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Ano II - número 3 fevereiro a abril de 2008 Detalhe de uma das torres de queima de biogás no aterro da Battre, em Salvador; desde 2004 a empresa comercializa créditos de carbono oriundos da operação

Ano II - número 3 - solvi.com · viagem de estudos ao exterior, com o objetivo de conhecer uma escola de negócios, além de outras atividades para consolidação de todos os aprendizados

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Ano II - número 3fevereiro a abril de 2008

Detalhe de uma das torres de queima de biogás no aterro da Battre, em Salvador; desde 2004 a empresa comercializa créditos de carbono oriundos da operação

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19 Notas

A atuação da Vega e da Battre na Bahia16 Lugares

ArtigoCarlos Dornelas fala sobre inovação

20 Em Foco

Sumário

A revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela Gerência de RH e Comunicação do Grupo Solví. Os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.Presidente: Carlos Leal Villa | Diretor Técnico: Tadayuki Yoshimura | Diretor Financeiro: Ricardo FroesDiretor de Saneamento: Masato Terada | Diretora Corporativa: Célia FranciniGerenciamento: Carlos Balote | Coordenação: Fernanda Curcio

Edição, reportagem e textos: Nilva Bianco (MTb 514/SC) | Fotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.590/SP)

Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos & idéiasColaboradores: Carlos Dornelas (artigo), Frank Maia (ilustrações), Leo Tavares e Wagner Furtado Pimenta (fotografias)Foto de capa: Marcello Vitorino/Fullpress | Impressão: Gráfica Hawaii Tiragem: 1.600 exemplares

Comentários e sugestões: Rua Bela Cintra, 967, 10º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01415-000 | e-mail: [email protected] www.solvi.com

Encontro Anual reúne gestores das empresas Solví

06 Corporativo

Vega apóia ONG de Novo Hamburgo 08 Instituto Solví

12 Os projetos vencedores do Prêmio de Inovação

Práticas de Sucesso

Solví faz história com ações inovadoras09 Capa

Marco Giusti fala sobre planejamento estratégico04Entrevista

Relima e Viasolo fecham novos contratos14Mercados & Negócios

Barra do Jacuípe, em Camaçari, Bahia, onde a Vega atua através

da Camaçari Ambiental

MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

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Conduzir uma empresa sem planejar os seus passos é como andar no escuro. Vão longe os tempos em que o mercado permanecia prati-camente imutável por anos a fio, e que para manter-se vivo nele bastava continuar fa-zendo o que sempre havia sido feito. Desenhar cenários e pensar em nossa atuação dentro deles no médio e longo prazo é essencial hoje, inclusive para enfrentar os “imprevistos previsíveis” que surgem todos os dias.

Planejar nossas metas e ações para este ano, o próximo, para daqui a cinco ou 10 anos nos dá a noção do quanto é necessário caminhar e de cada passo que terá que ser dado para alcançar os objetivos. Isso não significa engessar-se; pelo contrário: o planejamento nos permite ter uma atuação estratégica e estar mais abertos e flexíveis, justamente porque não seremos pegos de surpresa por fatores que poderiam ter sido vislumbrados.

Como uma holding que vem ampliando sua atuação em todos os mercados em que atua, de resíduos aos projetos de gera ção de energia limpa, nós da Solví precisamos aprender a enxergar longe, ver como nossos negócios podem evoluir levando em conta os vários cenários: ambiental, social, mercadológico, regulatório, etc. Por isso, nosso projeto de governança corporativa tem no planeja-mento estratégico um de seus principais eixos de ação.

Implantar esse planejamento é tarefa de todos da Solví, e é im-portante que todos estejam a par da importância de pensar o fu-turo. Certamente ele será bem melhor se soubermos planejá-lo e construí-lo juntos, com paixão e capacidade de inovação. Esta, por sinal, está intimamente ligada à nossa história e ao nosso futuro, por isso foi eleita como tema central desta edição.

Carlos Leal Villa

Presidente da Solví

03

editorial

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04 reviStaSolví|FevereiroaaBrilde2008

Há oito anos atuando como consultor, Marco Giusti, sócio as-sociado da McKinsey, uma das maiores consultorias empresariais do mundo, já conduziu muitos processos de planejamento es-tratégico dentro de empresas, e garante que nunca viu uma que, ao final do processo, resolvesse simplesmente não implementá-lo. “Umas o implementam com mais sucesso, outras menos, mas se elas chegaram até este ponto é porque existe na dire-toria e nos acionistas um desejo de crescer, de mudar”, diz ele, que, juntamente com o diretor Jorge Fergie e com uma equipe de consultores, mergu lhará na realidade da Solví nos próximos meses, tendo ainda o suporte de um time de pesquisadores. Ao fi-nal, a holding terá um uma clara

visão sobre os caminhos pos-síveis para os seus negócios

nos próximos anos. Veja de-talhes sobre este pro cesso na entrevista a seguir.

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Revista Solví - Qual é a relação entre planejamento estratégico e a missão de uma empresa?

Marcos Giusti - É total. A aspiração da diretoria e dos acionistas para aquela empresa é o ponto de partida para a sua visão e missão. O planejamento es-tratégico é a ponte entre essa aspiração e a execução.

Qual a importância deste planeja-mento para o crescimento e mesmo sobrevivência de uma corporação?

Em primeiro lugar, não podemos con-fundir o processo normal que as em-presas executam, de elaboração de um orçamento de médio/longo prazo, com o que a Mckinsey fará. O planeja-mento estratégico ajuda a focar a ener-gia organizacional e financeira como um todo. Ele aponta onde os recursos da empresa devem ser colocados. Em-presas que têm um perfil de lide rança estão constantemente pensando no que fazer, em qual será o seu próximo passo, e planejamento estratégico está embutido no seu dia-a-dia. Deve ser uma reflexão constante, contínua, pois daqui a seis meses, um ano, o contexto do seu mercado pode mudar. As empre-sas vencedoras aprendem a repensar o seu negócio constantemente. Não é um evento: é constante, cotidiano.

No caso da Solví, uma holding, a har-monização das metas e visões é mais complicada?

