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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SOCIOECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Julia Maria da Costa Pereira de Oliveira
ANÁLISE DE CARGOS DA COOPERATIVA CREDNEX
Florianópolis
2019
Julia Maria da Costa Pereira de Oliveira
Análise de Cargos da Cooperativa Crednex
Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Administração do Centro Sócio-econômico da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração Orientador: Prof. Dra. Helena Kuerten de Salles Uglione
Florianópolis
2019
Julia Maria da Costa Pereira de Oliveira
Análise de Cargos da Cooperativa Crednex
Este Trabalho de Curso foi julgado adequado e aprovado na sua forma final pela
Coordenadoria de Trabalho de Curso do Departamento de Ciências da
Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, 19 de novembro de 2019.
________________________
Prof. Márcia Barros de Sales
Coordenadora de Trabalho de Curso
Banca Examinadora:
________________________
Profª. Helena Kuerten de Salles Uglione, Dra.
Orientadora
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Profª. Kellen da Silva Coelho, Dra.
Avaliadora
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Raphael Schlickmann, Dr.
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
Dedico este trabalho à minha mãe, por
todo apoio, amor e incentivo durante toda
minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a minha mãe Cristiane e a minha vó Zelinda por
sempre acreditarem em mim. Obrigada por terem me incentivado todos esses anos
e por estarem ao meu lado em mais uma conquista, pois sem vocês nada seria
possível.
Aos meus familiares por todo apoio durante todos os anos, por todos os bons
momentos e por serem tão especiais pra mim.
Aos ausentes, meu avô Haroldo, meu pai Geraldo e minha tia Márcia que
gostaria que estivessem presentes neste momento tão especial, mas que carrego
com muito amor em meu coração e agradeço por terem feito parte da minha vida.
À Deus, por me dar forças e sempre guiar e iluminar o meu caminho.
Ao meu namorado Leonardo, por me dar apoio, carinho e por toda
compreensão. Obrigada por estar ao meu lado durante toda minha graduação.
Agradeço a UFSC, todos os professores e a minha orientadora Helena
Kuerten de Salles Uglione por todo ensinamento transmitido que levarei por toda
vida.
Aos meus amigos, por estarem comigo em todos os momentos. Vocês
fizeram os meus dias mais alegres.
E a todos que, de alguma forma, me ajudaram a tornar esse sonho realidade,
meus sinceros agradecimentos.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo descrever os cargos da carreira gerencial
(supervisores e gerentes) da Cooperativa Crednex, como forma de dar o primeiro
passo para a construção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da mesma. Para
a identificação dessa necessidade, foi realizada uma análise organizacional através
de observação pessoal e análise documental, além de conversas informais com os
empregados e gestores da cooperativa. Após esse primeiro momento de coleta de
dados, iniciou-se o segundo momento, que foi o levantamento das informações para
a elaboração das descrições de cargos sugeridas. O resultado do trabalho foram as
descrições dos cargos gerenciais da Cooperativa Crednex, com o objetivo de ser o
início do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, para que a Crednex tenha cada vez
mais empregados motivados, produtivos e uma Gestão de Pessoas cada vez mais
estratégica.
Palavras-chave: Descrições de cargo, Plano de Cargos, Carreiras e Salários,
Carreira Gerencial.
ABSTRACT
This paper aims to describe the management career positions (supervisors and
managers) of the Crednex cooperative, as a way to take the first step towards the
construction of its Career, Career and Salary Plan. To identify this need, an
organizational analysis was performed through personal observation and document
analysis, as well as informal conversations with employees and managers of the
cooperative. After this first moment of data collection, the second moment began,
which was the gathering of information to prepare the suggested job descriptions.
The result of the work was the descriptions of the management positions of the
Crednex cooperative, with the objective of being the beginning of the Positions,
Careers and Salaries Plan, so that Crednex has more and more motivated,
productive employees and an increasingly People Management. strategic.
Keywords: Job Descriptions, Job and Salary Plan, Managerial Career.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Escalas da Hierarquia das necessidades de Maslow ............................... 17
Figura 2 - Componentes da remuneração estratégica .............................................. 19
Figura 3 - Processo de construção da descrição de um cargo .................................. 23
Figura 4 - Estrutura de Carreira em Linha e em Y ..................................................... 28
Figura 5 - Organograma da Cooperativa Crednex .................................................... 31
Figura 6 - Planejamento Estratégico ......................................................................... 32
Figura 7 - Memorando interno da Cooperativa Crednex ........................................... 33
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Modelo de carreira em Y da Crednex ................................................... 160
Quadro 2 - Principais processos de Gestão de Pessoas .......................................... 16
Quadro 3- Direcionadores Estratégicos da Crednex ................................................. 30
Quadro 4 - Fatores de especificação da descrição do cargo .................................. 377
Quadro 5 - Análise de cargo: Gerente Administrativo ............................................. 422
Quadro 6 - Análise de cargo: Gerente de Agronegócios ......................................... 443
Quadro 7 - Análise de cargo: Gerente de Supervisão ............................................. 466
Quadro 8 - Análise de cargo: Gerente de Negócios .................................................. 49
Quadro 9 - Análise de cargo: Gerente de Tecnologia ............................................. 511
Quadro 10 - Análise de cargo: Gerente de Contabilidade ....................................... 533
Quadro 11 - Análise de cargo: Supervisor de Gestão de Pessoas ......................... 555
Quadro 12 - Análise de cargo: Supervisor de Departamento Pessoal .................... 577
Quadro 13 - Análise de cargo: Supervisor de Educação Corporativa ....................... 59
Quadro 14 - Análise de cargo: Supervisor de Infraestrutura e Logística ................. 611
Quadro 15 - Análise de cargo: Supervisor Comercial ............................................. 633
Quadro 16 - Análise de cargo: Supervisor de Comunicação e Marketing ............... 654
Quadro 17 - Análise de cargo: Supervisor de Desenvolvimento de Produtos e
Serviços................................................................................................................... 677
Quadro 18 - Análise de cargo: Supervisor de Auditoria Direta .................................. 69
Quadro 19 - Análise de cargo: Supervisor de Desenvolvimento de Software ......... 711
Quadro 20 - Análise de cargo: Supervisor de Infraestrutura de TI .......................... 733
Quadro 21 - Análise de cargo: Supervisor de Suporte Operacional de TI ............... 755
Quadro 22 - Análise de cargo: Supervisor Financeiro ............................................. 777
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 12
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 12
2.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 12
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 13
3.1 ÁREA DE RECURSOS HUMANOS ............................................................. 13
3.2 REMUNERAÇÃO ......................................................................................... 16
3.2.1 Plano de cargos, carreiras e salários ................................................ 19
3.2.2 Análise dos Cargos ............................................................................. 22
3.3 CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES ..................................... 26
3.4 CARREIRAS ................................................................................................ 27
4 ANÁLISE ORGANIZACIONAL E JUSTIFICATIVA TEÓRICA DAS AÇÕES .... 30
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........... Error! Bookmark not defined.6
6 PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES ........................................................................... 411
7 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................... 800
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 811
9 APÊNDICE ....................................................................................................... 833
8
1 INTRODUÇÃO
O cooperativismo surgiu em 1844 em Rochdale, na Inglaterra, quando 28
tecelões fundaram uma cooperativa de consumo. Tendo o indivíduo como principal
finalidade, e não o lucro, os tecelões de Rochdale buscavam naquele momento uma
alternativa econômica para atuarem no mercado que fugisse da exploração da
jornada de trabalho enfrentada por eles naquele período. Segundo Schneider (2012,
apud PILETTI, BORGES e BARROS, 2015, p. 36):
As regras sistematizadas pelos tecelões foram fundamentais para o funcionamento das cooperativas, como: (a) gestão democrática pelos membros; (b) participação econômica dos membros; (c) autonomia e independência; (d) educação, formação e informação; (e) inter cooperação; (f) compromisso com a comunidade.
Em relação às cooperativas de crédito, a primeira cooperativa de crédito rural
surgiu em 1864 na Alemanha e chamava-se “HeddesdorferDarlehnskassenveirein”
(Associação de Caixas de Empréstimo de Heddesdorf). Já a primeira cooperativa de
crédito urbana foi fundada no ano de 1952 por Franz Herman Schulze na cidade
alemã de Delitzsch.
Segundo Pinheiro (2008, p. 24) a primeira cooperativa de crédito brasileira foi
constituída em 28 de dezembro de 1902.
Foi constituída, em 28 de dezembro de 1902, primeira cooperativa de crédito brasileira, na localidade de Linha Imperial, município de Nova Petrópolis (RS): a Caixa de Economia e Empréstimos Amstad, posteriormente batizada de Caixa Rural de Nova Petrópolis. Essa cooperativa, do tipo Raiffeisen, continua em atividade até hoje, sob a denominação de Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha – Sicredi Pioneira/RS.
De acordo com o Banco Central do Brasil, cooperativa de crédito é uma
instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar serviços
financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados são ao mesmo
tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de
seus produtos e serviços. Nas cooperativas de crédito os associados encontram os
principais serviços disponíveis nos bancos, como conta corrente, aplicações
financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Os associados têm
poder igual de voto, independentemente da sua cota de participação no capital social
9
da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são
iguais e a adesão é livre e voluntária.
Existem três níveis de entidades de cooperativas: singular, central e
confederação. Segundo a Organização das Cooperativas do Estado de Santa
Catarina (OCESC), as cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta
de serviços aos cooperados. As cooperativas centrais e federações de cooperativas
objetivam organizar, em comum e em maior escala, os serviços econômicos e
assistenciais de interesse das filiadas (sendo que a Confederação é responsável
pelas centrais do Brasil, e as centrais são responsáveis por suas singulares
associadas), integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a
utilização recíproca dos serviços.
No Brasil, as cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo
Banco Central do Brasil e têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de
Crédito (FGCoop). Esse fundo garante os depósitos e os créditos mantidos nas
cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos em caso de
intervenção ou liquidação extrajudicial dessas instituições. Atualmente, o valor limite
dessa proteção é o mesmo em vigor para os depositantes dos bancos, de
R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
O foco deste trabalho será acerca da Cooperativa Crednex1, fundada no dia 8
de novembro de 1985 por 27 representantes de sete cooperativas de crédito e duas
de produção rural que se uniram em um hotel de Itapema/SC, com o objetivo de
constituir uma cooperativa Central com a finalidade de “organizar em comum e em
maior escala os serviços econômicos e assistenciais de interesse das filiadas,
integrando e orientando suas atividades”.
Seu ramo de atuação é o cooperativismo de crédito e sua função é prestar
suporte às suas 40 cooperativas singulares no que diz respeito à padronização de
serviços, supervisão e auditoria, capacitações e treinamentos e centralização de
alguns serviços (cobrança administrativa, folha de pagamento, contabilidade e
assessoria jurídica)
A Cooperativa Crednex conta atualmente com 190 funcionários e 40
cooperativas singulares filiadas. Os funcionários são aqueles que possuem contrato
empregatício com a cooperativa e estão sujeitos às suas práticas de gestão. Neste
1 Nome fictício
10
sentido, pode-se destacar que atualmente a cooperativa pratica o modelo de carreira
em Y, que tem como pressuposto a mobilidade e ascensão profissional do
funcionário pelo exercício de funções gerenciais (cargos que atuam com maior
variedade de temas e são responsáveis pela gestão de equipe) ou especializantes
(cargos que executam atividades de alta complexidade e especificidade, que
envolvem análises de alta especialização e planejamento de ações de médio e longo
prazo).
Na carreira em Y da cooperativa, os níveis iniciais são básicos e partir de
certo grau, o profissional pode seguir para cargos gerenciais ou técnicos, conforme
exemplo ilustrado no Quadro 1.
Quadro 1- Modelo de carreira em Y da Crednex
Fonte: Arquivos da Cooperativa Crednex
A carreira em Y é flexível, permitindo o deslocamento do profissional de uma
linha para outra e permite maior número de pessoas no topo da organização. Ela
implica em remuneração (salário e benefícios) igual, a cada grau, tanto pela linha
gerencial, como pela linha de especialização (poderá haver diferença salarial caso a
entidade adote a gratificação por função para carreira gerencial).
11
A Cooperativa Crednex é orientada pela Confederação a seguir o modelo
sistêmico do Plano de Cargos, Carreiras e Salários o qual foi desenvolvido
sistemicamente com foco em competências e resultados e está estruturado nas
dimensões de cargos, carreira e remuneração. A metodologia de elaboração deste
programa foi baseada no conceito de competências como orientação para evolução
dos profissionais na carreira. O modelo sistêmico sugere um modelo para
mapeamento das competências profissionais, sugestão das nomenclaturas de
cargos e regras para encarreiramento e remuneração.
Sua finalidade é sinalizar o que a entidade espera dos empregados, estimular
o comportamento positivo e reforçar ações em conformidade com a estratégia
organizacional, na busca pela maximização de resultados.
O Plano de Cargos, Carreiras e Salários considera a retenção de talentos, a
valorização das pessoas e o oferecimento de oportunidades de desenvolvimento, de
forma a permitir ambiente de harmonia, criatividade e inovação. Embora a
Confederação recomende, a Cooperativa Crednex ainda não possui um Plano de
Cargos, Carreiras e Salários.
Conforme a gestora da área de Gestão Estratégica de pessoas da Crednex “A
descrição dos cargos é o primeiro passo para desenhar o PCCS, pois sem ele, não é
possível avançar em sua construção”. Enquanto funcionária da cooperativa, ela
percebe que existe uma grande expectativa pelo Plano de Cargos, Carreiras e
Salários, pois os funcionários querem saber o que precisam fazer e onde podem
chegar. Neste sentido, a análise de cargos é o passo primordial para começar o
desenho deste programa, pois é o ponto inicial de todo PCCS.
12
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Este trabalho, de natureza aplicada, possui como objetivo elaborar a análise
de cargos da carreira gerencial da Cooperativa Crednex.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar os cargos existentes na carreira gerencial da Cooperativa Crednex;
- Descrever detalhadamente as atividades de cada cargo da carreira gerencial;
- Definir as especificações de cada cargo da carreira gerencial;
2.3 JUSTIFICATIVA
De acordo com Pontes (2017) o plano de cargos e salários é de suma
importância na organização para que possa existir um ambiente motivador e
pessoas integradas e produtivas. Dessa forma, a análise de cargos é o estudo que
se faz para compilar as informações sobre as tarefas do cargo e suas especificações
exigidas. Desta análise, resulta-se a descrição do cargo.
