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manuseio, movimenTAÇÃo e TRANSPORTE de cargas e materiais RIGGING Critérios e importância do trabalho de engenharia BRASIL CRANE ANO V N O 50 R$ 25,00 COMPONENTES Conceitos e tecnologia das lanças telescópicas R$ 25,00 Cases de Excelência mostram que segmento mantém-se mobilizado e confiante na retomada da economia Top Crane e Heavy Duty’2016

ANO V NO 50 R$ 25,00 CRANE BRASILcranebrasil.com.br/wp-content/uploads/2016/11/CraneBrasil-HD50_final.pdf120 m. A DB Guindastes mantém mobilizadas na obra uma equipe completa e cinco

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  • manuseio, movimenTAÇÃo e TRANSPORTE de cargas e materiais

    RIGGING Critérios e importância do trabalho de engenharia

    BRASILCRANEANO V NO 50 R$ 25,00

    COMPONENTES Conceitos e tecnologia das lanças telescópicas

    R$ 25,00

    Cases de Excelência mostram que segmento mantém-se

    mobilizado e confiante na retomada da economia

    Top Crane e Heavy Duty’2016

  • CRANE Brasil & R ev i s t a H D São publicações da Facto Editorial dirigidas aos

    profissionais da área de movimentação e manuseio de cargas,construtoras, indústrias, projetistas, órgãos públicos,

    transportadoras, locadoras, distribuidores e usuários de equipamentos. Redação: Rua Pereira Stéfano, 114, conjunto 911,

    CEP 04144-070 - Brasil – São Paulo (SP), (11) 3477-6768 Editor-Chefe: Wilson Bigarelli (MTB 20.183)

    [email protected] Redação: Tébis Oliveira (Editora), Fernando Rezende e Marisa Santos

    Editor de Arte: Moacyr MW Fotografia: Gildo Mendes

    Publicidade: Taís Malta (gerente comercial) [email protected]

    (11) 3477-6768 www.cranebrasil.com.br www.revistahd.com.br

    O mundo passou por grandes transformações em 2016. A sur-preendente saída do Reino Unido da Comunidade Européia, o re-crudescimento da xenofobia e das

    ações terroristas, a guerra sem fim no Iraque e na Síria, o êxodo de milhões de pessoas pelo planeta e a eleição de Donald Trump, igualmente surpre-endente, para dizer o mínimo. Um ano terrível e com seqüelas que devem se prolongar em 2017 – infelizmente. O Brasil, ao menos, tratou de resga-tar as bases de sua economia, promovendo as mu-danças necessárias, e combater a corrupção (com rigor e resultados até então inéditos na América Latina). E, se ainda há problemas, ninguém há de negar que um extraordinário conjunto de medidas foi aprovado e outras tantas estão sendo debatidas.

    Embora com efeito certo a médio e longo pra-zo, há quem veja reflexos positivos já no início de 2017, com a melhora dos indicadores econômicos e, mais adiante, com os investimentos previstos no setor de Óleo e Gás, que voltou a ser atrativo ao capital internacional, na mineração, que fechou o ano com excelentes perspectivas, no setor elétrico, agora com regras perfeitamente definidas ao inves-timento, e no agronegócio, cuja estabilidade tem superado qualquer expectativa nos últimos anos. Para não falar das concessões já anunciadas na in-fraestrutura de transportes em todo o país.

    São essas as alavancas, respaldadas por uma condução econômica e uma ação política coe-rente, que podem dinamizar todo o conjunto da economia e abrir novas possibilidades de negó-cio. É o que se espera.

    Wilson Bigarelli, [email protected]

    BRASILCRANE

    2017 FINALMENTE CHEGOU

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    ACESSE WWW.CRANEBRASIL .COM.BR

    4 TELESCÓPIOHyva: o cilindro 350 mil em Caxias do Sul

    8 TOP CRANE’2016 Cases vencedores em operações de içamento de cargas, remoção técnica, trabalho em altura e engenharia de rigging

    18 COMPONENTESA tecnologia das lanças telescópicas

    TRANSPORTE Revista HD 20 HEAVY DUTYHEAVY DUTY’2016Os melhores cases de transportes especiais

    24 OperaçãoSuperação de obstáculos (EUA)

    26 Nomes e Notas NTC no Ministério

    27 EMPILHADEIRASNovas opções para remoção de cargas

    28 ESTUDO DE CASOIçamento de sistema de refrigeração

    29 DICAS10 perguntas prévias para um içamento seguro

    30 RIGGINGCritérios e importância do trabalho de engenharia

    31 GUIA CRANENovos equipamentos no mercado mundial

    34 INFOCRANEGirando nos Alpes suíços

    Nesta edição

    http://cranebrasil.com.br

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    PQ. SANTO INÁCIO

    O CILINDRO 350 mil

    Os maiores fabricantes mundiais de guindastes já utilizam o aço de alta resistência em seus equipa-mentos. Aplicados praticamente em toda sua estrutu-ra – incluindo lanças, base, coluna e patola – atendem a três premissas da indústria para seus equipamentos: leveza, resistência e atendimento à Lei da Balança. Uma das referências atuais é o Strenx 700 MC, da sueca SSAB, que é o primeiro upgrade do aço comum para o de alta resistência. No entanto, já estão disponíveis, tanto o Strenx 900 como o 960, com resistências ainda maiores. É o próximo passo, para reduzir o peso de 12 a 15% ou aumentar a capacidade de carga.

    O Complexo Eólico Santo Inácio, em Icapuí (CE), atual-mente em fase de implantação, terá capacidade de 98,7 MW. Serão quatro centrais, totalizando 47 aeroge-radores, cada um com 2,1 MW, contando com torres de 120 m. A DB Guindastes mantém mobilizadas na obra uma equipe completa e cinco equipamentos fixos. Três guin-dastes telescópicos, um Grove GMK 5220 para 220 t, um Grove GMK 4100L para 100 t e um XCMG QY25 para 30 t e dois guindautos articulados. “Acreditamos que 2017 será um ano promissor. Com a baixa no mercado, investimos na criação de novos padrões operacionais e administrativos”, diz Ronaldo Albrecht, Gerente de Expansão, da DB Guin-dastes. Fundada em março de 2005 pelo jovem empreen-dedor Daniel Busgaib, a DB Guindastes possui matriz em Fortaleza, e atua em todo o território nacional. Com uma frota diversificada de equipamentos composta por guin-dastes de até 300 t, guindautos, cavalos mecânicos, carre-tas e empilhadeiras, a DB atende a grandes empresas dos segmentos de mineração, energia, petroquímica, siderur-gia, operações portuárias, construção civil e montagens industriais.

    A Hyva do Brasil comemorou a produção de seu cilindro hidráulico de número 350 mil. Maior fabricante mundial de cilindros hidráulicos telescópicos, a empresa atingiu a his-tórica marca em sua unidade de Caxias do Sul, oficialmente no dia 17 de novembro. A produção de cilindros hidráuli-cos da Hyva no Brasil iniciou em janeiro de 1997 e naquele ano foram produzidos 1631 unidades. Em âmbito mundial, o Grupo Hyva já produziu mais de 1,9 milhão de cilindros hidráulicos, desde 1981, quando iniciou sua fabricação. O destino principal dos cilindros hidráulicos da marca são os mercados do Brasil, América do Latina e Estados Unidos, além do Oriente Médio, Europa e China, a partir de 2012.

    O PRÓXIMO PASSO

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    OLIMPÍADAS 2016

    A FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes (MV29) está sendo fabricada pela MODEC Offshore Production Sys-tems, de Cingapura, e será implantada em águas profundas nos campos Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça, a cerca de 112 quilômetros da costa de Macaé (RJ). Quando estiver em operação, até o final de 2017, será capaz de processar 150 mil barris de petróleo bruto. A FPSO será de propriedade de um consórcio formado por empresas japonesas, a MODEC, a Mitsui. e Marubeni e será fretada pela Petrobras por 20 anos sob um contrato de fretamento. A FPSO ficará ancora-da a 765 m de profundidade e será capaz de acomodar até 62 risers e umbilicals.

    Pelo quinto ano consecutivo, os telehandlers da New Holland deram apoio às equipes de resgate durante os treinos e o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, realiza-do no autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), entre os dias 11 e 13 de novembro. Ficaram em stand-by em pontos estratégicos da pista para qualquer eventualidade 14 manipuladores da marca, modelos LM1745 e LM1445. Com capacidade de elevação de 4,5 t e lança com alcan-ce de mais de 16 m, os equipamentos podem atuar sem entrar na pista.

    FÓRMULA UM

    Nova FPSO EM 2017

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    A BSM Engenharia foi uma das empresas que pegaram ca-rona nas Olimpíadas do Rio para gerar negócios em 2016. Entre junho e outubro, a empresa realizou içamento e movi-mentação de contêineres com os guindastes XCMG QY70K (70 t) e Zoomlion ZMC75 (75 t), com apoio de empilhadeiras e carretas. “Em termos de cargas içadas não houve maiores complicações”, diz Arthur Gruenbaum, assessor comercial da empresa. “O grande desafio foi a logística empregada no projeto devido aos bloqueios nas vias principais da cidade e urgência nas mobilizações. A equipe técnica mobilizada en-volveu 14 funcionários entre operadores, riggers, mecânicos, técnicos de segurança e sinaleiros. Fundada em 1973, a BSM Máquinas e Equipamentos (atual BSM Engenharia) tem certi-ficação ISO 9001:2008 e conta com uma frota de mais de 600 equipamentos, incluindo guindastes sobre pneus e esteiras, empilhadeiras, balsas oceânicas, muncks, gruas, elevadores de cremalheira, caminhões, entre outros.

