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ANO 12 – Nº 2199 – SÃO PAULO, 23 A 29 DE JANEIRO DE 2009 – R$ 2,00 www.jornalnippak.com.br “Ainda enxergam o dekassegui como um poço de problemas”, diz Décio Nakagawa A 8ª Festa da Uva de Atibaia prossegue neste sábado e domingo (24 e 25) e no pró- ximo fim de semana (31 de janeiro e 1º de fevereiro). A festa acontece das 10 às 20h no Parque Edmundo Zanoni. Os visitantes tem a sua dis- posição estandes de venda de uva, exposição de frutas, pra- ça de alimentação e um mini- shopping. Neste sábado (24) e 1° de fevereiro, haverá a “pisa da uva” . 8ª Festa da Uva prossegue neste fim de semana –––—–––––––––––| pág 05 DIVULGAÇÃO –––——––––—–——––—–—––––—––––—–——––—–—––——––––—–——––—––––—–––––——–| pág 04 PROTESTO – Cerca de 400 pessoas entre dekasse- guis, japoneses e imigrantes de outros países participaram no dia 18 de janeiro (domin- go), de uma passeata contra as demissões em massa ge- radas pela crise financeira in- ternacional. Os manifestantes também reclamaram da falta de assistência do governo ja- ponês aos dekasseguis que vivem no arquipélago. Eles percorreram as principais ruas do distrito de Chiyoda, um dos mais importantes centros empresariais da capital japo- nesa onde se localiza a sede central do governo japonês e da poderosa Federação das Organizações Econômicas do Japão, próxima ao luxuoso bairro de Ginza e da estação de Shinbashi JR. Essa foi à primeira vez, em 20 anos de movimento dekassegui, que os brasileiros se reuniram numa manifestação no Japão. A Comissão Organizadora do 59º Campeonato Brasileiro Intercolonial de Tênis de Mesa, que ocorre nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, em São Bernardo do Campo, anun- ciou mudança no local da competição, que por motivos técnicos acontecerá no Giná- sio ADIB Moysés DIB. Con- siderado o maior campeona- to da América Latina, esta edição do torneio terá núme- ro recorde de participantes. Intercolonial começa hoje (23) em novo local –––—–––––––––––| pág 11 O São Paulo Fashion Week reuniu nomes consagrados como Ricardo dos Anjos, Priscila Darolt, Colcci, Ronaldo Fraga, Christine Yufon, Osklen, Huis Clos, en- tre muitos outros, estiveram presentes nos seis dias de des- file para apresentar suas cole- ções. Em entrevista ao Jornal Nippak, outra estilista renoma- da e que marcou presença no evento, Erika Ikezili fala so- bre as novidades do SPFW. Érika Ikezili fala sobre as novidades do SPFW –––—–––––––––––| pág 08 Aumenta procura por empregos em Aichi Agência Pública de Empre- gos na cidade de Toyota (Aichi), registrou em no- vembro um aumento recor- de de 350% de trabalha- dores estrangeiros que pro- curaram o serviço Hello Work daquela cidade. Cento e quarenta pessoas atendidas (cerca de 70% delas nipo-brasileiras), se dirigiram aos balcões da agência, contra os 31 es- trangeiros atendidos em novembro de 2007. A agência assinalou também um aumento de 20% no movimento na comparação anual. Mas no mesmo pe- ríodo o número de vagas caiu mais de 50%. A infor- mação é do site Mundo Dekassegui (www.mundodekassegui.com). Grupo de taikô japonês Rakkoza realiza série de apresentações no Brasil DIVULGAÇÃO O grupo Rakkoza do Japão será a principal atração do 4º Festival Kawasuji Daiko – Brasil Kawasuji Ikkyousai, que acontece domingo (dia 25), no Atlântida Park Hotel de Atibaia. O grupo conta com dois integrantes brasilei- ros Jaqueline Yumi Seki e Roger Hideo Rodrigues Co- elho. A banda também têm dois espetáculos programa- dos, no dia 31 de janeiro em Curitiba, Paraná; e no dia 1º de fevereiro no grande audi- tório do Bunkyo, ao lado do grupo de taikô japonês ShinkyoDaiko, no Show “The Sound of Taikô. –––——––––—–——––—––––––——––––—–——––—–––—––––––——–| pág 12 ACCIJB pede ajuda para restaurar marco em Kobe REPRODUÇÃO “A Associação para Come- moração do Centenário da Imigração Japonesa no Bra- sil não poderia ficar alheia a essa campanha e por isso de- cidimos nos engajar”. A frase é do presidente do Comitê Executivo da ACCIJB, Osamu Matsuo ao explicar a adesão da entidade na Cam- –––——––––—–——––—––––—––––––——–| pág 08 panha para Arrecadação de Fundos para a Reforma do Ex-Kobe Ijyu Center, que visa arrecadar fundos para o projeto de restauração da Hospedaria dos Emigrantes, em Kobe. O objetivo é sen- sibilizar os nipo-brasileiros para o significado histórico dessa iniciativa. Membros do Nippon Keidanren visitam parques Pela primeira vez desde a sua criação em maio de 2002 o Comitê para Preservação da Natureza da Nippon Keidan- ren – Japan Business Federa- tion –, desembarcou no Brasil onde visitou e inspecionou no dia 17 de janeiro o Bosque da Amizade Brasil-Japão e o Bosque da Diversidade, no Parque Ecológico do Tietê (Zona Leste de São Paulo), que em 2008, receberam sub- sídios daquela instituição japo- nesa. Uma vez por ano o co- mitê da Nippon Keidanren re- –––——––––—–——––—––––—––––––——–| pág 10 aliza inspeções em um país e esse ano o Brasil foi escolhido para receber a delegação, chefiada pelo chairman Naotake Okubo. Composta por nove membros responsá- veis pela área ambiental de empresas instaladas em várias províncias japonesas, o grupo inspecionou o plantio de 100 mil árvores nativas da Mata Atlântica no Bosque da Ami- zade Brasil-Japão, implantado durante as comemorações do Centenário da Imigração Ja- ponesa no Brasil. Com o advento da crise amundial afetando a econo- mia japonesa e consequen- temente provocando demis- sões em massa dos dekas- seguis e estrangeiros no Ja- pão, junto com eles também chegam outros problemas de ordem psicológica. A Síndrome do Regresso é um dos problemas dos que tem castigado os segmentos mais frágeis e explorados da co- –––——––––—–——––—––––—––––––——–| pág 03 munidade nikkei, seja no Bra- sil ou no Japão. Para falar so- bre o assunto o Jornal Nippak entrevistou o psiqui- atra Décio Issamu Nakagawa. ARQUIVO PESSOAL

ANO 12 – Nº 2199 – SÃO PAULO, 23 A 29 DE JANEIRO DE 2009 ... · ANO 12 – Nº 2199 – SÃO PAULO, 23 A 29 DE JANEIRO DE 2009 – R$ 2,00 “Ainda enxergam o dekassegui como

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ANO 12 – Nº 2199 – SÃO PAULO, 23 A 29 DE JANEIRO DE 2009 – R$ 2,00www.jornalnippak.com.br

“Ainda enxergam o dekassegui como umpoço de problemas”, diz Décio Nakagawa

A 8ª Festa da Uva de Atibaiaprossegue neste sábado edomingo (24 e 25) e no pró-ximo fim de semana (31 dejaneiro e 1º de fevereiro). Afesta acontece das 10 às 20hno Parque Edmundo Zanoni.Os visitantes tem a sua dis-posição estandes de venda deuva, exposição de frutas, pra-ça de alimentação e um mini-shopping. Neste sábado (24)e 1° de fevereiro, haverá a“pisa da uva” .

8ª Festa da Uvaprossegue nestefim de semana

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DIVULGAÇÃO

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PROTESTO – Cerca de400 pessoas entre dekasse-guis, japoneses e imigrantesde outros países participaramno dia 18 de janeiro (domin-go), de uma passeata contraas demissões em massa ge-

radas pela crise financeira in-ternacional. Os manifestantestambém reclamaram da faltade assistência do governo ja-ponês aos dekasseguis quevivem no arquipélago. Elespercorreram as principais ruas

do distrito de Chiyoda, umdos mais importantes centrosempresariais da capital japo-nesa onde se localiza a sedecentral do governo japonês eda poderosa Federação dasOrganizações Econômicas do

Japão, próxima ao luxuosobairro de Ginza e da estaçãode Shinbashi JR. Essa foi àprimeira vez, em 20 anos demovimento dekassegui, queos brasileiros se reuniramnuma manifestação no Japão.

A Comissão Organizadora do59º Campeonato BrasileiroIntercolonial de Tênis deMesa, que ocorre nos dias23, 24 e 25 de janeiro, em SãoBernardo do Campo, anun-ciou mudança no local dacompetição, que por motivostécnicos acontecerá no Giná-sio ADIB Moysés DIB. Con-siderado o maior campeona-to da América Latina, estaedição do torneio terá núme-ro recorde de participantes.

Intercolonialcomeça hoje (23)em novo local

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O São Paulo Fashion Weekreuniu nomes consagradoscomo Ricardo dos Anjos,Priscila Darolt, Colcci,Ronaldo Fraga, ChristineYufon, Osklen, Huis Clos, en-tre muitos outros, estiverampresentes nos seis dias de des-file para apresentar suas cole-ções. Em entrevista ao JornalNippak, outra estilista renoma-da e que marcou presença noevento, Erika Ikezili fala so-bre as novidades do SPFW.

Érika Ikezili falasobre as novidadesdo SPFW

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Aumenta procurapor empregosem AichiAgência Pública de Empre-gos na cidade de Toyota(Aichi), registrou em no-vembro um aumento recor-de de 350% de trabalha-dores estrangeiros que pro-curaram o serviço HelloWork daquela cidade.Cento e quarenta pessoasatendidas (cerca de 70%delas nipo-brasileiras), sedirigiram aos balcões daagência, contra os 31 es-trangeiros atendidos emnovembro de 2007. Aagência assinalou tambémum aumento de 20% nomovimento na comparaçãoanual. Mas no mesmo pe-ríodo o número de vagascaiu mais de 50%. A infor-mação é do site MundoD e k a s s e g u i(www.mundodekassegui.com).

Grupo de taikô japonês Rakkoza realizasérie de apresentações no Brasil

DIVULGAÇÃO

O grupo Rakkoza do Japãoserá a principal atração do 4ºFestival Kawasuji Daiko –Brasil Kawasuji Ikkyousai,que acontece domingo (dia25), no Atlântida Park Hotelde Atibaia. O grupo contacom dois integrantes brasilei-ros Jaqueline Yumi Seki eRoger Hideo Rodrigues Co-elho. A banda também têmdois espetáculos programa-dos, no dia 31 de janeiro emCuritiba, Paraná; e no dia 1ºde fevereiro no grande audi-tório do Bunkyo, ao lado dogrupo de taikô japonêsShinkyoDaiko, no Show “TheSound of Taikô.–––——––––—–——––—––––––——––––—–——––—–––—––––––——–| pág 12

ACCIJB pede ajuda pararestaurar marco em Kobe

REPRODUÇÃO

“A Associação para Come-moração do Centenário daImigração Japonesa no Bra-sil não poderia ficar alheia aessa campanha e por isso de-cidimos nos engajar”. A fraseé do presidente do ComitêExecutivo da ACCIJB,Osamu Matsuo ao explicar aadesão da entidade na Cam-–––——––––—–——––—––––—––––––——–| pág 08

panha para Arrecadação deFundos para a Reforma doEx-Kobe Ijyu Center, quevisa arrecadar fundos para oprojeto de restauração daHospedaria dos Emigrantes,em Kobe. O objetivo é sen-sibilizar os nipo-brasileirospara o significado históricodessa iniciativa.

Membros do NipponKeidanren visitam parquesPela primeira vez desde a suacriação em maio de 2002 oComitê para Preservação daNatureza da Nippon Keidan-ren – Japan Business Federa-tion –, desembarcou no Brasilonde visitou e inspecionou nodia 17 de janeiro o Bosque daAmizade Brasil-Japão e oBosque da Diversidade, noParque Ecológico do Tietê(Zona Leste de São Paulo),que em 2008, receberam sub-sídios daquela instituição japo-nesa. Uma vez por ano o co-mitê da Nippon Keidanren re-

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aliza inspeções em um país eesse ano o Brasil foi escolhidopara receber a delegação,chefiada pelo chairmanNaotake Okubo. Compostapor nove membros responsá-veis pela área ambiental deempresas instaladas em váriasprovíncias japonesas, o grupoinspecionou o plantio de 100mil árvores nativas da MataAtlântica no Bosque da Ami-zade Brasil-Japão, implantadodurante as comemorações doCentenário da Imigração Ja-ponesa no Brasil.

Com o advento da criseamundial afetando a econo-mia japonesa e consequen-temente provocando demis-sões em massa dos dekas-seguis e estrangeiros no Ja-pão, junto com eles tambémchegam outros problemas deordem psicológica. ASíndrome do Regresso é umdos problemas dos que temcastigado os segmentos maisfrágeis e explorados da co-–––——––––—–——––—––––—––––––——–| pág 03

munidade nikkei, seja no Bra-sil ou no Japão. Para falar so-bre o assunto o JornalNippak entrevistou o psiqui-atra Décio Issamu Nakagawa.

ARQUIVO PESSOAL

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 de janeiro de 2009

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Afonso José de Sousa

Colaboraram nesta edição:Luci Júdice Yizima e Thâmara Kaoru

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

[email protected]

LONDRINA – A diretora interina do Museu Histórico de Lon-drina “Pe. Carlos Weiss”, Áurea Keiko Yamane, recebeu noúltimo dia 15, a visita do diretor de Turismo da Companhia deDesenvolvimento de Londrina – Codel, empresário Sílvio Pe-reira de Souza. Silvio mostrou-se interessado em divulgar a ci-dade e sua história e para tanto deseja trabalhar em parceriacom o Museu.

Foto: da esq. para dir.: Assessora de Imprensa do Museu - JornalistaBarbara Daher Belinati, Diretor de Turismo da CODEL - EmpresárioSílvio Pereira de Souza, Diretora interina do Museu Histórico - ÁureaKeiko Yamane

APM – O presidente daAssociação Paulista deMunicípios (APM), Mar-cos Monti (foto), foi em-possado nesta quarta-fei-ra (21) para mais ummandato à frente da enti-dade. Monti promete tra-balhar pelo aumento daparticipação dos municípi-os no “bolo” tributário, en-tre outras bandeirasmunicipalistas que assumiudesde o início de seu pri-meiro mandato. Ele tam-bém deu posse à diretoriaeleita para o quadriênio 2009 – 2012, com a presença de lide-ranças políticas em âmbito regional e nacional.Diretoria – A nova diretoria é formada por: José Luiz Rodrigues- 1º Vice-Presidente; José Mauro Dedemo Orlandini - 2º Vice-Presidente; Herculano Castilho Passos Júnior - 3º Vice-Presi-dente; Diego de Nadai - 4º Vice-Presidente; Aquevirque “Vick”Antonio Nholla - Secretário Geral; Antônio Cesar Simão - 1ºSecretário; Sebastião Misiara - 2º Secretário; Jamil Akio Ono -3º Secretário; Carlos Alberto Cruz Filho - Tesoureiro Geral;Marisa de Souza Pinto Fontana - 1ª Tesoureira; José AdemirInfante Gutierrez - 2º Tesoureiro e Antonio Carlos de Faria - 3ºTesoureiro.

REGISTRO/HOMENAGEM – A Comissão Municipal doCentenário da Imigração Japonesa do Brasil, Prefeitura Muni-cipal de Registro, Bunkyo e Registro Base Ball Club homena-gearam o empresário Sadao Tanaka pelos relevantes serviçosprestados e contribuídos de maneira direta para o sucesso dasfestividades do Centenário da Imigração Japonesa em Regis-tro. Sadao Tanaka é o fundador do RBBC e do Bunkyo deRegistro e durante os longos anos colaborou para a melhoriadessas entidades. A homenagem aconteceu no final de dezem-bro, no Bunkyo de Registro.

