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Ano XVI - Edicao Extraordinaria - Setembro de 2000 L Jornal do Sindicato dos Agentes Fiscais da Receita Estadual do Parar Filiado a rIFENAFISC Classe mobilizada conquista: Promocao; Fim do redutor salarial; Exclusao de aposentado s e pensionistas da contribuicao previdenciaria ASSEMBLE! LEGISLATIVA DO ADO DO PARAN WRETORIA DE ASSISTENCIA AO PLENARIO I dOORDENADORIA DA ORDEM DO DIA E AUTOGRAFIA N Ilk ORDEM ATAGOSTO 29 TFI RcA DIA INI•ilfSSO NA CDDFIDENADORIA DA geRria 1 ,v..3.scmizih. 9 / / i e / 9£59-0 Fiscais dao adeus ao redutor salarial ApOs 11 anos de luta, Sindicato tem vitoria memoravel

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Ano XVI - Edicao Extraordinaria - Setembro de 2000

L Jornal do Sindicato dos Agentes Fiscais da Receita Estadual do Parar Filiado a rIFENAFISC

Classe mobilizada conquista:

✓ Promocao;

✓ Fim do redutor salarial;

✓ Exclusao de aposentado s e pensionistas da contribuicao previdenciaria

ASSEMBLE! LEGISLATIVA DO ADO DO PARAN WRETORIA DE ASSISTENCIA AO PLENARIO

IdOORDENADORIA DA ORDEM DO DIA E AUTOGRAFIA

N

Ilk

ORDEM ATAGOSTO

29 TFI RcA

DIA

INI•ilfSSO NA CDDFIDENADORIA DA

geRria 1,v..3.scmizih. 9 //ie

/9£59-0

Fiscais dao adeus ao redutor salarial

• ApOs 11 anos de luta, Sindicato tem vitoria

• memoravel

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EXPEDIENTE

NOTIFISCO ORGAO INFORMATIVO DA AFFEP-SINDICAL - SINDICATO DOS

AGENTES FISCAIS DA RECEITA ESTADUAL DO PARANA Sede: Rua Alferes Angelo Sampaio, 1793 - CEP 80420-160 - Curitiba - PR

Fone: (41) 223-7414 - Fax: (41) 222-2401 - [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVA Presidents Elisabete Maria Riische Vice-presidente sindleal Yukiharu Hamada Vice-presidente administrativo Sergio Sidnci Pereira Vice-presidente fmanceiro Dulcinea A. Wendt Vieepreskiente aposentadcks Alan Fa‘.oreti

Suplentes da vieepresidencia Ingrid Elizabeth Ramlow; he Marcal Antonio

Presidenies das Regionals Reynaldo Fichholzymior( P DRR); Acir Witten() Esturaro (34 DRR); Horatio Hurpia (4 1 DRR): CletoTamanini (5 . 1)11.12); Antonio Luiz cLt Sihu

DRR); Luiz Alves de Oliveira (8 1 DRIP Apos.): Jost:, Carlos Endlich (9 2 1)R 11): Ghetferson Tavares (11 2 DRR); Andreia Otis-Tina Pinguello (13 ., 1)1(R); Linor Nespolo.

Conselho de Representantes Sindkais Luiz Fernandes de Paula (2. DRR); Maui .° Dal Bianco (CRIB; Antonio Ramiro Dias Tavares (9.- DRR); Arnaldo Teles Sobral (11 ,' DRR): Cherubim J. A de Oliveira (1' D1211); Clarimont Tri7.0ITO ( DRR); Eduvaldo Gusm:io dos Anjos (aposentado); Fentades dos Santos (

1)R12); Gerson D. demos (lo Prado (3= DRR Joao Nev Mamal (aposentado); ,Jair Ribeiro dos Santos (9,- DRR); Lourival Lasserre (aposentado); MacOris (1,Y DRR); A.F Teresa Dal Bianco Negrisoli DRR); Miguel Antonio Ramos (aposentado); Paulo Cesar C. Souza (12' DRR): Rildo Jose R Policeno (2= DRR); Sandro Celso Ferrari (LVECRE); Jorge Luis Jungbluth (2= DRR); Eliseo Luiz Murano I MR/.

Suplente Jos; CIncido de Abreu .01E)

Conselho Fiscal claucio Nogueira de sa Filho (9' DRR): Claudine de Oliveira (8, DRR); Jose Roberto dos Santos (aposentado); Luiz Ciruelos Sobrinho (aposentado); Roberto A, Piekaruzyk (1. DRR)

Suplentes Conseiho Fiscal Pedro Sanches (10 DRR); Pedro Luiz Paula Nero (aposentado)

JornaRsta Revonsavel Elizandm Pedroso de Mont MB 3820/PR

Projeto (eafico izandra Pedroso de Morris laustracepas - Simon Payktr DTP: Spee(IWOrk 441) 252-3349 /2523503 IMprefi,S50:. Fclllurt Helvt1tica Ltda.

40TIFISCO

OPINIAORA DITORIAL

enterro do redutor provado o Projeto de Lei 237/2000", diz o presidente da Assembleia Legislativa, na tar-

de 29 de agosto de 2000. ora em diante, garantem os

putados amigos, a conquis-é irreversivel. A encenacao Lase teatral tern o objetivo de raer corn que cada um se co-pe no lugar da equipe do idicato, ali presente, e sinta na pontinha da alegria vivi-. Maos dadas as escondidas, 1 transe, tinhamos a certeza que nao havia mais cora-

o para eventuais adiamentos : percalcos, que ha urn mss 6 perseguiam enquanto es-vamos na tarefa de destruir uele que ha onze anos nos .struia. io gritamos, nao aplaudimos. is vibramos como se o peito sse estourar. Dali para fren-

sensacao de missao cum-ida. Certeza de que se qui-rmos de verdade, consegui-ps. De que nao ha, nem pode ver, vontade mais forte que uela que insiste, pensa, arma age. Misscio cumprida ManifestacOes de revolta

:te a asfixiante situacao dos larios da categoria, intensi-.adas pela intransigencia do overno em nao abrir dialogo, oduziram o alinhamento dos ;entes fiscais em tomb de um icleo minim° de questOes tbalhistas a serem conquis-las a qualquer custo. Liderados pelo Sindicato, o

ovimento, desde o inicio, iscou a reabilitacao de direi- s da classe que tinham pres-icao legal e por isso inques-maveis. Os itens eram pou-ts, mas de vital importancia, Oa vista que produziram a si-acao ruinosa que enquadra Fisco paranaense no ultimo gar da escala salarial do Pais.