    A Manitowoc lançou no segundo semestre o Programa de Desenvolvimento para Distribuidores Potain na América Latina. Em encontro com representantes de con-cessionários, realizado em setembro, no Panamá, a com-panhia discutiu novas estratégias para solucionar desafios do segmento de gruas na América Latina. Também foi feito um balanço dos serviços de CraneCare e da Manitowoc Fi-nance oferecidos. “Queremos aumentar a performance de concessionários localmente com incentivos para vendas, suporte de marketing, e melhoras nos serviços oferecidos,” diz Mike Heacock, vice-presidente de vendas para gruas Potain na região Américas da Manitowoc.

    POTAIN NA LATAM

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    A filial da Palfinger, localizada em Cotia, foi transferida para a cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo. Localiza-do na Avenida Comendador Camilo Julio, 1930, o novo Centro de Serviços já está em funcionamento desde 08 de agosto e é composto por dois pavilhões. No primeiro, concentram-se as atividades de recepção, integração veicular, sala de aten-dimento a clientes, treinamentos e data center. No segundo, estão reunidas as áreas de assistência técnica, administração, estoque de peças, solda e pintura, e a venda direta de peças. Há também uma área externa para o teste de equipamentos e estoque de produtos. As novas instalações têm uma infra-estrutura mais ampla (1.850 m2) e mais organizada, ficam em um condomínio industrial com portaria e segurança 24 horas por dia e tem acesso às principais rodovias.

    PALFINGER em SPNo final de outubro, Ste-ve Filipov assumiu a presidência global da Terex Cranes – ele acumulará o cargo com a presidência da Terex Material Handling e Port Solutions, que está em fase final de negociações com a Konecranes. John L. Garrison, Jr., presidente mundial do grupo, diz que Steve Filipov tem o perfil para consolidar a presença global da Terex no mercado de guindastes. Filipov iniciou sua carreira na própria Terex e já presidiu a área de guindastes entre 2004 e 2008. Ele terá o apoio de Kevin O’Reilly, atual vice-presidente financeiro, que foi promovido ao bureau do Grupo, com foco específico no segmento de guindastes.

    TEREX CRANES GLOBAL

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    ealizada em 17 de novem-bro passado, no auditório do Palácio dos Transpor-

    tes, sede do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e região), a ceri-mônia de entrega do prêmio Top Cra-ne’2016 reuniu os principais agentes do setor de elevação, movimentação e transporte de cargas especiais e ex-cedentes do país. Entre os mais de 130 convidados, estiveram presentes executivos das empresas vencedoras, especialistas, consultores e represen-tantes de entidades e de fabricantes de equipamentos, que patrocinaram ou apoiaram a premiação.

    O evento celebrou oito cases, que trataram de operações realizadas por empresas brasileiras, até 30 de se-tembro de 2016, e foram considera-dos exemplares segundo critérios de planejamento, criatividade,inovação tecnológica e economia de custos e

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    Operações de excelência CONSAGRADAS

    Marcos Cunzolo, diretor comercial, e Renata Cunzolo Nunes, diretora financeira da empresa

    Cristiano Carvalho (XCMG), com Aldelfredo Carneiro

    Mendes (Grupo Cordeiro)

    Rodrigo Bossa (Liebherr), com Adauri da Silva (Grupo Darcy Pacheco)

    Adriano Inguanti e Edvaldo Peixoto (IPS), com Roland Colombari (RR Qualifica)

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    Por Redação Crane Brasil

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    Cerimônia de entrega do prêmio Top Crane’2016, em sua sétima edição, celebra os melhores cases do Brasil em elevação de cargas

    Marcello Mari (Locar) com Deivid Garcia (XCMG)

    Marcello Mari (Locar), com Miguel Tadano (Tadano)

    Fábio Azevedo (Liebherr) com Daniel Garzon Rodrigues (Guindastes Tatuapé)

    Antônio Luiz Leite(Primax), com Rodolfo Lucas (XCMG)

    Sérgio Luís de Matos Freiha e Paulo Simonsen (Consórcio Montcalm/MIP), com Yasuaki Kishimoto (Tadano)

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    prazos.Nesta edição, a sétima consecu-tiva, o prêmio Top Crane teve os se-guintes grupos: Içamento, com quatro categorias; Plano de Rigging; Inova-ção; Remoção Técnica e Trabalho em Altura.

    A Locar Guindastes e Transportes In-termodais, que também conquistou um troféu Heavy Duty (veja matéria nesta edição), ganhou o Top Crane’2016 em “Içamento – Case Infraestrutura” e “Trabalho em Altura”. As operações premiadas foram, respectivamente, a de transporte, içamento e posicionamento de uma ponte para a Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e a montagem de equi-pamentos no projeto de expansão da planta de clínquer da Companhia Side-rúrgica Nacional (CSN) com o empre-go de 25 plataformas aéreas, ambas em Minas Gerais (MG).

    Ainda no grupo Içamento, a Guindas-tes Tatuapé venceu o “Case Construção” com a elevação do campanário de sinos da Basílica Nossa Senhora Aparecida, uma estrutura de 66 toneladas, em Apa-recida do Norte, no interior paulista. O “Case Serviços” premiado foi o do Gru-

    Premiação

    po Cordeiro, que içou os componentes do primeiro Robô Da Vinci, para realização de cirurgias, em um hospital de Fortaleza (CE). Já o Consórcio Montcalm/MIP, for-mado pela paulista Montcalm Montagens Industriais e pela mineira MIP Engenha-ria ganhou o “Case Mineração”, com a operação de içamento de um componente do sistema de britagem móvel no projeto S11D, nova planta de minério da Vale, em Canaã dos Carajás (PA).

    Após uma disputa bastante acirrada com outros concorrentes do mesmo gru-po, a IPS Engenharia de Rigging obteve o troféu Top Crane o Plano de Rigging elaborado para a operação de içamento que a Tatuapé concretizou. No grupo “Inovação”, venceu o Grupo Darcy Pa-checo que, junto com a General Eletric (GE), substituiu o uso de elevadores de carga pelo de guindastes para o içamento de rotores e pás e para a montagem de torres de concreto em parques eólicos. A ganhadora do grupo “Remoção Técnica” foi a Primax Transportes Pesados, com a operação de troca de seis engrenagens, com peso de 15 t e 4 m de diâmetro cada uma, para a linha de prensas de uma montadora de carros, em Resende (RJ).

    NetworkingEm um momento de reestruturação

    do mercado, como o atual, a proximi-dade entre fabricantes e usuários de equipamentos constitui uma oportu-nidade para estreitar relações e desen-volver novos negócios. Esse é o motivo que levou a XCMG a confirmar mais uma vez o seu patrocínio aos prêmios Top Crane e Heavy Duty, conforme explica Deivid Garcia, gerente de Ven-das da empresa. “O mercado brasileiro alterna momentos de retração e de ex-pansão e o nosso papel é o de estarmos sempre prontos para identificar o que os clientes esperam de nós”, diz ele.

    O executivo destaca que, como uma marca líder no segmento, a empresa optou poruma cota máster de patro-cínio, “diante da relevância do evento para o mercado e donível dos profis-sionais que ele reúne”.

    Wilson Bigarelli, editor da Crane Brasil, durante evento que reuniu mais de 130 convidados no Palácio dos Transportes

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    ReconhecimentoEntre os vencedores da premiação, a

    opinião unânime é que o prêmio Top Crane certifica a excelência de capa-citação, execução e performance das empresas do setor, ao destacar opera-ções exemplares de elevação de cargas. Daniel Garzon Rodrigues, diretor operacional da Guindastes Tatuapé, por exemplo, avalia que o case pre-miado na categoria “Construção” foi um trabalho muito bem detalhado e realizado, em parceria com a IPS En-genharia de Rigging. “Além de bastan-te complexa, foi uma operação inédita no Brasil, envolvendo uma estrutura importada”, justifica.

    Aldelfredo Mendes, diretor comercial do Grupo Cordeiro, diz que “o prêmio é um reconhecimento nacional do pla-nejamento e trabalhode uma equipe muito competente. É muito importan-te, para nós, mostrar cada vez mais ao mercado que o Grupo Cordeiro está preparado para atender as demandas do segmento de elevação e movimen-tação de cargas e que os clientes podem contar conosco como parceiros”.

    “Viabilizamos a operação em função da disponibilidade em nossa frota de um guindaste muito específico para essa demanda, um modelo telescópico sobre esteiras de 220 t, da Liebherr”, explica Paulo Simonsen, diretor da Montcalm Montagens Industriais, que integra o Consórcio Montcalm/MIP. De acordo com Sérgio Luís de Matos Freiha, gerente de logística e suprimen-tos da MIP Engenharia, os contratos de montagem do consórcio em vários pro-jetos, além do realizado para a Vale, que ganhou a premiação, estão permitindo manter em plena ocupação toda a frota de guindastes das duas empresas.

    “Não sendo repetitivo, o prêmio é es-perado dentro da companhia todos os anos. Ficamos torcendo, interessados. In-centivamos a participação de nossos cola-boradores para definir os melhores cases

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    Rodrigo Bossa, gerente de Pós-Ven-das de Guindastes Móveis e sobre Es-teiras da Liebherr, destaca o encontro como uma oportunidade de trabalhar e alimentar o networking com todo o mercado. “É um momento de dificul-dades para todo mundo e, por isso, precisamos estar mais unidos, com uma parceria mais estreita, paraforta-lecermos os relacionamentos e superar essa fase”.

    Diretor de Vendas e Suporte ao Cliente da Tadano, Yasuaki Kishimoto também considera a cerimônia de en-trega dos prêmios Top Crane e Heavy Duty uma ocasião para encontrar e promover a troca de ideias entre clien-tes da marca e players do setor.

    O gerente comercial da Verope do Brasil, Carlo Cesar Rangel, diz que o apoio ao evento, pela primeira vez, “segue a estratégia global do grupo de difundir as vantagens dos cabos de aço especiais, principalmente em um encontro que reúne profissionais alta-mente qualificados da indústria brasi-leira de elevação de cargas”. Segundo ele, a meta da multinacional, que se estabeleceu no país em 2015 e já dispõe de estrutura para atendimento aos mer-cados de O&M e de reposição, é con-quistar um market share de 30% desse segmento, incluindo o Brasil e demais países da América do Sul.