É mais complexa, porque temos um portfólio de negócios, e ele dá a dimen-são da diversidade que temos que har-monizar. Além dos negócios terem que

ser atrativos, precisamos saber se aquele conjunto faz sentido de maneira coleti-va, por causa do perfil de risco-retorno de todo portfólio. Um negócio pode ter uma lucratividade grande, mas também um risco muito grande. Se o acionista investe em três áreas altamente arris-cadas e interligadas, isso pode deixá-lo muito vulnerável.

Quer dizer que o planejamento es-tratégico pode terminar em vendas, fusões ou aquisições?

O final do planejamento estratégico é isso, é uma recomendação sobre ações a serem tomadas em cada uma das áre as de atuação, com base nesta análise do risco-retorno. Essas recomendações po-dem ser no sentido de compra, desin-vestimento ou ainda do que nós cha-mados de ‘greenfield’, ou seja, investir em um outro negócio a partir do zero.

Quais são as etapas de implementação de um planejamento estratégico?

Nós conduzimos o que chamamos de diálogo estratégico, para pensar sobre os negócios da empresa de forma ampla. Fazemos isso em três etapas: a primeira é entender a atratividade intrínseca dos negócios, seja de resíduos, de sanea-mento, de energia, seja no Brasil ou no exterior. Uma vez que isto esteja claro, vamos desenvolver uma lista de opções concretas, estratégicas, para crescer em cada uma das áreas: novos investi-mentos, parcerias, etc. Além dessa lista vamos calcular o impacto econômico-financeiro para o grupo. A terceira etapa é detalhar ações para implementar cada ponto desta lista. Temos então um pano de fundo do que fazer, e ao final vamos estudar as implicações de tudo isso, já que é um processo que vai exigir muito da organi zação, que terá que ter uma estrutura para fazer isso acontecer.

Como a implementação do planeja-mento estratégico impacta na vida de todos os funcionários?

No curto prazo o que vai acontecer é muita movimentação, discussão, es-taremos fazendo muitas perguntas so-bre os negócios, mas é o nosso papel, estamos lá para analisar a atratividade de cada negócio e precisamos ter infor-

mação, isso é fundamental. Teremos inte ração com a diretoria e os níveis gerenciais de todas as empresas. Va-mos trabalhar a partir de uma trian-gulação de informações: as internas, aquelas disponíveis em institutos e outras organizações, e por fim as in-formações da própria McKinsey, que atua no mundo todo.

Quanto tempo leva?

A primeira rodada de planejamento leva cerca de três meses, depois de-pende da velocidade de implantação da empresa.

Quais são os maiores riscos de in-sucesso em um projeto de planeja-mento estratégico?

O risco é a não implementação da es-tratégia desenhada, pois não imple-mentar significa a empresa conti nuar atuando sem uma linha mestra e fo-cada guiando seu crescimento. A im-plementação de um plano estratégi-co exige muito esforço, o que por sua vez demanda um grande alinhamen-to da organização. O Planejamento estratégico exige decisões duras e um nível de maturidade da organiza-ção em relação aos seus objetivos. De maneira coletiva, a Solví tem que di-zer sim para algumas coisas nas quais acredita, e não para outras. É quase impossível obter um consenso, mas todos têm que remar em uma mesma direção.

“Empresas que têm um perfil de liderança estão constantemente pensando no que fazer, em qual será o seu próximo passo, e planejamento estratégico está embutido no seudia-a-dia.”

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O evento, que teve os “cinco elementos” como tema, trouxe novidades como uma programação mais extensa, de dois dias, e melhor dosagem entre as atividades convencionais e aquelas de perfil vivencial e motivacional.

Uma pausa para pensar o ano que passou, preparar-se para os

desafios do ano que estava por chegar e promover sinergia entre os gestores das diversas empresas do grupo. Esta foi a proposta do último Encontro Anual de líderes e gestores da Solví, que reuniu 150 representantes de todas as empre-sas do grupo nos dias 17 e 18 de dezem-bro no Hotel Bourbon, em Atibaia.

“É um evento importante, na me-dida em que é o momento em que os gestores de todas as empresas se reúnem e têm oportunidade de com-partilhar experiências e os objetivos para o próximo ano”, comenta o gerente de desenvolvimento de RH e comuni-cação da Solví, Carlos Balote. Segundo ele, o encontro de 2007, que teve “Os cinco elementos” como tema (água, terra, fogo, ar e o elemento humano) as-sumiu sua importância e teve novidades como uma programação mais extensa, de dois dias, e melhor dosagem entre as atividades convencionais, como apre-sentação de resultados das empresas, e aquelas de perfil marcadamente viven-cial e motivacional.

Barcos que flutuam

O primeiro dia, por exemplo, levou aos convidados uma palestra de César Souza sobre liderança e os de-safios das mudanças, além dos relatos de “O me lhor de nós”, prêmio entregue

FOTOS: WAGNER FURTADO PIMENTA

O desafio nas águas da piscina: nenhuma equipe “naufragou”

a alguns participantes do Programa Liderar, reco nhecidos por projetos de valor para suas empresas. Marcelo Azevedo, Andressa Oliveira (Vega Novo Hamburgo), Flávia Kelen, Ailton Felix (ADA) e Ângelo Castro (Camaçari Am-biental) foram eleitos pelos melhores projetos, enquanto Die go Nicoletti (Solví Valo rização Energética), Yuli Mello (Vega Manaus) e Clineu Adaime (GRI) receberam menção honrosa.

No mesmo dia, a consultora Sandra Guerra apresentou uma visão sobre a importância do projeto de gover nança corporativa que vem

Encontro anual reúne líderes e gestores, abrindo espaçopara convivência e troca de experiências

reviStaSolví|FevereiroaaBrilde200806

CorPorativo

Navegaré preciso

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Formada por 40 profissionais, a segunda turma do Projeto Liderar iniciou suas atividades nos dias 29 de fevereiro e 1° de março. A exemplo da primeira turma, os participantes do programa, sele cionados por seu potencial de liderança, deverão integrar atividades mensais estruturadas sobre vários eixos, do ser humano e cidadania ao negocial. Enquanto isso, a turma pioneira ingressa no módulo avançado, que contempla a execução de projetos no período de fevereiro a junho. Para os participantes mais dedicados, haverá ainda um bônus: uma viagem de estudos ao exterior, com o objetivo de conhecer uma escola de negócios, além de outras atividades para consolidação de todos os aprendizados vivenciados no programa.

sendo implementado pela Solví, e que hoje é uma das prioridades da direto-ria. Duas atividades coletivas também tiveram destaque: primeiro, um desafio no qual, a partir de uma série de mate-riais fornecidos, as equipes deveriam construir um barco que fosse capaz de flutuar e conduzi-las através da piscina do hotel; depois, à noite, os membros da primeira turma do projeto Liderar encenaram uma peça sobre o mito grego de Prometeu, com a coorde-nação da empresa Hilária Troupe.

