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ÓRGÃO OFICIAL DO SINDICATO DOS AUXILIARES DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO VII - Nº 66 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA - Agosto 2009 Sindicato dos Auxiliares de Administraçăo Escolar do Estado do Rio de Janeiro www.saaerj.org.br Elles Carneiro Editorial Alerta: Ministério Público e Justiça do Trabalho agem contra o trabalhador e querem destruir os Sindicatos Se os sindicatos forem fracos, como você acha que será o trabalhador? Elles Carneiro Presidente do SAAE-RJ É impressionante o que nós, líde- res sindicais legitimamente elei- tos, estamos presenciando tan- to no Ministério Público quanto na chamada Justiça do Trabalho e, pior ainda, o que isso significa para toda a classe trabalhadora brasileira. Não bastassem as enormes dificul- dades que já enfrentamos com os em- pregadores - descumprimento da le- gislação trabalhista, descumprimento da convenção coletiva, manipulação contra o sindicato - agora o MP dirige seus esforços para alertar a classe pa- tronal que o desconto assistencial em favor do sindicato não é obrigatório. Os empregadores, que aproveitam qualquer oportunidade para esmagar e destruir o poder de barganha dos sin- dicatos, se mobilizam imediatamente, chegando a liberar trabalhadores e a pagar passagens para que estes ve- nham aos sindicatos entregar cartinha contra o desconto. O Ministério do Trabalho se nega a fiscalizar o recolhimento, em favor dos Sindicatos, da contribuição sindi- cal, obrigatória e descontada em folha dos trabalhadores pelos empresários. Ou seja, você, trabalhador do colégio X, é descontado no seu contra-cheque pela contribuição sindical, mas o seu patrão não repassa esse dinheiro para o SAAE. O SAAE pede para o MTE fis- calizar e ele diz que não. Por quê? No- vamente para inviabilizar a saúde fi- nanceira das entidades e levar os sindi- catos a fecharem as portas e deixar os trabalhadores sem assistência. A Justiça por sua vez não tem pressa alguma em julgar as questões trabalhis- tas, deixando os tra- balhadores desam- parados e garantin- do a impunidade a milhares de maus patrões que não cum- prem suas obrigações. Hoje mesmo veio ao Sindicato uma companheira que tra- balhou na Creche Chapéu Mangueira, ela não recebeu seus direitos e há 6 anos espera por justiça. Como a creche é do município, este interpõe todos os recur- sos cabíveis e tem prazo especial. A companheira também tem outro pro- cesso pendente desde 2003, este referen- te a fundo de garantia. Neste caso, o SAAE expede ofícios, faz o que pode, mas o juiz da 13ª vara não tem prazo para despachar. O último ofício envia- do data de 19 de agosto de 2008, até hoje sem resposta. E o que ocorre com o trabalhador é o mesmo que ocorre com o sindicato. As universidades só recolhem o impos- to sindical depois que se entra na justi- ça, se sentem acima da lei, porque usam a justiça do trabalho. O pessoal da Cândido Mendes, por exemplo, deve desde 2003, mas o processo caiu numa vara em que o juiz é professor, se declarou impedido, demorou mais ainda. Agora é que foi para outra vara e parece que vai resolver. Eu me per- gunto: em que momento o poder ema- na do povo? Em que momento o povo se faz representar? Essa estratégia conjunta visa deli- beradamente des- truir os sindicatos e com isso deixar o trabalhador sem re- presentação, à mer- cê da vontade do patrão, para dar o que quiser, como e quando decidir, sem qualquer respei- to às necessidades e anseios daqueles que constroem o país. Mas nós não vamos cruzar os bra- ços não. Estamos nos articulando tam- bém com a Força Sindical e com as de- mais centrais para brigar no legislativo, para lutar pelo retorno da justiça social, com representação da sociedade, como era antigamente, que funcionava mui- to melhor. Contamos com você nessa luta. Não se deixe enganar trabalhador. O sindicato é o único que te defende, sai às ruas lutando por melhorias, rei- vindica cláusulas sociais nas conven- ções coletivas e fiscaliza os direitos tra- balhistas. Se os sindicatos forem fracos, como você acha que será o trabalhador? SAAE vai às ruas defender a jornada de 40 horas e outras reivindicações O Sindicato participou, ao lado da Força Sindical e demais centrais, da manifestação realizada no dia 14 de agosto, em pleno centro do Rio de Janeiro. A passeata reuniu milhares de trabalhadores, que seguiram pela Av. Rio Branco clamando pela jornada de 40 horas sem redução dos salári- os, contra o desemprego, pela ma- nutenção e pela melhoria dos direi- tos trabalhistas e por juros mais bai- xos. Elles Carneiro declarou: “Esse tipo de manifestação é muito impor- tante porque sensibiliza a sociedade para as dificuldades diárias dos tra- balhadores e ajuda a acordar os polí- ticos para os nossos problemas, ao in- vés de ficarem focados em disputa dentro do Senado ou coisa do gênero. Estamos propondo alternativas, esta- mos fazendo a nossa parte. Agora o govero tem que fazer a dele”. Na concentração, a diretoria do SAAE se pre- para para a passeata

