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Padre Alberione e a santificação da mente Ano LXXII – n o 96 – janeiro-abril 2011 9 771413 159005 00096 ISSN1413-1595 Na entrevista: Igreja e profetismo Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digital Casais cristãos e o caminho da santidade CF 2011: “Fraternidade e a vida no planeta”

Ano LXXII - paulinos.org.br · cooperador paulino setembro/dezembro de 2010 3 cp Oração Ó Jesus, Divino Mestre, agradeço e bendigo ao vosso mansíssimo co-ração, que vos levou

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Padre Alberione e a santifi cação da mente

Ano LXXII – no 96 – janeiro-abril 2011

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Na entrevista: Igreja e profetismo

Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digital

Casais cristãos e o caminho da santidade

CF 2011: “Fraternidade e a vida no planeta”

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Oraçãocp

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Ó Jesus, Divino Mestre, agradeço e bendigo ao vosso mansíssimo co-ração, que vos levou a dar a vida por mim. O vosso sangue, as vossas

chagas, os flagelos e os espinhos, a cruz e a vossa cabeça inclinada dizem ao meu coração: “Ninguém ama mais que quem dá a vida pelo

amado”. O Pastor morreu para dar a vida às ovelhas. Também eu quero dar a minha vida por vós. Fazei que sempre, em tudo, em cada lugar, vós possais dispor de mim segundo a vossa maior glória e que

eu possa repetir sempre: “Seja feita a vossa vontade”. Inflamai o meu coração de santo amor por vós e pelas almas.

Doce coração de meu Jesus, fazei que eu vos ame cada vez mais.

A oração que segue foi composta pelo bem-aventurado Tiago Alberione em 1952. Ela faz parte da “Coroazinha ao coração de Jesus Mestre”, por meio da qual agradece a Jesus Mestre pelos dons do Evangelho, da Eucaris-tia, da Igreja, do Sacerdócio, da Vida Religiosa, de Maria como Mãe, a sua mesma Vida.

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O Cooperador PaulinoPublicação quadrimestral da Família Paulina

Ano LXXII – Nº 96Janeiro – Abril de 2011ISSN 1413-1595

Sumáriocp

O Cooperador Paulino é uma revista fundada pelo bem-aventurado Tiago Alberione em 1918. Sua missão é servir o Evangelho, a cultura humana e a ca-tequese do povo de Deus na cultura da comunicação, bem como informar sobre a vida, espiritualidade e atividade missio-nária da Família Paulina, que procura manter viva, no mundo moderno, a obra evangelizadora do apóstolo Paulo.

Editora:Pia Sociedade de São Paulo (Paulus)

21Caminhar com a Igreja: Ser humano: fruto da criação14

Formação: O Cooperador Paulino no pensamento do padre Alberione

12Palavra e Comunicação: Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digital

Jornalista responsável e editor:Augusto Ferreira, sspMTb 11099/MG

Revisores:Tiago José Risi LemeThiago Augusto Dias de Oliveira

Projeto gráfi co: Pia Sociedade Filhas de São Paulo

Diagramação:Revista Família Cristã/PaulinasCapa – sxc

Oração ..................... 03Família Paulina ....... 06Entrevista ................ 08Catequese Paulina .. 10Testemunho ............ 16

Espiritualidade ....... 17Institutos ................. 18Recado de Paulo ..... 20Interatividade ......... 22 Santidade Paulina .. 24

Notícias ................... 26Atualidades ............ 30 Tiago Alberione ...... 32Cartas ...................... 33Passatempo ............ 34

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ta vez, propomos a reflexão a partir do tema: “Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digital”, onde damos destaque à pessoa hu-mana como fator principal de comunicação, fugindo, portanto, da ideia tradicional de que os meios são as tecnologias.

Nesse sentido, caro(a) cooperador(a), con-vidamos você a completar e aprofundar a lei-tura na seção “Formação”, onde apresentamos a comunicação a partir da experiência bíblica, fundamentada sobretudo nas cartas paulinas.

Desejamos a todos os que nos acompanham nessa jornada uma excelente leitura, lembran-do que sua participação nas seções interativas da revista é muito importante. Portanto, não deixe de participar da “Interatividade”, que propomos em cada edição, assim como espera-mos sua carta ou e-mail com críticas e suges-tões. Boa leitura!

Amigo(a) Cooperador(a),

Iniciamos mais um ano. Momento opor-tuno para olharmos para trás e lançarmo-nos para a frente. A equipe de O Cooperador Pau-lino sente-se honrada em ter você conosco por mais um ano. Novos governantes na presidên-cia, no senado e na câmara federal. Com isso, renovamos as nossas esperanças de um Brasil cada vez mais humano e solidário.

Nessa relação entre Igreja e política, a “En-trevista” vai nos ajudar a compreender melhor como era possível esses dois pilares da socieda-de andarem juntos, em um dos períodos mais difíceis pelos quais o país passou nas décadas de 60-80, com a ditadura militar.

Em qualquer época, as cruzes estarão presen-tes, mas, para nós, cristãos, a cruz ganha ressig-nificação. É o símbolo do apóstolo. O “Recado de Paulo”, nesta edição, é uma reflexão sobre esse símbolo, muitas vezes incompreendido por algumas pessoas.

É tradição apresentarmos a reflexão do Papa para o Dia Mundial das Comunicações. Des-

Graça e paz!

Augusto Ferreira, sspEditor

Redação:O Cooperador PaulinoCaixa Postal 2.53401060-970 São Paulo – SP

Página na internet:http://www.paulinos.org.br/

Endereço eletrônico:[email protected]

Karla Ferreira RosaMaria Elisa MoreiraMalú e Eduardo, isf

Impressão:Paulus GráficaVia Raposo Tavares, Km 18,5São Paulo (SP)

Tiragem:12.000 exemplares

Equipe de redação:Ir. Lucivânia Conceição Oliveira, apIr. Inês Creusa do Prado, sjbpIr. Ivonete Kurten, fspIr. Maria Rogéria, fspIr. Terezinha Lubiana, pddm

Colaboraram:Pe. Antonio Lúcio, sspPe. Antonio F. da Silva, sspIr. Pina Riccieri, fspIr. Joana Puntel, fspIr. Sandra M. Pascoalato, sjbpIr. Rosa Ramalho, fsp

Editorialcp

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Família Paulina padre Antônio Lúcio, ssp

Família Paulina: seguindo os passos de São Paulo!

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ApostolinasDiscípulasPaulinasPaulinosPastorinhas

Opadre Tiago Alberione “rezou muito antes de colocar as nossas Congrega-ções – e toda a Família Paulina fun-

dada por ele: Paulinos, Paulinas, Discípulas do Divino Mestre, Pastorinhas, Apostolinas, Anunciatinas, Gabrielinos, Jesus Sacerdote, Santa Família e Cooperadores Paulinos – sob a proteção de São Paulo. Ele queria um santo que se destacasse em santidade e ao mesmo tempo fosse exemplo de apostolado”.

São Paulo afirma na sua Carta aos Gála-tas (cf. Gl 1,11-20) que o Evangelho que ele anuncia não é resultado de conhecimento humano. Ele não o recebeu, nem o apren-deu de nenhum homem: é revelação de Je-sus Cristo. Isso vem confirmado nos Atos dos Apóstolos: “Este homem, afirma Jesus, é para mim instrumento de eleição para levar meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos filhos de Israel” (At 9,15).

São Paulo está convencido de que foi Jesus quem o chamou pela sua graça para anun- ciar a mensagem do Evangelho a todos os povos: “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim, mas uma neces-sidade que se me impõe” (1Cor 9,16). São Paulo acreditou plenamente no chamado de Jesus naquele meio-dia na estrada de Damas-co: de perseguidor dos cristãos transfor ma-se em Apóstolo de Jesus Cristo. Ele não fez cálculos matemáticos sobre o chamado. Não pôs limites à ação de Deus nele. Não buscou certezas absolutas, porque elas não existem. Não buscou respostas que garantissem seu

futuro, porque elas também não existem. Ele acreditou na ação de Deus nele e sabia que doravante seria “apóstolo por vocação” (Rm 1,1) e “escolhido para anunciar o Evangelho de Deus” (1Cor 1,1) “pela vontade de Deus” (2Cor 1,1).

Sua fidelidade ao Evangelho foi plena e não conheceu limites de sorte alguma (cf. 2Tm 2,8-10). Ao longo de seu ministério apostó-lico, Paulo enfrentou inúmeras dificuldades. Escrevendo aos coríntios, ele afirma o que su-portou por causa do Evangelho de Jesus Cris-to: “fadigas, prisões, açoites, perigo de morte,

flagelos, apedrejamen-to, naufrágio, alto-mar, viagens, perigos (rios, ladrões, irmãos de raça, pagãos, cidade, deser-to, mar, falsos irmãos), cansaço, sono, fome, sede, jejuns, frio” (2Cor 11,23-28).