No segundo dia de programação, as atividades foram abertas com as apre sentações de resultados e me-tas de cada empresa, que ganharam brilho com outra apresentação, esta musical, realizada por três flautistas da Academia da Osesp, apoiada pela Solví. À tarde, os participantes assisti-ram ao espetáculo “A magia da lide-rança”, com Issao Imamura, conside-rado o maior ilusionista do Brasil, e após o encerramento feito pelo presi-dente da Solví, Carlos Villa, tiveram uma última mostra do potencial ilimitado da inovação, apresentada pela orquestra de sucata da Fábrica de Criatividade. Seus músicos tocam um repertório clássico a partir do que poderia ser chamado de ”lixo”.

Nesta edição, os 150 participantes envolveram-se em atividades que foram muito além das apresentações

A encenação do mito de Prometeu, realizada pelos participantes do Liderar

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FOTOS: ARQUIVO VEGA REGIONAL SUL

Em Novo Hamburgo, Vega apóia atuação pioneira da Associação de Assistência ao Menor em Oncologia

Manter a esperança é um sentimento encorajado no combate a qualquer tipo de doença, e no caso do

câncer infantil ele é plenamente justificado pelas estatís-ticas, já que os índices de recuperação podem ser altís-simos, se a criança for diagnosticada e tratada a tempo. Esses ‘se’ foram determinantes para a criação, há 10 anos, da Associação de Assistência ao Menor em Oncologia (AMO), em Novo Hamburgo (RS), com o apoio da Vega.

O primeiro passo foi a realização do 1° McDia Feliz na cidade, em 1998. Os recursos arrecadados deram origem ao Programa de Atendimento à Criança com Câncer, embrião da ONG que viria a ser constituída no ano seguinte por 36 moradores da cidade, com os perfis mais variados. “O diagnóstico da doença pode levar de 120 a 150 dias na rede pública de saúde. Na AMO ele é feito em 15 dias, e isso pode fazer toda a diferença na luta contra o câncer infantil”, diz o presidente da entidade, Dr. Valdir Marques.

Expansão dos serviçosGraças à colaboração de empresas como a Vega e

também da comunidade, uma grande rede de coopera-ção foi formada, o que permitiu à AMO construir sua sede própria e ter à disposição dos pacientes médicos e outros profissionais de saúde como psicólogos, fisiotera-peutas e dentistas.

Após o diagnóstico, a instituição monitora todo o tratamento dos pacientes (de recém-nascidos até ado-lescentes, com diversos tipos de câncer), responsabili-zando-se inclusive pelo seu transporte a instituições de referência como o Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. Atualmente 47 crianças são atendidas em Novo Hamburgo, e outras sete em São Leopoldo.

“Temos estrutura para receber mais pacientes e replicar em outros locais a realidade de atendimento que já temos em Novo Hamburgo”, diz o presidente da AMO, acrescentando que outro objetivo da entidade é levar assistência não só às crianças, mas a toda a família. “Quando a criança adoece, é como se toda a família adoe cesse junto”.

A sede da AMO em Novo Hamburgo

08 reviStaSolví|NovemBrode2007aJaNeirode2008

O envolvimento com a AMO partiu da diretoria da Vega Novo Hamburgo, mas aos poucos vem ganhando a adesão dos seus funcionários, que cada vez mais participam como voluntários não apenas do McDia Feliz, mas de outros eventos organizados pela associação para arrecadar fundos. Funcionários da Vega participam do McDia Feliz

reviStaSolví|FevereiroaaBrilde2008

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CaPa

Inovadora desde sempre, Solví é reconhecida pelo pioneirismo

das soluções em limpeza urbana, destinação final e saneamento

Aperfeiçoar constantemente os serviços prestados à popu-lação, investindo para isso seu talento e seus recursos. Esta

marca das empresas Solví, conhecida por todos os seus colabo-radores, recebeu recentemente também uma mostra de reco-nhecimento por parte do mercado.

Com o projeto do evaporador de chorume, a Solví ficou entre as “Top 25”, empresas consideradas como as mais inova-doras do país, no levantamento “O Brasil que Inova”, realizado pelo Monitor Group para a revista Exame*.

“Observamos que a tecnologia continua sendo um dos principais impulsionadores da inovação, estando presente em 90% dos casos, e que os temas ambientais têm ganhado cres-cente destaque, aparecendo em cerca de 30% dos projetos”, co-menta Gustavo Zevallos, sócio do Monitor Group.

Tecnologia e meio ambiente são parceiros constantes nos projetos da Solví, a exemplo do evaporador, mas também exis-

tem projetos simples, baratos e eficientes, capazes de melho rar processos e facilitar o trabalho de equipes inteiras. Há muito tempo a diretoria da holding sabe que as melhores idéias freqüentemente vêm de quem está envolvido no dia-a-dia dos negócios.

Para incentivar e reconhecer essa veia inovadora em to-dos os níveis, no ano passado a Solví realizou a primeira edição do Prêmio de Inovação, que elegeu oito projetos entre os 28 inscritos pelos funcionários. “Sempre tivemos um papel pionei-ro nas áreas em que atuamos, e vamos continuar sendo reco-nhecidos por isso, porque estamos abertos à inovação, é ela que nos impulsiona”, ressalta o diretor técnico da Solví, Tadayuki Yoshimura.

Veja nas páginas a seguir exemplos de inovação protago-nizados pelas empresas Solví ao longo do tempo, e também um relato dos projetos vencedores do Prêmio de Inovação.

* A Exame publicou os 10 cases considerados mais inovadores da edição de fevereiro, e a relação das25 empresas finalistas está publicada no sitewww.pesquisa-inovacao-exame.monitor.com

Torres da estação de biogás da Battre, em Salvador

MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

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CaPa

10 reviStaSolví|FevereiroaaBrilde2008

LEO TAVARES

CoMPuTADoR DE BoRDo - A Vega Ambiental adotou nos caminhões coletores um com-

putador de bordo com cinco sensores que monitoram: a velocidade de percurso, freadas bruscas, acelerações brus-cas, direção fora da faixa verde de rotação e direção sem marcha engrenada; desta forma são obtidas as pontuações alcançadas pelos motoristas ao final de cada jornada de trabalho, sendo que os melhores são premiados no con-curso interno “Grand Prix”.

