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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA “A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12 ANO XVII - Nº 217 - DEZEMBRO DE 2014

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12

ANO XVII - Nº 217 - DEZEMBRO DE 2014

Editorial2 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

Enfoque Pastoral

Vivemos o início do ano da Igreja, que se dá com o santo tempo do Advento. Tempo de revisão, de planejamento e tempo também de agradecimento. Aqui estamos para reconhecer o quan-to pastoralmente foi feito em nossa Dioce-

se, em nossas Paróquias, em nossas vidas. Queremos iniciar agradecendo a solidariedade e carinho manifestado pelo nosso Bispo, pelos Padres, Religiosos e Religiosas, Semi-naristas e Agentes de Pastoral na caminhada diocesana. Mas também reconhecemos que muito temos a fazer. E este tempo vai, com sua força pró-pria, nos incentivar a continu-armos firmes na luta de sermos verdadeiros discípulos e mis-sionários nesta nossa grande e amada Diocese de Guarulhos. Nossa Assembleia Dio-

cesana se aproxima, será certamente um mo-mento feliz, pois alinhados com as diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, faremos a nossa Diocese um local de missão, de trabalho, de formação onde o Rei-no de Deus se fará LUZ, a luz que resgata, que acolhe, que abre as portas dos corações

e das comunidades para que todos possam entrar e participar da vida da Igreja, que será para nós lugar de irmãos, filhos de Deus. Queridos irmãos e irmãs, a Diocese não para. Ela continua e continuará o seu tra-balho pastoral. Não podemos desanimar, pre-cisamos sim nos animar, nos fortalecermos no Senhor e continuarmos o nosso trabalho. Contamos com cada um de vocês, irmãos amados, para que nossa Diocese continue crescendo e se santificando no nome do Se-nhor. Observem o nosso calendário, a nossa agenda, quanta coisa a ser realizada na Dio-cese, na sua Paróquia. Vamos, continue o seu trabalho. Que o Menino Deus ilumine a todos! Que a Mãe de Jesus interceda sempre por nós!

Padre Francisco G. Veloso Jr.Coordenador Diocesano de Pastoral

TEMPO DE REALIZAR

Nesta última edição de 2014 o leitor é con-vidado a render graças pelo ano que termina e renovar os compromissos cristãos da vida em sociedade. Dom Edmilson Amador Caetano expressa gratidão a Deus por estar na diocese de Guarulhos e por contar com a colaboração de tantos homens e mulheres na missão epis-copal confiada pelo papa Francisco. Entre os colaboradores destacam-se os padres Pedro e Cassio que celebraram um ano de vida sacer-dotal. Os jovens que diversos nos carismas ce-lebram a unidade no dia nacional da juventude. Os alunos e professores da Escola da Palavra

na Forania Nossa Senhora Aparecida que completou dez anos de história. Gratidão é o que sente os fiéis com a reforma e rei-nauguração da Capela no cemitério do Picanço onde também estão sepultados inúmeros colaborares que podem ser re-verenciados com orações neste espaço sagrado. Além de agradecer, é hora de se comprometer. É o que orienta as cartas públicas escritas pela Conferência Episco-pal dos Bispos do Brasil e os participantes

da escola diocesana de Fé e Política após o pe-ríodo eleitoral. Também, a pastoral da juventu-de não se cala, e indignada com o preconceito, pede o fim da Xenofobia. É preciso novas atitu-des e a catequese com adultos pode propor-cionar um novo caminho para enfrentar esses desafios da sociedade e torná-la uma comuni-dade de comunidades com dignidade de vida para todos. É o que esperamos ao celebrar mais um aniversário da cidade de Guarulhos. A Igreja como parte da cidade deve ser modelo desta sonhada comunidade procurando pro-mover experiências fortes como a leitura orante

na liturgia e a campanha da fraternidade que propõe assumir o papel do serviço como nova regra para viver em sociedade. É o que teste-munha o trabalho desenvolvido pelas Irmãs da Congregação do Santíssimo Redentor e Nossa Senhora das Dores no aspecto educacional e social. Os padres também como pastores as-sumem o compromisso de colaborar com uma nova sociedade e por isso participaram da for-mação permanente sobre fé e cultura. Na sau-dável disputa de enfrentar os desafios através de uma ação evangelizadora mais eficaz estão também os leigos e leigas que participaram da Assembleia das Igrejas e renovaram a im-portância do seu protagonismo na sociedade. Que a Imaculada Conceição, padroeira da dio-cese e da cidade de Guarulhos interceda por nós junto a Deus por mais um ano repleto de compromissos. Feliz Natal e feliz Ano Novo a todos os leitores e colaboradores e lembre-se isso não é uma gravação.

Padre Marcos Vinícius Assessor diocesano da Pascom

GRATIDÃO E COMPROMISSOS

3Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

Voz do PastorAÇÃO DE GRAÇAS

Com o Tempo do Advento inicia-mos um novo Ano Litúrgico, mas es-tamos terminando o ano civil. Estamos

presentes na sociedade e, celebrando o Mistério do Cristo, ao longo do Ano Litúrgico, fazemos presente na história o Mistério da Salvação. Durante este ano da graça de 2014, o Senhor tem caminhado co-nosco. Quero, aqui, dar graças pelas obras maravilhosas que pude ver o Se-nhor realizar na caminhada pastoral da nossa diocese de Guarulhos. É verda-de: muito ainda temos que caminhar! No entanto, agora é o momento de reconhecer, na ação de graças, a con-quista de Deus. Desde o início deste ano a diocese, na oração, aguardava o novo bispo. Uma vez, nomeado pelo Santo Padre, pude experimentar a acolhida na fé deste numeroso povo. Logo após a minha posse pude, ao longo deste ano, visitar todas as pa-róquias da diocese. Pude ver como Deus suscita vocações e ministérios e como o povo, com os pastores, pro-cura ser fiel ao ser Igreja. Demos graças pelo clero que temos. É um clero pequeno para um

povo tão grande. No entanto, nossas paróquias podem celebrar a Eucaris-tia todos os domingos. Todas as pa-róquias com seus pastores constituí-dos fazem a Igreja se tornar presente e acontecer nas comunidades. Como não dar graças pelo dom de termos no final deste ano mais 05 novos pres-bíteros? Como não dar graças e rezar pela perseverança dos mais de 30 se-minaristas que temos? Pude com alegria entrar em contato com todas as dimensões pas-torais da nossa diocese. Acredito que tenha sido um ano especial para a “dimensão do ser-viço”. Os encontros nas foranias com os agentes das pastorais sociais forti-ficaram o desejo de atuar a dimensão sócio transformadora do evangelho. Todas as pastorais ligadas a esta di-mensão presentes na diocese, bus-cam viver a missão. Convém colocar em destaque o início da Escola de Fé e política e a reflexão feita nas comuni-dades com a “cartilha” de fé e política.

Encabeçada pela PASCOM diocesana, a dimensão do diálogo tem procurado dar passos significativos. Creio que a Campanha da Fraternida-de de 2015, Igreja e Sociedade, dará notórios impulsos a esta dimensão. A dimensão do Anúncio, a di-mensão da comunhão e os Movimen-tos , incentivados e animados pela temática da Semana de Formação Diocesana, no mês de julho, desper-taram para a necessidade de ser uma “ Igreja em saída”. Isso foi um refrão constante nas avaliações pastorais das foranias no mês de novembro. Sentindo que não somos uma Igreja que ficou parada neste ano, da-mos graças e no Deus da Vida refa-zemos nossas forças para o ano pas-toral de 2015. O suceder do tempo e das estações não nos confunde da certeza que “Jesus Cristo é o mesmo ontem hoje e sempre”.