Como membros da Família Paulina, a “Família de São Paulo”, queremos ser fiéis a Jesus, como o foi o Após-tolo Paulo. Para isso, precisamos, como ele, estar apaixonados por Cristo Jesus (cf. Rm 8,35-38); ter a consciência de que já não nos pertencemos mais e de que já não é possível pensar nem agir sem partir de Cristo: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28); convencer-nos profundamente de que é sempre Cristo quem nos ama primeiro. São Paulo se converteu porque se sentiu ama-do (cf. Rm 5,6-11).

“Queremos ser fiéis a Jesus, como o foi o apóstolo Paulo”

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Entrevista por Augusto Ferreira

A convite de Dom Ivo Lorscheiter, secretário-geral da CNBB, o padre José Dias Goulart assumiu a assessoria de imprensa em iní -

cios de 1971, no Rio de Janeiro. Com a transferên-cia da sede para Brasília, em 79, prosseguiu na fun-ção até junho de 83, sempre a serviço direto da se-cretaria geral.

No episcopado, destacaram-se à frente da direto-ria Dom Aloysio Lorscheider e Dom Luciano Men-des, além do próprio Dom Ivo, cada um deles na presidência por dois períodos seguidos. Sobressaiu também a posição fi rme e corajosa de vários bis-pos, como Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Helder Câmara, Dom Cândido Padin e Dom Pedro Ca-saldáliga.

No Congresso Nacional, havia dois partidos: Are-na, da situação, e MDB, na oposição, ambos concor-dando sempre servilmente com o governo militar. Tanto que se dizia haver, na situação, a Arena e, na oposição, a CNBB. Só esta se atrevia a dizer o que

era preciso, e, na sua sede, era frequen-te a presença de estudantes e outros que pelo governo eram tachados de subver-sivos. Sacerdotes, pastores e numerosos líderes, religiosos ou não, pertencentes às mais variadas entidades, recorriam ou de alguma forma se refugiavam junto à CNBB. O padre José Dias nos conta um pouco de como era a profecia da Igreja naquela época tão difícil.

Como você avalia a presença da Igreja no regime de exceção em nosso país?

José Dias: Sob o governo militar, era preciso driblar a censura rigorosa. Duas forças então se uniam: a função crítica da imprensa e a missão proféti-ca da Igreja. O que mais me impressionou, durante a ditadura, foi a coragem e destemor da

A Igreja e seu profetismo

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José Dias: São outros tempos. Porque sabemos que, na tempestade, a Igreja torna-se corajosa. Na bonança, os problemas são diferentes, e o gran-de perigo está no acomodar-se, achando que tudo está bem. No entanto, sabemos que a voz da pro-fecia não pode calar-se nunca. Muitas vezes, como diz o provérbio, “a serpente rasteja sobre a grama macia”. Na falsa quietude, o medo impõe o silên-cio antiprofético. “É preciso estar sempre atento”, como alerta o Evangelho, e “gritar sem cessar”, como repetem Isaías e o apóstolo Paulo.Na ditadura, a Igreja bradava contra as torturas

a que eram submetidos os presos políticos. E na democracia, que vo-zes se ouvem contra os horrores em prisões co-muns ou psiquiátricas? Todos sabem o que por

aí acontece, e quem é que ousa protestar? Onde estão os profetas e a imprensa? Como fica a nossa indispensável opção preferencial pelos mais fracos e sofridos? E quem mais indefeso que os esquecidos da justiça? Onde está a voz profética para clamar contra a fome, a miséria, a exclusão, a opressão, a escravidão disfarçada no campo e na cidade?Realmente, a nossa profecia parece estar fraque-jando sob muitos aspectos.

Que dizer do Documento de Aparecida?José Dias: Insiste sobre o discípulo missionário. Documento bem atual e oportuno, que precisa ser entendido nas entrelinhas e assumido até as últi-mas consequências. Ser discípulo de Jesus, assu-mindo a missão dele, que exige profetismo a toda hora, em qualquer situação. Profetismo principal-mente no interior da Igreja. E profetismo firme, corajoso e contínuo frente às dores do mundo, aconteçam onde estejam acontecendo. E essas dores se sucedem por toda parte e sem cessar. O Documento de Aparecida não pode ficar no pa-pel ou na prateleira. Há de descer, principalmen-te na missão entre os mais fracos e desprotegidos, enfrentando corajosamente, quando preciso, os opressores.

O centro de sua vida era Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida.

direção da CNBB e de numerosos bis-pos na crítica ao regime e, ao mesmo tempo, a prudência na defesa em favor dos opositores, caçados como subversi-vos. Vozes proféticas se erguiam contra os desmandos e violências perpetradas pela ditadura nos porões de quartéis e DOPS (Departamentos de Ordem Po-lítica e Social). Eram denúncias que dificilmente a mídia podia publicar no Brasil, mas que fugiam à censura na imprensa internacional, repercutindo, naturalmente, aqui. Denúncias que a Igreja no Brasil assumia e procurava comunicar, ajudando assim a imprensa a burlar a censura tão severa. O profe-tismo não se fecha em nenhuma reli-gião ou classe social, mas defende as fontes denunciantes. Como era missão da Igreja proteger lideranças de todo tipo, especialmente de estudantes e operários, diante da sanha carrasca dos agentes da ditadura, que farejavam como espiões por toda parte, muitos até se faziam passar por jornalistas. E a assessoria de imprensa precisava es-tar atenta. Era preciso falar, evitando ao máximo que alguém sofresse con-sequências nos citados porões. Pesso-almente, o assessor de imprensa nada tinha a temer, pois falava em nome da presidência da CNBB, que o governo militar não se arriscava a atingir, com medo da repercussão internacional.Na difícil situação durante o governo militar, encontrou campo propício a Teologia da Libertação, diante de tanta escravidão e opressão, de tanto pecado social e estrutural. Teologia que deveria ser sempre mais sentida e vivida, porque escravidões sempre há e haverá.

Após a ditadura, a Igreja avançou ou retro-cedeu no campo social?

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Catequese Paulina Irmã Pina Riccieri, fspcp

A mente e o pensamento fundamentam a formação das motivações profundas do viver

e da adesão autêntica a Cristo.

Santi�cação da mente no pensamento de

padre Alberione

Entre os principais documentos dei-xados em herança à Família Pauli-na pelo bem-aventurado Alberione,

en contra-se, certamente, o opúsculo, sem-pre atual, Santificação da mente, oferecido a todos os membros na festa de São José, como gratidão pelos augúrios recebidos em 1956. O texto trazia alguns precedentes: era, de fato, a reunião de cinco artigos pu-blicados, de setembro de 1954 a maio de 1955, no boletim interno São Paulo, com o título eminentemente bíblico: “Amarás o Senhor com toda a mente”.

Concretamente, em que se pensa quando se diz “mente”? Filósofos, biólogos, antro-pólogos procuraram dar uma resposta. Por mente, entende-se aquela capacidade hu-mana pela qual se representa a realidade, em base às próprias experiências, aos prin-cípios gerais adquiridos, às expectativas, aos valores, aos significados, às emoções. A

mente reflete uma particular e pessoal visão do mundo, caracterizada por uma unidade que lhe é própria e por uma forma de inteli-gência particular, isto é, aquela capacidade pela qual a pessoa reflete, estuda, conhece. Em síntese, unifica o material sintetizado pelas intuições sensíveis. É como os olhos para o corpo: este oferece a possibilidade de ver a realidade externa à pessoa. A mente colhe e distingue sua identidade.

Na atual sociedade da mente e do conhe-cimento, somos chamadas a santificar essa capacidade concreta, a procurar realizar o “sejais perfeitos como o vosso Pai que está nos céus”, pedido a todos por Cristo Mestre. Em Santificação da mente, Alberione retoma a dimensão da conformação a Jesus Verda-de, expressa no Donec formetur Christus in vobis, segundo a qual “agradaremos ao Pai pelo caminho da mente”, orientada à trans-formação contínua até a substituição do

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próprio pensar com o pensar de Jesus. A mente e o pensamento fundamentam

a formação das motivações profundas do viver, da adesão autêntica a Cristo. É da mente que brotam as perguntas e as deci-sões da existência: Por que faço isto? Por que aquela decisão? Se a vida é uma coisa séria, porque dela depende a eternidade, é imprescindível dar-lhe importância e colo-car a primeira e irredutível atenção sobre a potencialidade humana que a orienta.

