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PPEÇOS: MO RIO-500 MOS t5TAD05.«.»60O ANNO XXXII RIO DE JANEIRO, 8 DE MAIO DE 1935 ©(1 (£a) N. 1544 cg.c5§ aaaaaafl¦¦,lfc--H KtI ^"*"\l..J_-_--L I ^_D li: ©© Azeite i2«2itonà viu naj9nelia um pobe e, supondo tra- tar-se de^melado^ue era o seu fpaco, desejou sabo- rea!-Oi Wy i^P*^A'___W^"—— Êm* *»¦ Ueu um pulo, mas, na preci- pitaçao, o pobe, que continha mesmo melado, virou e Iam- buzou-o todo. Para maior* castiçjo de sua ma... .r. ycçao, um enxame de abelhas, aHrahldo pelo cW- ro do mel, cahiu-lhe em ei ma, a ferroada^. Azeitona -Ficou em petição de miséria...

ANNO XXXII RIO DE ^ D li: ©© cg.c5§memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01544.pdf · cina de gravador que preparava clichês em açopeia figura do homem com o bacalhau ás costas,

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PPEÇOS:MO RIO -500MOS t5TAD05.«.»60O

ANNO XXXII RIO DE JANEIRO, 8 DE MAIO DE 1935

©(1 (£a)N. 1544

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Azeitei2«2itonà viu naj9neliaum pobe e, supondo tra-tar-se de^melado^ue erao seu fpaco, desejou sabo-rea!-Oi

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Êm* *»¦Ueu um pulo, mas, na preci-pitaçao, o pobe, que continhamesmo melado, virou e Iam-buzou-o todo.Para maior* castiçjo de sua ma...

.r. ycçao, um enxame deabelhas, aHrahldo pelo cW-ro do mel, cahiu-lhe emei ma, a ferroada^. Azeitona

-Ficou em petição de miséria...

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O TICO-TICO S — Maio — 1-J35

COM \ FITAVERMELHA

DE GARANTIA

— SI me fivesse dito que era **35j|»jrcom sabonete EUCÁLOL, nãoprecisava puxar tanto I

t.i.rl.r -

eoNEIÊ

Éue&.olC0RRE5P0I1PEMCIA PO DR. SABE TOPO

SABUGUEIRO (Florianópolis) — Pôde você mes-mo fazer a selecção das sementes, pelo tamanho c cpn-formação. Não é indicado expor a semente a tão longaexposição ao sol.

NÓRBERTO BRAGA (J. Fora) — Pelo correio en-viei os estatutos dos collegios que citou. Por que não sedirigiu directamente áquelles estabelecimentos?

VE'RA (Rio) — Recebidos os trabalhos de JoãoBosco. Muito grato ás referencias feitas ao "O Tico-Tico".

OSMARD FRIAS (São Paulo) — Pôde você prepa-rar.se em qualquer instituto de ensino que mantenha oscursos chamados pre-vcstibulares.

CA' DE LONGE (Fortaleza) — Se você sc especia-lizar na arte de imitar o trinado dos pássaros, comodiz, não vejo inconveniência em se exhibir perante opublico. Seu trabalho sahirá cm "Meu jornal".

MESTRE ESCOLA (Bahia) — E' bem nobre a sualarefa de ensinar a ler e escrever aos meninos da fazen-tia do seu papae. Como premio da sua bondade enviohoje pelo correio, ao amiguinho, um livro de lições decousas.

SUZETTE (Manáos) — Enviei, pelo correio, Os es-talulos do collegio a que se referiu.

CHRISTINO VIEIRA (Florianópolis) _ O Estadodo Vaticano tem seu embaixador junto ao governo doBrasil. Esse embaixador é S. Ex. Rev. I). Bento AloisiMasella, socerdote dc alia cultura e de peregrinas vir-I udes.

OTTO VENTURA (Curilyba) — A enguia _ umpeixe do feitio de uma cobra c que tem a pelle liza eescorregadia.

NORMLNHA (B. Horizonte) — Glycose chama-se aoassucar da uva c do amido. O gombo é uma planta dafamilia das malvaceas.

ARCO-ÍRIS (Natal) — A mulher de Christovão Co-lombo chamava-se Phebo Moniz e era filha do fidalgoportuguez Bartholomeu Perestrello.

JOSÉ' VINHATEIRO (Pelotas) — A regua dj ma-deira que serve para se verificar a altura das pipas oudos tonneis chama-se párea. Recebi sua collaboração.Aguarde a publicação, que será breve.

REBUSCADOR* DE TERMOS (Belém) — O termo étechnico, como diz. Chama-se peaça a correia que pren-de o boi á canga. Recebi.

CARLINHOS DUTRA (Sabará) — Por que não fa-lou você a seu pae? Ponha-o ao corrente da sua enfer-midadè*.

CAROLINA (Victoria) — Recebi seus trabalhos,que foram entregues á redacção, para publicação.

ALBERTO LYRIO (Victoria) — A ordem dos ba-trachios tem a familia dos ranideos. Nem todos os tu-berculos são de fácil exportação. Não conheço o tecidoa que alludiu.

ODETTE LIMA (Rio) — Já foi enviado pelo cor-reio o premio que lhe coube. Recebi a. collaboração eentreguei a Meu jornal.

AMAZONENSE (Manáos) — A Índole do povo bra*sileiro não é guerreira e só isso justifica o julgamentodo seu amigo. O Grande Concurso Brasil apparecerábrevemente n'0 TICO-TICO. Grato pelos comprimentos.

NÃO TE ZANGUES (Çurityba) — Dos oito dese-nhos enviados só um foi feito com tinta nankim e serápublicado. O julgamento é semanal.

COLLECIONA LIVROS SABER E' FONTE DE FELICIDADE.

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8 — Alaio — 1955 3 - O TICO-TICO

I

l^^ipvl "GRANDE CHCHRSl' lU^^-jí

•H^ jAÚm* Entre os inúmeros prêmios 1 *lh-^^S*^tS^ l(í^?^i^)) 1>^ta»^$^ que serão distribuídos no 1 VxZ/nwZfl *? v^''7vv>y J'^^P**"^^^*^SgjS>l| "Grande Concurso Brasil" & ^Ur=^ ^s^à^ M

JSffiÊy *^»J| que esfá sendo organizado &\ >H

jBjF^ 'XÉJ polo "O TICO-TICO" e já ofi- |9L .^3"^ ítíj^ ^X tB ciliazado pelo Departamento H^ ^LWl

lz* ^ «. de Educação desta capital [ Êi>j5tefiBB^Ér<.^t»*?*"™"^^^^ jfâp^y^fc e ^e var'os ou|,ros Estados, gS^^g»«'**'**-**^3§^

í it^^línl^x^Z JrlF^^lpy^ c-es,acam"se as <-*ez magnifi- je^**' ^^B

IbT^vliÉ^gjfe*^ 1^^»--^^^)) cas bicicletas inglesas >^r ^B\^^^v^,^;^ ^^^iW^Zf)m "Splendid Conventry" para V uf^1 ^\ V

^&4'j_\B^y N^üj^íí' ÁM meninos e meninas, no valor M /\ "~%

$& de Rs. 400$000 cada uma. 9 jf^ZZ^À, y^^fff^\ 1¦£c»9k. AwW/m Estes 10 prêmios maravilhosos I i^'^^™ ¦" i^r\V/^ I

¦fe^ ^àm%' sõo oferecidos pelo afamado I TB^» *$ fi^7^?^'^) Ifl .

^g-^.^ggpS '

ELIXIR DE INHAME, \^^^^W'fJ %J/M\^â&B*mT*^mm^mmT******mwfmmm*àWÈ conhecidissimo depurativo {L^^l-i»--^ ^^s^t^m

,1 fortificante, e foram adqui- mi Ãmridos no Estabelecimento HL JS/m

Mestre

& Blatgé, á Rua 3*%v ^L% "''

do Passeio, 48/66 - Rio. ^^^mmmm^mW

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d) -ÊMinJ/AA LOlIJ U è)o E BANAMEL , _.,...,ATTE.NÇAO RAPAZ IA PA '

-TOTAL DL BANAÇÍKICK 'M$CRl ^TO^ IO.60ÍI

v

A**íX_J AX-l/»<J>l_^pGÕkí í^^_»»^t(3tl.5UciTVli^l^í- t, *4 S> lrOiAA-9. ¦CírnJFoí <e) LpAi!*, /^A^-íMA<dU)/o3 aao4-«-oo xfc^CM ton^rtl-jpcyiko* _-oí *rvr\da i-i.<*a A**- «^ l-ccíUÁdí^.<iU«_i .rctta 3 '!t?« JaaJlLo t-õcLcrt w j&tjCuv* «muí-a/vw. j(AA-SCi_.j(__*t» C«i« Co

57a FABRICA DoCEVlTA Rua R«cnes Aires 87-R'oJutrilc i*wio "' Wo.nacontbS -toa-« a vn$c.vVpCiXO tvoBândciub vio caAtqot>a Ao Banascc^o

"puomtf .po» extensoítcaetÊíjc <crr\p\otb

e.Ac\à

¦{tom* do po* o-u K4pon<«!iv/éL

ESTA SUÁ PERíitINTA NAO E NOVIDADEPARA MIM, PiAUHYENSE VELHO DAÍCHAPADAS / A&ul NO Rio MESMO o TELEPHONE ME AZA)CRINA_ Q DIA IN TH-R.O • O PoVO COMPRADOR PO BRA*XI t» VEM SEMPRE PA<ÍO,PA<TOePAÇOCAS SEM NApà R6C6BWEH RETRIBUIÇÃO PeLA 5UA GENE-ROSIDADE 6 PE^E-BÔlSMO? A<-oLRA, NOS CHECAMOS E OFFERE-CEMO$ COU5A$ DO ARCO PA VE-7LHA 6 A*CAmbadA' PENSA Q"E/TUPo l$So e' PAIÍOFÍA DE FA"

' - ¦ RinHa AMARELLA DO PA-RA'/ HA5, VAQUEIRO

AMI60,N05 5oHO$Pao BRA^It E

I (e'uma 1 l^v-J ONÇA. 7>\\E*5E ^

Bana-, J ív

querFrÁ?] 1$.banavita, ç%\FAu-A, Eü^iÜ^S

/> IKra^ 'naíváqüêiro rR ^)/4l¦ vtígG amiíSO, N05 5oHO$ >¦ Ç-UW^^J%

^''£n_# M' M&MrWiy

ATE'3" PE MAIo,NO DlST FEDERAL E31 DE .JUuUO.NoSESTADoS.VoDoS 05M0SS05 DOi.ES COMTERAO DENTRODAS SOAS CAIXAS ÜH BAWA^OHTO/COM Z BANACONTOJ, DENTRO DES$ePERÍODO,QÜAUCJOER MENINO Do BRA-ZIL PODERÁ' INSCREVERA como BA-NA5oqoDoBANACLÜB,EB,EC66ER5ÉU t-iNDò D1PL.0MA E DEPotS FRÊ-

oEMTAR A 5ÉDE DO BANAO-UB CN-E ToDAi AS DIVER5ÕEÍ ^CRAo ^RA-|TUiTA$ E HAVERÁ' MILHÔRG3

D'EULA5. A GURYÍADA POSEStADOí COMPRARA' C€>MOS 5E05 BAMAPERRCS BRIN-

QUEDOS A' BÊiSA, LIVROS. <HRo-fios etc,e aooi nos*•^ Estaremos a

Soa int-eiradisposição para\

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UEVO A M£-|LHOR IM-»CESSÃO

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VORTO A0À'\PiAuuy J^e^^"TiSSI^fo,

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UM VAQUEIRO PIAUHYEN5E ENTREVIRTABANAVITA,DtR5TTQR DQ bANACtüBPlAUHYENSeyOCE EOM TRUNBO' VOCÊ

" *ÉU PEReRE^OMERECEMACRÜ-2.PE FERROPA BA NA-

i-AN PIAÍ'.'TENHO APALAVRA

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BAMAvlTA.EU EMED CA'H-0 FI2EM0EJÍA TRIV15ÍIA PASHARíE Do POT»'ikte'a capita'pe-'PERA' P'RA LHE IN-TRCVISTA' SOB ESTACUNVERSADE BANA-CRÜB- NOS ROEREHO UMA 5ASTlFA<:ÃftRlUEREMO SABE O)-MO TUPo ISSO VAECUNTECÉ;PRUQUEviA5 E o í^uE VAlK-CE5 ÜFFRECEM AONOÍÍOS FIOS, AP0I5ELLE5 So FARTAHNOS MATA'CUHPRE6UNTAÍ/

K£Ai/A FABRICA DOCEVITA NÃO QOERSÓMENXE RECEBER SEM NADA DARlUMA GRANDE PoRCEMTAGEM DA$NOSSAS VENDAS REVERTEM em gg.NEficio DA (SUR-<SADA po BRASfL.,d'aui a fundaçã'o do Banaclub.'NU<JCA SA «IRA tlMA CA» VA bE BAMA-^'TA.gANAMIUouPANAMEL. 'DA NOSSAFA5RKA ÍEH QU^HAJA DENTRO DA HES-MA AL<VUM DINHEiRo DA REPO-blica pa banalandia; BAHAFÊK-Ro> 00 &ANACOMT05

continua, \iRy/to

L——1 eyl$ y

A TUA RETHO-RICA E'5M-BUME, BANA;"^/,,

^fSmma^Ã f if^^^C^v\^&FWaa%^rV

(^/Ê^ANA/wblicoI te[AMICÍO

' NA SEHA^A y1^-;^YIHDOURA MA<5/ ftfP^*BRINCADEIRAS ^

MORAL.,

y^ BANAVITA,6ANAWLK E BANAMEL 5AO.~ <^ DOCES EXCELL ENTES, PRE PARAP05 vJpOH

*£^ ESMER,0 ECUI9A0O SOeNT^flCOXO-MO S06RENE2A$,SÃ0 DE ÇI&NDÉ VA-U)R NUTRITIVO, POIS SAO RKAS EMVITAMINA AB'C. ^. ^ a. a. « •»

