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Ano XI - Edição 122 - Janeiro 2018 Distribuição Gratui- Dom Sebastião foi o rei português que morreu em 1578, aos 24 anos de idade, quando se lançou com s e u s soldados em uma temerária aventura guerreira no Marrocos, na esperança de converter os mouros em cristãos. Ele desapareceu na famosa batalha de Alcácer Quibir, durante a qual o exército português quase foi dizimado pelas forças inimigas, e como o seu corpo jamais foi encontrado, muitas lendas foram então criadas pelos crédulos e otimistas... Página 5 QUAL O FUTURO DA PREVIDÊNCIA NO BRASIL? O futuro da previdência no Brasil passou a ser preocupação dos tra- balhadores, uma vez que a reforma da previdência, inevitável segundo nosso Ministro da Fazenda para que possamos diminuir o rombo financeiro, gerou uma sensação de incerteza para a nossa aposentado- ria já que as regras atuais seriam modificadas. As hipóteses são mui- tas e diretamente relacionadas a cada caso específico dos trabalha- dores brasileiros. As perguntas também são muitas. Vamos rever juntos os cenários e as principais questões que definirão nosso futu- ro. Algumas respostas: Página 7 Formas de Pensamento Econômico O desenvolvimento econômico e social é, oficialmente, o objetivo de todo governo. Em países já desen- volvidos, objetivo é conservar o de- senvolvimento ou aprimorá-lo. Pelo menos, é o que as sociedades civis esperam de seus governos. O Pensamento econômico varia em diversas correntes conforme a época e grau de evolução tecnoló- gica e percepção da realidade, po- de-se citar como alguns exemplos o Mercantilismo, a Fisiocracia, o Liberalismo de Adam Smith e a sua versão mais recente que é o Neoli- beralismo, o Marxismo e o Keynesi- anismo. Página 9 CULTURAonline BRASIL - Boa música Brasileira - Cultura - Educação - Cidadania - Sustentabilidade Social Agora também no seu Baixe o aplicativo IOS NO SITE www.culturaonlinebr.org A única possibilidade de nos eternizamos nessa frágil vida, é plantando boas sementes. É a melhor herança que deixamos! Ano novo! Renovação? Ano novo de 2018, ano eleitoral. Eleições para presidente da república, deputados federais e senadores. Também eleições para governado- res e deputados estaduais. É mais uma oportu- nidade de renovar o Brasil politicamente. É mais uma oportunidade aos eleitores brasilei- ros mostrarem a sua reprovação à corrupção e também o anseio por mudanças para melhor. João Paulo E. Barros Leia mais: Página 4 Caminhar sem medo Nosso caminho está sempre mudando, nenhu- ma novidade nisso. Nós o fazemos a cada dia, com cada escolha e renúncia que permeia nos- sa existência. Assim fazemos o nosso caminho. Com as idei- as que concretizamos, com o amor que espa- lhamos, com o cuidado que temos com aqueles que amamos, com a nossa felicidade... Mariene Hildebrando Leia mais: Página 6 Gratidão não é só um Sentimento; gratidão é atitude! O poder da gratidão: você já parou para pensar no que a gratidão pode fazer por você? Se você quer saber mais sobre como a grati- dão pode transformar sua vida, então siga esse texto até o fim, eu vou lhe mostrar bons moti- vos para passar a praticar a gratidão ... Kelly Coimbra Leia mais: Página 7 www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// www.culturaonlinebr.org

Ano novo! Renovação? Caminhar sem medo Gratidão não é só ... · batalha de Alcácer Quibir, durante a qual o exército português quase ... O desenvolvimento econômico e social

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Ano XI - Edição 122 - Janeiro 2018 Distribuição Gratui-

Dom Sebastião foi o rei português que morreu em 1578, aos 24 anos de i d a d e , quando se lançou com s e u s s o l d a d o s em uma temerá r ia a v e n t u r a g u e r r e i r a

no Marrocos, na esperança de converter os mouros em cristãos. Ele desapareceu na famosa batalha de Alcácer Quibir, durante a qual o exército português quase foi dizimado pelas forças inimigas, e como o seu corpo jamais foi encontrado, muitas lendas foram então criadas pelos crédulos e otimistas...

Página 5

QUAL O FUTURO DA PREVIDÊNCIA NO BRASIL?

O futuro da previdência no Brasil passou a ser preocupação dos tra-balhadores, uma vez que a reforma da previdência, inevitável segundo nosso Ministro da Fazenda para que possamos diminuir o rombo financeiro, gerou uma sensação de incerteza para a nossa aposentado-ria já que as regras atuais seriam modificadas. As hipóteses são mui-tas e diretamente relacionadas a cada caso específico dos trabalha-dores brasileiros. As perguntas também são muitas. Vamos rever juntos os cenários e as principais questões que definirão nosso futu-ro.

Algumas respostas:

Página 7

Formas de Pensamento Econômico

O desenvolvimento econômico e social é, oficialmente, o objetivo de todo governo. Em países já desen-volvidos, objetivo é conservar o de-senvolvimento ou aprimorá-lo. Pelo menos, é o que as sociedades civis esperam de seus governos.

O Pensamento econômico varia em diversas correntes conforme a época e grau de evolução tecnoló-gica e percepção da realidade, po-de-se citar como alguns exemplos o Mercantilismo, a Fisiocracia, o Liberalismo de Adam Smith e a sua versão mais recente que é o Neoli-beralismo, o Marxismo e o Keynesi-anismo.

Página 9

CULTURAonline BRASIL - Boa música Brasileira - Cultura - Educação - Cidadania - Sustentabilidade Social

Agora também no seu

Baixe o aplicativo IOS

NO SITE www.culturaonlinebr.org

A única possibilidade de nos eternizamos nessa frágil vida, é plantando boas sementes. É a melhor herança que deixamos!

Ano novo! Renovação? Ano novo de 2018, ano eleitoral. Eleições para presidente da república, deputados federais e senadores. Também eleições para governado-res e deputados estaduais. É mais uma oportu-nidade de renovar o Brasil politicamente.

É mais uma oportunidade aos eleitores brasilei-ros mostrarem a sua reprovação à corrupção e também o anseio por mudanças para melhor.

João Paulo E. Barros

Leia mais: Página 4

Caminhar sem medo Nosso caminho está sempre mudando, nenhu-ma novidade nisso. Nós o fazemos a cada dia, com cada escolha e renúncia que permeia nos-sa existência.

Assim fazemos o nosso caminho. Com as idei-as que concretizamos, com o amor que espa-lhamos, com o cuidado que temos com aqueles que amamos, com a nossa felicidade...

Mariene Hildebrando

Leia mais: Página 6

Gratidão não é só um Sentimento; gratidão é atitude!

O poder da gratidão: você já parou para pensar no que a gratidão pode fazer por você?

Se você quer saber mais sobre como a grati-dão pode transformar sua vida, então siga esse texto até o fim, eu vou lhe mostrar bons moti-vos para passar a praticar a gratidão ...

Kelly Coimbra

Leia mais: Página 7

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Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 2

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download na web

Diretor, Editor e Jornalista responsável: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

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Juntas, a serviço da Educação e da divulgação da

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Todas as matérias, reportagens, fotos e demais conteúdos são de

inteira responsabilidade dos colabo-radores que assinam as matérias, podendo seus conteúdos não cor-

responderem à opinião deste proje-to nem deste Jornal.

Ano novo! Renovação?

Ano novo de 2018, ano eleitoral. Eleições para presidente da república, deputados federais e se-nadores. Também eleições para governadores e deputados estaduais. É mais uma oportunidade de renovar o Brasil politicamente. É mais uma oportunidade aos eleitores brasileiros mostrarem a sua reprovação à corrupção e também o anseio por mudanças para melhor. Não é impossível que aconteça, mas vai ser muito difícil de acontecer.

Primeiro, sem uma reforma política-eleitoral ampla, profunda, séria e realista, feita por uma as-sembleia constituinte popular composta por cidadãos não políticos, já que “políticos não cortam na própria carne”, é remota a possibilidade de uma verdadeira renovação política segundo as re-ais necessidades da maioria da população do país.

Segundo, existe um o “abismo” cultural entre a minoria mais escolarizada e a maioria menos es-colarizada, é como se fossem “dois mundos” distintos num mesmo espaço geográfico. A demo-cracia é boa para a maioria da população. Porém, para funcionar bem, a democracia exige um eleitorado bem informado, esclarecido, bem instruído. E a maioria da população do Brasil sabe muito pouco sobre governo e política. A falta de esclarecimento sobre política é uma “pandemia” no Brasil. E enquanto a sociedade civil brasileira não sanar esse problema, não haverá mudanças realmente relevantes. E esse tipo de problema vai levar décadas para ser corrigido.

Terceiro, as oligarquias atuais, esses clãs muito bem organizados, se autoperpetuam como se fosse “a nobreza brasileira num regime semifeudal”. E certamente, os beneficiados pelo status quo não vão ceder pacificamente às mudanças que lhes retirem os seus privilégios. Incluindo os lobbies que financiam o atual modelo.

Vamos ser realistas? É muito, muito difícil haver renovação política já em 2018. Uma política com uma mentalidade realidade diferente desta que se apresenta a nós até hoje demandará décadas de empenho, de persistência, e vai ser indispensável um trabalho árduo de conscientização do eleitorado, da maioria do povo. As pessoas podem ter esperança sim, contudo, vão precisar de muita paciência e muita persistência para alcançar o sonho do Brasil melhor. Os brasileiros po-dem começar o processo de mudança do Brasil tomando muito cuidado ao votar para deputado estadual, deputado federal e senador, cuidado com a pessoa em quem votar.

Feliz ano novo de 2018!

João Paulo E. Barros

De pequenino é que se torce o pepino

Os agricultores que cultivam os pepinos

precisam de dar a melhor forma a estas

plantas. Retiram uns “olhinhos” para que

os pepinos se desenvolvam. Se não for

feita esta pequena poda, os pepinos não

crescem da melhor maneira porque cri-

am uma rama sem valor e adquirem um

gosto desagradável. Assim como é ne-

cessário dar a melhor forma aos pepi-

nos, também é preciso moldar o caráter

das crianças o mais cedo possível.

Salvo pelo gongo

O ditado tem origem na na Inglaterra. Lá,

antigamente, não havia espaço para en-

terrar todos os mortos. Então, os caixões

eram abertos, os ossos tirados e encami-

nhados para o ossário e o túmulo era uti-

lizado para outro infeliz.Só que, às ve-

zes, ao abrir os caixões,os coveiros per-

cebiam que havia arranhões nas tampas,

do lado de dentro, o que indicava que

aquele morto, na verdade, tinha sido en-

terrado vivo (catalepsia – muito comum

na época).

Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os

caixões, amarrar uma tira no pulso do

defunto, tira essa que passava por um

buraco no caixão e ficava amarrada num

sino. Após o enterro, alguém ficava de

plantão ao lado do túmulo durante uns

dias. Se o indivíduo acordasse, o movi-

mento do braço faria o sino tocar. Desse

modo, ele seria salvo pelo gon-

go. Atualmente, a expressão significa

escapar de se meter numa encrenca por

uma fração de segundos.

Quem não tem cão caça com gato

Se você não pode fazer algo de uma ma-

neira, se vira e faz de outra. Na verdade,

a expressão, com o passar dos anos, se

adulterou. Inicialmente se dizia “quem

não tem cão caça como gato”, ou seja,

se esgueirando, astutamente, traiçoeira-

mente, como fazem os gatos.

Como você já deve ter reparado, apresentamos um novo espaço no site da Gazeta Valeparaibana.

Um dos objetivos da reformulação é tornar o site ainda mais cola-borativo e, assim, fazer jus ao lema de ser “o ponto de encontro da educação”.

Tendo em mente essa missão, de se tornar uma verdadeira comunidade virtual que une todos os profissio-nais e temas relacionados à educação, cultura e sustentabilidade Social, investiu na plataforma que se propõe a veicular trabalhos científicos da área.

É o ‘GV - Ciência’. Espaço 100% colaborativo e GRATUITO! A proposta surge para ser o meio em que trabalhos científicos sejam veiculados na imprensa, dano a eles o devido destaque.

Todo internauta do Portal Comunique-se pode fazer uso do ‘C-SE Acadêmico’, basta seguir dois passos...

1º - ENVIAR o trabalho para: [email protected] (em Word sem formatação com le-tra Arial 11). NÃO ESQUECER de enviar todos os seus dados: Nome Completo, Documento de Identida-de, Nome do Curso, Faculdade.

2º - Depois de analisado, será publicado no espaço “GV - ciência” do site e na edição do mês subsequen-te no Jornal Digital.

Editorial

A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.

Winston Churchill

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 3

Caminhar sem medo

Nosso caminho está sempre mudando, nenhuma novidade nisso. Nós o fazemos a cada dia, com cada escolha e renúncia que permeia nossa existência. Assim fazemos o nosso cami-nho. Com as ideias que concretizamos, com o amor que espalhamos, com o cuidado que te-mos com aqueles que amamos, com a nossa felicidade, porque acredito que só quando so-mos verdadeiros e estamos conectados com nossa essência, em paz e harmonia com nossa alma, com o amor e as verdades, podemos fazer os outros felizes.

