16
CAMPO GRANDE - OUTUBRO DE 2008 EM FOCO UCDB 15 ANOS Ano VII - Edição Nº 113 Campo Grande, MS - 02 a 15 de Novembro de 2008 Foto: Thaís Campos

Ano VII - Edição Nº 113 - site.ucdb.br · O que significa isso? É di-fícil traduzir com palavras o que isso venha a ser, mas as pessoas percebem ... O próprio nome diz, Carta

Embed Size (px)

Citation preview

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

Ano VII - Edição Nº 113Campo Grande, MS -02 a 15 de Novembro de 2008

Fo

to

: T

ha

ís C

am

po

s

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

Em Foco – Jornal laboratório do curso de Jornalismo da UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB)

Ano VII - nº 112 – Outubro de 2008 - Tiragem 3.000

Obs.: As matérias publicadas neste veículo de comunicação não represen-tam o pensamento da Instituição e são de responsabilidade de seus autores.

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinohara

Reitor: Pe. José Marinoni

Pró-Reitor Acadêmico: Pe. Dr. Gildásio Mendes

Pró-Reitor Administrativo: Ir. Raffaele Lochi

Projeto Gráfico, diagramação e tratamento de imagens:Designer - Maria Helena Benites

Impressão: Jornal A Crítica

Em Foco - Av. Tamandaré, 6000 B. Jardim Seminário, Campo Grande – MS.Cep: 79117900 – Caixa Postal: 100 - Tel:(067) 3312-3735

EmFoco On-line (fase experimental): www.emfoco.com.br

E-mail: [email protected] [email protected]

Coordenador do curso de Jornalismo: Jacir Alfonso ZanattaJornalistas responsáveis: Jacir Alfonso Zanatta DRT-MS 108, Cristina Ramos DRT-MS158 e Inara Silva DRT-MS 83

Revisão: Cláudia Zwarg, Cristina Ramos e Inara Silva.

Edição: Cristina Ramos, Inara Silva, Jacir Zanatta e Oswaldo Ribeiro

Repórteres: Ana Maria Assis, Bruna Lucianer, Camila Cruz, Cláudia Basso, Daniel Henrique,Ederson Almeida, Edilene Borges, Eliane dos Santos, Evellyn Abelha, Evillyn Regis, HeltonVerão, José Luiz Alves, Júlia de Miranda, Juliana Gonçalves, Kleber Gutierrez, Luciana Brazil,Magna Melo, Naiane Mesquita, Priscilla Peres, Rogério Valdez e Tatiana Gimenes.

Colaboradora: Bárbara Filartiga

Editorial02

Doce sabor dos 15 anos

Fu n d a m e n t a l - Segundo Pe. Marinoni, a UCDB escolhe bem seus educadoresLuciana Brazil

EM FOCO - A UCDB comemorouno dia 27 de Outubro 15 anos deatividades, mas nós sabemos queesta história beira meio século.Fale para os leitores do Jornal EmFoco sobre todos estes caminhos.REITOR - Embora a UniversidadeCatólica Dom Bosco comemoreseus 15 anos de fundação, toda-

Pe. Marinoni expõe os caminhos da UCDB nestes 15 anos

Reitor

primar pela“O diferencial é

qualidade”Completando 15 anos de implantação, a UCDB é uma instituiçãojovem, mas já é considerada a melhor Universidade privada do

Estado de Mato Grosso do Sul em termos de qualidade pelo Minis-tério da Educação. O trabalho pelo reconhecimento começou bem

antes, foi em 1962, com a abertura dos primeiros cursos oferecidospela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Dom Aquino. Ementrevista ao Em Foco, o reitor padre José Marinoni fala sobre a

trajetória e perspectivas da universidade, além do sistema educaci-onal salesiano, que é baseado nos pilares da Razão, Religião e

Amabilidade.

via o caminho foi longo. Foi no ano de1961 que dois padres salesianos, FelixZavattaro e Ângelo Venturelli, natural-mente assessorados por outras pesso-as, tiveram a feliz idéia de se preocu-parem com a questão do ensino supe-rior. Porque naquela época, no Estadode Mato Grosso, aqui em Campo Gran-de, praticamente não havia nenhumcurso de ensino superior. Então elestrabalharam e no ano de 1962 começa-

ram os cursos da Faculdade de FilosofiaCiências e Letras Dom Aquino. Em 1962,a Missão Salesiana de Mato Grosso abriaos primeiros cursos superiores em MatoGrosso e foram oferecidos os cursos dePedagogia, Filosofia e algumas licencia-turas, pois queriam estes padres que osjovens que terminassem o ensino médiopudessem terminar seus estudos. Além

disso, havia também uma carência deprofessores que pudessem ensinar comqualificação e titulação, tanto no ensi-no fundamental quanto no ensino mé-dio.

EM FOCO - Chegar aos 15 anos não éfácil neste setor competitivo, o diferen-cial da UCDB ajudou neste trajeto?

Foto: Oswaldo Ribeiro

O sonho dos desbravadores Sa-lesianos na educação superior deMato Grosso do Sul de ensinar comqualidade e amor, debuta neste ani-versário da Universidade CatólicaDom Bosco (UCDB). O caminho des-ta Instituição de Ensino Superiorteve início há quase meio séculoonde a dedicação e carinho de pro-fessores funcionários e administra-

dores foram componentes essenciais,assim como a comunidade acadêmicaque sopra vida nos tijolinhos à vista dosprédios que compõem o campus deCampo Grande.

Hoje todos brindam os 15 anos daUCDB. Este aniversário, além de toda asimbologia do número tem um saborespecial, pois em 2008 o Índice Geralde Cursos do Ministério da Educação eCultura (MEC), classificou a Universi-dade Católica Dom Bosco como a me-lhor universidade particular do Estado.

Este Em Foco mostra pedaços destebolo humano que forma a UCDB. No

campus da Avenida Tamandaré os núme-ros impressionam. Por dia cerca de 10mil pessoas passam pelo local, oito mildelas são acadêmicos que depositam ali,todas as suas esperanças de um futurocapacitado e promissor. Alguns fazem daUCDB a sua casa, chegam por volta das 7horas da manhã e só saem depois das 22horas. São mais de treze horas de estu-dos nas salas de aula, trabalho nos está-gios e até atividades esportivas na acade-mia-escola. Vivências importantes para osfuturos profissionais.

Mas não são só os alunos que rece-bem a atenção da UCDB. Esta instituição

estende seus braços à comunidade daCapital de Mato Grosso do Sul. Ao anomais de 50 mil pessoas são beneficiadascom os projetos comunitários da Católi-ca. A Clínica-escola, por exemplo ofere-ce atendimento gratuito a cerca de 22 milpessoas que comemoram também nesteaniversário, recebem o cuidado de pro-fessores e acadêmicos estagiários e de-volvem sorrisos de bem-estar.

No recheio do bolo de aniversárioestão os doces sabores da razão, religiãoe amabilidade, alicerces fundamentais dosistema preventivo de educação de DomBosco. Feliz aniversário UCDB!!

