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Abril - Maio 2013 Anno V - n. 38 CARÍSSIMAS IRMÃS... FORUM PAULINO Das circunscrições Itália: Concluída a tarefa da Comissão Precapitular O Vaticano II e a comunicação Festa da solidariedade Brasil: As Paulinas lançam a Webtv-Paulinas República Dominicana: As Paulinas na Feira Internacional do Livro de Cuba Uma nova livraria em Santo Domingo Filipinas: Uma presença de luz O Projeto Bíblia Índia: Missionárias da Bíblia no coração das famílias Quênia: Um novo centro de luz Espanha: Palavras escritas, palavras vivas Calendário do governo general 10° CAPÍTULO GERAL Cremos, e por isso falamos (II parte) O MAGISTÉRIO DE MESTRA TECLA «Fui conquistada pela sua bondade» ENTRE NÓS Com olhar de profeta FAMÍLIA PAULINA Chegou Crer, a nova revista dos Paulinos Nova Presidência da União dos Superiores Maiores da Itália FP Itália: Aniversário de nascimento do Bem-Aventurado Tiago Alberione Nona edição do Festival Bíblico FOCO NA ATUALIDADE Uma janela sobre a Igreja Paquistão: A novidade tecnológica aplicada à evangelização Instituído o prêmio Carlo Maria Martini International Award Uma janela sobre o mundo Prêmio ONU pela Paz a dom Taban Campanha Mundial pela Educação Classificação da Liberdade de Imprensa 2013 Uma janela sobre a comunicação A porta como passagem rumo a outros espaços Editoria: uma revolução em curso A Boa-Nova chega ao deserto nas ondas do rádio Retrato da geração Y, sempre conectada NA CASA DO PAI sumário

Anno V - n. 38 -  · 2013-04-17 · memória perene da morte e ressurreição de Cristo. Ele ... conhecível, no jardim (cf. Jo 20,11-18). Como humilde peregrino, ... ma religioso

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Abril - Maio 2013

Anno V - n. 38

CARíSSIMAS IRMãS...

FORUM PAULINO

Das circunscrições Itália: Concluída a tarefa da Comissão Precapitular

O Vaticano II e a comunicação Festa da solidariedade Brasil: As Paulinas lançam a Webtv-Paulinas República Dominicana: As Paulinas na Feira Internacional do Livro de Cuba Uma nova livraria em Santo Domingo Filipinas: Uma presença de luz O Projeto Bíblia Índia: Missionárias da Bíblia no coração das famílias Quênia: Um novo centro de luz Espanha: Palavras escritas, palavras vivas

Calendário do governo general

10° CAPítULO geRAL Cremos, e por isso falamos (II parte)

O MAgIStéRIO De MeStRA teCLA «Fui conquistada pela sua bondade»

eNtRe NÓS Com olhar de profeta

FAMíLIA PAULINA Chegou Crer, a nova revista dos Paulinos Nova Presidência da União dos Superiores Maiores da Itália FP Itália: Aniversário de nascimento do Bem-Aventurado Tiago Alberione Nona edição do Festival Bíblico

FOCO NA AtUALIDADe Uma janela sobre a Igreja Paquistão: A novidade tecnológica aplicada à evangelização Instituído o prêmio Carlo Maria Martini International Award

Uma janela sobre o mundo Prêmio ONU pela Paz a dom Taban Campanha Mundial pela Educação ClassificaçãodaLiberdadedeImprensa2013

Uma janela sobre a comunicação A porta como passagem rumo a outros espaços Editoria: uma revolução em curso A Boa-Nova chega ao deserto nas ondas do rádio Retrato da geração Y, sempre conectada

NA CASA DO PAI

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Com o RessusCitado nas estRadas do mundo

Caríssimas irmãs,estamos imersas no clima festivo do Tempo Pascal que, como sublinhava Pe. Alberione em uma pregação às Filhas de São Paulo em 1956,«éumtempodegraçasparticularese,entre essas, particularmente a fé».O eventopascalé,defato,ocoraçãodafécristã,porquememória perene da morte e ressurreição de Cristo. Ele, «verdadeiramente ressuscitado»,estáemnós,juntoanós.Épresençabenéficae discreta, como o ar que respiramos.As narrações do Evangelho, que a liturgia propõe à nossa meditação nestes dias, são inundadas de uma luz difusa. O Ressusci-tado, nas suas aparições, não se apresenta com sinais de poder. Ele surge, quase irre-conhecível,nojardim(cf.Jo20,11-18).Comohumilde peregrino, acompanha dois discípu-los desanimados na estrada rumo a Emaús e àmesadopãoedaamizade(cf.Lc24,13-35).Chega silencioso, sem bater à porta, e anuncia apaz,mostrandoasferidasatravésdasquaiso amor venceu a morte e se derramou para sempresobreahumanidade(cf.Jo20,19-31).Esperou paciente toda a noite, incógnito, à margem do lago, lugar da vida cotidiana, onde a comunhão com Ele e a dócil escuta da sua Palavra evidencia o amor e fecunda o tes-temunho.(cf.21,1-19).Na medida em que avançamos no Tempo da Páscoa – o “grande Domingo” que nos con-duz ao Pentecostes – o Senhor Jesus nos am-para com infinita ternura.Nãonosprometecoisas, mas o dom por excelência: o Espírito.

Não nos garante caminhos tranquilos, mas nos assegura a sua presença: «Não tenhammedo,Euestoucomvocês».O Mestre está conosco, na beleza do nosso dia adia,nosdesafiosenfrentadosporcausadeseunome,mastambémnalentidãodenossoscaminhos e no cansaço para decifrar o futuro. Está conosco na vida simples, serena, vivida na fraternaharmonia,mas também lá,ondeestão presentes situações de incompreensão entrenós,enasdificuldadesdasrelaçõesfra-ternas. Está conosco nas estradas do mundo, no exercíciodamissãoquenosfoiconfiada,nacapacidade de ler e penetrar as necessidades da humanidade, de voltar-se sobre seus sofri-mentos, de irradiar a luz do Evangelho sobre todos, especialmente os pobres, de alimentar o gosto por aquilo que há de vir e o respiro da esperança. Estas prospectivas estão presentes tambémno itinerário de preparação ao 10º Capítulogeral.

Caríssimas, concluo esta página com as palavras profunda-mente evangélicaspronunciadas pelo papa Francisco, na audiência geral de quarta-feira, 3 deabril:

Deixemo-nos iluminar pela ressurreição de Cristo, deixemo-nos transformar pela sua força,paraque, tambématravésdenós,ossinais de morte, no mundo, deem lugar aos sinais de vida… Levem adiante esta certeza: o Senhor está vivo e caminha ao nosso lado na vida. Esta é a missão de vocês! Levemadiante esta esperança. Sejam corajosos nes-sa esperança: esta âncora que está no céu;sejam fortes, estejam ancorados e levem adiante a esperança. Vocês, testemunhas de Jesus, levem à frente o testemunho de que Je-sus está vivo e isso nos dará esperança e dará esperança a este mundo um tanto envelheci-do pelas guerras, pelo mal, pelo pecado …

Em comunhão de afeto e de oração,

ir. M. Antonieta Bruscato superiora geral

Roma,14deabrilde2013

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itÁLiaConCluída a tarefa da Comissão PreCaPitular

