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Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4658 • Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 10 PATACAS PUB FOTO WONG SANG Construtores aprovam Raimundo do Rosário A competência e a integrida- de do novo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, são destacadas por empresários do sector da construção. Pág. 7 Associação dos Advogados com “alguma renovação” Neto Valente vai liderar a As- sociação dos Advogados por mais dois anos. Paulino Co- mandante, secretário-geral, re- fere que o reforço do nível de formação é uma das priorida- des do novo mandato. Pág. 6 Para responder aos problemas de falta de espaço, a Anima está a planear transferir os mais de 400 cães e gatos que estão em Coloane para novas instalações em Portugal. O processo de aquisição de um terreno no Alentejo está praticamente finalizado e o financiamento para transferir os animais, em voos charter, pode ser assegurado em breve. Anima prepara transferência de cães e gatos para Portugal A-Ma e Na Tcha são Património da China Pág. 5 Adeptos locais ansiosos com clássico no Dragão A liga portuguesa tem esta jornada um duelo entre FC Porto e Benfica. A partida é vista com bastante expectati- va em Macau, com os adeptos a mostrarem-se esperançados num bom resultado. Pág. 17 Ruas desocupadas 75 dias depois na RAEHK Cumprindo o aviso dado dois dias antes, as autoridades de Hong Kong procederam à limpeza das ruas e à retirada das barricadas montadas pe- los manifestantes pró-demo- cracia. Pág. 19 COTAI tão perto e tão longe P ág.10 A cidade do jogo do COTAI é um dos emblemas dos 15 anos de RAEM mas há resi- dentes que nunca foram nem têm planos para a visitar. Destaque ainda para os elo- gios do embaixador de Portugal em Pequim sobre o papel do território nas relações luso-chinesas. Págs. 2 a 4

Anima prepara transferência de cães e gatos para Portugal · Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores:

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Page 1: Anima prepara transferência de cães e gatos para Portugal · Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores:

Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4658 • Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 10 PATACAS

PUB

FOTO

WON

G SA

NG Construtores aprovamRaimundo do RosárioA competência e a integrida-de do novo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, são destacadas por empresários do sector da construção. Pág. 7

Associação dos Advogadoscom “alguma renovação”Neto Valente vai liderar a As-sociação dos Advogados por mais dois anos. Paulino Co-mandante, secretário-geral, re-fere que o reforço do nível de formação é uma das priorida-des do novo mandato. Pág. 6Para responder aos problemas de falta de espaço, a Anima

está a planear transferir os mais de 400 cães e gatos que estão em Coloane para novas instalações em Portugal. O processo

de aquisição de um terreno no Alentejo está praticamente finalizado e o financiamento para transferir os animais, em voos charter, pode ser assegurado em breve.

Anima prepara transferênciade cães e gatos para Portugal

A-Ma e Na Tcha são Património da China

Pág. 5

Adeptos locais ansiososcom clássico no DragãoA liga portuguesa tem esta jornada um duelo entre FC Porto e Benfica. A partida é vista com bastante expectati-va em Macau, com os adeptos a mostrarem-se esperançados num bom resultado. Pág. 17

Ruas desocupadas75 dias depois na RAEHKCumprindo o aviso dado dois dias antes, as autoridades de Hong Kong procederam à limpeza das ruas e à retirada das barricadas montadas pe-los manifestantes pró-demo-cracia. Pág. 19

COTAI tão perto e tão longe

Pág.10

A cidade do jogo do COTAI é um dos emblemas dos 15 anos de RAEM mas há resi-dentes que nunca foram nem têm planos para a visitar. Destaque ainda para os elo-gios do embaixador de Portugal em Pequim sobre o papel do território nas relações luso-chinesas. Págs. 2 a 4

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014

JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Dinis • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

Fátima Almeida e Viviana Chan

A GERAÇÃO MAIS ANTIGA QUE NUNCA FOI OU RARAMENTE VAI AO NOVO CENTRO DO JOGO

Crescer com o COTAI à distânciaViviam numa cidade que teimava em não ganhar altura e cujas bainhas eram curtas, ao ponto de não se conseguirem esticar, até que um dia os torrões de terra começaram a sedimentar-se e as torres do jogo a crescer sem que os seus olhos o quisessem testemunhar. Nos últimos 15 anos, Macau revolucionou-se, mas os resultados deste passe de mágica continuam apenas a ser um postal distante para algumas pessoas de uma geração mais antiga, que se habituou a ouvir falar de cifrões, mas não a vê-los rodar como dados numa roleta. O JORNAL TRIBUNA DE MACAU falou com pessoas que nunca foram ou pouco sabem sobre o COTAI. Algumas já entraram no Venetian, levadas pelas associações a que pertencem, mas não lhes é imediatamente familiar a designação dos aterros entre a Taipa e Coloane que passaram a fazer sombra à “strip” de Las Vegas

15 ANOS DA RAEM

Lam Hong Tak e a esposa nunca visitaram os resorts do COTAI nem planeiam fazê-lo

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Lam Hong Tak viveu na Taipa na década de 50 - numa altura em que ainda não havia ponte que

ligasse as margens, “íamos num bar-quinho”, recorda, mas os anos foram--se passando e, desde que se mudou para a península de Macau, as visitas à ilha começaram a ser cada vez mais escassas. As facilidades de transporte não convenceram o comerciante a ver o desenvolvimento da região com os seus próprios olhos. “Conheço através dos jornais e da televisão. E ficamos felizes por ver que há prosperidade. Mas não quero ir lá, não posso andar muito”, re-fere.

Aos 82 anos, dono de uma alfaia-taria na Rua da Estalagem, Lam Hong Tak desculpa-se primeiro com os trans-portes públicos - estão cheios, não há lugar para as suas pernas cansadas - depois, confessa que não gosta de Jogo. Das mesas onde diariamente milhares de vidas fazem apostas, Lam apenas tem uma certeza: permitiram a Macau prosperidade, que prefere sentir ligei-ramente no simples quotidiano. “Pes-soalmente não gosto de casinos, mas sem eles não haveria prosperidade eco-nómica”, reconhece.

Na sua loja com canudos de tecidos embrulhados em plásticos para os pro-teger das traças, Lam respira do passa-do. Limpa o pó da mesa para mostrar um casaco para o frio com símbolos chineses e desdobra calças de um mate-rial que diz já pouco se vende, nem na sua loja. “Fui à Rua Cinco de Outubro comprar estas calças. Gosto muito deste material e é barato, mas as pessoas que não pensem que sou forreta”, apressa--se a justificar enquanto aponta para sa-cos gigantes de comida para gatos. “Te-mos quatro e compramos-lhes muita comida”, afiança, mostrando mais uma lata de “Whiskas”.

Lam Hong Tak reage da mesma ma-neira com o COTAI: sabe que é uma fonte de rendimento para o território - só no primeiro semestre deste ano os casinos naquele espaço obtiveram receitas brutas de 82.799 milhões de patacas - mas na qual não sacia a sua fome. As cores dos “resorts” que ocu-pam aqueles lotes de terreno conquis-tados ao mar ganham várias dimensões na sua imaginação, mas as suas fron-teiras definiram-se cedo, não estando disposto a quebrá-las por saber que

aquelas terras são para um paladar di-ferente - turistas, à procura da sorte e do luxo. “Trabalhei numa loja de venda de licores numa altura em que ganhava 30 patacas, na Rua do Cunha. As pessoas pediam-me um litro de licor chinês e enchia-lhes a garrafa. Nem mercearias ainda lá havia”, recorda-nos.

Passaram três décadas desde a últi-ma vez que regressou àquela rua com a esposa, ainda a RAEM tinha que es-perar tantos anos para nascer como os

que agora celebra. Não foi apenas aque-la rua emblemática que ganhou adeptos e lojas de comidas, bebidas, brindes, como nas suas costas foram brotando lotes muito disputados. “Lembro-me que na altura o dono da loja onde eu trabalhava se foi embora e me ligou, foi a última vez que lá fomos, penso que já há cerca de 30 anos. Mas li nos jornais que a Rua do Cunha actualmente é mui-to popular, ao contrário do que aconte-cia quando eu lá trabalhava em que era

muito calma, tranquila”, relata.Embora guarde memórias profun-

das dos tempos que hoje já custam a reconhecer no espaço, Lam Hong Tak apenas não gosta de recordar os dias de fome, que observava pelas ruas, por isso congratula-se com o pulo económi-co que Macau deu nos últimos 15 anos. “Fico muito feliz pela transferência de soberania, porque a economia subiu muito. Já não estamos preocupados em ter comida”, afirmou. “Sinto-me satis-feito porque agora não se vêem assim sem abrigo, como antes, quando eram muitos”, acrescenta.

Com quase menos 20 décadas de memórias, Lei Sek Kei ainda teve oportunidade de ir ao Venetian insta-lar equipamentos de ar condicionado, mas as imagens que retém do edifício são como um puzzle ainda incompleto no seu olhar. Chegou a Macau quando a Ponte Nobre de Carvalho já estava pronta para cobrar as primeiras passa-gens sobre o rio. Para quem vivia na pe-nínsula, as viagens até à ilha foram faci-litadas, mas os progressos não atraíram o olhar curioso de todos. “A última vez que fui ao COTAI foi em 2005/2006. O Venetian ainda não era como conhece-mos hoje, todo arranjado, pintado. Ao lado do Venetian continuam a fazer-se muitas obras de grande dimensão... mas nem Seac Pai Van conheço bem”, refere o comerciante.

Olhar os casinos a brotar da janelaUma das razões para o COTAI ficar

distante de alguns residentes é o preço que ostenta. “As coisas lá são muito mais caras. E depois, às vezes, a socie-dade é superficial, as pessoas ainda vão passando algumas dificuldades, só que mais escondidas. Os jovens também não conseguem comprar uma casa”, afirma Lei Sek Kei.

O seu colega de negócio, que entra de rompante na loja, com um ar esta-fado, concorda. “As regalias estão a melhorar, ou seja, não é preciso pagar, por exemplo, pela educação, mas surgi-ram outros tipos de problemas”, refere Leong She Leng, de 60 anos, apontando a habitação como a grande pedra a ras-par nos calcanhares da população. “Há 18 anos que pedi uma casa económica”, acrescenta, por sua vez, Lei Sek Kei adensando a conversa com um sorriso que se fecha quando fala no aumento da renda que vai ditar o fim do seu ne-gócio. Espera-o a reforma que pretende gozar em Zhuhai.

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 03

15 ANOS DA RAEM

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FITA DO TEMPO

O tom de voz de Lei também esmore-ce quando vê a mudança de valores. “A mentalidade das pessoas mudou muito, penso que agora não são tão educadas e não respeitam os valores”, assevera Lei Sek Kei, dando como ponto positivo dos últimos 15 anos o clima de segurança que se instalou.

Wong, que prefere não revelar a sua idade certa, deixando-nos adivinhar nas suas 60 décadas quantos anos a genica dos seus braços acrescenta, vê sobretu-do o topo dos edifícios a nascer quando quer alcançar o horizonte na ilha da Tai-pa. Habituada à vida na península, Wong não se desloca à nova terra dos casinos nem mesmo depois de ter ido viver para a Taipa para cuidar dos netos, como se no mesmo pedaço de terra coabitassem dois mundos. “Sei que há muitos edifícios a nascer mas nunca lá entrei. Mesmo que fique em casa do meu filho, onde vivo há oito anos, na Taipa, entretenho-me por ali com os netos”, refere.

Pelos edifícios que rasgam, Wong sabe que o espaço do COTAI é amplo, mas não se atreve a ir lá sozinha, ainda que não fossem precisos muitos minutos a pé. “Mesmo que quisesse ir lá não conseguia fazê-lo sozinha porque ao olhar parece muito perto, mas para mim é longe, se ninguém for lá comigo”, indica Wong, como se estivesse a falar de um lugar lon-gínquo cujos bicos dos castelos se obser-vam a uma distância considerável pela sua grandeza.

Se Wong ainda levanta a possibilida-de de passear no COTAI se alguém lá a conduzisse, nem que fosse para testemu-nhar como é a base dos edifícios que vê raiar com o sol que a acorda, Lam Hong Tak afirma que não deseja conhecer o CO-TAI nem que lhe providenciássemos um carro. “Eu conheço através dos jornais e fico feliz com o desenvolvimento, mas já não vou lá”, vinca. “Quando se deu a transferência de soberania, nunca pensei que Macau pudesse crescer tanto, mas não acho que esteja assim muito confuso. A sociedade também está mais aberta”, disse o homem que prefere viver no seu cantinho.

Apesar de antever que a área do CO-

Grand Waldo:a falsa partidaNuma altura em que o COTAI está polvilhado de luzes, poucos se devem lembrar, até porque não deu os frutos esperados, mas o Grand Waldo foi o primeiro casino-hotel a ser construído no COTAI, tendo aberto portas em Maio de 2006, embora a inauguração oficial ape-nas tenha ocorrido quatro meses depois. Com um custo de 3,2 mil milhões de patacas, o projecto aca-bou por não vingar, uma vez que as receitas tanto do hotel como do casino ficaram aquém do espe-rado. No ano passado, o grupo Galaxy Entertain-ment, que já geria o casi-no, decidiu comprar todo o complexo por 3,5 mil milhões de patacas para o remodelar, sendo que a abertura está prevista para o próximo ano.

A 28 de Agosto de 2007 cortou-se a fita do primei-ro grande empreendimen-to do COTAI – o Venetian Macau, operado pelo grupo Sands China.

Também a 28 de Agosto, mas de 2008, o grupo liderado por Sheldon Adelson inaugurou outro empreendimento: o hotel Four Seasons, que integra o casino Plaza.

A 1 de Junho de 2009 foi a vez da Melco Crown Entertainment estrear-se no COTAI, com o City of Dreams.

A Galaxy Entertainment também não se deixou ficar e depois de ter con-quistado o seu pedaço de terra abriu a 15 de Maio de 2011 o resort-casino com o mesmo nome do grupo – Galaxy Macau.

A Sands China, por sua vez, continuou a investir no COTAI, inaugurando a 11 de Abril de 2012 o complexo Sands Co-tai Central, onde ainda continua a desenvolver projectos.

A partir do próximo ano e até 2017, o COTAI vai acolher uma nova vaga de resorts com casinos, incluindo o Parisian (San-ds China), Studio City (Melco Crown), Lisboa Palace (SJM), Wynn Pa-lace (Wynn), MGM COTAI (MGM China) e a expan-são do Galaxy.

TAI pode dar margem para criar mais in-dústrias para além do Jogo, Lei Sek Kei continua a não ter curiosidade sobre o que se foi construindo depois do Venetian. Nem sobre Seac Pai Van, o espaço que não chegou para uma casa económica em seu nome. “Não gosto de passear assim tan-to, nem de jogar, por isso para mim não é nada de especial. Claro que é bom ter aquelas áreas também para casas econó-micas, porque muitas pessoas precisam de uma habitação. Fui comprar uma em Zhuhai por dois milhões que aqui não se comprava por mais de 10 milhões. É im-possível”, refere.

Sentada no jardim, com conversas que limam o vazio dos dias, Chan, de 80 anos, diz que não sabe responder a muitas per-guntas. Quando lhe perguntamos se já foi ao COTAI, diz prontamente que não, uma vez que ao não perceber de imediato aque-la designação só pode supor que nunca pisou aquelas terras. Contudo, quando o diálogo avança e o tópico é apenas o Jogo,

Chan lembra-se primeiro do “velhinho” casino Lisboa. Depois, desfolhando o seu bloco de memórias, com um olho mais ar-regalado do que o outro, lembra-se que a associação na qual está inscrita já a levou ao Venetian para alguns eventos anuais. E, de repente recorda-se do COTAI, embora esta palavra continue a não fazer parte do seu vocabulário corrente, mesmo que apa-reça espelhada nos jornais de todo o mun-do, com crescimentos de receitas na or-dem dos 25 por cento na primeira metade deste ano, ameaçando assumir-se como a área dominante do sector no território.