Dom Edmilson Amador CaetanoBispo de Guarulhos

AGENDA DO BISPO01 12h – Missa Catedral – Ação de graças pelos 10 anos da PPI02 dia todo: Reunião dos bispos da Província Eclesiástica03 09:30h – CODIPA e 14:30h – Atendimento Cúria04 09:30h – Atendimento e 21h15 Encer. do Ano da Esc. Ministérios05 20h – Missa e criação da Área Pastoral Sagrada Família

Paróquia Sta. Cruz e NS do Carmo06 09h – CEBs SP II – Vila Fátima e 16h – Crisma NS do Rosário

19h – Crisma sto. Antonio – Pimentas07 10h – Missa no Seminário Diocesano e 16h no Seminário Propedêutico

18:30h – Missa no Enc. do Ministério Jovem “Incendeia” – Virgo Potens08 08h e 15h– Missa Catedral

19:30h – Missa par. S. Geraldo – 25 anos de ordenação - Pe. Francisco09 09:30h – Economato e 14:30h – Atendimento Cúria

20:00h – Missa com os profissionais da saúde – Sant. S. Judas10 09:30h – Conselho de presbíteros e 19h – Missa paróquia NS Loreto11 09:30h – CDAE

19:30h – Missa comunidade NS de Guadalupe – Pimentas12 09:30h – Atendimento Cúria

20h – Missa e criação da Área Past. NS de Guadalupe – Par. S. Vicente

13 08h – Missa paróquia Santa Luzia – Parque Alvorada19:30h – Missa paróquia Santa Luzia – Mikhail22:30h – Missa na abertura do Night Cristo – Clube Parque CECAP

14 10h – Crisma paróquia Santa Rosa de Lima15h – Ordenação presbiteral Sant. S. Judas

16 14:30h – Atendimento Cúria17 09:30h – Atendimento Cúria

19:00h – Missa e Visita à comunidade das Irmãs Operárias18 09:30h – Manhã de oração do clero – Seminário19 09:30h – Atendimento Cúria20 15h e 19h – Crisma paróquia S. Antonio – Pimentas21 * Posse do bispo de Barretos 23 14:30h – Atendimento Cúria24 20:30h – Missa da Noite de Natal – Catedral25 10h – Missa na comunidade Hatsuta – paróquia S. Roque27 18h – Missa na comunidade Sagrada Família – paróquia NS Lourdes28 09h – Missa na comunidade Sagrada Família

Paróquia Sta. Cruz (Taboão)17h – Missa Catedral

29 * Presença na Missão Jesus no Litoral – Ministério Jovem RCC31 19:30h – Missa Catedral

4 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

Fé e PolíticaFindadas as paixões, é tempo de avaliar o pro-cesso eleitoral. Somos participantes do Curso Diocesano de Fé e Política que começou em fevereiro. Estamos nos reunindo no Colégio Virgo Potens, às quintas--feiras, das 19h30 às 21h30. O curso está aberto a quem se interessar. Nesta carta, queremos des-tacar a nossa dificuldade em relacionar fé e política no ambiente conflituoso da disputa eleitoral ocorri-da em nosso País, o perfil do Congresso Nacional saído das urnas, os desafios do novo governo da Presidente, reeleita por pequena diferença de votos. Seguiremos, em linhas gerais, o conhecido méto-do Ver, Julgar e Agir que utilizamos na elaboração da nossa cartilha “Eleições 2014 – Meu voto, meu futuro”, refletida por centenas de grupos de base espalhados em diferentes regiões da cidade.

Política: um exercício de amor Seguindo o Ensinamento Social da Igreja (ESI), tão divulgado pelos nossos papas, cremos que a ação “política é uma forma sublime do exer-cício da caridade”. Como acontece essa caridade? - alguém poderá questionar. Respondemos que é por meio da política a qual se ocupa de leis e medi-das concretas que afetam diretamente os cidadãos, propiciando o bem-estar e a garantia dos direitos a todos. O espaço da política partidária é para pes-soas honestas, bem intencionadas, cândidas – daí o termo candidato - amantes de uma sociedade mais justa e solidária. Não é espaço para corruptos e corruptores. As pessoas não se tornam corruptas por entrar neste ou naquele partido. Os corruptos e corruptores optam pela política partidária apenas no intuito de usá-la como um abrigo para a prática de ações criminosas. Precisamos recuperar o lado bom e positivo da política. “Felizes os que têm fome e sede de justiça”, nos diz Jesus (Mt 5,6)Fé e Vida de mãos dadas Hoje muitos de nós cristãos temos dificul-dade em relacionar fé com a vida e os ensinamentos sociais dos papas, a eucaristia, a leitura bíblica e a superação da violência. Fé não é magia. Esperança e caridade não podem estar desligadas da vida e dos problemas concretos. Não relacionam a fé com os projetos de libertação que encontramos na Bíblia: Moisés, profetas, profetisas, Jesus e Maria. E o tema política ainda causa resistência em setores da Igreja. Sabemos que a Igreja-Instituição, como Je-sus, não deve fazer acordo com nenhum partido, nem se atrelar a sistemas socioeconômicos e ide-ologias. Por outro lado, a Igreja incentiva os leigos a viver os valores do Evangelho na política partidá-ria, e, assim, colaborar para que todo poder e toda autoridade devam ser exercidos em vista do Bem Comum.

As eleições Neste item, constatou-se que a maioria dos eleitores não dá importância à eleição de deputado estadual e deputado federal. Falou-se tanto em mu-danças, dos anseios expressos nas manifestações de junho de 2013, mas não se refletiram nos resul-tados dos cargos proporcionais. Escrevemos em nossa Cartilha: “Entre junho e julho de 2013, milha-res de pessoas ocuparam as ruas e praças exigindo melhores serviços de transporte, educação e saúde de qualidade. Gritaram contra os políticos corrup-tos. Manifestaram insatisfação quanto ao modo que os políticos eleitos exercem o poder” (Cartilha p. 4). Mas apurados os votos, a triste constatação: o novo Congresso é o mais conservador desde 1964. Au-mentou substancialmente a bancada dos ruralistas, dos empresários, dos religiosos, a bancada dos mi-litares. Caiu o número de deputados ligados aos sin-dicatos e aos movimentos sociais. Triste retrocesso. O aumento dos deputados conservadores, muitos deles financiados por grandes empresas, significa que vão levar para o plenário bandeiras que já em-punhavam na campanha eleitoral, como a redução da maioridade penal, o endurecimento das penas, a criminalização dos movimentos sociais... Por outro lado, a demarcação das terras indígenas, o direito dos quilombolas, a reforma agrária e a reforma ur-bana, a grave questão ambiental, as reivindicações dos movimentos sociais, os direitos de minorias não estarão na pauta do Congresso Nacional, a não ser com mobilizações e pressão das ruas. Outro aspecto preocupante que revela o desencanto com o atual sistema político viciado fo-ram os votos nulos, em branco e a abstenção. Isto equivale a 29% do eleitorado As pessoas não se sentem representadas. Uma reforma política urgen-te é um dos desafios para o novo governo. Sem or-ganização e mobilização popular, não terá sucesso. “Que se universalizem os Direitos Humanos, políti-cos, civis, econômicos, sociais, culturais, religiosos e ambientais. Que sejam garantidos, independente-mente de ser uma pessoa pobre ou rica, um bom sistema de saúde, de educação, de transporte, de saneamento básico e de segurança pública” (Carti-lha, p. 13). Outro problema grave a ser enfrentado é a corrupção que é sistêmica e atinge toda a socieda-de, principalmente os políticos. Outra política, com critérios éticos, é possível. “Que promova uma re-forma política com a participação do povo e que as decisões sejam compartilhadas com os cidadãos e cidadãs como: as questões econômicas, impacto ambiental, privatizações, que o poder judiciário pos-sa ser controlado pela sociedade” (Cartilha, p. 12).

Os desafios A democratização dos meios de comuni-cação é um desafio a ser enfrentado. No Brasil, a grande mídia é dominada por um pequeno grupo,

um oligopólio. Ela defende, em primeiro lugar, os in-teresses dos grandes grupos econômicos. Sendo concessões do poder público, deveriam ser meios de informação e de debate de ideias para toda a população. E lamentavelmente, em período eleitoral, grande parte da mídia se porta como poderosíssimo cabo eleitoral. A disputa para a presidência da Repúbli-ca foi muito acirrada. A Presidente foi reeleita com uma diferença de três milhões de votos. Falou-se em divisão do País. Foi uma divisão de votos e não do povo. O povo segue unido na superação das desigualdades que ainda são muito grandes. Surgi-ram correntes xenófobas, principalmente na Internet contra os nordestinos. Lamentável! Sabemos que não foi uma divisão regional, geográfica, mas princi-palmente ações de pequenos grupos no desejo de desqualificar os resultados das urnas. E neste tur-bilhão nota-se o fortalecimento de uma consciência conservadora na defesa de ideias racistas, xenófo-bas, militaristas, golpistas, antidemocráticas. O novo governo terá de enfrentar o proble-ma da inflação que vai se agravar com o aumento de preços que foram represados e impulsionados pela grande seca que afeta a agricultura e a pro-dução de energia. Rever o modelo econômico ne-odesenvolvimentista, centrado no capital financeiro (bancos, investidores financeiros) e na promoção de empresas privadas. Interromper o processo de pri-vatização de serviços públicos e de nossas riquezas naturais. Deve manter constantes diálogos – abertos e sinceros – com os movimentos organizados e não privilegiar apenas o Congresso Nacional (Câmara Federal e Senado). Devemos tomar consciência de que não adianta apenas votar. Precisamos cobrar, acompa-nhar os nossos vereadores, deputados, o prefeito. E, para isso, temos que nos organizar. Já estamos dando os primeiros passos. Já nos organizamos em comissões para acompanhar as sessões da Câma-ra Municipal, ver de perto como ela funciona. Que-remos aproveitar a oportunidade e convidá-los para que se juntem a nós na divulgação e coleta de assi-naturas de um abaixo-assinado que está ocorrendo em todo o País para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, elaborado pela Coalizão pela Reforma Po-lítica Democrática e Eleições Limpas, encabeçado pela CNBB e mais 100 entidades importantes da sociedade civil. E seguimos firmes na manutenção do Curso de Fé e Política que entra em seu segundo ano de funcionamento. Desejamos aos irmãos e ir-mãs de caminhada um ano de 2015 com muita saú-de e vontade de participar na construção do Brasil que queremos.