AComissãopreparatóriaao10°Capítuloge-ral terminou a sua tarefa. Durante a terceira etapa do nosso trabalho, vivida em Roma de 7 a 27demarço, comoprevisto, reelabora-mos o Instrumento de trabalho, a partir das indicações, das sugestões e das propostas provenientes dos Capítulos provinciais, dos Encontros de delegações e das casas depen-dentes.Tantomaterialnospossibilitourefle-tir sobre a riqueza e a beleza da vocação pau-lina.OtextoestáagoraconfiadoaoGovernogeral para um exame atento e a seguir, será enviado às capitulares. Nestesdiastivemostambémagraçadeviver“ao vivo” a eleição do papa Francisco, parti-cipandodaalegriadetodaaIgreja.Tambémessaexperiênciaenriqueceuanossareflexãoeocaminhorumoao10°Capítulogeral.Agora, não nos resta senão agradecer todas as Filhas de São Paulo pelo trabalho feito so-bre o esboço do Instrumento de trabalho. Obri-gadatambémpelasorações.Bomtrabalhoàsirmãs capitulares. Permaneçamos unidas na oração…pelo10°Capítulogeral.

o VatiCano ii e a ComuniCação

Enquanto perto dali se desenrolavam os trabalhos do ColégioCardinalício em vista da eleição do novo Pontífice, na Livraria Paulinas Multimídia

de Roma foi lançado o livro O Vaticano II e a comunicação, editado pelas Paulinas. Uma história renovada entre Igreja e sociedade delineada com perícia pelo autor, pe. Dario Edoardo Viganò, expert cinematográfico eprofessor universitário, nomeado recen-

temente por Bento XVI como novo diretor do Centro Televisivo Vaticano. No lança-mento, foi acompanhado e entrevistado por Rosario Carello (cooperador paulino) famoso jornalista e apresentador do progra-ma religioso A sua imagemdaRAI1.Desseencontro entre profissionais e testemunhosda comunicação nasceu um momento de particular interesse, denso de profecia, seja para as Paulinas como para os numerosos participantes presentes ao evento. Declarou oautor,DarioEdoardoViganò:«Oquenosresta fazer? Provavelmente reimaginar-nos no movimento do Espírito que caracterizou o Vaticano II e aprender a ouvi-lo sem juízos oupré-juízos».

festa da solidariedade

Depois do Natal, o prefeito de Castagni-to, cidade onde nasceu Mestra Tecla, foi a Alba, na Casa Mãe, para pedir se tínhamos algum projeto de ajuda em nível social para apresentar-lhe tendo em vista uma festa, a coleta dos ovos (Cante j’Euv), que reúne, há 13anos,todososprefeitosdeRoero,locali-dade da província de Cuneo. O produto da festa de solidariedade deste ano foi, portan-to, direcionado ao Projeto Escola, realizado pelas Filhas de São Paulo de Nairóbi, para doar livros e cadernos às crianças pobres do Quênia. AsirmãsdeAlbaficarampositivamentesur-presas com a vivacidade dos valores huma-nos e de solidariedade que essa região do Piemonte expressa. Alguns deles participa-ram da programação conclusiva do dia 23demarço, animadapormais de 55 gruposemais de 6.000 visitantes, reunidos para ofinaldafesta,queteveseupontoculminantenodesfile,entrecantostradicionaise“gulo-seimas” locais. D

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BRasiLas Paulinas lançam a WebtV-Paulinas

Em4deabril, diadonascimentodoBem-aventurado Tiago Alberione, as Paulinas do Brasil lançaram a Webtv-Paulinas, uma TV via Web que propõe diversos programas parareflexãosobretemasdeváriosgêneros:família, catequese, crianças, Bíblia, jovens, música etc. Trata-se de uma nova área de evangelização promovida pelas Filhas de São Paulo e pelos colaboradores do setor Paulinas TV, que respondem ao convite de pe. Alberione: “Para proclamar o Evangelho é preciso usar osmeiosmais céleres e efi-cazes”. O site já está disponível e pode ser acompanhado de qualquer parte do mundo.http://www.webtvpaulinas.com.br/

RePÚBLiCa dominiCanaas Paulinas na feira internaCional do liVro de Cuba

Depois de diversas tentativas, finalmen-te se concretizou o sonho de participar da Feira Interna-cional do Livro em Cuba. Ir. Cristina e

ir.Elisabetta,deSantoDomingo,aceitaramo desafio de viver esta aventura e levar oEvangelhoàilhaonde,por55anos,foinega-da qualquer possibilidade de expressar um pensamento diferente daquele da ideologia dominante no país. A autorização foi con-cedida graças à mediação dos organizado-res da feira da República Dominicana, que a solicitaram aos expositores de Cuba. No início do ano chegou o convite que pedia a presença das Paulinas, reconhecendo a sua

competência e sensibilidade cultural. A se-mentegerminará!Muitaspessoasmanifesta-ram a alegria de ver uma presença religiosa em meio a uma realidade feita de livros e de cultura. Percebeu-se no povo um grande de-sejo de Deus e de sua Palavra. Momentos im-portantes de partilha foram vividos com os padres Paulinos e as irmãs Pastorinhas. Ain-da uma vez o Senhor concedeu-nos a graça de sentir-nos família e de sustentar-nos mu-tuamente.

uma noVa liVraria em santo domingo

Entre as maravilhas do Mar do Caribe, jus-tamente no coração da capital dominicana, nasceuumanovalivrariaPaulina.Graçasaoempenho de evangelização das Filhas de São Paulo, que vivem e atuam na terra caribenha, um novo centro de luz se acende no Mega Center de Santo Domingo. Entre as múlti-plas propostas desse grandíssimo centro co-mercial,hojeépossívelencontrarumlugarem que a força do diálogo constrói pontes, a luz da cultura enriquece o espírito e a pro-posta vital do Evangelho muda o coração. Muita gente acorreu à livraria depois de ter ouvidopelorádiooanúnciooficialdanovaabertura. Eis um sonho apostólico tornado realidade, sinal evidente de uma caridade que continua a oferecer a todos o pão indis-pensável da verdade.

FiLiPinasuma Presença de luz

«Fazeiaquiloqueelevosdiz…»(Jo2,5)foio tema da convenção internacional dos Sin-gle for Cristh ocorrido no World Trade Center de Manila, no mês de fevereiro. Mais de oito mil jovens, provenientes de diversos países se reuniram para três dias de oração, estudo ereflexão. AprocuraeaberturaaoprojetoD

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de Deus na vida matrimonial, religiosa ou laical é uma das características específicasde todo o movimento Single for Christh. Os organizadores convidaram, pela primeira vez, as Filhas de São Paulo para acompanhar o desenvolvimento do meeting e para serem presença de luz e orientação mediante o tes-temunho da vida paulina. Para os numerosos participantes da con-venção, as Paulinas organizaram um stand, a fim de lhes oferecer propostas editoriasapropriadas, sejam culturais ou formativo-vocacionais.

o Projeto bíblia

As jovens Paulinas de Lipa, juntamente com algumas irmãs da comunidade de Pasay, lançaramoprojetoBíblianesteAnodaféedo 75º aniversário das Filhas de São Paulonas Filipinas. Uma oportunidade especial, acolhida pela paróquia da Conversão de São Paulo Apósto-lo em Pitogo, no Quezon, que convidou com entusiasmo as Paulinas para colaborarem na formação bíblica dos leigos, dos catequistas e dos jovens estudantes. A Bíblia foi aberta, lida, estudada e meditada por todos com muita alegria e criatividade. «Partir o pão daPalavradeDeusésempreaaçãoeclesialmaisbenéficaecaridosaquesepossafazerao próximo» (Bento XVI).

Índiamissionárias da bíblia no Coração das famílias

Na paróquia de Santa Inês, situada na capital doEstadoindianodeGoa(Panjiim),aconte-ceu uma entusiasmada semana de pastoral bíblica, promovida pela comunidade das Filhas de São Paulo. Semana dedicada ao en-controdeféeoraçãocomaPalavradeDeusque transformou as famílias e suas casas em “lugar privilegiado da escuta”. Foi oferecida a todos a possibilidade de conhecer, de modo criativo e comunitário, a Bíblia, de acordo comasidadeseocaminhodefé.Paraisso,foipreparado, também,umstandparaaexpo-sição da Bíblia e de todos os subsídios forma-tivos úteis ao crescimento humano, bíblico e espiritual. Na celebração eucarística conclu-siva os participantes assumiram generosa-menteoempenhodereforçarsuaféatravésdo compromisso diário de ler, estudar e con-duzir sua vida segundo a Palavra de Deus.