Descrição de cargos é a organização das tarefas e atividades de um cargo e
as qualificações necessárias ao seu ocupante (CHIAVENATO, 2014)
Franco (2012, p. 70) cita que a partir da descrição de cargos existem pontos a
serem desdobrados, como:
a) “Entendimento que alguns cargos têm mais valor que outros para a empresa,
necessitando de uma remuneração compatível;”
b) “Alimentar a área de treinamento e desenvolvimento com informações
importantes para o desenvolvimento de programas específicos para os
cargos;”
c) “Fornecer dados para a área de recrutamento e seleção em função do perfil
definido para o ocupante de determinado cargo;”
d) “Facilitar o planejamento de carreira dos empregados a partir do
conhecimento dos cargos e do próprio perfil exigido para os mesmos;”
13
e) “Melhorar o relacionamento entre os cargos para um melhor aproveitamento e
resultados para a empresa.”
Dessa forma, a descrição de cargos é o ponto inicial para a construção do
Plano de Cargos, Carreiras e Salários, pois servirá como base tanto para sua
posterior administração, quanto para outros aspectos, como mencionado por Franco
(2012) acima.
Para a Cooperativa Crednex, o presente trabalho torna-se importante pois a
cooperativa atualmente não conta com um PCCS e percebe a necessidade de definir
as funções e os métodos de avaliação de cada cargo, resultando em uma melhora
no desenvolvimento das atividades de seus ocupantes e também propiciando o
acompanhamento do desempenho de uma forma mais adequada e eficiente, de
forma justa para todos.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 ÁREA DE RECURSOS HUMANOS
De acordo com Teixeira e Messeder (1990), na administração pré-cartorial
(compreendida do período colonial até a revolução de 1930) as atividades de
recursos humanos restringiam-se somente à “contagem das cabeças” para garantir
os pagamentos no fim do mês. Afirmam também Viscaino e Estork (2007, p. 2) que
“o departamento de recursos humanos surgiu no século XIX, com a necessidade de
“contabilizar” os registros dos trabalhadores, as faltas e os atrasos.”
Nessa época, que compreende de 1930 até 1950, houve a consolidação das
leis trabalhistas, regulamentando a carga horária de trabalho, as férias remuneradas,
as condições de trabalho de menores, etc. Viu-se então a necessidade de contratar
uma pessoa que ficaria responsável para cuidar das rotinas trabalhistas e
atendimento às exigências legais. Esse era o papel do “chefe de pessoal” da época.
Viscaino e Estork (2007, p. 2) mencionam as primeiras mudanças do setor:
As grandes organizações foram as responsáveis pelas primeiras mudanças. Elas começaram a investir em estudos e pesquisas - campo da psicologia organizacional e da sociologia no trabalho, por exemplo, para que os “chefes de pessoal” olhassem para os trabalhadores de outra forma, não como simples objetos da empresa, mas como seres humanos.
14
Gil (2007) apresenta a primeira experiência de comportamento humano no
trabalho, desenvolvida pelo psicólogo americano Elton Mayo em 1927 na fábrica da
Western Electric em Chicago. O objetivo era estudar a influência da iluminação na
produtividade dos funcionários, no índice de acidentes e fadiga. Essa experiência
demonstrou a influência dos fatores sociais e psicológicos no produto final,
ressaltando a importância destes na produção e valorizando as relações humanas
no trabalho. Temas como comunicação, motivação, liderança e tipos de supervisão
passaram a ser reconhecidos na administração de pessoal.
Uma das maiores críticas ao setor era a terminologia denominada. A
expressão Gestão de Pessoas veio substituir Administração de Recursos Humanos,
pois esta expressão implica que as pessoas são vistas apenas como recursos, da
mesma forma que recursos materiais e financeiros. Dessa forma, elas precisam ser
administradas, pois são vistas como seres passivos. “As pessoas devem ser
reconhecidas como fornecedoras de conhecimentos, habilidades, capacidades e,
sobretudo, a inteligência” (GIL, 2007, p. 23). Logo, os empregados passam a ser
vistos como parceiros, pessoas que investem na organização e com uma
expectativa de retorno do seu investimento.
A Gestão de Pessoas começa a assumir um papel mais estratégico, que
ajudava a alcançar a excelência organizacional para enfrentar desafios competitivos,
como a globalização, a utilização das novas tecnologias e a gestão do capital
intelectual. Dessa forma, a área precisava enfrentar uma série de transições, como
sair da ação operacional para estratégica, das ações reativas para preventivas, do
policiamento para a parceria, da estrutura hierárquica para a estrutura enxuta, do
planejamento de curto prazo para o de longo prazo, do isolamento para o
benchmarking, da ênfase no controle para a ênfase na liberdade e principalmente na
administração de pessoal para a gestão de talentos (GIL, 2007).
Fischer (2002) cita que neste mundo da informação, das tecnologias e da
competitividade, acreditava-se que o comportamento humano iria perder o espaço e
a relevância. Ao contrário disso, o que se vê é que quanto mais a empresa se
concentra no ativo intangível (marca, inovação tecnológica e de produto,
atendimento diferenciado, etc.) mais ela se torna dependente do desempenho
humano.
Chiavenato (2014, p. 6) menciona a importância do trabalho para o
empregado e vice-versa:
15
De um lado, o trabalho toma considerável tempo das vidas e dos esforços das pessoas, que dele dependem para a subsistência e sucesso pessoal. Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, senão quase impossível, em face da importância e do impacto que provoca nelas. Assim, as pessoas dependem das organizações onde trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. [...] De outro lado, as organizações também dependem direta e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir bens e serviços, atender clientes, competir nos mercados e atingir objetivos globais e estratégicos.
Segundo Chiavenato (2014, p. 9) “falar de gestão de pessoas é falar de
gente, do componente humano das organizações, de cultura e mentalidade, de
inteligência, de energia e vitalidade, ação e proação”. O autor ainda cita que houve
uma grande mudança de visão da área ao passar dos anos. Hoje, a gestão de
pessoas é responsável por disseminar a sensibilização do capital humano frente a
era da tecnologia e informação.
Além disso, Gil (2007, p .61) afirma que o profissional de RH deve ser capaz
de: atender aos usuários internos e externos, manter-se aberto para as novas
tecnologias administrativas, proporcionar à organização empregados capacitados e
motivados, preocupar-se com a qualidade de vida no trabalho, agregar valor aos
empregados, à empresa e aos clientes, atuar como agente de mudança, reconhecer
as pessoas como parceiras da organização, proporcionar competitividade e manter
um comportamento ético e socialmente responsável.
De acordo com Wood Jr. e Picarelli Filho (2004, p. 34) a utilização de
instrumentos como descrições de cargos, organogramas e planos de cargos e
salários servem como base para a estruturação na gestão dos recursos humanos
das organizações.
Os principais processos de Gestão de Pessoas são: provisão, aplicação,
manutenção, desenvolvimento e monitoração, conforme explicado no Quadro 2
abaixo.
16
Quadro 2 - Principais processos de Gestão de Pessoas
Processo Objetivo Atividades envolvidas
Provisão Quem irá trabalhar na organização
Pesquisa de Mercado do RH Recrutamento de Pessoas Seleção de Pessoas
Aplicação O que as pessoas farão na organização
Integração de Pessoas Desenho de Cargos Descrição e Análise de Cargos Avaliação do Desempenho
Manutenção
Como manter as pessoas trabalhando na organização
Remuneração e Compensação Benefícios e Serviços Sociais Higiene e Segurança do Trabalho Relações Sindicais
Desenvolvimento
Como preparar e desenvolver as pessoas
Treinamento Desenvolvimento Organizacional
Monitoração Como saber o que são e o que fazem as pessoas
Banco de Dados/Sistemas de Informação Controles - Frequência - Produtividade - Balanço Social
Fonte: Chiavenato (2004)
Segundo Chiavenato (2004, p. 135) esses processos podem ser abordados
como subsistemas de um sistema maior - Gestão de Pessoas - no qual as pessoas
são captadas do mercado, aplicadas em suas tarefas, mantidas, desenvolvidas e
monitorizadas pela organização.
O Plano de Cargos, Carreiras e Salários está inserido no processo de
“manutenção”, pois trata de estabelecer uma política de remuneração e
compensação justa para os funcionários, com o objetivo de manter as pessoas
trabalhando na organização.
3.2 REMUNERAÇÃO
Chiavenato (2014) define o que é a administração de salários:
Administração de salários é o conjunto de normas e procedimentos utilizado para estabelecer e/ou manter estruturas de salários equitativas e justas na organização. Como a organização é um conjunto integrado de cargos em diferentes níveis hierárquicos e em diferentes setores de atividades, a administração salarial é um assunto que envolve a organização como um todo e que repercute em todos os níveis e setores. Uma estrutura salarial é
17
um conjunto de faixas salariais relacionada com os diferentes cargos existentes na organização.
O autor ainda cita os objetivos do sistema de remuneração: atrair, reter,
engajar e desenvolver talentos, motivar, aumentar produtividade e qualidade de vida
no trabalho, proporcionar tratamento justo e equitativo, cumprir com a legislação
trabalhista, ajudar no alcance dos objetivos organizacionais, proporcionar um
ambiente de trabalho amigável e impulsionador e garantir a competitividade e a
sustentabilidade da organização.
Wood Jr. e Picarelli Filho (1999, p. 81) trazem um estudo da American
Compensation Association que estudou 46 empresas de grande porte de 21 setores
diferentes, onde foram observados dois fatores que mais influenciam as mudanças
no sistema de remuneração: pressões originadas pelo mercado (condições
competitivas) e mudanças na estrutura (fusões, crescimento, reestruturação e
mudança na organização do trabalho).
Pontes (2017) cita a teoria “Hierarquia das necessidades” de Maslow, que é
extremamente importante para compreender o mecanismo de motivação dos seres
humanos. Ela é composta em 5 escalas, que segue a ordem crescente da Figura 1.
Figura 1- Escalas da Hierarquia das necessidades de Maslow
Fonte: Benedito Rodrigues Pontes (2017, p. 28)
O autor cita que o salário é o pano de fundo para a satisfação de todas essas
necessidades. É através dele que asseguramos o acesso às necessidades básicas
18
(fisiológicas) como moradia, alimentação, etc. Quanto à segurança, a estabilidade da
empresa no mercado, a garantia de emprego e garantia de receber o salário em dia.
De certa forma, o salário contribui para a aceitação social do indivíduo e a percepção
de valor do funcionário através de aumentos salariais por mérito, por exemplo.
Entretanto, conforme citado por Pontes (2017, p. 29) o salário não é fator de
motivação quando analisado isoladamente. Isso acontece pois a troca de produção
por salário é percebida apenas como a recompensa pelo trabalho, garantindo a
sobrevivência do funcionário.
De acordo com Wood Jr. e Picarelli Filho (1999, p. 45) “As empresas que
pretenderem ser competitivas no futuro terão de promover o aprendizado [...]. Além
disso, é preciso sustentar a mudança com sistemas mais modernos de
recompensa.” O autor cita que estes sistemas não estão acompanhando o ritmo das
transformações da área. A maioria das empresas continua utilizando sistemas
tradicionais de remuneração, como a remuneração funcional, baseada nas
descrições de atividades e responsabilidades das funções. Esse modelo, apesar de
ser o mais aplicado, traz algumas desvantagens como por exemplo a inflexibilidade,
pois tendem a tratar coisas diferentes da mesma forma, desconsiderando as
peculiaridades que podem existir e reforçando cada vez mais as estruturas
hierárquicas.
Com as transformações que as organizações vêm passando, é preciso que os
sistemas de remuneração também se ajustem para a nova realidade, adotando os
princípios da remuneração estratégica, que é uma combinação de diversos tipos de
remuneração. Neste tipo de remuneração, podemos citar: remuneração funcional
(determinada pela função), salário indireto (benefícios), remuneração por habilidades
(geralmente aplicada no nível operacional), remuneração por competências
(indicada para empresas onde a inovação é fator crítico de sucesso), previdência
complementar (valorização do compromisso de longo prazo entre empresa e
funcionários), remuneração variável (metas de desempenho), participação acionária
(vinculada a objetivos de lucratividade e crescimento) e alternativas criativas
(prêmios, gratificações, etc.) (Wood Jr. e Picarelli Filho, 2004).
19
Figura 2- Componentes da remuneração estratégica
Fonte: (Wood Jr. e Picarelli Filho, 2004, p. 40)
A Figura 2 esquematiza os componentes da remuneração estratégica.
Segundo os autores Wood Jr. e Picarelli Filho, 2004, p. 40, a remuneração funcional,
por habilidades ou por competências são as bases de um sistema de remuneração,
que podem ser complementados pelo salário indireto e pela previdência
complementar, representando a remuneração fixa.
A remuneração variável e a participação acionária estão ligadas a
remuneração por desempenho, finalizando com as formas especiais de recompensa
(alternativas criativas) para servir como um bônus dos sistemas de remuneração.
3.2.1 Plano de cargos, carreiras e salários
O plano de cargos, carreiras e salários tem como objetivo organizar a
remuneração funcional da organização, para que posteriormente possam ser
agregados outros tipos de remuneração. Os funcionários precisam entender as
políticas salariais aplicadas para então pensarem no seu desenvolvimento, em uma
20
avaliação justa e crescimento profissional. Precisam entender para qual cargo
podem crescer, quais atividades ou competências precisam se desenvolver, no que
serão avaliados, qual a base do salário para haver a remuneração variável, etc.
(PONTES, 2017). Esses são alguns pontos que o PCCS busca estabelecer em uma
organização.
Segundo Rosa, Zampier e Stefano (2017, p. 360 apud Dutra 1996):
O sistema de administração de carreiras tornou-se essencial logo após a segunda guerra mundial como consequência do aumento da complexidade das organizações neste período. Os estudos sobre carreira nesse período sofreram fortes influências da Escola da Administração Científica que propôs Administração de Carreiras como responsabilidade exclusiva da empresa e não do funcionário. Após a década de 1960, diante do aumento da complexidade nos processos e a expansão de mercados, as pessoas passaram a receber estímulos para refletir melhor sobre o seu modo de vida, nesse novo contexto começaram a surgir novos pensamentos e preocupações com relação a carreira.
