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XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 Análise de Patologias em Residências Unifamiliares do Século Passado do RS Gisela Jeske Krüger¹ Arquiteta e Urbanista, Mestre em Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário Ritter dos Reis / Mestrado Associado UniRitter/Mackenzie E-mail: [email protected] Luthiane Soares de Quadro² Arquiteta e Urbanista, Aluna do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo Stricto Sensu Centro Universitário Ritter dos Reis / Mestrado Associado UniRitter/Mackenzie E-mail: [email protected] Ariela da Silva Torres³ Engenheira Civil, Doutora em Engenharia Civil, Professora do Departamento de Tecnologia da Construção e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPel Universidade Federal do Rio Grande do Sul E-mail: [email protected] Resumo: Nos dias atuais, uma das maiores preocupações da Engenharia Civil consiste no aumento da durabilidade e da vida útil das edificações residenciais e comerciais. A construção civil vem se deparando com um conflito entre os avanços da tecnologia e os avanços das patologias das construções. Enquanto que, por um lado, pesquisadores procuram os melhores materiais e as melhores técnicas de execução das estruturas, por outro lado, nos deparamos com o aumento da poluição e da baixa qualidade das edificações. Inúmeros levantamentos estatísticos vem sendo realizados nos últimos anos e estes demonstram a grande incidência e a seriedade dos processos patológicos atuantes sobre as estruturas. As patologias podem ser oriundas durante as fases de projeto, construção ou uso das estruturas de concreto armado. O aparecimento destas patologias nas edificações são de grande importância, pois além da presença delas ser um indício de que algo está errado, o tipo de patologia norteia o profissional para a decisão de qual método construtivo irá utilizar para sua correção (TOMÉ, 2010). A partir deste tema este trabalho foi desenvolvido e propôs a análise das patologias em duas residências unifamiliares localizadas em diferentes cidades do estado do Rio Grande do Sul. As cidades escolhidas foram Camaquã e Canguçu, por serem municípios de origem das autoras. Ambas as edificações estavam em processo de degradação, o qual permitiu a identificação das patologias por meio visual. As mesmas foram registradas fotograficamente e catalogadas, e posteriormente foram analisadas e identificadas prováveis causas e determinadas as sugestões de intervenção para restauro das edificações em estudo. O presente trabalho concluiu que a maioria das patologias ocorre em consequências de falhas de execução e pela falta de controle de qualidade dos materiais empregados, também pela ausência de projeto, não havendo preocupação com a manutenção e limpeza.

Análise de Patologias em Residências Unifamiliares do

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XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016

Análise de Patologias em Residências Unifamiliares do Século Passado do RS

Gisela Jeske Krüger¹ Arquiteta e Urbanista, Mestre em Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário Ritter dos Reis / Mestrado Associado UniRitter/Mackenzie E-mail: [email protected] Luthiane Soares de Quadro² Arquiteta e Urbanista, Aluna do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo Stricto Sensu Centro Universitário Ritter dos Reis / Mestrado Associado UniRitter/Mackenzie E-mail: [email protected] Ariela da Silva Torres³ Engenheira Civil, Doutora em Engenharia Civil, Professora do Departamento de Tecnologia da Construção e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPel Universidade Federal do Rio Grande do Sul E-mail: [email protected]

Resumo: Nos dias atuais, uma das maiores preocupações da Engenharia Civil consiste no aumento da durabilidade e da vida útil das edificações residenciais e comerciais. A construção civil vem se deparando com um conflito entre os avanços da tecnologia e os avanços das patologias das construções. Enquanto que, por um lado, pesquisadores procuram os melhores materiais e as melhores técnicas de execução das estruturas, por outro lado, nos deparamos com o aumento da poluição e da baixa qualidade das edificações. Inúmeros levantamentos estatísticos vem sendo realizados nos últimos anos e estes demonstram a grande incidência e a seriedade dos processos patológicos atuantes sobre as estruturas. As patologias podem ser oriundas durante as fases de projeto, construção ou uso das estruturas de concreto armado. O aparecimento destas patologias nas edificações são de grande importância, pois além da presença delas ser um indício de que algo está errado, o tipo de patologia norteia o profissional para a decisão de qual método construtivo irá utilizar para sua correção (TOMÉ, 2010). A partir deste tema este trabalho foi desenvolvido e propôs a análise das patologias em duas residências unifamiliares localizadas em diferentes cidades do estado do Rio Grande do Sul. As cidades escolhidas foram Camaquã e Canguçu, por serem municípios de origem das autoras. Ambas as edificações estavam em processo de degradação, o qual permitiu a identificação das patologias por meio visual. As mesmas foram registradas fotograficamente e catalogadas, e posteriormente foram analisadas e identificadas prováveis causas e determinadas as sugestões de intervenção para restauro das edificações em estudo. O presente trabalho concluiu que a maioria das patologias ocorre em consequências de falhas de execução e pela falta de controle de qualidade dos materiais empregados, também pela ausência de projeto, não havendo preocupação com a manutenção e limpeza.