Entre memórias vivas, detalhes esque-cidos, às vezes é melhor deixar os projec-tos fluir apenas na nossa fantasia, em que tudo ganha uma cor mais garrida e har-moniosa. “O COTAI vai continuar a de-senvolver-se rapidamente. Na imaginação já se sabe que as coisas são melhores, mas pelo que sei é bonito. E fico feliz quando não vejo pessoas a dormir na rua”, remata o mestre de 80 anos.

Lei Sek Kei fez instalações no Venetian, mas não voltou a regressar àquela zona

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201404 JTM | LOCAL

CONVITE

O INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU (IIM)

tem o prazer de convidar para o lançamento do livro “A ÚLTIMA PÉROLA - MACAU”,

uma História de Macau em verso,de José Maria Bártolo

que terá lugar no dia 12 de Dezembro, sexta-feira, pelas 18h30,

no Auditório do IIM.

Local: Rua de Berlim, Edf. Venus Court, 240

2.º andar, (NAPE)

Telefone: 2875-1727

E-mail: [email protected]

Fax: 2875-1797

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação Nº 494/AI/2014

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se os infractores GENG JING (Portadora do Passaporte da RPC n.° G29462xxx) e TUNG, Ah Choi (Portador de Hong Kong Permanent Identity Card n.° D3360xx(x)), que na sequência do Auto de Notícia n.° 37/DI-AI/2013, de 02.04.2013, levantado pela DST e por despacho da signatária de 28.11.2014, exarado no Relatório n.° 825/DI/2014, de 05.11.2014, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório, por controlar a fracção autónoma situada na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.° 1142-M, Centro Internacional de Macau, Bloco 12, 8.° andar F, Macau e utilizada para a prestação ilegal de alojamento.--No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo.--A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n.° 1 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010.--O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--Direcção dos Serviços de Turismo, aos 28 de Novembro de 2014.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação Nº 525/AI/2014

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se os infractores YUNG, Kok Fai (Portador de Hong Kong Permanent Identity Card n.° D4138xx(x)) e 黃艷琴 (portadora do Salvo-Conduto de Dupla Viagem da RPC n.° W53740xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 24/DI-AI/2013, de 27.02.2013, levantado pela DST e por despacho da signatária de 28.11.2014, exarado no Relatório n.° 871/DI/2014, de 06.11.2014, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório, por controlar a fracção autónoma situada na Travessa da Encosta n.° 46, Bo Fung Court, 3.° andar A, Macau e utilizada para a prestação ilegal de alojamento. --No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo. --A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n.° 1 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010. --O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. --Direcção dos Serviços de Turismo, aos 28 de Novembro de 2014

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

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15 ANOS DA RAEM

EMBAIXADOR JORGE TORRES PEREIRA DESTACA POTENCIAL DA RAEM

Macau é “activo muito importante” do relacionamento luso-chinêsOs últimos 15 anos demonstraram que há crescentes “resultados concretos” do bom relacionamento entre Portugal e a República Popular da China, considera o embaixador português em Pequim. Em entrevista à Rádio Internacional da China, Jorge Torres Pereira salienta ainda que existe muito potencial por explorar e Macau congrega “cada vez mais áreas de cooperação”

Macau tem desempenhado um papel muito im-portante no relacionamento luso-chinês e serve como um “ponto de encontro” para a China,

Portugal e todos os países de língua portuguesa, realçou o embaixador de Portugal em Pequim, Jorge Torres Pe-reira, numa entrevista à Rádio Internacional da China a propósito das comemorações do 15º aniversário do esta-belecimento da RAEM.

“Eu creio que o mais importante dizer agora que con-sumamos 15 anos desta transferência da soberania à Re-pública Popular da China, é que Macau constitui um ac-tivo muito importante do relacionamento bilateral entre Portugal e a China. Continuamos, quer o Governo por-tuguês, quer o Governo da República Popular da China, a considerar que é um aspecto importante e simbólico da excelência do relacionamento entre os dois países o facto como Macau tem influenciado positivamente a atitude dos dois governos”, sublinhou o diplomata.

A Rádio Internacional da China recorda que Macau foi um dos primeiros locais de encontro entre China e Portugal e essa importância permanece até hoje, sendo que o embaixador Jorge Torres Pereira acredita que a RAEM dispõe de um potencial ainda maior no relacio-namento entre os dois países.

“Portugal foi dos países que mais cedo teve contac-tos com a China. Nós gostamos de dizer que por mar fomos os primeiros a chegar. E pouco depois Macau foi, no fundo, um ponto de encontro entre a cultura chinesa e a realidade da China e a realidade portuguesa”, nota o embaixador, convicto de que “esse papel de ponto de

encontro, no fundo, nunca se perdeu”. Sustentando que o papel de Macau “foi adquirindo,

ao longo da história, diferentes aspectos”, Jorge Torres Pereira refere que, após do estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China e depois da Declaração Conjunta Sino-Portugue-sa, “o que nós temos visto nestes últimos 15 anos, é que cada vez mais há resultados concretos deste bom relacio-namento e há cada vez mais potencial de explorar e cada vez mais áreas de cooperação que passam por Macau”.

Na entrevista, o diplomata abordou ainda o Fórum para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, vendo com bons olhos o papel do organis-mo com sede em Macau na promoção do intercâmbio e cooperações bilaterais e multilaterais.

“De certa maneira, balizam o que este Fórum poderá fazer nestes próximos anos e confirmam aquilo que eu quero dizer, que há uma perspectiva optimista em rela-ção à cooperação entre a China, os diferentes países em que se fala português, em diferentes sectores que têm vindo a ser olhados desde o início do formato. É eviden-te que cada um dos países de língua portuguesa tem re-lações bilaterais com a China muito importantes e nós não temos a pretensão de dizer que o fórum multilateral que é o Fórum de Macau substitui as relações bilaterais de cada um desses países. Agora, o que nós achamos é que é um espaço complementar muito importante, onde se podem descobrir sinergias, oportunidades, que vão além do relacionamento bilateral”, rematou Jorge Torres Pereira.

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ASSOCIAÇÃO PROCURA SOLUÇÕES PARA A FALTA DE ESPAÇO

Anima planeia transferir animais para PortugalFace à falta de espaço com que se debate actualmente, a Anima está planear transferir os animais que têm à sua guarda para Portugal. O processo de aquisição de um terreno no Alentejo está praticamente concluído e a iniciativa tem também em vista a possibilidade de a associação poder vir a acolher os galgos do Canídromo, cuja concessão termina no próximo ano. Ao mesmo tempo, a Sociedade Protectora dos Animais está a preparar um projecto para apresentar ao Governo de expansão das actuais instalações em Coloane

André Jegundo

Os mais de 400 cães e gatos que estão hoje à guarda da Anima poderão vir a conhecer uma

nova morada em breve. Para responder aos problemas de falta de espaço, a as-sociação está a planear transferir os ani-mais para novas instalações no Alentejo. Segundo Albano Martins, presidente da Sociedade Protectora dos Animais, o pro-cesso de aquisição de um terreno com cerca de 30 hectares está praticamente fi-nalizado e o financiamento para transfe-rir os animais, em voos charter, pode ser assegurado em breve.

“Estamos a trabalhar nisso. A ideia é que se possa criar também uma dele-gação da Anima nessa zona do Alentejo, criando postos de trabalho em Portugal e assegurando que os animais vão ser bem tratados”, afirmou Albano Martins ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Empenhada em criar mais condições para desenvolver novas actividades, a associação está também a preparar um

projecto para apresentar ao Governo de expansão das actuais instalações em Co-

loane. As duas iniciativas, que são com-plementares, explica Albano Martins, pretendem dar à Anima a possibilidade de desenvolver outro tipo de activida-des que hoje em dia não tem condições para concretizar. Com o alargamento das instalações em Coloane, a Sociedade quer criar no local um “espaço de lazer e aprendizagem” virado para a comu-nidade e que estimule a relação das pes-soas com os animais. Ao mesmo tempo, pretende-se criar condições para que pos-sam ser realizadas intervenções médicas em animais que hoje não podem ser fei-tas.

Com o aproximar do fim da conces-são das corridas de galgos, que termina

Sociedade celebrou 11º aniversário

A Sociedade Protectora dos Animais de Macau celebrou ontem o 11º aniversário, num ano em que a proposta de Lei de Protecção dos Animais foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Albano Martins não tem dúvidas que o diploma, apesar de não ser perfeito, é também fruto do trabalho da organização. “Fomos os primeiros, desde 2004, a alertar para a necessidade de uma intervenção no Governo na área de protecção dos animais”, afirma, admitindo no entanto que a lei não é a melhor. No entender do presidente da Anima, a entrada em vigor do diploma devia ser precedida de um regulamento administrativo que, com a aplicação de multas, “estancasse de imediato os abandonos dos animais”.

em Dezembro de 2015, a associação quer também preparar-se para a possibilidade de acolher os mais de 700 cães que ainda são utilizados nas corridas.

“Temos uma grande esperança de que o Governo não vai transigir e vai aca-bar com o Canídromo. É um espaço onde os animais sofrem e que economicamen-te não tem importância nenhuma para o Governo. Para além disso está localizado numa zona com uma grande densidade populacional e que tem que ser utilizada pela população”, afirma Albano Martins.

O presidente da Sociedade Protecto-ra dos Animais afirma que Anima está disponível para ajudar o Governo a en-contrar uma solução para os animais que “simplesmente não podem ser abatidos”. Porém, nas instalações de Coloane, onde se encontram 303 cães e 140 gatos, a Ani-ma “não tem condições para acolher mais nenhum animal”. O projecto de desen-volvimento das instalações actuais incide apenas sobre o terreno no qual a associa-ção já está instalada.

Apesar de Anima pretender conti-nuar a recolher animais que são abando-nados Albano Martins prevê que com a nova lei de protecção dos animais esse problema possa “diminuir progressiva-mente”, abrindo a possibilidade a que aquela zona se transforme numa área de lazer e de convívio da população com os animais. “Já recebemos mais cinco mil pessoas nas instalações actuais, entre es-colas associações e outro tipo de organi-zações”, acrescenta.

A nova lei, que foi aprovada na ge-neralidade pela Assembleia Legislativa em Outubro prevê sanções entre 5.000 e 100.000 patacas para várias infracções, in-cluindo o abandono dos animais.

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UIVODesde 1 de Janeiro de 2012,

data em que entrou em vigor a Lei de Prevenção e Controlo

do Tabagismo, realizaram-se 665.235 inspecções a estabelecimentos tendo os agentes de fiscalização deduzido 23.603 acusações a pessoas detectadas a fumar em locais proibidos, anuncia-ram ontem os Serviços de Saúde. Até 30 de Novembro deste ano, foram fei-tas, em média, 625 inspecções a esta-belecimentos por dia.

Segundo os mesmos dados, só entre 1 de Janeiro e 30 de Novembro deste ano foram realizadas 250.080 inspecções, a uma média de 749 por dia. No mesmo período, registaram--se 7.275 acusações, incluindo 7.247 a pessoas a fumar em locais proibidos, seis relativos à venda de produtos de tabaco de livre acesso e 22 de venda de produtos de tabaco que não satisfa-

ziam as normas de rotulagem.De entre os casos de pessoas detec-

tadas a fumar em locais proibidos em 2014, a maioria dos infractores (6.730) são do sexo masculino, ou seja 92,9%.Relativamente à proveniência, 4.428 das multas recaíram sobre residentes (61,1%), 2.565 foram aplicadas a turis-tas (35,4%) e 254 a trabalhadores não residentes (3,5%).

Os Serviços de Saúde salientam ainda que os cibercafés continuam no topo dos estabelecimentos infractores com 1.300 casos (17,9%), seguindo-se os estabelecimentos onde se exploram máquinas de diversão e jogos em ví-deo, com 1.282 casos (17,6%). Nos par-ques, jardins e zonas de lazer foram detectados 847 casos (11,6%).

Cerca de 32,8% das acusações fo-ram emitidas na zona de Tap Seac, que abrange a maior percentagem, revelou

o organismo, acrescentando que em 281 casos foi necessário o apoio das forças de segurança. Desde o início de 2014, 5.912 acusados (81.3%) já paga-ram a multa.

Nos primeiros 11 meses deste ano, os casinos foram alvo de 470 inspec-ções efectuadas em conjunto pelos Serviços de Saúde e pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos. Neste contexto, foram acusados 445 indivíduos que fumavam ilegalmen-te, segundo que 359 eram turistas (80,7%), 84 residentes (18,9%) e dois trabalhadores não residentes (0,4%).

O organismo recorda ainda que, a partir de 1 de Janeiro de 2015, será proibido fumar completamente nos bares, salas de dança, estabelecimen-tos de saunas e de massagens. Os in-fractores arriscam uma multa de 400 patacas.

Lei anti-tabagismo já originou 23.600 multasEm três anos, mais de 23.600 pessoas foram multadas por violações à Lei de Prevenção e Controlo do Tabagismo, revelam dados oficiais ontem divulgados

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201406 JTM | LOCAL

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Iniciados estágios para 83 investigadores criminais da PJA Polícia Judiciária (PJ) realizou on-tem a cerimónia de assinatura do con-trato dos investigadores criminais es-tagiários do 17º Curso de Formação. Segundo a PJ, os 83 formandos serão destacados nas várias unidades de in-vestigação criminal para cumprirem estágios com a duração de um ano. O 17º curso de formação realizou-se en-tre Abril e Outubro de 2014, tendo sido convidados para leccionar, magistrados e médicos legistas de Macau, peritos e docentes da Universidade de Seguran-ça Pública do Povo Chinês e da Direc-toria Provincial de Segurança Pública de Guangdong, oficiais policiais de categoria elevada da Polícia de Hong Kong, responsáveis de subunidades e profissionais experientes da PJ, e pro-fissionais deste âmbito. De acordo com a PJ, os 83 estudantes admitidos ao cur-so receberam formação teórica básica e técnicas profissionais, durante seis me-ses, nas áreas de Direito Penal, Direito Processual Penal, Inspecção Judiciária, Análise de Informações, Técnicas de Investigação Criminal, Técnicas de In-terrogatórios, Instrução de Processos, Policiamento de Proximidade, Deon-tologia Profissional, Defesa Pessoal, Primeiros Socorros, Armamento e Tiro etc. Ao longo de um curso dividido em 25 disciplinas, os participantes tiveram ainda a oportunidade de presenciar a 18 palestras temáticas, num total de 694 horas de formação.

Sónia Chan e Chan Chak Moentram no Conselho ExecutivoO Conselho Executivo só vai ter duas caras novas: a próxima Secretária para a Administração e Justiça e o deputado e empresário Chan Chak Mo

O Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, deu ontem a conhecer os 11 membros do Conselho Exe-cutivo, órgão destinado a coadjuvá-lo na tomada

de decisões. Segundo um comunicado divulgado pelo pró-prio Conselho Executivo, entre os 11 conselheiros figuram duas caras novas: Chan Hoi Fan (futura Secretária para a Administração e Justiça, em substituição da cessante, Flo-rinda Chan) e Chan Chak Mo, que irá ocupar a vaga dei-xada pelo futuro Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong.