    Para Celso Masson, empresário e dire-tor do SETCESP que, pelo segundo ano consecutivo apoia o evento, a premiação é um estímulo a conceitos que deveriam ser regra em todas as empresas do setor: qualidade, segurança,capacitação de pes-soal e inovação. “É um prêmio impor-tantíssimo para o segmento e, portanto, também para nós, do SETCESP. Fica-mos muito orgulhosos e honrados por receber o evento em nossa sede, numa parceria que, acredito, também acaba por conferir um peso ainda maior à pre-miação”, explica.

  • ACESSE WWW.CRANEBRASIL .COM.BRNOVEMBRO-DEZEMBRO 2016

    que serão inscritos. Ganhar premiações como essas mostra um pouco da capa-cidade da empresa”, explica Marcello Mari, diretor comercial da Locar Guin-dastes e Transportes Intermodais que, segundo ele, tem buscado diferenciais de inovação em suas áreas de negócios. “As soluções apontadas nos nossos dois cases vencedores são um exemplo desses diferenciais, gerando economia de custos com muita segurança e responsabilida-de”, considera o executivo.

    Peixoto, diretor da empresa. “Trata-se de um prêmio muito respeitado pela indústria de elevação de cargas, o que reforça nossa vocação para a oferta so-luções de engenharia ao setor”, ele afir-ma. O executivo ressalta que a IPS está apostando em novos projetos de infra-estrutura, especialmente no setor por-tuário, e avalia que o atual momento de reestruturação servirá para depurar o mercado.

    Para Antonio Luiz Leite, diretor da Primax Transportes Pesados, a con-quista do Top Crane’2016, no grupo Remoção Técnica, coroa os esforços da equipe no atendimento às demandas do mercado. “A premiação incentiva nosso pessoal e mostra que estamos no caminho certo”, diz ele, ao ressaltar o posicionamento da empresa como um provedor de soluções completas, que abrange a operação de remoção, pla-nejamento e toda a engenharia envol-vida. Além dessa categoria, a Primax também foi agraciada com o Heavy Duty’2016 na modalidade Transporte Internacional.

    Emmanuel Demidover, coordena-dor de Projetos do Grupo Darcy Pa-checo, vencer o Top Crane’2016 no grupo Inovação, “é um marco dentro dos projetos de energia eólica, nossa principal área de atuação. Com esse prêmio podemos ser bem reconhecidos por outros clientes dentro desse seg-mento”. Para Adauri da Silva, um dos fundadores do grupo e hoje seu CEO e diretor comercial, o case premiado re-quereu horas de estudo e planejamento para chegar a uma solução adequada. “O reconhecimento desse trabalho, através da premiação, é muito gratifi-cante para todos nós”, diz o executivo. Além das divisões Pacheco Logística e Darcy Pacheco, o grupo está atuando no setor eólico há dez anos, através da DPS Wind, não apenas como locador de equipamentos, mas como provedor de soluções integradas para os projetos.

    A IPS Engenharia de Rigging rece-beu a notícia de que foi agraciada com o Top Crane’2016, na modalidade Plano de Rigging, com um misto de satisfação e de comprometimento com o mercado, conforme explica Edvaldo

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    SERVIÇOSEngenharia de rigging: Planos de rigging; Planejamento de rigging; Dispositivos especiais; Consultoria técnica; Gerenciamento de operações; Inspeção de acessórios para amarração; Inspeção pré-operacional de guindastes. Análise estrutural por elementos finitos; Fiscalização de operações.

    Transportes especiais: Viabilizações de transportes especiais.

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    epois de um ano difícil como foi 2016, os ânimos não são os melhores entre empresários e profissio-nais do setor de elevação, movimentação e trans-

    porte de cargas especiais e excedentes. Para a maioria, a recessão econômica que atinge o Brasil desde o segundo semestre de 2014 foi um período para repensar os negócios, reestruturar a empresa, capacitar profissionalmente os fun-cionários, rever processos de gestão, considerar oportunida-des de atuação em novas áreas de mercado ou mesmo em outros países do Mercosul e, no caso de algumas locadoras, até renovar a frota de equipamentos.

    D Mesmo com um otimismo “receoso”, empresários acreditam que retomada econômica do país ocorrerá em 2017. Ainda que num ritmo lento

    Perspectivas DE RETOMADA?

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    Fabricantes do setor, como a Lie-bherr e a Tadano, cuidaram de refor-çar o pós-vendas, estreitando ainda mais o relacionamento com clientes, fortalecendo parcerias e oferecendo novas alternativas de negócios. Entre as estratégias adotadas estão o reforço do estoque de reposição de peças para manutenção das frotas existentes, o treinamento de equipes internas e de clientes da marca e, mesmo, caso da Liebherr, a recompra de máquinas usadas para o financiamento de novas aquisições.

    Para 2017, as expectativas – varian-do de tímidas a otimistas – são de retomada do crescimento econômi-co, com investimentos inadiáveis em infraestrutura propiciados por condi-ções mais atrativas de regulamentação e licenciamento, novas concessões no setor de petróleo e gás, recuperação da Petrobras e expansão de segmentos como o de energia eólica. Todos tam-bém se dizem prontos para essa nova fase e parecem acreditar que o pior já passou.

    Balanço e Projeções

    Dizendo-se mais realista que otimis-ta, Celso Masson, empresário e diretor do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e região), acredita que 2017 será ainda um ano de ajustes, com um crescimento econômico ainda pequeno, mas melhor que 2016. “Te-mos previsões de melhora da situação atual, ainda que num ritmo lento. O setor de serviços depende da retomada da indústria que, por sua vez, está rela-cionada à volta dos investimentos em projetos de infraestrutura. O governo federal, hoje, parece disposto a criar condições para que esses investimen-tos retornem. E isso nos dá esperança de um ano melhor”, explica.

    Na Guindastes Tatuapé, a expecta-tiva de retomada para 2017 também é grande. “Acreditamos que a partir do segundo semestre do ano que vem, os projetos de infraestrutura sejam reativados. Obviamente, não com o mesmo nível que ocorreu entre 2009 e 2011, mas ainda assim de uma for-ma significativa”, avalia o diretor ope-racional Daniel Garzon Rodrigues. Em 2016, segundo ele, a empresa atuou em obras de hidrelétricas, ter-melétricas e parques eólicos, além de refinarias da Petrobras e no mercado spot paulista, na montagem e des-montagem de gruas. No ano também, foram realizados investimentos em re-novação de frota e também em expan-são, caso do guindaste Liebherr LTM 1750-9.1, de 750 t, que foi adquirido pela locadora. Há previsão de novas aquisições para renovação em 2017 e projetos para diversificar as operações em países do Mercosul, como a Ar-gentina, o Paraguai e o Uruguai, por exemplo.

    Outra empresa que realizou investi-mentos em 2016 foi o Grupo Darcy Pacheco, especificamente para a DPS Wind, divisão que gerencia projetos de energia eólica. “Adquirimos um guindaste Liebherr LR 1600 e em car-retas e cavalos mecânicos. Praticamen-te mudamos nossa frota de transporte, colocando o quarto eixo nos veículos ou comprando cavalos 8x4”, explica o CEO e diretor comercial, Adauri da Silva. O treinamento das equipes foi outra prioridade, visando maior se-gurança e eficiência de desempenho. Gaúcha, a empresa conseguiu uma grande expansão na Região Nordeste, onde já atua em cinco estados (CE, MA, PE, PI, BA e RN), tem uma carteira de serviços contratados até 2020, avalia propostas de contratos na Argentina, Chile e Uruguai e acredita que há boas perspectivas para 2017.

    Também o Grupo Cordeiro está confiante no atual governo do país e nas medidas para a recuperação eco-nômica. “Acreditamos que, num curto prazo de tempo, o mercado voltará a se aquecer e a retomar as atividades em vários segmentos. E estamos nos

    Celso Masson, empresário e diretor do Setcesp

    César Schmidt, gerente comercial da Liebherr

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    O Grupo Cordeiro, referência no Norte e Nordeste em Engenharia de Movimentação e Transporte de Cargas Especiais, conta com pro�ssionais especializados para entregar uma solução segura e e�ciênte para o seu negócio.

    Acesse nosso site e �que por dentro das nossas novidades.

    CR

    AN

    EBRASIL

    15

    reestruturando para angariar essas oportunidades e fechar novos contra-tos. Temos parcerias fortes com gran-des clientes de mineração, na indústria petroquímica, no segmento de energia eólica, em portos e em infraestrutura”, conta Aldelfredo Mendes, diretor co-mercial da empresa. Em 2016, o foco foi o fortalecimento e o desenvolvi-mento da equipe profissional, a me-lhoria de processos de gestão e a cria-ção de uma área de engenharia que, inclusive, já está executando projetos de construção. Com atuação nacional, o Grupo Cordeiro recebeu convites para atuar também em outros países do Mercosul, o que pode ocorrer já em 2017.

    Marcello Mari, diretor comercial da Locar

    Daniel Garzon Rodrigues, diretor operacional da

    Guindastes Tatuapé

    CONSULTE-NOS

    ÁREA DE ATUAÇÃO

    www.grupocordeiro.srv.br (85) 4006.2424

    O Grupo Cordeiro é uma empresa que atua há mais de 38 anos nos mais diversos segmentos, buscando sempre encontrar as melhores soluções para o cliente.

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    ?