Toda correspondência sobre os "BANA-BOYS" deve ser dirigida á S/A. Docevíta,Rua Buenos Aires, 87 — Rio de Janeiro

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fTiÇOt v_íi ^s—;—- ««i. -gg^ Jsfcx_ t-ias* .->»-» J *-¦*¦ L.A*.¦v *»"* ,.-*¦• v.A*-aL tH-j?» ij*%g

Redaetor-Cliefe: Carlos Mauliães birrctor-Gerente: A. de Souza e Silva

ClÇGCÒ v\ ír^íyJkw^ VàirúrCincoenta annos no Brasil

Meus netinhos:

Todos vocês conhecem, por verem nos jor-naes e nas revistas, a figura do homem com u: ibacalhau ás costas, reclame da Emulsão de ScoU

c:-am enviados exemplares ás principaes folhasr' > província. Todos os jornaes publicavam a ro-i.-ame do remedio, que adquiriu justo prestigio,dada a sua efficiente actuação no organismo. Foital o desenvolvimente que tomou no Brasil o con-

de Óleo de figado de bacalhau, o remedio que sum0 de Óleo de Figado de Bacalhau, crú e emfoi o tônico dos avós e dos paes de vocês e que Emulsão, que seus fabricantes se viram obriga-continua a ter a acceitação e o comsumo alcan- dos a montar no Rio uma fabrica para o preparoçados por todos os bons productos da therapeu- do medicamento. Esta fabrica recebe o óleo dastica. Vovô diz que esse medicamen-to foi o tônico dos avós e dos paesde vocês porque foi ha cincoentaannos precisamente que surgiu homercado brasileiro a Emulsão deScott, logo receitada pelas maioressummidades médicas da época comotônico, fortificante e preventivo datuberculose pulmonar, a terrívelmoléstia que é o flagello da huma-nidade.

A popularidade desse medica-

O homem com obacaiháo ãs costas.

grandes refinarias da Noruega(Ilhas de Lofoten) — onde o ba-calháu é pescado — e prepara aemulsão por processo mechanico-;modernissimos. A glycerina empre-gada é nacional e foi consideradade 1." qualidade pelos Laboratóriosofficiaes d a America d o Norte.Depois dos estudos scientificos so-bre as vitaminas, o Óleo de FigadoScott e a Emulsão de Scott desper*taram redobradas attenções dos mc-

mento fez-se rapidamente por todo o Brasil. dicos, visto a formidável riqueza em vitaminas.homem com o bacalhau ás costas foi um dos pri- verificada naquelles productos.meiros cartazes a apparecerem nas drogarias Nesse meio século de successo da Emulsãc

pharmacias. Nos jornaes era esse o único clichê de Scctt, muitos meninos tonificaram o orga*a illustrar-lhes as paginas; os jornaes não estam- nismo, prepararam energias, ampliaram a vida.,

pavam gravuras; no Rio havia apenas uma offi- tomando o popular remedio que é annunciadocina de gravador que preparava clichês em aço peia figura do homem com o bacalhau ás costas,para illustração de livros. O "Homem com o ba-calháu" vinha prompto dos Estados Unidos e VôVô

SÊ PRUDENTE. HONRA A PÁTRIA.

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O TICO-TICO — 6-^ 8 — Maio — 1..33

Aa ..

Os scientistas nos aftirmamque as borboletas chamadas "ze-

bra", reunem-se no mesmo logai

para dormir, todas as noites.As borboletas chamada zebra,

reunem-se todas as noites nomesmo galho para dormir, porém,a maior parte das borboletas pas-

sam a noite dormindo sozinhas,entre as raízes de alguma tou-ceira de capim. A "zebra", en-tretanto, reune-se em grupos decerca de 60 para dormirem jun-t?,s como as gallinhas num gal-linheiro.

Um naturalista descobriu isto•

marcando com pequenos cortesnas asas um grupo dessas fcor-boletas e na noite seguintee asreconheceu no mesmo galho.

Uma outra uorboleta notávelé a chamada real, que se encon-tra ás vezes voando sobre o mar,a muftas Milhas da terra, paraonde voltam depois,

A C^E A LOuviram do Ypirangi as margens

>' plácidasDe um povo heróico o brado retum-

bante,E o sol da liberdade em raios fui-

gidos,Brilhou no céo da Pátria nesse ins-

tante,

Se o penhor dessa igualdade sConseguimos conquistar com braço

forte,Em teu seio, ó liberdade,

Desafia o nosso peilo a própria mor-te!

O Pátria amada,Idolatrada,Salve! salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vi-vido

De amor e de esperança á terra desce,Se em teu formoso céo risonho e

límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,E's bello, és forte, impávido colossoE o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adoradaEntre outras __.il,E's tu, Brasil,O' Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Deita.do eternamente em berço es-plendido,

Ao som do mar e á luz do céo pro-fundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da Ame-rica,

llluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garridaTeus risonhos, lindos campos, têm

mais flores,"Nossos bosques têm m£.is vida","Nossa vida" no teu seio "mais amo-

res".O' Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil de amor eterno seja syrnboloO lábaro que ostentas estrelladoE diga o verde-louro dessa flamula— Paz no futuro c gloria no passa-

do —

Mas se ergues da justiça a clavaforte,

Verás que um filho teu não foge álueta,

Nem teme, quem te adora, a própriamorte.

Terra adorada,Entre outras mil,E's tu, Brasil,O' Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

kVW_WW V*WV^JVVJVVV^t^^V^r\rjV.VSm-^^^^^^mJ^JVm'.VJ^.WVS*-m-

h E u

ííÊÊ » -I.mm ^tó»

Çarl von Linney,grande naturalistasueco, conhecido nomundo inteiro pelalatinalização do seunome Linneu, nasceuem 1707 e falleceu em 1778, foi o

grande scientista que classificou as

plantas de uma maneira systema-tica, acabando assim com o cháos

que havia na botânica. Foi, porcerto, o homem que mais contribuiupara transformar a botânica emsciencia.

Linneu é natural de Rashult,Suécia. Assim que aprendeu a fa-

h 11 s_«\ iiv^pl H_JIC \\ I«HÍII..II..H.I11I.I ____KJgii\ \) »0_/& ill I „l_K____Sv,^'"*k I

lar intéressou-sé grandemente pelosnomes de todas as plantas queexistiam no jardim de seu pae. Aclassificação de Linney é perfeita,de maneira que hoje, após os no-mes latinos, se vê sempre "Lin-

naeus". Assim "papaver somnife--ruml Linnaeus", é a dormideira,

Linneu viajou muito pela Eu-ropa, tendo percorrido também aLaponia.

EVITA OS VÍCIOS. PREZA A TUA PALAVRA.

_..-.

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8 — Maio — 1935 — 7- O TICO-TICO

tCRRB PRCDCSCIOÜDB _*>^A^^^i^WV>/VVS^/'^SA^A>N^i^^^*ij«.^^'V-^S^^^ij"«"-.^^^^/t

Embora o povo não queiraE seja, ás vezes, profano,O brasileiro é catholico,Apostólico e... romano.

Desde que o Brasil surgiuPara a vida, para a luz,Que Cabral o baptisouPor terra da Santa Cruz,

A' bahia onde aportou"Cheia de graças" e encantosPuzeram nome sagrado .Como o de "Todos os Santos"-

E á cidade que depoisAli nasceu, com fervorDenominaram tambemTerra de São Salvador,;

A cidade-capital «Da nossa grande naçãoPertence tambem a um Santo:E' de São Sebastião.

Das velhas capitanias,(E' um caso bem eloqüente)Teve uma o nome de Santo,Que foi a de São Vicente.;

Das Províncias, hoje Estados,Tiveram dois esta sinaPe nomes santifiçadosComo Santa Catharina;

E o outro grande, um portento,Que possue ruidosa fama,Toda gente logo vêQue São Paulo elle se chama,

Do Maranhão, lá no norteiA Egreja sempre bemdizA capital luminosaQuè se chama São Luiz.

Os accidentes geographicos,A vos declarar me arriscoTêm, tambem, nomes de Santos,Como o rio São Francisco,

r*-

(Ao Sr. Conego Olympio de Mello)

Santa Barabara, São Pedro...De Santos é grande o stockEm cidades, ilhas, montesE em cabos corno o São Roque.

Em muicipios e villas,Bairros e ruas nem faloS. João d'El-Rey, Sto Antônio,São José e São Goiiçalo.

Quem fôr atheu fica crente,Pode ter disto a certeza,Si morar uma semanaPerto de Santa Thereza.

Si não ficar, com a razãoDo caso ninguém atina,Principalmente si forAté Santa Alexandrina.

Quem quer estudar deveras,Ficar sábio num momentoSobe as escadas do morroMatricula-se... em São Bento.

Na Estrada de Ferro logoSe nota esse mesmo jogo.Quando, ao começo da viagem,Encontramos. .. São Diogo.

Em seguida São Francisco,São Christovão e outros tantosE a prova é que, num resumo,Se encontram... Todos os SantoSj

E pra maior confusãoDe incrédulos e de atheusAté na Serra dos "Órgãos",

Se aponta... o Dedo de Deus.

Que ha de guiar o BrasilPelas estradas da vidaPra apparecer forte, comoA Virgem Apparecida.

Pois até no céo distante.Lhe servindo de roteiro,Para o alto, para a GloriaBrilha, offuscante, o Cruesiro!...

EUSTORGIO WANDERLEY

FESTA DO SIÃOEntre as festas typicas do rei-

no de Sião a saard é a maisinteressante.

Dansa do Sião

Pata a cerimonia do saard, os

príncipes sianezes trazem para opalácio de Amarindra, umas ba-cias pequenas ou outros rece-

ptaculos contendo uns bolos es-

peciaes para os padres que pre-sidem á cerimonia. Uma destasofferendas é composta de legu-mes e fruetas.

Desses legumes e Iructas ta-zem-se torres, bandeiras, figurasreligiosas, figuras humanas, etc.

Balas de [ruetas

Os desenhos são então julga-dos ê aquelle quê for melhor ar-tista desses modelos merece uma"grande honra, que é disputadis-sima pelos artistas siamezes.

A TERRA E' UM THESOURO. AR E LUZ SAO TÔNICO

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O TICO-TICO — 8 — 8 — MnU, — ,950

ISffliâcDdai (Bmgfaimm CiD

I immW taaaflSY C—*aW^_l^B_-__ I jHH HaafS C* \

Quando Lamparina e Jujuba voltavam do "'café" da estação onde foram comprar balas, foram detidos por uma senhora que entrava e que perguntara:

— Vocês não viram meu marido? — Lamparina não se aperta,e, apezar de nunca ter visto o homem procurado, esticou o dedo erespondeu, apontando um senhor: — "Oia" elle ali, "Tá". ,

íB Br «

—¦aa__L_i__—/ -—ii —!—.—L__—! !—: , II—twMswMmt —!_J—í—i_SI____.. .comprando bilhete "pa" "Barra". A senhora bufou, tremeu toda, . . á bilheteria, levantou o pé direito como se estivesse num campotirou uma linha para cima do homem inclinado em frente. ... de "foot-ball" e záz! Lá se foi.

¦"¦"'" ' ' U ' " ¦¦ ¦' ¦" "¦ ' ¦ » ^^^^»r **,•• ' jgrms^^^YésCmmr, y^í -^^Bp^^T^^^^^^^^--^ '.....-¦-... . - ¦, - '-^^ "TB

... o melhor "shoot" que ella dera em sua vida. Deante daquella . . homem voltou-se. Não era o marido da senhora! — Lamparina«aeressao inexplicável, o. . . chispou,A ESCOLA E' UM LOGAR SAGRADO^ TEU MESTRE E' TEU AMIGO,"

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8 _ Maio — 1933 — U O TICO-TICO

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pela» mosca» varejeiras. mM-' ' M-B"T'' ''

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\-^V CoVll , 1/1/1/ //,'///,''/'!l!j}l^r^ ___¦ '¦'"** Í

H^ ' -''í___Í8S^N?^____r_B i - __Bl-_i 9Árm\\Sri jtíSSn^A l_\Ya___ r

rançws-Maric Arouet, que tomuu o nome de Voltaire,

AWf.jr^ jf___j ;.''-/ c°m » idade dc 24 annos, foi um dos mais celebres es- I

., wBZ'r '4_fl|__ "--.'<—*fèá •'• criptores francezes, o que r.ão o Impediu de ter a mama

m\ '

Pat® ' '¦¦ ' A _*"?^ A;J)fIJw^^^^^_S. extravagantissima de roubar velas.