O elenco completa-se com Leong Heng Teng, Liu Chak Wan, Ma Iao Lai, Leonel Alves, Cheang Chi Keong, Chan Meng Kam, Ho Sut Heng, Eddie Wong e Peter Lam.

Dos 11 conselheiros quatro são deputados à Assembleia Legislativa, dos quais três eleitos pela via indirecta (Chan Chak Mo, Leonel Alves, Cheang Chi Keong) e um por su-frágio universal (Chan Meng Kam).

A respetiva Ordem executiva será publicada a 20 de De-zembro, dia em que os 11 membros do Conselho Executivo tomam posse.

Na mesma nota oficial refere-se que o Chefe do Gover-no, Chui Sai On, “acredita que os membros nomeados de-sempenharão fielmente as funções que lhes estão consig-nadas”.

Em declarações à imprensa de língua chinesa, Chan Chak Mo considerou a nomeação como “uma honra” e

mostrou-se pronto a contribuir com a sua “experiência na restauração, cultura e turismo”. Prometendo dar ainda atenção às questões ligadas com a qualidade de vida, ha-bitação e transportes, Chan Chak Mo disse acreditar que o Conselho Executivo é uma via “mais eficaz” para apresen-tar opiniões ao líder do Governo.

Por sua vez, Sónia Chan referiu que, no seio do Conse-lho Executivo, terá a “responsabilidade” de transmitir in-formações sobre “a situação da Administração Pública e a equipa dos funcionários públicos”, o que não a impedirá de manter contactos com outras áreas para perceber as respec-tivas opiniões. A futura Secretária para a Administração e Justiça disse também acreditar que “a boa comunicação” já existente entre o Executivo e a Assembleia Legislativa será mantida no futuro.

Chan Chak Mo substitui Lionel Leong no Conselho Executivo

Jorge Neto Valente vai liderar a Associação dos Advogados de Macau por mais dois anos. Paulino Comandante, que se mantém como secretário-geral, refere que o reforço do nível de formação dos advogados é uma das prioridades do novo mandato

Neto Valente e Paulino Comandante foram reeleitos como presidente e secretário-geral

André Jegundo

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Os novos corpos dirigentes da Associação dos Advogados de Macau(AAM) foram eleitos, em

Assembleia Geral, na quarta-feira. A única lista candidata, liderada por Jorge Neto Valente, recolheu 187 votos favorá-veis.

Num universo de 304 advogados for-malmente inscritos, votaram no total 190 pessoas (três votos foram inválidos), uma participação superior à registada em elei-ções anteriores.

Para além de Jorge Neto Valente, a lis-ta eleita para dirigir a AAM volta a contar com Paulino Comandante na qualidade de secretário-geral. Os restantes vogais da Direcção serão Álvaro Rodrigues, Mok I Leng, Hugo Ribeiro Couto, Lee Kam Iut e Cheang Seng Cheong. Estes dois últimos integram a Direcção pela primeira vez.

Em declarações ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU, Paulino Comandante realçou o facto de ser uma lista de con-tinuidade mas “com alguma renovação” e que pretende continuar a apostar no reforço do nível de formação dos advo-gados, em particular das novas gerações.

O segundo curso de adaptação ao sis-

tema jurídico de Macau deverá abrir em breve e tem como público alvo “os profis-sionais mais novos” mas também advo-gados mais experientes que “pretendam aprofundar conhecimentos”, explicou Paulino Comandante.

A Mesa da Assembleia Geral conti-nuará a ser presidida por Philip Xavier, que será secretariado por Bruno Nunes e Leong Weng Pun. No Conselho Fis-cal manter-se-ão os actuais membros,

sendo presidido por Rui Cunha. A lista para o Conselho Superior da Advoca-cia, conta com vários nomes novos, mas o actual presidente, Henrique Saldanha, mantém-se em funções. Os restantes membros representantes dos advoga-dos no Conselho Superior serão Nuno Sardinha da Mata, Lei Wun Kong, Sou Sio Kei, Rita Martins e José Liu, como efectivos, e Artur Robarts, Luísa Em-pis de Bragança, Fong Kin Fao, Kuong

Iok Kao, Lou Sio Fong e José Abecasis, como substitutos.

Já a magistratura judicial será repre-sentada pela juíza Kan Cheng Ha, como membro efectivo, e Leong Fong Meng, como membro substituto. O Governo será representando por Sou Kin Fong, como efectivo, e Teresa Lancry Sousa Ro-balo, como substituto. Apenas os repre-sentantes da magistratura do Ministério Público estão ainda em falta.

REFORÇAR FORMAÇÃO É UMA DAS PRIORIDADES

Continuidade com “alguma renovação”na Associação dos Advogados

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 07

SECTOR PEDE MAIS CELERIDADE NOS LICENCIAMENTOS

Construtores destacam competência de Raimundo do RosárioA competência e a integridade do novo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, são destacadas por alguns empresários da construção, que pedem mais celeridade na avaliação dos projectos e mais eficácia no funcionamento da tutela

Nomeação de Raimundo do Rosário é vista com agrado no sector da construção

Viviana Chan

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ARQ

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Vários representantes do sector imobiliário manifestaram-se confiantes em relação à compe-

tência do próximo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimun-do Arrais do Rosário, mas pedem ao novo responsável pela pasta para ace-lerar os processos de licenciamento e tornar mais eficaz o funcionamento dos departamentos governamentais.

O presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário, Chong Sio Kin, recorda que, enquanto dirigente dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, o trabalho de Raimundo do Rosário mereceu comentários mui-tos positivos. Numa altura em que o até agora chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa se pre-para para assumir a direcção da Secre-taria dos Transportes e Obras Públicas, Chong Sio Kin acredita que o “profis-sionalismo” que caracteriza Raimundo do Rosário poderá ajudar a aumentar a eficácia dos serviços.

Quanto ao presidente da Associação dos Empresários do Sector Imobiliário de Macau, Ung Choi Kun, realçou que o novo Secretário é uma pessoa “ínte-gra” e “competente”, acrescentando ter “boas expectativas” em relação ao futuro. Ao mesmo tempo, o empresário

acredita que o Governo tem noção de que os trabalhos do sector necessitam de ser mais eficazes.

Lok Wai Tak, presidente da Asso-ciação Comercial de Fomento Predial de Macau, refere que a área de obras públicas e transportes é uma das que mais preocupa a população em Macau. Nesse sentido, acrescenta que, apesar de não viver em Macau há alguns anos, Raimundo do Rosário tem conhecimen-

to da situação do sector. O mesmo res-ponsável espera também que o novo Secretário possa trazer um novo estilo.

Chong Sio Kin refere que o maior desejo dos construtores hoje em dia é a simplificação da burocracia nas avalia-ções dos projectos da construção, indi-cando que as leis actuais relacionadas com o sector, como a Lei de Planeamen-to Urbanístico, a Lei de Terras e a Lei de Salvaguarda do Património Cultural

são muito exigentes para os construto-res e complicam os procedimentos dos pedidos de licenciamento.

Actualmente, de acordo com a legis-lação, a construção de um prédio tem que ser concluída em 36 meses, um prazo que Chong Sio Kin considera ser muito difícil de satisfazer. O responsá-vel defende por isso a definição de pra-zos de construção mais adaptados às obras em causa.

Ung Choi Kun pede também mais celeridade nas avaliações de projectos, de modo a aumentar a quantidade de oferta de casas no território. Lok Wai Tak sugere ao Governo que aprenda com o exemplo de Singapura em maté-ria de habitação pública, construindo as casas grandes e com boa qualidade. Na Cidade-Estado, segundo destaca, tanto a classe média como a alta compra ca-sas públicas e vive várias décadas neste tipo de habitação.

Raimundo do Rosário trabalhou na Administração Pública de 1979 a 1990 como técnico, chefe de departamento, subdirector e director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes. Assumiu ainda as funções de presiden-te da Comissão de Terras e do Conselho Superior de Viação. Trabalhou na área de engenharia civil em regime de pro-fissão liberal entre 1990 e 1999, ano em que viria a assumir as funções de chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau, em Lisboa.

EM VIGOR A PARTIR DE HOJE

Novos guias para farmáciasEstão já disponíveis as instruções técnicas dos trâmites para o pedido de emissão da licença, bem como da apresentação do projecto da obra de modificação dos estabelecimentos farmacêuticos. As alterações podem ser consultadas nas páginas electrónicas da DSSOPT e Serviços de Saúde

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INICIATIVA ORGANIZADA PELO INSTITUTO CULTURAL

Palestras pela ArqueologiaO Instituto Cultural realizou três palestras destinadas a professores como forma de “promover o seu conhecimento sobre a arqueologia”

Denominadas por “Impres-sões no Subsolo – Palestra de Arqueologia”, as ses-

sões eram compostas por pales-tras temáticas, visitas de campo e à exposição “Marcas Históricas de Lingnan: Os Mais Notáveis Acha-dos Arqueológicos de Guangdong, Hong Kong e Macau”. A iniciativa, organizada pelo Instituto Cultural (IC), atraiu cerca de uma centena de professores do ensino primário e secundário, “contribuindo para promover o seu conhecimento so-bre a arqueologia”, refere o orga-nismo em comunicado.

Numa primeira parte, os arqueó-logos do IC “transmitiram aos pro-fessores conhecimentos de arqueolo-gia e as razões da sua importância”, incluindo a definição de arqueologia e métodos utilizados no trabalhos ar-queológicos feitos no território nos últimos anos.

A segunda parte envolveu uma

visita de campo às ruínas do Colégio de S. Paulo “onde os arqueólogos explicaram as escavações em curso e a situação das relíquias desenter-radas, transmitindo aos professores um conhecimento mais específico sobre os trabalhos arqueológicos realizados em Macau”.

Na terceira e última parte, os do-centes foram conduzidos por guias do Museu de Macau numa visita à exposição “Marcas Históricas de Lingnan: Os Mais Notáveis Acha-dos Arqueológicos de Guangdong, Hong Kong e Macau” onde “obser-varam em primeira mão os frutos dos trabalhos arqueológicos reali-zados nas três regiões, incluindo os locais das descobertas arqueológi-cas mais representativas e artefactos preciosos desenterrados na região de Lingnan pertencentes à Idade da Pedra, Idade do Bronze, da Dinastia Qin à era do Reino Han do Sul e das Dinastias Song e Ming”.

Os novos guias visam “compilar e descrever as diversas disposi-ções que se encontram dispersas

nos diferentes diplomas legais em vi-gor” de modo a “aclarar aos requerentes os procedimentos que devem ser obede-cidos e os aspectos mais relevantes a ter em conta”, refere um comunicado con-junto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e Serviços de Saúde.

Desta forma, pretende-se a “desburo-cratização da tramitação” relativamente à instalação de farmácias, drogarias, far-mácias chinesas, firmas de importação e exportação e venda a grosso de produ-tos farmacêuticos, bem como elevação da taxa de aprovação dos aludidos pro-jectos de obra logo na primeira vez em que são submetidos à apreciação.

Além disso foi ainda desburocratiza-da a tramitação de consulta às entidades exteriores de pareceres, tendo sido cria-da uma plataforma interdepartamental

para a realização de vistoria conjunta, “reduzindo assim o tempo dos cidadãos para a obtenção de alvará e aprovação do projecto de obra”.

De acordo com a DSSOPT, a imple-mentação destas instruções pretende al-terar a actual situação de dupla consulta e dupla resposta, passando assim para consulta unilateral e dupla resposta.

Os novos guias podem ser consulta-das nas páginas electrónicas da DSSOPT e Serviços de Saúde.

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201408 JTM | LOCAL

Liane Ferreira

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RELATÓRIO ANUAL ENVIADO À ONU

Associações denunciam “ano severo” para direitos humanos na RAEMUm conjunto de três associações enviou às Nações Unidas um relatório sobre a situação dos direitos humanos no território. Jason Chao, um dos activistas envolvidos na iniciativa, classificou o ano de 2014 como “severo”, destacando que a raiz dos problemas reside nos direitos políticos. Pela primeira vez, a violação do direito à habitação faz parte do relatório anual

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2ª Vez “JTM” - 12 de Dezembro de 2014

Acção Ordinária nº CV3-14-0004-CAO 3° Juízo Cível

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22.Réu: WILLIAM GASPAREK, com última residência conhecida em Macau, na Rua Cinco dos Jardins Oceano, Oceano Garden - Violet Court, 21º andar D, Taipa, ora ausente em parte incerta.

O Sr. Dr. Carlos Armando da C. R. de Carvalho, Mmº. Juiz de Direito, do 3º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M..

Faz Saber que, por esta Secção, correm éditos de trinta dias, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando o Réu acima identificada, para no prazo trinta dias, decorrido que seja os dos éditos, contestar a Acção Ordinária, cujo pedido resumidamente consiste em que o Réu condenado a pagar ao Autor a quantia de setenta e cinco mil, trezentas e noventa e oito patacas e sessenta e oito avos (MOP$75.398,68), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa anual de 29,25% após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto do selo que sobre os mesmos incide, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 3º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

É obrigatória a constituição de advogado no caso de contestar.Para constar se lavrou este edital e mais dois de igual teor que vão ser

devidamente afixados nos lugares designados por Lei.R.A.E.M., 04 de Dezembro de 2014.

O Juiz,Carlos Armando da C. R. de Carvalho

O Escrivão Judicial Auxiliar,Wong Su Pui

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

Agradecimento

MANUEL ALEXANDRE CARDOSO

A família de Manuel Alexandre Cardoso, na impossibilidade de o fazer pessoalmente,

vem, por este meio,agradecer reconhecidamente

a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres,

ou que, de outra forma, se lhe associaram na dor,

no funeral realizado no passado dia 5, pelas 11h00.

Renova profunda gratidão pelas presenças amigas na missa do 7.º dia

em sufrágio pela sua alma, que se realizou no dia 8, pelas 11h00,

na Igreja de Sé Catedral.

A Associação Novo Macau, a Asso-ciação Consciência de Macau e a “Open Macau Society” enviaram

ontem à noite para a Organização das Nações Unidas (ONU) um relatório so-bre a situação dos Direitos Humanos em Macau, correspondente a 2014. Elabo-rado com contribuições de Jason Chao, Kwok Ping Chou e Caro Ka Sin Lam, o documento incluiu alegadas violações de liberdade de imprensa, académica e de expressão. No entanto, destaca-se a vio-lação do direito à habitação como uma novidade neste relatório. Jason Chao des-tacou que as violações dos direitos polí-ticos são a raiz de muitos problemas na RAEM, no relatório mais longo enviado até hoje para a ONU, desde 2010.

“Este ano foi suficientemente severo em termos de violações dos direitos hu-manos, só espero que a situação melhore e não tenha de fazer um relatório mais longo do que este ano”, salientou o acti-vista Jason Chao.

“Em 2014 tivemos muito mais vio-lações de direitos humanos do que nos outros anos. Por exemplo, relativamente à liberdade de imprensa, nos outros anos, recebíamos informações sobre coisas que aconteciam na TDM, mas este ano recebe-mos cartas anónimas a detalhar a censu-ra no trabalho”, declarou, acrescentando que “pelo menos três académicos foram

afectados pela perseguição sistemática”. “Durante o referendo informal vimos

uma onda de supressão iniciada pelo Go-verno, por isso temos muitos casos este ano, daí que o relatório seja mais longo”, disse.