  • ACESSE WWW.CRANEBRASIL .COM.BRNOVEMBRO-DEZEMBRO 2016

    CR

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    EBRASIL

    16

    A Locar Guindastes e Transportes Intermodais é outra que se prepara para a retomada do mercado, prin-cipalmente com o controle interno de custos. “Hoje, nossa empresa tem saúde financeira, pessoas qualifica-das e compromisso com a sociedade. Estamos prontos para o desafio de 2017”, garante o diretor comercial Marcello Mari. Em 2016, a empresa manteve os investimentos em novas máquinas e está criando um Centro de Excelência em Equipamentos, de-dicado ao planejamento das opera-ções de renovação e readequação da frota.

    Para Deivid Garcia, gerente de ven-das da XCMG, o potencial de desen-volvimento do Brasil continua sendo muito grande e a XCMG, que con-cluiu todo um ciclo de investimentos, está bem posicionada para atender à retomada da demanda. Roland Ro-bert Colombari, diretor técnico da RR Qualifica, de engenharia, con-sultoria e treinamento em segurança e saúde no trabalho, com destaque para treinamentos em operação de plataformas elevatórias, diz que a em-presa, criada há dois anos, ainda está se posicionando no mercado. “Mas já estamos conseguindo bons negócios, principalmente no treinamento de operadores e na emissão de laudos técnicos para equipamentos, de acor-do com a NR12”, avalia o diretor.

    ParceriasNa Liebherr, diante da crise eco-

    nômica do país, o foco está nos ser-viços de pós-vendas e no estoque de peças de reposição, com estratégias inclusive ousadas, como a de aceitar máquinas usadas de clientes como parte do pagamento de máquinas no-

    vas. “Temos procurado apoiar nossos clientes naquilo que eles precisam. A luta é não perder o acervo tecnoló-gico que foi estruturado, não apenas da Liebherr, como de todo o merca-do de guindastes do Brasil”, diz César Schmidt, gerente comercial da fabri-cante para Guindastes Móveis e sobre Esteiras. Rodrigo Bossa, gerente da área de Pós-Vendas, reforça esse posi-cionamento: Em momentos difíceis, precisamos trabalhar mais ainda e es-tar prontos para quando o mercado voltar. Temos que dar segurança ao cliente de que estaremos juntos dele sempre. É claro que teremos de espe-rar um pouco ainda, mas vai melho-rar”, afirma.

    “Eu espero que nossos clientes con-sigam contratos novos e voltem a operar em 2017, inclusive adquirin-do máquinas novas. De qualquer for-ma, não prevemos qualquer alteração no nosso calendário de trabalho”, diz Yasuaki Kishimoto, diretor de Ven-das e Suporte ao Cliente da Tadano. A empresa aproveita a fase atual para aumentar seu estoque de peças de reposição no Brasil e segue com seu plano de treinamentos, tanto para a equipe interna, quanto para frotistas da marca. Na área de vendas, a orien-tação é manter o melhor relaciona-mento possível, através de contatos e visitas aos clientes. Além da subsi-diária brasileira, a Tadano conta com outra unidade no Panamá, que aten-de países da América Latina, como a Argentina, Chile, Colômbia e Uru-guai. “Mas o principal mercado ainda é o Brasil. Estamos trabalhando aqui para que os equipamentos Tadano se-jam reconhecidos por sua segurança, qualidade e eficiência. Essa é a nossa ideia”, diz o diretor.

    Deivid Garcia, gerente comercial da XCMG

    Yasuaki Kishimoto, diretor de vendas e

    suporte da Tadano

    ?Ba

    lanç

    o

  • Viva o Progresso.

    www.liebherr.com.brE-mail: [email protected]/LiebherrConstruction

    Guindastes sobre esteiras LR da Liebherr• Altas capacidades em todas as classes de içamento• Sistemas de lança variáveis para diversas aplicações• Configuração para transporte otimizada facilita deslocamento até a obra• Abrangente pacote de recursos que garantem conforto e segurança• Assistência técnica em todo o mundo, pelo fabricante

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  • ACESSE WWW.CRANEBRASIL .COM.BRNOVEMBRO-DEZEMBRO 2016

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    ?Co

    mpo

    nent

    es

    lança de um guindaste móvel é a haste principal utiliza-da para elevar a carga. Exis-

    tem basicamente dois tipos de lança: a treliçada e a telescópica. O sistema telescópico é aquele em que a lança se estende como um telescópio e a lança treliçada é aquela em que a estrutura da lança é uma treliça. Abaixo será abordado o sistema telescópico, suas aplicações e características.

    As principais vantagens do sistema telescópico é a agilidade na operação, pois para aumentar o comprimento da lança basta realizar a operação de uma alavanca ou joystick na cabine de operação e a lança se estende hidrauli-camente – enquanto na lança treliçada é necessária a montagem de seções de lança com a utilização de pinos. É um processo que demanda tempo, mão de obra e equipamentos auxiliares. Além disso, na lança telescópica não é neces-sário um espaço muito grande para a extensão, comparado com o sistema treliçado, pois a telescopagem é feita com a lança elevada. Já a montagem da lança treliçada é feita com a mesma apoiada no solo.

    As lanças telescópicas são classifica-das em dois grupos: a lança pinada e a não pinada. A diferença principal nesses dois tipos é que a lança pinada possui apenas um cilindro hidráulico para a telescopagem, enquanto que a lança não pinada normalmente uti-liza mais de um cilindro e cabos de aço. Há vantagens nesses sistemas que ficarão mais claros após a expli-

    A

    Classificação e vantagens das hastes pinadas e não pinadas em relação ao sistema treliçado

    cação do funcionamento.A lança pinada trabalha da seguinte

    forma. Um único cilindro hidráulico faz o trabalho de segurar uma seção e piná-la na seção anterior, portanto se uma lança possui 4 seções telescópi-cas o cilindro terá de segurar a quarta, estendê-la e piná-la na terceira, depois o cilindro deve retrair e buscar a terceira, estender e pinar a terceira na segunda e assim por diante. Esse sistema é auto-matizado, portanto necessita de diver-sos sensores e de um microprocessador para comandar as válvulas. Na lança não pinada de 4 seções telescópicas, pode haver 2 ou 3 cilindros hidráulicos. No caso de utilizar dois cilindros hi-dráulicos, um cilindro é utilizado para estender a segunda, terceira e quarta seções em conjunto com cabos de aço. E a primeira seção é estendida por ou-tro cilindro. Nas figuras está uma breve ilustração da lança treliçada, lança teles-cópica pinada e não pinada de 3 seções.

    A tecnologia das LANÇAS TELESCÓPICAS

    Ao se analisar as duas operações acima, podemos concluir que a lan-ça pinada é mais leve e a não pinada é mais ágil. Além disso, a lança pinada permite um número maior de seções, pois não importa a quantidade de se-ções, sempre é utilizado apenas um ci-lindro, porém por ser um mecanismo mais tecnológico influencia no custo, eletrônica e quantidade de dispositivos necessários. Esses e outros fatores são levados em consideração no projeto de cada equipamento.

    * Miguel Hiroto Tadano é engenheiro mecatrônico formado pela Escola Politécnica da USP,com 10 anos de experiência em manutenção de guindastes. Comentários, críticas e sugestões para: [email protected]

  • Nº 27 – ANO IV – R$ 25,00

    UMA PUBLICAÇÃO

    REVISTAHD.COM.BR

    Capa_HD_27.indd 1 21/12/16 12:41HD27.indd 19 21/12/16 15:50

  • 20 | REVISTAHD ACESSE REVISTAHD.COM.BR

    Premiação HD por»Redação HD

    A entrega do prêmio Heavy

    Duty’2016 foi realizada em 17 de

    novembro passado, no auditório do

    Palácio dos Transportes, sede do

    SETCESP (Sindicato das Empresas

    de Transporte de Cargas do Esta-

    do de São Paulo e região), conco-

    mitante à entrega do prêmio Top

    Crane’2016. É o segundo ano que o

    evento recebe o apoio da entidade

    e, nesta edição, contou também

    com o apoio da Verope do Brasil,

    fabricante de cabos de aço, e com

    o patrocínio da XCMG, através da

    cota máster, e da Liebherr e Tadano.

    O troféu Heavy Duty’2016 foi desti-

    nado aos melhores cases inscritos

    em quatro modalidades do trans-

    porte de cargas superpesadas: “In-

    ternacional”, “Intermodal”, “Carga

    Excedente” e “Carga Indivisível”.

    Respectivamente, foram vencedo-

    ras as empresas Primax Transportes

    Pesados – que também conquistou

    o prêmio Top Crane’2016 no grupo

    “Remoção Técnica” (veja matéria

    nesta edição); a Locar Guindastes e

    Transportes Intermodais (Top Crane

    em “Case Infraestrutura” e “Trabalho

    em Altura”); a J.Rotaner Transportes

    de Cargas e a Transdata Movimenta-

    ção de Cargas.

    Vencedores dos prêmios Top Crane e Heavy Duty'2016

    SUPERPESADADESTAQUES DA CARGA

    Quatro empresas são premiadas

    com o troféu Heavy Duty’2016

    por operações de transporte

    superpesado de cargas dentro e fora

    do País

    UPERPESADA

    HD27.indd 20 21/12/16 15:50

    Os gerentes Murillo e Júlio, da Primax Transportes Pesados, recebem o prêmio de Antonio Tadeu Prestes Oliveira, diretor da CET-SP

    DIFERENCIAISA Primax venceu a premiação no gru-

    po “Transporte Internacional” com a

    remoção de 10 transformadores de

    grande porte (80 t) e de componen-

    tes acessórios, instalados em uma

    planta brasileira, e seu transporte

    até o Chile. Apenas para o transporte

    dos acessórios foram empregadas

    12 carretas Facchini, de 16 m de

    comprimento cada. Foram utilizados,

    ainda, 22 cavalos mecânicos Volvo

    (6 FH 520 e 4 FH 440) e 12 Scania

    (P340), além de 10 pranchas Hidro

    Randon/4 eixos Pastre e uma linha

    de eixos Faymonville (pescoço + 6

    eixos). No apoio, aturaram dois guin-

    dautos PHD 42000.A operação, que

    durou 60 dias, teve como principais

    desafi os o trânsito entre países com

    processos alfandegários diferencia-

    dos, o planejamento da rota e o volu-

    me e tipo de carga transportada. Para

    superá-los, a Primax formatou um

    projeto turn key, assumindo integral-

    mente todas as etapas do processo.