Além disso, Mitraud (1971) ressalta que um plano de cargos não serve
somente para monitorar questões salariais, mas também:
a) Permite à administração medir e controlar com maior precisão os custos de
pessoal.
b) Serve de base para as negociações com os sindicatos.
c) Proporciona uma estrutura que facilita as revisões periódicas de salários.
d) Ajuda a seleção, integração, promoção e treinamento do pessoal.
e) Esclarece funções, autoridade e responsabilidade, o que auxiliará, por sua
vez, a racionalização e simplificação do trabalho.
f) Reduz as queixas e a movimentação do pessoal, elevando o moral e
melhorando as relações entre os dirigentes e os empregados
De acordo com Pontes (2017, p. 33) o plano de cargos e salários é a
manutenção do equilíbrio interno e externo; sendo que o interno é alcançado pela
correta avaliação dos cargos para manter uma hierarquia e o externo através da
comparação dos funcionários com ocupantes de cargos similares em outras
organizações verificando a equidade de suas remunerações. Se este equilíbrio não é
mantido, a empresa tem dificuldades em conservar seus talentos profissionais, e
para manter esse equilíbrio é necessário o desenvolvimento de um programa de
cargos e salários.
Para a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, Fagundes
(2015) cita as seguintes etapas:
21
a) Organização e planejamento do Trabalho - Coletar todas as informações que
permitam um conhecimento genérico de cunho organizacional, funcional e
hierárquico; políticas, procedimentos e níveis de remuneração atualmente
praticados; aspectos estratégicos, administrativos, objetivo negocial, mercado
concorrente, sindical, etc. Os executivos deverão estar envolvidos no
processo de construção do plano.
b) Divulgação - Dar conhecimento a todos os níveis e colaboradores da
organização acerca dos objetivos e metodologia a serem empregados, bem
como buscar uma postura participativa e o comprometimento de todos,
estabelecendo um canal de comunicação único e transparente, minimizando
expectativas geralmente criadas por falta ou omissão de informações.
c) Levantamento de Atribuições - Deve-se identificar e levantar todas as funções
existentes na empresa em todos os níveis através de processos de
entrevistas e/ou questionários para a elaboração das descrições de cargo. O
processo de levantamento também deve servir para análise, uniformização e
padronização dos cargos.
d) Descrições de Cargo - Elaboração do que o cargo faz, como faz e para que
faz, bem como com as especificações, competências e habilidades para o
pleno desempenho do ocupante da posição.
e) Avaliação e Classificação dos Cargos - Dimensionar e hierarquizar por ordem
de importância todos os cargos da organização.
f) Pesquisa Salarial - Tem como objetivo obter elementos de comparação entre
os níveis de remuneração praticados pelas principais empresas do mercado
na qual a organização se insere. Deve ser feita através de uma pesquisa de
mercado junto às outras empresas da mesma região, porte, ramo de
atividade, etc.
g) Determinação da Estrutura Salarial - Momento onde se calcula os valores das
faixas salariais para cada cargo ou grupo de cargos da empresa, bem como
os percentuais de aumento de interníveis.
h) Enquadramento de Cargos e Salários - É a fase onde se calculam todos os
custos envolvidos na implantação do PCCS, bem como a estratégia de
implantação de acordo com as condições financeiras da empresa tentando
minimizar os impactos que porventura possam ocorrer.
22
i) Política de Cargos e Salários - Consiste no conjunto de normas,
procedimentos e ações que zelam pelas premissas básicas da administração
de cargos e salários. São os critérios utilizados para as trajetórias de cargos e
salários: políticas de crescimento profissional; modalidades de crescimento
profissional (promoção horizontal e promoção vertical); posicionamento da
estrutura salarial frente ao mercado de trabalho e periodicidade da
atualização da estrutura de cargos e salários.
A partir dessas etapas, é possível perceber que a construção de um Plano de
Cargos, Carreiras e Salários fica mais estruturado e organizado para a área que o
constrói e justo e transparente para todos os empregados da organização.
3.2.2 Análise dos Cargos
É importante ressaltar, conforme afirmado por Mitraud (1971) que o cargo
existe antes mesmo de ser ocupado. Ou seja, não deve-se criar sua descrição com
base nas qualificações das pessoas que já o ocupa mas sim o que se almeja de
qualificações e responsabilidades dos ocupantes.
Chiavenato (2014) resume como se constrói a descrição de um cargo,
baseado nas suas funções (atividades macro) e atividades (atividades específicas),
conforme Figura 3.
23
Figura 3 - Processo de construção da descrição de um cargo
Fonte: Chiavenato (2014)
No exemplo acima, pode-se notar que o cargo é especificado por funções e
tarefas. As tarefas provém das funções, ou seja, determinam-se as atividades
necessárias para exercer para exercer tal função.
Segundo Pontes (2017, p. 44) cargo é o “conjunto de funções
substancialmente idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e às
especificações exigidas dos ocupantes”; a função é o objetivo da realização das
tarefas, que por si só são as atividades executadas pelo ocupante do cargo. Ou seja,
as tarefas podem ser definidas como a parte operacional das funções que são
atribuídas ao cargo.
É muito comum haver uma distorção entre a descrição do cargo e a função
realmente exercida pelos funcionários. Para que isso não ocorra, é imprescindível
uma análise detalhada das funções, com participação direta dos ocupantes. Dessa
forma, a coleta de dados sobre as atividades inerentes a cada cargo é o primeiro
momento de um PCCS pois permitirá levantar informações para, então, descrever os
cargos.
24
Para qualquer método a ser aplicado, é importante estabelecer uma relação
de confiança, explicando os objetivos da entrevista e também da análise de cargos
para o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, informando ao entrevistado que suas
respostas serão posteriormente utilizadas para ajudar na elaboração da descrição de
cargo.
Alguns dos métodos, segundo Franco (2012, p. 51) são:
a) Observação local: método utilizado para buscar informações de cargos que
possuem tarefas que envolvam operações manuais ou tarefas simples e
repetitivas.
b) Questionário: um questionário padrão é elaborado e distribuído para todos os
funcionários preencherem, juntamente com instruções e um modelo já
preenchido.
c) Entrevista: é elaborada uma entrevista previamente estruturada, realizada no
ambiente de trabalho, com o objetivo de obter dados detalhados e precisos
das tarefas desenvolvidas pelo funcionário.
Para o bom andamento da entrevista, precisa-se estar atento à alguns pontos,
conforme o autor: quais técnicas serão utilizadas, desenvolver uma postura de
empatia, utilizar linguagem clara e simples, manter expressão facial serena, não
externar sentimentos próprios, opiniões ou crenças, etc.
Também é possível utilizar os métodos combinados: questionário e entrevista,
questionário e observação local ou observação local e entrevista.
Com os dados coletados, é preciso elaborar um formulário padronizado onde
estarão sintetizadas todas as informações referentes ao cargo. Para isso, são
necessárias algumas informações fundamentais, conforme destacado por Franco
(2012, p. 68):
a) Título do cargo: qual nomenclatura será utilizada para distinguir um cargo do
outro.
b) Código do cargo: geralmente utiliza-se a Classificação Brasileira de
Ocupações para haver padronização e também para o cadastro na folha de
pagamento, conforme exigência do INSS.
c) Missão do cargo: uma única frase que resume o que o cargo tem de mais
importante, porque ele existe na empresa.
d) Área ou departamento: área ou departamento em que o cargo atua.
25
e) Pontos do cargo: caso a estrutura de cargos e salários esteja baseada no
método por pontos, deve constar a pontuação necessária do cargo descrito.
f) Hierarquia: pode ser útil para entender qual o nível de subordinação que o
cargo está relacionado. Pode conter apenas a nomenclatura do cargo do
superior imediato.
g) Descrição: pode ser descrita como responsabilidades ou atribuições. Nesse
campo é descrito todas as atividades inerentes ao cargo e que diferenciarão
um cargo do outro.
Na etapa da descrição, Pontes (2017) cita que a mesma deve ser objetiva,
clara (elaborada de forma simples para que quem não conheça o cargo possa
compreendê-lo) e iniciada por um verbo usado na terceira pessoa do presente do
indicativo ou do infinitivo, para torná-la impessoal.
Além disso, o autor reforça que cada tarefa dentro da descrição deve
responder as perguntas “o que faz”, “como faz” e “por que faz”, sendo que alguma
dessas questões podem ser descartadas em casos de obviedade, evitando
redundância. Outro ponto importante é descrever as atividades por ordem de
importância (salvo em cargos operacionais, onde o indicado seria descrever por
ordem cronológica).
Marras (2000, p. 97), explica que além de registrar as tarefas que
compreendem um cargo, a descrição registra a análise de outros requisitos exigidos
pelo cargo, como: escolaridade, experiência, responsabilidades, condições de
trabalho, complexidade das tarefas, conhecimentos entre outros.
Com o levantamento das funções e tarefas é possível levantar as
especificidades que o cargo exige do ocupante, ou seja, as responsabilidades e
qualificações necessárias para exercê-lo. Conforme Pontes (2017, p. 81) “a
especificação do cargo é o relato dos requisitos, responsabilidades e esforços
impostos ao ocupante do cargo”. Para a especificação dos cargos podemos
observar quatro áreas, conforme Pontes (2017, p. 33):
- Mental - São os conhecimentos teóricos ou práticos necessários para que o
ocupante do cargo desempenhe adequadamente suas funções. Tais como:
instrução, experiência e iniciativa e complexidade das tarefas.
- Responsabilidades - São as exigências impostas que o ocupante do cargo,
além do desempenho normal de suas atribuições, deve ter para impedir danos ao
patrimônio e à imagem da empresa. Os mais comuns são: responsabilidades por
26
erros, supervisão, documentos, dados confidenciais, numerário, contatos, material,
ferramentas e equipamentos.
- Física - Determina os desgastes físicos impostos ao ocupante do cargo, por
exemplo: esforço físico, concentração mental e visual, habilidade e compleição
física. Ela considera a quantidade e a continuidade de energia e de esforços físicos
e mentais requeridos e a fadiga provocada.
- Condições de Trabalho - Considera o ambiente em que o trabalho é
desenvolvido e se o ocupante está submetido à riscos, com o objetivo de manter sua
produtividade e seu rendimento na função.
A junção da descrição com as especificidades dão embasamento para a
construção de um cargo e servem para mensurar a diferença entre eles.
3.3 CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES
A multiplicidade de classificações ocupacionais usadas no Brasil dificultava a
comparação entre os usuários pois haviam diversas fontes de informações no
território nacional. Até que em 1994 foi instituída a Comissão Nacional de
Classificações - Concla, que tinha como objetivo unificar as classificações usadas no
território nacional. A partir daí, iniciou-se um trabalho conjunto do MTE e IBGE no
sentido de construir uma classificação única. Hoje, a consulta das classificações
ocupacionais ocorre diretamente através do site do Ministério do Trabalho.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), CBO é a sigla
para Classificação Brasileira de Ocupações — um documento normalizador do
reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das
ocupações do mercado de trabalho brasileiro. É ao mesmo tempo uma classificação
enumerativa e uma classificação descritiva.
A enumerativa é utilizada para estatísticas de registros administrativos (como
a Relação Anual de Informações Sociais, Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, Seguro Desemprego, Declaração do Imposto de Renda de Pessoa
Física, etc.), censos populacionais (como Censo Demográfico, Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios, etc.) e/ou outras pesquisas; ou seja, através do código
do cargo é possível saber, por exemplo, qual é o total de empregos cadastrados no
Brasil do código pesquisado. Já a descritiva é utilizada quando as informações do
27
conteúdo do trabalho sejam solicitadas, como por exemplo, na elaboração de
currículos ou até de plano de cargos, carreiras e salários. A CBO é utilizada também
pelo INSS na hora de avaliar o direito do trabalhador aos benefícios previdenciários.
Devido ao reconhecimento constante de novas ocupações, a CBO precisa
estar em constante atualização. De acordo com a Comissão Nacional de
Classificação - CONCLA, a CBO passou por uma intensa revisão no início da
década de 2000 e em 2002 trouxe novos conceitos como o de família de ocupações,
apresentando uma estrutura mais simples e enxuta que a da CBO-1994, com
aproximadamente 10 Grandes Grupos, 47 Subgrupos principais, 192 Subgrupos e
596 famílias ocupacionais. Sua última atualização ocorreu em 2018, com a inclusão
de 19 novas atividades profissionais. Hoje o número de ocupações reconhecidas no
Brasil chega a 2.638.
3.4 CARREIRAS
Carreira passa a ideia de um caminho estruturado e organizado no tempo e
no espaço que pode ser seguido por alguém (CALVOSA, 2011). Segundo Dutra
(1996) a carreira não deve ser entendida como um caminho rígido, mas como uma
sequência de posições e de trabalhos realizados pela pessoa. O autor ainda cita que
a carreira precisa ser entendida como uma trajetória a seguir, de forma a conciliar o
desenvolvimento das pessoas com o desenvolvimento da empresa.
Segundo Rosa, Zampier e Stefano (2017, p. 359) é importante ressaltar a
importância do desenvolvimento da carreira na vida das pessoas. Antigamente, o
funcionário aceitava as promoções e mudanças oferecidas pela organização sem
muitas vezes se preocupar com o contexto profissional, ou seja, se aquilo fazia
sentido para ela. O que importava era fazer carreira. Atualmente, essa preocupação
passou a ter outro olhar: de independência, de se reconhecer e trabalhar em algo
com que ele realmente se identifique independente de quantas empresas ele tenha
que trabalhar. Nesse sentido, observa-se o surgimento de um novo olhar sobre a
carreira. O foco passa a ser o planejamento pessoal de carreira e não o
planejamento de carreira feito pela organização.
Para suprir essa necessidade de desenvolvimento de carreira das pessoas
que possuem diferentes perfis e aptidões, como por exemplo, gerir equipes ou foco
28
em processos, estruturou-se o modelo de Carreira em Y, que trouxe o
desenvolvimento de carreira para ambos os lados. Dessa forma, não se perde um
ótimo especialista para um péssimo gestor, valorizando e reconhecendo ambos os
perfis profissionais.