4s2_fc? jtmvB (__T «f ^^ '" :>5^^JPff eí 1*J___?> ~ õ. 1'\m - -' K nÍ^HhM_9B ! 1» i fi 'Úi^=Cti Ti1*'

^^'"" ^''^ -'""* V"''5!"..'.. £*p_>j i/_v

mmW'¦-' _r f,W*W ]gT«<H-^Wi_-)..T "§K rW/%&^ > Mm mWmmmW mW/Ámf,fííA i ilV-VAlvl *V ' ** ''"¦ >/ làH I_P>" / j/ír^ 3ím&PC<&^*^ •j* l/t*&êi _9 5«f -' -^%5f?- í mwl/IA 11 miWiBi^ fcA Th. *0. f •' jH <_5_r /^ É»' árV /^ Si 4M_ 'iV' '*'«**_'- fi yjBl/flaVV—..W 1_'.^~'^ ~^^^B_. ¦

1 _Hf, -__í_ííí^^4. *§? /# IPIí^w**__B -'7 Vs._---WW-B-_>--B-^,^í\nfn^^tB-r_y«X^VX-ir>-Vr^ í" ___L j' aHrT» ^^ Jíí* As^ i5Ç?- jmm\ .-_P^HP wí_rT_Vy_B ^* -\ S-Utl m^mwm. T nlTS-^lay^ ¦ ./ •

:___B _B *< ** ^r >flrct! a.';L 47^ AmmW* ¦" ' *7____lffl/i_R-_l?L I?'___«£__WiJ__La13m »_RÍl_Rf.í__Ê. __r 'íafiiv -í^ÉÍ f __W P_« ¦' *fi« 'n>_*».*!'//-,• ¦ ; SEeíCÍKAi* ¦liV-. «s» -_¦___ !!_" _S«_____E íJ Jm a, b_h¦ '^^^ S_ i^& ' __i __ril»l_l_P^M__^^^^

-l *" ' ««~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~^|

Entre os insectos não soclaes é muito raro que os prv_s __^___|_^__||__fl íBI «»e prccccupem com a sorte des filhei. Entretanto, ha * • (1 . J? certos percevejo» do matto (hemipteres), da famiü.-. ' *2

doa pentatomideos, que protegem oa filhote* durante r .''{[" '*;

W «eu desenvolvimento occultando-oi como uma gallinha K 9f'¦ ' V*K

H .|i '°* pintos quando »e approxima akum inimigo. . ' "r '

J.v S

CONSOLA O DESOLADO

No fundo do mar tão encontrados innumeros animae.i fi-

xos de rara belleza í que se semelham a verdadeiras fio-

re». Estes animae» (caelenteriosj »ão tão rudimer.Ure»

que um «cientista — Trembley — conseguiu cm intere»-

aantet experiências virtl-os pelo avesso tem que os me»-

incf sctfressem a mir.íma perturbação,

jí-iPÍJTA OS MAIS VELHOS.

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O TICO-TICO — 10 — 8 — Maio 1935

Às aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney e M. B. Iwerks. exdnmndade par* O TICO-TICO em todo o Brasil)

, TV i , .-^¦¦- --7, "7^^~Si ^m - b: J| : i. -***«— '" .- ^3Séfii: "Ú — ->*• — i.--^-i. ¦- ., Mi__.-f.iiii _

Mickey, aggredido. não pôde convprehender o gesto de Horacio, hypno-!tizado pelo raio hypnoüco dos profes-<sores Eçks e Doublex.

Que se passou com você. Hora-cio?

Eu tenho meus senhores, meusqueridos professores Ecks e Doublex!

— Horacio, você está louco? Que fi»zeram a você

— Eu me interesso pela fragilidadedos cachimbos de barro !!!

^s^**\z.vel

'of« tu/**?^

*•%*

— Horacio, por favor, ouça-me fi. — Sei que as. cadeiras têm pernas etêm braços !!1

Emquanto isso se passava na casamal assombrada. Minnie Mouse en-contrava uma carta reveladora!-_fr

E a carta dizia-: — "Sr. Mickey Mou-se — Estamos aperfeiçoando uma in-vensão e precisamos de vosso auxilio...

J *>' I 0

_btt.T-_—'f-.™ ^_^ <^_.«ij L,. . .-Venha ã nossa casa hoje és 10 ho-

aras. — Prof. Ecks. Prof. Dcublex",-larabella toma a carta das mãos de.._

.. . . Minnie Mouse e. com espanto, ficasabendo do seu conteúdo. — Vamos já_ policia! —' exclama Clarabella. —...

.. .Vamos dizer á policia onde es-tão Horacio e Mickey! Na casamal assombrada Mickey Mouse...

. . .interroga Horacio: — Por queetc espanca desse modo?

— Você é meu inimigo! — res»^onde Horacio. — Meus amigos...

_-____•.. .e senhores são 1-cks e Doublex ! ?— Horacio, por (ave., diga-me o queaconteceu?

— Napoleão ê meu amigo e eu sou...

fP^WSÊ DfLlGENTE

um queijo suisso] E Mickey Mou-se. num desespero atroz constatava queHoracio estava completamente louco I

(Confinúa no próximo numero)

NAO DESPERDICES O TEMPO"

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ANNO I

Órgão dos leitoresd'O TICO-TICO MEU JORNAL

DIRECTOR: — Chiquinho — Collaboradores: — Todos que quizerem

N.< 7

A creança diz nojernal o que quer

A vingança do pequenochapéo

Bananada era um homemniáo que gostava de malva-dar com as creanças que, en-contrava no jardim publico,próximo á sua casa.

Um bello dia, de ma^hãcedo, Bananada encontrou-se com um menino, seu vi-zinho, no referido jardim,conhecido por Chapéo edeu-lhe uns puxões de ore-"lhas. Chapéo sahiu chorau-do e jurou pregsr uma peçaao Bananada.

Uma noite de luar, Bana-nada sentado no terraço desua casa, concordava comD. Sibiria, sua mulher, fazerum pic-nie distante de suacasa, em logar que tinhaumas arvores muito frondo-sas.

Chapéo, que estava emcasa, percebeu toda a con-versação tia D. Sylvia como Bananada e guardou namemória a data em que seia realizar o tal pic-nic. Nodia determinado, Chapéocomo já sabia, foi cedinhopara lá e trepou-se em umdos arvoredos, municiadocom uma latinha cheia deareia e escondeu-se nas fo-lhas.

Quando o Bananada che-gou com a familia e os con-vivas, eslava muito alegre etodo risonho: arríou todosos comestíveis e bebes to-mou logo uma formidávelpinga da bagaceira.

Logo após, quando todosestavam troçando, o peque-no Chapéo deu inicio aoataque de vingança... jo-gando um punhado de areianos convivas.

O Bananada, surpreso,olhou para um lado... olhoupara outro... e não viu na-da... os cabellos cresciam...sentia arrepios de frio pelocorpo... disse então para afamilia: — Este lu... gar émal assombrado... tem Sa-cy-pererê. . . estou sentindoa orelha passar 'i cabeça...credo em cruz... Ave Ma-ria... São Polydoro... meuDeus!...

Chapéo, ouvindo elle falarem Sacy-pererê deu um as-sobio fino, uma gargalhadae jogou com força unr pu-D ha do dc uréia em cima dcBacanada.

EM LEILÃOEntrara boje em leilão os

seguintes rapazes e moci-nhas da Rua Dr. Silva Go-mes:

Quanto dão: pela lindavoz do Washington? petogênio infantil da Lálá? pelobigodinho de D. Juan? pe-los cabellos da Helia? pelomoreninho do Octavio? pelaaltura da Ottilia? pela deli-cadeza do Henrique? pelagordura da Hclly? pelos mo-dos -'o Seraphim? pelos ca-bellos louros da Angelita?'pelos dentinhos do Manoel?pelos sorrisos da Lúlú? pelacalma do professor? pelosolhos da Maria? pela posedo M..rio? pelas unhas daOctacilia? pelo tamanho doJayme? pelo orgulho daAdaltiva? pelo andar do Jo-sé Lúcio? pelas ondas daOsmarina? pela bondade daD. Maria e do Snr. José?pelo porte do Luiz? c final-mente quanto dão pela lin-gua do leiloeiro que estácansado?

A -PARECERÁ, brevemente,

a '-Ilustração Brasilei-ra", mensario de grandeformal d editado pela S. A.'•'() Malho".

Bananada, sentindo cahirareia em cima delle, nãoquiz saber mais de nada...deu um formidável grito esahiu correndo para casa,como se fosse um louco,deixando a familia c o mas-tigo que tinha levado para agrande farra.

Chapéo, que era conheci-do da familia, vendo D. Si-biria e os convivas affli-ctos, desceu do arvoredo edisse: —¦ Estou vingado,D. Sibiria: foi uma bôa pe-ça que preguei ao senhorBananada, em desforra dospuxões de orelhas que elleme deu no jardim!. . .

D. Sibiria, reanimada,juntamente, com os convi-vas, deram umas grandesgargalhadas c convidaram opequeno Chapéo para tomarparte na festança.

Bananada quando soube doresultado... jurou nuncamais malvadar com a.s cre-ancas.Sylvio William (10 annos)

3* ann_ da Escola Publicade Vicente dc Carvalho.

IDÉAS DO JOSÉMamãe estava costurando

na janella; um avião passou,barulhento -

José vem para perto edisse:

—• Mamãe, avião devia terbusina.

Para que, meu filho?E elle replica prompta-

mente:Para espantar os cor-

vos do caminho!Mamãe gosta muito dc cos-

turar perto de janella e Joséfica ao lado, olhando ovai-e-vem da agulha

José é muito curioso c temidéas engraçadas.

Outro dia elle perguntou:Mamãe, de que é feito

o vidro?De muitas cousas, prin-

cipalmente daquella areiacom que você brinca.

Ah! Pensei que fossede gelo!

Depois do jantar as cre-ancas se reuniram em tornoda vovó e ella contou a his-teria de Adão

—: Deus pegou uma por-ção de barro, amassou,amassou, fez um boneco; as-soprou o boneco e appare-ceu o primeiro homem,Ac

as creanças ficaram mui-to impressionadas

No dia seguinte, mamãeencontrou José no quintal,

-.ando com ardor umaporção de barro.

Olhe como a sua roupaestá suja, menino! Que é quevocê está fazendo?

Estou fazendo Adão,mamãe.

Na hora do chá, José temlicença de tomar unia chi-cara só da saborosa bebidae com isto ele não se con-forma. Todos os dias é amesma historia:

P^sso mais, mamãe?Não pôde.

Ora. de alguns dias paracá. José não reclamtrfi a se-gunda chaven», fazendo ma-mãe ficar intrigada.

Hontem, eüarenarou queo menino antes de servir ochá. enchia fi chicara dáguac bebia

.— r>nra rme isso. menino?— Denrds o chá dá gosto.

mamãe e f»í •'>• conta quei 'íí--..; chicaras.

nr,,-:~ fnaura Pereira dcPneiroz.

A BOCCAQuantos dentes tens tu,

Arthur?Tenho trinta e dois.

-— São todos iguaes?Não; os da frente cor-

Iam e chamam-se incisivos.Os quatro que estão juntosdos incisivos chamam-se ca-ninos e servem para rasgar,c os outros servem paramoer, chamam-se molares.

Os dente* só servempara comer?

Não, servem tambémpara auxiliar a fala.

Hugo José Gomes

ANNUNCÍOS-

O "Grande Concurso Bra-sil", a apparecer bre-

vemente \.'"0 Tico-Tico", èo maior ctrtamen, no gene-ro, até hoje feilo no mundo.

:o:

Cada numero de ''Arte de

Bordar" é um preciosomodelo de trabalhos de agu-lha para as meninas. Saetodos os dias 13 de cadamez e encontra-se nas livra-rias e bancas de jornaes.

:o:

VENDEM-SE exemplares d->

bello livro para infan-cia "Meu livro de histo-rias". Preço 20*000. Pedi-dos, com a importância, áTravessa do Ouvidor, 34 —Rio.

Moda rc Bordado é o me-

lhor figurino e está ávenda mensalmente nas li-vrarias e bancas de jornaes.

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Uma assignatura animal

d'0 Tico-Tico custa25$. Tome uma assignatura.Envie a importância paraTrav. Ouvidor, 34 — Rio.

:o ¦

Vovô d'0 Tico-Tico é o

livro dc grande atlrac-cão para a infância. Custa55 em qualquer livraria

:o:

Quer possuir os mais bel-

los retratos de artistasde cinema? Compre Cincar-le, á venda nas bancas dejornaes.

:o:

f-y om_ rem batas, mas com-" y prem também o livro"Meu livro de historias".Preço 20?. Pedidos á Trav.Ouvidor, 31 — Rio.

ÁRIA TUA PÁTRIA. HONRA TEUS PAES.

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o t h: d - t i c o 12 — 8 —• Maio — IÍKI5

jw\ G

SUPPLEMENTO DO "MEU JORNAL"

'.Meu livro dehistorias" — pre-sente de valor pa-ra a creança. A*

venda.

O Dr. Luiz DelfimiIos Santos foi t. iillustre medico cs-Iharinens?, q u e se

i in morta-lizou co-ni q u mdos maio-res poetasda nossat e r r a .

Suas poesias são inu-meras, reunidas emvolume. Ealleecu noIlio dc Janeiro noanno de 1010.-

5___>

seca ,de de

O general PolydoroO.uiiitanilha da Fojti-

Jordão, viscon-Santa Thereza,

nota ve1e s t adistabrasileiro,foi u mdos com-mandantesdo excr-

cito pai rio na guerracontra o dictador So-lano Lopez. Morreuno Hio de Janeiro,em 1879, na avança-da idade de 7!) annos.