ISo - A Vega Ambiental foi a primeira empresa no Brasil a obter a certificação ISO 9000 no segmento de Serviços de Limpeza Pública e a ISO 14000 para Tratamento de Resí-duos Sólidos Urbanos.

AuToCLAvES – O sistema de tratamento de resíduos de serviços de saúde com a utiliza-

ção de autoclaves foi introduzido no Brasil pela Vega Am-biental, inicialmente na cidade de Rio Grande (RS).

CAMINhão ESPECIAL – A Vega Ambiental desenvolveu um veículo especial equipado com dispositivo de bascu-lamento hidráulico de containers plásticos de mil litros e um guincho para içamento e descarga automática de con-tainers de 2.400 litros, para a realização da coleta seletiva em São Paulo; a iniciativa foi uma parceria com o Corpo de Bombeiros e a ONG Recicle Milhões de Vidas.

EQuIPAMENToS DE SEGuRANçA - As equipes de coleta passaram a usar luvas com kevlar,

fibra resistente que diminui a exposição a acidentes, além de pomada com ação bactericida para evitar contaminação pelos resíduos coletados.

GPS - Caminhões coletores de lixo em Salvador foram equi-pados com GPS para monitoramento em tempo real do deslocamento da frota de veículos e da interação on-line entre a central de operação e os motoristas.

CAMINhão CoM TRITuRADoR - A Relima desenvolveu um veículo coletor equipado

com triturador de lixo para a coleta de resíduos das embai-xadas e consulados instalados em Lima (Peru).

MoToCICLETA - A Vega Salvador desen-volveu uma carroceria especial que, adapta-

da a uma motocicleta, é utilizada para a coleta de resíduos da área do Pelourinho nos horários entre as coletas feitas por caminhões.

ÁGuAS Do AMAzoNAS - A Águas do Amazonas protagonizou a primeira pri-

vatização do setor de saneamento de uma capital bra-sileira, Manaus, com um contrato de concessão de 30 anos pelos serviços de água e esgoto.

2000

SISTEMA DE FLoTAção - A ADA inaugurou um dos maiores sistemas de flotação do

mundo, proporcionando, pela primeira vez um elevado pa-drão de qualidade da água captada no Rio Negro.

2002

NovAS TECNoLoGIAS - Na área Comer-cial, a ADA implantou um sistema de

leitura e impressão simultânea da fatura de água.

CoNCRETo DESLIzANTE - O Plano de Expansão do Abas-tecimento da ADA trouxe a tecnologia do concreto desli-zante na construção de reservatórios elevados em Manaus.

2008

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1997

CaPa

Equipe de coleta da Viasolo, em Betim

Técnico da ADA, em Manaus, analisa a qualidade da água

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CoBERTuRA FINAL DE ATERRoS CoM GEo SIN-TéTICoS – A Battre utiliza em seu aterro em

Salvador uma manta de PVC de 0,8mm de espessura coberta com solo e grama, alcançando maior eficiência de captação do gás gerado e minimizando a entrada de águas pluviais na massa de lixo, o que diminui a geração de chorume.

MuDANçA DE CoNCEITo PARA ATERRoS DE RESíDuoS CLASSE I – Até então a maioria destes aterros se baseava no conceito de trincheiras impermeabilizadas colocadas lado a lado e com cobertura metálica móvel ao longo de seu comprimento, o que exigia a colocação de maciços de solo ou concreto entre as trincheiras. A Solví propôs e viabilizou junto aos órgãos ambientais o conceito de maciço único e adoção de cober-tura móvel somente na área de descarga para esse tipo de aterro, maximizando sua capacidade volumétrica.

CoNCEITo DE CAIS DE DESCARGA DE RESíDuoS – A Solví foi pioneira no conceito de descarga dos caminhões de lixo em cais, numa posição superior aos equipamentos de operação (tratores). Consegue-se, assim, separar os caminhões dos tra-tores, diminuindo os atolamentos e acidentes.

SEPARAção DE ÁGuAS - A Solví introduziu o conceito da águas de chuva que têm contato com

lixo (“sujas”) daquelas que não têm contato com o lixo (“limpas”), por meio do uso de diques interceptadores e também de uma base do aterro em “dente de serra”, diminuindo os custos de tratamento de líquidos e viabilizando a operação do aterro de jusante para montante, outro conceito revolucionário.

oBTENção DE CRéDIToS DE CARBoNo - O aterro sanitário de Salvador foi um dos pri-

meiros do mundo a obter, junto à ONU, a certificação de créditos de carbono, sendo pioneiro comercialização dos mesmos no mercado internacional.

GERAção DE ENERGIA ELéTRICA A PARTIR DE BIoGÁS - A Battre desenvolveu, juntamente

com um fabricante nacional, um motogerador movido a biogás que opera no aterro de Salvador. Ao contrário dos importados, o equipamento pode operar a partir de 35% de metano no biogás.

ESTAção DE TRATAMENTo DE PERCoLADo - A Battre está

viabilizando a implantação de um sistema interno de trata-mento de percolado, utilizando-se da tecnologia SATE (poço profundo). O projeto, que está em fase piloto, fará com que o aterro de Salvador se transforme em um dos poucos dotado de adequado tratamento próprio de chorume.

uTILIzAção DE GCB NA IMPERMEABILIzAção DE ATERRoS - A Solví, através da Essencis, viabilizou a utilização de um elemento geosintético chamado geocomposto bentonítico (GCB) em subs-tituição à camada argilosa para a impermeabilização da base e dos taludes do aterro. O uso de argila acabava atrasando o cronograma de implantação dos aterros em função da dificuldade na obtenção do material adequado e também na sua compactação.