Notando que o grupo que redigiu o relatório considera que “todos os proble-mas têm uma raiz comum nos direitos políticos, porque se houvesse o direito de mudar o Governo, podíamos pedir a responsabilização dos governantes direc-tamente”, o activista sublinhou que “o Chefe do Executivo e outros oficiais não têm de responder à população, por isso é que temos pedido repetidamente a mu-

dança para o sufrágio universal”. “É interessante, porque o Governo

responde de facto a algumas recomenda-ções feitas pela ONU”, indicou o membro da Consciência Macau, exemplificando esta situação com o caso da lei da vio-lência doméstica. Assim, apesar de não incluir casais do mesmo sexo no espectro de protecção, constitui em termos gerais, uma resposta do Governo a directivas do organismo internacional.

Justificando a inclusão da violação do direito à habitação no relatório deste ano, Jason Chao destacou que “nas ob-servações finais do relatório da ONU, foi pedido especificamente ao Governo para

construir fracções habitacionais suficien-tes para a população, mas o Governo está relutante devido à colisão entre os diri-gentes e os empresários de Macau”.

Relativamente a outros pontos que fizeram parte dos relatórios anteriores, mas que não estão presentes na versão deste ano, como é o caso das dificulda-des vividas pelos imigrantes, o activista declarou que “os problemas continuam a existir, mas não existem desenvolvimen-tos recentes”.

Perante o anúncio dos novos mem-bros do Governo, Jason Chao asseverou que “muitos deles têm um longo histo-rial de violações de direitos humanos”. “Sónia Chan [coordenadora do Gabinete para a Protecção dos Dados Pessoais en-tretanto nomeada para Secretária para a Administração e Justiça] emitiu a ordem que proibiu o processamento de informa-ções pessoais, durante o referendo infor-mal. Ma Io Kun fez parte da campanha contra o referendo e Ip Son Song fez cen-sura política à minha plataforma para as eleições”, disse o activista, confessando que não está optimista quanto à postura do novo Executivo da RAEM.

Carol, membro da Associação Cons-ciência de Macau, que disse enfrentar uma acção disciplinar da Universidade de Macau por ter pendurado a faixa a favor do sufrágio universal, indicou que as acções do Governo são cada vez mais alvo da atenção do público, devido aos acontecimentos deste ano.

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 09

Francis Liu acredita que a queda nas receitas é temporária

INAUGURAÇÃO DEVE ACONTECER NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015

Novo Galaxy vai empregar até 8.000 trabalhadoresO vice-presidente da Galaxy Entertainment, mostra-se confiante de que a 2ª fase do empreendimento no COTAI vai ser concluída a tempo, estando a inauguração prevista para o primeiro semestre do próximo ano. Francis Liu revelou ainda que a empresa planeia contratar 8.000 trabalhadores para o novo complexo e que o recrutamento representa um desafio num território com escassez de mão-de-obra

• • • BREVES

SJM contribui com meio milhão para a Marcha de CaridadeA Sociedade de Jogos de Ma-cau (SJM) doou 550.00 patacas à Marcha de Caridade da Associação de Benef icência dos Leitores do Jornal Ou Mun, cuja próxima edição decorrerá este domingo. “A SJM tem orgulho em apoiar instituições de caridade em Macau, seguindo o lema do Dr. Stanley Ho ‘da sociedade para a sociedade’”, salientou Ambro-se So, director executivo da operadora de jogo, na cerimónia de entrega do cheque.

Google e Apple contactadaspor autoridades da privacidadeO Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais de Macau enviou, em conjunto com 22 autori-dades de privacidade do mundo, uma carta aberta a sete sites de venda aplicações móveis, incluindo o Google Play e a Apple Store, exor-tando-os a alertaram e informarem melhor os utilizadores sobre as políticas de privacidade das aplicações. “Se descobrirem a recolha de da-dos pessoais dos utentes através de aplicações, os exploradores têm que dar acesso a links das políticas da privacidade antes de as descarre-gar”, refere um comunicado do Gabinete.

Desfile “Cidade Latina”regressa no domingoO “Desfile por Macau, Cidade Latina”, orga-nizado pelo Instituto Cultural terá lugar no domingo, para celebrar o 15º aniversário da RAEM. A cerimónia de inauguração do desfile terá lugar nas Ruínas de S. Paulo, às 16:00. O desfile seguirá pela Rua de S. Paulo, Largo de Santo António, Largo da Companhia, Rua de D. Belchior Carneiro, Rua dos Artilheiros, Rua de Sanches de Miranda, Calçada da Igreja de São Lázaro, Antigo Albergue da Santa Casa da Misericórdia, culminando na Praça do Tap Seac, pelas 19:30 horas.

CTM doou 150 mil patacasà Associação Tung Sin Tong A Companhia de Telecomu-nicações de Macau (CTM) entregou um donativo de 150 mil patacas à Associação de Benef icência Tung Sin Tong, no âmbito da campanha de angariação de fun-dos lançada por esta instituição. Paralelamente, a CTM também enviou folhetos promocionais aos seus clientes, apelando-os a aderirem à ini-ciativa da Tung Sin Tong que visa apoiar pes-soas carenciadas.

Campanha de sensibilização alerta para conflitos no consumoA fim de divulgar o Regulamento do Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo e os seus serviços, o Conselho de Consumidores vai rea-lizar uma Campanha de Sensibilização sobre o Regulamento do Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo amanhã, às 15 horas, no Jardim de Luís de Camões. O Centro de Arbitra-gem de Conflitos de Consumo fornece serviços legais gratuitos. Com o intuito de aprofundar o conhecimento dos cidadãos acerca dos serviços do Centro de Arbitragem, todos os anos o CC realiza campanhas de promoção relativas a esta matéria.

O Centro de Apoio a Famílias e Aconselhamento sobre a Dependência do Jogo da

Sheng Kung Hui registou 54 casos de jogo problemático entre Janeiro a Outubro, um número superior ao total de 2013. Desde a criação do Centro, em 2010, o número de ca-sos ascende a 350. Em declarações à “Ou Mun Tin Toi”, o director assistente do centro, Ip Kam Po, considerou preocupante o facto do número dos casos novos deste ano até Outubro já ter ultrapassado o número do ano passado todo.

O Centro começou a partir de

Julho a dar serviço de aconselha-mento sobre jogo através das apli-cações de telemóveis e das redes sociais.

O responsável apontou que registou-se um aumento no núme-ro dos pedidos via telemóvel ou aplicações móveis. A maior parte dos pedidos, frisou, não são dos próprios jogadores mas de mem-bros da família. Na sua opinião, o reforço na sensibilização das associações e dos departamentos do Governo contribui para elevar consciência sobre os pedidos de apoio.

Ip Kam Po revelou que os novos registos foram feitos por cidadãos com idade entre 35 a 55 anos, sen-do que 20% das pessoas que pedi-ram ajuda têm menos de 29 anos e 25% trabalham no sector do jogo.

Segundo avançou o JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o Cen-tro iniciou o serviço online via aplicações de telemóveis visando aproximar-se das novas gerações e detectar casos mais escondidos relacionados com o problema de jogo compulsivo.

V.C.

DADOS DO CENTRO DE APOIO A FAMÍLIAS

Aumentam pedidos de ajuda motivados por vício do JogoO Centro de Apoio a Famílias e Aconselhamento sobre a Dependência do Jogo da Sheng Kung Hui revelou que até Outubro deste ano já recebeu mais pedidos de apoio para problemas relacionados com o jogo do que nos 12 meses de 2013

O vice-presidente do grupo Galaxy Entertainment, Francis Liu, indicou que a inauguração da segun-da fase do Galaxy no COTAI deverá acontecer no

primeiro semestre no próximo ano, acrescentando que a empresa prevê contratar até 8.000 trabalhadores.

Numa entrevista pelo jornal “Ou Mun”, Francis Liu analisou a causa da queda das receitas do jogo, conside-rando que a situação actual é apenas “temporária”. Ao mesmo tempo, o responsável acredita que a estrutura do sector não vai sofrer grandes mudanças.

Em relação à abertura do novo resort, embora não te-nha revelado um calendário preciso, Francis Liu disse que a companhia vai divulgar a data certa da inauguração em Janeiro, salientando que o mais importante é que a com-panhia se prepare bem na recta final da construção.

Face à carência de recursos humanos, Francis Liu ad-mite que é um desafio assegurar a mão-de-obra suficiente para colocar em funcionamento os novos empreendimen-tos. Não relevando se vai ou não aumentar os salários para atrair mão-de-obra, apenas declarou que está satis-feito com a situação de recursos humanos da empresa, mostrando-se confiante de que as melhorias contratuais divulgadas recentemente são suficientes para satisfazer os trabalhadores.

Na mesma entrevista, o responsável revelou que o projecto da empresa na Ilha da Montanha deve arrancar no próximo ano, dividindo-se em três fases. A empresa planeia demorar entre sete a oito anos para concluir o projecto em Hengqin. Francis Liu referiu que a falta de terrenos em Macau limita o desenvolvimento económico, acrescentando que a Ilha Montanha é o local certo para desenvolver projectos de lazer.

Em relação ao novo Governo, Francis Liu acha que tem Secretários “decentes” e “competentes na sua área”. No futuro, espera que o novo Executivo possa “ouvir mais

as opiniões dos sectores” e “atingir consenso face à relação entre a entidade laboral e patronal”. Sublinhou ainda que Pequim e o Governo da RAEM têm promovido a ideia de Centro Mundial de Lazer e Turismo em Macau, algo que considera importante para o futuro.

O responsável atribui mérito à ideia de promover os sectores extra jogo, indicando que a diversificação econó-mica não é apenas uma exigência do Governo, mas tam-bém uma “necessidade do mercado”. Francis Liu adiantou também que o Grand Waldo vai ter um centro comercial e que, no futuro, a empresa planeia desenvolver a área de convenções e exposições.

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201410 JTM | LOCAL

12 de Dezembro de 2014

AvisoTendo por objectivo melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações, a CTM irá efectuar a actualização e manutenção da rede de fixa no dia 13 de Dezembro de 2014 das 00h00 às 06h00 da manhã. Durante o referido período, alguns utilizadores poderão ter o seu serviço telefónico fixo interrompido de forma intermitente por 3 minutos.

Para informações detalhadas queira contactar a Linha de Serviço da CTM: 1000.

Agradecemos a atenção dispensada e apresentamos as nossas desculpas pelo incómodo que possa a vir causar.

Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.

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UIVO

Arnaldo Gonçalveslança livro sobreintelectual italianoA Fundação Rui Cunha e o CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo, e Difu-são do Direito de Macau vão apresen-tar no próximo dia 17, pelas 18:30, na sede da Fundação, a obra “Norberto Bobbio - A Tradição Europeia da Li-berdade”, da autoria de Arnaldo M. A. Gonçalves. Segundo a Fundação Rui Cunha, a obra, a oitava de Arnal-do Gonçalves, “revisita os principais aspectos do pensamento e obra do intelectual italiano, integrando-o na grande tradição da cultura europeia, da modernidade e do cosmopolitis-mo, no ano em que se assinalam 10 anos sobre a sua morte”. Norberto Bobbio “marca o pensamento da se-gunda metade do século XX pela fres-cura da sua abordagem e pelo esforço que dedica a conciliar a tradição da esquerda, fundada na igualdade, e a tradição liberal, construída na preser-vação da liberdade”, salienta ainda uma nota da Fundação.

Crenças de A-Ma e Na Tcha são património imaterial da ChinaMais dois itens de Macau foram classificados pelo Conselho de Estado chinês como património cultural intangível: as crenças e costumes das divindidades A-Ma e de Na Tcha

As crenças e costumes dedicadas a A-Ma e Na Tcha em Macau foram classificadas como património imaterial nacional da China. A classificação foi

divulgada recentemente pelo Conselho do Estado. As crenças e costumes de A-Ma e Na Tcha foram integradas na 4ª edição da lista de patrimónios imateriais nacionais. Três associações envolvidas na promoção do património do território dizem ter ficado muito felizes com a deci-são, garantindo que vão cooperar com o Governo para proteger todas as manifestações e monumentos relacio-nados com as duas divindades.

De acordo com o Instituto Cultural (IC), o pedido da classificação do Património Imaterial Nacional iniciou--se em Setembro do ano passado, tendo o pedido sido realizado pelas associações representantes com o apoio do IC.

As crenças e costumes ligadas à deusa A-Ma têm uma longa história no território, estando mesmo ligada, na sabedoria popular, ao surgimento de Macau. Sendo uma Deusa protectora face aos perigos do mar, e que dá sorte e paz, A-Ma constitui-se como uma das principais cren-ças da comunidade local.

Na comunidade chinesa do território, os costumes as-sociados à veneração da Deusa são muito variados mas

normalmente centram-se por volta da data do nascimen-to de A-Ma, no dia 23 de Março do calendário lunar.

Quanto às crenças e costumes dedicados a Na Tcha, estes têm mais de três séculos de história, e as festivida-des a ele associadas acontecem também no dia de ani-versário.

Segundo avançou o jornal “Ou Mun”, o Conselho do Estado já classificou no total de 1.372 patrimónios imate-riais da China. Oito itens de Macau foram integrados na lista, incluindo a Ópera Cantonense, o Chá Medicinal, a Escultura de Ídolos Sagrados, o Canto Naamyam, a Mú-sica Ritual Taoista e o Festival do Dragão Embriagado, entre outros.

Viviana Chan

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 11

3ª COMPETIÇÃO DE “BARTENDING” REALIZA-SE AMANHÃ

Procuram-se bebidas que contam histórias O “Bartender do Ano” no território será eleito amanhã, num evento cuja organização não procura apenas uma bebida boa, mas também que os concorrentes contem uma história e se relacionem com o público. Para além disso, o “bartender” vencedor deverá ter personalidade, para melhor representar a RAEM na competição asiática

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UBC

MLiane Ferreira

Num evento que espera envolver a comunidade, bem como pes-soas ligadas ao “bartending”,

a União de Bartenders e Cocktails de Macau (UBCM) organiza amanhã o con-curso de “Bartender do Ano”. A adesão foi tão positiva, que a organização se viu obrigada a alterar os parâmetros de par-ticipação, para que todos tivessem uma oportunidade. Bruno Santos, presidente da associação, contou ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU quais são os elemen-tos que os organizadores procuram no vencedor e as actividades que se seguem.

“A nossa ideia é envolver todos os ‘bartenders’ em Macau. Já recebemos 30 inscrições, mas como o plano era de 22 vamos ter de reformular as nossas regras. Queremos dar a oportunidade a todos eles, que trabalham nesta indústria e são jovens”, afirmou Bruno Santos, acres-centando que esta competição é muito importante para a UBCM. “O vencedor irá representar Macau nas competições e eventos fora do território, que fazem par-te da ‘International Bartenders Associa-tion’ (IBA), no qual a bandeira de Macau já aparece como sendo um dos membros da associação”, disse.

Segundo o presidente da associação local, a 3ª edição do “Bartender do Ano” não visa apenas reunir os profissionais do meio, mas também a comunidade. “Vamos ter cinco bares diferentes no ex-terior do ‘Sky 21’, local onde se vai reali-zar o concurso, para as pessoas poderem provar bebidas, falar com os ‘bartenders’ profissionais e dar a conhecer esta ‘brin-cadeira’ dos cocktails”, destacou o mes-mo responsável, acrescentando que a vencedora do ano passado vai estar pre-sente para fazer a bebida premiada.

Bruno Santos, que na edição de 2013 fazia parte do júri, irá estar ausente do painel, por motivos de organização, no

entanto, declarou que dessa forma a com-petição sai beneficiada, porque ninguém conhece os concorrentes.

Quanto aos parâmetros de avaliação, sublinhou que “irá ganhar quem fizer a melhor performance e contar a melhor história, porque a bebida terá de contar uma história e conectar os ingredientes com esta”.