Rubens Takeshi Shimizu, presidente do Bunkyo entregando o Títulode Reconhecimento

MEIO AMBIENTE – Desembarcou no úl-timo dia 15 em São Paulo uma delegação doComitê para Preservação da Natureza doNippon Keidanren para visitar o Bosque daAmizade Brasil-Japão e o Bosque da Diversi-dade, no Parque Ecológico do Tiete, que em2008, receberam subsídios do Fundo para Pre-servação da Natureza do Nippon Keidanren(KNCF). A recepção, realizada no dia, no Nik-key Palace Hotel, contou com as presençasdo cônsul geral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe, além de autoridades e empresá-rios. (Leia mais na página 10) Comitê de recepção para a delegação do Comitê para Preservação da Natureza do

Nippon Keidanren durante encontro com a imprensa em São Paulo

Personalidades, empresários e autoridades da comunidade nikkei marcaram presença no encontro com membros do Comitê paraPreservação da Natureza do Nippon Keidanren no Nikkey Palace Hotel, no Bairro Oriental, em São Paulo

O presidente Guilherme Takeda anuncia a programação anualdos eventos das entidade.

Atsuhiko, Hitomi, Taka e Seij (da esquerda para a direita)

Senhoras confeccionam o moti. Voluntários revezam no processo de fabricação do Moti

SHINNENKAI NO SUL – Dia 18, em Por-to Alegre (RS), aconteceu o tradicional shi-nenkai da Sociedade Nipo-Brasileira do RioGrande do Sul em Porto Alegre. O evento con-tou com grande participação dos jovens, ido-sos e familiares. A nova sede fica no bairrodo Cristo Redentor. De acordo com o ritual,foi produzido o delicioso “moti” (bolinho dasorte). Os grãos do “motigome” são socadospelo martelo de madeira em um pilão até setransformar em uma massa, o “moti”, aondesimboliza a união. Não faltaram também sa-borosos galetos e costelinhas de porco, sala-das e arroz branco.

O “moti”: bolinho da sorte preparado pelo Departamento das Senhoras

Jantar homenageou a delegação do Comitê para Preservação daNatureza do Nippon Keidanren

Kazuaki Obe, cônsul geral do Japão em São Paulo durante a coleti-va de imprensa da delegação japonesa

MARCUS IIZUKA

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São Paulo, 23 de janeiro de 2009 JORNAL NIPPAK 3

ENTREVISTA/DÉCIO NAKAGAWA

“É preciso mobilizar os órgãos governamentaise adotar medidas organizadas”Acrise econômica não

mexe somente com obolso do trabalhador. O

desemprego pode ser apenasa ponta de um iceberg muitomais grave e responsável pordistúrbios que podem acometerdekasseguis após seu retorno aopaís de origem. O psiquiatraDécio Issamu Nakagawa, es-pecialista na questão dekasse-gui alerta para o que chama de“A Síndrome do Regresso” eque tem castigado os segmen-tos mais frágeis e exploradosda comunidade nikkei, seja noBrasil ou no Japão. Vice-presi-dente do Instituto de Solidarie-dade Educacional e Cultural(Isec), Nakagawa explica quea incerteza não é exclusividadedos dekasseguis que estão re-tornando e sim de todos. Deacordo com o psiquiatra, osnipo-brasileiros estão chegan-do com um peso enorme nascostas e não cabe ficar aumen-tando ainda mais a aflição. Omédico alerta que é necessáriobuscar soluções junto às auto-ridades, entidades e aos própri-os dekasseguis. É preciso olharpara frente e traçar planos fu-turos. Cuidar da saúde; do re-lacionamento conjugal e acimade tudo ajudar os filhos a supe-rar essa etapa difícil.

Confira a entrevista conce-dida ao Jornal Nippak:

Jornal Nippak: Com arecessão japonesa os dekas-seguis, depois de idas e vin-das, estão sendo forçados aretornar para o Brasil. Quaisos distúrbios psicológicosque podem afetá-los?

Décio Issamu Nakaga-wa: Na condição de brasileiroé preciso ampliar o ângulo devisão do debate. A crise é in-ternacional e constatamos au-mento do índice de retornadosde diversos países. Há umgrande contingente voltandodos Estados Unidos da Amé-rica e Europa. A crise é inter-nacional e o setor produtivojaponês está procurando ado-tar medidas para contrapor aqueda na demanda. A vulne-rabilidade da economia japone-sa não a coloca como de fra-gilidade. O grau de endivida-mento quer das empresas,como da sociedade, não seequipara com outras economi-as. O desempenho do setor deprodução depende do consu-mo das principais economias eem particular da Norte Ame-ricana. Os ajustes do setor deprodução estão gerando umaonda de demissão em massa enão somente da mão-de-obraestrangeira que registrou umaqueda da oferta para estran-geiros que atinge inclusive osbrasileiros uma vez que cons-tatamos aumento consideráveldos trabalhadores dos países

Décio Issamu Nakagawa:A omissão das autoridades bra-sileiras e japonesas pode agra-var a situação e provocar umasituação desfavorável aos tra-balhadores. É equivocado ques-tionar a pessoa do trabalhadorbrasileiro. A grande maioria temse mostrado ordeiro e trabalha-dor. A tragédia é estarmos di-ante de uma situação em quehá demissão em massa e nãohá organismo que realize inter-mediação defendendo os inte-resses do trabalhador (sindica-to). Aos políticos é importantelembrar que são eleitores e sen-síveis no posicionamento dian-te da situação. Os governosprecisam considerar a respon-sabilidade social. Os retornadosprovavelmente estarão aqui noBrasil nas próximas eleições.Os eleitores estão de olho naação daqueles em que votaramou irão votar.

Jornal Nippak - Os vári-os problemas que afetam osdekasseguis foram registra-dos através de dados esta-tísticos?

Décio Issamu Nakaga-wa: Infelizmente há pouco tra-balho estatístico. Infelizmentemesmo com as comemora-ções do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil sabe-mos o número exato da coleti-vidade nipo-brasileira. Acaba-mos trabalhando e operandocom estimativas de retornadosapós a crise com um númeroinferior aproximado de 70.000,uma vez que sabemos quemuitos estão desempregados esem condições de retornar. Osnúmeros são uma incógnita enão sabemos bem ainda a queparâmetro nos apoiar.

Jornal Nippak - Quantoàs dificuldades de readapta-ção e recolocação no mer-cado de trabalho o senhoracredita que esses fatorespodem ser um precedenteperigoso para os dekasse-guis no Brasil e se transfor-mar em um problema para asociedade?

Décio Issamu Nakaga-wa: É importante entender quea situação é delicada e com-plexa. Entrar em pânico nãoresolve nada. Estamos em faseadiantada para realizar umevento no final de fevereiro ouinício de março que está sen-do preparado. O processo dediscussão já está em anda-mento. O evento reunirá todasas entidades que lidam com aquestão e procurar adotar me-didas para contrapor a crise.Para a recolocação no merca-do de trabalho temos a exce-lente ação do Instituto Nikkeide Promoção Humana. Aosque querem iniciar um negó-cio próprio recomendamos

consulta ao Serviço Brasileirode Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae). Aci-ma de tudo não esquecer queno Brasil há o grande bolsãode economia informal.

Jornal Nippak - Quais al-ternativas e soluções podemser tomadas para minimizaros problemas que atingem osdekasseguis?

Décio Issamu Nakagawa:Não há uma receita ou respos-ta única. Tirando algumas li-ções nessa longa trajetória éque o grau de vulnerabilidadedo trabalhador aumenta se par-te para o Japão fazendo dívidaou sua moradia condicionadaao trabalho. É preciso mobili-zar os órgãos dos governos eadotar medidas organizadas. Oprincipal é que são trabalhado-res brasileiros que retornam de-finitivamente ou temporaria-mente ao Brasil. Na categoriade trabalhadores são merece-dores de respeito e receberatenção digna. São sujeito dedireito e não de favor. Nessemomento focar nossa atençãoem doenças irá personificar(deixar o trabalhador sozinho)e desviar a atenção do todo(medida de apoio e suporte aosretornados, que irá reduzir onúmero de complicações). 9)

O que precisamos trabalharinicialmente é contra o precon-ceito e o estigma que váriasautoridades têm do trabalhadornipo-brasileiro no Japão. Ain-da enxergam como poço deproblemas; sujeito de favor oudesfavorecidos. Inicialmente épreciso trabalhar a questão doexercício de cidadania. O bra-sileiro tem direitos e algum ór-gão precisa assegurar a garan-tia de acesso aos seus direi-tos. Organizar recolocação;empreendedorismo; educação;saúde e segurança. Não pode-mos esquecer que os orientaise particularmente quem voltado arquipélago é alvo da vio-lência urbana (assaltos). Amídia pode contribuir passan-do a imagem que o retornadonão é desfavorecido, mas tam-bém não está trazendo umamala de dólares. Substituir aansiedade (pânico); pelo pen-samento e a escolha.

(Afonso José de Sousa)

vizinhos que aceitam as vagasrecebendo menos. Em torno deseis meses a um ano o setorde produção tenderá a se equi-librar e continuará precisandode mão-de-obra estrangeira.Levará mais tempo para sairda crise e retomar seu cresci-mento econômico.

Retornar ao Brasil deve serconsiderado uma estratégia oumedida de segurança. Compa-rativamente o custo de vida émenor no Brasil e a cultura dasatividades informais, presentesno Brasil, tende a atenuar oimpacto da atual elevação doíndice de desemprego em nos-so país. A incerteza gera inse-gurança e pode caminhar parao pânico. Pensar; organizar eescolher. A atual situação dosbrasileiros residentes no Japãoé complexa.

A ansiedade gerada pelainsegurança responde, podeser minimizada, às ações deórgãos de representação diplo-mática brasileira no exterior. Adimensão e magnitude, do flu-xo dos retornados exigemmedidas por parte do Ministé-rio das Relações Exteriores doBrasil. É preciso que uma ins-tituição organize e reduza oimpacto da insegurança, evi-tando o pânico.

Jornal Nippak: O que é

a Síndrome do Regresso? Éo vai-e-vem constante queprejudica a mentalidade dosdekasseguis? Ela é classifi-cada como problema psico-lógico e pode se transformarem crônico?

Décio Issamu Nakaga-wa: A Síndrome de Regressoapresenta os seguintes sinto-mas entre os retornados: dis-persão do pensamento; distan-ciamento afetivo; sensibilidadeàs diferenças; tendênciasautodestrutiva e a retomar vi-agem de volta. Apresentandotrês desses sintomas podemosdiagnosticar como portador dasíndrome. A síndrome tende adificultar a adaptação ou rea-daptação dos trabalhadoresque retornaram do Exterior.

Jornal Nippak: Quais os

tipos de tratamentos indica-dos para os dekasseguisportadores desse problema?

Décio Issamu Nakaga-wa: O tratamento indicado é opsicológico. Considerando quehá um departamento que pres-ta atendimento no Departa-mento de Psicologia da Uni-versidade de São Paulo; Cen-tros e Postos de Saúde; Hos-pitais Universitários; o Servi-ço Social da BeneficênciaNipo-Brasileira de São Paulo;serviços de apoio da Associa-ção Brasileira de Dekasseguis,com sede em Curitiba; e daAliança Cultural de Londrina.

Jornal Nippak: Quaisoutros problemas “psíqui-cos” que podem afetar e pre-judicar os dekasseguis?

Décio Issamu Nakaga-wa: A questão básica é nãoentender esse retorno como umproblema ou situação definiti-va. Um grupo está aproveitan-do a situação para retornar em

definitivo; aguardar a retoma-da do setor produtivo japonêse aqueles que irão permane-cer no Japão. Há um grupo debrasileiros residentes no Japãoque adquiriu imóvel e não temessa mobilidade. Há outro gru-po que se desfez de tudo quetinha no Brasil e a família in-teira está no Japão.

Para os que escolheram re-tornar em definitivo ao Brasile aqueles que vão ficar aguar-dando a retomada da produçãoda economia japonesa, pode-mos fazer as seguintes reco-mendações: 1- Entender comoum período de investimento.Cuidar da saúde e dos relacio-namentos. Na vida corrida doJapão provavelmente não de-dicou tempo à vida conjugal eno relacionamento com os fi-lhos. Em relação à saúde é pre-ciso considerar realizar algunsexames. 2- Estudar ou aper-feiçoar a língua japonesa, umavez que a tendência é de au-mentar o grau de exigência. 3- Para quem tem filhos con-siderar o impacto na vida dospequenos. Para algumas crian-ças é a primeira vez que pisaem solo brasileiro e é impor-tante que tenham uma boa im-pressão daqui.

Jornal Nippak: Com oretorno dos dekasseguispara o Brasil devido à per-da de empregos por conta darecessão que afeta a econo-mia japonesa e a “provisó-ria falta de liberdade”, es-ses problemas podem aumen-tar e preocupar?

O médico psiquiatra Décio Nakagawa: “Ainda enxergam o dekassegui como um poço de problemas”

ARQUIVO PESSOAL

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 de janeiro de 2009

DEKASSEGUIS/CRISE

Dekasseguis protestam contra odesemprego nas ruas de Tóquio

As indústrias japonesas es-tão contratando “estagiários” deoutros países asiáticos a um bai-xo custo, ameaçando a mão-de-obra brasileira no Japão.Para se ter uma idéia somentena cidade de Minokamo, pro-víncia de Gifu, por exemplo, onúmero de filipinos cresceuquase três vezes mais do que ode nipo-brasileiros em 2008. Omunicípio abriga atualmente3.747 brasileiros e 1.489filipinos. Nipo-brasileiros efilipinos concorrem principal-mente às vagas na fábrica lo-cal da Sony.

Salários – Um estagiário chi-nês recebe em média de US$100 a US$ 300 líquidos por mês.O valor é cerca de um décimodo que ganha um estrangeirocom visto de trabalho regular ouquase 20 vezes menor do que ocusto de um trabalhador japo-nês contratado.

Seleção natural – Com o agra-vamento da crise global — quefez com que as maiores empre-sas japonesas anunciassem cor-tes na produção e, conseqüen-temente de funcionários –, omercado de trabalho ficou ain-da mais competitivo.

Qualidade dos brasileiros –Apesar da situação nada favo-rável, muitas empresas, no en-tanto, preferem economizar com

treinamento de funcionários einvestir em quem já está habitu-ado ao trabalho, o que seria umtrunfo dos nipo-brasileiros.

Um artigo publicado no livro“Controlling Immigration”(“Controlando a Imigração”) dizque os nikkeis são vistos comobons trabalhadores por seusempregadores. Além disso, pesacontra os chineses e coreanos

os fatos históricos, já que eramno passado povos rivais do Ja-pão.

Necessidade iminente – Achegada da recessão levoumuitos nipo-brasileiros a pensarna volta definitiva ao país na-tal. Apesar do cenário nem umpouco animador da economialocal, será muito difícil à comu-

nidade nipo-brasileira simples-mente sumir do arquipélago.

Uma análise profunda sobreo destino da sociedade japone-sa mostra uma queda dramáti-ca no contingente populacional.Se o ritmo de crescimento dopaís ficar do jeito que está, em100 anos a população japonesaterá sido reduzida a quase umterço dos 127 milhões atuais.

Estagiários asiáticos ameaçam empregos dos dekasseguis

Cerca de 400 pessoasentre dekasseguis, ja-poneses e imigrantes

de outros países participaramno dia 18 de janeiro (domingo),de uma passeata contra asdemissões em massa geradaspela crise financeira internaci-onal. Os manifestantes tam-bém reclamaram da falta deassistência do governo japonêsaos dekasseguis que vivem noarquipélago. Eles percorreramas principais ruas do distrito deChiyoda, um dos mais impor-tantes centros empresariais dacapital japonesa onde se loca-liza a sede central do governojaponês e da poderosa Fede-ração das Organizações Eco-nômicas do Japão (Keidan-ren), próxima ao luxuoso bair-ro de Ginza e da estação deShinbashi JR.