Se pelo lado pessoal o Fis- t e definicao da vida dos seus ilitantes, o futuro dependia L tomada de posicao objeti-L diante dos fatos. A uniao

forcas foi crescendo e deu

lugar a urn movimento organi-zado, consciente das limita-Vies e capaz de gerar acOes duras, talvez nunca vistas na nossa classe.

No apagar das luzes do tri-gesimo dia, o Sindicato rece-beu a comunicacao oficial da assinatura do decreto das pro-mocOes. Porem a situacao do redutor salarial continuou preocupante. Foi garantida a sua morte tecnica no mesmo prazo acordado, mas, por fal-ta de encaminhamento de pro-jeto de lei em tempo de ser votado antes do recesso da As-sembleia Legislativa, dele ain-da nao tinhamos solucao. No dia 28 de junho, no final do prazo, o deputado Durval Amaral, antigo colega das Ti-des fazendarias, tomou a si a missao. Seu ato revelou o apre-co que dedica a classe dos fis-cais.

Tinha-se o projeto de lei, mas inconstitucional por vicio de origem. Por sugestao do secretario, o deputado Durval produziu emenda em uma mensagem do governo, proje-to 237/2000, corn o texto ne-gociado. Este decola. Passa pela Comissao de Constituicao e Justica (CCJ), onde a oposi-cao pede vistas, retorna a As-sembleia onde é aprovado. Vai a Comissao de Financas que o ratifica, entra no plenario para votacao, recebe tres emendas, volta a CCJ, comeca tudo de novo. Haja coracao. Tres se-manas de pura adrenalina. La e na sede do Sindicato, onde apareceram falsos padroeiros rezando a novena errada.

Enfim, nasceu a lei. Enter-rem o desgracado redutor nos fundos dos infernos! E momen-to de comemoracao. Requiem para o defunto novo.

Depressao A vida em mais alguns dias

fez mudar a sensacao doida de ter sido enganada, roubada, injusticada. De ter sido indife-rente para corn um grave pro-blema, fraca em nao reagir a tempo, covarde em nao orga-nizar a luta. Eu e todos voces,

agentes fiscais convocados pela lei do redutor salarial, em 1989, para serem construtores do Parana corn o suor do seus rostos. Falo corn a raiva de quem viveu e sofreu. Fomos espoliados e nao reagimos. Ve-jam o levantamento dos fatos nos Notifiscos do passado: muita critica, pouca acao. 0 Fisco, nome coletivo, tern mui-ta forca para exigir seus direi-tos, mas nao a usa. Deixou que a lei se degradasse contra si: inicialmente o redutor era do tamanho do salario de secre-taxi° de Estado e acambarcava os tr'es Poderes. No fim, era fi-gura mofada e fedia: era vinte vezes o menor vencimento (ate este reduzido a R$143,00, me-nor ate que o salario minimo) e atingia, pasmem, apenas poucas centenas de servidores de um so quadro: o dos fis-cais. Deixamos passar ate os outros do Executivo: procura-dores, delegados e os recen-tes advogados. 0 insigne ju-rista doutor Aristides Jun-queira, em parecer elaborado especificamente para o caso, identificou o redutor salarial como regra constitucional de moralidade e isonomia para que todos tenham a justa re-muneragao. Com certeza o de-funto estava corroido e podre.

Se pensarmos bem, nao foi vitoria a derrubada do redu-tor. Nem mesmo foi a reabili-tacao de urn direito, porque nao fomos reabilitados, nao re-cebemos o nosso direito de volta. Estamos mais pobres no corpo e na alma.

Para elucidar os mais no-vas: em urn cinzento dia de 1989, disse a lei (que na epo-ca nem tao repugnante era) que o seu salario de R$ 4.627,75 seria cortado para R$ 2.266,10, sem se importar corn os seus compromissos, suas dividas, seus direitos. Imagi-nem o conteddo dramatic° da ordem legal. E durante onze anos, onze longos anos, espe-ramos pela racionalidade, pela fada- madrinha e a sua vari-nha de condao! Hoje, sobram-

nos aboboras! Ninguem paga aos meus filhos a rentincia do curso de ingles, do aparelho dentario, das ferias nao goza-das, do ausente lanchinho no MacDonalds, da casa nova, do carro mais novo, da minha ver-gonha.

0 nosso quadro e inex-plicavelmente despolitizado, somente atua em espacos con-sentidos, e por qualquer des-culpa foge da luta alinhando-se vergonhosamente ao lado daqueles que os espoliam.

Nao posso, porem, termi-nar o nosso editorial revelan-do depressao. Hoje, temos um

Sindicato realmente profissio-nal na negociacao e luta dos direitos da classe. E ele sente a uniao catalizadora dos agen-tes fiscais em tomb da neces-sidade urgente de fazer cum-prir (pelo menos) os nossos di-reitos legais. Ele sabe que, se preciso for, a uniao eclode em forca e determinacao. Apren-demos a licao dos onze anos. 0 Sindicato tern esperancas porque o Fisco tambem as tern.

Aos que nos apoiaram, nos-sa eterna gratidao.

Elisabete Maria Rtische Presidente do Affep-Sindical

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Classe obte lesultados concretos

te o dia 26 de junho, o governo nao tinha torna- do nenhuma providencia con-

creta para o cumprimento do acordo estabelecido corn a classe fiscal. Entao, a direto- ria do Affep, entrou em con- tato corn o deputado Durval Amaral (PFL) para cobrar a solucao da pendencia. Ama- ral solicitou que o Sindicato encaminhasse um texto para subsidia-lo na elaboracao do projeto de lei. Dois dias de- pois, mediante acordo corn o secretario da Fazenda, o par- lamentar protocolou o proje- to de lei 231/2000 de sua au- toria, assinado juntamente corn os deputados Ademar Traiano (PTB), Augustinho Zucchi (PSDB), Cezar Silves- tri (PTB) e Edno Guimaraes

(PSL). Mas, a votacao ficou apenas para agosto, pois a Assembleia Legislativa entrou em recesso no mes de julho.

