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Ano I Edição 06 Educação, Cultura e Meio Ambiente JUNHO 2008 1985 2008 Educação—Cultura—Cidadania—Meio-Ambiente—Comportamento—Desenvolvimento —História 01 - Dia da Imprensa Aniversário de fundação do primeiro jornal brasileiro de grande porte “Correio Bra- siliense”. 03 - Aniversário do inicio da Insurreição Pernambucana”, no ano de 1645. 04 - Impressão da primeira Bíblia” nas Américas, no ano de 1743. 05 - Dia da Ecologia e “Dia Nacional do Meio-Ambiente”. 06 - Criação do “Museu Nacio- nal” no ano de 1818. - Assinatura do “Tratado de Tordesilhas em Tordesilhas/Espanha no ano de 1494. 08 - Dia “Mundial dos Ocea- nos”. - Morte do Profeta Maomé”, na Arábia Saudita, no ano de 632. 09 - Dia Nacional de Anchieta” e data da morte do Padre José de Anchieta, no ano de 1567. 10 - “Dia de Portu- gal” e “Dia de Ca- mões”. 13 - Aniversário da cidade de Guaratinguetá, pertencente ao Vale do Pa- raíba, a cidade das garças. - Aniversário da cidade de Paraibuna , pertencente ao nosso querido Vale do Paraíba. - Dia da Criação do Jardim Botânico”, no Rio de Janeiro, p o r D. João VI. 14 - Morte de “Afonso Pe- na” 7º. Presidente do Bra- sil, no Rio de Janeiro no ano de 1909. 15 - Dia do Professor de Educação Física. 18 - Dia do Emigrante Japonês. 20 - Dia Internacio- nal do Mi- grante. 21 - Inicio do Inverno Aniver- sário de Nascimen- to de Ma- chado de Assis. 24 - Aniver- sário da cidade de Atibaia , a cidade das Flores, na Regi- ão Bragantina. Dia de São João (festas Juninas) 26 - Dia da fundação da ONU “Organização Nações Unidas”. 28 - Aniversário de Nasci- mento de Itamar Franco, 46º Presidente do Brasil - Dia de São Pedro e São Paulo (Festas Juninas). 30 - Morte de nosso queri- do Chico Xavier (Francisco Cândido Xavier). de “chico xavier” Os amigos espirituais têm me ensi- nado que, no mundo espiritual, to- dos se esmeram para que tenhamos na Terra o máximo tempo no corpo. Há casos de longas moléstias que são abençoadas preparações de nosso espírito para a vida maior. As mortes repentinas quase sempre são provações e, às vezes, ocorrên- cias inevitáveis no mapa de trabalho trazido pelo espírito, ao reencarnar. Chico Xavier

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Ano I Edição 06 Educação, Cultura e Meio Ambiente JUNHO 2008

1985

2008

Educação—Cultura—Cidadania—Meio-Ambiente—Comportamento—Desenvolvimento —História

01 - Dia da Imprensa Aniversário de fundação do primeiro jornal brasileiro de grande porte “Correio Bra-siliense”. 03 - Aniversário do inicio da “Insurreição Pernambucana”, no ano de 1645. 04 - Impressão da primeira “Bíblia” nas Américas, no ano de 1743. 05 - Dia da Ecologia e “Dia Nacional do Meio-Ambiente”. 06 - Criação do “Museu Nacio-nal” no ano de 1818. - Assinatura do “Tratado d e T o r d e s i l h a s ” e m Tordesilhas/Espanha no ano de 1494. 08 - Dia “Mundial dos Ocea-nos”. - Morte do Profeta “Maomé”, na Arábia Saudita, no ano de 632.

09 - Dia Nacional de “Anchieta” e data da morte do Padre José de Anchieta, no ano de 1567.

10 - “Dia de Portu-gal” e “Dia de Ca-mões”. 13 - Aniversário da

cidade de Guaratinguetá, pertencente ao Vale do Pa-raíba, a cidade das garças. - Aniversário da cidade de Paraibuna, pertencente ao nosso querido Vale do Paraíba.

- Dia da Criação do “ J a r d i m Botânico”, no Rio de J a n e i r o , p o r

D. João VI. 14 - Morte de “Afonso Pe-na” 7º. Presidente do Bra-sil, no Rio de Janeiro no ano de 1909. 15 - Dia do Professor de Educação Física.

18 - Dia do Emigrante Japonês. 20 - Dia Internacio-nal do Mi-grante.

21 - Inicio do Inverno Aniver-sário de Nascimen-to de Ma-chado de Assis. 24 - Aniver-sário da cidade de Atibaia, a

cidade das Flores, na Regi-ão Bragantina. Dia de São João (festas Juninas) 26 - Dia da fundação da ONU “Organização Nações Unidas”. 28 - Aniversário de Nasci-mento de Itamar Franco, 46º Presidente do Brasil - Dia de São Pedro e São Paulo (Festas Juninas). 30 - Morte de nosso queri-do Chico Xavier (Francisco Cândido Xavier).

de “chico xavier” Os amigos espirituais têm me ensi-nado que, no mundo espiritual, to-dos se esmeram para que tenhamos na Terra o máximo tempo no corpo. Há casos de longas moléstias que são abençoadas preparações de nosso espírito para a vida maior. As mortes repentinas quase sempre são provações e, às vezes, ocorrên-cias inevitáveis no mapa de trabalho trazido pelo espírito, ao reencarnar.

Chico Xavier

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 2

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Qual o papel da “Junta Comercial” na abertura de Empresas? A Junta Comercial é o órgão de registro, a partir do qual a Empresa pode requerer sua inscrição em outros órgãos necessários ao seu fun-cionamento, como por exemplo, a Receita Federal e a Prefeitura. O registro na JUCESP é o primeiro passo para o Empreendedor ini-ciar suas atividades empresariais. Outros serviços da Junta Comercial importantes para o cidadão: - Localização de empresas para fins de aposentadoria e ou auxilio na busca para valer seus direitos; - Fornecimento de informações sobre o endereço, o nome dos sócios e todas as alterações das empresas registradas na Junta Comercial. - Fornecimento de informações sobre o nome e endereço da pessoa que ficou responsável sobre a documentação e guarda de livros da empresa que encerrou suas atividades; - Fornecimento de informações sobre o nome e o endereço da pessoa que ficou responsável pela documentação da empresa em caso de falência, ou seja dados sobre o Síndico. Matéria cedida pelo Dr. Cláudio Henrique Mendonça

JUCESP - São José dos Campos - SP

Preguiça: De manhã, a mãe foi bater na porta do quarto do filho: - Filho Acorda ! - Hoje não vou á escola ! E não vou por três motivos: estou morto de so-no, detesto aquele colégio e não a-güento mais os professores !

- Mas você tem que ir filho ! E por três motivos: você tem um dever a cumprir, já tem mais de 45 anos e é o Diretor do Colégio...

Utilidade Pública

Hoje, nada vou escrever, somente transcre-ver algo que me foi enviado, por uma gran-de amiga, Luciane Roberto, de Guarulhos. Filipe de Sousa

.......................///........................ “Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um

outro de cima para baixo, para ajudá-lo a levantar-se...” Um jovem e bem sucedido executivo, dirigia em alta veloci-dade sua nova “Ferrari”. De repente um tijolo surgiu e espati-fou-se na porta lateral do carro. Freou bruscamente e deu ré até ao lugar de onde teria sido arremessado o tijolo. Saltou do carro e pegou uma criança, empurrando-a bruscamente contra um veículo estacionado, gritando: - Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é meu carro novo e caro. Aquele tijolo que você jogou vai me custar muito caro. Por que você fez isso? “Por favor, senhor me desculpe, eu não sabia mais o que fa-zer ! “ Implorou o pequeno garoto. “Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local !” - Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados. “É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo !”. - Soluçando o menino perguntou ao executivo: “O Senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim.” - Movido internamente para muito além das palavras, o jovem motorista engolindo um imenso nó, dirigiu-se ao jovem defici-ente, recolocando-o em sua cadeira de rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando em seguida se tudo estava bem. “Obrigado ! E que Deus possa abençoá-lo !”.—Agradeceu a criança. O jovem e bem sucedido executivo viu então o menino distan-ciando-se... Empurrando o irmão em direção a casa... Foi um longo caminho até à sua “Ferrari”... Um longo e lento caminho de volta... Ele nunca mais consertou a porta amassada. Deixou-a assim para lembrar-se de não ir tão rápido pela vida, para que al-guém não precise mais atirar um tijolo, para só assim, mere-cer sua atenção. Para refletir:

“Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos cora-ções. Algumas vezes, quando não temos tempo de ouvir, ELE

tem de jogar um tijolo em nós !” ———————————————————

Dia 30 de Junho faz aniversário da desencarnação de nosso querido “Francisco Cândido Xavier” Chico Xavier, que Deus lhe dê todas as benesses de que possa ser merecedor, pois em sua vida na Terra, nunca Deus precisou lhe jogar um tijo-lo, pois sempre, a qualquer momento, a qualquer hora se mos-trava à disposição de seu semelhante. Que ele olhe por nós e nos ajude cada dia a sermos mais me-recedores da vida que Deus nos deu. Filipe de Sousa

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 3

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (S.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727 3003

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Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os ho-mens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamo-res da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas necessidades mercadológicas. Regionalmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da socie-dade mundial ao qual a brasileira não é exceção. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine e incentive estas iniciativas.

... Exigia a presença continua de seus secretários. Sir Arthur Bigge , seu secre-tário particular, era obrigado a pedir autorização especial cada vez que que-ria ir de Windsor a Londres. Se o emis-sário da Rainha não trazia Sir Arthur no momento preciso em que ela o cha-mava, este encontraria ao regressar, uma nota na sua mesa de trabalho, di-zendo: “ A Rainha pretende saber a razão por que Sir Arthur não se encon-trava em seu gabinete”. A Rainha Vitória quer nasceu a 24 de Maio de 1819 e subiu ao trono com de-zoito anos, reinou mais tempo do que qualquer outro soberano europeu. Du-rante o seu reinado, a França conheceu duas dinastias e uma república; a Espa-nha três monarcas e a Itália quatro Reis. A celebração de seu sexagésimo aniver-sário, como Rainha, em 1897, foi com-parado a um desafio lançado pela In-glaterra às outras nações do Mundo. E bem a podiam invejar, pois a Inglaterra era, por si só, um verdadeiro Mundo. De todos os domínios e colônias, foram enviadas para Londres tropas britâni-cas e nativas. O cortejo do jubileu asse-melhava-se a um triunfo romano. A Rainha escreveu no seu diário: “Creio que nunca houve ninguém que tenha recebido uma ovação tão extraor-dinária como a que eu hoje recebi.”. Aquele dia de Junho de 1897, dia de diamantes, de regozijo e lágrimas de felicidade, marcava o ponto máximo do seu reinado e, talvez, o apogeu do poder

britânico. Três anos após esse dia glori-oso, duas pequenas repúblicas de cam-poneses, situadas no extremo sul do continente africano, punham em che-que o mais poderoso Império do globo. Ao começar a guerra dos Boers, os Lon-drinos riram-se da desigualdade apa-rente da luta. Porém, as notícias recebi-das durante o ano de 1900 não foram boas e ninguém sofreu mais do que a Rainha, que então contava oitenta e um anos. Era infatigável: escrevia a gene-rais e soldados, despedia-se dos regi-mentos que partiam para frente e visi-tava os feridos nos hospitais. Ninguém teria desejado menos esta guerra do que ela. No entanto, na Alemanha e na França, a imprensa atacava-a da forma mais injusta. Quando, a 19 de Dezembro, após uma visita à Irlanda, desembarcou de seu iate Alerta, as pessoas que a observa-vam ficaram impressionadas com a grande mudança que nela se operava desde o ano anterior. Já não era a se-nhora pequena e roliça, quase bonita, que no dia do seu jubileu havia passea-do com grande pompa através de Lon-dres. As suas únicas doenças eram a velhice e a extrema fadiga que nela ha-via se acumulado durante aquele triste ano. Seu filho, o príncipe de Gales, foi chamado de urgência. Outro filho, o duque de Connaught, que se encontra-va na Alemanha, mostrou ao sobrinho, o Imperador Guilherme II, o telegrama anunciando que a Rainha estava mori-bunda. “Eu disse-lhe”, conta o príncipe von Bülow, chanceler da Alemanha, “que seria melhor esperar e ver qual o curso que a doença tomaria. O Impera-dor replicou, com certa impaciência, que se tratava da vida da sua querida avó e que estava absolutamente decidi-do a vê-la mais uma vez.” As relações entre os dois países eram pouco cordiais desde o famoso telegra-ma de Kaiser ao presidente boer Kruger, felicitando-o por ter repelido uma in-cursão inglesa. Porém, a 22 de Janeiro de 1901, o Imperador da Alemanha e o príncipe de Gales pisaram, lado a lado, o solo inglês. Pela primeira vez na sua vida, o Kaiser era popular em Inglater-ra e, assim, escreveu à Imperatriz con-tando-lhe que o povo de Londres havia chorado de alegria na noite em que sou-

be que ele se encontrava com a avó. Quando Vitória faleceu, na sua residên-cia na Ilha de Wight, toda a Inglaterra se vestiu de luto. Para o funeral, barcos de guerra e cruzadores encontravam-se ancorados, em filas duplas, ao longo da rota do iate Alerta, que transportava os restos mortais da Rainha. As bandas de música, dos navios tocavam a Marcha Fúnebre de Chopin. Os Canhões dispa-ravam salvas. Foi um espetáculo extra-ordinário: oito milhas de mar cobertas de barcos de guerra; os fuzileiros na-vais com as cabeças inclinadas sobre as espingardas de cano voltado para bai-xo; os lampejos vermelhos que saíam da boca dos canhões e, entre as salvas, a música melancólica e sublime de Cho-pin. Seu filho, o novo monarca, quando su-biu a bordo do iate real e encontrou a bandeira a meia haste, perguntou ao Comandante o que significava aquilo. “Senhor, a Rainha morreu”, respondeu o oficial. “Mas o Rei está vivo”, repli-cou Eduardo VII, e mandou içar a ban-deira. O Pano caia, assim, sobre um século de história. A vida da Capital retomou o seu curso. Um jovem Oficial, chamado WINSTON CHURCHILL, almoçando com um ve-lho político Sir Willian Harcourt, per-guntou-lhe: “Que irá acontecer ago-ra?”. “Meu caro Winston” respondeu-lhe Sir Willian, “a experiência da minha longa vida, ensinou-me que nunca acontece nada.” Efetivamente, durante os últimos ses-senta anos, nada havia acontecido. O Império havia-se tornado mais podero-so e mais unido. A riqueza da Inglater-ra torna-se cada vez maior. A popula-ção havia duplicado. E, de repente, em poucos meses, tudo se modificou. A Rainha morrera em Janeiro de 1901 e um novo piloto tinha tomado o leme. Os fazendeiros africanos desafiavam o Império. Muitas famílias inglesas rece-biam cartas da frente da batalha: “Não há sinais de que isto termine, longe dis-so” E, assim um país inteiro formulava, com ansiedade, a pergunta do jovem Winston Churchill: · “Que irá acontecer agora? “ · A resposta está,

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P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 4

O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a mídea www.gazetavaleparaibana.com

Pedras e Metais Preciosos “Prata”

PRATA

A Prata ( do Latim argentum ) é um ele-mento químico de símbolo “Ag” e de número atô-mico igual a 47 (47 prótons e 47 elétrons). à tem-peratura ambien-te, a prata encon-tra-se no estado sólido. No teste de chama assu-me a cor lilás.