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

03REITOR - Os Salesianos, fundados porDom Bosco, sempre se destacaram poralgo que era muito precioso para o co-ração e para a atuação e ação concretade Dom Bosco. Não é que Dom Boscotenha inventado este método, elereinventou este sistema preventivo emoposição ao sistema repressivo. O sis-tema preventivo está baseado em trêsalicerces fundamentais: razão, religiãoe amabilidade. Eu creio que o diferen-cial que permeou todas as ações da Mis-são Salesiana de Mato Grosso no cam-po da educação e nos demais campostambém, mas, sobretudo no campo daeducação, foi o sistema preventivo deDom Bosco. O que significa isso? É di-fícil traduzir com palavras o que issovenha a ser, mas as pessoas percebemnas atitudes dos educadores, na maneirados educadores se relacionarem com osestudantes, na forma como os respon-sáveis pela Instituição Salesiana, e nocaso específico, os responsáveis, primei-ro pelas Faculdades Unidas Católicasde Mato Grosso e, agora UniversidadeCatólica Dom Bosco, tratam e se relaci-onam com os acadêmicos e também deuma forma geral. Isso para mim é o ver-dadeiro diferencial. E este diferencialcresceu de algo que é fundamental hojeem dia para a sobrevivência: qualidadee credibilidade. Sem a qualidade nãohá credibilidade, sem um trabalho sé-rio e competitivo não há como. Mas digocompetitivo não no sentido de brigar-mos com os demais, nem para dizermosque somos melhores do que os outros,não. O diferencial é você primar pelaqualidade. Primar pela qualidade sig-nifica você preparar bem, escolher bem,selecionar bem seus professores, seusmestres, seus educadores.

EM FOCO: Sendo uma Instituição Ca-tólica, a UCDB também se preocupacom a questão espiritual e religiosa?REITOR: Eu não mencionei, mas no sis-tema preventivo de Dom Bosco, quan-do ele diz que seu sistema está baseadono tripé – razão, religião e amabilidade- aí você percebe como Dom Bosco sepreocupa com o homem todo, com aintegralidade do ser humano. Não só aciência, não só a religião, não só o cora-ção, mas tudo isso junto, aí sim. A reli-gião para Dom Bosco era fundamental.

EM FOCO: Olhando para o futuro,quais os próximos passos, as perspec-tivas desta história de conquistas quea UCDB percorre há 15 anos e os Sale-sianos há 50 anos?REITOR: Comemorar 15 anos de reco-nhecimento da Universidade CatólicaDom Bosco ou de instalação da Univer-sidade Católica é realmente algo muitoimportante que nos faz refletir. Mas aomesmo tempo, nós estamos comemo-rando 15 anos numa perspectiva de fu-turo, talvez poucos saibam, mas nestes

15 anos as comemorações foram prepa-radas há praticamente dois anos com achamada Carta de Navegação, que é umpouco mais do que o planejamento es-tratégico. Durante estes dois anos, vári-as pessoas, inicialmente quase 30 gru-pos com vários elementos, tanto pro-fessores, como funcionários, como aca-dêmicos, que participavam destes gru-pos para uma avaliação, para uma aná-lise conjuntural e estrutural da situa-ção da Universidade Católica Dom Boscoe o seu entorno. Depois deste trabalhohouve outro, realizado por um grupomenor de pessoas e em uma terceira fase,um grupo menor ainda, composto pornove pessoas que estão, não apenas ela-borando, mas concretizando aquilo quefoi o resultado da Carta de Navegação.O próprio nome diz, Carta de Navega-ção, nós precisamos ter um rumo, nósprecisamos ter um objetivo, nós preci-samos ter consciência daquilo que so-mos, das nossas potencialidades, dasnossas fraquezas para podermos proje-tar o futuro. Nós não podemos viverhoje em dia pensando: “Vamos vercomo vai ser!”, não. Diante da conjun-tura atual, tanto a nível regional, comoa nível nacional e internacional, preci-samos saber o que a Universidade Ca-tólica Dom Bosco deseja, o que a Uni-versidade pretende fazer e nesta Cartade Navegação estão elaborados, estãoconcretizados todos estes objetivos. Cla-

ro que isto não se realiza de uma horapara outra, nem de um ano para o ou-tro, porque existem ações que vão exi-gir, na sua concretização, no mínimoquatro anos, outras ficarão mais do queisso e durante estes quatro anos nós de-lineamos o que a Universidade Católi-ca Dom Bosco, o que ela pretende ser eo que ela pretende realizar.

EM FOCO: Para encerrar, o senhor po-deria deixar uma mensagem para todosque ajudaram a construir a Universi-dade e também para todos que aqui ain-da vão passar.REITOR: A mensagem é de gratidão atodos aqueles que de uma forma ou deoutra contribuíram para que a Universi-dade Católica Dom Bosco esteja no pata-mar em que se encontra hoje. É bom lem-brar que, de acordo com a última avalia-ção do MEC, a UCDB foi avaliada como aprimeira Universidade do Estado de MatoGrosso do Sul em termos de qualidade.Quando digo Universidade, quero dizertambém que ela se destaca entre os cen-tros universitários e também entre facul-dades isoladas e isso é um merecimentodos alunos, dos professores, dos colabo-radores e de todos aqueles que têm res-ponsabilidade para com a UCDB. E que-ro agradecer neste momento de coração,a todos aqueles que sempre se empenha-ram e dizer que nós precisamos melho-rar. Quero dizer que este “nós” não são

os dirigentes, não é o reitor com areitoria, mas a reitoria com o corpoacadêmico e ressaltar a importância ea co-responsabilidade de todos os aca-dêmicos, juntamente com os profes-sores. É aqui que o acadêmico apren-de para amanhã poder ser um profis-sional que a sociedade espera. Sem-pre digo que quando alguém entra naUniversidade precisa mudar de men-talidade, não deve se preocupar maiscom a nota, mas se preocupar com oconhecimento, porque amanhã o quevão te cobrar não será a nota, mas simo conhecimento. É claro que a notamuitas vezes reflete o conhecimentoque se tem, mas a nota também podeser alcançada de maneiras desones-tas, sendo que o conhecimento esteperdura para toda vida, independen-temente da nota.O meu sentimento é de gratidão e deincentivo a todos que fazem parte dacomunidade acadêmica da Universi-dade Católica Dom Bosco e deixo tam-bém um estímulo para que os acadê-micos se sintam cada vez mais co-res-ponsáveis pelo nome e pela grande-za, dessa, que é a casa deles.

Esta entrevista pode ser ouvida na

internet pelo podcast do rádio Em Foco:

www.radioemfoco.mypodcast.com

No Ar - Acadêmica de jornalismo entrevista Reitor Marinoni para programa do Curso de Jornalismo, Rádio em Foco

Foto: Oswaldo Ribeiro

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S04

Tatyane Santinoni

EM FOCO - Como se sente comopró-reitor de uma universidade tãoampla, uma das maiores e melho-res do Centro-Oeste, qual é a res-ponsabilidade?PE. GILDÁSIO - Bem, inicialmenteeu sinto uma grande alegria pelo fatode eu como salesiano estar no meiodos jovens, no meio dos professo-res, numa comunidade vibrante ecriativa. E a segunda responsabili-dade como pró-reitor é trabalharpara que o estudo tenha qualidade,para que a pesquisa avance, para quetoda a universidade dê um salto dequalidade. E esse trabalho exigemuito: concentração, disciplina, di-álogo, empenho e, sobretudo, a co-operação de todos.

