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4 Euros · 5 USD TRIM | OUTUBRO•NOVEMBRO•DEZEMBRO 2014 | Nº 100 NOMES NA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES ANGOLA-PORTUGAL 25 ANOS EM REVISTA ANGOLA-PORTUGAL

Angola Portugal Negócios 100

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Angola Portugal Negócios 100

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Page 1: Angola Portugal Negócios 100

4 Euros · 5 USDTrim | OuTubrO•NOvembrO•DezembrO 2014 | Nº 100

nomES na hiStória DaS rElaçõES angola-PortUgal

25 anos em revista

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1Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Índice

CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA PORTUGAL-ANGOLAPortugal Edíficio Luxor, Avenida da República, 101 - 3º, Sala D, 1050-204 Lisboatel.: [+351] 213 940 133fax: [+ 351] 213 950 [email protected] Edifício Monumental, Rua Major Kanhangulo, 290 - 1º Dto, Luanda tel.: [+ 244] 924 918 149www.cciportugal-angola.pt

Editando/beCOMMAv. da República, 62F - 7º1050-197 Lisboa, Portugaltel.: [+351] 213 584 [email protected] | www.becomm.pt

Revista ANGOLA-PORTUGAL NEGÓCIOSDirector Carlos Bayan FerreiraDirector Executivo João Luís TraçaCoordenação Editorial e Redacção Cristina Casaleiro e Manuela Sousa Guerreiro Colaboraram nesta edição Isabel SantosDesign e Paginação Filipa Andersen e Vasco CostaPublicidade Cristina Lopes, Guilherme Monteiro Fotografia beCOMM; Bruno Barata; JáImagens; DR Impressão IDG - Imagem Digital Gráfica Periodicidade TrimestralDistribuição Gratuita aos sócios da CCIPA, entidades oficiais e empresariais em Angola e PortugalÉ interdita a reprodução total ou parcial por quaisquer meios de textos, fotos e ilustrações sem a expressa autorização do editorRegisto 114257 > Tiragem 5000NIPC 501910590Depósito Legal 60018 ⁄ 93

Propriedade

Edição, redacção, design e produção gráfica e publicidade by

Apoio institucional

em destaque

nomes que mArcArAm A históriA Passámos em revista as 100 edições e identificámos os 100 nomes que, em diferentes domínios, contribuíram para o crescimento e, simultaneamente, reforço das relações entre os dois países. P12

12

Ensa artE Depois da exibição na 55ª Bienal de Veneza e no Museu Luigi Pigorini, em roma, e antes de seguir para Paris, a exposição itinerante de arte contemporânea angolana composta por 27 obras do acervo da Ensa - seguros de angola esteve patente ao público em Portugal.. P60

espaço cciPA 04 Mesa de Portugal 201406 A abrir

tema de capa 12 100 Nomes na história das relações Angola-Portugal32 Duas economias interligadas34 25 anos em revista37 Investimento com retorno

conjuntura38 Entrevista a Amadeu Leitão Nunes, Representante Comercial de Angola em Portugal 43 Incentivar o agro-negócio para alavancar a economia

economia46 Desburocratizar em prol do empreendedorismo

Vida empresarial 48 Olicargo50 Mundicenter52 BIC Seguros53 EY Portugal 58 Breves Empresariais

Cultura60 ENSA Arte em Exposição

informação cciPA 63 Novos associados, legislação, entre outros

entreVistA Amadeu Leitão Nunes é o novo ‘rosto’ da Representação Comercial de Angola em Portugal. Às empresas portuguesas deixa um conselho: “conheçam melhor o país, a sua estratégia de desenvolvimento e os seus agentes”. P38

12

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N2 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Editorial

A Revista ‘Negócios’, da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, celebra com a 100ª edição 25 anos de publicação ininter-rupta. Parabéns.

Com periodicidade trimestral, a revista da CCIPA tornou-se uma referência entre as publicações económicas, financeiras e de negócios dedicadas a informar sobre a riquíssima realidade que decorre das rela-ções entre Angola e Portugal. É, igualmen-te, um referencial para o universo associa-tivo e empresarial, em especial pelo seu contributo para a missão de dar a conhecer a empresários, gestores, associações, enti-dades oficiais, governantes, universidades e até a outros órgãos de comunicação so-cial ou simples curiosos, o que de mais im-portante acontece entre os dois países quer do ponto de vista económico e empresarial, quer também social e cultural. Mas, em primeiro lugar, a ‘Negócios’ é a Revista das centenas de Associados da Câmara de Comércio e Indústria Portugal - Angola, que ultrapassou, e muito bem, lar-gamente as suas fronteiras. O nosso agra-decimento aos Sócios, muitos dos quais mantêm-se desde a fundação da CCIPA, há 27 anos e meio. Sem os Associados nada te-ria sido possível. É uma revista que tem vindo, ano após ano, a crescer em termos de distribuição e, sobretudo, a melhorar na qualidade e va-riedade dos temas e conteúdos abordados. O seu óptimo aspecto gráfico, sempre em evolução, também contribui para a agradá-vel e apelativa leitura.Fui, mais de metade da vida da Revista, o seu Director. Uma honra de que muito me orgulho.Os Editoriais que escrevi tentaram sempre mostrar a actualidade e o enquadramento da evolução das relações (centenárias) en-tre dois Povos e dois Países irmãos, nem sempre totalmente de acordo (quais são os irmãos que o estão?) mas que procuram, acima de tudo, respeitar a identidade e a autonomia de cada um, orgulhosos que estão da sua independência, e sempre com esperança num futuro melhor que passe por abrir novos caminhos para construir projectos em comum, em parceria, para be-neficio de todos.

Fui muitas vezes incisivo na mensagem, mas, acima de tudo, fiz tudo o que esteve ao meu alcance para manter e reforçar a pon-te que nos une de uma maneira irrefutável. Sinto-me satisfeito por ter tido essa tarefa, que acredito ser o melhor para os dois paí-ses e povos.Procurei sempre respeitar as autoridades de ambos os países e obedecer ao princípio de não ingerência em assuntos de política interna e externa de cada país – o que a CCI-PA defende é o desenvolvimento cada vez maior das relações entre os empresários e as empresas de Angola e Portugal. Porém, não deixei nunca de chamar a atenção para os temas e matérias que, no

âmbito dessas relações, poderiam ser abor-dados, melhorados ou mesmo que, por al-guma razão, constituíam obstáculos ao bom desenrolar dessas relações. A minha busca foi sempre a de encontrar vias que fortalecessem o caminho e optimizassem as formas de juntarmos cada vez mais em-presas dos dois países.Quero deixar um agradecimento muito for-te ao Sr. Dr. Castilho Soares, que, enquan-to Director Editorial em representação da CCIPA, acompanhou de perto os conteúdos e a elaboração de cada edição da revista desde a sua primeira edição até há ano e meio. Foi uma vida dedicada à revista Ne-gócios. Muito Obrigado por todo o seu em-penhamento e competência.Agradeço também às empresas que com os seus profissionais competentes – jor-nalistas, designers gráficos e comerciais – deram vida à ‘Negócios’ ao longo destes 25 anos: nos primeiros quatro anos, a AP Publicações, e nos restantes, a Editando/beCOMM. Muito obrigada por esta parce-ria de grande êxito. Sinal dos tempos e, fundamentalmente, da capacidade em acompanhar o presente e

antever o futuro, a revista Angola Portugal Negócios passou já para um novo patamar, o digital, com a criação de um site próprio, o www.angolaportugalnegocios.pt. Finalmente, mas não menos relevante, um enorme Muito Obrigado a todos os nossos anunciantes, que, por acreditarem na Re-vista, são parte importantíssima do seu sucesso. Neste particular, sobretudos nos últimos anos, é de realçar o crescente in-vestimento por parte de empresas angola-nas e luso-angolanas.Agradeço a todos profundamente e faço vo-tos que os próximos 25 anos sejam ainda melhores para a revista da CCIPA. Este é o meu último Editorial, o último nú-

mero da revista que sai com o meu nome como Director, pelo que deixo aqui o meu Obrigado do Coração. Estou convicto que o futuro das relações entre Portugal e Ango-la vai continuar a ser um grande e apaixo-nante caminho.

um contributo PArA As relAções bilAterAis A CCIPA aproveita a comemoração da 100ª edição da sua revista trimestral ‘Negócios’ para realizar uma Conferência no Hotel Pestana Palácio, em Lisboa, no dia 18 de Dezembro de 2014.Haverá diversos discursos, mas atribuí-mos especial importância à preleção do Sr. Dr. Durão Barroso, que findou há pouco o segundo mandato como Presidente da Co-missão Europeia, e que, como Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, foi o primeiro entrevistado da revista ‘Negócios’, faz agora precisamente 25 anos, como referimos.Serão entregues diversos diplomas, nome-adamente de Sócio Honorário da Câmara, a diversas personalidades angolanas e por-tuguesas. Foram convidados e contamos

Parabéns ‘negócios’25 anos a informar

Até se mpre CCIPA

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3Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

da Câmara de Comércio e Indústria Por-tugal-Angola, após quase metade da vida desta Instituição a exerce-las em represen-tação da Galp EnergiaNão porque tenha diminuído o meu empe-nhadíssimo interesse nas relações entre estes dois países maravilhosos, onde vivi, estudei, trabalhei e me apaixonei. É que, o meu rumo profissional vai prosseguir por outras vias, vou abraçar novos projectos fora da Galp Energia, pelo que não haverá melhor do que este momento para dizer adeus às funções na Câmara; mas não à CCIPA, que jamais a esquecerei.Foi (é) um Projecto excepcional, com pes-soas de excepção e de uma competência de um nível difícil de encontrar.Cumpri quatro mandatos e mais alguma coisa, sempre com Direcções e Comissões Executivas que possibilitaram o desen-volvimento de um trabalho conjunto que, acredito, em tudo dignificou a CCIPA.Fortalecemos de uma maneira muito sólida a situação financeira da Câmara, e sem o apoio de quaisquer fundos públicos. Incen-tivamos o apoio ao fortíssimo crescimento das exportações para Angola e do IDP em Angola (principalmente do realizado atra-vés de parcerias), assim como para o cres-cente investimento Angolano em Portugal.Demos o nosso contributo para que em mo-mentos mais sensíveis, as relações entre os dois países se mantivessem sólidas e a amizade entre os Povos não fosse belisca-da, mas se reforçasse continuamente.Organizámos e participámos em inúmeras conferências, seminários, feiras, jantares, Mesas de Portugal e em tantas outras ac-tividades; para além da revista Angola Portugal Negócios, melhorámos continua-mente o Anuário Angola, o boletim mensal ‘Convergências’, outros dois importantís-simos instrumentos de comunicação da CCIPA com os Associados e todas as res-tantes partes interessadas; melhorámos os serviços e demos resposta a milhares de consultas de empresas e de entidades pú-blicas e privadas, criando um valioso espó-lio de informação ao serviço das relações Angola-Portugal.

Agradecemos aos diversos Governos por-tugueses com que convivemos todo o apoio prestado, no espírito permanentemente suprapartidário, paradigma da nossa Câ-mara.Agradecemos ao Presidente José Eduardo dos Santos, assim como ao Governo ango-lano, bem como seus representantes diplo-máticos, toda a confiança e apoio que nos deram.Agradecemos à AICEP e à ANIP o qualita-tivo nível de parceria que sempre mantive-mos.Agradecemos à editando/beCOMM, a nos-sa parceira na qualidade.E agradeço à Dra. Isabel Santos, a Directo-ra Executiva, toda a sua competência, dedi-cação e lealdade demonstradas.Muito Obrigado. Um agradecimento especial a um dos ‘pais fundadores’ desta Câmara e sempre um apoio inexcedível: Obrigado Sr. Dr. Victor Pereira Dias, personificando o meu agra-decimento a todos os outros colegas dos Órgãos Sociais que me acompanharam ao longo deste quase treze anos.Um último agradecimento, aos Associados que se mantiverem firmes nesta Câmara e permitiram que tenha o prestigio nacional e internacional que hoje detém.Tenho a certeza de que o futuro da relações entre os nossos dois Países tem tudo para ser um exemplo para o Mundo.A todos os empresários e empresas ango-lanas e portuguesas, todas as felicidades eBONS NEGÓCIOS.

que estejam presentes importantes entida-des dos dois Países.O tema Portugal Europa Angola é por de-mais oportuno. A situação económica internacional conti-nua a demonstrar debilidades e, exceptu-ando algumas zonas bem delimitadas do Globo, os resultados de 2014 e as perspec-tivas para 2015 ainda não são as ambicio-nadas.A África Austral e, nomeadamente Angola, apresentará taxas de crescimento acima do esperado em quase todo o Mundo. Veja-se o exemplo do Brasil, que perspectiva um crescimento inferior a 0,5%, e compare-se com Angola, que, apesar da probabilidade de revisões em baixa em consequência da queda do preço do petróleo, aponta para taxas perto dos 9%; ou, ainda, o facto de continuar a controlar a inflação em valores à volta de 7%, quando num passado não tão longínquo assim chegou a atingir os três dígitos. Que grande salto positivo.Mas 2015, não será fácil. Tanto o Presiden-te José Eduardo dos Santos como o Minis-tro das Finanças de Angola têm alertado para a necessidade de ajustar objectivos face à queda abrupta dos preços do petró-leo, matéria-prima que ainda tem muita importância no funcionamento da econo-mia angolana e, principalmente, peso nas exportações e respectivas receitas.Costumo dizer que um problema abre sem-pre oportunidades e, neste caso, para além das medidas que o Executivo Angolano está a preparar, inclusive com o apoio de instituições financeiras internacionais, ganha maior sentido estratégico e prioritá-rio o reforço do investimento na economia não petrolífera. Há pois que dar todo o es-tímulo e incentivar os empreendedores, as empresas e a constituição de parcerias que apostem no investimento por essa Angola afora.As exportações portuguesas vão continuar a ter um peso importante, nomeadamen-te naqueles materiais e equipamentos que contribuam para dinamizar o inves-timento. Igualmente relevante é o apoio continuado ao investimento angolano em Portugal,pois pela sua qualidade e empe-nho, também ajudará Portugal a sair da crise que teima em persistir.Como mencionei na primeira parte deste Editorial, este é o ultimo que escrevo na qualidade de Director da Revista. E assim é porque deixo as minhas funções de Presi-dente da Direcção e da Comissão Executiva # carlos bayan Ferreira, presidente da CCIPA

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N4 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Espaço CCIPa

António Pires de Lima, ministro da Economia português, Luís Do-mingos, administrador da ANIP, e Miguel Frasquilho, presidente do

Conselho de Administração da AICEP Por-tugal Global, foram, juntamente com Car-los Bayan Ferreira, presidente da Direcção da CCIPA, os principais oradores da edição 2014 do jantar MESA DE PORTUGAL, o evento que a CCIPA organiza anualmente em Luanda por ocasião da FILDA. “Produzir em Angola, o valor acrescentado das parcerias” foi o tema escolhido para o Encontro de 2014, que assim procurou acompanhar as prioridades de desenvolvi-mento definidas pelo Executivo angolano. O jantar – que todos os anos promove a confraternização e networking entre em-presários e gestores portugueses e ango-lanos, bem como entre instituições e auto-ridades de ambos os países – decorreu no Complexo Hoteleiro da Endiama, em Luan-da, e contou com a participação de cerca de 180 empresários e gestores de empresas angolanas e portuguesas, do Embaixador de Portugal em Angola, João da Câmara, assim como de representantes dos órgãos de comunicação social nacionais e interna-cionais acreditados em Angola.“Uma das prioridades na actuação da CCIPA é a de promover as parcerias entre empresas portuguesas e angolanas, parce-rias que criem novas empresas, postos de trabalho e contribuam para o crescimento e a diversificação da economia angolana.

mesa de Portugal 2014Angola tem planos e programas para o sec-tor da indústria que certamente trarão oportunidades de in-vestimento que o em-presariado nacional pode desenvolver em parceria com empre-sas de outros países. As empresas angola-nas sabem que po-dem contar com os parceiros portugue-ses e as empresas portuguesas con-tam com os parcei-ros angolanos para bons e profícuos negócios mútuos”, explica Carlos Bayan Ferreira, presi-dente da Comissão Executiva da Institui-ção. A Mesa de Portugal 2014 contou com o patrocínio do BFA, da Unitel e da GALP, e o apoio da Bureau Veritas, Ernst Young, Maxam Cpea, Millennium Angola e a Secil Angola.

cciPA nA FilDA 2014O stand da CCIPA ficou localizado na área da AICEP Portugal Global, mas no corredor exterior, junto à entrada do Pavilhão de Portugal. Além da presença da Directora Executiva da CCIPA, a economista Isabel Santos, e da advogada Chindalena Louren-

ço, Delegada da CCIPA em Ango-la em representa-ção do escritório Fátima Freitas Advogados, a par-ticipação da Câ-mara na FILDA contou ainda com a visita de Carlos Bayan Ferreira, presidente da Di-recção em repre-sentação da GALP Energia. No dia da inauguração, o Pa-vilhão de Portugal foi visitado pelo Vice Primeiro Mi-nistro português, Paulo Portas, e pelo

ministro da Economia de Angola, Abraão Gourgel. No dia Dia de Portugal, e como é tradição, o pavilhão esteve encerrado para o cokctail oferecido pelo BFA a todos os expositores, a entidades oficiais e convi-dados. Neste dia, e além de Matos Cardoso, presidente do Conselho de Administração da FIL SA, e de Miguel Frasquilho, presi-dente do Conselho de Administração da AI-CEP Portugal Global, o destaque vai para o ministro da Economia português. António Pires de Lima visitou demoradamente o Pa-vilhão, tendo conversado com cada um dos expositores presentes. #

T Cristina Casaleiro | F beComm; Dr

Mesa de Portugal

O VALOR DAS PARCERIAS

PRODUZIR EM ANGOLA

Business Partner

Sponsor Ouro

Sponsor Bronze

Organização

Apoios

Complexo Hoteleiro da Endiama24 Julho, 20h00

Com a presença de:

Abrahão Gourgel, Ministro da Economia de AngolaAntónio Pires Lima, Ministro da Economia de Portugal

Laura Alcântra MonteiroSecretária de Estado da Economia de AngolaKiala N’Gone GabrielSecretário de Estado da Indústria de Angola

Miguel Frasquilho, Presidente da aicep Portugal GlobalLuís Domingos

Administrador da ANIP

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N6 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

a abrir

O Ministro dos Negócios Estran-geiros de Portugal, Rui Machete, vai deslocar-se a Angola entre 15 e 16 de Dezembro. A visita ofi-

cial do responsável pela pasta da diplo-macia portuguesa é vista como “um sinal claro do retomar das relações entre os dois Governos”, referiu o Embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica durante a sessão de abertura da confe-rência ‘Soluções de Investimento em An-gola’ promovida pela CCIPA, em conjunto com a Inovagaia, no final de Novembro. Durante a sua intervenção o diplomata angolano frisou que os laços entre An-gola e Portugal são “históricos e não nos parece possível que esses laços se que-brem num abrir e fechar de olhos. Há um ano atrás houve um esfriamento [das re-lações políticas]”, recordou José Marcos

Barrica, “mas foi bom constatar que os homens de negócio continuaram e ultra-passaram essas questões”, sublinhou. Na agenda de Rui Machete estará, entre outras questões, a marcação da Cimeira Bilateral, suspensa desde finais de 2013. A conferência ‘Soluções de Investimen-to em Angola’ teve lugar no final de Novembro e contou com a presença do Embaixador de Angola em Portugal, de Amadeu Leitão Nunes, responsável pela Representação Comercial de Angola em Portugal, e de um conjunto de especialis-tas como Liliana Louro da Bivac Ibérica, Manuel Costa, da Mota Engil, responsá-vel pelo programa ‘Internacionalizar em Parceria’, Pedro Rodrigues, da AICEP Portugal Global, e Patrícia Lavos, da CO-SEC. Reportagem mais alargada na pró-xima edição da Revista Negócios. #

mne de Portugal em Angola

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N8 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Durante os primeiros seis meses do ano deram entrada na ANIP 100 propostas de investimento, valoradas em cerca de um bi-lião e quinhentos milhões de USD. No mes-mo período foram aprovadas 95 propostas, valoradas em mais de quinhentos milhões de euros. Comparado com o período homó-logo de 2013, o investimento privado em Angola cresceu, quer nas intenções – 100 propostas em 2014, contra 78 no período homólogo –, quer no número de projectos aprovados – 95 em 2014, face aos 78 apro-vados de 1 de Janeiro a 30 de Junho de

2013. Importa realçar que a valoração dos projectos de investimento que deram en-trada na ANIP mais que duplicou de um ano para o outro, passando de 606 milhões de USD em 2013, para um bilião e 500 milhões de USD em 2014. A prestação de serviços às empresas e a in-dústria transformadora foram os dois sec-tores onde se concentraram as intenções de investimento, respectivamente 74% e 14%. Em igual período do ano transacto o investimento foi mais diversificado com a construção, alojamento e restauração e a

indústria transformadora a concentrarem o grosso das intenções de investimento, com respectivamente 46%, 20% e 16%. Entre estes investimentos inclui-se a construção de duas novas unidades hoteleiras, valora-das em 119 milhões de USD. Do lado das propostas aprovadas pela ANIP durante os primeiros meses do ano a indústria cerca de 35% dos cerca de 500 milhões de USD de investimento foram ca-nalizados para a indústria transformadora e 17%, para o sector dos transportes e co-municações.

a abrir

iDe cresce em Angola

De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Ex-terno de Portugal e do Banco de Portugal, a China, o Brasil e Angola destacam-se entre os investidores estrangeiros em Portugal. A China ganha em matéria de fusões e aquisições, o Brasil lidera em número de total investido e Angola triplicou o seu investimento em Portugal nos primeiros seis meses do ano, para €123 milhões. Até Julho, o investimento da China em Portugal cresceu mais de 20 ve-zes, para €283 milhões. Nos últimos três anos as empresas chinesas in-vestiram €5,65 mil milhões, a maior parte do investimento (€3,43 mil milhões) n área da energia. Já o Brasil aumentou a sua presença nas telecomunicações, cimentos, aeronáutica e também na saúde.Investi-mentos que contrastam com o recuo de emissores tradicionais, como Es-panha, França ou a Alemanha, e que confirmam estes países como par-ceiros de peso na captação de investimento estrangeiro para Portugal.