Ate o dia 30 de junho pela manha, data final para a exe-cucao dos compromissos as-sumidos nas negociacOes corn Gionedis, nenhum ite da pauta de reivindicaca havia sido atendido pelo g verno. Assim sendo, o Sindi cato retomou a mobilizaca e convocou nova AGE pa o dia 8 de junho. Tambem en caminhou uma materia pag sobre o nao atendimento d reivindicacOes para publics cao na primeira pagina de todos os jornais paranaenses. A materia porem, nao chego , a ser publicada, pois no fi da tarde, o governador Jai, me Lerner assinou o decret das promocees.

a urn ano, a direto-ria do Affep-Sindi-cal iniciou os traba-lhos na Assembleia

Legislativa para derrubar o re-dutor salarial. No dia 17 de agosto do ano passado, o de-putado estadual Neivo Beraldin (PSDB), protocolou urn projeto de lei que fixava o redutor salarial em R$ 6 mil para todos os servidores do Poder Executivo. Era a opor-tunidade do Sindicato ampli-ar a discussao do tema.

Por isso, a diretoria reu-niu-se com o parlamentar para dar apoio ao projeto, ja que o valor do teto satisfazia a categoria (o salario da mai-oria dos fiscais sequer chega-va a R$ 3mil). Ao mesmo tem-po, desencadeou a campanha

"Fisco Contra Confisco". A revolta da classe foi escrita em cartas por mais de 500 fis-cais. E estas foram encami-nhadas a Beraldin, corn copi-as para o secretario da Fazen-da, Giovani Gionedis, e ao governador do Estado, Jaime Lerner.

Corn o objetivo de pedir apoio ao projeto de lei, os di-retores do Affep visitaram a vice-governadora Emilia Beli-nati, o senador Alvaro Dias e grande parte dos deputados estaduais, inclusive o entao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Anibal Khury. Na ocasiao, foi apre-sentada uma nova alternati-va de anteprojeto de lei, es-crita pela diretoria da entida-de, para por fim ao redutor.

OVIMENTO

NOTIFISC4

0 QUE DE FATO OCORREU

Mobilizacao teve inicio no ano passach Por tras das vitonas como as promocoes e o fim do redutor, houve muito trabalho da diretoria do Sindicato e de grande parte dos fiscais

Negoclacao: representantes do Affep se reUnem corn Gionedis para discutir reivindicacoes

Apesar do esforco, o tex-to foi arquivado por falta de . apoio do governo.

Os fiscais sabiam que era necessario manter a chama da batalha acesa. Por isso foi en-caminhada uma carta abor-dando o tema exaustivamen-te ao governador e ao procu-rador geral do Estado, Joel Coimbra, solicitando nova-mente a revogacao do redu-tor. Na carta, foi mencionado o fato do ex-procurador ge-ral da Republica, Aristides Junqueira, em reuniao corn os diretores do Sindicato, ter afirmado que urn subteto com tais qualidades era discrepan-te da Constituicao. "Sequer obtivemos resposta", lembra Elisabete Maria Rusche, pre-sidente do Affep. Segundo ela, foi do encontro corn Junqueira que surgiu o pare-cer que a entidade contratou e que hoje subsidia todas as analises que o assunto preci-sa.

Nova batal ha Nos meses de marco e

abril deste ano, a presidente e o vice-presidente sindical, Elisabete e Yukiharu Hamada, visitaram todas as delegacias regionais. 0 objetivo era in-formar a classe sobre a situa-cao precaria em que se en-contrava o Fisco paranaense, principalmente, face as mu-dancas ocorridas corn as re-formas administrativa, previ-denciaria e tributaria. Alem disso, sempre eram aborda-dos assuntos relativos ao re-dutor salarial, promocOes, piano de carreira e salarios.

Comega o movimento As reuniOes deram resul-

tado. Em meados de abril, a 6' DRR- Jacarezinho, come-cou uma manifestacao isola-da. E solicitou ao Sindicato que mobilizasse a classe fis-

cal para se unir e lutar pelos seus direitos. Assim, a dire-toria do Affep e o Conselho de Representantes Sindicais (CRS) decidiram convocar to-dos os filiados para uma As-sembleia Geral Extraordinaria (AGE), que aconteceu em 6 de maio.

Nessa AGE, que contou com mais de 500 pessoas, foi aprovada a "Carta de Reivin-dicacoes ao Governador". Dela constavam os pedidos de: 1) Fim imediato do redu-tor salarial; 2) Ajuste salarial por equiparacao as carreiras exclusivas de Estado; 3) Pla-no de carreira; 4) PromocOes. A carta foi entregue ao go-verno em urn ato public° re-alizado no dia 15 de maio, em frente ao Palacio Iguacu. Mais de 200 filiados estiveram pre-sentes.

No dia seguinte, 16, o se-cretario da Fazenda recebeu uma comissao de negociacao composta pela diretoria exe-cutiva do Affep e membros do CRS. Nesta reuniao, que durou mais de 4 horas, foram firmados os seguintes com-promissos: 1) 0 redutor sala-rial seria solucionado medi-ante projeto de lei; 2) a pri-meira promocao que saIsse

no Estado seria a do Fiscc para a elaboracao do pl de carreira seria formaliz uma comissao paritaria posta por representantes CRE e do Sindicato; 4) por quanto nao haveria equi ragao salarial, pois o secr rio disse estar impossibil do de conceder qualquer ajuste enquanto o compro timento da folha de salar em relacao a receita corn lIquida, estivesse acima indice definido pela Lei Responsabilidade Fiscal.

No dia 23, houve uma gunda rodada de nego cOes. Dessa vez tambern veram presentes os dep dos estaduais Durval Am (PFL), Ademar Traiano (P e Edno Guimaraes (PSL) objetivo era definir a mel forma para resolver o rc for salarial. Na ocasiao foi sumido o compromisso este item seria solucion ate o dia 30 de junho, o yes de alteracao na lei do dutor, mediante emenda.

0 resultado do encoi corn o governo foi transr do a classe no dia 27 de m em nova Assembleia Gc que concordou corn o pr solicitado pelo secretario

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I TIFISCO DATAS E FATOS TALHA SINDICAL

caminho da vitoria quase 11 anos os Fiscais vem trabalhando para derrubar ?dutor salarial. Abaixo confira os principals passos dessa luta

tifisco 61 -

m artigo publicado no jor-ndustria e Comercio o en-pavernador do Parana, Al-Dias, diz que nao admite lquer ameaca" ao "redu-alarial".