“A bebida só por si não vende, precisa de uma ligação, é o que vemos nas gran-des tendências internacionais. Se tiver uma história, terá mais interesse”, expli-cou o presidente da UBCM, avançando que procuram um “bartender com per-sonalidade, porque terá de representar Macau com garra”.

Relembrando o “Golden Cup Tai-wan”, no qual a associação participou na semana, Bruno Santos mostrou-se satis-feito com os resultados alcançados. “Ficá-mos posicionados em 4º lugar na compe-tição de ‘Flair Tending’ e em 8º lugar na competição clássica. Para nós, que somos novos nestas andanças, não está a correr mal e até estamos a ser reconhecidos pelo nosso trabalho”, destacou.

“Foi uma das maiores competições que já vi, porque a nível nacional tiveram mais de 1000 participantes e ainda o cam-peonato internacional com 24 países”, re-feriu o “bartender” profissional.

A competição realiza-se amanhã pelas 13 horas, no “Sky 21”, e estende-se até às 20 horas.

Cartão profissional para aprender a lidar com clientes embriagadosPara além de um seminário com um

“mixologista” famoso de Hong Kong no dia 15 de Dezembro, a UBCM irá realizar nos dias 19, 20 e 21 de Janeiro, uma ac-ção de formação destinada a ensinar os “bartenders” a lidar com pessoas embria-gadas.

“O mais importante é o programa TIPS (em inglês, ‘Training for Inter-vention Procedures’), é muito útil. Se a pessoa sai do bar embriagada, tem um

acidente, de quem é a culpa? É do bar, porque serviu a bebida. Em Macau ainda não há muito essa perspectiva, mas nos Estados Unidos, na Austrália, no Reino Unido, países de língua inglesa, não se pode ser ‘bartender” sem ter este cartão oficial”, explicou o presidente da União de Bartenders e Cocktails de Macau.

“Pretendo trazer este cartão reconhe-cido em todo o mundo e assim os ‘bar-tenders’ locais ficam acreditados para trabalhar nos grandes locais da indústria. Não é apenas fazer a bebida, mas tam-bém como lidar com as pessoas, porque vai chegar uma altura em que vamos ter

de dizer que não”, frisou Bruno Santos, afirmando que o formador virá de Singa-pura.

Em Março de 2015, a associação irá participar no festival “Wine and Dine”, sendo que a novidade assenta na introdu-ção de uma “competição de malabarismo de garrafas. “Dá uma vertente mais de ‘show’ ao evento”, destacou o “barten-der”.

Bruno Santos foi nomeado para o “Lisbon Bar Show”, como “Melhor Bar-tender Português Internacional de 2014”, do qual o resultado final será anunciado em Maio de 2015.

Fufu Hong (cima) e Edu Zamora (baixo) conquistaram medalhas na “Taiwan Golden Cup”

Apresentado livro de provérbios na EPM

Perante um auditório da Escola Portuguesa de Macau quase cheio, as professoras Zélia Mieiro e Marinela Ferreira apresentaram ontem o seu quinto livro em conjunto, intitulado “Quem conta um conto, acrescenta um provérbio”. Reunindo 1540 ditos e provérbios populares num texto dramático em três actos, a Capuchinho Vermelho vai passando por 11 his-tórias, conhecidas de todos, como é o caso da Cinderela. Afirmando que é cada vez mais difícil os jovens gostarem da cultura tradicional, Zélia Mieiro elogiou o interesse e dedicação dos alunos, que participaram no projecto desde o início. A apresentação da obra teve direito a uma peça de teatro, com os alunos a subirem ao palco para dar vida ao livro. Os alunos

foram os mesmos que há cinco anos apresentaram um dicionário trilingue de provérbios, que serviu de base de lançamento para este projecto.

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S JT

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12 JTM | PUBLICIDADE Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014

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JTM | LOCAL 13

Liane Ferreira

Cerca de 60 obras de arte contemporânea de 10 artistas portugueses de renome vão estar reunidas no Clube Militar para uma mostra que celebra o 15º aniversário da RAEM. José Duque Vicente, um dos comissários da mostra, garantiu ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que a qualidade da exposição é elevada, fruto de um criterioso trabalho de selecção

“DEZ OLHARES PORTUGUESES” DA ARTE CONTEMPORÂNEA

A arte como linguagem universal

A partir de segunda-feira e até 22 de Dezem-bro, o Clube Militar irá receber no salão Co-mendador Ho Yin uma mostra de arte con-

temporânea portuguesa para celebrar os 15 anos da RAEM com o convívio e a multiculturalidade, que só a arte consegue representar. Destacando a importância do aniversário da RAEM, José Duque Vicente, um dos comissários responsáveis pela se-lecção criteriosa das cerca de 60 obras de 10 artistas plásticos portugueses, sublinha que, para além da sua elevada qualidade, a exposição está ligada ao território pela linguagem universal da arte.

“Esta exposição é uma forma de enaltecer o con-vívio, a multiculturalidade e um momento de apro-ximação entre as pessoas”, salientou o responsável, declarando que “nenhuma outra disciplina reúne tanta gente e tantos consensos como a arte no ge-ral”, afirmou José Duque Vicente em entrevista por e-mail ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Segundo José Duque Vicente, que em conjunto com Maria de Lurdes Ferreira foi responsável pela selecção das obras, esta é uma exposição colectiva de “grande qualidade técnica e criativa”. “O con-junto de obras prima pelas diferentes correntes es-téticas”.

“[A exposição] Dez Olhares Portugueses constrói intencionalmente uma linha de obras datadas de di-ferentes épocas. Pretende ser uma referência cultu-ral, mostrar percursos artísticos ou ter o prazer de os revisitar pela sua imponência e beleza criativa”, frisou o comissário, revelando que a “qualidade do trabalho dos artistas e o seu percurso nacional e in-ternacional” foram os critérios essenciais subjacen-tes à selecção destas obras.

Questionado se alguns dos artistas tinha alguma relação especial como o território, o mesmo respon-sável referiu que “Macau foi sempre e é um espaço apetecível para os artistas portugueses exporem a sua obra: quer a nível individual, quer a nível colec-tivo, por razões históricas e culturais”.

No entanto, destaca que “as obras coexistem por si só e a sua ligação a Macau está na linguagem ar-tística, que é universal”. “O mais importante nesta exposição é que todos possam conseguir fazer uma leitura mais objectiva do que é a arte contemporâ-nea portuguesa e da infinita possibilidade que a criação artística nos dá como instrumento de refle-xão individual”.

Tendo em conta que “a carreira internacional dos artistas plásticos faz-se precisamente com participa-ções e apresentações regulares da sua obra fora de Portugal”, José Duque Vicente considera que expor em Macau constitui também um acto de promoção internacional. Quase todos os artistas com obras pa-tentes na exposição já expuseram no território.

Destacando que o aniversário da RAEM é “um acto comemorativo de grande importância”, o co-missário entende que o evento “assume-se também como um evento de extrema relevância ao conse-guir juntar um colectivo de artistas de excelente qualidade, sem descurar a trajectória de cada um individualmente”.

“A concepção desta exposição partiu de um con-vite que nos foi feito pela Associação para a promo-ção de Actividades Culturais (APAC) pela ocasião da celebração dos 15 anos da RAEM. Após analisar-mos o convite concluímos que deveríamos apresen-tar um conjunto de obras que fosse representativo do panorama artístico português”, explicou José Duque Vicente. A mostra foi organizada pelo Clube Militar, contando com o apoio da Fundação Macau e da Sociedade de Jogos, cabendo ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU o papel de “media partner” do

evento. De acordo com o comissário, “um projecto desta

envergadura demora à volta de seis meses a orga-nizar, sendo preciso fazer contactos profissionais para perceber se temos os recursos e as parcerias adequadas à concretização da exposição”. Por isso, só depois de garantidas as parcerias e estabelecidas as condições e protocolos com as partes envolvidas é que a organização pode avançar para a fase de preparação.

Júlio Pomar e Graça Morais são os grandes no-mes das artes plásticas em destaque, no entanto, o Clube Militar irá receber também obras de Paulo Ferreira, João Paulo, José Luís Tinoco, Maria João

Franco, Velhô, Filipe Amaral, Alexandre Baptista e Gil Maia.

Com criações diversas, que incluem pintura, de-senho, gravura, escultura e cerâmica, Júlio Pomar, um dos nomes mais reconhecidos da arte europeia, chegou ainda a fazer murais de azulejos para a esta-ção de Botanique em Bruxelas.

Graça Morais, tal como Júlio Pomar, também se formou pela Escola de Belas Artes do Porto e desde o seu lançamento em 1978 recebeu vários prémios internacionais.

A inauguração da exposição “Dez Olhares Por-tugueses” irá decorrer na segunda-feira, pelas 18:30 horas.

António Baptista

Gil MoraisJúlio Pomar

José Luís Tinoco

Filipe Amaral

Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 15

DUAS ÚLTIMAS CORRIDAS DA AUDI CUP DECIDEM CAMPEÃO

Couto maravilhado com circuito de Abu DhabiO piloto de Macau estreia-se naquela pista que é considerada como um dos melhores circuitos do mundo. O Troféu Audi decide-se este fim-de-semana, com Couto a sete pontos do líder Yoong

Vítor Rebelo

Classificação actual da Audi Cup

Alex Yoong (Malásia) 156André Couto (Macau) 149Rahel Frey (Suiça) 121Franky Cheng Congfu (China) 112Marchy Lee (Hong Kong) 95Adderly Fong (Hong Kong) 90Kyong-Ouk You (Coreia do Sul) 65Sun Zheng (China) 60Aidan Wright (Austrália) 46Matt Solomon (Hong Kong) 46

É a hora da verdade no que diz res-peito ao campeonato Audi R8, no qual o piloto de Macau, André

Couto, tem dado nas vistas, já com algu-mas vitórias ao longo da temporada.

À partida para a derradeira jornada da competição, há, para além do piloto da RAEM, mais três a lutar pelo título, o malaio Alex Yoong, a suíça Rahel Frey e o chinês Franky Cheng Congfu.

A expectativa é por isso grande, prin-cipalmente à volta da luta entre Yoong e Couto, separados por apenas sete pontos, quando há cinquenta ainda em discussão.

Rahel e Congfu têm hipóteses mate-máticas, mas a verdadeira “guerra” vai certamente ser travada entre Yoong e André Couto. A luta entre os dois pilotos tem dominado esta temporada, com o representante da RAEM a ter uma exce-lente oportunidade para voltar a ganhar uma competição, com alguma importân-cia, depois da Fórmula 3 do Grande Pré-mio de Macau, em 2000.

Abu Dhabi é assim o ponto alto da época, mesmo no cair do pano, com a in-definição quanto ao campeão a manter--se até às últimas corridas.

Circuito maravilha

Tudo isto numa pista de grande nível, que tem deixado maravilhado o piloto de Macau. “Nunca corri aqui e isto de facto é grandioso, as infra-estruturas são de ele-

vado nível. É do melhor do mundo com certeza. A vista para a pista é excelente. Os restaurantes e hotéis possibilitam uma clara visão, pouco vulgar noutros locais. É tudo espectacular, sabe bem correr numa pista assim”, palavras de Couto ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, com o piloto a considerar que o traçado vai ao encontro do que são as suas caracterís-ticas. “É bem ao meu estilo, com muitas curvas, umas rápidas e outras lentas, es-tou a gostar bastante.”

O Circuito de Yas Marina tem uma extensão de 5.554 quilómetros, os quais se estimam poder ser percorridos em apenas 100 segundos, completando uma volta à pista, 21 curvas e contra-curvas, fazendo parte do calendário do Campeo-nato do Mundo de Fórmula 1 desde o ano de 2009.

Luxo e inovação

Desenhado por Herman Tilke e inte-grado no projecto de 30 mil milhões de euros, o Yas Island, a mais recente ilha ar-tificial ao largo de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, é considerado como o mais inovador e luxuoso do mun-do, com todos os lugares sentados cober-tos, cerca de 50 mil.

Estende-se por 2.500 hectares de terre-no e inclui, além do autódromo propria-mente dito, um parque temático Ferrari

e outro da Warner Brothers, um parque aquático, campos de golfe, marinas e praias, clubes de polo, apartamentos, mo-radias e vilas, a que se juntam centros co-merciais e restaurantes.

É ali que vai correr André Couto e todos os participantes da Audi Cup, in-tegrados num programa diversificado de provas.

Peso para Yoong

Os primeiros treinos livres foram rea-lizados ontem e esta manhã será a qualifi-cação para a grelha de partida, seguindo--se, da parte da tarde, a primeira manga, com Alex Yoong a largar com um peso acrescido no seu carro (60 quilos), o que é sempre uma desvantagem, situação que pode ser aproveitada pelo piloto do terri-tório, apostado em “assaltar” o primeiro lugar da classificação, que pertence ao seu grande rival nestas andanças.

“Não tenho nada a perder, vou tentar fazer o meu melhor, o mais concentrado possível. Se conseguir tudo bem, caso contrário paciência, mas vou tentar tudo. Claro que preciso de ter a sorte do meu lado. Não me sinto com qualquer tipo de pressão negativa, mas no bom sentido. Tenho consciência de que tenho feito uma boa temporada nos Audi e se não fosse os toques dos adversários em algumas corri-das a minha classificação seria outra. Mas

mesmo assim estou bastante satisfeito, ao mesmo tempo que estou com uma enor-me vontade de disputar estas duas últi-mas corridas”.

Empate em equação

Caso André Couto ganhe a primeira corrida, uma vez que não vai ter qual-quer peso acrescido na sua máquina, e Yoong ficar em segundo, o que pode perfeitamente acontecer, então os dois pretendentes ao título ficarão iguais em pontos.

Tudo se decidiria na segunda e última manga do campeonato, e aí ou um ou ou-tro chegarão ao título.

E, perante esse cenário, se os dois pi-lotos terminarem com os mesmos pon-tos, por desistência de ambos na segunda prova. “Julgo que serei eu o vencedor, porque tenho mais pole-positions con-quistadas, mas é uma questão que tenho ainda de confirmar”.

Recorde-se que André Couto ganhou quatro das 12 corridas do calendário des-te ano, duas em Xangai e uma em Fuji e Sepang.

GP Macau é passado

A jornada de Abu Dhabi surge quase um mês depois da presença de Couto no Grande Prémio de Macau, onde não teve o seu carro nas melhores condições.

“Poderia ter feito muito melhor, mes-mo não conhecendo bem o carro, se não fosse aquele problema na caixa de velo-cidades do Ferrari. Fiquei em sétimo nos primeiros treinos livres e não fui à pista nos segundos, por causa desse problema. A equipa teve de optar por outras solu-ções e na qualificação dei poucas voltas, para poupar o carro. Na corrida as con-dições não eram por isso as melhores, com a caixa condicionada, conseguindo chegar ao fim. Mas já passou e foi bom mais uma vez andar na pista de Macau e correr antes desta ronda da Audi. Quanto mais se andar melhor, isso é que é impor-tante”.

Depois das mangas dos Emirados, o piloto da RAEM termina a época, uma vez que já se concluiu a temporada dos Super Gt’s, onde André tem andado nos últimos anos e tudo indica irá permane-cer em 2015.