Essa necessidade surgiu dos profissionais que gostariam de se desenvolver
na sua carreira sem obrigatoriamente ter que ocupar um cargo de gerência, como
acontecia no método linear em que a sequência de posições está alinhada em uma
única direção, não permitindo outras alternativas, conforme Figura 4
Figura 4 - Estrutura de Carreira em Linha e em Y
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
Calvosa (2011, p. 244) descreve o modelo linear:
O modelo de carreira tradicional remete-se ao modelo em que a carreira do indivíduo é estática, um caminho linear a ser seguido pelo indivíduo dentro da organização, marcada pela estabilidade e segurança no emprego e ainda por progressão hierárquica (como uma escada com vários e sequenciais degraus a serem subidos).
A Carreira em Y segue uma sequência de cargos ou posições que uma
pessoa pode assumir dentro de uma organização, sendo divididas em natureza
técnica e natureza gerencial, mas garantindo o acesso aos níveis de reconhecimento
e remuneração mais altos independente da natureza escolhida (DUTRA, 2010). O
29
autor ainda cita que neste modelo de carreira existe a linha funcional, que deve ser
entendida como o começo da carreira, a entrada do profissional que posteriormente
escolherá seu direcionamento.
Entende-se pelo eixo gerencial os cargos de gestão, que são responsáveis
por equipes, e no eixo especializante os cargos que executam tarefas complexas,
com alto grau de especialização no tema.
Calvosa (2011) cita a importância da administração de carreira dentro da
organização:
Um sistema de administração de carreiras contribui para: adequar os projetos de desenvolvimento das pessoas ao projeto de desenvolvimento da empresa; estimular e dar suporte para que as pessoas planejem seu futuro profissional; identificar e trabalhar pontos fortes e fracos; explorar os pontos fortes das pessoas, independentemente de suas preferências profissionais; melhorar a comunicação entre empresa e funcionários; oferecer maior transparência na negociação de expectativas entre empresa e funcionários e direcionar e integrar as práticas de gestão de pessoas.
Dessa forma pode-se concluir que um PCCS, que tem como objetivo administrar as
carreiras dos funcionários de uma organização, só trará benefícios - diretamente
para os funcionários e indiretamente para a organização.
30
4 ANÁLISE ORGANIZACIONAL E JUSTIFICATIVA TEÓRICA DAS AÇÕES
A Cooperativa Crednex caracteriza-se como uma cooperativa Central, de 2º
nível, conforme classificada pela Confebras (Confederação Brasileira das
Cooperativas de Crédito) “São as cooperativas centrais, que reúnem, no mínimo, 3
cooperativas singulares para fornecer e gerir diretrizes, organizando-as para receber
serviços operacionais e de governança.”. Enquanto uma cooperativa Central, a
Crednex possui 40 cooperativas filiadas que estão espalhadas por todo estado de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, totalizando cerca de 5900 funcionários. Na
Cooperativa Crednex propriamente há cerca de 190 funcionários, entre celetistas,
estagiários e aprendizes.
Seus direcionadores estratégicos são apresentados abaixo:
Quadro 3- Direcionadores Estratégicos da Crednex
Missão Gerar soluções financeiras adequadas e sustentáveis, por meio do
cooperativismo, aos associados e às suas comunidades.
Visão Ser reconhecida como a principal instituição financeira propulsora do
desenvolvimento econômico e social dos associados.
Valores Transparência, comprometimento, respeito, ética, solidariedade e
responsabilidade.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
Com o objetivo de atender as cooperativas filiadas no que diz respeito a
centralização de alguns serviços (como contabilidade, folha de pagamento, cobrança
de inadimplentes, treinamentos e capacitações, desenvolvimento de softwares e
digitalização de boletos bancários) e apoio a outros serviços operacionais e
estratégicos, a estrutura organizacional da Cooperativa Crednex está composta
pelos Conselhos de Administração e Fiscal, Presidente e três diretorias:
Administrativa, Operacional e de Negócios, subdividindo-se em suas respectivas
gerências e unidades, conforme organograma representado na Figura 5.
31
Figura 5 - Organograma da Cooperativa Crednex
Fonte: Arquivos da Cooperativa Crednex
Seus funcionários estão distribuídos em 24 unidades sob responsabilidade de
9 gerências, sendo que destas somente 6 estão sendo ocupadas: administrativa,
contabilidade, tecnologia, negócios, agronegócios e supervisão. A gerência
financeira estava ocupada por um empregado que desligou-se no ano de 2018 e
permanece sem gerente até então, as gerências de riscos e instituto ainda não
foram ocupadas pois foram criadas recentemente e ainda não se percebeu a
necessidade de um cargo de gerência até uma melhor estruturação destas áreas.
Percebe-se então uma grande necessidade na elaboração de um Plano de
Cargos, Carreiras e Salários devido ao porte da organização e para a melhor
estruturação dos processos. O PCCS, além de cumprir uma antiga demanda, será a
base para a implantação de outros programas, como o Programa de Gestão de
Desempenho.
Frente a sua relevância, a área de Gestão de Pessoas solicitou a construção
do PCCS e sua implementação foi traçada no Planejamento Estratégico (que
acontecerá no ciclo de 2019-2021) como um dos pontos a serem cumpridos,
conforme Figura 6 abaixo.
32
Figura 6 - Planejamento Estratégico
Fonte: Arquivos da Cooperativa Crednex
Foram traçados 8 objetivos estratégicos a serem cumpridos ao longo do ciclo
e dentro destes 8 objetivos existem 21 projetos definidos, com ações e atividades
para sua execução. Diante disso, a implantação do PCCS é traçada com uma ação
dentro do projeto 8.1, que tem como objetivo “apoiar a implementação da política de
gestão de pessoas na Central e singulares”.
Além de ser uma meta do Planejamento Estratégico, a construção do PCCS
foi comunicada aos empregados da Cooperativa Crednex através de memorando
interno, conforme Figura 7 abaixo.
33
Figura 7 - Memorando interno da Cooperativa Crednex
Fonte: Arquivos da Cooperativa Crednex
A divulgação do PCCS tem como objetivo, segundo Fagundes (2015) dar
conhecimento a todos os empregados da organização acerca dos objetivos,
estabelecendo um canal de comunicação único e transparente, minimizando
expectativas geralmente criadas por falta ou omissão de informações.
Diante dessa exigência de elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários, observou-se que algumas ações mais imediatas seriam necessárias.
Dentre as primeiras ações, está a análise dos cargos, para que com base nessas
informações o PCCS possa seguir adiante. Desta forma, neste trabalho será feita a
análise de cargos da Cooperativa Crednex. Contudo, embora haja na organização
as carreiras básica, de especialização e gerencial, devido a quantidade de tarefas
possíveis de executar dentro do cronograma disponível, neste trabalho o foco será a
carreira gerencial.
34
Dessa forma, os cargos descritos serão os de supervisores e gerentes,
conforme carreira em Y. Das 24 unidades existentes na Cooperativa Crednex, 12
possuem cargos de supervisores, além de 6 cargos de gerência, totalizando 18
cargos que serão o objeto de estudo do presente trabalho, conforme detalhamento
abaixo:
Gerente Administrativo;
Gerente de Supervisão;
Gerente de Contabilidade;
Gerente de Tecnologia;
Gerente de Negócios;
Gerente de Agronegócio;
Supervisor de Departamento Pessoal;
Supervisor de Gestão de Pessoas;
Supervisor de Educação Corporativa;
Supervisor de Auditoria Direta
Supervisor de Infraestrutura e Logística;
Supervisor Financeiro;
Supervisor de Desenvolvimento de Software;
Supervisor de Suporte Operacional de Tecnologia;
Supervisor de Infraestrutura de Tecnologia;
Supervisor Comercial;
Supervisor de Comunicação e Marketing;
Supervisor de Produtos e Serviços.
Com as descrições de cargos, a tabela salarial em vigência poderá ser
revisada para uma atualização com base em uma futura pesquisa salarial e também
um posterior enquadramento dos funcionários da Cooperativa Crednex, para que
cada um esteja em seu devido cargo (sem estar oferecendo nem mais e nem
menos, para que se tenha menos risco de perda de funcionários para o mercado).
Além disso, também haverá embasamento para realizar processos de recrutamento
e seleção, retenção de talentos, políticas descritas para proteção de uma eventual
ação trabalhista, avaliação dos cargos para justificar a tabela salarial e para deixar
claro aos empregados o que se espera das suas atividades e como sua ascensão
profissional e promoções poderão ocorrer (requisitos e tempo para alcançá-las). O
35
Plano de Cargos será construído para estruturar as políticas aplicadas na
Cooperativa Crednex de forma clara e organizada.
Além disso, nas palavras da Supervisora de Gestão de Pessoas da Crednex:
Um plano de carreira é uma ferramenta bem importante para orientar e possibilitar que os empregados de uma empresa possam ter um direcionamento para atingir objetivos profissionais em curto, médio ou longo prazo. Sabemos que existem outras ferramentas, que aliadas, poderão reter talentos, estimular o progresso, gerar satisfação interna e estimular uma cultura organizacional saudável. Porém, com a evolução e mudanças constantes do mundo atual, essa é uma ferramenta que deve ser bem desenhada e estruturada para atender os diversos perfis, promovendo, com isso, o rápido crescimento para os empregados potenciais, que são pessoas movidas a desafios e de fácil aprendizagem, reduzindo as chances de perdas de ótimos profissionais para o mercado. Então, devemos nos preparar para as mudanças constantes para que a ferramenta seja motivacional e focada no crescimento dos diversos perfis profissionais existentes.
Conclui-se então que os primeiros passos para a solução da ausência de um
plano de cargos, carreiras e salários segundo Fagundes (2015) são: realizar o
levantamento das atribuições (identificar todas as funções existentes) e a descrição
dos cargos (o que o cargo faz, como faz e as suas especificações).
Para isso, serão realizadas coletas de dados com os ocupantes dos cargos,
validando informações e por fim realizando o catálogo dos cargos gerenciais da
Cooperativa Crednex.
36
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com Marconi e Lakatos (2002) essa pesquisa se caracteriza como
pesquisa aplicada, já que possui interesse prático. Ou seja, os resultados são
aplicados ou utilizados na solução de problemas específicos que ocorrem na
realidade.
Para a proposição da solução neste trabalho apresentada, inicialmente foi
realizada uma análise organizacional a fim de precisar a questão a ser resolvida e
compreendê-la em profundidade.
A realização dessa análise foi feita através de observação pessoal acerca de
um ano, período o qual trabalho na Cooperativa Crednex. Esta experiência me levou
a identificar que uma questão relevante a ser desenvolvida é o Plano de Cargos,
Carreiras e Salários, uma vez que esta é uma demanda antiga. No entanto, o PCCS,
por tratar-se de um amplo conjunto de ações era necessário identificar as etapas
mais emergenciais que permitissem dar início ao processo na Cooperativa Crednex.
Para mapear isso, foram feitas entrevistas com a gestora da área de gestão de
pessoas, além de conversas com colegas da área.
Ainda empreendeu-se uma profunda análise documental, analisando o
Planejamento Estratégico da organização e concluindo que é uma carência a ser
cumprida, pois é uma antiga demanda que ainda não foi solucionada e está cada
vez mais clara a sua necessidade.
Deste levantamento inicial, chegou-se na identificação de que uma atividade
relevante para o início do processo seria a descrição dos cargos gerenciais
(reforçando a existência dos cargos da carreira de especialização e básica, mas que
não serão objeto de estudo deste trabalho), uma vez que a descrição de cargos é o
passo inicial para toda a continuação na construção do PCCS.
Uma vez definida a questão central da pesquisa, passou-se a realizar a coleta
de dados, que foram realizadas em dois momentos: o primeiro para identificar e
limitar o problema a ser solucionado na Cooperativa Crednex, através de
observação, entrevista com a gestora da área de Gestão de Pessoas e Diretoria
Administrativa e também análise documental através do planejamento estratégico do
ciclo 2019-2021 da Cooperativa Crednex. O segundo momento da coleta trata-se do
levantamento das informações para a elaboração da solução propriamente dita, qual
seja, a descrição dos cargos da carreira gerencial.
37
Este levantamento é parte fundamental do PCCS. Segundo Fagundes (2015)
é a etapa onde deve-se identificar e levantar todas as funções existentes na
empresa através de processos de entrevistas e/ou questionários para a elaboração
das descrições de cargo.
Neste sentido, foram realizadas reuniões individuais com os gerentes ou
supervisores (na falta de um gerente) para explicar como deveria ser feita a
descrição dos cargos e funções da sua respectiva área e tirar as possíveis dúvidas.
Posteriormente, foi encaminhado para os gestores um arquivo contendo um exemplo
de descrição para orientar na elaboração da descrição do seu próprio cargo cujo
retorno deveria acontecer no prazo de um mês. Como esse processo de início do
PCCS - descrição de cargos - já aconteceu há 3 anos atrás (2016) na Cooperativa
Crednex mas não foi dada continuidade, alguns gestores possuíam uma base da
descrição de seus cargos (que já havia sido validada), facilitando o processo pois
dessa forma grande parte das descrições foram apenas atualizadas com novas
atividades e revisadas novamente.
Após a coleta das atividades dos cargos e funções, foram definidos os
critérios para a especificação dos cargos. Para isso, foram utilizados 5 (cinco)
fatores de avaliação para definir quais são os requisitos necessários para a
execução dos cargos, conforme Quadro 5.
Quadro 4 - Fatores de especificação da descrição do cargo
1. Instrução/Formação
Este fator considera o grau de instrução geral ou treinamento específico, preliminar
exigido para o adequado desempenho do cargo, devendo ser considerado somente
a instrução aplicável ao cargo e não a educação formal do ocupante do cargo.
Grau Descrição
1 O cargo requer Ensino Médio Completo;
2
O cargo requer Curso superior em andamento em áreas correlatas à
função;
3 O cargo requer Curso Superior completo em áreas correlatas à função;
4
O cargo requer Curso Superior completo e Pós Graduação cursando em
áreas correlatas à função;
38
5
O cargo requer Curso Superior e Pós Graduação completas em áreas
correlatas a função.
2. Experiência
Este fator avalia o tempo normalmente exigido pelo cargo para que seu ocupante
se capacite a desempenhá-lo dentro do esperado. A experiência exigida deve ser
considerada partir do fator de instrução, até o exercício do cargo.
Grau Descrição
1 O cargo não exige experiência;
2 De 1 a 2 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3 De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
4 De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
5 Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas.