O Dr. Prudente deMoraes Barros "oi umdos maiores propa-gandistas do regi-

in e n re-publicanono Brasil.Nasceu nacidade deItú, S ã oPaulo, em

e foi parlamen-o terceiro pre-

sidente da Republi-ca. Durante o géu go-verno ])i*omovei; apacificação do paiz.Morreu na cidade dePiracicaba no dia 3dc Dezembro de 1902,

No dia 25 <le Ja-nciro dc 1554. em Pi-rnllnlnga, no local si-

i s 11,lar e

avetínhâ do Safeluado entre os riosAnhangabahú c Ta-

manduatc-hy, treze

j e s uitas,ent re osquaes es-lava o pa:d r e José

dc Anchiela, t e ndocomo superior o pa-dre Manuel de Paiva,lançaram os funda-mentos da povoaçlode São Paulo, cpie foielevada a villa em15Õ7, a capital da ca-pitania em 1(583 e ácidade em 1711. No

Nao se pode falardos feitos da guerrado Paraguay omittin-do o nome do bravogeneral brasileiro Hi-lario Gurjão. No dia(i de De-remhro de1808, ten-do á frert-te o du-<1 u e d cCaxias, o •exercito b r a sileiroconsegue, tomar defi-nilivamente a pontede Ilororó, tant *.s ve-zes perdida e con-quislada. No momen-

(S5 *|(a

|_v^__f__

Caligula, o maiscruel e monstruosodos imperadores ro-manos, foi assassina-do por Cassio Cherea'no anno 41.

_*_O pyloro, um ori-

ficio inferior do es-tomago pelo qual obolo alimentar passapara o duodeno, queé a primeira porçãodo canal intestinal.

Os levitas eram ossacerdotes da tribudos Levi, bebreus.

f,

Vôvô d'0 Tico-TicoHistorias de Pae JoãoPapaePandaréco, Parachoque eViralata

tír*- '*»

Quatro livros de alta finalidadeeducacional e recreativa. Consti-

c£4j_J luem, juntos, um lindo presente.A' venda em todo o Brasil. <L2

wmm2 -

local ergue-se hoje omonumento á funda-ção de São Paulo,

José Joaquim Igna-cio, visco ride deInhaúma, foi um bra-vo vicc-almiranle da

A r m a d aBrasileira.Em 1860assumiu oc o mman-doe mchefe da

esquadra b r asilciraem operações contrao Paraguay, subsii-luindo o inclylo ai-mirante marquez deTamandaré,

llelé, deusa da mo-cidade, cra filha deJúpiter e de Juno.

Os phosphoros fo-ram inventados noanno de 1831 por umfrancez chamadoSanrlar,

to mais acceso da lu-ta o denodado gene-ral Hilário Gurjão,vendo a batalha inde.cisa, avançou herói-camente, g r i t andopara os seus com-mandados: — "Ve-jam como morre umgeneral brasileiro!"I" c r ido gravementeriu batalha seguinte,falleceu em 1808. Be-lém do Pará, sua ter-ra natal, ergue impo-nente monumento ásua memória.

I) O ni i n g os JoséMartins foi, com opadre Almeida Castroe o Dr. José Luiz deMendonçain e m brodo Governo provis o rio d"revoluçãop e rnam-bucana. Foi fusiladona Bahia no dia 12de Maio de 1817.

kJLii

No dia 2 de Ji.lhode 182,'i as tropas doexere i t o libertadorentraram na Bahia,de onde seh a v i a mretir a d oas tropasdo gene-r a 1 Ma-d e i ra. Aentrada do exercitolibertador na Bahiafoi o acto de conso-lidação da indepen-dencia do Brasil. Nacidade de São Salva-dor ha um imponentemonumento coinme-morativo desse feito.

Elias, o prophetahebreu, viveu 000 an-nos anlc.s de JesusChristo.

—?—A orvalhinha, piau-

Ia medicinal, tem onome seientifico dedroscra.

MODA EBOBDADO

é o melhor figu-rino que se ven-

de no Brasil....,¦<—¦— .., arma» .r_trim—a_-w»r"»:T_

B"^ T*-' W/imW

Malhias de Albu-qiierque, bravo gene-ral brasileiro, foi unidos gran-:les heróe,da guerrah o llandez a e d ar evstaura-ç ã o d ePortugal. Morreu èmLisboa no anno de1C47.

Bethléni, a cidadeda antiga* Palestinaonde nasceu JesusChristo, tinha primi-livamenle o nome deEphrata, q u e querdizer ferilidade.

O Quirinal é uma"das sete colunas daantiga Bom a o n d ehoje se acha o pala-cio dos reis.

— -:«—A palavra islam_ de

origem árabe, signifi-ca religião de Maho-met.

Dá-se o nome dájabebirela a uma es-pecie de arraia queSe encontra nas cos-Ias do norle do Bra-sil.

Looáo, i atriarcb.áhebreu, pae de P<a-che] e de Lia, era fi-lho de Baluel.

O gypaete è umaave de rapina, origi-naria da Allemanha,conhecida pelo nomede obutre des cordel-ros.

A superfície tolaldo globo terrestre éde 510.000.000 de ki-lomelros quadrados,occupan d o a terrau in a quarta parledelia.

TODO TRABALHO ENOBRECE. © NÃO IMITES O MÁO.

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Maio — 1933 (¦> í 1 C O - I I í O

DESENHOS QUE A CtMTE FAZ

Mickey e Horacio — desenhode Arlindo Di Santo (12

annos,)

Mossoró — desenho d;l me-nina Myldia Baptista dc

Souza (fi annos). ÉiMCato Felix — desenho de r.ucia

F. Guimarães (9 unnos).

_fe*54S *sã^ã«~W

^jf**1^—¦

tAldeião, desenho deVera Maria Falcão

(10 unnos).

, a«a Jj..,

O cão policial — desenho deSamuel Baptista de Souza (12

annos).

JL \

l\

Wm

À casinha do caboclo — desenhode P.uy A. Mello (11 annos).

A, **¦ ^Ov s—v /« -<* \

ot^.»-C '"tâJ1 CMaji»

A cadeira — desenho doAbigail Baptista de S uya

(:) annas).

* *^r-*ÍSíè\J . -"'' • ^S-/f/ t/t ; V *.

O Pão de Assucar — dese-nho de Werlher Pinto No-

gneira (7 annos).

•m*^ ._o jornalcíro — de-senho de Nelson Ba-ptista de Souza (11

annos).O Géreovado — desenho de Th ils

Pinto Nogueira (12 annos).

Nesta pagina collaboram todos os pequenos desenhistas do Brasil. Os originaes, dese-

nhados em papel branco, sem pauta, com tin ta chineza nankim, devem ser enviados á re-

dacçâo d'0 TICO-TICO, onde serão examinados, antes de publicados, por um jury composto

de artistas de nomeada, um professor do Departamento de Educação Municipal e um reda-

cto» deste jornal. As composições que o jury d'0 TICO-TICO classificar em 1.' logar ilius-

trarão, em cores, a nossa capa.

SÈ PERFEITO NA TUA TAREFA.

v

CARACTER E' HONRA.

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O TICO-TICO •— 14 Maio — 13*3-_

AVENTURAS DE BROCOIÓ, O 'MARINHEIRO POPPEYE

tr^8 H. JP/®\ /A* _íQ v\ 4

— Temos dez toneladas de ou- .. .um exercito para guardal-as? — Por- — O sr. é o fancckmario da Ca-ro e acabei de saber que tres dos que eu não confio no meu exercito, sa da Moeda, encarregado de der-peores salteadores de Nazilia \ão exercito ) ada deve saber a respeito deste reter o metal? — Sim, senhor.chegar aqui de noite. ouro. — Ah, Já tenho uma idéa, Majestade. _ Pois então, tenho um servi.

Por que você não arranja... Virei procural-o mais tarde. co para o senhor!7 Ylílil^ -* 'ai

*^g^___j K ^_T \JV1h(1^J 3-»-? 5_ . 1 ¦¦¦ t *». Kuj.Vc_u.c-. .*....J..jc-."|,.c . «....i B.,.1.,| l.ç..r» .C-...J _ «f^'- JV^^^Ã-Q.

. — Lá vêm éües, íirocosô. Elles entraram«gora mesmo na Casa Fone, onde está o di*-jpheiro.Está bem, Majestade.

Aqui estão senhores, dez toneladas de ouro.

Fizemos uma peça só de.modo que os srs. pudessem leval-ade uma vez.

Que farçantes. Os senhores sabem que não podemos car-regal-a.

(Continua no próximo numero)

BENÇÃO' DA VIRGEMNa capellinha florida acabava de

chegar a fila da» commungaintes,todas de branejo. Eram oj» lyrioshumanos mie iam guardar na bou-dade dos corações a pureza de Je-sus-Hostia. t '

Hymnos de amor a Deus, alegrestoqueis de sinos, sons dormentes demusica liturgica diziam J aos cora-ções cheios de enlevo que ia come-çar o banquete divino.

O hostiaríô brilhou nas mãos dovelho sacerdote o toda a fila; abei-

A R

rou-se da toalha do altar. O pãodivino cahiu em benção santifica-dora no coração das commungan-tes.4 Todas as boceas, entãr, renderam

graças, todas as mãos tocaram ro-sario, todos os olhos fitaram iina-gens do altar illuminado.

Terminada a festa. As commun-gantes foram deixando a fila, cio-mo contas que se desfia»ssem de umlongo collar branco. Iani receber asbênçãos das mães, tão cheias de

OS MAN

.ventura. Só uma commungànte fi-ecu junto do altar, fitando a ima-gem da Virgem emoldurada de ly-rios, puros e brancos, como bran-cos e puros eram os corações dasque estiveram na mesa de Jesus.Maria — consoladora mãe dos quejá não têm mãe — tambem filavaa menina que ficara junto do altar!

E seus braços, abertos como osdo madeiro em que morreu Jesus,pareciam abençoar cm santa ter-mira e abraçar em êxtases divinosa commungànte que nâo tinha mão!

H^^l^^^^tf^VW^i*/viA^*i«V^>iVwN^/-¥V^^«^/NiVV>'VVV>iAiVtti*-

BONDADE E' VIRTUDE- W VENCE PELO ESTUDO.

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..Irti- — lílo.. — 15 — O TICO-TICO

EXERCÍCIO escolarDESENHOS PARA COLORIR

\ / ^Éi-á-Cí*^. ««\ ^^M^ies^y' —^^-vkN^-'^'*** ->^£_i

fe. _^WÍ WÍ^r^-^^/^Sí

O c h i n e z A p a i z a g e m

Os quatro desenhos desta pagina devem ser coloridos a lápis de côr ou aquareila. Constituem taes desenho?mdtivos para os nossos leitores se aperfeiçoarem na bella arte que é o desenho.

O pintoAí SMENTE EMLISÍFrIQUEZA-

-^j^^^*^^_-W-_-fcj**_-fc_»-— *¦_.

í-íO c o e 1 /i o

^« -_VVV^V^^AA^*VV^VW*^A-V»_*->i*'_-*-*_^^A/-t-*_^^AAAAA<

TRABALHA COM CONSTÂNCIA.

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1

x.el

A filha do rei Cartão era mais bella que amais bella das prince.zas de seu tempo.

Mas possuía ainda outras qualidades, quetornavam sympatliica a todos r era boa, meiga,esmoler e sempre ouvia as supplicas que lhe di-

rigiam. Por issoera adorada portodos, e, no re^-no de seu pae,difficil seria en-contrar uma fa-

ffiiTc 1-1 ^

. -7 Ps príncipes, traziam presentes magníficos...OCIOSIDADE E» UM CRIME.

DE5EnHOo_C)CEROVai 1. A DAR[.

milia que lhe não fosse grata: era a ch-vindade proteetora dos lares.

Quando a prineezà completou seusdezoito annos, o rei Cartão tratou decasal-a magnificamente. Embaixadores,vestidos de ouro e prata, foram enviadosa paires longínquos, afim de descobri-rem os príncipes mais ricos e poderosos,para convidal-os á corte, onde grandesfestas seriam feitas em sua honra, fes-tas ás quaes Cartão queria que suafilha comparecesse, para offuscar coma sua beiíeza, realçada pelo vestuáriomagestoso e jóias preciosas, os príncipesentre os quaes devia escolher um paraesposo.

A fama da belleza e bondade de Usatinham já passado os limites do reino

D'est'ar!e compareceu um numeroso1 grupo de pretendentes, procurando cada

qual tornar-se mais sympathico á prin-ceza.

Os príncipes russos traziam lindasjóias, mantos preciosos, pelles caríssimas;cs árabes traziam-lhe magníficos ginef.es.os príncipes do Oriente davam á prin-ecrã cofres cinzelados transbordando ô.cpérolas finas e jóias preciosas; os da In-dia conduziam elephantes cobertos deestofos surprehendentes.

À prínceza Usa agradecia com umgracioso sorriso, mas a nenhum estendiaa pequenina mão coberta de anneis, e orei estava furioso.

Se não queres príncipes, diz-mequem desejas ter por esposo ?

Aquelle, papae, que lá se achaentre os senhores príncipes, respondeu aorinceza.