Affep orienta os associa-que desejarem ajuizar contra o redutor salarial

ocurarem o departamen-tridico da entidade.

) governo do Estado con-; aumento salarial a partir aneiro de 1991. Mas, a ida nao beneficia toda a ;e fiscal. Pois grande par-)s funcionarios esta sob o for salarial. A lei do re-r e contestada por deci-de classe em Assembleia ti.

tifisco

is Assembleia Geral reali-. em 23 de maio, é deli-da uma pauta de reivin-coes da classe, que é en-lnhada pelo Safite ao en-secretario da Fazenda,

Arzda. 0 presidente do e, Jose Candid° de Abreu, eve uma materia na qual -ma que a solucao para o for na via administrativa indo bem. Ele acredita ate junho de 1991 tudo resolvido.

tifisco 80 - Nov. de 91

fim 26 de novembro, o Fis->aranaense paralisa suas dades. Entre as reivindi-es: o fim do redutor sa-1

tifisco 82 - Jun. de 92

Affep anuncia que no de maio entrard na Justi-Dntra o redutor incidente e quotas de produtivida-

de e gratificacao de 40% .

Notifisco 85 - Jul. de 93

0 Poder Judiciario reco-nhece a ilegalidade do redu-tor. Juizo singular declara em 5 awes judiciais que a gratifi-cacao de 40% e o premio de produtividade estao fora do campo da incidencia da lei que limita remuneracao.

Wino 88 - Ago. de 94

Ao apreciar a apelacao do Estado do Parana nos autos n 2

29.013 — Acir Tedeschi e ou-tros e n2 29.014 — Airton Luiz Massinham e outros, em acao impetrada pela Affep, atraves do advogado Joao Antonio da Cruz, a 4a Camara Civel do Tribunal de Justica da Capital, confirma a ilegalidade do re-dutor de salarios. E declara que a gratificacao de 40% e o premio de produtividade es-tao fora do campo da inciden-cia da lei que limita a remu-neragao.

111111111* de 95

Os presidentes do Safite, Roberto A. Piekarczyk e da Affep, Fernandes dos Santos, tern audiencia corn os secre-tarios do Planejamento, Cas-sio Taniguchi, do Governo, Giovani Gionedis, e corn o diretor da CRE, Reni A. Pires, para tratar do assunto redutor salarial. Na ocasiao os secre-arios prometem que o caso seria solucionado na primeira oportunidade.

Notifisco 95 - Fey. de 96

"Redutor salarial e promo-cOes as grandes metas para 1996" — manchete de capa do Notifisco.

Notifisco 97 - Abril de 96

Em 30 de marco o Safite realiza Assembleia Geral Ex-traordinaria, para discutir o re-dutor salarial e promocao.

Decide-se ajuizar novas acOes contra o redutor, atraves do advogado Amauri S. Torres, e negociar corn a administracao o aumento do teto do redu-tor. No dia 12 de abril, os re-presentantes da classe se reti-nem corn o secretario de Go-verno, Giovani Gionedis. Ele diz que a solucao do redutor somente aconteceria se bene-ficiasse tambem os pro-curadores, delegados de poll-cia e advogados do quadro es-pecial, que tambem foram atingidos pela lei.

Notifisco 99 - Sei. cie 9

Em 25 de junho, os presi-dentes do Safite e Affep protocolam urn officio ao go-vernador Jaime Lerner pedin-do audiencia para tratar de assuntos do interesse do Fis-co, ern especial o redutor sa-larial.

O Safite solicita atraves de officio, reuniao corn o secreta-rio da Fazenda, para buscar uma solucao administrativa para o problema do redutor salarial.

o 10 - ra o de

O governo do Estado edi-ta o decreto 3.105/97 que per-mite aos ocupantes de cargo em comissao da CRE optarem por continuar no redutor ou ficar fora dele. Com isso que-bra a paridade entre os funci-onarios, pois cria privilegios entre alguns servidores ativos. Nota publicada no Notifisco diz: "E inaceitavel que a par-tir de agora tenhamos no Fis-co paranaense tres categorias: 1- a dos sem redutor por de-cisao de justica (justa e legal) 2- a dos sem redutor pelo sim-ples fato de hoje ocuparem cargo em comissao (injusta, ilegal, imoral e discrimi-natoria) e 3- a dos simples

mortais- a maioria absoluta da categoria- que continuum no redutor por teimosia do gover-no em nao reconhecer urn di-reito constitucional".

Em reuniao corn o Affep-Sindical, a direcao da CRE in-formou que o secretario da Fazenda, Giovani Gionedis, havia negado o pedido de promocao da classe, aguarda-da desde novembro de 1997. E tambem que o governo nao faria nenhuma proposta de acordo corn relacao ao redu-tor, tendo em vista que algu-mas awes estavam sendo julgadas desfavoraveis, em especial as do advogado Amauri da Silva Torres.

IMO 112- Set.

Dia 5 de agosto, o presi-dente do Affep-Sindical, Roberto Piekarczyk, se reline corn o governador Jaime Lerner, em Paranavai. No en-contro sao expostas as aflicOes da categoria, principalmente corn relacao ao redutor sala-rial. Lerner se mostra preocu-pado e corn intencao de re-solver a questao. Diz que o secretario da Fazenda e o che-fe da Casa Civil seriam acio-nados para tat.

Notifisco 118- Out. de 99

O deputado Neivo Beraldin (PSDB) apresenta projeto de lei que fixa o redutor salarial em R$ 6 mil. 0 Sindicato

deflagrada a campanha Pisco contra Confisco'. Mais de 500 cartas reivindicando o fim do redutor sao enviadas ao par-lamentar, corn copias para ao secretario da Fazenda, Giovani Gionedis e ao governador Jai-me Lerner. Alem disso, a dire-toria da entidade busca apoio da vice-governadora, Emilia Belinati, do senador Alvaro Dias e de diversos deputados estaduai s.

Iraordinorio Dez. de

Primeira decisao de merit° no Supremo Tribunal Federal. 0 ministro Nevi da Silveira, apre-ciou o recurso extraordinario do processo no. 231.069- Acires Mafra e outros.