(Confira os nomes dos assinantesdesta carta no site diocesano:

www.diocesedeguarulhos.org.br)

CARTA DOS PARTICIPANTES DO CURSO DIOCESANO AOS CRISTÃOS E CIDADÃOS DE GUARULHOS

5Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

ReflexãoCRISTO - ONTEM, HOJE E SEMPRE

Refletindo sobre este tema na catequese de adultos na paróquia de N.S. de Loreto, pedi aos ca-tequisandos que tentassem responder por escrito à duas questões que me pareceu importantes dentro do processo de evangelização: a descoberta de no-vos agentes e desafios de nossa sociedade.

Pe. Lauro - De acordo com a reflexão feita como você descreveria o anúncio de Jesus Cristo para os homens e as mulheres de nosso tempo?Michelli: Em todos os momentos Jesus Cristo deixa bem claro que é o único Caminho, Verdade e Vida. Ele não mencionou que era “um caminho”, nem mesmo mencionou ser ele “uma das portas”, mas afirmou ser a porta, ou seja, a única porta existente. Cristo não deixou espaço para outros deu-ses ou mestres, mas afirmou ser único. O único Filho do Deus vivo, sem o qual ninguém chega ao Céu. A vida cristã de verdade é constituída pela busca da santidade. E é em santidade que Deus deseja que vivamos. O Senhor deseja que sejamos santos, separados para ele e para propósitos dele e, essa santificação se dá pela vivência da Palavra Dele. Deus não me deu a opção der andar ou não por esse ou aquele caminho, mas Ele tem me dado

sua misericórdia, sua compaixão e a graça para an-dar por Seu caminho. Suas misericórdias se reno-vam a cada manhã e sua compaixão nunca falha. Por essa razão na realidade, Deus Pai, Je-sus o Filho e o Espírito Santo são o mesmo Deus para nós. Assim como realmente nós existimos, Je-sus, o Espírito Santo e Deus Pai também existem de fato. Assim como todos nós somos seres humanos, mas cada pessoa é única e diferente uma da outra, o papel de cada um na Trindade é diferente, mas Eles são um só Deus.

Pe. Lauro - Que palavras você escolheria para expressar a alegria de seguir Jesus e anunciar as maravilhas que ele realiza em nosso favor?Michelli: Em nosso peito bate um coração, pois so-mos presenteados novamente com a oportunidade de um novo dia, porque Deus nos ama e nos permi-te mais um dia para vivermos na sua presença. Deus precisa estar em primeiro lugar em nossa vida. Louvemos ao Senhor por tudo que ele nos faz. Ele cuida dos mínimos detalhes de tudo o que ele nos concede, um pai e uma mãe se entriste-cem ao ver seu filho triste. Imaginemos como fica o

coração de Deus ao nos ver tristes. No Senhor não há injustiça. Como é bom sermos cercados pelo carinho e cuidado de Deus. Ele nos cerca de afeição, quando coloca ao nosso lado pessoas que nos apóiam nos momentos de tribulações e se alegram conosco nos momentos de alegria.

Pe. Lauro Luiz Vizioli

CIDADE DE GUARULHOS: COMUNIDADE DE COMUNIDADESOBJETIVO COMUM: VIDA DIGNA PARA TODOS

Não basta querer viver bem. Se quisermos que isso dure é preciso saber o que se quer e “fazer jun-tos” o que queremos “ser juntos”. Que Guarulhos queremos? É difícil responder, somos uma grande cidade. Seria melhor e mais eficiente pensarmos que “bairro queremos”. O bairro é a nossa Comunidade. Há uma relação íntima entre os dois pólos da comunidade: objetivo e a unidade entre seus membros. Uma comunidade se torna una e irradiante, quando todos os seus membros têm um sentimento de urgência, cuidando do bairro como extensão da nossa família. Parece utopia? Não é para aquele crê que a união gera ‘vida em abundancia a todos’. Os membros de uma comunidade viverão plena-mente a Comunidade somente quando compre-enderem que não estão aí para eles mesmos, nem para a sua satisfação, mas sim para acolher o dom de Deus e para que o Reino de Deus venha e se espalhe pelo mundo inteiro. Toda a comunidade deve ter um projeto comum bem definido. Se isso não acontecer, ha-verá logo conflitos e tudo desmoronará. As tensões numa comunidade surgem, muitas vezes, porque

as pessoas têm metas muito diferentes e não as verbalizam. Descobre-se logo que umas desejam coisas bem diferentes das outras. Isso implica que toda a comunidade deve ter um projeto de vida que especifique claramente porque se vive junto e o que se espera de cada membro. Quanto mais uma co-munidade é autêntica e criativa em sua procura do essencial, tanto mais seus membros se unirão. Ao contrário, quanto mais uma comunidade se torna medíocre em relação ao seu objetivo inicial, tanto

mais a unidade entre seus membros corre o risco de desaparecer e as tensões surgirem. Os membros não falam mais de “como” melhor responder aos apelos da comunidade, mas falam deles mesmos, de seus problemas, das estruturas, da pobreza e ri-queza, etc. Pensar em Comunidade-Cidade é difícil, pense em sua Comunidade-Bairro, Comunidade-Vi-la, em sua Comunidade-Rua, Comunidade-Condo-mínio. Comece a participar dos Conselhos Comuni-tários, Amigos de bairros, crie grupos de reflexões que pense o bairro, procurando soluções, exigindo dos Governantes nossos direitos, não pedindo ‘fa-vores’ a Vereadores e outros. O Reino de Cristo cresce onde se manifesta atitude de serviço, a doação generosa em prol do irmão, onde cresce o respeito pelos outros, o en-contro, o diálogo, onde se estabelece relação nova entre todos os homens. Somos convidados a nos identificar com o agir de Jesus: curar doentes, per-doar pecados, optar pelos pobres, ressuscitar mor-tos. Transformar toda situação de morte em situa-ção de Vida. Comecemos pela nossa Família, Rua, Vila, Bairro e Cidade.

Pe. José Francisco Antunes, CR (Padre Chico)

6 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

O pontapé inicial para a Campanha da Fraternidade 2015 foi dado entre os dias 24 e 26 de outubro último, em Itaici, onde foi realizado o Encontro Estadual da Campa-nha da Fraternidade, com a participação de diversas dioceses de todo o Regional Sul I (estado de São Paulo). Representando nossa diocese esteve pre-sente a Equipe Diocesana da CF, formada por 12 membros, além de nosso assessor diocesano e também do Regional, Padre Frizzo.

O tema da CF 2015 é: FRATERNIDADE: IGREJA E SOCIEDADE.

O lema: “EU VIM PARA SERVIR” (Mc 10,45) A proposta da Igreja é que durante o tempo da quaresma, momento de recordar a vocação e missão de todo cristão, possa-mos nos voltar para a sociedade, afinal as pessoas que vivem do Evangelho vivem em sociedade. E Jesus Cristo assumiu e viveu

a cultura de seu povo, participan-do ativamente de seus proble-mas.Além disso, somos convida-dos a retomar os ensinamentos do Concílio Vaticano II, que nos impulsiona a sermos uma Igreja atuante, participativa, consola-dora, misericordiosa, samaritana. Participar da CF é assumir o papel de profeta, cheio do Es-pírito Santo, com coragem para anunciar e denunciar. A Campa-nha contribui para que possamos discutir os problemas sociais com os cristãos e, ao mesmo tempo, agir na sociedade, discu-tindo os problemas que afetam a população, especialmente a mais carente. É chegar aos que mais necessitam. Os problemas não são pou-cos, ainda mais quando se fala em algo tão amplo como a socie-dade. E olhando um pouco mais para nossa cidade, não é preciso

refletir muito para constatar os problemas de uma população de mais de um milhão e trezentos mil habitantes – são muitas as questões sociais para serem abordadas, há várias demandas. E além de muitas, a cada ano novos desafios surgem. E foi com estes questionamentos que retornamos à nossa Diocese-Cidade de Guarulhos. Para realizar a Campanha na dioce-se, de forma vigorosa e que produza frutas o ano inteiro, o primeiro grande desafio que temos é o de formar equipes paroquiais da Campanha, pois, atualmente, temos ape-nas uma paróquia com equipe ativa, que trabalha o tema durante o ano inteiro. A tarefa destas equipes paroquiais, em conjunto com a equipe diocesana, é justamente dar andamento nas ações. É manter o diálogo com os agentes de den-tro e de fora da Igreja. É acima de tudo não deixar morrer toda a motivação suscitada pela Campanha. Não se pretende criar um

novo trabalho, mas integrar a CF aos diver-sos trabalhos pastorais que já existem, in-terligando ações e favorecendo o diálogo e o trabalho conjunto. E foi isto que nos propomos fazer, nos encontros preparados para as foranias ocorridos nos dias 18 e 19 de novembro. Dia 18 na Paróquia Santa Cruz e Nossa Se-nhora Aparecida, do Jd. Presidente Dutra, para as foranias Fátima e Bonsucesso. Dia 19 no Colégio Virgo Potens, para as fora-nias Aparecida e Imaculada. Nesses encontros conseguimos atingir 17 paróquias, num total de 49 parti-cipantes. Estas pessoas voltaram para casa com a missão de se organizarem enquanto paróquia, para juntos darmos continuidade aos trabalhos do ano que vem. Até a ocasião das aberturas oficiais para as foranias, o que se pretende é que estas equipes paroquiais estejam forma-das. As aberturas ocorrerão nas seguintes datas:

