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RECOLHIMENTO EM ATRASO - TABELA - NOVEMBRO/2010 Introduªo - Texto Explicativo Sobre Aplicaªo de Multas Divulgado no ]Site^ da PrevidŒncia Social - Multas Vigentes Por CompetŒncia ............................................................................... GRATIFICA˙ˆO NATALINA - 13” SAL`RIO - 2“ PARCELA Introduªo - Segunda Parcela do 13” SalÆrio - Data de Pagamento - Quem Tem Direito - Empregado DomØstico - Valor da Parcela a Ser Paga - SalÆrio Fixo - SalÆrio Fixo Mais VariÆvel - VariÆveis/Ajuste em Janeiro - Parcelas Integrantes da Remuneraªo do CÆlculo do 13” SalÆrio - Adicionais - Por Fora de Convenªo Coletiva do Trabalho - Utilidades - Faltas/ InterferŒncia no 13” SalÆrio - Faltas Legais e Justificadas - Faltas Nªo Justificadas - CÆlculos do 13” SalÆrio - Empregados Admitidos AtØ 17 (Dezessete) de Janeiro - Adicional de Insalubridade e de Periculosidade - Empregados Admitidos Aps 17 (Dezessete) de Janeiro - SalÆrio VariÆvel/CÆlculos - Comissionista - SalÆrio-Famlia - Encargos Sociais - INSS - Empregada DomØstica - Perodo da Licena-Maternidade/Deduªo na GPS - CÆlculo do Reembolso/GPS - Desconto do INSS e Prazo do Recolhimento do Ajuste - Preenchimento da GPS - Prazo de Recolhimento da GPS do 13” SalÆrio - FGTS - IRRF - GFIP/SEFIP - Sem Movimento - Penalidades .......................................................................................................... ACORDO DE COMPENSA˙ˆO DE HORAS - CONSIDERA˙ES Introduªo - Conceito - Acordo de Compensaªo de Horas Por Escrito - InexistŒncia do Acordo Por Escrito - Regra Geral - Compensaªo do SÆbado - Acordo Coletivo - Empregados Menores (16 (Dezesseis) a 18 (Dezoito) Anos) - Menores/Novas Admissıes - Celebraªo - Registro e Arquivo - Validade - Duraªo MÆxima - Afixaªo Dos Acordos em Local Visvel - Ficha ou Livro Registro/Anotaªo - Limite de HorÆrio - Acordo de Compensaªo e Prorrogaªo Simultneos - Trabalho Insalubre/Licena PrØvia - Jornada 12 X 36 - Profissıes e Modalidades Proibidas de Celebrar Acordo - Contrato a Prazo/Extinªo - Aviso PrØvio Trabalhado - Rescisªo de Contrato - Desconto Das Faltas Injustificadas e o Acordo de Compensaªo de Horas - Fiscalizaªo/Penalidades - Quanto ao Trabalho do Menor - Modelo de Acordo de Compensaªo de Horas - Modelo I - Modelo II - Modelo III - Modelo IV ................................ ANO XXI - 2010 - 2“ SEMANA DE NOVEMBRO DE 2010 BOLETIM INFORMARE N” 46/2010 PÆg. 637 PÆg. 635 PÆg. 626 ASSUNTOS PREVIDENCI`RIOS ASSUNTOS TRABALHISTAS

ANO XXI - 2010 - 2“ SEMANA DE NOVEMBRO DE …€¦RECOLHIMENTO EM ATRASO - TABELA - NOVEMBRO/2010 Introduçªo - Texto Explicativo Sobre Aplicaçªo de Multas Divulgado no fiSitefl

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RECOLHIMENTO EM ATRASO - TABELA - NOVEMBRO/2010Introdução - Texto Explicativo Sobre Aplicação de Multas Divulgado no �Site� da PrevidênciaSocial - Multas Vigentes Por Competência ...............................................................................

GRATIFICAÇÃO NATALINA - 13º SALÁRIO - 2ª PARCELAIntrodução - Segunda Parcela do 13º Salário - Data de Pagamento - Quem Tem Direito -Empregado Doméstico - Valor da Parcela a Ser Paga - Salário Fixo - Salário Fixo MaisVariável - Variáveis/Ajuste em Janeiro - Parcelas Integrantes da Remuneração do Cálculo do13º Salário - Adicionais - Por Força de Convenção Coletiva do Trabalho - Utilidades - Faltas/Interferência no 13º Salário - Faltas Legais e Justificadas - Faltas Não Justificadas - Cálculosdo 13º Salário - Empregados Admitidos Até 17 (Dezessete) de Janeiro - Adicional deInsalubridade e de Periculosidade - Empregados Admitidos Após 17 (Dezessete) de Janeiro- Salário Variável/Cálculos - Comissionista - Salário-Família - Encargos Sociais - INSS -Empregada Doméstica - Período da Licença-Maternidade/Dedução na GPS - Cálculo doReembolso/GPS - Desconto do INSS e Prazo do Recolhimento do Ajuste - Preenchimento daGPS - Prazo de Recolhimento da GPS do 13º Salário - FGTS - IRRF - GFIP/SEFIP - SemMovimento - Penalidades ..........................................................................................................