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1 Introdução

Patologia pode ser entendida como a parte da Engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema. (HELENE, 1992, p. 19)

Porém, o descaso com a manutenção do ambiente construído é um fator constante em nossas cidades, assim deixando-as com uma aparência indesejada aos olhos humanos. A prevenção é a solução ideal contra as anomalias que afetam uma edificação, além de ser a mais eficaz e mais econômica, e de garantir outros benefícios – segurança, valorização imobiliária, manutenção do prazo de garantia etc., para a edificação e seus usuários. (CASTRO, 2007)

Com a falta de planejamento, qualidade ou uso inadequado dos materiais utilizados aliado à falta de cuidados na execução e somado à falta de manutenção contribui para o aparecimento das patologias. A combinação da má execução da impermeabilização ou a sua ausência, o concreto permeável, a rigidez inadequada de elementos estruturais apresentam elevada incidência nas edificações. Essa combinação associada a falhas de execução explicam os problemas precoces de infiltrações, fissuras, corrosão da armadura, trincas, dentre outros. (BRAGA, 2009)

De acordo com Menegatti (2008), atualmente não é raro encontrar edifícios apresentando algum tipo de fissuras, o que compromete, além da estética, conforto, insegurança do usuário e uma desvalorização no seu valor.

Os objetivos principais desse trabalho são: identificar as patologias encontradas nas edificações escolhidas e dar soluções para cada tipo de patologias encontradas.

1.1 Estudos de casos

As cidades em estudo possuem vários aspectos semelhantes entre si. Camaquã e Canguçu, ambas no estado do Rio Grande do Sul, cujos nomes de origem indígena (Camaquã: rio, Canguçu: mato grosso), possuem etnia germânica de variação pomerana e economia voltada para a agricultura, fazendo com que a maioria da população resida na zona rural. Estiveram presentes na história dos movimentos revolucionários do Rio grande do Sul.

Em Camaquã, o centro histórico reúne imponentes construções coloniais como o Prédio da Intendência, a igreja Matriz de São João Batista, o Teatro Coliseu. Encantador também é Forte Zeca Netto, que abriga um museu com objetos do general que dá nome à fortaleza e a espada de Bento Gonçalves. A bela fazenda Estância da Figueira, onde viveu Antônia Joaquina da Silva - irmã de Bento Gonçalves -, que hoje encontra-se aberta à visitação. Em Canguçu,

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em torno da praça central, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, o antigo Palacete Piegas, hoje Casa de Cultura Marlene Barbosa Coelho, o prédio do Clube Harmonia e o sobrado ao lado da Igreja Matriz, onde hoje funciona a Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento. Outras construções coloniais como a antiga estação ferroviária, o Colégio Nossa Senhora Aparecida e a escola Irmãos Andradas.

Este trabalho abrangeu uma edificação de cada cidade. A Figura 1 mostra o mapa do RS com a localização de Camaquã e Canguçu.

Figura 1: Mapa do Rio Grande do Sul, localizando a cidade de Camaquã e Canguçu.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul / https://maps.google.com.br/

1.1.1 Edificação em Camaquã/RS

Camaquã teve início em 1815, com a criação da Capela Curada de São João Batista (Igreja Matriz), em terreno doado por Joaquim Gonçalves da Silva, pai do Gal. Bento Gonçalves. Prédios de estilo eclético com elementos neoclássicos encontram-se localizado em torno da Praça Coronel Sylvio Luiz integrando o conjunto arquitetônico, não apenas pelo estilo, senão pelo conjunto. Nesse espaço os principais prédios históricos de Camaquã se entrelaçam, perfazendo o retrato de um passado glorioso.

A edificação em estudo está localizada na Av. Nestor de Moura Jardim esquina Rua Jaguarão, 1091 – Bairro Jardim, segundo Figura 2. O proprietário da residência é o Nicolau Rackow. A residência foi construída anterior ao ano de 1969 e está sem uso cerca de 15 anos. A Figura 3 apresenta a planta baixa da edificação em análise.

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Figura 2: Imagem da residência. Figura 3: Planta baixa da residência.