ANO VII - Nº 66 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA - Agosto 2009 · ÓrgÃo oficial do sindicato dos auxiliares de administraÇÃo escolar do estado do rio de janeiro ano vii - nº 66 - distribuiÇÃo

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ÓRGÃO OFICIAL DO SINDICATO DOS AUXILIARES DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANO VII - Nº 66 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA - Agosto 2009

Sindicatodos Auxiliaresde AdministraçăoEscolardo Estadodo Rio de Janeiro

www.saa

erj.org.br

Elles Carneiro

Editorial

Alerta: Ministério Público e Justiça doTrabalho agem contra o trabalhador e

querem destruir os Sindicatos

Se os sindicatos foremfracos, como você achaque será o trabalhador?

Elles Carneiro

Presidente do SAAE-RJ

É impressionante o que nós, líde-res sindicais legitimamente elei- tos, estamos presenciando tan-

to no Ministério Público quanto nachamada Justiça do Trabalho e, piorainda, o que isso significa para toda aclasse trabalhadora brasileira.

Não bastassem as enormes dificul-dades que já enfrentamos com os em-pregadores - descumprimento da le-gislação trabalhista, descumprimentoda convenção coletiva, manipulaçãocontra o sindicato - agora o MP dirigeseus esforços para alertar a classe pa-tronal que o desconto assistencial emfavor do sindicato não é obrigatório.Os empregadores, que aproveitamqualquer oportunidade para esmagare destruir o poder de barganha dos sin-dicatos, se mobilizam imediatamente,chegando a liberar trabalhadores e apagar passagens para que estes ve-nham aos sindicatos entregar cartinhacontra o desconto.

O Ministério do Trabalho se negaa fiscalizar o recolhimento, em favordos Sindicatos, da contribuição sindi-cal, obrigatória e descontada em folhados trabalhadores pelos empresários.Ou seja, você, trabalhador do colégioX, é descontado no seu contra-chequepela contribuição sindical, mas o seupatrão não repassa esse dinheiro para

o SAAE. O SAAE pede para o MTE fis-calizar e ele diz que não. Por quê? No-vamente para inviabilizar a saúde fi-nanceira das entidades e levar os sindi-catos a fecharem as portas e deixar ostrabalhadores sem assistência.

A Justiça por suavez não tem pressaalguma em julgar asquestões trabalhis-tas, deixando os tra-balhadores desam-parados e garantin-do a impunidade amilhares de maus patrões que não cum-prem suas obrigações. Hoje mesmo veioao Sindicato uma companheira que tra-balhou na Creche Chapéu Mangueira,ela não recebeu seus direitos e há 6 anosespera por justiça. Como a creche é domunicípio, este interpõe todos os recur-sos cabíveis e tem prazo especial. Acompanheira também tem outro pro-cesso pendente desde 2003, este referen-te a fundo de garantia. Neste caso, oSAAE expede ofícios, faz o que pode,mas o juiz da 13ª vara não tem prazopara despachar. O último ofício envia-do data de 19 de agosto de 2008, até hojesem resposta.