A maior parte da prata é um subproduto da mineração do chumbo, ou seja se encontra associada a ela na natureza, assim como também ao cobre.

A prata normalmente é encontrada na natureza como pepitas (imagem acima) ou grãos, embora por vezes também te-nha sido encontrada em agregados fibro-sos, dendítricos (em forma de árvore). Quando recentemente minerada ou poli-da, ela possui uma cor branco - prata de brilho metálico e característico. No en-tanto, sua oxidação se dá com facilidade em contacto com o oxigênio do ar, for-mando-se uma camada escura sobre sua superfície. Este escurecimento se dá devido a uma reação química própria entre sua estrutura mineral e o oxigênio existente na atmosfera, formando-se o óxido de prata.

Em virtude deste inconveniente e o fato de sua maleabilidade, por ser já em natu-ra muito mole, não é utilizada em joalhe-ria na sua formula pura; para este fim, a prata é associada a outro metal geral-mente o cobre, para que seja possível a sua utilização quer com o fim de arte em Jóias como em utilidades e peças de arte em geral.

Acima peças utilitárias confeccionadas em prata de Lei (prata 950). Trabalho ma-nual e criativo nas formas, na expressão de uma arte medieval.

FOLHEAÇÕES E FORMAS: Em virtude de sua facilidade de oxida-ção, geralmente quando trabalhada com fins ornamentais, para confecção de jói-as, a prata pode ser protegida e valoriza-da, submetendo-se as peças depois de prontas a um processo de galvanoplasti-a. Este processo pode ser utilizado com ouro ou até mesmo o ródio, dois mine-rais que em seu estado sólido, após o processo de galvanoplastia protegerá as peças contra oxidações e lhe darão mai-or beleza.

A prata não é tóxica. No entanto, parte dos seus sais são venenosos em virtude da presença de “aniôes”. Estes compostos são absorvidos pelo corpo e permanecem na corrente sangüínea até se depositarem nas membranas muco-sas, formando uma película acinzentada.

A intoxicação por esses compostos se chama “argiria”. Por isso geralmente todas as peças de adorno a serem usadas junto à pele hu-mana, tais como brincos, colares, anéis, alianças, etc.. devem ser folheadas ou a ouro branco, platina ou ródio.

Há contudo, outros compostos de prata, como o “nitrato de prata” que têm um efeito anti-séptico. Usam-se soluções de nitrato de prata no tratamento de irri-tações de membranas mucosas da boca e da garganta. Algumas proteínas que em sua composi-ção se encontra prata, são agentes anti-irritantes das membranas dos olhos, ou-vidos, nariz e garganta.

A prata assim como o ouro num tamanho 70 mil vezes menor que um fio de cabelo e capazes de serem observados apenas por meio de potentes microscópios, são para a ciência extremamente valiosos. As nanopartículas desses dois metais são utilizados como alternativa para transporte e entrega de medicamentação dentro do organismo humano, no com-bate a diversas enfermidades, entre elas

no combate às células cancerígenas e, para a produção de tecidos que ajudam a cicatrizar lesões.

É o que constatou uma pesquisa desen-volvida pelos Laboratórios de Química do Estado Sólido e de Química Biológica, ambos da UNICAMP “Universidade Esta-dual de Campinas”, junto com o Núcleo de Ciências Ambientais da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).

Segundo o constatado, os testes realiza-dos em laboratório (in vítreo) mostram que através deste processo agregado ao composto “violaceína” ( o principio ativo de uma bactéria encontrada em grande quantidade na Amazônia e que possui ação anti - cancerígena, e “ciclodextrina” um anel de moléculas de glicose, que tem a forma de um balde, capaz de arma-zenar diversas substâncias. No entanto, afirmam os pesquisadores, que ainda estamos longe de poder afir-mar ter encontrado a cura de todos os casos de câncer.

Este procedimento será primeiramente testado em animais e somente depois dados mais conclusivos poderão ser adiantados.

Também o que está provado é que al-guns dos seus componentes químicos têm uma ação anti bacteriana de forte influencia e de variáveis aplicações.

A Prata t a m b é m tem uma importância de primeira linha, na fabricação de placas e em componentes eletro eletrônicos. Seja como forma de contatos, ou interliga-ções.

A prata, além de outros minerais como o ouro e o cobre é de altíssimo valor de propriedade na transmissão de energia e de dados. Por isso é tão utilizada na in-dústria de materiais elétricos e eletrôni-cos.

As principais áreas de mineração do mundo se encontram na América do Sul, nos Estados Unidos da América do Nor-te, na Austrália e na Antiga União Sovié-tica.

Na América do Sul o México é considera-do o maior extrator individual deste mi-neral, onde a prata tem sido minerada desde o início do século XV até aos dias de hoje.

Prata 1000: Assim como o ouro a prata também tem seu valor econômico. Assim para se normatizar a sua comercialização foi estabelecido pelo Rei Dom Afonso II de Portugal, que, em virtude de ser um

material muito maleá-vel, para que pudesse ser trabalhado, a prata somente poderia ser classificada ou pura (1000) ou então 950, (Ag 950).

O que é isso?

Prata 950 quer dizer que para cada 1000 gramas de prata, 50 gramas são correspondentes à adi-

ção de outros metais, que geralmente é o Cobre. Assim, a prata que conhecemos sobre a forma de prata 950, contém em si 950 gramas de prata pura e, 50 gramas de cobre ou outro mineral.

Mundialmente é consenso que a melhor prata natural, que ocorre na forma de arame retorcido, é a de Kongsberg, na Noruega.

Filipe de Sousa

A imagem nos mostra a extração de prata no México, por indígenas no

inicio do século XV.

Esta outra imagem nos mostra pe-ças de prata da época (século XV),

usadas por Reis e Rainhas.

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 5

Senhores Empresários patrocinar cultura é patrocinar desenvolvimento/cidadania. Este País e o seu futuro agradecem 0xx12 - 3902.7629

Comportamento e Cidadania

Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa.

Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sue-ca. Trabalhar com eles é uma convivên-cia no mínimo interessante. Qualquer projeto aqui demorada 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja bri-lhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo. Os SUECOS discutem, discutem, fazem um sem número de reuniões, pondera-ções e trabalham num esquema bem mais “Slow down” (calmo). O pior é constatar que, ao final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessi-dade: bem pouco se perde aqui. E vejo assim: 1 - O país é do tamanho de São Paulo; 2 - O país tem dois milhões de habitan-tes; 3 - Sua maior cidade, Estocolmo (acima), tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba que tem 2 milhões de habitan-tes). 4 - Empresas de capital Sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Eletrolux, ABB, Nobel Biocare... Nada mal em tecnologia e capital, não é? 5 - Para termos uma idéia a Volvo fabrica os motores propulsores para os fogue-tes da NASA. Digo para os demais nes-tes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários. En-tretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve histó-ria para que possam ter noção do que afirmo. A primeira vez que fui para lá, nos anos 90 do século passado, um dos colegas suecos me pegava no hotel pela manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegáva-mos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários que utilizam o carro para trabalhar). No primeiro dia não lhe disse nada, no segundo, no ter-

ceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: Você tem lugar marcado para estacionar aqui? “Notei que chegamos cedo, o es-tacionamento vazio e você deixa o carro lá no final”. Ele me respondeu simples assim: “É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chega mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não a-cha?” Olha a minha cara ! Ainda bem que levei esta logo na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos dali para a frente... Há um grande movimento na Europa hoje, chamado slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (Vale a pena conhecer este site).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimen-tos, “curtindo” seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é a de se con-trapor aos espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou. A surpresa, porém, é que esse movimen-to de Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chama-do Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição Européia. A base de tudo está no questionamento da “pressa” e da “loucura” gerada pela globalização, pelo apelo à “Quantidade do ter” em contraposição à qualidade de vida ou à “Qualidade do ser”. Segundo a revista “Business Week”, os trabalhadores franceses, embora traba-lhem menos horas (35 horas por sema-na) são mais produtivos que seus cole-gas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Portanto, essa “atitude sem-pressa” não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais “qualidade” e “produtividade” com maior perfeição, atenção aos deta-lhes e com menos “stress”. Significa retomar os valores de família, dos ami-gos, do tempo livre, do lazer, das peque-nas comunidades, do “local”, presente e concreto em contraposição ao “global” - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essen-ciais do ser humano, dos pequenos pra-zeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho me-nos coercivo, mais “alegre”, mais “leve” e, portanto, mais produtivo, onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor. Gostaria que os caros leitores pensas-sem sobre isso... Será que os velhos ditados “Devagar se vai ao longe” ou ainda “A pressa é inimiga da perfeição”, não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossa empresas não deveriam também pensar em programas sérios de

“qualidade sem-pressa” até para aumen-tar a produtividade e qualidade de nos-sos produtos e serviços sem a necessá-ria perda da “qualidade do ser”? No filme “Perfume de Mulher”, há uma cena inesquecível, em que um persona-gem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde: Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos. “Mas em um momento se vive uma vida” - responde ele, condu-zindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo as-sim. Para outros, o tempo demora a pas-sar, ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. Tempo todo o mundo tem, por igual ! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, disse, John Lennon: “ A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”... E quer saber do melhor: Parabéns a vo-cê por ter lido até ao final este artigo ! Muitos não lerão este artigo até seu fi-nal, porque não podem “perder” o seu tempo em seu mundo globalizado. Pense e reflita, até que ponto vale a pe-na deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no final de semana ou outras coisas que lhe possam dar prazer real.... Poderá ser tarde demais !

LONDRES É ELEITA

A “CAPITAL CULTURAL “ DO MUNDO

LONDRES - A cidade de Londres foi elei-ta a capital cultural do mundo, pois abri-ga sete dos quarenta museus e galerias de arte mais populares do planeta, se-gundo nos informa a revista “The Arte Newspaper”. A capital britânica conta com o maior número de museus públicos , galerias, salas de concerto e outros estabeleci-mentos culturais, entre todas as outras cidades do mundo. Paris e Madrid possuem três dos quaren-ta museus mais conhecidos no mundo e algumas das galerias mais populares; Já em Washington, Chicago, Barcelona, e Moscou, tem dois museus cada uma. A lista dos mais visitados continua com três museus britânicos: Tate Modem (5,2 milhões); British Museum (4,8 milhões); National Gallery of Art (4,1 milhões). Fora dos “top tem”, Londres permanece na lista dos 40 museus e galerias mais visitadas do mundo com: Victoria and Albert Museum (freqüentemente abrevia-do para V&A 12º. com 2,4 milhões); Na-cional Portrait Gallery (22º. com 1,6 mi-lhões), a galeria Tate Britain (23º. com 1,6 milhões) e a Royal Academy of Arts (37º. com 955.000). Segundo a mesma revista “Art Newspa-per” , o Museu Nacional de Tóquio de-tém o Record de maior numero de visi-tantes a uma única exposição; graças à exposição de “A mente de Leonardo” que incluía o famoso quadro “A Anunci-ação”

Ame ao máximo, aprecie o que é bom. Silencie a voz da crítica.

Tristeza e Maldade Siga o cântico da natureza,

A simplicidade da vida e o pulsar do amor

Você é mais do que o que pensa ser...

Não descreia do amor. Amar é ver Deus,

dentro das pessoas...

Aja positivamente Somente os bons pensamentos

põem em ação as forças positivas...

Se preciso for... force um sorriso

o Ipê Aparece mais lindo

em épocas de seca... Saber aprender para sobreviver ...

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6

O Planeta e você ( re = repetir e cycle = ciclo ) “ RECICLAR “

Livre para anunciar

em negociação

“Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente

A reciclagem é termo generica-mente utilizado para designar o reapro-veitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produ-to. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o plástico, e o metal. As maiores vantagens da reciclagem são a minimiza-ção da quantidade de resíduos que ne-cessita de tratamento final, como aterra-mento ou incineração. O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado nova-mente em um produto igual em todas as suas características. A Palavra RECICLAGEM foi difundida na mídea a partir do final da década de 1980, quando se constatou que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando na natureza, rapidamente, aliado ao fato da falta de espaço para aterros sanitários de deposição do lixo. A expressão vem do Inglês ou seja: re = repetir + cycle = a ciclo. O conceito de reciclagem é diferente de reutilização. O reaproveitamento ou reutilização con-siste em transformar um determinado material já beneficiado em outro. Um e-xemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do pa-pel. O papel chamado de reciclado não é em nada parecido com aquele que foi benefi-ciado pela primeira vez. Este novo papel (reciclado) tem cor, tex-tura e gramatura diferentes do papel be-neficiado pela primeira vez. Isto acontece devido à não possibilidade de retorno do material ao utilizado no seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do processo re-sulta em um novo material de caracterís-ticas diferentes. Outro exemplo é o vidro. Na sua reutiliza-ção pela reciclagem, ao ser derretido, nunca virá a apresentar as suas caracte-rísticas de cor e dureza, originais. Pois na primeira vez ele foi feito na forma con-trolada e e balanceada, de uma mistura inicial, a partir da areia. Já uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida, pois voltará ao estado em que se encontrava antes de beneficia-da e assim, ser transformada de novo em lata, através do processo inicial, de lami-nação, voltar novamente a se transformar

em lata com as mesmas características físicas e químicas. Conforme o descrito anteriormente sobre as diferenças entre os conceitos de reci-clar e reaproveitar, não é possível reci-clar indefinidamente o material, em al-guns casos. Isso acontece, por exemplo, com o papel, que tem algumas de suas propriedades físicas minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao inevi-tável encurtamento das fibras de celulo-se. Em outros casos, felizmente, isso não acontece. A reciclagem de alumínio e outros metais, por exemplo, não acarreta em nenhuma perda de suas propriedades físicas, podendo assim, graças a aprimo-radas técnicas industriais, ser reciclado indefinidamente. Felizmente que isso acontece precisamente com materiais de mais difícil decomposição, tornando as-sim a natureza livre de dejetos, que muito tempo lhe tomam para que consiga de-sintegrá-los.