EM FOCO - Qual a importância daUCDB inserida no meio educacio-nal?PE. GILDÁSIO - A UCDB faz umadiferença em toda nossa região, por-que ela é uma universidadesalesiana, e por ser salesiana ela já édiferente. Então, nós temos ummodo de educar primeiro focaliza-do no jovem; segundo, nós traba-lhamos a partir de uma espirituali-dade da alegria, da motivação, devalorizar o talento e a criatividadedo jovem. Aqui é um ambiente de

muita simplicidade e muita criativida-de. E depois porque também os salesia-nos, aqui na região já têm mais de 100anos de trabalho, de modo que podemosdizer que os salesianos são os “experts”em educação, eles são profissionais deeducação e esse é o nosso trabalho. Nóstrabalhamos dia e noite só pensando emeducação, e é em geração para geração.A gente prepara um salesiano hoje, àsvezes leva 15 anos para preparar umsalesiano e se tornar um educador. Demodo que a UCDB tenha uma grandediferença, principalmente no modo comotrabalhamos aqui e educamos a juventu-de.

EM FOCO - Qual seria essa diferença?PE. GILDÁSIO - A diferença em váriosaspectos, primeira de que nós prima-mos pela valorização da criatividade edos talentos do jovem. Em segundo, nóstrabalhamos numa comunidade em queos professores não são meros funcioná-rios e sim membros ativos da educação;terceiro, nós temos uma infra-estruturade alta qualidade, gostamos de coisasbonitas e modernas; quarto, nós temosum sistema educativo salesiano basea-do na razão, religião e no carinho, ondenós fazemos o diferencial. Não é quenós sejamos a autoridade em relação aosjovens, nós queremos ser amigos, ami-gos que exigem. E finalmente, porquenós temos um ambiente de diálogo, ondenós trabalhamos para que todo mundo

coopere e cresça. Além disso, temos umtrabalho prático, educar para a parte prá-tica, introduzir o jovem no mundo dotrabalho para que ele seja um líder láfora.

EM FOCO - Quais são as perspectivasde ensino, pesquisa e de graduação daUCDB?PE. GILDÁSIO - As perspectivas sãobastante realistas e bastante claras. Nósqueremos na área do ensino cada vezmais tornar uma universidade de qua-lidade de ensino, os professores nos-sos são bem preparados, continuar a for-mação dos professores, rever nosso pla-no de ensino, fazer com que o alunoestude cada vez mais, que as provassejam cada vez mais bem elaboradas, demodo que o aluno sinta “aqui eu real-mente sou exigido e eu cresço e apren-do”. Depois nós queremos investir paraque a sala de aula continue com umambiente muito bom, com ar-condicio-nado, data-show, computadores, inves-tir na boa organização das salas de aulae investir também cada vez mais emnossos estágios, para que o aluno pos-sa dizer também “olha, aqui eu tenho o

melhor estágio”. Então é a qualidade naeducação, queremos dar um salto mes-mo. Na área da pesquisa, nós temos doisprojetos fundamentais, primeiro que écontinuar com as nossas bolsas doCNPQ para os nossos estudantes, queestá crescendo cada vez mais o númerode estudantes pesquisadores dentro daUCDB; além disso, queremos estabele-cer grupos de pesquisa entre os acadê-micos e os professores, e o segundoprojeto é que a pesquisa nossa trabalhejunto com a indústria de Campo Gran-de e região, e com o setor governamen-tal. E esse trabalho que nós estamos fa-zendo agora, pela política nova da novadiretoria de pesquisa e pós-graduação,que está também ligada à Prac (Pró-Rei-toria Acadêmica), é fazer com que a pes-quisa da UCDB possa se projetar nospróximos dez anos e assim nos tornecada vez mais líderes em toda a regiãodo Centro-Oeste. Isso significa tambémparcerias. Nós estamos agora trabalhan-do com as duas universidades católi-cas do Centro-Oeste, (UCDB, Universi-dade Católica de Brasília e Universida-de Católica de Goiás), estamos estabe-lecendo também trabalho internacional,

Pe. Dr. Gildásio Mendes traça perspectivas para UCDB

Pró-reitor

são“Os professores

a alma da nossa

Instituição”Há dois anos o Doutor Padre Gildásio Mendes é pró-reitor

da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Ele já estudoutrês anos de teologia e quatro de filosofia no Brasil, um anode inglês na Inglaterra e dois anos de jornalismo na Itália,

além de ter feito doutorado em comunicação na área dainfluência da mídia em televisão. Em entrevista ao Jornal

em Foco, o Dr. Pe Gildásio fala sobre os planos pedagógicos aserem realizados pela UCDB, e qual seu diferencial por ser

uma instituição salesiana.

Fu t u r o - Segundo Pró-reitor Gildásio Mendes, as perspectivas para Universidade Católica Dom

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

temos agora um convênio com a Uni-versidade de Tenessi, nos Estados Uni-dos, com o Canadá, com a Itália, comdois países da África e também aqui naAmérica Latina. Então a UCDB quer darum salto na pesquisa. A nível de exten-são, nós temos a nova diretoria e tam-bém queremos agora dar mais visibili-dade para o nosso trabalho, fazer comque a extensão esteja mais ligada à pes-quisa e que os nossos projetos envol-vam toda a universidade. Isso significaque a extensão vai fazer com que o es-tudante sinta que aquilo que ele apren-de ele aplica no dia-a-dia e ajuda a co-munidade. Então imagina, por exemplo,a questão hoje sobre a limpeza da cida-de, os alunos do curso de EngenhariaAmbiental têm uma missão importantede ajudar nossa cidade, como por exem-plo, o combate contra a dengue, fazercom que a gente preserve cada vez maiso nosso ambiente e o Pantanal. Entãoeu vejo assim na extensão um meio im-portantíssimo da universidade estabe-lecer um compromisso social com co-munidade, e é isso que vai acontecercada vez mais.

EM FOCO - E o Museu Dom Bosco, oque ele representa para a universida-de e a comunidade em si? Qual a im-portância dele?PE. GILDÁSIO - O museu exerce umafunção cultural de importância local, na-cional e internacional. Estamos estabe-lecendo um convênio com a Universi-dade de Washington, com a Universi-dade do Rio de Janeiro e agora com aÁustria. Praticamente seis meses oMuseu da Cultura Dom Bosco estáabrindo uma ponte de diálogo interna-cional, mostrando a originalidade, apotencialidade e tudo aquilo que o mu-seu representa no sentido de valorizara cultura local dos nossos povos, jun-tamente com um trabalho de qualidadedos nossos pesquisadores. Portanto, omuseu vai cada vez mais congregar todoo estudo antropológico, histórico e cul-tural da universidade, de modo que sejaum local onde as pessoas se congregam,cooperam e projetam a nossa cultura, eao mesmo tempo, valorizem.