A novidade para alguns é não saber que algumas coisas dificultam o nosso caminhar como o egoísmo e a falta de generosidade, a falta de empatia pelos outros e suas tragédias, nos fa-zem pequenos e mesquinhos. Aos poucos vamos ficando cegos e passamos a não enxergar o óbvio, que o amor faz toda a diferença. O bom humor faz toda a diferença, levar a vida com mais leveza, faz diferença. Dar aos problemas a dimensão que eles possuem, nem mais nem menos. Desejar o bem, querer o bem, fazer o bem.

Pensar em temos de humanidade, ir além do nosso umbigo. Parece difícil? Talvez, vai depen-der do quanto queres mudar a tua realidade. Do quanto queres deixar o teu caminho mais leve. Exige dedicação, e treinamento. Sim temos que treinar algumas dessas qualidades em nós, fazer desse jeito de ser um hábito. Cuidarmos para não cair no erro do egoísmo e da fal-ta de amor. Nosso caminho é feito de encontros e desencontros, das pessoas com quem cru-zamos, algumas nos ensinaram alguma coisa, outras simplesmente irão passar, deixando a-penas uma lembrança, as que permanecerem ao nosso lado, compartilharão das nossas vi-das, nem que seja um pouquinho, irão fazer parte dessa experiência terrena.

Quero crer também que nós fazemos a diferença na vida de algumas pessoas, e que ajuda-mos em suas caminhadas de alguma maneira. Essa sensação de não estarmos sozinhos me conforta. Poderia pensar que as minhas escolhas definem a minha trajetória de vida, mas não gosto de nada tão definitivo assim. Define em parte. Ás vezes nossas escolhas não são as mais acertadas, as vezes as circunstâncias nos levam a tomar decisões que não nos agra-dam, e que não tomaríamos em circunstâncias normais.A vida de vez em quando se encarre-ga de mudar tudo a nossa revelia. Fato é que acho que estamos sempre revendo em que parte do caminho nos encontramos, aonde chegamos, onde queremos ir, e, principalmente, se continuamos afinados com nossos valores e nossas crenças. Vamos nos aprendendo e reaprendendo sempre, nos reinventando e inventando o nosso caminhar.

Somos feitos de história, vamos errando, acertando, e seguimos em frente. Temos que olhar e enxergar o que estamos vendo, sair da fôrma, romper com o que nos engessa. Estamos aprendendo o tempo todo e é quando tomamos consciência do que aprendemos que vamos dar alguma utilidade para aquilo. O conhecimento deve servir para nos impulsionar, nos auxi-liar na nossa caminhada, abrir horizontes. Temos crenças que nos limitam e impedem que a gente chegue aos resultados que queríamos. Os medos geram insegurança, que por sua vez nos paralisam, nos deixando estagnados às vezes por tempo demais em uma determinada situação. Vamos sentir mais, isso é o mais importante. Sentindo descobrimos o que está nos causando desconforto, o que se passa comigo e com o outro, o que nos deixa feliz, o que nos comove e o que nos move.

O que deveria nos satisfazer é o afeto que doamos e recebemos, é o amor que damos sem esperar nada em troca, coisas que deixam o caminho mais leve.

"Você é o senhor do seu destino". Às vezes temos que parar e observar. Será que estamos deixando passar alguma coisa? Com certeza sim, sempre deixamos algo nos escapar, pode ser a verdade que não queremos ver, podemos estar mergulhados em ilusão, em utopias, em idealizações. O fato é que ninguém pode caminhar por nós. Devemos ficar abertos a novos aprendizados, novos olhares, em sintonia com nossos sonhos e ideais, dando, quem sabe, um novo sentido a vida, novos caminhos, novas percepções.

Se abrir para o novo.

É inevitável que nessa época do ano a gente faça uma reflexão do ano que passou, não é que uma virada no calendário vá mudar alguma coisa, literalmente falando, mas simbolica-mente, pode me influenciar para que eu repense algumas coisas..O tempo é imutável, quem faz as coisas acontecerem somos nós, com nossos desejos e vontades.

Nós é que temos que mudar, a mudança no calendário serve como uma mola propulsora, que nos impulsiona e nos faz ir adiante. É um processo simbólico, que nos enche de esperan-ça renovada na vida. Fazer o caminho caminhando. Mudar a rota se for preciso.

Sem medo de ser feliz!

Mariene Hildebrando

e-mail: [email protected]

Calendário

Algumas datas

06 - Dia da Gratidão 07 - Dia do Leitor 09 - Dia do Fico 20 - Dia de São Sebastião 24 - Dia dos Aposentados 24 - Dia da Previdência Social 30 - Dia Nacional Histórias Quadrinhos 30 - Dia do Padrinho

Ver mais sobre na Página 12

Para ganhar um ano novo que mereça es-te nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, conscien-te. É dentro de você que o Ano Novo co-

chila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

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Crônica do mês

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 4

Gratidão não é só um sentimento, gratidão é atitude! O poder da gratidão: você já parou para pen-sar no que a gratidão pode fazer por você?

Se você quer saber mais sobre como a grati-dão pode transformar sua vida, então siga es-se texto até o fim, eu vou lhe mostrar bons motivos para passar a praticar a gratidão e três dicas de como você pode colocar isso na prática e vivê-la como um estilo de vida.

Bem, é comum hoje em dia ler ou ver pessoas falando sobre a gratidão, pessoas substituin-do a palavra “obrigado” pela palavra “gratidão” (vou fazer um texto sobre isso!), mas, quando a gente para pra pensar, nem sempre é claro entender o que é, de fato, ser grato.

Há vários estudos científicos falando sobre a gratidão e os resultados são surpreendentes! Mas, falar da gratidão não é, nem de longe, tema exclusivo da ciência, trata-se de um pilar de praticamente todas as religiões e filosofias, em razão da relação sólida que se estabelece entre a felicidade, as conexões pessoais, o bem-estar, a capacidade de realização e a saúde, na vida das pessoas que manifestam a gratidão. Quem é que não conhece a expres-são: “ao invés de pedir a Deus, agradeça!”?

Embora eu já conhecesse o conceito e bus-casse vivenciar a gratidão na prática, duas pessoas foram significativas para o meu ver-dadeiro entendimento do que de fato significa ser grato: o mestre espiritual Sri Prem Baba e o Master Coach e Phd Paulo Vieira. Desde já deixo aqui registrada minha imensa grati-dão a esses dois “serhumaninhos” fantásticos pelo encontro maravilhoso que a vida me pro-porcionou.

Pois bem, Sri Prem Baba explica que muitas situações que geram destruição na nossas vidas (e na vida de quem está ao nosso redor) acontecem porque não somos capazes de sentir gratidão.

Afirma ainda que a ingratidão é produto da falta de compreensão da vida e isso alimenta a vítima que nos habita.

Essa vítima vê defeito em absolutamente tu-do, inclusive nas coisas boas da vida, o que produz a reclamação, a lamúria, o sofrimento transformando-se num vício muitas vezes mais poderoso do que os vícios em substân-cias químicas!

Já Paulo Vieira, no curso “O Poder do Foco” propõe uma interessante reflexão sobre quem você é, ao fazer uma importante distinção en-tre ser grato, não grato e ingrato.

Afirma ainda que os nossos resultados, em qualquer área da vida denunciam em qual dos perfis nos encaixamos!

Você saberia me dizer em qual dessas defini-ções você se encaixa?

De maneira simplificada, podemos dizer que as pessoas gratas são aquelas que agrade-cem em atos, palavras e ações por todas as situações da vida, inclusive pelas coisas ruins, pois são capazes de tirar dessas situações aprendizados e experiência positivas.

As pessoas não gratas são aquelas que não manifestam nada, simplesmente entendem que era que assim que deveria acontecer, que o outro não fez mais que a obrigação. Situa-ção clara quando pensamos no exemplo da mãe que prepara o jantar para quando o filho chegar da faculdade e esse, ao chegar, come calado, sem manifestar em atos, palavras e ações, o menor sinal de agradecimento pelo cuidado que sua mãe teve com ele.

Já as pessoas ingratas são aquelas que não conseguem reconhecer nada de bom nas su-as vidas, nada do que viveu, do que tem rece-bido, do que as pessoas fazem por elas. Ge-ralmente, são as vítimas da vida, como já dis-se o Prem Baba.

Você conhece alguém que se identifique em algumas dessas posições? Como é estar ao lado de pessoas não gratas ou ingratas? É fácil reconhecer, não é verdade?

No livro “The Psychology of Gratitude”, A. Emmons e Michael E. McCulloug dizem que “A gratidão é um fenômeno profundo e com-plexo que desempenha papel fundamental na felicidade e performance humana”.

Significa dizer que a gratidão não é meramen-te um sentimento, uma emoção. Gratidão é atitude! Ela parte do seu livre arbítrio, de uma decisão consciente de manifestar-se grato por todas as situações da vida. E não é difícil perceber que a prática da gratidão apresenta resultados mensuráveis em todas as áreas da vida, constituindo benefícios psicológicos, físi-cos interpessoais, como mais humor e energi-a, otimismo, sono melhor, melhores relaciona-mentos com as pessoas. Basta observar!

E aí você diz: “certo, Kelly, eu me reconheço em algum desses perfis e olhando para minha vida eu vejo que muito do que tenho vivido e que eu não quero, é resultado disso”. Então vem a pergunta: “Como eu vou manifestar gratidão?”

Como eu disse que iria dar três dicas de como você pode colocar isso na prática e viver a gratidão como um estilo de vida, então fique atento! Se preferir, pegue papel e caneta para anotar.

Em primeiro lugar é preciso decidir ser grato! Sim, porque ao longo dos dias nós passamos por vários momentos que poderiam jogar por terra nossa mera intenção de manifestar a gratidão. Então, a primeira dica e (também o

primeiro desafio) consiste em tomar a decisão de viver a vida com gratidão. Isso, por si só, já o coloca numa outra perspectiva!

Em segundo lugar, passe a olhar os aconteci-mentos da sua vida com um olhar positivo. Nesse sentido vale trazer a regra 10 x 90: so-mente 10% do que nos acontece é, de fato, real, os outros 90% são a nossa interpretação dos fatos. Lembra daquela pessoa, a vítima que reclama de tudo, até do que está bom? Então, os 90% dela são completamente volta-dos para o negativo, está focada nas coisas ruins. O desafio, nesse caso, é desenvolver o olhar para ver o que aquela situação, pessoa, coisa tem de bom, por mais que o impulso ini-cial seja ver tudo como ruim. Exige prática e persistência, claro!

E, por fim, em terceiro lugar, fazer uma lista com pelos menos 50 motivos que você tem hoje na vida para ser grato!

Puxa, essa parece difícil! Sim, parece! É o próprio exercício que transforma aquilo que era dificuldade num hábito. Escrever é uma boa maneira de trazer a atenção do cérebro ao momento presente e ao que de fato é im-portante nesse contexto. Escrever vai trazer o seu foco para o que você pode ser grato na sua vida hoje!

Já sabendo que a gratidão é um estilo de vida que influencia, inclusive, na nossa capacidade de gerar prosperidade e abundância, eu quero propor a você vir que durante 21 dias se dis-ponha conscientemente a manifestar Grati-dão. Você pode fazer elaborando uma lista diariamente com as “três coisas boas” que aconteceram durante o dia. Bastam cinco mi-nutos por dia para treinar o cérebro a perce-ber e se focar melhor buscando elementos positivos potenciais, conforme nos ensina Shawn Achor em “O jeito Harvard de ser feliz” e, consequentemente, produziremos um novo estilo de vida com resultados maravilhosos no campo pessoal e profissional.

A partir de hoje e durante esses 21 dias, de-safie-se a pensar de maneira diferente e as-sim conquistar um novo cérebro e um novo estilo de vida! Seja persistente, somente a prática pode tornar o processo mais fácil e na-tural.

Então, como não poderia deixar de ser, minha imensa gratidão a você que acompanhou es-se texto até aqui e topou o desafio de 21 dias de gratidão. Nós podemos fazer a diferença no mundo!

Se você gostou do que leu, compartilhe! Esse conteúdo pode servir a outras pessoas que estejam precisando disso nas suas vidas.

Link de compartilhamento:

www.gazetavaleparaibana.com/122.pdf

Autora: Kelly Coimbra

www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// www.culturaonlinebr.org

Gratidão

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 5

São Sebastião

Dom Sebastião foi o rei português que morreu em 1578, aos 24 anos de idade, quando se lançou com seus soldados em uma temerária aventura guerreira no M a r r o c o s , n a e s p e r a n ç a d e converter os mouros em cristãos. Ele desapareceu na

famosa batalha de Alcácer Quibir, durante a qual o exército português quase foi dizimado pelas forças inimigas, e como o seu corpo jamais foi encontrado, muitas lendas foram então criadas pelos crédulos e otimistas, todas alimentando o sonho de que um dia ele retornaria à sua terra para libertá-la do domínio espanhol, restaurando dessa forma o império português.