No dia 6 de maio, é realiza-da uma Assembleia Geral Extra-ordinaria, onde a classe aprova por unanimidade uma 'Carta de Reivindicacao ao Governador Jaime Lerner'. Entre as reivindi-cacOes o fim do redutor salarial.

Notifisco 121 - Jul. de 00

Governador assina decreto das promocOes. Iniciativas con-cretas foram tomadas para a so-lucao do redutor salarial, porem estrategicamente nao foram divulgadas a classe.

Notifisco 122 - Ago. de 00

Classe aguarda a aprovacao do fim do redutor salarial que deve ser votado pela Assembleia Legislativa nos proximos dias.

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Ciruelos, Elio Sanzonvo, Durval Amaral, Ana Lucia, Elisabete e Hamada (da esquerda para direita): encontro em que foram tracadas estrategias para o fim do redutor

Sobre o relator do projeto: 0 deputado Durval Amaral atua na politica desde 1982, como vereador em Cambe. Ocupou o cargo de chafe de gabinete da Secretaria de Estado da Fazenda, de 1987 a 1990. Foi efeito deputado estadual em 1990. Hoje exerce o seu terceiro mandato.

EINEGOCIAcA0 NOTIFISCO 0 DIA A DIA NA ASSEMBLEIA

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Em agosto, a diretoria do Affep-Sindical marcou presenca na Assembleia Legislativa; a persistencia e a forma de vontade deram resultado; os deputados aprovaram o fim do redutor salarial

Affep acompanha aprovacao do projeto de lei

Atual diretoria executiva do Sindicato: uniao, confianca e garra da equine trouxeram a vitoria

o inicio de agosto a diretoria do Affep-Sindical reto- mou os trabalhos

junto aos parlamentares. 0 imeiro passo foi entrar em ntato corn o deputado

Durval Amaral (PFL). A presi-dente e o vice-presidente da entidade, Elisabete Maria Riische e Yukiharu Hamada visitaram Amaral e deram prosseguimento as discussOes sobre o projeto de lei 231/00, que extinguia o redutor sala-rial dos fiscais do Estado. De-pois disso, a caminhada foi longa, confira:

O secretario da Fazenda, Giovani Gionedis da parecer favoravel ao projeto de lei 231/00 e o encaminha ao se-

W tario de Governo, Jose Cid mpelo. Imprudentemente,

o gabinete da CRE divulga o

parecer para toda classe fis-cal, ferindo o acordo firmado corn os deputados de nao tor-nar pfiblico o referido proje-to. Diante da repercussao da noticia, varios deputados so-licitam copia do projeto, co-locando em risco a sua apro-vacao. Estrategicamente, aguarda-se uma semana para definir nova forma de enca-minhamento.

Dia 14 de agosto

Os diretores do Affep e o deputado Durval Amaral red-nem-se para tracar novas es-trategias. Decidem elaborar uma emenda aditiva ao pro-jeto 237/00, de mensagem do Executivo, da qual o parla-mentar era o relator. Neste mesmo dia, a diretoria do Sin-dicato solicitou ao deputado Basflio Zanusso (PFL), presi-dente da Comissao de Cons-tituicao e Justica (CCJ), para

incluir o projeto na pauta de votacdo do dia seguinte.

5 de agosto

O relator, deputado Durval Amaral, le e justifica o proje-to corn a emenda. Mas, o de-putado Nereu Moura (PMDB) pede vistas, o que acaba re-tardando a votacao. Ao final da sessao, os representantes da classe conversam corn os deputados Orlando Pessuti (PMDB), Jose Maria Ferreira (PSDB) e Nereu Moura para explicar a situacao e pedir que o projeto fosse devolvido a CCJ o mais rapid° possIvel.

Dia 19 de agosto

E marcada uma sessao ex-traordinaria na CCJ. Depois da solicitacao dos diretores do Affep, o deputado Nereu Moura devolve o projeto que, por unanimidade, é julgado constitucional. 0 proximo passo seria a sua aprovacao na Comissao de Financas.

Entao o Sindicato entra em contato com o assessor da comissao, Wilson Penka, e pede que o projeto seja inclu-Ido na pauta de votacao da proxima sessao, dia 21. Mas isto nao é possivel, pois o pre-sidente da comissao, deputa-do Ademir Bier (PMDB) esta-va viajando.

Dia 21 de agosto

Logo pela manila a direto-ria do Affep se reuniu corn o deputado Ademir Bier para justificar a emenda e argu-mentar que o referido proje-to nao infringia a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal. 0 par-lamentar acatou as pondera-

cOes dos sindicalistas. E, no mesmo dia o projeto foi colo-cado em votagao. Aprovado por unanimidade é anuncia-do na 'Ordem do Dia' seguin-te para votacao no plencirio

Dia 22 e agosto

Votacao em 1' discussao. 0 projeto é aprovado por una-nimidade e anunciado na 'Or-dem do Dia' seguinte. 0 de-putado Ricardo Maia (PL) re-quer pedido de urgencia para a tramitacao do projeto de lei 231/00. Porem, o Sindicato e o deputado Durval Amaral, estrategicamente, o haviam colocado "de lado".

Dia 23 de agosto

Votaca.o em 2 discussao. 0 presidente em exercicio da Assembleia Legislativa, depu-tado Hermas Brandao (PTB), anuncia tr'es emendas ao pro-jeto. A diretoria do Sindicato consegue copias das emendas e constata que nenhuma de-las se referia ao redutor. Mes-mo assim, o fato retardaria a aprovacao do projeto.

Dia 28 de agosto

Por intermedio de Durval Amaral, o projeto (contendo as novas emendas) é incluido na 'Ordem do Dia' seguinte.

Dia 29 de aoosto

O relator da CCJ da pare-cer favoravel as tres emendas.

0 projeto a aprovado por una-nimidade. Entretanto, o depu-tado Nereu Moura comunica que encaminhou requerimen-to ao presidente da Assem-bleia Legislativa pedindo a retirada do projeto da votacao na sessao ordinaria do plena-rio, alegando infringencia ao regimento da Casa. A direto-ria do Sindicato se mobiliza para evitar novo atraso.

Durante a sessao ordinaria, o deputado Moura anuncia que iria retirar o requerimen-to que impedia a votagao. Ali-vio total. As reiteradas reivin-dicacOes ao parlamentar sur-tem efeito. 0 projeto de lei 237/00 é entao novamente aprovado por unanimidade em 2' e 3' votacao.

