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N F ENACO Ano IV - Edição 48 Dezembro de 1999 Abrindo portas para o mercado externo Abrindo portas para o mercado externo Uma revolução chamada Promocat Pequenas empresas avaliam por que não conseguem exportar no Brasil Pequenas empresas avaliam por que não conseguem exportar no Brasil

Ano IV - Edição 48F ENACON Dezembro de 1999 · ria perigoso travar o meu micro? Qual é o tamanho do Explorer 5.0 + Outlook, depois de instalado? E se eu conseguir instalar, ele

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NF E N A C OAno IV - Edição 48

Dezembro de 1999

Abrindo portaspara o mercadoexterno

Abrindo portaspara o mercadoexterno

Uma

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luçã

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Prom

ocat

Pequenas empresas avaliam por quenão conseguem exportar no BrasilPequenas empresas avaliam por quenão conseguem exportar no Brasil

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SESCON/ AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 185 - Bairro Farol - 57050-080 - Maceió/ALTel. (082) 326.4130/ 4968 - Fax (082) 221.4968

SESCON/ BahiaPres.: José Rosenvaldo Evangelista RiosPraça Onze de Dezembro, 5 - cj 302 - Calçada -40410.360 - Salvador/BATel. (071) 312.0262 - Fax (071) [email protected]

SESCON/ BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 -10º and. -89010-000 - Blumenau/SCTelefax. (047) [email protected]

SESCON/ Caxias do SulPres.: Flávio Jair ZanchinR. Ítalo Victor Bersani, 1134 - Jd. América- 95050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (054) 228.2425 - Fax: (054) [email protected]

SESCON/ CearáPres.: Cleodon de Brito SaraivaAv. Sn. V irgílio Távora, 1701 - 3º andar - sl. 306 -Bairro Aldeota - 60170-251 - Fortaleza/CETel. (085) 244.3557 - Fax (085) [email protected]

SESCON/ Distrito FederalPres.: Antônio Gutenberg Moraes de AnchiêtaCRS 504 Bloco C - Subsolo, 64Asa Sul70331-535 - Brasília/DFTelefax (061) 226.2456 - 226.1248 - [email protected]://www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON/ Espírito SantoPres.: Haroldo Santos FilhoR. Alceu Aleixo, 117 - Térreo - Jucutuquara - 29042-010 - Vitória/ESTel. (027) 223.4936. Fax:(027) [email protected]://www.sescon-es.org.br

SESCON/ GoiásPres.: Antonino Ferreira NevesAv. Goiás, 400 - Ed. Bradesco - 10º and. sl. 104 -Centro - 74010-010 - Goiânia/GOTelefax (062) [email protected]://www.bbcont.com.br/sescongo

SESCON/ Grande FlorianópolisPres.: Antonio José PapiorR. Araújo Figueiredo, 119 - Centro Executivo Veloso- sl. 402 - 88010-520 - Florianópolis/SCTel. (048) 222.1409 - Fax: (048) 222.0226/ [email protected]

SESCON/ LondrinaPres.: Osmar Tavares de JesusR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja Ed.Euclides Machado - 86010-914 - Londrina/PRTelefax. (043) 329.3473

SESCON/ MaranhãoPres.: José Ribamar Pires de Castro FilhoAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sala 201 -Retorno do Calhau - 65051-200 - São Luís/MATelefax: (098) [email protected]://www.elo.com.br/sescon

SESCON/ Mato GrossoPres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - Bairro Lixeira -78010-800 - Cuiabá/MTTel. (065) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON/ Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax (031) [email protected]

SESCON/ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação -66063-260 - Belém/PATel. (091) 259.2894 - Fax (091) [email protected]

SESCON/ ParaíbaPres.: Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.Av. Tabajaras, 1085 - 58013-270 - João Pessoa/PBTelefax (083) [email protected]

SESCAP/ ParanáPres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar - Ed. Império80010-911- Curitiba/PRTelefax. (041) [email protected]://www.milenio.com.br/sescap

SESCON/ PernambucoPres.: Geraldo de Paula Batista FilhoR. General Joaquim Inácio, 465 - sl.101 -50070.270 - Recife/PETel. (081) 423.6121/6954 - Fax. (081) [email protected]://www.brasilnet2000.com.br/sesconpe

SESCON/ PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (086) 222.6337

SESCON/ Ponta GrossaPres.: Luiz Valdir Slompo de LaraR. Comendador Miró, 860 - 1º andar - 84010-160

Ponta Grossa/PRTel. (042) 222.1096 - Fax: (042) [email protected]

SESCON/ Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - Centro - sl.1906 -20071-000 - Rio de Janeiro/RJTel (021) 233.8868 - Telefax - (021) [email protected]

SESCON/ Rio Grande do NortePres.: Ruy Cadete (vice-presidente)R. Saneamento, 178 - Petrópolis59012-410 - Natal/RNTel. (084) 211.6408 - Fax: 211.7283

SIECONT/ RondôniaPres.: Antonio Sivaldo CanhinR. Joaquim Nabuco, 2.699 - Altos - sl.4 - BairroSão Cristovão - 78902-450 - Porto Velho/ROTel. (069) 224.4842 - Fax: (069) 224.6625

SESCON/ RoraimaPres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo -69310-030 - Boa Vista/RRTelefax. (095) [email protected]

SESCON/ Santa CatarinaPres.: Roberto WuthstrackAv. Juscelino Kubitschek, 410 - 3º andar - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (047) 433.9849/[email protected]://www.sesconsc.org.br

SESCON/ São PauloPres.: AparecidaTerezinha FalcãoR. Formosa, 367 - 23º andar01049-000 - São Paulo/SPTel. (011) 220.5077- Fax (011) [email protected]://www.sescon.org.br

SESCON/ SergipePres.: Jodoval Luiz dos SantosR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar - Centro -49010-450 - Aracaju/SETel (079) 224.8722 - Fax (079) [email protected]://www.netdados.com.br/~sesconse

SESCON/ Sul FluminensePres. William de Paiva MottaR. Orozimbo Ribeiro, 14 - sl. 201 - Centro - 27330-420 -Barra Mansa/RJTelefax (024) 322.1755

SESCON/ TocantinsPres.: Marcos Armino KocheACSVNE-12 Lote 9 - Sala 102 -67.100-030 - Palmas/TOTelefax (063) [email protected]

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Home Page: http://www.fenacon.org.brE-mail : [email protected]

Empresário, mantenha contato com o seu sindicato ou com a Fenacon através da Internet. É mais rápido,mais cômodo e mais barato. Mande suas sugestões, reivindicações e, o mais importante, informações para

que os líderes sindicais possam trabalhar melhor para suas empresas.

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F E N A C O N

CARTAS & E-MAILS

Internet Explorer 5.0 ........................ 04

ARRECADAÇÃO

FEDERAL

Arrecadação bate recorde emnovembro e atinge 45% decrescimento nominal ....................... 05

REFORMA TRIBUTÁRIA

Votação do substitutivo ficapara janeiro ........................................ 07

ENTREVISTA

Uma revolução chamadaPromocat .............................................08

ANÁLISE

Responsabilidade civil e erro técnico docontador ..............................................12

MOBILIZAÇÃOSimpi reúne Legislativo e

Executivo para discutir situaçãoda pequena empresa ........................ 13

OPINIÃOA natureza não salarial do auxílioalimentação/cesta básica ................16

COMÉRCIO EXTERIORAbrindo portas para o comérciointernacional .......................................19

INTERNETMailing possibilita comunicadosurgentes aos associadosda Fenacon ........................................20

REGIONAIS

MA, SC, SP, MT e ES ....................... 22

CONTRIBUIÇÃOSINDICAL

Códigos Sindicais.......................... 25 Categorias Econômicas ................. 26

Ano IV - Edição 48

Dezembro de 1999

Conquistar mercados externos, oferecendo produtos de qualidade, sempre foirelevante para a economia dos países e para o fortalecimento e crescimento de seusegmento empresarial. Mas, no Brasil, os governos nunca trataram o comércioexterior com a atenção equivalente à sua importância. Esta foi uma das avaliaçõesapresentadas no seminário “Remessa Expressa, Remessa Postal e ExportaçãoExpressa”, ocorrido no dia 22 de outubro, na sede do Simpi - Sindicato da Micro ePequena Indústria do Estado de São Paulo.

PROGRAMAMODELO

A VEZ DASPEQUENAS

Cont

exto

O Promocat - Programa deModernização da Adminis-tração Tributária da Secre-taria da Fazenda do Estadode São Paulo tornou-seespelho para os demaisestados brasileiros. Veja porque em entrevista concedidapor Carlos Leony Fonseca daCunha. Ele fala sobre o quejá é realidade, como o PostoFiscal Eletrônico - PFEPág 8

REFORMATRIBUTÁRIA

Simpi - Sindicato da Micro ePequena Indústria de SãoPaulo reúne representantesmáximos do Legislativo eExecutivo para discutirsituação da pequena empresa.Pág 13

Governo apresenta propostaconservadora que nãoagrada à Comissão deReforma Tributária e prati-camente anula o relatório dodeputado Mussa Demes.Discussões serão retomadasem janeiro. Pág 7

INAUGURAÇÃO NOSESCON/SP

Pág 23

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4 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

FENACONR. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (011) 3063.0937 - 282.2218

A Revista Fenacon é uma publicação mensalda Federação Nacional das Empresas deServiços Contábeis, Assessoramento, Pe-rícias, Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.br

Tiragem: 50 mil exemplares

Jornalista Responsável: Diva de Moura Borges.Produção Editorial: JV & BST Comunicação -Telefax (011) 3061.1884. R. Cristiano Viana, 561- 1º andar - 05411.000 - São Paulo - SP

Conselho Editorial: Eliel Soares de Paula,Annibal de Freitas, Helio Cezar Donin, PedroCoelho Neto, Carlos Kinas Sobrinho, LuizAntônio Schmidt Travaína e Euclides Locatelli.

Diretoria da Fenacon

Presidente: Eliel Soares de Paula;Vice-Presidente - Região Sudeste:Annibal de Freitas;Vice-Presidente - Região Nordeste:Pedro Coelho Neto;Vice-Presidente - Região Sul:Carlos Kinas Sobrinho;Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/Norte:Luiz Antônio Schmidt Travaína;1º Diretor Financeiro: Moacir Corso;2º Diretor Financeiro: Durval Alves;1º Diretor Administrativo: Helio Cezar Donin;2º Diretor Administrativo: Euclides Locatelli;Diretor de Relações Interentidades:José Antônio de Godoy.

Suplentes

Gerivaldo Pereira da Silva; IzabelRodrigues Liipke; Jodoval Luiz dos Santos;Moisés Antônio Bortolotto; José GeraldoLins de Queiroz; Horizon Donizett Faria deAlmeida; Aguinaldo Mocelin; MauroGonçalves Cardoso.

Conselho Fiscal

Iracélio Perez; José Rojo Alonso; PauloBento. Suplentes: Alfredo Alexandre deMiranda Coutinho; Aluizio Bezerra deMendonça; Flávio Jair Zanchin.

Delegados Confederativos

Eliel Soares de PaulaIrineu Thomé

Revista Fenacon

Fale com a Redação

Telefax: (011) 3061.1884

E-mail: [email protected]

JV & BST ComunicaçãoR. Cristiano Viana, 561

05411-000 - São Paulo - SP

Internet Explorer 5.0Caro Nivaldo Cleto, tenho lido suas

matérias na Revista Fenacon e gostariade primeiramente parabenizá-lo por seusconhecimentos na área de informática eprincipalmente por disponibilizá-los aoutras pessoas que tanto necessitam.Sou um contabilista autônomo em SãoJosé dos Campos – SP. Tenho apenas ummicro, cuja configuração já está bastan-te ultrapassada (Pentium 100 MHz com32 MB de RAM, apenas 1 MB na placade vídeo e o que é pior um HD de ape-nas 540 MB). Acredito que para você,um micro como esse não deva servir paranada, não é?

Embora o meu HD seja bastante pe-queno, tenho em meu drive C aproxima-damente 100 MB livres. Mesmo com to-das essas dificuldades, rodo satisfatori-amente vários programas, dentre eles: oProsoft – DOS, quase todos os da SRF,os MS Word e Excel e, para acessar aInternet, o Netscape Communicator4.03 Português.

Na última Revista Fenacon que re-cebi, consta que o MS Internet Explorer5.0 português já está disponível paradownload no site da Microsoft Brasil. Euuso o Win95 e gostaria de saber se nomeu caso seria possível e vantajosodesinstalar o Netscape para a instalaçãodo Explorer 5.0, atualizando o meuWindows?

Considerando que eu tenho apenas100 MB livres em meu disco C, não se-ria perigoso travar o meu micro? Qualé o tamanho do Explorer 5.0 + Outlook,depois de instalado? E se eu conseguirinstalar, ele rodaria satisfatoriamente?Não tenho tido problemas com oNetscape para navegar ou efetuardownloads. A única coisa que não gostono Netscape é que tenho três e-mails epreciso entrar e sair do programa cadavez que vou verificar se há mensagensnovas. Acho isso muito trabalhoso! E,pelo que me disseram, com o Outlook euresolveria esse problema. Ficaria muitofeliz em receber a sua opinião.

Roberto Teixeira FilhoE-mail: [email protected]

Nivaldo Cleto responde:Resposta 1: Não concordo, todo micro

tem uma utilidade, por menor que sejaa configuração. Não se esqueça que osNerds do Vale do Silício começaram tra-balhando com sistemas, Internet e redescom pedaços de micros usados e hoje es-tão entre as maiores fortunas do mun-do.