3. Iniciativa e Complexidade
Este fator avalia o grau de iniciativa exigido do ocupante para dar continuidade ao
trabalho, bem como, sua capacidade para enfrentar problemas novos, emergência
e situações inusitadas inerentes ao cargo. Deve-se incluir uma análise da rotina em
relação a variedade e complexidade para cumprir os objetivos da função.
Grau Descrição
1 Tarefas rotineiras e de baixa complexidade, executadas de forma padrão,
onde o ocupante não exerce análise e solução de problemas;
2
Tarefas rotineiras e com pouca complexidade, executadas de forma
padrão, onde o ocupante promove análise de problemas de baixa
complexidade;
3
Tarefas rotineiras e de média complexidade, o ocupante lida com
problemas padronizados e se baseia em precedentes para sua solução.
Esporadicamente envolve a chefia para solucionar problemas;
4 As tarefas não rotineiras e de grande complexidade, o ocupante promove
análise e solução de problemas de grande complexidade;
39
5
As tarefas não rotineiras e de grande complexidade, o ocupante deve
planejar, organizar, coordenar e executar suas atividades, sendo
responsável por analisar e solucionar problemas de alta complexidade.
4. Responsabilidades por pessoas
Este fator avalia o nível de responsabilidade e gestão de pessoas.
Grau Descrição
1 Não é responsável por nenhuma equipe;
2 É responsável por equipes com tarefas operacionais e rotineiras;
3 É responsável por equipes com especialistas ou tarefas complexas;
4 É responsável por equipes de Supervisores e Coordenadores;
5 É responsável por equipes de Gerentes.
5. Responsabilidades por processos
Este fator avalia o nível de responsabilidade técnica por processos.
Grau Descrição
1 Não é responsável por orientar tecnicamente nenhuma atividade;
2
É responsável por auxiliar tecnicamente outras pessoas em tarefas
operacionais e rotineiras;
3 É responsável por orientar processos completos e/ ou tarefas complexas;
4
É responsável por identificar e propor melhorias em atividades e
processos;
5 Auxilia tecnicamente na tomada de decisões gerenciais.
6. Relações e Contatos
Este fator avalia a importância dos contatos exigidos pelo cargo para o
cumprimento adequado de seus objetivos. Nesse sentido, deverá ser considerado a
frequência dos contatos e a dificuldade de se obter resultados através deles.
Grau Descrição
40
1 Contatos pouco frequentes ou cargo de natureza isolada. Os resultados
são obtidos por padrões estabelecidos nas tarefas;
2
Os contatos não são frequentes e quando ocorrem têm a finalidade de
repasse ou captação de informações operacionais para atender aos
objetivos;
3 Os contatos são parcialmente frequentes e exigem interações para
cumprir as solicitações para alcançar os objetivos;
4 Os contatos são frequentes e possui autonomia na gestão de processos
para alcançar os objetivos;
5 Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios, abrangendo a
estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Arquivos da Cooperativa Crednex
Com base nos 6 fatores de especificação dos cargos, sendo eles:
instrução/formação, experiência, iniciativa e complexidade, responsabilidade por
pessoas, responsabilidade por processos e relações e contatos, que vão do grau 1
(um) até o 5 (cinco), foi definido pela unidade de Gestão de Pessoas um comitê
constituído por 5 empregados da Cooperativa Crednex que analisaram o conjunto de
atividades de cada cargo e a partir disso olharam para os fatores de especificação e
deliberaram em conjunto qual seria o grau mais adequado para aquele cargo.
Os graus exigidos de cada cargo devem seguir uma ordem crescente
respeitando a hierarquia dos cargos. Ou seja, o primeiro cargo (supervisor I) deverá
conter os graus mais baixos e o último cargo (gerente II), os graus mais altos.
41
6 PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES
A carreira gerencial da Cooperativa Crednex é representada pelos cargos de
Supervisores e Gerentes, sendo que, estes cargos podem variar do nível I ao II.
Estes níveis são diferenciados pelo crescimento horizontal, mantendo as mesmas
atividades e se distinguindo basicamente pelo tempo de casa/experiência na função.
Além da descrição (as atividades desenvolvidas) e especificação (as
características que o ocupante do cargo deve conter para exercê-lo) dos cargos, a
análise dos cargos possui a titulação dos cargos (qual a nomenclatura utilizada para
a função), os níveis do cargo e a CBO em que a função se enquadra, com maior
aproximação baseada nos cargos atualmente disponíveis no Ministério do Trabalho,
visto que muitos ainda não se enquadram na realidade de funções de uma
Cooperativa de Crédito.
A partir dos levantamentos realizados, foram concluídas as descrições dos
dezoito cargos da carreira gerencial da Cooperativa Crednex:
1. Gerente Administrativo;
2. Gerente de Agronegócio;
3. Gerente de Supervisão;
4. Gerente de Negócios;
5. Gerente de Tecnologia;
6. Gerente de Contabilidade;
7. Supervisor de Gestão de Pessoas;
8. Supervisor de Departamento Pessoal;
9. Supervisor de Educação Corporativa;
10.Supervisor de Infraestrutura e Logística;
11.Supervisor Comercial;
12.Supervisor de Comunicação e Marketing;
13.Supervisor de Desenvolvimento de Produtos e Serviços;
14.Supervisor de Auditoria Direta
15.Supervisor de Desenvolvimento de Software;
16.Supervisor de Infraestrutura de Tecnologia;
17.Supervisor de Suporte Operacional de Tecnologia;
18.Supervisor Financeiro;
42
Quadro 5 - Análise de cargo: Gerente Administrativo
Cargo e Função: Gerente Administrativo Níveis: I e II CBO 1421-05
Atividades
1. Cumprir e fazer cumprir o planejamento estratégico da Central;
2. Coordenar os trabalhos e as atividades das unidades subordinadas;
3. Apoiar a diretoria executiva nos assuntos relacionados à sua área;
4. Autorizar o pagamento de despesas administrativas;
5. Coordenar os processos de incorporação e filiação de cooperativas filiadas;
6. Planejar e gerenciar as atividades pertinentes à sua área de atuação;
7. Prestar suporte às cooperativas filiadas;
8. Ministrar treinamentos relacionados às atividades de sua área;
9. Gerenciar as atividades relacionadas às instalações físicas e segurança
patrimonial da Central;
10. Gerir os trabalhos relacionados aos atos societários da Central e das
cooperativas filiadas;
11. Gerir os instrumentos de regulação e comunicação da Central;
12. Coordenar as atividades da Escola de Dirigentes e Executivos (Edex);
13. Coordenar o processo de compras da Central;
14. Coordenar as atividades de processamento da folha da Central e das
cooperativas filiadas;
15. Coordenar o processo de cadastro e de abertura de contas das cooperativas
filiadas;
Especificações
Gerente Administrativo - NÍVEL I
43
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Especificações
Gerente Administrativo - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
44
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
Quadro 6 - Análise de cargo: Gerente de Agronegócios
Cargo e Função: Gerente de Agronegócios Níveis: I e II CBO 1417-30
Atividades
1. Dirigir, coordenar e monitorar os trabalhos executados pela equipe da
gerência de Agronegócios;
2. Cumprir com o Planejamento Estratégico da Central;
3. Apoiar a diretoria executiva nos assuntos relacionados à sua área;
4. Gerir o desenvolvimento e implantação de soluções operacionais e de
negócios;
5. Acompanhar, rever e classificar os créditos concedidos de modo a fornecer
dados que possibilite visualizar os riscos assumidos;
6. Elaborar planos e programas, em conjunto com as gerências financeira e de
negócios, para aumentar a participação dos produtos e serviços e implementar
estratégias para torná-los conhecidos junto às Cooperativas;
7. Planejar, elaborar projetos e adotar ações, que visem à busca de recursos
para atendimento das necessidades de repasse para as cooperativas,
centralizando serviços operacionais, liberando a Cooperativa para o negócio;
8. Iniciar/Estreitar relacionamentos junto à cadeia do Agronegócio;
9. Orientar as cooperativas e funcionários sob sua responsabilidade, quanto à
aplicação de normas e procedimentos na contratação de recursos destinados ao
agronegócio;
10. Acompanhar as demandas de financiamentos/investimentos;
11. Participar de reuniões estratégicas junto às Cooperativas, disseminando o
conhecimento da área e realizar capacitações aos empregados;
12. Atender auditores, associados, agentes de órgãos governamentais,
prestando as informações necessárias.
13. Participar do comitê de crédito e financeiro da Central;
14. Representar a Central em comitês/eventos nacionais ou regionais
relacionados ao Agronegócio, mediante nomeação pela Diretoria, Presidente ou
45
Conselho de Administração;
15. Buscar constantemente parcerias no Agronegócio;
Especificações
Gerente de Agronegócios - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Especificações
Gerente de Agronegócios - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
46
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
Quadro 7 - Análise de cargo: Gerente de Supervisão
Cargo e Função: Gerente de Supervisão Níveis: I e II CBO 1421-10
Atividades
1. Analisar os resultados das auditorias de controles internos, auditoria indireta,
auditoria das demonstrações contábeis, controles internos e inspetoria e estipular
providências individualizadas;
2. Atender as auditorias da Confederação, CNAC e Bacen, visando os
esclarecimentos necessários;
3. Desenvolver, em conjunto com a Gerência de TI da Central, relatórios gerenciais
para embasar as análises do Conselho de Administração e Fiscal da Central;
4. Dar suporte e orientação às cooperativas singulares quanto aos apontamentos
dos diversos relatórios das auditorias;
5. Analisar, homologar e disponibilizar os relatórios gerenciais para a Central e
singulares;
6. Coordenar a nível estadual, os trabalhos de controles internos, realizando
reuniões com os representantes das cooperativas singulares, buscando sempre
aprimorar os trabalhos e quesitos de seguranças;
7. Cientificar o BACEN e a Confederação, quanto aos fatos relevantes verificados
junto às cooperativas;
8. Apresentar ao Conselho de Administração da Central a pontuação obtida pelas
cooperativas na Matriz de Risco e fornecer esclarecimentos relativos aos níveis
alcançados;
9. Dar conhecimento a Presidência, DIREX, Conselho de Administração e Fiscal,
dos resultados dos trabalhos das auditorias, dos controles internos e das
47
Inspetorias, indicando ações a serem determinadas as cooperativas;
10. Planejar e submeter ao Presidente e Conselho de Administração as atividades,
políticas, planos, metas, cronogramas de atividades a serem realizadas pelas
auditorias diretas, indiretas, das demonstrações financeiras, controles internos e
Inspetoria;
11. Definir em conjunto com as empresas de auditoria cooperativa, os
procedimentos mínimos a serem observados na realização das auditorias;
12. Revisar correspondências a serem enviados para as singulares, Bacen,
Confederação, e demais entidades relacionadas à Gerência de Supervisão;
13. Analisar os resultados da atividade dos trabalhos de Auditoria, Inspetoria e
Controles Internos;
14. Acompanhar as atividades desempenhadas pelos agentes de controles
internos, repassando instruções aos mesmos para o fiel cumprimento das diretrizes
que norteiam do sistema;
15. Coordenar Workshop anual de Supervisão dando transferência às cooperativas
filiadas quanto aos trabalhos realizados e situação econômico-financeira do
sistema.
Especificações
Gerente de Supervisão - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação completa
em áreas correlatas a função;
2. Experiência: De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande complexidade, o
ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas atividades, sendo
responsável por analisar e solucionar problemas de alta complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores e
Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de decisões
gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
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Especificações
Gerente de Supervisão - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação completa
em áreas correlatas a função;
2. Experiência: Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande complexidade, o
ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas atividades, sendo
responsável por analisar e solucionar problemas de alta complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores e
Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de decisões
gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
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Quadro 8 - Análise de cargo: Gerente de Negócios
Cargo e Função: Gerente de Negócios | Níveis: I e II | CBO 1423-05
Atividades
1. Acompanhar as ações das Unidades: Comercial, Comunicação e Marketing e
Desenvolvimento de Produtos visando a execução das tarefas previstas no
Planejamento Estratégico;
2. Acompanhar o nível de produção das cooperativas singulares;
3. Coordenar junto com os supervisores das áreas subordinadas as estratégias,
promovendo análise e resolução de problemas;
4. Promover eventos e workshops que visam apoiar as ações comerciais das
cooperativas;
5. Participar do CGC (Comitê de Gestão Corporativa);
6. Desenvolver treinamentos e palestras para capacitar as cooperativas;
7. Construir e acompanhar os orçamentos das unidades subordinadas;
8. Participar do desenvolvimento do relatório de sustentabilidade;
Especificações
Gerente de Negócios - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
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5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Especificações
Gerente de Negócios - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
51
Quadro 9 - Análise de cargo: Gerente de Tecnologia
Cargo e Função: Gerente de Tecnologia Níveis: I e II CBO 1425-30
Atividades
1. Planejar infraestrutura de TI adequada para atender as atividades
operacionais da Central e a prestação de serviços para as cooperativas filiadas,
primando pela capacidade de armazenamento de dados, a disponibilidade e a
performance dos recursos de TI;
2. Gerenciar as áreas subordinadas garantindo a execução dos projetos
estabelecidos no Planejamento Estratégico;
3. Desenvolver projetos de TI para as Cooperativas dentro dos padrões e
normas estabelecidas;
4. Gerenciar a Política de Segurança de Informação e a execução do Plano de
Contingência da TI
5. Utilizar produtos tecnológicos de origem conhecidas e softwares devidamente
legalizados;
6. Coordenar as implantações de novos produtos e serviços disponibilizados
pela Confederação;
7. Prestar assessoria tecnológica e operacional às Cooperativas filiadas;
8. Apresentar periodicamente à direção relatórios de atividades e planos de
metas;
9. Proporcionar treinamentos de especialização para os colaboradores de TI;
10. Definir e monitorar as atividades dos supervisores da infraestrutura, suporte
e de desenvolvimento de sistemas;
11. Administrar os recursos tecnológicos com a aplicação de regras e boas
práticas de governança em TI;
12. Realizar planejamentos, orçamentos, relatórios estatísticos e administrativos;
13. Catalogar e priorizar as demandas de desenvolvimento de programas;
14. Acompanhar a evolução tecnológica da informática e recomendar a
implantação de produtos e serviços aplicáveis
15. Representar a Central nas reuniões e eventos em assuntos pertinentes a
tecnologia.