EM FOCO - E o diferencial da UCDBquanto ao corpo docente?PE. GILDÁSIO - Eu me recordo que no

início do ano eu fiz uma palestra de aber-tura aqui e eu disse “os professores sãoa alma da nossa instituição”, isso sig-nifica que o corpo docente é fundamen-tal para o crescimento de uma universi-

dade. O professor que é valoriza-do, o professor que sente que ainstituição apóia as iniciativasdele, uma universidade que pagabem os salários dos professores,uma universidade que dá espaçopara que eles sejam criativos, paraque eles se organizem, uma uni-versidade que investe na formaçãocontínua dos professores. E esseé um setor, que eu como pró-rei-tor sou diretamente responsável,e vamos trabalhar cada vez mais.O professor é como um maestrode uma orquestra é ele quem faz amúsica acontecer. Então o profes-sor tem 40 alunos na frentedele, os alunos vão gostar dauniversidade se o professorgosta da universidade, os alu-nos só vão aprender se o pro-fessor tem paixão por ensinar,os alunos vão ter uma perspec-tiva de futuro e trabalho se oprofessor é capaz de passarisso. De modo que a UCDB, eeu queria enfatizar isso, ela teme vai ter cada vez mais um pro-fessorado de alta qualidade, se-lecionado, para que toda a nos-sa região possa ver a UCDBcomo realmente uma orquestradirigida por professores apai-xonados pelo que fazem, com-petentes e apoiados pela insti-tuição.

Esta entrevista pode ser ouvida na

internet pelo podcast do rádio Em Foco:

www.radioemfoco.mypodcast.comBosco são realistas e claras para buscar ainda mais qualidade nos setores da instituição, fortalecendo ainda mais pesquisa, ensino e extensão

D o c e n t e - “O professor é como um maestro da orquestra, faz a música acontecer”

Foto: Oswaldo Ribeiro

Foto: Oswaldo Ribeiro

05

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

na UCDB

06

Crianças também têm espaço

Educação InfantilAlém de cuidar dos pequenos, o Centro de Educação tornou-se campo de estágio para vários cursos de graduação

Thierre Mônaco

Criada em 15 de fevereiro de1997 para atender professores efuncionários da Universidade Ca-

tólica Dom Bosco (UCDB), oCentro Educacional São Domin-gos Sávio a princípio atendiafilhos de professores e funcio-nários que não tinham ondedeixar seus filhos. Hoje a cre-che abriga 156 crianças, dentreeles filhos de acadêmicos, ofe-recendo cuidados para criançasde 4 meses a 6 anos de idade.O Centro Educacional é dividi-do em 70% destinado aos filhosde funcionários, e 30% a filhosde acadêmicos funcionando noperíodo integral e noturno

A instituição criou um cam-po de observação de estágio emcursos das variadas áreas comoPedagogia, Psicologia, Fonoaudi-ologia, Terapia Ocupacional,Educação Física e Nutrição. Os

estagiário desenvolvem projetoscom os pequenos alunos em suaárea específica. Acadêmicos deNutrição, por exemplo, fazemtodo acompanhamento alimentardas crianças, oferecendo cardápi-os saudáveis. Já os estudantes deEducação Física disponibilizamaulas de recreação aquática.

“Essa parceria é muito boa,pois oferece aos acadêmicosaprendizagem e para crianças cui-dado com a saúde e com o bem-estar”, diz a coordenadora da cre-che, Célia Regina Mendonça.

A demanda por vagas é muitogrande, pois a creche é uma dasmelhores do Estado em relação aconfiabilidade dos pais. “Gosta-ríamos de atender a todos queprecisassem de vaga, porém oprédio já está lotado, a procuramaior é do berçário que vai de 0a 3 anos”, explica a diretora doCentro Educacional, Luciane Pi-nho de Almeida. Ela diz que aprocura de vagas tende a aumen-tar a cada ano, e que é precisofazer uma seleção correta dandopreferência a quem solicita vagaprimeiro. “Tem gente que já estáesperando há um ano”, afirma adiretora.

A acadêmica de PsicologiaEvelyn Buchara, deixa seu filho

Zion, de 2 anos e meio, e diz que confiaplenamente no trabalho que as funcio-nárias e professoras oferecem. “O meufilho adora vir na creche, ele sempre cho-

I n f â n c i a - Filhos de funcionários e de acadêmicos da instituição têm acompanhamento pedagógico, de saúde e de bem-estar

ra pra ir embora, aqui ele tem contato comoutras crianças e está sempre em proces-so de aprendizado. A creche daqui é óti-ma”, afirma a mãe.

C o n v í v i o - Bebês durante a recreaçãoB r i n c a d e i r a - Meninos e meninas com atenção integral enquanto pais estão fora

Foto: Flávia Laís

Foto: Flávia Laís

Foto: Flávia Laís

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

07

R e l i g i o s i d a d e - As capelas estão abertas diariamente para encontros de jovens e orações individuais ou em grupos

DiferençaEducação salesiana

faz a

Espiritualidade está presente no dia a dia da comunidade

Flávia Alarcon

A espiritualidade salesiana é semdúvida um dos grandes diferenciais daeducação oferecida pela UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB). Ela estápresente de várias formas como, porexemplo, as freqüentes missas, os encon-tros para jovens, as capelas, a presençados padres entre os acadêmicos e atémesmo em crucifixos e imagens existen-tes nas salas de aula e em vários pontosdo campus.

A Pastoral da Universidade é granderesponsável para que o espírito salesia-no seja mantido no meio acadêmico. “Oque caracteriza a pastoral são os ambi-entes de aproximação com Deus; temosa função de levar ao jovem a mensagemde alegria e amor de Dom Bosco, mos-trar um Deus muito mais amigo”, expli-ca Willian Américo dos Santos, de 25anos, que trabalha no setor.

Dom Bosco foi o idealizador do sis-tema preventivo em educação, basea-do na razão, na religião e na bondade.

Sua grande herança pedagógica vemsendo transmitida pelo mundo inteiroem diversas escolas e universidades.“Prometi a Deus que até o meu últimosuspiro seria pelos jovens”, dizia ogrande mestre e pai da juventude, quemotivou toda a sua missão e o desen-volvimento de seu carisma. “Basta quesejais jovens, para que eu vos ame”,afirmava Dom Bosco.

Seguindo o exemplo de seu funda-dor, os salesianos procuram proporcio-nar aos acadêmicos atividades religiosascomo a missa, realizada diariamente nasala da pastoral e às quintas-feiras noauditório do bloco A. O Grupo de Ora-ção Universitário (GOU), que se reúnesemanalmente durante o intervalo do pe-ríodo noturno e é organizado por acadê-micos ligados à Renovação CarismáticaCatólica, também é um exemplo da reli-giosidade encontrada na universidade,assim como os retiros para alunos, pro-fessores e funcionários que acontecemdiversas vezes por ano.

Os padres também buscam ser pre-

sença constante junto aos alunos da ins-tituição. Não é raro ver um sacerdotecaminhando pelos blocos da UCDB, ob-servando e conversando com os alunos.João Vitor Ortiz, de 21 anos, estudantede Filosofia e Salesiano de Dom Bosco,acredita que o contato dos padres comos acadêmicos faz a diferença. “A pre-sença salesiana na universidade é dife-rente. Os alunos querem e acabam ten-do experiência com os salesianos. Exis-te mais proximidade entre os superiorese os acadêmicos”. Essa aproximação énotada pelos alunos. “Até mesmo o rei-tor está por perto dos acadêmicos; elevive andando por aí e todo mundo jáviu o rosto dele pelo menos uma vez”,comenta Giovanni Sérgio Dolabani Lei-te, 21 anos, estudante de Publicidade ePropaganda. Ele ainda ressalta o fato dea religião não ser uma determinação dauniversidade, mas uma das formas de

instruir os jovens: “A institui-ção respeita as diferenças, nãoimpõe o que ela acredita, masdeixa fluir isso da pessoa”, pon-dera.