Resposta 2: A instalação do IE 5.0 ne-cessita de aproximadamente 100 MB li-vres e cr eio que sua HD já estejasaturada. Recomendo que você limpe ocachê do Netscape, exclua os arquivostemporários (tmp) e também remova oprograma Netscape. Procure limpar to-dos os arquivos desnecessários da suaHD. Faça um backup antes. Faça um‘scandisk’ e depois um ‘defrag’ (vide Fer-ramentas do Windows).

Após tudo isto, verifique se já há es-paço suficiente para instalação e não seesqueça que o Windows precisa de, nomínimo, 40 MB livres da HD para nãoficar muito lento. Não tenho a menor dú-vida que o IE 5.0 resolverá seus proble-mas com a leitura das três caixas pos-tais. Aliás, recomendo que você utilizeapenas o IE e descarte o Netscape. Vourelacionar as vantagens do IE 5.0 emrelação ao Netscape:

a - Com o IE 5.0 você pode escolherum dos seus três provedores de mensa-gens para enviar o seu e-mail. Comopossuo 5 caixas postais, muitas vezes,ocorre que um dos servidores está tra-vado ou com problemas para eu enviaras mensagens e com o IE 5.0 posso mu-dar e escolher um dos cinco provedorespara enviar a mensagem.

b - Muitas vezes você quer enviar umapágina inteira da Web para um clienteou até para você mesmo arquivar comseus documentos. O IE 5.0 e 4.0 permi-tem que você envie a página inteira comtodos os ‘frames’.

c - O Outlook Express é sem dúvida omelhor aplicativo de e-mail hoje no mer-cado.

Sou usuário da Internet desde 1994.Comecei com Netscape 1.0 e utilizei pormuitos anos este browser e até tenho aúltima versão instalada nas minhas má-quinas, porém é muito raro eu utiliza-lo. Se você pedir a opinião de pessoas quetrabalham com software, eles vão reco-mendar o Netscape, mas, não entre nadeles, utilize o IExplorer.

Cartas & E-mails

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 5

Arrecadação bate recorde em novembroe atinge 45% de crescimento nominal

SECRETARIA DA RECEITA FEDERALCOORDENAÇÃO-GERAL DO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇADIVISÃO DE PROGRAMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE RECEITAS

ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS FEDERAISNovembro / 98, Outubro e Novembro / 99

UNIDADE: R$ BILHÕES

RECEITASARRECADAÇÃO

Novembro/98 Outubro/99 Novembro/99VARIAÇÃO

(C)(B)(A) (C) / (B) (C) / (A)

IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO 553.0 751.5 788.0 4.85 42.48I. IMPORTAÇÃO-PETRÓLEO 22.0 37.6 39.6 5.21 79.54I. IMPORTAÇÃO-DEMAIS 531.0 713.9 748.4 4.83 40.95I.P.I-TOTAL 1,374.1 1,567.0 1,591.1 1.53 15.79I.P.I-FUMO 216.8 170.7 180.2 5.54 (16.87)I.P.I-BEBIDAS 185.1 157.8 152.9 (3.11) (17.41)I.P.I-AUTOMÓVEIS 46.0 178.1 165.7 (6.95) 260.41I.P.I-VINCULADO À IMPORTAÇÃO 347.3 400.4 438.1 9.41 26.15I.P.I-OUTROS 579.0 660.0 654.2 (0.88) 12.98IMPOSTO SOBRE A RENDA-TOTAL 3,067.3 3,931.6 3,499.1 (11.00) 14.08

I.RENDA-PESSOA FÍSICA 110.0 273.6 140.2 (48.75) 27.50I.RENDA-PESSOA JURÍDICA 765.6 1,252.0 876.8 (29.96) 14.52ENTIDADES FINANCEIRAS 95.1 119.8 232.8 94.32 144.91DEMAIS EMPRESAS 670.6 1,132.2 644.0 (43.12) (3.96)I.RENDA-RETIDO NA FONTE 2,191.6 2,406.1 2,482.1 3.16 13.25I.R.R.F-RENDIMENTOS DO TRABALHO 1,142.0 1,111.1 1,180.9 6.28 3.40I.R.R.F-RENDIMENTOS DE CAPITAL 808.7 844.0 873.0 3.43 7.95I.R.R.F-REMESSAS PARA O EXTERIOR 116.2 252.4 254.1 0.68 118.59I.R.R.F-OUTROS RENDIMENTOS 124.7 198.6 174.1 (12.32) 39.66IOF - I. S/ OPERAÇÕES FINANCEIRAS 200.4 267.5 218.9 (18.17) 9.20ITR - I. TERRITORIAL RURAL 70.2 60.8 23.6 (61.27) (66.41)CPMF - CONTRIB. MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA 604.8 1,111.1 1,075.3 (3.22) 77.79COFINS - CONTRIB. P/ A SEGURIDADE SOCIAL 1,549.0 2,906.0 3,621.1 24.61 133.78CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP 618.9 769.8 775.2 0.70 25.26CSLL - CONTRIB. SOCIAL S/ LUCRO LÍQUIDO 415.2 542.1 684.1 26.19 64.78ENTIDADES FINANCEIRAS 39.1 55.3 50.6 (8.58) 29.42DEMAIS EMPRESAS 376.1 486.8 633.6 30.14 68.46CONTRIB. P/ PLANO SEGUR. SOCIAL SERVID. 185.3 244.6 246.8 0.88 33.18CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNDAF 31.0 27.2 26.2 (3.81) (15.59)

OUTRAS RECEITAS ADMINISTRADAS 14.4 149.8 86.9 (41.99) 502.16RECEITA ADMINISTRADA PELA SRF 8,683.5 12,329.2 12,636.1 2.49 45.52DEMAIS RECEITAS 236.6 333.7 418.3 25.37 76.82

TOTAL GERAL DAS RECEITAS 8,920.1 12,662.8 13,054.4 3.09 46.35

O governo nunca arreca-dou tanto como está arre-cadando agora. Em no-vembro, a receita de im-postos administrados pelaSecretaria da Receita e detaxas e contribuições con-troladas por outros órgãosatingiu o montante recor-de de R$ 13.054,4 bilhões.A soma das receitas no anode 1999 totalizaram R$136.495,1 bilhões.

Segundo dados disponí-veis no site da Receita Fe-deral, só a receita adminis-trada pela SRF alcançouem novembro R$ 12.636,1bilhões, representando umcrescimento nominal de45% e real de 21% em rela-ção ao mesmo mês do anoanterior. Somadas as recei-tas de janeiro a novembrodeste ano, o crescimentonominal foi de 20,06% ereal de 8,52%, em relação aigual período do ano ante-rior.

Um dos responsáveispelo aumento da arrecada-ção foi a medida provisó-ria que permite que as em-presas reduzam o paga-mento de multas e juros dedívidas com a Receita emtroca da desistência deações judiciais contra o ór-gão. Só no mês de novem-bro, essa medida propiciouuma arrecadação de R$ 1bilhão e o acumulado noano está em torno de R$ 6bilhões. A CPMF tambémcontinua reforçando o cai-xa. Em novembro, a recei-ta obtida com essa contri-buição alcançou o montan-te de R$ 1.075,3 bilhão.

Geralda Magela, de Brasília

Arrecadação Federal

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6 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

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Rápidas

Cinqüentenário de empresasOs 50 anos do Escritório Contábil Anchi-

eta e do Escritório Contábil Sacoman foramdestaque no jornal de bairro paulistano“Gazeta do Ipiranga”, edição de 29 de ou-tubro. As duas empresas nasceram da or-ganização Soncini e Castro, fundada em 3de outubro de 1949, por Walter de LimaCastro e Ordone Soncini Neto. Em 11 deagosto de 1953, a cisão comercial da Soncinie Castro deu origem ao Escritório ContábilAnchieta e ao Escritório Contábil Sacoman.

O “Anchieta” ganhou sua sede própriaem 1961, na Via Anchieta, onde se localizaaté hoje. Atualmente, tem à frente, os sóci-os, Antônio Cosimato, e os irmãos, CarlosJosé, Valter e Marco Antonio de Lima Cas-tro. O “Sacoman”, localizado no bairro demesmo nome, é hoje comandado pelos só-cios Rogério Tenani, Antônio Mário Bobige,Ângelo Parolin, Miguel Costa, José LuizArtuzo, Norberto Padilha e RobertoMassaiti Ito. Na mesma edição do jornal“Gazeta do Ipiranga” foi publicada nota so-bre a homenagem do Rotary Club de SãoPaulo – distrital Ipiranga aos 50 de funda-ção das duas empresas. Os diretores Antô-nio Cosimato e Antônio Mário Bobige re-

ceberam uma placa e uma flâmula “pelarelevância dos serviços oferecidos à comu-nidade”.

HomenagemO primeiro presidente do Sescon/ Caxias

do Sul (quando ainda era Associação Pro-fissional das Empresas de Serviços Contá-beis de Caxias do Sul), o empresário contá-bil, Mario Antonio Dal Pai (à esq. na foto abai-xo), foi homenageado com a Medalha Mo-numento Nacional ao Imigrante. A distin-ção, concedida às pessoas que se destaca-ram com seus trabalhos no município deCaxias do Sul, foi entregue pelo prefeito dacidade, Gilberto Pepe Vargas, em solenida-de no dia três de outubro.

Consultor de Gestão - Pequenae Média Empresa

A PUC-SP inicia em fevereiro anona turma do curso de extensãouniversitária “Consultor de gestão -pequena e média empresa”. O obje-tivo é preparar profissionais com vi-são global de gestão empresarial edomínio de processos de consulto-ria para serem agentes de mudançasjunto ao segmento. O curso já for-mou mais de 250 profissionais, prin-cipalmente das áreas de Administra-ção, Economia e Contabilidade e temcomo coordenador o professor Ge-raldo Borin. As aulas começam nodia 11 de fevereiro e vão até o dia 23de junho de 2000, sempre às sextas-feiras, das 13 às 19h, e acontecem nocampus da PUC-SP, que fica na ruaCaio Prado, 102. A realização é daCoordenação Geral de Especializa-ção, Aperfeiçoamento e Extensão –Cogeae da PUC-SP. Informaçõespelo telefone (11) 3873-3155.

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 7

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Reforma Tributária

Como já estava previsto, o go-verno decidiu adiar para ja-neiro - durante a convoca-

ção extraordinária do Congresso - avotação da emenda de Reforma Tri-butária no plenário da Câmara. Ape-sar dos avanços obtidos nas negociaçõesda comissão tripartite, principalmenteem relação ao IVA estadual, ainda hámuitos pontos de difícil consenso. Nodia 14 de dezembro, o governo apresen-tou à Comissão mais uma proposta demudanças no sistema tributário.

As modificações apresentadas peloGoverno à atual estrutura dos tributosforam pequenas. A proposta do Execu-tivo praticamente anula o relatórioMussa Demes. Mantém quase inal-terados os tributos federais, preservan-do o IPI, PIS e Cofins. Transforma, ain-da, a CPMF em imposto permanente,sem que haja um limite do percentual aser cobrado. Por outro lado, deixa paraa lei complementar a definição de alí-quotas e dispositivos para evitar acumulatividade dos tributos.

A proposta do executivo não agradouà Comissão de Reforma, que a conside-

rou muito conservadora. Em notadivulgada no dia 15 de dezembro, eentregue ao ministro interino da Fazen-da, Amaury Bier, a Comissão faz umaanálise da proposta do MF. Segundo anota, ela “contém formulações inade-quadas e não atende aos interesses doscontribuintes, talvez nem mesmo aosgovernos, muito menos aso anseios dasociedade”.

CPMF

Uma das críticas à proposta no quediz respeito às garantias do contribuin-te é em relação à CPMF, cuja alíquotamáxima seria fixada em lei complemen-tar. Outro “defeito” apontado pela Co-missão em relação à CPMF é que estáprevista, não a obrigatoriedade, masmeramente a possibilidade de que onovo tributo seja compensável com ou-tros impostos e contribuições federais.“Nada impede que um governante queassegure a maioria simples em umavotação na Câmara e outra no Senado,imponha, por exemplo, um IMF comalíquota de 2%, não compensável, paraaumentar os seus gastos”, exemplificamos parlamentares, na nota.

Outro problema apontado pela Co-missão para o contribuinte é a supres-são de um dispositivo presente no rela-tório Mussa Demes prevendo a anteri-oridade de 90 dias para a cobrança detributos e a cumulatividade das contri-buições sociais que a proposta não eli-

mina. A Comissão também consideroua manutenção da Cofins e do IPI e a in-cidência do salário-educação sobre afolha de salários prejudiciais ao setorprodutivo, reduzindo a competitivida-de desses setores.

O único ponto que já tem consensona Comissão Tripartite é a criação doIVA estadual em substituição ao ICMS,uma solução encontrada para vencer aresistência dos governos estaduais.“Houve um grande avanço em tornodo que será o IVA estadual, mas existeum ponto de interrogação imenso so-bre os tributos federais”, disse o presi-dente da Comissão, deputado Germa-no Rigotto, ao final da reunião da co-missão tripartite. O deputado LuizSalomão (PDT-RJ) disse que a propos-ta é conservadora em relação à atual es-trutura da Cofins, PIS-Pasep e do IPI.“E o pior é que as definições importan-tes ficam todas para lei complementar,gerando insegurança tanto para o setoreconômico quanto para os governosestaduais em matéria de arrecadação.

Destaques

A votação dos destaques que esta-va ocorrendo paralelamente às nego-ciações da Comissão tripartite tam-bém foi interrompida e será retoma-da em janeiro. Das 323 emendasapresentadas ao relatório Mussa De-mes, faltam apenas 32 para seremapreciadas.

Votação do Substitutivofica para janeiro

Governo apresenta propostaconservadora que não agrada àComissão e praticamente anula orelatório Mussa Demes.Discussões serão retomadas emjaneiro.