População de Angola Censo 2014

PoPulAção24 383 301

Percentagem da população na província de Luanda

luAnDA26,7%

Foi a queda do investimento português nos PALOP em 2013

PAloP 78%

china, Angola e brasil investem em Portugal

IFD centrado em PME a IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento nasce neste último trimestre de 2014. O banco de fomento criado pelo estado português terá um capital social de 100 milhões de euros e irá centrar-se no apoio ao sector privado, designa-damente “colmatar as insuficiências de mercado no financia-mento de pequenas e médias empresas viáveis”. Os estatutos da nova instituição foram publicados no final de Outubro. O banco de fomento poderá prestar serviços de consultoria às PME em matéria de “estrutura do capital”, “estratégia empre-sarial” e no “domínio da fusão e compra de empresas”.À FDI compete, a partir de agora, a gestão dos instrumentos financeiros ligados aos fundos do quadro comunitário 2014-2020, bem como o recurso a instituições financeiras multila-terais e de desenvolvimento, que serão a sua única fonte de financiamento a longo prazo. a IFD tem a sede no Porto e será presidida por Paulo de azevedo.

Angola preside Processo de Kimberly angola assumiu em novembro a presidência do “Processo de Kimberly”. O organismo foi criado em 2003 com o objectivo de evitar o financiamento de armas a países africanos em guerra civil.

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Carga é ConnosCo!Por terra, pelo mar ou de avião, chegamos a todo o mundo.

Estrada Nacional 10, Poligono Actividades Económicas, Lt C, Bloco 2, 2625-437 Forte da Casa, PortugalTel.: +351 219 428 900 | Fax: +351 210 439 955 | Mobile: +351 961 711 155 | Email: [email protected] Brito Capelo, 810 - 2º, 4450-068 Matosinhos | Tel.: +351 259 394 170 | Fax: +351 229 364 179

beCOMM

AméricA do Norte e ceNtrAl / North ANd ceNtrAl AmericA Canadá, Jamaica, USA, México

AméricA do Sul / South AmericA Brazil, Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile, Peru, Venezuela

europA / europe Germany, Austria, Spain, Switzerland, Poland, Sweden, Azores, Madeira, Norway, Cypros, Ezech Republic, Greece, Hungary, Bosnia Herzegovina, Republic of Moldova, Lithuania, Ireland, France, Belgium, Italy, Netherland, Denmark, Finland, Russia, Ukraine, Slovakia, Bulgaria, Turkey

médio orieNte / middle eASt Israel, Bahrain, Jordan, Kuwait, Lebanon, Qatar, Syria, Saudi Arabian, United Arab Emirates

ÁSiA / ASiA Japan, India, Srilanka, Pakistan, Korea, Singapure, Hong Kong, Taiwan, Indonesia, Thailand, China, Malaysia, Myanmar, Philippines, Bangladesh

ÁfricA / AfricA South Africa, Senegal, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné, Tanzânia, Nigeria, Egipto, Mozambique, Kenya, Lybia, Uganda, Marrocos, Tunisia

oceANiA / océANie Australia, New Zealand

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AiceP reforça presença mundial e cria FDi scouts Com o objectivo de apoiar a internacionalização das empresas portuguesas e aumentar a captação e retenção do investimento em Portugal, a aicep Portugal Global prepara-se para abrir 12 novas delegações, alargando a presença internacional para um total de 65 mercados. Os novos mercados são Cazaquistão, Coreira do Sul, Equador, Gana, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Finlândia, Noruega e Timor Leste. Para além dos novos mercados, a Agência pretende reforçar a cobertura em 26 países. Outra das apostas da aicep é a região do Golfo da Guiné. Em simultâneo, a aicep irá criar uma rede de especialistas na captação de investimento estrangeiro, os ‘FDI Scouts’. A equipa irá focar-se em três áreas geográficas: América do Norte (Canadá e EUA), Europa (Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Reino Unido e Suíça) e Ásia (Coreia do Sul, Japão e China). Mais à frente a equipa será refor-çada e alargará a cobertura geográfica a novas latitudes.

“Posso dizer, com confiança, que África está em movimento. e Angola lidera o caminho.”, secretário de estado americano John Kerry, na carta que enviou ao Governo angolano no aniversário da independência, a 11 de novembro

“temos metas de longo prazo. temos liderança. sabemos para onde vamos e como lá chegar. As metas de longo prazo que estabelecemos dão-nos a garantia que Angola estará na condição de potência regional. o esforço não será feito apenas pelos angolanos mas também pelos nossos parceiros, entre os quais, por razões históricas, Portugal”, José marcos barrica, embaixador de Angola em Portugal

“se é verdade que a paz e a estabilidade política são bens preciosos, não é menos verdade que devemos garantir também a estabilidade económica, sem a qual muito se poderá perder”, Presidente da república de Angola, José eduardo dos santos, no discurso sobre o estado da nação

“todo este clima que se vive em Angola constitui um grande acréscimo ao nosso potencial mineiro”, Francisco queiroz, ministro da Geologia e minas de Angola

A proposta do Orçamento Geral do Estado para 2015, apresentada pelo Governo de Angola prevê um crescimento de 9,7% do Produto Interno Bruto de angola no próximo ano. Acima do crescimento previsto para as principais economias emergentes ou para a média dos países da SADC. A queda do preço do crude deverá induzir a uma redução superior a 10% nas receitas geradas pela cobrança dos impostos petro-líferos, gerando um défice das contas públi-cas de 0,7% do PIB, que contrasta com um superavit de 0.3% do PIB em 2013. Com o preço do barril de crude estimado em 81 USD, a dívida pública do país deverá situ-ar-se em 32,6% do PIB, ligeiramente acima do previsto em 2014. Nos últimos dois anos

as receitas públicas obtidas pelo sector pe-trolífero têm vindo a diminuir, quer devido à queda preço do Brent nos mercados inter-nacionais, quer por razões de ordem técnica. Para contrabalançar as incertezas do sector petrolífero, o OGE 2015 traça um conjunto de políticas dirigidas para o sector “real” da economia, incentivando o crescimento da produção e o incremento dos investimentos no sector produtivo. Em 2015 as atenções centram-se, em especial, na agricultura, que deverá ser o sector com maior cresci-mento (12,3%), seguido da energia (12%), da indústria transformadora (11,2%), da construção (10,5%) e dos serviços mercan-tis (9%).

sete instituições bancárias angolanas estão entre as 100 maiores de África, por capital social, de acordo com a edição especial da revista african Business, lançada em Outubro. as primeiras posições são ocupadas por bancos sul africanos, com o standard Bank no topo da lista. O BEsa é o primeiro banco angolano a surgir na lista, na 26ª posição. Im-porta referir que os dados utilizados para a elaboração do ranking reportam-se a 31 de Dezembro de 2013. na 32ª posição surge o Banco Poupança e Crédito (32º), seguido pelo Banco BIC (41º), pelo Banco de Fomento angola (42º), pelo Banco Millennium angola (74º) e pelo Banco Privado atlântico (77º). 2013 voltou a ser um ano de forte crescimento para a banca em angola. De acordo com o estudo ‘Banca em análise’ apresentado pela Deloitte, os 21 bancos angolanos registaram um lucro líquido de 734 milhões de Euros em 2013, o que representa um crescimento de 13% face ao ano anterior.

Sete bancos angolanos entre os 100 maiores de África

oGe 2015 traça meta de 9,7% de crescimento do Pib

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N12 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

os últimos 25 anos foram determinantes para angola e Portugal. ambos os países sofreram transformações políticas, económicas e sociais e afirmaram-se no plano internacional. ao longo de 100 edições, a revista da CCiPa acompanhou de perto essa evolução. Passámos em revista as 100 edições e identificámos os 100 nomes que, em diferentes domínios, contribuíram para o crescimento e, simultaneamente, reforço das relações entre os dois países. Haverá certamente protagonistas por mencionar, não fosse a história entre os dois estados a soma de todas as partes. 100 é o limite, pelo que aqui deixamos assinalados, por ordem alfabética, alguns dos nomes que fizeram ou continuam a fazer história entre os dois países.

nomes na história das relações Angola-Portugal

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A

Agostinho Kapaia

Abrahão Pio dos Santos Gourgel

Albina Faria de Assis Pereira Africano

Alexandre do Nascimento

Alfredo Moura

Ana Paula Tavares

Américo Amorim

Amadeu Castilho Soares

Aguinaldo Jaime

Empreendedor, empresário e fundador do Grupo Opaia,

um grupo angolano que opera nas áreas de energia, ambiente, agricultura, turismo, imobiliário, engenharia, TI e serviços, e que hoje tem extensões em Portugal, EUA, China e Brasil. É presidente e co-fundador, com outras 18 empresas, da Comunidade de Empresas Exportadoras de Angola.

Ministro da Economia de Angola desde Outubro de 2010. Sob o seu comando o Ministério tem operado uma verdadeira revolução na política de fomento empresa-

rial, preconizado pelo programa Angola Investe, pela criação da Lei das

MPME, entre outros diplomas legais que visam estimular a construção de um tecido empresarial forte. Em Janeiro de 2012 foi o convidado de

honra de um jantar promovido pela CCIPA onde anunciou a

criação do programa de deslocali-zação de empresas para Angola.

Presidente da Sonangol entre 1991 e 1992, ministra dos Petróleos entre

92 e 99. Mas não foram estes os cargos que lhe valeram o título de “Senhora Petróleo”, antes o seu papel na tremenda expan-

são que o sector petrolífero an-golano conheceu. Hoje continua

a ser uma das mais conceituadas governantes africanas.

Em 1977 foi nomeado Arcebispo do Lubango e administrador Apostólico de Ondjiva, funções que desempenhou até ter sido nomeado em 1986, pela Santa Sé, Arcebispo de Luanda. Em 1983 foi eleito presidente da Caritas Internacional. Nesse mesmo ano foi-lhe atribuído o título de Cardeal de S. Marcos in Agro Laurentino. Entre 1990 e 1997 desempenha o cargo de presidente da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé e Príncipe (CEAST). A par da actividade religiosa manteve uma intensa acção cívica e diplomática. A convite do secretário geral da ONU partici-pou nas conversações de paz para Angola (Bicesse, Lusaka e Bruxelas). Manteve uma preocu-pação especial com os problemas do desenvolvimento, da ajuda e da educação. Em 2010, o Presidente Cavaco Silva, por ocasião da sua visita oficial a Angola atribui-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.

Foi director geral e administrador da SISMET, empresa de consultoria criada em 1978, a actuar em Angola desde 1982. Em 1996 assumiu a presidência do Conselho de Administração do Grupo, entretanto rebatizado INTERSISMET.

Poetisa. Angolana. Nasceu na Huíla e aí absorveu os primeiros sons, cheiros e canções que marcaram a sua escrita.

Tem poemas escritos em diversos jornais e

revistas angolanos e internacionais como em Portu-gal, Brasil, Cabo Verde.

O homem que mudou o perfil da indústria da cortiça deixou também a sua marca na banca em Portugal, com a fundação da SPI (hoje BPI) em 1981 e do BCP em 1984, e em Angola, onde, com sócios angola-nos e portugueses, fundou o Banco BIC em 2005. Nesse mesmo ano criou, em parceria com sócios angolanos, a Amorim Energia e adquiriu um terço da Galp Energia. Em Maio de 2013, a Amorim Energia emitiu €400M de obrigações permutáveis em acções da Galp Energia, tendo sido registada uma procura por 241 investidores num valor glo-bal 12 vezes superior à oferta inicial. Esta emissão foi premiada pela IFR - Internatio-nal Financing Review, com o prémio “EMEA Structured Equity Issue of the Year 2013”.

Até meados de 2014, Amadeu Castilho Soares acumulou as funções de secretário - geral da CCIPA com as de direc-tor executivo da revista Angola Portugal Negócios, participando activamente na definição dos alinhamentos editoriais, edição e revisão de cada edição, entre outras tarefas inerentes ao cargo.Licencia-do em Administração Pública Ultramarina e Ciências Sociais, na Universidade de Lisboa, Castilho Soares foi membro do Governo de Angola, coms as pastas da Educação, Saúde e Trabalho e Segurança Social.Im-plementou reformas legislativas de fundo, designadamente a revogação do “estatuto dos indígenas” e as leis do trabalho, mas, quando tomou a iniciativa de promover o ensino universitário em Angola, o Governo português de então considerou um acto de sublevação e destituiu-o do Governo de Angola e afastou-o do corpo docente universitário.

O actual presidente da Agência Regulado-ra de Supervisão de Se-guros (ARSEG) de Angola já desempenhou muitos outros cargos. Foi Governador do BNA, PCA do BAI, Assessor do Presidente da República de Angola, Ministro das Finanças, Ministro Adjunto, mas foi como presiden-te da Comissão de Gestão da ANIP que os empresários portugueses e angolanos se habituaram a olha-lo. Durante os anos que esteve à frente da ANIP, o investimento directo português em Angola cresceu e Portugal consolidou a sua posição como um dos principais investidores no país.

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N14 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

N14 REVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGÓCIOS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEzEMBRO 2014 • Nº 100

António Luís Amorim Martins

Artur Santos Silva

Aníbal Cavaco Silva

António Mota

António Mosquito

António Olé

Anselmo Cordeiro da Mata

Presidente do Conselho de Administração da Conduril, uma empresa que nasceu familiar mas que há muito assumiu estatuto de inter-nacional. Angola, onde está desde 1990, é um dos seus mercados principais. Uma forte presença em todo o território nacional e inves-timento na formação de quadros locais (com a cria-ção da Academia Conduril) têm sido os eixos centrais da estratégia neste país.

Fundador do Grupo BPI (1981) tendo liderado, em termos executivos, o banco BPI até 2004, quando passou a pasta a Fernando Ulrich. Determinante na estratégia de expansão para An-gola, quando, em 1996, autorizou a compra do então Banco de Fomento Exterior, que detinha já escritório no país e que mais tarde deu origem ao BFA. A 22 de Dezembro de 2011 foi eleito, por unanimidade, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

É o 19º Presidente da República de Portugal. Exerceu o cargo de Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995. Promoveu o maior envol-vimento de Portugal no processo que conduziu aos Acordos de Paz de Bicesse e ao regresso dos empresários e das empresas portuguesas a Angola. As relações político-diplomáticas e o reforço das rela-ções empresariais com Angola continuam a ser hoje uma opção estratégica da sua Presidência.

Presidente do Grupo Mota-Engil, define-se “meio português, meio africano”, muito por culpa do seu amor por África “e, em especial, por Angola”. Elevou a Mota & Companhia, fundada pelo seu pai, a um grupo multinacional com uma presença forte em África, América do Sul e Europa, com uma activi-dade distribuída pela engenharia e construção, ambiente e serviços, transporte e concessões.

Em 1980 fundou, no Huambo, a M’Bakassi e Filhos mas o objecto so-cial da empresa há muito deixou de ser a “agro-pecuária, o comércio

misto e a retalho”. O seu universo empresarial abarca, entre outros, os sectores da indústria, do petróleo, construção civil, comércio auto-

móvel e comunicação social. A aquisição da Soares da Costa e a participação na Controloinveste Conteúdos catapultaram nos últimos anos o nome deste discreto empresário angolano para as primeiras páginas dos jornais.

José António de Oliveira de seu nome. Artista plástico, fotógrafo e realizador angolano, de des-cendência também portuguesa e fama internacional. Apresentou a sua primeira exposição em 1967, com 16 anos. A sua arte revela-se em múltiplos suportes, na tela, na instalação, na escultura ou no vídeo. Dirigiu vários documentários e vídeos inspirados no passado e presente de Angola, abordando, entre outros, os conflitos sociais e a explo-são demográfica em Luanda. Na pintura o seu traço moderno inspira-se nos elementos tradicionais.

O público conhece-o por Anselmo Ralph. A sua mistura de R&B e pop, com ritmos tradicionais do semba e da kizomba, conquistaram--lhe uma posição de destaque, até agora nunca alcançado por outro ar-tista, no panorama musical, tanto em Angola como em Portugal. Em Junho de 2014 foi nomeado para os MTV Africa Music Awards 2014, tendo conquistado o

galardão para melhor artista lusófono.

António Monteiro

Foi membro da de-legação portugue-sa que mediou as

negociações para os Acordos de Paz

em Angola, assinados em Bicesse em 1991, tendo

chefiado a Missão Temporária de Portugal junto das Estruturas do Processo de Paz em Angola e representante junto da Comissão Conjunta Político-Militar em Luanda. Coordena o think thank de política africana FLAD/IPRI. É

accionista da InterOceânico.

António Manuel de Oliveira Guterres

Primeiro-Ministro português entre 1995 e 2000. Chefiou os XIII e XIV Governos Constitucio-

nais. Instituiu uma “nova política para a internacionali-zação”, visando uma maior preparação da economia e das empresas para a era da globalização. Angola fez parte dos mercados prioritários. Em 1997 visitou o país acompanha-do de uma forte delegação sobretudo empresarial (Jardim Gonçalves, Artur Santos Silva, João Salgueiro, António Mota, Vasco Mello e Luís de Mello Champalimaud, entre outros). Na agenda de então figuravam o incremento da cooperação empresarial, a dívida de Angola e a entrada da Sonangol no capital social da Petrogal. É, desde 2005, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, devendo exercer funções até 2015. Coube-lhe terminar o repatriamento organizado de refugiados angolanos nou-tros países. O fim de um ciclo também para Angola.

Artur Pestana dos Santos O mundo conhece-o por Pepe-tela, um pseudónimo literário, quase que um nome de guerra ou não se assumisse o próprio um crítico e observador da sociedade. É um dos maiores nomes da literatura contemporânea lusófo-na. Prémio Camões em 1997, Prémio Nacional da Cultura e Artes em 2002.

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b Bartolomeu Dias

Augusto da Silva Tomás

Carlos Alves e Luís Nunes

Fundador do Grupo Bartolomeu Dias. Constituída em 1990, a holding de capital e direito angolano tem um universo de 22 empresas e emprega 3000 trabalhadores. Os seus activos estão estimados em 400 milhões de USD, distribuídos pelos sectores da aviação civil, indústria, construção civil, hotelaria e turismo, imobiliária, infor-

mática, transporte, logística, segurança privada e trading.

O ministro dos Transportes que está a revolucionar um dos sectores estratégicos para o desenvolvimento Angola. Para além dos muitos quilómetros asfaltados e da reabilitação dos caminhos-de-ferro, a recuperação e a expansão das infra-estruturas portuárias e aéreas e o desenvolvimento de plataformas logísticas estão entre as suas prioridades. Antes da pasta dos Transportes já tinha passado pelos ministérios da Economia e Finanças, da Indústria e do Comércio. Foi Governador Provincial de Cabinda entre 1991-1995 e Deputado na Assembleia Nacional entre 1996 e 2007.

A dupla que colocou a cons-trutora Omatapalo (resulta da união entre a Carlos José Fernandes e C.ª , empresa com mais de 70 anos de experiência no sector da construção civil em Portugal, e a CNS, empresa de serviços) nas primeiras páginas dos jornais ao concluir em tempo recorde três estádios para o Mundial do Hóquei em Patins em Luanda em 2013. Refira-se que uma dessas obras – o Pavilhão Arena de Luanda – foi considerado um dos cinco melhores edifícios do mundo na área desportiva na edição deste ano do World Architectu-re Festival.

Assunção Afonso de Sousa dos AnjosFoi Embaixador de Angola em Portugal entre 2003 e 2007. Antes tinha servido a diplo-macia angolana em Madrid (1993-2000) e Paris (2000 a 2003). Em Portugal mostrou a “Angola do século XXI” e empenhou-se em reforçar a cooperação bilateral nos mais

diversos domínios ou não fosse Portugal “um país estratégico para o desenvolvimento de Angola”. Em 2008 foi nomeado ministro das Relações Exteriores, substituindo João

Bernardo Miranda, tendo sido exonerado do cargo (a seu pedido) em 2010. Em 2008 foi condecorado pelo Presidente da República portuguesa, Cavaco Silva, com a Grã-Cruz da Ordem

do Infante Dom Henrique. Actualmente é Consultor do Presidente da República.