Essa foi à primeira vez em20 anos de movimento dekas-segui, que os brasileiros se reu-niram numa manifestação noJapão, organizada por um gru-po de lideranças denominadoSOS Comunidade. “Mais pes-soas poderiam ter vindo, masnem todos ainda têm a consci-ência de que é preciso se unirnuma situação dessa”, lamen-tou Miguel Kamiunten, outroorganizador. Ele explicou que afinalidade da passeata foi man-dar um recado ao governo ja-ponês de que os brasileiros sãounidos e mostrar para a socie-dade japonesa as dificuldadesque os imigrantes estão passan-do por causa da crise. “Movi-mentos como esse dão resulta-do sim, mas não em dois ou trêsdias”, lembrou Miguel Kamiun-ten. Hidekichi Hashimoto outrodos organizadores do movimen-to, criticou a postura do gover-no japonês. “Os brasileiros me-recem respeito e atenção. Elesnão podem ser usados comoprodutos descartáveis, que porcausa de uma crise podem serjogados fora”, defendeu.

Outra preocupação dos de-kasseguis é com o aumento dacriminalidade praticada porbrasileiros. Segundo MiguelKamiunten, o receio é que, de-vido ao desemprego e a perdade moradias, as pessoas pas-sem a cometer crimes. “Temosinformações que essa situação

já está acontecendo no Nortede Tóquio e a tendência é pio-rar”, antecipa. A causa dos de-kasseguis é apoiada pelo bra-sileiro naturalizado japonês eex-jogador da seleção japone-sa, Rui Ramos. “Os brasilei-ros devem se unir e somentedessa forma vão superar a cri-se”, observa.

Cidadãos japoneses tambémparticiparam da manifestação.Masuyo Hatori, de 30 anos, fezquestão de sair às ruas comuma bandeira brasileira. “Quan-do estive no Brasil recebi mui-to apoio das pessoas. Então, aosaber da situação dos brasilei-ros que vivem aqui fiquei muitotriste”, disse. “Quero que elesrecebam o mesmo carinho eapoio que tive enquanto mora-va num país que não era omeu”, acrescentou a jovem.

Reivindicações – Entre asprincipais reivindicações estãoa revisão da lei de terceiriza-ção da mão-de-obra, moradiatemporária aos que estão de-salojados e apoio para recolo-cação no mercado de trabalhoatravés de treinamento e ca-pacitação profissional.

Eles também pedem a cria-ção de melhores condições paraadaptação das crianças brasilei-ras nas escolas públicas e apoioàs empresas e escolas que pres-tam serviços à comunidade bra-sileira que vive no Japão. “Cal-culamos em cerca de 50% a60% a evasão escolar de estu-dantes de escolas brasileiras”,conta a presidente da Associa-ção das Escolas Brasileiras noJapão (AEBJ), Julieta Yoshimu-ra. A educadora afirma que“Muitas crianças estão em casa,

sem fazer nada, pois os pais nãopodem pagar as mensalidades,mesmo com a maioria das es-colas dando descontos e facili-tando o pagamento”, conta.

Antes da passeata foi reali-zada uma assembléia, na qualforam coletadas três mil assina-turas para um abaixo-assinadocom pedido para a revisão deleis ao parlamento do governojaponês. “Boa parte dos brasi-leiros que estão aqui não são tra-balhadores temporários e temintenção de fixar moradia poraqui. Uma coisa são os traba-lhadores temporários e outra sãoos brasileiros que já são consi-derados emigrantes e que pre-cisam de uma maior atenção”,destaca Miguel Kamiunten ementrevista ao Jornal Nippak,por telefone, direto do Japão.Deacordo com Hidekichi Hashimo-to, que também falou à reporta-gem do Jornal Nippak por te-lefone, aproximadamente 80 milbrasileiros tem visto permanen-te no arquipélago.

No dia 1º de fevereiro, umanova manifestação será realiza-da, desta vez em Nagóia, capi-tal da província de Aichi, queabriga o maior número de brasi-leiros no Japão. Depois, aindasem data definida, será a vez deGunma, outra região com gran-de quantidade de trabalhadoreslatinos.

(Aldo Shiguti e AfonsoJosé de Sousa)

Passeata foi organizada por entidades e grupos de voluntários: primeira manifestação em 20 anos

DIVULGAÇÃO

Protesto foi organizado por brasileiros residentes no Japão

O ex-dekassegui MichelMasaichi Nishino foi preso dia16 de janeiro por investigado-res da delegacia de Rio Gran-de da Serra (ABC paulista),acusado de ameaçar sua ex-companheira, a costureiranikkei C.Y.K., há mais de doisanos, quando ambos se conhe-ceram no Japão. O nikkei foipreso por volta das 16h, quan-do chegava em uma casa quehavia alugado na Rua Piauí,Jardim Oratório, Mauá. Elenão resistiu à prisão. Segundoo chefe dos investigadores,Antonio Francisco NunesLopes, “ele ficou surpreso,mas não disse nada. Queriasaber o que estava acontecen-do”, adiantou.

De acordo com o delegadotitular de Rio Grande da Ser-ra, Sérgio de CamposSimionato, Michel Nishino éuma pessoa que se articulabem e manteve a calma duran-te a prisão. “Ele nega as ame-aças, mas temos as provas nocelular da vítima”, ressalta. Acostureira ficou aliviada coma notícia da prisão do ex-com-panheiro. “A polícia fez umótimo trabalho. Espero que sir-va de lição e que ele não meprocure mais”, disse. “Apesarde que eu não sei o que vaiacontecer se ele sair da ca-deia”.

Japão – C.Y.K. conheceuMichel Nishino no Japão ondefoi trabalhar em 2006. Eles se

envolveram e do relaciona-mento nasceu uma criança dosexo feminino. “Quando minhafilha tinha três meses eu dei-xei ele vê-la. Depois, começa-ram as ameaças”, disse a cos-tureira.

Anteriormente a vítimanikkei já havia registrado trêsboletins de ocorrência. Em2008, a polícia instaurou doisinquéritos, mas o ex-dekasse-gui não se intimidou e conti-nuou a ameaçá-la. “Ele man-dava mensagens pelo celulare telefonava. Tenho mais de 50ligações gravadas no aparelho.Além disso, ele entregou umacoroa de flores e um caixão”,descreveu.

Michel Nishino negou asacusações de C.Y.K. “Tudo oque quero é participar da vidada minha filha. Nunca fui pre-so e não sei o que acontecerácomigo”, garantiu.

A vítima procurou a im-prensa após assistir os últimoscasos de crime passional pelatelevisão, como o caso da ado-lescente Eloá Cristina da Sil-va, morta em outubro do anopassado, pelo ex-namorado, emSanto André, e com a jovemrecepcionista Marina SanchesGarnero, assassinada com qua-tro tiros pelo ex-companheiroMarcelo Travitzki Barbosa,em São Paulo. “Eu não queriaser mais uma vítima. Temiapela minha vida, da minha mãee das minhas filhas”, argumen-tou.

DEKASSEGUI/CRIME

Nikkei é preso por ameaçarex-companheira

RECESSÃO JAPONESA

Nissan deve registrar asprimeiras perdas desde 1999

A Nissan deve registrar asprimeiras perdas operacionaisno ano fiscal de 2008 desde1999 quando Carlos Ghosnassumiu a presidência da mon-tadora. Fontes próximas àempresa disseram que as per-das podem chegar a vários bi-lhões de ienes, e que a Nissantambém deverá revisar parabaixo sua projeção de vendasglobais neste ano fiscal, quetermina no dia 31 de março. Ainformação é da agência denotícias Kyodo.

A principal causa do preju-ízo é a queda global nas ven-das de automóveis e a valori-zação do iene, que tambémreduziu os lucros de outros gi-gantes como Toyota, Sony eToshiba. Em outubro, a Nissanjá havia baixado a previsão delucros por operações de 550bilhões de ienes para 270 bi-

lhões. Na época a terceiramaior montadora do país cal-culou que o dólar se manteriana casa dos 100 ienes, mas amoeda norte-americana sedesvalorizou ainda mais, e hojeestá na casa dos 89 ienes.

Fonte: http://mundodekassegui.com

Linha de produção da Nissan: perdas podem chegar a bilhões

REPRODUÇÃO

O Ciate (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa seuspróximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. No próximo dia 27(terça-feira), o teema será“Usos e Costumes do Japão”;no dia 29 (quinta-feira), “Re-gras Básicas para Estrangei-

DEKASSEGUIS/CURSOS

Ciate promove cursospreparatórios

ros e Leis Trabalhistas”; e nodia 30 (sexta-feira), “Trabalharno Japão: Criando Metas eNovas Perspectivas”.

Os cursos são gratuitos eacontecem sempre das 14 às16h. O Ciate fica na Rua SãoJoaquim, 381, 1º andar, sala 11– São Paulo. Informações pelotel.: 11/3207-9014

Japão felicita Obama e esperarelações bilaterais fortes

O primeiro-ministro japonês,Taro Aso, felicitou o presidentedos Estados Unidos, BarackObama, que nessa terça-feiratomou posse em Washington, edefendeu um fortalecimento daaliança entre os dois países.

“Japão e EUA são aliadosque compartilham valores uni-versais e interesses estratégi-cos”, disse hoje Aso em comu-nicado.

“Confio que os dois países,que lideram o mundo, possamcriar um futuro melhor atravésde sua experiência conjunta, suavontade, sua paixão e sua estra-tégia”, afirmou o premier.

Na nota, Aso diz esperar queObama “lidere de maneira extra-ordinária e obtenha grandes su-cessos” em novo Governo emmatéria de política externa, se-gurança nacional, meio ambien-te, na luta contra a crise econô-mica global e em outros “desafi-os difíceis”.

Sony prevê os maioresprejuízos anuais de suahistória

A Sony anunciou no últimodia 22 que no ano fiscal de 2008terá seus primeiros prejuízos lí-quidos e operacionais em 14anos, de US$ 1,679 bilhão e US$2,915 bilhões, respectivamente.Além disso, estes últimos sãotambém os maiores prejuízosoperacionais desde que a Sonycomeçou a divulgar seus resul-tados financeiros em 1961, o quelhe levou a anunciar um cortetotal de mais de 17.000 empre-gos, o fechamento de uma fábri-ca de TVs no Japão e um planode redução de custos de US$ 2,8bilhões a partir de 2009.

O efeito da crise global so-bre o fabricante do videogamePlayStation 3 e dos televisoresBravia foi maior do que analis-tas e a própria empresa espera-vam, sobretudo em sua divisãoeletrônica, o que fez com seusdiretores tenham decidido dimi-nuir seu próprio salário.

Toyota supera anorte-americana GM

A montadora japonesa Toyo-ta superou a norte-americana Ge-neral Motor em volume mundialde vendas. A Toyota informou noúltimo dia 21 que vendeu vendeu2,348 milhões de veículos em todoo planeta no primeiro trimestre de2007, 2,260 milhões de automóveiscomercializados pela GM.

A Toyota também superou aGM em produção no primeiro tri-mestre, já que 2,367 milhões de ve-ículos saíram de suas fábricas,contra 2,335 milhões da concor-rente americana.

No final de dezembro, a Toyo-ta anunciou a meta de produzir9,420 milhões de veículos em2007, o que deve permitir à em-presa manter por algum tempo onovo título de número um mundi-al à frente da General Motors.

A Toyota, que este ano cele-bra 60 anos, anunciará no dia 9 demaio os resultados financeiros doexercício 2006-2007, que acabouem 31 de março.

(das agências internacionais)

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São Paulo, 23 de janeiro de 2009 JORNAL NIPPAK 5

CIDADES/ATIBAIA

Festa da Uva prossegue nestefim de semana em Atibaia *PAULO YOKOTA

Ainda que haja os proble-mas econômicos enfrentadosatualmente pelo mundo e peloBrasil, acho exageradas asnotícias pessimistas que ocu-pam totalmente os noticiári-os. É evidente que não sepode ignorar a magnitude dasdificuldades, mas sempre énecessário ter a plena cons-ciência da situação em quenos encontramos hoje.

Lembro que os dados de-monstram que o Brasil foi opaís que mais cresceu no Oci-dente em todo o século pas-sado. O quadro do qual par-timos apresentava muitas erespeitáveis dificuldades, deuma situação quase colonial,e ainda não estávamos comuma população preparadapara o desenvolvimento, con-tando com infra-estruturaprecária, uma limitada clas-se dirigente, política e empre-sarial.

Os recentes livros de his-tória mostram que mal tínha-mos saído do Impérioescravocrata, para uma Re-pública, sobre a qual não tí-nhamos uma idéia clara decomo ela funcionava. Eco-nomicamente estávamos fa-lidos e dependíamos total-mente da exportação do café,quase uma sobremesa. Tí-nhamos que incentivar a imi-gração estrangeira, pois nãocontávamos com mão deobra para o mínimo de nos-sas necessidades.

De um quadro destas li-mitações e muitas dificulda-des, o Brasil depois de umséculo já estava entre as dezmaiores economias do mun-do, integrado nacionalmente,diversificado industrialmente,com abundância de matériasprimas, clima privilegiado euma quantidade imensa deterras agriculturáveis.

Depois da Segunda Guer-ra Mundial, quando as em-presas japonesas voltaram osseus interesses pelo nossopaís, entre outras estrangei-ras, o quadro político aindaera instável, o equilíbrio fis-cal do governo precário, ainflação era crescente, as in-certezas eram muitas. Masmuitos empresários estadis-tas japoneses como ToshiwoDoko foram capazes de veros potenciais deste país parao futuro, ao qual já chega-mos.

Mesmo que tenham co-metido alguns erros em suasestratégias empresariais, ofato concreto é que ajudaramo Brasil a consolidar o seuparque industrial, diversifica-do, que se abriu para o mun-

do e para a competição inter-nacional. Hoje temos umamão de obra qualificada, quecompete com norte-america-nos, europeus ou asiáticos. Aestabilidade política foi con-quistada e a elite empresarialbrasileira consolida a sua pre-sença internacional.

Temos problemas? Sim,e quem não os têm. O de-senvolvimento é um proces-so contínuo de sua superação.São desafios para a nossa cri-atividade, para encontrar so-luções brasileiras para eles.Só necessitamos ter uma idéiamais clara para a dimensão eo custo da máquina pública,que não proporciona os ser-viços que nós desejamos, enos impõe uma elevada car-ga tributária.

As empresas japonesashoje estão presentes em todoo mundo, mas continuam en-contrando as suas dificulda-des naturais em toda parte,que certamente são tão com-plexas como as brasileiras.Com a atual crise, mesmo noJapão enfrentam perplexida-des.

Somos confrontados re-centemente com os dramasde muitos nikkeis que se en-contravam trabalhando noJapão e são obrigados a re-tornarem ao Brasil. Mas seráque não foi mais difícil enfren-tar uma terra desconhecida,com cultura diferente, do queretomar a sua luta na sua ter-ra natal? E acredito que osque continuarão no Japão ain-da são a maioria, e muitosconquistaram, as duras penas,condições melhores que ti-nham no Brasil.

Temos que entender queo Brasil enfrenta dificuldades,mas o seu PIB poderá sofreruma retração de algunspercentuais. O importante éque mais de 90% continuarápreservado, e depois do perí-odo recessivo, que veio impor-tado do exterior, temos todasas condições para retomarum crescimento mais vigoro-so, com uma distribuição derenda mais equitativa, commenos desperdícios e certa-mente com uma eficiênciamais elevada. E agora con-tamos com muitos trabalha-dores capazes, que adquiriramexperiência internacional.

Portanto, vamos à lutacomo sempre fizemos, paraque a nossa recuperação sejarápida e a próxima geraçãotenha um nível de bem estarsuperior a nossa. Tudo de-pende somente de nós.

*Paulo Yokota é economistae presidente do Hospital San-ta Cruz

ARTIGO

Não se deixe dominarpelo pessimismo

CIDADES/CURITIBA

ABD promove curso paraqualificar dekasseguis

Já estão abertas as inscri-ções para o “Curso Básico dePostura Profissional, Cultura eLíngua japonesa para Dekas-seguis”, promovido pela Asso-ciação Brasileira de Dekasse-guis (ABD). Este curso forne-ce elementos básicos que otrabalhador necessita paraconviver em harmonia no seuambiente de trabalho e tam-bém socialmente.

O curso consiste em apren-dizagem da escrita hiragana ekatakana; conversações cur-tas e simples do dia a dia notrabalho, inserindo algumasregras gramaticais; abordagemde situações dentro das fábri-cas conforme os temas estu-dados; conhecimentos geraisde costumes e hábitos dos ja-poneses e informações queforem necessárias para que ofuturo dekassegui possa de-sempenhar com responsabili-dade e compromisso a sua fun-ção. “Conhecer a língua, o idi-oma, é também entender assuas tradições e, ser bem aco-lhido no solo japonês, dependetambém da flexibilidade deadaptação de cada um”, diz aex-dekassegui e professora docurso, Irene Satomi Eguti.