Uma dessas histórias sustenta que o soberano costuma aparecer nas noites de lua cheia em uma das praias da ilha dos Lençóis, que por sua vez está localizada no arquipélago de Maiaú, litoral do município de Cururupu, lado ocidental da cidade de São Luís. Diz a lenda que o rei sempre se deixa ver na forma de um touro encantado, aguardando esperançoso que algum corajoso finalmente apareça e o liberte da maldição que o colocou naquela situação.

E, também, que ele mora em um palácio de cristal que se ergue no fundo do mar, próximo a ilha, mas não consegue sair de lá, por mais que tente, porque seu navio não encontra a rota correta que o leve de volta a Portugal.

A mesma versão garante, ainda, que a Ilha dos Lençóis é encantada, e que se tornou morada do rei português porque os montes de areia nela formados pelo vento, se assemelham aos existentes no campo de Alcácer Quibir, onde dom Sebastião desapareceu.

O touro negro que esconde a figura do rei português tem uma estrela de ouro na testa, e se alguém conseguir atingi-la, ferindo o animal, o reino será desencantado, a cidade de São Luís irá submergir, e em seu lugar surgirá a cidade encantada que guarda os tesouros do rei.

Os mais crédulos vão adiante, pois acreditam que no dia em que a testa estrelada do touro for machucada por algum cidadão desassombrado, o rei será libertado do encanto maligno que o transformou em animal, emergirá de vez das profundezas do oceano, e que os enormes vagalhões

provocados pela emersão da numerosa e reluzente corte real que o acompanha, bem como dos exércitos que não o abandonam e nem deixam de protegê-lo em seu incansável vagar pelas areias das dunas da ilha dos Lençóis, farão desaparecer a cidade de São Luís do Maranhão sob a fúria das águas revoltas.

Lendas de São Sebastião

A região é rica em lendas características do folclore caiçara. Apresentamos aqui alguns relatos sobre essa preciosa cultura oral do povo brasileiro. O registro dessas histórias fantásticas é de extrema importância para que não percamos a essência e o espírito caiçara. Em locais isolados e com poucas opções de lazer, a oralidade era um recurso de aproximação social dos moradores. Por meio da arte de transmissão dessas histórias, podemos, hoje, conhecer seus hábitos e crenças.

Pontal da Cruz

Por volta de 1700, uma linda moça que vivia em São Sebastião se apaixonou por um caiçara de Ilhabela. Todas as tardes, ele vinha em sua canoa, “quando o remo era bom” (ou seja, quando o mar estava manso), encontrar com a moça em um rochedo. Um dia, outro sujeito se apaixonou por ela, deixando-a dividida entre os dois.

Alguém contou para o caiçara de Ilhabela que a moça estava apaixonada por outro. Desesperado, o rapaz pegou sua canoa, remou até o centro do canal e deixou-a à deriva no meio de uma tempestade para se matar. Depois de dois dias, ele foi encontrado morto no rochedo, onde namoravam.

Ao receber a notícia, ela também morreu de desgosto. No Pontal, foi construída uma cruz em homenagem aos jovens e, algum tempo depois, dois abricoeiros nasceram entrelaçados representando o amor deles. Em 1992, quebraram um dos abricoeiros. E em 2004 ou 2005 plantaram uma mudinha.

Dizem que o casal que come aquela fruta nunca perderá seu amor.

Maresias

Nos anos 30, conta-se que, de sete em sete anos, na praia de Maresias, aparecia a assombração do pilão. À noite, escutava-se o bater do socar de um pilão, muito forte. O povo ficava acordado com medo, esperando o pilão passar. Entre 1h e 2hs, o “bum, bum, bum” tremia tudo. O som terminava no cemitério. Passava o susto e todo mundo suava frio.

Toca do Nero

Na Praia Grande, havia uma toca com um nero, peixe que amedrontava a todos pelo seu tamanho considerável. O medo não era apenas um empecilho, o peixe também estragava as linhas e as varas de pescar. Quando o mar vazava, o “monstro” saía para caçar e os pescadores aproveitavam para pescar em paz. As pessoas só começaram a frequentar o lugar depois que o nero sumiu. Essa toca existe até hoje e os únicos monstros que lá habitam são os morcegos e os ouriços do mar (chamados pelos caiçaras de pinda).

No caminho para as praias do norte de São Sebastião, há ainda uma figueira que nasceu no meio das pedras. Essa árvore é mal-assombrada. Nesse local havia uma fazenda que tinha muitos escravos e, ali, os pobres coitados eram açoitados e muito, mas muito maltratados. Mesmo com o fim da fazenda e da escravidão, os que passavam por lá, seja de bicicleta ou a pé, sentiam calafrios e a sensação de que alguém pulava no pescoço e apertava. Mas como o local era o único acesso para o norte, não se tinha muito o que fazer, a não ser rezar e passar por ali o mais rápido possível.

1958 – Uma reza diferente

O horário oficial da missa na matriz era às 17h. Segundo as duas avós de Edivaldo, grande cooperador dessas lindas histórias aqui contadas, um dia uma mulher que sempre ia à missa mais cedo, convidou as duas para assistirem uma missa diferente. Chegando lá, a igreja estava cheia de gente de branco – “essa é a missa dos mortos… está vendo aquela ali… aquela morreu de dor de cabeça… aquela morreu de diarreia…” . O medo foi tanto que, nunca mais as duas avós se atreveram a fugir de suas rotinas.

Pedra Lisa

Ganhou esse apelido por representar o momento de parada de todo viajante que ia para Santa Cruz e aproveitava para descansar à sombra do abricoeiro. Era também um lugar próprio pra limpar cação.

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Lenda

Contos e Poemas da Genha

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 6

ERA UMA VEZ UMA MENINA...

Era uma vez uma menina fran-zina, cabelos loiros e esvoa-çantes, olhos grandes e ver-des, curiosa e falante. Saia pa-ra brincar na calçada da rua e assim ficava a tarde toda. Sua mãe cuidava com carinho da

casa e sem descuidar de sua pequenina, saia e observava a menina.

Final do dia, a chamava para o banho e espe-rar cheirosinha o papai para com ele jantar.

Papai era muito legal! Chegava e sentava-se com elas e antes dormir contava histórias. Fins de semana passeavam juntos e os três brinca-vam, seus pais se cansavam, mas ela parecia uma bailarina a equilibrar-se no corpinho esvo-açando os bracinhos e girando sobre as per-nas.

Encantava seus pais que para eles era uma riqueza, para ela a alegria e muito amor com certeza.

Não tinham uma boa situação financeira, mas, não faltava naquela casa harmonia, afeto e muito respeito. Qualidades essas que parecem ter ficado no passado.

A mãe nunca estivera num shopping, ele não frequentava bar e era muito presente no lar. A garotinha brincava na rua todos os dias de a-marelinha, pular corda e de cantar. Seus dedi-nhos não conheceram as teclas do smartphone e nem do computador, mas, sonhava em dia piano tocar.

Ganhou de presente num natal com as econo-mias que o pai juntou um violão que, do mesmo jeito, por ele seu coração de emoção palpitou.

Eis que um tempo sombrio pairou naquele lar, despediu a felicidade deixando uma grande tris-teza que ali se assolou...

Uma tarde brincando na calçada, um caminhão se desgovernou e certeiro acertou a menina em cheio. A menina querida e amada se foi, mas sua candura e pureza entre eles se perpetuou. A morte foi o limite para seus pais que sem ru-mo certo, mudaram o jeito de caminhar com a vida e mesmo com o coração sangrando, en-tenderam que ela não avisa, nem pede licença, porém, chegará a todos e confortaram-se na certeza de que os três iriam novamente, em ou-tro lado da vida juntos estar.

É assim a vida, nela temos histórias de tragédia, comédia e às vezes de poesia escritas com as mesmas letras.

Genha Auga – Jornalista MTB: 15.320

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2018

Olhe-se por dentro, Conheça seus

melhores Desejos,

Seja autêntico, Brinde a vida.

Cante com alegria, Toque o amor

Como se toca a música. Contemple o céu Do mesmo jeito

Que faz a quem ama. Esqueça a saudade, Se vista de liberdade, Viva teus devaneios.

Curta o silêncio, Leia o que está escrito

No olhar do outro. Não se centre na razão

Para não perder a emoção. Livre-se do mal,

Seja refém do bem Reinvente seu destino, Que seja assim 2018.

Amém!

Genha Auga

QUE VENHA 2018

2017 acabou com diferentes finais para cada pesso-a. O que passou não voltará, mas será que o que não foi feito ainda

poderá ser realizado? Assim como dizer a al-guém que a ama antes que seja tarde demais, valorizar seus pais, ajudar o próximo, estudar mais, cumprir promessas e metas e, não pas-sar o próximo ano lamentando-se do passado.

Aproveitar a energia que o tempo ainda lhe dará para encontrar o seu melhor sem o guar-dar para o futuro para não minguar aos pou-cos. Isso é como nunca abrir sua janela e se excluir do mundo.

Em 2017 erramos e acertamos, assim é o ser humano. Alguns aceitam, outros perdoam, há os que julgam e os que simplesmente não ad-mitem. Difícil é perceber que erramos em nos-sas vidas e na vida do outro, pois fomos edu-cados para não errar e, com isso, perdemos parte de nossa capacidade de viver coletiva-mente, agindo como se estivéssemos compe-tindo a uma vaga na vida. Conviver socialmen-te é aprender com os erros, aceitar e perdoar e não criticar para depois aconselhar como se

fossemos os únicos certos.

Geralmente vemos refletido em nosso espelho o que queremos ver e não o que somos. En-xergamo-nos maiores e melhores. Se cada um visse refletido o que realmente é, veria que nem sempre temos o que os outros esperam ou veem em nós.

Se tivéssemos a capacidade de ver o nosso mais profundo eu, seríamos capazes de ter um olhar que modificaria o que não estivesse bom, poderíamos viver o propósito da vida e não morrer a cada dia.

O que valorizamos neste ano poderá não ter o mesmo valor que daremos às mesmas coisas em nossa nova jornada. Vamos encontrar o melhor que temos em 2018 e, mesmo que nem todo final seja feliz, que as decepções sirvam como aprendizado e não para se fe-char a novas oportunidades.

Emocionamo-nos com as novelas ou filmes porque ali vemos o que gostaríamos de prota-gonizar, mas esquecemos, ou não aprende-mos que se soubermos a causa dos nossos sofrimentos, podemos romper o ciclo e impedir que ele perdure.

O ser humano se move pela influência da massificação cultural sem refletir sobre o con-teúdo. Não pensamos antes de agir e a vida tem altos e baixos, não adianta sentir-se pode-

roso quando está em alta, melhor é não sentir vergonha de cair e sim do medo de prosseguir para não se afundar na depressão.

A vida está traçada, façamos nossa parte cui-dando bem dela e lembrando que buscar a fe-licidade não é um ato de loucura e sim de co-ragem.

Que venha 2018 com novas oportunidades e que os obstáculos sejam possibilidades para caminhar rumo a vitórias.

Que nesse ano todos se libertem do egoísmo para que a felicidade do outro, não signifique seu próprio fracasso...

Genha Auga – jornalista MTB: 15320

QUAL O FUTURO DA PREVIDÊNCIA NO BRASIL?

O futuro da previdência no Brasil passou a ser preocupação dos trabalhadores, uma vez que a reforma da previdência, inevitável segundo nosso Ministro da Fazenda para que possa-mos diminuir o rombo financeiro, gerou uma sensação de incerteza para a nossa aposen-tadoria já que as regras atuais seriam modifi-cadas. As hipóteses são muitas e diretamente relacionadas a cada caso específico dos tra-balhadores brasileiros. As perguntas também são muitas. Vamos rever juntos os cenários e as principais questões que definirão nosso futuro.

Quando entrarão em vigor as novas regras da Previdência?

Não existe data exata. As novas regras entra-rão em vigor apenas a partir do momento em que se transformarem em Emenda à Constitu-ição, devendo ser aprovadas pelo Senado e pela Câmara.

No entanto, é preciso que todo o texto seja aprovado, tanto pela Câmara quanto pelo Se-nado. Considerando a complexidade do pro-cesso, caso seja aprovada ainda este ano, a reforma, provavelmente, entrará em vigor a partir do 2º semestre de 2018.

Quem será afetado pela reforma?

Homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos serão atingidos pelas novas regras. Para quem tem 50 anos ou mais, haverá um enquadramento com regra diferente, com tempo adicional para solicitar a aposentadoria. Quem já possui direito adquiri-do e estão em tempo de solicitar a aposenta-doria, não serão afetados.

Como ficará quem está prestes a se apo-sentar?

Haverá uma regra de transição para pessoas que estejam próximas da aposentadoria. Essa regra só vale para o tempo de aposentadoria, para o cálculo do benefício, o valor será cal-culado segundo a nova proposta.