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F

D

Emídio Pinheiro

Carlos Fernandes

Carlos José da Silva

Carlos Maria da Silva Feijó

Dumilde Chagas Simões Rangel

Duarte Ramalho Ortigão

Fernando da Piedade Dias dos Santos (Nandó)

Fernando Campos Nunes

Eugénio Anacoreta Correia

Carlos Bayan Ferreira Presidente da Comissão Executiva do Banco de Fomento

Angola desde 2005. Viveu os anos de expansão da banca em Angola e fez do BFA um dos bancos líderes de mercado. Em 10

anos, o BFA passou de 43 para 179 balcões, emprega mais de 1250 colaboradores e ultrapassou a fasquia de 1 milhão e 250 mil clientes. É Vice-Presi-dente da Direcção da ABANC – Associação Angolana de Bancos e membro de Direcção do Centro Angolano de Corporate Governance.

Foi o primeiro presidente da Agência Nacional para o Investimento Privado. Entre 2003 e 2008 conseguiu colo-

car Angola entre os principais destinos do IDE em África,

beneficiando do clima de paz que o país alcançou em 2002.

É presidente de um dos maiores ban-cos em Angola, o Atlântico (Banco

Privado Atlântico), que conta já com uma forte presença em Portugal.

Em 2011 criou, em conjunto com em-presários angolanos, portugueses e de outras nacionalidades, a InterOceânico, uma sociedade gestora de participações com investimentos nos mercados de Angola, Portugal, China e Brasil.

Conhecido como o “pai” da nova Constituição da República de Angola. Este jurista angolano tem estado à frente das principais reformas legislativas que Angola

conheceu nos últimos 12 anos. Em 2003 presidiu o Grupo de Trabalho respon-sável pela elaboração da Lei de Terras, Lei do Ordenamento do Território, Lei do Investimento Privado e Lei relativa às instituições financeiras. Em 2004 exerceu as funções de ministro junto da Presidência e de Chefe da Casa Civil do

Presidente da República de Angola, e em 2010 tornou-se ministro de Estado e Chefe da Casa Civil (com a Coordenação Económica, até Março de 2012). Desde

2013 é Presidente do Conselho de Administração da DE BEERS Angola Investments Limited, BVI Company e da DE BEERS Angola Prospecção Limitada.

Entre 1987 e 1990 foi ministro do Comércio Interno, do Turismo e do Comércio e In-dústria. Entre 1990 e 95 governou a Província de Huíla e de 1996 a 2008 a de Benguela. Foi um dos principais entusiastas do Programa Fenix, financiado pelos Governos de Angola e Portugal e apoiado pelo Banco Africano de Investimento, destinado a apoiar a reabilitação de infra-estruturas e a instalação de empresas portuguesas em Benguela. Deputado, pelo grupo parlamentar do MPLA na II legislatura.

Embaixador de Portugal em Angola entre 1996 e 2001.

Ministro do Interior na década de 90, foi primeiro-ministro de Angola entre 2002 -2008, cargo inexistente desde 1999. Em 2010 assumiu a vice- presi-dência da Assembleia Nacional e em 2012 foi eleito Presidente da Assembleia. É um histórico do partido MPLA.

Presidente do Conselho de Administração do Grupo

Visabeira. Com actividade diversificada, que vai das telecomunicações à energia, passando pela indústria, turismo

e imobiliário, o Grupo português está há quase duas décadas a investir em Angola.

Presidente do Conselho de Administração do Observató-rio da Língua Portuguesa e Coordenador da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa na Associação das Universi-dades de Língua Portuguesa. Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universi-dade do Porto, Eugénio Anacoreta Correia foi Deputado à Assembleia da República (1976/1987), co-fundador do “movimento” das Organizações Não-Governamentais Portuguesas para o Desenvolvimento e seu primeiro Coordenador e Representante junto da Comissão Europeia (1986/1988). Foi ainda Embaixador de Portugal em S. Tomé e Príncipe (1988/1993) e em Cabo Verde (1993/1998) - país do qual é Cidadão Honorário - e Presidente do Instituto da Cooperação Portuguesa (1999/2002).

Presidente da Direcção e da Comis-são Executiva da CCIPA entre 2002 e

Dezembro de 2014, em representação da GALP Energia. Nunca a CCIPA e as suas acti-vidades tiveram a visibilidade pública como a obtida sob a sua liderança. Com prévia ex-periência associativa ligada a África e fortes raízes pessoais e familiares ligadas a Angola, Carlos Bayan Ferreira bateu-se pela defesa das relações económicas e empresariais, pelo diálogo com as autoridades de Portugal e de Angola e pela constituição de parcerias entre empresas angolanas e portuguesas. Os seus editoriais na revista Angola Portugal Negócios, sempre incisivos, evidenciaram os temas e as abordagens que a CCIPA conside-rava mais importantes para os empresários e empresas dos dois países, independente-mente das relações políticas.

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G

Francisco Ribeiro Telles

Francisco Xavier Esteves

Fernando Ulrich

Fernando Teles

Francisco de Lemos José Maria

George Rebelo Chicoty

Embaixador de Portugal em Angola de 2007 a 2012. Recebeu em Luanda as visitas oficiais do Primeiro-Ministro Passos Coelho e do Presidente Aníbal Cavaco Silva.

Embaixador de Por-tugal em Angola entre

2002 e 2006. Durante os quatro em que esteve em Luanda, Angola recebeu a visita de um presidente portu-guês, Jorge Sampaio, e de dois Primeiros--ministros, José Manuel Durão Barroso e José Sócrates, ambos acompanhados de extensas delegações empresariais.

Foi chefe de gabinete dos ministros das Finanças e do Plano dos governos de Balsemão, Morais Leitão e João Salgueiro. Entrou na SPI (Sociedade Portuguesa de Investimentos) em 1983, junta-mente com Artur Santos Silva, que antecedeu a constituição do BPI. Em 2004, e já com o cargo de vice-presidente, assumiu a presidência do conselho de administração do BPI, sucedendo a Artur Santos Silva. Posteriormente foi também nomeado presi-dente da Comissão Executiva, cargo que mantém, e acumula com a presidência do Conselho de Administração do BFA.

Está ligado ao sector bancário angolano desde 1966, no Banco de Crédito Comercial e Industrial. Mais tarde ingressou no Banco de Fomento Exterior, que viria a

ser adquirido pelo Grupo BPI em 1996. Foi responsável pela sucursal do BFE e acompanhou de perto a sua transformação em banco local, em 2002, quando a instituição passou a designar-se Banco de Fomento Angola. Deixou o BFA em 2005 para criar o Banco BIC com parceiros portugueses e angolanos, de

que é accionista. Três anos depois, em 2008, o mesmo núcleo accionista cria o Banco BIC português. Para além da rápida expansão em Angola, o Banco BIC

está hoje em Portugal, Cabo Verde, Moçambique, Namíbia e Brasil.

Economista, docente foi director financieor da Sonangol da 2008. Nesse ano e até 2012, quando sucedeu a Syanga Abílio na presidência do Con-selho de Administração da petrolífera estatal, Francisco de Lemos José Maria foi administrador executivo com os pelouros financeiro, planea-

mento, auditoria e controlo interno. É ainda administrador não executivo de outras empresas do Grupo, como a Sonair, a Sonip e a MSTelecom.

General das FAPLA, foi governador pro-vincial do Kuanza Sul entre 1999 e 2002, ano em que foi nomeado ministro das Obras Públicas de Angola, uma das pastas ministeriais mais impor-tantes do Executivo, ou não estivesse o desenvolvimento do país dependente, em larga medida, da reconstrução das suas infra-estruturas básicas. Deixou o Governo em 2010, mas esteve pouco tempo afastado de um cargo público: foi nomeado governador provincial do Cuando Cubango.

Ministro das Relações Exterio-res de Angola desde 2010. Em 2013 veio a Portugal e visitou a sede da CCIPA. Ex-quadro da Unita, na juventude, de onde saiu para fundar o partido Fórum Democrático Angolano. Acabou por ingressar no MPLA, onde ascendeu ao Comité Central. Foi vice-ministro das Relações Exte-riores de Angola.

Francisco Higino Lopes Carneiro

Fernando Pinho Teixeira

Fundou, em 1972, a Ferpinta - Fábrica Nacional de Construções Metálicas, Lda, hoje denominada Ferpinta - Indústrias de Tubos de Aço de Fernando

Pinho Teixeira, S.A, a empresa-mãe de um grupo que é líder na produção de tubos e perfis de aço e actua nas áreas de turismo e equipamentos agrícolas.

Os laços com Angola foram reforçados em 2006 com a entrada em funcionamento da Ferpinta Angola. Para além de Viana/Luanda, o Grupo está hoje presente no Lobito/Benguela

Fernando de Oliveira Neves

Fernando José de França Dias Van Dúnem

Embaixador de Portugal em Angola entre 2001 e 2002.

Jurista e professor de Direito. Foi primeiro--ministro de Angola por duas vezes. Exerceu também os cargos de vice-ministro da Jus-tiça, ministro da Justiça, ministro do Plano, embaixador e Presidente da Assembleia Nacional. Foi, ainda, o 1º vice-presidente do parlamento Pan-Africano.

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hJaime Gama

João da Câmara

João Gomes Cravinho

Jorge Coelho

Joaquim da Costa David

Job Graça

Ministro dos Negócios Estrangeiros em dois períodos distintos, 1983 a 1985 e 1995 a 2002. Dois períodos separados por uma décadas e por distintas prioridades ao nível da política externa portuguesa. O primeira fundamentalmente europeu e um segundo alicerçado

também no pilar da comunidade de países de língua portuguesa. Em 2005 foi nomeado Presidente da Assem-

bleia da República, cargo que exerceu até 2011.

Vice-ministro da Informação em 1990/91, vice-ministro das Relações Exteriores de 1991 até final de 1998. Participou nas conversações de Paz para Angola entre o Governo e a UNITA, em 1991 e em 1994. Esteve à frente da pasta das Relações Exteriores quase uma década, entre Janeiro de 1999 a Outubro de 2008. Em Outubro de 2009,

é eleito na 10ª Conferência Provincial, 1º Secretario do MPLA da Província do Bengo e, em Novembro do mesmo ano, nomeado para as

actuais funções de Governador da província.

Embaixador de Portugal em Angola desde 2012. “Luanda não é Angola” podia muito bem ser o lema do seu “mandato”. Privilegia a aproximação entre

empresários portugueses e empre-sários angolanos das diferentes

províncias, uma estratégia que já o levou em visita oficial a Benguela, Huíla, Kwanza Sul, Malange e Namibe.

Académico (doutorado pela St. Antony’s College, University of Oxford com uma tese sobre a FRELIMO e Moçambique), foi presidente do Instituto da Cooperação Portuguesa

(2001-2001) e Secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de 2005 a 2011. Actualmente é

Chefe da Delegação da UE na Índia.

Até 2006 assumiu diversas vezes funções governa-mentais: foi ministro adjunto do Primeiro-Ministro, ministro da Administração Interna, ministro da Presidência, ministro de Estado e ministro do Equipamento Social. Em 2008 assumiu a presidência exe-cutiva da Mota-Engil e tornou-se o principal estratega do plano “Ambi-ção 2013”, que orientou o processo de internacionalização e expansão e deu origem a um dos maiores grupos económicos em Portugal e a uma das maiores construtoras na Europa. Angola é um dos mercados em que a Mota Engil tem mais projectos e parcerias.

Começou a sua carreira na indústria petrolífera (engenharia

do petróleo), tendo estado à frente dos destinos da Sonangol entre 1989 e 1998, mas foi na política que mais se destacou. Foi Ministro das Finanças em 1999 e 2000 e Ministro da Indústria entre 2000 e 2012.

Vice-ministro das Finanças entre 1999 e 2008; Vice-ministro da Economia entre 2008 e 2010; secretário de Estado da Coordena-ção Económica em 2010; é Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-mento Territorial desde Outubro de 2012. Tem a seu cargo a definição do Plano Nacional de Desenvolvimento do país. Ao seu ministério coube a

tarefa de realizar, em Maio de 2014, o primeiro Censo Geral

de Angola.

Empresária angolana. Engenheira electro-técnica, licenciada pelo Kings College de Londres, lançou-se no mundo dos negócios em 1997 com o Miami Bea-ch Club. Da restauração passou para as tele-comunicações, banca, petróleo e cimentos, entre outros interesses. Em Portugal detém, entre outras, participa-ções no BPI, no Banco BIC Português, na Galp Energia e na NOS. Condis, Kento Holding, Zopt, Esperanza, San-toro Finance e Unitel International Holdings são as empresas através das quais gere as parti-cipações nos diferentes sectores.

João Bernardo Miranda

Isabel José dos Santos

Hernâni Lopes

Economista, pro-fessor e director do Instituto de Estudos Europeus da Universidade Católica e sócio--gerente da consultora SaeR; ex-ministro das Finanças de Portugal no governo do bloco central liderado por Mário Soares (83-85), participou activamente nas negociações que antecederam a adesão do país à então CEE. Era acérrimo defensor da vocação atlântica da economia portuguesa e do reforço do eixo lusófono. Sobre as relações económicas Portugal - Angola defendia que “haverá ganhos para ambos os lados se se verificar um aprofundamento do signifi-cado para cada economia da existência da outra”.

Hermínio EscórcioEmbaixador de carreira, Her-mínio Escórcio foi o segundo presidente da Sonangol, a seguir a Percy Freundenthal e

antes de Joaquim David. Foi nessa altura que

se tornou um dos principais impul-sionadores da criação da Câ-mara de Comér-

cio e Indústria Portugal - Angola

(CCIPA). Exerceu diversos cargos públicos e pri-vados e é membro do MPLA. Em 2008 foi agraciado com o título de Sócio Honorário da CCIPA. É presidente da Direcção do Petro de Luanda, o clube mais titulado a nível do futebol, com 15 titulos nacionais.

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José Eduardo dos Santos Ao longo dos anos o Presidente da República de Angola tem sido um dos principais arquitectos e obreiros das rela-ções entre Angola e Portugal, defendendo a necessidade de um maior entrosamento económico e empresarial, a par do reforço das esferas política, cultural e social, entre os dois países. Em 1987, num Jantar de Honra organizado pela CCIPA, em Lisboa, sublinhou a abertura de Angola “a todas as iniciativas que possam contribuir para uma nova era na nossa cooperação bilateral, capaz de dar satisfação adequada aos desejos e aspirações mais profundas dos nosso dois Povos e Países”. Um posicionamento que marcou toda a década de 90 e que ganhou uma nova dimensão com a chegada da Paz a Angola, em 2002. Hoje, o peso e a relevância de cada um dos países na economia do outro é incomen-suravelmente maior e inquestionável.

José César MacedoPresidente do Conselho de Administração da Lactiangol e director geral da Agropro-

motora Angola. Criada em 1994, a Lactiangol é, ainda, a principal unidade industrial de lacticínios do país. A Agropromotora tem vindo a actuar na agricultura e agro-

-indústria. Entre os projectos que concebeu, projectou e implementou conta-se aquele que é o maior complexo agro-industrial até hoje construído em Angola, o projecto “Laranjinha”.

Jorge Sampaio

Jorge Eduardo Costa Oliveira

Presidente da República de Portugal entre 1996 e 2006. Acompanhou de perto a situação polí-tica e militar em Angola, país que rece-beu a sua visita em ambos os manda-tos. Em 2005, em Luanda, por ocasião das comemorações do 30º Aniversário da Independência de Angola, sublinhou “o grande interesse no fomento das relações bilaterais por parte dos Gover-nos, da opinião pública e dos agentes económicos dos dois países”.

Secretário de Estado da Economia em Angola nas décadas de 60 e 70. Em 1977 liderou a criação do Instituto para a Coordenação Económica, organismo tutelado pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Finanças com as funções de coordenar a coo-peração económica, financeira e empresarial com os países em vias de desenvolvimento. Foi membro executivo da comissão instaladora e, em 1980, assumiu a presidência da direcção, funções que viria a desempenhar até 1992.

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José Martins Patrício

José de Lima Massano

José Manuel Briosa e Gala

Jornalista, Ministro da Infor-mação, Embaixador de Angola em Portugal de 1995 a 1999. Fez parte da equipa que negociou os Acordos de Bicesse e o primeiro Embaixador de Angola nos EUA, sendo reconhecido o seu contributo para a normalização das relações entre Washington e Luanda. Em entrevista à revista ‘Negócios’, da CCIPA, defendeu uma cooperação bilateral com “dimensão estratégica e estruturante”, assente na “solidariedade económica e financeira das parcerias”.

Estudou Contabilidade na Grã Bretanha, foi quadro da Sonangol. Em 2006 assumiu a liderança do Banco Angolano de Investi-mentos (então designado Banco Africano de Investimento), de que a Sonangol é

accionista, onde delineou uma estraté-gia que em muito contribuiu para o

crescimento daquele que ainda é o maior banco privado do país, e foi eleito presidente da Associação Angolana de Bancos. É, desde Outubro de 2010, Governador do

Banco Nacional de Angola.

Secretário de Estado da Cooperação portuguesa entre 1992 e 1995. Durante o seu “mandato” foi responsável pelo de-senvolvimento de uma política nacional de cooperação e ajuda humanitária que

privilegiou, numa primeira abordagem, os países

africanos de língua portuguesa. Chefiou a delegação portu-guesa nas reuniões da troika de obser-

vadores (EUA, Rússia e Portugal) até aos

acordos de Lusaka, em 1994. É assessor do Presidente

da Comissão Europeia para África e para o Desenvolvimento no âmbito do G8.

Foi na qualidade de secretário de Estado dos Assuntos Externos e Coopera-ção (1987 a 1992) que a revista ‘Angola Portugal Negócios’ o entrevistou, pela

primeira vez, há 25 anos. Em 1991 assumiu um papel relevante na condução do processo de paz de Angola, que viria a traduzir-se na assinatura dos Acordos de Bicesse. Entre 1992 e 1995 foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (XII Governo Constitucional), mas foi já como Primeiro-Ministro (XV Governo Constitucional 2002-2004) que visitou Angola. Presidente da Comissão Europeia entre 2004 e Outubro de 2014. “Um europeu lusófono’ é o titulo da obra oferecida pelos embaixadores dos países da CPLP ao Presidente da UE na hora da despedida.

José Manuel Durão Barroso

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N24 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

K

A firma José Récio As-sociados entrou no mer-

cado angolano em 1982 através do investimento

na reabilitação de uma oficina de recauchutagem de pneus. Em 1986 fundou a Tecnocarro, vocacionada para a recuperação de equipamentos agrícolas, terraplanagem, autocarros para trans-porte público e camiões. A década de 90 ditou a expansão e a entrada do grupo em múltiplas áreas de negócio, desde a pesca à construção, passando pela agropecuária e hotelaria. Hoje as áreas do transporte, logística, imobiliário e construção são as apostas fortes deste empresário.

lKiala Ngone Gabriel

Luís Filipe Marques Amado

Luís Mira Amaral

Luís Vicente

Luís Caldeira da Silva

Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento

É secretário de Estado da Indústria desde 2010, mas há muito que nos habitu-ámos a ver o nome deste economista relaciona-

do com a promoção da indústria angolana. Em 2008

foi vice-ministro da Indústria e, desde 2004, o Ponto de Contacto do sector da Indústria para a SADC e Coordenador do Comité Nacional do Sub-Comité de Ministros do Comércio, Indústria, Finanças, Investimentos e Minas. Em Setembro deste ano, numa passagem por Portugal, voltou a incentivar o investimento português em Angola.

Primeiro como Secretário de Es-tados Negócios Estrangeiros e da Cooperação e mais tarde como Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal (2006 a 2011) impôs um novo modelo, mais “racional”, para a cooperação portuguesa, reforçando e privilegiando o eixo lusófono

Esteve no Governo, sendo reconheci-damente um dos ministros da Indús-tria que mais defendeu e promoveu a qualidade na competitividade dos produtos nacionais; foi quadro do

BPI mas é como presidente da Comissão Executiva do Banco

BIC Português que a sua liga-ção a Angola mais sobressai. Inaugurado num contexto económico bastante adverso,

Mira Amaral tem procurado tor-nar o BIC português num banco

de referência nas relações empresariais e de negócios entre os dois países.

É um dos pais da ‘Blue’, a bebida refrigerante líder de mercado em Angola. Em 1998 criou a Abastango. Poucos anos depois nasceu, fruto de uma parceria com José Estevão Daniel, a Refriango, que em quase duas décadas se tornou uma referência na indústria de bebi-das em África.

Secretário de Estado do Co-mércio Externo português no X Governo Constitucional.