Com duração de três me-

ses, o curso terá início no dia 4de fevereiro e as aulas acon-tecem todas as quartas-feiras,das 8h30 às 10h30. O valortotal é de R$ 50,00, devido omaterial que o participante ad-quire.

Crise – “Vale lembrar quenestes momentos de crise, háuma seleção no quadro de fun-cionários das empresas. Aque-les que tem conhecimento dacultura e do idioma, adaptaçãoaos costumes daquele povo tãopeculiar, certamente terá maispossibilidades de permanecerno seu emprego, ou mesmo depleitear um outro. Para tantoé indicado, ou melhor, hoje sefaz obrigatório, o conhecimentoda língua japonesa”, explicaIrene.

CURSO BÁSICO DE POSTURAPROFISSIONAL, CULTURA ELÍNGUA JAPONESA PARADEKASSEGUISQUANDO: A PARTIR DE 04/02.HORÁRIO: DAS 8H30 ÀS 10H30ONDE: ABD (RUA 24 DE MAIO, 765SALA 16, REBOUÇAS - CURITIBA – PR)INVESTIMENTO: R$ 50,00INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:(41) 3233 – 8449 OU PELO E-MAIL:[email protected]

Em época de crise, empresas estão mais rigorosas

DIVULGAÇÃO

A8ª Festa da Uva deAtibaia prossegueneste sábado e domin-

go (24 e 25) e no próximo fimde semana (31 de janeiro e 1ºde fevereiro). A festa aconte-ce das 10 às 20h no ParqueEdmundo Zanoni. Os visitan-tes tem a sua disposiçãoestandes de venda de uva, ex-posição de frutas, praça de ali-mentação e um mini-shopping.

Dentre as atrações, o pú-blico pode conferir shows re-gionais e, no dia 31, uma apre-sentação de um grupo italiano.Neste sábado (24) e 1° de fe-vereiro, haverá a “pisa da uva”(forma de fazer o vinho arte-sanal) e a apresentação daOrquestra de Violas Caipirasde Atibaia. Na praça de ali-mentação, os visitantes pode-rão optar entre uma cantina ita-liana e uma churrascaria, alémda venda de produtos comosuco de uva, vinhos e doces.

Na última edição da festa,foram vendidos 36 mil kg deuva e a expectativa é que nes-se ano as vendas tenham umcrescimento de, no mínimo,40% em relação ao ano pas-sado. Os organizadores da fes-ta esperam um público de 50mil pessoas para essa festa,pois a divulgação foi realizadaem 35 municípios da região,incluindo as cidades do Circuitodas Frutas, Circuito das Águas,Vale do Paraíba e região deCampinas. O objetivo da festaé mostrar aos visitantes a qua-lidade e as variedades de uvasproduzidas na cidade.

Importância – Na cerimôniade abertura, realizada no últimodia 16, o secretário de Agrope-

cuária e Abastecimento deAtibaia, Humberto Rosente,destacou a importância da vini-cultura para a economia domunicípio. Segundo ele, o plan-tio da uva na cidade empregaaproximadamente 900 pessoas,nos 164 hectares plantados, dis-tribuídos em 37 propriedades.“A uva permite a fixação dasfamílias no campo e permite ageração de renda, já que os tra-balhadores rurais gastam o queganham no comércio e setor deserviços da cidade”, afirmou.

A alta empregabilidade dafruticultura é uma das grandesvantagens em relação às gran-

des culturas, como soja e cana,que empregam, em média, umapessoa por hectare. EmAtibaia, a cultura da uva é pra-ticada em pequenas proprieda-des. Em 90% delas, a produ-ção é realizada por descenden-tes de famílias italianas.

De acordo com a Coorde-nadoria de Assistência Técni-ca Integral (Cati), órgão da Se-cretaria de Agricultura e Abas-tecimento do Estado de SãoPaulo, Atibaia possui aproxi-madamente 820 mil pés de uva,que produzem, em média, 200toneladas da fruta. Basica-mente duas variedades são

plantadas: a niagara rosa ebranca. Também é possívelencontrar exemplares da uvaIsabel, que permite a produçãode vinhos. “Na nossa região,as uvas niagara estão adapta-das ao clima. Elas possuem umsabor bem agradável e possi-bilitam também a produção devinho artesanal”, explicou o se-cretário.

O PARQUE EDMUNDO ZANONI FICA NA

AV. HORÁCIO NETO, 1030.INFORMAÇÕES PELO TELEFONE: 11/4413-0888. A ENTRADA CUSTA R$ 5 EESTUDANTES E IDOSOS PAGAM MEIA.CRIANÇAS ATÉ 10 ANOS NÃO PAGAM.

Expectativa dos organizadores é atrair um público estimado em 50 mil visitantes até o final da festa

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CIDADES/SÃO BERNARDO DO CAMPO

6º Batalhão comemoraaniversário em São Bernardo

O tenente coronel JoséFélix Drigo, do 6º Batalhão daPolícia Militar do Estado deSão Paulo, recebeu autorida-des civis e militares na come-moração do 38º aniversário dasua unidade. O evento acon-teceu no último dia 14, no Gi-násio Poliesportivo AdibMoyses Dib, em São Bernar-do do Campo.

Dentre os presentes, a te-nente coronel Marly Moreno,o tenente coronel José CarlosMarcondes (40º BPRV), o co-ronel João Sidney Almeida, co-ronel Paulo Nishikawa, coro-nel Paulo Roberto Cicerelli(10º Batalhão de Santo André),além de vereadores e demaisautoridades municipais, dentreeles, o vereador Hiroyuki Mi-

nami (PSDB), autor da lei queinstituiu em São Bernardo doCampo a solenidade em home-nagem às Polícias Civil, Mili-tar e Científica.

Na ocasião, o coronelDrigo relembrou o importan-te trabalho da unidade, fun-dada em 12 de janeiro de1971. “Além do trabalho deprevenção e repreensão dacriminalidade, o 6º Batalhãovem atuando com programaseducacionais como o Proerd(Programa de Resistência àsDrogas e Violência), JovensConstruindo Cidadania pales-tras e outras solicitações edemandas, com o objetivo deproporcionar mais qualidadede vida e inclusão dos maisnecessitados”.

Vereador Hiroyuki Minami (esq) com autoridades

DIVULGAÇÃO

O governo japonês, atravésdo Programa de Assistência aProjetos Comunitários e de Se-gurança Humana (APC), doouUS$ 40.899,00 em prol da Or-ganização Cidades Sem Fron-teiras. A cerimônia de assina-tura do contrato de doaçãoaconteceu nesta quinta-feira(22), nas dependências doConsulado Geral do Japão emSão Paulo. Estiveram presen-tes o cônsul geral do Japão em

São Paulo, Kazuaki Obe, e opresidente da entidade, AdilsonAlves dos Santos.

A Organização CidadesSem Fome vem se empenhan-do para atenuar os problemasde miséria e violência na ZonaLeste de São Paulo, que abrigacerca de 360 mil desemprega-dos, oferecendo capacitaçãoprofissional em agricultura aosidosos e às mulheres, que en-contram maior dificuldade emconseguir um emprego, além deministrar cursos para melhoriae estabilidade de uma dieta ali-mentar pobre em nutrientes.

Com a doação, a entidadepretende adquirir um microtra-tor, uma roçadeira costal e umtriturador de galhos que dimi-nuirá o custo e o tempo de pre-paro da terra, melhorando eaumentando a produção e arenda, e aproximarão a entida-de de sua meta é de “Admi-nistrar uma vida digna só coma agricultura”.

PROJETOS COMUNITÁRIO

Cidades Sem Fome de SãoPaulo recebe doação do Japão

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 de janeiro de 2009

MEMÓRIA

Governo resgata a história daimigração em São Paulo

IKEBANA

Academia Sanguetsu realizacerimônia no dia 31 de janeiro

A Academia Sanguetsu daFundação Mokiti Okada reali-za no próximo dia 31 de janei-ro, a cerimônia “Hatsu Ike , APrimeira Flor do ano”, que temcomo objetivo agradecer aDeus e a natureza a missãoconcedida a cada um na for-mação de um mundo melhoratravés da beleza da flor.

Além da confecção da pri-meira ikebana do ano, o eventoirá resgatar a ligação do homemcom a natureza a partir da filo-sofia de Mokiti Okada discutin-do a verdadeira missão da hu-manidade e a importância depreservar o meio ambiente.

Segundo o coordenadorgeral do Sanguetsu ErissonThompson Lima Jr., o HatsuIke é a materialização do sen-timento de gratidão pelo ano.“Além da simbologia de agra-decimento as graças recebidasno ano anterior o arranjo rogaproteção em 2009”.

A festividade acontecerá nasede da Fundação MokitiOkada e começa a partir das10h. Para mais informaçõesligar (11) 5087-5010.

Local: Fundação MokitiOkada

Rua: Morgado de Mateus,77 - Vila Mariana (SP)

Cerimônia “Hatsu Ike”, a Primeira Flor do Ano

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ALIMENTOS DESINTOXICANTES

Fundação Mokiti Okadarealiza aula gratuita

O Setor de Alimentação daFundação Mokiti Okada reali-za no dia 27 de janeiro o pri-meiro encontro deste ano do“Voluntários da Alimentação”que terá o tema: “AlimentosDesintoxicantes, sucos e su-mos de verão”.

O coordenador do setor dealimentação Luis FernandoBuck e a nutricionista MariaTereza Casulli irão explicar edar sugestões de receitas queauxiliam no processo de desin-toxicação como sucos e cháverde, sopas frias, farelo dearroz, aveia ,entre outros ali-

mentos.Os encontros “Voluntários

da Alimentação” acontecemsempre na última terça-feira domês com objetivo de trocar in-formações e receitas que au-xiliem na alimentação saudá-vel através do consumo de pro-dutos naturais.

A atividade é gratuita e serárealizada na sede da FMO narua Morgado de Mateus, 77 -Vila Mariana - SP, às 19h30.Para mais informações Buckou Thaís, pelo e-mail:[email protected] ou pelos te-lefones: (11) 5087-5049/5045.

Aula acontece no próximo dia 27 na sede da FMO em São Paulo

DIVULGAÇÃO

OArquivo Público do Es-tado de São Pauloacaba de lançar um

novo projeto com o objetivo deresgatar a história da imigra-ção no estado de São Paulo,através da preservação, orga-nização e disponibilização aopúblico da documentação dosNúcleos Coloniais.

Os Núcleos Coloniais fo-ram estabelecidos no final doséculo 19 e início do século 20no âmbito da política de incen-tivo à imigração de europeuspara o Brasil. A implantaçãodestes Núcleos ocorreu emdiversos locais do estado, comoCampinas, São Bernardo doCampo, Guaratinguetá, Ibitin-ga, Iguape, Mogi das Cruzes eRibeirão Preto, entre outros.

Foram estabelecidos emterras do estado e loteadosentre os imigrantes. A princi-pal atividade era a agriculturapara a produção de alimentos,que eram vendidos para osmercados locais. Ao contráriode outras regiões do país, osnúcleos coloniais paulistas nãotinham o objetivo de povoar aregião, e sim de obter mão-de-obra complementar às grandesfazendas.

Internet – O projeto prevê a

Núcleos coloniais paulistas tinham o objetivo de obter mão-de-obra complementar às fazendas

DIVULGAÇÃO

criação de uma página nainternet sobre a imigração emSão Paulo, em que estará dis-ponível um banco de dadoscom toda documentação sobreos imigrantes citados. Esta ini-ciativa deve auxiliar os muitosvisitantes que vêm ao Arquivopara consultar documentossobre imigração a fim de ob-ter cidadania de outro país oupara completar a sua

genealogia.A primeira etapa deste tra-

balho é o projeto Presença doimigrante na memória nacio-nal: preservação e divulgaçãodo conjunto documental dosNúcleos Coloniais da Regiãode Campinas (1886-1922), re-alizado com o objetivo de esti-mular estudos sobre a questãoda imigração na região e con-tribuir para o entendimento

dos deslocamentos populacio-nais. O projeto, que conta como apoio financeiro do BNDES,inclui a higienização, restaura-ção, microfilmagem e divulga-ção de aproximadamente 40mil páginas de documentação.O projeto tem duração previs-ta de um ano e segue até ou-tubro de 2009.

Para saber mais acesse:www.arquivoestado.sp.gov.br

A Aliança Cultural Brasil-Japão conta com o exclusivo“Curso de Introdução à Tradu-ção”, que tem o objetivo de for-mar tradutores de língua japo-nesa. A duração do curso é dedois anos e as aulas são dividi-das em tradução – de japonêspara português, e versão – deportuguês para japonês.

Os candidatos devem pos-suir no mínimo conhecimentode língua japonesa equivalenteao Nível 2 do Exame de Profi-ciência “Noryoku Shiken” e seraprovados no exame de sele-ção para freqüentar o curso.

O exame é composto por:redação de 15 a 20 linhas emlíngua portuguesa ou japonesa,sobre o tema escolhido pelocandidato dentre os temas pro-postos; tradução ou versão des-sa redação; e testes para avali-ação do conhecimento de línguajaponesa e portuguesa. É per-mitida a consulta de dicionários.

O exame de seleção serárealizado no dia 27 de janeiro,terça-feira, às 19 horas naUnidade Vergueiro da Aliançae a inscrição poderá ser feitaaté às 18 horas do dia do exa-me. A taxa de inscrição é deR$ 30,00. O resultado do exa-me será divulgado no dia 30/

01/2009, sexta-feira, a partirdas 15 horas.

As aulas do curso de tra-dução serão ministradas naUnidade Vergueiro, com iníciono dia 9 de fevereiro, segun-da-feira. As aulas do 1º anoserão segundas e quartas, das19 às 21 horas.

DATAS27/01 (terça-feira): Inscriçãopara exame de seleção (até às18 horas). Taxa de inscrição:R$ 30,0027/01 (terça-feira): Examede seleção (das 19 às 21 ho-ras).Onde: Unidade Vergueiro -Rua Vergueiro, 727 (na mes-ma quadra da Estação Ver-gueiro do Metrô)30/01 (sexta-feira): Divulga-ção do resultado do exame (apartir das 15 horas).09/02 (segunda-feira): Iniciodas aulas.Aulas do 1º ano: segundas equartas, 19 às 21 horas, Uni-dade Vergueiro.

INFORMAÇÕES:UNIDADE VERGUEIRO (RUA VERGUEIRO,727, 5º ANDAR, LIBERDADE - SÃO PAULO)[email protected]

TEL.: (11) 3209-6630

CURSO 1

Aliança Cultural oferece cursode Introdução à Tradução

A Aliança Cultural Brasil-Japão (ACBJ), que completou52 anos em 17 de novembrode 2008, tem o objetivo de de-senvolver o intercâmbio cultu-ral ente o Brasil e o Japão, atra-vés da promoção de cursos delínguas portuguesa e japonesa,artes japonesas e literatura,sempre aliando metodologiasinovadoras e criatividade a umcorpo docente formado porespecialistas.

Em janeiro, aproveitando asférias, a Aliança Cultural Bra-sil-Japão promove vários cur-sos especiais. O de Kiriê estámarcado para os dias 27 a 29/01, com aulas ministradas pelaprofessora Mari Kanegae, naunidade Vergueiro, das 14h30às 17h. Em japonês, kiriê sig-nifica literalmente cortar (kiri)formando desenhos (ê).

Trata-se de uma técnicaantiga do Japão, que consisteem recortar papéis usando lâ-minas, vazando determinadaspartes do papel e conservan-do outras, criando figuras oucontornos que podem transfor-mar um simples pedaço depapel em uma delicada renda.

Já o curso de Origami éministrado pelas professorasAlice Haga (unidade Pinhei-ros) e Mari Kanegae (unidadeVergueiro). As próximas aulasacontecem nos meses de fe-vereiro/março e abril/maio.