Os recipientes para receber materiais recicláveis (Imagem do inicio do artigo), seguem o seguinte padrão: # VERDE - Vidro #AMARELO - Metal e Plástico #AZUL - Papel #VERNELHO - Pilhas e baterias #PRETO - Madeira #LARANJA - Resíduos perigosos #BRANCO - Resíduo laboratorial-saúde #ROXO - Resíduos radioativos #MARRON - Resíduos orgânicos #CINZA - Resíduos em geral não reci-cláveis ou misturado ou ainda contami-nado de impossível separação.

Lista de Materiais de possível reciclagem:

Papel e papelão, Embalagens longa vida, Garrafas PET, Latas de alumínio, Vários tipos de metais, como: Cobre Aço Ferro Zinco Chumbo, etc.. Plásticos PEAD (Polietileno de alta densidade), PEBD ( “ de baixa “ ), PVC (Policloreto de Vinila - canos), PP e PS Pneus Tinta

Resíduos de alimentos Restos de Comida e Parte deles não aproveitados Óleos Cozinha Automotivos, entre outros Garrafas de vidro Galhos de árvore e madeiras velhas. Parafusos, pregos, arames velhos Lista de materiais NÃO recicláveis: Lâmpadas fluorescentes Alguns tipos de pilhas e baterias Espelho Cristal Papel carbono ou papel químico Papeis metalizados ou plastificados Isopor (Esferovite)

Os resultados e as vantagens do ato de reciclar são expressivos, tanto no campo ambiental, como nos campos econômico e social. No meio-ambiente a reciclagem reduz a acumulação progressiva de lixo nos a-terros sanitários e não só, além de possi-bilitar transformar-se em novos materi-ais, reduzindo por exemplo, no caso do papel, o corte de novas arvores. Além disso, os estrago causados na na-tureza por esses detritos são imensurá-veis, provocado por queimas dos mes-mos (emissão de gases carbônico e me-tano); agressões ao solo, ar e água, entre outros tantos fatores negativos. No aspecto econômico a reciclagem con-tribui para a utilização mais racional dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de reaprovei-tamento. No ambiente social a reciclagem não só proporciona melhor qualidade de vida para a vida animal (fauna e flora) e para as pessoas, através de melhorias ambi-entais, como também tem grande impac-to ao gerar formas de trabalho e propor-cionar rendimento a pessoas que por

falta de oportunidade ou de conhecimen-to vivem de sua coleta. No Brasil existem os carroceiros ou cata-dores de papel, que vivem da venda de sucatas, papéis, latas de alumínio e ou-tros materiais recicláveis que são joga-dos nas calçadas, em locais de festas e de acumulo populacional e até deposita-dos nos próprios por prefeituras e parti-culares. A reciclagem também dá trabalho para outras pessoas que não só os catadores, como por exemplo aqueles que se dedi-cam à separação e manuseio dos materi-

ais por tipos de reciclagem. Assim, para a maioria das pessoas que trabalham na reciclagem ela é uma das únicas alternativas de ganhar o seu di-nheiro, ao mesmo tempo em que prestam um serviço indispensável ao meio ambi-ente.

O manuseio do lixo deve ser feito de ma-neira cuidadosa, para evitar a exposição a agentes causadores de doenças. No Brasil a cidade que mais recicla seu lixo, é Curitiba, exemplo de civilidade dada não só neste item como em muitos outros, no que tange a qualidade de vida. Anualmente Curitiba recicla, 20% de todo o lixo produzido, ou seja cerca de 450 toneladas dia. O lixo orgânico ou seja os restos de alimentos manufaturados e dos demais não aproveitados, tais como restos de frutas, hortaliças e tubérculos, entre ou-tros, também podem ser reciclados e reaproveitados, na forma de adubo orgâ-nico. No entanto, infelizmente esta práti-ca ainda não está sendo posta em prática da forma como deveria ser tanto pelas Cooperativas Agropecuárias, Associa-ções de Agricultores e paradoxalmente nem pela maioria das prefeituras.

Na próxima edição iremos abordar uma outra forma, mas esta que afeta de uma forma universal, o planeta Terra.

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 7

História que faz parte da nossa história “ Os Jesuítas ”

3.000 Exemplares distribuídos gratuitamente para 2.490 Escolas do Cone Leste Paulista acesse: www.gazetavaleparaibana.com

CONTINUAÇÃO .... Em 30 de julho de 1609, uma lei de Filipe III declarou livres todos os índios. Sob influência da Companhia de Jesus, a escravidão foi proibida mas se mantinha sobre eles a jurisdição dos Jesuítas. Houve tantas reclamações, por se ter desordenado a economia da colônia, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, que a Coroa retrocedeu, por lei de 10 de janeiro de 1611, voltando-se assim ao regime anterior, voltando os índios a serem escravos sendo feitos prisioneiros péla chamada “Guerra Jus-ta” sobre a qual já falamos anteriormente em outras edições. Esta sempre foi a principal causa dos conflitos entre o povo dito civilizado e os Jesuítas, que sempre defenderam a liber-dade e a preservação cultural dos povos indígenas. A ficção legal era a do resgate, o troco de índios das tribos que os houvessem tomado, em guerra, para salvá-los da morte e convertê-los. Certo que se pode considerar um “eufemismo” mas, a ação dos jesuítas resultava em parte numa outra forma de escravidão em favor da Companhia de Jesus mas, que se apre-sentava como a única forma de colocá-los a salvo das arbitrariedades cometi-das pelos senhores colonizadores e ex-ploradores da Terra, tratando-os com dignidade, humanidade, unidos em suas famílias e preservando sua cultura e su-as crenças. ATUAÇÃO DA “COMPANHIA DE JESUS”

NO BRASIL. Os Jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549 e começaram sua catequese erguendo um colégio em Salvador, na Bahia, fundando a Província Brasileira da Companhia de Jesus. Cinqüenta anos mais tarde a Companhia de Jesus já tinha colégios espalhados por todo o litoral, de Santa Catarina ao Ceará. Quando o Marquês de pombal os expul-sou em 1760, eram 670 colégios espelha-dos por todo o país, distribuídos em al-deias, missões, colégios e conventos.

As Cortes iluministas da Europa opuse-ram-se aos ensinamentos e influências da “Companhia de Jesus”, tendo sido Portugal, por iniciativa do seu primeiro ministro, Marquês de Pombal o primeiro país de onde foram expulsos no ano de 1759, acusados pelo Ministro de estarem envolvidos na tentativa de regicídio do ano anterior. Luis XV da França também expulsou a Companhia do país e de suas áreas de domínio, sendo posteriormente seguido também por Carlos II da Espanha através da Pragmática Sanção. Estas Cortes juntaram-se na pressão sobre o Papado para suprimir a Compa-nhia de Jesus, o que veio a acontecer no ano de 1773, pelo Papa Clemente XIV através da “Bula Dominus ac Redemp-tor”. Em Portugal e nas Cortes Borbónicas

muitos Jesuítas foram presos ou mesmo condenados a suplí-cios como é o caso do Padre Gabriel Malagrida, enquanto que outros ingressa-ram no clero secular da igreja ou em ou-tras ordens permiti-das.

o Geral da Compa-nhia, Lorenzo Ricci, juntamente com o seu conselho foram feitos prisioneiros n o s C a s t e l o Sant’Ângelo em Ro-ma, sem julgamento prévio. Muitos monarcas Europeus, no entanto, não observaram a Dominius ac Redemptor, como é o caso dos governantes Russos (onde a lideran-ça da Igreja Ortodoxa recusou–se a reco-nhecer a autoridade Papal), Polônia, Prússia e Inglaterra.

A Czarina Catarina, a grande da Rússia viu na ocasião a oportunidade de atrair os membros da Companhia de Jesus, gente de grande cultura e estudos, ao seu país, o que muito veio a beneficiar a cultura desse país. Na altura da supressão da “Companhia de Jesus”, havia em todo o mundo, 5 assistências, 39 Províncias, 669 Colé-gios, 237 Casas de Formação, 335 Resi-dências missionárias, 273 Missões e 22.589 membros. Em 1914, no entanto, é restaurada a “Companhia de Jesus” no Mundo inteiro pelo Decreto Papal “Solicitudo Omnium Ecclesiarum” do Papa Pio VII. Os Jesuítas estão presentes, desde a primeira hora, nos novos mundos que se abriam à atividade missionária da época. São Francisco Xavier percorre a Índia, Indonésia, Japão e chega às portas da China; João Nunes Barreto e Andrés de Oviedo empreenderam a fracassada missão da Etiópia/ Padre Manuel da Nóbrega e o Beato José de Anchieta ajudaram a fundar as primei-ras hoje grandes cidades do Brasil (Salvador, Rio de Janeiro e a megalópole São Paulo).

Acima das inevitáveis ambigüidades, as missões dos jesuítas impressionaram pelo espírito de inculturação (adaptação à cultura do povo a quem se dirigem). As Reduções do Paraguai e a adoção dos ritos malabares e chineses são os exemplos mais significativos. Esse sem-pre foi um lema dos jesuítas e norma da

Companhia, preservar as culturas, as crenças e os ritos dos povos naturais, agregando a catequese e a sociabilidade entre os nativos e os descobridores. A atividade educativa tornou-se logo a principal tarefa dos jesuítas. A gratuida-de do ensino da antiga Companhia de Jesus, favoreceu a expansão dos seus Colégios. Em 1556 por ocasião da morte de seu idealizador e fundador, Santo Iná-cio de Loyola, já se contava em 46 o nu-mero de colégios jesuíticos. No Final do século XVI, o numero de co-légios já era de 372. A experiência pedagógica dos Jesuítas sintetizou-se num conjunto de normas e estratégias, chamado de “Ratio Studio-rum” (Ordem de Estudos), que visava à formação integral do homem cristão., de acordo com a fé e a cultura daquele tem-po. Os primeiros Jesuítas participaram ativa-mente da Reforma Católica e do esforço de renovação teológica da Igreja Católi-ca, frente à reforma Protestante. No Concílio de Trento, destacam-se dois companheiros de Santo Inácio de Loyola, Lainez e Salmerón. Desejando levar a fé a todos os campos do saber, os jesuítas dedicaram-se às mais diversas ciências e letras: Matemá-tica, Física, Astronomia... Entre os no-mes de crateras da Lua há mais de 30 nomes de jesuítas.

No campo do Direito, Suarez e seus dis-cípulos desenvolveram a doutrina da origem popular do poder. Na Arquitetura, destacaram-se muitos jesuítas, combinando o estilo barroco da época com um estilo mais funcional. Um dos materiais mais usados na época da colonização e que até aos dias de hoje ainda pode ser vista em muitas construções nos recantos deste nosso Brasil é a:

A Taipa é uma técnica de construção à base de argila (barro) adicionada a ou-tros elementos que pode ser cascalho ou até mesmo palhas, misturados com água empregue com o objetivo de erguer uma

parede ou construir uma casa. Empregue ainda nos dias de hoje em diversos tipos de edificações pela sua simplicidade e baixo custo, releva-se bastante resistente (desde que se proce-da a um bom isolamento de suas superfí-cies), atingindo facilmente estas condi-ções em climas quentes e secos com baixos índices de chuvas e umidades. Tradicionalmente o material mais usado para a sua impermeabilização é a CAL, aplicado em camadas sucessivas e gros-sas.

Incombustível e isolante térmico por na-tureza, a taipa foi empregue na arquitetu-ra de fortificações, desde a antiguidade, passando, no caso do Brasil inclusive pelas primeiras edificações jesuíticas, posteriormente pelos pousos (locais de parada de tropeiros - ranchos)), que mais tarde dariam origem às cidades. Na Chi-na, por exemplo a taipa foi utilizada em extensos trechos, na construção da Mu-ralha da China, neste caso dando susten-tação às pedras; na cultura Islâmica; na Península Ibérica especificamente em Portugal, na província do Algarve, ainda hoje também se podem encontrar algu-mas construções remanescentes dessa época primitiva. A taipa de pilão é um sistema rudimentar de construção de paredes e muros. Acre-dita-se que seja empregado desde tem-pos imemoriais no Oriente, sendo do conhecimento do Império Romano. No Norte da África essa técnica vem sen-do milenarmente utilizada, tendo sido os Mouros os responsáveis pela sua intro-dução na península ibérica. A técnica consiste em comprimir a terra em formas de madeira, no formato de uma grande caixa, onde o material a ser socado é disposto em camadas de apro-ximadamente 15 cms de altura. Essas camadas são reduzidas à metade da altu-ra pelo processo de píloamento. Quando a terra pilada atingia mais ou menos 2/3 da altura do taipal, recebia, transversal-mente, pequenos paus roliços envolvi-dos em folhas, geralmente de bananei-ras, produzindo orifícios cilíndricos de-nominados “cabodás” que permitiam o ancoramento do taipal em nova posição. Essa técnica é usada para formar as pa-redes externas e as internas, estruturais, sobrecarregadas com pavimento superi-or (tipo sobrado) ou então com o madei-ramento reforçado do telhado. No Brasil existem duas formas de taipa: # TAIPA DE MÃO. também conhecida como “galega” em Portugal, onde o bar-ro é aglutinado horizontalmente num trançado de madeira para formar a pare-de, com as mãos; # TAIPA DE PILÃO, também conhecida como “apiloada”, onde o barro é com-pactado horizontalmente, com o auxilio de formas e pilões. Este artigo foi inserido, pois a técnica usada, na maioria das vezes, pelos Je-suíta para erguerem seus colégios e residências, se utilizou desta técnica. Filipe de Sousa

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8

CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E REGRAS DE CIDADANIA NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM

Histórias e Lendas do Litoral

Em vista dos misteriosos fatos contidos em minha narrativa na Lenda do Corcovado, ninguém mais se atrevia a aproximar-se do “Pico Encanta-do”. Muitos anos depois do desapareci-mento de frei Bartolomeu, o Capitão Ma-noel Fernandes Corrêa instalou uma be-líssima fazenda na Praia Dura. Um dia, Alice, filha única do capitão Corrêa, saiu à caça nas proximi-dades. Vendo-se só, longe da vista seve-ra do pai, admirando o cenário belíssimo que se deparava aos seus olhos, virgens de tanta maravilha, embrenhou-se incau-tamente na Mata. Súbito, um medo vago e inexplicável percorreu aquele corpo misto de anjo e de mulher. Quis voltar mas compreendeu que estava perdida. Correu, gritou, sen-tiu faltarem-lhe as forças, e espinhos aduncos rasgaram-lhe as carnes alabas-trinas. Um último esforço e caiu desfalecida. Ao cair da noite, quando o sino melancó-lico da fazenda chamava do eito os es-cravos para a ceia, era indescritível o desespero do capitão Corrêa pelo desa-parecimento da filha. Mandou reunir a turba negra e, pela primeira vez suplican-te e dócil, o impiedoso senhor procla-mou que daria liberdade imediata ao ser-vo que lhe trouxesse, com a maior rapi-dez possível, sua querida Alice. Nenhum crédito deram os escravos à-quelas palavras brotadas de um coração empedernido, momentaneamente com-pungido com o desaparecimento da filha, mas a adoração que dedicavam a Alice - angelical e bondosa criatura - fez daque-les homens exaustos umas feras bravas. Sem tomar alimento algum cada qual partiu para um lado, sem esperança de recompensa, mas querendo ser o primei-ro a beijar a mão da “Nina Alice”. Pedro, um escravo robusto, forte, parou repenti-namente na corria em que ia. Sua idéia embrutecida vagueou procurando recor-dar-se da companheira amada e de uma filhinha de dois anos de idade, que o impiedoso capitão vendera, por castigo ! Quis esconder-se e voltar no dia seguin-te “sem notícias da Nina Alice”, mas ... - Alice - esse nome repelia a idéia de vin-gança que fervia em seu cérebro inculto, porém, compreensivo. Odiava o pai mas

adorava a filha. A adoração venceu. En-xugou as lágrimas que lhe corriam pelas faces retintas e reencetou a busca inter-rompida há pouco. Cansado, parou. Sentou-se um pouco para reanimar-se, mas logo foi atraído por um farfalhar de folhas secas acom-panhado de um gemido surdo e prolon-gado, partindo de pouca distância. Apro-ximando-se cautelosamente percebeu estendido no chão, um vulto alvo de mu-lher, mal distinguido na escuridão da noite. - Nina Alice ! -exclamou o preto com sua voz fanhosa e forte. - Oh salva-me ! Tira-me daqui... Quem é? Meu Pai ? Luz... Quero Luz... Horas depois, nos robustos e retintos braços de Pedro, Alice subia os degraus da “Casa Grande”. Horrores da escravidão ! No dia seguin-te, Pedro, exausto pelo esforço despen-dido durante a noite, gemia sob açoites, no tronco, porque não podia trabalhar. Alice, sabendo o que se passava com seu salvador, exigiu do pai o que na vés-pera prometera espontaneamente. Liber-to, Pedro beijou as mãos da “Nina Alice” e partiu sem destino, para os lados do Corcovado, e lá instalou sua choça, ao lado de uma cascatinha murmurante, próxima, bem próxima da escarpa miste-riosa. Corria de boca em boca a aventura do “Pai Pedro”. O preto vinha sempre a U-batuba com pequenos canudos de bam-bu cheios de grânulos auríferos, que trocava por fumo, cachaça e alguns gê-neros com os quais assegurava sua sub-sistência.

Essa notícia foi bater também na fazenda do capitão Corrêa, que duvidava do que lhe diziam, mas, um dia, ele mesmo viu na Vila as negociações que eram propa-ladas. Cheio de inveja e de cobiça, pen-sou logo em se apoderar do tesouro do preto. Certa noite, em companhia de um grupo armado, foi à choça do Pedro, capturan-do seu ex-escravo e levando-o para a sua fazenda. Ali chegando, sem mais delonga, Pedro era premido a contar co-mo descobrira aquele fabulosos tesouro.

- Sinhô, Pedro num pode cuntá, por-que ... Uma violenta chicotada estalou nas fa-ces já rugosas do mártir, cortando-lhe a frase. Depois, novas torturas, imprecações, terríveis ameaças, até que Pedro resol-veu iniciar a narrativa, na linguagem car-regada e fanhosa, toda peculiar aos pre-tos africanos. Desde que foi morar no sitio solitário onde o encontraram, bendi-zendo sempre o nome de Alice, até que um dia, na Vila, veio a saber da morte da moça, sua libertadora. De volta à choça, um profundo pesar oprimia-o todo. Pedro para para disfarçar um soluço e enxugar uma lágrima, ao que o capitão esbravejou: - Continua, bandido ! E Pedro continuava, tremulo, acovarda-do. À noite não conseguia dormir, parecen-do-lhe ouvir ao longe a voz cristalina da moça numa canção de amor. De repente a porta do casebre tremeu e escancarou-se, penetrando por ela um vulto diáfano de mulher. Era Alice ! Ele a reconheceu. Como que agarrado por mãos invisíveis, não pode mover-se no lugar em que se achava, mas ouviu perfeitamente a visão dizer: - Pedro, tu foste um dia o meu salvador. Dei-te a liberdade mas sei que sofres, neste exílio onde te arrojou a impiedade de meu pai. Não te assustes e ouve-me. Não muito longe daqui, oculto nas entra-nhas da terra, existe ua mina de ouro. Ela será tua sob a única condição de nunca revelares a outrem esse lugar cobiçado. Se isso tentares, a vingança do gênio protetor da mina cairá sob tua cabeça, ouviste? Cuidado, pois, e segue meus passos. - Negro maldito ! -gritou o capitão - não retardes a revelação. Onde está o tesou-ro ? - Sinhô... tá lá pra banda do ... E o surdo ruído do baque de um corpo ecoou na sala da “Casa Grande”. Pedro caíra morto, fulminado, antes de revelar o sítio misterioso de tão cobiçado tesou-ro, que até hoje jaz nas proximidades do Corcovado. Do Livro: “Ubatuba - Lendas e Estórias” Autor: Washington de Oliveira Ilustração e diagramação:Filipe de Sousa

No meio de mo-dismos, oportunismos e de tantos ecologis-tas de plantão mas que não deixam de ir de carro para o traba-lho, muito embora tenha outra forma de transporte coletivo à

disposição, pensamos repensar a frase por tantos ditos: “É preciso salvar a Ter-ra.”. O Planeta Terra nunca precisou nem precisa de ser salvo por ninguém. O ho-mem esse sim é que precisa ter cuidado e preservar o seu espaço porque na ter-ra, não ela que está em risco e sim o ho-mem e por causa dele e de suas ações irresponsáveis, toda a fauna e flora deste planeta. Não é preciso salvar a Terra, ela tem se virado muito bem sozinha nos últimos bilhões de anos. Recebeu de presente uma lua maravilhosa, que brilha no céu noturno como uma jóia, ganhou o manto dos mares e estendeu a influência da vida para todos os seus vales e mon-tanhas. Ofereceu seu corpo para o des-frute de toda a fauna e flora e até ao ho-mem. A Terra já viu a vida surgir e flores-cer diversas vezes. Já alimentou criatu-ras imensas e microscópicas e a todos garantiu seu espaço. Mas também esta mesma Terra farta em vida já viu a morte de quase todos os seus filhos. Já assis-tiu suas florestas queimando e o deses-pero de seres vivos em seus campos e mares. A Terra sobreviveu a tudo isto. E, a muito mais, do que sabemos ou pode-mos imaginar. A vida sobre ela mudou, se transformou, cresceu e diminuiu mas, a Terra nunca precisou ser salva. As es-pécies, essas sim, morreram, deixaram para trás apenas vestígios de sua passa-gem pelo planeta durante milhões de anos. O que precisa ser salvo não é a Terra é a humanidade, que não sabe co-mo viver na Terra, que não sabe utilizá-la, que está destruindo seu próprio habi-tat sem, nenhuma complacência com o futuro. Terra se preparou por milhões de anos para receber a humanidade. Em menos de 200 anos a humanidade conse-guiu corromper toda a teia que sustenta a vida no planeta. O mundo de 1800 era quase intocado se comparado com o mundo do ano 2000 e mais, nos últimos 20 anos com a evolu-ção tecnológica e consumista esta con-taminação e deterioração se tem visto aumentar em proporções de teor absolu-tamente irresponsável. Como a humanidade irá caminhar para o futuro e como reverter o mal causado, é um pensamento que deve ser considera-do e estar presente em todas as mentes. Como a Terra vai enfrentar o futuro, não devemos nos preocupar. Ela resolve. Filipe de Sousa

Culinária Típica do Litoral

INGREDIENTES: 1 peixe de mais ou menos 1 kg (cavala, tainha, badejo, robalo) cortado em pos-tas; 3 tomates; 1 cebola grande em rode-las; 2 colheres de sopa de óleo de soja (melhor se for azeite de oliva); 2 dentes de alho espremidos; 1 xícara de chá de coentro batido; 1 xícara de chá de salsi-nha batida; algumas folhas de alfavaca; 2 pimentas malaguetas esmagadas ( ou do

reino a gosto); sal a gosto; 4 bananas d’água nanicas verdes e cortadas ao comprido, ao meio. MODO DE PREPARO: Pegue o peixe já limpo, descamado e cortado em postas, adicione algumas gotas de limão, o alho espremido, sal e pimenta do reino ou a malagueta (depende do gosto). Deixe tomar gosto e o peixe absorver os temperos por pelo menos 20 minutos. Numa panela de barro, deite o óleo e a-

queça bem a panela. Coloque em cama-das as postas de peixe, os temperos e os pedaços de banana. Coloque água sufici-ente para cobrir tudo, cozinhando porém, sem deixar o peixe nem a banana que-brarem. Retire um pouco do caldo, junte a farinha de mandioca e o urucum em pó (Colorau ficará bem melhor). Corrija os temperos adicionando mais pimenta ao pirão se necessário e a gosto. Sirva com arroz branco. .

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 9

3ª Idade - Saúde, bem estar e, nosso planeta.

GAZETA ONLINE - Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com

Na matéria deste mês vamos abordar alguns assuntos que dizem respeito a qualquer idade mas sobretudo, têm a finalidade de alertar e levar conhecimen-to, para que o leitor tire suas conclusões.

A vida do idoso não se resume ao tem-po de sua vivência e juventude mas, per-dura através do tempo. Desta forma, não são lembranças que caracterizam a vida do idoso e, sim, a sua vivência que se transporta através do tempo, cruzando a vida de outras pessoas, independente da idade. Neste sentido envelhecer não significa seguir um caminho já traçado, pelo con-trário, constituí a construção do perma-nente. A análise profunda das circunstâncias da vida, leva à uma síntese conclusiva de que envelhecer é fato da natureza do tempo. A medicina, o progresso e a ciên-cia apenas encontram maneiras de pro-longar a vida. Mas a dignidade é algo que supera con-ceitos e, deste modo, envelhecer com dignidade se torna um prêmio a ser con-quistado em particular pela parceria da população quando submetida às durezas da idade avançada. O idoso, enquanto ser humano, possui diversas qualidades que podem ser tão importantes quanto outras que vão se perdendo com o tempo. Ressalta-se que sempre se deve evitar o envelhecimento psicológico, com o apoio da família e da sociedade e, não apenas do governo. Deve-se (re)valorizar e repensar a impor-tância, bem como o aproveitamento do idoso na sociedade, com o intuito o de-senvolvimento social e de lhes garantir o pleno exercício da cidadania rompendo antigos paradigmas que menosprezam a velhice. Bem meus amigos leitores, que bom fos-se que eu não tivesse necessidade de escrever as linhas que acima escrevo mas, infelizmente, tenho que continuar batendo nesta tecla até que em nossa sociedade consumista, fique bem claro que o idoso é parte integrante dela. Somente pararei de escrever e de infor-mar, quando mais nenhum ancião e não

só, até ás vezes nem tão idoso, estiver internado (jogado) por essas chamadas casas de repouso que eu mais livremen-te e sem rabo preso, considero autênti-cas “Casas de Isolamento”, uma espécie de lugar onde se guarda o que nos estor-va e não nos deixa sobrar tempo para a nossa vida tão atribulada de compromis-sos e prazeres.

LONDRES e NOVA YORK estão entre as cidades costeiras do mundo que acabam de ser submersas pelo mar. “Todo o Li-toral brasileiro está em estado de alerta. Rio de Janeiro e Salvador já estão parci-almente cobertas pelas águas. A previ-são do tempo para hoje é de mínima de 39º e máxima de 45º no Sul do país”. Esta informação não é real e não foi noticiada nos jornais de hoje ou nos passados mas, tem uma grande pro-babilidade de vir a acontecer em noticiá-rios futuros que seus filhos e netos virão a assistir. Esta probabilidade já beira a percentagem de 90%. No dia 02 de fevereiro de 2006, o IPCC (Intergovermental Panel on Climate Change) ou Painel Intergovernamental de sobre mudanças Climáticas, órgão cria-do pela ONU - Organização das Nações Unidas - divulgou a primeira parte do quarto relatório de avaliação da saúde da atmosfera, intitulado “Mudança Climática 2007 - A Base da Ciência Física” também conhecido no mundo científico pela sigla AR4, o qual congregou 600 especialistas de 40 países para redigir o relatório di-vulgado em Paris (França). A proposta do IPCC não é pesquisar se está ou não havendo aquecimento glo-bal, isto com certeza é um ponto inques-tionável. Seu objetivo, sim, é o de desco-brir a causa deste aquecimento, se ele se dá devido a “causas naturais” (como grandes empresários ligados a empresas petrolíferas e muitos Governos insistem

em afirmar), ou se a causa somos nós, humanos. E o que o AR4 confirma, infelizmente, é o que o mundo ceticamente tem negado desde 1990, ano do primeiro relatório divulgado pelo IPCC a culpa do aqueci-mento global é nossa, com 90% de certe-za (em 2001, no relatório anterior, a avali-ação da causa do aquecimento global como sendo humana era apenas “provável”, com grau de certeza de 66%.) É comum ouvir de pessoas com mais de 50 anos (os chamados de idosos), espe-cialmente no Sul e no Sudeste, a obser-vação de que não faz mais frio como an-tigamente. Essa percepção é correta. As temperaturas estão subindo em todo o país: já aumentaram de 0,6 a 0,7 graus nos últimos 50 anos. E a previsão do IPCC é de que a temperatura na Terra suba em até 4º centígrados até ao final deste século. A imensa geleira sobre a Groenlândia pode desaparecer em alguns milênios, como há 125 mil anos, elevando os ma-res em até 7 metros. No entanto, não nos devemos deixar levar pelo tempo anteri-or, pois o tempo atual não é o mesmo. Isso se levarmos em conta que nos últi-mos 200 anos as transformações motiva-das por nós humanos no planeta são muito mais significativas que nos anteri-ores milhões de anos. Ou seja de há 200 anos para cá o mundo e o ecossistema tem de certa forma sido tão agredido que está chegando aos seus limites. Assim, os últimos doze anos foram os mais quentes com temperaturas jamais registradas desde 1850, data desde a qual se está monitorando a temperatura ambiental. Nada de semelhante aconte-ceu nos últimos 650 mil anos.