Dia 30 duirstill

A redacao final do projeto de lei é discutida e aprovada por unanimidade. A diretoria cumpre seu trabalho junto aos representantes do legislativo.

Dia 15 de agosto 0 governador Jaime Lerner

sanciona a lei 12946, referen-te ao projeto 237/00. Agora a classe aguarda a publicacao da lei no Diario Oficial e a im-plantacao da equiparacao sa-larial nos contracheques.

Dia 18 de agosto

A lei 12946 e publicada no Diario Oficial.

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ASSOCIAcA0 DOS FUNCIONARIOS FISCAIS DA RECEITA ESTADUAL DO PARANA — REGIONAL CURITIBA

Officio n.Q 003/2000 Curitiba, 18 de agosto de 2000

Prezada Senhora Presidente do Affep-Sindical:

Tendo em vista informacOes a respeito da "dentincia" ou "reclamacao", protocolada junto ao Tribunal de Contas do Estado, acerca do nao pagamento do terco de ferias, pela pessoa fisica da presidente e do vice-presidente do Affep-Sindical, e tendo em vista que o mesmo foi parcelado pelo governo, portanto cessado os efeitos da referida dentincia, os funcionarios da 1." DRR, abaixo assinados, reiteram o pedido para que haja a com-petente rentincia, desistencia ou suspensao da citada "dentincia" sob pena de que, em nao ocorrendo, possa macular decisivamente o processo do redutor salarial, que tramita na Assembleia Legislativa, corn o apoio do secretario da Fazenda, que e urn pleito de mais de dez anus da classe fiscal do Parana.

Apesar de que a "dentincia", mencionada foi em nome pessoal, registramos que é impossivel separar a pessoa fisica Elisabete e Hamada, das figuras de presidente e vice-presidente da entidade, ja que eleitos o foram para representa-la.

Corclialmeme,

ASSOCIAcAO DOS FUNCIONARIOS FISCAIS DE MARINO.

Officio n.Q 001/2000

Prezada Senhora,

Os funcionarios fiscais lotados na 9.'DRR, atraves do seu representante junto ao Affep, vem atraves do presente, solicitar de V.S'., os bons prestimos no sentido de ser retirada/ suspensa/arquivada a demincia protocolada junto ao Tribunal de Contas do Esta-do, contra o Sr. Secretario da Fazenda, tendo em vista que a mesma nao foi por nos referendada e ter sido superada, ja que por iniciativa do proprio Secretario a questao do terco de ferias foi resolvida atraves do esclarecimento de seu pagamento.

Outrossim, tivemos noticias de que a existencia de tal denUncia esta obstruindo o projeto que dispOe sobre a retirada do redutor salarial, exigindo essa nossa solicitacao, por considerarmos a queda do redutor da absoluta urgencia e necessidade. No aguardo das providencias cabiveis subscrevemo-nos.

Cordiamente,

ASSOCIA00 DOS FUNCIONARIOS FISCAIS DE PONTA GROSSA

Nota de esclarecimento

Diante dos fatos que vieram ao nosso conhecimento corn relacao ao projeto de lei 231/ 00, que retina o redutor dos funcionario da CRE, que ainda nao foram contemplados corn decisao judicial, em reuniao feita nesta data corn os associados, foram definidas as seguintes posicOes:

1) Que apoiamos integralmente o projeto de lei supra citado, pois o mesmo vem corrigir uma injustica flagrante corn toda a classe;

2) Que nao gostariamos que atitudes, ainda que isoladas, viessem a comprometer a aprovacao do referido projeto;

3) Que a classe como urn todo a muito mais importante, e quaisquer posicionamentos individuais, poderao comprometer as negociacOes que aos olhos de nossos associados es-tao sendo bem conduzidas pela Sefa/CRE-Affep;

4) Que empenhamos total apoio no sentido de que todos os procedimentos que estejam tramitando paralelamente ao projeto 231/00, sejam retirados de forma a nao comprometer a sua aprovacao.

Ponta Grossa, 16 de agosto de 2000.

Acir Ribeiro Esturaro - Presidente

Gerson D. Lemos do Prado - Representante Sindical

13."DRR - CASCAVEL

Ern reuniao, levada a efeito no recinto da IRF desta regional, os agentes fiscais presen-tee, corn referencia ao projeto de lei que trata do nosso redutor salarial, que tramita na Assembleia Legislativa do Estado, sao de parecer que os nossos representantes

que participam das negociacoes, devam em nome da classe fiscal, promover "qualquer acordo", que objetive a conquista da queda do famigerado redutor, uma vez que ate a presente data, nao tinhamos chegado de fato, tao perto do seu fim, uma vez que "existe" realmente urn projeto de lei na AL, que da fim ao mesmo.

Diante de tal situacao, pedimos aos nossos representantes que usando do born senso, nao deixem escapar essa oportunidade impar e real.

Cascavel, 17 de agosto de 2000.

Luis Carlos Macoris Representante da Regional junto ao Affep-Sindical

NOTIFISCO MAL ENTENDIDO 6

MOMENTOS DIFICEIS

Boatos provocam inseguranca na classe fiscal

a segunda semana de agosto, quando as negociacOes para a aprovacao do fim do redutor estavam

caminhando bem, surgiram boatos na CRE de que a pre- sidente do Affep-Sindical, Eli- sabete Maria Rtische, e o vice- presidente, Yukiharu Hamada, estavam atrapalhando o pro- cesso. Segundo as acusacOes, eles haviam protocolado uma "denuncia" contra o Secreta- rio da Fazenda, Giovani

Gionedis, pela falta de paga-mento do terco de ferias. E, em conseqiiencia disso, o pro-jeto que previa o fim do re-dutor salarial nao seria apro-vado.

A "fofoca" logo se espa-lhou por todo o Estado, o te-lefone do Sindicato nao para-va de tocar. AcusacOes das mais escabrosas foram pro-nunciadas contra os diretores sindicais. Por mais que os re-presentantes da entidade ex-plicassem o fato, nao conse-

guiam convencer os inter-locutores. Reuni6es de emer-gencia foram realizadas em praticamente todas as delega-cies regionais. A boataria ga-nhou tamanha proporcao que ate uma comissao, composta por funcionarios das Delega-cias de Curitiba, foi formada para interpelar a diretoria e demover Elisabete e Hamada da estrategia utilizada pelos sindicalistas ate entao.