Forania Imaculada: 30/01/2015, às 20h, em local a ser confirmadoForania Aparecida: 07/02/2015, às 15h, no Centro Diocesano de Pastoral.Forania Bonsucesso (em duas etapas):- 31/01/2015, às 15h, na Capela São Se-bastião, pertencente á Paróquia Santo Al-berto Magno.- 07/02/2015, às 15h, na Paróquia Santa Cruz e N. Sra. Aparecida – Pres. Dutra.Forania Fátima: - 12/02/2015, às 20h, na Paróquia Santa Rita – Jd. Cumbica

Além destes encontros haverá uma abertura oficial para a Cidade, com a pre-sença das autoridades municipais e ecle-siais, no dia 26/02/2015 às 20h em local a ser confirmado. E em sua paróquia, já está sendo formada a Equipe da Campanha da Fraternidade? Participe!!!!

Equipe Diocesana da Campanha da [email protected]

CF 2015 CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Juventude

Esperançosos, acompanhamos no último mês de outubro uma das maiores eleições da história de-mocrática de nosso país. E justamente em seguida, no segundo seguinte ao término da disputa eleitoral, assistimos a mais lamentável demonstração do pre-conceito encravado no seio de uma sociedade que se diz livre deste mal. Inúmeros xingamentos foram proferidos tão somente pelo fato de pessoas divergirem quanto ao voto. As redes sociais ficaram preenchidas de dis-cursos de ódio, preconceito e xenofobia. A principal

vítima das mais variadas e podres ofensas foi, prin-cipalmente, o povo das regiões Norte e Nordeste do país, que chegaram a ser condenados por buscar melhores condições ante o esquecimento político histórico do qual foram vítimas. A construção de um muro foi sugerida para separar em dois lados o “har-mônico” povo brasileiro: os puros, “trabalhadores”, sulistas, e o resto, impuros, vagabundos, preguiço-sos. Mais triste: grande parte destas ofensas, das ideias xenofóbicas e preconceituosas aqui men-cionadas, partiram de agentes de nossas pastorais, daqueles que se colocam como “de Deus”, cristãos, “seguidores” do maior exemplo que a humanidade já teve de acolhida e amor ao pobre, ao esquecido e ao próximo. Mais ainda, foi possível sem dificuldade encontrar entre os que ofendiam, pessoas atuantes aqui, em nossa diocese, em nossa paróquia, em nossa comunidade. Esquecem-se estes preconceituosos de sua história como povo de Deus, estrangeiro e hu-milhado no Egito; da xenofobia que motivou, entre outros, Hitler; do sentimento de superioridade que excluiu durante muito tempo - e ainda exclui - de nossas igrejas o negro, sem alma e escravizado, e o pobre... Esquecem-se de Jesus, do amor e respeito

ao próximo independentemente de sua opção po-lítica ou religiosa, cor, sexo, raça, origem, situação social...Não podemos nos calar diante desta ferida aberta grave, preocupante, de intolerância política e xeno-fobia. Esta relação de ofensa, seja contra o ven-cedor ou o vencido, não pode passar sem repúdio de nossa parte, clero e leigos, Igreja de Cristo. To-dos devemos nos levantar, unidos verdadeiramente na denúncia de e contra tais fatos e posturas. Assim é que a Pastoral da Juventude vem ratificar a sua posição de repúdio a quaisquer atos de racismo e xenofobia como os que fomos testemunhas. Segui-mos Jesus, o Cristo, que acolhe e ama a todos (Mc 7, 24-30).Por fim, ficamos com as palavras postadas pelo pe. Tarcísio Almeida em uma rede social: “Todos anda-mos precisando de amor em dose tal que nos reu-manize, nos eduque, nos corrija, nos dê capacidade de entender, perdoar e ir para frente. Vamos cons-truir pontes, e não muros. [...] Fiquemos em paz. Somos todos irmãos”.

Tabata TesserPastoral da Juventude

XENOFOBIA, NÃO É OPINIÃOXENOFOBIA É CRIME

Assembleiadas Igrejas

LEIGOS, VOCAÇÃO E MISSÃO

O Regional Sul 1 da CNBB realizou de 17 a 19 de outubro a 36ª Assembleia das Igrejas, no Centro de Espiritualidade Inaciana (CEI), em Itaici, Indaiatuba (SP). Participaram do encontro200 pessoas entre bispos, padres e leigos das-coordenações diocesanas e arquidiocesanas do Estado de São Paulo – tinha como tema Vo-cação e missão dos cristãos leigos numa paró-quia missionária. Dom Moacir Silva, arcebispo de Ribei-rão Preto (SP), presidiu a celebração de abertu-ra. O tema da assembléia foi apresentado pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom Júlio Akamine. Durante o encontro, os participantes puderam partilhar experiências de uma igreja em “atitude de saída”, expressão utilizada pelo papa Francisco, ou de uma instituição capaz de discernir e enfrentar as diferentes culturas e vi-sões do mundo.

Os participantes dividiram-se em gru-pos para refletir documentos, como Lumen Gentium, Apostolicam Actuositatem, Christifi-deles Laici, Documento de Aparecida e Evan-gelii Gaudium, e textos direcionados à vocação e missão dos leigos como Comunidade de co-munidade: Uma nova paróquia e Cristãos lei-gos e leigas na Igreja e na sociedade. A experiência pessoal com Jesus, a conversão pessoal e paroquial, a forma-ção de líderes e a comunhão pastoral foram alguns dos pontos mais levanta-dos nos grupos e na assembleia plená-ria. A reflexão nos grupos teve o objetivo de partilhar as experiências paroquiais e diocesanas e apresentar propostas para uma ação evangelizadora mais eficaz. Com a presença de dom Roque Paloschi, bispo de Roraima (RR) –, a as-sembleia estreitou laços com o Regional Norte 1, avaliando experiências do Proje-to Missionário Sul 1 – Norte 1.

No encerramento, Dom Júlio Akamineapresentou a síntese da ação pastoral do Re-gional. A Diocese de Guarulhos esteve repre-sentada por: Dom Edmilson; Padre Francisco Veloso; Afonsina Gomes; Maria Célia Pinto e José Alexandre.

7Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

8 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

Aconteceu ESCOLA DA PALAVRA10 ANOS

No dia 13 de novembro, na Paróquia Nos-sa Senhora Aparecida do Cocaia, ocorreu o encerramento de mais um ano da escola da Palavra, cujo tema de estudo foi o Evangelho segundo Mateus e a Exortação Apostólica do

Papa Francisco Evangelii Gaudium. A escola comemorou 10 anos de sua fundação, começou com apenas 2 grupos e hoje estamos com 5 grupos nas Paróquias da Vila Fátima, Santa Mena, Taboão e 2 grupos no Cocaia. Neste ano 358 alunos receberam o seu certificado num clima de muita festa e alegria.A missa de encerramento foi presidida por Dom Edmilson Amador Caetano, concelebrada pelo Padre Marcos Vinicius e pelo Padre Tarcisio.Após a benção final houve o envio dos leigos e leigas. “Ide fazer discípulos e ensinai” (Mt 28,19-20). A festa continuou após a missa com uma grande recepção para os alunos, parentes e convidados. A escola da palavra agradece a todos

que nos ajudaram, incentivaram, e participaram leigos, leigas, padres, bispos, sem vocês a es-cola não existiria, que Deus abençoe a todos.