Deve-se enfatizar que não é mesmo pos-sível reverter completamente o aumento do aquecimento global . Os gases do efeito estufa em excesso continuarão

aquecendo a baixa atmosfera e superfí-cie terrestre por séculos. É irreversível não tem como efetuar a limpeza, a faxina. O que pode isso sim é minimizar-se os prejuízos mas para isso temos que bai-xar os níveis de emissão da gases carbô-nicos imediatamente. O estudo indica que se demorarmos para que isso acon-teça e se dá um exemplo tendo como base (diminuição pela metade dos gases emitidos até ao ano de 2100), os mares subiriam mais 80 cms até 2300 e a taxas menores pelos próximos milênios. Ai paramos para pensar: A responsabilidade é dos grandes em-preendedores, dos Governos. Não a res-ponsabilidade é nossa e cabe a nós exi-girmos a continuidade de um planeta habitável e sadio para nossos filhos e netos. Cabe a nós zelarmos pelo planeta come-çando no nosso quintal, na nossa varan-da, repensar nosso hábitos consumistas. Repensar nosso comportamento, avaliar a possibilidade de nos deslocarmos em ônibus, metrôs e de utilizarmos nosso carro (paixão nacional no Brasil) somen-te no indispensável. A energia alternativa que se estuda e se propõe para substituir o petróleo, o Álco-ol, derivado da cana de açúcar é uma possibilidade mas, ainda muito nova pa-ra poder ser vista como isenta de danos ao planeta. Somente com alguns anos de estudos e de medições poderemos ob-servar qual o impacto que ela nos trás neste desastre. Nós como povo e cidadãos temos que zelar também como atrás falei sobre o nosso habitat, no lixo, nossos detritos. Avaliar e exigir obras de saneamento básico, tratamento de esgotos e de for-ma nenhuma se pode mais admitir que sejam jogados em nossas praias, rios e natureza o lixo em natura, seja ele do-méstico ou muito menos industrial. Cabe a nós exigirmos dos poderes cons-tituídos e dos governantes em quem vo-tamos e, damos condição assim, de nos representar nos Governos e de legislar por nós. Cabe a nós fiscalizar se a indústria de nossa cidade está cumprindo com as normas governamentais ou está empor-calhando nossos riachos. Cabe a nós zelarmos pelo planeta pois neste mundo globalizado os grandes não tem tempo para pensar no planeta, seu tempo é pouco para ganhar dinheiro e exibir sua opulência financeira. Filipe de Sousa

A Saúde na Melhor Idade. “! Vacinação !” COMO AS VACINAS AGEM NO

NOSSO ORGANISMO.

O médico Jean Carlo Gorinchteyn, infec-tologista do Hospital e Maternidade São Camilo Pompéia, São Paulo, SP, explica que as vacinas são preparações criadas para estimular uma resposta imunológi-ca do organismo diante de um vírus ou bactéria para prevenir doenças. “vacinas pressupõem um sistema imune competente para produzir os anticorpos e condicionar as células a se prepararem contra o agente agressor”, complementa o infectologista Jacyr Pasternak, do Hos-pital Israelita Albert Einstein. Segundo Pasternak a superdosagem

pode causar problemas. “Vacinas de vírus vivo atenuado, quando dadas em individuo já vacinado, não costumam dar problemas pelo vírus em si, mas pelos produtos que vão junto com a vacina, que é o que ocorre com os revacinados de febre amarela”, explica. Os especialistas alertam que embora existam contra-indicações para a vacina-ção, normalmente elas são pontuais e específicas para cada vacina. “A que combate o HPV, por exemplo, é contra indicada para quem já teve contacto com o vírus. Gestantes, pessoas em trata-mento oncológico com quimoterápicos ou com uso de corticóides não podem receber vacinas com o vírus vivo atenua-do (como a da febre amarela), esclarece

o infectologista Gorinchteyn. De acordo com este infectologista, al-guns “mitos” estão relacionados à ques-tão das vacinas. “Algumas desinforma-ções devem ficar esclarecidas para evi-tar que as pessoas deixem de se vaci-nar”. Por exemplo: muitos se negam a tomar a vacina contra a gripe imaginan-do assim que terão a doença”, diz. “As vacinas são extremamente seguras. Todas as vezes que nos deparamos com campanhas vacinais, crianças ou adultos com as vacinas em atraso, devem ser vacinados em um só tempo”, comenta. Vacina é proteção e não o contrário. Ou-tra afirmação errônea é achar que contra-ir doenças na infância (catapora, caxum-ba, rubéola) é bom. Isso é um erro. As

crianças devem ser imunizadas porque essa doenças podem se agravar a ponto de incapacitar e, dependendo do caso, até matar”, relata o infectologista do Hospital São Camilo. Existem estudos que mostram que as vacinas poupam mais de 3 milhões de vidas a cada ano, e poderiam poupar mais, se todos se conscientizasse de sua importância. Além de prevenir doenças graves, evitam dor e sofrimento, além de redução de custos com as doenças”, enfatiza Gorinchteyn. Portanto avô, avó, pai e mãe, vacine-se e vacine, seus filhos e netos, assim você estará protegendo toda a sua família e, a você também. Filipe de Sousa

Notícia de ultima hora

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 10

LIVRE PARA SEU ANUNCIO

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Neste dia se co-memora o DIA INTERNA-CIONAL DA IMPRENSA. Porquê um dia a ser come-morado? - Porque a im-prensa é o termômetro da democracia, da liberdade de expressão. Vivemos em

um mundo saturado de informação, com a proliferação das chamadas novas mí-dias, das novas tecnologias e dos novos modos de difusão. Mas apesar da evolução da imprensa e do jornalismo, certos princípios básicos conservam toda a sua importância. Neste Dia Mundial da Liberdade de Im-prensa, cuja responsabilidade é infor-mar, e formar cidadania, estamos espe-rando por parte de nosso Tribunal Supe-rior Federal o julgamento que poderá cercear a voz de grandes importantes nomes da cultura nacional. Porquê? - Porque forças fortes e de interesse escu-so, tentam vincular a Liberdade de Ex-pressão à necessidade de um diploma específico. No nosso entender liberdade e democra-cia é para todos, não tão somente para uma elite que pode pagar faculdade. Liberdade de expressão, com a devida responsabilidade, assim como a arte do escrever, são em primeiro lugar, direito do cidadão que vive em um País demo-crático e, em segundo lugar, é mérito do cidadão que somente por se saber ex-pressar tem seus leitores assegurados. Cercear a Liberdade de expressão é cer-cear as mais legítimas e inquestionáveis formas democráticas de convivência social. Filipe de Sousa

José de Anchieta nasceu em San Cristóbal de La Laguna, na Ilha de Tene-rife, no arquipélago das Canárias, em 19 de março de 1534 e faleceu na cidade de Iriritiba (Hoje Anchieta) na Bahia, cidade por ele fundada aos 9 de Junho de 1597. Porquê Anchieta é lembrado no Brasil? Porque foi um importante educador e

sobretudo soube defender, além de cate-quizar a cultura e a integridade do povo da Terra, o povo indígena. Ajudou a fundar diversas cidades Brasi-leiras, entre elas, a cidade de Salvador na Bahia, a cidade do Rio de Janeiro e São Paulo. Considerado o primeiro dramaturgo bra-sileiro, foi também seu primeiro gramáti-co ao desenvolver a primeira gramática da língua TUPI. Seus feitos são muitos e sua contribui-ção para a educação no Brasil, com res-salva de louvor para a Companhia de Jesus foram de grande valia para o de-senvolvimento social, da época, em nos-so país. Anchieta é considerado o apóstolo do Brasil.

Neste dia se co- memora o “Dia de Portugal”, de “Camões” e “Dia das Comunidades Portuguesa no Mun-do”. É o dia em que se assinala a morte de Luiz Vaz de Camões cujo falecimento ocorreu em 10 de Junho de 1580. É também o dia em que se comemora a cidadania portuguesa é “O Dia Nacional de Portugal”. Durante o regime autoritário do Estado Novo iniciado no ano de 1933 e que per-durou por longos 41 anos de estagnação política e social, o dia era celebrado co-mo o “O Dia da Raça”, da Raça portu-guesa.

Este período triste da história portugue-sa terminou no dia 25 de Abril de 1974, com a Revolução dos Cravos, que abriu as portas de Portugal para uma nova época, para novos horizontes e sobretu-do para a democracia. houveram erros, houveram enganos. Muito sofrimento e injustiças sociais mas, todo esse sacrifício valeu, valeu

porque hoje Portugal é um país desen-volvido econômico e socialmente. Portugal durante os séculos XV e XVI foi uma potência mundial do ponto de vista econômico, social e cultural, constituin-do-se o primeiro e mais duradouro Impé-rio Colonial de amplitude global. É hoje um país desenvolvido economica-mente, próspero, social e politicamente estável e humanamente desenvolvido. É membro das Nações Unidas, da NATO-OTAN, da OCDE, da CPLP e da União Européia, e um dos fundadores da NA-TO-OTAN, da OCDE, da Zona do Euro (União Européia) e da EFTA. Tem uma área total de: 92.291 km2 População total de: 10.945.870 hab.

Joaquim Maria MACHADO DE AS-SIS, nasceu no Rio de Janeiro no dia 21 de Junho de 1839 e faleceu também na cidade do Rio de Janeiro, no dia 29 de Setembro de 1908. Machado de Assis é considerado um dos mais importantes nomes da lite-ratura brasileira. Sua obra inclui: po-esias, peças de teatro e crítica literá-ria, destacando-se o romance e o conto. É considerado um dos criadores da crônica no Brasil, além de se ter mostrado importante tradutor, ver-tendo para o português obras como “O Trabalhador do Mar” de Victor Hugo e o Poema “ O Corvo” de Ed-gar Allan Poe. Joaquim Maria Machado de Assis foi também um dos fundadores da “ACADEMIA BRASILEIRA DE LE-TRAS”, de quem foi também seu pri-meiro Presidente. Esta casa também é chamada de “CASA MACHADO DE ASSIS”. Joaquim Maria Machado de Assis era filho de um “mulato”, Francisco José de Assis, pintor de paredes, filho este de pais escravos alforria-dos e de Maria Leopoldina Machado, uma portuguesa natural da Ilha de são Miguel.

Francisco Candido Xavier (Chico Xavier) nasceu na cidade de Pedro Leopoldo, no dia 2 de Abril de 1910 e faleceu na cidade de Uberaba no dia 30 de Junho de 2002. Mais conhecido popularmente como Chico Xavier. foi um médium brasileiro e célebre divulgador da doutrina Espírita no Brasil. A mediunidade de Francisco Xavier começou a engatinhar para novos caminhos quando fora desco-berta por uma sua professora de no-me D. Rosária, que lia seus testos após alguns passeios. A professora mostrava a amigos íntimos qie, de forma unânime, concordavam entre si que os textos ou eram copiados ou eram de supostos espíritos., já que a maioria falava sobre o ama-nhecer, por exemplo, com conclu-sões evangélicas. É o médium psicográfico brasileiro mais importante da história, tendo publicado mais de 400 livros ou mais exatamente 402 livros. Nascido em Pedro Leopoldo, cidade do interior de Minas Gerais, era filho de Maria João de Deus e de João Candido Xavier. Educado na fé cató-lica, Chico teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita no ano de 1927, após fenômeno obsessivo ve-rificado com uma de suas irmãs. Passa então a estudar e a desenvol-ver sua mediunidade que, como rela-ta em nota no livro “Parnaso de A-lém-Túmulo”; somente ganhou mai-or clareza em finais do ano de 1931. A mediunidade de Chico manifestou-se aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre ciências, quando o pai conversava com uma senhora sobre gravidez. Chico Xavier deixou como legado inúmeras obras assistenciais.

Datas Especiais

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CERRADO BRASILEIRO Livre para

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VEGETAÇÃO DE AFLORAMENTO

DE ROCHA Representada por cactos, musgos, bro-mélias, ervas e raríssimas árvores e ar-bustos, creche sob penhascos e morros rochosos. TIPOS ASSOCIADOS A CURSOS D’ÁGUA Florestas de galerias e florestas de encosta associadas - São tipos de vege-tação, que ocorrem de modo adjacente, estão associados a proximidade do lençol freático da superfície do solo. Assim co-mo as florestas m e s o f i t i c a s , constituem um tipo florestal, con-tudo estão situa-das sob solos mais férteis e com maior dispo-nibilidade hídrica, o que lhes atribui uma característi-ca mais densa. Buritizais e veredas - ocorrem nos fun-dos vales em áreas inundadas, inviáveis para o desenvolvimento das florestas de galerias. São caracterizados pela presen-ça dos denominados “brejos” e a ocor-rência de agrupamento de exemplares de buriti, nas áreas mais úmidas e babaçu e carnaúba, em áreas mais secas. Campo úmido:- caracterizado por um campo limpo, com raras espécies arbó-reas, que permanece encharcado durante a época chuvosa e ressecado na estação seca, em geral constitui uma área de tran-sição que separa a floresta de galeria ou vereda do cerrado de interflúvlo.