Quêniaum noVo Centro de luz

Na região do Karen, um tranquilo bairro a sudoeste de Nairobi, onde quase tudo leva o nome da escritora dinamarquesa K. Blixen, cuja vida é estritamente ligada ao Quênia,D

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surgiu o novo centro das paulinas de Nairo-bi Gabriella House. O nome da casa reporta à memória, a vida e ao grande exemplo mis-sionáriodeir.GabriellaMarcazzan.O objetivo do novo centro formativo, que acolheas jovens junioristasdaDelegação étambém o de ser,mediante o empenho deevangelização com os instrumentos de co-municação social, um ponto de referência para as comunidades de outras congregações vizinhas, para os estrudantes de Teologia e Ciências religiosas, para a Universidade Católica da África oriental e outros institutos de ensino superior da redondeza. No mês de fevereiro, o Gabriella House acolheu uma im-portante iniciativa apostólica. O tema do encontro, de notável valor social, foi Educação Cívica,possibilitando, também,o lançamento de uma nova coleção de livros para educadores e estudantes já disponíveis nos seguintes títulos: Democracy and Elec-tions;Human Rights;Religion and Politics;Eco-nomy and Finance. O lugar do encontro, ornamentado com painéis sobre o carisma paulino, acolheumaisde100participantesentreeducadorese estudantes, sacerdotes, religiosos e leigos.

esPanHaPalaVras esCritas, PalaVras ViVas

A suave e penetrante Palavra de Deus éotítu-lo do livro de Joaquim Iglesias editado pe-las Paulinas e lançado na livraria de Barce-lona. A suave e penetrante Palavra de Deus é uma proposta editorial significativa quesabe falar ao coração dos leitores com uma linguagem viva. Páginas meditadas e escri-tas para acompanhar o cristão no itinerário deféquesedescortinanaliturgiadoanoC.Um subsídio muito útil, para ouvir e com-preender a própria vida à luz da Palavra, e descobrir a maravilhosa bênção, que faz do cotidiano o lugar do encontro com Deus e da partilha,umestiloeficazdecomunicação.Olançamento foi concluído com um concerto e um coquetel.

Calendário do governo geral

Itália (Roma)

Colombia (Bogotà)

Venezuela - P.Rico Rep.Dominicana

Romania (Bucarest)

Itália (Roma)

Polonia (Warsavia)

Repubblica Ceca (Praga)

Itália (Roma)

Itália (Roma)

Assembleia USMI

Visita finalizada

Visita finalizada

Visita finalizada

Sessão de aprofundamento do carisma paulino (Carisma tour)

Visita finalizada

Visita finalizada

Plenário UISG

Encontro com o Governo da Província Italiana

3-6 abril

6-9 abril

9-23 abril

13-15 abril

15 abril - 10 maio

18-21 abril

27-30 abril

3-8 maio

6-8 junho

Ir M. Antonieta Bruscato

Ir Gabriella Santon

Ir Gabriella Santon

Ir M. Antonieta Bruscato

Ir M. Francesca Matsuoka

Ir M. Antonieta Bruscato

Ir M. Antonieta Bruscato

Ir M. Antonieta Bruscato

Governo geral

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Com Fé audaz e PRoFétiCafaçamos a todos a Caridade da Verdade

(II parte)

Comoéanossaadesãohumana,onossoato de crer? No passado, sublinhava-se como res-posta a dimensão da verdade, do conheci-mento, da adesão da mente. Hoje, prefere-se evidenciaropontodepartidaqueéo“crerem”. Os elementos fundamentais são exa-tamente estes: “crer em Deus” e “crer em” tudo o que Deus revelou. Com isso, acolher e crer na Revelação, aumenta sempre mais arelaçãopessoal;o“crerem”torna-semaismaduro, mais forte. Passa-se, depois ao tes-temunho,àvidaverdadeiramentedefé,aoespíritodefé.Pe. Alberione, nas Meditações para cada dia do ano, após ter chamado atenção àquilo que dizemas fórmulasdo catecismo: «A fé é odom sobrenatural pelo qual cremos em tudo oquenosérevelado»,acrescenta:«CreremDeuscomtodaaféecreraDeus».Sãoduasexpressões simples que dizem tudo: “crer em” quer dizer entregar-se plenamente;

“crer a Deus” quer dizer que esta entrega tem um elemento contínuo, que é aqueleda Revelação, no qual não se pode crer sem conhecê-lo. O Primeiro Mestre insiste muito naquela que chama fé doutrinal,istoé,afécomorespostaa uma revelação que se deve conhecer, estu-dar, aprofundar, investigar. Essa nos conduz à fé confiante,ouseja,adarcréditoaDeuseà suaPalavra.O conhecimentoda fé intro-duza totalidadedomistério salvífico reve-lado por Deus. O consentimento prestado, implica, portanto, que quando se crê, aceita-selivrementetodoomistériodafé,mistériocomo conteúdo, não como algo que não se pode compreender. Quando se aceita, toma-se consciência, e a vontade deve aceitar, porqueamentejáconhece;aceita-seporqueDeuségarantiaenospermiteconhecerseumistériodeamor,nosconvidaàcomunhãocom ele.1.[Afé]éaluzqueiluminaocaminhodoho-mempara o céu.Por essa fé, o cristãodis-tingue-sedofilósofo,comoarazãodistingueo homem do animal. O conhecimento que vemdarevelaçãoémaisperfeito,elevadoeseguro do que o conhecimento que vem do intelecto,oudossentidos.Afénosfazpar-ticipantes da sabedoria de Deus e nos une a Deus;porisso,aluzcomqueDeusconheceaSimesmo,torna-senossaluz;asabedoriadeDeustorna-senossasabedoria;asuamente,nossamente;asuavida,nossavida.Aféé«fontedeluzparaainteligência,forçaecon-solaçãoparaavontade,princípiodeméritospara a alma». Esta, alarga o conhecimentosobre Deus e sobre as coisas divinas: tudo o queéreveladodeDeussobreosmistériosesobre suavida íntima; sobreanossaeleva-çãoemCristo;sobreainabitaçãodoEspíritoSanto e sobre todo o organismo espiritual, que nos faz trabalhar em ordem à vida eter-na. Toda amoral evangélica, imensamentemais perfeita, elevada, ampla e completa queanatural,noséreveladaporJesusCristo

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no sermão da montanha. Comporta em nós umavidadeverdadeirosfilhosdeDeusporadoção;àimitaçãodeJesusCristo.

2.Afééforçaeconsolação:elanosfazconsi-deraroprêmioeterno:«Sómerestarecebera coroa domartírio» (2Tm 4).A nossa tri-bulação momentânea e rápida produz para nósumeternoesublimecúmulodeglória»(2Cor4,17),diz s.Paulo. (...)Elaé fontedeméritos, porque cada atode fé é umméri-to. Proporciona reta intenção às nossas boas obras. Ainda: a fé é tanto mais meritóriaquanto mais estamos expostos aos perigos de perdê-la.

3.AféédomdeDeus;porissoéprecisorezarpara que ela aumente. É nossa adesão livre à revelação;porissoéprecisoonossoesforço.Comaoração eo exercício, a fé se tornarámaisfirme,maisoperosa,maissimples,maisiluminada.

O orgulho intelectual é a causa pela qualmuitos não creem, ou têmuma fé lângui-da,ineficaz,titubeantediantedastentaçõesedosinimigos.Mas,afépodeseraperfeiçoa-daatéfazer-nosviverdela:«Ojustovivedefé»(Hb10,38).