    No grupo “Transporte Intermodal”, o

    case premiado, da Locar, conjugou

    ADDRIVEFAÇA SUA FROTA MAIS EFICIENTE

    Goldhofer – A Original. WWW.GOLDHOFER.COM

    ADDRIVE

    VISIT US!G 4416

    HD27.indd 21 21/12/16 15:50

  • Os gerentes Murillo e Júlio, da Primax Transportes Pesados, recebem o prêmio de Antonio Tadeu Prestes Oliveira, diretor da CET-SP

    DIFERENCIAISA Primax venceu a premiação no gru-

    po “Transporte Internacional” com a

    remoção de 10 transformadores de

    grande porte (80 t) e de componen-

    tes acessórios, instalados em uma

    planta brasileira, e seu transporte

    até o Chile. Apenas para o transporte

    dos acessórios foram empregadas

    12 carretas Facchini, de 16 m de

    comprimento cada. Foram utilizados,

    ainda, 22 cavalos mecânicos Volvo

    (6 FH 520 e 4 FH 440) e 12 Scania

    (P340), além de 10 pranchas Hidro

    Randon/4 eixos Pastre e uma linha

    de eixos Faymonville (pescoço + 6

    eixos). No apoio, aturaram dois guin-

    dautos PHD 42000.A operação, que

    durou 60 dias, teve como principais

    desafi os o trânsito entre países com

    processos alfandegários diferencia-

    dos, o planejamento da rota e o volu-

    me e tipo de carga transportada. Para

    superá-los, a Primax formatou um

    projeto turn key, assumindo integral-

    mente todas as etapas do processo.

    No grupo “Transporte Intermodal”, o

    case premiado, da Locar, conjugou

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    HD27.indd 21 21/12/16 15:50

  • 22 | REVISTAHD ACESSE REVISTAHD.COM.BR

    os modais rodoviário e marítimo

    para realizar a pesagem, transpor-

    te e load out de 10 módulos de pla-

    taformas marítimas, pesando de

    190 a 1.700 t, num volume total de

    8.500 t. A pesagem dos componen-

    tes foi realizada com um sistema

    Enerpack e balsas marítimas de

    5.000 e 2.000 t. Para o load out,

    foram empregadas 72 linhas de

    eixo autopropelidas Goldhofer, divi-

    didas em três conjuntos de 24 ei-

    xos, acoplados a um sistema Power

    Pack cada. A carga foi deslocada por

    1.000 m e embarcada em balsas da

    Locar, com capacidade para 5.000 t,

    seguindo até o píer do Terminal Por-

    tuário de Itajaí (TEPORTI), em Santa

    Catarina, para embarque em um

    navio. Com duração de 40 dias e

    percurso total de 3 km, a operação

    resultou em uma economia de cus-

    tos para o contratante – Enterprise

    Logística – da ordem de 5%, ao elimi-

    nar a necessidade de mobilização

    de dois cavalos mecânicos, com os

    respectivos motoristas e auxiliares.

    No caso da J.Rotaner Transportes de

    Cargas, também foi a logística em-

    pregada na movimentação de uma

    coluna de destilação autoportante,

    para a MWM Indústria Química, que

    destacou a empresa como Heavy

    Duty’2016, no grupo “Transporte –

    Carga Indivisível”. As dimensões do

    equipamento – 56.818 kg, 43 m de

    comprimento e 5,20 m de diâmetro

    – limitavam não só seu desembar-

    que em portos brasileiros, como

    seu transporte rodoviário até a ci-

    dade de Palmeira, destino fi nal da

    carga embarcada em Nova Jersey

    (EUA). Para resolver o impasse, a

    J.Rotaner estudou as condições

    de três portos – Paranaguá (PR),

    Santos (SP) e Itajaí (SC), optando

    por este último, por questões es-

    truturais mais adequadas da insta-

    lação e menores custos (economia

    de 180%) e prazos (redução de 10

    dias no cronograma inicial). Foram

    necessárias, ainda, melhorias nas

    vias de saída do porto e na estrada

    municipal que liga a rodovia SC-114

    à planta da empresa e também

    nesta. Para vencer a distância de

    268 km, de Itajaí a Palmeira, foram

    empregados um cavalo mecânico

    Scania 420 6x4, uma prancha re-

    baixada Librelato de três eixos e um

    dolly de arrasto Randon.

    Premiado no grupo “Transporte –

    Carga Excedente”, o case da Trans-

    data tratou do transporte de um ro-

    tor com 316 t e dimensões de 8,83 x

    8,83 x 5,05 m, por cerca de 600 km,

    entre Araraquara e o Porto de Santos

    (SP)., com destino à UHE (Usina Hi-

    Alberto Raimundo Henrique Costa, da Locar, com César Rangel, da Verope do Brasil.

    José Renato Rodrigues Felício, da J..Rotaner, com Marcos Almeida, da XCMG

    HD27.indd 22 21/12/16 15:50

    REVISTAHD | 23

    Premiação HD

    Luiz Natal Laurenti, da Transdata, e Celso Masson, do Setcesp

    drelétrica) Belo Monte (PA). Na ope-

    ração, foram utilizados três cavalos

    mecânicos Volvo FH 750 8x4 e ou-

    tros dois de reserva, e dois conjun-

    tos de 18 linhas de eixo MS Cometto,

    além de uma viga Randon (320 t)

    e do guindauto Madal Palfi nger

    MD300 (30 t). A rota de transporte

    exigiu adaptações na viga, reforços

    estruturais em pontes, viadutos e

    pavimentos viários, caminhos al-

    ternativos que quase duplicaram a

    distância entre Araraquara e Santos

    e até o tráfego na contramão na

    descida da Serra do Mar. Os custos

    foram reduzidos em 40% e o crono-

    grama, inicialmente de 75 dias, foi

    cumprido em 31 dias.

    ESTÍMULOPara as empresas premiadas, o tro-

    féu Heavy Duty’2016 signifi ca não

    apenas a constatação de que os es-

    forços conjugados de suas equipes

    de planejamento e execução tem

    sido bem-sucedidos, como ainda

    um incentivo contínuo pela maior

    excelência operacional de forma

    cada vez mais sustentável.

    “Esse reconhecimento nos motiva

    a trabalhar ainda mais intensa-

    mente em 2017, quando espera-

    mos uma retomada do mercado,

    pois observamos que, em função

    da maior competitividade no setor,

    os clientes esperam padrões cada

    vez mais elevados de segurança

    e respeito ao meio ambiente nas

    operações”, diz Antonio Luiz Leite,

    diretor da Primax.

    Para José Renato Rodrigues Fe-

    lício, presidente da J.Rotaner, a

    conquista do Heavy Duty’2016 re-

    presenta um diferencial no mer-

    cado, “demonstrando aos clientes

    os nossos esforços em desen-

    volver a solução mais adequada

    para suas necessidades”. Segun-

    do o executivo, a empresa vem

    diversifi cando suas atividades

    para enfrentar as turbulências do

    mercado. “Planejamos a abertura

    de uma fi lial na Bahia, em 2017,

    para atender aos projetos eólicos

    na região, mas também investi-

    mos em novos negócios, como o

    transporte de cargas fracionadas,

    especialmente para o setor meta-

    lúrgico”, diz ele.

    “Ficamos satisfeitos com esse

    reconhecimento, que brinda os

    esforços da nossa equipe no aten-

    dimento aos clientes”, comemora

    Luiz Natal Laurenti, diretor de ope-

    rações da Transdata. Ele ressalta

    que, devido à grande diversifi ca-

    ção dos negócios, a Transdata vem

    mantendo as atividades dentro

    dos níveis planejados e está pros-

    pectando novos mercados, com

    foco na América Latina, para a am-

    pliação da carteira de contratos.

    “UM BRINDE AOS ESFORÇOS DA NOSSA EQUIPE”LUIZ NATAL LAURENTI

    “INCANSÁVEL BUSCA PELA SOLUÇÃO MAIS ADEQUADA”JOSÉ RENATO RODRIGUES FELÍCIO

    HD27.indd 23 21/12/16 15:50

  • REVISTAHD | 23

    Premiação HD

    Luiz Natal Laurenti, da Transdata, e Celso Masson, do Setcesp

    drelétrica) Belo Monte (PA). Na ope-

    ração, foram utilizados três cavalos

    mecânicos Volvo FH 750 8x4 e ou-

    tros dois de reserva, e dois conjun-

    tos de 18 linhas de eixo MS Cometto,

    além de uma viga Randon (320 t)

    e do guindauto Madal Palfi nger

    MD300 (30 t). A rota de transporte

    exigiu adaptações na viga, reforços

    estruturais em pontes, viadutos e

    pavimentos viários, caminhos al-

    ternativos que quase duplicaram a

    distância entre Araraquara e Santos

    e até o tráfego na contramão na

    descida da Serra do Mar. Os custos

    foram reduzidos em 40% e o crono-

    grama, inicialmente de 75 dias, foi

    cumprido em 31 dias.

    ESTÍMULOPara as empresas premiadas, o tro-

    féu Heavy Duty’2016 signifi ca não

    apenas a constatação de que os es-

    forços conjugados de suas equipes

    de planejamento e execução tem

    sido bem-sucedidos, como ainda

    um incentivo contínuo pela maior

    excelência operacional de forma

    cada vez mais sustentável.

    “Esse reconhecimento nos motiva

    a trabalhar ainda mais intensa-

    mente em 2017, quando espera-

    mos uma retomada do mercado,

    pois observamos que, em função

    da maior competitividade no setor,

    os clientes esperam padrões cada

    vez mais elevados de segurança

    e respeito ao meio ambiente nas

    operações”, diz Antonio Luiz Leite,

    diretor da Primax.