Aliança Cultural oferececurso ministrado pela profes-sora Naomi Uezu. Aulas sãoministradas nas unidades Pi-nheiros e Vergueiro da ACBJ

Kirigami – A ACBJ tambémestá com inscrições abertaspara o Curso de Kirigami mi-nistrado pela professora NaomiUezu. As aulas do módulo in-tensivo começam no dia 27 dejaneiro e terminam no dia 30de janeiro (terça à sexta), naunidade Vergueiro. O curso re-gular começa no dia 03 de fe-vereiro, na unidade Vergueiro.

O Kirigami pode ser defi-nido de forma sintética comoa arte de recortar papéis. Kirisignifica “corte” e Kami (lê-se gami), papel. A superfícieplana da folha de papel rece-be cortes e dobras em locaisestratégicos e dessa maneira,quando aberto, o papel ganhanovas formas, sutis e inespe-radas.

A arte foi influenciada peloOrigami tradicional (que nãoutliza cola ou tesoura), e apre-senta várias designações:POP-UP, origami 3D ou ar-quitetura em papel. A técnicapode ser utilizada na confec-ção de cartões comemorativos,convites, livros infantis, poe-mas, mala-direta, embalagense displays, entre outras inúme-ras aplicações.

UNIDADE VERGUEIRO:RUA VERGUEIRO, 727, 5º ANDAR,LIBERDADE – [email protected]

TEL.: (11) 3209-6630UNIDADE PINHEIROS:RUA DEP. LACERDA FRANCO, 328,PINHEIROS (SÃO PAULO)[email protected]

TEL.: (11) 3815-3446 / 3031-9665

CURSO 2

Inscrições abertas para cursosde origami, kiriê e kirigami

As inscrições para o 20ºConcurso de “Itoen Oi OchaShin Haiku Taisho” prosseguemsomente até o dia 30 de janei-ro. Promovido anualmente, esseconcurso conta com a partici-pação de haicaístas do mundointeiro, com destaque para osbrasileiros. O formulário de ins-crição já está disponível na se-cretaria do Bunkyo (SoceidadeBrasileira de Cultura Japonesae de Assistência Social).

Cada pessoa deverá entre-gar apenas uma ficha de inscri-ção, que poderá ser copiadapara outros, se necessário, edeve ser corretamente preenchi-da em Português, com o nome,endereço, telefone de contato,idade e a escolaridade - caso forestudante. Podem ser inscritosaté 6 haiku por pessoa.

Os haicais devem ser es-

critos pela própria pessoa, emjaponês ou inglês, e não podemter sido publicados anterior-mente. Se eventualmente fordescoberta duplicidade deobra, o candidato será des-classificado. As inscrições seencerram no dia 30 de janeiro

de 2009 (data limite de chega-da à Secretaria do Bunkyo).

Em 2008, o concurso rece-beu a inscrição de 1.635.460poemas, 91% enviados porestudantes. Desse total, 1.106poemas foram enviados peloBunkyo, entidade encarregada

de representar esse concursono Brasil.

Nos últimos anos, o concur-so tem recebido um númerocrescente de inscrições motiva-do por sua orientação de privi-legiar as formas mais livres dehaiku, valorizando as impres-

HAICAI

Inscrições para o 20º Concurso terminam dia 30 de janeirosões e/ou sentimentos do autor.

O Bunkyo recebeu diplomade reconhecimento (DantaiOubo Sho) pelo trabalho dedivulgação no Brasil.

Os trabalhos devem serendereçados à:

Sociedade Brasileira de

Cultura Japonesa e de Assis-tência Social (A/C MisakoShimizu)

Rua São Joaquim, 381 - Li-berdade - São Paulo - SP

CEP 01508-900Informações: (11) 3208-

1755

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São Paulo, 23 de janeiro de 2009 JORNAL NIPPAK 7

LITERATURA

2ª edição do livro ‘O Nikkei noBrasil’ será lançada em abril

Canto doBacuri

MARI SATAKE

Gata Maga

[email protected]

Janeiro do novoano, quase no final.Amanhã, a cidadefaz 455 anos. Osdespossuídos da ci-dade ganharão omega bolo? Diasatrás, ouvi no rádioque a cidade estavasem parte dos patro-cinadores do costu-meiro bolo. Dizem que a ver-ba anda curta. Não vi maisnotícias a respeito.

Aliás, as notícias que te-nho procurado ultimamente,são aquelas das colunas dasamenidades e afins. Nos jor-nais e boletins diários, nenhu-ma programação cultural nacidade que me atraia ou meencha de expectativas. Já nãotemos as chamadas nos lem-brando dos espetáculos japo-neses que teremos na cidadedurante o ano todo. O gran-de ano do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil jáé passado.

Resta o gostinho do Day-after pós-programação cultu-ral. Oxalá este gostinho nãose transforme em pesadelose desesperanças representa-das pelos dekaseguis que, noJapão, sofrem com a falta deemprego e moradia. Tantosjovens, solteiros ou casados,alguns até com filhos peque-nos, sofrendo os efeitos dacrise financeira. São os sememprego, sem teto, sem di-nheiro quase. Moradores derua no país high tech.

Ironia. No mesmo país,nova mania toma conta dasua população jovem. Paradesfrutar da companhia degatos que miam, as pessoascorrem para os cats cafés eem troca de alguns dólaresbrincam com seus bichanospreferidos por algum períodode tempo. A nova mania éadotada por pessoas que di-zem não ter tempo de cuidardo bichano em suas casas.Diz a noticia, que são gatosde verdade e não de pelúcia.

Fico imaginando que ga-tos serão estes. Não sou umaprofunda conhecedora deles,porém, já tendo convividocom alguns não consigo ima-ginar dóceis bichanos pulan-do de colo em colo de caren-tes desconhecidos.

O felino que atualmenteme é mais próximo, é umaidosa gata de 14 anos. Ele-gante e silenciosa, raramen-te mia. Quase sempre que avejo em sua casa, penso queela acredita ser gente. Hoje,pouco sai para as noitadas.Suas escapulidas noturnasnão passam de 30 minutos,invariavelmente, antes das 22horas já está de volta. Desdemuito pequena, acostumou-sea escolher as pessoas emcujos colos descansaria. Noinício, não fui uma das felizescontempladas. Pelo contrário,sempre que me via chegan-do, tratava de sair em dispa-rada para bem longe de mim.Apesar de não me ver commuita simpatia, nunca deixou

REPRODUÇÃO

suas marcas em minha pele,fato que sempre tive em altaconta, afinal isso demonstra-va que ela não me despreza-va totalmente.

Tudo mudou logo após oréveillon de alguns anos atrásquando era uma jovem valen-te e arisca gata. Mas apesarde sua enorme valentia, ten-do a audição muito sensível,as noites de 31 de dezembro,sempre foram e são ainda al-tamente apavorantes eestressantes para ela, devidoaos fogos de artifícios quei-mados para recepcionar aentrada do novo ano. Atéaquele ano, sua dona, ou me-lhor, a sua mãe humana, sem-pre teve como regra nãodeixá-la passar a noite den-tro de casa. Sua caminha fi-cava abrigada num canto doquintal da casa. Naquele ano,após os festejos, assim quetodos se retiraram aos seusquartos, penalizada com apobre bichana, abri a portapara que ela se recolhessedentro da casa.

Na manhã daquele pri-meiro de janeiro, sua mãehumana logo notou que a gatanão estava por ali. Preocupa-da, procurou-a pelos possíveisesconderijos do quintal e nadade encontrar. Somente horasmais tarde, deu o ar de suagraça. No entardecer daque-le dia, pela primeira vez, umfato até então inédito. En-quanto eu assistia televisão eisque pula e se aninha em meucolo a arisca Maga. Foi esteseu gesto que nos denunciou.Sua mãe humana e suas qua-se irmãs descobriram ondeela havia se abrigado naque-la noite.

Depois deste fato, as coi-sas por ali começaram a mu-dar. Apesar de sua caminhacontinuar no quintal, aos pou-cos começou a passar as noi-tes dentro de casa. De man-sinho, foi ampliando seus lo-cais prediletos. Hoje, quandoquer sair e encontra as jane-las ou portas fechadas, comu-nica aos da casa o seu dese-jo. Miar, no entanto, raramen-te mia.

Volto aosgatos bibelôsdos cats cafésj a p o n e s e s .Pobres catsjaponeses mo-vidos a quêserão eles?

Nota: a ilustração refere-sea um dos mais conhecidostalismãs japoneses, o Maneki-neko, símbolo da boa sorte,que acena para a prosperida-de e sucesso nos negócios.

O Festival do Ano NovoChinês é o feriado mais signi-ficativo para o povo chinês emtodo o mundo, independente-mente da origem de seus an-cestrais. Ele é também conhe-cido por Festival do Ano NovoLunar, pois se baseia no calen-dário lunar, em contraste como calendário gregoriano. O fe-riado é uma ocasião muitojubilosa, principalmente por seruma época quando as pessoasdão um tempo no trabalho paraficar junto da família e amigos.

A origem do Festival doAno Novo Chinês pode serencontrada a milhares de anosatrás, através de uma série decontínuo desenvolvimento delendas e tradições coloridas.Uma das mais famosas len-das é a de Nien, um animalextremamente cruel e feroz,o qual, acreditam os chineses,come gente na véspera do anonovo. Para manter o Nienafastado, versos em papelvermelho são colados nas por-tas, lanternas são acesas e háqueima de fogos de artifício anoite toda, pois a crença é queo Nien tem medo do verme-lho, da luz do fogo e do baru-lho. Bem cedinho, à medidaque os sentimentos de triunfoenchem o ar com o sucessode se ter mantido o Nien afas-tado, ouve-se a mais popularsaudação: kung-hsi ou “para-béns”.

votos de kung-hsi fatsai, o quesignifica “parabéns e prospe-ridade”. Como é uma ocasiãopara reconciliação, é hora dedeixar de lado os velhos res-sentimentos no meio de umaatmosfera calorosa e amigável.

Como em todos os festivaischineses, a comida desempe-nha um importante papel du-rante todo o Festival do AnoNovo Chinês. São servidosmuitos pratos nesta época, poissão considerados símbolos deboa sorte. Por exemplo, peixe(yu) representa “ter bastantepara guardar”, cebolinhas dealho (chiu-tsai) significa “eter-no”, nabos (tsai-tou) tem o sig-nificado de “bons presságios”e as almôndegas de peixe (yu-wan) e as almôndegas de car-ne (jou-wan) representam“reunião”. Auspiciosas meren-das também são preparadasnesta época, como o pudim defarinha de arroz aglutinado(nien-kao), que tem a fama defazer as pessoas “avançaremrumo a posições mais altas eprosperidade, passo a passo”.As pessoas da parte norte daChina geralmente têm os boli-nhos também (chui-siao), noformado de uma ferraduradourada, e acreditam que quemos ingere atrai fortuna e saú-de.(fonte: Divisão de Informa-ções – Escritório Econômi-co e Cultural de Taipei)

Na véspera do ano novo, osmembros da família que já nãomoram em casa fazem um es-forço pessoal para voltar ao lare fazer uma reunião e compar-tilhar uma suntuosa refeição.Na ocasião, os membros dafamília distribuem “dinheiro dasorte” em envelopes verme-lhos para os mais velhos e cri-anças e ficam acordados a noi-te toda para dar as boas-vin-das ao Ano Novo. O povo chi-nês por muito tempo crê que

ficar acordadotoda a noite navéspera do AnoNovo ajudaseus pais a te-rem uma vidamais longa. As-sim, as luzes sãomantidas acesas– não apenaspara manterafastado o Nien,como antiga-mente, mastambém comodesculpa paraaproveitar areunião familiarao máximo. Al-gumas famíliasrealizam ceri-mônias religio-sas depois dameia-noite paradar as boas-vin-das à Divindadedo Ano Novo

aos seus lares, ritual este queé encerrado com grande quei-ma de fogos.

A primeira providência noDia do Ano Novo Chinês éprestar homenagem aos ante-passados. Homenageia-se asdivindades, e depois os mem-bros mais jovens da famíliaprestam homenagens a seusmembros mais velhos aindavivos. É dia de roupa nova ede visitar amigos, vizinhos eparentes numa troca de bons

Algumas famílias realizam cerimônias religiosas

DIVULGAÇÃO

ÁSIA

O Ano Novo Chinês

Olivro Nikkei no Brasil,uma obra coletiva sobcoordenação do juris-

ta, professor e especialista emDireito Financeiro e Tributário,Kiyoshi Harada, escrita junta-mente com outros 11 outrosautores (André Hayashi, Dé-cio Nakagawa, Kyoko Naka-gawa, Isidoro Yamanaka, Ka-zuo Watanabe, Massami Uye-da, Masato Ninomiya, ReimeiYoshioka, Renato Yamada,Roque Nishida e Tuyoci Oha-ra) ganha sua segunda edição.

Escrita no ano passado emcomemoração ao Centenárioda Imigração Japonesa noBrasil, a obra retrata o fenô-meno da imigração japonesano Brasil desde os anteceden-tes da imigração até os diasatuais, e em todos os seus as-pectos.

A segunda edição, conten-do 756 páginas, será lançadano dia 2 de abril, no Salão doCírculo Militar (R. Abílio Soa-res, 1.589, Ibirapuera) O sal-do líquido da arrecadação serárateado entre quatro entidades

assistenciais nikkeis: Ikoi-No-Sono, Kibô-No-Iê, Kodomo-No-Sono e Yassuragui Home.

O convite custa R$ 200, 00e inclui coquetel, jantar com be-

bida, um exem-plar do livro,shows e partici-pação no sorteiode vários brin-des de valor.Haverá aindashows artísticoscom o Conjuntode Câmara daAliança CulturalBrasil-Japão ede shakuhachi

Depoimentos– A nova ediçãofoi enriquecidacom depoimen-tos de 9 ilustrespersonalidadesdo mundo cien-tífico e socialsobre o futurodas entidadesnikkeis e sobrea avaliação crí-

tica dos festejos comemorati-vos do centenário. Foramacrescidos, também, os qua-dros de integrantes da Mari-nha do Brasil e dos delegados

de Polícia do Estado de SãoPaulo, completando-se 19 qua-dros anexos referentes aosmais diversos setores onde hágrande presença de nikkeis. Fi-nalmente, foi incorporado o ca-pítulo 16, em papel especial,ilustrando os festejos comemo-rativos do centenário, conten-do 171 fotos coloridas, dandodestaque para a visita do prín-cipe herdeiro Naruhito.

LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃODO LIVRO “O NIKKEI NOBRASIL”QUANDO: DIA 2 DE ABRIL, A PARTIR

DAS 19H

ONDE: SALÃO PRINCIPAL DO CÍRCULO

MILITAR (RUA ABÍLIO SOARES, Nº 1.589,IBIRAPUERA)MANOBRISTA NO LOCAL.ATRAÇÕES: APRESENTAÇÃO DE SHOWS

ARTÍSTICOS: CONJUNTO DE CÂMARA DA

ALIANÇA CULTURAL BRASIL-JAPÃO E

SHAKUHACHI

VALOR DO CONVITE INDIVIDUAL: R$200,00 INCLUINDO COQUETEL, JANTAR

COM BEBIDA, UM EXEMPLAR DO LIVRO,SHOWS E PARTICIPAÇÃO NO SORTEIO DE

VÁRIOS BRINDES DE VALOR.

Segunda edição traz novos depoimentos

DIVULGAÇÃO

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 de janeiro de 2009

HOSPEDARIA DOS EMIGRANTES

ACCIJB participa de campanhapara restaurar marco em Kobe

Associação paraComemoraçãodo Centenário da

Imigração Japonesa no Brasilnão poderia ficar alheia a essacampanha e por isso decidimosnos engajar”. A frase é do pre-sidente do Comitê Executivoda ACCIJB, Osamu Matsuoao explicar a adesão da enti-dade na Campanha para Ar-recadação de Fundos para aReforma do Ex-Kobe IjyuCenter, que visa arrecadar fun-dos para o projeto de restau-ração da Hospedaria dos Emi-grantes, em Kobe. O objetivoé sensibilizar os nipo-brasilei-ros para o significado históri-co dessa iniciativa e contarcom o apoio e colaboração fi-nanceira.