Toda a corte deitou a rir, tal a po-breza e humildade do pobre pagem loiro.

Mas rsie, ouvindo as palavras dapruiceza, a quem amava em segredo, le-vantoo a cabeça com tanta altivez, quesobresahiu dos demais cortezãos.

Sórxen•— São bri

uma príncezadiga seriame

quer casar !Naquelie 1

a liberdade dcem sérios ciribardito, isto é, di*pagem Arco. EJtremendo :

— Se nu*"!*.1 mão aquellemento o menor

O rei Cartão ficou surpresovenclo que aquelle que se prestassque percorrer vários paizes e gasítias. demonstrando ser muito rice

Os príncipes partiram immsviiha exigida pela prineezà.

O pobre pagem. vendo quelhe faltavam recursos, dirigiu-se £chorar a sua desventura.

¦¦et, furioso, nao ousou rir.'fcadeiras que não ficam bem a

isse elle. Acabe co"m isso" e

^ com qual desses senhores sa

¦po os príncipes des«._nhecianirnar. E assim a prineezà viu-seços para sustentar o que havia

lipir as honras da coroa com ofeara ganhar tempo, respondeu

T-.itte. meu pae e meu rei, darei||e me trouxer no dia do casa-sino para annuncial-o. . .com tal fantasia. No emtanto.

e a procurar tal maravilha teria|r nestas viagens grandes quan-, concordou de bom grado,íiatamente á procura da mara-

nâo podia fazer o mesmo, poisuma floresta próxima, afim xde

Ahi chorou, tanto, tanto, qtA V je acabou adormecendo sobre a

Teve um sonho lindissiini ?•Viu-lhe aberto o reino das fl

rio, margarida que se transferir)torno das quaes doudejavam bor_

ires; cada llor, rosa cravo, ly-aram em fadas sorridentes em

. roletas cie todas as c<_res. Todasas flores faziam roda em torno?;:' \ delle, pei.fumando-o.

Depois a rainha das fadas, itiii] ilinando-se ante elle, assim falou:— Vamos mostrar-te o sin.f]>,' menor e mais bonito, aquelle

que annunciará teu casamento co Vt* a prínceza Usa,De repmíe, uma moça ricatx j -ente vestida, apresentou ao pa-

BONDADE E' OBRIGAÇÃO.das campanulas...O pagem colheu nm

gem um ramo, cujas flores, em fotmade sino, balouçavam perturbadoramente;eram amárellas, violetas" e brancas.

Agradam-te estas flores ? --• per-guntoti a rainha.

Ah ! não, respondeu o pagem tris-tenente. Possuem um veneno horrível,que adormece para sempre !

No mesmo instante viu apparecergrande quantidade de campanha?, quecomeçaram a agitar suas corollas asseti-nadas. V '

•— Por que não escolhes umai.de nó.para levar á tua amada ?

São bem bonitas — murmurou opagem *— Mas não haverá ainda me-no res ?

Apresentaram-se, então, muitos jaci.i-thcts; mas. como escolher entre tantos omais bello, eis o que embaraçava Arno !'

"Quero o sino menor" — havia dito

a prineezà,Que haveria mais delicado, menor que

uma dessas florinhas agitadas pela brisa?O pagem deu-se pressa em colher

uma deilas c despertou. As flores haviamdesapparecido; mas, sobre os ramos, en-treiaçando-se cotn r.s folhas das arvores,viam-se lindas e minúsculas campanulas,de cores as mais diversas, perfumandoos ares,

Lembrando-se do sonho, Arno colheuuma dessas campanulas. ;,

Quando os príncipes se apresentaramao rei e á prineezà Usa, a corte reuniu-senovamente. ....

.Todos apresentaram maravilhas, poi?haviam descoberto sinos de prata cinzela-da. sinos de ouro, sinos com pedras pre-ciosas.

.Mas a prineezà desprezou todos essessinos sumpíuosos. Então o pagem adean-tou-se trazendo a campanula que co-lhera.

Eis o sino menor c mais bonito,

prineezà lisa. Durará mais que outro

qualquer, pois todos os annos nasce maisbello que no anno anterior, para aumm-ciar o reapparecimento da primavera da

juventude iminortal do amor que vosconsagro*

A prineezà Usa. encantada, inclinou-se para o pagem, tomando-lhe das m_ •.-a flor que trazia para cila.

O rei Cartão ficou furioso, mas nãn

pôde impedir o casamento da príncezalisa, pois havia dado sua palavra deantede toda a corte.

w^ ~i *_^___a £_S-~ ikí^*fE_ã____^_ij__

O vnqem chorava sua desventura. . .

Os príncipes estrangeiros, muito aborrecidoscom o desfecho daquella scena tiveram que vol-tar para suas terras maldizendo o tempo quehaviam perdido em busca do sino que pudcss«íagradar á joven prineezà

Pouco depois celebrava-se com grande pompa-e regosijo do povo que adorava a prineezà lisa,o seu casamento com o pagem Arncve a cam-pan-.ila depois de haver annunciado os sex-s ..es-':'

ponsaes. serviu ainda para .e!ebiar -o va ¦de mu tos de seus filhos.

_______ _KV___S N \' ______ ______K*^'_____iW*' /_l^A7>3___i ___tWr^Wí%^7mM\ ___ ''•*W^"~$sf,f-~ Zrmm __L_'

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y.is o smo .fiais bonito

TODO O IDEAL E* ATTINGIVEL. $À FALA SEMPRE A VERDADE.

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O TICO-TICO — IS 8 — Maio mr,

R N M

co ®@

Outra caria enigmática offerece-mos hoje aos nossos prezados ami-guinhos. E' fácil e os meninos de-.vem decifral-a e envial-a á redacçãod'0 TICO-TICO, porque os decifra-«lores que assim o fizerem entrarãoem sorteio para o prêmio — um bel-lo livro de historias infantis.

As decifrações devem estar na re-

dacção d'0 TICO-TICO até o dia 25de Maio vindouro.

Damos a seguir o resultado da car-ta enigmática publicada em 5 de Fe-vereiro:"O conselho permanente dos teuspães e dos teus mestres deve ser aca-tado. Elle cumprido te torna feliz".

Recebemos 2.197 soluções certas epremiamos, com um bello livro dehistorias, a da concurrente

DENTSE- LIMA

de 9 annos de idade e residente árua do Mattoso n.° 156, nesta Ca-pitai.

PEÇO A PALAVRA(Entra com ares de grande ora-

dor) — Peço a palavra!...Perdão... Antes de pedir a pala-

vra eu peço perdão de vir aqui ca*celear os senhores...

'Uma voz dentro) — Não apoia-do!...

Muito agradecido... (Sorrindo)— Quando eu disse que pedia per-dão por vir caceteal-os foi por "fal-sa modéstia" e na certeza de ouvirnm "não apoiado" gentil.

Mesmo porque, ora essa é bôa...quero dizer: quando vou pronunciarum discurso, fazer uma conferência,declamar uma poesia, dizer um mo-nologo, ou cousa semelhante, tenho acerteza plena, absoluta de que vouagradar... E depois lhes explicareipor que.

Feito este pequeno preâmbulo ireientrar agora no mérito do assumptoSim, porque a primeira cousa queuma pessoa deve procurar quandotem de falar é o assumpto.

Alguns dizem que a primeira cou-sa para isso deve iser o auditório;mas o auditório nãr> é cousa: é pes-soa, ou são pessoas amáveis, gentis,'graciosas, intelligientes... como asque estão aqui... (A algnem do au-dilorio) — Como diz?... Muitaobrigado?... Não tem que agra le-cer. E' Justiça que faço aos- ouviu-tes...

Continuando, porém, a serie deobservações que vinha desenvolven-do a respeito do assumpto, direi queescolhido este e reunido o auditório,n primeira cousa depois dessas duasprimeiras, isto é: a terceira cousa

(SGENA CÔMICA)

que o orador deve procurar é aapresentação.

Não essa apresentação que se fazde uma pessoa á outra obrigando-asa dizer:

Tenho muito prazer em conhe-cel-o... embora não tenha nenhumprazer nisso...

Ao que a outra é obrigada a res-ponder:

O prazer é todo meu... semter tambem nenhum prazer e aceres-centa:

Estou ao seu inteiro dispor árua tal n.° tantos... cousa que édifficil a gente guardar na memória,assim como o nome do apresenta-do... e vice-versa, o que quer dizerelle tambem não se lembra mais donosso nome nem do nome da rua cnumero da casa em que moramos.

A apresentação de que o oradorprecisa é o seu aspecto pessoal, sym-pathico, attrahente, etc, etc...

Esses dois etceteras são os demaisattributos pessoaes que eu não que-ro dizer que possua, como eloquen-cia, facilidade de expressão, pre-

,JB T&

sença de espirito para responder aosapartes e outros tantos requisitosque eu não quero dizer que possua,porém deixo ao arguto auditório aliberdade de adivinhar...

Tendo o orador essas e outrasqualidades pode dizer então:

— Peço a palavra!Exmas, Senhoras, meus senhores,

illustre auditório em geral onde es-tão comprehendidas as creanças c oscreanços...

Pretendia falar agora sobre umimportantíssimo assumpto de grandeinteresse para todos. Prefiro, porém,mandar publicar meu discurso emtodos os jornaes do Brasil e do es-trangeiro e assim todo o mundo olera descansadamente, e tendo eu acerteza de que serei applauclido.

Tenho dito.Agora,' antes de me retirar quero

explicar porque disse, ao começo,estar certo de que iria agradar. Arazão é esta: Quem vae fazer umdiscurso, conferência, palestra, ououtra qualquer caceteação do mes-mo gênero é como quem vae fazeruma visita: agrada sempre: si nãoé ao chegar... é ao sáhir.

Eu tenho a certeza de que agra-dei: si não foi ao chega:, será agoraao sahir. E a prova é que, quandome virem pelas costas, manifestarãoseu agrado batendo palmas... (Sahe,e sendo applaudido, volta para dizersorrindo) :

Eu não disse?...Muito obrigado...

£. Wanderley

ESTUDAR E' ENRIQUECER NUNCA SEJAS ORGULHOSO.

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8 — Maio — 1933 — 19 — O TICO-TICO

0 CASTIGOJUCfl^TITR

João Pelludo era um pequeno de máosinstinetos <àe quem os outros garotos nãogostavam. Juca, porém, tratava-o bem.

Um dia, entretanto, João Peiludo poz umacasca de banana na calçada e Tila descia-dada levou um formidável tombo.

» ^ }\$$W®mJuca prometteu tirar a desforra e quando

viu na rua um boeiro aberto teve logo umaidéia. Convidou o Zequinha e foi...

brincar com o João Pelludo de soldado e debandido, João Pelludo escolheu logo o papel-de bandido e foi preso de olhos vendados,...

¥- —^ J..para ser fusilado. O pequeno se prestou a

brincadeira- Era o que o Juca queria. Levou ogaroto para a frente do boeiro e...

O mentiroso é despresivei

.ordenou: Um passo á frente, marche! Foi aconta. João Pelludo tomou um banho de pixe

„ e nunca mais quiz brincar com o Juca.Quem planta colhe

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O T I í: II - T I c o _.> — 8 — Maio 1.133

AS PROEZAS DO GATO FELIX(Desenho de Pai Sallivan "— 'Exclusividade d'OT!CO-T!CO para o Brasil)

-*^j__lS_-i^fc»-*^^™*J"*'-

1 i>ij 'li... ' I «P"%. fei ' '«

^Y iíiÉ_ O/ ^Y_- dàmWm i ^^fep^fY^ggC^tgy v-Y ,-*"....- Y_w Y^^^S—

— Que cheiro gostoso! Já'não posso mais! Meu estorna-• go está collado ás costas !

r—*_.

—- Que ? Novamente aqui, gato des- — Deixa-me fu-graçado?! Eu agora mesmo vou partir as gir a toda pressatuas costell.. . ! senão morro !! I

— Ahi vem o gatodesmoralizado 1 Quefalta dc sorte !

iff ii T

— Podem estar á vontade, rapa-zes. porque eu vou cahir no mun-do!ü

— Felix, o meu querido amigoGato Felix foi se embora! Quetristeza para mim !

^^___Es__-Y e— •—^—~*~ . ,rj\ • —A*rr zsullii/aU — •

— Estou pezaro-so por deixar o meuquerido amiguinho !^7

E Gato Felix coihe-çou a chorar desabri-damente.

»l»'' K A| tnntm hiU .1- ( -.1 it.u 1

Suas lãgrii_asrTm_ãbiindancia.' ca-hiam no chão e formavam um lago.onde os patinhos nadavam.

Hjéti

Gato Felix, deixando de chorar, espan-tou-se vendo que era um lago de lagrimaso seu pranto.

— A saudade me atormenta eresolvo voltar para a casa Ao meuamiguinho !

'zj^J^t rÇ^Jfrf,o pr*^ <-^:i>;).t JHflj— Onde estará o — Tenho uma . .dinheiro do mej

meu amigo Fe- idéa I Vou ti- cofre e esperar o~ lei-Itx rar. . teiro.