Fonte: Autoras

Sua construção é em alvenaria de tijolos maciço, em estilo colonial, cobertura em telha cerâmica plana e fibrocimento onde houve ampliação da residência. Aberturas em madeira e ferro e forro de madeira.

1.1.2 Edificação em Canguçu/RS

As terras de Canguçu são as mais antigas do estado. Os primitivos habitantes de Canguçu foram os índios Tapes que e que deram seu nome a região. Essa região, como tantas outras do nosso Estado, teve seu povoamento prejudicado pela luta entre portugueses e espanhóis pelo Rio Grande do Sul e Uruguai. A sede iniciou seu povoamento em 1739. A Capela Curada de N. Sª da Conceição foi 13ª a ser criada oficialmente pelos portugueses dentre as que se tornaram municípios.

A edificação está localizada na Rua General Osório 1.227, no centro da cidade, conforme Figura 4. A Figura 5 demonstra a planta baixa da edificação.

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Figura 4: Fachada da residência. Figura 5: Planta baixa da residência.

Fonte: Autoras

Construção em alvenaria, piso hidráulico no hall de entrada e na cozinha, sofreu alterações no piso dos dormitórios e sala, sendo trocado por parquet e na cobertura por telhas em fibrocimento. Houve uma ampliação da residência para construção de banheiro e depósito. As aberturas são em madeira com algumas basculantes em ferro e forro em madeira.

2 Metodologia

A metodologia utilizada no desenvolvimento deste trabalho é quantitativa e qualitativa, que através de procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica e estudo de casos, nos levaram a fazer um levantamento “in loco”, identificando as patologias, fotografando, para dar melhores soluções para sua restauração.

Foram selecionadas e analisadas uma residência unifamiliar na cidade de Camaquã onde está abandonada há muitos anos e encontra-se em péssimas condições de uso e outra na cidade de Canguçu que necessitam de restauração em vários locais da edificação.

Dessa maneira após a identificação da patologia pretende-se propor soluções para os problemas diagnosticados.

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3 Resultados

As tabelas a seguir mostram as patologias encontradas, sua localização na edificação, determinando as prováveis causas e sugerindo formas de reparo e/ou restauração. A Tabela 1 trata-se do estudo de caso na cidade de Camaquã e a Tabela 2 na cidade de Canguçu.

3.1 Análise de Patologia Residência Unifamiliar em Camaquã/RS

O problema da edificação que deu origem a maioria das patologias foi a falta de manutenção causada pelos vários anos com a casa fechada e erro na construção de um acréscimo na casa, que fora feito sem projeto e sem estudo da viabilidade de como unificar a parte mais antiga com a recém construída sem que houvesse algum colapso.

Figura 6: Planta baixa com a localização das patologias (ver tabela 1).

Fonte: Autoras

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3.2 Análise de Patologia Residência Unifamiliar em Canguçu/RS

A umidade fora a maior causadora de patologias nesta edificação. Com a falta de manutenção periódica houve a deterioração de elementos construtivos no exterior da edificação (como calhas, pingadeiras, cobertura) propiciando a entrada de umidade em seu interior, degradando a edificação. A vegetação sem poda bloqueia os raios solares, agravando ainda mais a decadência da residência.

Figura 7: Planta baixa com a localização das patologias (ver tabela 2).

Fonte: Autoras

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Tabela 1: Levantamento fotográfico e análise das patologias da residência em Camaquã.

Patologia Foto Origem / Causa Método de correção / Restauro

Fissura na vertical

Movimentação térmica Junta de dilatação.

Fissura na diagonal

Recalque de fundação

Abrir a fissura,colocar tela transpassando a superfície,

rebocar e pintar.

Fissuras mapeadas

Retração da argamassa Refazer reboco e pintura.

Mofo Umidade

Limpeza e pintura, colocação de peitoril e

pingadeira.

Fissura na diagonal em

torno das aberturas

Sobrecarga

Abrir a fissura, colocar tela transpassando a superfície, rebocar a parte danificada e

refazer a pintura.

Fissuras mapeadas na argamassa

Retração da argamassa Refazer reboco e pintura.

Descolamento com

pulverulência

Umidade

Retirar o reboco, fazer impermeabilização no

substrato, chapisco, reboco com aditivos e pintura.

Fissura na diagonal em

torno das aberturas

Sobrecarga

Abrira fissura, colocar tela transpassando a superfície, rebocar a parte danificada e

refazer a pintura.

Mofo próximo a fundação

Umidade Impermeabilização da

fundação.

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Fissura na vertical

Sobrecarga

Abrir a fissura, colocar tela transpassando a superfície, rebocar a parte danificada e

refazer a pintura.