O uso sadio da mente assume um papel fundamental na realização de uma vida toda centrada em Cristo e doada à hu-manidade, sobretudo na nossa sociedade da imagem, onde parece que só tem valor aquilo que aparece. É, portanto, necessário atingir um controle da mente, sempre na prospectiva de uma visão unificada e inte-gral da pessoa. De fato, “nenhum pecado do coração, palavras e obras é possível sem

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a mente”. Da mente saem os maus pensa-mentos que podem conduzir para o mal. É justo valorizá-la, santificá-la na reunião das ideias, que devemos assimilar para fazer com que se tornem convicções e sabê-las comunicar.

Para Alberione, “governar a mente é ne-cessidade fundamental; é condição sine qua non, para o êxito no tempo e na eternida-de”. Não é empenho fácil; não é exibição de atitudes ou de gestos. É, sim, a supera-ção do modo puramente humano de pen-sar, de raciocinar, um despir-se do homem velho para assumir, dia após dia, um pensar evangélico. É adquirir, para depois torná-la conhecida, a supereminente ciência de Cristo. Essa é a estrada, esse é o caminho para seguir Cristo Verdade e poder assim afirmar: não sou mais eu que penso, é Cris-to que pensa em mim: os seus pensamentos são os meus pensamentos.

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Palavra e Comunicação irmã Joana Puntel, fspcp

Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digitalNo dia 5 de junho de 2011, será celebrado o 45º Dia Mundial das

Comunicações. O tema de reflexão convida à autenticidade de vida que se tornará testemunho no espaço digital.

O tema do 45º Dia Mundial das Co municações, anunciado por Ben to XVI, no fim de setembro,

segue uma prática já estabelecida. Entre-tanto, a mensagem, objeto de reflexão, é publicada somente em 24 de janeiro, dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas. Este artigo, portanto, segue en-foques que, ao acompanhar o pensamento do Magistério da Igreja sobre a comunica-ção, podemos deduzir e que, oxalá, estejam presentes na mensagem pontifícia.

Olhando em profundidade para o tema sugerido para 2011, “Verdade, anúncio e

autenticidade da vida na era digital”, fica clara e relevante a articulação existente com os dois últimos temas oferecidos por

Bento XVI: “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de res-peito, de diálogo, de amizade” (2009); e “O sacerdote e a pastoral no mun-do digital: os novos mídia ao serviço da Palavra” (2010). Articulação que parte da constatação em que se move a sociedade hoje: o “continente digi-

tal”. Nesse “continente”, habitam pes-soas que são convidadas a “estar” nesse

mundo, especialmente os jovens, viven-do e circulando nas redes sociais os valores humanos do diálogo e da amizade, confor-me o convite da mensagem de 2010.

É nesse “mundo digital” que se ancora o palco planetário onde se movem as pes-soas. Temos, então, a importância central da “carga simbólica” da mídia, que pro-porciona às pessoas se relacionarem den-tro de novos contextos e esferas midiáti-cas. A evangelização, portanto, que deve acontecer no diálogo entre fé e cultura (cf. Evangelii Nuntiandi 20 e Redemptoris Missio 37ª), apresenta-se hoje com inéditos desa-fios, que provocam e se impõem, também aos sacerdotes, cuja tarefa principal é a de “anunciar Cristo, Palavra de Deus encar-nada”. Tarefa esta de que jamais se poderá abdicar. O convite, porém, está nas for-mas de fazê-lo; sim, estas devem avançar, atualizar-se, porque vivemos em uma nova ambiência (cf. Mensagem – 2010).

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Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digitalViver a verdade – Há, sem dúvida, um

“novo sujeito” nesse palco planetário que é o mundo digital. E aqui entra a Mensa-gem do Papa para 2011: “Verdade, anúncio e autenticidade da vida na era digital”. À primeira vista, poderia parecer um tema difícil e desconexo. Pelo contrário. Arti-culando com os temas precedentes, o Papa chega ao “nó” da questão – a pessoa, o ser humano. Todos vivem num “mundo” cada vez mais mesclado entre real e virtual. O que somos, afinal? Nas palavras de Bento XVI, depreende-se a insistência para o fato de que a comunicação deve ser entendida e centrada na pessoa, que está no coração de todos os processos comunicativos. Em suas palavras, “mesmo em uma era que é ampla-mente dominada e, por vezes, condiciona-da pelas novas tecnologias, o valor do teste-munho pessoal continua a ser essencial”.

Jornalistas católicos – Para viver o anún-cio, é preciso não somente proclamar a ver-dade, lidar com as operações técnicas das novas tecnologias, mas o convite é para viver a verdade consigo mesmo, com os outros. É essa autenticidade de vida que se tornará testemunho, juntamente com o anúncio, na era digital, e fará aflorar em tantos corações a fé, a razão de viver e a esperança.

À categoria dos jornalistas católicos, o convite é dirigido para que os critérios baseados na verdade estejam presentes no que pretendem compartilhar. Porém, exige autenticidade de vida daqueles que traba-lham na mídia, lembrando sempre que a “tecnologia, por si só, não pode estabelecer a credibilidade do comunicador, nem servir como uma fonte de valores que guia a co-municação”.

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cp Formação padre Antônio da Silva, ssp

Cooperação na Comunicação

“Nós fizemos todo o possível para que a publicação seja bonita e acertada, mas se Deus não der sua bênção, de nada valerá a nossa criatividade; com a

bênção de Deus, ao contrário, se espalharão e se produzirão frutos.”

Émais comum e constitui uma tendência geral notar e comen-tar negativamente coisas e acon-

tecimentos. A notícia negativa chama a atenção mais do que a positiva. E todos somos chamados a refletir nisso. Acontece um terremoto, por exemplo, e os comen-tários ficam só ao redor da calamidade da natureza. Quando, porém, nos detemos a contemplar a harmonia da natureza, na variedade dos seus elementos e seres?

Também na consideração da sociedade, a crítica do que é negativo ocupa logo a atenção. Claro que é chato quando há um atraso num meio de transporte. Mas já paramos alguma vez para considerar a infinita cooperação necessária para que aconteça um voo de avião?

Graças a incontáveis pequenos progres-sos técnicos, de séculos e séculos, chegou-se à invenção desse veículo. Mas hoje, para se chegar ao momento do embarque, é necessário que aconteça uma infinidade de participações que formam uma verda-deira rede viva de cooperação. Por outro lado, como poderia existir cooperação sem a comunicação? E qual comunicação

poderia existir sem a busca de uma comu-nhão de pontos de vista e colaboração? É graças à cooperação e à comunicação que podem nascer as comunidades, verdadei-ras células vivas da humanidade.

Havia um padre que, a partir da consi-deração de uma xícara de café servida no bar, ia mostrando de quanto trabalho ela era fruto e quanta beleza está por trás das pequenas coisas do nosso cotidiano.

Aliás, o Apóstolo Paulo gostava de pen-sar a comunidade eclesial como organismo vivo em que os vários dons e carismas são interligados como as funções dos órgãos do corpo humano.

Na Carta aos Efésios, lemos: “Cada um de nós recebeu a graça na medida do dom de Cristo... A uns ele nomeou apóstolos, a outros, profetas, evangelistas, pastores e mestres, para a formação dos consagrados na obra confiada, para construir o corpo de Cristo” (Ef 4,7.11-12).

É claro que assim como no corpo huma-no algum órgão pode adoecer e causar di-ficuldade nas funções dos demais, também na comunidade podem surgir verdadeiras doenças na comunicação entre as pessoas,

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que devem ser superadas com os meios que vêm de Deus: “Existem carismas diferentes, mas um único Espírito; existem ministérios diferentes, mas um único Senhor; existem atividades diferentes, mas um único Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada uma manifestação do Espírito para o bem comum” (1Cor 12,4-7).

Essa passagem da primeira Carta aos Co-ríntios constitui-se como a Carta Magna da identidade da cooperação e da comu-nicação. Podemos notar como São Paulo exalta a dignidade das atividades humanas, afirmando que as pessoas são verdadeira-mente cooperadoras de Deus, habilitadas àquela comunicação que existe na mais bela das sociedades e das famílias: “Já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus” (Ef 2,19).

É nessa luz que o bem-aventurado Tiago Alberione pensava a Família Paulina como Igreja viva, chamada a “mostrar nos tem-pos vindouros a extraordinária riqueza da graça” de “Deus, que é rico em misericór-dia” (cf Ef 2,4.7).