É objetivo da UCDB formar bonscristãos, honestos cidadãos e pro-fissionais competentes. O sistemapreventivo de Dom Bosco atrelado auma educação de qualidade faz comque esse objetivo seja alcançado comêxito e o ideal de vida de Dom Boscoseja mantido. A acadêmica de En-fermagem Jackeline Pires Gonçalves,de 23 anos, acredita que nesses fa-tores está o grande diferencial da Ca-tólica. “É uma faculdade de ensinobom, bons materiais, profissionaisespecializados e que, além de ver olado profissional busca o lado espi-ritual, vendo o ser humano numtodo, encaminhando-o para o cres-cimento”, analisa.

F é - Espaço para a reza e a reflexão cristã

Dom Bosco

Foto: Flávia Laís

Foto: Flávia Laís

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S08

Foto: Paula Maciulevicius

Paula Maciulevicius

“Formar bons cristãos, hones-tos cidadãos e profissionais com-petentes”, usando as palavras deDom Bosco, este é o objetivo daUniversidade Católica Dom Bosco(UCDB), que para isso conta com43 cursos nas áreas de biológicas,exatas e humanas, nos campus deCampo Grande e São Gabriel doOeste.

A UCDB oferece os mais varia-dos cursos, visando à formação deprofissionais em todas as áreas doconhecimento, possibilitando as-sim a interdisciplinaridade entreos acadêmicos, definida pelo pro-fessor mestre Emerson AllanBaptista como o diferencial da ins-tituição, “que contempla a impor-

as e cidadãosFormando

Ensino

D e b a t e - Alunos de Comunicação Social participam de palestra; eles fazem parte dos acadêmicos distribuídos em 43 cursos oferecidos pela Universidade Católica

tância desta interdisciplinaridade, fa-tor determinante na formação do pro-fissional”, explica o professor.

Para compor a variedade nos cur-sos oferecidos pela UCDB estão: Ad-ministração, Administração de Agro-negócios, Administração de Coopera-tiva e Empresas Rurais, Administra-ção Pública, Administração – Comér-cio Exterior, Agronomia, Biologia, Ci-ências Contábeis, Ciências Econômi-cas, Design, Direito, Educação Física,Enfermagem, Engenharia da Compu-tação, Engenharia Mecânica, Engenha-ria Mecatrônica, Engenharia Sanitáriae Ambiental, Farmácia, Filosofia, Fi-sioterapia, Fonoaudiologia, Geografia,História, Jornalismo, Letras, Medici-na Veterinária, Nutrição, Pedagogia,Pedagogia – Normal Superior – Licen-ciatura em Séries Iniciais, Pedagogia

– Administração Escolar – SupervisãoEscolar, Psicologia, Publicidade e Pro-paganda, Rádio e TV, Serviço Social,Sistemas de Informação, Tecnologia emAnálise e Desenvolvimento de Siste-mas, Tecnologia em Gestão Ambien-tal, Tecnologia em Gestão Pública, Tec-nologia em Negócios Imobiliários, Tec-nologia em Redes de Computadores,Terapia Ocupacional, Turismo eZootecnia.

Além de proporcionar a interdis-ciplinaridade por meio da vasta quan-tidade de cursos, a Universidade com-pleta este fator, recebendointercambistas como o estudante deRelações Internacionais da BrownUniversity – Estados Unidos, David

Bronfman, de 23 anos, “Na sociedadeestá tudo interligado, quero entendero organismo e prevenção, vou ao cur-so de Fisioterapia, para saber das pes-soas; no meio-ambiente, vou à Biolo-gia. Por fim, para saber lidar com aspolíticas públicas para ligar à saúde,vou ao Jornalismo; dependendo doque se quer, precisa buscar além”, res-salta o americano David.

É a “possibilidade de transitar nasdiversas disciplinas”, como diz o Pro-fessor Mestre Emerson, e pela varie-dade nas opções que “transferi de Ge-ografia para Veterinária e entrei dire-to no 2º semestre”, conta o acadêmi-co Arthur Gabriel Sant’ana, de 19anos.

cristãosInstituição forma profissionais em diversas áreas

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

09Foto: arquivo Assessoria Imprensa UCDB

Gabriela Paniago

Combinação de tecnologia e educa-ção. Foi assim que nasceu o sistema deeducação a distância na UniversidadeCatólica Dom Bosco, implantada em2005 com o intuito de aprimorar o pro-cesso pedagógico da instituição, inclu-indo na sociedade as possibilidades tec-nológicas que a modalidade oferece. Oprocesso durou mais de um ano, gru-pos de pessoas vinham estudando paraa mudança.

Credenciado às solicitações do MEC,atualmente a UCDB possui nove cursosà distância sendo eles de graduação epós-graduação. Há quatro anos atuandona vida acadêmica, as matérias viainternet são aceitas pelos alunos. IsisTonete, de 18 anos, cursa Publicidade ePropaganda e já teve três matérias à dis-tância. Ela afirma que a vantagem des-sas aulas é o tempo maior para se dedi-car às matérias e ainda no conforto desua casa, podendo realizar no horárioque tiver disponibilidade. “É tudo pelainternet, temos apenas uma aula presen-cial por mês, que vale meio ponto, e asprovas. Desta forma posso me organizarconforme minhas outras atividades”, afir-ma a acadêmica.

Administração, Ciências Contábeis,entre outros, são os cursos que compõema área de graduação oferecida pela uni-versidade. Para a inscrição, o interessa-do encaminha os documentos necessá-rios para a posterior análise e seleção.Segundo a supervisora da tutoria, EvaDiana de Araújo, de 29 anos, os tutoresdo ambiente virtual passam por umapreparação didática especial para a adap-tação das atividades para a internet.Após a elaboração das apostilas e mate-rial pelos professores, as mesmas são ana-lisadas por uma equipe de design para

EducaçãoCursos por meios tecnológicos

Inovação

distânciaa

Na tela - Video-conferências são algumas das estratégias utilizadas para o contato entre professores e alunos no EAD

serem lançadas.No ambiente virtual, além do con-

teúdo on-line, há também vídeo, aulasgravadas pelos tutores, fórum, chat e pro-vas presenciais. Na grade dos acadêmi-cos pode-se encontrar matérias comoCultura Teológica, Metodologia Cientí-fica, Doutrina Social Cristã e para o cur-so de Direito, Estudo dos Clássicos, àdistância.

A professora da disciplina EAD,Maria Cristina Lima, de 41 anos, infor-mou que a UCDB iniciou o processo deeducação a distância pela graduação, um

pouco diferente dos outros lo-cais, mas sempre priorizando amediação (aluno/professor) e ainteração. “A Universidade nãodeseja que os alunos estudemsozinhos. Alguns que têm mais in-formação sobre a modalidade aca-bam gostando da maneira como fun-ciona, outros que acreditam na faci-lidade desses cursos, se deparamcom conflitos, pois quem estuda viainternet necessita de uma organiza-ção maior para se dedicar correta-mente”, conclui Maria Cristina.