— Senhor lei- — Se encontrar um gato preto nateiro! Quero um estrada dê-lhe um pouco de leite!,favor do .senhor! [Continua no próximo numero]

SG BOM PARA OS GATOS. DEDICAÇÃO E" VIRTUDE

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Pt OS ROMANCES D'" O TICO-TICO"

Vamos, amigo, continuou o capitão, não perca tempo em hesitações.Arrisco a vida e a destes senhores, cada segundo que passa,

Ouviu-se uma súbita discussão, um ruido de golpes, e Abrahani Grayappareceu com a face marcada por um golpe de faca. Correu paia peito docapitão, como um cão que a genle chama, assobiando,

Estou com o senhor, disse elle.Um instante mais e o capitão e Gray estavam no nosso bote, que se a ias-

tou nu seguida <Estávamos distanciados do navio, mas ainda não em teria, 11a nossa

pancada.

II

ÍN A R R A CÃO C O N T I N ü A DA PELO DO U TOI!)

A ULTIMA EXCURSÃO DO BEI.LO BARCO

A quinta viagem loi completamente differente das outras.Em primeiro logar, o bote franzino que nos levava eslava muitíssimo sobre-

carregado.Cinco pessoas graudes, das quaes tres, Trelawney, Redruth e o capitão

tinham seis pés de altura, e só isso já era carga de mais paia o pequeninobote.

Juntem, agora, a pólvora, a carne de porco e os saccos com pão.A borda detraz estava ao nivel dágua .varias vezes, entrou agua; e os meus calções e as abas do fiaque estavam

já molhados ainda nao andáramos cem metros.O capitão fez-nos orientar as relas, e assim nudemòs guiar o barqulnho

suavemente. Entretanto, nem ousávamos respirar. Era segundo logar,a hiarô" subia agora.

Uma Corte corrente se dirigia para o oesle, atravez o ancoradouro, de-r< ;; para o sul, era demanda do mar. por todas as passagem! que. usáramosainda nessa manhã. O próprio remoinho causado pelo deslisar do barco eraum perigo, assim carregados como iamos. mas o mais grave era que estávamosPendo desviados da rota, do ponto de desembarque, airaz do promontorio.

Se não lutássemos contra a corrente, chegaríamos á ten-a próximo «.oabarcos inimigos, onde poderiam surgir os piratas, a qualquer--momento.

Não posso oriental-o para a paliçada, senhor, disse eu ao capitão.Eu estava.com o leme, emquanto o capitão e Redriith, que estavam meno»

fatifados, remavam.A corrente arrasta o barco; não poderia remar com mais energia?Nao, sem Sttb—iegir o barco, disso elle. Deve ficar firmo, senhor. laça.

favor. Mantenha-se firme até o momento em que swja vencida a corrente.

I E II A DO THESOURO íil

Antes mesmo de desembarcar, já perdêramos de vista os" barcos. Salteiem terra, e deitei a correr com prudência.

Sobre a cabeça trazia um lenço grande de seda afim de me-abrigar umpouco dos raios de sol, e nas mãos um par de pistolas, perfeitamente mu-niciadas. Andara apenas unscem metros e já me encontravana paliçada. Eis do que cons-tava:

Uma fonte de agua crystal-üna brotava do solo. Quasi noápice de uma pequena elevaçãode terreno, os piratas installa-iam uma cabana, com capacl—i-de paia abrigai- quarenta pes-soas em caso de necessidade,guarnecidu d eameias por to-dos os lados.

B e m cmvolta da caba-na. haviam dei-Xado um gran-de espaço pio-t<.'ctor. c a de-tesa fora com-pletada cam WUí!7//J)Ã^®lLvvV'>__{ Bf^*f ty~ S;illau<Io e'íii terracoiü-trucção de fla__W Iíl i^3—P_á vSsPl-BSte dirigí-me para ouma paliçada jffl18 H laxíflJívBi iaW V__.(!¦—^^ fortim.

de seis pés de altura, semnenhuma abertura, bastanteforte, exigindo muito tempo otrabalho para ser abatido.deixando completamente a

descoberto os sitiantes.Na cabana. os sitiados domina-

vam toda a zona á vontada. Rode-riam ficar tranquillos, estando bem abri-gados, e dali caçar os -sitiantes como srcaçam perdizes. Bastava-lhes a vigilan-cia de um* boa guarda e viveres. poi?. anão ser suiprehendidos, poderiam rev-is-tir a um regimento.

O que me impressionou mais, foi a.fonte, pois, ainda que a nossa cabiua da

Cl —• -*•**'•• ¦ •* ' S_ _.JB-^ 4"*m__f-^_~j_c^__ -fefi-f-F". ^'.ár _£_¦

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OS ROMANCES D"0 TICd-TICO''

"Hispaniola" fosse um bom logar, com grande quantidade de armas o muni-ções, e vitualhaa e excellentes vinhos, havíamos esquecido uma coisa: — nãotínhamos água.

Reflectia nisso, quando echoou no alto da ilha o grito de um homem de-sesperado, que sente qne vae morrer.

Estava bastante habituado a assistir a mortes violentas, servi sob as or-dens do duque de Cumberland, eu mesmo fui ferido na batalha de Fontenoy,mas a minha pulsação accelerou-se:

"Jim Hawkins foi assassinado" — foi o meu primeiro pensamento.Era boa coisa ser um antigo soldado, mas sobretudo um doutor cheio de

de experiência. Na nossa profissão não perdemos tempo em tomar uma decisão.Tomei, assim, uma resolução immediata e sem demora voltei á costa o

saltei no bote.Felizmente, HunteT era um bom remador. Desusamos rapidamente pela

água, e pouco depois o barco alcançava a galeota, subindo eu em seguida.Encontrei todos em reboliço, como era natural. O "squire" estava sen.-

tado, descorado como um panno branco, retlcctindo em todo o mal qu^ noscausara, o pobre homem! e um dos seis homens do castello de proa estavatambem assim abatido.

Aqui esta um homem, disso o capitão Smollett, ainda noviço na pro-fissão. Quati desmaiou, doutor, quando ouviu o grito. Mais um movimjntode leme, e esse homem será. dos no;;sos.

Expliquei o meu plano ao capitão, c regulamos entre nós os pormcnore3ria execução. Puzemos Rodruth na galeria, entre a cabir.e e o castello deproa, com tres ou quatro fuzis carregados para se proteger.

Hunter levou o boto até debaixo da portinhola de carga, e Joyce e eu co-meçamos a carregal-o de caixas de pólvora, de fuzis, de saccos com biscoitos,conservas de porco, uma piplnha de aguardente, e o meu indispensável estojode medicina. Duraute esse tempo, o "squire" o o capitão ficaram no tomba-('ílho, e este chamou', com a buzina, o catraeiro Hands, que era o principal ma-liüheiro que ficara a bordo.

Sr. Hands, disse elle, somos dois, cada um com um par de pistolas..Se um de vocês seis restantes faz um se gesto, morre.

Ficaram tremendamente desconcertados, c depois de se consultarem ai-gues instantes, correram para a extremidade do tombadilho, julgando, semduvida, alcançar-nos por detraz.

Mas quando viram o velho Redruth que os esperava na galeria, espalha-ram-se logo pela embarcação, e uma cabeça espiou, depois, o tombadilho.

'Para traz, cão! gritou o commandante.E a cabeça desappareceu* e nessa momento não ouvimos nem mais um

signal desses seis tímidos marujos.Por nosso lado, arrumando as coisas ú. proporção que trazíamos, carre-

gavamos o bote o mais que era possível. Joyce e eu sahimos pela portinhola etomamos rumo ã costa, remando com toda a rapidez.

A ILHA DO THESOURO

Esta segunda viagem despertou a attenção dos dois vigias da praia."Lillibullcro" cessou ainda uma vez de echoar, e justamente no momen-

to em que os íamos perder de vista por detraz do pequeno promontorio, umdelles saltou em terra e desappareceu. Tive quasi vontade de mudar de plano,e de destruir-lhes os barcos, mas receei que Silver e os outros estivessemmuito perto, arriscando-me a perder tudo por tentar de mais.

Breve tocamos em terra, no logar anterior, e partimos logo afim de abas-tecer o "blockhaus", o fortim que descobríramos.

Fizemos os tres a primeira viagem, excessivamente carregados, e as mer-cadorias foram transportadas por cima da paliçada, ficando então Joyce aguardal-as, sozinho, é verdade, mas com meia dúzia de fuzis. Voltei comHunter ao bote, e recomeçamos o serviço.

Continuamos assim sem descanço, ininterruptamente, até arrumar todoo carregamento no fblockhaus". Os dois empregados ficaram então no for-Um, e eu tornei, sozinho, á "Hispaniola", remando com toda a energia.

Arriscarmos uma segunda viagem parece mais audácia do que o é narealidade. Elles tinham a vantagem do numero, é verdade, mas nós a dasarmas. Nenhum homem a bordo possuia um fuzil, e antes que qualquer dellespudesse servlr-se das pistolas, nós acreditávamos poder enviar para o outromundo uma meia dúzia, pelo menos.

O "squire" esperava-me, e recuperara a energia primitiva. Segurou orabo e amarrou-o: carregamos o bote de novo. Carne de porco, pólvora, bis-coitos constituíam o carregamento, com um fuzil e um facão para ^ada um. o"squire", eu, Redruth e o capitão. Atiram-os á água o resto de armas e poi-vera, numa profundidade do duas braças e nieia, de maneira que podíamosver brilhar o aço, ao longe, debaixo de nós, sob a acção dos raios solares, nofundo claro e arenoso.

Nesse momento, a maré começava a baixar e a embarcação se balançava,presa á ancora.

Ouvimos vozes que chamavam ao longe, na direcçao dos dois botes, e ain-ada que isso nos tranquillizasse a respeito de Joyce e Hunter que se encontra-vam muito mais para leste, em todo caso o facto apurou a nossa partida.

Redruth deixou o posto da galeria e escorregou para o bote, que appra-ximavamos bem do costado, para commodidade do capitão Smollett.

Agora, vocês, disse elle, ouvem?Nenhuma resposta vem do castello de proa.

E' com você, Abraham Gray, é com você que estou a falar.Nenhuma resposta.

Gray, falou o Sr. Smollett, falando um pouco mais alto, deixo estenavio, e ordeno-lhe seguir o seu capitão. Sei que você, no fundo, é um horâemde tem, e nenhum de vocês outros ó tão mau como apparenta. Estou com orelógio na mão, e dou-lhe meio minuto para se reunir a mim.

Houve uma pausa.

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8 — Maio »— 1935 23 O TICO-TICO

-— ..,.,.. i ¦ ¦

tO^gg^x r—'Telepathia

Um dia Faustinaamanheceu muito ale-gre.

Disse ao Zé Mac*v-co que elle, como bommarido, havia de adi-vinhar o pensamentodelia pelo processo te-pathico...

De facto Faustinatomou a altitude cias-sica e transmittiu-lhe oque desejava.

Elle, tazendo-se dehypnotizado, sahiucom passo cadenciadoe deixou a esposa en-trégue á sua alegria.

Emquanto issoFaustina se preparoutoda para o passeio,pois esse era o seu pen-r*mento.. .

Dahi a pouco ou-viram-se os passos doZé Macaco que volta*va,

Mas, voltava comuma vassoura para aesposa varrer a casa.Elle advinhara.. . opensamento delia!

/mre?_

i — '¦ ¦ l»aai i .ii. li». "¦ -"—

RECONHECE O TEU VALOR NÀO SEJAS ORGULHOSO

*S***^*^^**I^*USS\*^\S****I^^I^*^*^'***^^*^^^^A^S\^^^^^*. -»>%-*.'NíN^aVaAAí» *

BREVEMENTE..

ILLUSTRAÇÃO BRASILEIRA

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O l f C <) - T I C <> — 24 — S _ Maio — l!*:r>

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0 SEGREDO DO CAPITÃONEMO

Continuação das Vinte Mil Lcgtias Submarinas,

de JULIO VERNE - (47)

E d'ahi, quem sabia se algum dos degreda-dos teria reconhecido na pessoa de Ayrton umantigo companheiro da Austrália, o próprio Ben

Joyce, o chefe dos degredados fugidos ? Quempoderia affirmar que os bandidos não tinham con-ccbido a irrealizável esperança dc trazer' Ayrtonao seu partido !

A utilidade que delle poderiam tirar, se con-seguissem tornal-o traidor, era tão grande !

. Como se vê, o mencionado incidente teve nocurral interpretação favorável, em virtude do qunldeixou de parecer impossível tornar a ver Ayrton.Este, pela sua paríe, se estava prisioneiro, decerto havia de empenhar todos os seus esforços

pira escapar das- mãos dos bandidos, c se o con-seguisse viria dar um bom reforço aos colonos !

— Em todo o caso', advertiu Gedeão Spilett,se Ayrton, por fortuna, consegue evadir-.se, vaedireitinho a Granite-House, porque não estandoao facto da tentativa de assassinio de que Harbertia sendo victima, não pode suppor-nos encerradosno curral

'•— Ai ! quem me dera que elle lá estivesse, emGranite-House ! — exclamou Pencroff, e nós tam-bem. Porquanto a verdade é que, se esses maldi-

tos trafantes nada podem tentar que valha contra a nossahabitação, podem talvez saquear o plató, as nossas searas,a nossa capoeira !

Pencroff estava um verdadeiro lavrador, de coraçãodedicado ás suas colheitas. Força é dizer, todavia, que omais impaciente de regressar a Granite-House era Harbert,

porque além de saber quanto a presença des colonos eralá urgente, reconhecia que só por causa delle estavam aindano curral ! Por este motivo só uma cousa prcoecupava oespirito do moço: sahir do curral, sahir d'ali desse poronde desse !