Por isso é que, em tempos nos quais havia

um pessimismo quase geral na Igreja sobre os frutos da modernidade, ele recebeu o dom de descobrir as grandes potencialida-des oferecidas por uma sã modernidade à causa do Evangelho, especialmente com os meios de comunicação. E na oração sentiu que outros haveriam de sentir o que ele es-tava sentindo e haveriam de cooperar com ele para pôr as novas invenções a serviço da evangelização.

Alberione não minimizava os estragos causados pelos meios de comunicação, mas preferia dizer que: “A crítica negativa do mal é o choro dos ociosos e daqueles que não conhecem o mistério do amor do Pai, que, na sua benevolência, quis ‘que o uni-verso, o celeste e o terrestre, alcançassem a unidade em Cristo’ (Ef 1,10)”. E acrescenta-va aquela que é como a opção de fundo da cooperação na comunicação evangelizadora: “Haja, sim, a deploração do mal; mas, sobre-tudo, ampla ilustração do bem, dos meios. Frequentemente acontece que a descrição do mal acrescenta mal a mal, pois leva a um sentido de desespero ou estéril ociosidade. Parte positiva: propaganda do bem, então, enquanto se deplora o mal”.

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Fé e coerência de atitudes

Sou Maria Elisa Moreira, psicóloga organizacional, professora universi-tária, palestrante e autora do livro

Liderar não é preciso: um guia para o dia a dia dos líderes, editado pela Paulinas. Faço parte dos Cooperadores Paulinos para o Evangelho, orientados, aqui no Brasil, pe-las Irmãs Paulinas. Já estou nessa caminha-da há vários anos.

A frase “Fiz-me tudo para todos” (cf. 1Cor 9,19-22), do apóstolo Paulo, mexeu comigo. Ela é uma possibilidade de reflexão sobre a humildade e a capacidade de nos adaptarmos às realidades que encontra-mos ao longo da vida. E, certamente, um dos temas mais desafiantes na vida de um Cooperador Paulino para o Evangelho é a sua atuação no mundo do trabalho. Como Cooperadora Paulina, confesso que pensar sobre essa nossa ação é, no mínimo, provo-cador! Ter uma espiritualidade que seja a base de sustentação para a jornada da vida e para a vida no ambiente de trabalho é paradoxal, pois, ao mesmo tempo que a es-piritualidade nos “alimenta”, também nos “incomoda”.

A espiritualidade nos alimenta e nos fortifica diariamente por meio das orações e práticas espirituais já consolidadas e vi-vidas. A partir dessa prática, iluminamos nossa missão utilizando todos e quaisquer meios de comunicação para fazermos o bem e levamos boas mensagens às pessoas. Mas, cá para nós, que desafio gigante te-mos em nossas mãos! Porque, escrevendo assim, parece simples, mas, na verdade, é aí

que mora o “incômodo”. No ambiente de trabalho, somos pressionados a gerar resul-tados. E tanto as pessoas quanto o sistema nos colocam à prova a cada minuto. Não sobre a nossa fé, mas sobre as nossas atitu-des e comportamentos! Ter uma espiritua-lidade e dar conta de ser coerente com ela, em meio ao caos da vida moderna, é uma situação que nos mobiliza e nos inquieta.

A nossa presença como Cooperadores Paulinos no mundo do trabalho se dá de modo muito diversificado, em empresas nos mais diferentes segmentos ou em nossos próprios negócios. Alguns Cooperadores atuam em instituições de ensino. Ou seja, não existem limites para a nossa missão. Você deseja fazer parte dos Cooperadores Paulinos para o Evangelho? Manifeste esse desejo pelo e-mail: [email protected], e entraremos em contato.

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Onde quer que estejamos, somos convidados a ser uma presença iluminada e radiante, que transpareça a nossa

espiritualidade, nossos valores, nosso jeito de ser.

Testemunho Maria Elisa Moreira

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A potencialidade da Palavra

Ainda jovem seminarista, servindo-se das obras de alguns historiadores, o bem-aventu-rado Tiago Alberione escreveu todo um ca-derno situando a Bíblia na história universal. Como estudante de Filosofia, anotava já al-guns pensamentos que revelam seu interesse pela Revelação divina numa chave de comu-nicação. Escrevia: “A verdadeira força rege-dora dos afetos do coração, motriz no reino invisível do pensamento, na união intelectual e moral, individual e social, que atravessa to-dos os séculos, que se dilata em todas as na-ções, é a potência da palavra. Fala o homem e fala Deus” (SC 155).

O futuro apóstolo da comunicação social já se detinha admirado diante da força da pala-vra, da potência da palavra humana e da po-tência misteriosa da Palavra e Deus.

Por isso, nos primeiros anos de seu minis-tério sacerdotal, enquanto se preparava para dar início à sua missão de fundador, o padre Alberione escreveu um dos seus livros mais importantes: Anotações de Teologia Pastoral. Nele, recomendava que os sacerdotes nunca abandonassem os estudos, especialmente so-bre as questões da atualidade. Mas o que enca-recia mesmo era o estudo da Sagrada Escritura e dava esta motivação: porque a Bíblia “está para os outros livros como o sol para o vaga-lume, como a Eucaristia para uma imagem de Jesus!”. Por isso, colocava na Palavra de Deus a eficácia da pregação – também através dos meios modernos – e a força de uma espiritua-lidade que busca a luz de Deus para iluminar o tempo presente.

Mais de uma vez, o bem-aventurado Tiago Alberione teve a consolação de constatar a

sintonia entre o que propunha para a vida e o apostolado e os ensinamentos da Igreja.

Isso aconteceu, por exemplo, em 1936, quando Pio XI comentou, num congresso de escritores, a expressão “a onipotência da imprensa”: “Essa expressão não basta para exprimir a realidade. A palavra já por si mesma é uma onipotência... E então, o que dizer dessa palavra, se já sozinha é onipo-tente, quanto mais quando ela dispõe de tal organismo, de um meio tal de difusão como é a imprensa? Em virtude dessa organização e desse meio de difusão, é, na verdade, a onipotência da palavra que se multiplica para além de toda medida”.

Quando, mais tarde, o Concílio Vaticano II ressaltou a importância da comunicação social para a evangelização, a Família Pau-lina se alegrou diante desse reconhecimen-to do seu carisma. Mas, sem nada tirar da força da comunicação humana, paulinos e paulinas sabem que o carisma do apóstolo na cultura da comunicação comporta “a necessidade de aprender a linguagem di-vina para transfundi-la nas suas obras, que serão tanto mais eficazes quanto, em vez de falar ele, fará que seja Deus a falar”.

Padre Alberione insistia que o funda-mental era que o apóstolo devia estar im-buído da Palavra de Deus, e dava esta bela sugestão: “Numa sala de redação, o melhor enfeite é o quadro dos evangelistas; o me-lhor sinal e objeto de culto é um Evangelho aberto onde se diz: ‘A Semente é a Palavra de Deus’; o mais precioso livro de consulta é uma Bíblia com amplos comentários dos Padres e dos Doutores da Igreja”.

Espiritualidade padre Antonio F. da Silva, sspcp

“O futuro apóstolo da comunicação social já se detinha admirado diante da força da palavra, da potência da palavra

humana e da potência misteriosa da Palavra e Deus.”

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Proposta para casais

Oriundo do coração do padre Albe-rione, o Instituto Santa Família, inspirado no modelo da Família de

Nazaré, nasce como uma proposta de vida a casais que aspiram alcançar a perfeição cristã no mundo dentro do matrimônio. Vivendo as realidades humanas próprias da vida de família, o casal percorre uma sen-da segura e canonicamente reconhecida de vida virtuosa e cristã.

A ideia de inserir cônjuges cristãos num caminho de santifi cação não é nova. En-tre os anos de 1920 e 1950, surgiram vários movimentos com esse objetivo:

– Em 1938, Fernand Tonnet, formado na JOC (Juventude Operária Cristã), funda as Feuilles Familiales, na Bélgica;

– Durante a Segunda Guerra Mundial (1943), na Itália, por iniciativa de Chiara Lubich, surge o Movimento dos Focolares, nome que signifi ca “fogo no lar”, o fogo do amor de Cristo e da caridade na unidade;

– Em 1949, em Milão, o teólogo Carlos Colombo funda os Grupos de Espirituali-dade Familiar, baseados no sacramento do matrimônio.