Quem tiver 50 anos deverá cumprir um perío-do adicional de contribuição, equivalente a 50% do tempo que faltaria para atingir o tem-po de contribuição exigido. Assim, um traba-lhador que iria se aposentar em um ano, de-verá se aposentar em um ano e meio.

Essa transição também vai valer para os pro-fessores e segurados especiais que tiverem 50 anos de idade ou mais, se homens, e 45

anos ou mais, se mulheres.

Como será o valor da aposentadoria?

Pelas regras propostas, o trabalhador precisa ter idade mínima de 65 anos e um mínimo de 25 anos de contribuição para se aposentar. Nesse caso, ele recebe 76% do valor da apo-sentadoria, correspondente a 51% da média dos salários de contribuição, mais 1% dessa média para cada ano de contribuição, ou seja, 51 + 25.

Cada ano a mais de contribuição dá o direito a um ponto percentual. Assim, para receber 100% do valor da aposentadoria, é preciso contribuir 49 anos (ou seja, 51%+49). Lem-brando que os 100% serão referentes a uma média dos 80% maiores salários do trabalha-dor. E estarão limitados ao teto do INSS, que hoje é de R$ 5.189,82.

Os trabalhadores rurais devem contribuir com uma alíquota que, possivelmente, será vincu-lada ao salário mínimo, mas para que a co-brança possa ser feita, é preciso aprovar, ain-da, um projeto de lei.

E para quem pretende se aposentar com idade reduzida?

Além da idade mínima, a proposta também pretende aumentar o tempo de contribuição de 15 para 25 anos. Hoje não existe uma ida-de mínima para um trabalhador se aposentar. Pelas regras atuais, uma pessoa pode pedir aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso do sexo feminino, e de 35, no caso do sexo masculino. Para atender às regras, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), ou seja, a soma da idade com o tempo de contribuição.

Alguns grupos, considerados segurados es-peciais, como os agricultores, passariam tam-bém a seguir a mesma regra de idade mínima dos segurados urbanos. Hoje, esse grupo po-de se aposentar com idade reduzida, não po-derá mais no futuro. Os professores, também perderam este benefício e devem seguir as mesmas regras dos demais trabalhadores. A única exceção é feita às pessoas com defici-ência, caso em que o tratamento especial continua existindo, mas a diferença com rela-ção aos demais não poderá ser maior do que 10 anos na idade e 5 anos no tempo de con-tribuição.

Como será a aposentadoria dos servidores públicos?

Atualmente, os servidores públicos recebem

aposentadoria através do RPPS, o Regime de Previdência dos Servidores Públicos, que pa-ga a aposentadoria pelo último salário.Com a reforma, eles também passam a receber co-mo todos os trabalhadores, seguindo as mes-mas regras.

A reforma propõe uma nova modalidade de aposentadoria voluntária, exigindo os requisi-tos de 65 anos de idade e 25 anos de contri-buição, 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo efetivo, tanto para homens quanto para mulheres. Da mesma forma que os de-mais segurados, os servidores públicos segui-rão a regra de transição, com idades de 50 e 45 anos, para homens e mulheres, respectiva-mente. Os servidores que quiserem se apo-sentar com as novas regras, devem fazer o pedido desde que tenham ingressado no car-go até 31 de dezembro de 2003.

Como será a aposentadoria dos militares, policiais e bombeiros?

A proposta deverá atingir também os policiais civis e militares. No entanto, os militares das Forças Armadas devem seguir um regime es-pecífico, que será enviado em separado ao Congresso Nacional. No caso dos policiais, cada Estado da Federação deverá providenci-ar mudanças na legislação estadual para ade-quar aos regimes da nova Previdência Social.

Pensão por morte, como irá funcionar?

O valor da pensão por morte será baseado em sistema de cotas, com valor diferenciado, conforme o número de dependentes do traba-lhador. O benefício será pago integralmente apenas a pensionistas que tiverem 5 filhos menores e, além disso, o valor será desvincu-lado do salário mínimo.

A proposta prevê que o benefício será pago com 50% do valor da aposentadoria para o cônjuge, acrescida de 10% para cada depen-dente, ou seja, um trabalhador que tenha dei-xado pensão para a esposa e três filhos, teria o valor calculado em 80% do total da aposen-tadoria.

No caso dos servidores públicos, a pensão também seguirá essas regras, acabando a pensão por morte vitalícia para todos os de-pendentes. A pensão por morte também será alterada em função da idade do cônjuge, sen-do vitalícia apenas se o viúvo ou viúva tiver 44 anos ou mais.

Fonte: previsc.com.br

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 7

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Por que sacrificar o trabalhador e não focar na boa gestão e nos sonegadores? Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e o crescimento dos gastos com Previdência, o governo quer

endurecer as regras de acesso à aposentadoria, tanto para os servidores públicos quanto para os trabalhadores da

iniciativa privada. O objetivo final, segundo a Presidência, é conter os gastos e equilibrar as contas públicas.

Para isso, um dos objetivos do governo é fazer com que os brasileiros passem mais tempo trabalhando.

Aposentadoria

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 8

Importância da leitura na sociedade moderna

Sobre a importância da leitura muitas pergun-tas são formuladas: A leitura ajuda as pesso-as a vencerem na vida? Como a leitura pode transformar a nossa realidade? Que papel a leitura representa na transformação social do nosso país?

É sabido que a leitura representa um grande passo para a aquisição do conhecimento, pois é por meio dela que se adquire uma per-cepção singular do mundo. Além disso, a lei-tura oferece também uma contribuição no funcionamento e desenvolvimento do pensa-mento crítico, levando o leitor a questionar e a avaliar a vida, sob todos os aspectos.

Vivemos numa era em que para nos inserir no mundo profissional devemos possuir boa formação cultural e muita informação. Nada melhor para obtê-las do que sendo leitor as-síduo, pois quem pratica a leitura está fazen-do o mesmo com a consciência, o raciocínio e a visão crítica.

A leitura tem a capacidade de influenciar nos-sa maneira de agir, de pensar e até mesmo de falar. Com a prática da leitura tudo isso é expresso de forma clara e objetiva e, certa-mente, as pessoas que não possuem o hábi-to de ler ficam presas a gestos e formas rudi-mentares de comunicação.

Tudo isso é comprovado por meio de pesqui-sas, as quais revelam que na maioria dos ca-sos, pessoas com ativa participação no mun-do das palavras possuem um bom acervo léxico e, por isso mesmo, entram mais fácil no mercado de trabalho, ocupando cargos gerenciais, de diretoria e outros tantos cobi-çados.

Porém, conter um bom vocabulário não é a única maneira de “vencer na vida”, pois é preciso ler e compreender para poder opinar, criticar e modificar situações. a leitura não é simplesmente extração de significados do texto por parte do leitor, é, na verdade, um processo de integração entre ambos, ou seja, é preciso que o leitor tenha a intenção de ler, a capacidade de antecipações e inferência e que o texto, por sua vez, apresente as carac-terísticas e condições necessárias ao leitor.

Diante de tudo isso, sabe-se que o mundo da leitura pode transformar, enriquecer cultural-mente e socialmente o ser humano. Não po-demos compreender e sermos compreendi-dos sem sabermos utilizar a comunicação de forma correta e, portanto, torna-se indispen-sável à intimidade com a leitura.

A leitura é extremamente importante para to-dos nós, não apenas por ser fundamental em nossa formação intelectual, mas também por permitir a todos nós um acesso ao mundo das informações, das ideias e dos sonhos. Sim, pois ler é ampliar horizontes e deixar que a imaginação desenhe situações e luga-res desconhecidos e isto é um direito de to-dos.

A leitura permite ao homem se comunicar, aprender e até mesmo desenvolver, trabalhar suas dificuldades. Em reportagem recente, uma grande revista de circulação nacional atribuiu à leitura, a importância de agente fundamental para a transformação social do nosso país. Através do conhecimento da lín-gua, todos têm acesso à informação e são capazes de emitir uma opinião sobre os a-contecimentos. Ter opinião é cidadania e es-sa parte pode ser a grande transformação social do Brasil.

Os benefícios da leitura são cientificamente comprovados. Pesquisas indicam que crian-ças que têm o hábito da leitura incentivado durante toda a vida escolar desenvolvem seu senso crítico e mantém seu rendimento esco-lar em um nível alto. O analfabetismo, um dos grandes obstáculos da educação no Bra-sil está sendo combatido com a educação de jovens e adultos, mas a tecnologia está afas-tando nossas crianças dos livros.

Permitir a uma criança sonhar com uma a-ventura pela selva ou imaginar uma incrível viagem espacial são algumas das mágicas da leitura. Ler amplia nosso conhecimento, desenvolve a nossa criatividade e nos des-perta para um mundo de palavras e com elas construímos o que gostamos, o que quere-mos e o que sonhamos.

Portanto, garantir a todos o acesso à leitura deve ser uma política de Estado, mas cabe – principalmente – a nós dedicar um tempo do nosso dia a um bom livro, incentivar nossos amigos, filhos ou irmãos a se apegarem à leitura e, acima de tudo, q utilizar nosso co-nhecimento para fazer de nossa cidade, esta-do ou país, um lugar melhor para se viver.

Luísa Karlberg — É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montreal, Cana-dá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Presi-dente da Academia Acreana de Letras; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro pe-rene da IWA; Professora aposentada da UFAC; Embaixadora da Poesia pela Casa Casimiro de Abreu; Pesquisadora DCR – CNPq/FAPAC; Poe-ta, Escritora. (Luísa Karlberg [email protected])

Porque precisamos fazer a Reforma Política Popular no Brasil?

Seus impostos merecem boa administração. Bons políticos não vem do nada. Para que existam bons políticos para administrar

o país, toda a sociedade precisa colaborar para que eles possam nascer e terem su-cesso. É preciso um sistema eleitoral moderno para melhorar a qualidade da política. Os políticos "tradicionais" tem horror à reforma política, porque ela pode mudar a situa-ção atual onde eles usam e manipulam o eleitor e são pouco cobrados !

Anton Tchekhov:

“Vamos, vamos pela escada que atribui ao progresso, à civilização e à cultura. Mas aonde

se vai? Realmente, não sei”.

* * *

Carlos Drummond de Andrade:

“O progresso dá-nos tanta coisa que não nos sobra nada nem para pedir, nem para jogar

fora”.

* * *

Mia Couto:

“Muitas vezes, o chamado progresso pode ser uma violência. Pode agir como uma agressão silenciosa contra sociedades inteiras e, sobre-tudo, contra os mais pobres dessa sociedade”.

* * *

Charles Chaplin:

“O homem é um animal de instintos primários de sobrevivência. Por isso, seu engenho de-senvolveu-se primeiro e a alma depois, e o

progresso da ciência está bem mais adiantado que seu comportamento ético”.

* * *

D. Xiquote:

“O fim do progresso é melhorar a vida; mas o homem, mal aprendeu a voar, criou a quinta arma de guerra: a morte a três dimensões”.

* * *

Einstein:

“A palavra progresso não terá qualquer senti-do enquanto houver crianças infelizes”.

* * *

Gertrude Stein:

“As pessoas que acreditam na inteligência, no progresso e no entendimento, são as que tive-

ram uma infância infeliz”.

Denis Diderot:

“Em qualquer país em que o talento e a virtude não produzam progresso, o dinheiro será a

divindade nacional”.

* * *

Martin Luther King:

“Todo o progresso é precário, e a solução para um problema coloca-nos diante de outro pro-

blema”.

* * *

Júlio Ribeiro:

“Dos insubmissos tem emanado todo o pro-gresso social”.

Ler é preciso!

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 9

Formas de Pensamento Econômico

O desenvolvimento econômico e social é, ofi-cialmente, o objetivo de todo governo. Em paí-ses já desenvolvidos, objetivo é conservar o desenvolvimento ou aprimorá-lo. Pelo menos, é o que as sociedades civis esperam de seus governos.

O Pensamento econômico varia em diversas correntes conforme a época e grau de evolu-ção tecnológica e percepção da realidade, po-de-se citar como alguns exemplos o Mercanti-lismo, a Fisiocracia, o Liberalismo de Adam Smith e a sua versão mais recente que é o Neoliberalismo, o Marxismo e o Keynesianis-mo. Os mais destacáveis no mundo atual são o Neoliberalismo e o Keynesianismo. A pro-posta neoliberal parte do princípio de que o mercado deveria servir como base para orga-nização da sociedade, reduzir o papel do Es-tado na economia, de forma a restringir a sua responsabilidade social e relega ao mercado e às empresas privadas parte dos seus encar-gos, resumindo, defende que o Estado esteja fora da economia o máximo possível, de forma que a iniciativa privada tenha o máximo possí-vel de liberdade no mercado. A proposta key-nesiana é defender a intervenção do Estado, regular o mercado de forma a conter os dese-quilíbrios na economia, o governo fazer inves-timentos para aquecer a economia de forma geral, aumentar a empregabilidade, resumin-do, defende que o Estado interfira na econo-mia regulando de forma a corrigir os desequilí-

brios e excessos e proteger os cidadãos das mazelas sociais.