2002

2004

2006

2007-2008

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Aterro da Battre, em Salvador

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12 reviStaSolví|FevereiroaaBrilde2008

CaPa

BomBas sempre limpasAté o ano passado, a equipe da

oficina da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Águas do Amazonas gastava muito tempo e dinheiro para fazer a manutenção das 18 bombas Nemo usadas no tratamento da água distribuída à cidade de Manaus. Isso porque a cal utilizada no processo de purificação acabava se acumulando e sedimentando no interior das bombas, obrigando a equipe a abrir todos os equipamentos para retirar os depósitos e evitar que o seu desempenho fosse afetado. O acúmulo de produtos quími-cos também causava desgaste em peças caras como os eixos de acionamento e rotores, que tinham que ser substituí-dos periodicamente.

A solução encontrada foi a insta-lação de um sistema interno de lavagem das bombas, usando colares de tomada e pedaços de tubos disponíveis na ofici-na, além de selos mecânicos que evitam o vazamento de produtos químicos. Com o sistema, em vez de ter que abrir as bombas para fazer manutenção cor-retiva, os técnicos têm apenas que abrir

um registro para ativar a la vagem in-terna, agindo preventivamente. Entre os resultados alcançados estão a redução de (re)traba lho para a equipe, economia significativa de recursos com a maior durabilidade das peças, e a preservação da capacidade máxima de bombea-mento das máquinas (5,4m3/h). “Passa-mos cerca de oito meses em 2007 fa-

MÁRCIA SILVEIRA/ADA

zendo testes e aplicando as mudanças, mas valeu a pena”, comenta o técnico Raimundo Souza dos Santos.

CATEGoRIA oPERACIoNAL

ADA: “Dosagem”Equipe: Alberto de Souza, Gere mias Ferrei-ra de Moraes, Mário Jander de Figueiredo, Raimundo Souza dos Santos (líder)

A equipe de Áreas Ver-des da Relima mobilizava equipes de três pessoas para o serviço de roçagem de grama realizado diaria-mente no distrito de San Isidro, sendo que dois fun-cionários tinham a função de segurar a tela de proteção

tela inteligente destinada a proteger pedes-tres e veículos de eventuais acidentes com partículas projetadas pela máquina. “O objetivo do projeto era reduzir o número de pessoas necessárias ao serviço, redu-zindo custos e aumentando a produtividade”, diz o chefe de áreas verdes da Relima, Luis Manuel Barreto Arru-

nategui. A solução encon-trada foi substituição dos antigos suportes laterais por um travessão de alumínio, fixado em toda a extensão superior da tela de proteção, além de tubos de PVC na parte inferior , para evitar que a ação do vento. Com a medida, a tela ficou mais firme e leve, permitindo a

Idéias de valorA história dos projetos classificados em 1° lugar no Prêmio de Inovação Solví,

nas categorias Operacional, Administrativa/Segurança, Comercial e Técnica

manipulação por apenas um funcionário. O travessão também pode ser dobrado e facilmente transportado.

CATEGoRIA SEGuRANçA Relima: “Tela de Segurança”Equipe: Luis Miguel Piccini Delgado, Luis Manuel Barreto Arrunategui (líder) e Pedro Escudeiro

Raimundo Souza dos Santos (à esq.) e Geremias Ferreira, membros da equipe

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MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

energia flexO uso de motogeradores

movidos a biogás já é relati-vamente comum não ape nas em aterros, mas também em outras áreas como suinocul-tura e pecuária. O “pulo do gato” deste projeto da Battre - e que já uma marca da Solví - foi o trabalho conjunto com o fabricante, a Brasmetano, para desenvolver um mecanis mo mais potente adaptado às suas necessidades. No caso, o traba lho de adaptação feito no motor Mercedes Benz re-sultou em um gerador muito mais flexível à variação de metano presente no biogás.

Enquanto os equipa-mentos convencionais não resistem a variações de mais

de 1% do nível de metano (o outro gás presente no biogás é o CO

2), o gerador utilizado

no aterro de Salvador suporta uma variação de concentração de 35% até 60% de metano, o que garante mais estabilidade à operação.

“Partimos do mesmo conceito do carro flex, utilizan-do uma sonda lambda para fazer a leitura do nível de oxi-gênio que sai do escapamento do motor e controlar a quanti-dade de biogás que entra no gerador”, explica o supervisor de operações da Battre, João Fortuna. Por enquanto o equi-pamento, em operação desde 2006, gera 230 kw/h, energia suficiente para manter a ma-nutenção da própria estação de biogás. O próximo passo,

Quantos contatos co-merciais foram feitos no mês? Quantas propostas emitidas? Quantos contratos foram fechados, qual é a previsão de faturamento? É importante visualizar todas essas infor-mações para avaliar e planejar o rumo dos negócios. Foi o que a Koleta fez, por meio do projeto “Bom Dia Co mercial”, que disponibiliza os dados aos profissionais do departa-mento e à diretoria.

“É uma solução sim-ples, baseada em relatórios desenvolvidos em Excell, que semanalmente têm seus da-dos atualizados”, explica o estagiário em administração Tiago Trombini. No total, são

sete plani lhas: movimento de contratos, reajustes, serviços/faturamento extra, propos-tas emitidas, visitas realiza-das, meta de faturamento e pesquisa de satisfação do cliente. “Podemos extrair relatórios mostrando, por exemplo, a política de preço da empresa em relação ao mercado ou a relação entre visitas por área e região X serviços prestados, obtendo uma visão geral para decidir o que deve ser feito”, diz a engenheira Renata Cristina Futema, que atua como re-presentante comercial.

O agrupamento dos vários relatórios da equipe comercial nas planilhas é

feito por Tiago, que dedica suas terças-feiras à tarefa. A seguir, o material é ana-lisado pela supervisora comercial Maria de Lourdes Pas choalito, antes de ir para o gerente comercial Julio Mirage, para o gerente ope-racional Edson Carbo nato

MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

olho nos negÓcios

no entanto, será a expansão de sua potência para alimentar todo o aterro, projeto que deve ser finalizado em 2008. “Ainda nos consideramos em fase de implantação e melhoria do sistema, pois é possível po-tencializar o aproveitamento do motogerador”, diz o encar-

CaPa

e para o diretor- presidente, Reginaldo Bezerra.

CATEGoRIA CoMERCIAL

KoLETA: “Bom DiaComercial”Equipe: Julio Mirage, Maria de Lourdes Paschoalito, Renata Futema (líder), Tiago Trombini

regado de equipamentos Luiz Argollo.