O cerrado é a segunda maior região biogeográfica brasileira, se estende por 25% do território nacional, o que corres-ponde a cerca de 200 milhões de hecta-res, englobando 12 Estados da Federa-ção. Sua área “core”, ou nuclear, ocupa toda a área do Brasil central, incluíndo os Estados de Goiás, Tocantins, Mato Gros-so do Sul, a região sul do Mato Grosso, o oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal. Prolongações da área “core” do cerrado, denominadas de áreas marginais, esten-dem-se, em direção ao norte do país al-cançando a região centro-sul do Mara-nhão e norte do Piauí, para oeste, até Rondônia ; existem ainda frgmentos des-ta vegetação, formndo áreas disjuntas do cerrado, que ocupam 1/5 do estado de

São Paulo, e os estados de Rondônia e Amapá. Podem ser encontradas ainda manchas de Cerrado incrustadas na regi-ão da caatinga, floresta atlântica e flores-

ta amazôni-ca. Devido à sua localiza-ção, o cerra-do, compar-tilha espéci-mes com a maioria dos

biomas brasileiros (floresta amazônica, caatinga e floresta atlântica), devido a esse fato possui uma biodiversidade comparável à da floresta amazônica. Con-tudo, devido ao alto grau de endemismo, cerca de 45% de suas espécies são exclu-sivas de algumas regiões, e a ocupação desordenada e destrutiva de sua área o cerrado é hoje o ecossistema brasileiro que mais sofre agressões por parte do “desenvolvimento”.

Abrigando a nascente do Rio São Francisco, o PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA foi criado através do Decreto n.º 70.355, de 1972. Possui esse nome devido à semelhança apresen-tada pelo imenso chapadão que, ao ser avistado de longe, parece ter a forma de uma canastra ou de um baú. A beleza na-tural da Serra da Canastra atraí, atualmen-te, um grande número de pessoas interes-sadas em desfrutar momentos inesquecí-veis em um ambiente de tranqüilidade e rara beleza. O “Parque Nacional da Serra da Canas-

tra” fica situado na Região Sudo-este do Estado de Minas Gerais, a-brangendo os municípios de São Roque de minas, Sacramento e Del-

finópolis, possui uma área de 71,525 hec-tares e tem sua altitude variando de 900 a 1.460 metros. Suas temperatu-ras médias no mês mais frio (Julho) equiva-lente a 17° e nos meses ma is quentes (Janeiro e Fevereiro), 23° C, apresenta Verões chu-vosos e invernos secos. Sua vegetação é formada por campos, campos rupestres, cerrados e matas cilia-res e suas principais espécies de fauna

são: Lobo-guará, tamanduá bandeira, ta-

tu-canastra, veado-campeiro, veado-catingueiro, cachorro-do-mato, lontra e guaxinim e ainda aves como o tu-canuçu, per-diz, curica-ca, ema, p a t o -mergulhão, siriema, co-ruja e gavi-ão.

Hidrografia: O Parque situa-se no divisor de águas entre as grandes bacias do rio Paraná e do rio São Francisco.

Preservar um ecossistema é garantir, pa-ra uma região, vida em equilíbrio. A des-truição de algumas espécies pode provo-

car o aumento populacional de outras, gerando, assim, desequilí-brios com conse-qüências dano-sas a todos que habitam um de-terminado local. É também, atra-vés da proteção de um ambiente que se pode as-segurar um maior volume e a me-lhoria da qualida-

de das águas, condições que hoje, se encontram ausentes em grande parte de nossos mananciais. Em ambientes pre-servados ganha a Natureza, portanto, ga-nhando a natureza todos ganhamos. MAS O QUE É PRESERVAR ? Preservar não é somente demarcar, salva-guardar com leis. Isto é importante mas de nada valerá se o cidadão em si não entender que essa de-marcação e essa lei é somente uma das formas iniciais para a preservação. Como ser humano, tem que entender que toda a flor desviada de seu habitat natural, toda a fauna e flora desviadas ou maltratadas, seja a que titulo for, ao serem arrancadas de seu lugar natural, são perdas impor-tantíssimas para esse ecossistema. Que bom seria que não fosse necessário fiscalizar, punir, que todo o cidadão fosse consciente dessa necessidade preserva-cionísta, de sua responsabilidade como defensor de seu meio ambiente. Mas, infe-lizmente isso não acontece ainda. Assim, nossos parques, e este não se pode excluir, necessitam de uma maior proteção através de uma fiscalização constante e eficiente, munida de condi-ções materiais e humanas para que ele atinja os fins para que foi criado.

Filipe de Sousa

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 12

www.gazetavaleparaibana.com

Os Governos freqüentemente abor-dam o tema educação. no final de 2007 o Governo do Estado de São Paulo afir-mou querer mudanças no ensino até 2010. Mas que mudanças o Governo quer? Como pretende fazer essas mudanças? E quais são essas mudanças? Uma das metas do governo é... alfabeti-zar todas as crianças... O principal é me-lhor a qualidade de ensino e para isso serão investidos... Senhores, A única forma de melhorar o ensino é valorizar o professor. O professor tem que ganhar o suficiente para ter uma vida digna, para poder in-vestir em seu aperfeiçoamento através de livros, através de novos cursos; ter tempo para formular aulas, para corrigir provas, para seu lazer e para ter uma família. A base da Escola, é o prédio e as cadei-ras para que todos se sintam confortá-veis, abrigados mas, o bom resultado desse espaço físico é dado pelo profes-sor. O salário de nossos professores, é no mínimo desanimador. Bons professores, debandam para o Ensino Particular, ou-tros para outras profissões e, aqueles que por abnegação se dedicam a dar au-las em colégios Municipais, Estaduais e até Federais o fazem por amor, por gos-tar mas, lutam todos os seus dias para amealhar recursos para poderem forma-tar aulas. Assim como não adianta construir faus-tosos e espaçosos prédios hospitalares com caros e sofisticados equipamentos, se não se disponibilizar mão de obra qualificada para operar esses instrumen-tos e dar assistência profissional aos pacientes. Na Escola é a mesma coisa. Vimos nos jornais e nos pronunciamentos eleitorei-ros, novas escolas, reforma de outras e vontades como por exemplo alfabetizar todas as crianças; reduzir pela metade as taxas de reprovação na 8ª Série do Ensi-no Fundamental, para isso serão imple-mentados programas de recuperação.... Ora... nossas crianças não têm dificulda-de de aprender... Nossa crianças na sua grande maioria não são desnutridas e deficientes para o aprendizado. Então onde está o erro. É aí que o Governo não gosta de tocar no assunto mas é aí, no material humano que está o problema. Frase do ex-ministro da educação sobre o empurra empurra da educação, ao ser questionado da necessidade de criação de uma Lei de responsabilidade Social sobre educação: “Se isso for discutido no Congresso,vai virar uma Lei de proteção aos professo-res porque ali predomina o corporativis-mo”. Talvez por isso a oferta vertiginosa de vagas na rede privada...

Desafios á vista O resgate do valor social da escola passa pela superação de sua cidade no espaço público, por sua inter-relação com outras instituições e pela profissionalização docente.

Artigo de: Wilson Correia Mestre em Educação Ao longo da história, já houve quem pedisse uma sociedade sem escola, mas, na realidade, parece que temos escolas sem sociedade. Explico. Da década de 1970 para cá tem havido entre nós uma potencialização significati-va do mercado e uma diminuição imensa da presença do Estado em todas as esfe-ras da vida civil. Esse fenômeno vem acarretando a despublicização da coisa pública e a conseqüente privatização da vida. Ora a escola não escapa desse processo. Pesquisas abalizadas indicam um cresci-mento vertiginoso da oferta privada de vagas em nosso sistema escolar, em to-dos os níveis, o que assinala uma expan-são grandiosa, nem sempre acompanha-da por um aparelhamento de qualidade material e humana de nossos estabeleci-mentos de ensino. Situada no âmbito do mercado, a escola perde o seu referenci-al de coisa pública e de bem comum, socialmente produzido e que também deve ser coletivamente desfrutado. Não é sem razão que a escola passou a ser vista como empresa, o estudante veio a ser compreendido como cliente e os profissionais da educação foram trazidos à equiparação a quaisquer outros traba-lhadores da iniciativa privada (meros prestadores de serviço - grife nossa). O mote “O aluno está pagando, ele tem direito” evidencia essa operação que se encerra na ênfase do mercado e na des-focalização da educação como bem de cidadania. Direitos de cidadania implicam valoriza-ção do bem comum, da coisa pública; direitos cuja gênese está no ato de pagar levam ao individualismo e à não valoriza-ção da convivialidade em processos de sociabilidade, os quais têm como cora-ção os processos educacionais. Diante do exposto, o desafio apresentado a nós, profissionais da educação, e à sociedade é o de resgatarmos a cidadani-a da escola como uma instituição públi-ca. A iniciativa privada, livre para prestar serviços educacionais, deveria compre-ender a educação como uma concessão que a sociedade lhe fez por meio do Es-tado, mas que ela, educação escolar, não pode e não deve ser tratada como as de-mais mercadorias. Isso implica menos ênfase no mercado educacional e mais destaque para a escola como instituição social. A parte do resgate da cidadania da esco-la no espaço público, outro desafio que ela tem de enfrentar é o que diz respeito à inter-relação da escola com a ampla rede de instituições sociais que a circun-da. Relacionar-se apenas com empresas não nos parece saudável, uma vez que ao lado das organizações privadas exis-tem as igrejas, os sindicatos, a família, os diversos órgãos estatais, entre tantos outros que poderíamos lembrar aqui. Se a escola vir a si mesma como uma insti-tuição social e se articular-se com outras instituições sociais, então ela terá o que oferecer e receber das esferas econômi-

ca, política e cultural de nossa socieda-de. Essa inter-relação poderá acarretar ganhos que potencializem a emancipa-ção da sociedade brasileira, e não a sua subjugação ao mercado voraz e individu-alizante que parece prevalecer em nos-sos dias. É o caso de ver a escola menos como empresa entre empresas e mais como instituição social entre instituições sociais. Por fim, resta à escola implementar pro-gramas socialmente referenciados no sentido de viabilizar a profissionalização do magistério. Aí, valem a autonomia funcional, a auto-regulamentação e o monopólio na prestação de serviços edu-cacionais. Sem que os professores sejam concebidos como profissionais, fica difí-cil empreender uma educação emancipa-tória e que nos encaminhe rumo à conso-lidação de uma sociedade verdadeira-mente cidadã, assentada em mecanis-mos sociais que garantam liberdade, mais justiça, mais igualdade e mais hu-manidade a todos que fazemos e sofre-mos a educação. Em síntese: A Escola precisa ter referen-cial público, estar institucionalmente arti-culada e ser conduzida por profissionais realmente comprometidos com os desti-nos da nação brasileira rumo ao desen-volvimento humano, científico, filosófico, tecnológico e cultural, com vistas para o alcance da soberania nacional.

A maior mentira que já lhe con-taram na vida foi dizer que você não po-deria colocar suas idéias em ação por causa de sua inexperiência, de sua situa-ção econômica ou social, de sua raça ou de seu sexo. É o maior erro que já come-teu - ou que poderia ter cometido - em sua vida foi acreditar nisso. Ninguém chega ao sucesso acreditando nas limita-ções que lhe serão impostas. São inúme-ros os casos de pessoas bem sucedidas que venceram exatamente por terem se recusado a acreditar que seu sexo, raça ou posição social eram impedimentos definitivos ao sucesso. Mas, então, outra mentira nos foi contada a respeito desses vencedores - a de que eles fazem parte de uma “elite” de pesso-as que nascem com algum “dom especi-al”, e o que eles conseguiram, outros não podem conseguir. Todos os dias, em todos os cantos do planeta, existem pes-soas que estão desmentindo essa balela às custas de muito trabalho, talento e determinação. Cabe a cada um decidir em que time quer jogar, as oportunidades e as necessida-des estão ai para serem vencidas. No âmbito da educação cabe a cada um de nós, pais, alunos, educadores, enfim cidadãos a lutar e fazer valer nossos di-reitos como parte deste país, novo sim, mas suficientemente capaz de escrever história pela mão de seus cidadãos. Cabe a cada um, em cada lugar, em cada sala de aula, discutir, apelar e exigir que os direitos individuais de cada um no processo sejam valorizados e respeita-dos. Cabe a cada cidadão, construir seu país com participação ativa e não delegada. No caso específico da representabilidade política, devemos levar em conta que o que demos foi uma concessão com nos-so voto, para que nos representem mas, ao mesmo tempo é nosso direito fiscali-zar e fazer cumprir aquilo que nos foi proposto. Por isso este slogan vale sim “Todos pela Educação” . Filipe de Sousa

O Abrigo João Paulo II é uma entida-de sem fins lucrativos mantida pelo “Instituto Pobres Servos da Divina Provi-dência” e, há mais de 25 anos presta ser-viço social de acolhida e promoção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Enquanto busca uma solução perso-nalizada para caso atendido, proporciona os cuidados básicos de acolhida, cari-nho, alimentação, higiene, saúde, educa-ção, esporte e lazer, entre outros atendi-mentos que se fizerem necessários ao desenvolvimento da criança como cida-dã de direito e de fato. Nossa missão é mostrar ao mundo que “Deus é Pai” através do cultivo da fé e da confiança; instituindo um programa de abrigagem e acolhimento com atendi-mento integral e de ação continuada, em fiel cumprimento do “Estatuto da Criança e do Adolescente”. A proposta “Institucional” do “ Abri-go João Paulo II ” é prestar um serviço social de acolhida e promoção de crian-ças e adolescentes em situação de vulne-rabilidade social, resgatando sua digni-dade, possibilitando a autoconstrução da cidadania e a inserção no mundo do tra-balho. Tudo isso inserido em um ambiente soci-al e familiar provido das condições físi-cas necessárias para a boa convivência e o sadio crescimento conforme art. 92 do ECA. O abrigo atende diariamente nos oito núcleos 78 crianças e adolescentes, na faixa de 7 aos 18 anos provenientes da cidade de Porto Alegre e encaminha-dos pelo Juizado da Infância e da Juven-tude, pelos Conselhos Tutelares e ou pela Central de Vagas da FASC. O abrigo João Paulo II está estru-turado em oitos casas-lares e um Centro Educacional. Em casa casa são acolhi-das de oito a dez crianças e adolescentes de ambos os sexos acompanhados de um casal social, que reside no local. O Centro Educacional é um espa-ço amplo no qual as crianças e adoles-centes desenvolvem atividades rurais, agrícolas, pedagógicas e recreativas, acompanhadas por um instrutor, moni-tor, pai/mãe social ou voluntário. Temos ainda algumas oficinas pedagógi-cas, em funcionamento, a saber: Criação Animal (suínos, bovinos, ovinos e aves); Horticultura (verduras, legumes, hortali-ças, etc.); Informática (alfabetização digi-ta l ) ;M arcenar ia de a r tesanato(brinquedos, jogos pedagógicos, etc.); Padaria (preparação de pães, cucas, bo-los e biscoitos). Esta instituição social conta com o apoio financeiro da Prefeitura Munici-pal de Porto Alegre, benfeitores Italianos e Franceses e popular. A manutenção financeira pro-vêm em 80% de convênios, 35% de doa-ções e contribuições e 5% da venda de produtos institucionais. Ir. Hermes