Descolamento do

revestimento cerâmico

Mau espalhamento da argamassa

colante e/ou por umidade

Substituição das peças.

Descolamento em placa da argamassa

Umidade e material

utilizado de baixa qualidade

Retirar o reboco, fazer impermeabilização no

substrato, chapisco, reboco com aditivos e

posteriormente a pintura.

Corrosão da armadura da

viga que sustenta

reservatório superior

Material mal utilizado e/ou

falta de cobrimento

Limpar e nivelar a superfície, cobrir

adequadamente, rebocar e refazer a pintura.

Forro em madeira destruído

Cupins e falta de manutenção

Substituição do forro.

Fonte: Elaborado pelas autoras, com base no levantamento realizado.

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Tabela 2: Levantamento fotográfico e análise das patologias da residência em Canguçu.

Patologia Foto Origem / Causa Método de correção / Restauro

Descolamento do reboco

Camada de reboco espessa, cal excessivo na

argamassa ou com traço inadequado

Renovação do reboco.

Fissura

Movimentação térmica

Abrir a fissura, colocar tela transpassando a superfície, rebocar a

parte danificada e refazer pintura.

Mofo

Umidade devido à ausência ou

entupimento da calha

Eliminação da umidade, lavagem e

reparo das partes danificadas.

Descolamento da argamassa

com empolamento

Camada de reboco espessa, cal excessivo na

argamassa ou com traço inadequado

Renovação do reboco.

Sujidade Falta de manutenção Lavar e refazer

pintura.

Descolamento da argamassa

com pulverulência

Camada de reboco espessa, cal excessivo na

argamassa ou com traço inadequado

Renovação do reboco.

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Mofo

Umidade devido à ausência ou

entupimento da calha

Eliminação da umidade, lavagem e

reparo das partes danificadas.

Mofo e sujidade

Umidade por percolação da água da chuva devido à ausência de calha

Eliminação da fonte de umidade, lavagem

e pintura.

Eflorescência

Dissolução de sais devido à umidade

Eliminação da fonte de umidade, lavagem

com solução clorídrica.

Fantasmas

Umidade

Colocação de rufo entre a cobertura das edificações, verificar e

trocar de telhas quebradas ou

ausentes.

Fonte: Elaborado pelas autoras, com base no levantamento realizado.

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4 Conclusão

O trabalho possibilitou a realização de recuperação de diferentes residências unifamiliares da cidade de Camaquã e Canguçu, após análise feita e levantamento de dados no local, constatou-se que há muitas patologias a serem restauradas, mas que não comprometem a estrutura.

A maioria das patologias ocorre em consequências de falhas de execução e pela falta de controle de qualidade eficaz, também pela ausência de projeto, não havendo preocupação com a manutenção e limpeza. Os materiais utilizados muitas vezes são de baixa qualidade, surgindo assim diversas patologias que se agravam com o tempo.

Diante disso há soluções para as patologias analisadas, porém acaba se tornando caro devido a várias patologias encontradas, se houvesse a preocupação com detalhes de projeto e execução, prevenção e manutenção no decorrer do tempo, não haveria problemas e custos altos.

Referências

BENTO, C.M. Canguçu reencontro com a história . 2 ed. Barra Mansa: Irmãos Drumond Ltda., Canguçu, 2007.

BRAGA, A.S., GONÇALVES, D.R, HASTENREITER, R., MORAIS, T.A, MARA, V. Patologias nas Edificações . Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009.

CAMACHO, J.S. Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural . Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural. Ilha Solteira - São Paulo, 2006.

CÂMARA de Vereadores de Camaquã. Cidade . Disponível em: <http://www.camaracq.rs.gov.br/>Acesso em: 20 fev. 2014.

CASTRO, U.R. Importância da manutenção predial preventiva e as f erramentas para sua execução . Universidade Federal de Minas Gerais. Curso de Especialização em Construção Civil. Minas Gerais, dez. 2007.

CANGUÇU Contando Histórias. Restauração da Igreja Matriz . Disponível em: <http://cangucucontandohistorias.blogspot.com.br/>Acesso em: 20 fev. 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAQUÃ. História do Município . Disponível em: <http://www.camaqua.rs.gov.br/>Acesso em: 14 fev. 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU. Sobre Canguçu. Histórico . Disponível em: <http://www.cangucu.rs.gov.br/>Acesso em: 14 fev. 2014.

TOMÉ, A. Investigação das Manifestações Patológicas encontra das nas Edificações Pré-Fabricadas da Unochapecó, Campos Ch apecó . Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Curso de Engenharia Civil. Chapecó, 2010.