    Para José Renato Rodrigues Fe-

    lício, presidente da J.Rotaner, a

    conquista do Heavy Duty’2016 re-

    presenta um diferencial no mer-

    cado, “demonstrando aos clientes

    os nossos esforços em desen-

    volver a solução mais adequada

    para suas necessidades”. Segun-

    do o executivo, a empresa vem

    diversifi cando suas atividades

    para enfrentar as turbulências do

    mercado. “Planejamos a abertura

    de uma fi lial na Bahia, em 2017,

    para atender aos projetos eólicos

    na região, mas também investi-

    mos em novos negócios, como o

    transporte de cargas fracionadas,

    especialmente para o setor meta-

    lúrgico”, diz ele.

    “Ficamos satisfeitos com esse

    reconhecimento, que brinda os

    esforços da nossa equipe no aten-

    dimento aos clientes”, comemora

    Luiz Natal Laurenti, diretor de ope-

    rações da Transdata. Ele ressalta

    que, devido à grande diversifi ca-

    ção dos negócios, a Transdata vem

    mantendo as atividades dentro

    dos níveis planejados e está pros-

    pectando novos mercados, com

    foco na América Latina, para a am-

    pliação da carteira de contratos.

    “UM BRINDE AOS ESFORÇOS DA NOSSA EQUIPE”LUIZ NATAL LAURENTI

    “INCANSÁVEL BUSCA PELA SOLUÇÃO MAIS ADEQUADA”JOSÉ RENATO RODRIGUES FELÍCIO

    HD27.indd 23 21/12/16 15:50

  • 24 | REVISTAHD ACESSE REVISTAHD.COM.BR

    Operação por»Redação HD

    Integração de serviços de elevação e transporte viabiliza movimentação cuidadosa de tanque de 26 t

    SUPERAÇÃODE OBSTÁCULOSA mineradora Compass Minerals,

    baseada em Kansas (EUA), é a

    maior produtora de sulfato de po-

    tássio e cloreto de magnésio da

    América do Norte e, portanto, suas

    instalações de armazenamento e

    manuseio de produtos químicos,

    tem que dar vazão a esse gigan-

    tismo. Recentemente, a Compass

    contratou a transportadora MHT

    Logistics para trazer um novo tan-

    que de separação da fabricante AFC

    com 9 m de altura e 8 m de diâme-

    tro, até suas instalações, em Ore-

    gon (Utah). Um percurso de meros

    4,5 km com dois inconvenientes,

    porém. Primeiro, um trecho com

    curvas e estradas de cascalho. De-

    pois, a passagem por uma rodovia

    com linhas de alta tensão e tubu-

    lações aéreas. Outro desafi o: era

    preciso cuidado para não danifi car

    o separador, comprometendo o seu

    revestimento interno de epóxi.

    A solução envolveu um guindaste

    Grove GMK 7550, que posicionou

    o tanque cuidadosamente em uma

    composição modular Goldhofer

    com seis eixos, que transportou

    a carga, tracionada por um cavalo

    mecânico Oshkosh M1070. Embo-

    ra o separador pesasse “apenas”

    26 t, a distribuição de peso foi pro-

    blemática, com um alto centro de

    gravidade perto do limite. A carga

    foi então amarrada com oito cor-

    rentes, duas no fundo e duas no

    outro lado da cobertura.

    Como foi necessário um grande

    número de manobras no trajeto,

    limitando o campo de visão do mo-

    torista, a MHT escalou um terceiro

    funcionário – o motorista teve o

    apoio portanto de um observador

    na cabine e de um sinalizador no

    fi m da composição – de tal modo

    que todos os movimentos e mano-

    bras puderam ser monitorados de

    diversas perspectivas.

    O primeiro trecho da jornada foi

    em rodovias públicas. Elas foram

    fechadas para o tráfego nos locais

    em que a largura da carga exigisse

    o uso de duas faixas. A passagem

    sob as linhas de alta tensão foi

    feita com a ajuda indispensável

    de funcionários da companhia lo-

    cal de serviços, que suspenderam

    temporariamente os cabos com

    mastros que abrissem o caminho

    para a composição.

    Na fábrica, o último obstáculo do

    trajeto: uma tubulação a 6 m de

    altura precisava ser ultrapassa-

    da. Daí, um guindaste suspendeu

    a carga por cima da tubulação e a

    posicionou suavemente, do outro

    lado, em cima da composição mo-

    dular Goldhofer e, fi nalmente, en-

    tregue em seu destino fi nal.

    Transposição do último obstáculo no acesso à planta

    por»por»Redação HDRedação HD

    gravidade perto do limite. A carga

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  • 24 | REVISTAHD ACESSE REVISTAHD.COM.BR

    Operação por»Redação HD

    Integração de serviços de elevação e transporte viabiliza movimentação cuidadosa de tanque de 26 t

    SUPERAÇÃODE OBSTÁCULOSA mineradora Compass Minerals,

    baseada em Kansas (EUA), é a

    maior produtora de sulfato de po-

    tássio e cloreto de magnésio da

    América do Norte e, portanto, suas

    instalações de armazenamento e

    manuseio de produtos químicos,

    tem que dar vazão a esse gigan-

    tismo. Recentemente, a Compass

    contratou a transportadora MHT

    Logistics para trazer um novo tan-

    que de separação da fabricante AFC

    com 9 m de altura e 8 m de diâme-

    tro, até suas instalações, em Ore-

    gon (Utah). Um percurso de meros

    4,5 km com dois inconvenientes,

    porém. Primeiro, um trecho com

    curvas e estradas de cascalho. De-

    pois, a passagem por uma rodovia

    com linhas de alta tensão e tubu-

    lações aéreas. Outro desafi o: era

    preciso cuidado para não danifi car

    o separador, comprometendo o seu

    revestimento interno de epóxi.

    A solução envolveu um guindaste

    Grove GMK 7550, que posicionou

    o tanque cuidadosamente em uma

    composição modular Goldhofer

    com seis eixos, que transportou

    a carga, tracionada por um cavalo

    mecânico Oshkosh M1070. Embo-

    ra o separador pesasse “apenas”

    26 t, a distribuição de peso foi pro-

    blemática, com um alto centro de

    gravidade perto do limite. A carga

    foi então amarrada com oito cor-

    rentes, duas no fundo e duas no

    outro lado da cobertura.

    Como foi necessário um grande

    número de manobras no trajeto,

    limitando o campo de visão do mo-

    torista, a MHT escalou um terceiro

    funcionário – o motorista teve o

    apoio portanto de um observador

    na cabine e de um sinalizador no

    fi m da composição – de tal modo

    que todos os movimentos e mano-

    bras puderam ser monitorados de

    diversas perspectivas.

    O primeiro trecho da jornada foi

    em rodovias públicas. Elas foram

    fechadas para o tráfego nos locais

    em que a largura da carga exigisse

    o uso de duas faixas. A passagem

    sob as linhas de alta tensão foi

    feita com a ajuda indispensável

    de funcionários da companhia lo-

    cal de serviços, que suspenderam

    temporariamente os cabos com

    mastros que abrissem o caminho

    para a composição.

    Na fábrica, o último obstáculo do

    trajeto: uma tubulação a 6 m de

    altura precisava ser ultrapassa-

    da. Daí, um guindaste suspendeu

    a carga por cima da tubulação e a

    posicionou suavemente, do outro

    lado, em cima da composição mo-

    dular Goldhofer e, fi nalmente, en-

    tregue em seu destino fi nal.

    Transposição do último obstáculo no acesso à planta

    por»por»Redação HDRedação HD

    gravidade perto do limite. A carga

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    Nomes&Notas

    NTC NO MINISTÉRIOO Presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, se reuniu dia 14 de dezembro, com o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, em Brasília. A reunião contou também, com a presença de José Aparecido Bastazini, consultor do Sindipesa - Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais, e Marcello Mari, diretor da Locar Transportes Intermodais. Na pauta, a difi culdade do setor de transportes, considerado de alto risco, em cumprir as cotas de menor aprendiz e portadores de necessidades especiais.

    NOVAS REGRAS PARA AETA Resolução 635/16 publicada, em dezembro pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), dentre outras determinações, passa a exigir volume de tráfego no período noturno, no máximo, em nível “C”, para a concessão da AET (Autorização Especial de Trânsito) em rodovias de mão dupla. Também regulamenta o uso de suspensores de eixos para veículos 6x4, com mais de 57 t.

    ESTRELA DO AMANHÃO projeto “Estrelas do Amanhã”, promovido pela Mercedes-Benz do Brasil e que visa o desenvolvimento profi ssional dos aprendizes que ingressam na Empresa, realizou, no dia 9 de dezembro, a formatura de 30 jovens aprendizes que ingressam na Empresa pelo CAMP - Centro de Formação e Integração Social ou pelo CIEE - Centro de Integração Empresa Escola.

    MEMORIAL DE SEGURANÇAFoi aberto dia 6 de outubro, em Curitiba, o Memorial da Segurança no Transporte, único espaço dedicado ao tema na América Latina. Moderno e interativo, o memorial é patrocinado pela Volvo promove uma visão sobre segurança desde a pré-história até os dias atuais. O local foi projetado com o objetivo promover a experimentação, para que o visitante perceba a importância da segurança por meio de atividades lúdicas e interativas.

    MEGA REVENDA SCANIAAo completar 60 anos, a Brasdiesel inaugurou, dia 17 de novembro, em Caxias do Sul (RG), a maior concessionária Scania do mundo, com 50 mil m2 de área e investimento de R$ 50 milhões. A ofi cina pode atender 30 composições ou 90 cavalos mecânicos, e a área de reforma 15 caminhões ao mesmo tempo. O grupo gaúcho abrirá ainda duas fi liais, em Vacaria e Passo Fundo, e passará a atender um total de 356 cidades.