E o que ocorre com o trabalhador éo mesmo que ocorre com o sindicato.As universidades só recolhem o impos-

to sindical depois que se entra na justi-ça, se sentem acima da lei, porqueusam a justiça do trabalho. O pessoalda Cândido Mendes, por exemplo,deve desde 2003, mas o processo caiunuma vara em que o juiz é professor,se declarou impedido, demorou maisainda. Agora é que foi para outra varae parece que vai resolver. Eu me per-gunto: em que momento o poder ema-na do povo? Em que momento o povose faz representar?

Essa estratégiaconjunta visa deli-beradamente des-truir os sindicatos ecom isso deixar otrabalhador sem re-presentação, à mer-cê da vontade do

patrão, para dar o que quiser, como equando decidir, sem qualquer respei-to às necessidades e anseios daquelesque constroem o país.

Mas nós não vamos cruzar os bra-ços não. Estamos nos articulando tam-bém com a Força Sindical e com as de-mais centrais para brigar no legislativo,para lutar pelo retorno da justiça social,com representação da sociedade, comoera antigamente, que funcionava mui-to melhor. Contamos com você nessaluta. Não se deixe enganar trabalhador.O sindicato é o único que te defende,sai às ruas lutando por melhorias, rei-vindica cláusulas sociais nas conven-ções coletivas e fiscaliza os direitos tra-balhistas. Se os sindicatos forem fracos,como você acha que será o trabalhador?

SAAE vai às ruas defender a jornada de 40 horas e outras reivindicações

O Sindicato participou, ao lado daForça Sindical e demais centrais,

da manifestação realizada no dia 14de agosto, em pleno centro do Rio deJaneiro. A passeata reuniu milhares detrabalhadores, que seguiram pela Av.Rio Branco clamando pela jornadade 40 horas sem redução dos salári-os, contra o desemprego, pela ma-nutenção e pela melhoria dos direi-tos trabalhistas e por juros mais bai-

xos. Elles Carneiro declarou: “Essetipo de manifestação é muito impor-tante porque sensibiliza a sociedadepara as dificuldades diárias dos tra-balhadores e ajuda a acordar os polí-ticos para os nossos problemas, ao in-vés de ficarem focados em disputadentro do Senado ou coisa do gênero.Estamos propondo alternativas, esta-mos fazendo a nossa parte. Agora ogovero tem que fazer a dele”.

Na concentração, a diretoria do SAAE se pre-para para a passeata

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2 SAAE-RJ Agosto/2009

Subsede de Caxiasganha novo endereço

Desde o dia 8 de junhoos associados do

SAAE-RJ que moram outrabalham em Caxias e ime-diações estão sendoatendidos na Av.Presidente Ken-nedy, 1995,grupo 304,bem perti-nho da rodo-viária de Ca-xias e da igre-ja de Santo An-tonio. O telefone e e-mail são os mesmos: 2771-7275 e [email protected] o atendimento acontecede segunda à sexta, das 9 às17:30h.

O diretor da delegaciacomemora: "Estamos muitofelizes com a nova subsedeporque aqui temos melhoresinstalações e podemos ofere-cer mais conforto aos associ-ados”, afirmou José Vitório.

A nova subsede ocupaum grupo de salas no edifí-cio Sul America e está debraços abertos para receberos associados, como JoséVitório faz questão de frisar: “Agora podemos realizarreuniões com funcionários,com o patronal, enfim, te-mos um bom local adequa-do a todo o trabalho sindi-cal. Convidamos os asso-ciados a conhecer sua novacasa em Caxias”.

SAAE integra ExecutivaNacional da Força Sindical

Durante o 6º Congresso da Força Sindical, realizadoem Praia Grande, dias 29, 30 e 31 de julho, Leni

Augusta dos Santos, diretora do SAAE-RJ, foi eleitamembro da Executiva Nacional da central sindical. Lenificará ainda responsável por organizar a participaçãoda mulher dentro da Força e já prepara seus planos:“Entendo que a mulher trabalhadora tem várias parti-cularidades. Ela agrega valores de família, alimenta-ção, seu adoecimento é diferente. Além disso, a lídersindical feminina também precisa de uma formação es-pecífica, para poder, por exemplo, debater os índicesinflacionários, os reajustes, dentro do contexto econô-mico-financeiro com conhecimento de causa”.