Geralda Magela, de Brasília

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8 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

Entrevista

Que informações já são oferecidas atra-vés do PFE?Leony Cunha - O PFE hoje tem toda a par-

te de informações sobre ICMS, mas não co-locadas simplesmente na Internet, como ou-tros sites já têm. As informações são traba-lhadas com dois conceitos. O primeiro: am-pliar o conhecimento do contribuinte - esseconceito é melhor do que atender bem a essecontribuinte. Quanto mais ele conhecer so-bre o ICMS, menos nos questiona. Ampliaro conhecimento significa o contribuinte terinformação que faça significado e possibili-te a ele tomar uma decisão mais eficaz. Paraque isso ocorresse, a gente precisava consi-

derar que o contribuinte não era um só. Exis-tem pequenos, grandes, com contador, semcontador, gente que entende muito, que en-tende médio, que entende pouco, gente comtempo, gente sem tempo para estudar as al-terações, a legislação do ICMS. Então, a gen-te trabalhou com a informação - aí é o se-gundo conceito de que eu estou falando -certa para a pessoa certa, no formato que elaprecisa. A base de toda essa informação, ló-gico, é a legislação, às vezes, trabalhada comoum “Saiba Mais Sobre”, que já é uma formamais didática, mais profunda para as pesso-as entenderem o porquê de algumas coisas.Se ele quer tirar só uma nota fiscal, quer sa-ber qual é o procedimento naquele momen-to, então, há o ICMS na prática. Às vezes, elesó quer saber o que ele precisa para chegarao fim de uma providência que espera dofisco. Aí ele tem o Guia de Procedimentos.E, na questão da legislação, como ela mudaa toda hora - a legislação tributária é extre-mamente ágil, muda a toda a semana, prati-camente todo o dia -, precisaria haver algumorientador que ajudasse o contribuinte a selocalizar no tempo. Quer dizer, só ter pre-sente, em alguns momentos, a legislação vi-gente, que é a do fato gerador, que discipli-na a alíquota, a base de cálculo, o faz calcu-lar o débito de forma correta. Isso a genteconseguiu, trabalhando sistemicamente toda

a legislação tributária regulamentar e infra-regulamentar, fazendo com que ele tenha apossibilidade de viajar no tempo. Essa partede informações já está disponível.

E que serviços o contribuinte já podeencontrar acessando o PFE?Leony Cunha - Todo o reenquadramento

de microempresa, enquadramento no Sim-ples, acesso à conta fiscal e entrega de GIA(Guia de Informação e Apuração) pelaInternet. Estão ainda para ser disponibili-zados: cadastro e autorização para a impres-são de documentos fiscais pela Internet. Al-guns desses serviços, como a conta fiscal,ele também enxerga e interage com o fisco,corrigindo eventuais problemas. Nós temosmuitos problemas nessa área. O banco, àsvezes, digita errado o pagamento e cai aquipara outro contribuinte. Essas correçõesprecisam ser feitas e nós vamos ter um ca-nal de comunicação direto do contribuinteconosco para já fazer automaticamente acorreção. Mas, muitos desses serviços de-pendem da distribuição da senha para nãoferir o princípio que impõe o sigilo fiscal àautoridade tributária. Foi criado um siste-ma de controle de acesso, que faz atribui-ções de poderes limitados ou ilimitadospara várias pessoas da empresa. Esse pro-cesso de entrega de senhas está ocorrendoagora. Mais ou menos 600 mil senhas serãodistribuídas. É um processo que vai duraraté o final do ano. A partir do momento quetodos os contribuintes tiverem senhas, vãopoder usar na plenitude os serviços fiscaisdo Posto Eletrônico, com exceção da Deca(Declaração Cadastral) e AIDF (Autoriza-ção para a Impressão de Documento Fis-cal), que devem estar chegando em janeiro,coincidindo, mais ou menos, com a entre-ga das senhas.

Como será a nova GIA pela Internet?Leony Cunha - A nova GIA vai nos dar a

possibilidade muito maior de conhecer a re-alidade econômica, a capacidade econômi-co-financeira do contribuinte. Vamos pro-cessar essa informação num dataware housee a gente vai poder disparar com muito maisprecisão as ações fiscais. E aí a GIA dá umsalto qualitativo na fiscalização de tributos.O que vai permitir isso? A gente consegueseparar o bom do mau contribuinte. Então,o mau contribuinte vai começar a ter pro-blemas. Mas o bom contribuinte, que esse é

“A GIA (eletrônica) dá umsalto qualitativo na fiscalizaçãode tributos. A gente consegue

separar o bom do maucontribuinte”

Uma revolução chamada Promocat

Com recursos da ordem de R$ 60milhões, parte deles oriundos doBanco Interamericano de Desen-volvimento, a Secretaria da Fazen-da de São Paulo está promovendouma revolução administrativa etecnológica em sua estrutura paramelhorar a relação fisco-contribu-inte, obter ganhos de qualidade eprodutividade (com a conseqüen-te redução de custos próprios e doscontribuintes) e aumentar a arre-cadação. É o Promocat - Programade Modernização da Administra-ção Tributária que, em seus 32 pro-jetos, está lançando mão das maismodernas teorias de administraçãopraticadas no mundo e, ainda, detecnologia de ponta eminformática, especialmente, dosrecursos oferecidos pela Internet.Assim, termos como knowledgemanagement (gerenciamento doconhecimento) e Intranet - co-muns na iniciativa privada - fazemparte hoje da rotina da Secretariada Fazenda de São Paulo que co-meça a ser espelho para os outrosestados brasileiros. Na entrevistaabaixo, o coordenador doPromocat, Carlos Leony Fonseca daCunha fala sobre o que já é reali-dade, como o Posto Fiscal Eletrô-nico - PFE (home-page quedisponibiliza informações e servi-ços via Internet).

Por André Luiz de Andrade

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 9

Entrevista

o nosso objetivo, vai começar a ter umadesoneração de trabalho violenta. Porque,antes, como não se conseguia distinguir umdo outro, a gente se esmerava em controlesburocráticos que oneravam apenas ao bomcontribuinte. Porque o mau contribuintetem o custo da sonegação. Ele sabe que estáincorrendo naquele custo. Agora, o bomcontribuinte tem um custo agregado pelofato de não ser sonegador e ter que cum-prir aquilo. É um custo agregado que faziacom que a competição dele ficasse compli-cada no mercado. Com essa nova GIA, agente vai poder ter muito mais precisão naação fiscal.

Para a implementação do PFE foi ne-cessária uma restruturação tecnológicainterna na Secretaria da Fazenda? Quenovos recursos nesse sentido já foramadotados?Leony Cunha - Talvez esse seja o princi-

pal ganho do programa de modernização.A questão de redefinir o papel da informa-ção para a administração tributária e da es-tratégia de controle das informações dos sis-temas tributários. Hoje, os usuários estãomuito mais presentes nas definições dessessistemas, do formato dessas informações,quer dizer, começa um processo de mudan-ça dentro da Secretaria da Fazenda, ondenós sempre ficamos dependentes do pes-soal da área de tecnologia da informação,que, por outro lado, não tinha o usuáriocomo parceiro. Com essa mudança que oprograma de modernização permite, mu-dança de sistemas basicamenteoperacionais para sistemas analíticos, tudoisso exige o domínio do usuário sobre ossistemas e as informações tributárias. Tal-vez, o grande produto desse programa demodernização não sejam os sistemas, osaplicativos, mas a possibilidade que a gen-te teve nessa virada, de inverter o jogo, ouseja, a tecnologia da informação vira real-mente um instrumento daquilo que a gen-te quer, o usuário domina o sistema e as in-formações tributárias e isso tem um efeitomuito grande a exemplo da criação de umPFE. É a perspectiva do usuário, seja ele fis-cal, seja ele contribuinte, que determina oscaminhos da tecnologia da informação.

Seria um primeiro passo no sentido docontribuinte passar a ter uma participa-ção mas efetiva no funcionamento daSecretaria da Fazenda?Leony Cunha - Eu enfoquei pelo lado da

tecnologia, mas é lógico que esses sistemasfazem com que fique totalmente transpa-rente o órgão Fazenda para o contribuintee a transparência é uma característica mui-

to importante dos projetos, principalmentedo PFE. Porque o contribuinte tem a mes-ma informação que os colegas fiscais terãonos postos para fazer o atendimento físicoque ainda restar. Não vai ser possível fazertudo pela Internet. Há os casos excepcio-nais, mas de qualquer forma a base é a mes-ma do PFE. E com o PFE tornando o contri-buinte efetivamente um parceiro, ele deixade ser um instrumento apenas de veicularinformações. Eu passo a ter o contribuintecomo um fiscal do cadastro, da sua contafiscal, dos erros do sistema, evitando, porexemplo, que o Centro de Informações Eco-nômico-Fiscais (Cinef) tenha 150 pessoastrabalhando corrigindo erros. Elas vão dei-xar de existir porque o próprio contribuin-te já vai estar fiscalizando os seus dados eisso ficará quase que instantaneamentetransparente para a gente. Nós estamos atéusando o contribuinte como um próprioauditor da situação geral dos sistemas e decerta forma da qualidade do serviço na Se-cretaria da Fazenda.

Que vantagens efetivas as mudançasimplementadas com o Promocat estãotrazendo ao contribuinte?Leony Cunha - Primeiro, temos o respei-

to do contribuinte. Sem dúvida a gente já sen-te um procedimento, um tratamento conoscodiferenciado - e não está tudo no ar. Eu te-nho certeza que o contribuinte reconheceesse esforço. Na verdade, começa pela des-truição do castelo que separava a Secretariada Fazenda dos problemas verdadeiros do

contribuinte. Ele passa a se sentir muito maisútil para a administração dos tributos e, decerta forma, sendo útil para a administraçãodo ICMS, principalmente para o Estado deSão Paulo, ele também está reduzindo umcusto dele. Porque, os benefícios, eles já es-tão sentindo nos seus próprios escritórios, oque vai estar muito mais claro a partir domomento em que tudo estiver disponível.Você imagina o custo de se manter um escri-tório de contabilidade ou mesmo uma es-trutura de contabilidade e escrituração fis-cal em uma empresa, para um tamanho deburocracia desse. Com certeza, o custo Bra-sil, uma parte da competitividade brasileiraestá comprometida nessa burocracia. Querdizer, liberando o contribuinte para isso, eutenho certeza que o reconhecimento vai serquase que imediato no seu custo global deprodução. É um caminho sem volta e que oscontribuintes vão provocar que seja feito emoutros entes tributários: União, Receita Fe-deral e municípios.

O senhor poderia exemplificar, comnúmeros, um serviço ou informação queantes era obtido de forma burocrática,lenta, e que hoje pode ser conseguidode forma mais simples e rápida?Leony Cunha - Eu tenho duas ordens de

números: uma geral e vou te dar uma espe-cífica de um serviço que foi disponibilizado,que é o enquadramento da microempresano Simples. A gente apurou, fez uma pes-quisa em todos os postos fiscais do Estadoe tirou uma média. Do total de tempo queo contribuinte gasta no posto fiscal, 64%eram serviços que ele buscava. Desses ser-viços, os principais eram: cadastro, autori-zação de impressão de documentos fiscaise entrega de GIA. Esses três serviços juntoscorrespondem mais ou menos a cerca de40%, desses 64%. Dentro desses 64%, tam-bém uma grande quantidade, quase 20%,de retorno do contribuinte porque ele nãoentendia o que tinha que fazer. Ele sempreesquecia um documento, esquecia de pre-encher alguma coisa de forma correta.Como não tinha uma instrução sistêmica,única, uniforme em todo o Estado, acabavaerrando em alguma coisa e isso causavaproblema de retorno. Em termos globais,uma vez colocados todos os serviços no ar,nós temos a expectativa de reduzir em 50,60% o movimento nos postos fiscais. O con-tribuinte vai deixar de perder cerca de 60%do tempo dele em burocracia, pelo fato deexistir um PFE. Em falei de 64%. Os outros36% eram busca de informações que já es-tão na Internet. Nós vamos fazer uma pes-quisa, depois de implantado todo o PFE,para ver se se verificou a queda nesse aten-

“A tecnologia da informação virarealmente um instrumentodaquilo que a gente quer, o

usuário domina o sistema e asinformações tributárias e issotem um efeito muito grande”

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Entrevista

dimento pessoal nos postos fiscais. Agora,há um número específico de um sistemaque a gente colocou no ar que eu acho quedá para ter uma idéia bastante boa do be-nefício de uma coisa desse tipo. Foram 400mil microempresas e empresas de peque-no porte que se utilizaram da Internet ago-ra, nos últimos meses, para cumprir a le-gislação do Simples. Você imagina 400 milME e EPP indo a um posto fiscal, entregan-do uma série de documentos. Os fiscais ten-do que analisar, fazer os cruzamentos quefaziam manualmente, acessando telas demainframe de sistemas operacionais antigose cruzando esses dados na mente. Isso aícorresponderia a um trabalho que o contri-buinte, com certeza, perderia boas horas,como foi com a Receita para obtenção doCNPJ. Nós tivemos, até bem pouco tempo,matérias exaustivas criticando o atendimen-to. Com certeza, se verificaria nesse proces-so. Com o PFE, todos os cruzamentos dedados já eram feitos antecipadamente. Ocontribuinte entrava na Internet, colocavasua inscrição estadual e sua senha e na horatinha a resposta: você não tem direito porisso, isso e isso. Muitas vezes, ele não ti-nha direito porque estava preso a uma si-tuação cadastral já resolvida e que nãohavia sido dado baixa. Por exemplo: eleera sócio de uma outra empresa e não po-deria ser sócio de uma empresa optantepelo Simples. Ele simplesmente ia à situa-ção dele anterior, fazia a baixa ou, às ve-zes, até o posto fiscal é que não tinha pro-cessado a baixa. A gente recuperava isso ejá fazia um saneamento de cadastro, per-mitindo que o contribuinte da sua casa ouescritório resolvesse seus problemas. Sóesse número das 400 mil empresas, indo aum balcão de posto - seriam filas que, comcerteza, não estariam resolvidas em dois,três meses. Seriam coisas para seis mesesde problemas, de conflitos. Agora ele poderesolver em alguns minutos.