CATEGoRIA TéCNICA

BATTRE: “Grupo Gerador”Equipe: Fábio Rubens de Souza Andrade, João Fortuna Neto (líder), Luiz Argollo, Luiz Eduardo S. Martins Moysés

PROJETOS CLASSIFICADOS

EM 2º LUGAR

ADMINISTRATIvA/SEGu RANçA vale do Aço: “360”

CoMERCIAL GRI: “Bancos de Dados”

oPERACIoNAL SL Ambiental: “Soprador”

TéCNICA Central/SL Ambiental: “Evaporador de Chorume”

A equipe da Koleta: Lourdes (esq.), Julio, Tiago e Renata

João Fortuna (esq.) e Luiz Argollo

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¡Hola,Miraflores!Vista da Costa Verde, uma

das atrações do distrito

14 reviStaSolví|FevereiroaaBrilde2008

Relima conquista concessãoem charmoso distrito de Limae amplia atuação no Peru

No dia 4 de fevereiro, a Relima assinou contrato para cuidar da limpeza pública de uma das áreas

mais vistosas da província de Lima: Miraflores, distrito que concentra os principais hotéis e centros comerciais, além de embaixadas como a do Brasil.

“Este novo contrato significa a consolidação da Reli-ma como a primeira empresa privada em limpeza urbana do Peru, sendo este o ponto de partida para a expansão de nossos negócios no país”, diz o gerente geral Valnei Nunes, acrescentando que 240 funcionários atuarão no distrito, realizando os serviços de coleta, transporte e disposição final de resíduos sólidos, coleta de galhadas e folhas, além de manutenção, conservação, tratamento e limpeza das áreas verdes públicas. A estimativa é de que sejam coletadas 36.000 toneladas de resíduos, e manti-dos 9.480.000 m2 de áreas verdes por ano.

O contrato é válido por 10 anos e renovável por mais 10, e os serviços em Miraflores devem ser iniciados em agosto. “Ter uma boa equipe de trabalho nos dife-rentes níveis profissionais e um maior conhecimento das diversas áreas da cidade certamente foi determi-nante para que vencêssemos a concorrência, por isso toda a equipe da Relima está de parabéns por mais esta conquista”, enfatiza Valnei.

merCadoSeNeGÓCioS

o que prevê o contrato

FOTO

S: A

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REL

IMA

• Miraflores possui área de 9,6 km2.

• Além de shoppings, concentra muitas escolas, parques, cafés e galerias.

• Vôos de paraglider sobre a Costa Verde, que banha o distrito a oeste, são apenas um dos atrativos turísticos locais.

• Ao norte, Miraflores faz divisa com o distrito de San Isidro, onde a Relima também presta serviços de limpeza urbana.

• O nome Miraflores é uma homenagem a San Miguel de Miraflores; o distrito também foi chamado de “Cidade Heróica”, por ter sido palco da batalha de Miraflores, durante a Guerra do Pacífico (1881), travada pelas forças do Peru e Bolívia contra o Chile.

• Lado a lado com prédios modernos está a ruína de Huaca Pucllana, uma pirâmide pré-incaica totalmente construída com adobe.

mais soBre o distrito

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SERVIÇOSPRESTADOS

Viasolo vence licitação e dá continuidade aos serviçosde limpeza urbana e destinação final de resíduos na cidade

A Viasolo iniciou 2008 com um novo contrato em Betim, cidade

detentora da segunda maior arreca-dação de Minas Gerais. Com prazo de 12 meses, renováveis por até 60 meses, o contrato mantém na ci-dade os serviços que vinham sendo prestados pela Viasolo desde 2000, da varrição de ruas ao tratamento de resíduos de saúde (veja quadro).

“Vencemos a licitação com o menor preço, e mesmo assim espe ramos obter resultados signi-ficativos em relação aos principais serviços, o que será possível graças ao know how que desenvolvemos e que nos permitirá otimizar os custos de serviços no decorrer dos anos”, diz o supervisor comercial da Via-solo, Alan Pierre Espíndula Vieira.

O novo contrato prevê a coleta de 57.670 toneladas de resíduos domiciliares ao ano, coleta e trata-mento de 500 toneladas de resíduos hospitalares (desde 2004 a empresa

possui um equipamento autoclave para esterilização e posterior des-tinação dos resíduos gerados em unidades de saúde) e varrição de 46.800 km de vias públicas. O con-trato também prevê a renovação da frota de caminhões coletores e compactadores da empresa.

A Viasolo possui um índice de 83,8% de aprovação dos seus serviços, de acordo com a última pesquisa de satisfação realizada em Betim com a prefeitura, os fun-cionários e os munícipes, e que é um dos fatores condicionantes para a renovação da ISO 9001 da empresa.

Segundo Alan Pierre, após a conquista do novo contrato para os serviços de limpeza, a empresa pre-tende implantar e iniciar a operação de um novo aterro sanitário na ci-dade. Além de Betim, a Viasolo atua também nas cidades mineiras de Sete Lagoas, Divinópolis, Sabará e Caeté.

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LEO TAVARES

Novo contrato em Betim

• Coleta e transporte do lixo domiciliar.

• Coleta e transporte dos resíduos da coleta seletiva porta a porta.

• Operação e manutenção da usina de compostagem de lixo orgânico.

• Coleta e transporte dos resíduos de serviços de saúde.

• Tratamento dos resíduos dos serviços de saúde.

• Varrição de vias e logradouros públicos.

• Fornecimento de equipes padrão para serviços diversos, para limpeza e conservação de bocas de lobo e manutenção do aterro sanitário.

• Fornecimento de material para equipe padrão e locação de equipamentos para operação do aterro sanitário.

Equipe em ação: a Viasolo possui cerca de 800 funcionários

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Serviços que são considerados uma referência, aliados a projetos educativos e sociais, Vega e

Battre fazem história na Bahia

Se você consegue imaginar um soteropolitano que tra-balha durante todo o Carnaval, essa pessoa é Tadeu

Coqueiro. Como supervisor da Vega Salvador, está entre as suas responsabilidades monitorar a limpeza da cidade du-rante os todos os dias da folia, que em 2008 reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas. “As pessoas quase não produzem lixo em casa, mas as ruas ficam cheias”, comenta o supervi-sor, no cargo há 11 carnavais, desde a chegada da Vega à Bahia.