O Sindicato estáparticipando ativa-mente das reuniõespromovidas pelaForça dentro do Riode Janeiro. Ora opresidente e o dire-tor Celso Cruz estãopresentes, como naplenária estadual (foto), ora a diretora Leni e tambémas delegadas sindicais Gorete e Sandra, que partici-param por exemplo da reunião realizada no dia 11 deagosto, na qual se definiram as primeiras estratégiaspara a organização da mulher no Rio de Janeiro.

"Nossa filosofia é participar. Temos certeza que anossa participação dá mais peso à Força no estado eno país e com isso ganham todos os trabalhadores,

pois a união em tor-no dos sindicatos edas centrais é pri-mordial para váriaslutas conjuntas, comoa redução da jornadade trabalho, por exem-plo”, afirmou o dire-tor Celso Cruz.

Nas reuniões da Força no estado,Sindicato também marca presença

Entrada do edifício. Asubsede fica no 3º andar

A partir da esquerda, a coordenadora Rosa, o presidente da Força Sindical, de-putado Paulinho, e as diretoras do SAAE, Leni Augusta, Vera e Sandra Felix

Na plenária estadual, os sindicatos discutiram odescaso do Ministério Público

Em junho, o diretor José Vitório visitou o Colégio Me-morial, em Caxias, sendo recebido pela diretora

Lucimar. No dia 1º o atendimento foi direcionado aopessoal da creche, e no dia 2, foi a vez dos trabalhado-res do Colégio. “Como é hábito nosso, fomos divulgaro Sindicato e toda a gama de serviços que prestamosaos associados, como o atendimento jurídico, o SAAE-Saúde e os vários convênios que oferecemos. Aprovei-tamos também para explicar detalhes do Acordo Cole-tivo e distribuir nosso jornal”.

Colégio Memorial recebe Sindicato

Sala de espera

O diretor José Vitório e a secre-tária Célia

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3SAAE-RJAbril/2009

Obrigada a pagar em dia, UCPdemitiu delegada sindical

A Universidade Católica de Pe-trópolis, que só pagava ossalários no 10º dia útil e ain-

da não tinha quitado o 13º saláriode 2008, foi obrigada, após ação doSindicato, a regularizar essas pen-dências trabalhistas.

Inconformada com a atuação doSAAE, a UCP cometeu mais uma ir-regularidade: demitiu a delegadasindical, Andrea Blezer de Simas, oque é ilegal já que como represen-tante dos trabalhadores ela goza deestabilidade. O jurídico do Sindica-

to interveioe a delega-da foi limi-n a r m e n t ereintegrada.O vice-presi-dente Hélio Pen-na desabafa: “É inacreditávela conduta de alguns empresários,especialmente porque se trata deeducadores , que fazem o oposto doque pregam. Aviltam os direitosdos trabalhadores e ainda se a-cham certos.”

SAAE entra na justiçacontra UNIG

Sindicato quer exigircumprimento dos

direitos trabalhistas

Depois de esgotadas todas aspossibilidades de resolver ami-

gavelmente as irregularidades naUnig, o Sindicato solicitou fiscali-zação do Ministério do Trabalhopara o 13º atrasado, atraso contu-maz nos salários, não recolhimen-to do FGTS e pagamento irregulardo vale-transporte e também estáentrando na justiça.

Hélio Penna desabafa: “Fize-mos reuniões com a diretoria daUnig, duas assembleias específi-cas com os trabalhadores e atéuma manifestação na porta daUnig, em Nova Iguaçu, no dia 8de junho, mas não houve quórumpara pressionar a solução dos pro-blemas com rapidez. Agora de-pende da justiça. É uma pena quea participação dos funcionários te-nha sido tão tímida, hoje esses tra-balhadores poderiam estar emuma situação melhor”.

SAAE move processocontra a SEFLU

Após uma longa negociação quenão apresentou os resultados

desejados, o Sindicato entrou comação contra a Seflu, Faculdade deCiências Médicas e ParamédicasFluminense, para obrigar o estabe-lecimento de ensino a cumprir comsuas obrigações trabalhistas.

Depois disso o colégio apresen-tou uma proposta ao Sindicato,como explica Hélio Penna: “Nossojurídico está analisando a propostaenviada pela Seflu, para resguardaros direitos dos trabalhadores. Penaque a proposta tenha sido encami-nhada só agora, quando já recorre-mos à justiça”.