Quantos atendimentos já foram fei-tos através do PFE desde a sua implan-tação?Leony Cunha - Acessaram mais de 1 mi-

lhão de empresas entre serviços e consul-tas ao banco de informações. Eu te dou umdetalhe que teve pouca divulgação: nós jáestamos entre os 500 maiores sites na áreade serviços do Brasil, eleição da Folha (deSão Paulo). Ganhamos recentemente o 2°lugar no Conip - Congresso Nacional deInformática Pública, um prêmio anual, nacategoria “Cidadania na Internet”. Ganha-mos o segundo lugar, mesmo sem estartudo inaugurado. Perdemos para a RedeCidadã do Paraná, que congrega todas as

secretarias, não só a da Fazenda, atende opaciente, o aluno, todos os aspectos davida do cidadão.

Para o contribuinte que ainda não temacesso a Internet, a Secretaria da Fazen-da criou pontos de atendimento(módulos-padrão e quiosques de auto-atendimento). Quantos são?Leony Cunha - Sessenta e três módulos-

padrão já foram instalados, nos postos fis-cais de maior movimento e os quiosquesestão nos pequenos postos fiscais. Mas issoé uma situação transitória. A gente tinhaque fazer para possibilitar o acesso àque-les que não tivessem Internet. Mas já estácomprovando que é uma coisa muito tran-sitória. É lógico que os módulos-padrão eos atendimentos pessoais nunca deixarãode existir, não tem jeito. Algumas situaçõesespecíficas saem da regra e precisam sercomunicadas pelo contribuinte, não no pa-drão de Internet, mas comprovando as ope-rações nos postos fiscais. De qualquer for-ma, essa estrutura não se perde, porque oespaço que se criou nesses módulos-padrãoé confortável para o contribuinte. Aumen-tam a dignidade dele, que antes era aten-dido encostado num balcão - aquela situa-ção do funcionário de cara brava do outrolado e ele sentindo que estava até incomo-dando. Uma situação que a gente já conhe-ce de serviço público. Hoje, ele é atendidosentado, com o fiscal ou atendente do ou-tro lado com um computador ligado aoPFE. É uma outra qualidade de atendimen-

to. Mesmo o atendimento físico que sobrar,vai ser feito em um outro patamar de qua-lidade.

Toda essa mudança na estrutura defuncionamento e atendimento da Secre-taria da Fazenda requer uma nova men-talidade, postura do funcionário públi-co. Dentro dos 32 projetos que com-põem o Promocat, o que foi feito em re-lação a capacitação profissional e a va-lorização dos servidores da Administra-ção Tributária?Leony Cunha - Foram e estão sendo fei-

tos muitos programas de treinamentos.Agora eu confesso a você que essa é umacoisa que nós temos que aprender aindamuito, porque não é fácil você implantartodos esses sistemas e ao mesmo tempo darum novo conceito total, porque ainda estáem formação. Outra coisa: a questão doambiente cultural que nasceu essa burocra-cia toda. Não é uma coisa fácil de quebrar.Nós temos dificuldade nessa área porqueas resistências são naturais dentro de umprocesso de mudanças. Seja numa organi-zação privada, mas com muito mais certe-za até em uma organização pública. Masos funcionários de uma maneira geral, es-tão ansiosos por mudanças. Mas nós temosque conviver sempre com esses dois lados:o pessoal resistente e o pessoal ansioso.

Já foi feita alguma pesquisa para ava-liar a satisfação do contribuinte paulistacom todas as mudanças implantadascom o Promocat?Leony Cunha - Nós estamos no calor da

implantação das coisas e ainda faremosuma pesquisa. O que nós temos são algunselementos. Temos recebidos muitos e-mails,de uma forma bastante inequívoca de sa-tisfação do contribuinte, e implantamos re-centemente uma ouvidoria, um serviço deombudsman, para a gente tentar avaliar a sa-tisfação do contribuinte. Mas vamos fazeruma pesquisa específica para sentirmos, de-pois de implantados todos os serviços, deforma clara, qual a expectativa e o cami-nho que a gente tem que seguir com o PFE.Mas posso dizer o seguinte: no início doprojeto, chamamos contribuintes e conta-dores e fizemos várias reuniões com elespara sentir, através dos comentários e re-clamações, quais eram as linhas mestras doPFE. A gente tem só que confirmar se naprática está acontecendo. Se o sentimentodo contribuinte é esse mesmo.

O Promocat já gerou aumento na ar-recadação do Estado?

“Nós estamos até usando ocontribuinte como um próprioauditor da situação geral dossistemas e, de certa forma, da

qualidade do serviço naSecretaria da Fazenda”

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 11

Entrevista

Leony Cunha - O projeto que mais ca-minhou rapidamente foi o do IPVA, quequase triplicou a arrecadação. Antes, aarrecadação ou a fiscalização era total-mente dissociada do licenciamento doveículo, não havia facilidades para fazero pagamento, não havia cruzamento dedados. Hoje, a sistemática do IPVA temduas vertentes, facilitando a vida do con-tribuinte, que pode pagar inclusive emcaixas automáticos de bancos. Nós va-mos estar disponibilizando, até o finaldo ano, o licenciamento em caixa de ban-co. Você não vai precisar mais de despa-chante, não vai precisar ir ao Detran, vaifazer tudo no caixa do banco. Vai pagartodas as multas ali e depois o documen-to vai ser entregue na sua casa pelo Cor-reio. Tudo isso fez com que o IPVAtriplicasse a arrecadação. Esse é um si-nal evidente. Agora o ICMS já é maiscomplicado, porque é um imposto quedepende muito da situação econômicado País. Ele flutua em razão da situaçãoeconômica. Podemos falar: melhorou odesempenho da arrecadação, mas, aomesmo tempo, quando vem uma medi-da restritiva do consumo ela cai. Às ve-zes, é difícil mensurar exatamente o queé o benefício de um programa de moder-nização. Nós vamos te devolver essa res-posta numa próxima oportunidade. Agente já vai ter quantificado isso melhor.

Houve mudanças na área da fiscali-zação?Leony Cunha - Todo o pessoal que es-

tava ligado à burocracia do cadastro, doatendimento ao contribuinte, vai poder

ser liberado para a atividade fim que é afiscalização direta de tributos. E isso jávai ser um ganho enorme. Mas já exis-tem outros projetos desses 32 que tratamda mudança na qualidade da auditoria.A nova GIA, por exemplo, com muitomais informação, nos dá muito mais pos-sibilidade de acertar o contribuinte quedeve ser fiscalizado. Você perde menostempo selecionando contribuintes. Esseé um primeiro ponto. E nós temos doisprojetos que tratam da auditoriainformatizada e da inteligência fiscal quecuida de prospecção e formação de pro-va material no meio magnético no com-putador do contribuinte. Provas de frau-des fiscais. Os dois projetos são muitointeressantes. A gente passa a fiscalizargrandes contribuintes de forma maisautomatizada possível. O ECF - Emissorde Cupom Fiscal também faz parte des-se complexo todo que pretende dar umaoutra dinâmica para a fiscalização - me-nos roteiros, menos ensaios de tentati-vas e erros e direcionamento mais certo- e o datawarehouse - quem trabalha cominformações gerenciais, com esse mun-do que esses EISs (software de extraçãode dados) e datawarehouses têm possibi-litado para as organizações, sabe o quenós estamos falando. Agora a gente vaicomeçar a enxergar com muito mais cla-reza quem é quem, separando o joio dotrigo.

Quanto foi investido até agora noPromocat e de onde veio o dinheiro?Leony Cunha - Cerca de R$ 30 mi-

lhões. Metade do Estado e metade do

Banco Interamericano de Desenvolvi-mento, através do Programa Nacional deApoio às Administrações Fiscais dos Es-tados. Chama-se Pnaf e ele se desenvol-ve praticamente em todos os Estados. OEstado de São Paulo é o mais adiantadona execução desse programa. Até porquecomeçou antes. E de certa forma o pro-grama de São Paulo puxou a existênciado Pnaf, que antes não existia. Como SãoPaulo deu entrada e o Bid gostou, resol-veu estender para todo mundo. Há pro-dutos muito bons sendo desenvolvidosem outros Estados, mas a linha é maisou menos a mesma.

Quais projetos estão sendo trabalha-dos hoje pela Secretaria da Fazendadentro do Promocat?Leony Cunha - Hoje nós estamos dan-

do complemento do PFE, no sistema quevai controlar o auto de infração, no sis-tema de partilha do conhecimento, nosistema que garante a classificação e cap-tura, recuperação do conhecimento e ter-minar todos os outros projetos de fisca-lização, formação do datawarehouse paraa gente poder ter uma ação fiscal muitomais eficaz.

E quanto ainda deverá ser gasto como Promocat?

Leony Cunha - Mais uns R$ 30 mi-lhões. Até o final do ano que vem, a gen-te espera gastar mais ou menos isso,completando o ciclo do programa. Aivem uma nova fase de treinamento,aculturamento de toda a organização aesses novos sistemas .

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12 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

Responsabilidade civil eerro técnico do contador

Análise

Antônio Aparecido Teixeira*

Matéria desenvolvida e pesquisada por Antônio Aparecido Teixeira,empresário nos ramos de Contabilidade e de Seguro

F oi-se o tempo em que o rela-cionamento cliente/escritóriodava-se apenas através da confi-

ança no dono do escritório de contabili-dade. Hoje todos os clientes conhecem eexigem seus direitos em relação aos ser-viços que pagam para serem executados.

Uma constante preocupação da clas-se contábil é quanto ao erro que possaocorrer na escrituração de seus clien-tes, já que o risco está presente no dia adia de seu escritório e nem sempre pos-sível de ser vigiado como deveria. Umescritório contábil possui funcionárioscapacitados para exercerem suas fun-ções, porém, a grande quantidade demudanças legais e regimentais nos vá-rios níveis de administração pública ali-adas à velocidade de difusão das infor-mações e aos constrangimentos de bra-ços provocam um estresse profissionalque estimula o erro latente em todo pro-cesso produtivo. Por isso dentro da nos-sa atividade incorporamos uma parcelacrescente de risco de cometer erro téc-nico.

Cada dia mais no ato da angariaçãode clientes, é usual a assinatura do con-trato de prestação de serviços onde cons-tam as obrigações e direitos das partese, dentre elas, uma das cláusulas maissolicitadas pelos clientes é aquela queresponsabiliza o escritório de contabili-dade pelas multas advindas por erroscometidos na escrituração.

Já existe no mercado segurador cober-tura que garante ao empresário contá-bil o reembolso de multas que venham aser aplicadas a seus clientes em funçãodos erros técnicos cometidos pelo escri-tório.

Vale apenas frisar a abrangência daexpressão erro técnico para efeitos des-sa cobertura securitária.

Entende-se por tal o atendimentoindevido de qualquer exigência fiscal,por exemplo preenchimento errado deDirf, RAIS, Declaração de Imposto deRenda, Darfs, Guias de recolhimento,cálculos errados etc...

Porém, não abrange atitudes negli-gentes ou de incumprimentos das obri-gações legais como por exemplo: entre-ga fora de prazo ou não entrega de do-cumentos, falhas de enquadramento e/ou cadastramento fiscal de empresas oudados nos prazos previstos pelas legis-lações, ocorrências que também gerammultas, não são passíveis de reembolsopor parte das seguradoras.

Atualmente, a procura no mercadopor este tipo de cobertura observauma demanda crescente em função doaumento das penalidades principal-mente desde a implantação do planoReal.

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Atitudes negligentes ou deincumprimentos das obrigaçõeslegais como por exemplo,entrega fora de prazo ou nãoentrega de documentos, falhas deenquadramento e/oucadastramento fiscal de empresasou dados nos prazos previstospelas legislações, ocorrências quetambém geram multas, não sãopassíveis de reembolso por partedas seguradoras

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Mobilização

Simpi reúne Legislativo e Executivo paradiscutir situação da pequena empresa

A abertura do I SeminárioNacional da Micro e Pe-quena Empresa - PME,

evento ocorrido de 5 a 7 de dezembro,em São Paulo, refletiu um pouco daspredisposições dos Poderes Executi-vo e Legislativo federais em relaçãoao processo de Reforma Tributária. Oprimeiro a falar na solenidade foi osenador Romeu Tuma (PFL - São Pau-lo). Ele se mostrou preocupado comalguns aspectos do substitutivo dorelator Mussa Demes, como a falta deatenção com um personagem funda-mental do sistema tributário nacional.“Não se houve falar no contribuinte”,criticou. Tuma também reclamou donúmero excessivo de tributos aindamantidos pela proposta.

A platéia, composta de representan-tes de entidades ligadas aos micros epequenos empresários, aplaudiu o se-nador, quando ele falou que, para serhonesto no Brasil, o pequeno empre-sário é obrigado a contratar advogadoe contador, o que, às vezes, sai maiscaro que o próprio custo de produção,se referindo a dificuldade de se honrarcompromissos fiscais no mar de com-plexidade do sistema tributário brasi-leiro.