Portugal ausente do Torneio da SoberaniaArranca hoje mais uma edição do Torneio da Soberania, competição dedicada ao futebol na categoria de veteranos. Portugal será a ausência mais notada nos relvados do território na competição que culminará no domingo

Enquanto não arranca a Liga de Elite surge um “ape-ritivo” para os amantes do futebol com a realização do Torneio da Soberania, que celebra este ano a sua

14ª edição. Macau, que venceu a primeira edição, integra a série A juntamente com Taiwan, Hong Kong e Xangai, enquanto que na série B, com equipas por convite, mi-litam Austrália, Pequim, Tailândia e Coreia do Sul. Pela primeira vez em vários anos, Portugal não terá nenhum

participante.A competição arranca hoje com a selecção local a dar o

pontapé de saída, no campo do Canídromo, às 15:00, fren-te à formação formosina. Ao mesmo tempo, no relvado da Universidade de Ciência e Tecnologia, a Tailândia mede forças com a equipa da Coreia do Sul. As outras partidas disputam-se logo de seguida, com início marcado para as 16:30. Os jogos prosseguem sábado para se averiguarem os vencedores das respectivas séries, que disputam no do-mingo o troféu final que assinala os 15 anos da RAEM.

“As selecções estrangeiras estão muito fortes, como a

Coreia do Sul, e Hong Kong também tem jogadores muito profissionais. [Macau] não tem condições para ser cam-peã, talvez chegue ao quarto lugar”, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU o vice-presidente da Associação de Futebol de Veteranos, Aleixo Nunes.

Seguindo um modelo concebido em edições passadas como forma de criar uma maior competitividade, as equi-pas são obrigadas a ter jogadores de várias faixas etárias. Assim, o guarda-redes terá que ter mais de 38 anos, quatro atletas têm que ter entre 45 e 49 anos, três entre 40 e 44 e outros três com mais de 50 anos.

Pedro André Santos

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201416 JTM | DESPORTO

O Manchester City e o Schalke 04, este em luta com o Sporting, no Grupo G, asseguraram, na última ronda da fase de grupos, as duas últimas vagas nos “oitavos” da Liga dos Campeões

LIGA DOS CAMPEÕES

Sporting perde e “cai” para a Liga Europa

“Leões” foram derrotados em Londres (3-1)

Em Londres, o Sporting sabia que conseguia o apuramento se, pelo menos, empatasse no campo do líder do campeonato inglês. Só que

o sonho começou a esfumar-se bem cedo, aos oito minutos, com Fabregas a converter uma grande pe-nalidade, após falta do estreante Ricardo Esgaio so-bre Filipe Luís.

Em Maribor, o empate persistia e o Sporting con-tinuava a “sonhar”, mesmo quando Schurle elevou para 2-0, aos 16 minutos. Jonathan Silva reduziu aos 50 e Obi Mikel fez o 3-1 final, aos 56, numa altura em que os portugueses se remetiam a “torcer” pela ajuda da equipa eslovena.

Ainda a pensar na qualificação para a Liga Eu-ropa, o que acontecia em caso de vitória, o Maribor foi impotente para travar os seus mais experientes adversários, que marcaram o seu único golo por Max Meyer, aos 62 minutos.

Com meia hora para jogar, “morria” o sonho da equipa leonina, que assim caiu para a Liga Europa. O Sporting termina com sete pontos, atrás dos 14 do Chelsea e os oito do Schalke 04.

No Grupo E, e com o Bayern já apurado como primeiro, as outras três equipas entraram na sexta jornada “irmanadas” com cinco pontos. A primeira a descolar foi o CSKA, que aos 17 minutos já perdia em Munique, cedendo no final por claros 3-0.

Tudo se decidia em Roma e Nasri foi o herói do jogo, marcando aos 60 minutos o golo que valeu o apuramento. Zabaleta fez o 2-0, aos 87, confirmando um apuramento “impensável”, de uma equipa que não ganhou nas quatro primeiras jornadas.

O FC Porto, grande dominador do Grupo H, em-

patou em casa com o Shakhtar Donetsk (1-1), a outra equipa que também já tinha o apuramento garanti-do. Stepanenko, aos 50 minutos, e Aboubakar, aos 87, fizeram os golos no Dragão. Com a Liga Europa como prémio, o Athletic Bilbau ganhou ao BATE Bo-risov, por 2-0, confirmando o terceiro lugar, com sete pontos, distante dos 14 do FC Porto e dos nove do Shakhtar.

O primeiro lugar do Grupo F esteve em jogo em Barcelona e o Paris Saint-Germain entrou com von-tade de o conseguir, adiantando-se aos 15 minutos por Ibrahimovic. Em dia de inspiração das grandes estrelas do plantel - e também de grandes golos - o “Barça” deu a volta e chegou aos 3-1, com golos de Messi, que igualou Raul como melhor marcador das taças europeias, com 76 golos, Neymar e Luis Suarez.

Com naturalidade, o Ajax garantiu a Liga Euro-pa, com uma goleada por 4-0 ao APOEL Nicósia. O “Barça” chega aos 15 pontos e ganha o grupo, segui-do dos gauleses, com 13. O Ajax termina com cinco pontos e o Apoel apenas um.

A Alemanha apura as suas quatro equipas para os oitavos-de-final e é a nação dominante na fase elimi-nação directa, seguida de muito perto pela Espanha e pela Inglaterra, com três cada.

Atlético de Madrid, Real Madrid, Barcelona, Bayer Leverkusen, Borussia Dortmund, Bayern, Schalke 04, Manchester City, Arsenal, Chelsea, Paris Saint--Germain, Mónaco, FC Porto, Shakhtar Donetsk, Ba-sileia e Juventus são as 16 equipas apuradas.

Sporting, AS Roma, Ajax, Athletic Bilbau, Olym-piacos, Liverpool, Zenit e Anderlecht são as oito equipas que transitam para a Liga Europa.

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | DESPORTO 17

TROCA NA VICE-LIDERANÇA

Sérgio Perez esteve em destaque na última jornada do “Barómetro” ao aproximar-se da liderança por troca com Lúcia Santos. António Marques da Silva continua em bom plano, não deixan-do os adversários aproximarem-se do primeiro lugar. Na próxima ronda da liga portuguesa há jogo grande com o FC Porto a receber o Benfica, que divide o painel do campeonato das previsões do JTM entre empate e triunfo dos “dragões”. A vitória do Sporting ante o Moreirense parece não merecer con-testação, enquanto que o jogo entre o Belenenses e o Sporting de Braga volta a dividir o painel, havendo resultados para todos os gostos.

BARÓMETRO DA LIGA

Classificação

2-1 2-0

FC Portovs Benfica

Sportingvs Moreirense

2-1 1-0

2-0 3-0

1-1 3-0

1-1 3-1

1-0 2-0

1-1 2-1

2-1 3-0

2-1 2-0JoãoD’Assumpção

27

Marquesda Silva

551-1

Belenenses vs Sp. Braga

1-1

1-1

1-2

2-1

0-1

1-1

1-1

1-1

LúciaSantos

50

VictorMarreiros

42

SérgioPerez

51

HelenaBrandão

SandraBártolo

49

NairCardoso

43

PalpiteJTM

42

41

FC PORTO RECEBE BENFICA NO DOMINGO

Clássico já “mexe” com adeptos em MacauA liga portuguesa tem mais um clássico nesta jornada, com o FC Porto a defrontar o Benfica. A partida é vista também com bastante expectativa em Macau, com os adeptos a mostrarem-se esperançados num bom resultado

Pedro André Santos

É um dos duelos mais apetecíveis da liga portuguesa e poderá vir a relan-çar o campeonato, que se aproxima

a passos largos para o final da primeira volta. Benfica e FC Porto estão separados na tabela por apenas três pontos, a favor das “águias”, que no domingo se deslo-cam ao terreno do adversário. A partida é antecipada com ansiedade no território, com os adeptos dos dois clubes a mostra-rem-se confiantes num bom resultado.

“O Porto ganha por 2-0 ao Benfica. Este ano conforme eles estão é ‘soma e segue’, ainda para mais no Estádio do Dragão. O Porto está a jogar muito bem, não há hipótese. O Benfica este ano está um pouco incerto, tanto faz um bom jogo como faz um mau, e o Porto não. Pode não marcar golos na primeira parte mas na segunda manda para lá alguns!”, dis-se José Veiga ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

O proprietário do restaurante “O Por-to” não considera, no entanto, que será uma partida “decisiva”, até porque, em caso de vitória, os dois emblemas ficarão em igualdade pontual.

Partilhando do optimismo de José Veiga, António Aguiar acredita que os “dragões” vão marcar ainda mais um golo, vencendo por 3-0. “Espero a vitória

do Porto, obviamente. Uma vitória clara e sem qualquer contestação. Vejo o Benfica com muita sorte e com uma classificação que não condiz com a equipa que tem, e que em alguma altura deve vir mais cá para baixo começando já no domingo. O Benfica não tem equipa para estar em primeiro, embora tenha sido bafejado por não poder participar em mais nenhuma prova europeia”, considerou.

Do lado dos encarnados, Pedro Cor-tés aponta também favoritismo ao ad-versário, até porque joga no seu terreno, mas mantém confiança no seu clube para um bom desfecho no campeonato. “Acho que o Benfica tem estado a ganhar não se sabe bem como, o Porto é favorito como aliás tem sido nos últimos 20 ou 30 anos, em que tem ganho quase sempre para o campeonato”, disse. Segundo o advoga-do, “o Porto tem um plantel muito mais forte, desde o início da época que con-seguimos perceber isso. Agora o melhor plantel nem sempre faz a melhor equi-pa. Está ao alcance do Benfica continuar à frente até ao final do campeonato mas vai ser muito difícil porque o Porto está a jogar melhor”.

O treinador do Benfica de Macau, Bruno Álvares, recorda que “num clássi-co é sempre difícil de prever o que pode acontecer” devido à competitividade que surge em campo. “Acho que as duas equipas não estão condicionadas com o

último jogo da ‘Champions’. Vamos en-contrar duas equipas extremamente mo-tivadas para vencer, o Porto com maior

necessidade de o fazer. Penso que o Benfi-ca irá acabar por ganhar. Ou ganhará por 2-1 ou vai dar empate 1-1”, atirou.

José Veiga

Bruno Álvares Pedro Cortés

António Aguiar

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201418 JTM | ROTEIRO

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50 DISCOVERY13:00 Philly Throttle 14:00 You Have Been Warned 15:00 Bering Sea Gold 16:00 Ice Cold Gold 17:00 How Do They Do It? 17:30 How It’s Made 18:00 Dual Survival 19:00 Klondike 20:00 How Do They Do It? 20:30 How It’s Made 21:00 Get Out Alive With Bear Grylls 22:00 How China Works 23:00 Marooned With Ed Stafford 00:00 How Do They Do It? 00:30 How It’s Made

51 NGC12:30 Real Time Disaster 13:25 Predator CSI 14:20 Beyond Magic with DMC

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23:00 (DIA 13)

23:00 (DIA 13)

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Getafe vs Barcelona

Chelsea vs Hull City

CINETEATROS1 Exodus : Gods and Kings - 14:30 • 21:00

S2 The Theory of Everything - 14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

TORRE DE MACAUHorrible Bosses 2 - 14:30 • 16:30 • 21.30

GALAXYTHEATER VÁRIOSRise of the Legend (3D) - 20:40 • 23:05 • 01:15

THEATER VÁRIOSHector And The Search For Happiness - 19:00 • 21:05

THEATER 6Horrible Bosses 2 - 23:10

THEATER 6Grace of Monaco - 21:15

THEATER VÁRIOSInterstellar - 12:40 • 13:00 • 15:40 • 16:10 • 18: 4019:15 • 21:45 • 00:50

THEATER VÁRIOSThe Hunger Games: Mocking Jay Part 1- 13:20 • 15:45 • 16:10 • 18:10 • 20:30 • 22:50 • 01:10

THEATER VÁRIOSDumb and Dumber to- 16:10 • 17:00 • 01:10

THEATER VÁRIOSDon’t Go Breaking My Heart 2 - 14:40 • 16:50 • 18:10• 19:00 • 21:10 • 23:20

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | ACTUAL 19

FOTO

ARQ

UIVO

HONG KONG

Um dia “triste” para pró-democratasCumprindo o aviso dado dois dias antes, as autoridades de Hong Kong procederam à limpeza das ruas e à retirada das barricadas montadas pelos manifestantes pró-democracia

CHINA - IUm grupo de intelectuais chineses atribuiu a Fidel Castro o “prémio da paz”, uma distinção alternativa ao Nobel, saudando os esforços do ex-presidente cubano para “resolver cri-ses internacionais”. “Castro, quando esteve no poder, não recorreu à força ou à violência para resolver as crises e conflitos de âmbito internacional, em particular com os Estados Unidos”, afirmou Liu Zhiqin, um dos organi-zadores do “Prémio da Paz Confúcio”, citado pelo jornal Global Times.

CHINA – IIA cadeia hoteleira norte-americana Hilton Wolrdwide ultrapassou os 50 hotéis das suas marcas na China e tem mais 150 unidades em construção, mantendo a sua estraté-gia de expansão no gigante asiático. Bruce McKenzie, vice-presidente de operações na China e Mongólia, garantiu em declarações ao diário Shanghai Daily que o objectivo da companhia é proporcionar aos clientes as diversas marcas do grupo para que estes fa-çam escolhas perante necessidades.

CHINA – IIIAs autoridades da China procuram mais de 100 noivas vietnamitas que desapareceram após casarem com chineses de zonas rurais. Os homens, da cidade de Quzhou, na pro-víncia de Hebei, foram apresentados às mu-lheres por uma noiva vietnamita que vive na zona há 20 anos e recebeu pagamentos de mais de 100.000 yuan em troca.

TAIWANO chefe da seita religiosa Ri Yue Ming Gong foi condenado a 13 anos de prisão pela mor-te de um estudante de 17 anos, deixado a morrer de fome, noticiou o diário de Taiwan “China Post”. Chen Chiau-ming, condenado por causar danos que levaram à morte e por privar o estudante de liberdade, lamentou o falecimento do jovem, mas considerou ex-cessiva a pena já que, argumentou, desco-nhecia a situação de maus-tratos.

JAPÃOUma polémica lei relacionada com a divulga-ção de segredos de Estado entrou em vigor no Japão apesar dos protestos da sociedade civil que insiste que o diploma impede o di-reito à informação. Segundo a lei, aprovada pelo Parlamento em Dezembro de 2013, os responsáveis de 19 ministérios e agências do Governo nipónico podem designar como segredos de Estado informações que consi-derem “delicadas” nas áreas da diplomacia, defesa, luta contra o terrorismo e contraes-pionagem.

COREIA DO NORTEA Coreia do Norte vai voltar a autorizar visitas turísticas no primeiro trimestre de 2015 de-pois de ter encerrado as suas fronteiras a visi-tantes em Outubro para evitar a “entrada” do vírus Ébola no país. A notícia foi avançada por uma das principais agências turísticas do país, a Koryo Tours, ao salientar que a suspensão temporária “será cancelada em algum mo-mento do primeiro trimestre de 2015”.

TAILÂNDIAA organização Human Rights Watch instou o governo tailandês a cancelar o plano que remete presos comuns a trabalho em barcos de pesca, numa medida que visa mitigar o tráfico humano no sector pesqueiro. 176 presos com condenações de cerca de um ano começam a trabalhar nas próximas se-manas em navios ao largo da província de Samut Sakhon, sudoeste de Banguecoque.

VOLTA AOMUND

A presidente do Partido Demo-crático, Emily Lau, disse que ontem foi um dia triste para os

residentes de Hong Kong que lutam há décadas pela democracia, com o des-pejo dos manifestantes pró-democracia pela polícia.

A deputada Emily Lau foi um dos rostos da ala pró-democrata presentes ontem de manhã no local epicentro dos protestos, junto da sede do Governo, em Admiralty, de acordo com a Rá-dio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

“Sabemos que a polícia está a vir. É por isso que estamos aqui, para mos-trar que estamos determinados a recor-rer à desobediência civil para lutar pela verdadeira democracia”, afirmou.