Faculdade agoraapresenta contra-proposta

E s t a m o sfelizes com aparticipaçãodos trabalha-dores da Es-tácio na as-sembleia deste ano, que quintupli-cou em relação ao ano anterior. Maisde 300 pessoas encheram o Sindica-to e o resultado veio no bom acordonegociado.

A representa-ção econômicadas Instituiçõesde Ensino Supe-rior não é legíti-

ma porque contrata executivos ex-ternos para entrar na mesa de ne-gociação. Os contratados não avan-çam nas cláusulas sociais e se ne-gam a conceder o reajuste inflacio-nário de imediato.

Jurídico em ação

O SAAE-RJ saiu vitoriosonos dois precatórios quetêm com a UERJ: o Atrasa-

dão e Atrasadinho 1, totalizandocerca de R$ 20 milhões. Ambos sãoos primeiros da lista de pagamen-to da universidade, que já foi in-timada a pagar a dívida do Atra-

sadão em 48 horas, mas até agoranão cumpriu a decisão judicial.

O presidente do SAAE-RJ, EllesCarneiro, comenta: “Esse proces-so se arrastou durante anos, por-que a UERJ, como pertencente aogoverno, goza de prazos especiaisjunto à justiça, interpõe todos osrecursos, recorre em todas as ins-

Vitória na UERJ emcompasso de espera

tâncias, enfim, posterga comopode sua dívida. E mesmo agora,que não há mais como recorrer,encontramos outros obstáculos.Como a universidade não cum-priu o prazo de pagamento doAtrasadão, pedimos à juíza a pe-nhora dos bens da universidade,mas ela se negou e recomendouque fizéssemos essa solicitação aoPresidente do TRT, o que já fize-mos. Estamos em compasso de es-pera. As alternativas legais são obloqueio da conta, a penhora dosbens ou até a prisão do reitor. Va-mos ver que surpresas a justiça ain-da nos reserva”.

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Acordo com aEstácio conquistouvários benefíciosReajuste do vale alimentação foi expressivo

Na Estácio, o re-ajuste foi di-ferenciado,

dependendo da fai-xa salarial dos tra-balhadores. Para osque ganham até R$ 3 mil,o reajuste foi de 6,25% so-bre os salários de feverei-ro, sendo 3,25% pagos emmarço e 2,91% a serem qui-tados em dezembro desteano. Para quem recebe aci-ma desses valores o rea-juste foi transformado emvalores absolutos, sendoos salários acrescidos deR$ 97,50 no mês de marçoe de mais R$ 90,00 no mêsde dezembro. Todos os de-mais benefícios forammantidos, incluindo o anu-ênio deste ano, no percen-tual de 1%.

Os trabalhadores con-quistaram ainda um ex-pressivo aumento no valealimentação, que passou aR$ 70,00 mensais a partirde 1º de julho, um reajus-

4 SAAE-RJ Agosto/2009

te de quase 17%.Também a cláusu-la da bolsa de es-tudo foi melhora-da, chegando a ga-

rantir, dependendodo tempo de casa, a gra-tuidade integral até o fi-nal do curso mesmo na hi-pótese de demissão dofuncionário. Além disso,na Estácio foi obtida ga-rantia de pagamento dossalários até o 2º dia util domês seguinte.

Mais de 300 trabalha-dores participaram da as-sembleia convocada peloSAAE, que aprovou acontra-proposta da Está-cio. “Essa participaçãomaciça dos trabalhadoresfoi muito representativa.Além da proposta da Es-tácio, mais duas foram co-locadas em votação e a dauniversidade ganhou porapenas 23 votos”, enfati-zou o presidente do Sin-dicato, Elles Carneiro.

Acordos Coletivos

SAAE rechaça propostado 3º Grau

Seis meses. Esse é o tem-po que o Sindicato vem

tentando negociar o Acor-do Coletivo do 3º Grau,que este ano contratou em-presários de fora do setorpara representar os empre-gadores.