A proposta liberal, não é “má intenção” por parte de quem defende essa linha de pensa-mento, e sim uma enorme expectativa quanto à capacidade do ser humano ser independen-te do auxílio do aparato estatal, a capacidade de “se virar sozinho”. Exagerada, talvez? Há pessoas que prosperam mais com a proposta neoliberal, mas nem todos se adaptam bem a esse modelo. A realidade não é simples, é complexa, cheia de detalhes. As pessoas de ambos os grupos têm as suas razões para de-fender o que defendem, tem a ver com como perceber a realidade. E ambas as teorias têm bons aspectos e também falhas. Muito do que os liberalistas propõem, eu entendo como bo-as propostas. No entanto, há uma diferença grande entre teoria e prática, e também impli-cações culturais.

No contexto brasileiro em específico, é notório que a classe empresarial, pelo menos a maio-ria, não introjeta propostas essenciais do pen-samento liberal, como livre-concorrência e não interferência do Estado, ao contrário, se apoi-am no Estado principalmente em tempos de crise. Outras evidências dessa não-introjeção, a reação dos taxistas ao Uber, operadoras de telefonia não aceitando aplicativos como o Whatsapp no mercado. E em muitos países, a mão de obra também não tem uma cultura de prestadores autônomos de serviço que con-tam somente com a sua produtividade pesso-

al, e sim de empregados assalariados que querem segurança, proteção, amparo em leis. É por isso que o Estado do Bem-Estar Social ainda é preferível ao Neoliberalismo, porque na história recente, a humanidade demonstrou não ter maturidade para se relacionar sem a interferência do Estado nas relações econômi-cas, comerciais, trabalhistas, etc. Um exemplo clássico são as propostas taylorista e fordista de organização industrial cujos sistemas visa-vam à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produ-ção e do lucro, mesmo tendo acertos, esses métodos motivaram os funcionários a fazerem greves e a revoltas.

O que todos os países desenvolvidos têm em comum é uma população com maioria bem escolarizada. Nem todas as pessoas nos paí-ses de primeiro mundo tem diplomas universi-tários, no entanto, a escolaridade de ensino primário e secundário é muito boa. E a função de promover bons serviços de educação esco-lar é primeiramente do Estado. A iniciativa pri-vada pode prestar serviços de educação esco-lar, mas o governo não pode negar boa edu-cação escolar gratuita à população, se real-mente tiver como objetivo o desenvolvimento do país. De qualquer forma, a sociedade civil ainda não está preparada para a ausência do Estado. Apesar de não ser perfeita, a proposta de John M. Keynes ainda é a preferível.

João Paulo E. Barros

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Opinião

Evasão escolar

Muito se comenta sobre o problema da má qualidade do ensino escolar no Brasil. Mas há outro problema, a evasão escolar. Por que tantas pessoas em idade escolar abandonam a escola? Há também muitos alunos que re-provam por faltas.

Primeiro, qual é o impacto que uma pessoa em idade escolar causa por abandonar a es-cola? Primeiramente, a pessoa em questão prejudica a si mesma, o seu futuro profissional e também como cidadã do país. Quem conclui os estudos tende a ganhar salário melhor de quem não conclui, embora haja exceções quanto à renda. Mas a regra é quem estudou mais ganhar mais. Além de si mesma, a pes-soa que abandona a escola tem alto potencial de prejudicar também a sociedade em que vive. O país perde muito dinheiro, a pessoa é uma mão de obra qualificada a menos ou um empregador a menos, a tendência de pessoas que abandonaram a escola se envolverem com o crime, com o tráfico de drogas, é maior do que a de pessoas bem escolarizadas, ape-sar de que há pessoas bem escolarizadas en-volvidas com crime, violência e drogas ilícitas. Pessoas bem escolarizadas tendem a ter ex-pectativa de vida maior do que as pessoas

mal escolarizadas.

Segundo, o que é que motiva pessoas em i-dade escolar a abandonar a escola? Diversas são as causas. Entre elas, acesso limitado pa-ra quem vive na zona rural ou periferia de ci-dade, ou seja, a distância da escola e a casa do aluno. Outra, necessidades especiais de deficientes físicos, outros acabam necessitan-do entrar precocemente no mercado de traba-lho para sobreviver, outros vivem em condi-ções de extrema vulnerabilidade social e não podem pagar materiais escolares, outros por problema de bullying, outros por causa do mé-todo de ensino escolar ser ou inflexível, ou de má qualidade, ou o estudante não se sentir bem no ambiente escolar, ou baixa resiliência emocional, o que é fato é que o modelo vigen-te nos últimos tempos não traz os resultados desejados.

É necessário que as escolas passem por mu-danças de método, para que todas as pesso-as em idade escolar sejam bem alfabetizadas, realmente entendam o que lhes é ensinado, para que no futuro se tornem cidadãos consci-entes, pessoas com consciência cívica, prepa-radas para o mercado de trabalho como mão de obra qualificada, pessoas com boa educa-ção moral, cívica e financeira. Quem hoje é

aluno ou aluna no futuro vai ser pai ou mãe de família. E não só o lado dos alunos, o lado dos professores também deve ser considera-do. O ambiente escolar tem que satisfazer tanto quem é aluno quanto quem é professor. Se quem leciona não tiver uma situação satis-fatória, também não vai conseguir ser satisfa-toriamente produtivo.

Se a escola não prover um serviço de boa qualidade de ensino, se o ambiente escolar não for acolhedor e agradável, se não houver uma conexão entre o que é ensinado nas dis-ciplinas e o mundo real atual, e se o professor causar impressões negativas nos alunos, a escola não vai conseguir cumprir a sua função existencial. E a educação escolar não se res-tringe às ciências, também abrange as artes e os esportes. E se os alunos mais vulneráveis socialmente não receberem apoio adequado do governo, também não vão conseguir fre-quentar a escola. E a educação escolar ne-cessita de especial atenção de quem governa, seja prefeito, governador ou presidente, seja ministro ou secretário, o governo tem que pri-orizar a educação escolar nos seus investi-mentos públicos. É o futuro da nação que está em causa.

João Paulo E. Barros

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 10

CLASSES SOCIAIS

Muito se fala em diferenças de classes soci-ais.

Quando abordamos o tema pensamos sem-pre em quantidade de dinheiro envolvido, na casa onde mora, nos carros que possuem (ou não), nos vinhos caros degustados e por aí vai.O ponto é que não se trata só disso. A di-ferença de classes ultrapassa a ideia de bens materiais. Ela invade o campo do comporta-mento.

Há quatro anos, o CEFET está com metade de suas vagas reservadas para cotistas. Eu demorei a entender muita coisa, tipo essas que só assimilamos quando vivemos e convi-vemos. Há espaços como bibliotecas, salas de monitoria e coisas afins para todos os alu-nos mas, surpreendentemente, ela não é fre-quentada por aqueles de baixa renda. Come-cei a pensar sobre a causa disso…

Percebam que há várias atividades gratuitas espalhadas pelo Brasil como museus, exposi-ções, shows, bibliotecas e por aí vai. Até mes-mo uma aula de Ioga pode entrar como exem-plo. Muitos desses locais não são frequenta-dos e usufruídos por pessoas pobres. Se per-guntarem para eles, ouviremos, de uma forma geral, que eles não se sentem pertencedores e merecedores desses espaços ainda que não exista nada aparentemente que os proíba de usá-los.

Não é difícil entender. Eu, classe média, quando me vejo no meio de pessoas endi-nheiradas que conversam sobre vinhos caros e queijos mofados e fedorentos exaltando su-as qualidades fico me perguntando o que es-tou fazendo ali. Não é o meu lugar. Não per-tenço àquela cultura e acho difícil manter con-tato, amizade, namoro ou casamento com al-guém dessa tribo.

Não estou, no entanto, na base da pirâmide. Sou dessas que tira férias. Não fui à Disney e nem passeei pela Europa, muito menos meus filhos, mas viajamos do nosso jeito pelo Bra-sil. Quando partimos, sentimos que merece-mos o descanso. Eu por trabalhar e eles por estudar. Coisa tão simples e natural, não? Pois é. Não. A grande maioria do povo brasi-leiro incluindo muitos adolescentes não sa-bem o que é usufruir das férias.

Há uma herança invisível que é passada de

pais para filhos que é um dos verdadeiros pri-vilégios e da qual não nos damos conta que a recebemos. Na infância, meus pais sempre me estimularam a ler, levaram-me ao cinema, ao teatro, conversavam comigo, davam-me-me brinquedos que estimulavam a minha inte-ligência. Sem saber, eu estava a anos-luz de distância da maioria das crianças do Brasil. Os estímulos que recebemos na infância vão sendo incorporados de forma inconsciente. Se não pararmos para refletir, a impressão é que o natural seja assim e que todos nascem com isso.

Ledo engano.

O filho de uma pessoa muito pobre, por exem-plo, não recebeu todo esse estímulo porque sua miséria não se dá apenas pelo quanto que se carrega na carteira. Como não damos o que não temos, não se ensina aquilo que não se aprende. Ainda que na família pobre tenhamos um pai e uma mãe presentes, o que se transmite é a inadequação social (muito bem mostrado no filme “Que Horas Ela Volta?”) e uma carência de hábitos que esti-mulem à cognição.

Não raro, percebo alunos que me olham e me ouvem e que não estão enxergando e escu-tando nada porque não foram treinados para se concentrar. O pior, muitos desistem se sentindo culpados, burros e sendo causas de sua própria desfortuna. Esses são, de uma forma geral, os que vêm de famílias desestru-turadas cuja renda é de um salário mínimo, se tanto. Claro que outros conseguem ascender ainda que de forma tímida e entender que não existe classe condenada. A despeito de um fracasso na socialização familiar, consegui-mos ter sucesso na escolar e dar a esse alu-no algo que pode ser vendido além de sua força muscular. Mas não é fácil levantar quem sempre se arrastou no limbo.

Só vendo tudo isso de perto entendi que eu não nasci educada, com capacidade de con-centração, habituada a ler, preocupada em me alimentar bem e preparada para a concor-rência. Tudo isso foi privilégios que recebi por ser filha de quem sou. Por isso, agora quando ouço o discurso de que o capitalismo é justo e que todos possuem chances iguais percebo que esse muro invisível que separa as clas-ses sociais – mas que existe como todos po-demos observar – é feito de algo mais resis-tente do que o aço. A igualdade formal exis-

tente nas leis não é suficiente para derrubar essa barreira.

Se muitos espaços públicos gratuitos não são usados por pessoas de baixa renda é porque, em certa medida, a maioria delas sofre o pre-conceito de ser pobre não somente economi-camente falando, mas carente de cognição e, portanto, não se sentem seguros para fre-quentar determinados locais.

Com a política das cotas, começamos a ver vários desses espaços como universidades, por exemplo, serem frequentados por pesso-as que não portavam Iphones e faziam esco-vas progressivas em seus cabelos. Não foi à toa que aqueles que sequer se davam conta que reproduziam um sistema injusto começa-ram a se sentir muito incomodados e falar em meritocracia como algo dado no mundo ou criado por Deus para se manifestarem contra qualquer política de inclusão social. A lei, for-malmente igualitária, basta para aliviar a consciência de muitos que se acham superio-res e que desprezam, ao chegarem em um determinado ambiente público a gratuito, o fato (e sua causa) de não ter crianças negras, por exemplo.

E antes que venham me acusar que estou di-minuindo os títulos e o esforço que você fez para consegui-los, saiba que reconheço sua capacidade, mas não exija de mim que eu le-ve seu mérito para outros limites que vão a-lém de sua esfera pessoal. A minha grandeza não veio exclusivamente da minha eficiência ou pré-disposição. Muito devo a todo o apara-to que me cerca.

Hoje compreendo que se um aluno de baixa renda não consegue tirar uma boa nota isso nada tem a ver, na maioria dos casos, com preguiça, desatenção ou falta de esforço pes-soal. Não posso mais desprezar, depois de tudo o que observei sobre o muro invisível (porém sólido), a importância das demais vari-áveis como estrutura familiar, incentivo para aquisição de bens imateriais, encorajamento e o amor em suas mais diversas formas.

Esse é o grande mal desse sistema: a repro-dução de privilégios com um ar aparente de ser justo e igualitário. E, a meu ver, esse gol-pe foi, dentre outras coisas, a tentativa de im-pedir que esse muro invisível fosse derruba-do.

Autora: Elika Takimoto

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Socializando

Acredito que a luta interclasses seja pior que a luta de classes. Não há sentido, pobre contra pobre, nordestino

contra nordestino, empregado contra empregado, aposentado contra aposentado, escravo contra escravo e oprimido contra oprimido.

Jerônimo Bento de Santana Neto

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 11

O que é dignidade da pessoa humana?

Já repararam como muita gente fala em digni-dade da pessoa humana de forma aleatória sem a menor organização de pensamento?