52
Especificações
Gerente de Tecnologia - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Especificações
Gerente de Tecnologia - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
53
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
Quadro 10 - Análise de cargo: Gerente de Contabilidade
Cargo e Função: Gerente de Contabilidade | Níveis: I e II | CBO 2522-10
Atividades
1. Acompanhar o cumprimento das ações propostas no Planejamento
Estratégico;
2. Gerenciar as atividades e demandas das unidades da Contabilidade
Centralizada: Contábil, Tributário, Contas a pagar e Controladoria;
3. Elaborar relatórios gerenciais para Presidência e Conselho Fiscal e de
Administração;
4. Coordenar o Comitê de Contadores;
5. Coordenar treinamentos internos e externos;
6. Realizar o controle de custo da Central;
7. Acompanhar o fechamento contábil mensal e anual;
8. Visitar as Cooperativas Centralizadas para alinhamento de procedimentos.
Especificações
Gerente de Contabilidade - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: De 5 a 9 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
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4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Especificações
Gerente de Contabilidade - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior e Pós-Graduação
completa em áreas correlatas a função;
2. Experiência: Acima de 10 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas
atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Supervisores
e Coordenadores
4.2 Responsabilidades por processos: Auxiliar tecnicamente na tomada de
decisões gerenciais
5. Relações e Contatos: Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios,
abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
55
Quadro 11 - Análise de cargo: Supervisor de Gestão de Pessoas
Cargo e Função: Supervisor de Gestão de
Pessoas
Níveis: I e II CBO 4101-05
Atividades
1. Coordenar a elaboração de políticas, regulamentos, campanhas e indicadores
de Gestão de Pessoas;
2. Responder pelos projetos da área garantindo a conformidade com o
Planejamento Estratégico da Cooperativa;
3. Coordenar a realização de treinamentos de Gestão de Pessoas;
4. Supervisionar as atividades dos empregados da área;
5. Controlar a gestão dos recursos financeiros utilizados pela área;
6. Representar a Gestão de Pessoas em reuniões Executivas, Conselho de
Administração e Confederação;
7. Promover melhoria contínua e incentivar a inovação e criatividade da equipe;
Especificações
Supervisor de Gestão de Pessoas - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
56
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Gestão de Pessoas - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
57
Quadro 12 - Análise de cargo: Supervisor de Departamento Pessoal
Cargo e Função: Supervisor de
Departamento Pessoal
Níveis: I e II CBO 4101-05
Atividades
1. Acompanhar as ações do Planejamento Estratégico da Central;
2. Acompanhar os novos normativos para o correto cumprimento de novas
obrigações;
3. Buscar o aprimoramento das rotinas com foco na produtividade e bom
atendimento;
4. Disseminar informações relevantes às Cooperativas com relação à normativos
e/ou processos do Departamento Pessoal;
5. Apoiar e disseminar a busca por conhecimento e aprimoramento técnico da
equipe;
6. Fornecer à Diretoria Executiva informações para tomada de decisões;
7. Auxiliar a equipe nos fechamentos de folha mensal;
8. Ministrar treinamentos da área relacionados a temas técnicos quando
necessário
Especificações
Supervisor de Departamento Pessoal - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
58
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Departamento Pessoal - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
59
Quadro 13 - Análise de cargo: Supervisor de Educação Corporativa
Cargo e Função: Supervisor de Educação
Corporativa
| Níveis: I e II | CBO 4101-05
Atividades
1. Desenvolver, realizar e apoiar as ações educacionais necessárias para
cumprimento do planejamento estratégico das demais gerências e supervisões
do Sicoob Central SC/RS;
2. Fazer o levantamento de necessidade de treinamento junto às cooperativas,
gerentes e diretores;
3. Analisar, orçar e contratar instrutores/consultorias/instituições que atendam a
demanda estipulada pelo planejamento estratégico ou as necessidades atuais
sistêmicas;
4. Implantar programas de formação e desenvolvimento de Gerentes, Diretores,
Presidentes e Conselheiros da Central e Cooperativas Singulares;
5. Conferir e analisar os projetos de auxílio educação dos funcionários;
6. Organizar juntamente com os responsáveis as ações e eventos internos
promovidos pela Central;
7. Receber a tabulação das avaliações de reação e fazer o feedback junto aos
instrutores e hotéis quando necessário;
8. Apoiar as ações educacionais e projetos presenciais desenvolvidos na Sicoob
Universidade, assim como incentivar a realização das ações na modalidade on-
line;
9. Definir junto com os gerentes e diretores da Central as trilhas educacionais
que devem ser atribuídas aos funcionários de cada unidade, assim como o prazo
para conclusão;
10. Gerenciar os projetos do Sescoop, buscando recursos e desenvolvendo os
projetos para o auxílio educação, ação delegada, patrocínios, aprendiz
cooperativo, atividade delegada in-company e viagens internacionais;
11. Buscar e apoiar o desenvolvimento e atualização dos funcionários para que
possam estar preparados para atender as demandas das cooperativas
singulares e os associados;
12. Aprovar a compra de passagens aéreas para os instrutores, palestrantes e
60
funcionários nas ações desenvolvidas através da unidade;
13. Fazer a contratação de hotéis, alimentação, brindes, materiais e demais itens
necessários para a realização das ações educacionais, respeitando valores e
priorizando as empresas associadas.
Especificações
Supervisor de Educação Corporativa - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Educação Corporativa - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
61
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
Quadro 14 - Análise de cargo: Supervisor de Infraestrutura e Logística
Cargo e Função: Supervisor de
Infraestrutura e Logística
| Níveis: I e II | CBO 4101-05
Atividades
1. Realizar orçamentos e compra de materiais conforme solicitado;
2. Preservar e supervisionar o patrimônio existente e dar andamento a
implantação de novas ideias e projetos relacionados a infraestrutura;
3. Gerenciar o acesso às portas, garantindo a segurança dos empregados
4. Garantir o estoque mínimo de materiais no almoxarifado
5. Gerenciar a telefonia da Central;
6. Acompanhar as reformas e consertos na estrutura física quando necessário;
7. Controlar os empréstimos de equipamentos da Central a funcionários em
viagem ou treinamentos;
8. Monitorar relatórios de termos de responsabilidade de uso de celular
corporativo, acompanhando mensalmente as despesas de telefonia;
9. Supervisionar os malotes e recebimento de mercadorias;
10. Gerenciar o serviço de entrega de materiais para as cooperativas, garantindo
o prazo estabelecido;
11. Dar suporte às cooperativas na área de compras, infraestrutura, almoxarifado
e portal de compras;
Especificações
Supervisor de Infraestrutura e Logística - NÍVEL I
62
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Infraestrutura e Logística - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
63
Quadro 15 - Análise de cargo: Supervisor Comercial
Cargo e Função: Supervisor Comercial Níveis: I e II CBO 4102-25
Atividades
1. Acompanhar e apoiar a equipe na execução e construção de ações;
2. Ministrar treinamentos e visitas às Singulares para apoio aos negócios;
3. Dar suporte diário às Cooperativas em questões relacionadas a estratégias
de crédito, risco de crédito e demais produtos;
4. Participar de eventos institucionais de apoio aos negócios;
5. Participar de reuniões com a Confederação e parceiros para definição de
estratégias para negócios;
6. Participar no projeto regional (SC e RS) de padronização do crédito;
7. Coordenar a reunião trimestral da CNV (Campanha Nacional de Vendas);
8. Apoiar as ações de Centralização da Cobrança Administrativa;
Especificações
Supervisor Comercial - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
64
Especificações
Supervisor Comercial - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
65
Quadro 16 - Análise de cargo: Supervisor de Comunicação e Marketing
Cargo e Função: Supervisor de
Comunicação e Marketing
Níveis: I e II CBO 1423-35
Atividades
1. Elaborar estratégias de comunicação e marketing;
2. Aprovar e validar a criação dos materiais institucionais e comerciais;
3. Aprovar e acompanhar as estratégias de comunicação e marketing digitais;
4. Validar layouts de empresas terceirizadas;
5. Organizar e acompanhar eventos regionais;
6. Participar de reuniões com veículos de mídia e parceiros;
7. Garantir que o Manual da Marca seja seguido pela Central e Singulares,
garantindo o padrão sistêmico;
8. Monitorar a organização e gestão de outdoors;
9. Realizar análise, parecer e encaminhamento de patrocínios;
10. Organizar ações e estratégias de comunicação e marketing relacionadas a
CNV (Campanha Nacional de Vendas).
Especificações
Supervisor de Comunicação e Marketing - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
66
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Comunicação e Marketing - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
67
Quadro 17 - Análise de cargo: Supervisor de Desenvolvimento de Produtos e Serviços
Cargo e Função: Supervisor de
Desenvolvimento de Produtos e Serviços
| Níveis: I e II | CBO 2525-40
Atividades
1. Supervisionar as demandas e entregas da equipe;
2. Visitar os municípios para instalação de novos pontos de atendimento,
acompanhando posteriormente as implantações;
3. Realizar reuniões para alinhamento e melhorias dos produtos atuais;
4. Definir as áreas de atuação das cooperativas singulares;
5. Elaborar o estudo de projeção e orçamento de pontos de atendimento ativos;
6. Ministrar palestras e cursos de Educação Financeira para as cooperativas e
para a comunidade;
7. Supervisionar a construção do Relatório de Sustentabilidade anual, garantindo
todas as informações necessárias;
8. Realizar estudo de mercado para a proposição de melhorias em produtos e
serviços;
Especificações
Supervisor de Desenvolvimento de Produtos e Serviços - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
68
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Desenvolvimento de Produtos e Serviços - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
69
Quadro 28 - Análise de cargo: Supervisor de Auditoria Direta
Cargo e Função: Supervisor de Auditoria
Direta
Níveis: I e II CBO 4131-10
Atividades
1. Supervisionar as tarefas executadas pela unidade;
2. Supervisionar os acompanhamentos referentes à realização das auditorias in
loco nas cooperativas singulares;
3. Dar suporte à entidade de auditoria cooperativa – CNAC/EAC;
4. Aprovar solicitação de prazos e avaliação das justificativas apresentadas
pelas cooperativas singulares;
5. Demandar e supervisionar o envio de correspondências, CA´s, CCI’s e demais
documentos confeccionados às cooperativas;
6. Discutir e levantar temas necessários para abordagem em reuniões,
Workshops, encontros e demais solicitações;
7. Revisar as atividades operacionais internas com enfoque nos procedimentos
de auditoria direta.
Especificações
Supervisor de Auditoria Direta - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
70
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Auditoria Direta - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
71
Quadro 19 - Análise de cargo: Supervisor de Desenvolvimento de Software
Cargo e Função: Supervisor de
Desenvolvimento de Software
Níveis: I e II CBO 2124-05
Atividades
1. Supervisionar projetos de desenvolvimento de software;
2. Atuar junto à equipe para definição da arquitetura de software (linguagem de
programação, bibliotecas, frameworks, etc.) a ser adotada nos projetos
desenvolvidos pela unidade;
3. Alinhar as demandas de desenvolvimento de software com a necessidade de
consumo de recursos de infraestrutura de tecnologia;
4. Estudar, avaliar, definir e auxiliar na implantação de ferramentas auxiliares
utilizadas pela equipe nos processos de desenvolvimento de software;
5. Controlar o cronograma, planejando cada etapa dos projetos com todos os
envolvidos, gerenciando as atividades e verificando os resultados alcançados ao
final de cada etapa;
6. Consultar, monitorar e contratar prestação de serviços terceirizados
relacionados aos projetos desenvolvimento de software;
7. Participar de reuniões junto às partes demandantes para captação de projetos
a serem catalogados para posterior defesa no comitê de priorização de projetos;
8. Participar do comitê de priorização de projetos de software como mediador
entre demandantes e avaliadores da banca examinadora;
9. Gerenciar e incentivar o uso de boas práticas relacionadas ao
desenvolvimento de software (diagramas de análise, escrita de código,
modelagem de banco de dados, etc.);
10. Participar de treinamentos e eventos, bem como, praticar a leitura de
publicações, para aprimoramento de sua função.
Especificações
Supervisor de Desenvolvimento de Software - NÍVEL I
72
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Desenvolvimento de Software - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
73
Quadro 20 - Análise de cargo: Supervisor de Infraestrutura de TI
Cargo e Função: Supervisor de
Infraestrutura de TI
Níveis: I e II CBO 2123-15
Atividades
1. Gerenciar e administrar Data Center da Central;
2. Relatar à gerência sobre problemas de infraestrutura de tecnologia e propor
solução de problemas;
3. Executar auditoria de equipamentos, login’s, e-mails e internet;
4. Realizar manutenção de infraestrutura de Data Center, servidores físicos,
servidores virtualizados, Storage, VMware, roteadores, switch SAN, link internet,
link MPLS;
5. Manter ativo a replicação de servidores críticos entre CTS e CTA;
6. Realizar de teste de contingência de equipamento de tecnologia e servidores
virtuais, visando atestar que os sistemas de contingência estão funcionando;
7. Manter contato com fornecedores e realizar processos de licitação para
aquisição de produtos e serviços de tecnologia;
8. Planejar e auxiliar na implementação de projetos tecnológicos voltados à
infraestrutura de TI para cooperativas;
9. Participar de treinamento, seminários e eventos para aprimorar o
conhecimento e efetuar implementação de melhorias.
10. Renovar licenças do Office 365 para todos os empregados.
Especificações
Supervisor de Infraestrutura de TI - NÍVEL I
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
74
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Infraestrutura de TI - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
75
Quadro 21 - Análise de cargo: Supervisor de Suporte Operacional de TI
Cargo e Função: Supervisor de Suporte
Operacional de TI
Níveis: I e II CBO 2123-15
Atividades
1. Receber e documentar as solicitações de suporte dos usuários de sistemas de
informações das Cooperativas e da Central;
2. Realizar a administração de usuários da Central;
3. Acompanhar projetos de Segurança da Informação nas Cooperativas;
4. Encaminhar à Gerência imediata, os pedidos das Cooperativas e da Central
de assessoria técnica, nos problemas identificados de Sistemas Operacionais,
Sistema de rede e Comunicação de dados;
5. Remeter às cooperativas às novas versões dos sistemas, bem como realizar
documentação com a instrução para a instalação, as alterações efetuadas e os
manuais atualizados;
6. Confeccionar e manter atualizado os procedimentos técnicos e operacionais
do sistema desenvolvido;
7. Programar treinamentos aos usuários dos sistemas corporativos.;
8. Identificar incidentes ocorridos para propor soluções;
9. Manter atualizada a Política de Segurança da Informação;
10. Coordenar o evento Semana da Segurança da Informação, propondo os
temas relevantes.