O presidente da Câmara, Michel Te-mer (PMDB - São Paulo), defendendoos trabalhos realizados pela Comissãode Reforma Tributária da Casa a qualpreside, rebateu polidamente as intran-qüilidades demonstradas pelo senador- “o Senado não precisa se preocupar”-, elogiando o trabalho do relatorMussa Demes e o empenho dos depu-tados na elaboração da proposta, a qualdefiniu como um belo animal: “A Re-forma Tributária é um anseio do País,que não quer mais um sistema jurídi-co instável, que gera instabilidade so-cial, não quer a improvisação”.

Mas para quem acreditava que onovo sistema tributário seria aprova-

do este ano, Temer afirmou: “O relató-rio votado pela comissão é um primei-ro ato. Ainda haverá dois turnos devotação no plenário da Câmara e de-pois no Senado Federal. Temos um lon-go percurso a trilhar”. Ele adiantou quehaverá sessão extraordinária, em janei-ro, na Câmara, para votação da refor-ma, que deverá estar aprovada atéagosto de 2000. O Congresso Nacionalestá em recesso desde dezembro.

Executivo

Representando o presidente Fer-nando Henrique Cardoso, o secretárioGeral da Presidência da República,Aloysio Nunes Ferreira, falou de todasas medidas do Governo Federal embenefício das micros e pequenas em-presas. Menos sobre Reforma Tributá-ria. Aloysio citou a reformulação doSimples Federal pela Comissão de Fi-nanças e Tributação da Câmara a car-go do deputado Marcos Cintra. “OGoverno não está ausente do processode medidas a favor das MPEs”.

Aloysio Nunes também destacou oapoio do governo à tramitação do Es-

tatuto das Microempresas e Empresasde Pequeno Porte, Lei sancionada emoutubro, e o programa federal de estí-mulo ao segmento, chamado “BrasilEmpreendedor”, que, entre outras coi-sas, mudou as regras de financiamen-tos, tornando-os mais acessíveis, e au-mentou os prazos para a amortizaçãodos empréstimos. Segundo ele, as ini-ciativas resultaram, desde o lançamen-to do projeto, há dois meses, na dupli-cação da meta inicial de financiamen-to de R$ 600 milhões. O governo pre-tende liberar cerca de R$ 8 bilhões emlinhas de créditos, através dos agentesfinanceiros oficiais, em um ano.

Mas a medida apresentada como amais importante é o programa de Re-cuperação Fiscal - Refis, que prevê orefinanciamento das dívidas federais(Receita e Previdência). Pela medida,não haverá prazo para o pagamento eas empresas terão de amortizar o débi-to comprometendo até 2% do fatura-mento mensal. As empresas em débitocom o governo que aderirem ao Refisterão o nome retirado do Cadim - Ca-dastro Informativo dos Créditos não

Deputado Michel Temer, presidente da Câmara, e o compromisso com a Reforma Tributária:“É um anseio do País, que não quer mais um sistema jurídico instável, que gera instabilidade

social, não quer a improvisação”

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Mobilização

vernador do Estado de São Paulo, Ge-raldo Alckmin. Ele citou medidas doGoverno Estadual para simplificar avida das MPEs, como a mudança dasistemática de compras; aumento doenquadramento das MPEs; aberturade crédito, através da Nossa Caixa,Nosso Banco e a redução da carga tri-butária, com o Simples paulista, de18% para de 1 a 2,5%. “O seminário éde caráter social, pois o grande desa-fio hoje é a geração de empregos. Nãotenho dúvidas que a Reforma Tribu-tária vai caminhar”, comentou.

Ainda estiveram presentes na aber-tura do Seminário, o Superintendenteda Receita Federal em São Paulo, Flá-vio Del Comuni; os deputados federais,Marcos Cintra (PL - São Paulo) e Ger-son Gabrielli (PFL - Bahia) e estadual

Walter Feldman (PSDB- São Paulo); o secretá-rio de Economia e Pla-nejamento do Estadode São Paulo, AndréFranco Montoro Filhoe mais os representan-tes de entidades declasse ligadas às mi-cros e pequenas em-presas de 15 Estadosbrasileiros. Entre eles, apresidenta do Sescon/SP, Aparecida Tere-zinha Falcão e o vice-presidente da entida-de, Carlos José de LimaCastro.

Carta

Na verdade, a presença de tantos no-mes influentes representa o espaço polí-tico que as entidades ligadas ao segmen-to das pequenas empresas vêm conquis-tando nos últimos anos no Brasil. Ape-sar da importância econômica e socialpara o País (as micro e pequenas empre-sas respondem por cerca de 25% do Pro-duto Interno Bruto - PIB e empregam seisde cada dez trabalhadores brasileiros, se-gundos dados do IBGE), o segmentosempre reclamou maior atenção por par-te do Governo, que insiste em oferecertodas as benesses e vantagens às gran-des empresas, principalmente estrangei-ras. Mas o Seminário Nacional pode serum indicador de que a história começa atomar um outro rumo.

O próprio presidente FernandoHenrique Cardoso se comprometeu,em data oportuna, a receber pessoal-mente, da diretoria do Simpi, o do-cumento com a linha de atuação con-junta das entidades presentes no se-minário. O recado foi mandado atra-vés do secretário Geral, AloysioNunes Ferreira. As propostas da ‘Car-ta da Pequena Empresa’ foram ela-boradas a partir das sete mesas de de-bates, nas quais foram discutidos te-mas como: “Pequena Empresa podeexportar?”, “Tributação: como sim-plificar?” e “Crédito: como chegar aopequeno empresário?”. A carta abor-da as questões que mais afetam ospequenos empreendedores.

Representando o presidente Fernando Henrique Cardoso, o secretário Geral da Presidência daRepública, Aloysio Nunes Ferreira, falou de todas as medidas do Governo Federal em benefício

das micros e pequenas empresas. Menos sobre Reforma Tributária.

Senador Romeu Tuma,preocupado com a falta deatenção com o personagem

fundamental do sistematributário nacional: o

contribuinte

Quitados de Órgãos do Setor PúblicoFederal, o que permitirá acesso a novosfinanciamentos e linhas de crédito. Adecisão do Governo beneficiará umnúmero significativo de empresários emdébito com o governo (segundo o Simpi- Sindicato da Micro e Pequena Indús-tria do Estado de São Paulo cerca de85% das pequenas e médias empresasestão com o nome inscrito no Cadim).

Por outro lado, Aloysio Nunes reco-nheceu o que todo pequeno empreende-dor já sabe: que tais medidas ainda nãorepresentam grandes avanços. A culpa-da, segundo ele, é a macroeconomia doPaís que sofreu com as últimas duasgrandes turbulências do mercado mun-dial. Um das conseqüências mais noci-vas para os empresários, que precisamde capital para expandir os seus negóci-os, foram as taxas de juros, que ainda per-manecem bastante altas, apesar de terempassado recentemente por tímido decrés-cimo. “Estamos vivendo um ajusteseríssimo, mas a crise está superada”.

Exportações

Joseph Couri, presidente da Assimpi– Associação Nacional dos Sindicatos daMicro e Pequena Indústria, entidade pro-motora do seminário, juntamente com aAssimpec - Associação Nacional dasMicro e pequenas Empresas do Comér-cio, elogiou as medidas do Governo emfavor das pequenas empresas, mas tam-bém mostrou, com números, o quanto osetor ainda sofre com a falta de políticasde desenvolvimento no Brasil.

Ele exemplificou que,nos EUA, 54% das ex-portações são feitas porempresas com até 19 tra-balhadores. Na Itália,64% das empresas comaté 14 funcionários sãoexportadoras. No Brasil,as MPEs participam dopífio percentual de 2%do volume exportadortotal. Hoje, 70% do co-mércio exterior brasilei-ro são representados porapenas 270 empresas.

Outra autoridadepresente que falou aospresentes, foi o vice-go-

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 15

Mobilização

1) Geração de Empregos eocupação – formalizar parceriacom outras entidades da socieda-de civil e com organismos gover-namentais, para que seja alcan-çado todo o potencial de geraçãode emprego representado peloauto-emprego e pela ativação dasmicros e pequenas empresas na-cionais. Em 60 dias, será feito olançamento de campanha - base-ada no binômio solidariedade eprodução, com o mote “Em CadaNovo Emprego, Mais Solidarie-dade e Produção”. O objetivo écriar um leque de oportunidadespara os cidadãos brasileiros ora desempregados, com estí-mulos ao micro e pequeno empresário para a contrataçãode novos funcionários. A campanha terá como parcerias pre-ferenciais as entidades de trabalhadores, as Igrejas e todosos organismos da sociedade civil ou de governo que elejama guerra ao desemprego como prioridade absoluta.

2) Exportação - intensificar contatos das entidades, paratrabalho em parceria com órgãos governamentais e de apoio,visando a qualificação efetiva do pequeno empresário - emtermos de produção e de atitudes de empreendedor - paraincrementar sua presença no processo de exportações bra-sileiras. Hoje, tal presença é inferior a 2% do total, enquantoo setor representa 94% das empresas do País, o que indicaum largo espaço a ser ocupado pelas unidades produtivasde menor porte.

3) Tributação - buscar a absoluta simplificação e amplia-ção da base de contribuintes, com redução de alíquotas. Aexperiência vitoriosa do Simples - que deve ser preservadoe estendido a setores das MPEs ainda impossibilitados deaderirem ao Sistema - indica que a simplificação e a redu-ção dos tributos significa crescimento das empresas forma-lizadas, ampliação do número dos que pagam tributos e,como conseqüência, até mesmo um incremento do volumerecolhido pelo Governo.

4) Qualificação do Empresário – oferecer todo apoio aosorganismos responsáveis pelo incremento da qualificaçãoempresarial, buscando a sinergia de atuação entre as enti-dades de representação, de apoio e de governo, para o al-cance dos melhores resultados em curto prazo. A qualifica-ção do micro e pequeno empresário é tarefa fundamental,por ser condição essencial para um desempenho de sucessoem mercados altamente competitivos e exigentes, tais comose desenham na nova realidade mundial.

5) Crédito - Condição fundamental para a consolidação efortalecimento da micro e pequena empresa, o acesso ao cré-dito deve ser em condições adequadas, ágeis e suportáveis,

em função do grau de produ-tividade e lucratividade dosempreendimentos. No atualestágio, a dificuldade de aces-so ao crédito é um ‘calcanharde Aquiles’ do sistema produ-tivo na MPE. O microcréditodeve ser prioridade absoluta,seja ele gerenciado por ONGsou resultado de projetos de go-verno.

6) Parceria com grandesempresas - Estimular o pro-cesso de permanente busca deparcerias entre as micros e pe-

quenas e grandes empresas, para que a reflexão e a ação so-bre o processo de desenvolvimento nacional tenham a pers-pectiva abrangente e integradora.

7) Mercado interno - Não obstante a forte preocupaçãocom o esforço de exportação, as entidades de representaçãoestarão envolvidas com o processo de valorização do impor-tante mercado interno brasileiro, que hoje é base fundamen-tal para as empresas de menor porte, particularmente as mi-croempresas.

Os participantes do Seminário decidiram ainda:- Instituir o “Prêmio REBOLO”, a ser entregue anualmen-

te a pessoas ou entidades que se destacarem na preocupaçãocom o fortalecimento da micro e pequena empresa no Brasil.O nome do prêmio faz referência ao importante artista plás-tico Francisco Rebolo (1902-1980), que manteve aberta suamicroempresa de pintura de residências, mesmo após a fama,com a preocupação de conservar os empregos dos trabalha-dores da firma. Com isso, tornou-se um símbolo domicroempresário e de uma postura adequada do empreen-dedor.

- Transformar o Seminário Nacional da Micro e PequenaEmpresa em evento anual, a realizar-se no mês de dezem-bro, sendo os resultados de cada encontro traduzidos em li-vro a ser publicado no primeiro semestre do ano seguinte.Assim, ficou convocado o II Seminário Nacional para de-zembro do ano 2000.

- Comprometer fortemente as entidades associativas, como esforço de ampliar o número de seus associados e de qua-lificar seus quadros dirigentes, para que melhor desempe-nhem seu novo papel estratégico frente ao segmento que re-presentam.

- Finalmente, incentivar as entidades associativas em sualuta de uma década para que, de forma negociada e harmô-nica, consigam seu espaço de atuação nos ConselhosDeliberativos Estaduais e Nacional do Sebrae, questão já de-finida legalmente e ainda não implementada.

Carta da Pequena Empresa

A Carta da Pequena Empresa foi aprovada pelos dirigentes de entidades de representação, especialistas da área e empresários participantesdo Seminário Nacional das Micros e Pequenas Empresas, ocorrido na sede do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo - Simpi,

no dia 7 de dezembro de 1999.

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Opinião

Auxílio alimentação e cesta básica:Natureza não salarial desse auxílio

T endo se instalado controvérsiaem torno da natureza salarial dacesta básica, quando concedida

por empregador a seus empregados, con-trovérsia essa provocada especialmentepela fiscalização do INSS, que, para finsde arrecadação, entende que a parcela cor-respondente à mesma deve ser integradaao salário, apresentamos nossas conside-rações sobre a matéria.

O art. 611, da Consolidação das Leis doTrabalho, assim dispõe:

“Convenção coletiva de trabalho é o acor-do de caráter normativo pelo qual dois oumais sindicatos representativos de categori-as econômicas e profissionais estipulam con-dições de trabalho aplicáveis, no âmbito dasrespectivas representações, às relações indi-viduais de trabalho.”