"A comissão paritáriada representação econô-mica é formada por execu-tivos contratados e 99%deles pertencem às insti-tuições de ensino de nívelsuperior em pior situaçãofinanceira dentro do Rio,muitas por força de mágestão, nada a ver com acrise. Todas já repassaramàs mensalidades seus rea-justes mas negam-se a re-por a inflação para o tra-balhador de uma vez só enão oferecem qualqueroutro benefício”, esclare-ceu Elles Carneiro. O pre-sidente do sindicato expli-cou ainda que a data-baseda categoria está garanti-da e que a hipótese doacordo ir a dissídio nãoexiste porque o patronal jádisse que não aceita. “Vi-vemos uma situação sur-real. Depois da emenda 45o dissídio só pode existir

se houver concordância deambas as partes, e o patro-nal, na ata da convocaçãopara a negociação, deixouregistrado em ata que nãoconcorda. Ficamos à mer-cê desta justiça.”

SINDICATO TENTAAUDIÊNCIA PÚBLICA

A situação dos auxili-ares de administração es-colar é a mesma dos pro-fessores, que tampoucoreceberam seu reajuste.“Estamos tentando umaaudiência pública parapressionar o fechamentodo acordo garantindo areposição integral da in-flação de uma única vez.Isso parece até trabalhoescravo, só que não dáibope na mída não”, cri-ticou Elles.

SAAE VEMFECHANDO ACOR-

DOS EM SEPARADOOutra alternativa que

vem sendo adotada peloSindicato para minimizaro problema é fechar acor-dos em separado, o que jáaconteceu com a Estácio,por exemplo.

Feso regulamentoutrabalho do menor aprendiz

O acordo com a Feso (Fundação Educacional Ser-ra dos órgãos) foi fechado com reposição integral da inflação, sendo o reajuste de 6,2485%

pago em três parcelas, nos meses de março, julho eoutubro de 2009. As bolsas de estudo foram manti-das assim como a estabilidade para quem está a umano de se aposentar e a estabilidade de 120 dias paraa empregada gestante, após o término do auxílio ma-ternidade. O trabalho do menor aprendiz também foiregulamentado e, após muita negociação, a FESOconcordou em manter o adicional por tempo de ser-viço a partir do próximo ano, no percentual de 0,5%ano ano.

Associação Salgadode Oliveira já normatizouo auxílio educação

Apesar das demais cláusu-las do acordo da Salgado

de Oliveira ainda não teremsido fechadas, em função do

impasse nas negociações do ter-ceiro grau, a cláusula aditiva refe-rente ao auxílio educação já foi nor-matizada. Ficou estabelecida emR$ 350,00 a contribuição que aASOEC dará aos auxiliares de ad-

ministração de Niterói e São Gonçalo que matricula-rem seus filhos em creches.

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5SAAE-RJAbril/2009

Sul Fluminense repõeinflação e mantém benefícios

Os trabalhadores obtive-ram 6,25% de reajuste so-

bre os salários de março emantiveram o quinquênio de5% e o reembolso das contri-buições ao INSS faltando até12 meses para a aposentado-ria, em caso de demissão semjusta causa de empregados hámais de cinco anos no estabelecimento de ensino.A gratuidade de ensino, incluindo dependentes,também foi garantida, assim como a licença re-munerada de 15 dias após dez anos de serviçosprestados.

Em Campos, reajusteincluiu ganho real

Os auxiliares de administração es-colar de Campos e região conse-

guiram a inflação integral mais 0,25% de ganho real,totalizando um reajuste de 6,25%. Mantiveram aindao triênio de 5%, a licença de sete dias por gala ou nojo,a garantia de emprego nos 12 meses que antecedem aaposentadoria, desde que o empregado esteja há maisde cinco anos no mesmo estabelecimento de ensino ea gratuidade de ensino integral para os trabalhadorese seus dependentes, obedecidos os critérios de tempode serviço.

Acordos Coletivos

Em São Gonçalo, bolsa de estudosintegral para associados

A Convenção Coletiva de SãoGonçalo garantiu reposição

salarial de 6,25%, equivalente àinflação integral do período, aosauxiliares de administração es-colar. O benefício da bolsa deestudo foi mantido, sendo quecom um diferencial. A bolsa, extensiva aos dependen-tes, será de 100% para os trabalhadores sindicaliza-dos que estejam há mais de um ano no estabelecimen-to de ensino. Para trabalhadores não sindicalizadoso benefício também existe, mas em percentual menor.