O que faz do Instituto Santa Família uma novidade em relação aos demais é a apro-vação, pela Santa Sé, da profi ssão dos con-selhos evangélicos para cônjuges, privilégio até então concedido somente a sacerdotes e religiosos, porque celibatários. Padre Al-berione, de olhos sempre voltados para o futuro, perscruta a possibilidade de homens e mulheres viverem segundo a profi ssão dos conselhos evangélicos, de forma que sejam praticados em casa, na família.

O Instituto Santa Família nasceu em 26

de novembro de 1971, dia da morte do Fundador, trazendo em si a primavera so-brenatural de uma nova categoria de con-sagrados na Igreja.

O próprio Fundador tinha a convicção de que o núcleo doméstico é seara onde fl orescem os carismas humanos e eclesiais e, portanto, precisa ser cultivado sob a luz virtuosa da Santa Família de Nazaré.

Hoje, diante da realidade muitas vezes desoladora em que se encontram as famí-lias, a consagração da família num modelo de vida inspirado no lar de Jesus, Maria e José são um contraponto inspirador e cheio de promessas de fecundidade. Experimen-tar a entrega da vida conjugal a Deus, pela profi ssão dos votos de castidade, pobreza e obediência, é, sem dúvida, algo desafi ador, mas traz em si a aventura daqueles que, res-pondendo aos apelos do papa João Paulo II, querem seguir por águas mais profundas.

A própria busca das coisas que não se si-tuam num mundo onde os valores são pau-tados pelo hedonismo e pelo imediatismo relativista é sinal de que o ser humano é um ser inquieto, que anseia pelo descanso só existente em Deus.

O Instituto Santa Família é uma resposta e uma opção segura para aqueles que buscam ser santos e santas hoje no seu próprio lar.

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Onde quer que estejamos, somos convidados a ser uma presença iluminada e radiante, que transpareça a nossa

espiritualidade, nossos valores, nosso jeito de ser.

Institutos Malú e Eduardo, isf

Para informações, dirigir-se a: Institu-tos Paulinos – Via Raposo Tavares, km 18,5 – 05576-200 – São Paulo – SP, ou e-mail: [email protected] – Visite o nosso site: http://www.paulinos.org.br/novo/institutos.html.

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Recado de Paulo irmã Sandra M. Pascoalatocp

O tema da cruz, de Jesus crucificado e ressuscitado, é palavra central na vida e na pregação de Paulo. Seu

caminho de identificação com aquele que o capturou na estrada para Damasco lhe per-mitiu afirmar com tremenda audácia: “Fui morto na cruz com Cristo” (Gl 2,19), e a re-conhecer na cruz de Cristo um sublime ato de amor: “Assim, ele me amou e se entregou por mim” (cf. Gl 2,20).

Para Paulo, a cruz define a vocação do apóstolo e o apóstolo como “servidor” (1Cor 3,5), como “colaborador de Deus” (1Cor 3,9), como “auxiliar de Cristo e administrador dos mistérios de Deus” (1Cor 4,1), isto é, como um instrumento da ação salvífica do Deus da Vida a favor da comunidade. Por ex-periência, Paulo testemunha que, no apóstolo crucificado, se manifesta o poder de Deus, do mesmo modo que se mani-festou na cruz de Cristo. Ele escreve: “Deus reservou o último lugar para nós que somos apóstolos, como se estivéssemos condenados à morte… Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos pos-tos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos per-seguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados. Sem cessar e por toda parte, levamos em nosso corpo a morte de Jesus, a fim de que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal”

(cf. 1Cor 4,9 e 2Cor 4,8-10).Segundo Paulo, a cruz define também

a vocação da comunidade cristã. Claro é o ensinamento e a exortação do apóstolo à comunidade de Corinto. Os cristãos de Corinto não questionavam teoricamente a mensagem da cruz. O problema é que a ha-viam posto de lado. A existência de tantas divisões é o sintoma que permite a Paulo de-tectar o mal que está despedaçando a comu-nidade. E para pôr em evidência o caráter absurdo de uma comunidade cristã dividida, Paulo interpela os coríntios, colocando-os

diante do acontecimento fun-damental: “não um outro, mas Cristo foi crucificado por vo-cês!” (cf. 1Cor 1,13).

A comunidade cristã nasce da cruz e, portanto, somente “a cruz de Cristo” (1Cor 1,18) pode reconduzi-la à unidade. O seguimento de Jesus crucifi-cado é, para Paulo, a exigên-

cia fundamental na vida da comunidade e do apóstolo. Vale também para nós hoje. Não se trata de pronunciar discursos vazios, nem de buscar cruzes artificiais que permi-tam iludir, com uma consciência tranquila, o compromisso de seguir Jesus crucificado na história presente. Trata-se de carregar, cada dia, aquelas cruzes que se impõem como consequência do seguimento de Cristo em solidariedade com os nossos irmãos, hoje crucificados, “pelos príncipes deste mundo” (cf. 1Cor 2,8).

“Eu não quis saber outra coisa a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado” (1Cor 2,2).

“A comunidade cristã nasce da cruz e, portanto, somente ‘a cruz de Cristo’ (1Cor 1,18) pode ajudá-la a viver a unidade.”

Paulo, Místico e Apóstolo

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Caminhar com a Igreja Karla Ferreira Rosacp

Em nossa sociedade, um dos as sun-tos mais abordados e preocupantes envolve as questões ecológicas, e,

como parte integrante dessa sociedade, a Igreja não poderia deixar de abordar tal assunto. Por isso, escolheu Fraternidade e a vida no planeta como tema da Campanha da Fraternidade 2011.

Durante a Quaresma, em nossa caminhada pelo deser-to, serão as palavras de Paulo que nos auxiliarão na refle-xão interior, pois é em Rm 8,22 que se encontra o lema da campanha: “A criação geme em dores de parto”.

Em uma primeira leitura, tais palavras causam certa preocupação, pois nos depa-ramos com dois termos, “ge-me” e “dores”, que aos ou vi-dos soam negativamente e inquietam. Tais termos remetem a sensações ruins. Con-tudo, esquecemo-nos de que o parto vem acompanhado da dor e que, só passando por ela, gera-se uma nova vida.

Voltemos agora a atenção para o sujeito da oração: “A criação”. A palavra “cria-ção” é um substantivo feminino, e, ao ana-lisarmos o enunciado da oração, veremos que Paulo vai além do gênero masculino/feminino e personifica nela a figura de uma mulher.

Na Sagrada Escritura, encontramos vá-rias figuras do sexo feminino, mas, no Se-gundo Testamento, particularmente no li vro do Apocalipse, nos deparamos com a imagem de uma mulher prestes a dar à luz. Atentemo-nos para o fato de que, no livro de João, esta é perseguida pelo Dragão que busca devorar seu filho ao nascer (Ap 12,4). A criação, mais que personificação da mulher, refere-se à própria humanidade,

e, sendo assim, nós também somos perse-guidos: há um dragão que busca devorar nosso filho prestes a nascer: o futuro.

Em seu livro Saber cuidar: ética do huma-no – compaixão pela terra, Leonardo Boff nos fala que o cuidado faz parte da “consti-tuição do ser humano” e que este, se não o

recebe, “desestrutura-se, de-finha, perde sentido e mor-re”. A nós, que somos essa criação, cabe o cuidar, o zelar pela vida que está por vir.

Cada vez mais, vemos nos-so planeta se definhando, e, por mais que existam diversos projetos que buscam auxiliar o meio ambiente, a primei-ra mudança deve ocorrer na consciência ética de cada um de nós.

Preservação, ecologia e lu-ta ambiental parecem termos que, de tem-pos em tempos, estão em alta, e, com isso, ao passarmos pelas ruas, vemos milhares de pessoas com sacolas biodegradáveis, em-presas que colocam lixeiras seletivas, in-dústrias automobilísticas que dão preferên-cia ao biodiesel. Mas resumir a preservação do planeta a uma questão de moda é o pior descaso do ser humano.

Responsabilizar-se pelo nosso planeta ou, como nos fala Boff, “resgatar o modo-de- -ser-cuidado” são atitudes necessárias para a consciência humana, para que esta não se acostume com atos que somente “pou-pem a vida”, ao invés de atos que venham a gerá-la. Ao escolher as palavras de Paulo como lema da próxima Campanha da Fra-ternidade, nossa Igreja vem nos fazer me-ditar e compreender que zelar pelo nosso planeta significa zelar pelo que há de mais sagrado em toda a criação, o verdadeiro fruto de seu ventre: o ser humano.