Exerceu o cargo de Primeiro-Ministro desde o primeiro dia de independência, a 11 de Novembro de 1975, até Dezembro de 1978. Entre 1991 e 1992 foi Ministro da Admi-nistração do Território. Histórico do MPLA, abandonou a política em Janeiro deste ano com um discurso que mereceu a ovação de todos os partidos com assento parlamentar. Mas mais do que a política, são os negócios que o ligam a Portugal. O empresário é accionista maioritário da Coba desde 2011, em parceria com outros empresários angolanos.

José Sócrates

Primeiro-ministro de Portugal entre 2005 e

2011. Uma época de reforço das relações bilateriais, em es-

pecial no domínio económico e empresarial, que foi acompanhado de perto pelo poder político. Em 2006 foi a Angola com uma das maiores comitivas empresariais de sem-pre. O Presidente angolano retribuiu-lhe a visita em 2009. No último dia da sua visita oficial a Portugal foram assinados diversos acordos. Portugal concordou em aumentar a sua linha de crédito para Angola e, alguns meses depois, os dois países assinaram um acordo relativo aos vistos.

José SeverinoÉ a voz da Associação Industrial de Angola, que agrega mais de dois mil as-sociados. Comentador, crítico, empreendedor, analista. Profundo conhece-dor do tecido empresaral e da economia nacional, está ligado às principais reformas económicas levadas a cabo pelo Executivo angolano nos últimos

anos. Defende um aprofundamento do relacionamento empresarial e das parcerias entre as empresas angolanas e as suas congéneres europeias.

José Ribeiro

Actual director do Jor-nal de Angola e PCA das

Edições Novembro. Foi Adido de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal.

José Récio

José Marcos BarricaEmbaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola em Portugal desde 2009. Foi, entre outros cargos públicos, Ministro da Juventude e Desportos de Angola, membro do Conselho da República e Deputado à Assembleia do Povo. É um defensor das relações estratégicas entre Angola e Portugal que, “antes de mais, são relações entre as suas gentes e povos”, relembrou em entrevista recente à CCIPA.

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27Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

m

Marcolino José Carlos Moco

Manuel Domingos Vicente

Mário Abílio Moreira Palhares

Maria Luísa Perdigão Abrantes

Mário Alberto Nobre Lopes Soares

Manuel Nunes Júnior Licenciado em Direito, foi Governador das províncias do Bié e do Huambo

(1986 a 1989) e primeiro-ministro de Angola entre 1992 e 1996. A 17 de Julho de 1996, por proposta do Presidente José Eduardo dos Santos, foi

nomeado Secretário Executivo da, então recém criada, Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Em 1998 foi reeleito por mais dois anos. Foi condecorado por Jorge Sampaio com a Ordem do Infante D. Henrique. Afastou-se da política e passou a dedicar-se à academia e à profissão de jurisconsulto.

Esteve à frente da Sonangol E.P. entre 1999 e 2012,

um período marcado por um forte crescimento da produção de petróleo, di-versificação de investimen-

tos e internacionalização. Portugal foi um dos mercados

alvos, com a entrada da Sonangol no sector bancário e no capital da Galp (em parceria com Américo Amorim). Em janeiro de 2012 foi nomeado Ministro de Estado para a Coordenação Económica e, em setembro do mesmo ano, após as eleições gerais, assumiu o cargo de vice-Presidente de Angola.

Foi presidente do Conselho de Administração do BAI e fundador do Banco de Negócios Internacional, de que é presidente do Conselho de Administração. Acumula

este cargo no Banco BNI Europa, que recentemente inaugurou o escritório de representação em Portugal, e

marca o primeiro passo no processo de internacionalização do banco de capitais angolano.

Doutorada em Direito Económico e Financeiro, Maria Luisa Abrantes é a PCA da Agência Nacional para o Investimento Privado, ANIP, desde Novembro de 2011, ao mesmo tempo que se lecciona como professora auxiliar na Faculdade de Direito da U.A.N. Entre outros cargos e funções, entre 1991 e 2011 foi representante da ANIP nos EUA. Esta antiga campeã de basquete feminino (em 1966/68) recebeu várias distinções internacionais: Wo-man Entrepeneur of the Year 2000 Award, pela American National Foundation for Women’s Legislators, em colaboração com o Business Woman’s Network. Em 2002 foi lhe concedido o prémio Reverend Sullivan, conjuntamente pela OIC Internacional e pelo Banco Mundial, em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em nome das mulheres e das crianças de África.

Ex-Primeiro Ministro, ex--Presidente da República (1986-1996), 89 anos e à frente da Fundação Mário Soares, é um dos nomes incontornáveis na história de Portu-gal do século XX. Como Ministro dos Negócios Estrangeiros no I, II e III Governos Pro-visórios, deu início ao processo de descolonização português. Foi nomeado Primeiro-Ministro entre 1983 e 85, tendo nego-ciado o processo de adesão de Portugal à CEE. Em 1986 foi eleito Presidente de Portugal e re-eleito em Janeiro de 1991. Durante 10 anos realizou 46 Vi-sitas Oficiais, a última das quais a Angola em Janeiro de 1996.

Ministro da Economia em 2008, reconduzido em 2010 com a responsabili-dade também pela Coordenação Económica. Tido como um dos mais prestigiados eco-nomistas angolanos é mestre em Economia pela Universidade de Essex e doutorado pela de York, tendo sido, até ingressar no Governo, secretário do Bureau Político do MPLA para a política económica e social. Defendeu a necessidade de reforço das ins-tituições para que o país se afirme “melhor” no seu processo de desenvolvimento.

Manuel José Alves da Rocha

Economista, investi-gador sénior do Centro

de Estudos e Investigação Científica da Universidade

Católica de Angola, professor associado desta instituição nas cadeiras de Finanças Públicas e Integração Económica. Há muito que se tornou uma figura incontornável quando o tema é a economia angolana. Como o descreveu Luís Faria do jornal O País, “conhece os centros de decisão mas aborda os assuntos como um académico (...), não foge a qualquer pergunta e não hesita, quando desa-fiado, a aventurar-se, com a liberdade de pensamento e a independência que se reco-nhece pela política”.

Manuel Ferreira de OliveiraÉ presidente executivo da Galp Ener-gia desde Janeiro de 2007 e adminis-

trador desde Abril de 2006. Defendeu e apostou no investimento nas áreas

de pesquisa e produção, o que se revelou estratégico para o valor e prestigio da companhia pe-trolífera portuguesa. Entre 2000 e 2006 foi presidente do conselho de administração e presidente executivo da Unicer – Bebidas de Portugal, outra empresa com uma ligação histórica a Angola.

Manuel Ennes FerreiraDoutorado em Economia pelo ISEG/UTL. Académi-co, lecciona e investiga sobre economia política em África, em particular o caso de Angola, e as relações

económicas e empresariais entre Portugal e os PALOP. É consultor de organizações interna-

cionais como o Banco Mundial, PNUD, União Europeia, de empresas de consultadoria, em projectos em África. É Sócio Honorário da CCIPA

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N28 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

P

n

o

Paulo de Sacadura Cabral Portas

Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”

Pedro Maria Teixeira Duarte

Paulo Varela

Paulo Azevedo

O actual vice-Primeiro - Ministro é dos membros do governo mais activos nas relações diplomáticas com Angola. Licenciado em Direito, jornalista, director

do extinto jornal O Independente, de onde saiu para assumir a carreira po-lítica. Foi eleito deputado pelo CDS e protagonizou a transformação do CDS em Partido Popular (CDS PP). Entre 2002 e 2005 foi co-responsável pela coligação governativa entre o PSD e o CDS-PP tendo ocupado os cargos de

Ministro de Estado e da Defesa Nacional (2002-2004) e Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar (2004-2005). Os votos do seu

partido nas eleições de 2011 levou à formação da “Maioria para a Mudança”. Tomou posse como Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros em Junho de

2011, e deu início a uma pequena revolução na forma como as embaixadas do país devem posicionar-se nos países onde estão instaladas.

Ministro da Energia e Petróleo de Angola na década de 80, ministro das Relações Exteriores entre 1989 e 1992. Ficou para a história como “um homem da raiz que se embrenhou viva e apai-xonadamente pelos ca-minhos da governação”, como o descreveu o Cardeal Alexandre do Nascimento. Com Portugal defendeu o estreitamento das relações de amizade e o incremento da acti-vidade económica. A 8 de Fevereiro de 1988 foi nomeado sócio honorário da CCIPA.

Presidente de um dos maiores grupos empresariais portu-gueses. Fundado em 1921 por Ricardo Teixeira Duarte, o grupo entrou em Angola ainda na década de 50 e desde 1976 que opera continuamente neste mercado nas áreas de construção, concessões e serviços, hotelaria, imobili-ária, distribuição e automóvel. No final do 1º semestre deste ano o grupo empregava mais de 13 mil colaboradores e tinha um volume de negócios de 758,8 milhões de euros, 43,9% do qual gerado em Angola.

Após 22 anos no Grupo Visabeira, Paulo Va-rela deixou a vice-Presidência a em Outubro deste ano para ingressar na GALP. Desde 2002 que assumia as funções de presidente do Conse-lho de Administração, assegurando a repre-sentação institucional e a coordenação geral de todas as actividades de todas as empresas partici-padas pelo Grupo Visabeira em Angola.

Assumiu a liderança do Grupo Sonae em 2007, tem uma parceria com Isabel dos Santos naquele que se está a posicionar como um dos gigantes na área das telecomu-nicações, a NOS. Em 2011 fez uma parceria com a Condis visando a entrada da rede Continente em Angola.

Ondjaki

Osvaldo Serra Van-Dúnem

Nasceu em Luanda, em 1977. Prosador, “às vezes poeta”, várias vezes agraciado: Prémio Literário Sagrada Esperança 2004, Gran-de Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, em 2007, Grizane for Africa Prize – Young Writer 2008, Prémio FNLIJ Brasil 2010 e 2013, nesse mesmo ano recebeu o Prémio Literário José Sarama-go, pela obra Os transparentes, que dedicou a Angola.

Foi Embaixador de Angola em Portugal entre 2000 e 2003. Foi Ministro da Juventude e Desportos, Chefe da Casa Militar

do Presidente da República, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Angola no Brasil, com cobertura aos países

do Mercosul.

Nicolau Santos

Mawete João Baptista

Jornalista, director--adjunto do semanário Expresso, nasceu “com os pés no mar, em São Paulo de Loanda”. E é, desde 2008, Sócio Honorá-rio da CCIPA.

Embaixador da Re-pública de Angola em

Portugal no final da década de 80. Acompanhou de perto a fundação da CCIPA, de que é Sócio Honorário.

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29Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

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N30 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

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N30 REVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGÓCIOS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEzEMBRO 2014 • Nº 100

Ruy Duarte de Carvalho

Waldemar Bastos

Venâncio Moura

Victor Pereira Dias

Vítor Sá Machado

Rui Nabeiro

Português e naturalizado angolano em 1983, Ruy Duarte de Carvalho foi um autor multifacetado cuja obra se estende das artes plásticas ao cinema, passando pela antro-pologia e também pela poesia, considerado um dos nomes grandes da literatura em língua portuguesa.

Músico angolano. Uma carreira de três décadas que fez dele um músico universal, uma ponte privilegiada entre as tra-dições africana, europeia e brasileira e um dos nomes mais importante do circuito da “world music”. Estamos juntos, Pitanga ma-dura, Angola minha namorada ou Pretaluz são alguns dos álbuns que lhe deram fama mundial. É desde 2008 Sócio Honorário da CCIPA.

Político e diplomata angolano, nascido em 1935 e falecido em 1999, formou-se em Direito, na década de 70, em Portugal. Foi militante do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Mais tarde, já depois da independência, foi embaixador de Angola em Itália e Ministro das Relações Exteriores do seu país. Em 1994, foi um dos signatários do Protocolo de Lusaca.

Foi presidente da Comis-são Instaladora da CCIPA, integrando os órgãos sociais

da Câmara desde 1987 em representação da TRADINGPORT

– Empresa de Comércio Externo de Portugal. O trabalho, a atenção e

dedicação que teve ao longo de quase três décadas no reforço das ligações económi-cas e empresariais entre Portugal e Angola valeram-lhe o título de sócio-honorário da CCIPA em 2014.

Nasceu e cresceu em An-gola. Tocou várias áreas em Portugal, passou pela políti-ca mas foi à Fundação Calouste Gulbenkian que dedicou grande parte da sua vida. Em 1992, a convite de José Eduar-do dos Santos, foi observador internacional nas eleições gerais que tiveram lugar no país. É recordado como um dos grandes pensadores da política de cooperação para o desenvolvimento, em especial com os países africanos de expressão portuguesa.

Empresário português fundador do Grupo Nabeiro. A par das fortes ligações comerciais que ligam este grupo ao mercado angolano, e que remontam à época em que o país ocupava um lugar de relevo na produção mundial de café, foi a sua aposta e investimento na reabilitação da produ-ção do café em Angola que o colocam nesta lis-ta. Já na década de 90, a Delta Cafés foi convi-dada pelo Governo de Angola para colaborar na reabilitação e activação de uma antiga unidade industrial. Em 2000 é criada a Angonabeiro e em 2001 entra em funcionamento a fábrica da Estrada do Cacuaco. Com ela é retomada a torrefacção do café e

recuperada a marca Ginga. Em 2014 a Delta cafés tornou-se distribuidora da Refriango em Portugal e a Angonabeira

obteve a autorização para comprar a Liangol, empresa pública de produção de café.

Ruy Mingas

Pedro Queirós Pereira

Foi Embaixador de Angola em Portugal no início da década de 90. Para além da carreira diplomática, foi Ministro da Juventude e Desporto de Angola. É um dos fundadores da Universidade Lusíada em Angola. É conhecida a sua ‘veia’ musical, sendo um dos auto-

res da canção “Meninos do Huambo”, celebrizada em Portugal pelo músico e cantor Paulo de Carvalho.

Presidente do Grupo Semapa, um dos maiores grupos industriais português que actua na área do papel e pasta de papel, ambiente e cimento e derivados. É este sector que o liga, através da Secil Lobito, fortemente a Angola.

Pedro Passos Coelho Gestor, economista de formação e político histórico do PSD. É presidente do PSD e Primeiro-Ministro desde Junho de 2011, liderando um governo de

coligação PSD/CDS-PP. Viveu em Angola, em Silva Porto e Luanda, até aos 10 anos, onde fez amigos que ainda hoje mantém.

Esteve em Luanda em Novembro de 2011, a convite do Chefe de Estado angola-no, com quem manteve várias reuniões e ofereceu um almoço oficial em sua honra, e

encontrou-se com o presidente da Assembleia Nacional e o líder da oposição.“Eu farei o que está ao meu alcance, como chefe do Governo português, para que a relação entre os dois países não seja abalada por episódios de qualquer espécie”, disse Pedro Passos Coelho quando foi surpreendido com as declarações de José Eduardo dos Santos a suspender a parceria estratégica entre os dois países (em Outubro de 2013).

Page 33: Angola Portugal Negócios 100

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Page 34: Angola Portugal Negócios 100

N32 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Fonte: "Angola da Política Económica às relações económicas com Portugal", colecção Cadernos Económicos Portugal Angola - CCIPA, Manuel Ennes Ferreira; "Anuário 2014/15", CCIPA; "Angola - Ficha de Mercado", AICEP Portugal Global ; "Relatório Evolução das Economias dos PALOP e Timor Leste", Banco de Portugal

Estrutura das exportações de Angola (%)

Petróleo bruto, prod. refinados e gás natural 90,6Diamantes 7,4Agro-alimentares(café, sobretudo) 0,8

Combustíveis 98,37%Agrícolas 0,06%Outros produtos 1,57%

Estrutura das importações de Angola (%)

Agro-alimentares 30,8 Minerais 1,8Químicos 7,5Madeira, papel, cortiça 0,7Têxteis e vestuário 5,1Couros e calçado 1,0Metais comuns 8,7Máquinas 13,8Diversos 20,1Material de transporte 10,5

Máquinas e equipamentos e aparelhos 23,56Alimentares 7,83Metais comuns 12,13Agrícolas 12,10Veículos e O.M. Transportes 18,19

Sinal crescente da estabilidade económica do país. Uma situação muito diferente vivia-se no início da década de 90, com o índice mensal de preços no consumidor na cidade de Luanda a registar uma variação de 183% em 1991 e de 732% em 1992.

TAXA DE INFLAÇÃO EM ANGOLA EM 20137,69%

Duas economias interligadas IDE 2013

Investimento bruto 129 634Desinvestimento 265 824Investimento líquido -136 190

Importância de Angola nos fluxos de investimento para Portugal 2013Portugal como receptor de IDE – 15ª posição

Portugal como emissor (IDPE) – 8ª posição

Investimento bruto 83 117Desinvestimento 3701Investimento líquido 79 416

INVESTIMENTO DIRECTO DE PORTUGAL EM ANGOLA

INVESTIMENTO DIRECTO DE ANGOLA EM PORTUGAL

Qual a importância das relações económicas e empresariais bilaterais para ambos os países? Esta pergunta levou-nos a observar e a comparar os principais indicadores económicos de finais da década de 80, principio dos anos 90, com os números actuais. Um exercício simples que revela o quanto as duas economias estão interligadas.

19881988 20149 108 956 24 383 301

Populaçãoem Angola

Importância de Angola nos fluxos comerciais com Portugal 2013

Importância de Angola nos fluxos de serviços com Portugal 2013

No início da década de 90, Portugal ocupava a primeira posição como fornecedor do mercado angolano. O país era, então, o primeiro mercado de destino dos produtos portugueses, no conjunto dos países em vias de desenvolvimento. De acordo com dados de 1992, Angola era o 6º maior cliente de Portugal, à frente de países como a Itália, EUA e a Suécia. Uma posição que se tem consolidado nos anos mais recentes.

ANGOLA COMO CLIENTE DE PORTUGAL

ANGOLA COMO FORNECEDOR DE PORTUGAL

4º 6º

ANGOLA COMO CLIENTE DE PORTUGAL

ANGOLA COMO FORNECEDOR DE PORTUGAL

5º 13º

6,6% DAS SAÍDAS4,64% DAS ENTRADAS

Repartição geográfica do Comércio externo de Angola Principais clientes (%)

45 12,6 9,6 5,5 4,964,6 1,4 8,7 1,3 6,7

EUA

Jugosláv.RFA

BélgicaLuxem.França

China

EUAÍndia

Taiwan Portugal

Principais fornecedores (%)

23,4 11,5 7,3 8,7 5,1

Portugal

França

EUABrasil

Espanha

18,7 17,9 6,6 5,8 5,6

PortugalChina

EUA

Brasil Coreiado Sul

Principais produtos exportados de Portugal para Angola

Produtos da indústria alimentar,

bebidas

Produtos industriais químicos e conexos

Máquinas e aparelhos, material

eléctrico

Materiais têxteis e suas obras

Metais comuns e suas obras

14,79%

20,43%

16% 16,86%

25%

7,9% 7%

12%

1990 2013

1989 2013

1988 20121990 2012

1989 2013

2013

1989

ID português em Angola por sector de actividadeActividades financeiras e de seguros 60669Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 130Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 2 722Comércio a grosso e retalho, restauração e hotelaria, reparação de veículos 43 557Construção 23 334Industrias transformadoras -389Outros sectores -778Valor (milhares de euros) 129 634

Agricultura, silv., caça e pesca 0,00Indústrias extractivas 17,35Indústrias transformadoras 0,04Construção e obras públicas 77,07Comércio p/grosso, a retalho, restauração e hotelaria 3,55Transportes, armazéns e comunicações 1,11Bancos, OIMS, seguros, imobiliár., ser. Emp.0,48Total 100Valor (mil contos) 520

De acordo com o último censo, cerca de 52% é do sexo feminino

38% reside no meio rural

Luanda concentra 27% da população

72% da população reside em Luanda, Huíla, Benguela, Huambo, Cuanza Sul, Bié e Uíge

AN

GO

LA-P

OR

TU

GA

L

N32 REVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGÓCIOS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEzEMBRO 2014 • Nº 100

Page 35: Angola Portugal Negócios 100

33Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Fonte: "Angola da Política Económica às relações económicas com Portugal", colecção Cadernos Económicos Portugal Angola - CCIPA, Manuel Ennes Ferreira; "Anuário 2014/15", CCIPA; "Angola - Ficha de Mercado", AICEP Portugal Global ; "Relatório Evolução das Economias dos PALOP e Timor Leste", Banco de Portugal

Estrutura das exportações de Angola (%)

Petróleo bruto, prod. refinados e gás natural 90,6Diamantes 7,4Agro-alimentares(café, sobretudo) 0,8

Combustíveis 98,37%Agrícolas 0,06%Outros produtos 1,57%

Estrutura das importações de Angola (%)

Agro-alimentares 30,8 Minerais 1,8Químicos 7,5Madeira, papel, cortiça 0,7Têxteis e vestuário 5,1Couros e calçado 1,0Metais comuns 8,7Máquinas 13,8Diversos 20,1Material de transporte 10,5

Máquinas e equipamentos e aparelhos 23,56Alimentares 7,83Metais comuns 12,13Agrícolas 12,10Veículos e O.M. Transportes 18,19

Sinal crescente da estabilidade económica do país. Uma situação muito diferente vivia-se no início da década de 90, com o índice mensal de preços no consumidor na cidade de Luanda a registar uma variação de 183% em 1991 e de 732% em 1992.