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S10

HOSPITALAtendimento veterinário da Universidade é o unico do Mato Grosso do Sul com Laboratório de Fecundação in Vitro

Saúde Animal

referência

C u i d a d o s - Animais de pequeno porte, como o cachorro, estão entre os atendidospelo setor

Foto: Natália Tavares

Ana Laura Sandim

O Hospital Veterinário da Uni-versidade Católica Dom Bosco(UCDB), fundado em 25 de setem-

bro de 2005 é referência emeducação em Mato Grosso doSul e também no Centro Oeste,segundo o Ministério de Edu-cação e Cultura (MEC). Desta-ca-se por ser o único hospitalveterinário do Estado que temlaboratório de Fecundação InVitro (FIV).

Oferece também serviçoscomo clínica e cirurgia para ani-mais de pequeno, médio e gran-de porte, diagnóstico por ima-gem, raio x, ultra-som, eletro-cardiograma, exames laboratori-ais, exames necroscópicos, exa-mes histopatológicos, serviços

também na área de reprodução,inseminação e transferência de embrião.

Funciona de domingo a domingo, 24horas por dia. Atende animais de peque-no, médio e grande porte, animais sil-vestres e também tem convênio com aPolícia do Exército (PE) e Companhia In-dependente de Gerenciamento de Crisese Operações Especiais (CIGCOE).

É composto por 29 funcionários e 38estagiários. Rogério Rezende Untem, aca-dêmico do 8º semestre de Medicina Ve-terinária é um dos estudantes que tem apossibilidade de aprimorar as técnicasapreendidas em sala de aula. “Fazer es-tágio aqui, vai ser melhor para o meucurrículo”, afirma. O mesmo sente o aca-dêmico João de Souza Guerra Neto, do8º semestre de Medicina Veterinária, quetambém é estagiário no hospital. “Aquieu coloco em prática todo o conhecimen-to adquirido na teoria.”

no Centro- Oeste

Renata Volpe

Existem mais de 1000 comuni-dades falando sobre a Universida-de Católica Dom Bosco (UCDB), noOrkut, site de relacionamentos nainternet. Nestes grupos virtuais osestudantes interagem e trocam refle-xões sobre os cursos que fazem.Egressos da instituição também uti-lizam o site para relembrar os bonsmomentos que passaram nas salase pátios da UCDB.

No orkut, pode-se criar váriascomunidades mostrando opiniões eo que geralmente as pessoas fazemno cotidiano, entre outras coisas. Asmais comuns são: “Eu já passei friona UCDB” com 716 membros, “Bos-que UCDB” com 590 integrantes, e“Posto UCDB” com 504 participan-tes.

Algumas pessoas relatam que aCatólica, por estar em uma parte altada cidade é muita fria e participamda comunidade. Até mesmo quemnão é acadêmico diz que já passoufrio. “Eu fui fazer o concurso doBanco do Brasil e passei a tarde toda,quando cheguei estava um calor in-suportável, e nem pensei em blusade frio, mas quando foi escurecen-do a universidade estava congelan-

te”, relata Aline Ingrid Hirama. BeatrizFerelli, acadêmica do curso de Publici-dade e Propaganda, diz que o bosque émuito gelado e acaba esfriando mais ain-da a UCDB, e fora os corredores que sãogelados.

O posto de combustível que fica prati-camente ao lado da faculdade é muito fre-qüentando pelos alunos, principalmenteàs sexta-feiras onde o pessoal se reúne para

Internautas conectados com a Católica

conversar e beber. Douglas Ortega semprese junta aos amigos e fica horas conver-sando. “Por ser perto da universidade agalera toda vem pra cá. Fica mais compli-cado se for pra outro lugar, aí todo mundovem beber aqui’, afirma.

Existe também a comunidade doLabcom, que abriga os acadêmicos de co-municação social e professores da área,a comunidade tem 180 participantes.

N a r e d e - Página da comunidade virtual Orkut debate as ações da instituição

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

11

Edeusa Centurião

Quem acha que a vida de todos os uni-versitários são alguns trabalhos e muitasfestas, está enganado. Existem acadêmi-cos que praticamente “moram na UCDB”.Chegam cedo, estudam, almoçam, ma-lham, trabalham e saem da faculdade àsvezes só a noite.

Como é o caso das amigas e acadêmi-cas do curso de Biologia da UCDB, GiseleFurini Vergílio, de 19 anos e PollianyFreitas, de 18 anos, que não trocariam oque fazem por nada. “Faço tudo com amor,gosto do que faço, às vezes ficamos atémais tarde, alem do combinado”, explicaPolliany.

Ainda com toda essa correria, elas ar-

as na UCDB!ELESEstudantes passam maior parte da rotina diária no campus

Dedicação

moram

D u p l a - Gisele e Polliany chegam cedo à UCDB e vão embora à noite

ranjam tempo para fazer exercícios físicosna Academia- Escola da UCDB. “Emboracanse com essa rotina, tenho tempo paramalhar, o que é muito bom para a saúde”,comenta Gisele.

A dupla trabalha no biotério, onde cui-dam de serpentes, fazem exposições emfeiras científicas dessas espécies. “É a pro-fissão que escolhi, por isso amo estar emcontato com esses animais, não meço es-forços para estar na faculdade”, afirmaGisele.

Por mais que pareçam, elas não são oque alguns alunos diriam “nerds”. Elas sedivertem , saem quando podem. “Vamosnas festas da nossas salas, churrascos,vamos a shows, às vezes a barzinhos. So-mos como todos os outros alunos, apenas

temos algumas responsabilidades a mais”,esclarecem as acadêmicas.

E alguns acadêmicos que já passarampor isso demonstram que, apesar da roti-na cansativa, sentem saudades desse mun-do de conquista de experiências, como éo caso da universitária Valeska Medeiros,de 19 anos, que estagiou durante um ano

Leonardo Cabral

Pierre Velas, formado em Direito naFrança, foi quem desenvolveu juntocom estagiários, um programa focadopara levar aos idosos projetos para queeles pudessem se interar com a socie-dade novamente. Após estas conclu-sões, em 1998, foi aceita esta receptivi-dade do programa em Campo Grande.A Universidade Católica Dom Bosco(UCDB) aceitou a Universidade da Me-lhor Idade (UMI), que é a primeira uni-versidade da terceira idade na Capitalde Mato Grosso do Sul. A UMI visa odesenvolvimento social dos idosos queparticipam do programa. São oferecidoscursos como inglês, espanhol, informá-tica e até mesmo aulas para aprender aexercitar o corpo.

Além destes programas, a UMI es-tuda o envelhecimento do corpo hu-mano, que ajuda a identificar e preve-nir os idosos. Quem participa deste pro-grama são pessoas acima de 45 anos,sem limite de idade para poder ingres-sar dentro de uma universidade”, afir-ma a coordenadora da UMI, LeinerMaura Alves de Vieira. São dados vári-os programas para os alunos, e eles po-dem escolher o que eles querem fazer,

fazendo parte da sociedade”,afirma acoordenadora.