Ser humano fruto da criação

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Interatividadecp

Sobretudo, o Ensino Religioso Humano é importante porque, a partir da pessoa, são despertados os dons, habilidades e desejos, valorizando-se cada um como é.Silvania Freire da SilvaBelém – PA

O Ensino Religioso hoje está muito voltado para a diversidade religiosa e fundamentado nos valores humanos, na ética e na moral, o que pode trazer muitos frutos para a convivên-cia entre as pessoas.Layse SoeiroBelém – PA

Há controvérsias... Considerando as controvérsias relativas ao Ensino Reli-gioso, podemos defi nir a sua identidade como área de conhecimento e não proselitismo religioso. Por isso a necessidade de um trabalho conjunto en-tre pesquisadores, professores e alunos, e uma abordagem multidisciplinar. A revista O Cooperador Paulino perguntou aos jovens se eles acham impor-tante o Ensino Religioso nas escolas. Vale conferir as respostas.

Ensino Religioso nas escolas

O Ensino Religioso é importante, pois, na atualidade, é visível a falta de valores morais e éticos, e essa dimensão do ensino apresen-ta uma consciência humanizada da realidade sob o olhar das religiões.Dayana Pereira RebouçasManaus – AM

Ele semeia entre os estudantes formas de pensar sobre suas realidades, para serem a diferença no mundo e se colocarem no lugar dos sem vez e sem voz da sociedade, que são os que mais precisam de justiça e amor.Daiana Souza da SilvaManaus – AM

tante o Ensino Religioso nas escolas. Vale conferir as respostas.tante o Ensino Religioso nas escolas. Vale conferir as respostas.

Veja os próximos temas e participe com sua opinião

1. Deus age no sofrimento humano?

2. A vida tem sentido para você? Por quê?

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As respostas serão publicadas nos próximos números da revista, de forma resumida.O Cooperador PaulinoCaixa postal 2.53401060-970 – São Paulo – SP Ou [email protected]

Sim. Porque muitos não têm ensino em casa, os pais não ligam para isso, então, o lugar em que encontram a Palavra de Deus é a escola.Diany GomesManaus – AM

Na correria do mundo atual, onde pai e mãe possuem trabalho fora de casa, é comum deixar e confi ar a educação de seus fi lhos às escolas. Para os muitos afastados da religião, a catequese não é tão essencial na vida da criança; por isso, o Ensino Religioso é fundamental nas escolas para uma boa instrução que vá além de valores, que vise fi rmar a religiosidade da criança, sem pre-conceitos de doutrinas ou crenças.Daniela Geovana FreitasBom Sucesso – PR

Sim, acho muito importante, mas eu não tive na minha escola. O Ensino Religioso que tive foi na catequese, e digo: é necessário melhorar muito. Porém, acho legal o Ensino Religioso nas escolas sim. Quando se conhece, se ama muito mais. Jovem de Rolândia – PR

Acho importante sempre: “Ensine à criança o caminho em que deve andar, e, quando for velha, ela jamais se desviará dele”. Amanda Perbeline dos SantosMaringá – PRMaringá – PR

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Santidade Paulina Ir. Terezinha Lubiana, pddm

Padre Félix Bonicco: amou a vida, a família paulina e as vocações!

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No dia 4 de dezembro de 1921, a pequena comuna italiana de Frabosa Sopra-

na se torna o cenário de alegria dos seus não mais que 800 habitantes, ao testemunharem a chegada do novo rebento: Félix Bonicco.

Embora pequeno em idade, des-de cedo Félix já mostrava firmeza e coragem. Aos 11 anos, toma a decisão de in-gressar no seminário paulino, onde, através de constante espírito de oração, dedicou to-tal amor aos planos de Deus, sendo ordenado sacerdote em 14 de julho de 1946.

Dotado de uma inteligência aguda, força de vontade e trabalho incessante, padre Félix Bonicco foi enviado ao Brasil e iniciou aqui seu apostolado em 11 de abril de 1954. Apli-cou-se com todas as suas energias na formação de novos paulinos e na propagação da Palavra de Deus através dos meios de comunicação.

Para ele, a oração e a celebração euca-rística eram os valores maiores de sua mis-são. Viveu intensamente o mistério pascal na oração diária, no amor e dedicação ao apostolado paulino. Aos primeiros sinais da doença, mesmo com as mãos trêmulas, dedi-cava boa parte do seu tempo à correção de livros para a impressão.

A exemplo do Bom Pastor, que ama suas ovelhas e por elas dá a vida, padre Bonicco também demonstrou grande interesse, amor e dedicação às vocações. Quando um jovem não perseverava na vocação, ele se tornava muito reflexivo e dizia que isso poderia acon-tecer por falta de oração e de testemunho de vida paulina.

Um dia, quando questionado sobre o quantitativo de desistências na vida religio-

sa, ele olhou bastante pensativo os números que havia em sua frente e respondeu: “Faltam vida de oração e espírito de sacrifício”.Padre Bonicco, sempre disponível a servir os filhos e filhas de Deus, encantava a todos, especialmen- te os jovens, pela singular aten- ção e zelo que reservava aos fiéis

que o procuravam para direção espiritual ou confissão.

No entanto, seu maior apostolado deu-se nos 20 anos em que lhe foi concedido viver a experiência da doença, unido a Jesus no Cal-vário, pois passou a conviver com o mal de Parkinson, que, gradativamente, debilitou-lhe o organismo e reduziu-lhe a capacidade de movimento. Ainda assim, tornou a sua dor fecunda e dedicou todo o sofrimento, causado pela doença, em favor das vocações da Família Paulina.

No dia 21 de setembro de 1985, celebrou sua última missa na Comunidade dos Pauli-nos da Cidade Paulina (SP), para continuar sendo, ele mesmo, Eucaristia vivente, atra-vés do sacrifício da própria vida. E, então, no alvorecer do dia 20 de no-vembro de 1985, padre Bonicco encerrou sua existência e sua missão terrena, e par-tiu definitivamente rumo à glória de Deus, deixando aos membros da Família Paulina enorme pesar pela morte de tão admirável e estimado irmão.

Padre Bonicco nos deixou o testemunho de alguém que se deixou modelar por Deus. Ele nos falou com a própria vida, sem necessida-de de muitas palavras! Valeu a pena partilhar da vida e dos sentimentos desse membro fiel da Família Paulina.

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Jovem, nossa missão é vocacional.Junte-se a nós,

SEJA UMA IRMÃ APOSTOLINA!

Escolhidas e chamadas paraviver e oferecer a vida pelas vocações!

Av. Pedro Bueno, 298 – Parque Jabaquara04342-000 São Paulo/SP( (11) 2578-0272

[email protected]

R. Bom Jesus, 25 – Centro65800-000 Balsas/MA( (99) 3541-7658

: [email protected]:

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Notíciascp

Paulus lança novo site em 2011

ApostolinasDiscípulasPaulinasPaulinosPastorinhas

Há mais de um ano, a PAULUS prepara uma sur-presa para seus fi éis internautas. Parecia que o dia de apresentar essa surpresa não chegava. A ansiedade era muita entre os profi ssionais que trabalhavam para colocar no ar o novo site da PAULUS. Chegou 2011! Chegou o momento de tornar pública a novidade.

“Nós queríamos um site que ao mesmo tempo atendesse às necessidades dos nossos clientes e que não deixasse de prestar serviços”, afi rma o coordena-dor de Internet da PAULUS, Augusto Ferreira. Esse pro-jeto tem realmente estes dois aspectos: foco no cliente e prestação de serviços.

Em relação às compras, o cliente vai encontrar um

ambiente mais agradável, dinâmico e interativo. Tudo foi pensado com muito cuidado, para que o cliente não se perca dentro do site. As cores de cada seção e a hierarquização das informações foram pensadas nesse sentido.

Já na prestação de serviços, é possível encontrar excelente conteúdo, como o santo salmo e as leituras bíblicas do dia. Há também as partituras dos CDs da PAULUS e muito mais. Para os professores, oferece-se a revista Páginas Abertas, projeto pedagógico dos livros da PAULUS, e, para os profi ssionais da comuni-cação, estão disponíveis textos, imagens e áudios.

“Nosso objetivo com esse novo site é facilitar a vida dos nossos clientes, como também oferecer conteúdo de qualidade”, destaca Augusto Ferreira. “A PAULUS é referência em seu segmento no campo virtual, por isso, caprichamos nesse projeto”, completa.

Inspiradas no fundador, o bem-aventurado padre Tiago Alberione, que sempre quis os paulinos utilizan-do as tecnologias mais modernas para atender o povo de Deus, a PAULUS (países de língua portuguesa) e a SAN PABLO (para os países de língua espanhola) terão as mesmas características visuais a partir deste ano.

Não deixe de fazer uma visita ao novo site e dei-xar suas impressões, como também as críticas e su-gestões.