    CARGA EXCEPCIONAL Entre 10 e 16 de dezembro, a Transdata realizou, em período noturno, o transporte de um transformador para a Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho (Estreito), em Minas Gerais. A carga foi embarcada em Santos e composição, com 110 m de comprimento, 6,6 m de largura e peso de 750 t, utilizou a Rodovia dos Bandeirantes entre o Rodoanel Mário Covas e Cordeirópolis.

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    urante o ano de 2016, hou-ve uma disputa acirrada de mercado entre os fabricantes

    de empilhadeiras e paleteiras. A retra-ção da indústria e, de resto, de toda a economia levou os diversos forne-cedores a abrir o leque de opções, incluindo serviços, venda de semino-vos, locação e novos produtos. Nesse último caso, uma das opções – que deve repercutir favoravelmente nos próximos anos, e contribuir para a renovação da frota em um novo pa-tamar de eficiência e qualidade – foi a nacionalização de equipamentos, franqueando o acesso dos clientes à linha Finame e ao cartão BNDES.

    Os modelos de paleteiras com torre Hyster S1.6AC e Yale MS16, marcas tradicionais e representadas no país pela Somov, do Grupo Sotreq, por exemplo, começaram a ser fabricados no Brasil. Ambos os modelos pos-

    D

    Na esteira da crise, surgem novas opções de equipamentos de movimentação

    e remoção que podem ser adquiridos via Finame ou cartão BNDES

    Fornecedores investem NA NACIONALIZAÇÃO

    suem garantia total de 1 ano ou 2 mil horas, extensível a 2 anos ou 4 mil ho-ras aplicados ao trem de força.

    Já o Grupo Kion, controlador de sete marcas, dentre as quais a Linde e Still, começou a fabricar, em Indaiatu-ba (SP), a empilhadeira elétrica de três rodas Still RX 50-16. É a primeira de sua classe no país, com motor trifásico de 24 volts e capacidade de carga resi-dual que garante boa performance, em atividades convencionais e em carga e descarga de caminhões e contêineres. A RX 50 tem capacidade de carga de 1.600 Kg, elevação máxima de garfos de 6, 07 m e velocidade de desloca-mento de 12 e 12,5 km/h, respectiva-mente, com e sem carga.

    A Paletrans, com sede em Cravinhos (SP), do mesmo modo, lançou o re-bocador elétrico PR40 com produção 100% nacional. Trata-se de um equi-pamento versátil de reboque com ca-

    pacidade para até 4.000 kg. Equipado com motor de tração de 3 kW em corrente alternada, o RP40 tem freio regenerativo, freio de estacionamento eletromagnético, direção elétrica pro-gressiva e timão de direção ergonômi-co, com regulagem de altura. Sai de fábrica equipado com estrobo, farol de movimentação, alarme sonoro de movimento e botão de emergência.

    Outra novidade no ano foi o lança-mento de um carregador de baterias pela Retrak Empilhadeiras. Locado-ra e representante de equipamentos Linde e Still, o desenvolvimento do carregador baseou-se na própria ex-periência da empresa da gestão de sua frota própria. A premissa básica é a automatização do carregamento, re-duzindo as falhas humanas que com-prometem a segurança e a vida das baterias tracionarias em campo. Nesse sentido, o carregador Retrak garante: abastecimento de água sem interven-ção humana, cargas de equalização automáticas, término da carga por dV/dt e desconexão sem centelha.

    Rebocador elétrico

    PR40

    Paleteira Yale MS16

    made in Brasil

    Carregador de baterias Retrak

    Por Redação Crane Brasil

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    ACESSE WWW.CRANEBRASIL .COM.BRNOVEMBRO-DEZEMBRO 2016

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    Bolbi Engenharia tem se des-tacado no desenvolvimento de projetos e soluções dife-

    renciados para içamento de cargas onde as alternativas convencionais são inviá-veis, técnica ou economicamente. Um caso recente, ocorrido em 2016, foi o trabalho de içamento e movimentação de chiller’s e componentes eletromecâ-nicos do sistema de refrigeração no edi-fício-torre da nova sede da Localiza, em Belo Horizonte (MG). A edificação, com 112 m de altura, tem 27 andares e um heliponto, sendo dois pavimentos exclusivos para a casa de máquinas. Está localizado em uma região que concen-tra as vias e avenidas com maior volume de tráfego da capital mineira.

    O desafio proposto era o de erguer toda a carga (torres, ventiladores, tubos e tanque de água) do térreo até a casa de máquinas do 26º pavimento. As alter-nativas iniciais envolviam o uso da grua ou elevador de carga da própria obra, guindastes, helicóptero cargueiro ou a desmontagem dos componentes.

    No entanto, uma solução projetada pela própria Bolbi para elevar cargas até o topo de edificações, torres e instala-ções, além de permitir o manuseio em áreas restritas, de difícil acesso e até en-tre os próprios pavimentos, o chamado “Derrick”, ganhou a preferência. Trata--se de um equipamento de dimensões compactas e lança com comprimento e raio variáveis. Seus componentes estru-turais são relativamente leves e podem ser transportados manualmente ou com elevadores de carga até a área de trabalho.

    A

    Içamento e movimentação de chiller’s de 8 t e diversos outros

    equipamentos a 112 m com solução diferenciada

    A operação deu-se em quatro etapas básicas:

    1) Montagem e posicionamento do Derrick sobre o heliponto (28º pavimento) para o içamento ocorresse pela fachada principal do edifício;2) Manobra do conjunto Derrick+carga so-bre uma área determinada do heliponto;3) Avanço do conjunto Derrick+carga sobre o heliponto até a fachada lateral esquerda;4) Posicionamento da carga do heliponto, utilizando o vão entre o pergolado civil e o próprio heliponto até a casa de máquinas no 26º andar.

    Foram adotadas, dentre outras, as seguintes premissas técnicas:

    1) Durante o içamento, cada carga foi man-tida afastada da face em vidro temperado em pelo menos 2 m;2) Garantia da resistência estrutural da laja do heliponto e/ou garantia da distribuição das cargas provenientes da operação sobre as vigas e pilares civis;3) Montagem de caminhos de rolamentos para o Derrick e/ou plataforma de rolamento e área de manobra/recuo/avanço; garantia da ancoragem do Derrick no sentido oposto ao içamento ou ao “abaixamento” da carga;

    Considerando-se em particular as garantias das premissas 2 e 3,

    observa-se o seguinte:A necessidade de garantir estruturalmen-te a resistência da laje do piso de trabalho é explicada pela maneira como as car-gas provenientes da operação atuam nos apoios de translado do Derrick e conse-quentemente no piso. O chassi estrutural do Derrick é apoiado em plataformas de

    JAM ENGENHARIA LOCALIZA

    Por Redação Crane Brasil

    translado, ou seja, em tais apoios ocor-rem as reações provenientes da combi-nação das cargas envolvidas na operação (PP+CP+CPE+CV+SC).No caso, a laje do heliponto não estava di-mensionada para suportar tais solicitações de carga. Portanto, havia a necessidade de se propor uma solução técnica e finan-ceiramente viável para que tais reações fossem distribuídas uniformemente nas vigas e pilares do edifício-torre, sem que houvesse comprometimento estrutural. De três alternativas consideradas, duas – redimensionar a laje ou escorá-la com an-daimes e vigas – foram descartadas pelos custos envolvidos e inviabilidade técnica, além de interferência na dinâmica na obra. Decidiu-se então pela solução apresentada pela Bolbi, que levou ao projeto, fabrica-ção e montagem de uma plataforma me-tálica de perfis estruturais sobre o piso do heliponto com caminhos de rolamento para o Derrick – de forma que os pontos de apoio da plataforma coincidissem com as vigas civis da elevação ou se mantivessem bi-apoiadas sobre as mesmas. A Bolbi ela-borou um Plano de Rigging contemplando não somente a operação via Derrick e os parâmetros correspondentes, mas infor-mando as solicitações de carga para a afe-rição estrutural e o projeto detalhado da plataforma e do caminho de rolamento – assim como a respectiva montagem sobre as vigas civis.Toda a engenharia de movimentação de carga foi desenvolvida pela Bolbi e vali-dada pela JKMF (projetista do edifício), Muurba Eng. (gerenciadora), Racional Eng (Construtora) e Jam Eng (instalação de sis-tema de refrigeração).

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    * Camilo Filho é engenheiro mecânico, especialista em iça-mentos pesados, com mais de 30 anos de experiência em operações com guindastes e movimentação de carga. Com vários cursos na área feitos no exterior, é responsável por vários trabalhos de grande envergadura no Brasil e no ex-terior. Atualmente é engenheiro mecânico na Odebrecht e membro da ACRP (Association of Crane & Rigging Professionals-USA). Sugestões e comentários enviar para [email protected]

    E Agora Camilo ???

    Dic

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    Por Camilo Filho* 10 perguntas PARA UM IÇAMENTO SEGURO

    Muitos acidentes poderiam ser evitados, com a observância de condições prévias, muitas vezes negligenciadas no dia-a-dia da operação

    1.Todos os integrantes da equipe participaram do DDS e/ou reunião pré-içamento?

    2. Todos estão cientes e entenderam o procedimento que será aplicado na operação?

    3. Todos se sentem capacitados e cientes de suas tarefas?

    4. Todos sabem quem é a pessoa encarregada de comandar a operação?

    5. O guindaste foi inspecionado? O checklist foi efetuado?Os acessórios foram inspecionados? Existe um certif icado válido dos acessórios?

    6. Foi testado o LMI? O limitador do moitão e da bola estão funcionando?

    7. Existe um Plano de Rigging e uma Análise de Segurança do Trabalho (PT)? Todos entenderam o plano e as precauções necessárias,

    incluindo aí a área a ser isolada?