Triênio de 3%, licença de 9 dias por motivo degala ou nojo e reembolso das contribuições ao INSSfaltando até 12 meses para a aposentadoria, em casode demissão sem justa causa de empregados há maisde cinco anos no estabelecimento de ensino, forammantidos.

Niterói mantém gratuidadede ensino para sindicalizados

Além dos 6% de reajuste salarial sobre os vencimen-tos de fevereiro de 2009, percentual equivalente a

inflação integral do período, Niterói e região garanti-ram a gratuidade de ensino integral aos trabalhadoressindicalizados que estejam no mesmo estabelecimentode ensino há mais de dois anos. Os dependentes tam-bém têm direito ao benefício, em percentuais diferenci-ados. Mantidos também o triênio de 3%, a licença desete dias por gala ou nojo e a garantia de emprego nos12 meses que antecedem a aposentadoria, desde que oempregado esteja há mais de cinco anos no mesmo es-tabelecimento de ensino.

Sindicato participa da implementaçãodo plano de cargos e salários na PUC

A implantação do planode cargos, carreiras e

salários na PUC está sendotratada com a seriedade queo assunto merece, e com aparticipação do Sindicato eda Associação de funcioná-rios em todos os níveis.

A diretoria do SAAE jáparticipou de várias reuni-ões, inclusive da principal,que contou com a presençado vice reitor comunitário,Prof. Augusto Luiz DuarteLopes Sampaio, do vice-rei-tor administrativo, Prof. LuizCarlos Scavarda do Carmo eda superintentende de Re-cursos Humanos, MarisaMoreira Espindola. “Fica-mos satisfeitos com o resul-tado dessa reunião com oalto escalão da PUC. Pude-mos discutir com conheci-mento técnico, de igual paraigual, e garantimos que, apósa finalização dos trabalhos,o plano de cargos e saláriosserá depositado no Ministé-rio do Trabalho”, afirmouElles Carneiro.

A diretora Leni Augustacomplementou: “Mais doque qualquer coisa, o que acategoria quer é participar

““Quando a categoriaparticipa em massa,

sempre se ganha

Elles Carneiro

Presidente do SAAE-RJ

democraticamente da cons-trução do plano, para quefique bom para todos. Hou-ve entendimento de que oplano tinha que avançarpara além da definição doscargos, estabelecer as regrasde exceção, como será o sis-tema de aval. O Sindicatodemonstrou qualificação,competência e preparo pararepresentar os auxiliares deadministração escolar".

O Presidente concluiu:“Todas as reuniões conta-ram com a participação ex-pressiva dos funcionários,reunindo cerca de 300 pes-soas. Quando a categoriaparticipa em massa, semprese ganha”.

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Beber prejudica o fígado. A frase, co-nhecida por todos, é verdadeira, mas não

se esgotam aí os inúmeros malefícios doalcoolismo. Especialistas alertamque o uso exagerado atinge tambémo pâncreas e os sistemas nervoso,gastro-intestinal e cardio-circulató-rio. O abuso do álcool facilita as quedase ferimentos, e com frequência há distúrbios como diar-réia e incontinência urinária, além de agravar crises degota, aumentar a susceptibilidade a infecções, gerar inú-meras deficiências vitamínicas e contribuir para as tris-tes estatísticas dos acidentes de trânsito.

Os cânceres da boca, da faringe e do esôfago estãorelacionados ao alcoolismo, que ainda leva a impotênciasexual, conduzindo a pessoa ao isolamento social e a gra-ves distúrbios familiares e no ambiente de trabalho. Oálcool também acentua os efeitos sedativos dos tranqui-lizantes, analgésicos e antialérgicos.

Por tudo isso, o mais saudável é prevenir, substituindoas bebidinhas por uma boa caminhada ou outra atividadefísica, de preferência que, além de ajudar na redução dosníveis de glicose, colesterol e pressão, contribui para redu-zir a ansiedade, melhorando o humor e a disposição ge-ral. Nos casos onde a dependência já se instalou, vale re-correr aos AAs, Alcoólatras Anônimos, associação na qualos membros partilham suas experiências e esperanças ese ajudam mutuamente no combate e recuperação do al-coolismo. Visite o site www.alcoolicosanonimos.org.br eobtenha mais informações.