E então, como concretizar o nosso esforço? Num empenho rigoroso de estudo. Pe. Albe-rioneémestrenisso,eémuitoconcreto: Oestudodareligiãoé,conformeSantoTo-

más, o mais perfeito, sublime, útil, agradá-vel1.

O mais perfeito, porque muito se aproxima de Deus e concede agora certa participação na eterna bem-aventurança. Por isso na Escritu-ra sediz: «Felizohomemquemedita nasabedoria(Eclo14,22).

O mais sublime, porque torna o homem mais semelhante a Deus, que tudo realiza na sa-bedoria.A sabedoria é um tesouro infinitopara o homem e quem dela participa torna-se amigo de Deus.

O mais útil, porque nos assegura a salvação eterna. O desejo da sabedoria nos conduz ao céu.

O mais agradável, porque falar de coisas espi-rituaisnãotrazamargura,nemtédioaoali-mentar-nos delas, mas alegria e gozo (...)

Como consequência, eis os “pontos” sobre os quaisocristãoéconvidadoaexaminar-se.Tenho fé? Posso dizer que sou uma pessoa que crê? Certamente somos crentes, mas em

1 No original: “alegre” (do latim “iocundus”).

que medida, em que profundidade e con-sistência?Procuro instruir-me nas verdades da fé? Quanto tempo dedico a instruir-me nas verdades da fé? Penso em instruir os outros? A fé em mim é viva? alegre?firme?operante? forte?Afévivaperce-be-se no modo de expressar-se, de falar, de avaliar as coisas, as situações.Amo o estudo do catecismo e da religião? Se o amo,dedico-meaele;senãooamo,deixo-ode lado. Neste ano somos, de fato, convida-dos a retomar o Catecismo da Igreja Católi-ca como empenho de todos e, portanto, os conteúdosda fé, tambémdaespiritualida-de, do carisma, os textos do Fundador, fun-damentos da nossa espiritualidade, da nos-samissãoenosso itineráriodesantificaçãoapostólica...Empenho? humildade? reta intenção? Pe. Albe-rione já explicou quais são as condições para viveresteaprofundamentona fé,umapro-fundamento feito com humildade e com reta intenção. Amor pela verdade, que se torna amor por Jesus Verdade.Desejo santificar-me? Isto é, dedicar atençãoao dom da fé que recebemos? O amor deCristo certamente trabalhou em nós, abrin-do-nosnãosomenteàfé,mastambémaumaexpressãodefémaisplena,maistotalnavidareligiosa.Atravésdoconhecimentosistemá-ticodosconteúdosdeféedosconteúdosdocarisma paulino, conforme Pe. Alberione, podemos chegar a «não sou mais eu quevivo,maséCristoqueviveemmim.

Guido Gandolfo, ssp

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«Fui ConQuistada PeLa sua Bondade»Testemunho de ir. M. Irene Conti, FSP centenária

Conheci M. Tecla em circunstâncias ex-traordinárias. Tinha apenas nove anos e meu pai, com a mor-te de minha mãe, queria confiar-me àsirmãs de São Paulo que haviam aberto uma casa em Susa

(TO). Por um erro, na carta do pedido apa-receuqueeu tinha19anos, emvezde9, egrande foi a maravilha quando Ir. Tecla se viu diante de uma menina. Para a comuni-dade de Susa eu era pequena demais. Por isso, Mestra Tecla, pesarosamente disse ao meu pai que não podia aceitar-me. Meu pai, porém, respondeu que, sem a esposa, nãosaberia como cuidar de mim. Mestra Tecla se comoveu e pensou em fazer uma exceção, declarando, no entanto, que antes deveria pedir autorização ao Fundador, o Teólogo Alberione.Daquele dia em diante, M. Tecla me quis tanto bem que praticamente se tornou uma mãeparamim.Eu,porém,eramuitotímidae muito agarrada ao meu pai. M. Tecla me consolavaefaziadetudoparaqueeuficassecontente.Dada às minhas insistências e ao meu choro, noNatalde1922meuirmãoveiobuscar-me.Isso desagradou Mestra Tecla, pois ela temia que eu não voltasse mais e, na partida, me saudou com tanto afeto e bondade, dando-me doces de presente e dizendo que deixa-ria guardados os dons que o Menino Jesus

deixaria para mim em Susa. A sua bondade, assim, já me havia conquistado. Em1924,acomunidadedeSusafoitransfe-ridaparaAlba.Nós,queéramosasmenores,nos perguntávamos com ansiedade, quem seria a nossa superiora, e todas esperávamos que fosse M. Tecla, tendo já experimentado a sua sapiente bondade materna. Assim acon-teceu para grande alegria de todas.M. Tecla era para nós modelo de profunda humildade. Recordo estes dois fatos particu-lares. A comunidade de Alba aumentava e, namesmaproporção,cresciamasdificulda-des. Muitas vezes havia casos que preocu-pavam, porque em uma ocasião, enquanto a comunidade estava no refeitório, M. Tecla se levantou e pediu perdão a todos pelos seus maus exemplos, dizendo-se culpada pelo não recebimento das graças divinas. Repetiu esse mesmo gesto no dia de seu onomástico. Esses atos de humildade profunda e sincera, produziram em nós o desejo de sermos, tam-bém,humildescomoela.O seu coração materno sempre providencia-va as coisas de que necessitávamos. Lembro-mequemuitasvezesverificouminhasrou-pasparacertificar-sedequenãomefaltavanada. Seguidamente M. Tecla me pergunta-va como eu estava e me exortava a ser boa paracontentaroSenhoretambémaminhamãe,quedocéumeviaemeprotegia.Quando terminou a segunda guerra mun-dial, as misssionárias começaram a partir. Eu fui enviada ao Japão. Eu desejava isso há muito tempo, mas sentia a minha inca-pacidade e despreparo. Manifestei os meus temores a M. Tecla e ela me encorajou e exor-touaconfiarmuitonoSenhor.Falou-mecomtantaféquesuaspalavrasmetranquilizaramtotalmente.

Ven. TECLA MERLO

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Emprestamos os pés ao Evangelho

para que corra e se expanda.

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O Senhor cumpriu grandes coisas em M. Teclaporquegrandeeraasuaféeilimitadaa sua confiançanele. Tinhaumavisãoma-ravilhosamente aberta e um coração gran-de como o mundo. Queria chegar a todos, usarosmeiosmaispotenteseeficazesparaatrair tanta gente para o Senhor, era aberta a todos os problemas do tempo, conhecia os sinais dos tempos, pelos quais preocurava adequar-se com novos meios de apostolado para poder fazer maior bem. A última visita que fez ao Japão deixou uma recordação indelével,porqueelasentiaqueseria o último encontro conosco e manifes-tou isso a algumas irmãs. Os últimos mo-mentos foram comoventes. Todas ao seu re-dor, queríamos beijar-lhe a mão e receber a sua bênção. Subindo no avião, deteve-se no último degrau da escada para saudar-nos e ver-nos o mais longamente possível. Esses últimosinstantesnosfizeramsentirsempremais seu coração materno, no qual era guar-dado o seu ilimitado e ardente desejo de que todas nós correspondêssemos à vocação re-ligiosapaulina,queévocaçãoàsantidade.

Pedidos de gRaçasEstá disponível no site www.paoline.org, e também diretamente na página web “Tecla Merlo”, um espaço para escrever mensagens e pedidos de graças à venerável Tecla Merlo.

Convidamos, portanto, todos aqueles que, por sua intercessão, recebem graças particulares, a comunicar-se com um dos seguintes endereços:

www.paoline.org

[email protected]

Superiora generale Figlie di San Paolo Via San Giovanni Eudes, 25 00163 Roma.