Especificações
Supervisor de Suporte Operacional de TI - NÍVEL I
76
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor de Suporte Operacional de TI - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
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Quadro 22 – Análise de cargo: Supervisor Financeiro
Cargo e Função: Supervisor Financeiro Níveis: I e II CBO 2525-45
Atividades
1. Calcular, elaborar e divulgar as taxas de mercado sugestivas, a serem
praticadas pelas cooperativas;
2. No SSPB, no final do dia, acompanhamento de mensagens pendentes e aviso
aos responsáveis das cooperativas por e-mail;
3. Acompanhar os custos da Central e das cooperativas mensalmente;
4. Realizar relatórios mensais dos recursos mantidos na centralização financeira,
maiores devedores e estratégia de investimentos da Central;
5. Liberar e liquidar/amortizar as operações do crédito rural e de empréstimos;
6. Conciliar os valores aplicados nos bancos e respectivos registros nas câmaras
de liquidação e custódia;
7. Realizar os Cálculos do CDI mensal e verificar a rentabilidade de todas as
aplicações financeiras que possuímos nas demais instituições;
8. Organizar informações como depósitos, operações de crédito, número de
associados, patrimônio líquido, resultados e etc. para compor o relatório anual;
9. Participar de reuniões com outros bancos para atender demanda de recursos
de crédito rural e realizar aplicações financeiras
10. Verificar valores a pagar e saldos devedores no BNDES e BADESC;
11. Participar do Comitê de Crédito da Central;
12. Conciliar as contas contábeis que envolvem a captação remunerada
mensalmente;
Especificações
Supervisor Financeiro- NÍVEL I
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1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes com tarefas
operacionais e rotineiras;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Especificações
Supervisor Financeiro - NÍVEL II
1. Instrução/Formação: O cargo requer Curso Superior completo e Pós-
Graduação cursando em áreas correlatas à função;
2. Experiência: De 2 a 4 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3. Iniciativa e Complexidade: As tarefas não rotineiras e de grande
complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande
complexidade;
4.1 Responsabilidades por pessoas: É responsável por equipes de Especialistas
ou tarefas complexas;
4.2 Responsabilidades por processos: É responsável por identificar e propor
melhorias em atividades e processos;
5. Relações e Contatos: Os contatos são frequentes e possui autonomia na
gestão de processos para alcançar os objetivos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019
A partir das descrições de cargos ficam claras as atividades e as
especificações de cada função, identificando a formação, as habilidades e as
79
características exigidas para ocupar o cargo, facilitando, por exemplo, no
recrutamento e seleção de novos empregados, permitindo uma seleção mais
acertada e eficaz e também para a adequação dos empregados já existentes.
80
7 RESULTADOS ESPERADOS
Com as descrições de cargo da carreira gerencial da Cooperativa Crednex, o
objetivo é que os demais cargos (do eixo de especialização e básico) sejam
descritos logo em breve, para que possam seguir com o PCCS adiante.
As descrições tem como objetivo definir os requisitos para contratações e
gerar mais segurança tanto para os empregados, garantindo um ambiente motivador
onde tenham de forma clara as suas perspectivas de crescimento, quanto para a
Cooperativa Crednex, que poderá nivelar os salários com as práticas salariais
compatíveis com o mercado e seu segmento de atuação (instituições financeiras),
através de uma posterior pesquisa salarial.
Além disso, com as atividades e especificações descritas, os gestores
conseguem obter um maior aproveitamento de seus empregados, com base em
suas habilidades e atividades necessárias para o exercício do cargo. Os
empregados por sua vez, conseguem ter mais clareza a respeito do seu papel na
Cooperativa Crednex, compreendendo melhor a importância das atividades que
desenvolvem, trazendo um maior engajamento e melhorando seu desempenho.
O aumento da produtividade também é consequência de um PCCS, pois o
empregado passa a ter um maior senso de justiça e a entender que sua progressão
na carreira da organização depende das suas entregas e resultados. Atualmente,
oferecer possibilidades de crescimento é fundamental para manter as equipes
comprometidas, e elaborando uma política de plano de cargos, carreiras e salários
justa e transparente só contribui para o desenvolvimento profissional de seus
empregados e para reter talentos.
81
8 REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Barueri - SP: Manole, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2004. COMISSÃO NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO. Classificação brasileira de ocupações - CBO. Disponível em: <https://concla.ibge.gov.br/classificacoes/por-
tema/ocupacao/classificacao-brasileira-de-ocupacoes.html>. Acesso em: 04 jul. 2019. CONFEBRAS. Cooperativismo: panorama nacional. Disponível em:
<http://confebras.coop.br/panorama-do-cooperativismo2/>. Acesso em: 28 setembro 2019. DUTRA, Joel Souza. Administração da carreira: uma proposta para repensar a
gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 1996. DUTRA, Joel Souza. Gestão de Carreiras nas Empresas Contemporâneas. São Paulo: Atlas, 2010. FAGUNDES, Mario. Fases para implantação de um Plano de Cargos e Salários.
Disponível em <https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/fases-para-implantao-de-um-plano-de-cargos-e-salrios/>. Acesso em 22 junho 2019. FISCHER, André Luiz. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: As pessoas na organização [S.l: s.n.], 2002. Disponível em: <http://www.diferencialmg.com.br/site/images/artigos/Gesto%20estratgica%20de%20pessoas%20artigo.pdf>. Acesso em: 15 junho 2019. FRANCO, José de Oliveira. Cargos, salários e remuneração. Curitiba - PR: IESDE Brasil, 2012. GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. 2009.
120 f. Curso de Tecnológica – Planejamento e Gestão Para O Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2019. GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoas - Enfoque nos Papéis Profissionais. São
Paulo: Atlas, 2007. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5 ed. Sao Paulo: Atlas, 2002.
82
MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2000. MINISTÉRIO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO. Classificação Brasileira de Ocupações. Disponível em <www.mtecbo.gov.br> Acesso em 21 junho 2019.
MITRAUD, Alysson Darowich. Avaliação de cargos. São Paulo: Brasiliense, 1971.
PONTES, Benedito Rodrigues. Administração de cargos e salários. 18. ed. São
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Pessoas, São Paulo, v. , n. 01, p.358-373, fev. 2017. Quadrimestral. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/ReCaPe/article/view/32650/22576>. Acesso em: 22 set. 2019. VISCAINO, Cassiana Cristina Lorenzon; ESTORK, Leandro Augusto. Gestão de pessoas: um olhar sobre a evolução histórica do principal ativo das organizações empresariais. Revista Científica Eletrônica de Administração, ano VII, n. 13, 2007. Disponível em <http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/5RcsPl2dJl8KVgB_2013-4-30-10-54-58.pdf>. Acesso em 15 junho 2019.
83
9 APÊNDICE
APÊNDICE A - CASO DE ENSINO ANÁLISE DE CARGOS DA COOPERATIVA CREDNEX
Resumo
Trabalhando na cooperativa há mais de um ano, a personagem Joana que trabalha na área de gestão de pessoas sente grande falta de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Começa então um estudo sobre a organização e de que forma pretenderá começar seu trabalho para a construção do mesmo. O presente caso de ensino tem como objetivo demonstrar quais foram as etapas aplicadas na Cooperativa Crednex e como a personagem conduziu o processo, além de salientar para os graduandos em administração a necessidade e a importância de um PCCS e que identifiquem as etapas iniciais para sua construção. Os personagens utilizados são fictícios, assim como o nome da organização, porém a situação é real e possibilita o desenvolvimento de proposições para a solução de um problema existente. Contextualização
Existem três níveis de entidades de cooperativas: singular, central e confederação. As cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta de serviços aos cooperados. As cooperativas centrais e federações de cooperativas objetivam organizar, em comum e em maior escala, os serviços econômicos e assistenciais de interesse das filiadas (sendo que a Confederação é responsável pelas centrais do Brasil, e as centrais são responsáveis por suas singulares associadas), integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços. A Cooperativa Crednex (nome fictício) caracteriza-se como uma cooperativa Central que atua no ramo de crédito e possui 40 cooperativas filiadas que estão espalhadas por todo estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atingindo a marca de cerca de 5600 funcionários. Sua função então é prestar suporte às suas 40 cooperativas singulares no que diz respeito a padronização de serviços, supervisão e auditoria, capacitações e treinamentos e centralização de alguns serviços (cobrança administrativa, folha de pagamento, contabilidade e assessoria jurídica)
A Cooperativa Crednex conta atualmente com 190 funcionários. Os funcionários são aqueles que possuem contrato empregatício com a cooperativa e estão sujeitos às suas práticas de gestão. Neste sentido, pode-se destacar que atualmente a cooperativa pratica o modelo de carreira em Y, que tem como pressuposto a mobilidade e ascensão profissional do funcionário pelo exercício de funções gerenciais (cargos que atuam com maior variedade de temas e são responsáveis pela gestão de equipe) ou especializantes (cargos que executam atividades de alta complexidade e especificidade, que envolvem análises de alta especialização e planejamento de ações de médio e longo prazo).
A carreira em Y tem como característica principal a flexibilidade, permitindo o deslocamento do profissional de uma linha para outra e permite maior número de pessoas no topo da organização. Ela implica em remuneração (salário e benefícios) igual, a cada grau, tanto pela linha gerencial, como pela linha de especialização (poderá haver diferença salarial caso a entidade adote a gratificação por função para carreira gerencial).
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A Cooperativa Crednex é orientada pela Confederação a seguir o modelo sistêmico do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, o qual foi desenvolvido sistemicamente com foco em competências e resultados e está estruturado nas dimensões de cargos, carreira e remuneração. Joana, que trabalha na área de Gestão de Pessoas, atua na área de suporte às cooperativas em relação ao PCCS. A questão é que na Central que ela trabalha, não possui esse projeto implantado. Talvez pela falta de mão de obra nos anos anteriores, que não possibilitava a construção de uma política tão estruturada e trabalhosa, pois deve ser feita com muito cuidado. Ou então talvez pela falta de apoio da alta direção, que não via a falta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários como um dos principais problemas da organização. Problematização
Com o crescimento da Cooperativa, ficou cada vez mais difícil conseguir administrar o quadro de empregados da mesma forma que era feito há anos atrás. As pessoas estão mais qualificadas, o mercado mais competitivo e os empregados demandando justiça perante ao seu crescimento profissional.
De que forma a cooperativa poderia explicar aos seus empregados que não basta eles se formarem em uma graduação ou pós graduação para ganhar um aumento? De que forma a cooperativa poderia contratar pessoas de forma mais eficaz, diminuindo cada vez mais o índice de rotatividade e de perda para o mercado? Como explicar para as cooperativas singulares a importância e a necessidade de um plano de cargos, carreiras e salários se nem a própria Central o tinha?
Joana então começou um trabalho em conjunto com a sua gestora, no ano de 2018, para que as duas pudessem conscientizar a Diretoria Executiva da importância da construção do PCCS. Com muito sucesso, conseguiram com que essa demanda fosse um dos projetos a serem implantados no ciclo atual do Planejamento Estratégico da Cooperativa Crednex, que tem seu início no ano de 2019 até o ano de 2021.
Como Joana já dava suporte às cooperativas singulares neste projeto, já sabia como começar e como o processo acontecia. Ela precisava envolver os gestores já na primeira etapa do processo, que é a organização e planejamento de todo o trabalho, para então divulgar a todos os empregados da Cooperativa Crednex o início de sua construção. Como os cargos já são padronizados e estavam corretos frente a necessidade de tarefas, ela já poderia ir para a próxima etapa: a descrição. Uma etapa tão delicada e imprescindível em todo o processo, para só então avaliar os cargos por ordem de importância, realizar uma pesquisa salarial para verificar se os salários pagos estão nivelados com o mercado ou se precisa fazer algum ajuste, enquadrar os funcionários e por fim elaborar toda a política.
Sabia então que precisava descrever os cargos para dar continuidade às demais etapas, mas também conhecia os gestores da sua organização e sabia que não seria um processo fácil convencê-los a “comprar” essa ideia junto com ela. Os gestores já haviam passado por esse início de construção antes no ano de 2016, e como não foi dado andamento após tanto trabalho da parte deles, acabou gerando um descrédito. As pessoas não acreditavam mais que o PCCS realmente ia sair, e Joana precisava do apoio deles para dar início, visto que eles precisariam descrever os seus próprios cargos e incentivar os seus subordinados a descrevê-los também.
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Além de descrever os cargos, ela precisava montar um comitê para definir quais seriam as especificações, ou seja, os requisitos necessários para que o ocupante do cargo consiga exercê-lo. Foram então definidos os critérios abaixo:
1. Instrução/Formação
Este fator considera o grau de instrução geral ou treinamento específico, preliminar exigido para o adequado desempenho do cargo, devendo ser considerado somente a instrução aplicável ao cargo e não a educação formal do ocupante do cargo.
Grau Descrição
1 O cargo requer Ensino Médio Completo;
2 O cargo requer Curso superior em andamento em áreas correlatas à função;
3 O cargo requer Curso Superior completo em áreas correlatas à função;
4 O cargo requer Curso Superior completo e Pós Graduação cursando em áreas correlatas à função
5 O cargo requer Curso Superior e Pós Graduação completas em áreas correlatas a função;
2. Experiência
Este fator avalia o tempo normalmente exigido pelo cargo para que seu ocupante se capacite a desempenhá-lo dentro do esperado. A experiência exigida deve ser considerada partir do fator de instrução, até o exercício do cargo.
Grau Descrição
1 O cargo não exige experiência;
2 De 1 a 2 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
3 De 2 a 3 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
4 De 3 a 5 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas;
5 Acima de 5 anos no exercício do cargo ou atividades correlatas.
3. Iniciativa e Complexidade
Este fator avalia o grau de iniciativa exigido do ocupante para dar continuidade ao trabalho, bem como, sua capacidade para enfrentar problemas novos, emergência e situações inusitadas inerentes ao cargo. Deve-se incluir uma análise da rotina em relação a variedade e complexidade para cumprir os objetivos da função.