TAXA DE INFLAÇÃO EM ANGOLA EM 20137,69%

Duas economias interligadas IDE 2013

Investimento bruto 129 634Desinvestimento 265 824Investimento líquido -136 190

Importância de Angola nos fluxos de investimento para Portugal 2013Portugal como receptor de IDE – 15ª posição

Portugal como emissor (IDPE) – 8ª posição

Investimento bruto 83 117Desinvestimento 3701Investimento líquido 79 416

INVESTIMENTO DIRECTO DE PORTUGAL EM ANGOLA

INVESTIMENTO DIRECTO DE ANGOLA EM PORTUGAL

Qual a importância das relações económicas e empresariais bilaterais para ambos os países? Esta pergunta levou-nos a observar e a comparar os principais indicadores económicos de finais da década de 80, principio dos anos 90, com os números actuais. Um exercício simples que revela o quanto as duas economias estão interligadas.

19881988 20149 108 956 24 383 301

Populaçãoem Angola

Importância de Angola nos fluxos comerciais com Portugal 2013

Importância de Angola nos fluxos de serviços com Portugal 2013

No início da década de 90, Portugal ocupava a primeira posição como fornecedor do mercado angolano. O país era, então, o primeiro mercado de destino dos produtos portugueses, no conjunto dos países em vias de desenvolvimento. De acordo com dados de 1992, Angola era o 6º maior cliente de Portugal, à frente de países como a Itália, EUA e a Suécia. Uma posição que se tem consolidado nos anos mais recentes.

ANGOLA COMO CLIENTE DE PORTUGAL

ANGOLA COMO FORNECEDOR DE PORTUGAL

4º 6º

ANGOLA COMO CLIENTE DE PORTUGAL

ANGOLA COMO FORNECEDOR DE PORTUGAL

5º 13º

6,6% DAS SAÍDAS4,64% DAS ENTRADAS

Repartição geográfica do Comércio externo de Angola Principais clientes (%)

45 12,6 9,6 5,5 4,964,6 1,4 8,7 1,3 6,7

EUA

Jugosláv.RFA

BélgicaLuxem.França

China

EUAÍndia

Taiwan Portugal

Principais fornecedores (%)

23,4 11,5 7,3 8,7 5,1

Portugal

França

EUABrasil

Espanha

18,7 17,9 6,6 5,8 5,6

PortugalChina

EUA

Brasil Coreiado Sul

Principais produtos exportados de Portugal para Angola

Produtos da indústria alimentar,

bebidas

Produtos industriais químicos e conexos

Máquinas e aparelhos, material

eléctrico

Materiais têxteis e suas obras

Metais comuns e suas obras

14,79%

20,43%

16% 16,86%

25%

7,9% 7%

12%

1990 2013

1989 2013

1988 20121990 2012

1989 2013

2013

1989

ID português em Angola por sector de actividadeActividades financeiras e de seguros 60669Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 130Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 2 722Comércio a grosso e retalho, restauração e hotelaria, reparação de veículos 43 557Construção 23 334Industrias transformadoras -389Outros sectores -778Valor (milhares de euros) 129 634

Agricultura, silv., caça e pesca 0,00Indústrias extractivas 17,35Indústrias transformadoras 0,04Construção e obras públicas 77,07Comércio p/grosso, a retalho, restauração e hotelaria 3,55Transportes, armazéns e comunicações 1,11Bancos, OIMS, seguros, imobiliár., ser. Emp.0,48Total 100Valor (mil contos) 520

De acordo com o último censo, cerca de 52% é do sexo feminino

38% reside no meio rural

Luanda concentra 27% da população

72% da população reside em Luanda, Huíla, Benguela, Huambo, Cuanza Sul, Bié e Uíge

33NREVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGÓCIOS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEzEMBRO 2014 • Nº 100

Page 36: Angola Portugal Negócios 100

N34 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

De então para cá muita coisa mudou no pa-norama editorial português e, sobretudo, no angolano, mas a revista Angola Portugal Negócios continua a ser

uma publicação de referência em ambos os países. Atualmente são inúmeras as publica-ções angolanas e portuguesas de cariz econó-mico-empresarial produzidas e distribuídas em Angola. Outra mudança relevante é a de que os principais grupos de comunicação social por-tugueses são hoje participados directa ou indi-rectamente por empresas com capital de origem angolano. Na era da internet e das redes sociais é dificil ima-ginar o mundo sem a rede e as telecomunicações que nos permitem aceder à informa-ção pratica-mente em tempo real. Há 25 anos

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4 Euros · 5 USD

trim | Julho 2012 | nº 91

TIC PORTUGUESASA importância de Angola para as empresas

ECOnOmIACrescimento angolano ganha novo fôlego

Parcerias Público-PrivadasAngola lança Plano nacional

Bate todos os recordes: mais empresas, mais países e novos sectores

29ª FILDA

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ab

ril

20

09

| n

º 78

4 Euros · 5 USD

AlvES DA rochAOs investidores estrangeiros não vão abandonar Angola

EntrEviStARoque Santeiro entre a ficção e a realidade

Angola e Portugal estão agora mais próximos

visitA com resultAdos Positivos

visitA com resultAdos Positivos

NEGÓCIOSAngola >Portugal

[72]

Trimestral > Outubro 2007 > Euros 4,00 > USD 4,5

Banca em Análise - 2007CRÉDITO AUMENTA 96%DEPÓSITOS CRESCEM 62%

CONFERÊNCIAS CCIPA RE-FORÇAM RELACÇÕESECONÓMICAS

IDE PORTUGUÊSTRIPLICA EM 3 ANOS

Basílio Horta, Presidente da AICEP

Basílio Horta, Presidente da AICEPConfirma em entrevista:“Rede externa pronta em 2008”

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EspecialCCIPA

4 Euros · 5 USD

TRIM | NOVEMBRO 2012 | Nº 92

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20

09

| n

º 78

4 Euros · 5 USD

AlvES DA rochAOs investidores

estrangeiros não vão

abandonar Angola

EntrEviStARoque Santeiro

entre a ficção

e a realidade

Angola e Portugal

estão agora mais próximos

visitA com

resultAdos PositivosvisitA com

resultAdos Positivos

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4 Euros · 5 USDTRIM | ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 | Nº 98

ANGOLA MARAVILHOSATurismo em expansão

PAUTA ADUANEIRAOportunidade para construir um novo paradigma

Revisão da Lei de

para atrair investidorespara atrair investidores1 milhão USD

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GO

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GA

L

Entre 1988 e 2002, ano que trouxe a Paz, a revista da CCIPA era dos raríssimos meios de comunicação dedicados à economia angolana e às relações de cooperação económica, política e social que era distribuída em Angola.

em revista25 Anos

Page 37: Angola Portugal Negócios 100

a informação de Angola chegava a Portugal muitas vezes trazida em mão por empresá-rios, gestores, por membros do Governo e altos dirigentes de instituições que se des-locavam e facultavam a legislação, os tex-tos dos Programas, das novas políticas,etc. Também os jornais e jornalistas angolanos colaboravam na missão de informar assu-mida pela revista da CCIPA.E vice-versa, a Negócios tornou-se a fonte de informação privilegiada dos empresários, gestores e até de autoridades em Angola. O mundo girava a outra velocidade. Tudo evolui, e a Negócios foi acompanhan-do de perto os temas e as notícias que as empresas queriam e continuam a querer sa-ber. Então e agora, são sobretudo os temas econó-micos e empresariais que fazem as capas da revista da CCIPA. Mas a sociedade, o desenvolvimento social, a educação e a cultura, em es-pecial a angolana, também têm espaço próprio ne revis-ta da CCIPA. #

nAs DécADAs De 80/90 A inFormAção De AnGolA cheGAVA muitAs Vezes trAziDA em mão Por emPresÁrios, Gestores, Por membros Do GoVerno e Altos DiriGentes De instituições que se DeslocAVAm A PortuGAl

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37Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

com retornoinvestimento

Com uma tiragem de 5000 exem-plares, metade dos quais distribu-ídos em Angola, a revista ‘Angola Portugal Negócios’ continua a ser

uma das publicações periódicas que tem maior circulação e distribuição em Luan-da, excluindo, naturalmente, as revistas

A revista ‘Angola Portugal Negócios’, da CCIPA, é inteiramente viabilizada através de publicidade desde a sua primeira edição, em 1988.

AAA SEGUROSANA AEROPORTOS DE PORTUGALANGO TEXTEIS PRODUçãO PUBLICITARIA INTEGRADAAUTO SUECO (ANGOLA) BAI BANCO ANGOLANO INVESTIMENTOBANC - BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO - REPRESENTAçãO EM PORTUGALBANCO BIC PORTUGUêSBANCO BICBANCO BPIBANCO ESPÍRITO SANTOBANCO MILLENNIUM ANGOLABANCO PRIVADO ATLÂNTICOBASI LABORATÓRIOSBIVAC IBÉRICABNI - BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONALBVQI / BUREAU VERITAS ANGOLACARGOTEAM TRANSP. INTER. CBLOXCAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERALCONDURIL SUCURSAL (ANGOLA)CPCIS- COMPANHIA PORTUGAL DE COMPUTADORESMAXAM CPEA DELOITTE & TOUCHEAUDITORESEFACEC ANGOLAELITE INTERNATIONAL CAREERSENSA SEGUROS DE ANGOLAEVENTOS ARENAFARMALOGFERPINTA ANGOLAFINIBANCO ANGOLAROBERT HUDSONGESTINFORGRINER HORMANN PORTUGALITA - INTERNET TECNOLOGIES ANGOLA

JLC - JOSÉ LUIS DE CARVALHOLACTIANGOL LACTICINIOS DE ANGOLALIMA IMPLANTES PORTUGALLOBINETMAQTRAMA - IMP. EXP. EQUIP-UNIPESSOALMARMED SA AGêNCIA MARÍTIMA (NILEDUTCH)MECOFARMA DE ANGOLA IMP COM MEDICAMENTOSMOTA-ENGIL, ENGENHARIA E CONSTRUçãOMSC PORTUGAL MEDITERRANEAN SHIPPING COMULTITELNBC MEDICALOBRECOL ANGOLAPARAMOLAPESTANA GOLFPETROGALPLAYANGOLAPRIMAVERA BUSINESS SOFTWARE SOLUTIONSQUINTAS & QUINTAS ANGOLAREFRIANGO / WAYFIELDS.D.M. - SOC. DESENVOLVIMENTO MADEIRASALVADOR CAETANO PARTSSECILSISTEC SOARES DA COSTASOCIFARMA SOC. FARMACêUTICA ANGOLASONANGOL E.P.SSANGYONG - NISSAN - PEUGEOT - TDA COMÉRCIO E INDÚSTRIATD HOTEIS TEIXEIRA DUARTETECNOVIA - SOCIEDADE DE EMPREITADASTVCABO ANGOLAUNITELUNITRIP TRÂNSITOS E NAVEGAçãOUNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESAVALLEYPARK - PARQUE NEGÓCIOS DO CARTAXOVOLVO CE - AUTO MAQUINARIA

que integram as edições semanais dos jornais angolanos. O papel dos anuncian-tes foi e continua a ser determinante para a permanência e viabilização deste meio privilegiado de comunicação da CCIPA com o mercado e com os agentes económi-cos de ambos os países.

O nosso muito obrigada todas as empre-sas associadas e não associadas da que continuam a confiar e a investir na Angola Portugal Negócios. Abaixo, por ordem alfabética, o nome das empresas que nos últimos anos investi-ram em publicidade na revista. #

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N38 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

T manuela sousa Guerreiro | F Bruno Barata

podem melhorar”“relações comerciais

entreVistA rePresentAnte comerciAl De AnGolA em PortuGAl, AmADeu leitão nunes

Conjuntura

que papel tem hoje a representação co-mercial de Angola? As Representações Comerciais de Angola no exterior nasceram ainda na década de 70 com o objectivo de contactar directa-mente os produtores, numa tentativa de eli-minar os muitos intermediários existentes no processo de importação e, assim, conse-guir negociar preços mais baixos. Depen-dem do Ministério do Comércio (eu próprio sou um quadro do Ministério do Comércio desde 1976), têm autonomia administrati-va, financeira e patrimonial. Costumo dizer que somos o braço económico e comercial da Embaixada.

As orientações e os objectivos para que fo-ram criadas continuam válidos? A revisão dos estatutos, em 2002, conferiu mais ‘personalidade’ às Representações Comerciais, que hoje estão focadas na in-ternacionalização das empresas angolanas e da economia nacional, na captação do in-vestimento estrangeiro e na divulgação das oportunidades de investimento locais. Uma terceira vertente de actuação é a melhoria das relações económicas e comerciais entre Angola e os países onde as Representações Comerciais foram criadas. A Representação em Portugal é uma das mais antigas, mas hoje estamos também nos EUA, no Brasil, na África do Sul, Espanha, Bélgica, Suíça, Itália, China e temos uma delegação em Macau, no quadro do Fórum PALOP China.

Amadeu Leitão Nunes é o novo ‘rosto’ da Representação Comercial de Angola em Portugal. Mais do que a promoção do comércio, Amadeu Leitão Nunes quer fomentar parce-rias, captar investimento português e ajudar na interna-cionalização das empresas angolanas. Às empresas portu-guesas deixa um conselho: “conheçam melhor o país, a sua estratégia de desenvolvimento e os seus agentes”.

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N40 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Conjuntura

cinco Anos A imPulsionAr As relAções euA/AnGolA

é Preciso conhecer o mercADochegou há pouco tempo a Portugal, quais são as suas prioridades? No imediato, dar continuidade às solici-tações de presença nos múltiplos fóruns. Numa semana já fui a Faro, estive dois dias em Águeda e a minha equipa que está focada nas relações bilaterais também esteve fora. Este trabalho é importante para nos darmos a conhecer. Temos um trabalho importan-te a fazer junto das diferentes associações empresariais, das câmaras de comércio e outras instituições empresariais.

em que medida se podem melhorar as re-lações comerciais e económicas bilaterais? As nossas relações comerciais bilaterais são históricas e são boas. Contudo, caímos no erro de achar que a partir do momento em que as relações decorrem de forma tão natu-ral e normal não há necessidade de aprofun-darmos outros conhecimentos. Mas estas relações podem melhorar. Como? Se houver um melhor entendimento entre as diferen-tes instituições do Estado e as empresas, e estas tiverem um melhor conhecimento do

mercado onde querem operar, do seu teci-do empresarial e da forma como este está a evoluir. E é aqui que o nosso trabalho pode fazer a diferença. Apesar de estar em Por-tugal há relativamente pouco tempo sinto que há um grande défice no conhecimento sobre Angola, sobre as suas prioridades eco-nómicas e estratégia de desenvolvimento. Nos fóruns em que estive presente poucos conheciam, por exemplo, a existência do Plano de Desenvolvimento de Angola. Ora, tudo o que está a ser feito em termos polí-ticos e económicos neste momento no país tem por base este documento. Quem quer entrar em Angola tem que saber, pelo me-nos, quais as metas do país a curto e médio prazo, quais são os sectores estratégicos e as prioridades, porque é aqui que estão as oportunidades de negócio. Posso dar-lhe ou-tro exemplo, todos os anos em Portugal são organizadas várias missões empresariais a Angola sem que haja o devido enquadra-mento com as instituições que em Portugal representam o Estado angolano. E isso é um erro, porque podemos ter um papel facilita-dor, desde logo na logística da missão, no-meadamente na obtenção dos vistos, mas também na organização da visita, privile-giando os contactos quer com instituições públicas relevantes quer com os interlocu-tores privados, organizando os chamados encontros b2b.

esteve cinco anos à frente da represen-tação comercial nos euA, que diferen-ças observou no relacionamento bilate-ral Angola euA?Existe logo à partida uma grande diferen-ça face a Portugal: a língua, que ainda é uma pequena barreira. Mas há outras di-ferenças, como a distância geográfica do mercado e o [parco] conhecimento que os americanos têm de África e, em particular, do mercado angolano, com exceção do sec-tor petrolífero que é uma realidade à parte. Nesses cinco anos a nossa prioridade foi a de dar a conhecer o mercado, as suas leis, a sua evolução. Organizámos em conjunto com a Embaixada diversos fóruns e criámos uma iniciativa que alcançou algum sucesso que foi o Angola Day, entre outras activi-dades.

e teve bons resultados? Em termos políticos houve resultados mui-to positivos mas a parte económica não acompanhou esse progresso, independen-temente da participação de instituições americanas como o Eximbank, com quem

trabalhámos em conjunto para captar o interesse das empresas norte americanas. Inclusive criou-se uma linha de crédito no valor de 120 milhões de USD, na altura, e que hoje é praticamente ilimitada. Contu-do, creio que ainda não foi usada. As con-dições impostas são muito restritivas mas do lado do nosso sistema bancário tam-bém há questões internas que não foram resolvidas e que têm que ser analisadas e discutidas.

Faltam esses mecanismos de apoio en-tre Portugal e Angola?Sobretudo ao nível do apoio às PME que se querem deslocalizar e internacionalizar. Ouvimos alguns exemplos de apoios dados pela banca portuguesa à internacionaliza-ção de alguns projectos/empresas para ou-tros mercados e pensamos que esses apoios também se podem replicar em projectos dirigidos ao mercado angolano, assim eles surjam. Em Angola o sistema bancário ain-da não acompanha a internacionalização das empresas nacionais e isso é algo que temos que resolver.

“As relAções comerciAis PoDem melhorAr se houVer um melhor entenDimento entre As DiFerentes instituições Do estADo e As emPresAs, e estAs tiVerem um melhor conhecimento Do mercADo onDe querem oPerAr”, Amadeu Leitão Nunes

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N42 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Conjuntura

esse é também o papel da representação comercial? Nos últimos dois anos fui coordenador do grupo de acompanhamento e apoio às Re-presentações Comerciais e muita da nossa actividade passou pela participação e acom-panhamento de missões empresariais ao nosso país. Mas deixe-me dizer-lhe que um dos aspectos fundamentais que irá orientar a nossa actividade aqui terá a ver com o pla-no de diversificação da economia angolana.

e isso significa o quê?Que vamos continuar a contactar e a pro-curar os melhores parceiros ao nível do co-mércio bilateral mas, acima de tudo, vamos procurar também empresas que queiram investir, que queiram estabelecer parcerias com empresas angolanas, tendo em conta aquele que é o objectivo nacional: aumentar a produção, diversificar a economia e me-lhorar a qualidade do produto nacional e, assim, diminuir a dependência do petróleo. Não querendo fazer nenhuma comparação com o passado, Angola já exportou muito mais produtos do que o petróleo e isso reve-la o potencial dos nossos recursos. Quando

estive em Águeda tive oportunidade de vi-sitar algumas empresas exportadoras e são estas empresas que procuramos para fazer parcerias e criar novas empresas em Ango-la. Na ocasião avisei que ia voltar, mas desta vez com empresas angolanas!