Daniel Lopes Barbosa

No dia 25 de outubro, a Paróquia Santa Rosa de Lima sediou a Missa em Ação de Graças por um ano de Ordenação Presbiteral dos Padres Cássio Fernando e Pedro Nacélio. Rendemos graças ao Se-nhor pela vida e vocação de cada um, para que continuem sendo canal de conversão para as pessoas, e tragam até nós o verdadeiro alimento através da Santa Eucaristia, e a Palavra de Salvação pelas Sagradas Escrituras. Parabéns padres pelo seu Sim.

“Tu é sacerdote para sempre!” Hb 7,17

Pascom da Paróquia Santa Rosa de Lima

1 ANO DE SACERDÓCIO PADRES CÁSSIO E PEDRO

Uma mistura de devoção, fé e gratidão, foram os sentimentos vis-tos no Santuário São Judas Tadeu nos 2 fins de semana, 25, 26 de ou-tubro e 01 e 02 de novembro, cujo, entre eles, tivemos o dia de nosso Padroeiro, São Judas Tadeu (28/10), recebendo a visita de diversas pes-soas - com uma estimativa da festa esteve em torno de 60 mil pessoas, entre devotos e visitantes de outras partes de São Paulo, para prestigiar

a Festa do Santo das causas Urgen-tes. Com shows e atrações diversas, a festa foi um sucesso que cresce a cada ano, se importante para a Ci-dade. Somente no dia do Padroeiro (28/10), pelo menos 40 mil pessoas passaram pelas 11 Missas realiza-das em honra a São Judas Tadeu no Santuário, sendo a principal Missa celebrada ás 15h pelo Bispo de Gua-rulhos, D. Edmilson.

Pascom Santuário São Judas Tadeu

FESTIVIDADES NO SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU

9Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

ENCONTRO DEINTERCESSORESRCC GUARULHOS

Aconteceu no dia 16 de novembro, o encontro do Ministério de Intercessão da nossa Diocese na sede da RCC. O evento reuniu cerca de 150 pessoas, participando da formação da 2ª apostila: Jesus Cristo, o intercessor. Agradecemos a todos que deram o seu SIM para po-dermos crescer no conhecimento e na espiritualidade do nosso carisma. Fechando o encontro, com chave de ouro, com a Santa Missa clebrada pelo Padre Paulo Afonso Sobrinho. A todos que estiveram envolvidos para que este evento acontecesse, o nosso muito obrigada. Deus seja louvado pela vida de cada um.

Paula TommasoCoordenadora do Ministério de Intercessão

No dia 2 de novembro, dia de Fi-nados, Dom Edmilson presidiu a Cele-bração Eucarística de Reinauguração da Capela São Judas Tadeu, no Cemi-tério do Picanço. A Capela se encontra no inte-rior do cemitério e passou pelo pro-cesso de reforma que permitiu a res-tauração da pintura interna e externa, além da aplicação do revestimento de cobertura em porcelanato, substitui-

ção de escadas por rampas, para me-lhor locomoção dos fiéis. A cerimônia de reabertura ain-da contou com a presença do Exmo. Senhor Prefeito do Município de Gua-rulhos, Sebastião Almeida, da Secretá-ria de Serviços Púbicos de Guarulhos, Salete de Oliveira Marra, e o Pároco da Paróquia Santa Mena, Padre Cleber Leandro.

Pascom da Paróquia Santa Mena

REINAUGURAÇÃO DA CAPELA SÃO JUDAS

O Dia Nacional da Juventude (DNJ) surgiu em 1985, durante o Ano Internacio-nal da Juventude, promovido pela Organi-zação das Nações Unidas. Estava eviden-te que a juventude precisava mobilizar-se e construir espaços de participação, para pensar e repensar uma nova sociedade.Todos os anos organiza-se um dia de fes-ta da juventude, sempre com um tema im-portante a ser debatido e trabalhado com grupos. Nos dizeres de Dalmo Coelho C. Filho, “a juventude brasileira é uma das parcelas mais sofridas da sociedade (a mais atingida pelo desemprego e pela violência), mas a alegria e a vontade de estar junto também são uma de suas marcas”. (Revista Mundo Jovem) A equipe diocesana da juventude celebrou o DNJuntos, no Centro Diocesa-no de Pastoral no dia primeiro de novem-

bro com a presença dos diversos grupos que trabalham a expressão juvenil em nos-sa Diocese, entre eles a Juventude Missio-nária, Comunidade Católica Shalom, Mi-nistério Jovem, Caminho Neocatecumenal e a Pastoral da Juventude. O encontro teve como propos-ta nacional o tema central: “Feitos para sermos livres, não escravos” e lema: “Eis o que diz o senhor: Praticai o direito e a justiça e livrai o oprimido das mãos do opressor” (Jr 22, 3). Baseados no tema, cada grupo de jovens desenvolveu uma apresentação ao longo do evento. Dom Edmilson Caetano, presidiu a Santa Missa de encerramento e desta-cou na homilia os sentimentos que todos os jovens têm perante o tráfico humano.

Pascom da Paróquia N. Sra AparecidaPascom da Paróquia Santa Rosa de Lima

DIA NACIONAL DA JUVENTUDE - 2014

10 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

Devoção

Vida Consagrada

“Se o solo que Jesus pisou é chamado Terra Santa, com mais razão Aquela cujo ventre Ele habi-tou deve ser Santa.” – essa frase proferida por um amigo, calcada sobre um pensamento de um padre católico, reflete em sua lógica singela uma verda-de de fé: desejando o Senhor Santíssimo ser visto entre nós, caminhar conosco e mesmo ser um de nós - criados por amor à sua imagem e semelhança - , para resgatar-nos do pecado e da morte, dispôs que seu Filho Eterno se fizesse humano; para tanto convinha que a Mãe do Redentor fosse preservada do pecado original e de todo pecado, em previsão dos merecimentos da paixão, morte e ressurreição do mesmo Salvador que em seu seio bendito se fez carne. Assim desejou Deus, assim convinha, assim podia realizar, como de fato realizou, antecipando em Maria a vitória contra o veneno do pecado e da morte, fazendo brotar em meio ao lamaçal de cor-rupção um lírio imaculado; no deserto, uma açucena intacta; no espinheiro, uma rosa de delicada fragrân-cia; na carcaça de nossa podridão, um favo do mais puro mel; no mar de sal e amargura, uma pérola, a mais preciosa: Maria de Nazaré, cheia de graça e beleza, porque correspondeu ao amor eterno com que nos ama o Senhor. Maria, como nova Eva, nos oferece não o fruto mortífero do orgulho pecaminoso, mas o fru-to bendito nascido de seu ventre, amadurecido na cruz, pouco atrativo ao nosso olhar de pecadores obstinados, sem qualquer formosura humana – to-

davia o mais belo entre os filhos dos homens - , em quem todos somos destinados a ser igualmente benditos, comprometidos com seu novo reino de justiça e paz, prefigurado no vinho novo de Caná da Galiléia. Maria, nova sarça ardente de amor eterno, sem se consumir ao nos revelar Aquele-que-é, que era e que será. Se Moisés não ousou fixar seu olhar naquele fogo abrasador, somos nós todavia convi-dados pelo próprio Amor Eterno a contemplar suas maravilhas na mais bela das criaturas, preservada por seu próprio desígnio da herança de Adão.Os céus já se rasgaram, as nuvens já choveram o Justo, da terra renovada pela aragem do Espírito já se abriu a flor sem nódoa e por ela o Salvador habi-tou entre nós. Maria, pedra não destacada pela mão hu-mana, qual previra o profeta Daniel, que se despren-de da montanha e abala as estruturas de pecado dos poderes deste mundo, pois o Senhor derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes.Maria, Imaculada não porque o Verbo Encarnado temesse contaminar-se pela imperfeição das po-bres criaturas – pois Ele se fez pecado por nós - , mas Imaculada para expressar o destino final dos que crêem naquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida: sermos igualmente puros e imaculados no amor. Imaculada não para distanciar-se de nós, mas para renovar-nos na esperança de unir-nos definitivamente aquele que uniu a si nossa mísera

humanidade. Imaculada, porque o Cordeiro Divino quis que ela fosse imagem da Igreja, remida pelo seu san-gue, salva por sua cruz, vivificada por seu Espírito. Na Imaculada Conceição da Virgem Maria, a Igreja contempla as maravilhas do Senhor, acolhe o Redentor dela nascido, aprende a ouvir a Palavra salvadora no silêncio fértil e anunciar a salvação a todas as gentes, e celebra sua vitória final.

Pe. Antônio Bosco

A IMACULADA CONCEIÇÃO

Nós, Filhas do Santíssimo Redentor e de Nossa Senhora das Dores, somos uma con-gregação religiosa de direito pontifício, nascida

em 1816, fundada por Madre Giovanna Faustina em Poten-za Picena – Itália, com a fi-nalidade de acolher crianças, adolescentes e jovens pobres.