Pensava elle que já estava em circumstancias deaguentar bem o transporte até Granite-House. e até as-segurava aos companheiros que mais depressa e melhorrecuperaria as perdidas forças, lá no seu quarto, com o are a vista do mar !

Muitas das vezes instou o moço com Gedeão Spiletta semelhante respeito; este, porém, receando com todo ofundamento que as mal cicatrizadas feridas de Harbertabrissem de novo no caminho, não se decidia a dar aordem de partida.

Occorreu, no entretanto, um incidente que obrigou Cv-rus Smith e os seus dois amigos a ceder aos desejos deHarbert, mas Deus sabe de quantas maguas, de quantosremorsos aquella resolução podia ser origem !

Corria o dia 29 de Novembro, e eram sete horas dàmanhã. Os tres colonos estavam palestrando amigavelmenteno quarto de Harbert, quando de súbito ouviram Top la-drar com toda a força.

v Cyrus Smith, Pencroff e Gedeão Spilett deitaram im-mediatamente mão das espingardas, sempre carregadas eengatilhadas de' prevenção, é sahinm de casa.

Top tinha corrido para junto da palissada e dava pulosé latidos, mas tudo de contente, não de furioso»

^•AJgiierrv vem ahi! ,—- Isso vem !•— E não é inimigo

— Ou Ayrton ?Mal o engenheiro

e os dois companheirostinham tido * tempo detrocar estas poucas pa-lavras, pulava por cimad a palissada e cahiano pavimento do curralum corpo vivo. EraJup, mestre J u p

" empessoa, a quem Tcp re-cebeu como verdadeiroamigo !

Jup ! — excia-mou Pencroff.

*¦ — Foi Nab que omandou cá ! — dit^se orepórter. Tenho a certe-za disso.

Se assim é, devetrazer algum bilhete, res-pondeu o engenheiro.

(Continua no proxirno>u"iu ro.)

! —Será Nab, talvez!

JUP.'^m^-s^^

TUA CONSCIÊNCIA DEVE SER LÍMPA.

Be

PENSA ANTES DE RESPONDER.

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8 _ Maio — m... Zú O T I ( O - 1 I C O

1 |I^^^^í-^1^—t"-^V .. __.__.. (' — i "¦''"

¦___¦. —¦* *,^^2g>_^tt:awW^

Um sustoa valer!

A Rata sempre dizia ao Ratinhoque não se arriscasse a andar só-sinho pela casa por causa do Gato.

Mas um dia o Ratinho notandoque o Gato estava dormindo...

gP^ m

i J&' ^2àW _______ ^4

% ____S?V?)Í__ 5f_3

i...e tanto roeu que a restea de

cebolas despencou do prego em queestava pendurada e foi cahir. ima-ginem vocês onde ! Exactamente cmcima da cabeça do Gato.

...correu, trepou cm uma pra-tcleirn muito alta e poz-se -a roeruma restea de cebolas...

Este acordou furioso esahiu a correr atraz do

Ratinho, que, para escapar, nãoteve outro remédio..,

_?'^___B__¦í/ •*__!« ___ffP*ri.

O Gato veiu a correr, masquando estendeu as patas paraagarral-o. encontrou o vidro...

I / _.-_É____P^^ S__^" y^ *-. '*_^—__ / '^_*-*,r""*""~*~~^ j// .'J %_______¦_____

1 L-/^—H-*-*!^ sstmW^* vidro, cjiic achou aberto. o___\ ^~~ v^ ¦ *ranggM___.„*___¦____¦___2r__7^___^^cs««>T^^M1B^jtI^

. . .e quiz tiral-o do vidro para o dar ao G<it° Mas. o Katinho tanto pulou.que a criada, com medo. atirou tudo ao chão.

O vidro partiu-se, com um barulho tal, que até o Goto tugiu. E oRatinho conseguiu escapar no. . .

ESMERA-TE NO TRABALHO.

. . .meio da contusão e voltar ao buracoda parede onde. além do susto, levouuma grande sova que lhe deu a RataVelha para eüe não ser teimoso.

CULTUA A VERDADE.

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*

O TICO-TICO *- 26 —, Maio — I9S5

-1v,v«,.-*^«».n_«_«_«_««_-_«\«u«v_«_,_-_-«^^^

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O gracioso Jorge Pereira, de tres me-ze$ de idade e futuro leitor

d'0 Tico-Tico.__WW_'_-r_-,_r_-(y_-P_-?_-,_H__-H-_,«_«__

MEU IDEALExistem meninos e meninas que

desde cedo têm os seus sonhos doque devem ser no futuro: officialda Armada e do Exercito, Enge-nheiros, que abrindo estradas econstruindo pontes tornar-se-ão osbeneméritos de nossa Pátria. Me-dicos que saneando cidades e vil-Ias facilitam o convívio do estran-jjeiro, nossos fornecedores do pro-gresso. Operariado vario leva acreança a sonhar... E nesse casosinto-me eu. Quizera viajar, co-nhecer todo o grandioso Brasil!.Quizera conhecer a Sciencia nassuas modalidades precursoras dobem e do valor. Mas sou aindapequeno, com seis annos e meio, oque poderei conhecer que encha deIjubilo o coração da creança? ASede da S/A. Docevita. que nosmostrará divertimentos diversos queno interior ainda não ha. Começareiem conhecer o prédio, a distineçãode seus directores. um Mundo "No

Paiz das Maravilhas" e não mechamo Alice... Conhecerei obsta-;culos que me ensinarão a vencer osVerdadeiros obstáculos que, dizem,tipparecem na vida. Vejam, pois,que eu que ainda não sonho o que

¦_____¦______/ **** •^^-* j_____________________________________________Wy\ *' yjmm^k PI• ^É^W^^^^Í mm\wMÈ£y**>m  ÍP%wÍl mm-m'

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w^mSáAámmW/T ^WÍ\\aa\\màa%mtm\

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cia nas nossas letras, artes, sciencias,economia e finanças.

---itsfração Brasileiraserá vendida a 3$000 o exemplar em

todo o Brasil.-r_,_,_-n__"_-p_,_,_-,_^ft/_-,',_-,-p_-r-,%A/V-n-^

devo ser no futuro, já antegoso osonhar do presente ~ ser "tíana-Boy" e mais tarde o que Deusdeterminar... Q dono d«uma casa de antigui.

Newton Goulart de Godov dades segurando nos dedos umponteiro de relógio antigo, observa:

. — .Vamos a ver, que é isto?O pretendente a empregado:'«— E' um palito de Napoleão.O dono:«— Muito bem. Fica admittido

como empregado.

J^^-_--^^--_>f---->|fWi_j_- aii_inr ^Tirt-i'--i|r» r^-r^i.-1-r ir.

PROMETTE E CUMPRE. NUNCA MINTAS.

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8 — Maio b-í 1935 --27 — O TICO-TICQ

ÁLBUM DE ARTEUM BRINDE QUEO MALHO OFFERECEAOS SEUS LEITORES

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.r"-. ^Sam^SaWSÊazmmtm^mtmm^, - ¦ r*- XK. 'v-i ^^*^»l_^_^SB_!___m- • cr vmmWk ^^1__S___L___ í * :

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f 11ü i_________________________

Còpò com desenho emoito relevo que será dis*Iribuido pelo O MALHO

O MALHO distribuirá aos seusleitores, graciosamente, dentro depoucos dias. um lindo e artisticoálbum denominado ÁLBUM DEARTE.* contendo vinte e cinco,quadros dos mais celebres pintoresbrasileiros. Quem tiver um dessesálbuns completo, além da posse deum magnífico trabalho de arte.estará automaticamente inscripto numconcurso d'0 MALHO cujos prêmiosse elevam á importância de VINTEE SEIS CONTOS DE RÉIS !

Cada leitor d'0 MALHO deve pedir ão seu 'iornale.ro.

ctèsde^jâ,que lhe reserve uma capa do ÁLBUM DE ARTE das queO MALHO vae distribuir, sem a qual ninguém poderáparticipar do concurso nem completar o álbum artistico.

26 CONTOS DE RÉIS EM PRÊMIOS

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O TICO-TICO 2S — Maio — líV'5

NO aWOif djfligCONCUR/O/RESULTADO DO CONCURSO N. 27

''5.Jiff^HlEl^i^ °miíi5

Solução exacta do concurso

Solucionistas: — Omar Alves de Car-valho, Mary Bentin Ramos, ZulmarChaves, Gilza Sylvia Chaves Leal, JoséGodinho Rodrigues, Maria da GloriaBastos de Souza, Neyla Leal, ClecyPorto Cardoso, Dahyres Paula, MariaHelena Gaffuri Amorim, José Antôniodc Mattos Duque Estrada, Julieta Eu-genia Braga, Joaquim Rodrigues, JoãoBenedicto B. Freire, Sônia Souza, Ce-lina Gloria Alonso, Laerte Pereira daMotta, Noemia Maia, Neuza Velloso deFreitas, Antônio Jayme de CarvalhoSouza, Leda Maria Montenegro, Car-men Maria, Siomara Novaes Pereira,Laura Costa Mendes, Nicia da Cunha,Velho, Eugênio A. Sette, Carmen Lupi-naci Pinto, Tullio R. Alecrin, MariaRosa Gagliard, Gilda Rocha, Nelia Luz,Mario Granato, Hilda R. Del Nero, VeraAzevedo, Celinha Galvão, Iracy Carva-lho Hollanda, Antônio Augusto Vilhena,Marita Passos, Walter Mourão Ratton,Yonne Sparapani, Lucy Simonette, Jen-

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEA S S 1 G N A T ü li A S

Brasil: 1 anno 25$CH)ü6 mezes Í3$00Ü

Estrangeiro : 1 anno 75?00U6 mezes 38$000

Às assignaturas começam sempreno dia 1 do mez em que forem to-mudas e sento acceitas annual ousemestralmente. TODA A CORRES;TONDENCIA como toda a remessade dinheiro, (que pôde ser feita porvale postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida á S. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 34— Rio. Telephone: 23-4422.

,-.-.-.-.---.-.-^.-.-----j"-V

íPrincezas adormecidas, heróes-meninos, via ¦

gens miraculosas, «tstettos encantados, peixesde escamas de ouro, meninos perdidos, velliusrabujentos, reis maus e reis bons:São historietas de suecesso do livro

de Yantoek"OS SETE SERÕES DE

NEMAYDA"Preço 5Í90O — Pelo correi.. 6JJ00Pedidos á casa BRAZ LAUR1A

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IUO~lm---"JV--Jmm-m-mm^.-.m.-^J-m---m-.-.-.-.-.-.-

Escove os seus dentes não somente ha faceexterna, o lado do sorriso... Escove-os emtedos os sentidos e dlrecyòes, porque não ésomente contra a face externa que actuam asfermentações da bocea, os depósitos du tartaro,etc.

' ny Cardoso, Humberto de MendonçaComes, Neuza Bloudet, Anna Forman,Julia Campos de Abreu, Jurema Adol-pho. Sebastião Soth Pereira, ArmandoDias Fernandes, Gibcrto Antunes Ma-ciei, Maria Fernandes Olivares, MariaFrancisca Olivares, Albino Manoel daCosta. Anna Maria d'Araujo Costa, AryWalter Cadeua, César Paes de BarrosCouto, Ernesto Vargas, Antônio Joséda Cunha. Thcrezinha Falcão, Lais Cor-rêa Tufíani, Marly Duarte. Léa Novaes,Erb Faller, Nilo Gomes de Mattos, New-ton de Mattos, Maria Luiza Pires Fer-reira de Sá, . Leonor Nogueira Soares,Sérgio Soares, Helena Rouband, NiizaPaula Pessoa Martins, Marina de Mat-tos, Eleonora Jorge, Dione Carvalho,João Linhares, Neuza Carvalheira, NilzaTeixeira, Arnaldo Stamato, José S.Al aia, Ilza d'Almeida Porto, Geysa deBarros Correia, Luiz Carlos de Camar-go, Emilia Ciribelli Guimarães, MariaThereza Vilhena Moraes, Lourdita dcCarvalho e Sylva, Heliton Motta Haydt.Paitln Sizenando Teixeira, MarcelloMendonça Lima, José Alves Villela, Se-bastião d'Angelp Castanheira, João Bos-co Lemos Ferreira, Ary Magno da Sil-va, Adelia Ferreira de Castro, Ateio Lo-pes, Ruth America. Alaor Paes de An-drade Silva, Amazonas Parodi, SylvioNey dc Assis Ribeiro, Wilson de Olivei-ra. Moema S. da Fonte, Hertz P. dosSantos, Dilma Rocha, Catharina TelsonMazzoni, Sebastião de Castro. Henriquede Oliveira, David Wielmer Neto, Ben-no Petersen, Clovis da Nobrega Lima,Zilah Cereal.

Foram premiados com um lindo livro

de historias infantis os seguintes con-currentes:

MARINA DE MATTOS '

residente á rua Ferreira Sampaio n° 11— Piedade, nesta Capital.

l "yp i3""^ ^*\. \__L ¦ i _ __^"/ ^9 / li Er *j5G^2f latiriam _•_. _Br ¦ '""iiiii

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In i I Hii[ilijIiiI¦ jH rftiiiiiwLiiiuiir-" ^ .—.1— oVts m É^M^lftií pllBLjaIa IH JL. L^IIZaliaUJ^^ _&___É______É

MEDITA, E SERÁS SÁBIO. CONDOE-TE DO INFELIZ.