Fóruns sectoriAis e missões emPresAriAis que acções irá a representação comercial desenvolver? Queremos organizar fóruns sectoriais e trazer a Portugal empresas angolanas. Não sou muito adepto de fóruns gerais, porque as empresas acabam por se “perder”. Encon-tros sectoriais são mais orientados e produ-tivos em termos de resultados imediatos.

quais os sectores que vê como prioritários? O sector do agronegócio, da energia e águas, construção, incluindo aqui a verten-te da habitação e do urbanismo, ambiente e turismo. São áreas onde as empresas portu-guesas têm relevância e valor acrescentado.

em 2012 o ministro da economia apresen-tou o programa de deslocalização de em-

presas para Angola. este programa está activo? Está e as Representações Comerciais de An-gola são um dos seus agentes. A ideia é pro-curar empresas que queiram ou deslocar-se ou abrir uma filial em Angola e o possam fazer num dos pólos industriais que estão a ser criados. Há aqui uma articulação entre os vários programas de incentivo em vigor.

mas esse investimento é feito no âmbito da liP - lei do investimento Privado?Sim, de acordo com o estipulado na mes-ma. Os incentivos são também aqueles que estão previstos na LIP, uma lei que, como sabe, está a ser revista. Os sectores que po-dem ser abrangidos pelo programa de des-localização e apoio à internacionalização de empresas para Angola são: agricultura, pecuária e pescas, indústria transformado-ra, geologia e minas, com particular desta-que para agro-indústria e indústria alimen-tar, indústria têxtil, indústria de curtumes e de calçados e indústria de materiais de construção, e serviços de apoio ao sector produtivo. Numa segunda fase outros sec-tores serão abrangidos. #

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43Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

T manuela sousa Guerreiro | F Bruno Barata

incentivar o agro-negócio para alavancar a economia

Angola é um dos mercados-alvo da estratégia de internacionalização desenvolvida pela rede de coo-peração do agro-negócio – ‘Agro-

negócio.pt’ uma plataforma empresarial promovida pelo Agrocluster e Inovcluster, que visa apoiar e promover a inovação e a internacionalização da fileira agroalimen-tar. Esta rede de cooperação assenta numa plataforma empresarial que agrega, numa fase inicial, 40 empresas e instituições, mas que pretende chegar rapidamente às mais de mil empresas que trabalham ou prestam serviços à fileira agro-industrial. ”Enquanto cluster temos o conhecimento e a capacidade de servir o eixo principal do agro-negócio e podemos rentabilizar e maximizar o trabalho que desenvolvemos projectando-o no mercado internacional”, refere Carlos Lopes de Sousa, presidente do Agrocluster. Para o responsável, “este será o próximo paradigma para a exportação portuguesa. Portugal não tem dimensão para competir no plano dos bens de grande consumo, por isso tem de saber tirar parti-do da sua organização, do seu conhecimen-to, da língua, do entrosamento com outros povos e da capacidade de permanecer nos países que necessitam dessas tecnologias. Possuímos uma série de factores positivos

de competitividade que nos diferenciam face outros países concorrentes”, defende. Em Portugal o sector é considerado um “motor económico”, com um volume de ne-gócios superior a 20 mil milhões de euros, detém mais de meio milhão de postos de trabalho e exporta para todo o mundo. O “congresso internacional de tecnologias e serviços para ao Agro-negócio” realizado em Setembro serviu para lançar a plata-forma empresarial, promovendo-a junto de empresários e responsáveis políticos portugueses mas também oriundos de Angola, Moçambique, Argélia, Marrocos, Brasil e Uruguai, os países considerados prioritários na estratégia de expansão e internacionalização do sector. Durante os dois dias do evento tiveram lugar mais de 120 reuniões de trabalho/negócios. esPAço PArA crescer O mercado angolano não é inteiramente desconhecido das empresas portuguesas do sector, pelo contrário. ”Já estamos em força em Angola”, sustenta Carlos Lopes de Sousa. Muitas empresas estão a instalar--se em parceria com investidores locais. E há espaço para muitas mais. Menos de 10% dos cerca de 58 milhões de hectares de ter-ras aráveis de Angola, qualquer coisa como 5,2 milhões, estão hoje em dia a produzir. “É preciso expandir a área cultivada e valo-rizar os recursos que o país possui”, defen-

Kiala Gabriel, Secretário de Estado da Indústria de Angola.

A agro-indústria é uma das prioridades do novo plano de industrialização de Angola. Serão criados novos apoios e revitalizados os que já exis-tem. O novo quadro exige mais dinamismo do sector bancário e incentiva as par-cerias internacionais. Portu-gal está na linha da frente.

o PlAno nAcionAl DA inDústriA AGuArDA APenAs A AProVAção FinAl. De AcorDo com KiAlA GAbriel, são seis As ÁreAs PrioritÁriAs: AlimentAr e bebiDAs, têxteis e VestuÁrio, cAlçADo, mADeirAs e mobiliÁrio, PAstA De PAPel e cArtão e ProDutos químicos, incluinDo FArmAcêuticos

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N44 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Carlos Lopes de Sousa, presidente do Agrocluster.

Conjuntura

de, por sua vez, Kiala Gabriel, Secretário de Estado da Indústria de Angola. O responsável angolano deslocou-se a Por-tugal a convite do AgroCluster e do Ino-vCluster para apresentar as potencialida-des e as oportunidades de negócios que o mercado angolano tem no domínio do agro--negócio. Uma área onde “o investimento e o conhecimento das empresas portugue-sas”, reforça o secretário de Estado da In-dústria, “são bem-vindos”. Perante uma plateia composta por mais de uma centena de empresários, Kiala Gabriel pôs a tónica naquelas que são as priori-dades do Governo angolano: aumentar a produção nacional para diversificar a eco-nomia, reduzir a dependência do petróleo e diminuir as fortes assimetrias que existem entre o meio rural e a cidade. Mas não bas-ta produzir é preciso também transformar. E isso válido para a sua principal commo-ditie, o petróleo, como para os bens agrí-colas. “Esta é a prioridade. Não podemos depender dos produtos de base, temos que investir noutros sectores. A contribuição da indústria para o PIB nos últimos 4 anos foi de 6,25%. É manifestamente pouco, que-remos aumentar esta percentagem para os 25 a 30%. Precisamos de diminuir as im-portações e não podemos esquecer que este é um dos sectores que mais contribui para a criação de emprego”, defende. O Plano Nacional da Indústria, que irá de-finir as prioridades do desenvolvimento do sector, está concluído e aguarda apenas a aprovação final. De acordo com Kiala Ga-briel, são seis as áreas prioritárias defini-das pelo Programa: alimentar e bebidas, a fabricação de têxteis e de vestuário, cal-çado, madeiras e mobiliário, fabricação de pasta de papel e cartão e fabricação de produtos químicos, incluindo produtos far-macêuticos.

FinAnciAmento, APoios e inVestimento estrAnGeiro O plano irá contemplar também sub-pro-gramas de apoio às empresas, em particu-lar às pequenas, médias e micro empresas do meio rural. Para estas foi desenvolvido, em particular, o PROFIR - Programa de Fomento da Pequena Indústria Rural, que prevê o acesso a serviços de apoio e as-sistência técnica, formação de quadros e financiamento, designadamente linhas de crédito bonificado. “O PROFIR é um dos sub-programas desti-nado a promover a transformação de pro-

dutos agrícolas. Há uma preocupação com o meio rural e em criar condições para que as populações se fixem no campo”, refere Kiala Gabriel. Mas os apoios, acrescenta o secretário de Estado da Indústria, vão estender-se a outras áreas geográficas. No âmbito do PROFIR foram identificadas oportunidades de negócio na indústria ali-mentar, materiais de construção civil, in-dústria da madeira e serviços. Outra medida já aprovada pelo Executivo é a da criação do cluster industrial do Caxi-to. Localizado a 63 km de Luanda, na pro-

víncia do Bengo, o Caxito já foi uma região importante para a produção de açúcar. São reconhecidas as suas excelentes condições para a prática agrícola e industrial, face à proximidade do centro de grande consumo que é Luanda. A implementação do cluster compreende quatro fases: estruturação e arranque, implementação e desenvolvi-mento (curto prazo), consolidação (médio/longo prazo) e monitorização e acompa-nhamento do projecto. Ainda na fase de arranque, as prioridades concentram-se na mobilização dos agentes económicos da fileira, na formação de quatros técnicos, incubação de PME, consultoria agrícola e transferência tecnológica. No âmbito dos apoios a conceder Kiala Gabriel relembrou ainda o quadro de in-centivos previstos na Lei de Investimento Privado em Angola, entre os quais a dimi-nuição da carga fiscal e de direitos adua-neiros, para além da possibilidade de repa-triamento de capital, para os investidores estrangeiros. “A Lei está a ser revista e dis-cutida e é possível que o montante mínimo de investimento a realizar para se poder aceder aos benefícios desça”, reforçou. Actualmente a LIP obriga a um investimen-to mínimo de um milhão de euros/por só-cio, qualquer que seja o projecto de inves-timento. Para o investidor estrangeiro esta é, actualmente, a única “porta de acesso” ao mercado. #

‘AGroneGócio.Pt’ é umA PlAtAFormA emPresAriAl PromoViDA Pelo AGrocluster e inoVcluster que VisA APoiAr A inoVAção e A internAcionAlizAção DA FileirA AGroAlimentAr,

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N46 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Economia

T manuela sousa Guerreiro

Desburocratizar em prol do empreendedorismo

reVisão Dos emolumentos

1) Redução dos emolumentos.2) Implementação da Taxa Única.

simPliFicAção De ProceDimentos

3) Eliminação de procedimentos de: requisito de capital social mínimo; es-critura pública; certificado de registo estatístico e; legalização dos livros de escritura mercantil.

4) Melhoria de procedimentos: simplifi-cação da obtenção de denominação; legalização do livro de actasno regis-to; facilitação de pagamentos e; publicação online.

reForço DAs PlAtAFormAs De APoio

5) Expansão e reforço do GUE: expansão faseada para todas as províncias; inclusão do licenciamento comercial e outros.

6) Reforço dos BUE’s: reforço dos serviços da DNRN nos balcões; início do atendimento a médias empresas e da constituição de sociedades comerciais.

7) Portal e Canal Directo: Criação de um Portal Único com toda a informação necessária; constituição de sociedades online e; lançamento de um call center de apoio ao utente.

O Executivo angolano está a prepa-rar um quadro legal de fomento empresarial que visa impulsionar o empreendedorismo e reforçar

a competitividade da economia. Em Julho foi aprovado, pela Assembleia Nacional, a Lei relativa à Redução dos Encargos Le-gais Aplicáveis à Constituição de Socie-dades Comerciais, aguardando-se ainda a sua publicação. A nova lei “incide sobre o processo de constituição de sociedades comerciais mediante a aplicação de um va-lor único”, explica Mara Almeida, directo-ra do Gabinete de Fomento Empresarial e Financiamento à Economia, do ministério da Economia de Angola. Nesse sentido, “foi fixado um valor máximo de 10 000 Kz para a constituição de sociedades comerciais por quotas; e os emolumentos aplicáveis à constituição de sociedades anónimas fo-ram reduzidos para 40 000 Kz, por forma a assegurar um tratamento equitativo face às sociedades por quotas e não introduzir distorções no desenvolvimento de projec-tos empresariais que decorram da selecção da forma societária”, adianta.Esta Lei vem dar corpo às duas primeiras medidas, de um conjunto de sete, prepara-das pelo Executivo com base nos trabalhos do Grupo Interministerial da Iniciativa da

Desburocratização. Durante vários meses este Grupo de Trabalho observou e inspi-rou-se nas melhores práticas internacio-nais de desburocratização do processo de constituição de empresas. Os resultados traduziram-se na definição de um paco-te de acções que contempla a revisão dos emolumentos (a sua redução e implemen-tação de uma taxa única), a simplificação de procedimentos e o reforço das platafor-mas de apoio (ver figura). “Entre os principais obstáculos à consti-tuição de empresas destaca-se o seu custo, que em Angola se situa entre os mais ele-vados do mundo. Para integrar o grupo de países onde é mais económico constituir uma empresa o custo (valor absoluto) te-ria que ser inferior a 158 USD”, especifica Mara Almeida. No estudo conduzido pelo Grupo Interministerial da Iniciativa da Desburocratização, Portugal surge entre o 3º e 4º escalão, lado a lado com a zâmbia, onde a formalização de sociedades comer-ciais tem um custo de 372 USD. Segundo as contas do Grupo Interministerial em Ango-la esse custo chega aos 5957 USD, um valor muito acima do praticado em outros países da região, como a Namíbia, Gabão, Moçam-bique ou África do Sul.

simPliFicAr, eliminAr e reGistAr online Em fase de apreciação pelo Conselho de Mi-nistros encontra-se a Lei da Simplificação, que visa implementar as medidas 3 e 4 do cronograma de acção delineado pelo Grupo Interministerial (ver figura 1), prevendo-se a adopção de medidas associadas à desbu-rocratização do processo de constituição de sociedades, designadamente a elimina-ção do requisito de capital social mínimo, de escritura pública, do certificado de re-gisto estatístico, entre outras medidas. A directora do Gabinete de Fomento Em-presarial e Financiamento à Economia

sublinha que estas medidas decorrem “da política de fomento às MPME, consagrada na Lei nº 30/11, de 13 de Setembro, que tem como um dos pressupostos a desburocrati-zação dos procedimentos administrativos necessários à actividade das empresa”. Uma política já posta em prática noutras iniciativas de fomento empresarial, in-cluindo o Programa Angola Investe. #

Constituir uma empresa em Angola é muito caro e a burocracia interminável. Mas o cenário vai mudar muito em breve. Simplificar e reduzir custos são as pa-lavras de ordem na reforma em curso

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N48 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Vida Empresarial

OlicargO

A entrada de novos accionistas em 2012 ditou o início de uma nova era para a Olicargo. Contrastando com o cenário de crise económica

que se vivia em Portugal, a nova direcção delineou uma estratégia assente na ex-pansão para novos mercados e no reforço da capacidade logística da empresa no ter-ritório nacional. Ambas as linhas de acção foram acompanhadas de uma forte aposta na inovação tecnológica e na qualificação e expansão dos recursos humanos. Ao lon-go dos últimos 24 meses, foram criados 60 novos postos de trabalho. Dando se-guimento ao plano de expansão, foram canalizados fortes investimentos para a construção e aquisição de plataformas lo-gísticas em três localizações chave – Porto, Lisboa e Covilhã. As metas estão traçadas: até 2016 a Olicargo ambiciona ser “a refe-rência do sector logístico a nível nacional”,

Está a nascer uma nova referência na logísticaA entrada de novos accionistas, em 2012, originou mudanças que estão a transformar a Olicargo numa nova empresa. A aposta nos mercados externos e o investimento na criação de plataformas logísticas em Portugal são as faces visíveis de uma estratégia que visa tornar a Olicargo na empresa de referência do sector até 2016.

T ManuEla SouSa GuErrEiro | F olicarGo; Bruno Barata/becoMM; Dr

afirma, convicto, Miguel Gonçalo Silva, ad-ministrador da empresa. O centro logísti-co em Lisboa, totalmente inovador, já está plenamente operacional e em actividade, pelo que vai permitir o desenvolvimento de diversas áreas e serviços”, refere Miguel Gonçalo Silva. A plataforma da Covilhã, por sua vez, especialmente vocaciona-da para a indústria da moda. Em Maio de 2015, será inaugurada a plataforma que a Olicargo está a construir de raíz na Trofa, que terá uma área superior a 70 mil m2. “Estes investimentos permitem-nos desen-volver a bom ritmo e com um feedback ex-tremamente positivo a actividade de logís-tica”, considera o administrador. O reflexo destes investimentos é visível nos resultados da empresa, que desde 2012 tem registado um forte crescimento. “Em 2011 a empresa facturou €3,5 milhões, já em 2013 alcançamos um volume de ne-

gócios na ordem dos €15 milhões e um resultado operacional próximo de €1,5 milhões. Este ano acreditamos que vamos manter o ritmo de crescimento e os bons resultados”, avança Miguel Gonçalo Silva. As previsões optimistas estendem-se tam-bém a 2015. No próximo ano, em virtude da operação do centro logístico de Lisboa e pela entrada em funcionamento das infra--estruturas do grande Porto, a administra-ção da Olicargo espera que a actividade de logística tenha um impacto superior a 20% no crescimento do volume de negócios.A empresa é, ainda, especialista no trans-porte de carga aérea, marítima e terrestre, o que lhe dá uma vantagem acrescida no desenvolvimento da área de ‘project car-go’, isto é, o transporte de cargas que de-vido à sua dimensão e/ou peso não podem ser transportadas de forma convencional. E foram vários os projectos especiais que

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Um serviçO diferenciadO

Paula Peres é a responsável pela área de Exportação para África, uma das que mais tem crescido dentro do grupo. “Angola destaca-se claramente como o mercado que maior crescimento tem registado. Mas não se julgue que é um mercado fácil. É extremamente competitivo e exigente”, sublinha.Um posicionamento diferenciador baseado na inovação, rapidez e qualidade do serviço prestado tem sido a chave para o sucesso. “Acompanhamos de perto todas as fases que envolvem o envio da mercadoria, o seu transporte, desalfandegamento e entrega ao cliente final. Temos uma equipa especializada, que conhece bem todos os trâmites legais e documentais inerentes ao processo de exportação e importação, e estabelecemos parcerias locais que nos garantem rapidez e segurança na entrega das mercadorias ao cliente”, explica. Paula Peres reforça que as operações com Angola não são nem mais nem menos complicadas que com outros mercados.

“Há burocracias a cumprir e prazos a respeitar, como em qualquer outro mercado. Fazemos um acompanhamento personalizado durante todo o processo para que tudo corra conforme o planeado e não haja atrasos, que em Angola acarretam custos muito elevados”, afirma. A Olicargo Angola está presente em Luanda, Lobito e em Cabinda. Porém, o grosso da mercadoria ainda é canalizada para o Porto de Luanda. “Lobito movimenta uma pequena percentagem mas acreditamos que, no futuro, terá um peso muito maior, dadas as potencialidades da região”, considera.

passaram pela Olicargo, entre eles o trans-porte de toda a estrutura metálica para a cobertura do estádio de Manaus, no Brasil, por causa da Copa do Mundo, que envolveu quatro navios com mais de 120 metros de comprimento. “Estamos cientes de que este é um mer-cado muito competitivo mas, ao mesmo tempo, muito dinâmico. Acima de tudo, sabemos que temos bastante margem de progressão, quer a nível nacional quer in-ternacional”, considera Miguel Gonçalo Silva.

expansãO para nOvOs mercadOs“Com a crise económica que se vive em Portugal e na Europa procurámos ex-pandir a nossa actividade para mercados emergentes, como uma forma acrescida de garantir estabilidade. Por motivos vários, estabelecemos como prioridade a entrada em Angola e em Moçambique. Dois anos de actividade em ambos os mercados e o consequente desenvolvimento do negócio mostram-nos que a decisão foi acertada”, sublinha Miguel Gonçalo Silva. Simultaneamente, um terceiro país, África do Sul, surgiu no horizonte de expansão. “Atendendo ao volume de comércio que tanto Angola como Moçam-bique mantêm com África do Sul, faz todo o senti-do estar também neste mercado, razão porque abrimos um posto na Ci-dade do Cabo”, justifica o administrador. A esta-bilidade e a consolidação das operações em Angola, Moçambique e África do Sul trouxeram novas perspectivas de ne-gócio e a expansão para países noutras ge-ografias. Em Outubro, o grupo inaugurou a Olicargo France mas há muitas outras possibilidades em cima da mesa. “Estamos continuamente a analisar novos mercados. Posso adiantar que estamos a desenvolver contactos e a projectar a próxima abertura na China e que é nossa intenção continuar a crescer e a acompanhar os nossos clien-tes para novos mercados”, avança Miguel Gonçalo Silva.

Um mercadO em expansãODe entre as várias apostas internacionais da Olicargo, o mercado angolano tem-se afirmado como “decisivo para o crescimen-to”. A entrada no país passou pela criação

de uma empresa de direito local, a Olicar-go Angola, que é detida a 100% pelo grupo português. A primeira viagem, de prospec-ção, foi fundamental para a definição da estratégia de entrada neste país. “Demos entrada com o projecto de investimento na ANIP e preparámos a base de sustenta-ção para o investimento, que envolveu um esforço financeiro considerável na insta-lação e criação de condições logísticas lo-cais. Convém sublinhar“, reforça Miguel Gonçalo Silva, “que a Olicargo Angola é uma empresa nova, num mercado em que a maioria dos fornecedores não dá crédi-to, o que obriga a um esforço de tesoura-ria bastante elevado”. Para o rápido crescimento da actividade da Olicargo Angola contribuiu o aumento

de exportações de Portugal para este país, mas não só. “Começámos por colaborar com empresas com que já trabalhávamos em Portugal e, aos poucos, fomos ganhan-do o reconhecimento do mercado. Muito em especial, da indústria de Petróleo & Gás, um sector que é muito exigente e que nos obriga a uma melhoria contínua da nossa performance, mas que pratica mar-gens muito atractivas”. Em menos de dois anos a empresa conquis-tou uma posição efectiva em Luanda e no Lobito. Já em Novembro foi inaugurado o escritório de Cabinda, justificado pelo aumento da carteira de clientes ligado à indústria petrolífera. No total, a Olicargo Angola emprega já 60 colaboradores. #

angOla e mOçambiqUe fOram priOritáriOs na estratégia de expansãO. dOis anOs depOis, O desenvOlvimentO dO negóciO mOstra qUe esta decisãO fOi acertada”, Miguel Gonçalo Silva,

administrador da Olicargo

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mundicenternegócios no lugar certo!