Algumas regionais envia-ram notas para o Sindicato

contra os dirigentes sindicais, corn proposicOes do tipo: "que todos os procedimentos que estejam tramitando para-lelamente ao projeto 231/00, sejam retirados de forma a nao comprometer a sua aprova-cao"; "que é impossivel sepa-rar a pessoa fisica Elisabete e Hamada, das figuras de presi-dente e vice-presidente da en-tidade, ja que eleitos o foram para represents-la"; "os nos-sos representantes sindicais, que participam das negocia-

toes, devem em nome da clas-se fiscal, promover qualquer acordo", (confira no desta-que).

Mas, apesar de toda pres-sao psicologica e agressOes gratuitas, a diretoria sempre acreditou no compromisso assumido pelo secretario da Fazenda, Giovani Gionedis, perante o Sindicato e parla-mentares engajados nesta lutip A equipe sofreu calada e tempo provou que estavam no caminho certo.

Manifestacties recebidas contra o redutor salarial

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COMPOSICAO DO QUADRO DE FISCAIS APOS A PROMOCAO

AF1

61% 4%

CARGOS CLASSE EXISTENTES OCUPADOS VAGOS %VAGAS

AF1 414 414 0 0% AF2 414 46 368 88%

AF3 828 728 100 12% AF4 7 7 0 0%

TOTAL 1656 1188 468

Confira as leis que concederam as tiltimas promocOes:

Lei n. 2 7.787/83 de 21/12/83 (Governador do Estado, Jose Richa, e secretario da Fazenda, Erasmo Garanhdo)

Art. 2 2 - Ao funcionario estavel, ocupante do cargo da estrutura do grupo ocupacional "TAF", que ate 31 de janeiro de 1984, preencher os requisitos dos artigos 6Q, 72, e 82 , da lei n. 2 7.051, de 4 de dezembro de 1978, sera assegurado enquadramento nas classes de AF1 -A, AF2 -A e AF3 -A, res-pectivamente.

Parcigrafo unico - 0 funcionario enquadrado na classe AF2-A, que esteja cumprindo estagio probatorio terd seu enquadramento efetivado na classe AF1-A, se preencher os requisitos do artigo 6°. da Lei 7.051 de 04 de dezembro de 1978, ao adquirir a condicao de estavel.

Lei n2 8.993/89 de 02/07/89 (Governador, Alvaro Dias, e secretario da Fazenda, Luiz Carlos Jorge Hauly)

Art. 2 2 - 0 inciso II e paragrafo Onico do artigo 71, da lei n. 2 7.051, de 4 de dezembro de 1978, passam a viger corn a seguinte redacao:

Art. 71 - II - Da serie de classe de AF-3 para a serie de classe de AF-2, pelo total de vagas existentes;

Art. 4 2 - Fica o Poder Executivo autorizado a efetuar pro-mocOes e acessos corn base na lei n2 7.051 de 4 de dezembro de 1.978, sem observancia dos criterios estabelecidos nos artigos 54, 60, 62, 67, 68 e seus paragrafos.

§ 1Q - As promocOes e acessos referidos no "capurdeste artigo, terdo carater excepcional e deverdo ser efetuados no prazo de 60 (sessenta) dias da publicagao da lei.

§ 2Q - Os acessos respeitarao a habilitagao profissiona l prevista no "caput" dos artigos 62 , 72 e 82, da lei n2 7.051/78.

Decreto no. 2229/00 de 29/06/2000 (Governador, Jaime Lerner, e secretario da Fazenda, Giovani Gionedis)

Art. 1 0 . - Fica concedida ascensao funcional aos Agentes Fiscais da Coordenacdo da Receita do Estado, atraves de pro-mock) e acesso, cumpridos os requisitos da Lei Estadual no 7.051, de 4 de dezembro de 1978, conforme anexo.

ULTIMAS LEGISLActIES

NPROMOOES NOTIFISCO MAIS CONQUISTAS

Fiscais avancam na carreira Na protica, promoctio é considerada aumento salarial, mas deveria ser instrumento gerencial de estruturacdo da carreira

Aluta do Affep-Sin-dical para acertar uma regra que permita regular e tornar autornatica

a promogao para a classe fis-cal vem de longe. Desde as promocOes extraordinarias que ocorreram em 1983 e 1989, quando foram transpos- tos praticamente todos aque- les que possuiam formagao de nivel superior, independente-

areente de tempo, este direito m sido relegado ao segun-

do piano. Terrorismo 0 caminho percorrido pelo

Sindicato para a conquista da elevagao na carreira, teve ini-cio no dia 26 de marco do ano passado, com o resultado da Aga() Direta de Inconstitu-cionalidade (Adin) contra a lei 12354/99. A diretoria soli-citou, em officio dirigido ao se-cretario de Fazenda, Giovani Gionedis, e ao procurador geral do Estado, Joel Coimbra, que fossem corrigidas as no-meagOes para cargos em co-missao em curso corn a ime-

11110iata promogao dos agentes

fiscais. A justificativa do pedi-do se baseava no fato destes

funcionarios nao terem titulo apropriado para exercer os cargos que desempenhavam, embora detivessem condigeies suficientes para exerce-los.

0 Sindicato negociou o envio do officio corn pratica-mente todos os envolvidos no caso. Mas, mesmo assim, seu encaminhamento gerou um grande tumulto. Alguns fis-cais sentiram mais medo de perder os cargos que ocupa-vam do que vontade para lu-tar pela promogao que bene-ficiaria a eles, em primeiro lu-gar, e aos outros funcionarios por decorrencia. Por isso o Affep recuou. Ainda nao co-nhecia a sua verdadeira forga em relagdo a vontade de seus filiados e em fazer valer a luta.

Acao Judicial No segundo semestre do

ano passado, o departamento juridic° do Affep iniciou es-tudos sobre a possibilidade de buscar na Justiga o direito as promogeles. Em novembro, foi encaminhado officio ao diretor da Coordenagdo da Receita do Estado (CRE), protocolado na SPI sob o n.Q 3.974.142-3, so-licitando informagOes sobre os treinamentos realizados pelos

agentes fiscais, e sobre o qua-dro demonstrativo de vagas existentes em cada cargo de provimento efetivo da CRE. In-felizmente a entidade nao ob-teve resposta. No mess seguin-te, ingressou na Justiga corn Habeas Data, para exigir da Coordenagao o cumprimento do referido protocolo.