Educação - Estado, Escola, a Criança & Família

ESCOLA Um exemplo

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Educar Para quê http://wwweducargazetavaleparaibana.blogspot.com

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No embalo da discussão sobre direitos da minoria, a descen-dente indígena Maria Miquelina Barre-to Machado, do Amazonas, diz faltar à escola uma preocupação em preser-var as formas de organização cultural em cada região. “Sou a única daqui que vem do povo indígena. Tenho muita experiência na minha caminha-da e formação até onde cheguei. Tive-mos a educação missionária e tam-bém a tradicional. Só que a religião que nos foi imposta destruiu muita coisa. Colocaram a idéia de cristianis-mo e jamais do indígena. Nossa cultu-ra também tem formas de se organizar e suas crenças. Nossa organização hoje, dentro de uma estrutura familiar tradicional, já é eleita. Você é indicado pela comunidade, e isso tira a nossa hierarquia tradicional. Hoje o pai caça

e tudo o que ele consegue é para a família. Não se divide nada, porque a comida é escassa. Antes não era as-sim. Os padres rezavam, ensinavam a ler e a escrever, tinham a caligrafia bonita, tinham português e matemáti-ca, mas castigavam quem não fazia direito. Era muito rígido. Você tinha que aprender a língua deles. Hoje es-tamos conquistando no MEC repre-sentantes nossos. Mas quem ensinava eram os padres e a FUNAI, o que era uma barreira. Na forma de comunicar, temos a nossa língua, que ainda fala-

mos muito bem. Os indígenas escre-vem na língua, falam na língua. Junto com português. É a língua da nação. Falo com a minha língua. Envolvem-nos a sociedade em nosso mundo. Toda essa filosofia, ciência, geografia, cosmologia, nós temos nossos conhe-cimentos, mas não foram valorizados. Hoje pensamos em resgatar tudo isso, porque entendemos que seja impor-tante. Muitos antepassados já se fo-ram, poucos restaram. A cultura bra-sileira é uma mistura. Brancos, negros e índios. Vemos de onde os brancos vieram, mas e os negros, e os índios? Isso nos leva a discutir qual a educa-ção nós queremos. Tudo isso gera competitividade entre nós. Quem estu-dou, tem mais emprego, tem mais ren-da. Isso veio de quem chegou para educar nosso povo. Agradeço à Igreja Católica, mas ensinaram mais a Bíblia do que os nossos direitos. Será que estão sendo respeitados os nossos direitos? E quem vai lutar por nós? Os brasileiros não ouvem a comunidade indígena. Temos várias culturas, vá-rios grupos de línguas. Mas é difícil criar um modelo para os índios”. Após o discurso o mediador afirma: -o que Maria Miquelina traz é, na ver-dade, uma “aula de brasilidade. A co-locação dela nos ajuda a entender o que é ser brasileiro”.

A p ó s

todos expressarem suas opiniões e críticas à escola, Fernando Almeida cobra dos participantes: - Pensaram em que e como a educa-ção pode servir para o bem? Marizete é a primeira a res-ponder: “ A escola prepara a vida do individuo lá fora. Ensina os seus deveres e tam-bém os seus direitos. Ensina, por e-xemplo, a respeitar uns aos outros. Respeitar a família. Saber comportar-se na família. E, sobretudo, comuni-car. Quer coisa mais importante do que comunicar? A escola ensina a respeitar até mesmo a nossa limita-ção; até a nos alimentar. Ensina a res-peitar nosso país, a defender os ou-tros e a nos defender. A ser mais hu-mano. A educação é a base até para argumentar. Peço e luto por uma es-cola de boa qualidade”. Joana D’Arc completa, dizendo que na

escola encontra-se o espaço para pen-sar no futuro; portanto, aprende-se a ter esperança, sonho, utopia, aprende com isso também. “A escola tem coisas boas sim. Lá, se ensina a respeitar e a crescer junto com os professores, os colegas. Co-mo conviver lá fora. A escolaridade pode evitar a entrada na droga. Esti-mula o aluno a pensar, a ter uma visão do futuro. Todas as pessoas querem pensar o futuro dentro das escolas. Tenho criança e a cada dia vejo que ela quer aprender mais. Ela diz o que é certo, o que é errado. Quer aprender sempre para a frente”. Para Alberto, quando se fala em quali-dade da educação, refere-se à busca pela qualidade da própria vida. “Quando falamos de qualidade ambi-ental, melhor viver, saneamento, fala-mos de qualidade. Quando falamos de qualidade de vida, falamos de qualida-de ambiental e processo cultural, de desenvolvimento. Da educação de um povo. E por isso, eu bato na tecla de que a Escola deve formar o cidadão. Exercício de cidadania é feito por quem teve boa educação. Tendo ob-servado nas salas a execração dos políticos, mas nós os colocamos lá. Educação é indispensável mesmo até mesmo para votar (palavras fieis do professor) para votar e saber cobrar de nossos candidatos”. Fernando reforça a idéia colocada por Alberto. Diz que é comum “não nos lembramos de quem foram os candi-datos que votamos, os projetos que eles apresentam durante o exercício do cargo. O Orçamento da Câmara de São Paulo, por exemplo, é aberto. Eu posso acompanhar o que vem sendo cumprido ou não. Mas muitas vezes não tenho educação política necessá-ria para acompanhar isso”. Tânia retoma a discussão. Tenta mos-trar que não há como pensar nas atri-buições da escola se a educação não for pensada em todas as etapas, da pré-escola à universidade. Mas conde-na a banalização do ensino superior. “Atualmente, 96% das crianças estão na escola. O mesmo deve ocorrer nas universidades. Mas, nesta semana, me dei conta de quantas faculdades te-mos em São Paulo e grande São Pau-lo. Fiquei assustada. Fazemos apolo-

gia das Faculdades, mas não fazemos menção a como ela está chegando. A educação deve ser global. Hoje existe uma “desglam ourização” (palavra da professora) do ensino técnico. É im-portante destacarmos neste grupoi que nem todos os que estão na uni-versidade terão empregos e altos salá-rios. Então, porque não ocorre a valo-rização do ensino técnico também? Precisamos valorizar a educação co-mo um todo, se não acaba banalizan-do, como vem acontecendo com as universidades. A Educação entra em qualquer lugar por que tem que ter curso universitário. Quem fez faculda-de e teve instrução melhor, ganha to-das as vantagens no mercado. E quem tem universidade, mas não fez o curso em lugares de melhor qualidade? Não tem como competir. Então do que va-leram os estudos?”. Sobre a qualidade do ensino, Maria Madalena (como mãe de aluno) diz que, há pouco tempo, o ensino era conduzido por professoras leigas e que hoje, paradoxalmente, a profissio-nalização nas escolas não trouxe me-lhoras na educação. “Parece que as professoras sabiam mais do que elas sabem hoje. A esco-la precisa ser redesenhada. Eu volto a dizer: colocamos os filhos na escola para formação deles e eles acabam saindo de lá deformados, contradizen-do os valores aprendidos em casa. As escolas deveriam ensinar também para que serve a escola, ensinar a pensar a própria estrutura. Ensinar a gerir melhor o que você tem para a sua sustentação. Deve-se planejar a comunidade, pensar nas necessida-des, gerir o orçamento melhor. Melho-rar a escola neste sentido tornaria a escola bem melhor”. ( texto transcrito fielmente)

Ao publicarmos mensalmente os as-suntos abordados neste fórum por educadores, alunos e familiares, no ano de 2005, com participantes dos

Estados da Baía, Pernambuco, Ceará, São Paulo, Sergipe, Minas Gerais e

Amazonas., queremos mostrar as dife-rentes opiniões nas diferentes

regiões, deste nosso Brasil.

JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 13

Livre para Anunciar

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JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 14

Livre para anunciar

Aquecimento global “Mudanças de Clima...Mudanças de vida”

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SOLUÇÕES: O furacão Catarina, que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004, e a seca na Amazônia, que surpreendeu o mundo em 2006, já são suficientemente elucida-tivas da vulnerabilidade do Brasil e pior, que não está preparado para enfrentar as conseqüência do aquecimento global. A principal medida a ser tomada de ime-diato é o estancamento da destruição da floresta Amazônica; os desmatamentos e as queimadas fazem do País o quarto emissor de gases do efeito estufa do planeta. Neste ano de 2008 houve um aumento significativo no desmatamento da flores-ta, mesmo com todas estas evidências. Não podemos esquecer da importância desta floresta para o Mundo e para o Bra-sil. Continuação: As grandes hidroelétricas, que inundam imensas áreas de florestas, emitem gran-des quantidades de metano para a at-mosfera e expulsam comunidades intei-ras de suas áreas tradicionais. As usinas de carvão mineral causam grande impac-to ecológico e são grande fonte de gás carbônico. A energia nuclear também

deve ser banida, pois ela é suja, cara, perigosa e ultrapassada. Estas não são soluções para o Brasil, mas sim para um contexto mundial mais direcionado a países desenvolvidos e que fazem uso desta energia de forma incontrolada. A eficiência energética é uma das formas mais limpas, baratas e rápidas de dimi-nuir as emissões de gases de efeito estu-fa. Investindo em eficiência energética, o Brasil poderá economizar 25% da energi-a que consome. O Brasil já tem 45% da sua matriz energética baseada em fontes renováveis, mas tem um imenso potenci-al eólico e solar que precisa ser explora-

do. Pequenas centrais hidrelétricas sem barragem e o biogás gerado nos aterros sanitários e nas estações de tratamento de esgotos são alternativas importantes para a geração de energia no País. Nas grandes cidades brasileiras, a quei-

ma de combustíveis fósseis provoca sé-rios danos à saúde da população e con-tribui para o aquecimento global. Com-bustíveis de transição, como o álcool e o biodiesel, devem ser amplamente utiliza-dos por veículos particulares e coletivos. .

Nas grandes metrópoles deve haver prio-ridade para o transporte coletivo de qua-lidade, com investimentos em sistemas mais eficientes e baratos. Os bondes elétricos e os trens metropolitanos são uma alternativa crucial. Ciclovias segu-ras devem ser implantadas e a malha ferroviária revitalizada e ampliada. Políticas agrícolas sustentáveis preci-sam ser disseminadas entre os agriculto-res que já estão sofrendo as anomalias climáticas, principalmente na região sul. Novos estudos podem ser feitos para possíveis adaptações ao zoneamento agrícola e redução de riscos no campo. A expansão da agricultura deve ocorrer através da recuperação de áreas já des-matadas e não sobre nossos biomas já

tão agredidos e tão ameaçados. Uma Política Nacional de Mudanças Cli-máticas é urgente para integrar ações isoladas que hoje são implementadas por instituições de pesquisa, universida-des e sociedade civil. Estudos devem ser feitos sobre as conseqüências do aque-cimento global no país.O assunto não pode virar prioridade apenas durante os desastres e catástrofes. É preciso que o Governo Federal coordene a elaboração de uma Mapa de Vulnerabilidade e Ris-

cos de Mudanças Climáticas, além de um Plano Nacional de Adaptação para redu-zir as vulnerabilidades e um Plano Nacio-nal de Mitigação para combater as cau-sas do aquecimento global. Ou seja temos que começar a trabalhar já para nos defendermos de uma ameaça que já não é mais somente possível. Já é uma realidade irreversível. Irreversível mas que pode ser atenuada. Desta forma estaremos preparados e os danos serão mais leves. Estamos perdendo a oportunidade de nos tornarmos pioneiros, de mostrar ao Mundo o quanto nossos ecossistemas e nossas florestas são importantes para nós e como queremos preservá-las. No semi-árido, as ações do Plano Nacio-nal de Combate à Desertificação devem ser implementadas e integradas a uma Política Nacional de mudanças Climáti-cas. A recuperação de áreas degradadas, de matas ciliares, a implementação de barragens subterrâneas e expansão do número de cisternas é fundamental para a população da região. O incentivo à captação de água das chu-vas para uso doméstico e na agricultura

familiar também é uma outra alternativa nas grandes, pequenas ou médias cida-des, nas chácaras de veraneio ou de final de semana. Conscientização da popula-ção sobre a utilização da energia eólica da energia solar, nas industrias e porquê não nas residências de quem puder cus-tear a montagem do equipamento, como forma de se redimir do que já foi feito de mal para o planeta. Saúde: Os sistemas públicos de saúde precisam considerar a tendência de aumento de doenças infecciosas, assim como a re-distribuição geográfica de doenças como a malária e a dengue. Estiagens prolon-

gadas causarão também problemas de nutrição e até de más condições de higi-

ene devido à falta de água, tanto no cam-po como nas cidades.

O Governo Brasileiro precisa ainda lutar nos fóruns internacionais para fortalecer o regime global sobre mudanças climáti-cas, o Protocolo de Kyoto, para garantir que o aumento médio da temperatura permaneça o máximo possível abaixo de 2º centígrados, o que poderá ser obtido se as concentrações de gás carbônico não ultrapassem os 400 PPM (partes por milhão). para que isso ocorra, os países industrializados terão que reduzir os seus níveis de emissões em curto prazo. E os países em desenvolvimento não devem reproduzir o modelo de cresci-mento dos ´países desenvolvidos, basea-do em utilização intensiva de combustí-veis fósseis. Suas necessidades de de-senvolvimento devem ser atendidas utili-zando energias renováveis. O Brasil po-de e deve dar exemplo ao mundo no se-tor energético.