Muitos usam a expressão dignidade da pes-soa humana para defender direitos funda-mentais, mas sem alcançar o âmago do con-ceito e seus respectivos contornos. Por conta disto, inúmeras vezes a utilização da expres-são acaba ocorrendo em contextos diametral-mente opostos aos escopos constitucionais para justificar o direito à vida, à liberdade, à saúde e assim por diante. O mencionado pa-radoxo nos leva a compreender o porquê da necessidade em se fazer algumas reflexões sobre realidades e sofismas na fixação de um conceito uníssono e coerente quanto à ex-pressão “dignidade da pessoa humana”, o qual possa servir como base sólida em prol da defesa dos direitos essenciais do ser hu-mano, sob pena de deixá-los sem qualquer amparo efetivo e, por conseguinte, sem ga-rantia de respeito.

A Declaração Universal dos Direitos Huma-nos, aprovada em 1948, pela Assembleia Ge-ral das Nações Unidas, assinala o princípio da humanidade e da dignidade já no seu preâm-bulo:

Considerando que o reconhecimento da digni-dade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inaliená-veis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo (…). Considerando que as Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e valor da pessoa humana (…).

A Convenção Americana sobre Direitos Hu-manos, de 1969, estabelece, em seu art. 11, § 1º, que “Toda pessoa humana tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimen-to de sua dignidade”.

Derivando de um dos fundamentos republica-nos, constante do art. 1º, inciso III, da Consti-tuição da República Federativa do Brasil, de-clara a dignidade da pessoa humana, o prin-

cípio da humanidade é descrito no art. 5º, in-cisos III e XLIX.

Conforme bem define Luiz Gustavo Grandi-netti Castanho de Carvalho:

Contudo foi com o Iluminismo que a noção de dignidade da pessoa humana ganhou uma dimensão mais racional e passou a irradiar efeitos jurídicos, sobretudo por influencia do pensamento de Immanuel Kant. O homem, então passa a ser compreendido por sua na-tureza racional e com capacidade de autode-terminação (…).

Fato é, existe extrema dificuldade em concei-tuar Dignidade da Pessoa Humana, mesmo entre os estudiosos do tema, onde encontra-mos definições, as mais variadas possíveis. Senão Vejamos:

Ingo Sarlet define da seguinte forma:

(…) por dignidade da pessoa humana a quali-dade intrínseca e distintiva de cada ser huma-no que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comu-nidade, implicando, neste sentido, um com-plexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qual-quer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições e-xistenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da pró-pria existência e da vida em comunhão com os demais seres humano (…).

Ainda sobre dignidade da pessoa humana afirma Gustavo Tepedino:

Com efeito, a escolha da dignidade da pesso-a humana como fundamento da República, associada ao objetivo fundamental de erradi-cação da pobreza e da marginalização, e de redução das desigualdades sociais, junta-mente com a previsão do § 2º do art. 5º no sentido da não ex-clusão de quaisquer direi-tos e garantias, mesmo que não expressos, desde que decorrentes dos princípios adota-dos pelo texto maior, configuram uma verda-deira cláusula geral de tutela e promoção da pessoa humana, tomada como valor máximo pelo ordenamento (…)

Aquilo que porventura não tenha um preço, pode ser trocado ou pode ser substituído por qualquer outra coisa equivalente e relativa, enquanto aquilo que não é um valor relativo é superior a qualquer preço. Trata-se de um va-lor interno e não admite ser substituto por al-go equivalente. Isso é o que tem uma dignida-de.

De outro lado, a filosofia kantiana mostra que o homem, como ser racional, existe como fim em si, não simplesmente como meio; enquan-to os seres desprovidos de razão têm um va-lor relativo e condicionado (ao de meios), eis porque são chamados de “coisas”; ao contrá-rio, os seres racionais são chamados de pes-soas, porque sua natureza já os designa co-mo fim em si, ou seja, como algo que não po-de ser empregado simplesmente como meio e consequentemente limita na mesma propor-ção o nosso arbítrio, por ser um objeto de res-peito. E assim se revela como um valor abso-luto, porque a natureza racional existe como fim em si mesmo. Desta forma, o ser humano, por ser detentor do fim em si mesmo, tem sua dignidade como algo superior a todos os de-mais direitos ou garantias que possam ser ou vir a ser expressos.

Nesse sentido, reflita sobre: Como querer a prevalência de uma lei que tenha utilidade so-cial em detrimento da própria pessoa que in-tegra a sociedade? Como justificar a violação de um direito cuja finalidade seria proteger “os direitos”, mas a norma viola para proteger, então se protege violando? Afinal, não estarí-amos protegendo apenas quem queremos e na verdade esquecendo todo o “resto”? Será mesmo que as leis são feitas por humanos, para proteger seres humanos, ou os seres humanos devem e estão a proteger as leis? Talvez fosse melhor mudarmos para “dignidade da lei”. Assim, assumiríamos de uma vez por todas que a sociedade serve a lei e não o contrário. Deixaríamos de ser hipó-critas e mostraríamos que é impossível defen-der direitos humanos sem ao menos uma vez ser ser humano. O que é ser, humano?

Autor: Thiago M. Minagé é Doutorando e Mestre em Direito

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A dignidade da pessoa humana consiste em um valor constante

que deve acompanhar a consciência e o sentimento de bem estar de todos, cabendo ao Estado garantir aos seus

administrados direitos que lhe sejam necessários para viver com dignidade (direito à honra, a vida, à liberdade, à saúde,

à moradia, à igualdade, à segurança, à propriedade, entre outros).

A dignidade humana é o valor supremo a ser buscado pelo ordenamento jurídico, é o princípio basilar a partir do qual

decorrem todos os demais direitos fundamentais – norma fundante, orientadora e condicional, não só para a criação,

interpretação e aplicação, mas para a própria existência do direito (nela se assenta a estrutura da República brasileira).

Direitos

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 12

Algumas datas comemorativas

06 - Dia da Gratidão

24 - Dia dos Aposentados

O dia da gratidão é comemorado anualmente em 6 de janeiro.

Esse é um dia dedicado ao agradecimento, dia de expressar gratidão por tudo o que somos e temos, por tudo de bom que nos acontece e pelos desafios com os quais nos deparamos.

Agradecer é um exercício que nos traz muitos benefícios, pois des-perta em cada um de nós uma atitude positiva com relação à vida e que nos fortalece para os momentos de dificuldades.

Além da data comemorada no Brasil, há também o Dia Mundial da Gratidão, o qual se comemora em 21 de setembro.

A data teve origem no dia 21 de setembro de 1965, quando um en-contro internacional no Havaí reuniu pessoas motivadas a reservar um dia no ano para agradecer.

Nos Estados Unidos e no Canadá, principalmente, o Dia de Ação de Graças(Thanksgiving Day, em inglês) é o dia de demonstrar gratidão.

A data é comemorada na quarta quinta-feira de novembro e é um fe-riado muito importante nesses dois países.

No dia 6 de janeiro também se comemora o Dia de Reis, data em que se relembra a chegada dos Reis Magos ao local onde Jesus nas-ceu.

O Dia do Leitor é comemorado anualmente em 7 de janeiro.

Esta é uma data dedicada às pessoas que são apaixonadas pela lite-ratura, ou seja, que amam livros!

Ninguém nasce sendo um leitor. O interesse pela literatura é algo que se desenvolve no ser humano através dos anos, a partir de influ-ências positivas relacionadas ao ato de ler.

O hábito da leitura é importante para exercitar as capacidades de co-municação, interpretação e de cognição das pessoas.

A literatura ainda é celebrada no Brasil em outras datas ao longo do ano, como oDia da Literatura Brasileira, comemorada anualmente em 1 de maio; e o Dia Nacional do Livro, em 29 de outubro.

O Dia do Fico é celebrado anualmente em 9 de janeiro. Isso aconte-ce porque foi nesse dia, em 1822, que D. Pedro I disse a famosa fra-se "se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

A Corte portuguesa queria reverter o estatuto do Brasil novamente para colônia e estava exigindo que D. Pedro voltasse imediatamente para Portugal. Assim, essa frase revela a rebeldia do príncipe regen-te às ordens da Corte.

D. Pedro de Alcântara a disse depois de ter sido convencido por 8 mil assinaturas que pediam para que ele ficasse no Brasil. Essas assina-turas foram recolhidas pelos liberais radicais que, juntamente com o Partido Brasileiro, já vinham tentando manter a autoridade do Brasil.

Na data, que ficou conhecida historicamente como o Dia do Fico, D. Pedro fortaleceu o movimento separatista no Brasil, até então consi-derado uma extensão de Portugal. É por esse motivo que esse dia é tão importante para o Brasil. O Dia do Fico representa um dos mais importantes passos rumo à independência do país, o que aconte-ceu no dia 7 de setembro desse mesmo ano, 1822.

O Dia de São Sebastião é comemorado anualmente em 20 de janei-ro e é feriado no Rio de Janeiro.

São Sebastião é o padroeiro da cidade brasileira do Rio de Janeiro, sendo esse dia um feriado municipal para os cariocas.

A data é celebrada com uma festa litúrgica na igreja católica, em ho-menagem à figura de um dos santos mais venerados e icônicos do Cristianismo. São Sebastião é considerado o padroeiro dos atletas e militares.

Normalmente, as comemorações do Dia de São Sebastião reúnem diversos devotos em procissões e romarias pelas ruas das cidades.

Esta data é destinada a homenagear os profissionais que se dedica-ram a vida inteira ao trabalho e agora usufruem dos benefícios da previdência social, recebendo do governo uma gratificação por todos os anos de serviços prestados ao país.

De acordo com a legislação brasileira, existem cinco categorias espe-cíficas de aposentadoria: a compulsória, a especial, por idade, por invalidez ou por tempo de contribuição.

Esta data celebra uma das conquistas mais significantes do cidadão brasileiro durante o século XX: os direitos relacionados à previdência social.

Mas, o que é previdência social?

Previdência social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de seus familiares em casos de acidentes, invalidez, morte, prisão e velhice, por exemplo.

No entanto, para estar apto a receber este seguro, o cidadão deve contribuir mensalmente com a previdência social, enquanto estiver ativo no mercado de trabalho.

Também conhecidas como HQ's, as histórias em quadrinho são um modelo de leitura que mistura elementos textuais e visuais, criando a sensação de sequenciamento das cenas.

Esta data visa homenagear este gênero literário, um grande respon-sável por apresentar e incentivar as crianças ao mundo da literatura.

No Brasil, as histórias em quadrinho surgiram em meados do século XIX, mas apenas se popularizou com o lançamento de clássicos co-mo “A Turma da Mônica”, “O Menino Maluquinho”, “A Turma do Pere-rê” e o “Tico-Tico”, que é considerada a primeira revista em quadri-nho lançada no Brasil, em 11 de outubro de 1905.

Esta data homenageia o indivíduo que recebe a responsabilidade de representar uma figura paterna para determinada pessoa, ajudando, ao lado dos seus pais biológicos, a garantir a educação e proteção dessa criança.

Mesmo existindo diversas ocasiões em que os padrinhos podem re-presentar as suas funções de “protetor”, esta data homenageia pre-dominantemente os padrinhos de batismo, que são considerados co-mo “segundos pais” dos seus afilhados.

Por norma, quando uma criança nasce os seus pais escolhem uma pessoa próxima da família (amigo ou parente) para assumir a respon-sabilidade de ser o padrinho do seu filho. A função do padrinho é au-xiliar na educação e proteção do afilhado ao longo de sua vida e, principalmente, caso os pais biológicos da criança venham a falecer.

No Brasil, os padrinhos costumam ser carinhosamente apelidados de “dinho” ou “painho”.

Fonte:

30 - Dia Nacional Histórias Quadrinhos

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07 - Dia do Leitor

09 - Dia do Fico

20 - Dia de São Sebastião

24 - Dia da Previdência Social

30 - Dia do Padrinho

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 13

Bertrand Russell:

“Moralistas são pessoas que renunciam às ale-grias corriqueiras para poder, sem culpa e recri-

minação, estragar a alegria dos outros”.

* * *

Emanuel Wertheimer:

“Não há mais severo moralista do que o calotei-ro quando é caloteado”.

* * *

Guerra Junqueiro:

“Há moralistas imoralíssimos”.

* * *

Clarice Lispector:

“Se você procura alguém coerente, sensata, po-liticamente correta, racional, cheia de moralis-mo… Esqueça-me! Se você sabe com viver

com pessoas intempestivas, emotivas, vulnerá-veis, amáveis, que explodem na emoção, aco-

lha-me”.

* * *

Stanislaw Ponte Preta:

“Os valores morais são os únicos que conserva-ram os preços de antigamente”.

* * *

Marcel Proust:

“Assim que uma pessoa se sente infeliz, torna-se moralista”.

* * *

Mário Quintana:

“Ah, esses moralistas… Não há nada que em-peste mais do que um desinfetante”.

* * *

Nietzsche:

“É preciso ser-se imoral para pôr a moral em ação. Os meios dos moralistas são os mais as-querosos que alguma vez foram usados. Quem não tiver coragem de ser imoral, pode servir pa-

ra tudo, exceto para dar em moralista”.

* * *

Bob Marley:

“Me chamam de louco porque fumo maconha e de gênio quem construiu a bomba atômica”.