Espírito e Carisma

Espírito: Somos chamadas a ser irmãs como Maria ao pé da cruz para aqueles que sofrem.

Nosso carisma: testemunhar com a vida e com as obras o valor redentor do sofrimento.

Somos uma comunidade de vida ativa, de ora-ção e missão. Hoje atuamos na educação de crian-ças, adolescentes e jovens com alto índice de

vulnerabilidade social, através de: escola, cre-che e projeto socioeducativo, e serviço nas di-versas pastorais da igreja.Nossa missão: “Educar para a prática da so-lidariedade, do cuidado com a criação e a va-lorização da vida, tendo como base princípios cristãos, valores e o conhecimento de acordo com as exigências da sociedade moderna, de forma que os educandos se tornem compro-metidos com a construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária”. Estamos atual-mente na Itália, Filipinas e Brasil.

Venha nos visitar!

Aqui em Guarulhos: Rua 3º Sargento Alcides de Oliveira, 146 – GopouvaTelefone: (11) 2443-4733, (11) 2408-5115 Email [email protected]

FILHAS DO SANTÍSSIMO REDENTOR E NOSSA SENHORA DAS DORES

11Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

BíbliaNOVO CÉU E NOVA TERRA,E NOVAS COMUNIDADES!

LiturgiaA LEITURA ORANTE NA LITURGIAE A FORMAÇÃO DE COMUNIDADES

Em tempos de pós-exilio da dominação babilôni-ca, urgia a necessidade e uma voz clamando e apon-tando: “Vejam! Eu vou criar um novo céu e uma nova terra. As coisas antigas nunca mais serão lem-bradas, nunca mais voltarão ao pensamento. Por isso fiquem para sempre alegres e contentes, por causa do que vou criar. Farei de Jerusalém uma ale-gria, e de seu povo um regozijo. Exultarei com Jeru-salém e me alegrarei com o meu povo. E nela nunca mais se ouvirá choro ou clamor. Aí não haverá mais crianças que vivam alguns dias apenas, nem velhos que não cheguem a completar seus dias, pois será ainda jovem quem morrer com cem anos, e quem não chegar aos cem anos será tido por amaldiçoa-do. Construirão casas e nelas habitarão, plantarão vinhas e comerão seus frutos. Ninguém construirá para outro morar, ninguém plantará para outro co-mer, porque a vida do meu povo será longa como a das árvores, meus escolhidos poderão gastar o que suas mãos fabricarem. Ninguém trabalhará inutil-mente, ninguém gerará filhos para morrerem antes do tempo, porque todos serão a descendência dos abençoados de Javé, juntamente com seus filhos. Antes que me invoquem eu responderei; quando começarem a falar, eu já estarei atendendo. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão comerá capim junto com o boi, mas o alimento da cobra é o pó da terra. Em todo o meu monte santo ninguém causará

danos ou estragos, diz Javé”.(Is 65,17-25) De fato o sofrimento por volta de 50 anos (587 a 536 a.C.) de exílio-babilônico havia trazido péssimas consequências para a manutenção da identidade do povo judeu com a destruição do tem-plo, a vida em comunidade e a dispersão das suas li-deranças. O povo que havia experimentado 400 anos de escravidão no Egito estaria submetido à manipula-ção de poderios estrangeiros. A voz da profecia neste período teve enorme importância, especialmente a do profeta Isaías. É co-mum na existência humana o fato de não conseguir enxergar “uma luz no fim do túnel”, e neste sentido, a voz profética de esperança, de luta de quem crê no Deus da Vida-Libertador traz um novo ânimo e con-tribui para uma nova organização na vida e um novo olhar para a fé no Deus único. Afirmam os bispos no nº 64 do documento Comunidade de Comunidades: “Diversos processos formaram o grupo que foi forta-lecendo seus vínculos, especialmente após o exílio”. Um olhar mais atento para a atualidade irá perceber vidas destroçadas pelo individualismo, ví-cios e descasos sejam do poder público, seja das nossas instituições. Os apelos da modernidade leva a pessoa a se render aos prazeres oferecidos pelo consumismo, mas a pessoa continua vazia de paz e de esperança. Na tentativa de resgatar o anúncio de Jesus, que veio nos anunciar a sua plena alegria, de intimi-

dade com o Pai (Abbá=paizinho) e conduzir cada pessoa ao caminho da plena realização no caminho de Jesus que diz: “Eu sou o Caminho, a verdade e a vida”, a Igreja afirma que é urgente a revitalização das nossas comunidades e por isso espera nossa ade-são para uma “comunidade acolhedora, samaritana, orante e eucarística”. Ao redor de Jesus nasce uma pequena comunidade de discípulos missionários e a estes foi apresentado um novo jeito de viver à qual nós também somos chamados: a) na comunhão com Jesus; na igualdade de dignidade; na partilha dos bens; na amizade; no serviço; no perdão; na ora-ção em comum e na alegria. Esse novo jeito de ser comunidade acolhedora também precisa praticar a hospitalidade; a partilha, a comunhão de mesa e a acolhida aos excluídos. São recomendações para uma nova forma de agir e viver numa sociedade marcada por grandes contrastes. Profetas de hoje que anunciam a partir do anuncio da vida e das ações de Jesus “o novo céu e a nova terra” que tanto necessitamos atualmente, para vivermos livres e sermos felizes, a caminho do Reino de Deus, que se inicia “já” e caminha para o “ainda não”: o pleno e definitivo. Como nossas comunidades têm colocado em prática os ensinamentos de Jesus na perspectiva do Reino de Deus?

Celia Soares de Sousa - Teologa leiga

“No princípio era a Palavra, e a Palavra se encarnou, e nós vimos sua glória, seu amor nos libertou!”. Este canto é reflexo de uma ferramen-ta muito simples e eficiente para a construção da comunidade: a Leitura Orante da Bíblia, ligada à Liturgia Dominical. A experiência de partilhar a Pa-lavra de Deus para as celebrações de domingo, tem sido uma graça divina e uma força no caminho de formação de comunidades vivas e missionárias. O encontro com os irmãos e com Cristo na Pa-lavra gera vida e esperança para cada realidade específica. Como no episódio de Emaús, o Res-suscitado se revela no confronto dos discípulos e da realidade. O papa Francisco, na Encíclica Alegria do Evangelho, nos alerta que é preciso “deixar-se tocar pela Palavra e fazê-la carne em sua vida concre-ta... aceitar primeiro ser trespassado pela Palavra”. Nossas comunidades pedem “evangelizadores que lhe falem de um Deus que eles conheçam e lhes seja familiar, como se vissem o invisível” (Evange-lii Gaudium, 150). Por isso, o exercício da Leitura

Orante na preparação da liturgia é deixar-se moldar pela Palavra; descobrir a novidade pascal que a Pa-lavra eterna traz a este “aqui e agora” concreto, na comunidade e sociedade. O caminho de cada celebração dominical já está programado nos livros litúrgicos, mas pre-cisamos fazer este caminho juntos. Não prepara-mos a celebração “para os outros”, mas nos pre-paramos para celebrar “com a comunidade”. Em muitas comunidades esta leitura orante já é feita com as equipes de celebração e liturgia, noutras se estende aos grupos de rua e de catequese. A Leitura Orante, na preparação da litur-gia, torna-se um aprendizado com a Palavra de Deus, para viver a Palavra e viver em comunidade Esta preparação é para quem vai exercer serviços ou ministérios, para que não aconteça servirem o banquete da vida à assembleia e permanecerem famintos, mas pode e deve ser ampliada a toda assembleia celebrante, para que participe de for-ma intensa e integral do Mistério celebrado.

Pe. Jair CostaAssessor Diocesano de Liturgia

12 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

Vida Presbiteral FÉ E CULTURAFORMAÇÃO PERMANENTE DO CLERO

Aconteceu, de 03 a 06 de novembro, em Campos do Jordão - SP, a Formação perma-nente do Presbitério da Diocese de Guarulhos, com o tema “Fé e cultura”, e assessoria do Prof. Dr. Francisco Borba Ribeiro Neto – PUC - SP. Introduzindo o Tema, a relação fé e cul-tura, citou o Papa São João Paulo II: “Uma fé que não se torna cultura é uma fé que não é plenamente aceita e totalmente pensada, nem fielmente vivida”. A fé se torna cultura, em primeiro lugar, como mentalidade, uma forma de ver e julgar a realidade e, a partir desta, há a formação da cultura cristã. A fé que se torna cultura no coração da pessoa se dá na resposta ao contínuo cha-mado do cristão a viver a memória e a espe-rança: viver entre a memória de um encontro amoroso com Jesus Cristo, que mudou o existir de quem O encontrou, e assim o viver de uma história nascida deste encontro, na espera do pleno cumprimento da promessa feita naquele encontro. O Papa Bento assim expressou de for-ma emblemática: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, des-ta forma, o rumo decisivo” (Deus Caritas est 1). A promoção de uma Pastoral da Cultura não é a promoção da Pastoral de eruditos e nem dos bens culturais da Igreja, nem pastoral para artistas, pois, muito antes, a Pastoral da Cultura é uma Pastoral de mentalidades, de modo que é a primeira pastoral que todo mundo faz.