A empresa que em Portugal detém e gere oito superfícies comercias (Amoreiras Shopping, Arena, Bra-ga Parque, Campus de S. João,

Oeiras Parque, Spacio, Strada e Alvalade) foi a vencedora do contrato de consultoria e gestão do Fortaleza Shopping, lançado pelo grupo SOPROS – Sociedade Angolana de Promoção e Exploração de Shoppings. A nova infra-estrutura comercial da capital angolana vai ter cerca de 18 mil m2 de área comercial e uma localização privilegiada sobre a Baía de Luanda, uma das zonas mais nobres da cidade. “Esta expansão para Angola surgiu muito naturalmente”, refere Fernando Oliveira, administrador da Multicenter. “Ao longo das últimas três dé-cadas reunimos competências em todas as áreas relacionadas com a gestão de uma su-perfície comercial, desde a sua concepção, à comercialização e manutenção, pelo que, começámos a explorar as oportunidades

T ManuEla SouSa GuErrEiro | F Bruno Barata, MunDicEntEr

que existem no mercado para prestar esse serviço a terceiros. Uma vez que o grupo Alves Ribeiro, o nosso maior accionista, já está posi-cionado no mercado angolano há alguns anos, surgiu o contacto do grupo SOPROS. Ganhámos o concurso e iniciá-mos o trabalho de assessoria ao projecto do Fortaleza Shopping”, explica o respon-sável da Mundicenter. O trabalho começou muito antes de saber--se a data de abertura ao público. “Estamos a finalizar o layout da estrutura, pelo que só mais à frente vamos estar em condições de avançar uma data de abertura. Se tudo correr bem, o Fortaleza poderá estar pron-to para ser inaugurado no final de 2015/ início de 2016”, arrisca Fernando Oliveira. Segundo o administrador, é também cedo para avançar com os nomes das marcas que vão estar presentes. Porém, e apesar

da fase de comercialização do espaço ain-da não ter arrancado, Fernando Oliveira diz que a empresa já foi contactada “por vários operadores interessados, inclusi-ve por distribuidoras cinematográficas (cinemas), em especial de origem sul afri-cana”. Estas manifestações de interesse não surpreendem, pois o mesmo se passa noutros sectores de actividade. A reduzida oferta de produtos e serviços no mercado, impulsionada por uma classe média em as-censão, são argumentos de peso suficiente para atrair investidores. Mas serão estes argumentos suficientes para convencer a Mundicenter a investir no sector imobiliá-rio em Angola? “Neste momento não é esse o objectivo. Vamos ver como o mercado evo-lui. No entanto, temos outros projectos em análise, também na área da prestação de serviços e de acordo com os critérios que temos estado falar – apoio à concepção, comercialização e gestão dos activos. Será por esta via que iremos desenvolver a nos-sa actividade em Angola”, reitera Fernando Oliveira.

investir em nichOs de mercadONos últimos anos a aposta da Mundicen-ter em Portugal passou pelo investimento

na modernização/reconversão e ex-pansão dos centros comerciais

que detém. Uma forma de contrariar a crise, criar

expectativas junto dos consumidores e aumen-tar as vendas. Entre Ja-neiro e Junho de 2014, em termos acumulados,

as vendas nos centros co-merciais da empresa cres-

ceram 8% face ao período homologo.“A nossa filosofia não

é a de construir, realizar mais-valias e vender. Apostamos no médio e longo pra-zos, temos uma postura conservadora. Um bom projecto começa pela sua localização, pela capacidade de gerar vendas e de atrair pessoas. Quanto maiores forem estas capa-cidades, mais rapidamente se atinge o pay back do investimento. O negócio imobiliá-rio raramente tem um pay back curto, pelo que analisamos com muito cuidado novos investimentos”, explica o administrador da Multicenter. Contudo, não estão afastados novos investimentos no mercado, desde que sejam “complementares ou, então, di-ferenciadores. Mais do mesmo não vale a pena”, assegura Fernando Oliveira. #

negócios no lugar certo!

mundicenter

Trinta anos depois de ter revolucionado o comércio a re-talho com a abertura do Amoreiras Shopping Center, em Lisboa, a Mundicenter inicia agora o processo de interna-cionalização e expansão para o mercado angolano.

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N52 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Vida Empresarial

bic seguros a nova seguradora do banco angolano

O Banco BIC lançou a BIC Seguros. Com uma oferta universal, a nova companhia de seguros vai distribuir os seus produtos através da rede de balcões do Banco BIC. O objectivo é crescer rapidamente num mercado em que a taxa de penetração dos seguros é de 1%.

T ManuEla SouSa GuErrEiro | F Dr

Agora o BIC também é BIC Segu-ros. A companhia de seguros do banco angolano foi lançada com um capital social de 15 mi-

lhões de USD e uma oferta que engloba tanto produtos do ramo Vida como Não Vida. Pelo potencial de crescimento que detêm, a BIC Seguros aposta sobretudo nos seguros de Vida, Automóvel, pesso-ais (acidentes de trabalho e acidentes pessoais) e nos multi riscos habitação, muito embora a oferta disponibilizada

a clientes particulares e empresas seja mais alargada. “As coberturas de riscos de maior complexidade e dimensão esta-rão também disponíveis, mas numa base “stand alone”, por forma a que possamos criar os níveis de protecção necessários e adequados às empresas e aos seus negó-cios”, reforça Fátima Monteiro, Presiden-te da Comissão Executiva. O principal ca-nal distribuição vai ser o dos balcões do Banco BIC espalhados por todo o territó-rio, sistema este que é inovador no país.

Tirando partido do facto do Banco BIC ser um dos maiores bancos privados em Angola em termos de cobertura ge-ográfica, a BIC Seguros contará, assim, e no imediato, com uma rede comercial composta por 220 agências espalhadas por todas as porvíncias de norte a sul do país. Pela facilidade de acesso e proximi-dade à população “este modelo é um im-portante veículo de promoção da cultura de seguros em Angola”, considera Fáti-ma Monteiro.

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Vida Empresarial

Para além da rede bancária, a distribui-ção será feita também por mediadores, “de preferência exclusivos”, e pelos “prin-cipais corretores já presentes no merca-do segurador”.

Um mercadO cOm matUridade ainda mUitO redUZidaNos últimos três anos o sector segurador registou um crescimento significativo no número de companhias a operar, mas a maturidade é ainda bastante reduzida. “Apesar de existirem seguros obrigató-rios, as taxas de penetração e densidade que os produtos de seguros apresentam são ainda muito baixas (inferior a 1%), o que reflete um desconhecimento muito acentuado do produto “seguros” e uma fraca cultura de seguros por parte da população em geral”, sublinha Fátima Monteiro. Para a presidente da Comissão Executiva da nova seguradora do univer-so BIC, a baixa taxa de penetração dos seguros representa uma oportunidade de crescimento do negócio mas também continua a colocar grandes desafios ao desenvolvimento do sector segurador.

“Há ainda uma necessidade de constan-te adequação da legislação à realidade”, reitera a responsável da BIC SEGUROS. Fátima Monteiro considera que, com a constituição da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (AR-

SEG), “estão reunidas as condições para uma maior intensidade das boas prá-ticas de supervisão e regulamentação do sector”. A formação de quadros será igualmente uma das apostas da BIC Se-guros. #

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N56 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Vida Empresarial

França, o Luxemburgo, os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a África do Sul, a Venezuela ou Macau/China”. A LINk quer tirar partido das relações que a EY foi construindo e cimentando ao longo dos anos nos mercados onde está presente, ao mesmo tempo que pretende reforçar a liga-ção com as agências locais de promoção do investimento. “Há muito que nos posicio-namos como uma empresa de excelência e de referência nestas geografias. A nossa conduta, a forma de trabalharmos e de es-tar serão mantidas. O que iremos reforçar é o nosso foco e o trabalho conjunto com as agências de promoção de investimentos locais, designadamente a aicep Portugal Global, a ANIP (Angola), a APEX (Brasil) e o CPI (Moçambique)”, realça Luis Marques. Para desenvolver a rede e divulgar o con-ceito LINk estão a ser preparados uma

“A LINk é uma rede que nasceu dentro da EY e que tem como objectivo aproximar os paí-ses lusófonos através da faci-

litação e da promoção do investimento nos seus mercados, designadamente pela cria-ção de uma plataforma que seja sustentá-vel e eficaz na promoção de negócios entre os países da Lusofonia e entre estes e mer-cados terceiros”, sintetiza Luís Marques, Office Managing Partner da EY em Angola. Antes de mais, porém, é preciso explicar a importância da língua, o pilar que está na origem, que sustenta e dá razão de ser à LINk. “Para além de ser a língua oficial em nove países, incluindo a Guiné Equatorial, que é um país da CPLP, é falada por 260 milhões de pessoas; é a língua falada por comunidades de emigrantes com dimen-são relevante em países como o Canadá, a

série de encontros nos diferentes países. O primeiro “LINk” teve lugar em Lisboa, em meados de Outubro, e contou com a presença do Ministro das Finanças da Gui-né Equatorial, do secretário Executivo da CPLP, do presidente da aicep Portugal Glo-bal, para além de representantes de Ango-la, Brasil e Moçambique.“O próximo encontro será reagendado em breve para um dos outros países. Em todos os encontros, as agências de promoção do investimento de Portugal, de Angola, do Brasil e de Moçambique serão convidadas a fornecer informações relativas aos fac-tores de atractividade, ao enquadramen-to legal das operações de investimento estrangeiro, oportunidades de negócio e instrumentos locais de incentivo ao inves-timento”, adianta Luís Marques. O nome, em inglês, contrasta com a inten-

link uma rede lusófona para o investimento A Lusophone Investment Network - LINk - nasceu em outubro pela mão da EY Portugal. O objectivo é o de facilitar e promover o investimento entre os países lusófonos e entre estes e outros mercados.

T ManuEla SouSa GuErrEiro | F EY; becoMM; Dr

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ção de criar uma “rede lusófona”, ou não? “A EY é uma empresa global, com 190 000 colaboradores, espalhados por 700 escritó-rios em 150 países. Diria que os mercados primários da LINk são os países da lusofo-nia e todos os países com comunidades de emigrantes de língua portuguesa, e que os mercados secundários são todos os países onde a EY marca presença e utiliza a sua rede. Não podemos ignorar o potencial de investimentos provenientes do exterior (inbound) que estes países representam, daí a necessidade de dotar a LINk com uma mensagem de cariz multinacional manten-do necessariamente uma identidade forte e própria inerente à língua portuguesa”, justifica Luís Marques.

ecOnOmias em expansãO e cOm maiOr abertUraPara além da língua portuguesa, países como Moçambique, Angola e Brasil têm em comum o facto de estarem a passar por profundas reformas económicas. “Assisti-mos a mudanças significativas nas menta-lidades, a uma maior abertura ao exterior, a um esforço relevante em adoptar boas práticas internacionais”, comenta, acres-centando: “estamos num momento de ‘não retorno’, em que nada ficará como dantes e o futuro trará não só desafios como novas oportunidades”. “No caso concreto de Angola, o país está de facto a atravessar uma fase de grandes mudanças em vários domínios há algum tempo: a Lei que regula o investimento privado ainda é bastante jovem (foi apenas aprovada em Maio de 2011), o processo de reforma tributária em curso é transver-sal e global, toca em praticamente todas as áreas da tributação; há novas regras cambiais; novas regras para o exercício da profissão de auditor e de contabilista; está em curso a criação de um mercado de ca-pitais; promove-se a instituição de regras de Corporate Governance; aplicam-se e criam-se novas regras de funcionamento e fiscalização do sistema financeiro,... To-das estas mudanças, tendentes a colocar o país alinhado com as melhores práticas internacionais, criam desafios enormes para os agentes económicos, mas também para as próprias entidades reguladoras do mercado. A simbiose de tudo isto gerará, sem dúvida, uma multiplicidade de oportu-nidades para investidores que queiram de facto apostar no mercado e nos seus recur-sos, com um compromisso firme de longo

Segundo Luís Marques, nos últimos anos a consultora tem reforçado a sua presença local, acompanhando o crescimento do vo-lume de investimento externo no país e o interesse que o mercado tem despertado à escala global. “Actualmente o nosso escritório é compos-to por cerca de 100 colaboradores, e temos feito uma grande aposta na contratação de licenciado angolanos. Já este ano a EY e a Universidade Católica de Angola firma-ram um protocolo que estende a esta ins-tituição o programa de ‘Bolsas de Estudo e Empregabilidade EY’. O programa está totalmente comprometido com o sucesso e inclui um contrato de trabalho para os melhores alunos de cada curso abrangido pelo programa (Economia, Contabilidade e Gestão, Contabilidade e Finanças e Direito com componente de fiscalidade); o supor-te dos encargos financeiros do curso aca-démico; atribuição de um valor destinado ao suporte de gastos de subsistência para alunos que alcançem as metas académicas e que pretendam frequentar um curso de pós-graduação nesta Universidade”, afir-ma Luís Marques. #

prazo”, sustenta Luís Marques. Quer Angola quer Moçambique posicio-nam-se como ‘portas’ de investimento para África. Um estudo recente da EY sobre o nível da atractividade de África em termos de investimento coloca Angola em 4ª lugar no ranking. Esta é uma oportunidade, so-bretudo, para os empresários lusófonos, já que, “por razões que se prendem com as-pectos logísticos e burocráticos, constata--se que os grupos de cariz multinacional tendem a preferir outras jurisdições do continente africano para alavancarem os seus planos de expansão”.

presença lOcal refOrçada A operar em Angola desde 1957, a EY está hoje entre as big 4 do sector de auditoria, consultoria e assessoria em transacções. “Trabalhamos uma vasta panóplia de sec-tores, merecendo algum destaque o sector petrolífero na vertente “upstream & do-wnstream”, e toda a indústria de suporte a esta actividade. Estamos igualmente pre-sentes no sector financeiro, bem como no sector empresarial ligado ao Estado”, refe-re o Managing Partner da EY em Angola.

“angOla está a atravessar Uma fase de grandes mUdanças em váriOs dOmíniOs e há já algUm tempO. tOdas estas mUdanças, tendentes a cOlOcar O país alinhadO cOm as melhOres práticas internaciOnais, criam desafiOs enOrmes para Os agentes ecOnómicOs e entidades regUladOras”, Luís Marques, Office Managing Partner da EY em Angola

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N58 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

breves empresariais

nabeiro adquire liangolO grupo Nabeiro, através da Angonabeiro, adquiriu em Novembro a totalidade do capital da empresa pública de produção de café, Liangol. A privatização da Liangol foi realizada por ajuste directo, através de um decreto executivo conjunto dos ministérios da Economia, liderado por Abrahão Gour-gel, e da Indústria, tutelado por Bernarda Henriques da Silva. A decisão do Governo angolano foi justificada pelo programa de desenvolvimento económico nacional vigente, que procura “valorizar as unidades industriais com elevado potencial de cresci-mento e geradoras de divisas”. A Angonabeiro pretende agora “expandir a produção e comercialização, no mercado nacional e internacional, da marca Ginga, com a injecção de capitais adicionais, tecnologia e know-how na cadeia produtiva e nos canais de distribuição”. O preço de venda será determinado com base numa avaliação patrimonial actualizada ainda a

Transportes e pré-fabricados são chave para o sucesso

sumol + compal marcas em parceria com castel

A empresa de Paredes de Coura, no norte de Portugal, está desde 2007 em Angola a actuar em duas vertentes: transporte de mercadorias e instalação de módulos pré--fabricados. A Trancoura Angola facturou o ano passado perto de três milhões de euros. O transporte de mercadorias, que envolve cerca de duas dezenas de camiões pesados a operar entre Luanda e as várias províncias, é a área que tem maior peso na facturação da empresa, mas é no fornecimento e insta-lação de pré-fabricados que se tem verificado um maior crescimento. Nesta área, a oferta da Trancoura Angola compreende módulos pré-fabricados com 15 m2 cada, que podem ser acoplados para formarem casas, escolas, clínicas e, inclusive, pequenos hospitais, num sistema que garante ainda o tratamento de água e o fornecimento de electricidade. Entre os projectos já entregues contam-se clínicas, cantinas e dormitórios, instalados no Sumbe e no Soyo, para a polícia, exercito e organizações não governamentais. No total, a empresa terá instalado em Angola perto de um milhar destes módulos.

realizar. A reabilitação da fileira do café, que já foi uma das matérias-primas mais exportadas por Angola, é um dos clusters prioritários do Governo angolano. O Grupo fundado pelo Comendador Rui Nabeiro está desde 2000 em Angola, tendo sido res-ponsável pela realibilitação da unidade de café Liangol. A unidade voltou a laborar em 2001, retomando a actividade de torrefac-ção do café e o início da recuperação da marca Ginga no mercado. Hoje, a Angona-beiro trabalha com cerca de duas centenas de pequenos e médios produtores de várias províncias, mas há ainda um longo caminho a percorrer até à recuperação de um sector que já chegou a exportar perto de 200 mil toneladas de café por ano. “Esta cadeia e esta fileira necessitam de ser apoiadas e

estimuladas pelas áreas de tutela, face ao potencial agrícola do país para esta cultura e sua tradição e pelo potencial exportador que a cultura de café apresenta. Com este desenvolvimento será possível estimular o cultivo dos campos e a fixação das popula-ções, ao mesmo tempo que estaremos a tra-balhar um produto com potencial que pode ajudar a equilibrar a balança comercial com alguns países europeus, ou outros. Angola continua a ter um enorme potencial nesta área, e a Angonabeiro continua a acreditar que, com uma aposta continuada neste sector, este poderá tornar-se novamente um dos símbolos de Angola”, afirmou no final de 2013, Rui Miguel Nabeiro, presi-dente executivo do grupo Nabeiro à revista Negócios.

O grupo português de refrigerantes Sumol+Compal S.A. vai vender 49,9% da sua

participada Sumol+Compal Marcas à Copagef S.A., empresa do grupo francês Castel, que em Angola

produz a cerveja Cuca. A Sumol+Compal Marcas é a sociedade do grupo que desenvolve a gestão de marcas e a produção e comercialização de bebidas de alta rotação. A compra e venda de acções representativas de 49,9% do capital social e das prestações acessórias da Sumol+Compal Marcas será realizada pelo valor de 88 milhões de euros, gerando uma mais-valia de 15 milhões de euros para a Sumol+Compal. O acordo assinado prevê ainda que antes do “fecho da transação, a Sumol+Compal Marcas adquirirá 90% do capital social da ‘Sumol+Compal Internacional’ à Sumol+Compal S.A, , passando assim a deter a totalidade do capital da empresa. Nos últimos anos o grupo portu-guês tem vindo a reforçar a sua presença em África, designadamente em Moçambique, onde conta já com uma unidade fabril, e em Angola, onde está a construir uma unidade fabril destinada à produção e embalamento de sumos, néctares e refrigerantes, que representa um investimento total de 51 milhões de USD. O grupo espera que esta alteração da estrutura acionista da Sumol+Compal Marcas “contribua para um desenvolvimento significativo das principais marcas do grupo nalguns mercados africanos”, refere a nota enviada à CMVM.

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59Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

A cadeia de hotéis angolana detida pelo grupo Socinger, Skyna Hotel, vai investir 22 milhões de euros na abertura de uma unida-de hoteleira em Portu-gal. Vocacionado para o segmento empresarial, o Skyna Hotel Lisboa será uma unidade de 4 estrelas e deverá abrir ao público em Março do próximo ano. A projecto de restauração e adaptação de dois edifícios já existentes às exigências de um hotel de 4 estrelas já está em curso.

A partir de 2017 Angola poderá contar com mais de 4000 MW de electri-cidade. O aumento de capacidade vai decorrer do alargamento da barragem de Cambam-be, que passará dos 276 MW para mais de 2000 MW, e da construção da barragem de Laúca, também no rio Kwanza, cuja conclusão está prevista para 2017 e que irá gerar outros 2000 MW de energia. A falta de energia é um dos maiores constrangi-mentos ao crescimento da indústria nacional.

Skyna Hotel em Lisboa

4000 MW mais em 2017

cUrtas

Em entrevista concedida a meios de comunicação em Portugal, o presidente exe-cutivo do Banco BIC Português, Mira Amaral, avançou que a instituição que preside irá lançar uma linha de crédito destinada a financiar empresas portuguesas. Sem avançar as condições específicas, o banqueiro prefere frisar quais as empresas que não serão elegíveis: nem as demasiado endividadas nem aquelas que hoje estão apenas dependentes do mercado doméstico português, que sofreu uma forte contração nos últimos anos. “As empresas que não têm mercado e estão altamente endividadas não podem esperar que seja um banco comercial, como o Banco BIC, a financiá-las”. À semelhança do que afirmou na última entrevista que concedeu à Revista Negócios, Mira Amaral voltou a enfatizar que em Portugal “não existe um problema de liquidez mas sim um problema de qualidade de risco de crédito”. Prova disso mesmo é o montante que o Banco BIC vai canalizar para esta linha de crédito, 1,5 mil milhões, que, segundo Mira Amaral, “poderia ser muito maior”.

Banco BIC Português vai lançar linha de crédito de €1,5 mil milhões

A Cerâmica Industrial e Comercial (CIC) deverá atingir o pico de produção já em 2015. Localizada na estrada do Catete, a maior fábrica de tigolos de Angola re-presentou um investimento de €23 milhões e tem capacidade para produzir cerca de 100 mil tijolos por dia. A fábrica de direito angolano e de capital misto luso angolano está instalada numa área total de 30.000 m2, dos quais 10.584m2 em área coberta, e extrai directamente as matérias-primas das reservas próprias.

feiras angOla fipa 20141º Salão das Pescas e Aquacultura.data 27 a 30 de Novembro de 2014lOcal Filda, Luanda

agrOangOlaFeira internacional da agricultura, pecuária, alimentação e floresta de Angola.data 11 a 14 de Dezembro de 2014lOcal Filda, Luanda

feiras pOrtUgal interdecoração 2015Arte da decoração; Arte da mesa e da cozinha; Ambientes; Festa e Presentes.data 29 Janeiro a 1 Fevereiro 2015lOcal Exponor, Porto

btl 2015 Alimentos, hotelaria, lazer, serviços, turismo, gastronomia, hotéis operadores de turismo, viagens. data 25 Fevereiro a 1 Março 2015lOcal FIL - Feira Internacional de Lisboa

sisab 2015 Grande plataforma de negócios para o sector de alimentos e bebidas. data de 2 a 4 Março 2015lOcal Pavilhão Atlântico, Lisboa

cic com capacidade para produzir 100 mil tijolos/dia

A Soapro, um grupo angolano que actua nas áreas de consul-toria de arquitectura, engenharia e ambiente, celebrou 25 anos de actividade. Com sede em Luanda, o grupo tem hoje uma presença em todo o território na-cional. Com uma equipa composta por 190 colaboradores o grupo comemorou os 25º aniversário com uma acção de team-building realizada em Luanda.