* * *

Oscar Wilde:

“Um moralista é, quase sempre, um hipócrita; uma moralista, invariavelmente, um bagulho”.

* * *

Vittorio de Sica:

“A indignação moral é, na maioria dos casos, uns dois por cento de moral, uns quarenta e oito

por cento, indignação, e uns cinquenta por cento, inveja”.

* * *

Ciro Gomes:

“Todo mundo sabe que a revista Veja é a folha da canalhocracia brasileira. É ali que o baronato brasileiro explora o moralismo a serviço da i-

moralidade”.

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As 10 atitudes que esperamos das madrinhas de nossos filhos!

Segundo a psicóloga Marcella Nóbrega, “a participação da madrinha na vida da criança é fundamental. Logo, deve ser alguém com quem o filho crie um laço de confiança e afe-to, que ele sinta que pode contar”.

Tem gente que pensa que ser madrinha ou padrinho é apenas presentear a criança com bons brinquedos e só. Mas as madrinhas e os padrinhos são muito mais do que isso, são quase como segundos pais e precisam ter valores morais e espirituais, bem como pen-samentos, semelhantes aos dos pais.

E pelo fato de ter esse papel tão importante na vida de nossos filhos, temos uma grande expectativa com relação às atitudes das ma-drinhas escolhidas… Tem muita mãe frustra-da com a escolha da madrinha, pois espera-va muito mais dela!

Sendo assim selecionamos algumas atitudes que a madrinha e ou padrinho tenham no de-correr da vida de nossos filhos.

1. Estar presente

As madrinhas devem sempre estar presentes no dia a dia da vida de nossos filhos, princi-palmente em datas importantes como aniver-sário, Natal, primeira comunhão etc. Nós, mamães, ficamos muuuuito frustradas quan-do isso não acontece, não é mesmo?

2. Ser amiga e conhecer os gostos dos nossos filhos

Se a madrinha é como uma segunda mãe, precisa conhecer o que o afilhado gosta ou não, das preferências de alimentação até sa-ber cantar algumas das músicas preferidas dele (madrinha que é madrinha sabe cantar Galinha Pintadinha, rsrsrsr!!!). A madrinha precisa estabelecer um laço profundo com a criança, e isso também passa por saber do que ela gosta e pelo interesse genuíno por seu “mundinho”.

3. Procurar criar momentos particulares com a criança

Por exemplo: brincar, buscar na escola, levar ao parque etc. Fico muito feliz quando vejo meu filho se divertindo com sua madrinha e padrinho, ele os adora e brincam bastante juntos! Percebo que eles se dedicam muito para fortalecer essa relação!

4. Assumir um compromisso

Quando os padrinhos são escolhidos e acei-tam o convite, assumem o compromisso pe-

rante Deus de amar e ajudar na educação da criança. Em caso dos pais morrerem, cabe aos padrinhos assumirem a responsabilidade de criar o afilhado. Portanto, ser padrinho não se resume em dar presentes, mas em estar envolvido na criação e no direciona-mento da criança, auxiliando os pais com conselhos e apoio.

5. Não mimar a criança

A madrinha deve ser companheira da mãe. E procurar respeitar sempre os limites impostos pelos pais!

6. Presentear com afeto

As crianças gostam de presentes. E é muito mais legal quando são algo exclusivo, que atraia a criança e que demonstre conhecê-la. A preocupação em acertar existe, mas um presente que seja “a cara” da criança vale muito mais do que um presente caríssimo.

7. Se o afilhado tiver irmãos, o vínculo de-ve ser criado com todos

É muito legal quando a madrinha tem a sen-sibilidade de se relacionar com os irmãos de seu afilhado, para que as crianças não se sintam excluídas. Acho normal que possa e-xistir uma “preferência” para o afilhado, mas não precisa ser explícita e é claro que as cri-anças não precisam perceber isso, né?

8. Estar junto nos melhores e piores mo-mentos

Esperamos que as madrinhas nos apoiem e estejam presentes em TODOS os momentos! Infelizmente podem existir aqueles momen-tos não tão bons… Por isso, não é legal quando as madrinhas aparecem somente nas festas. Por exemplo, ligar quando o afi-lhado está doentinho faz toda a diferença!

9. Ficar tão emocionada quanto os pais

Qual mãe não se emociona ao ver as primei-ras conquistas dos filhos? E é tão legal quan-do as madrinhas também demonstram essa “emoção”! Isso revela que elas estão entre-gues de corpo e alma para essa relação!

10. Amá-lo incondicionalmente

Esse item comporta todos os anteriores! A-quelas madrinhas que sentem um verdadeiro amor pelos afilhados são muito mais admira-das pelas mães que, sem dúvida, têm certe-za de que acertaram na escolha da madrinha perfeita para seus filhos!

Fonte: justrealmoms.com.br

A Carta Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito,

muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida. ( Mario Quintana in: Caderno H, (1945-1973), Porto Alegre: Editora Globo, 1973.)

Padrinhos

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 14

Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção

Desde 1996, a corrupção começou a ser tema de interesse dos mais diferentes países que, de modo regional, iniciaram processos de a-cordos de ação conjunta nesse âmbito. Entre-tanto, as primeiras convenções firmadas não cobriam todas as regiões do mundo, deixando de lado grande parte dos países da Ásia e do Oriente Médio. Também alguns acordos ape-nas se referiam a abordagens específicas, co-mo o suborno, por exemplo. Assim, a comuni-dade internacional manifestou o interesse de delinear um acordo verdadeiramente global e capaz de prevenir e combater a corrupção em todas as suas formas. Assim, nasceu a Con-venção das Nações Unidas contra a Corrup-ção.

Para acessar o texto integral da convenção nos seis idiomas oficiais da ONU, acompa-nhar a lista dos países signatários e o status de ratificação de cada um, além de guias téc-nicos e manuais sobre como implementar os artigos do documento, acesse a página da convenção em inglês. Ou acesse o texto inte-gral da convenção em português.

A convenção é composta por 71 artigos, divi-didos em 8 capítulos. Os mais importantes estão reunidos em quatro capítulos e tratam dos seguintes temas: prevenção, penalização, recuperação de ativos e cooperação interna-cional. São esses capítulos que requerem a-daptações legislativas e/ou ações concomi-tantes à aplicação da convenção a cada país.

Prevenção à corrupção

No capítulo que trata sobre prevenção à cor-rupção, a convenção prevê que os Estados Partes implementem políticas contra a corrup-ção efetivas que promovam a participação da sociedade e reflitam os princípios do Estado de Direito tais como a integridade, a transpa-rência e a accountability, entre outros.

Os Estados Partes devem adotar sistemas de seleção e recrutamento com critérios objetivos de mérito. Também devem tomar medidas pa-ra aumentar a transparência no financiamento de campanhas de candidatos e partidos políti-cos. Devem desenvolver códigos de conduta que incluam medidas de estímulo a denúncias de corrupção por parte dos servidores, e de desestímulo ao recebimento de presentes, ou de qualquer ação que possa causar conflito de interesses. Os processos licitatórios devem propiciar a ampla participação e dispor de cri-térios pré-estabelecidos, justos e impessoais.

Também devem adotar medidas para ampliar o acesso às contas públicas para os cidadãos e estimular a participação da sociedade nesse processo, além de adotar medidas preventi-

vas à lavagem de dinheiro. Finalmente, subli-nha que a independência do Poder Judiciário e do Ministério Público é fundamental para o combate à corrupção.

A convenção contempla medidas de preven-ção à corrupção não apenas no setor público, mas também no setor privado. Entre elas: de-senvolver padrões de auditoria e de contabili-dade para as empresas; prover sanções civis, administrativas e criminais efetivas e que te-nham um caráter inibidor para futuras ações; promover a cooperação entre os aplicadores da lei e as empresas privadas; prevenir o con-flito de interesses; proibir a existência de "caixa dois" nas empresas; e desestimular i-senção ou redução de impostos a despesas consideradas como suborno ou outras condu-tas afins.

Penalização e aplicação da lei

No capítulo sobre penalização e aplicação da lei, a convenção pede aos Estados Partes que introduzam em seus ordenamentos jurídicos tipificações criminais que abranjam não ape-nas as formas básicas de corrupção, como o suborno e o desvio de recursos públicos, mas também atos que contribuem para a corrup-ção, tais como obstrução da justiça, tráfico de influência e lavagem de recursos provenientes da corrupção. A penalização à corrupção é condicionada pela existência de mecanismos que permitam o sistema de justiça criminal realizar ações de detenção, processo, puni-ção e reparação ao país.

Os Estados Partes devem obrigatoriamente tipificar como crime: o suborno a funcionários públicos, a corrupção ativa a oficiais estran-geiros, a fraude e a apropriação indébita, a lavagem de dinheiro e a obstrução da justiça. Também devem, na medida do possível, bus-car tipificar as condutas de: corrupção passiva de oficiais estrangeiros, tráfico de influências, abuso de poder, enriquecimento ilícito, subor-no no setor privado e desvios de recursos no setor privado.

A convenção orienta os Estados Partes a con-siderar o suborno como crime e o define como a promessa, a oferta ou a entrega, direta ou indiretamente, a um servidor público ou outra pessoa ou entidade, de uma vantagem indevi-da, a fim de agir ou de não agir no exercício de suas funções oficiais. Da mesma forma, quem solicita ou aceita essas mesmas vanta-gens indevidas, também comete o crime de suborno.

Os Estados Partes devem estabelecer como crime, quando cometido intencionalmente, a fraude, a apropriação indébita ou qualquer ou-tro desvio de recursos por parte de funcioná-rio público, em seu benefício, ou em benefício de terceiros, de qualquer propriedade, fundos

públicos ou privados ou qualquer outra coisa de valor a ele confiada em virtude de sua fun-ção. O mesmo se aplica aos atos de conver-ter, transferir, ocultar ou dissimular produtos oriundos do crime, e também a quem adquire, possui ou se utiliza desses produtos.

Também conta com um artigo que aborda a obstrução da justiça: influenciar testemunhas em potencial em posição de prover evidên-cias, por meio do uso da força, de ameaças ou intimidação; e interferir no exercício da fun-ção de oficias ou membros da Justiça pelos mesmos meios.

Cooperação internacional

O capítulo sobre cooperação internacional en-fatiza que todos os aspectos dos esforços an-ticorrupção necessitam de cooperação inter-nacional, tais como assistência legal mútua na coleta e transferência de evidências, nos pro-cessos de extradição, e ações conjuntas de investigação, rastreamento, congelamento de bens, apreensão e confisco de produtos da corrupção. A convenção inova em relação a tratados anteriores ao permitir assistência le-gal mútua mesmo na ausência de dupla incri-minação, quando não envolver medidas coer-citivas. O princípio da dupla incriminação pre-vê que um país não necessita extraditar pes-soas que cometeram atos que não são consi-derados crimes em seu território. Mas a partir da convenção, esses requisitos se tornam mais maleáveis, pois a convenção prevê que mesmo crimes que não são definidos com os mesmos termos ou categoria podem ser con-siderados como equivalentes, possibilitando a extradição.

A extradição deve ser garantida nos casos de crimes citados pela convenção, e quando os requisitos de dupla incriminação são preenchi-dos. Os Estados Partes não devem conside-rar os crimes de corrupção como crimes políti-cos. E os estados que condicionam a extradi-ção à existência de acordos podem usar a convenção como base legal. Se um país não extradita nacionais, deve usar o pedido do ou-tro país como fundamento para um processo interno. Além disso, a convenção prevê que os Estados Partes busquem harmonizar suas leis nacionais aos tratados existentes.

Os Estados Partes podem recusar o pedido de extradição se for observada perseguição por gênero, raça, religião, nacionalidade, etnia ou opiniões políticas. Em todo o caso, ainda que não seja obrigatório, a convenção reco-menda uma consulta ao país solicitante antes de uma recusa, a fim de possibilitar a apre-sentação de informações adicionais que pos-sam levar a um resultado diferente.

CONTINUA NA PÁGINA 15

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Corrupção

Janeiro 2018 Gazeta Valeparaibana Página 15

Corrupção (continuação)

A convenção prevê medidas mais amplas de

assistência legal mútua em investigações,

processo e procedimentos legais em relação

a crimes previstos na própria convenção.

Entre essas medidas, destacam-se a

designação de uma autoridade central para

receber, executar e transmitir pedidos de

assistência legal mútua; a vedação à recusa

de assistência legal mútua com base no sigilo

bancário; e a possibilidade de a assistência

legal mútua ser ofertada na ausência de

dupla criminalização, desde que não haja

medidas coercitivas.

Os Estados Partes deverão cooperar entre si

para aumentar a eficácia da aplicação da lei e

estabelecer canais de comunicação para

assegurar o intercâmbio rápido de

informações sobre todos os aspectos dos

crimes abrangidos pela convenção.