Pastoral da Cultura é diálogo e discernimento; análise de tudo, fican-do com o que é bom, como falou o Apóstolo Paulo (1Ts 5,21), de modo que a experiência de fé se torna cultu-ra. O próprio Papa Francisco reco-nhece que o cristianismo se incultura em realidades culturais diferentes e o Magistério deve levar em conta essas realidades: a especificidade da incul-turação em cada contexto. Há algumas marcas que são próprias do cristianismo, dentre elas destacam-se: não há uma cultura cristã que não parta da crença em Deus, assim como não existe cul-

tura cristã sem respeito à vida e à dignidade humana. Podemos nos apoiar em quatro pilares básicos para o discernimento cristão, para dar-mos razões de nossa fé: a atenção aos sinais que Deus põe no mundo; oração, como pedido e resposta ao diálogo que Deus começa co-nosco através destes sinais; Deus se comuni-ca, em primeiro, lugar através de fatos – uma ação de Deus no mundo; o estudo da doutrina, não como regras a serem aplicadas; a presen-ça da comunidade cristã por meio do diálogo, da correção fraterna, da direção espiritual e da obediência à autoridade eclesial. Ao longo do Encontro, desenvolveu ou-tras questões muito pertinentes nesta relação da fé e cultura, partindo da fé que se torna cul-tura no coração da pessoa e da sociedade: o desafio da fé na cultura pós-moderna; a fé e a cultura urbana; a questão moral, religião e cultura juvenil; a cultura e o Magistério do Papa Francisco, sobretudo a partir dos seus dis-cursos na realização da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (2013); a fé e a explicitação cultural (a caridade e a verdade, caridade e a beleza, caridade e as obras sociais). Na conclusão do Encontro, lembrou-nos que, como a comuni-dade de Éfeso, não podemos es-quecer o primeiro amor: “Conhe-ço tuas obras, teu trabalho e tua paciência: não podes suportar os maus, puseste à prova os que se

dizem apóstolos e não o são e os achaste men-tirosos. Tens perseverança, sofreste pelo meu nome e não desanimaste. Mas tenho contra ti que esqueceste o teu primeiro amor. Lembra--te, pois, donde caíste. Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras. Senão, virei a ti e remo-verei o teu candelabro do seu lugar, caso não te arrependas” (Ap 2,2-5). Se quisermos falar de fé e cultura, tudo aquilo que fizermos com sinceridade para do-cumentar o nosso primeiro amor, se formos cristãos autênticos, se tornará cultura cristã, se tornará obra de amor, se manifestará como be-leza que atrai o mundo. Toda vez que tentamos realizar uma obra no plano pastoral e cultural que se afaste do primeiro amor, poderemos construir coisas magníficas, mas não a Igreja de Jesus Cristo; construiremos um lugar para nós mesmos: “De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a alma”, disse o Senhor. É preciso que o coração seja pleno de um amor que se manifeste no mundo, somente então a nossa fé se fará cultura, a cultura do encontro e da solidariedade, e não mais a cul-tura do individualismo, do descarte, ou seja, a cultura da morte. No site de nossa Diocese, encontra--se o conteúdo completo desta enriquecedora formação; outras questões mais pontuais que nos ajudam no aprofundamento desta reflexão sobre a fé e cultura, que não conhece epílogo, pois é sempre tempo de irradiar a luz de nossa fé nos espaços e no tempo que vivemos.

Padre Otacílio Lacerda

13Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

Falando da VidaQuando chega dezembro, muitas pessoas sofrem uma mudança radical no seu equilíbrio psicológico. Algumas se referem a essa época de maneira tão angustiante, que chegam a di-zer: Gostaria de dormir no dia 23 de dezembro e só acordar no dia 02 de janeiro do ano se-guinte. Essa sonoterapia a faria escapar da lou-cura e da euforia obrigatória que todos têm que passar. Assim poderia acordar segura e suspi-rando aliviadamente, “de volta à normalidade”. Por que isso acontece? Num mundo alucinante aonde as in-formações que chegam ao nosso consciente, quase não podem ser processadas, vivemos como máquinas programadas para trabalhar e se doar cada vez mais como escravos de um objetivo imposto pelas empresas e chamado carinhosamente pelo nome de produtividade. Nossa mente se especializa em valori-zar esse objetivo e para evitar sofrimentos, ex-clui tudo o que é incompatível com isso, nesse caso os sentimentos de fraternidade, amizade e espiritualidade. Em seu lugar passa a figurar um único propósito: atingir metas para conquistar

prestígio e ganhos, dos nossos pa-trões. Tudo funcionaria bem e em harmonia, mas essa “normalidade” é quebrada por algo chamado Natal. A mudança é brusca e repentina e pega todos de surpresa. O fluxo da nossa energia que até então estava direcionada para o ambiente exter-no, é convertida para dentro de nós mesmos e somos obrigados a abra-çar pessoas, preencher cartões, uma tarefa quase impossível para alguns. Temos que dizer frases que não es-tão em conformidade com a nossa realidade. A criatividade vai embora e tudo o que conseguimos dizer é: “Feliz Natal e próspero Ano novo”. A maioria das pessoas usa como de-fesa a racionalização: Não gosto de natal por-que natal é só comércio, só falsidade. Outros se atiram freneticamente às compras ou caem na bebedeira, mas a verdade é uma só: Ne-cessitamos fugir, por isso projetamos fora, um problema que está dentro de nós e não temos coragem de ver.

Qual é a saída? É mudar de atitude, viver o verdadeiro sentido do Natal: Deixar o amor nascer no coração. Precisamos urgente, resgatar a nossa identidade de seres humanos, de filhos de Deus que podem se encantar com a vida, sorrir livremente como crianças, abraçar um amigo e dizer com a autenticidade que vem do coração: Feliz Natal! Isto não é uma grava-ção.

Romildo R. AlmeidaPsicólogo clínico e hipnoterapeuta

FELIZ NATAL ISSO É UMA GRAVAÇÃO

CenplafamEste mês queremos partilhar com vocês um texto escrito por uma instrutora do Método Billings de Joinville, mas que muito reflete em nossa realidade. Desde os primeiros dias de janeiro des-te ano, minha família viaja toda semana para Curitiba. Como moramos no norte de Santa Catarina, temos que subir a serra paranaense que é muito bonita. Os riachos e as represas que estão juntos das encostas das montanhas, torna a paisagem da serra ainda mais bela. Mas, nesses últimos três meses, no curso do rio agora só se vê o solo duro, seco e rachado, por conta deste verão de pouca chuva, que tor-na a terra árida. Interessante é que a natureza nos lem-bra que o corpo da mulher também tem a ca-racterística de umidade e secura a cada ciclo reprodutivo. O tempo de umidade representa a fertilidade, e o tempo de secura representa a

esterilidade. Parece que a natureza árida deste verão está refletindo a condição do coração humano, que em nosso tempo, tem um medo excessi-vo da fertilidade. O casal que tem este tipo de medo impõe para o próprio corpo a “ordem”, ou melhor dizendo, a desordem, de se tornar estéril, ou por hormônios ou por cirurgias. Em uma entrevista um médico explicou que: “Uma mulher que usa pílula anticoncep-cional está bioquimicamente menopausada, os hormônios dela estão todos baixos, princi-palmente a progesterona. Então esta mulher quando pensa em engravidar, ela tem que fazer tratamento de fertilidade, porque ela atrofiou os seus ovários. O hormônio mais importante para engravidar é o progesterona, a própria palavra diz do latim ‘progestare’ – a favor da gestação. Quando a mulher não tem quantidade suficien-te de progesterona, ela não engravida. E quan-do engravida ela perde o bebê no primeiro tri-mestre, porque precisa da progesterona para

segurar o bebê no útero”(1). Existem formas seguras de administrar a fertilidade sem que a natureza do corpo sofra a interferência de hormônios e cirurgias, que é o Método de Ovulação Billings™. Que o Espírito Santo fecunde com o or-valho do amor o “solo” do coração do homem e da mulher de nosso tempo.