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>Lii<> 193. — 29 — O TICO-TICtf

Conde de Affonso Celso,Affonso de Taunay,Cláudio de Souza,Goulart de Andrade,Olegario Marianno eRibeiro do Couto,membros da Academia Brasileira |de Letras, collaboram no pri-meiro numero da nova phase da

LUSTRACÃQBRASILEIRA

o mensario de grande formatoeditado pela S. A. O MALHO.

' LEDA MARIA MONTENEGRO

residente á Praia do Flamengo, 120 casa4 — nesta Capital.

.\TEY PASSOS

residente á rua Levindo Lopes n" 570.Bello Horizonte.

RESULTADO DO CONCURSO N. 23

Respostas certas:

Ia — Pão.2_ — Franco.3a — Relógio.4a — Bolo — Bola.5a — Amo — ama.

Solucionistas: — Haríy Duarte Nu-r. s, Therezinha Falcão, Ary Walter Ca-delia, Carlos Alberto de Castro Azeve-('.o, Gilberto Antunes Maciel, Vinicioi_"Angelo Castanheira, Paulo SizenandoTeixeira, Heliton Motta Haydt, Celso'Ribeiro Lima, Jadil Neves, Luiz Carlosde Camargo, Geysa de Barros Correia,Ilza d'Almeida Porto, Maria Tereza Vi-lhena Moraes, Lucy Simonetti, NeuzaBlondet, Arina da Silva, Hilda R. DelNero, Anna Korman, Vera Azevedo, Ci-linha Galvao, Hildo Pera, Waldemar Ca-tunda Marques, Marita Passos, CarlosEugênio Sobral Vieira, João Bosco Le-mos Ferreira, Leopoldo Silva, Newtonde Mattos, Nilo Gomes de Mattos. D11-"son A. Vianna, Ruth America, Cinci-nato de Campos Camargo, Dione Car-valho, Laerte Pereira da Motta, Sônia deSouza, Ilza de Almeida Berohitti, CelinaGloria Alonso, João Benedicto Ribeiro,Lüurdifa de Carvalho e Sylva, JulietaEugenia Braga, Luiz da Graça CastelloBranco, Joaquim Rodrigues, Clecy Por-to Cardoso, Maria Regina Bastos dePotiza, Maria Luiza Pires Ferreira doSá, Betty Bentin Ramos, Ornar Alves d.Carvalho. Dora Perracini, Nilza PessoaMartin*, Yolanda Barros Freire, HelenaRoubam!, Leonor Nogueira Soares, Erb

TRABALHA SEMPRE.

V. S. ESTÁ CONCORRENDO

DIARIAMENTE, TALVEZ

SEM SABER, A

6 prêmios de 100$000EM DINHEIRO ISO CONCURSO DO

tafòWlMeliiDJá popularizado com a denominação

«nnnrttnnn v __*;'__ ir_ **' Inu80 par fa, ji n fOCBNADA tem V. S a fazer paraconcorrer a esses prêmios e

QUASI NADA precisa fazer

para recebel-os, toda vez quefor sorteado !

Tome os 4 algarismos flnaes (milhar) do numero de fabricação do seuAutomóvel, do seu Apparelho de ltaüio, do seu Piano, da sua Machina deCostura o dos Medidores de Luz e dc Gaz installados na sua casa. Annote-osno logar para isso reservado na capa da LISTA DE TELEPHOM-S, ou emqualquer outra parte, e os confronte, todas as manhãs, coin os O milharesdiariamente sorteados na redacção do DIÁRIO DE TÍOTICLIS e publicadospor esse jornal. Coincidindo um desses milhares com o do objecto corres-pondente em poder de V. S., reclame o seu premio pelo teiephone 23-5915,entre 9 o 10 horas da manhã. O leitor poderá, assim, receber, no mesmodia, de-um a seis prêmios de 10O$00O, em dinheiro.

Somente os leitores do Districto Federal e Xicthcroy podem concorrer.Para os assistentes do interior ha outro concurso, com o premio diário dei8009000.

Fallcr, Ermelinda Gonçalves da Cunha,Zoé Novaes, Alaor Paes de Andrade Sil-va, Sylvio Ney Guerra Ribeiro, AyrtonBocha, Sebastião, de Castro, Neuza Car-valheira, Luiz Gonzaga Lucas da Silva,Hidwinges Helena Jorge, Moema S. daFonte, Oswaldo Cândido de. Souza, Wil-kar Pereira, Marcello José de AlmeidaPernambuco.

Foram premiados com um lindo livrode historias infantis os seguintes co.n-currentçs:

SEBASTIÃO DE CASTRO

residente á rua Edmundo de Carvalho

n» 28 — Rio Verde, Goyaz, Caixa Postal26.

ARY WALTER CADENA

residente á rua Conde São Joaquim, s/n,S. Paulo.

FORMIGUINHAS CASEIRAS •Só desapparecem com o uso do únicoprodueto liquido quo attrae e exter-mina as formiguinhas caseiras e toda

espécie de baratas.«BARAFOUMIGA 31"Encontra-se nas boas pharmacias e

Drogarias.

® NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

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O T 1 C O - T I C O 30 — 8 Maio — 1083

e o n CURSO N. 3 7

Para os leitores desta Capital e dos Estados

Mais um problema de palavrascruzadas damos hoje aos nossos lei-tores. As "chaves" são as seguintes:

Ilorizontaes:

2 — Via publica.— Balido de .velha.— Caminhava.

C — Nome de mulher.7 — Firmainento.

10 — De Noé.12 J— Amarello.13 — Batrachio.15 — Rezar.lfi — Ary Parreiras.18 — Grito de dor.20 — Achar graça.23 — Estado do"Brasil.27 — Do moinho.28 — Ely Alves.29 — Não c pesado.31 — Pão dc milho.33 — Nome de opera.34 — Cachorro ás avessas.35 — Transpirará'36 — A esmo.37 — Artigo.

Verticaes:

1234789

111419181721222324252630323335

Pronome pessoal.Soberano.Cr eada.Não é boa.Totó.Falta.Osmar Cunha.Do verbo arar.O que se respira'.Caminhava.Frueta.No navioIgnez Neves.Reprehendc..lambo sem a primeira.Nome de mulher.Colheita.Base do corpo.Olhavas.Oscar Cunhí. Azevedo.Adjeçtlvo possessivo.Isolado.

As soluções devem ser enviadas áredaccão d'0 TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos <J

acompanhadas não só do vale quetem o numero 37, como também daassignatura, edade e residência doconcurrente. Para este concurso, queserá encerrado no dia 9 de Junhovindouro, daremos como prêmios de1°, 2" c 3° logares, por sorte entre assoluções certas tres livros illustrado,"de historias infantis.

I VALEPARA OCONCURSOT%L___»

-- 37.

CONCURSO N. 38

Para os leitores desta Capital e dosEstados próximo?

Perguntas:1° — Qual a capital de paiz da

Europa que com a inicial trocada éparte do corpo?

(2 syllabas).David Windner Netto

r2" — Qual o instrumento cortante

formado pela nota musical c peloanimal doméstico?

(2 syllabas)Odette Lima

3" — Qual é o calçado que é tem-po de verbo?

(2 syllabas).João Vieira

4* — Elle é peixe.Ella é calçado.

Que é?(2 syllabas).

Orlando Hoffmann

5* — O que é, o que é que temdentes c nâó tem bocea e tem barbasc não tem rosto?

(2 syllabas).Vicente Alberto

Eis organizado o novo- concurso,com cinco perguntas fáceis. As so-lueõe.s devem ser enviadas á redac-cão d'0 TICO-TICO, separadas dasde outros quaesquer concursos eacompanhadas das declarações denome edade e residência do concur-rentec do vale n.° 38. Para este con-curso, que será encerrado no dia 28de Maio corrente, daremos comopremio de 1° e 2o logares, por sorte,dois ricos livros de historias in-fantis.

\ ? _s^t_. _-¦PARA OCONCURSON§ 38.

TODO LABOR E' HONRADO. 33 NÃO TE IRRITES.

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Maio — 1935 i— 3i — O TICO-TICO

-Bata

Um encanto para o lar!Um milhão de ottractivos, um mundo de suggestões, um dilu»vio de adornos e de cousas que tornam o lar cheio de gra»ciosidade e augmenram o belleza da mulher estão reunidos no

ANNUARIO DAS SENHORAS

annuario das Senhoraso primorosa publicação, impressaem rotogravura, com perto d equatrocentas paginas, e contendoos mais palpitantes assumptos deinteresse feminino, como sejam tmodas, bordados, toda a espéciede crochet, decorações e arranjosdo lar, cuidados de belleza, recei-tas culinárias, penteados, adornosem geral, conselhos ás mães e ásjovens, arte appiicado, musica,poesia, contos, novellas, diálogos,preciosa litteratura em prosa,illus»frações, sports, cinema, calenda»rio, um sem numero de curiosida»des, todas de inestimável encan»lamento para o espirito feminino.

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dade Anonyma"0 Malho"-Travessa do Ouvidor,34-Rio de Janeiro.

I

Excesso de cortesiaUm cavalheiro passava a noite

num holel de Buenos Aires, hotel deprimeira classe, limpo c tranquillo.De repente pelas 5 da manhã, foidespertado bruscamente por pança-das dadas na porta.

—¦ Senhor, diz uma voz de mulher,tiraram o chapéo de um viajante anoite passada e venho ver se é o Sr.que o tem.

O cavalheiro olha para se conven-eer e resmungando responde negati-vãmente.

Em seguida continua no seu som-no profundo c benéfico, do qual ti-nha sido interrompido por este pe-queno incidente.

Meia hora depois as mesmas pan-cadas á sua porta.

— Que aconteceu novamente?•— Senhor, o viajante encontrou O

seu chapéu e deseja apresentar-lheas suas desculpas por tel-o encom-modado tão cedo.

PÍLULAS/^<SÇ!??53fckaatf*'P»**» »i^3^

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Doenças das Creanças — liegunensAlimentares

DR. OCTAVIO DA VEIGADirector do Instituto Pasteur do Rio de Ja-neiro. Medico da Creche da Casa dos Expôs-tos. Do consultório de Hygiene- Infantil (D.N. S. P.). Consultório Rua Rodrigo Silva,14 — 5.° andar 2.*, 4." e 6.* de 4 ás 6 horas.Tel. 22-2604 — Residência: Rua Alfredo Cha-

ves, 46 (Bolafogo) — Tel. 26-0327

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Empregadas com successo nas moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Essaspilules, aiém de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das func-ções gastro-intestinaes.

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I DADEJ. G. de Araujo Jorge

Se cnconlrardes um dia, abandonado,nos ca*minhos da vida, algum menino,.— magro, desfeito, o corpo desnudadoo olhar sem luz e o rosto ossudo e fino..»

Se vierdes a encontrar algum coilado,talvez da sorte, um triste peregrino...— não negueis uma esmola ao despresadopelos duros revezes do destino...

Talvez elle não tenha um lar, — talvezo consolo c o calor de uns beijos (ladosdos seus lábios, sem, côr, na*pallidcz...

Se encontrardes, pensai que o baço brilhodesses olhos de lagrimas molhados,-—podia ser também de um vosso filho!..

K Hixiii.fl

Impurezas do Sangue?TOME

EIilXIR DE NOGUEIRADo Ph. Ch. - JOÃO DA SILVA SILVEIRA

Assim provam os vgliosissimos attestados exhi-bidos diariamente, Acompanhados de photogra-phias, não só de illustres médicos como de cura-dos — (Senhoras, senhoritas, Cavalheiros e cri-ancas até de tenra idade) " ,

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A MENTIRA AVILTA. •3f* ENSINA AO IGNORANTE.

Page 31: ANNO XXXII RIO DE ^ D li: ©© cg.c5§memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01544.pdf · cina de gravador que preparava clichês em açopeia figura do homem com o bacalhau ás costas,

as aventuras do chiquinho —^--De patins e de cabeça quebrada

Chiquinho arranjou dois pares depatins e convidou Benjamim para pati-nar num rink, que se achava fechadopor falta de licença. Acompanharam osdois meninos a Lili e o inseparável Ja-gunço. A pista não estava. . .

. . .preparada, isto é, limpa. Assim,Ds nossos amiguinhos calçaram ospatins e sahiram desusando no de-feituoso solo de cimento. A princi-pio tudo correu bem. Benjamim ape-zar de pouco hábil equilibrou-se..._r

. . . e' evitou alguns tombos e derrapa-gens. Jagunço, porém, assanhado comaquellas correrias entrou tambem nobrinquedo, correndo ao lado dos patina-dores, atravessando-se-lhes- á frente. Emdado momento, porém, Chiquinho, . .

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. . .para evitar de magoar o cão, levantou muito umaperna e, assim, desequilibrou-se, abriu os braços e fez ocompanheiro cahir de costas, cahindo tambem. Jagunçocom a queda dos meninos tambem cahiu e machucou...

...as patas trazeiras. Foi, por isso, uma gritaria infernal.A Lili, muito previdente, havia levado um vidro de arni-ca e cuidadosamente pensou os feridos e elles nunca maiaquizeram voltar ao rink.

QUEM ESTUDA VENCE NA VIDA CARIDADE E' VIRTUDE