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Nodia15deabril,ir.Irene,comunidadedeRoma/DP, completará 100 anos. Enviamoscom muita alegria e reconhecimento, os nossos mais afetuosos votos a essa grande missionária, de coração sempre jovem, que levou o Evangelho ao Japão, Coreia, Austrália, Estados Unidos, Taipei e Hong Kong.

Cem anos de ir. Irene Conti

Ir Irene Contino Japão

comIr Agnes Leto

A direita:com a irmã,

Ir M. Ida

Ir Irene Contino Japão

com Mestra Tecla e Mestra Ignazia Balla

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Com oLHaR de PRoFeta

As duas Filhas de São Paulo que visitavam as famílias de minha cidade, para a difusão da boaimprensa,fizeramàminhamãeumaper-gunta simples, espontânea, apenas para come-çaraconversa:«Minhasenhora,quantosfilhostem?». «Quatro», respondeu mamãe. «Estoupreparando um pequeno enxoval para uma das meninas que vai para Correggio (Reggio Emilia)estudarparaserprofessora».«Senho-ra, emnossaCasaMãedeAlba,nós tambémtemos meninas que estudam para ser profes-soras»«Deverdade!?»acrescentoumamãe.«Equantosepaganacasadevocês?».Veja,paga-se menos que em Correggio, onde estava des-tinadaairaminhafilha.Então,mando-acomvocês,queaeducarãoeafarãoestudarbem».Com a pesquisa do pároco, o interesse das ir-mãs e o consentimento da mãe, no mês de ja-neirode 1931 eu já estava emAlba, acompa-nhada de minha mãe. Logo pela manhã, nos dirigimos à praça São Paulo, procurando abrir o portão do Templo que domina a praça. E en-tão, apresentou-se-nos uma visão que não po-demos esquecer. Uma igreja grande, grande, cheia de padres; alguns nos bancos e outroscelebravam no altar central, e outros nos alta-res laterais,muitosclérigosdebatina,muitosrapazes e muitas irmãs que rezavam... Muitas vezes e por muitos anos, minha mãe me relem-brou a emoção daquela manhã.Antes do anoitecer, minha mãe já tinha viaja-do, e eu admitida como estudante, no grupo das “Imaculatinas”.Tinha 12 anos, e no próximo 23 de julho de2013, completo 94 anos.Difícil contar tudo edifícil lembrar para mim mesma. É muito tem-po. Tempo demais. Tentarei contar alguma coi-

sa. Fazer uma breve parada sobre os momentos maissignificativos.OquehaviaemAlbaem1931?Não havia nada e, ao mesmo tempo, já havia tudo (em germe) se observado com olhar de profeta. Havia a Casa, o Templo, a comunidade, a oração, oestudo,aescola,oapostolado: tipografia,acabamento, livraria, expedição, bibliotecas ambulantes. Havia os livros impressos e bro-churados, feitos em comum com a Sociedade São Paulo. Havia as revistas: Unione Coope-ratori, Buona Stampa (1918),Vita Pastorale(1912),ofolhetolitúrgico:LaDomenica,Ma-drediDio(1924).JáhaviaasprimeirasCasasfiliais: Salerno, Bari, Udine, Reggio Emilia,Genova, Palermo (1929). Ouviam-se os in-contáveis comentários pelas notícias que cir-culavam e davam como certa a partida para oBrasil(1931)...Em Alba vivi os anos da formação e tudo decorreu na normalidade, na graduação, dando tempo ao tempo, respeitando o ritmo do desenvolvimento e aceitando a lógica do crescimento. Entre intervalos de oração, de estudo,deaula,detrabalhonatipografia,dealegres e festivas recreações. As partidas de vôlei...quepaixão!Tudo me agradava ( apesar dos dissabores da comida, da disciplina e a falta da minha fa-mília...). Dentro de mim, gradativa e serena-mente ia crescendo a vontade de fazer aquilo que faziam as irmãs: anunciar o Evangelho, tornar Jesus conhecido, ir em missão em lu-gares longínquos. Aquelas palavras escritas em tamanho grande, sobre cartolinas e afi-xadasnaCasa:«GlóriaaDeusepazaosho-mens»,nãomeatingiamapenasoolhar,masfaziam um caminho no coração.O Primeiro Mestre e a Primeira Mestra esta-vam conosco. Estavam conosco como a alma de tudo e guias da família que se encami-nhava a passos decisivos para um futuro de santidade e de graça. Deles, naqueles anos, não me lembro de encontros paticulares, pessoais.O meu primeiro encontro com a Primeira Mes-traTeclaaconteceunaprimaverade1935,emAlba. Na minha pupila, agora quase fechada, ficouimpressasuaimagem:bonita,acolhedo-ra, um olhar que não se esquece jamais... Depois da vestição do hábito religioso, come-çaram, para mim, as experiências apostólicas. Omeu campo específico de apostolado foi aredação. A intenção era preparar-nos para os

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estudossuperioresdefilosofia, teologia,ciên-ciassagradas;estudosqueridoseorganizadospelo Primeiro Mestre e que eu tive a graça de frequentar. Desses estudos fala-se com entu-siasmo e espanto na história das Filhas de São Paulo. Os professores eram sacerdotes pauli-nos,comqualificaçãoespecial.OpróprioPri-meiro Mestre ensinava teologia moral.Nofinaldosestudos,naconfirmaçãodequeestávamos prontas para a redação, todas de-víamos apresentar uma prova escrita, destina-da a ser impressa. Eu preparei o livro Cartas escolhidas, de São Francisco de Sales. Mandei o manuscrito ao Primeiro Mestre que o devol-veucomumbilhetedepoucaslinhas:«Eago-ra,nãodeixaracanetadelado».Naverdade,a caneta usei-a menos do previsto, por longos períodos.Uma iniciativa que me ocupou uma dezena de anos, ou mais, com o coração feliz, foram as “Festas do Evangelho”, os “Dias do Evange-lho”,emcolaboraçãocomasirmãsdasfiliais,que assumiam toda a fadiga da organização. Eu me fazia presente com palestras, encontros, reflexõescomgrupos.Issoeraumaideiamag-níficaparaanunciarJesusCristoMestre,Cami-nho, Verdade e Vida. Uma ideia que desejaria fosse viva hoje, organizada e atualizada. NoNatalde1955,saiuonúmerozerodarevis-ta COSI, editada pelas Filhas de São Paulo. Me-ses antes o Primeiro Mestre me havia chamado e disse-me para rezar, pensar e preparar-me para começar uma revista para jovens. Eu se-ria a diretora responsável. Esta história merece ser,especialmente,contada.Umahistóriainé-dita, interessante, longa. Uma reflexão:COSI fechou. Sua publicação terminou, mas perma-neceu viva e atual a visão do Fundador. Ele vê as Filhas de São Paulo lá, no coração da comu-nicação, na dinâmica atualizada da publicação.A história da minha vida seria míope e desfo-cada, fragmentada, se não a deixasse permear pela presença da Primeira Mestra Tecla, ícone de beleza e de bondade. Eu não apenas vi a Primeira Mestra, não somente a cumprimen-tei e escutei... Vivi com ela quase trinta anos: emAlbade1931a1936,edepoisemRomade1938a1962.Euaquismuitobem.Eelamequismuito bem. Entre as recordações, algum privi-légioquemeencheocoraçãodealegriaedesaudade.TiveoprivilégioinestimáveldeacompanharaPrimeira Mestra em duas viagens: à Inglaterra e à Índia. Admirei o afeto materno que a Pri-meira Mestra demonstrava para cada irmã, a solicitude para o bem-estar da comunidade, o