O conceito de convenção coletiva de tra-balho é sintetizado por Octávio BuenoMagano, com as seguintes palavras:

“é o negócio jurídico através do qual sin-dicatos estipulam condições de trabalho.”1

Esse eminente doutrinador aduz que:

“a concepção da convenção coletiva comonegócio jurídico já é, por si, indicativa de suanatureza jurídica. Trata-se de negócio jurí-dico resultante da autonomia das partesconvenentes. Vale dizer que se particularizacomo negócio jurídico bilateral, ou, mais es-pecificamente, como contrato normativo.”2

A seu turno, assinala Amauri MascaroNascimento que a convenção coletiva é umacordo entre sindicato de empregados e sin-dicato de empregadores. Desse modo, diz:

“a convenção coletiva resulta da autono-mia da vontade de ambas as entidades. Sur-ge como resultado de ajuste bilateral e só seperfaz caso os dois contraentes combinemsuas vontades. Pode-se mesmo dizer que damesma forma que os contratos, no direitocomum, constituem expressão da autonomiada vontade dos particulares, as convençõescoletivas, no Direito do Trabalho, são impor-tante manifestação da autonomia privada co-

letiva. A ordem jurídica se completa com aatividade negocial reconhecida pelo Direitoàs pessoas. Aos sindicatos também éconferida igual ação.”

A Constituição Federal, de outubro de1988, através de seu art. 7°, inciso XXVI,expressa o “reconhecimento das conven-ções e acordos coletivos de trabalho”.

Os muitos sindicatos representativos decategorias econômicas e profissionais vêmnegociando, dentre outras condições, a con-cessão de cesta básica de alimentos aos res-pectivos empregados. Assim o fazem livre-mente e emprestam, não raro, à cláusula cu-nho não salarial. De fato, os sindicatosconvenentes, ao não imprimirem a essa aju-da alimentar caráter salarial, acabam porviabilizar sua concessão, isto em se conside-rando que os empregados, de um modo ge-ral, admitem a cláusula em questão, desdeque a mesma não implique em ônus adicio-nal (encargos sociais), com o que as catego-rias profissionais colocam-se inteiramente deacordo.

Pois bem. Ao assim decidirem, as entida-des sindicais poderiam estar ferindo a lei?

É o que passamos a analisar.

O art. 458, da CLT, estabelece:

“Além do pagamento em dinheiro, com-preende-se no salário, para todos os efeitoslegais, a alimentação, habitação, vestuário ou

outras prestações ‘in natura’ que a empresa,por força do contrato ou do costume, forne-cer habitualmente ao empregado...”

A cesta básica fornecida pelos empregado-res, por força do ajuste coletivo, integra osalário dos empregados?

No nosso entender, não, isto porque a con-cessão em tela decorre de norma coletiva, emque sua natureza é delimitada. A propósito,vejamos decisão do TRT/2a Região:

Ajuda Alimentação - natureza não sa-larial - negociação coletiva -admissibilidade - O alijamento do carátersalarial da utilidade - alimentação não impli-ca, por outro lado, violação frontal a norma deproteção ao trabalho, configurando matériapassível de negociação pela via coletiva, medi-ante a atuação do sindicato profissional, devi-damente autorizado pela assembléia da cate-goria. Disposições dessa natureza, desde quenão infrinjam direitos legalmente reconheci-dos à categoria, devem ser em princípio, aca-tadas, porquanto o sindicato, no âmbito dasrelações coletivas de trabalho, negocia em péde igualdade com o empregador, situação bemdiversa daquela em que se insere a pessoa físi-ca do empregado, economicamente frágil di-ante do poder empresarial. (Proc. n. TRT/SPn. 02960242046 - Ac. n. 02980038274 - 8a T.- Rela. Juíza Wilma Nogueira de Araújo Vazda Silva - j. 26.01.1998 )

Ricardo Nacim Saad*

A cesta básicafornecida pelosempregadores,por força doajuste coletivo,integra o saláriodos empregados?

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 17

Opinião

AnúncioEXACTUS

(repetir anuncio da edição 46 )

Dessa apontada decisão, merece destaqueo seguinte tópico do voto da Juíza Relatora,sufragado à unanimidade:

“Merece acolhimento ... e enseja a reformado julgado, a invocação das normas coletivasda categoria acerca do fornecimento da utilida-de-alimentação. Com efeito, todos os acordoscoletivos carreados aos adultos, às fls. 48/81(1992/93, cláusula 15a; 1993/94, cláusula 15a,1994/95, cláusula 9a) ressalvam, de forma ex-pressa, a natureza não salarial da ajuda alimen-tação concedida pela recorrente. Trata-se de ma-nifestação legítima da vontade da categoria pro-fissional, no exercício de sua autonomia priva-da coletiva, prestigiada inclusive pelo texto cons-titucional ( CF/88, art. 7°, XXVI).”

Nessa mesma linha, o entendimento do C.Tribunal Superior do Trabalho:

“Natureza salarial. A ajuda-alimen-tação fixada em convenção coletiva detrabalho não tem natureza salarial, masindenizatória, logo não integra o salá-rio do empregado para nenhum efeitolegal.” (TST, RR 204.440/95.5, LeonaldoSilva, Ac. 4a T.8.058/96)4

“A parcela referente a ajuda-alimen-tação prevista em norma coletiva pos-sui natureza indenizatória, e não sala-rial. Por conseguinte, não integra o sa-lário do empregado para efeitos de re-flexos.” (RR 183.317/95.4, Ac. 2a T 13.360/97) Moacyr Roberto Tesch Auersvald - TST5

“A ajuda-alimentação, em face desua própria origem nas convenções co-letivas, tem uma finalidade típica deverba indenizatória, não integrando,assim, a remuneração doempregado.”(RR 182.855/95.1, Ac. 2a T.13.358/97 ) Moacyr Roberto TeschAuersvald - TST6.

* Ricardo Nacim Saad é mestre em Direito do Trabalho pela USP, ex-delegado Regional doTrabalho no Estado de São Paulo e advogado especializado em matéria trabalhista.

1 “Manual de Direito do Trabalho”- vol. III - Direito Coletivo do Trabalho - 2a edição - SP - 1990 - p.135 - 2 ob. cit., p.136 - 3 “Direito do Trabalho na Constituição de 1988”- Ed. Saraiva - SP - 1989 - p.

245 - 4 “Nova Jurisprudência em Direito do Trabalho”- Valentin Carrion - Ed. Saraiva - 1997 - 2°semestre - verbete n° 3054 - 5 “Nova Jurisprudência em Direito do Trabalho”- Valentin Carrion - Ed.

Saraiva - 1997 - 2° semestre - verbete n° 3015 - 6 “Nova Jurisprudência em Direito do Trabalho”-Valentin Carrion - Ed. Saraiva - 1997 - 2° semestre - verbete n° 3212

Nem se alegue que há distinção entre aju-da-alimentação e cesta básica, uma vez que,de acordo com a melhor doutrina, tanto o for-necimento de refeições preparadas como a en-trega de gêneros alimentícios de primeira ne-cessidade constitui alimentação do trabalha-dor. E, como essa concessão tem origem emconvenção coletiva de trabalho, segue-se queo ajuste em torno da mesma decorre da vonta-de das partes, sem qualquer ofensa à lei.

Nessas condições, entendemos que o valorcorrespondente à cesta básica não se integraao salário dos empregados para qualquer efei-to legal, muito embora o INSS, por razõesóbvias, resista em aceitar as evidências.

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Essa foi a visão apresentada peloinspetor da Alfândega do Ae-roporto Internacional de

Cumbica - SP, Foch Simão, no seminá-rio “Remessa Expressa, Remessa Pos-tal e Exportação Expressa, ocorrido nodia 22 de outubro, na sede do Simpi -Sindicato da Micro e Pequena Indús-tria do Estado de São Paulo. Noevento, organizado pelo Idecex -Instituto de Desenvolvimento do Co-mércio Exterior, foram debatidos osentraves que ainda dificultam a sim-plificação e a alavancagem deste se-tor da economia nacional.

As dificuldades de exportação já co-meçariam pela estrutura interna doPaís, que nunca foi preparada pelo Es-tado para uma economia de primeiromundo. Segundo Foch, se por umlado o Brasil “não sabe e não tem es-trutura para exportar”, por outro, ad-quire produtos estrangeiros sem gran-des exigências. “O Brasil consomepela aparência, é cultural. Fomosinundados por mercadorias de todoo tipo, que drenaram os recursos doPaís, mas a parte de exportação foiabandonada”, lamenta.

Mas, para o inspetor, alguns ‘pila-res’ desta estrutura interna começama se consolidar, preparando o Brasilpara o Comércio Exterior. Ele cita as-pectos como mudanças na legislação,mercado de produção com bom po-tencial e empresas aéreas mais prepa-radas para o transporte de cargas,como alguns aspectos que obtiveram

avanços recentes no País. Mas, segun-do Foch, as empresas ainda se ressen-tem de não encontrar uma ‘logística’na outra ponta do comércio para ofe-recer seus produtos. Essa outra pon-ta inclui, por exemplo, uma estruturade identificação de mercados poten-ciais para os produtos nacionais.

Em outros países, há um cuidadoespecial dos governos com seus repre-sentantes externos na divulgação deprodutos que, em alguns casos, che-gam a se tornar elementos de repre-sentação da cultura nacional. O pro-cesso tem, inclusive, o envolvimentodos próprios cônsules. Um exemploé o café colombiano. O País, que maisse destaca na exportação do produto,recebe apoio governamental, com for-te ‘merchandising’ no Exterior. Poroutro lado, no Brasil, o Itamaraty nãodá atenção a esse setor da economianacional. “O Itamaraty é um órgãoque está na época do império”, com-parou Foch.

Feiras & Cooperativas

Enquanto o Itamaraty se em-penha apenas em manter boasrelações com a ‘corte’, Fochaconselha as empresas busca-rem mecanismos próprios paraconquistar o mercado externo,mas diferencia: “Lá fora, com-pra-se pela confiabilidade”.Esse contato de clientes poten-ciais com os produtos brasilei-ros (e suas qualidades) pode sedar através de feiras internacio-nais. Aspecto fundamental paraconquista de novos mercados,as feiras são o canal para de-monstração de produtos, conta-tos e negócios com os importa-dores externos.

Mas, esse processo é lento,pois cada etapa pode ocorrer emum evento. No primeiro, há a di-vulgação do produto, no segun-do, negócios, no terceiro, ven-das. Para diminuir o alto custo

da montagem de estandes nesseseventos, o inspetor aconselha que ospequenos empresários se reúnam emcolegiados, pois, sozinhos, eles têm quecompetir com as grandes, que já pos-suem condições e estruturas própriaspara a exportação. Uma boa opção nes-te caso seria a formação de cooperati-vas de exportação, que possibilitam adivisão dos gastos e tornam mais fácila obtenção de financiamentos.

Com a pouca atenção do Governona área do comercio exterior, cabe aosegmento empresarial, portanto, o es-forço para conquistar novos merca-dos. O problema é que, segundo Foch(além de consumir qualquer coisa), obrasileiro prefere especular sobre onegócio mais rentável no momento -de acordo com os ventos da políticaeconômica da vez - do que montaruma estrutura econômica sólida e per-manente. “Se o Estado não faz, cabefazer pela iniciativa privada, só que,neste caso, falta a iniciativa”, critica.

Abrindo portas para o comércio internacional

Comércio Exterior

André Luiz de Andrade

Conquistar mercados externos,oferecendo produtos dequalidade, sempre foi relevantepara a economia dos Países e parao fortalecimento e crescimento deseu segmento empresarial. Mas,no Brasil, os governos nuncatrataram o comércio exterior coma atenção equivalente à suaimportância.

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 19

Tornar os Correios um gran-de agente de exportaçãopara pequenos volumes.

Essa é a intenção da Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafos –EBCT, segundo seu gerente de Cor-reio Expresso Internacional, AnaniasNery Santana. Ele informou que, em1998, 19 milhões de objetos foram ex-portados através da empresa, que éatualmente responsável pela remes-sa de 20% do total da exportação eimportação nacional. Para se ter umaidéia da abrangência da EBCT noBrasil, a empresa possui 11.700 agên-cias, 130 centros de triagem e 10 cen-tros de operações de transporte. “Éessa estrutura que queremos colocarà disposição do pequeno empresá-rio para que ele possa explorar omercado externo”.

Internet

José Avando Sales, coordenadorGeral do Departamento de Plane-jamento do Sistema Postal do Mi-nistério das Comunicações, citoua Internet como outro importanteveículo que pode ser exploradopelas empresas no comércio exte-rior. Ele lembra que o tráfego mun-dial de encomendas está crescen-do muito devido ao comércio ele-trônico (ver matéria na edição deoutubro da Revista Fenacon). Eletambém lembrou a iniciativa dasuperintendência do Banco do Bra-sil de Minas Gerais em identificarnichos de mercado para exporta-ção. Há ainda projeto para que osCorreios assessorem as empresasna parte de embalagens e acondi-

O consultor inde-pendente de Co-mércio Exterior,Cláudio Soares, cri-tica também o go-verno pela falta deuma política delongo prazo paradivulgação do País.“Não podemos

pensar em comércio exterior com mu-danças constantes na política econô-mica”, analisa. Mas, ressalta que a res-ponsabilidade também deve ser doempresário. “O Governo pode criartodo o ambiente econômico, mas adecisão de exportar deve ser da em-presa”.

Boas embalagens

Cláudio cita a Itália como modelode política de exportação, que inves-tiu, inclusive, no aprimoramento deembalagens, fundamentais para a boaaceitação de qualquer produto pelo

mercado externo, principalmente daEuropa e EUA. A atenção dada a apre-sentação de produtos contribuiu paraque a Itália chegasse a ser hoje paísexpoente na área do design,destacadamente de mobiliário e uten-sílios domésticos. “Mas, para que hou-vesse a explosão das exportações demicros e pequenas empresas italianas,houve um esforço de quase três déca-das”, lembrou Cláudio.