Grau Descrição
1 Tarefas rotineiras e de baixa complexidade, executadas de forma padrão, onde o ocupante não exerce análise e solução de problemas
2 Tarefas rotineiras e com pouca complexidade, executadas de forma padrão, onde o ocupante promove análise de problemas de baixa complexidade
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3 Tarefas rotineiras e de média complexidade, o ocupante lida com problemas padronizados e se baseia em precedentes para sua solução. Esporadicamente envolve a chefia para solucionar problemas.
4 As tarefas não rotineiras e de grande complexidade, o ocupante promove análise e solução de problemas de grande complexidade
5 As tarefas não rotineiras e de grande complexidade, o ocupante deve planejar, organizar, coordenar e executar suas atividades, sendo responsável por analisar e solucionar problemas de alta complexidade.
4.1 Responsabilidades por pessoas (Eixo de Gestão)
Este fator avalia o nível de responsabilidade e gestão de pessoas.
Grau Descrição
1 Não é responsável por nenhuma equipe;
2 É responsável por equipes com tarefas operacionais e rotineiras;
3 É responsável por equipes com Especialistas ou tarefas complexas;
4 É responsável por equipes de Supervisores e Coordenadores;
5 É responsável por equipes de Gerentes.
4.2 Responsabilidades por processos (Eixo de Especialização)
Este fator avalia o nível de responsabilidade técnica por processos.
Grau Descrição
1 Não é responsável por orientar tecnicamente nenhuma atividade;
2 É responsável por auxiliar tecnicamente outras pessoas em tarefas operacionais e rotineiras;
3 É responsável por orientar processos completos e/ ou tarefas complexas;
4 É responsável por identificar e propor melhorias em atividades e processos;
5 Auxilia tecnicamente na tomada de decisões gerenciais.
5. Relações e Contatos
Este fator avalia a importância dos contatos exigidos pelo cargo para o cumprimento adequado de seus objetivos. Nesse sentido, deverá ser considerado a frequência dos contatos e a dificuldade de se obter resultados através deles.
Grau Descrição
1 Contatos pouco frequentes ou cargo de natureza isolada. Os resultados são obtidos por padrões estabelecidos nas tarefas;
2 Os contatos não são frequentes e quando ocorrem têm a finalidade de repasse ou captação de informações operacionais para atender aos objetivos;
3 Os contatos são parcialmente frequentes e exigem interações para cumprir as solicitações para alcançar os objetivos;
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4 Os contatos são frequentes e possui autonomia na gestão de processos para alcançar os objetivos;
5 Os contatos envolvem gestão e estratégia de negócios, abrangendo a estrutura organizacional para alcançar os objetivos.
A partir dessas definições, qual seria sua proposta de ação para conseguir
começar as análises de cargos da organização com o apoio dos gestores e de que forma você as descreveria?
Notas de Ensino
Objetivos Educacionais
Espera-se com este caso de ensino que os graduandos em administração percebam a necessidade e a importância de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários e que identifiquem as etapas iniciais para sua construção. Arcabouço Teórico
Apresenta-se abaixo os principais conceitos que norteiam a solução deste Caso de Ensino. Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Mitraud (1971) ressalta que um plano de cargos não serve somente para monitorar questões salariais, mas também:
g) Permite à administração medir e controlar com maior precisão os custos de pessoal.
h) Serve de base para as negociações com os sindicatos. i) Proporciona uma estrutura que facilita as revisões periódicas de salários. j) Ajuda a seleção, integração, promoção e treinamento do pessoal. k) Esclarece funções, autoridade e responsabilidade, o que auxiliará, por sua
vez, a racionalização e simplificação do trabalho. l) Reduz as queixas e a movimentação do pessoal, elevando o moral e
melhorando as relações entre os dirigentes e os empregados De acordo com Pontes (2017, p. 33) o plano de cargos e salários é a
manutenção do equilíbrio interno e externo; sendo que o interno é alcançado pela correta avaliação dos cargos para manter uma hierarquia e o externo através da comparação dos funcionários com ocupantes de cargos similares em outras organizações verificando a equidade de suas remunerações. Se este equilíbrio não é mantido, a empresa tem dificuldades em conservar seus talentos profissionais, e para manter esse equilíbrio é necessário o desenvolvimento de um programa de cargos e salários.
Para a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, Fagundes (2015) cita as seguintes etapas:
j) Organização e planejamento do Trabalho - Coletar todas as informações que permitam um conhecimento genérico de cunho organizacional, funcional e hierárquico; políticas, procedimentos e níveis de remuneração atualmente praticados; aspectos estratégicos, administrativos, objetivo negocial, mercado concorrente, sindical, etc. Os executivos deverão estar envolvidos no processo de construção do plano.
k) Divulgação - Dar conhecimento a todos os níveis e colaboradores da organização acerca dos objetivos e metodologia a serem empregados, bem
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como buscar uma postura participativa e o comprometimento de todos, estabelecendo um canal de comunicação único e transparente, minimizando expectativas geralmente criadas por falta ou omissão de informações.
l) Levantamento de Atribuições - Deve-se identificar e levantar todas as funções existentes na empresa em todos os níveis através de processos de entrevistas e/ou questionários para a elaboração das descrições de cargo. O processo de levantamento também deve servir para análise, uniformização e padronização dos cargos.
m) Descrições de Cargo - Elaboração do que o cargo faz, como faz e para que faz, bem como com as especificações, competências e habilidades para o pleno desempenho do ocupante da posição.
n) Avaliação e Classificação dos Cargos - Dimensionar e hierarquizar por ordem de importância todos os cargos da organização.
o) Pesquisa Salarial - Tem como objetivo obter elementos de comparação entre os níveis de remuneração praticados pelas principais empresas do mercado na qual a organização se insere. Deve ser feita através de uma pesquisa de mercado junto às outras empresas da mesma região, porte, ramo de atividade, etc.
p) Determinação da Estrutura Salarial - Momento onde se calcula os valores das faixas salariais para cada cargo ou grupo de cargos da empresa, bem como os percentuais de aumento de interníveis.
q) Enquadramento de Cargos e Salários - É a fase onde se calculam todos os custos envolvidos na implantação do PCCS, bem como a estratégia de implantação de acordo com as condições financeiras da empresa tentando minimizar os impactos que porventura possam ocorrer.
r) Política de Cargos e Salários - Consiste no conjunto de normas, procedimentos e ações que zelam pelas premissas básicas da administração de cargos e salários. São os critérios utilizados para as trajetórias de cargos e salários: políticas de crescimento profissional; modalidades de crescimento profissional (promoção horizontal e promoção vertical); posicionamento da estrutura salarial frente ao mercado de trabalho e periodicidade da atualização da estrutura de cargos e salários.
Análise de Cargo
Conforme afirmado por Mitraud (1971) que o cargo existe antes mesmo de ser ocupado. Ou seja, não deve-se criar sua descrição com base nas qualificações das pessoas que já o ocupa mas sim o que se almeja de qualificações e responsabilidades dos ocupantes. Chiavenato (2014) afirma que um cargo é especificado por funções e tarefas. As tarefas provém das funções, ou seja, determinam-se as atividades necessárias para exercer para exercer tal função.
Segundo Pontes (2017, p. 44) cargo é o “conjunto de funções substancialmente idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e às especificações exigidas dos ocupantes”; a função é o objetivo da realização das tarefas, que por si só são as atividades executadas pelo ocupante do cargo. Ou seja, as tarefas podem ser definidas como a parte operacional das funções que são atribuídas ao cargo.
Na etapa da descrição, Pontes (2017) cita que a mesma deve ser objetiva, clara (elaborada de forma simples para que quem não conheça o cargo possa
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compreendê-lo) e iniciada por um verbo usado na terceira pessoa do presente do indicativo ou do infinitivo, para torná-la impessoal. Além disso, o autor reforça que cada tarefa dentro da descrição deve responder as perguntas “o que faz”, “como faz” e “por que faz”, sendo que alguma dessas questões podem ser descartadas em casos de obviedade, evitando redundância. Outro ponto importante é descrever as atividades por ordem de importância (salvo em cargos operacionais, onde o indicado seria descrever por ordem cronológica).
Com o levantamento das funções e tarefas é possível levantar as especificidades que o cargo exige do ocupante, ou seja, as responsabilidades e qualificações necessárias para exercê-lo. Conforme Pontes (2017, p. 81) “a especificação do cargo é o relato dos requisitos, responsabilidades e esforços impostos ao ocupante do cargo”.
A junção da descrição com as especificidades dão embasamento para a construção de um cargo e servem para mensurar a diferença entre eles.
Coleta de Dados
Para qualquer método a ser aplicado, é importante estabelecer uma relação de confiança, explicando os objetivos da entrevista e também da análise de cargos para o PCCS, informando ao entrevistado que suas respostas serão posteriormente utilizadas para ajudar na elaboração da descrição de cargo.
Alguns dos métodos, segundo Franco (2012, p. 51) são: d) Observação local: método utilizado para buscar informações de cargos que
possuem tarefas que envolvam operações manuais ou tarefas simples e repetitivas.
e) Questionário: um questionário padrão é elaborado e distribuído para todos os funcionários preencherem, juntamente com instruções e um modelo já preenchido.
f) Entrevista: é elaborada uma entrevista previamente estruturada, realizada no ambiente de trabalho, com o objetivo de obter dados detalhados e precisos das tarefas desenvolvidas pelo funcionário. Para o bom andamento da entrevista, precisa-se estar atento à alguns pontos,
conforme o autor: quais técnicas serão utilizadas, desenvolver uma postura de empatia, utilizar linguagem clara e simples, manter expressão facial serena, não externar sentimentos próprios, opiniões ou crenças, etc.
Também é possível utilizar os métodos combinados: questionário e entrevista, questionário e observação local ou observação local e entrevista.
Com os dados coletados, é preciso elaborar um formulário padronizado onde estarão sintetizadas todas as informações referentes ao cargo. Para isso, são necessárias algumas informações fundamentais, conforme destacado por Franco (2012, p. 68):
h) Título do cargo: qual nomenclatura será utilizada para distinguir um cargo do outro.
i) Código do cargo: geralmente utiliza-se a Classificação Brasileira de Ocupações para haver padronização e também para o cadastro na folha de pagamento, conforme exigência do INSS.
j) Missão do cargo: uma única frase que resume o que o cargo tem de mais importante, porque ele existe na empresa.
k) Área ou departamento: área ou departamento em que o cargo atua.
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l) Pontos do cargo: caso a estrutura de cargos e salários esteja baseada no método por pontos, deve constar a pontuação necessária do cargo descrito.
m) Hierarquia: pode ser útil para entender qual o nível de subordinação que o cargo está relacionado. Pode conter apenas a nomenclatura do cargo do superior imediato.
n) Descrição: pode ser descrita como responsabilidades ou atribuições. Nesse campo é descrito todas as atividades inerentes ao cargo e que diferenciarão um cargo do outro.
Após a sintetização de todas as informações necessárias para análise de um cargo, basta colocá-las em um modelo de layout e montar o catálogo de análise de cargos da organização. Utilização recomendada
Recomenda-se que o presente estudo de caso seja utilizado nas disciplinas de Administração de Recursos Humanos I, Administração de Recursos Humanos II e Desenvolvimento de Recursos Humanos. Dinâmica
Para a realização da dinâmica do caso de ensino apresentado, sugere-se as seguintes etapas: 1ª Etapa: Explicação da atividade (10 minutos)
Sugere-se que o professor faça uma introdução ao caso apresentado, fazendo um link com a matéria ensinada para que possam ter um embasamento teórico e solicitando que os alunos façam uma leitura do mesmo com o intuito de identificar os pontos chaves para sua resolução. 2ª Etapa: Conhecendo o caso (20 minutos)
A fim de que os alunos possam conhecer o caso, recomenda-se que o professor disponibilize 10 minutos aos alunos para que estes façam a leitura do caso de ensino para conhecer a realidade do caso, seus contextos e suas particularidades. Posteriormente, o professor pode pedir aos alunos que falem resumidamente o que compreenderam sobre o caso de ensino. 3ª Etapa: Discussão em grupos (30 minutos)
O professor deve solicitar que sejam formados três ou quatro grupos e que cada grupo fique responsável por construir uma estratégia de abordagem aos gestores e descreverem um cargo de gerente e um cargo de supervisor, elencando 5 principais atividades de cada função e quais serão as especificações de cada cargo. 4ª Etapa: Discussão entre os grupos (30 minutos)
Após a finalização da tarefa, cada grupo deverá expor sua resolução para que assim seja realizada uma discussão acerca das soluções propostas. Cabe então ao professor complementar os assuntos que necessitem de um aprofundamento maior e por fim abrir um espaço para tirar possíveis dúvidas. Questões para discussão
1) Quais são os 3 principais benefícios da construção de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para a Cooperativa Crednex?
2) Baseado na dificuldade de expressar para os gestores a importância deles no processo, de que forma você os envolveria no assunto?
3) Quais serão as principais etapas para a construção do PCCS?
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4) Determine como ocorrerá a coleta dos dados para realizar a análise dos cargos da Cooperativa Crednex.
5) Elenque 3 dificuldades que você percebe no processo de construção do PCCS na Cooperativa Crednex.
Análise de Possíveis Soluções
As questões sugeridas neste caso de ensino não apresentam respostas corretas e sim sujeitas a análise por parte do professor e da organização, verificando a possibilidade de implementação na situação apresentada. Todas as soluções propostas deverão ser vistas como uma análise específica da Cooperativa Crednex, visto ser um tema de bastante flexibilidade entre as organizações existentes, baseada em suas realidades. Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Barueri - SP: Manole, 2014. FAGUNDES, Mario. Fases para implantação de um Plano de Cargos e Salários. Disponível em <https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/fases-para-implantao-de-um-plano-de-cargos-e-salrios/>. Acesso em 22 junho 2019. FRANCO, José de Oliveira. Cargos, salários e remuneração. Curitiba - PR: IESDE Brasil, 2012. PONTES, Benedito Rodrigues. Administração de cargos e salários. 18. ed. São Paulo: LTr, 2017. MITRAUD, Alysson Darowich. Avaliação de cargos. São Paulo: Brasiliense, 1971.