Também presente no local, o líder do Partido Cívico, Alan Leong, expres-sou sentimentos contraditórios. “Penso que não fizemos o suficiente para dei-xar um sistema eleitoral justo às futu-ras gerações de Hong Kong”, afirmou, ressalvando estar “orgulhoso por ver tantos jovens capazes de sair à rua e to-mar a liderança”.

Para Lee Cheuk-yan, deputado do Partido dos Trabalhadores de Hong Kong, este movimento pró-democracia foi um “processo de despertar” para Hong Kong. “Pessoas que não estavam interessadas em política passaram a estar e agora não têm medo de ser de-tidas, especialmente os jovens”, disse.

Pelo menos seis manifestantes fo-ram ontem detidos pela polícia de Hong Kong durante a acção de despejo dos protestos pró-democracia, escre-veu a agência EFE. Os agentes detive-ram os manifestantes depois de estes se terem negado a abandonar o local. Apesar de se terem recusado a sair, os detidos não ofereceram resistência à sua detenção.

As autoridades tinham avisado os manifestantes pró-democracia que iriam avançar com detenções, caso os jovens impedissem as acções de de-simpedimento das ruas, o que acabou por acontecer - os agentes formaram um cordão humano em volta do grupo de cerca de 100 pessoas, que se man-tinha sentado, e começaram a efectuar detenções, descreveu o jornal “South China Morning Post”.

A acção policial, conduzida por cen-tenas de agentes, levou os manifestan-tes a reunirem-se numa pequena zona da “Hartcourt Road”, rua onde estava concentrada a maioria das tendas de campanha do movimento democráti-co. Na zona estavam dezenas de veí-culos policiais, alguns com canhões de água e centenas de agentes equipados com material antimotim.

Alguns dos detidos foram levados por grupos de quatro polícias, enquan-to outros saíram pelo próprio pé. En-quanto era realizadas as detenções, os activistas que permaneciam no local gritavam “nós somos pacíficos”, “não

temos medo”, “desobediência civil” e “democracia já”.

“Penso que o espírito do movimen-to ainda vive, mas a ideia de ocupação das ruas terminou”, admitiu Andrew Chan, estudante de 20 anos. “Nós já não conseguimos fazer com que uma multidão saia à rua para lutar contra a polícia que está a desocupar o local”, acrescentou.

Para Javis Luk, manifestante de 27 anos, “o movimento foi surreal”. “Nin-guém imaginaria que pudesse durar mais de dois meses... num local em que o tempo e o dinheiro são vitais”, disse à agência Reuters.

Activistas iniciaram a ocupação das ruas de Hong Kong a 28 de setembro para exigir eleições totalmente livres para a liderança da Região Adminis-trativa Especial chinesa.

A China insiste que os candidatos às eleições para o Chefe do Executivo, em 2017, devem ser pré-seleccionados por um comité eleitoral, condição rejei-tada pelos manifestantes, na sua maio-ria estudantes.

CHINA

Economia pode crescer “cerca de 7,5%”As autoridades chineses acreditam que irão atingir a meta económica estabelecida para 2014 e “manter um firme crescimento” em 2015

A China anunciou ontem que poderá alcançar os ob-jectivos económicos fixados para 2014, procurando aparentemente contrariar as especulações de que o

crescimento ficará muito aquém dos “cerca de 7,5%” preco-nizados pelo governo.

A previsão é mencionada no comunicado difundido no final da anual Conferência Central sobre a Política Econó-mica, que reuniu durante três dias em Pequim os principais decisores políticos do país.

“A China pode alcançar relativamente bem os objectivos sociais e económicos fixado para 2014 e manter a economia num âmbito razoável”, diz-se num comunicado citado pela agencia noticiosa oficial Xinhua.

Segundo o comunicado, a China espera também “man-ter um firme crescimento” em 2015.

No terceiro trimestre de 2014, o crescimento da econo-mia chinesa abrandou para 7,3%, o valor mais baixo dos úl-timos cinco anos, ficando a um ponto percentual da média do primeiro semestre.

Para 2015, o FMI prevê um abrandamento ainda maior, para 6,5% a 7%.

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, a se-guir aos Estados Unidos da América, cresceu em média 9,1% ao ano ao longo do último quarto de século.

JTM/Lusa

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201420 JTM | OPINIÃO

Mãos à obra1. Confirmadas as nomeações, já esperadas, dos

novos membros do governo e de altos cargos pú-blicos e políticos, resta esperar pela acção futura

do executivo que Chui Sai On anunciou.Neste governo há três nomes incontornáveis - Ale-

xis Tam, Lionel Leong e Raimundo do Rosário. São pesos pesados e deles muito se espera.

De todas as pastas, a mais difícil estará a cargo do engenheiro Raimundo do Rosário. Os dois maiores problemas de Macau são a habitação e os transportes ou trânsito.

Isto porque se trata de uma pesada herança deixa-da pelo actual Chefe do Executivo e governo ainda em funções que, pura e simplesmente, negligenciaram o sector habitacional, entregue às feras e a essa entidade que serve para tudo chamada mercado.

Rosário é um profundo conhecedor de Macau e fez um grande trabalho antes de ser nomeado para Lis-boa e Europa.

Se conseguir domar o mercado e impor novas re-gras no domínio dos transportes, o governo e o Chefe do Executivo serão aplaudidos pela população e pela crítica.

O grande salto de desenvolvimento de Macau, após a liberalização do jogo, deixou abertas muitas fissuras que os sucessivos executivos não souberam colmatar e o resultado está aí, para todos verem.

O doutor Alexis Tam é uma justíssima promoção que perca por tardia. A chegada ao poder do doutor Lionel Leong era, também, algo já esperado.

Jovem, com ideias novas, Leong é uma excelente aposta de Chui Sai On, mesmo que se diga que ele está agora onde está para fazer o tirocínio ao cargo de Chefe do Executivo. Deixá-lo, assim seja, em caso afirmativo.

A grande experiência que Leong traz de uma vida de sucesso na privada, poderá introduzir, finalmente, novas dinâmicas na economia e, quem sabe, ressus-citar aquela palavra chamada diversificação que os

senhores não vêem e eu também não...Quem sai do governo merece uma palavra de

apreço. Os secretários fizeram bom trabalho, embora, em algumas áreas, pudessem e devessem fazer muito mais.

É possível mudar o curso de políticas que esti-veram erradas. Afinal, mais do que os nomes, o que interessa é a definição de directivas correctas viradas para o bem-estar da população e não de alguns em particular.

2. No momento em que escrevo estas linhas, a po-lícia de Hong Kong continua a evacuar o movi-mento Occupy. E tinha de ser assim.

Mais de dois meses após o início da campanha por democracia verdadeira na RAEHK, a contínua ocupa-ção de ruas estava a provocar transtorno à população. Mas, ao contrário do que, provavelmente, pensam os governos central e de Hong Kong, a luta pela demo-cracia sai reforçada e a sociedade do território vizinho está profundamente dividida.

De elogiar, apesar de tudo, o comportamento da polícia de Hong Kong e a silenciosa resistência do go-verno central em intervir...É que Tiananmen não foi, assim, há tanto tempo...

Nada será como dantes em Hong Kong. Aqui es-crevi, o Occupy ainda não tinha começado, que os go-vernos da RAEHK figuravam entre os piores do mun-do pela total insensibilidade social e política revelada

desde a transferência de soberania.As declarações lamentáveis do Chefe do Executivo

de Hong Kong sobre os pobres e o sistema eleitoral confirmaram isso mesmo.

Os estudantes e o Occupy marcaram posição e ga-nharam aos pontos.

É que, mesmo com o filtro de Pequim, esta crise veio demonstrar, à saciedade, que líderes como CY Leung não estão à altura do cargo que desempenham.

O filtro não pode escolher alguém mais capaz?...

3. Perguntar não ofende... O fundamentalismo an-ti-tabaco não podia ser adiado 24 horas? Porquê a proibição de fumar logo na noite de Ano Novo,

momento de festa e animação? Não podia começar a campanha no dia 2?

Quero fumar o meu charuto nesse dia num bar ou discoteca...

* Jornalista

UM OUTRO OLHARJorge Silva*

É possível mudar o curso de

políticas que estiveram erradas.

Afinal, mais do que os nomes,

o que interessa é a definição de

directivas correctas viradas para

o bem-estar da população e não

de alguns em particular

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | OPINIÃO 21

Dito

“Aceitarei uma proposta de nomea-ção para qualquer função [no Gover-no]. Ainda não reúno condições para me aposentar e fico contente por ter mais oportunidades para contribuir para sociedade de Macau”

• • • HÁ 20 ANOS

In “Jornal de Macau”e “Tribuna de Macau”

12/12/1994

AL TERMINA HOJE DEBATE SOBRE ORÇAMENTOAs Linhas de Acção Governativa (LAG) de Macau para 1995 nas áreas de política de Transportes e Obras Pú-blicas foram aprovadas pelo plenário de deputados da Assembleia Legisla-tiva do Território. O debate das LAG contou com a presença do secretário--adjunto José Manuel Machado que referiu “serem as LAG, para o próxi-mo ano, uma continuidade da políti-ca que tem vindo a ser desenvolvida pelo Executivo e que é baseada numa estratégia de longo prazo onde estão incluídos os processos de localização e reestruturação dos serviços”. José Manuel Machado destacou como in-tervenções da sua tutela o acompa-nhamento do arranque do Aeroporto internacional de Macau e companhia do Território, além da promoção no desenvolvimento de Macau que pas-sa, entre outras actividades, pela cons-trução de várias infraestruturas como as estações de tratamento de águas residuais, a 2ª fase do porto de con-tentores de Ká-Hó, o Centro Cultural de Macau e o Complexo Desportivo da Taipa. O secretário-adjunto defi-niu também como áreas importantes de intervenção a implementação do reordenamento viário do Território, através da construção de viadutos e parques de estacionamento, o acom-panhamento do trabalho das conces-sionárias e as políticas de habitação social e económicas com vista à irra-dicação das cerca de 2.800 barracas existentes na península de Macau e nas Ilhas. Durante o debate das LAG, os deputados da Assembleia Legis-lativa manifestaram a sua preocupa-ção ao secretário-adjunto sobre pro-blemas do trânsito em Macau, sobre a empresa Construções Técnicas e sobre a política da habitação social e económica. José Manuel Machado defendeu ser de “todo o interesse” o Executivo continuar a apostar na irradicação de barracas, criando as-sim condições para um melhor nível de vida da comunidade de Macau e das Ilhas. Na questão do trânsito, o secretário-adjunto manifestou-se es-perançado que as novas soluções do reordenamento de tráfego e a cons-trução de várias passagens desnive-ladas “possam melhorar o trânsito em Macau” e referiu que o executivo encomendou um estudo sobre a utili-zação de transportes alternativos que deverá ser apresentado dentro de sete meses.

Ho Chio Meng, Procurador-Geral da RAEM, em entrevista ao “Ponto Final”

Quinze anos antes, como estávamos?

OS DESATINADOSAlbano Martins*

A oito de Novembro de 1999, pouco mais de um mês antes da transferência de soberania,

mostrava nas páginas da Tribuna, mas minhas crónicas de desatina-dos, as minhas preocupações com a situação que a RAEM iria herdar, a postura das Autoridades Portu-guesas e de Macau, relativamente à complicada situação económica que iriam deixar, e das autoridades Chi-nesas que naturalmente mostravam um quadro mais cor-de-rosa pas-sando a mensagem, inteligente, em como as coisas haveriam de mudar para melhor, o que só começou de facto a acontecer de forma sustenta-da depois da liberalização do jogo, os entraves criados à Administração Portuguesa pela criação do Fundo de Terras que acabava por matar a sua capacidade em dinamizar a eco-nomia, a velha história das amarras do peg, tão velhas que ainda hoje perduram na nossa ineficácia e qui-çá incompetência, a deflação que se instalara na economia, a que não era alheia a recessão que durava há já vários anos, um desemprego nos sete por cento, as empresas a fechar portas, a banca a jogar à defesa, evi-tando o aumento dos créditos mal-parados e as dúvidas que surgiam no horizonte. Isso tudo no meio dos passarões e passarinhos que por cá, como hoje, vão continuando a can-tar, para encanto das nossas gentes mais distraídas.

Felizmente Macau, sob o forte apoio da China, conseguiu dar volta à situação, mas fica a minha pegada conjuntural na época, a que chamei de “a arte de apreciar e estimar”.

Acho piada a arte de apreciar a crise que se instalou na Ásia a par-tir de meados de 97. E, nesta fase do percurso, o continuado esforço de estimar que teria passado bem ao nosso lado. As coisas por cá teriam, assim, ficado bem melhor do que na Asialândia. Como?

Porque não temos uma bolsa que traduza a situação real das empre-sas locais, cujos activos se deflacio-naram profundamente?

Porque o nosso “dólar” se en-contra artificialmente amarrado ao dólar americano por intermédio de Hong Kong, traduzindo na prática elevadas perdas de competitividade?

Porque o nosso PIB já era negati-vo antes da crise, tendo continuado cada vez mais negativo e bastante acima dos valores da região?

Porque a nossa taxa de desem-prego continua a agravar-se e já vai na casa dos 6,9 por cento?

Porque a nossa taxa de inflação continua a traduzir uma queda acentuada dos preços num ciclo de-flacionista que enerva a actividade económica?

Francamente, não percebo tanto segredinho para esconder a verda-deira dimensão da nossa crise!

Apesar de todo o esforço levado a cabo pela Administração, o futuro não é, infelizmente, tão promissor como alguns arautos da nova ordem tanto apregoam.

As empresas fecham as suas

portas, sem negócios e cheias de dí-vidas. O desemprego agrava-se. Os preços da mão-de-obra e das mer-cadorias, caiem. A procura contrai--se. O crédito é cada vez mais caro e mais selectivo, com a banca a jogar à defesa, evitando o agravamento das dívidas incobráveis.

Tudo isso, repercutindo-se numa menor propensão para investimento do sector privado, em cenário de uma segurança exageradamente negativi-zada e de uma recuperação asiática que ainda se não vê com clareza o início. O PIB, afunda-se, portanto! E este ano, ou bem me engano ou ainda não é dessa que vai bater no fundo!

Sem dinâmica, a economia pri-vada não se vê, todavia, substituí-da pela iniciativa pública, limitada como se encontra nesta fase avan-çada do processo de transição. A verdade é que a aspiração chinesa, herdada à nossa medida, de ter os cofres públicos bem cheios no acto da transição, concretizada na consti-tuição de um Fundo de Terras e na deslocação dos fundos públicos para a liquidação acelerada dos investi-mentos, em situação normal pagos bem para além de 1999, obrigou, por compreensíveis limitações dos já li-mitados níveis de despesa, a uma política marcadamente neutral, se não deflacionista. Isto é, quando era esperado, em período continuado de crise, uma maior injecção de dinhei-ros públicos na economia, para con-trabalançar os efeitos da desacelera-ção do investimento e do consumo privados, Macau ficou calmamente a contar os tostões e a ver a caravana asiática passar. Do género: um tostão para mim, outro para a RAEM! E, se houver sobras, naturalmente que para a RAEM, também!

Não admira, assim, que com esse tipo de política económica, a crise tivesse afundado mais e mais. Cá por mim, continuo a pensar que essa história de que “à medida que se aproxima o dia do regresso à Pátria”, a economia vai dando sinais de me-lhoria, deve ser um novo sedativo inventado para esconder a falta de alternativas credíveis para fazer sair a economia local da crise estrutural em que se encontra mergulhada. Alternativas que, sejamos honestos, não fomos capazes de encontrar. E que continuarão a fazer dor de ca-beça à nova equipa da RAEM, essa, bem menos experiente na gestão da coisa pública, embora mais “conhe-cedora” dos factores de bloquea-mento da economia local.