Sua Saúde6SAAE-RJAbril/2009

SAAE-SAÚDE: vem aí um plano melhor

Após reunião dadiretoria do Sin-

dicato com o dono daPoliclínica São Cristó-vão, Sr. Gaspar, um es-tudo está sendo feitopara criação de umnovo plano, que subs-titua tanto o antigo, de-fasado em reajuste há 8anos, como o atual, fa-cilitando o acesso a exames.

“Alguns associados doSAAE-Saúde nos ligaraminformando que algumasclínicas estavam cobrandopela realização dos exames.Fomos então imediatamen-te conversar com o dono damatriz, a Policlínica SãoCristóvão, para averiguar asituação. O Sr. Gaspar nosrelatou que o plano antigodo SAAE-Saúde, sem rea-juste há 8 anos, está inviá-

Os diretores do SAAE junto ao diretor-proprietário da Policlínica São Cristóvão

vel de se trabalhar”, revelouo diretor José Vitório.

O diretor Celso Cruz,também presente ao pri-meiro encontro com o Sr.Gaspar, acrescentou: “A-gendamos em seguida umareunião com nosso presi-dente, na qual ficou defini-do que a policlínica apre-sentará uma proposta deum plano único, que cubraos custos e facilite o acessoaos exames”.

Gripe Suína: na volta às aulas,cuidados para evitar contágio

O Sindicato vem orientandoos trabalhadores que retor-

nam ao ambiente escolar sobre agripe suína e explicando que oMinistério da Saúde determinouo adiamento do retorno das au-las na rede municipal de ensino.

Quanto às escolas particulares, inclusive de acordo cominformação do sindicato patronal, é livre arbítrio de cadainstituição de ensino decidir sobre o retorno. “Nossa ori-entação aos trabalhadores é tomar os cuidados de praxe,já amplamente divulgados pela mídia, e ficar atentos aqualquer caso de registro da doença no estabelecimento.Eventuais denúncias de risco à saúde do trabalhador se-rão investigadas com a maior presteza”, afirmou o presi-dente Elles Carneiro.

O que você pode fazer para ajudar na sua proteção• lavar as mãos com sabão mais de dez vezes ao dia;• na rua, quando não puder lavar as mãos com sabão,

utilize álcool em gel. Leve uma embalagem pequena emsua bolsa ou bolso;

• não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca;•cumprimentar estranhos apenas falando, pois o contato ao

dar a mão ou beijar-se no rosto pode transmitir o vírus;• não fique próximo de pessoas que estejam espirrando ou

tossindo, especialmente se o ambiente estiver úmido;•evite ambientes fechados, sem circulação livre do ar.

Uso regular de bebida alcoólicaprejudica vários órgãos

Inaugurado Hospital da Rede SarahO atendimento é gratuito e especializado

em neurorreabilitação

Já está funcionando, em Ja-carepaguá, a nova unida-

de da rede de hospitais Sa-rah, um centro especializa-do em neurorreabilitaçãopara adultos e crianças,gratuito.

Quem tem sequelas deAVC, sofre de doença deParkinson, Alzeihmer, es-clerose múltipla ou inúme-ras outras enfermidades re-lacionadas à área neuroló-gica deve entrar em conta-to pelos telefones (21) 3543-7600; 3543-7601 e 3543-7602, das 08 às 17 horas, desegunda a sexta-feira.

O atendimento inicialacontece após o forneci-mento de dados cadastrais

e da análise dos dados dopaciente. Caso não seja opróprio paciente quem tele-fone, a pessoa que está li-gando deve saber informardetalhes do diagnóstico,como o paciente está nomomento, que medicaçõesutiliza, desde quando, etc.Esse conjunto de dados se-gue para uma equipe deavaliação e em cerca de setedias o hospital entra emcontato respondendo se ocaso é passível de tratamen-to no local. Maiores infor-mações podem ser obtidaspelo site www.sarah.br ouno local: Av. Abelardo Bu-eno, 1500 - próximo ao Au-tódromo e ao Rio II.