O diretor do Simpi, Mário Chekin,lembra medida tomada na Itália paraacabar com o comércio informal: ogoverno ofereceu US$ 3 mil para queas pequenas empresas, que estavamna informalidade, regularizarem suasituação. Um ano e meio depois, o ex-mercado informal já havia retornadoo montante disponibilizado em im-postos.

“O Governo não raciocina que, bai-xando impostos, vai aumentar a arre-cadação. Ele não confia em si mesmo”,disse Foch, em consonância com a

Comércio Exterior

Itália é exemplo de política de exportaçãoopinião do consultor Cláudio Soares.Mas fica a pergunta: o Brasil teria con-dições econômicas de fortalecer e de-senvolver este segmento econômicobrasileiro com menos impostos e maisfinanciamentos? Tomando comoexemplo as empresas estrangeiras,para as quais isenções e recursos paraempréstimo não parecem ser proble-ma, a resposta seria sim.

A questão, segundo Foch Simão, éque o complexo fabril que vem do ex-terior é quase especulativo. Seu obje-tivo é apenas explorar as poten-cialidades de consumo do local. Se ascircunstâncias não forem favoráveis,ele simplesmente deixa o país e sai aprocura de um outro mercado, maisinteressante. “A fábrica não desenvol-ve o produto, apenas produz, e aindaganha incentivos fiscais”, ratifica.Com isso, para o inspetor, uma em-presa na informalidade estará sozinhae poderá ser facilmente achatada di-ante desta competição desigual.

Empresa de Correios quer tornar-se agente exportadorc i o n a m e n t o .“O que se querpor parte dogoverno é di-fundir a cultu-ra exportado-ra”, afirmouJosé Sales.

O diretor do Simpi, Mário Chekin,destacou que o objetivo do seminá-rio foi desmistificar a burocracia daexportação. Ele também defendeu acriação de consórcios e cooperativaspara a diminuição de custos, fazen-do com que os produtos cheguemcom preços competitivos ao exteri-or. Uma medida concreta anuncia-da foi a criação de uma home pagepara relacionar os países em que hápotencial de consumo para determi-nados tipos de produto.

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20 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

Anúncio Supersoft

Um novo serviço oferecidoatravés do site da Fenacontem proporcionado gran-

de agilidade de informação, funda-mental para a atividade contábil.Agora, sempre que a presidência daentidade precisa comunicar algo im-portante e urgente, envia mensa-gens, pelo sistema de ‘mailing’, aosassociados. Foi o caso da prorroga-ção do prazo para a apresentação daDIPJ/99, ano calendário de 1998. Adata-limite, que era o último dia útildo mês de setembro, passou a ser odia 29 de outubro.

Tão logo o secretário da ReceitaFederal, Everardo Maciel, comuni-cou a decisão, por telefone, no dia28 de setembro, ao presidente doNúcleo Parlamentar de EstudosContábeis e Tributários, deputadofederal, Max Rosenmann, os empre-sários contábeis receberam e-mailscomunicando a mudança. A prorro-gação foi uma solicitação daFenacon e do NPECT e representouuma reivindicação do segmentoempresarial contábil, pois o progra-ma gerador da DIPJ havia sidodisponibilizado apenas a partir dodia 20 de agosto, não oferecendotempo suficiente para que a decla-ração fosse elaborada.

Outro exemplo de fato importan-te já divulgado através do ‘mailing’foi a mudança do prazo de venci-mento da Confis.

Para receber as informações da

Fenacon, o associado precisa se ca-dastrar. Para isso, basta clicar em“Cadastre-se já!!! - Receba informa-ções importantes por e-mail” na pá-gina inicial do site da Fenacon. Apartir daí, ele deve digitar o e-mail,o que possibilitará a verificação daexistência de seus dados nos cadas-tros da Fenacon. O segundo passo épreencher um novo formulário e,por último, clicar em “inclusão nosistema de mailing”. Até agora, umtotal de 2.500 empresários contábeisjá se cadastraram no novo serviçoon-line oferecido pela entidade.

Páginas amarelas on-line

O site da Fenacon também dispõede um cadastro, no qual as empre-sas de assessoria e contabilidade as-sociadas de todo o Brasil podem di-vulgar seus serviços. O maior ban-co de dados deste segmento econô-mico do País inclui, além do nome,um texto de apresentação com umpequeno histórico das atividadesda empresa. Abaixo do texto tam-bém há a possibilidade de se clicarem ícones para acessar, além de in-formações mais detalhadas, comoe-mail, endereço e telefone; os linkspara as home-pages das empresasrelacionadas.

As consultas se iniciam através daescolha de um Estado. Em seguidaé apresentada uma nova tela comopções para consulta por cidade oupalavra-chave.

O cadastramento pode ser feitoatravés do próprio site. Para a in-clusão da empresa no cadastro, bas-ta o preenchimento de um formu-lário. Mesmo as empresas que nãopossuem web site poderão fazerparte do sistema de procura e terãotelefone e endereço divulgados. Oobjetivo do cadastro é facilitar aprocura por empresas de assesso-ria e contabilidade, através daInternet, além de simplificar o con-tato e a comunicação entre empre-sários destes segmentos entre cida-des de todo o País.

‘Mailing’ possibilita comunicados urgentesaos associados da Fenacon

Site da Fenacon (www.fenacon.org.br)

Internet

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 21

Hardware

IBM http://www.ibm.com.brCompaq http://www.compaq.com.brSemp Toshiba http://www.semptoshiba.com.brItautec http://www.itautec.com.br

Informações fiscais e tributárias

Coad http://www.coadbr.comIOB http://www.iob.com.brFiscodata http://www.fiscodata.com.brInformare http://www.informanet.com.brKoenig Consultoria e Publicações Fiscais http://www.koenig.com.br

Busca na Rede

Cade http://www.cade.com.brAlta Vista http://www.altavista.comYahoo http://www.yahoo.comMetaminer http://miner.bol.com.br/index.htmlRadarUOL http://www.radaruol.com.br

Impressoras

Hewlett Packard http://www.hp.com.brEpson http://www.epson.com.brXerox http://www.xerox.com.brLexmark http://www.lexmark.comElgin http://www.elgin.com.brCanon http://www.canon.com.br/index1.htm

Sites de Interesse do Empresário Contábil

Anúncio Copan1/3 pág

Internet

Softwares

Symantec (Norton Anti-Vírus) http://www.symantec.com.brMicrosoft http://wwwmicrosoft.com/brasilNovell http://www.novell.com.brABES - Ass.Empresas Software http://www.abes.org.brBrasoftware http://www.brasoftware.com.brCompusul http://www.compusul.comProsoft http:/www.prosofttecnologia.com.br

Governo e entidades

Fenacon http://www.fenacon.org.brSebrae http://www.sebrae.org.brMinistério da Previdência http://www.mpas.gov.brMinistério da Fazenda http://www.fazenda.gov.brReceita Federal http://www.receita.fazenda.gov.brCEF http://www.cef.gov.brPosto Fiscal Eletrônico/SP http://www.pfe.sp.gov.br

Livrarias & Editoras

Saraiva http://www.livrariasaraiva.com.brÁtica http://www.atica.com.brAtlas http://www.edatlas.com.brSiciliano http://www.siciliano.uol.com.brMakron Books http://www.makron.com.brCultura http://www.livcultura.com.brBookNet http://www.booknet.com.brLtr http://safe.tesla.com.br/ltr/home.htm

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22 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

REGIONAIS

Maranhão

Hospital do Sescon atenderá população carente

A diretoria do Sescon Mara-nhão está elaborando pro-jeto para a criação de um

hospital comunitário, que irá ajudarno atendimento da população caren-te.

O objetivo é contribuir para dimi-nuir as deficiências na área de saúdejunto à população carente. A idéia éque o hospital seja construído dentroda área de cinco mil m 2 que o Sescon/MA já dispõe para a construção doCied, que será uma construção verti-cal.

Para que o sindicato possa gerenciara construção do hospital comunitário,foi necessário modificar o estatuto daentidade, permitindo-a criar organis-mo na área da saúde. Os associadospoderão fazer parte do processo deelaboração dos projetos e captação derecursos junto ao Governo Federal.Para Pires de Castro, é importante oenvolvimento direto dos associados,pois serão eles os responsáveis pelaadministração do projeto.

O presidente lembra que, há novemeses, muitos não acreditaram na es-cola tecnológica e os poucos que acre-ditaram, são os que irão administrá-la. “O hospital comunitário é hoje umsonho que amanhã poderá se tornaruma realidade”.

Rádio educativa

Além do hospital comunitário, oSescon-MA quer criar uma RádioEducativa FM. Sonho mais antigo queo do hospital, o projeto da rádio este-ve caminhando de forma mais lentadevido a priorização da escola tecno-lógica. Segundo a engenheira projetis-ta, Jane Mary Rocha, responsável pelaconsultoria técnica, após a conclusãodo projeto e a aprovação pela direto-ria do sindicato, o mesmo será subme-tido a parecer da Anatel, a AgênciaNacional de Telecomunicações.

De acordo com o projeto, a rádio nãoterá fins lucrativos e sua programaçãovisa atingir o público empresarial. “Oobjetivo será, além de apresentar mú-

sica de qualidade, prestar informaçõesque orientem e ajudem a desenvolvero empresariado local, nas questões tri-butárias, trabalhistas, ambientais, cul-turais e administrativas”, explicou opresidente do Sescon/MA, José Riba-mar Pires de Castro Filho.

José Ribamar Pires de Castro,presidente do Sescon/MA

Blumenau

Inauguração do escritório de Lages

A inauguração do primeiro escri-tório regional do Sescon/Santa Catarina, em

Lages, no dia quatro de novembro, reuniu di-versas autoridades políticas e representantes deentidades contábeis. Na foto menor, da esq. paradir., o tesoureiro do Sescon/SC, Vilson Wegener;o vice-presidente do sindicato e coordenador doescritório de Lages, Luiz Antonio Martello; opres. da entidade, Roberto Wuthstrack; o pres.do Sindicont, Nerci Tercilio Correia; e o secretá-rio do Sescon/SC, Udélcio Demezuk. Na fotomaior, da esq. para dir., Roberto Wuthstrack;Aladir Gödel, cons. do CRC/SC (representandoa presidência do CFC); Ivan Ranzolin, deputadoestadual (representando o governador do Esta-do, Esperidião Amin); Nerci Correia; e ValentinAnacleto, presidente da Câmara Municipal de Ve-readores.

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 23

REGIONAIS

Receita Federal instala posto no Sescon-SPSão Paulo

Anúncio Nassif

Após mais de dois anos de ar-ticulações com autoridades,em São Paulo e Brasília, o

Sescon/SP conseguiu concretizar umsonho antigo: instalar um Posto daReceita Federal, em sua sede, no cen-tro de São Paulo. A iniciativa temcomo objetivo principal facilitar o dia-a-dia dos empresários contábeis.

Funcionários contratados pela enti-dade e devidamente treinados pelaReceita Federal terão como função pre-parar todos os documentos necessári-os para a execução dos serviços. Apósessa triagem, o associado recebe umasenha que lhe dá direito ao atendimen-to direto na Receita. Com isso, o sindi-cato visa minimizar as enormes filas,já tradicionais, em frente aos postos daReceita Federal em São Paulo.

Estiveram presentes à solenidade deinauguração do Posto, no dia 29 de no-vembro, o superintendente Adjunto daReceita Federal de São Paulo, EdmundoSpolzino, o delegado, Ciro Rocha, alémde técnicos especializados do órgão que,juntamente com a presidenta AparecidaTerezinha Falcão, diretoria e ex-presi-dentes do Sescon-SP, abriram oficial-mente o espaço aos associados.

Para Aparecida Terezinha Falcão, ape-sar de não atender em sua plenitude osserviços prestados pela Receita Fede-ral, o posto representa um grande e sig-nificativo passo no sentido de agilizar oatendimento e simplificar o dia-a-diados contribuintes. De imediato, o postodo Sescon-SP fará certidões negativas detributos federais (pessoas física e jurídi-

ca) e inscrições e alterações do CNPJ.Oportunamente, outros serviços serãodisponibilizados.

Demanda

O superintendente Adjunto, Ed-mundo Spolzino, reconhece que a de-manda média de oito mil atendimen-tos por dia, nos seis postos da Receitada capital paulista, é muito grande, porisso, a necessidade do apoio das enti-dades para oferecer um atendimentoadequado aos contribuintes “Parceriascomo esta que celebramos com oSescon-SP acabam beneficiando toda apopulação”, disse Spolzino.

O posto da Receita Federal no Sescon-SP,funciona ininterruptamente das 9h00 às17h00, de segunda a sexta-feira, na sede daentidade, à Praça Ramos de Azevedo, nº 206- 23º andar, conjunto 2320.

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REGIONAIS

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24 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

Mato Grosso

Os empresários contábeis deMato Grosso conheceram,no dia três de dezembro, os

laureados com os troféus de Empre-sário Contábil do Ano e de Personali-dade Contábil do Ano. Durante oevento, que está em sua 4a edição, tam-bém foi empossada a nova diretoriado Sescon/MT, eleita para o triênio2000/2002.

O prêmio tem como objetivo home-nagear aqueles que, pela capacidade,esforço e ética profissional, colabora-ram para o engrandecimento da clas-se contábil no Estado. O Empresáriodo Ano foi o contabilista Elynor ReyParrado, sócio-proprietário do Escri-tório Ética-Parrado Contabilidade epresidente reeleito do Sescon/MT. APersonalidade Contábil foi Davi Fran-cisco da Silva, fundador e gerente daCooperativa de Crédito dos Contabi-listas de Mato Grosso – Coopercon.

