacional por:

Leis, que são aprovadas pela Assembleia Nacional;Decretos- lei e decretos, que são aprovados pelo Conselho de Ministros; eRegulamentos (decretos executivos), decretos executivos conjuntos e despachos, normalmente aprovados por um ou mais ministérios (ERM 2009).

A Lei angolana de Águas, aprovada em 2002, diz respeito à gestão dos recursos hídricos e ao abastecimento de água. Há disposições específicas da lei que são determinadas através de legislação secundária (regulamentos).

A Lei de Águas de 2002 prevê a possibilidade da concessão de um direito de uso da água a uma entidade privada e de esta, posteriormente, pedir uma licença ou uma concessão para o uso da água. A situação mais habitual é a da atribuição de uma licença por um período renovável de 15 anos, sendo uma concessão mais significativa em diversos aspectos e dada por um período máximo de 50 anos.

Entre outros temas, a nova Lei de Águas especifica os deveres e direitos dos detentores das licenças e dos concessionários, bem como as circunstâncias em que as licenças e as concessões podem ser retiradas. Uma das principais obrigações é a de pagar as taxas cobradas para cobertura dos custos da gestão dos recursos hídricos. Os operadores têm também de pagar taxas pelo uso de qualquer infra- estrutura a montante (SADC 2003).

A tabela apresentada a seguir dá uma perspectiva do quadro legislativo aplicável aos recursos hídricos em Angola.

Resumo da Legislação Ambiental e Social Relevante em Angola

Tema Instrumento legislativo aplicável

Ambiente

Descarga para as águas de superfície (doce e marinha) e para as águas subterrânea

Lei Nº 6/02 – Lei de ÁguasDecreto- Lei Nº 146/75 sobre a Poluição da Água, das Praias e das Margens

Gestão de resíduosLei de Bases do Ambiente (Nº 05/98)Resolução 41/01 de 21 de Dezembro de 2001Resolução Nº 22/01

Pescas

Lei Nº 21/92 – Lei sobre as Águas Interiores, o Mar Territorial e a Zona Económica ExclusivaLei Nº 6- A/04, Lei dos Recursos Biológicos AquáticosLei das Pescas Nº 20 de 1992

Explore as sub- bacias do rio Kunene

Entrevista sobre a gestão integrada e transfronteiriça da bacia do rio Kunene

Explore os princípios da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos

Page 2: Angola - Kunene River Awareness Kit

 

BiodiversidadeLei de Bases do Ambiente, 1998Resolução Nº 23/97 (ratificação da Convenção sobre a Diversidade Biológica)

Património natural Lei de Bases do Ambiente Nº 5/98

Ruído e vibrações Lei de Bases do Ambiente Nº 5/98

Social

Protecção do meio ambiente, avaliação social e ambiental, sistemas de gestão Artigo 12º da Constituição (Parte I)

Direitos e deveres Artigo 24º sobre os Direitos e Deveres Fundamentais na Lei Constitucional (Parte II)

Temas sociais ao abrigo da legislação ambiental

Lei de Bases do Ambiente 1998 (5/98)Artigo 5º (objectivos e medidas)Artigo 10º (consulta pública)Artigo 15º (localização de infra- estruturas)

Acesso às pescas

Lei nº 21/92, Lei sobre as Águas Interiores, o Mar Territorial e a Zona Económica ExclusivaDecreto Executivo Nº 33/98Resolução Nº 17/90 – Angola ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar

Reassentamento e deslocação

Constituição de Angola – Lei Nº 23/92 de 16 de Setembro de 2002Lei Nº 23/92Lei de Terras Nº 9/04 (Lei Geral de Terras)Despacho Nº 37/95Decreto Nº 1/01Decreto Nº 79/02 de 6 de Dezembro que regulamenta o Decreto Nº 1/01Instrutivo 01/ GABMINARS/2002Resolução 1/91

Património culturalDecreto Nº 80/76 – Conservação de Áreas de Património CulturalDecreto Executivo Conjunto Nº 46/91

Trabalho, condições de trabalho e emprego

Lei Geral do Trabalho Nº 2/00Decreto Executivo Nº. 40/86Resolução Nº 5/01Decreto Nº 20/82 (Lei de Angolanização)Decreto Nº 31/94 sobre o Sistema de Saúde, Segurança e Higiene no TrabalhoDecreto Nº 5/95 sobre o Emprego de Trabalhadores Estrangeiros não Residentes em AngolaDecreto Nº 6/96 sobre o Regulamento Geral dos Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho nas EmpresasDecreto Nº 21/98 sobre o Regulamento Geral das de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CPAT)

Condições económicas

Despacho 127 relativo à Lei da Assembleia Nacional Nº 1/04Lei Nº 10/88, Lei das Actividades EconómicasLei Nº 21- B/92Despacho 80

Page 3: Angola - Kunene River Awareness Kit

Questões de terra Lei de Terras (nº 9/04, de 9 de Novembro)

Autoridades locais Lei dos Governos Locais, Nº 17 de 1999

Fonte: PJTC 2009

Leis Angolanas Referentes aos Recursos Hídricos Transfronteiriços

A Lei de Águas de 2002 inclui dois artigos (o 19º e o 76º) que se referem especificamente aos recursos hídricos transfronteiriços. Estes dizem claramente que Angola considera que a cooperação transfronteiriça tem uma importância fundamental. O Artigo 76º diz que as disposições da Lei de Águas não prejudicam o cumprimento das obrigações assumidas por Angola ao abrigo de acordos internacionais já ratificados.

O Artigo 19º define os objectivos de Angola no que diz respeito à cooperação internacional na gestão dos recursos hídricos como se segue:

Adopção de medidas coordenadas de gestão dos recursos hídricos de uma bacia hidrográfica partilhada, tendo em conta os interesses de todos os Estados da bacia;Repartição justa e razoável das águas de interesse comum ou seu uso conjunto, de acordo com os interesses e obrigações assumidas pela República de Angola; eControlo da qualidade da água e erosão dos solos.

Ao mesmo tempo que protege os interesses nacionais, a Direcção Nacional de Águas tem poderes para promover a cooperação internacional com vista a garantir a gestão adequada das bacias hidrográficas partilhadas.

A Estratégia de Desenvolvimento do Sector de Águas reforça esta orientação para a cooperação internacional, dando maior ênfase à gestão integrada dos recursos hídricos como meio de garantir a sustentabilidade ambiental a longo prazo. Serão elaborados planos integrados de gestão para todas as bacias principais. Isto conduzirá a um diálogo produtivo com os países vizinhos.

Fonte: SADC 2003

 

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