interesse pelas várias iniciativas de apostolado e o modo concreto de inserir-se nas diversas Igrejas locais. Alimentava a esperança e reas-cendia o entusiasmo, por todos os lugares onde andava. Para mim, tanto na Inglaterra como na Índia,dirigiaarecomendação:«Mostremmui-tas coisas para Lorenzina, pois lhe serve para o apostolado». «Assim, eu tinhaocasiãodevertantascoisaslindas,desdeamanhãatéànoite.Ela passava o dia em casa, dedicada totalmen-te à comunidade e atendendo pessoalmente a cada irmã. A viagem para a Índia com a Pri-meira Mestra Tecla teve prosseguimentos não programados.Defato,quandoem1962deixeia direção do COSI, deixei também Roma. APrimeira Mestra ao dar-me a notícia, disse-me «Mando-teparaumlugarondepercebiquetequerem bem. Mando-te para a Índia, em Bom-bay».ApartidadeRomaaconteceu logo.Aoterminar o visto temporário a Primeira Mestra escreveu, logo, para a Mestra Elena Ramondet-ti, superiora provincial, que seria do seu desejo que eu, enquanto esperava reentrar na Índia, fosse num outro País, em outra casa nossa no Oriente. Foi esse desejo da Primeira Mestra que me levou às Filipinas, a Borneo, ao Japão, à Coreia.Inesquecivel, e enriquecedora, dom e surpresa foi a minha permanência nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Austrália. Precisaria de um capítulo para cada lugar onde estive. Está escri-to no coração maravilhado e agradecido. Visitei mundos novos, cidades desconhecidas, culturas diferentes. Conheci, sobretudo, tantas Filhas de São Paulo, das quais se ouve apenas falar. Na realidade,éprecisoverondevivem,oque fa-zem,comoseentregamcomfé,coragemecomentusiasmo à causa do Evangelho. Voltando à Itália com uma boa bagagem de experiências, coloquei-as em confronto com as experiências de duas comunidades das quais fui superiora. Alba e Roma (Via Antonino Pio). Duas comunidades grandes, vivazes que, ape-sar das dificuldades e dos problemas, sabemedificar,sercriativas,manter-sedeolhosaber-tos, numa atitude de quem está preparado a “lançar-se para frente”.Numa conversa com irmã Filippina Busso, re-passando as lembranças comuns, de improvi-so, com olhos luminosos e voz límpida, irmã Filippinaexclamou:«Quevidabonitanóstive-mos!».Sim,Filippina,amesmacoisadigoeupara você. Que vida bonita nós tivemos, numa Família admirável. Admirável é fazer partedela!

ir. Lorenzina Guidetti, fsp

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CHegou Crer, a nova Revista dos PauLinos

Chama-se Crer, a alegria da fé, a nova revis-ta dos Paulinos, em todas as bancas (e nas paróquias) a partir de domingo, 7 de abril. Crer falará so-bretudo da fé popular:a devoção, as peregri-nações, as festas e as pro-cissões, envolvendo os

santos mais amados e conhecidos pelo povo. Com uma linguagem simples e acessível, apresenta, no Ano da fé, histórias que re-fletem a experiência espiritual de pessoascomuns,articulandoostemasdaféatravésde três seções: “Caminho”, dedicado aos testemunhos; “Verdade”, centrada sobreosconteúdos;“Vida”,quenarraosgestosquecaracterizam a crença. No mais, um dossiê central de aprofunda-mento teológico e religioso, a liturgia da semana com o comentário do Evangelgo do dia e muitas outras coisas.

nova PResidênCia da união dos suPeRioRes maioRes da itÁLia

Nodia 5 de abrilde 2013, durantea 60ª Assemble-ia Nacional da USMI (União dos Superiores Maio-res da Itália), ir. M. Regina Cesara-

to, superiora geral das Pias Discípulas do Di-vino Mestre, foi eleita Presidente, enquanto ir. Marta Finotelli, Superiora geral das Irmãs de Jesus Bom Pastor (Pastorinhas), vice-pre-sidente. Aceitando o serviço, ir. M. Regina assim se expressou: «Obrigada pela vossa confiança! Conto com a ajuda do Senhor ecom a corresponsabilidade e a comunhão de cada uma de vocês».Auguramos que ir. M. Regina e ir. Marta coloquem nesse serviço à vida consagrada e à Igreja toda a criatividade e a santidade da vocação paulina.

FP itÁLia: aniveRsÁRio de nasCimento do B. tiago aLBeRione

Quinta-feita,4deabril,aniversário de nasci-mento do Bem-aventu-rado Tiago Alberione, a Família Paulina presen-te em Roma (e arredo-res) se reuniu numa eu-caristia para agradecer, pedir e interceder. Um momentosignificativoe“familiar” na Basílica S.

Maria, Rainha dos Apóstolos, presidida por pe. A. Josè Pérez,ssp, postulador geral daFamília. A foto usada para o pôster reporta aos primeiros tempos de nossa fundação.O mesmo pe. Alberione motivava assim essa imagem:«Eis, esta é a fotografia queme alegra quetenhais, que exponhais, porque esses: Eu-caristia e Bíblia são dois grande tesouros que pretendo deixar às Filhas de São Pau-lo»(Alba1933).EucaristiaeBíbliasãoluzeforça,centrounificadordaFamíliaPaulinaemotivo (origem, substância, objeto) do nosso anúncio.

nona edição do FestivaL BÍBLiCo

Desexta-feira,31demaio,adomingo,9dejunhode 2013,Vicenza/Itália e cidades cir-cunvizinhas serão novamente o espaço do Festival Bíblico. A linha temática proposta para essa nona ediçãoversarásobreFéeliberdade,emsin-toniacomoAnodaFé.Aedição2013pre-tende aprofundar o tema da fé à luz dasEscrituras.Parabiblistas,teólogos,filósofos,jornalistas e artistas a incumbência de con-frontar-se, nos dias do festival, com um tema assim profundo, que será estudado exaus-tivamente nas costumeiras programações bíblico-teológica, cultural, social, artística e formativa. «A ideia cristã da fé encontrana livre revelação de Deus em Jesus Cristo – explicam os presidentes do Festival, dom Roberto Tommasi e pe. Ampelio Crema, ssp – uma experiência humana, individual e so-cial,existencialehistórica».

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uma janeLa soBRe a igReja Paquistão a noVidade teCnológiCa aPliCada à eVangelização

NoAnodaFé,emqueacatequeseéumdosmotivos do renovado empenho das igrejas locais, no Paquistão as escolas dominicais de catecismo para as crianças são oferecidas on line. Na arquidiocese de Karachi foi lança-doumnovositeweb(http://cssmk.org)quepermite a utilização de conteúdos visíveis e multimidiais na catequese das crianças. Tais conteúdos, preparados pela Comissão de Catequese nacional, são acessíveis on line e, portanto, à disposição de todas as paróquias nadiocesedeKarachi,mastambémnasou-tras dioceses do Paquistão. Atépoucotempoosinstrumentosdidáticosusados na catequese eram teatro, arte, canto, jogos: hoje, a esses meios foram adicionadas novas tecnologias audiovisivas. Consideran-doque70%dosprofessoresedoscatequistassão jovens e estudantes, será fácil utilizar as novas tecnologias no campo específico doanúnciodafé.

instituído o Prêmio Carlo Maria Martini international award

A Diocese de Milão instituiu o prêmio Carlo Maria Martini. International award para home-nagear a memória do Arcebispo que esteve à

frentedamesmade1980a2002.Umprêmio«afimdequeamemóriadobispoCarloMa-ria não se reduza a recordações parciais, mas seja sempre acolhida e vivida pelo seu valor total: um extraordinário testemunho de Cris-toRessuscitado,VerboeternodoPai».Sãoduasasvertentesdoconcurso:afigurade Martini e as Sagradas Escrituras em re-lação aos diversos conhecimentos, preocu-pação que sempre orientou o pensamento do Cardeal. Oprêmio é aberto aos cidadãos italianos eestrangeiros(tambémagruposde,nomáxi-mo, 4 pessoas) que tenham completado 18anosaotérminodoconcurso.Aredaçãooua apresentação da iniciativa devem ser apre-sentadasdeformaeletrônica.Otérminodoconcursofoifixadoparaodia31deagostode 2013, primeiro aniversário damorte doCardeal.

uma janeLa soBRe o mundoPrêmio onu Pela Paz a dom taban

Dom Paride Taban, bispo emérito deTorit, recebeu um prêmio concedido pelas Nações Uni-das pelo seu empe-nho em favor da re-conciliação e da paz no Sul Sudão. Nessa decisão foi con-siderado, em especial, o trabalho realizado

pordomTaban,hojecom76anos,comofun-dadoreanimadornasuadiocesedoGru-pos da paz da Santíssima Trindade em Kuron. Uma realidade nascida em 2005,ano em que terminou a guerra civil no Sudão, e que foi proposta como modelo de convivência e enriquecimento recípro-co entre comunidades até então em lutaentre si. O prêmio recorda o diplomata brasileiro SérgioVieiradeMello,mortoem2003, emum atentado em Bagdá, onde trabalhava como enviado especial da ONU. O reconhe-cimentoédirecionadoapersonalidadesquese distinguem pela capacidade de favorecer o diálogo entre grupos ou comunidades em conflito.