Acesse: www.paulus.com.br.

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Retiro Vocacional para Jovens

No dia 26 de setembro de 2010 em Santo André, ocorreu o retiro para jo-vens, com tema: “Aquele que beber a água que eu vou dar, esse nunca mais terá sede (Jo 4,14). Participaram deste momento de intensa oração cerca de 30 pessoas. A orientação do retiro fi cou por conta das irmãs Luciana e Lucivânia. Foi sem dúvidas um momento de graça.

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Pro�ssão perpétuaApostolinasDiscípulasPaulinasPaulinosPastorinhas

Pastorinha missionária!

As Pastorinhas da Província Padre Alberione – SP acolheram e foram enri-quecidas pela presença alegre e generosa de Ir. Mery Veloza Caballero.

Ela é colombiana e topou o desafio de ir para as águas mais profundas da missionariedade pastoral.

Veio para o Brasil para conhecer a realidade da sua nova província e, nesse tempo, além de visitar as várias comunidades das Pastorinhas, também conheceu um pouco das belezas da cidade de São Paulo. No dia 11 de agos-to, partiu para a comunidade das Pastorinhas no Gabão, África Central.

Durante todo o tempo em que esteve conosco no Brasil, Ir. Mary expres-sou profunda alegria por poder prestar esse serviço ao povo africano, através do ministério pastoral que lhe foi confiado por Jesus Bom Pastor.

No último dia 16 de outubro, na paróquia São Miguel Arcanjo, em Almas – Tocantins, aconteceu a Profissão Religiosa definitiva de Ir. Uezineire Ribeiro da Silva, da província Jesus Bom Pastor, com sede em Caxias do Sul – RS.

Tal evento foi precedido por uma semana missio-nária, com a presença de diversas Irmãs Pastorinhas e leigos missionários locais. Foram feitas visitas e bênçãos nas casas e celebração da Palavra em pequenos grupos. Além disso, foram organizados momentos pró prios para as lideranças, bem como para as crianças e jovens nas escolas da cidade sobre o cuidado da vida e vocação.

A semana foi coroada com a celebração eucarís-tica presidida pelo bispo da diocese local de Porto Nacional, Dom Romualdo Matias Kujawski, durante a qual a Ir. Uezineire fez a sua profissão definitiva diante dos familiares e do povo de sua cidade natal, seguindo-se um momento de confraternização.

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Semana Vocacional em Santa Rosa do Sul-SC

Por ocasião dos 25 anos de vida consagrada de irmã Izabel, cerca de 28 missionários de diversas congregações somaram força numa intensa e linda semana vocacional em Santa Rosa do Sul e cidades vizinhas. Esta missão tinha como principal objetivo levar aos jovens um apelo vocacional e desta forma não podia faltar as Apostolinas, representadas pela irmã Lucivânia.

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Nos dias 1º a 7 de setembro de 2010, as Discí-

pulas da Província do Brasil realizaram o 2º Capítulo

Provincial, com o tema: “Pão partido e partilhado para

a vida do mundo”. O capítulo teve seu início com a ce-

lebração eucarística. Como sinal de comunhão maior

da Congregação, esteve presente Ir. Agar Coreno,

conselheira e ecônoma geral, natural do México. Ela

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Pias Discípulas do Divino Mestre 2° Capítulo Provincial

Dia 30 de outubro de 2010, na solenidade de

Jesus Mestre Pastor, Caminho, Verdade e Vida, a Fa-

mília Paulina, os familiares e amigos se reuniram no

Jardim Divino Mestre – Cabreúva, para celebrar o ju-

bileu de prata das irmãs Carmelice Zottis, Aparecida

Batista (Cidinha) e Marilez Furlanetto, da Congrega-

ção das Pias Discípulas do Divino Mestre. A celebra-

ção foi presidida pelo Pe. Valdecir Conte, provincial

dos Padres e Irmãos Paulinos no Brasil.

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Jubileu

trouxe a saudação da superiora geral, Ir. Regina Ce-

sarato, e manifestou sua satisfação por estar presente

nesse momento histórico. Os objetivos dessa reunião

capitular foram: conhecer e analisar a caminhada da

província; eleger as representantes e formular propos-

tas a serem apresentadas ao 8º Capítulo Geral, que se

realizará em Roma, nos primeiros meses de 2011.

Notíciascp

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Paulinas-Comep abre Agência de Shows

Dentro das comemorações do Ano Jubilar da Pau-linas-Comep foi lançada no dia 26 de novembro, festa do fundador, o Bem-aventurado Padre Tiago Alberio-ne, a Agência de Shows da Paulinas-Comep. Com 50 anos de experiência em produções fonográficas e pro-movendo shows com seus artistas, Paulinas-Comep percebeu que já era hora de dar mais um passo. Um passo que exigirá muito empenho, fé e dedicação. “Temos consciência de que teremos muito trabalho pela frente e inúmeros desafios a serem enfrentados, mas caminharemos confiantes de que esta nova ati-vidade vem de Deus. Cada vez mais percebemos que é necessário somar forças na promoção dos artistas, principalmente os novos talentos, bem como, diante da situação do mercado fonográfico, buscar outras formas de adquirir recursos financeiros para dar con-tinuidade à missão” – afirma Irmã Eliane De Prá, dire-tora da gravadora.

Paulinas-Comep confiou essa iniciativa à Irmã Te-cla Merlo, pelo seu ideal apostólico, visão e coragem, Irmã Tecla valorizou a música no momento certo como meio inteligente e possível de comunicação aqui no Brasil. “Temos certeza de que a boa notícia está sendo acolhida por todas e todos que levam avante o projeto alberioniano com entusiasmo e gratidão. Gratidão a

No mês de novembro, Irmã Ninfa Becker foi nomeada superiora provincial das Irmãs Paulinas para o período de 2011 a 2013. Irmã Ninfa é natural de São Ludgero – SC. Entrou na Congregação em maio de 1955, fazendo sua primeira profissão em 1962. Estudou Psicologia na Universidade Gregoriana, em Roma, e, ao voltar ao Brasil, dedicou-se à formação das jovens. Na década de 90, foi provincial do Brasil, durante 3 anos. Em 1996, foi eleita provincial da Colômbia, onde permaneceu 5 anos. Em 2001, durante o Capítulo Geral, foi eleita conselheira geral, cargo que exerceu até o final de 2007. Em 2008, aprofundou seus es-tudos sobre a Espiritualidade, na Universidade Gregoriana. Retornou ao Brasil em janeiro de 2009, dedicando-se à formação na província.

Foram nomeadas como Conselheiras as irmãs Ivonete Kurten, Clari-ce Josefa Wisniewski, Eloine T. Corazza e Eliane Ap. de Prá.

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Deus criador e a quem continua a sonhar em transfor-mar o mundo com a Palavra e melodias, dando vida a mais uma forma de evangelização tão querida pelo povo brasileiro”, partilha a equipe de missão da gra-vadora.

Contatos: [email protected].: (11) 5088-7966

Nova provincial e Conselho das Irmãs Paulinas no Brasil

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Atualidadescp

Livros

Cada vez mais, a cruz coloca diante de nossos olhos a imagem do ver-dadeiro ser humano, que une em si todos os opostos. Ela é sinal do amor de Deus e, ao mesmo tempo, um constante protesto contra a repressão do sofrimento.

CDs

Os textos evangélicos da liturgia diária são uma excelente catequese para o discipulado cristão. A leitura e a meditação possibilitam o contato com Je-sus, na riqueza de seus ensinamentos, no testemunho de fidelidade ao Pai, no serviço à humanidade sofredora e no enfrentamento das forças contrárias ao projeto de Deus. Essa obra pretende ser um instrumento para ajudar a quem lê e medita o evangelho diário a colher os melhores frutos. Traz as leituras do Ano A, um breve comentário e uma pequena oração ou pedido de graça do dia. Pode ser utilizado individual ou comunitariamente.

Dia a dia nos passos de Jesus – Ano AO discípulo cristão no evangelho diárioJaldemir Vitório, sj Preço: R$ 19,80Onde achar: Paulinas Livraria ou www.paulinas.org.br

O CD apresenta as principais orações católicas e seus signifi-cados, canções que reforçam a mensagem das orações rezadas e, ainda, encarte e faixa interativa, com atividades que ensinam e divertem.