“Também nós recebemosuma carta da AssociaçãoNipo-Brasileira (NippakuKyokai) e como o Bunkyo [So-ciedade Brasileira de CulturaJaponesa e de Assistência So-cial] já havia tomado uma ini-ciativa e aberto uma contacom essa finalidade, achamosmelhor somarmos os esforços

“A

e pedirmos juntos porque sozi-nhos fica mais difícil”, explicouMatsuo, acrescentando que aACCIJB pretende reforçar o

pedido de contribuição atravésde cartas que estão sendo en-viados aos seus associados.“Como muitos associados do

Centenário também são asso-ciados do Bunkyo, pedimosque, caso já tenham recebidocorrespondência nesse sentido,favor desconsiderá-la”, obser-va.

Segundo Matsuo, a doaçãodeve ser feita até o final defevereiro. A associação, con-ta, não trabalha com uma metaespecífica, “mas se pudésse-mos chegar próximo ao que nosfoi estipulado seria ótimo”.

As obras de reforma, orça-das em cerca de 600 milhõesde ienes (cerca de R$ 15 mi-lhões de reais), já estão emandamento graças às verbasdestinadas pelo governo fede-ral, pela província de Hyogo epela prefeitura de Kobe. Jun-to com isso, os coordenadorestêm como meta arrecadar 20milhões de ienes (cerca de R$500 mil reais) junto ao setorprivado com a finalidade deestimular o envolvimento dacomunidade nesse marco co-memorativo do Centenário epropiciar a instalação de locaisdestinados às atividades cultu-rais e assistenciais.

Segundo apurou o JornalNippak, na carta enviada asquatro entidades nipo-brasilei-ras a Comissão de Colabora-ção para a Construção doKaigai Nikkeijin Kaikan (Cen-tro dos Nikkeis do Exterior) osvalores ficaram divididos daseguinte forma: R$ 20 mil parao Kenren (Federação das As-sociações de Províncias doJapão no Brasil), R$ 20 milpara a ACCIJB, R$ 10 milpara o Bunkyo e R$ 10 mil parao Enkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo).

Os interessados em fazera doação devem se dirigir àsecretaria do Bunkyo ou daACCIJB, na Rua São Joa-quim, 381 – térreo ou 2º an-dar (ACCIJB), bairro da Li-berdade, de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Fa-lar com Nakamura, Hase ouMissako (Bunkyo) ou Lídia(ACCIJB).

Ou, então, fazer depósitona conta especial em nome daSociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa - Banco Real -agência 1551 - conta corren-te 9002220-0. Feito o depósi-to, tanto o Bunkyo como aACCIJB solicitam que a có-pia do respectivo comprovan-te seja enviado via fax (11)3208-5519 ou comunicado viae-mail para Nakamura([email protected])

O Bunkyo informa aindaque a conta divulgada pelo Jor-nal Nippak na edição de 1º dejaneiro de 2009, continua va-lendo.

Informações pelos telefo-nes: 11/3208-1755 (Bunkyo)ou 3209-3875 / 3277-3279(ACCIJB).

(Aldo Shiguti)

Obras da reforma já estão em andamento graças às vebas destinadas pelo governo federal

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História da Hospedaria dos Emigrantes em KobeA Hospedaria dos Emi-

grantes, construída na cidadeportuária de Kobe (provínciade Hyogo), em 1928, por for-ça do Decreto Imperial nº. 229,é uma das referências mais ex-pressivas de um momento his-tórico de profunda crise do Ja-pão.

Em 1925, o governo japo-nês decidiu adotar a emigra-ção como política de estadoe assumir os custos com asdespesas de viagem dos in-teressados, após enfrentaruma interminável série deacontecimentos trágicos.

Só para citar alguns des-ses fatos, temos em 1918 ostumultos do arroz resultanteda falta de comida; em 1923,o grande terremoto de Kantoque destruiu principalmenteas cidades de Tóquio e Yoko-hama, somando mais de 140mil mortos e desaparecidos.

Em 1927, devido à desor-ganização econômica, trêsmilhões de japoneses esta-vam sem trabalho. E, as difi-culdades pareciam não terfim - em 1931, a região nor-deste (considerada uma dasmais pobres juntamente comOkinawa) sofreu graves pre-juízos provocados pela ondade frio intenso.

Considerada uma das vál-vulas de escape, a saída ao ex-terior - com o devido estímulodos órgãos governamentais -crescia continuamente, princi-

palmente ao Brasil que era umdos poucos países abertos àentrada de japoneses.

Nesse contexto de crise, aconstrução de uma hospeda-ria aos emigrantes, na cidadede Kobe, foi uma maneira depropiciar melhores condiçõesaos interessados em tentar asorte no exterior. Eles vinhamde todas as províncias do Ja-pão e eram obrigados a se sub-meter aos preparativos paraviagem, envolvendo documen-tação e exames médicos.

Com o crescente númerode emigrantes, as vagas empensões e hotéis da cidadeeram insuficientes, além detoda precariedade de acomo-dações. Diante dessa situação,em 1926, foi criada a Associa-ção Nipo-Brasileira (NippakuKyokai) com a finalidade decoordenar a construção doedifício. Em 1928, foram inau-guradas as instalações da Hos-

pedaria dos Emigrantes emKobe - um prédio de concre-to de cinco andares, com 600leitos. Dois anos depois, foireformado, ampliando sua ca-pacidade para 1.300 pessoas.

Em 1945, com a derrota naSegunda Guerra, novamente opaís se viu atolado em inter-mináveis problemas. Entreeles, a crise alimentar e habi-tacional agravada pelo retor-no de cerca de 6,3 milhões dejaponeses que moravam empaíses como Coréia, Taiwan,Manchúria, Sacalina do Sul eoutros territórios ocupados an-tes do início do conflito.

Mais uma vez, a Hospe-daria transformou-se em mo-radia temporária aos interes-sados em mudar-se ao Brasil.Essa função deixou de existirsomente em 1971, quando asviagens passaram a ser reali-zadas por via aérea.(fonte: www.bunkyo.org.br)

Hospedaria é uma das referências de momentos históricos

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MODA

Erika Ikezili aponta asnovidades do SP Fashion Week

Em sua mais nova coleçãode inverno, a estilista sanseiErika Ikezili usou sua criativi-dade sem deixar de fazer re-ferências as suas raízes orien-tais. Ela aproveitou pedaços depanos coloridos, os furoshikis -usado como embrulho no Ja-pão, para apresentar sua cole-ção de inverno.

O resultado da idéia forampeças com tecidos de dife-rentes tamanhos e assimétri-cos, sem deixar de combinartons de rosa, azul, marrom eberinjela. Além disso, Erikacomplementou os modeloscom acessórios metálicos,como bolsas, no melhor esti-lo oriental.

Vestidos e saias, tambémcaracterizaram a coleção danikkei, que usou técnicas deorigami para dar destaque emsuas peças e atrair o efeitode dobradura de papel. Ecomo não poderia faltar, ascalças de cintura alta, justanas pernas e largas no qua-dril completou sua linha.

O destaque de sua nova

coleção ficou com os efeitoselegantes causados pelo cro-chê arredondado e pelo tricô.Delicadas, as peças no estiloanos 60, dão um ar sofistica-do tanto para casacos, quantoponchos e cachecóis, sempreabusando dos recortes irregu-lares e mistura de técnicas.

No cabelo, a idéia foi sim-ples e chique. Um coque bási-co e uma faixa contornando acabeça com um aplique late-ral, ora discreto, ora chamativo,que lembram flores.

Erika Ikezili – Nascida noParaná, a estilista formou-sena Faculdade Santa Marceli-na, em desenho de moda, noano de 1999. Em 2000, Érikaestrelou nas passarelas com oProjeto Lab – Casa de Cria-dores e começou a comerciarsuas peças no Mercado Mun-do Mix. Cinco anos depois, in-tegrou pela primeira vez o SãoPaulo Fashion Week. Atual-mente as marcas da nikkei sãoencontradas no Brasil, NovaIorque e Tóquio.

Erika Ikezili homenageia orientais noSão Paulo Fashion Week 2009

Essa semana São Pauloatraiu olhares e expectativas domundo todo. O foco das aten-ções foram as passarelas, emmais uma edição do São PauloFashion Week inverno 2009.

Nomes consagrados comoRicardo dos Anjos, PriscilaDarolt, Colcci, Ronaldo Fraga,Christine Yufon, Osklen, HuisClos, entre muitos outros, esti-veram presentes nos seis diasde desfile para apresentar suascoleções. Outra estilista reno-mada que marcou presença foia nikkei Erika Ikezili, conheci-da por trazer o toque orientalem suas roupas.

Em entrevista ao JornalNippak, Érika conta que oSPFW traz nesta edição mu-danças radicais. Entre as novi-dades da moda estão as calçasde cintura alta, estilo cavalaria,camisas, muito acessório eassimetria entre as roupas.Cores como berinjela, azul-ma-rinho, chumbo, cinza, preto egranada, são as mais explora-das pelos estilistas e prometeminvadir as vitrines das lojas.“Nessa nova tendência nada émonocromático, usa-se maistexturas, modelagens e um es-tilo anos 60, não tão anos 50como costumavam ser”.

Erika explica que a moda écomo um pêndulo, quando che-ga ao seu extremo volta ao queera antes. “Um exemplo dis-so, é a calça de cintura baixa.Os modelos das calças foramabaixando até as calças

funkeiras, que foi o exagero.Depois voltaram a subir, e vãocontinuar até chegar ao extre-mo de novo para começar avoltar”, conta.

Para a estilista, o SPFW éum gerador de tendências paraa moda vista nas ruas. “Talveznão na quantidade de exageroque é exposto na passarela. Oque acontece na moda urbanaé uma mistura de looks dosestilistas. Acho isso bom, pe-gam sugestões de cada marcae vão adequando melhor do quefoi mostrado nas passarelas”.

Cores frias – Mas, nem sem-pre o que sai dos desfiles vãodireto para a moda das ruas.Segundo Erika, até chegar amoda urbana, demora, às ve-zes, cerca um ano ou em mé-dia duas coleções, dependen-do da fase que a moda está.Como esse novo estilo radicalapresentado no SPFW acaboude começar, a expectativa é decontinuidade para próximasedições do evento, que comoexplicou a estilista vai durar atéchegar a exaustão para mudar.

Se você gosta de estar emsincronia com o acontece naspassarelas, aproveite agorapara usar as cores vibrantesque vieram junto com o verão,já que o inverno promete tra-zer cores mais frias e roupasmais sérias e ajuizadas. E, éclaro, abusem dos acessóriosque estão super em alta!

(Thâmara Kaoru)

A estiista Érika Ikezili no SPFW: “A moda é como um pêndulo”

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São Paulo, 23 de janeiro de 2009 JORNAL NIPPAK 9

FÉRIAS

Nikkei destaca estrutura de Amsterdã

Janeiro, o mês perfeito paratirar uma folga, passear eviajar! Nada melhor do

que dicas de lugares diferen-tes e divertidos para passaressas férias, ou até mesmo,planejar as próximas.

O lugar da vez é Amster-dã, na Holanda do Norte, ca-pital dos Países Baixos. Essacidade que abriga os extremostanto da polêmica, pela legali-zação de drogas leves e pros-tituição, quanto da beleza, pe-los canais e o mercado flutu-ante de flores, foi escolhidopelo nikkei JandersonEstevam, que estuda e traba-lha temporariamente em Lon-dres, na Inglaterra.

Aqui no Brasil, o nikkeitrabalhava como técnico desom antes de ir para o Japãocomo dekassegui. Desdesempre, ele mostrou interes-se em conhecer novos luga-res. Assim, com a tempora-da de um ano em Londrespara aperfeiçoar o inglês,Janderson achou a oportuni-dade perfeita para explorar aEuropa. “Minha experiênciaem Amsterdã foi empolgan-te. É sempre bom conhecernovos países e novas cultu-ras”, explica ele que já visi-tou também a Espanha.

O centro de Amsterdã foio lugar que mais impressionouo nikkei. Ele ressalta a boaestrutura do lugar para rece-ber turistas. “O tratamento daspessoas, que eram semprebem receptivas e dispostas adar a informações e conver-sar, me chamou a atenção.Acho que nada deveria mudarlá. O transporte, a segurançae a informação aos turistas

funcionam muito bem”, expli-ca.

Para o estudante, as para-

das obrigatórias são os museus.Amsterdã possui aproximada-mente 45 museus, além de te-

atros, cinemas, igrejas, prédi-os históricos, enfim, atraçõessuficientes para um ótimo ro-teiro cultural. O museu deRijksmuseum, um dos maisfamosos, exibe beleza atravésdas porcelanas, acervo de pra-ta e obras de pintores do sé-culo 17. Outros museus inte-ressantes são o de Van Gogh,com a maior coleção de obrasdo artista e o Museu de ArteModerna Stedelijk. É lá tam-bém que fica a casa em queAnne Frank, menina judia queescreveu um diário contandosobre as perseguições contraos judeus na Segunda GuerraMundial, se escondeu com suafamília.

Tenha certeza de incluir omercado flutuante de flores, no

canal de Singel, em sua listade lugares imperdíveis deAmsterdã, a área mais perfu-mada da terra dos moinhos.Janderson lembra que andar debondinho e passear de barcopelos canais também é turis-mo obrigatório para quem querconhecer melhor a cidade e atéentender o porquê Amsterdãganhou o apelido de “Venezado Norte”.

Para visitar todos esses lu-gares, escolha o meio de trans-porte mais popular da cidade:A bicicleta. Uma conduçãoprática e que te oferece o pra-

zer de sentir mais perto o coti-diano dos moradores do local.

Apesar de ter gostado dolugar, Janderson diz que nãodeseja voltar tão cedo. “Euacho que já conheci toda a ci-dade e pretendo ir a outros lu-gares antes. Acho que tam-bém não moraria lá por sermuito frio e muito liberal”, com-pleta o estudante que passa asférias no Brasil antes de vol-tar à Londres para terminar seucurso.

(Thâmara [email protected])

Janderson e seus amigos, usando o meio de transporte que já é um símbolo da cidade: A bicicleta.

Impressionado com o frio, Janderson afirma que não mudarianada em Amsterdã

Janderson na Campanha publicitária “I amsterdam” em frente aoRijksmuseum

ARQUIVO PESSOAL

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 de janeiro de 2009

w w w. p r o d u t o s o r i e n ta i s . c o m . b r

A nova geração do veículohíbrido Prius é a maior atra-ção no estande da Toyota noSalão de Detroit (EUA), quetermina neste domingo (25).Lançado em 1997, o modelo foio primeiro carro da históriaequipado com motores a ga-solina e elétrico a ser produzi-do em escala comercial e suasvendas, ao longo desses 11anos, já ultrapassaram a mar-ca de 1 milhão de unidades emtodo o mundo.

O novo Prius é mais espa-çoso e silencioso em compa-ração com a geração anteriore traz, entre as principais no-vidades, um novo teto corredi-ço com painéis solares, trêsmodos de condução, além dosistema de Assistência Inteli-gente de Estacionamento (IPA– Inteligent Park Assist), querealiza manobras de estaciona-mento com a mínima interfe-rência do motorista – que selimita apenas a controlar o ace-lerador e o freio.

A construção do novo Priuslevou em conta processos quereduzem o impacto ambientaldo veículo durante toda a suavida - desde a produção, pas-sando pela utilização e, final-mente, chegando ao desmonte.

O novo Prius traz agora um

VEÍCULOS

Novo Prius é o destaque da Toyota no Salão de Detroit (EUA)

motor de quatro cilindros 1.8VVT-i, que gera 98 cv de po-tência e substitui o motor de1.5 litro que equipava o mode-lo desde 2004. Ao contrário doque se acredita, o motor commaior capacidade volumétricaajuda a melhorar o consumo decombustível do modelo, porpermitir que o Prius rode emaltas velocidades em uma ro-tação de motor mais baixa.

O exclusivo e patenteadoSistema de Condução deSinergia Híbrida do Prius 2010foi remodelado 90% em com-paração com a versão anteri-or, com significativas melhori-as. Este dispositivo inteligen-te, entre outras funções, geren-

cia a atuação dos dois moto-res, dosando de maneira pre-cisa a necessidade da utiliza-ção de gasolina ou de eletrici-dade, de acordo com a manei-ra de condução do motorista.