Diretores do Sescon/MT tomam posse emfesta de premiação de profissionais do ano

Presidente: Elynor Rey ParradoVice-presidente: João dos SantosSecretário: Romero BarãoTesoureiro: Tadeu Roberto WarmlingDiretor de Relações Públicas: Odenor Aquino da SilvaDiretora Social: Teresa SantosDiretor de Eventos Técnicos: Antônio Silva NetoDiretor de Patrimônio: Elecino Dias da Silva

Composição da diretoria doSescon/MT - Triênio 2000/2002

Elynor Rey Parrado,reeleito presidente doSescon Mato Grosso

Campanha de arrecadação de alimentos

Está prevista para março do pró-ximo ano, a realização, por par-

te do Sescon/ES, de mais uma cam-panha de arrecadação de alimentos.Os produtos serão doados às entida-des assistenciais do Espírito Santo. Otipo de doação e destinatários aindaserão definidos. As campanhas sãopromovidas pela diretoria de AçãoSocial, criada pela atual gestão da en-tidade.

No segundo semestre deste ano, osindicato concluiu mais uma campa-nha, que arrecadou alimentos não pe-recíveis, como biscoitos, leite em pó echocolate em pó. Os produtos foramdoados às crianças portadoras deAids, da Associação Maternal de Am-paro à Criança – AMAC, de Vitória. Acoordenadora foi a diretora de AçãoSocial do Sescon/ES, Thereza Nader.

Segundo ela, a participação na cam-panha foi intensa, tanto de associa-dos, quanto de pessoas não ligadasao sindicato. “Todos tiveram a cons-

ciência do problema pelo qual pas-sam as crianças com esta doença ederam sua contribuição”, ressaltou acoordenadora, citando o envolvi-mento dos empresários contábeis doEstado na campanha. A divulgaçãofoi feita de diversas formas - atravésdo jornal da entidade, em avisos nosboletos de cobrança etc.

Parte dos alimentos foi entregue di-retamente à AMAC pelos doadores.A outra, que se encontrava na sededo sindicato, foi entregue à AMAC,no final de outubro, por representan-tes da diretoria do Sescon-ES.

Outras iniciativas como essa já fo-ram empreendidas pelo Sescon-ES etambém obtiveram um resultado po-sitivo. Campanha semelhante realiza-da no ano passado arrecadou 547 la-tas de leite em pó, que foram destina-das às crianças com câncer do Hospi-tal Infantil Jesus Menino, de Vitória.“Esse é um retrato da consciência docidadão”, concluiu Thereza Nader.

Espírito Santo

O Sescon/MT realizou, no dia 9de outubro, o 4° Toemco - Torneiode Futebol Entre as Empresas deContabilidade. O evento, que acon-tece todos os anos, tem o objetivode promover a confraternizaçãoentre as empresas. A competiçãocontou com a participação de 10equipes e foi realizada na chácarade propriedade da OrganizaçãoContábil Paulista, empresa que ob-teve a terceira colocação no evento.

Campeões do 4o Toemco1o lugar – Imcoeste & Associados2o lugar – Contabilidade Santa Rita

3o lugar – Org. Contábil Paulista

4o lugar – Assecont Asses. Empresarial e Contabil.

Imcoeste vence4° Toemco

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Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999 - 25

MISSÃO INSTITUCIONAL DOS SINDICATOS

Aos sindicatos, conforme previsto na Constituição Federal (artigo 8º), cabe a defesa dos interesses individuais e coletivos da categoria representada, inclusive emquestões judiciais e administrativas, sendo obrigatória sua participação nas negociações coletivas de trabalho.

CUSTEIO DAS ATIVIDADES SINDICAIS – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (ART. 578 CLT)

Assim, para custear suas atividades, entre outras fontes, está prevista a Contribuição Sindical (antigo imposto sindical), disciplinada pelo artigo 578 e seguintes daConsolidação das Leis do Trabalho.

DATA-LIMITE PARA O RECOLHIMENTO

No exercício de 2.000, o recolhimento da contribuição sindical patronal, devida aos SESCON’S pelos empregadores sediados em suas respectivas bases territoriais derepresentação, deverá ser efetuado até o dia 31 de janeiro de 2.000, ou no dia útil imediatamente anterior se feriado regional.

FORMA DE RECOLHIMENTO

Tal recolhimento deverá ser realizado através de Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical – GRCS, junto à Caixa Econômica Federal.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO

O cálculo da contribuição sindical dos empregadores deve observar a tabela abaixo, editada pela Confederação Nacional do Comércio em conformidade com o artigo 21 daLei 8.178, de 1º de março de 1991, artigo 2º da Lei 8.383, de 30 de dezembro de 1991 e Resolução CNC-SICOMÉRCIO nº 011/97:

LINHA CLASSES DE CAPITAL SOCIAL (EM R$) ALÍQUOTA (%) PARCELA A ADICIONAR01 De 0,01 a R$ 3.699,75 Contr. Mínima R$ 29,60

02 De 3.699,76 a R$ 7.399,50 0,8% R$ 00,00

03 De 7.399,51 a R$ 73.995,00 0,2% R$ 44,4004 De 73.995,01 a R$ 7.399.500,00 0,1% R$ 118,39

05 De 7.399.500,01 a R$ 39.464.000,00 0,02% R$ 6.037,99

06 De 39.464.000,01 em diante Contr. Máxima R$ 13.930,79

As empresas cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 3.699,75, estão obrigadas ao recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 29,60, de acordo com odisposto no § 3º do artigo 580 da CLT (alterado pela Lei 7.047, de 1º de dezembro de 1982).

As empresas com capital superior a R$ 39.464.000,00, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$ 13.930,79, na forma do mesmo dispositivo acima citado.

CUIDADOS NO PREENCHIMENTO

É indispensável o preenchimento correto da GRCS, especialmente do campo 07 – CÓDIGO DA ENTIDADE SINDICAL, motivo pelo qual divulgamos abaixo os códigossindicais que devem ser utilizados para cada SESCON.

MORA / PENALIDADES

Durante o primeiro mês de atraso no recolhimento da contribuição sindical patronal incidirá multa correspondente a 10% (dez por cento) de seu valor e, a partir dosegundo mês de atraso, será acrescida sucessivamente de 2% (dois por cento) ao mês ou fração. Em caso de mora, são ainda devidos juros, à razão de 1% (um porcento) ao mês ou fração, e correção monetária calculada de acordo com os coeficientes aplicáveis a débitos para com a Fazenda Nacional (artigo 600 da CLT).

Além dos acréscimos decorrentes da mora, sujeita-se o inadimplente à imputação de multa pela Delegacia Regional do Trabalho, da ordem de 7,5657 até 7.565,6932UFIR, segundo dispõe o artigo 598 da CLT e Portaria nº 148, de 25 de janeiro de 1996, do Ministro de Estado do Trabalho.

CÓDIGOS DA ENTIDADE SINDICAL – SESCON’S

Cada Sescon tem seu código sindical. As guias entregues pelo seu Sescon jávêm previamente preenchida com o respectivo código. Caso sua empresa con-tábil não tenha recebido as guias, você poderá fazê-lo respeitando os seguintescódigos de área:

CATEGORIAS REPRESENTADAS PELOS SESCON’S

A relação apresentada no verso desta página resume basicamente arepresentatividade dos SESCON’S.

OBSERVAÇÕES FINAIS

Demais informações e esclarecimentos podem ser obtidos diretamente noSESCON com base territorial abrangente da localidade em que sediado ocontribuinte, cuja orientação prevalece no cumprimento da contribuiçãosindical mencionada.

Contribuição Sindical Patronal Ano 2000

Códigos SindicaisAL 002-365-89638-8BA 002-365-00000-7Blumenau 002-365-89502-9Caxias do Sul 002-365-87490-2CE 002-365-88157-7DF 002-365-04303-2ES 002-365-04904-9GO 002-365-05474-3Gde Florianópolis 002-365-88511-2Londrina 002-365-00000-7MA 002-365-90023-7MT 002-365-86025-1MG 002-365-04937-5PA 002-365-00000-7

PB 002-365-00000-7PR 002-365-88248-4PE 002-365-05023-3P. Grossa 002-365-00000-7PI 002-365-00000-7RJ 002-365-02382-0RN 002-365-00000-7RO 002-365-00000-7RR 002-365-04959-6SC 002-365-02808-4SP 002-365-86257-2SE 002-365-04999-5Sul Fluminense 002-365-05022-9TO 002-365-00000-7

OBS: Os Estados do AC, AM, AP e MS estão em organização e devem utilizar o código daFenacon - 002-365-00000-7

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26 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

I - Empresas e escritórios de serviços contábeis e fiscais(Organizados ou não sob forma de pessoa jurídica).01. Empresa de Contabilidade02. Escritórios Físco-Contábeis-Autônomos03. Empresas de Auditoria04. Escritórios de Auditoria - Autônomos05. Empresas de Assessoria e Consultoria Contábil

II - Empresas e escritórios de assessoria e assistência06. Escritórios de assessoria e consultoria contábil - autônomos07. De assessoria de importação e exportação aduaneira08. De assessoria de marketing e merchandising09. De assessoria e assistência gerencial, econômica, financeira e fiscal10. De assessoria e planejamento fiscal contábil11. De assessoria na área de crédito12. De assessoria e assistência técnica rural13. De assessoria da previdência privada14. De assistência automobilística15. De assistência e orientação a cooperativas habitacionais e agropecuárias16. De assistência e projetos de cozinhas17. De assistência e projetos agropecuários18. De assistência e projetos de urbanização19. De assistência e projetos de viabilidade técnica econômica20. De assistência e projetos de topografia, aerolevamento e aerofotografia21. De assistência e projetos de reflorestamento22. De assistência e projetos de prospecção geofísica23. De assistência e projetos na área de Telecomunicações24. De assistência e projetos urbanísticos e estudos ambientais25. De assistência técnica de aparelhos e equipamentos26. De assistência empresarial e gerencial

III - Empresas e escritórios de perícias e avaliações27. De avaliações de empresas28. De avaliações patrimoniais29. De engenharia de avaliações30. De avaliações e regularização de avarias marítimas31. De perícias judiciais, trabalhistas e contábeis32. De controle patrimonial

IV - Empresas e escritórios de consultoria33. De consultoria empresarial34. De consultoria na área de informática35. De consultoria técnica e imobiliária36. De consultoria financeira, econômica e fiscal

V - Sociedade de advogados

VI - Empresas e escritórios de administração37. De administração de crédito38. De administração de convênios39. De administração de vale transporte

40. De administração de vale-refeições ( através de tíquete )41. De administração empresarial42. De administração de cartão de crédito

VII - empresas e escritórios de organização e coordenação43. De organização de eventos44. De exposições e feiras45. De organização e promoção de venda de cartões de instituições e clubes46. De organização e promoção de vendas de contatos de assistência técnica47. De promoção de vendas de mala direta48. De organização e promoção de congressos e eventos

VIII - empresas e escritórios de serviços49. De ser viços de vigilância e segurança50. De transporte, guarda e segurança de valores51. De ser viços de cópias e fotocópias52. De ser viços de documentação e microfilmagem53. De ser viços de urbanismo, ajardinamento e ornamentos54. De ser viços de consertos em geral55. De ser viços de cobrança extrajudicial56. De recursos humanos, seleção, recrutamento, treinamento e desenvolvimento

IX - Associações, clubes, entidades cooperativas57. Clubes de proteção ao crédito58. Clube de diretores lojistas59. Associações comercias, industriais e de serviços60. Câmaras de Indústria, comércio e serviços61. Associação de criadores rurais e ruralistas62. Sociedades cívis e militares63. Clubes de ser viços64. Centrais e abastecimento65. Centrais de produtores rurais66. Companhias de desenvolvimento67. Bolsa de valores e mercadorias68. Cooperativas de ser viços e trabalho profissional (exceto serviços médicos e odontológicos)

X - Agências de informações e pesquisa69. Agências de informações e pesquisa70. Agências de colocação de fretes (centrais de frete)71. Agências de coloc. de mão-de-obra (inc. temporários.)72. Agências de marcas e patentes73. Agências de recursos humanos

XI - holding societária e fundos mútuos74. De participações societárias75. De administração patrimonial ( exc.bens imóveis )76. De administração de ações e quotas77. De administração de bens e negócios78. De administração de fundos mútuos e de previdência privada

Categorias econômicas representadas pelos Sescon’sOs Sescons representam os segmentos econômicos abaixo descriminados, integrantes

do Ordenamento Sindical do Grupo Terceiro, da Confederação Nacional do Comércio na forma de CLTe do Parágrafo IV do artigo Oitavo da Constituição Federal (exceto se houver sindicato de

representação específica). Assim, as empresas que devem recolher Contribuição Sindical eConfederativa aos Sescons são:

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27 - Revista Fenacon - Edição 48 - Dezembro de 1999

Serviços On-Line

• Boletim Diário sobre Mudanças naLegislação (Gratuito)

• Consulta e emissão de Certidões do INSS,Receita Federal e PGFN

• Cálculo e emissão de guias de INSS ematraso

• Consulta de marcas e Patentes (INPI)

• Legislação OnLine - Net - IOB

• Respostas às dúvidas mais frequentessobre IRPF, Simples e OS 203 (Pesquisassão indexadas por palavra)

• Posto Fiscal Eletrônico

• Convenções Coletivas de Trabalho

Federação Nacional das Empresas deSer viços Contábeis, Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas

Page 28: Ano IV - Edição 48F ENACON Dezembro de 1999 · ria perigoso travar o meu micro? Qual é o tamanho do Explorer 5.0 + Outlook, depois de instalado? E se eu conseguir instalar, ele

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