    8. Todos estão cientes das condições ambientais necessárias para realização da operação? Por exemplo: velocidade máxima de vento?

    9. A área de içamento está controlada e todos estão fora da linha de fogo, por exemplo: área de giro de contrapeso, queda da carga, e etc.?

    10. Foi estabelecido o método de sinalização e comunicação entre a equipe? Todos os conhecem?

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    norma regulamentadora do Ministério do Trabalho NR12 possui no seu anexo

    XII a definição do Plano de Rigging. Sendo o planejamento detalhado e formalizado de uma movimentação de carga com guindaste. Ele indica por meio do estudo da carga a ser içada, dos guindastes e acessórios de amarração adequados para a tarefa, esforços exercidos no piso onde os equipamentos serão posicionados, ação do vento, interferências aére-as e subterrâneas, layout da área de operação, entre outros qual a melhor solução para fazer um determinado içamento da maneira mais segura e efi-ciente, otimizando os recursos aplica-dos na operação (equipamentos, aces-sórios, preparação de área, etc.), evitar acidentes e perdas de tempo durante as operações de içamento.

    Obrigatoriedade?A norma NR12 possui um item

    específico (12.132) preconizando a obrigatoriedade do planejamento das operações para serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em má-quinas e equipamentos, realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervi-

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    são e anuência expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados.

    Outra norma é a NR18 que possui o item (18.14.24.17) onde determina que a implantação e a operacionaliza-ção de equipamentos de guindar de-vem estar previstas em um documento denominado “Plano de Cargas” que deverá conter, no mínimo, as informa-ções constantes do Anexo III da nor-ma em questão. Porém, esta utilizamos apenas como analogia visto que quan-do se analisa as diretrizes do Anexo III, observa-se que são voltadas para guin-dastes de torre (gruas) que possuem

    muitas diferenças em relação aos guin-dastes móveis sobre rodas.

    Portanto, a legislação é clara em rela-ção a obrigatoriedade do planejamento das operações.

    A grande maioria das empresas exigem a elaboração do plano de rigging (plane-jamento detalhado e formalizado) para operações enquadradas em “Içamento Crítico” e um planejamento simplifica-do e formalizado para operações enqua-dradas em “Içamento Normal”.

    Essa classificação de içamento (nor-mal ou crítica) é dada através de uma análise de risco realizada pelas próprias empresas.

    Engenharia de Rigging:o que é e qual o objetivo

    * Wildes Larcher Neto é Engenheiro Mecânico, pós graduado em estruturas metálicas e especialis-ta em içamentos pesados, com 10 anos de experiência em operações com guindastes e movimentação de carga. Atualmente ministra treinamentos na área de rigging, com a capacitação de mais de 700 profissionais e um dos responsáveis técnicos da IPS Engenharia de Rigging. Telefone: (11) 2087-7999 - Celular: (11) 98673-6798. Sugestões e comentários para [email protected]

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    Pneus para OFF ROADSA Balrishna (BKT ) é um fabricante indiano especializado em pneus para veículos fora de estrada com utilização na agricultura, indústria, construção e mineração. Para reach stackers, por exemplo, a opção da BKT é o Por tmax PM 90, pneu radial com cintas de aço reforçadas. A estrutura de aço garante máxima robustez ao conjunto e uma melhor distribuição de carga na super fície de supor te. Um composto especial da banda de rolamento também propicia aumento da vida útil e redução da resistência de rodagem – com redução de consumo de combustível. O Por tmax está disponível em tamanho 18.00 R25.Para terrenos acidentados, a opção é o TRAD HD, com maior resistência contra cor tes e lascas, graças ao tratamento do composto, paredes laterais mais grossas e concepção robusta. Disponível em tamanho 12.00-20. Já o POWER TRAX HD SMOOTH é adequado para movimentação segura de cargas extra pesadas também em condições de movimentação críticas e severas. Novamente, a solidez da estrutura e as paredes reforçadas são os diferenciais. Disponível em tamanho 12.00 – 20.

    Os detalhes que fazem a diferença

    Nova geração LIEBHERR RT

    A Liebherr apresentará em março na feira Conexpo, em Las Vegas, uma nova geração de guindastes RT, com foco inicial do merca-do da América do Norte. São dois modelos – o LRT 1090-2.1 (90 t) e o LRT 1100-2.1 – com os mesmos conceitos técnicos e chassis quase idênticos. A diferença está no alcance da lança, tecnologia de telescopagem, peso e capacidade de carga. Os modelos LTR tem 3,87 m de altura e 3,3 m de largura e são transportados por rodovias com carretas rebaixadas convencionais. O peso (tara) do equipamento completo, incluindo lastro, é menor que 55 t.

    A lança de 50 m do modelo LRT 1100-2.1 tem um sistema de telescopagem Telematik, no qual as várias seções podem ser esten-didas independentemente com um cilindro simples e então pinadas na seção superior. A capacidade de carga com raio total pode ser alcançada com apenas dois modos de teles-copagem: Strong ou Long. A estabilidade é garantida por 14 t de contrapeso, com acrés-cimo de de 15% na capacidade de elevação em relação aos modelos de 90 t com contra-peso de 12 t.

    Já o sistema de telescopagem da lança de 47 m do modelo LRT 1090-2.1 consiste de um cilindro de dois estágios com um meca-nismo de extensão a cabo. Também pode ser estendido com apenas dois modos: Strong ou Long. Os dois novos RT tem sistema de monitoramento de patolamento como pa-drão – o status de estabilização nos pneus ou patolas é detectado automaticamente e informado ao controlador do guindaste. O sistema LICCON também está disponível para controle do momento de carga.

    A JLG estendeu o inter valo de substituição obrigatória do cabo de aço e roldanas de oito para 12 anos, desde que o número total de horas de máqui-na não exceda 7.000 horas. A substituição do cabo de aço é um dos maiores custos que um proprietário de frota terá ao longo da vida útil de uma plataforma de lança”, disse Paul Kreut-zwiser, diretor global da categoria de plataformas de trabalhos aéreos da JLG Industries. “Apesar de variar muito, os ser viços típicos de substituição do cabo de aço podem custar aos proprie-tários de frota milhares de dólares por trabalho. Ao au-mentar a duração do inter-valo de substituição, esta-mos reduzindo os custos de manutenção e contribuindo para reduzir o custo total de propriedade.”

    CABOS com vida estendida

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    CÂMERA DE monitoramentoA Hirschmann lançou um novo sistema de monitoramento por câmera que pode ser

    utilizado em todos os tipos de guindastes móveis.O sistema possibilita uma visão direta, permitindo que o operador tenha uma visualização contínua da operação. O kit da nova câmera inclui protetor contra choques e vibrações, e consoles de 4,3” e 7” da própria Hirschmann podem ser fornecidos com orientação vertical e horizontal.

    Os detalhes que fazem a diferença

    Um gigante CHINÊS PARA

    1.200TA XCMG destacou durante a

    Bauma China, dentre outros equi-pamentos, um guindaste de oito eixos, para todo tipo de terreno e capacidade de 1.200 t. O modelo QAY1200 AT conta com lança te-lescópica de oito segmentos. O jib com novo projeto trabalha com dois tipos de condições de traba-lho, um com 4 segmentos da lança e outro com os oito segmentos, tendo condições de instalar turbi-nas eólicas de 2MW.

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    DOIS NOVOS GROVE ATNa Conexpo, a Manitowoc irá apresentar dois novos modelos Grove AT: o GMK5150L e o GMK5250L. O “L” das sigla significa configuração de lança longa, que garante maior alcance em várias aplicações, tais como, instalações de turbinas em parque eólicos e obras imobiliárias em regiões congestionadas e porco espaço de movimentação. A lança do GMK5250L tem 70 m e a do GMK5150L chega a 60 m. O GMK5150L é um modelo de cinco eixos, com capacidade para 150 t. Com um contrapeso de até 45 t, pode levar a um ganho de até 20% na capacidade de carga, em relação ao modelo anterior, o GMK5165-2

    Estado da arte japonêsEm outubro de 2016, a Tadano lançou dois novos modelos RT no mercado japonês: o quatro

    eixos GR 700 N com capacidade de 70 t e o modelo GR 250 N, de dois eixos para 25 t. A classe de 25 t é a mais popular no Japão entre os modelos RT e a de 70 T é a opção de maior capacidade nessa categoria. Um dos diferenciais tecnológicos é o sistema de controle remoto Set Up Radio Control. Outra, o sistema de câmeras, “wide site view”, que mostra uma vi-são panorâmica a par tir do topo do guindaste e a reproduz em uma grande monitor na cabine. Há também um dispositivo chamado Human Aler t System,que detecta a presença de pessoas, ciclistas e motoci-clistas na área de trabalho do guindaste, que são mostrados no monitor e soa uma buzina.

  • ACESSE WWW.CRANEBRASIL .COM.BRNOVEMBRO-DEZEMBRO 2016

    D ia 15 de dezembro, o pes-soal da Welti-Furrer, loca-dora suíça contratada pela Enercon, da Alemanha, já podia res-pirar aliviado. Faltava só a pá da ter-ceira turbina, das três erguidas ali, em Gries Pass, no topo dos Alpes Suíços, a uma altitude de 2.500 m. Os preparativos começaram em ju-nho, mas a neve não permitiu por um bom tempo o acesso das 15 carretas, que trouxeram os compo-

    nentes e o guindaste Terex TC 2800 vencendo aclives de até 18,5%. Em razão disso, o cronograma de mon-tagem ficou reduzido a três meses, incluindo os trabalhos de instalação feitos pela Enercon. Mas deu tudo certo. Com a opção de patolamento de 14 x 14 m, contrapeso de 200 t, lança principal de 90 m e jib com 12 m adicionais, as turbinas E-92 foram posicionadas e agora também fazem parte da paisagem.

    Girando nosALPES SUÍCOS

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