Economia – Devido às novi-dades do Sistema de Conduçãode Sinergia Híbrida, o NovoPrius oferece três opções de tipode modo condução: o ModoEV-Drive possibilita o desloca-mento do carro somente com autilização do motor elétrico, embaixa velocidade por aproxima-damente 1 milha (1,6 quilôme-tro). O Modo Power aumentaa participação do motor a ga-solina e incrementa a sensibili-

dade do acelerador, convidan-do para uma tocada mais es-portiva. E o Modo Ecológicopermite ao condutor obter omenor consumo de combustí-vel, priorizando a atuação domotor elétrico.

Com todas as inovações, anova geração do híbrido am-plia seu recorde de economiaem consumo de combustível.Na primeira versão do mode-lo, lançada em 1997, o Priustinha como consumo 41 milhaspor galão americano (equiva-lente a 17 km/l), na segundageração, de 2004, apontavaconsumo de 46 milhas por ga-lão (aproximadamente 19.6km/l). Na terceira geração, oPrius atinge consumo de 50milhas por galão, ou seja, 21,1km/l.

FICHA TÉCNICA - NOVO PRIUS• MOTOR VVT-I A GASOLINA, 4CILINDROS DE 1.8 LITRO

• POTÊNCIA DO MOTOR A GASOLINA: 98CAVALOS A 5.200 RPM

• MOTOR ELÉTRICO: MOTOR DE

SINCRONIA MAGNÉTICA PERMANENTE

• POTÊNCIA DO MOTOR ELÉTRICO: 80CAVALOS

• POTÊNCIA COMBINADA: 134 CAVALOS

• TRANSMISSÃO: AUTOMÁTICA DO TIPO

CVT• TRAÇÃO: DIANTEIRA

A nova geração do híbrido Prius é a maior atração da montadora

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MEIO AMBIENTE 2

São Paulo ganha presenteecologicamente correto

Shisue Higaki Arai exibe placa de identificação

O Centro de Pesquisas deHistória Natural, entidade deorigem japonesa, homenagea-rá a cidade de São Paulo pe-los 455 anos de fundação. Ametrópole receberá um pre-sente ecologicamente correto:serão plantadas cinco mil mu-das de árvores diferentes.Uma cerimônia de plantio daráinício ao Projeto de Reflores-tamento da Mata Atlântica –Mata Ciliar do Parque doCarmo. Estas árvores serãoidentificadas com placas quan-to ao nome científico, origeme nome da pessoa que plantou.

Segundo Shisue HigakiArai, membro da entidade, “es-tamos preocupados com oaquecimento global do plane-ta, que tem sido o assunto demaior destaque no mundo”.“Diante desta situação, oCPHN pretende participar, pormenor que seja nossa colabo-ração, na neutralização daemissão de carbono à atmos-fera. Pensando nisso, em ju-nho de 2007 foi apresentada àdiretoria do CPHN, por TakaoKoshimura, uma sugestão doprojeto para realizar a recupe-ração da mata ciliar do córregodo Parque do Carmo. A suges-tão foi aceita unanimemente eo projeto elaborado foi enca-minhado à Secretaria do Ver-de e Meio Ambiente do Muni-cípio de São Paulo. É impor-tante lembrar que este projetofoi elaborado também comoprojeto comemorativo do Cen-tenário da Imigração Japone-sa no Brasil” acrescentaShisue.

O Centro de Pesquisas deHistória Natural foi fundado em1950, pelo professor de botâni-ca Goro Hashimoto, que che-gou ao Brasil como imigrantejaponês há 65 anos. A maioriados imigrantes chegava ao Bra-

sil com o intuito de enriquecere retornar ao seu país de ori-gem, mas ele empenhou-se naobservação e coleta de plantaspara a pesquisa científica danatureza na América do Sul.Começou a coletá-las semprevoltado à ótica da taxonomiavegetal (estudo da classificaçãodas plantas).

Desde os seus primeirospassos dessa caminhada atéos dias atuais, tem-se o conhe-cimento de por volta de150.000 amostras de plantascoletadas. Por se tratar deuma coleção particular, é deestimável valor. Nela incluem-se algumas espécies que es-tão em fase de extinção (devi-do ao desmatamento) e tam-bém as de uso medicinal.

Goro Hashimoto deixou oJapão para dedicar-se exclu-sivamente ao estudo da florano Brasil, tornando-se a pri-meira pessoa da comunidadejaponesa, na área de CiênciasNaturais, a ser condecoradapelo governo japonês, em1990. Hashimoto faleceu aos95 anos de idade em agosto de2008, mas seu trabalho conti-nua incessantemente atravésda atual presidente da entida-de Dra.Hitomi Hayashida.

SPFW – O projeto elaboradopelo CPHN tem execução eparceria pela Iniciativa Verde,com patrocínio de São PauloFashion Week e aprovação,apoio da Secretaria do MeioAmbiente da Prefeitura doMunicípio de São Paulo.

O evento será no Parquedo Carmo, no dia 25/01, às 10horas – Entrada pela AvenidaOsvaldo Pucci, Portão 3 - aolado do Bombeiro. A cerimô-nia será no quiosque ao ladodo Bosque das Cerejeiras.

(Luci Júdice Yizima)

MEIO AMBIENTE 1

Delegação do Nippon Keidanreninspeciona projetos em SP

Pela primeira vez desde asua criação em maio de2002 o Comitê para Pre-

servação da Natureza daNippon Keidanren – JapanBusiness Federation –, desem-barcou no Brasil onde visitoue inspecionou no dia 17 de ja-neiro o Bosque da AmizadeBrasil-Japão e o Bosque daDiversidade, no Parque Eco-lógico do Tietê (Zona Leste deSão Paulo), que em 2008, re-ceberam subsídios daquela ins-tituição japonesa. As ativida-des da delegação no Brasil fo-ram divulgadas durante coleti-va de imprensa realizada nodia 16 de janeiro no Hotel Nik-key Palace, na Liberdade.

Uma vez por ano o comitêda Nippon Keidanren realizainspeções em um país e esseano o Brasil foiescolhido parareceber a dele-gação, chefiadapelo chairmanN a o t a k eOkubo. Com-posta por novemembros res-ponsáveis pelaárea ambientalde empresasinstaladas emvárias provínci-as japonesas, ogrupo inspecionou o plantio de100 mil árvores nativas daMata Atlântica no Bosque daAmizade Brasil-Japão, implan-tado durante as comemora-ções do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil.

O Bosque da Amizade écoordenado pela AssociaçãoBrasileira dos Imigrantes Ja-poneses e Associação(OISCA – Brasil). Já o Bos-que da Diversidade implanta-do em 2004 em comemoraçãoaos 450 anos da fundação dacidade de São Paulo, é coor-denado pela Associação dosEx-Bolsistas da JICA SãoPaulo (ABJICA). No dia 18 adelegação partiu para o Para-guai onde visitaria um projetode reflorestamento instaladoem comemoração aos 50 anosda Imigração Japonesa naque-le país.

A missão da NipponKeidanren é incentivar as em-presas a se preocuparem como meio ambiente, fornecendoinformações, aproximar asempresas das Organizações

Não Governamentais (ONGs)e tem como próxima meta odesenvolvimento de trabalhoem torno da biodiversidade. Jáno Japão a Nippon Keidanrenvisa acelerar o crescimento doarquipélago, da economia mun-dial e fortalecer as empresaspara criar valor adicional.

Além de fazer com que aeconomia japonesa se tornesustentável e impulsionada pelosetor privado, incentivando aidéia de indivíduos e comuni-dades locais.

A Nippon Keidanren é amais poderosa organizaçãoeconômica japonesa e globalque congrega hoje 1343 em-presas, 130 associações indus-triais e 47 organizações eco-

nômicas regionais (desde2007). A entidade nasceu dafusão da Federação das Orga-nizações Econômicas Japão(Keidanren) e da Japão Fede-ração das Associações Patro-nais (Nikkeiren), instituídas em1992, ano do ECO92.

Crise – 7Nos últimos 16 anoso Fundo para Preservação daNatureza, constituído por doa-ções das empresas associadas,apoiou 800 projetos com o to-tal de recursos de aproxima-damente de 2,4 bilhões de ie-nes que corresponde a 27 mi-lhões de dólares. Com arecessão que atinge a econo-mia japonesa, Naotake Okubodisse que o Comitê está preo-cupado com a captação de re-cursos necessários para a ma-nutenção das atividades. “In-dependente da crise queremosdar continuidade aos projetos”,ressaltou.

Alguns dos projetos quereceberam recursos do NipponKeidanren, tem-se o plantio deárvores na China para comba-ter a desertificação; recupera-ção dos mangues na Tailândiae Vietnã; para o desenvolvi-mento da carcinocultura, pro-teção ao orangotango em pro-cesso de extinção na ilhaBornéu; proteção do bio siste-ma em Galápagos, etc.

(Afonso José de Sousa)

Membros do Comitê para Preservação da Natureza do Nippon Keidanren durante visita a São Paulo

JORNAL NIPPAK

O novo cônsul geral em SP, Kazuaki Obe, prestigiou o evento

Naotake Okubo, chefe da delegação japonesa

JORNAL NIPPAK

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São Paulo, 23 de janeiro de 2009 JORNAL NIPPAK 11

TÊNIS DE MESA

59º Intercolonial muda deendereço e presta homenagens

A59ª edição do Campe-onato Brasileiro Inter-colonial de Tênis de

Mesa mudou de endereço. Ini-cialmente marcada para o Pa-vilhão Vera Cruz, no ABC pau-lista, a competição, que come-ça hoje (23) e prossegue nes-te fim de semana (24 e 25),será realizada agora no Giná-sio Poliesportivo de São Ber-nardo do Campo. Segundo odiretor da Comissão Organiza-dora Regional do Intercoloniale diretor do Departamento deTênis de Mesa da Acrepa (As-sociação Cultural e Recreati-va da Paulicéia), Mauro Ikeda,a mudança de local ocorreu emfunção de imprevistos de últi-ma hora.

Na verdade, o Vera Cruzestará sendo utilizado para fil-magens da produção do longa“Lula, o Filho do Brasil”, deFábio Barreto, que conta a his-tória do presidente Luiz InácioLula da Silva.

Apesar da mudança técni-ca, os organizadores continuamapostando no sucesso do even-to. “A atual administração daPrefeitura de São Bernardo doCampo não mediu esforços e,de pronto, nos sugeriu o Giná-sio Poliesportivo. Aceitamos odesafio, até porque sob o pontode vista organizacional nãomuda nada, já que vamos con-tar com uma ótima infraestru-tura”, conta Mauro Ikeda,acrescentando que uma daspreocupações era quanto o jan-tar de confraternização, umadas marcas registradas do In-tercolonial e que este ano con-ta com a presença do cantorsertanejo Joe Hirata.

“Tivemos praticamente trêsdias para preparar a competi-ção, mas temos certeza quevamos atingir nosso objetivo,que é o de superar a organiza-ção de 2007, quando realiza-mos o Intercolonial pela primei-ra vez”, arrisca Ikeda.

Considerado o maior even-to da América Latina na mo-dalidade, esta edição do cam-peonato terá número recordede participantes. No total se-rão 867 atletas, representandocinco estados: São Paulo, Pa-raná, Rio de Janeiro, Brasília,

Homenagens – Durante ostrês dias do campeonato osatletas também poderão parti-cipar de uma clínica com o téc-nico japonês YoshihiroHiraoka.

A abertura do torneio serárealizada neste sábado, às8h30. Dentre as presençasconfirmadas, estão a do presi-dente da Confederação Bra-sileira de Tênis de Mesa, AlaorPinto Gaspar; o presidente daFederação Paulista de Tênisde Mesa, Lidney de Castro, eautoridades municipais.

O ponto alto da festa seráa homenagem a seis atletasolímpicos: Hugo Hoyama,Issamu Kawai, Monica Doti,Mariane Nonaka, LyaneKosaka e Francisco Arado, oPaco – da seleção cubana eatual técnico da Acrepa –, alémda homenagem especial aClaudio Kano (in memorian).A entrega dos mimos será fei-to pelo ex-mesatenista Ricar-do Inokuchi.

“Poucas pessoas devemsaber, mas dos dez mesatenis-tas brasileiros olímpicos, setepassaram por São Bernardo doCampo. São Bernardo doCampo é um dos maiores ce-leiros nacionais quando o as-sunto é tênis de mesa e acha-mos que é uma ótima oportu-nidade para mostrar isso aopúblico”, explica Mauro Ikeda,que não poupa elogios para oex-mesatenista Ricardo Ino-kuchi. “É uma forma de home-nageá-lo também”, diz. Ape-sar de não ter nenhuma Olim-píada em seu currículo, Ricar-do Inokuchi foi um atletaexemplar. Como mesatenista,ganhou dez títulos sul-america-nos, sendo cinco consecutivos,de 1969 a 1979. Foi tambémmedalhista de ouro e prata nosJogos Pan-Americanos deCaracas-1983.

(Aldo Shiguti)

59º CAMPEONATO BRASILEIRO

INTERCOLONIAL DE TÊNIS DE MESA

QUANDO: DIAS 23, 24 E 25ONDE: GINÁSIO POLIESPORTIVO CIDADE

DE SÃO BERNARDO (AV. KENNEDY,1.155, BAIRRO ANCHIETA)ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/4126-5600

Competição deve reunir mais de 800 atletas em 24 categorias

DIVULGAÇÃO

P R O G R A M A Ç Ã O

DIA 23 (SEXTA-FEIRA)8h30 – Categorias: Pré-Mirim; Mirim; Infantil; Juvenil (Equipes).16h – Duplas (Masculina/Feminina e Mista)19h – Categoria: Adulto e Juventude Masculino (Individual)

DIA 24 (SÁBADO)8h – Desfile de aberturaCategorias: Juventude, Adulto até Hiper-Veterano (Equipes)13h – Categorias: Pré-mirim, Mirim, Infantil, Juvenil (Individual)16h – Congresso Técnico II20h – Jantar de Confraternização

DIA 25 (DOMINGO)8h – Categorias: Adulto feminino até hiperveterano (Individual)Torneio de Consolação nas categorias: Pré-mirim e Mirim. TorneioAberto Livre9h30 – Final da categoria adulto masculino e início da CategoriaEspecial8h – Finais Individuais das categorias iniciando pelo Pré-mirim aJuventude

Mato Grosso do Sul, MatoGrosso e Minas Gerais.

Os participantes, divididosem 24 categorias (pré-mirim ahiper-veterano), disputam nas40 mesas dispostas provas emequipes, duplas e individuais

nos três dias de competição.Além do ginásio, a Prefeitura,por meio da Secretaria de Es-portes, dará todo o suportenecessário para a realizaçãodo evento e alojamento paraos atletas.

Ricardo Inokuchi marcou época como atleta

INTERCOLONIAL/ARTIGO

Sinônimo de longevidade,seriedade e confraternização

Em 59 anos acontecerammuitas transformações. O Paíspresenciou a era pós 2ª Guer-ra Mundial, a Revolução de 64,a época da ditadura militar e oprocesso de democratização;mudanças estas que o TorneioIntercolonial conseguiu sobre-viver, mantendo as tradições dacomunidade japonesa e influ-enciando várias gerações.

Alguns fatores fazem comque um evento perdure tantotempo: credibilidade, coordena-ção, organização, renovação,motivação, criatividade, patro-cinadores, etc.

Hoje o Intercolonial é refe-rência nacional no tênis demesa, pois é o campeonatomais antigo na modalidade, re-cordista em número de parti-cipantes e em categorias (pré-mirim ao hiper- veterano), astabelas são confeccionadascom 2 meses de antecedência,é a única competição com olivreto-programa (que mantémo nome de todos os campeõesdesde 1951) e dos 900 atletasinscritos, cerca de 30% dispu-tam apenas este torneio duran-te o ano.

Na década de 80, chega-mos a pensar em acabar coma competição, por falta de co-laboradores, patrocinadores einteresse dos mesatenistas, daío fator credibilidade e criativi-dade, geraram motivação e ali-ada a renovação da diretoria,demos outro rumo aos objeti-vos do evento.

1) Premiação diferenciadapara as categorias: especial,juvenil e infantil

2) Tornamos o pacote doevento atrativo para a cidadeque sediar a competição.

3) Regulamento rígido edatas pré-estabelecidas commuita antecedência.