Mensalmente, os 2.100 funcionários da empresa cole-tam 45 mil toneladas de resíduos (70% do que é produzido na cidade) e varrem 80 mil quilômetros de vias, sem con-tar serviços especiais como a limpeza de praias, realizada diaria mente em 31 quilômetros da orla, a limpeza de en-costas, capinação, pintura de meio-fio, etc.

Aterro modeloA parceira da Vega nesse trabalho é a Battre (Bahia

Tratamento e Transferência de Resíduos), que desde 1999 opera o Aterro Central de Salvador em um contrato de concessão que vai até 2020. Com capacidade total para 20 mi lhões de m3, o aterro recebe diariamente cerca de 2.500

toneladas de resíduos domésticos de Salvador e de dois municípios vizinhos, Lauro de Freitas e Simões Filho.

Nestes 10 anos, a Battre se transformou em um modelo, seja pela tecnologia utilizada no aterro para evi-tar qualquer tipo de dano ao meio ambiente (veja mais na matéria sobre inovação, nesta edição), pelo relacionamento que mantém com as comunidades do entorno, onde mora a maioria dos seus 130 funcionários, ou pelo fato de ser o primeiro aterro no mundo a receber, em 2004, o certificado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para a emissão de créditos de carbono gerados pela queima controlada do biogás. Só em 2006, foram gerados um total de 340.321 CERs (Certificados de Redução de Emissões).

Os gases liberados pelos resíduos também alimen-tam um gerador, que por sua vez produz energia suficiente para manter a estação de biogás e, em breve, todo o aterro. “Temos um bom relacionamento também com instituições de ensino como a Univer-sidade Fe deral da Bahia, parceira em vários projetos de pesquisa”, comenta o supervi-sor de opera ções da Battre, João Fortuna.

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FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

luGareS

Projetos sociaisFatores econômicos e sócio-

culturais como os altos índices de anal-fabetismo e desemprego ainda fazem com que a atuação na área de limpeza urbana seja um permanente desafio na capital baiana, que possui 2,6 mi-lhões de habitantes. A estimativa é de que ainda existam 113 mil analfabetos absolutos na cidade, mas o índice de moradores com baixa escolaridade é bem maior, enquanto o desemprego atinge 21,7% da população. O resulta-do é a necessidade de um trabalho constante de conscientização. Por isso a Vega mantém com a Limpurb (Em-presa de Limpeza Urbana de Salvador)

um programa de educação ambien tal nos bairros, por meio do qual, diariamente, 20 funcionários percorrem as comunidades para pres-

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tar informações sobre o corre to acondi-cionamento dos resíduos, dias de coleta e reciclagem, entre outras.

Outro meio de lidar com os de-safios é a inovação. No Pelourinho, um triciclo recolhe o lixo nos horários entre as coletas pesadas, ajudando a manter limpo o ponto turístico mais visitado da cidade. Outro investimento foi na instalação de apare lhos de GPS em todos os caminhões de coleta, o que permite o monitoramento permanen-te dos equipamentos, cujos motoristas são avaliados por seu desempenho ao volante.

O investimento em programas sociais também ajuda a melhorar a ci-dade e as condições de vida da popu-lação. Além do programa Agentes Vo-luntários, que gera renda en favelas, a Vega mantém iniciativas como o Projeto Crian ça Canabrava, que atende a 270 cri-anças e adolescentes do bairro onde es-tava localizado o antigo lixão da cidade, a criação e o apoio a duas cooperativas de reciclagem com os antigos catadores de Canabrava, o Programa Escola Hospi-talar Criança Viva e o Programa de In-clusão Digital, este último desenvolvido também pela Battre (em parceria com o Senai/Cetind), para acabar com um ou-tro tipo de analfabetismo, o digital.

camacariDesde 2006, por meio da Camaçari Ambiental, a Vega é responsável tam-bém pela limpeza urbana de Camaçari, cidade de 150 mil habitantes que sedia o primeiro pólo petroquímico do país. Mensalmente, os 630 funcionários coletam cerca de 4.500 toneladas de resíduos domiciliares e fazem a var-rição de 10.800 quilômetros de vias, além de serviços especiais.Vista do Forte e do Farol

da Barra, em Salvador

O aterro operado pela Battre é um dos maisavançados do país em termos de cuidados ambientais

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o QuE PRECISA SER FEITo pelas empresas já estabelecidas para man-terem o crescimento sustentável de seus negócios, identificarem novas oportunidades e continuar à frente da concorrência? Este é o dilema que a maioria enfrenta neste momento. A resposta: uma visão empreendedora com foco na sistematização da ino-vação. Porém isso não é tão simples e nem tão fácil.Se analisarmos as técnicas de gestão implementadas nos últimos 20 anos, é fácil perceber a mudança de foco. Nos anos 90 as empresas tinham espaço para reduzir custos e imple-mentaram ações para eliminar desperdícios, otimizar seus proces-sos e estrutura orga-nizacional. Foi a era da reengenharia, da terceirização e do downsizing. Porém o dilema do crescimento continuou a pressionar por resultados mais convincentes. Revisões nos proces-sos e implementação maciça de tec-nologia via sistemas de gestão foi a nova tendência. Surgiram então os benchmarking de cada setor. Quem não seguiu estas regras ou tendên-cias, ficou pelo caminho.Mas, e agora? Qual o caminho a seguir?Hoje a redução de custos é lição de casa. Para crescer, há a necessidade de aumentar as fontes de receita via novos produtos, entrar em novos mercados ou ambos, o que exige um planejamento de longo prazo com previsão de lançamentos periódicos, sem esquecer da concorrência e da busca de resultados de curto prazo. Mas ainda não basta, pois é preciso que tudo isso ocorra de forma inova-dora. Empresas que não priorizarem a inovação em seu modelo de negó-cios e na sua gestão não conseguirão sobreviver no longo prazo. Fazer com que a inovação se torne sistêmica exige a implementação do empreendedorismo corporativo, uma opção estratégica que deve