Soapro come- mora 25 anos

55 000nOvOs empregOs deverãO ser geradOs pelOs prOgramas ‘angOla investe’, ‘meU negóciO’ e ‘minha vida’.

no próximo ano o estado angolano deverá canalizar mais 49 mil milhões de akZ para estes programas.

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N60 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

Cultura

ensa arte em expOsiçãO

Depois da exibição na 55ª Bienal de Veneza (integrada no Pavilhão de Angola, distinguido com o ga-lardão ‘Leão de Ouro’) e no Museu

Luigi Pigorini, em Roma, e antes de seguir para Paris, a exposição itinerante de arte contemporânea angolana composta por 27 obras do acervo da ENSA - Seguros de Angola esteve patente ao público em Por-tugal.A iniciativa foi da Embaixada de Angola, que encontrou eco na Câmara Municipal de Oeiras, que cedeu salas do Palácio Mar-quês de Pombal para a exposição de peças

‘cores e formas de angola’

27 obras do acervo da colecção ENSA Arte expostas no Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, entre 3 e 19 de Outubro.

T criStina caSalEiro | F Bruno Barata/EnSa

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N62 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

da colecção ENSA ARTE. Na cerimónia de inauguração participaram José Marcos Barrica, Embaixador de Angola em Portu-gal, Luandino de Carvalho, artista plástico e adido cultural da Embaixada de Angola em Portugal; Manuel Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da ENSA, e Augusto Tito Mateus, director de Marke-ting e Comunicação da seguradora; Paulo Vistas e Marlene Rodrigues, respectiva-mente presidente e vereadora da cultura da Câmara Municipal de Oeiras, entre outros convidados.Marco Kabenda, Luandino Carvalho e Lino Damião foram alguns dos artistas plásticos e representantes da cultura angolana que estiveram presentes na cerimónia de inau-guração. “O Prémio ENSA Arte foi criado há mais de 20 anos. E foi criado em função da importância que atribuímos à dimensão cultural na nossa política de responsabi-lidade social. O crescimento do país não pode ser só económico e social, tem de ter igualmente uma dimensão cultural. E a ENSA tem procurado contribuir activamen-te nessa vertente. Desde a primeira edição que ficamos com as obras premiadas, pelo que cada uma delas tem de mais significa-tivo: o de serem feitas por angolanos, com materiais e técnicas próprias que estão in-trínsecamente ligadas à nossa identidade nacional, ao nosso país”, explicou Manuel Gonçalves à revista Angola Portugal Negó-cios.O presidente do Conselho de Administra-ção da maior seguradora angolana avançou também que está a equacionar a avaliação da colecção por peritos de arte internacio-

nais de idoneidade reconhecida, bem como a constituição de uma Fundação dedicada à gestão do vasto património, constituído por centenas de peças de escultura e pin-tura de artistas plásticos angolanos. Outra possibilidade a médio prazo é a de encon-trar um local apropriado para a exposição permanente de parte da colecção, tornando--a assim acessível ao público. No entanto, Manuel Gonçalves confessa que a ausência dos quadros e das esculturas é sentida por todos.”Sentimos saudades das obras que têm estado fora pois estavam expostas nos gabinetes, salas e corredores da empresa. Fazem parte de nós”, diz, sorrindo, o PCA da ENSA. Do Palácio Marquês de Pombal em Oeiras, a exposição segue para Paris, mas com a perspectiva de prosseguir para a Ale-manha e, posteriormente, para geografias mais longínquas: China, Japão e EUA. #

Cultura

“O prémiO ensa arte fOi criadO há mais de 20 anOs. e fOi criadO em fUnçãO da impOrtância qUe atribUímOs à dimensãO cUltUral na nOssa pOlítica de respOnsabilidade sOcial”, Manuel Gonçalves, Presidente do Conselho de Administração da ENSA

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63Nrevista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100 N63 REVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGóCIOS

JANEIRO • FEVEREIRO • MARçO 2014 • Nº 97

do seu estatuto orgânico. Nomeação do Conselho de Ad-ministração – Decretos Presidenciais nº 181/14, de 28 de julho, e nº 265/14, de 18 de setembro.

sistema financeirO e pOlítica ecOnómicam Aprovação da constituição da Sociedade Seguradora Prefira Seguros, S.A. – Despacho nº 1451/14, de 8 de julho.m Aprovação da constituição da Sociedade Seguradora Sentrust – Companhia de Seguros, S.A. – Despacho nº 1452/14, de 8 de julho – Rectificação nº 11/14, de 18 de julho, publicada no D.R. nº 133, I Série.

empresasm Aprovação do regulamento com os procedimentos de implementação e monitorização dos apoios institucio-nais criados pela Lei nº 30/11, de 13 de setembro – das Micro, Pequenas e Médias Empresas – Decreto Executivo Conjunto nº 157/14, de 4 de junho.m Das Empresas Privadas de Segurança – Lei nº 10/14, de 30 de julho.m Criação da Central de Compras e Aprovisionamento de Medicamentos e Meios Médicos de Angola, abrevia-damente designada por CECOMA, e aprovação do seu estatuto orgânico – Decreto Presidencial nº 269/14, de 22 de setembro.m Estabelecimentos dos encargos legais aplicáveis no processo de constituição de sociedades comerciais – Lei nº 16/14, de 29 de setembro.

cOnstrUçãO e Obras pÚblicasm Autorização ao Ministro da Construção para proceder à contratação de empresas de fiscalização necessárias à implementação dos 63 novos projetos do pelouro que dirige, inscritos pelo Ministério do Planeamento e De-senvolvimento Territorial no Programa de Investimen-tos Públicos, sem que se altere o valor global aprovado superiormente – Despacho Presidencial nº 167/14, de 18 de agosto.

atividades ecOnómicas e desenvOlvimentOm Aprovação do regulamento sobre os procedimentos e critérios de confirmação de contratos de empreitadas de obras públicas, prestação de serviços e fornecimento de bens, inscritos no Programa de Investimento Públi-co, bem como os contratos de consultoria e assistência técnica, nos termos dos limites de despesas fixados para fiscalização preventiva na Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado - Decreto Executivo n.º 155/14, de 27 de Maio.m Criação do Gabinete Técnico de Coordenação e Acom-panhamento dos Projectos da Cidade de Luanda, abre-viadamente designado por GATEC, coordenado por Luís Filipe da Silva, Secretário de Estado das Águas – Despa-cho Presidencial nº 128/14, de 29 de maio.m Aprovação do estatuto orgânico do Gabinete de Ges-tão do Programa Espacial Nacional, abreviadamente designado por GGPEN – Decreto Executivo nº 183/14, de 20 de junho.m Aprovação do plano de investimento para a criação e divulgação nacional e internacional da marca de turis-mo Angola – Decreto Presidencial nº 203/14, de 14 de agosto.m Criação de uma comissão de monitoramento e do gru-po técnico de trabalhos para a transferência da raiz do domínio ao de Portugal para Angola – Despacho Conjun-to nº 1504/14, de 11 de setembro.m Aprovação do Programa de Potenciação do Crédito à Economia – Decreto Presidencial nº 292/14, de 21 de outubro.

legislaçãO pUblicada em angOla em 2014 energia e ágUasm Aprovação do estatuto orgânico do Instituto Nacional de Recursos Hídricos, abreviadamente designado por INRH – Decreto Presidencial nº 205/14, de 15 de agosto.m Aprovação do estatuto orgânico do Instituto Re-gulador do Sector Eléctrico – Decreto Presidencial nº 208/14, de 18 de agosto.

cOmérciOm Alteração da redação do nº 1 do artº 11º do Aviso nº 19/12, de 25 de abril, sobre as regras e procedimentos a observar na realização de operações cambiais destina-das ao pagamento de importação, exportação e reex-portação de mercadorias na República de Angola – Aviso nº 3/14, de 12 de agosto.m Estabelecimento das regras e procedimentos do Pro-cesso Simplificado para o Pagamento da Importação de Mercadorias, doravante referido como Processo Simpli-ficado – Aviso nº 4/14, de 12 de agosto.m Criação do gabinete técnico para implementação e requalificação de infraestruturas logísticas e comer-ciais, abreviadamente designado por GATIC, coordenado pela Ministra do Comércio – Despacho Presidencial nº 184/14, de 18 de setembro.

gOvernO e administraçãO pÚblicam Exoneração e nomeação dos novos Vice-Governadores das Províncias do Huambo e da Lunda Sul para o sector económico (Joaquim Rodrigues da Conceição e João Fu-cungo) – Decretos Presidenciais nº 192 a nº 195/14, de 11 de agosto.m Nomeação de Zacarias Sambeny para o cargo de Se-cretário de Estado das Pescas para Aquicultura – Decreto Presidencial nº 196/14, de 11 de agosto.m Nomeação de Luís de Almeida para o cargo de Embai-xador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola, acreditado na Missão de Angola junto da Comu-nidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP – Decre-to Presidencial nº 226/14, de 1 de setembro.m Criação do Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas, abreviadamente dedignado por SETIC-FP, e aprovação do seu estatuto orgânico – Decreto Presidencial nº 232/14, de 5 de se-tembro.m Exoneração do Secretário de Estado da Construção (Ilídio de Jesus Braz Martins) e nomeação do seu suces-sor (Euclides Manuel de Carvalho) – Decretos Presiden-ciais n.º 234 e nº 236/14, de 5 de setembro.m Aprovação da movimentação de diversas individuali-dades ao nível das Organizações Internacionais em que Angola se insere: Mawete João Baptista, Domingos Kaja-ma, Armando da Cruz Neto, Ágata Maria Florindo Mbaka Raimundo – Resolução nº 56/14, de 11 de setembro.m Exoneração do Governador e dos Vice-Governadores para os Setores Político e Social e Económico da Pro-víncia de Luanda; nomeação dos respetivos substitutos (respetivamente Graciano Francisco Domingos e Joveli-na Alfredo António Imperial) – Decretos Presidenciais nº 256, nº 257, nº 258, nº 262 e nº 263/14, de 18 de se-tembro.m Nomeação de Miguel Paulino Augusto de Almeida para o cargo de Secretário de Estado para as Minas – De-creto Presidencial nº 276/14, de 23 de setembro.,m Criação do Instituto de Supervisão de Jogos e aprova-ção do seu estatuto orgânico – Decreto Presidencial nº 290/14, de 14 de outubro.

meiO ambientem Criação da Agência Nacional de Resíduos e aprovação

petróleO e gásm Autorização à Statoil Angola Block 15/06 Award A.S. para proceder à cessão da totalidade da sua participação associativa, correspondente a 5%, no Contrato de Parti-lha de Produção do Bloco 15/06 à Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. – Decreto Executivo nº 158/14, de 4 de junho.m Autorização da cessão de 10% do interesse partici-pativo detido pela Sonangol Pesquisa e Produção no Contrato de Partilha de Produção do Bloco 4/05 para a empresa Prodoil – Decreto Executivo nº 159/14, de 4 de junho.m Concessão à Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, SONANGOL – E.P., adiante designada por Con-cessionária Nacional, dos direitos mineiros para desen-volver e produzir hidrocarbonetos gasosos na área de concessão do Bloco 15/14 – Lira – Decreto Presidencial nº 152/14, de 12 de junho; do Bloco 1/14 – Decreto Pre-sidencial nº 153/14, de 12 de junho.m Autorização da cessão de 40% do interesse participa-tivo detido pela Petrobras International Braspetro B.V. (PIBBV) no Contrato de Partilha de Produção dos Blocos 6/06, 26, 18/06 e 2/85, para a empresa participada Pe-trobras Oil & Gás B.V. – Decretos Executivos nº 165, nº 170, nº 171 e nº 175/14, de 12, 16, 18 e 19 de junho.m Exclusão das empresas Nazaki Oil and Gaz, S.A. dos Consórcios dos Blocos 9/09 e 21/09 e da Falcon Oil Holding Angola, S.A. do Contrato de Partilha de Produ-ção do Bloco 18/06 – Decretos Executivos nº 258 a nº 260/14, de 26 de agosto.m Concessão à Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola – Sonangol, E.P., adiante designada por conces-sionária nacional, dos direitos mineiros de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbo-netos líquidos e gasosos nas áreas de concessão dos Blocos KON 12, KON 2, KON 11, CON 4 e KON 4 – Decretos Presidenciais nº 270 a nº 272/14, de 22 de setembro; nº 275/14, de 23 de setembro; nº 282/14, de 30 de setem-bro (revogam toda a legislação que contrarie o neles disposto).m Determinação de que a entidade concessionária pela superintendência logística do sistema de derivados do petróleo e as entidades titulares de licenças de venda de produtos petrolíferos a retalho ficam obrigadas a con-tribuir anualmente para o orçamento do Instituto Regu-lador dos Derivados do Petróleo – Despacho Conjunto nº 1522/14, de 22 de setembro.m Aprovação do regulamento sobre as especificações dos produtos petrolíferos comercializáveis em Angola – Decreto Executivo nº 288/14, de 25 de setembro.m Aprovação do regulamento técnico sobre o projecto, a construção, a exploração e a manutenção das insta-lações de armazenamento de gás de petróleo liquefeito (GPL), com capacidade de armazenamento inferior ou igual a 200 m3 – Decreto Executivo nº 295/14, de 29 de setembro.

sistema fiscal e preçOsm Aprovação da taxa dos encargos de cobrança a que se refere o artº 6º do Regulamento de Cobrança da Taxa de Circulação e Fiscalização de Trânsito através dos Selos de Circulação – Despacho nº 1449/14, de 7 de julho.m Aprovação da revisão e republicação do Código do Im-posto sobre a Aplicação de Capitais - Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de outubro (revoga o Decre-to Legislativo nº 36/72, de 1 de maio, conforme alterado pela Lei nº 14/92, de 3 de julho e revisto pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de dezembro).m Aprovação da revisão e republicação do Código do Imposto do Selo - Decreto Legislativo Presidencial n.º

Informação CCIPA

63NREVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGóCIOS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEzEMBRO 2014 • Nº 100

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N64 revista angola-portugal negócios OutubrO • NOvembrO • DezembrO 2014 • Nº 100

EditorialInformação CCIPA

Loureiro, Lda. ...................................................................................... Benguela, LobitoAssociação de Jovens Empresários ....................................................................... HuamboIntercal, Lda. ................................................................................................... LubangoMabílio M. Albuquerque Comercial, S.A. ............................. Namibe, Sumbe / Cuando - Cubango

publicações da ccipa • DISTRIBUIçãO E TRANSPORTE EM ANGOLA

órgãos sociaisda cciPa 2014/2016

Assembleia-Geralpresidente

pOrtUgal telecOm vice-presidente

bancO bai eUrOpasecretário

kpmg angOla

Direcçãopresidente

galp energia*vice–presidentes

bancO bpi*bancO bicsecil – COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO*mOta-engil áfrica pt

vogais

adp ágUas de pOrtUgal internaciOnal*amOrim hOlding sgps iibes – BANCO ESPÍRITO SANTOcaixa ecOnómicO mOntepiO geralcgd – CAIXA GERAL DE DEPóSITOScOsec – COMPANHIA DE SEGURO DE CRÉDITOSernst & YOUngmilleniUm bcp*miranda cOrreia amendOeira & assOciadOs – SOC. DE ADVOGADOS*rangel invest*

Conselho Fiscalpresidente

delOitte cOnsUltOres vogais

linhas aéreas de angOlaspe – SOCIEDADE PORTUGUESA DE EMPREENDIMENTOSsuplentes

amrOp pOrtUgalWaYfield trading internaciOnal

* Membros da Comissão Executiva

3/14, de 21 de outubro (revoga o Decreto Legislativo Presidencial nº 6/11, de 30 de dezembro).m Aprovação da revisão e republicação do Código do Im-posto sobre os Rendimentos do Trabalho - Lei n.º 18/14, de 22 de outubro (revoga a Lei nº 10/99, de 29 de ou-tubro, e o Decreto Executivo nº 80/09, de 7 de agosto).m Aprovação da revisão e republicação do Código do Imposto Industrial - Lei n.º 19/14, de 22 de outubro (re-voga o Diploma Legislativo nº 35/72, de 29 de abril; a Lei nº 18/92, de 3 de julho; a Lei nº 7/97, de 10 de outubro, e a Lei nº 5/99, de 6 de agosto).m Aprovação do Código das Execuções Fiscais - Lei n.º 20/14, de 22 de outubro (revoga o Decreto Legislativo Presidencial nº 2/11, de 9 de junho).m Aprovação do Código Geral Tributário - Lei n.º 21/14, de 22 de outubro (revoga o Diploma Legislativo nº 3868, de 30 de dezembro de 1968 e as alterações posteriores; os art.ºs 190º a 209º do Código Aduaneiro, respeitantes aos crimes aduaneiros; as demais disposições legais que sejam incompatíveis com o presente diploma).

OrdenamentO jUrídicOm Aprovação do Regulamento do Centro de Resolução Extrajudicial de Litígios – Decreto Executivo nº 244/14, de 4 de julho.m Aprovação do Regulamento Geral do Tribunal Consti-tucional – Resolução nº 21/14, de 28 de julho.m Regulação da Proteção dos Direitos de Autor e Cone-xos, nas áreas das Artes, Literatura, Ciência ou outras formas de conhecimento e criação – Lei nº 15/14, de 31 de julho (revoga a Lei nº 4/90, de 10 de março; na reso-lução de litígios não transitados em julgado, aplica-se a presente Lei em tudo o que beneficiar o autor).

OrdenamentO administrativOm Criação de um grupo de trabalho para a identificação e criação de condições para a elaboração do Plano Na-cional de Ordenamento do Território, abreviadamente designado por PNOT (GT-PNOT, supervisionado por Pedro Luis da Fonseca, cona a assistência de Eduardo Juarez Aguire – Despacho nº 1506/14, de 11 de setembro.m Criação de uma comissão de reestruturação do Gover-no da Província de Luanda, coordenada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil - Despacho Presidencial nº 181/14, de 16 de setembro.

m Definição das Linhas de Base para a Delimitação e De-marcação dos Espaços Marítimos de Angola que deter-minam a largura dos espaços marítimos sob soberania e jurisdição nacional, nomeadamente o Mar Territorial, a Zona Contígua, a Zona Económica Exclusiva e a Plata-forma Continental – Lei nº 17/14, de 29 de setembro (revoga, nomeadamente, o Decreto Lei nº 47771, de 27 de junho de 1967).

N64 REVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGóCIOS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEzEMBRO 2014 • Nº 100

cOmérciO: principais indicadOres(mil euros e %) 2014 2013 var. 14/13total do comércio extracomunitário

Importações Portuguesas

11 252 674 12 347 999 -8,87

Exportações Portuguesas

10 183 663 10 441 902 -2,47

Saldo -1 069 011 -1 906 097 -43,92palOp

Importações Portuguesas

1 222 941 2 215 771 -44,81

% do total 10,9% 17,9% -39,44Exportações Portuguesas

2 710 137 2 692 069 0,67

% do total 26,6% 25,8% 3,22Saldo 1 487 196 476 298 212,24

angolaImportações Portuguesas

1 196 004 2 165 592 -44,77

% nos PALOP 97,8% 97,7% 0,06% no total

extracomunitário10,6% 17,5% -39,40

Exportações Portuguesas

2 230 495 2 208 135 1,01

% nos PALOP 82,3% 82,0% 0,34% no total

extracomunitário21,9% 21,1% 3,57

saldo 1 034 491 42 543 2331,64Elaborado pela CCIPA, com base em dados do INE Portugal, 08.set, 10.out e 10.nov.14

nOvOs assOciadOs

central de bandeiras (nº 1199)TêxteisRua João de Deus Ramos, 5 A – 5 B - 1700 – 246 LisboaTelefone: 218 418 970 | Fax: 218 418 979E-mail: [email protected]é Almeida Rodrigues, Gerente

bancO caixa geral tOtta de angOla (nº 1200)Instituições FinanceirasAvenida 4 de Fevereiro, 99 - LuandaTelefone: 226 424 400 | Fax: 222 333 233E-mail: [email protected] Pereira Gomes, Director

errata anuário angola 2014/15Por lapso, as informações de contacto de duas empresas associadas continham erros. As nossas desculpas aos vi-sados e aqui ficam as correcções.Pg 114martins & alves, ldaimpOrtaçãO e expOrtaçãOR.Qtª das Palmeiras, 78 - 1º Esqº, 2780-145 OeirasT: 214 569 400 • F: 214 569 409e-mail: [email protected] 134schenker transitáriOsEst. Nacional 115, 5, Casal Novo 2660-364 S.Julião do Tojal T: 219 739 700 • F: 219 739 893 w: [email protected] Contacto: Hugo Baptista

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