TREINAMENTOINTERNACIONAL

Tradicionalmente são rea-lizadas clínicas antes da com-petição e este ano o japonêsYoshihiro Hiraoka, ensinou osparticipantes, truques de comoevoluir na modalidade.

Palestrantes: NobuhikoHasegawa (campeão mundial)– 1 vez, Shigueo Ito (campeãomundial) – 5 vezes, Wu HongBiao (3º lugar no campeonatojuvenil na China) - 3 vezes,Yoshihiro Hiraoka (CampeaoUniversitario Japones) – 6 ve-zes e Abilio Cruz (Treinador naEspanha, Portugal e Angola) –1 vez.

*Marcos Yamada, da ComissãoOrganizadora do Intercolonial deTênis de Mesa

Yoshihiro Hiraoka ministrou clínicas em São Bernardo do Campo

MARCOS YAMADA

GATEBOL

Dirigentes da UCGB visitam o Mie NishiDirigentes da União dos

Clubes de Gate Ball do Brasil(UCGB) estiveram no últimodia 14 no Estádio Municipal deBeisebol Mie Nishi, no BomRetiro (Zona Oeste de SãoPaulo), para acompanhar asobras de melhorias.

A novidade deste ano será ainauguração de quatro camposde gatebol para atender a de-manda local e para competições.“Além dos quatro campos degatebol o espaço será totalmen-te remodelado com um novoprojeto paisagístico”, antecipouo diretor do Bom Retiro, OlivioSawasato, durante a visita dosdirigentes do esporte.

Toru Hondo, presidente;Seizi Oga, vice; Paulo Ocimoto,relações públicas; e JúlioKamimura, diretor de patrimô-nio, todos da UCGB, percorre-

MASSAH FUJIMOTO

Paulo Ocimoto, Toru Hondo, Júlio Kamimura, Olivio Sawasato eSeizi Oga (na foto, a partir da esquerda)

ram a área durante 30 minutos.“Desta vez a Prefeituracaprichou no pedido, vai ficarmuito bonito. Eu acho que a ci-dade necessita de locais deste

porte para a prática de esportecom boa aparência e bem cui-dada. Dá vontade de frequen-tar, é gostoso”, disse um dosdirigentes ao sair.

O sonho olímpico de Lon-dres 2012 já começou para oBrasil. Quatro atletas foramconvocados para disputar o pri-meiro Grand Slam da tempo-rada, nos dias 7 e 8 de feve-reiro. O tradicional Torneio deParis, que este ano dará 300pontos ao campeão no rankingmundial mais um prêmio emdinheiro de US$ 5 mil ao ven-cedor, terá a participação deLuciano Correa (-100kg), Sa-rah Menezes (-48kg), KetleynQuadros (-57kg) e Camila Mi-nakawa (-63kg). Da FrançaLuciano segue para a Copa doMundo de Budapeste, no finalde semana seguinte, enquantoo trio feminino vai para a Copado Mundo da Áustria, queacontece nos dias 14 e 15 defevereiro A pontuação de Copado Mundo é de 100 pontos aoprimeiro colocado.

“A convocação da primei-ra equipe que vai representaro Brasil internacionalmentenesta temporada levou em con-ta os resultados recentes des-tes atletas. Infelizmente a equi-pe não pôde ser maior devidoao estágio de recuperação dealguns atletas, vetados pelodepartamento médico daCBJ”, explica o coordenadortécnico internacional da Con-federação Brasileira de Judô,

JUDÔ

Camila Minakawa disputa competição emParis de olho nos Jogos Olímpicos de 2012

Ney Wilson.Todos os atletas foram me-

dalhistas internacionais em2008: Luciano Correa foi bron-ze na Copa Jigoro Kano, Ke-tleyn Quadros conquistou obronze nas Olimpíadas de Pe-quim 2008 e Sarah Menezes eCamila Minakawa subiram aopódio no Mundial Júnior daTailândia: Sarah foi campeã eCamila ficou como bronze.

“Participar desses torneiosinternacionais será uma expe-riência incrível. É uma grandeoportunidade e quero aprovei-tar ao máximo para crescertanto como judoca, quantocomo pessoa”, afirmou Camila,que estava treinando forte des-de o início do ano.

“Apesar de não esperaressa convocação, já estava em

A judoca Camila Minakawa

DIVULGAÇÃO

um ritmo forte nos treinamen-tos. Fiquei muito feliz com anotícia, principalmente peloreconhecimento e confiançano meu trabalho”, disse ajudoca, que defende o clube AHebraica, em São Paulo.

“O Torneio de Paris será aminha primeira competição in-ternacional realizada fora doBrasil, pela categoria sênior.Será um campeonato muitoforte, é um torneio bemrenomado internacionalmente,e eu espero lutar bem, ter umbom desempenho, pois os re-sultados serão conseqüênciadisso”, comentou.

Realizações – Se depender deCamila, 2009 será ainda melhorque 2008. “No ano passado, tivemuitas realizações, subi de ca-tegoria e tive muitas conquis-tas, mas a medalha no Mundialfoi a mais especial e a coroa-ção de todo o trabalho. Acredi-to que 2009 será ainda melhor,pois já comecei com essa con-vocação, mas sei que tenho quetrabalhar mais para desenvol-ver o meu judô e conquistar re-sultados melhores. Quero par-ticipar bem dessas competiçõespara conseguir me estabelecerna Seleção Adulta, além de dis-putar mais uma vez o MundialJúnior”, finalizou.

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 de janeiro de 2009

ESPETÁCULO

Grupo de taikô japonês Rakkozase apresenta no Brasil

ANIME E MANGÁ

Bastard!! volta às bancas emjaneiro em edições inéditas

Chega as ban-cas a partir destemês as edições iné-ditas de Bastard!!Depois de um hiatode dois anos, asaventuras de DarkSchneider, o maispoderoso mago dosquadrinhos japone-ses, voltam a ser pu-blicadas no Brasil.Agora em janeiro (olançamento estavaprevisto para estasexta-feira, 23), aJBC lança nas ban-cas a edição 24 e,em fevereiro, o vo-lume 25 – ambos noformato original dapublicação no Bra-sil.

A edição brasi-leira de Bastard!!foi lançada em julho de 2004no país e relata as batalhas vi-vidas por Dark Schneider con-tra forças demoníacas e atémesmo os poderosos serafinsguardiões do planeta.

A obra assinada porKazushi Hagiwara já é suces-so no Japão e no mundo intei-ro há 21 anos, porém, devidoao demorado processo criati-vo de seu exigente autor, so-freu uma interrupção tempo-rária no vol.23, em maio de2006.

Para quem ainda não co-nhece a trama de Bastard!! avolta do mangá às bancas éuma ótima oportunidade de seiniciar nesse incrível universoe conhecer o trabalho de umdos mais conceituados autoresde mangá do mundo.

Bastard!! 24 retoma a lutaépica entre Dark Schneider e

Uriel, o anjo que teve sua almacorrompida após a trágicamorte de sua irmã. O Destrui-dor das Trevas precisa usartodos os seus poderes paradeter o anjo caído e ainda frus-trar os planos de Belzebu, umdos grandes Regentes Demo-níacos, que pretende transfor-mar a Terra em um verdadei-ro inferno.

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Bastard volta depois de um hiato de 2 anos

Ogrupo Rakkoza do Ja-pão será a principalatração do 4º Festival

Kawasuji Daiko – BrasilKawasuji Ikkyousai, que acon-tece domingo (dia 25 de janei-ro), no Atlântida Park Hotel deAtibaia (58 quilômetros da ca-pital). O grupo conta com doisintegrantes brasileiros Jaque-line Yumi Seki e Roger HideoRodrigues Coelho que parale-lamente estão em treinamentono arquipélago.

A banda também têm doisespetáculos programados, nodia 31 de janeiro em Curitiba,Paraná; e no dia 1º de feverei-ro no grande auditório da So-ciedade Brasileira de CulturaJaponesa e de Assistência So-cial (Bunkyo), ao lado do gru-po de taikô japonês Shinkyo-Daiko, no Show “The Soundof Taikô”. Antes dos shows oRakkoza participa neste sába-do (dia 24), do WorkshopKawasuji Daiko que contarácom a participação de 30 gru-pos de todo o Brasil, tambémno Atlântida Park Hotel. Nodia 3 de fevereiro a banda re-torna para o Japão.

Na programação da manhãdo festival estão previstasapresentações de vários gru-pos como o Dantai Fenix dePresidente Prudente; RyuumeiWadaiko de Araçatuba;Shimadaiko de Florianópolis;Yanagi Taikô de São Carlos;Yooshin Taikô de Apucarana(PR); Wadaiko Tsubame NipoCampinas; Wakadaiko de Ma-ringá (PR); e Kaitou ShamiDaiko de Taubaté.

No período da tarde outrosoito grupos vão animar o pú-blico presente como o HimaWari; Mizuho Wadaiko de SãoBernardo do Campo; HatsumiTaikô de São José do Rio Pre-to; Mugenkyou de Bauru;Yuurin Taikô de Mauá da Ser-ra (PR); Shinkyou Daiko deSão Caetano do Sul; InstitutoCultural Ishindaiko de Londri-na (PR); e Rakoza deFukuoka, Japão.

Criação – O grupo Rakkozafoi criado em 1990 pelo pro-fessor Yukihissa Oda, um dosgrandes responsáveis pela po-pularização do Taikô no Brasilquando do seu estágio aqui nopaís no período de 2002 a 2004.Yukihissa Oda também tam-bém é responsável pelo estiloKawasuji Daiko no Japão e ogrupo Rakkoza da Província deFukuoka, tem como objetivodivulgar a cultura japonesaatravés da arte do taikô. Des-de de 1997 o grupo tem reali-zado apresentações em NovaYork (EUA), Indonésia, Chi-na, Coréia, Polônia, Austrália,África, e Brasil, onde se apre-sentou pela primeira vez em2005 e retorna este ano nova-mente.

Integrantes – O japonês e lí-der do grupo MassaruNishiguti começou a tocartaikô aos 8 anos. Estudou etreinou num famoso grupo deKtakyushuu, chamado Hibiki-za, para aperfeiçoar sua téc-nica. Fez estágio por um anonesse grupo, e retornou aoKawasuji aos 15 anos, tornan-do-se líder do Grupo Rakkoza,onde se destaca de forma in-crível. Crescendo muito notaikô, ganhando muito apreci-adores se profissionaliza, fa-zendo apresentações no Japãoe no exterior. Ele também éresponsável por uma das es-colas de taikô do Oda, emHakata-Fukuoka, onde ensinae treina. É considerado o nú-mero um do kawasuji e temexperiência em tocar Taikô,shinobuê, tyappa e shakuhati.

O vice-líder do Rakkoza éo japonês Ryohei Kayashima,que desde pequeno escolheu ocaminho do taikô, e sempre se

Grupo foi criado em 1990 pelo professor Yukihissa Oda: objetivo é divulgar a cultura japonesa

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destacou nesta arte, tanto queaos 11 anos entrou no GrupoRakkoza. É um dos membrosmais antigos do grupo e um dosmais novos de idade. Persona-gem muito forte no palco, alémdo instrumento taikô, toca tam-bém tyappa, shakuhati eshinobuê. Ele que pratica taikôhá 8 anos, toca tambémshinobuê, flauta horizontal debambu. Além de participar dogrupo Rakkoza faz apresenta-ções com o grupo Mai Hime eSaku.

Um dos brasileiros do gru-po é Roger Hideo RodriguesCoelho, que começou a tocartaikô em 2002, no Colégio Har-monia São Bernardo do Cam-po, com os primeiros ensina-mentos do professor Oda. Ex-integrante do grupo Kyoraku-zá Harmonia Taikô, campeãono 1º Campeonato Brasileirode Taikô, realizado em 2004.Foi instrutor de taikô no Colé-gio Harmonia, e líder do Gru-po Kyorakuzá. Ensinou tam-bém outros grupos de váriascidades do Brasil. Em maio de2007, seguiu para o Japão paraaprimorar as técnicas de taikô,se tornando um dos membrosdo Grupo Rakkoza.

Jaqueline Yumi Seki é aoutra brasileira da formação.Ela começou a praticar taikôem 2003 no Grupo de Bauru,

com os ensinamentos do pro-fessor Oda e fez sua primeiraparticipação com o GrupoRakkoza, em 2007 no ParqueSalvador Arena, em São Ber-nardo do Campo. Em meadosde 2007, foi para o Japão paraaperfeiçoar as técnicas dotaikô, como bolsista, tornando-se membro do Grupo MaiHime, Saku e Kohaku. Hoje éintegrante do Grupo Rakkoza.No grupo além do taikô, tocatambém tyappa e dança ballet.

A japonesa Miyuki Hosoiteve primeiro contato comtaikô no Colégio Harmonia, foibolsista no período de 2003/2004. Em 2005, retornou aoJapão onde foi bolsista da es-cola de taikô do professor Odaonde se aperfeiçoou nessaarte. Em abril de 2005, voltouao Brasil como instrutora detaikô, ensinando mais de 30grupos e em 2007 retornoupara o Japão onde se integrouao Grupo Rakkoza.

O japonês Daiki Nagao aos15 anos teve seu primeiro con-tato com o taikô, junto ao gru-po existente no colégio ondeestudava. Se identificou coma arte aos 22 anos foi integran-te do famoso grupo Kodo doJapão, com o qual aperfeiçooutécnicas de shinobuê ejyangará. Foi integrante tam-bém do grupo japonês Yamato.

Rakkoza, que fará shows em SP, conta com músicos brasileiros

SHOW DO GRUPO RAKKOZAQUANDO: DIA 25 DE JANEIRO

HORÁRIO: 9H30ONDE: ATLÂNTIDA PARK HOTEL DE

ATIBAIA – RODOVIA FERNÃO DIAS, KM

37,5 – SENTIDO SÃO PAULO / BELO HO-RIZONTE.INFORMAÇÕES: (11) 4415-1071 COM

NELSON E (11) 4416-1332 COM AOYAMA.

SHOW DO GRUPO DE TAIKÔJAPONÊS RAKKOZAQUANDO: DIA 1º DE FEVEREIRO

HORÁRIO: 15HONDE: GRANDE AUDITÓRIO DA SOCIE-DADE BRASILEIRA DE CULTURA JAPONE-SA E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (BUNKYO) -RUA SÃO JOAQUIM, 381 LIBERDADE –SÃO PAULO.INGRESSOS: R$ 20,00 INTEIRA E R$10,00 MEIA PARA ESTUDANTES E IDOSOS.ENTRADA FRANCA PARA MENORES DE SEIS

ANOS. OS CONVITES PODEM SER ADQUIRI-DOS PELOS TELEFONES (11) 9620-2048COM ROSA COELHO E (11) 8461-7654COMO IZUMU HONDA OU E-MAIL:[email protected].

Criado em novembro de2007 o ShinkyoDaiko traz noseu significado o sentimentode “vibração interior do co-ração” e é movido por senti-mento que o grupo tem comoobjetivo principal o resgate, apreservação e a divulgaçãoda cultura japonesa atravésda arte do Taikô, principal-mente incentivando com queos jovens sejam eles os mai-ores porta-vozes desta divul-gação.

A disciplina, a concentra-ção, a determinação e respei-to às tradições são os valo-res herdados do espírito japo-nês. A influência do espíritobrasileiro é percebida pelaalegria, pelo ritmo, peladescontração e criatividadedos seus integrantes.

A mistura destas duas cul-turas nestes últimos cemanos, estão presentes na nova

música “Oounabara-e”, quesignifica “Atravessando oGrande Mar”, em uma alu-são ao navio Kassato Maruque aportou em junho de 1908,trazendo os primeiros imi-grantes japoneses no Brasil eque enfrentaram uma gran-de travessia ora enfrentandoo mar bravio com ondas for-tes, ora encontrando a tran-qüilidade do mar calmo.

Os shimês representam aproa do navio, os nanamês eokedôs os seus remos, otyappa o mastro e o Oodaiko,o comandante deste grandenavio. Esta é a homenagemque o Shinkyodaiko presta atodos os imigrantes que comsua esperança, coragem eperseverança, constituíram amaior comuidade nikkei forado Japão e o reconhecimen-to de que valeram a pena,estes cem anos no Brasil.

Shinkyodaiko: mescla de duas culturas