Os programas oferecidos têm du-ração de dois anos, mas aquelas pes-soas que já concluíram o curso po-

claro que tudo é com acompanhamen-to médico, porque além de buscar oconhecimento, a universidade temcomo objetivo dar a oportunidade paraestas pessoas em se sentirem novamente

“Encontrei força para voltar a viver”dem ficar participando de outrosprojetos de capacitação a seremoferecidos para as turmas que es-tão começando. Este é o caso dosenhor Heraldo Ferreira, que estána UMI há dois anos e três me-ses. Ele já está concluindo seuscursos e pretende continuar nauniversidade. “Quando eu entreina UMI eu tinha acabado de per-der uma pessoa muito especialem minha vida, a minha esposa,então com a perda dela me sentiamuito só, claro que na companhiados filhos, foi aí que encontreina UMI a força para poder voltara viver”, diz seu Heraldo. Na opi-nião dele a Universidade da Me-lhor Idade é um hospital que nãocura braços, pernas, cabeças que-bradas ou qualquer outra dor fí-sica, mas cura a dor que eles sen-tem na alma. “Nos ensina a vivernovamente, me sinto como se nas-cesse de novo, sinto em mim for-ças que sentia em minha juven-tude. Além de nos sentirmosúteis, a UMI nos passa novosensinamentos que na nossa ju-ventude não tínhamos”, relata oacadêmico.

e dois meses na Católica. “Ape-sar de toda correria para concili-ar os estudos com o estágio hojeem dia sinto falta dessa rotina,pois foi uma das melhores épo-cas para adquirir experiência naminha futura área de atuação pro-fissional”, enfatiza.

Pa l c o - Acadêmicos da Universidade da Melhor Idade em cena de peça teatral

Foto: Arquivo UMI

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S12

I n í c i o - Terreno do campus da UCDB antes do início da construção

O b r a - Máquinas abrem espaço para o que se tornará o campus da UCDB

Q u a l i d a d e - Maquete do campus Tamandaré mostra a grandiosidade na infra-estrutura, co

I n f r a - e s t r u t u r a - Laboratórios da instituição ainda na fase de construção

A n t i g a - Construção dos prédios já em fase adiantada na década de noventa

P r é d i o s - Bloco Administrativo ainda em construção no início dos anos noventaC o m e ç o - Estacionamentos da Universidade Católica antes da arborização

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

13

onsiderada uma das melhores do Centro-Oeste

P r i m e i r a - Universidade Católica Dom Bosco é a melhor instituição particular de ensino superior do Estado, conforme classificação do índice geral de cursos do MEC

R á d i o - Antena da FM UCDB 91,5

E c o l ó g i c a - Harmonia com o verde M i n i - c i d a d e - Cerca de dez mil pessoas chegam à UCDB todos os dias

D i s c e n t e s - Diariamente mais de oito mil acadêmicos de 43 cursos de graduação passam pela Universidade Católica

Fotos: Arquivo Assessoria de Imprensa UCDB

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S14

FM UCDB 91,5

Nas ondas

Alterações na programação musical da rádio conquistaram jovens universitários da instituição elevando audiência

conquistamercado

A m o r - Formada na primeira turma de jornalismo da UCDB, a locutora Vivian Krajewski mantém relação de amizade com o ouvinte

Laura Santi

Comemorando os 15 anos daUniversidade Católica Dom Bosco(UCDB), devemos lembrar das fun-

dações que auxiliam no cres-cimento da instituição, comoa Rádio FM 91,5 UCDB. Cria-da em dezembro de 2001, a rá-dio já passou por mudançastanto no estilo musical trans-mitido como em seu públicoalvo.

Hoje, a rádio é dirigida pelojornalista Pio Lopes, que está naadministração há dois anos. Odiretor conta que por ser umafundação da universidade, estáinserido na programação o Rá-dio Em Foco, um programa demeia hora onde os acadêmicosde Jornalismo podem ter um con-tato com esta área. “O curso dePublicidade e Propaganda parti-cipa com os comerciais veicula-dos durante a programação, já

Rádio e TV ajuda com projetos”,conta o diretor da rádio.

Sobre as mudanças pelas quaisa rádio passou, Lopes diz que aprincipal foi no estilo musical to-cado antigamente, que atingia opúblico de maior idade. Porém eranecessário que a rádio chamasse aatenção de seus universitários.Para essa alteração, a rádio teve quediversificar os estilos musicais,partindo do sertanejo ao rock.

A modificação ocorrida na FMUCDB obteve ajuda da Rádio Me-tropolitana de São Paulo, que au-xilia na programação, principal-mente na plástica da emissora, ouseja, nas vinhetas. “Essa alteraçãona rádio fez com que entrássemospara disputar audiência no mer-cado”, relata Lopes ao dizer que aaudiência cresceu com as altera-

ções. A equipe que faz a Rádio FM 91,5UCDB funcionar é formada pela admi-nistração, locutores, programadoresmusicais e técnicos.

Acadêmico do 8º semestre do cursode Comunicação Social – Rádio e TV,Anderson Reinheimer, de 28 anos, contaque já participou de duas formas naRádio FM 91,5 UCDB. A primeira foiem uma rádio-novela, projeto do Nú-cleo de Rádio e TV, já a outra foi comoentrevistado. Em relação à programação,

o acadêmico sugere que “poderia me-lhorar com programas mais interativos”e que a rádio poderia dar um espaçomaior para a música regional, melhordizendo, para os músicos daqui.

Formanda da primeira turma de Jor-nalismo da UCDB em 2002, VivianKrajewski, de 27 anos, atua na RádioFM 91,5 há sete anos. A radialista ejornalista entrou na rádio por meio doestágio da universidade e desde entãocontinua como locutora das programa-

ções. “Sou apaixonada pela rádio, elaé a TV com imaginação”, confessaVivian.

Jornalista por profissão, locutora decoração, Vivian conta que trabalhar narádio é muito bom, que o carinho queos ouvintes transmitem a ela é incrí-vel. “Tem dias que alguns ouvintes meligam e perguntam o que aconteceu”,diz a radialista sobre quando os ou-vintes notam a diferença de seu humorpela voz.

Foto: Laura Santi

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S

1515

Alegria

Evento

integração

Para comemorar os 15 anos da UCDB foi realizada uma Gincana cultural e esportiva entre os estudantes da Católica

e conhecimentoHaryon Caetano

Comemorando 15 anos desde a sua fun-dação em 27 de outubro de 1993, acadê-micos da Universidade Católica DomBosco (UCDB) participaram da “GincanaEsportiva e do Conhecimento” na manhãda última terça-feira (28). Cerca de 800 aca-dêmicos prestigiaram o evento estava di-vidido em duas etapas, sendo que a pri-meira teve início no dia 24 com a doaçãode sangue por parte dos participantes dasequipes envolvidas na disputa.

Além do espírito saudável de com-petição e participação, os acadêmicostambém foram motivados pelo prêmiode R$ 1.000,00 dado ao primeiro lu-gar. Oito equipes se inscreveram sen-do elas dos cursos de Biologia, Fisio-terapia, Educação Física, Jornalismo,Publicidade e Propaganda, Psicologia,Nutrição e Enfermagem. Cada equipepodia ter até 50 participantes. “O even-to foi muito bem organizado e pude-mos observar um envolvimento geral,isso é muito gratificante”, afirma Nor-

ma Rejane dos Santos Ribas, coordena-dora do Curso de Educação Física.