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CamPanha mundial Pela eduCação

“Semprofessoresnãoexisteescola!”éolemada Campanha Mundial pela Educação (CME) lançada durante a Semana de Ação Mundial para Educação escolar, promovida todos os anos com o objetivo de atrair a atenção dos meios de comunicação, representantes institucionais e da sociedade em geral so-bre a urgência de promover uma educação primária qualificada. A situação é muitograve, pois existem 61milhões de criançasquenãofrequentamaescolaprimária.Alémdisso, 75% dos estudantes dos paísesmaispobres assistem aulas durante dois ou três anos sem contudo aprender a ler ou escre-ver. A Unesco salienta que só na África falta um milhão de professores, e sete países do continente têm um só professor para cada cemjovensemidadeescolar.ACMEéummovimento mundial que congrega profes-sores, organizações humanitárias e grupos comunitáriosquedesejampôrfimaoanalfa-betismo de todas as crianças do mundo

ClassifiCação da liberdade de imPrensa 2013

A classificação2013 da liberda-de de imprensa em179Paísesdomundo, é publi-cada na relação da Ong interna-cional Reporters

sans frontières (Rsf). Os Países democráticos ocupamosprimeiroslugaresdaclassificação,enquanto os mais ditatoriais ocupam as últi-mas três posições: Democracia norteuropeia na primeira posição - Noruega, Holanda e Finlândia – ditaduras asiáticas em último – Coreia do Norte, Turcomenistão e Eritreia. Na Europa, continua a tendência negativa

dada á má legislação sobre a imprensa. É evidente que as democracias oferecem me-lhor proteção à liberdade de produzir e fazer circular notícias e informações investigadas em comparação aos países onde os direitos humanos são muitas vezes espezinhados. Elemento relevante, depois das mudanças políticas ligadas à primavera árabe, há um “retorno à normalidade”.Pela primeira vez Repórter sem fronteiras pu-blicou, também,um“indicador”anualglo-bal da liberdade dos mídia no mundo. Este novo instrumento analítico mede o nível ge-ral da liberdade de informação no mundo e a performance dos governos mundiais na sua totalidade no que se refere à esta liberdade fundamental.

uma janeLa soBRe a ComuniCaçãodia das ComuniCações soCiais:a Porta Como Passagem rumo a outros esPaços

AMensagempelo47º Dia mundial das co-municações sociais (12 de maio de 2013)intitulada: Redes Sociais: portas de verdade e de fé, novos espaços de evangelização, depois darenúnciadoministériopetrinodeBentoXVI, adquire força nova, especialmente com a metáfora da “porta”, evidenciada no títu-lo. De fato, a porta simboliza algo diferen-ciadoemrelaçãoàMensagem,significandodescontinuidade, limite de passagem para ir de um lugar a outro, ponto de acesso a outro tipo de relação.Ao lê-la pela primeira vez, imediatamente se percebe, na Mensagem, o convite do Papa paraque se assumaodesafioque as redessociais colocam à Igreja e à sua missão, bem como a continuidade desta com as mensa-

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juntos, de partilhar ideias, de manifestar a nossa autenticidade, de fazer comunhão. Pelo carisma, Paulinas e Paulinos, em ple-na colaboração e partilha entre eles, desde 2006, na Itália, dedicam maior atenção àMensagem e ao Dia mundial das comuni-cações (notoriamente transcurados) atravésda Semana da comunicação, confiando aosCentros culturais e às Livrarias São Paulo e Paulinas o empenho de organizar eventos e manfestações culturais centrados sobre o tema do Dia. Todososanos,em50cidades italianas,sãoorganizados eventos voltados para grupos específicos: convenções para todos, encon-tros para professores, catequistas, agentes de pastoral e animadores culturais, laboratórios musicais e momentos celebrativos. Mas tam-bém itinerários didáticos para alunos doscursos primário e secundário, com os já fa-mososhappybookoumerendanalivraria.Em estreita ligação com a Semana, organi-zamos o Festival itinerante promovido em colaboração com uma diocese, individuada ano a ano, caracterizando, concretamente, o empenho da pastoral da comunicação das nossas congregações. De acordo com o bispo eatravésdosConselhosdacomunicaçãodadiocese escolhida previamente, são promo-vidas iniciativas na localidade para “cele-brar” o cada vez mais complexo mundo da comunicação e para ajudar as pessoas a não viverem fora dessa realidade.As dioceses em que foram desenvolvidas as edições do Festival foram: Salerno (2006),Bari, Brescia, Alba, Caserta, Padova, Calta-nissetta,Avezzano(2013).EmcadaediçãodoFestival,aprogramaçãodoseventosévolta-da para os 5 Caminhos da comunicação: oCaminho do conhecimento, que refuta a relação entre a pluralidade dos saberes e a comuni-cação;oCaminho da beleza, que se manifesta atravésdomundodaarte;oCaminho das lin-guagens, que aprofunda as múltiplas faces antropológicas, tecnológicas e sociais dos mídia;oCaminho da solidariedade, que explora as formas de relação e partilha comunicadas mediante o voluntariado; Caminho da agre-gação, proposto como a festa da comunhão, qual fruto natural de uma comunicação pro-funda e autêntica. Para maiores informações, consultar o site: www.settimanadellacomunicazione.it

Cristina Beffa, fsp

gens precedentes. Bento XVI nos apresenta um critério positivo das novas tecnologiascomunicativas e aponta para os social net-work que representam a transformação dacomunicação com um impacto sobre a per-cepção de si, da realidade, das relações. No mundo digital, as relações não são apenas virtuais, mas reais, porque as redes sociais são«partedarealidadecotidianademuitaspessoas,especialmentedosmaisjovens»,umambienteemqueépreciso«esforçar-separaquesejamautênticas»eonde,«emúltimain-stância,secomunicaasimesmo».Bento XVI nos convida a valorizar o poten-cial das redes sociais para a promoção e o desenvolvimento humano e da solidarie-dade. E contemporaneamente nos solicita a melhorara«capacidadedeutilizarasnovaslinguagens não só para estar de acordo com ostempos»,masparaestarmosaptosaumacomunicaçãoeficazemque,texto,imagens,som, rapidamente envolvam emotiva e inte-lectualmente,recordandoque«énecessário,porém, que se reflita e discuta, com argu-mentaçãológicaepersuasãonãoagressiva».Senoambientedigitalseelevam«vozescomtonsdemasiadosinflamadoseconflituosos»,oscrentessãoconvidadosarecordarem«queElias reconheceu a voz de Deus no “sussurro deumalevebrisa”»enãonoventoimpetuo-so do sensacionalismo. A Mensagem deste ano dá um passo à fren-te em relação às dos anos anteriores, mesmo sendo continuidade das mesmas. As novas tecnologias, de fato, são reconhecidas como «dompara a humanidade» (2009), «um in-strumento indispensável» (2010), tambémse «mudama comunicação em simesma eomodode comunicar» (2011).Alémdisso,«asredessociaissãoopontodepartidadacomunicação para muitas pessoas que bus-cam conselhos, sugestões, informações, re-spostas. A Rede está se tornando sempre maisolugardasperguntasedasrespostas»(2012)e,sobretudo,sepercebeque«acultu-radasredeségeradapelosusuários,atrocade informações pode se tornar comunicação, amizade,conexão,comunhão»(2013).Web,internet,twitter,facebook,blogsãoter-mos que entraram em nossa linguagem co-tidiana porque, de fato, como Paulinas, não podemos prescindir dos mesmos no exer-cíciodenossamissão.Porém,nãosãoapenastermos da moda: são um novo modo de estar