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oPiNiÃo

reviStaSolví|FevereiroaaBrilde2008

ser abraçada pela alta gestão e dis-seminada por toda a empresa. Os empreendedores corporativos são os responsáveis por identificar as grandes oportunidades no mercado e preparar a empresa para capitalizar sobre elas. Para isso, a organização deve criar as condições necessárias para que todos empreendam, em to-dos os níveis, o que só ocorre a partir de valores que priorizem o trabalho em equipe e a meritocracia - reco-nhecimento e recompensa das pes-soas quando estas contribuem com ações agregadoras. E ainda que haja a aceitação do risco e mais tolerância a falhas. E você, o que pode fazer a respeito? Pode aproveitar a oportunidade que surge com esta nova tendência para ter iniciativa, assumir riscos e fazer parte desta mudança como prota-gonista. Os empreendedores são os que fazem acontecer, os que ino-vam e re-criam as empresas, não se prendendo aos sucessos do passado. Para ser chamado de empreendedor você precisa se preparar, buscar a ex-celência, entender o negócio de sua organização e agir.

inovar para prosperar

(www.josedornelas.com) é conferencista, consultor de empresas, professor de empreendedorismo e autor de vários livros sobre o tema

Jose dornelas

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O interesse de órgãos públicos, profissionais e estudantes pelo método de autoclavagem no tratamento de resíduos de saúde gerou uma nova demanda para a Viasolo: a realização de palestras e apresentações sobre o tema. Nos últimos meses o assistente de controle operacional João Paulo Corrêa realizou apresentações em eventos como o congresso realizado pela Secretaria do Meio Ambiente de Divinópolis e o 1º Seminário de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde do Hospital Público de Betim. “Realizamos em média uma palestra por semana, considerando as visitas de estudantes e profissionais, que normalmente querem entender o processo e conhecer os serviços da empresa”, diz João Paulo.

PALESTRAS SObREAUTOCLAVAGEM

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Ainda em 2008 Manaus deverá ter o seu Plano Diretor para os serviços de esgoto, pronto para ser posto em prática. Faz parte do contrato de concessão da ADA a elaboração de um planejamento que detalhe desde o mapa da rede coletora até os custos e a viabilidade econômica do projeto, levando em conta a rea-lidade e as perspectivas de cresci-mento da cidade. Neste momento, a ADA realiza uma concorrência para selecionar a empresa que condu-zirá o projeto. A previsão, de acordo com o contrato, é de que em 2010 Manaus tenha 15% do seu esgoto coletado e tratado, e que esse per-centual alcance 90% em 2029.

PLAnO DIRETOR DE ESGOTO

PARCEIROS VOLUnTáRIOSA Unidade Canoas da Vega Enge-nharia Ambiental recebeu em no-vembro o Prêmio Parceiros Volun-tários, concedido pela ONG de mesmo nome. O projeto premiado foi “Vega Carbono Zero”, implemen-tado dentro da Escola Municipal Max Adolfo Oderich. “O objetivo é levar conhecimento até a comuni-dade escolar, direcionando todas as atividades e disciplinas para o problema do aquecimento global”, diz o coordenador da Qualidade da empresa e responsável pelo projeto, Cléu Fontoura. Além de palestras sobre o tema, ministradas a profes-sores e alunos, a Vega construiu um viveiro para mudas de árvores nati-vas, que deverão ser usadas na re-cuperação da mata ciliar do Rio dos Sinos. As 830 mudas, que devem ser plantadas em junho, germinaram a partir de sementes coletadas pelos próprios alunos. O projeto fez tanto sucesso que as palestras já foram replicadas em outras escolas, e o tra-balho no viveiro terá continuidade. Na foto, Cléu Fontoura e o supervisor da Vega Canoas, Edison Fukunaga, com o Prêmio Parceiros Voluntários.

PRêMIO DE SEGURAnÇAO Prêmio de Segurança 2007 foi en-tregue em dezembro às unidades da Vega em São Carlos (1° lugar), Re-gional Rio Grande do Sul (2° lugar) e Regional Vale do Aço (3° lugar), pelas melhores campanhas realizadas du-rante o ano. Em São Carlos, o tema foi “Segurança no Trânsito”, e teve o mérito de envolver não apenas os funcionários, mas toda a comuni-dade, com a distribuição de material educativo sobre o tema. As regionais Rio Grande do Sul e Vale do Aço tra-balharam a prevenção de entorses, com a realização de palestras e exer-cícios para reduzir a incidência deste tipo de acidente. Na Regional Vale do Aço o número afastamentos de funcionários por entorse caiu de 28, em 2004, para três, em 2007.

NotaS

ARQUIVO VEGA REGIONAL SUL

ARQUIVO VIASOLO

InCEnTIVO à RECICLAGEMDesde dezembro a frota da SL Ambien-tal exibe nas ruas um novo visual: to-dos os caminhões usados na coleta domiciliar e na coleta seletiva foram adesivados com o tema “Cidade Lim-pa – cada lixo no seu lugar”, criado pela prefeitura de São Leopoldo. O objetivo é incentivar a população a separar o lixo produzido, contribuindo com a preservação do meio ambiente. Hoje o serviço de coleta seletiva já atende a 60% da área urbana, e a expectativa é de que esse índice chegue a 100% até o final do ano.

Você pode sugerir assuntos para a Revista Solví. Envie um e-mail para [email protected]

ARQUIVO VEGA REGIONAL SUL

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Entardecer no Porto da Barra, em Salvador.Foto: Marcello Vitorino/Fullpress

Instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar

01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500

e-mail: [email protected]

Águas do Amazonas S.A.

Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AM

Fone: (92) 3627-5515 - Fax: (92) 3627-5520e-mail: [email protected]

www.aguasdoamazonas.com.br

Essencis Soluções Ambientais S.A.Alameda Vicente Pinzon, 173 - 7º Andar

Vila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3848-4520 - Fax: (11) 3848-4551

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Rua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SP

Fone: (11) 6165-3500 - Fax: (11) 6165-3741e-mail: [email protected]

Koleta Ambiental S.A.

Rua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SP

Fone: (11) 6165-3715 - Fax: (11) 6165 3656e-mail: [email protected]

www.koletasa.com.br

Solví Valorização EnergéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar

01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500

e-mail: [email protected]

Vega Engenharia Ambiental S.A.Rua Presidente Costa Pinto, 33

03108-030 - Mooca - São Paulo - SPFone: (11) 6165-3500 - Fax: (11) 6165-3703

e-mail: [email protected]

Vega Upaca Sociedad Anónima - Relima

Av. Tomas Marsano, 432Surquillo - Lima 34 - Peru

Fone: (511) 618-5400 - Fax: (511) 618-5429e-mail: [email protected]

www.relima.com.pe

A Solví é uma holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento e valorização energética, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

Rua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

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