Cleonice M. KamerConsagrada da Comunidade Bom Pastor – SC

Instrutora CENPLAFAM Joinville SC

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Flávia e WanderleyTel: 9 5482-9393 ou 4963-5563

O VERÃO ÁRIDO E O MEDO DA FERTILIDADE

Data Horário Organização Atividade Local

01 Pastoral da Saúde Dia Internacional de Luta contra a AIDS02 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Jd. Palmira02 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Soberana02 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento Catedral03 Pastoral da Saúde Dia Internacional do Deficiente Físico03 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Sagrado Coração03 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento São José03 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Nações03 19:30 RCC Enc. Cerco Jericó Sede RCC03 20:00 Pastoral Educação Confraternização Catedral03 9:30 CODIPA Coord.Diocesana Cúria Diocesana03 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento São Geraldo04 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento Jd.V.Galvão04 Pastoral da Criança Missão e Gestão04 9:30 CP Cons. de Presbíteros Cúria Diocesana04 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Uirapuru04 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Santo Alberto04 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Taboão05 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Alvorada

06 Pastoral Fé e Política Represent. Câmara Centro Elizabeth Bruyere

06 15:00 Sobriedade Reunião FOMAD Adamastor Centro

06 15:30 Pastoral Operária Encontro Diocesano Cen. Social Taboão06 9:00 Escola Fé e Politica Enc. Forania Fátima Alvorada06 19:00 RCC Aviv. dos pregadores Sede RCC06 SAV - PV Conv. Vocacional07 14:30 Pastoral da Saúde Confraternização07 10:30 PJ Missa Confraternização São José07 08:00 Vicentinos Festa Imaculada Cap. S. Bernardo07 PASCOM Confraternização A definir08 Festa de Imaculada Conceição Catedral08 Dia Nacional da Família09 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Jd. Alice09 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Jd.Fortaleza09 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Jd. Adriana09 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento V.Augusta10 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento V. Augusta10 09:00 Past da Pessoa Idosa Confraternização Sede PPI

10 19:30 RCC Foranias Imacu-lada e Aparecida Oficina - pregadores Sede RCC

10 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Cocaia

10 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Santa Terezinha 11 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Bonsucesso11 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Aracilia11 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Sta Rosa Lima11 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Sant. Bom Jesus12 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Mikail12 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Pimentas13 RCC Encerramento Sede RCC13 14:00 Carcerária Reunião mensal Catedral13 Pastoral da Criança Confraternização14 Pastoral Operária Confraternização A definir15 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento Jd. Munhoz16 Pastoral da Criança Reunião Diocesana16 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Vila Fátima16 20:00 Forania Bonsucesso Confissões Advento Pres. Dutra16 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Loreto17 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Nações17 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Santa Mena17 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento Tranquilidade18 20:00 Forania Fátima Confissões Advento Jd. Cumbica18 20:00 Forania Aparecida Confissões Advento Cecap18 20:00 Forania Imaculada Confissões Advento Itapegica18 9:00 CP Manhã de Oração Sem. Diocesano20 09:00 Vicentinos Conselho central Sede Cumbica26 a 04/01 RCC Jesus no Litoral

28 Festa Sagrada Familia31 SHALOM Reveillon da paz Sede Shalom

Programe-se14 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

DEZEMBRO 2014

ANIVERSARIANTESNascimento17 (1972) Pe. César Augusto21 (1976) Pe. Ednaldo Oliveira25 (1957) Pe. Antonio Carlos Frizzo

Ordenação03 (2006) Pe. José Alexandre

03 (2006) Pe. Welson Oliveira05 (1999) Pe. Francisco Veloso08 (2009) Pe. Cleber Leandro08 (1989) Pe. Francisco Antunes08 (2010) Pe. Joaquim Rodrigues17 (2005) Pe. Misael Germano

ATENÇÃO COLABORADORES: Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso venha com um número maior de linhas, faremos a redução proporcional do conteúdo.

Errata: A data de nascimento do Padre Rodrigo Cardoso é dia 25 de abril de 1984.

15Dezembro de 2014 Folha Diocesana de Guarulhos

Vai Acontecer

Acontecerá nos dias 10,11,12 e 13 de dezembro uma experiência mis-sionária na Capela Nossa Senhora de Guadalupe, que será elevada a área pastoral no dia 12, dia da Padroeira. Esta missão será realizada pelo Seminário Diocesano Imacula-da Conceição e pelo Seminário Pro-pedêutico Santo Antônio. Contamos com a presença de 36 seminaristas diocesanos que estarão sendo acom-panhados pelos agentes da comuni-dade. Desejamos por esta missão reanimar a fé do nosso povo e fazer com que tenhamos sacerdotes san-tos e missionários.

Nos dias 10, 11 e 12 todos os seminaristas e agentes sairão pe-las ruas do nosso bairro para conhe-cer um pouco da realidade do nosso povo e saber quais suas reais ne-cessidades, finalizando no dia 12 de dezembro com uma missa presidida pelo nosso bispo. Dia 13 de dezembro a missão fica por conta dos nossos Jovens tendo a frente nosso já atual Padre Hechilly, iremos em busca dos jovens do nosso bairro para fazê-los experi-mentar um pouco da fé que vivemos, apresentar um Cristo que nos convida a vivenciar o seu amor e a sua mise-ricórdia diariamente, e que podemos ser jovens cristãos sem perdermos nossa identidade.

MISSÃO NO JARDIM FORTALEZA

IMPRESSOESPECIAL

7220993744 - DR/SPMMITRA DIOCESANA

CORREIOSDiretor Geral: Pe. Marcos Vinícius Clementino - [email protected] Resp.: Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha | Orientação Pastoral: Pe. Francisco Veloso Jr.Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo GonçalvesImpressão: NEO GRAF - Indústria Gráfica e Editora Ltda - Fone: 11 3333-2474Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210Contato: 11 2408-0403 - Email: [email protected]: 28.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

Especial16 Dezembro de 2014Folha Diocesana de Guarulhos

O Conselho Episcopal Pastoral da Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília nos dias 18 e 19 de novem-bro de 2014, saúda a nação brasileira pela de-mocracia e cidadania vivenciadas nas eleições de outubro deste ano. Cumprimenta a todos que participaram do processo eleitoral e os elei-tos. Recorda-lhes a responsabilidade colocada sobre seus ombros de não frustrar as expec-tativas de quem os elegeu e seu compromis-so com a ética, a verdade e a transparência no exercício de seu mandato, bem como o dever de servir a todo o povo brasileiro. A campanha eleitoral deste ano ratificou o processo democrático brasileiro no qual par-tidos, candidatos e eleitores puderam debater suas ideias e projetos. Tornou mais visíveis, no entanto, graves fragilidades de nosso sistema político: sua submissão ao poder econômico financiador das campanhas; o descompromis-so de partidos e candidatos com programas, favorecendo debates com ataques pessoais; a prevalência da imagem dos candidatos produ-zida pelos marqueteiros; o desrespeito, em al-guns casos, às leis que combatem a corrupção eleitoral. Passadas as eleições, urge ao País re-compor sua unidade no respeito às diferenças e à pluralidade, próprias da democracia. Nada justifica a disseminação de uma divisão ou de ódio que depõe contra a busca do bem co-mum, finalidade principal da Política. O bem de todos coloca a pessoa humana e sua dignida-de acima de ideologias e partidos. A construção do bem comum desafia, especialmente, os eleitos em outubro deste ano. A corrupção na Petrobras reforça a sensa-ção de que é um mal que não tem fim. Vemos aqui, claramente, as consequências do finan-ciamento de campanhas por empresas, porta e

janela de entrada da corrupção. Nenhum país prospera com corrupção que, no caso do Brasil, la-mentavelmente já vem de muitos anos e não se limita à Pe-trobras. A reforma política é outra ur-gência inadiável. Convicta disso, a CNBB se empenha-rá ainda mais na co-leta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Po-pular proposto pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. À reforma política, entretanto, é necessário unir outras reformas igualmente urgentes como a tributária e a agrária. O Brasil não pode mais conviver com tanta omissão em relação a estas e outras matérias que lhe são vitais. “A política, tão desacreditada, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum” (Papa Francisco. Evangelii Gaudium, n.205). Nesse espírito, a CNBB reafirma que a sua participação na vida Política é tão im-portante quanto necessária para ajudar na construção de uma sociedade justa e frater-na. Afinal, “ninguém pode exigir-nos que re-leguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que

interessam aos cidadãos. Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mu-dar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela” (Papa Francisco. Evangelii Gaudium, n.183). Nossa Senhora Aparecida abençoe o Brasil e os que foram eleitos a fim de que sejam fieis ao seu compromisso com o bem comum.Cardeal Raymundo Damasceno AssisArcebispo de AparecidaPresidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva, OFMArcebispo de São Luís do MaranhãoVice Presidente da CNBB

DomLeonardo Ulrich SteinerBispo Auxiliar de BrasíliaSecretário Geral da CNBB

BRASIL PÓS-ELEIÇÕES:COMPROMISSOS E DESAFIOS