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editoria: uma reVolução em Curso

AconteceuemMilão,nodia19demarçode2013,aterceiraediçãodaconferênciaIf Book Then, organizada pelo Bookrepublic para ten-tar entender como será o futuro do mundo editorial. Cronistas abalizados no panorama editorial internacional se alternaram apre-sentando estudos e dados ao público de trabalhadores do ramo e apaixonados, ten-tando delinear os contornos de um setor em contínua mudança. A difusão cada vez ma-ior de eReader e tablet, o crescimento do mer-cado dos ebook, a adoção do self-publishing, o nascimento do social reading e muitos ou-tros ainda, nos fazem compreender como a editoria esteja enfrentando uma verdadeira revolução.Seodigital influencianamanei-ra de produzir um trabalho editorial, mais forte ainda foi seu impacto sobre a distribu-içãoeredefiniçãodainteiracadeiadovalor.Muda a tecnologia, muda o modo de ler e o deproduzir,masafiguraquemaisdoquetodaséobrigadaaevoluiréadoeditor,quedeve compreender como reservar ou manter seu espaço ocupado, hoje, pelos gigantes do mundo digital.

a boa-noVa Chega ao deserto nas ondas do rádio

Difundir o Evangelho no deserto habitado por populações tribais. Levar a Palavra de Deus a quem não sabe ler e escrever. É a missão da Rádio Akicha [“luz”em turkana],uma pequena emissora - sustentada pela Ajuda à Igreja que sofre - que transmite da diocesekeniotadeLodwaresevoltaaostur-kana,umatriboquehabitaahomônimare-gião na parte norte-ocidental do país. Mais

de 60% da população local são nômades epastores sem qualquer instrução, e a Rádio Akicha oferece um preciosíssimo suporte no serviço educativo e pastoral. A grade de transmissão, com uma programação inteira-menteemlínguaturkana,compreendepro-gramas religiosos, como a leitura da Sagrada Escritura, mas também música, notícias eprogramas educativos que aprofundam nu-merosos temas: da luta contra as violências domésticasaosperigosdoalcoolismo,àpre-ocupante difusão do vírus HIV e da AIDS. Em2012, Ajuda à Igreja que Sofre doou aos projetos de apostolado midiático cerca de 1.300.000mil euros.A Fundação pontifíciasustenta a criação e desenvolvimento de emissoras de rádio, televisão, casas de pro-dução, site da Internet e periódicos cristãos em todo o mundo.

retrato da geração Y, semPre ConeCtada

O Rapporto Cisco Connected World Report 2012 anali-sa os hábitos das pessoas dos 18-30anos, crescidas com as novas tec-nologias. Uma fo-

tografiaqueexaminaoshábitosdosassimcha-mados‘GeraçãoY’–enascidosentreosanos80e2000.Segundo a relação, organizada pela Cisco e conduzida pela InsightExpress, o celular smartnãoéapenasumobjetocurioso,masodispositivo “mais necessário” à geração en-treos18e30anos,emtodososlugares,bemmais do que o computador portátil. Paraeles,estarconectadosconstantementeéa norma, e o dispositivo móvel o objeto mais desejadoe indispensável.Atéantesdocaféda manhã. Nãoesperamsequerocafé.Aprimeiraespia-dela – um tanto compulsiva - ao smartphone édadadebaixodascobertas,antesdelevan-tar-se. Se não podem conectar-se ao dispo-sitivo móvel, entendido já como extensão do corpo, sentem-se perdidos, ansiosos. E a maioria não tem problemas em admitir que controlam notícias, acontecimentos sociais ee-mailsdemodoquaseinconsciente;umaboaparte não consegue sequerquantificaras vezes em que faz isso durante o dia.

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Page 19: Anno V - n. 38 -  · 2013-04-17 · memória perene da morte e ressurreição de Cristo. Ele ... conhecível, no jardim (cf. Jo 20,11-18). Como humilde peregrino, ... ma religioso

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FiLHas de são PauLoIrFrancaFrancescaTeresaCarminati,de84anos-09.02.2013Alba,ItáliaIrPierinaMariaFrepoli,de92anos-11.02.2013Albano,ItáliaIrM.MaggiorinaGiacominaLuigiaAlmici,de95anos-14.02.2013Alba,ItáliaIrM.LorenzaMariaAngelaBinni,de86anos-02.03.2013Albano,ItáliaIrM.GiacominaRosaMonticone,de97anos-05.03.2013Alba,ItáliaIrEmmaGarol,de52anos-05.03.2013Melbourne,AustráliaIrMaryImmaculataLaeticiaVaz,de80anos-09.03.2013Mumbai,ÍndiaIrAlbinaBaruzzi,de86anos-09.03.2013Mumbai,ÍndiaIrM.AgnesinaCeciliaPinez,de72anos-16.03.2013PassayCity,FilipinasIrInesZuccherino,de74anos-24.03.2013Alba,ItáliaIrM.AureliaChiekoEbisumoto,de78anos-07.04.2013Tókio,Japão

Pais das iRmãsIrM.FranciscaMatsuoka(PaiKiyohisaTommaso)dacomunidadedeRomaCG,ItáliaIrElviraM.DePrisco(MãeElvira)-nafamília,Gesualdo,ItáliaIrTeresaJeongMinKang(PapàDuckSuSimon)dacomunidadedeSeoul-Miari,CoreiaIrM.AgneseRamolo(MãeAntonietta)dacomunidadedeLima,PeruIr Dena Scognamiglio (Mãe Filomena) da comunidade de Roma DP, ItáliaIr Aida Adriano (Pai Sisinio) da comunidade de Pasay CP, FilipinasIr Mary Jane Alibo (Pai Marcos) da comunidade de Bacolod, FilipinasIrAngelaGiovannaMorimoto(PaiYuuichi)dacomunidadedeTokyo,JapãoIrHelenaChoiChoHwan(MãeCheonImAnna)dacomunidadedeDaeJeon,CoreiaIrMildredChan(MãeIndalecia)dacomunidadedeEastHawthorn,Austrália

FamÍLia PauLinaFrFranciscoMajorinoPedrosoDaSilvassp,de91anos-03.02.2013SãoPaulo,BrasilPeMarioMarcellinoMancinissp,de71anos-06.02.2013SãoPaulo,BrasilIrTeclaAntoniettaMazzeisjbp,de93anos-17.02.2013Albano,ItáliaIrmãoChiarinoAlbinoRigamontissp,de81anos-26.02.2013Alba,ItáliaPeSavinoAngeloMarandolassp,de87anos-27.02.2013Alba,ItáliaIrM.GiuliettaEstherLeguizamonpddm,de76anos-05.03.2013BuenosAires,ArgentinaPeAntonioGregorioPinedoForondassp,de75anos-21.03.2013Madrid,Espanha

O Senhor é o meu pastor; nada me falta. Em verdes pastos me faz descansar e conduz-me a águas tranquilas. Conforta a minha alma

Salmo 23

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