Afundei, assim, também, todo o meu tempo e espaço na crise. Na ân-sia de apaziguar a ira que me assal-tou, com essa história, por certo mal contada também, dos fundos que a Administração irá deixar ou não à futura RAEM.

Como, bem vistas as coisas, só eu pareço acreditar que a crise não nos terá passado exactamente à tangente, como consta da versão oficiosa, não teria sido bem mais agradável ter perdido um bocadinho mais de tem-po falando da Associação de Confra-ternização dos Professores e Empre-gados da Turma “Sang” da Escola Choi Kou? Ou do Centro Cultural de Criança Dente de Leão, que o ou-tro, mais adulto, nem sei bem já com que dentes ficará?

E não teria sido bem mais bonito e, quiçá, de maior elevação, ter-me dedicado à Associação Promotora de Apreciadores de Grilos e Pássa-ros (Macau), do que preocupar-me com outros passarões que, inocentes como são, terão partido na banhei-ra, os dentes que ainda arreganham? Por pouco tempo, espero!

Para pássaros ou outras aves de capoeira, não teria sido bem melhor a alternativa Associação dos Estima-dores de Pássaros de Macau? Garan-to que seriam bem mais estimados se, por circunstâncias do destino, pudessem ter sido transferidos, pela calada da noite, para uma qualquer sucursal de Zhuhai.”

Vejam que não falei, em toda essa minha pegada conjuntural, na questão da habitação. Curioso, por que seria?

Os preços quer do arrendamen-to quer da compra de uma habita-ção já não eram problema. O NAPE era um bairro fantasma! Em Macau nem existiam estatísticas com o pre-ço por metro quadrado de habitação! O imobiliário estava a bater quase no fundo, derivado da política de hastas públicas lançada pela última Administração Portuguesa, para en-cher os cofres públicos, compreenda--se o objectivo, mas desastrosa para a economia no seu todo - afectada pelo sobreaquecimento da economia na China e pelo retorno dos capitais à futura Mãe-Pátria -, que não conse-guia pagar os prémios das terras nem as penalizações levantadas pelo fisco pelo incumprimento dos contratos de concessão de terras. O Governo ficava com fracções autónomas dos devedores ao fisco como forma de minimização dos seus prejuízos!

Não havendo informação pública ou disponibilizada por qualquer es-tatística de Macau sobre o preço por metro quadrado de habitação pratica-do na altura, consegui no sítio da DSF obter os valores para Agosto de 2003, os últimos que conheço. Feitos os cál-culos, uma habitação que custava na altura 600 mil patacas estará hoje a ser vendida no mercado por qualquer coisa como 9,8 milhões de patacas!

Se isso é mercado saudável, se isso não é incentivo para a existên-cia de uma política que ponha termo à descaracterização de Macau e das suas gentes, então já não sei o que se-jam objectivos para um governo que quer estabilidade, harmonia e quali-dade de vida para as suas gentes!

Macau conseguiu imenso ao lon-go destes 15 anos. Não pode estar a deitar agora tudo para fora!

* Economista. Escreve neste espaço às sextas-feiras.

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 201422 JTM | LAZER

Entre a música e as fotografias

Mellisa Clarke começou a carreira de modelo após enviar algumas fotografias

para revistas, sendo que a sua persistência acabou por ser compensada…e de que

maneira! Não só passou a ser capa de inúmeras revistas, como também se tornou

na Inglaterra numa das mais populares “Suicide Girls”, modelos que publicam

fotografias num site promotor da beleza alternativa. Além de uma cara bonita e um corpo deslumbrante, a jovem de 22 anos também é uma DJ de sucesso que tem o

“rock ‘n roll” bem presente no coração.

Bradley Cooper confessa que teve problemas com álcoolEm entrevista à “Vanity Fair”, o actor Bradley Cooper falou sobre o seu passado com o álcool, ao explicar a forma como se preparou para a sua personagem no filme “American Sniper”. O papel que protagonizou levou Cooper a ganhar 14 quilos de músculo, sem utilizar estimulantes ou esteroides. Bradley Cooper, de 39 anos, não bebe álcool desde os 29 anos. Segundo explicou, a perda do pai deixou o actor devastado, mas a dor ajudou-o a fortalecer-se contra os seus vícios.

Justin Bieber poderá ter novo romanceDepois da falhada tentativa de reconciliação com Selena Gomez, Justin Bieber parece ter decidido seguir em frente, agora com Hailey Baldwin, filha de Alec Baldwin. Segundo uma fonte próxima, o cantor canadiano acha que a modelo de 18 anos é “diferente” de todas as mulheres com quem se envolveu.

Mark Wahlberg quer perdão dos crimes que cometeu em 1988Mark Wahlberg quer apagar o seu registo criminal. O actor, de 43 anos, pediu ao Estado de Massachusetts perdão por assaltos cometidos quando era um adolescente problemático. Mark alega que tornou-se uma pessoa melhor e pode ser um modelo para os filhos e outros jovens. Em 1988, quando tinha 16 anos, Wahlberg atingiu um homem na cabeça com um taco de madeira quando tentava roubar duas caixas de bebidas alcoólicas numa loja de conveniência. Na altura, alegou que estava sob o efeito de drogas e foi condenado a três meses de cadeia.

O Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recomenda aos residentes de Macau, antes de viajar:

➢ Planear previamente o seu destino de férias;➢ Deixar uma cópia dos seus documentos de identificação e

contactos a familiares e amigos;➢ Pesquisar previamente contactos de emergência no local para

o qual viajam;➢ Adquirir previamente seguro de viagem;➢ Estar atentos à segurança do local para o qual viajam.

Em caso de acidente grave ou desastre durante a sua viagem contactea Linha Aberta 24 Horas do Turismo (853) 2833 3000.

Para mais detalhes visite o nosso website: www.ggct.gov.mo

Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT)Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.ºs 335-341,

Edifício “Hotline”, 5.º andar, MacauTelefone (853)28723993 Fax (853)28722726

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 JTM | LAZER 23

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

O que falta em Macau? por Jin Jing

Na minha opinião as ruas são mui-to estreitas e penso que, devido à quantidade de veículos existen-

tes na cidade, deviam ser feitas obras de reordenamento urbano, em parte também para atenuar o

trânsito que se faz sentir todos os dias. As condições e os acabamentos das habitações também são para mim um dos problemas de Macau, pois as casas não têm qualidade nenhuma. Para agravar esta situação os residentes ainda têm que pagar rendas altíssimas, mas as condições conti-

nuam as mesmas e as casas incompletas, precisando sem-pre de obras! Por outro lado, de um ponto de vista mais cul-tural, gostava que existissem mais cinemas, por exemplo, uma vez que não são suficientes e é a única coisa a que um jovem pode recorrer durante o fim-de-semana.

Jeito para a dançaDepois de muito ensaiar, Carolina mostrou ao público da Lusofonia o seu talento

para o folclore. E ao que parece fez uma apresentação magnífica!

Torneio entre escolinhas

Uma escolinha de futebol de Hong Kong realizou

um torneio que também contou com a presença de jovens atletas do Interior

da China. Mayckol Sabino, treinador da escola de

futebol juvenil, contou ao GENTE GIRA que foi um grande torneio e ficou feliz por ver a evolução dos pequenos atletas a

cada dia que passa.

Liderança entre amigosJorge Santos, Arturo Ipólito, Bruno Alves e Miguel Grilo (da esquerda para a direita) tiveram

a oportunidade de participar num torneio de Liderança a nível nacional, em Portugal. Segundo explicaram ao GENTE GIRA, o evento reuniu várias empresas e foi desenvolvido

por uma organização de estudantes, a AIESEC. Uma experiência a não esquecer!

Na boca do tubarãoDurante umas férias

com a namorada, Adriano Silva resolveu

abrir os horizontes e foi até Osaka. Na cidade japonesa,

os namorados visitaram o parque da

“Universal Studios”, onde registaram

este momento muito engraçado para

recordação.

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24 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2014 • Fecho da Edição • 01:50 horas

PARTICIPE. A SUA ESCOLHA É A NOSSA DECISÃO. INSCREVA-SE.

FOTO

ARQ

UIVO

A nomeação dos novos Secretários do Governo de-morou, mas a espera parece ter valido a pena, a ava-liar pelo elevado grau de aceitação que, de uma forma geral, se regista na sociedade de Macau. Desse grupo excluem-se, obviamente, os habituais “profetas da des-graça” que já se colocaram em bicos de pés para atirar as primeiras pedrinhas, usando argumentos altamente questionáveis para colocar reservas ou criticar o traba-lho de quem ainda não o iniciou.

Em vésperas de aniversário da RAEM, e perante as nuvens cinzentas que têm pairado para os lados de Hong Kong, Pequim também se tem esforçado por passar mensagens de confiança no Governo e popu-lação de Macau, apresentando o território como um bom exemplo da aplicação do princípio “um país, dois sistemas”.

Segundo tudo indica, as comemorações dos 15 anos da RAEM vão contar com a presença do Presidente chinês, pelo que não será de estranhar se Xi Jinping aproveitar a ocasião para anunciar novas medidas de apoio à economia local. Para o IV Governo da RAEM seria naturalmente “ouro sobre azul”, mas com mais ou menos prendas de aniversário, o líder chinês não perderá a oportunidade de expressar total apoio à equipa chefiada por Chui Sai On, sem prejuízo de re-novar alertas sobre as lacunas existentes e os desafios que se avizinham.

Alimentar-se-á assim ainda mais o actual estado de graça em torno do próximo Governo, o que é inegavel-mente um excelente ponto de partida para cinco anos com muito trabalho pela frente. Esperemos que esse estímulo seja bem capitalizado, para que as grandes expectativas não resultem em grandes decepções.

ENPASSANTSérgio Terra

Estado de graça

Líder de empresa estatal chinesa condenado à morte por corrupçãoUm tribunal de Cantão condenou Zhang Xinhua, antigo líder da Companhia Industrial e de Agricultura Baiyun, uma empresa estatal chinesa, por corrupção e fraude, noticiou a agência Xinhua. Apesar de a China executar mais pessoas do que todos os outros países do mundo juntos, de acordo com as organizações de direitos huma-nos, é muito raro que uma pena capital seja aplicada a um dirigente governamental. Zhang foi considerado cul-pado de desviar da empresa montantes no valor de 280 milhões de yuan desde 2003. Também aceitou subornos de cerca de 95 milhões de yuan em troca de favores, diz a agência. A condenação de Zhang surgiu no mesmo dia em que Liu Tienan, antigo vice-director da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, a principal agência de planeamento económico do país, foi condenado a prisão perpétua, também por corrupção.

Morreu Fernando Machado Soares, autor da “Balada de Despedida”O cantor e compositor de música de Coimbra Fernando Machado Soares morreu no domingo aos 84 anos e o funeral realizou-se na terça-feira em Almada, disse à agên-cia Lusa fonte da Fundação Amália Rodrigues. Fernando Machado Soares, que foi vice-presidente daquela fundação, é o autor de uma das canções mais conhecidas do repertório da música portuguesa associada a Coimbra, intitulada “A balada da des-pedida” e que inclui o verso “Coimbra tem mais encanto/na hora da despedida”. Nascido em São Roque do Pico em 1930, Fernando Machado Soares licenciou-se em Direito na década de 1950 em Coimbra, cidade na qual partilhou um percurso artístico ao lado de nomes como Luís Goes, José Afonso, Fernando Rolim e Florêncio de Carvalho. Cantor, com-positor e poeta - e também magistrado -, Fernando Machado Soares gravou em 1957 “Coimbra Quintet”, um disco apontado como um dos mais marcantes na história da canção coimbrã.

“Boneca da sorte” ajuda Poroshenko a tomar decisões na UcrâniaO Presidente da Ucrânia revelou, no seu perfil do “Twitter”, que recorre à ajuda de uma boneca, que funciona como amuleto da sorte, para tomar diversas decisões sobre o país. “Tornou-se uma tradição: todos os dias venho trabalhar com a boneca e, olhando para ela, penso no que é que posso fazer para defender o país”, escreveu Petro Poroshenko. Segundo o Chefe de Estado, a boneca tem um significado espe-cial, uma vez que foi oferecida por “cyborgs”, como são conhecidos os soldados e voluntários ucranianos que operam no aeroporto de Donetsk, leste da Ucrânia, considerado o epicentro de recentes combates.

“Turkish Airlines” despediu hospedeiradevido a fotos sexy, vídeo e tatuagemUma hospedeira de 31 anos foi despedida pela “Turkish Airli-nes”, depois da trans-portadora ter desco-berto fotos “picantes” da sua funcionária numa revista italiana. De acordo com o Dai-ly Mail, Zuhal Sengul fazia trabalhos de mo-delo em “part-time” e publicou algumas fotos de sessões no Facebook. Além das imagens sexy, os res-ponsáveis da “Turkish Airlines” também não terão gostado de ver um vídeo em que Sengul veste um biquíni e revela as suas tatuagens, algo que é proibido pela companhia aérea. Um porta-voz da transportadora disse ao “Daily Mail” que os seus funcionários estão obrigados a cumprir “certas nor-mas e qualidade”, que não se coadunam com trabalhos de moda. Recentemente, a companhia turca causou polé-mica ao tentar impedir as hospedeiras de usarem batons com cores brilhantes, perucas e tatuagens. As regras para o batom foram entretanto eliminadas devido a uma vaga de críticas.

RAEM ocupa 16º lugar do ranking da felicidadeUm estudo realizado pelo Instituto Politécnico e Associação de Eco-nomia de Macau revelou que o território obteve uma pontuação de 6.99, numa escala que vai até 10, no índice de felicidade, colocando-se assim no 16º lugar do ranking mundial. O resultado melhorou ligeira-mente em relação ao ano passado, quando foi atingida uma pontua-ção de 6.98. Os problemas do trânsito, custo de vida e a habitação são os factores que mais afectam o índice de felicidade da população, num estudo que contou com a participação de mil residentes questionados aleatoriamente nas ruas durante o mês passado. Joey Lao, presidente da Associação de Economia de Macau, referiu que os cidadãos sentem-se pior com a situação dos trans-portes, nomeadamente em relação ao tempo que perdem para se deslocarem no território. De acordo com o canal chinês da TDM, registou-se uma descida do índice de felicidade na nova geração, algo que poderá estar relacionado com a pressão dos jovens em tentarem comprar casa, apontou o académico.

Chen Hong é o novo CEO da Air MacauZhu Song Yang foi substituído no cargo de CEO da Air Macau por Chen Hong, até aqui director-geral da Air China na cidade de Chongqing, anunciou a transporta-dora. Em sentido inverso, Zhu Song Yang muda-se para Pequim onde vai trabalhar como assistente do presidente da Air China. As mudanças estendem-se também aos res-tantes lugares da administração da companhia aérea. Wu Xue Liang sucede a Li Jian Jun como vice-presidente para área da engenharia e manutenção. Antes de ter chegado à Air Macau, Xue Liang foi responsável pelo Departamen-to de Engenharia da Air China Technics. Li Jian Jun, por seu turno, vai passar à reforma. Na área do Serviço de Clientes, Wu Xiao Ming sucede a Xhao Xiang Cheng como vice-presidente responsável, sendo que este último também passa à reforma. Para assinalar as mudanças, a Air Macau organizou uma festa, simultaneamente, de despedidas e boas vindas, com a presença de Zhao Xiao Hang, vice-presidente da Air China.