Diante da falta de atendi-mento por parte da adminis-tragao em fornecer os elemen-tos basicos para ingressar e embasar a agdo, a diretoria pediu para cada filiado pre-encher uma ficha que trouxes-se as informagOes necessari-as. Foram recebidas apenas 600. Mesmo assim, em margo, o Affep protocolou a agao.

Transtornada pelo alcance dramatic° de ameagas vazias e a fragilidade do quadro, a diretoria da entidade lembrou aos "coagidos", que nao esta-va interessada em prejudicar o Estado. E sim, defender e honrar o compromisso de re-alizar a missao do Fisco para corn a sociedade: lutar para prover de recursos os servigos ptiblicos necessarios ao povo.

A perspectiva dos que fi-caram paralisados falhou. Em conversa corn o secretario da Fazenda, por ocasiao da ne-gociagdo dos itens da Carta ao Governador, o pleito foi por ele assimilado. Na ocasiao ele assumiu o compromisso 0 avanco.

Promoca o No dia 29 de junho, o go-

vernador Jaime Lerner assinou o decreto 2229, concedendo ascensao funcional a classe fiscal. Desde o inicio das ne-gociagOes sobre os itens rei-vindicados pela categoria, en-tre elas a promogao, o secre-tario, Giovani Gionedis, man-teve sua palavra. E, é impor-tante salientar que a diretoria do Sindicato desconhece qual-quer participagao da autorida-de no movimento "terrorista"

de proibir os cargos em co-missao de ocuparem o lugar obrigatOrio na luta do sua en-tidade representativa.

As promogOes sairam na data combinada e foram mai-ores que o esperado. Porem, houve discrepancia no enten-dimento sobre a inclusao do estagio probatorio na conta-gem de tempo para compor as condigOes de transposigao na carreira. 0 argumento sera discutido na acao que menci-onamos.

Pra depois Na epoca que o governa-

dor assinou o decreto das pro-mocOes, o Sindicato e a cate-goria tiveram que conter o comemoragao. Os sindicalista5. haviam firmado urn compro-misso com o secretario da Fa-zenda de manter discrigao so-bre o processo de negociagao

"Valeu! Agora, restabe-lecida a ordem na carreira, mais confortavel trabalharmcx para fazer crescer a arrecada-gdo dos tributos estaduais, Parabens a todos aqueles que confiaram na estrategia tra-cada pelo Affep", comemora Elisabete Maria Rtische.

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Apolo: fiscais comparecem a Assembleia Legislativa nos dias de votacao do projeto que acabou corn o redutor salarial para a classe

Giovani Gionedis: o apoio do secretario da Fazen-da foi decisivo na conquista do fim do redutor salarial.

Gionedis foi procurador geral de Curitiba entre os anos de 1989 e 1994. Em 1995 assumiu a Secretaria de Governo. Foi titular da pasta ate o irlicio de junho de 1997, acumulando o cargo como de chefe da Casa Civil. Deixou ambos os postos ao ser nomeado secretario da Fazenda.

Na condicao de administrador das financas do Esta-do, Gionedis é responsavel pela implementacao das politicas de ajuste fiscal determinadas pelo governo do Parana._

NOTIFISCO GERAL

Diretorla: alem de muito trabaiho, foi preciso muita fe e reza para a conquista da vitoria

Estrategia: representantes do Affep se reCinem corn deputado Basilio Zanusso, presidente da CCJ, e Ciruelos para incluir o projeto que acaba corn o redutor salarial para os fiscais na pauta de votagao da Comissao. Na foto da esquerda para direita: Ciruelos, Zanusso, Elisabete e Hamada

Affep faz articulagao politica no plenario da Assembleia Legislativa corn o lider do governo na casa, Valdir Rossoni (centro)

Reurdio da CCJ: momento em que foram aprovadas as emendas de plenaria

Persistencia: diretoria do Sindicato pede ao presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (centro) a inclusao do projeto de lei 237/ 30 na pasta de votagao

Affep-Sindical, vitorioso mais uma vez!

0 Affep-Sindical venceu nova batalha contra o Paranaprevidencia e conseguiu por fim as contribuigebes que ilegalmente vinham sendo cobradas nos proventos de seus filiados aposentados e pensionistas.

No dia 15 de setembro, o desembargador Ramos Braga, do III Grupo de Camaras Civeis do Tribunal de Justica do Parana, concedeu liminar em favor dos filiados do

Sindicato contra os descontos previdenciarios. 0 novo mandado de seguranga, impetrado pela advogada Renata Cristina Paloan Toesca,

baseou-se nas alteragOes inseridas na Constituigao Federal pela Emenda Constitucional n 2 20/ )8. Para conseguir a liminar, o Affep ressaltou, em seu pedido, as graves lesOes que os descon-:os indevidos vinham causando aos seus aposentados e pensionistas.

A decisao judicial devera ser cumprida ja no proximo mes, sob pena de, novamente, ser pedida, sem receio, a prisao daqueles que a desobedeceram.

0 que diz a lei Art.1.°. Os cargos de provimento em comissao de que

trata o art. 2 2 . "in fine", da Lei n. 2 9.147, de 15 de dezem-bro de 1989, considerada a reducao quantitativa decor-rente do art. 2. 2 , da Lei n. 9 10.251, de 9 de fevereiro de 1993, passam, sob o mesmo simbolo de remuneragao, a ter a denominacao de "Assessor Administrativo".

S Mediante decreto do Chefe do Poder Executivo, serao redefinidas as atribuigibes dos cargos referidos no caput deste artigo e fixadas as respectivas lotagOes, na razao de ate 70% (setenta por cento) na Secretaria de Es-tado da Educagao e dos restantes na Secretaria de Estado do Governo.

§ 2.. Dentre as exclusiles constantes do art. 7 9 da Lei n.9 11.071, de 22 de marco de 1995, ficam acres-centadas as vantagens previstas nos artigos 91 e 92, da Lein.9 7.051, de 6 de dezembro de 1.978.

Art.29. Esta lei entrara em vigor na data de sua publi-cacao.

Palacio do Governo em Curitiba, em 15 de setembro de 2000.

Jaime Lerner Governador do Estado