Também devem considerar a celebração de

acordos bilaterais ou multilaterais que

permitam a criação de órgãos mistos de

investigação em relação às matérias que são

objeto de investigações, processos ou ações

judiciais em um ou mais Estados. Além disso,

os Estados devem permitir a utilização de

técnicas especiais de investigação, tais como

a vigilância eletrônica e outras formas de

operações sigilosas, além de permitir a

admissibilidade das provas obtidas por meio

dessas técnicas nos tribunais.

Recuperação de ativos

A recuperação de ativos é uma importante

inovação e um princípio fundamental da

convenção. Os Estados Partes devem apoiar-

se entre si com extensas medidas de

cooperação e assistência neste campo, a fim

de fazer valer os interesses das vítimas e dos

donos legítimos desses recursos.

Os Estados Partes devem solicitar suas

instituições financeiras a: verificar a

identidade de seus clientes; determinar a

identidade de beneficiários de contas

volumosas; aplicar controle reforçado a

contas mantidas por altos funcionários

públicos; reportar transações suspeitas às

autoridades competentes; e prevenir o

estabelecimento de bancos sem presença

física.

Um artigo sobre recuperação direta foca na

possibilidade de os Estados Parte terem um

regime que permita a outro Estado Parte

iniciar um processo civil para a recuperação

de ativos ou para intervir ou agir no processo

doméstico para reforçar seu pedido por

compensação.

Dessa forma, os Estados Parte podem iniciar

uma ação civil nas cortes de outra parte para

estabelecer direito à propriedade de bens

adquiridos por meio de corrupção. E os

tribunais devem poder ordenar culpados por

corrupção a ressarcir outro Estado Parte, e

reconhecer, em decisões de confisco, pedido

de outra parte como legítima dona dos bens.

A vantagem do processo civil se mostra útil

quando o processo criminal não é possível,

pois a morte ou ausência do suspeito permite

o estabelecimento de culpa com base nos

padrões civis, com diferentes procedimentos

processuais.

Os Estados Partes devem permitir que suas

autoridades cumpram uma ordem de confisco

ou de congelamento por um tribunal de outro

Estado Parte solicitante. Da mesma forma,

devem considerar medidas que permitam o

confisco, mesmo sem uma condenação no

âmbito criminal, quando o acusado não pode

ser mais processado por conta de sua morte

ou ausência.

Como princípio geral, os Estados Partes

devem alienar os bens confiscados,

devolvendo-os a seus legítimos donos, tanto

no que se relaciona à fraude e ao desvio de

recursos públicos, quanto à lavagem de

recursos obtidos ilegalmente. Para outros

crimes de corrupção, os mesmo

procedimentos devem ser adotados, quando

for razoavelmente estabelecida a legitimidade

do dono. Em todos os outros casos, será

dada prioridade ao retorno dos bens

confiscados à parte solicitante, o retorno dos

bens aos legítimos donos, ou a utilização

para a compensação das vítimas.

Fonte: unodc.org

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Por que há tanta corrupção no Brasil?

9 de Dezembro foi comemorado o Dia Inter-nacional de Combate à Corrupção, problema com o qual nós brasileiros aprendemos a vi-ver cotidianamente. Entram governos, saem governos, e uma variável parece persistir no cenário político brasileiro: a corrupção. São tantos mensalões e propinodutos Brasil afora que já se começa a adjetivá-los de acordo com a esfera de atuação e unidade federati-va. Tal recorrência leva a um questionamento necessário: por que há tanta corrupção no Brasil?

É importante entender que o brasileiro não nasce corrupto. A corrupção no Brasil é fruto das nossas instituições, moldadas por sécu-los de tradição ibérica, patrimonialista e carto-rialista, onde o o público se confunde desde as entranhas com o privado. Somos a repúbli-ca dos cartórios, dos alvarás, das concessões e, sem surpresa, do jeitinho. Criam-se dificul-dades para, logo em seguida, oferecerem-se facilidades a preços não-tão módicos.

Vê-se em curso no país o desenvolvimento

de um nefasto capitalismo de compadres. É cada vez mais rentável para uma empresa o investimento em “empreendedorismo político” e o atendimento às demandas de agentes pú-blicos – em contraposição ao empreendedo-rismo de mercado, buscando a inovação e o atendimento às necessidades do consumidor.

Quando tarefas tão prosaicas e, ao mesmo tempo, tão vitais ao crescimento e desenvolvi-mento do país, como a abertura de um negó-cio, a obtenção de uma licença ou o paga-mento de tributos tornam-se tão complexas, é natural, e até instintivo, que se busque manei-ras de contornar tais obstáculos. Some-se a isso a falta de uma cultura de transparência e prestação de contas por parte dos poderes públicos e um sistema penal leniente e temos um ambiente perfeito para o florescimento da corrupção em suas diversas formas.

Conforme afirmei em artigo anterior, a corre-lação entre o grau de intervenção do Estado na economia e os índices de corrupção é ine-quívoca mundo afora. O rompimento desta lógica demanda a redução da participação estatal na nossa sociedade. É necessário que o governo limite sua atuação a algumas pou-

cas áreas. Em especial a segurança, tão ne-gligenciada no Brasil (função precípua do Es-tado). Por uma questão de viabilidade política e econômica (existem dilemas de ação coleti-va inegáveis na prestação de certos “bens públicos”), educação, saúde e infraestrutura básicas também podem entrar neste rol de atribuições estatais (preferencialmente de for-ma indireta). O resto deixamos para a iniciati-va privada, ou setor voluntário da economia. O bom senso e os dados empíricos demons-tram que não há segredo: quanto menos re-cursos nas mãos de entes estatais, menores são as possibilidades de corrupção.

Obviamente a iniciativa para uma mudança de tal profundidade não partirá de nossa clas-se política, zelosa em manter seus poderes e privilégios. Mas políticos também são indiví-duos racionais que respondem a incentivos. Cabe à sociedade dar-lhes o sinal: queremos mais liberdade e menos Estado em nossas vidas. Somente assim nos livraremos da cha-ga corrupção, que corrói diariamente nossas instituições (tanto políticas quanto sociais) e freia nosso desenvolvimento.

Autor: Fábio Ostermann

Corrupção é eleita a palavra do ano por brasileiros

SEIS DICAS PARA ECONOMIZAR

1. Faça o raio X do seu orçamento: Anote di-ariamente todos os gastos e ganhos, para ver onde o dinheiro está sendo (mal) utilizado.

2.Trace um objetivo: Você pode começar com metas mais simples como poupar 10% do seu salário para pagar aquela viagem dos sonhos ou comprar um carro.

3.Separe o que vai poupar no início do mês: Não caia na armadilha de só investir ou colo-car na poupança o que sobrar no fim do mês, pois você corre o risco de não guardar quase nada.

4. Enxugue os gastos: Analise as despesas que podem ser evitadas, como saídas ao bar, o cafezinho após o almoço e, compra de rou-pas.

5. Negocie: pedir um desconto não é crime. Pechinche desde tarifas de banco até alu-guéis.

6. Não abuse do cartão de crédito: Ele não é o seu segundo salário. E pagar só a parcela mínima pode ser uma roubada.

Conselhos para você conseguir, de uma vez por todas, poupar dinheiro.

Um dos inimigos de quem está endividado é o cartão de crédito, tratado como segundo salá-rio.

Toda virada do ano a novela se repete. Muitas pessoas se sentem mais inspiradas em mudar algum hábito e começam enumerar resolu-ções para os próximos meses. No topo da lis-ta, muitas vezes, está a vontade de conseguir poupar mais dinheiro ou, pelo menos, quitar as dívidas. Mas, assim como o Governo, man-ter as contas equilibradas em tempos de crise tem sido uma tarefa complicada para os brasi-leiros e o desejo de poupar não tem saído do papel. Com os preços nas alturas e renda em baixa, gastar mais do que se ganha tem vira-do cada vez mais uma rotina. Para fugir dessa armadilha, o EL PAÍS elencou alguns conse-lhos que vão ajudar a organizar sua vida fi-nanceira.

Segundo especialistas, o primeiro passo para fugir das dívidas é fazer um controle preciso de tudo o que você recebe e de tudo o que

gasta por mês. Desta forma, é possível se planejar e descobrir quais despesas são real-mente necessárias e quais podem ser diminu-ídas ou eliminadas de vez. Aquele cafezinho que você toma depois do almoço todos os di-as pode parecer inofensivo, mas, quando co-locar na ponta do lápis o quanto é gasto por mês com esse hábito, você poderá se surpre-ender. Além disso, você pode começar a ne-gociar planos de celular, de internet e de tele-visão a cabo mais baratos, para cortar as des-pesas fixas do mês.

Outra dica importante é começar a pensar em tudo o que você abdica para comprar “aquele smartphone de última geração” que se parece demais com um outro que você já tem. Quan-to vale o aparelho em passagens de ônibus, refeições, mensalidade escolar?

O empresário Fernando Baptista dos Santos conseguiu enxergar onde estavam seus "desperdícios" quando começou a usar um aplicativo de celular que organiza os gastos diários, o Guia Bolso. O app está conectado diretamente com suas contas bancárias e to-das as saídas e entradas de dinheiro são ano-tadas automaticamente na planilha do celular. Os gastos também são divididos por categoria como saúde, transporte, mercado, bares, con-tas. E foi justamente um desses grupos que surpreendeu o empresário. “Eu não tinha ideia de como gastava com transferências bancá-rias. Fui até o meu banco e negociei essas taxas. Também percebi o quanto gastava com aquele cafezinho após o almoço, resolvi enxu-gar essa despesa, poupei mais de 300 reais”, conta Santos.

Para o empresário, mapear seu orçamento foi o pontapé para a mudança na sua organiza-ção financeira. “Depois disso comecei a pou-par e investir meu dinheiro muito mais, inclusi-ve consegui quitar o financiamento do meu apartamento bem antes do esperado”, expli-ca.

Rodrigo de Losso, professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), alerta que o inimigo número um de quem está endivida-do é o cartão de crédito ou o cheque especial, tratados, geralmente, como complementos de salário. “O ideal é juntar o dinheiro que se pre-tende gastar, e não adquirir dívidas para com-prar alguma coisa”, diz. Claro que nem sem-pre sobra dinheiro, ainda mais em tempos de recessão. E imprevistos acontecem. Mas é preferível se endividar com crédito pessoal, que tem juros menores, do que com cartão de crédito, que cobra as maiores taxas entre os serviços financeiros. Em média, a taxa de ju-ros do cartão é de 450% ao ano, o que signifi-ca que a sua dívida mais do que quintuplica a cada ano sem pagá-la.

“Se você já está no vermelho, com dívidas de cartão e de cheque especial, opte por conse-guir um crédito pessoal no banco para pagá-

las. Assim você substitui juros altos por juros mais baixos e acaba quitando a dívida com menos sufoco”, aconselha Losso. O professor também afirma que é importante fazer um “pente fino” em seu extrato bancário para eco-nomizar mais. “Às vezes você contratou segu-ro sem querer, pois assinou um monte de pa-péis na agência sem ler”, complementa.

Segundo passo

Depois de sair do vermelho, você pode se pla-nejar para poupar um pouco todos os meses. Losso estima que, pelo menos entre 5% e 10% do seu salário deve ser aplicado em al-gum investimento todos os meses, quantia que pode lhe garantir um 14º salário por ano.

“O valor a ser investido deve ser encarado co-mo uma despesa no seu orçamento mensal. Comece poupando um pouquinho e, com o tempo, vá aumentando quando puder. Mas isso precisa se tornar um hábito. Não adianta poupar hoje e deixar de poupar amanhã”, afir-ma o professor.

A Faculdade de Economia (FEA) da USP lan-çou um programa gratuito de consultoria fi-nanceira, sob coordenação de Losso, em fe-vereiro do ano passado. O atendimento deve ser agendado por telefone e ocorre todos os dias úteis, em horário comercial. Cerca de 40-% das pessoas que procuram o serviço ga-nham até quatro salários mínimos. Do total, 30% estão endividados, 30% desejam apenas aprender a planejar as finanças pessoais e 35% querem aprender a investir. Os outros 5% buscam conselhos para planejar a apo-sentadoria ou comprar imóveis. Em um ano e meio de funcionamento, o Serviço de Orienta-ção Financeira (Sof) atendeu 220 pessoas, número que vem crescendo por conta da cri-se. O professor destaca que muitas pessoas têm chegado até o SOF para saber como apli-car melhor os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), agora que es-tão desempregadas.

“Somos conservadores, pois lidamos com um público que não entende de investimentos. Mas explicamos que há muitas opções de bai-xo risco que rendem mais que a poupança, um investimento que só teve perdas reais nos últimos anos”, afirma Losso.

“As pessoas precisam tomar muito cuidado com o banco, pois há um conflito de interes-ses na hora do gerente aconselhar os clientes a como investir. A primeira coisa que fazem é sugerir poupança. Só o banco sai ganhando com poupança. Outro absurdo que sugerem muito é um título de capitalização”, alerta. O rendimento de um título de capitalização é o menor do mercado e não consegue nem ga-rantir a inflação. Só ganha com esse produto financeiro quem é sorteado, no fim das con-tas.

Autor: A. C. CORTEZ

Edição 122 - Janeiro 2018 - Última página

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