Vencendo com 11.580 pontos, aequipe de Biologia sagrou-se campeã elevou o primeiro prêmio. Ganhadoresdos segundo e terceiro lugares tambémreceberam prêmios no valor de R$500,00e R$ 250,00, foram eles a equipe do cur-so de Educação Física (9.258 pontos) eFisioterapia (4.820 pontos) respectiva-mente.

Na primeira etapa da Gincana, comvalidade até o dia 24, houve provas

como a da solidariedade, com do-ações de alimentos, materiais es-colares, roupas e também doaçãode sangue. Na terça a Gincana ini-ciou-se com provas físicas, sendoelas chute ao gol, confecção depipas, nado na piscina e arre-messo de tiro livre (basquete).

Em seguida foi realizada aprova da performance, em queos competidores apresentaramuma paródia em comemoraçãoaos 15 anos da UCDB.

A l e g r i a - Gincana foi marcada por animação e integração dos acadêmicos

Ve s t e s - Equipes formadas por até 50 estudantes estavam uniformizadas

C r i a t i v o s - Acadêmico participa de prova da Paródia sobre os 15 anos da UCDB C a m p e ã - Equipe da Biologia recebe cheque de mil reais após vencer a gincana

CA

MP

O G

RA

ND

E -

OU

TU

BR

O D

E 2

008

EM

FO

CO

UC

DB

15 A

NO

S16

CLÍNICAS

Graduação

Além de garantir o aprenizado dos acadêmicos, a população pode contar com serviços como Psicologia e Fisioterapia

oferecemsaúde de GRAÇA

Foto: Paula Vitorino

Paula Vitorino

Serviços nas áreas de Psicolo-gia, Nutrição, Fonoaudiologia, Te-rapia Ocupacional (TO) e Fisiote-rapia são oferecidos todos os diaspelas Clínicas da Universidade Ca-tólica Dom Bosco (UCDB) gratuita-mente a toda comunidade campo-grandense. Pacientes de todas asregiões de Campo Grande passamdiariamente pela instituição e nes-tes 15 anos querem comemorar jun-tos com a Universidade.

A salgadeira Nair Fernandes, de43 anos, duas vezes por semana trazsua filha para tratamento na clíni-ca, desde que ela nasceu. WanessaFernandes, de seis anos, nasceucom Esquizencefalia, uma má for-mação no cérebro, que acontece ain-da na gravidez e precisa de acom-panhamento fonoaudiológico, TOe fisioterapia para ajudar no seu de-senvolvimento. “Desde que come-çou na clínica ela evoluiu muito.Voltou a andar, melhorou a fala”.Dona Nair, logo que Wanessa nas-ceu, tinha convênio médico parti-cular oferecido pela empresa ondetrabalhava, mas ficou sem o con-vênio e precisou procurar o aten-dimento público e então ficou co-nhecendo a Clínica UCDB. “Nãoteve perda no rendimento dela,depois que saiu do particular e veio

para cá. Ela gosta de vir, é bem atendi-da pelas meninas”.

A irmã de dona Zelaia Moreira, 40anos, professora da rede pública já co-nhecia os serviços da Clínica, pois ti-nha encaminhado alguns alunos parao local. Dona Zelaia já havia passadopor alguns postos de saúde. Ela e a fi-lha Lais Moreira, 6 anos, tinham reco-mendações médicas para perder pesoe esperavam por vaga há mais de umano. “Pegava encaminhamento e nãoconseguia vaga, aí acabava desistindo.Se não fosse por aqui ainda estaria es-perando por uma vaga”. Ela procuroua clínica com encaminhamento do postode saúde e na mesma semana já conse-guiu ser atendida. “Aqui é melhor,mais rápido”. Ela e a filha, em um mêsde acompanhamento com a nutricio-nista, já perderam 2 quilos. Laís, umavez por semana, também recebe acom-panhamento psicológico, por indicaçãomédica, para diminuir a irritação e onervoso.

Em 2001, as Clínicas dentro daUCDB foram inauguradas. Antes elasfuncionavam em prédios alugados pró-ximos ao centro da cidade. Segundo ocoordenador geral da Clínica, MarcoAntonio Veronese, em média, mais de300 pessoas são atendidas mensalmen-te pela graduação em cada área das Clí-nicas. Os pacientes que procuram o lo-cal espontaneamente pelo atendimentofilantrópico são atendidos pelos acadê-

micos do 4º ano de cada área, supervi-sionados pelos professores. As Clíni-cas também mantêm convênio com oSistema Único de Saúde (SUS), onde opaciente é encaminhado para atendi-mento através dos postos de saúde paraatendimento nas seguintes áreas: Tera-pia Ocupacional, Fisioterapia e SaúdeAuditiva (este tendo parceria com to-dos os municípios do Estado). Nessescasos, os pacientes são atendidos porprofissionais formados e ex-egressos daUniversidade. “A UCDB acredita nos ex-alunos e se preocupa com o primeiroemprego.Nessa parceria com o SUS, aUCDB ganha na preparação do seu aca-dêmico para o mercado, pois ele sairáda faculdade com a noção do trabalhocom a saúde pública”, afirma Veronese.

A partir do segundo ano os alunosjá podem fazer observação do atendi-mento pelos profissionais e ter um pri-meiro contato com o paciente. “No 4ºano o estágio é obrigatório e nós reali-zamos atendimento supervisionadopelos professores”, explica o acadêmi-co do 8ª semestre de FisioterapiaJuliano Renheimer, de 30 anos.

No trabalho realizado na Clínicauma parceria sem dúvida é fundamen-tal: os pais. Os acadêmicos e os paisconcordam que sem o trabalho contí-nuo dentro de casa e acompanhamen-to pelos pais, todo trabalho seria maiscomplicado. Mauro José Mascarenhas,42 anos, e a mulher, três vezes por se-

mana saem do trabalho para levar a fi-lha Riane de Arruda, de 5 anos até asClínicas. Riane aos três meses sofreuum acidente de carro e teve paralisiacerebral e hidrocefalia. A fisioterapiajunto com a hidrocinésioterapia (fisio-terapia na água) e a TO, voltadas paraa neurologia, são fundamentais para odesenvolvimento de Riane. “Ela preci-sava fazer fono também, mas falta tem-po, porque eu e a mãe dela temos quesair do trabalho para vir trazê-la. Osdois têm que vir porque é preciso cui-dar para que ela não se machuque”, dizMauro sobre a rotina do tratamento. Hádois anos Riane é atendida pela Clíni-ca. “Antes nós íamos em outra insti-tuição que oferecia o tratamento gratui-to também, mas aí fomos aconselhadosa procurar aqui, porque teríamos apossibilidade de mais recursos e umtratamento especializado”. O casal co-memora o desenvolvimento da filhacom o tratamento oferecido na UCDB.“Ela ainda não fala, não anda, mas aevolução foi muito grande. A parte depercepção e motora dela evoluiu nes-ses dois anos. O controle da cabeça.Osresultados são vivíveis”, vibram ospais.

“A dedicação dos alunos que cui-dam dela, do cuidado deles com os pa-cientes faz o diferencial. Mas o trata-mento não termina aqui, continua emcasa. O carinho dos pais é fundamen-tal”, finaliza o pai.

C o n f i a n ç a - Acadêmicos da UCDB auxiliam pacientes em exercícios na água P r o c u r a - Mais de 300 pessoas são atendidas mensalmente em cada área

Foto: Paula Vitorino