Minhas Orações – Para rezar e cantarReginaldo VelosoPreço: R$ 14,00Onde achar: Paulinas Livraria ou www.paulinas.org.br

A cruz: a imagem do ser humano redimidoAnselm GrünPreço: R$ 15,00 Onde achar: Paulus Livraria ou www.paulus.com.br

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A Corrente do Bem conta a história de um jovem que crê ser possível mudar o mundo a partir da ação voluntária de cada um. O professor de Estudos Sociais Eugene Simonet não espera que a turma da 7ª série desse ano seja diferente das anteriores. Por isso, ele sugere o mesmo trabalho de sempre no primeiro dia de aula, sem maiores expectativas quanto aos resultados: os alunos têm de pensar num jeito de mudar nosso mundo e colocar isso em prática. Mas o garoto Trevor Mckinney resolve levar o trabalho a sério. Aos 11 anos, ele mora num bairro de classe operária de Las Vegas com a mãe, Arlene, que trabalha à noite como gar-çonete numa danceteria. A paixão do professor Eugene inspira Trevor, que cria a corrente do bem. A ideia é baseada em três premissas: fazer por alguém algo que este não pode fazer por si mesmo; fazer isso para três pessoas; e cada pes-soa ajudada fazer isso por outras três. Assim, a corrente cresceria em progressão geométrica: de três para nove, daí para 27 e assim sucessivamente. Esse fi lme é um excelente material para trabalhar com adolescentes e jovens, motivando-os a construir um mundo melhor.

DVD

Cinema

Irmão Sol, Irmã LuaFranco Zeffi relliPreço: R$ 35,00Onde achar: Paulus Livraria ou www.paulus.com.br

O DVD traz informações e dados novos, que resultaram da pesquisa do incons-ciente e da experiência clínica, e que são aplicáveis no dia a dia. Seu conteúdo pode auxiliar pessoas com interesse voltado às relações humanas e à orientação para a saúde e o bem-estar. Os temas encontram-se na seguinte sequência: 1) a abordagem direta do inconsciente (1ª e 2ª partes); 2) o inconsciente e a criança em gestação; 3) efeitos inconscientes da vida conjugal na infância; 4) efeitos inconscientes do aborto na adolescência; 5) o inconsciente na família e no relacionamento; 6) o inconsciente e o reajustamento conjugal; 7) dimensão humanística e a transcendência.

DVD

O relacionamento na família Renate Jost de MoraesPreço: R$ 23,90Onde achar: Paulinas Livraria ou www.paulinas.org.br/loja

A superprodução Irmão Sol, Irmã Lua (Fratello Sole, Sorella Luna) é apresentada, pela primeira vez no Brasil, na versão completa falada em italiano. Este inesquecível fi lme mostra a vida e os feitos de São Francisco (1182-1226) e Santa Clara de Assis (1194-1253). A direção é do consagrado cineasta italiano Franco Zeffi relli (Romeu & Julieta), e o ótimo elenco traz grandes nomes do cinema mundial, como Alec Guin-ness (A ponte do Rio Kwai). Indicado ao Oscar de Melhor Direção de Arte, Irmão Sol, Irmã Lua é um fi lme essencial na casa de todas as famílias cristãs.

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Jesus Mestre Pastor, Caminho, Verdade e Vida

Tiago Alberionecp

O bem-aventurado Tiago Alberione deixou uma grande herança para a sua Família Paulina. E não pense que foi uma herança em bens não, foi uma herança espiritual. E essa herança tem muito mais valor.

Ouro e prata não tenho, mas o que tenho lhes dou: Jesus Mestre,

Caminho, Verdade e Vida.

Para padre Alberione, Jesus é o Mestre que ensina e dá o exemplo. É o Pastor que cuida com amor de suas ovelhas.

Ele é o Caminho que devemos seguir.A Verdade em que devemos acreditar.E a Vida plena nós só encontramos nele.

Para que a Família Paulina tenha sempre for-ça para realizar sua missão, ela deve estar em constante escuta e comunhão com Jesus, o Di-vino Mestre, na Palavra e na Eucaristia.

Convido você a rezar com padre Alberione:

Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos

à vossa escola. Jesus Verdade, que eu seja luz para

o mundo. Jesus, Caminho da santidade,

tornai-me vosso fiel seguidor. Jesus Vida, fazei-me viver eternamente

na alegria do vosso amor.

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Agradeço à equipe de O Cooperador Paulino pelo envio desta excelente revista. Sempre que leio, passo para meus vizinhos lerem também. Isso sig-nifica que um exemplar é lido por no mínimo 5 pessoas. Obrigado e parabéns.

Claudia Maria de SouzaFeira de Santana – BA

Sempre que leio esta revista, fico pensando no tra-balho que está por trás dela, pois sei que deve ter muita gente envolvida na preparação deste mate-rial de tão boa qualidade. O conteúdo é muito bom. É uma bênção para mim receber esta revista.

Geraldo Luiz Casagrande Arcoverde – PE

Recebo esta revista há mais de 4 anos. Confesso que evoluiu muito, mas eu sinto falta de conteúdo que trate mais da Igreja, não só no âmbito da Fa-mília Paulina. Mas isso é sugestão, porque eu gosto muito de O Cooperador Paulino.

Margarida MagotSanta Maria – RS

Como é bom receber esta revista. A cada exemplar que chega, sinto necessidade de ler do início ao fim. Gosto de todo o conteúdo, mas quero destacar a seção “Palavra e Comunicação”, que apresenta excelentes reflexões. Obrigado a toda a equipe que prepara esta revista.

Marcelo Ferreira de JesusJoão Pessoa – PB

Agradeço pelas boas palavras que encontro na revista. Ela me serve muitas vezes de companhia. Leio todas as matérias. São muito boas. Parabéns.

Jair Batista do AmaralArapiraca – AL

Cartascp

Respostas da página 34

O Cooperador PaulinoCaixa Postal 2.53401060-970 – São Paulo – [email protected]

Animais na Arca:

Decifrar palavras: Verdade, Caminho, Vida

Encontre no fundo do mar:

Padre Roatta

exemplo de

santidade

Paulina

Dia Paulino

um modo

de viver a

espiritualidade

Missão Paulina

tudo começa

em Belém

fala do espírito Paulino

Ano LXXI – n 92 – setembro-dezembro 2009

transforma vidas

Ano LXXI – n 93 – janeiro-abril 2010

A mulher no pensamento de Paulo e Alberione

Jejum e penitência ainda valem hoje?

Método Paulino de evangelização

Paulo apóstolo, a luz

de Damasco

Maria, mulher de fé e

serviço

Ano LXXI – n 94 – maio-agosto 2010

3o Congresso Vocacional,

venham para a vinha

Eleições, que Brasil

queremos?Eleições, que Brasil

a Pastoral no mundo digital

Novos tipos de relações no mundo digital

Ano LXXII – n 95 – setembro-dezembro 2010

Os dez mandamentos do cooperador paulino

Paulinos e Paulinas: comunicação é missão

Os jovens querem participar da Igreja

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Encontre no fundo do mar os seguintes peixes

Passatempocp

SorriaEscola de gagosO gago aborda um transeunte na rua:– O se-senhor sa-sa-sabe on-on-de fi -fi -ca a esco-cola de ga-ga-gagos?– Mas para quê? O senhor gagueja tão bem!

Semana SantaO sujeito, no maior porre na porta de um boteco, vê a procissão passando... Alguns re-ligiosos estavam carregando uma santa num andor todo verde e rosa, quando ele grita:– Olha a mangueira aí, gente!Indignado, o padre vira-se para o bêbado e esbraveja:– Isso é falta de respeito, seu excomungado! Vai embora!Nem bem acabou de falar, a Santa bate num galho de uma mangueira, cai e se espatifa no chão. E o bêbado:– Bem que eu avisei!

Pinte com as cores indicadas e descubra algo que é motivo de orgulho para nós!

Tente decifrar essas palavras. Mostram como Jesus se apresentou aos discípulos

Animais na ArcaVamos descobrir que animais Pedrinho colocou em sua Arca? Um deles não é animal! Descubra qual não faz parte do grupo.Resposta: elefante, girafa, macaco, rinoceronte, cavalo, tucano, jacaré, tamanduá, leão.

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Jovem, existe algo além do prazer, além das explicações, além dos seus sonhos…

Algo maior que você.

Um Amor

maior que eu

Nós, Irmãs Paulinas conquistadas

pelo amor deJesus Cristo,

doamos nossa vida para comunicar

o Evangelho.

Deixe-se envolver por este Amor! Irmãs Paulinas – Centro Vocacional

Comunique-se conosco

Rua Cândido Nascimento, 91Jardim Paulista – CEP 04503-090 – São Paulo – SP

Tel. (11) 3043-8100 – www.paulinas.org.br/vocacionalwww.blogpaulinas.blogspot.com

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