A preocupação com o aquecimento glo-bal levou à criação, em 1988, do “Painel Intergovernamental de Mudanças Climá-ticas” (IPCC), com os principais cientis-tas do clima e representantes de gover-nos de todo o Mundo. Em 1922, a “ONU“ aprovou no Rio de Janeiro a Convenção sobre Mudanças Climáticas, que levou ao “Protocolo de Kyoto”, o mais ambi-cioso tratado ambiental. A primeira meta do Protocolo ( 2008 - 2012) é uma redução média de 5,2% em relação às emissões de gases de efeito estufa em 1990, para países desenvolvi-dos. Mas isso é pouco. Cientistas consi-deram que a redução tem que ser de 50% das emissões globais até 2050, para que o aumento da temperatura da terra não ultrapasse o limite de 2ºC, considerado o ponto de colapso do clima. Fonte: Wikipédia Greenpeace Filipe de Sousa

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Filosofias e religiões

CONTINUAÇÃO DA MÁTÉRIA SOBRE BUDHISMO

1 - Escolas (Edição de Fevereiro 08)) 2 - Origens (Edição de Março 08) 3 - Principais Doutrinas 3.1 - As Quatro Nobres Verdades 3.2 - O Nobre Caminho Óctuplo 4 -Cosmologia(Edição:(Mar/ Abr/Maio 08) 5 - Escrituras 6 - Difusão do Budismo 6.1 - Índia 6.2 - Sri Lanka e Sudeste Asiático 6.3 - China 6.4 - Coréia e Japão (Edição Junho 08) 6.5 - Tibet

Coréia e Japão O budismo penetrou na coréia no século IV. Nesta altura a Coréia não era território unificado e encontrava-se dividida em três reinos rivais: O Reino KOGURYO, ao norte; o Reino PAEKCHE, ao sudeste e o Reino SIL-LA, no sudeste. Estes três reinos reconheceriam o budismo como religião oficial, tendo sido o primeiro a fazê-lo o Reino PAEKCHE (384), seguindo-se o KOGURYO (392) e SILLA (528). Em 668 o reino de SILLA unificou a Coréia sob o seu poder e o budismo conheceu uma era de desenvolvi-mento. Foi neste período que viveu o Monge Wonhyo Daisa (617-686), que tentou promover um budismo do qual fizessem parte elementos de todas as seitas. No século VII foi di-fundido na Coréia o budismo da Es-cola Chinesa CHAN, que teve desen-volvimentos próprios na Coréia com o nome de SON (ou SEON) e que se tornou a Escola dominante. O budismo continuou a flores-cer durante a era Koryo (935-1392), até que a dinastia Li (1392-1910) favore-ceu o confucionis-mo. A partir da Coréia e da China o budismo foi introduzido no Japão em meados do século XVI. Em 593 o príncipe Shotoku declarou-o como religião do Estado, mas o bu-dismo foi até à idade Média um movi-mento ligado à corte e a aristrocracia sem larga adesão popular (os mis-

sionários coreanos tinham apresen-tado à Corte Japonesa o budismo como elemento de proteção nacio-nal). Durante a era Nara (710-794) desenvolveram-se várias seitas. São deste último período a escola Shin-gon e Tendai. Durante a era Kamakura (1185-1333)

o budismo populariza-se finalmente com as escolas Terra Pura, Nichiren Daishonin e Zen. No Tibet o budismo propagou-se em dois momentos diferentes. O Rei Srong-brtsan-sgam-po (c.627-c.650), influenciado pelas suas espo-sas budistas, decidiu mandar cha-mar ao Tibet monges indianos para ali difundirem a religião. Durante o reinado de Khri-srong-ide-btsan construiu-se o primeiro mos-teiro budista tibetano e em 747 che-gou ao território do notável monge indiano Padmasambhava, que orga-nizou o budismo tibetano. Contudo, uma reação hostil da religião indíge-na, o Bon, levaria à supressão do budismo nos dois séculos seguin-tes. O budismo seria reintroduzido no Tibet a partir do século XI, com a aju-da do monge indiano Atisa que che-

gou ao território em 1042. Com o passar do tempo formaram-se quatro escolas: Sakyapa, Kagyupa, Nyng-mapa e Gelugpa. Em 1578 membros desta última escola converteram o mongol Altan Khan à sua doutrina. Altan Khan criou o título Dalai Lama, que concedeu ao líder da escola Ge-lugpa. Em 1641, com a ajuda dos Mongóis, o quinto Dalai Lama derro-tou o ultimo príncipe tibetano e tor-nou-se o líder temporal do Tibet. Os seguintes Dalai Lamas foram na prá-tica os governantes do Tibet até à invasão chinesa (matéria já estudada anteriormente). O quinto Dalai Lama criou o cargo de Panchen-lama, que reside no mosteiro de T-shi-lhum-po e que foi visto como uma encarna-ção do Amitabha.

Tenzin Gyatso, nascido em Lhamo Dhondrub (Taktser, Am do, 6 de Julho de 1935) é um religioso ti-betano, atual Dalai Lama (14° na li-nhagem), líder religioso do Budismo. Considerado a reencarnação do Bu-da (Buodhisattiva da Compaixão), Tenzin Gyatso é monge e doutor em filosofia Gorgon, recebeu o Premio Nobel da Paz e foi agraciado com mais de 100 títulos honoris causa. Como 14° Dalai Lama líder e mentor do povo tibetano, considerado por muitos uma das vozes mais lúcidas e comprometidas com a paz, procura estabelecer o diálogo e difundir a necessidade da compaixão no cená-rio mundial. Em 1969 foi obrigado a abandonar o Tibet, altura em que este foi invadido pela República Popular da China. Disfarçado de soldado e na compa-nhia de familiares, conseguiu atra-vessar a fronteira da Índia e assim evitou ser capturado pelos chineses. Instala-se em Dharamsala a convite do Governo de Jawaharial Nehru, e ai constitui o Governo Tibetano no Exílio, onde permanece até aos dias atuais.

Não sai da Índia 1977, quando visita pela primeira vez o Japão e a Tailân-dia. Estava dado o primeiro passo daquilo que se tornou a sua peregri-nação ininterrupta pelo mundo, du-rante a qual luta pelos direitos huma-nos no mundo com referência espe-cial ao Tibet e em prol de sua inde-pendência da China. Mais tarde deixa de lutar pela inde-pendência do Tibet, e passa propor o Tibet como região autônoma da Chi-na, com verdadeira autonomia que

lhe permita conservar e viver a sua cultura, o que atualmente lhes é ne-gado pelo Governo Chinês que con-sidera o Budismo uma doença para a a mente. É reconhecido internacionalmente, em todo o mundo. como líder espiri-tual do Tibet, mas os Governos de alguns Países que visita, evitam con-tatos oficiais, em virtude de interes-ses particulares e econômicos que mantêm com o Governo Chinês, afim de evitar possíveis represálias políti-cas. Na língua MONGOL, Dalai quer dizer Oceano e Lama, Mestre, Guru.

CHINA: Na China por sua grande popu-lação se fa-lam diversas líguas, tais como Manda-rim tradicio-nal, o Minbel, o Minan e vá-rios outros dialetos de menor impor-tância. As religiões tam-bém são mui-

tas, entre as quais se destaca o Bu-dismo com o maior numero de adep-tos, vindo em seguida, o Teoismo, a Muçulmânica e os católicos que são a minoria.

DALAI LAMA pesquisador infati-gável abriu as portas para o encontro da ciência com a espiritualidade., quando no ano de 1987, reuniu-se durante uma semana com cinco cientistas ocidentais para debater a proximidade entre o bu-dismo e as ciências cognitivas. A partir desse encontro foram criados fóruns e centros internacionais onde se estuda e debate este tema. Dalai Lama afirma que a responsabilida-de é a chave para a sobrevivência huma-na e é a melhor garantia para implemen-tar valores universais e a paz. Dalai Lama é membro do “Comitê de Pa-trocínio da Coordenação Internacional para o Decênio” da cultura da não violên-cia e da paz. Em 17 de outubro de 2007, o Dalai Lama foi causa de grandes protestos diplomá-ticos por parte do governo chinês contra os Estados Unidos da América do Norte, ao ser agraciado com a Medalha de Ouro do Congresso, a maior honraria civil ou-torgada pelo país, e que lhe foi entregue em cerimônia pelo Presidente George W. Bush.Recentemente, em Março de 2008,

com os conf l i tos p o u c o d i v u l g a -dos pela China, a r e s p e i t o da separa-ção do Tibet, o

Dalai Lama ameaçou renunciar ao cargo de líder político tibetano, se os conflitos não fossem cessados, ficando apenas com a ocupação do cargo de líder espiri-tual do povo tibetano. Esta atitude veio reforçar sua determinação pelo diálogo e pela paz.

Informação, Cultura Nacional,Mundial e Regiliosa

Cânone Pali

JUNHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 15

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A bacia do rio Paraná é uma das doze regiões hidrográficas do territó-rio brasileiro. A região abrange uma área de 879.860 km2, distribuídos em sete Unidades da Federação, a saber: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Fede-ral. O Rio Paraná é o principal curso d’água da bacia, mas de grande impor-tância também são seus afluentes e for-madores como os rios Grande, Paranaí-ba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, entre outros. As principais coberturas vegetais da re-gião eram a Mata Atlântica, o Cerrado e a Mata de Araucárias que foram fortemente desmatadas ao longo da ocupação da região. A bacia do Paraná é a região mais indus-trializada e urbanizada do país. Nela resi-de quase um terço da população brasilei-ra, destacando-se como principais aglo-merados urbanos as regiões metropolita-nas de São Paulo, Campinas e Curitiba. Trata-se da bacia hidrográfica com a mai-or capacidade instalada de energia elétri-ca do país e também a de maior deman-da. Destacam-se as usinas de Itaipu, Fur-nas, Porto Primavera, dentre outras.

A bacia do Rio Paraguai é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. Possui uma área de 1,1 milhão de km2, abrangendo não ape-nas os estados do Mato Grosso e do Ma-to Grosso do Sul como também outros

países vizinhos do Brasil, como a Argentina, o Para-guai e a Bolívia. O princi-pal rio da bacia é o Rio Paraguai, que nasce em território brasileiro na Chapada dos Parecis. A vazão média conjunta da bacia é de 363.445 m3/s.

A bacia do Paraguai pode ser dividida em duas regiões distintas: o Planalto, com terras acima de 200 m de altitude, e o Pantanal, de terras com menos de 200 m de altitude e sujeitas a inundações periódicas, funcionando como um gran-de reservatório regularizado, das vazões dos rios da bacia. Os biomas predominantes na bacia são o Cerrado (na região do planalto) e o Pan-tanal. Em virtude da expansão das ativi-dades agroindustriais e da mineração, os desmatamentos vêm acentuando os processos de erosão, contribuindo para o assoreamento dos rios da região, prin-cipalmente o Taquari e o São Lourenço, afluentes do Rio Paraguai. O principal centro urbano localizado na região hidrográfica do Paraguai é a capi-tal matogrossense, Cuiabá.

A bacia do rio Uruguai é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. Possui uma área de 385.000 km2, dos quais 174.612 km2 situam-se dentro do Brasil, abrangendo 384 municí-pios dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. As principais cidades brasileiras localizadas na bacia são; La-jes, Chapecó, Uruguaiana, Bagé e Santa-na do Livramento. A região hidrográfica do Uruguai apre-senta grande potencial hidroelétrico, com uma capacidade total de produção de 40,5 KW/km2, considerando os lados brasileiro e argentino, uma das maiores na relação energia/km2 do mundo. São importantes fontes de contaminação das águas superficiais e subterrâneas na região dos afluentes da suinocultura e avicultura no oeste catarinense e os a-grotóxicos utilizados principalmente na rizicultura. A bacia é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata já fora do território brasi-leiro. Na divisa entre os municípios de Rio dos Índios (Rio Grande do Sul) e Caxambu do Sul (Santa Catarina), a travessia do Rio Uruguai é feita por balsa, sendo percorri-da uma distância de aproximadamente 30 km de estrada sem pavimentação as-fáltica. Mas, loque que se chega em terri-

tório Catari-nense, percor-re-se aproxi-madamente 3 km e assim já se acessa a estrada asfal-tada SC-480.

Região Hidrográfica do Uruguai: Apuaê - Inhandava Passo Fundo - Várzea Turvo - Santa Rosa - Santo Cristo Butui - Piratinim - Camaquâ Ibici Quaraí Santa Maria Negro Ljuí Região Hidrográfica do Guaíba: Alto Jacuí Baixo Jacuí Pardo Taquari - Antas Caí Sírios Gravataí Vacaí - Vacaí Mirim Guaíba Reg. Hidrog. Bacias Litorâneas: Tramandaí Litoral Médio Camaquã Piratini-SãoGonçalo-Mangueira Mampituba Jaguarão

A bacia do Atlântico Sul é também uma das doze regiões hidrográ-ficas do território Brasileiro e a última a ser descrita. A região hidrográfica do Atlântico Sul inicia-se próxima à divisa dos Estados de são Paulo e do Paraná, estendendo-se até o Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul.

A área total da região hidrográfica do Atlântico Sul é de 185.856 km2, abran-gendo terras de 451 municípios, dos quais destacam-se Paranaguá, Joinvile, Florianópolis, Caxias do Sul, Pelotas e a Região Metropolitana de Porto Alegre. Na região hidrográfica Atlântico Sul pre-dominam rios de pequeno porte que cor-rem diretamente para o Oceano Atlânti-co. As principais exceções são: O Rio Itajaí e Capivari, em Santa Catarina, que apresentam maior volume de água. Na região do Rio Grande do Sul correm rios de grande porte como o Taquari-Anta, Jacui, Vacacai e Camaquã, ligados aos sistemas lagunares da Lagoa Mirim e Lagoa dos Patos. O principal bioma da região é a Mata Atlântica, muito desmatada pela ocupa-ção desordenada e, também podem ser encontradas manchas de Mata de Arau-cária em áreas acima de 60 metros de altitude. Na costa litorânea ocorrem man-guezais e restingas. Agora que acabamos e conhecer ou de reler sobre as regiões hidrográficas bra-sileiras, vamos conhecer os diversos tipos de rios que nos servem neste mara-vilhoso, diversificado e rico país chama-do Brasil.

TIPOS DE RIOS No Brasil, há rios com os mais diferentes aspectos. As águas que os alimentam vêm das chuvas e, por causa de nosso clima tropical muito chuvoso, maioria deles nunca seca. Mas há exceções: rios temporários que somem na seca, como é o caso do rio Jaguaribe, no Ceará. Também existem os rios que se tornam subterrâneos depois voltam a ficar visí-veis, como o rio Paraguaçu na Bahia. Como a maior parte do relevo brasileiro é ocupado por planaltos, é também por eles que correm alguns de nossos rios. Encachoeirados, com grandes desníveis entre a nascente e a foz, eles tem na sua maioria grandes quedas de água. Entre algumas delas, podemos destacar as seguintes: Urubupungá - No Rio Paraná Iguaçu - No Rio Iguaçu e, Pirapora Sobradinho Paulo Afonso Itaparica Rio São Francisco Temos ainda rios que correm nas planí-cies, muito embora sejam menos abun-dantes no Brasil, como por exemplo: Alguns rios da bacia Amazônica, locali-zados na Região Norte e da Bacia Para-guaia, localizados na Região Centro-Oeste, ocupando vastas áreas do Panta-nal Mato-Grossense. Na próxima Edição iremos descrever cada um dos tipos de rios encontrados em nosso país.

Bacias Hidrográficas Brasileiras

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