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS - CONSIDERAÇÕESIntrodução - Conceito - Acordo de Compensação de Horas Por Escrito - Inexistência doAcordo Por Escrito - Regra Geral - Compensação do Sábado - Acordo Coletivo - EmpregadosMenores (16 (Dezesseis) a 18 (Dezoito) Anos) - Menores/Novas Admissões - Celebração -Registro e Arquivo - Validade - Duração Máxima - Afixação Dos Acordos em Local Visível -Ficha ou Livro Registro/Anotação - Limite de Horário - Acordo de Compensação e ProrrogaçãoSimultâneos - Trabalho Insalubre/Licença Prévia - Jornada 12 X 36 - Profissões e ModalidadesProibidas de Celebrar Acordo - Contrato a Prazo/Extinção - Aviso Prévio Trabalhado -Rescisão de Contrato - Desconto Das Faltas Injustificadas e o Acordo de Compensação deHoras - Fiscalização/Penalidades - Quanto ao Trabalho do Menor - Modelo de Acordo deCompensação de Horas - Modelo I - Modelo II - Modelo III - Modelo IV ................................

ANO XXI - 2010 - 2ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2010BOLETIM INFORMARE Nº 46/2010

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ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

ASSUNTOS TRABALHISTAS

NOVEMBRO - Nº 46/2010 TRABALHO E PREVIDÊNCIA

ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

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RECOLHIMENTO EM ATRASOTabela - Novembro/2010

Sumário

1. Introdução2. Texto Explicativo Sobre Aplicação de Multas Divulgado no �Site�da Previdência Social2.1 - Multas Vigentes Por Competência

1. INTRODUÇÃO

A partir da competência dezembro de 2008, as regras paraaplicação dos juros e multa foram alteradas. Atualmente, osrecolhimentos são feitos da mesma forma que o recolhimentoem atraso para os tributos administrados pela Receita Federaldo Brasil para competências a partir de dezembro de 2008.Abaixo transcrevemos as regras definidas pelo INSS pararecolhimento em atraso das contribuições previdenciárias.

2. TEXTO EXPLICATIVO SOBRE APLICAÇÃO DE MULTASDIVULGADO NO �SITE� DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

O recolhimento em atraso das contribuiçõesprevidenciárias urbanas e rurais acarreta multa de moravariável, correspondente àquela estabelecida pela Legislaçãovigente à época de ocorrência do fato gerador da contribuição.

2.1 - Multas Vigentes Por Competência

I - Competências de janeiro de 1995 até março de1997 (Leis nºs 8.383, de 1991, e 8.620, de 1993):

a) 10% (dez por cento) sobre os valores dascontribuições em atraso que até a data do pagamento nãotenham sido incluídas em notificação de débito;

b) 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos dentrodo prazo de 15 (quinze) dias, contados da data dorecebimento da correspondente notificação de débito;

c) 30% (trinta por cento) sobre os valores pagosmediante parcelamento, desde que requerido no prazo de15 (quinze) dias, contados da data do recebimento dacorrespondente notificação de débito;

d) 30% (trinta por cento) sobre os valores não incluídosem notificação de débito e que sejam objeto de parcelamento.

e) 60% (sessenta por cento) sobre os valores pagos emquaisquer outros casos, inclusive por falta de cumprimentode acordo para parcelamento e reparcelamento.

II - Competências de abril de 1997 até outubro de 1999:

a) para pagamento após o vencimento de obrigaçãonão incluída em notificação fiscal de lançamento:

a.1) 4% (quatro por cento) dentro do mês de vencimentoda obrigação;

a.2) 7% (sete por cento) no mês seguinte;

a.3) 10% (dez por cento) a partir do segundo mêsseguinte ao do vencimento da obrigação;

b) para pagamento de débitos incluídos em notificaçãofiscal de lançamento:

b.1) 12% (doze por cento) se o pagamento for realizadoem até 15 (quinze) dias do recebimento da notificação;

b.2) 15% (quinze por cento) após o 15º dia do recebimentoda notificação;

b.3) 20% (vinte por cento), após apresentação derecurso desde que antecedido de defesa, sendo ambostempestivos, até 15 (quinze) dias da ciência da decisão doConselho de Recursos da Previdência Social (CRPS);

b.4) 25% (vinte e cinco por cento) se o pagamento forrealizado após o 15º dia da ciência da decisão do Conselhode Recursos da Previdência Social (CRPS), enquanto odébito não for inscrito em Dívida Ativa;

c) para pagamento de débito inscrito em Dívida Ativa:

c.1) 30% (trinta por cento) quando não tenha sido objetode parcelamento;

c.2) 35% (trinta e cinco por cento) se houve parcelamento;

c.3) 40% (quarenta por cento) após o ajuizamento daexecução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenhasido citado, se o débito não foi objeto de parcelamento;

c.4) 50% (cinquenta por cento) após o ajuizamento daexecução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenhasido citado, se o débito foi objeto de parcelamento.

III - A partir da competência novembro de 1999 (Leinº 9.876, de 1999):

a) contribuição devida, declarada na GFIP, aplicar oprevisto no item II;

b) contribuição devida, não declarada na GFIP, aplicaro previsto no item II, em dobro.

IV - A partir da competência dezembro de 2008(Medida Provisória nº 449, de 03 de dezembro de 2008,convertida na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009):

Os débitos para com a União serão acrescidos de multade mora, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimospor cento), por dia de atraso, de acordo com a tabela abaixo:

NOVEMBRO - Nº 46/2010TRABALHO E PREVIDÊNCIA

636

TABELA DE MULTA

Observações:

a) A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamentodo tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.

b) O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20% (vinte por cento).

TABELA DE JUROS

Multiplicar o valor originário da contribuição previdenciária pelo percentual de juros correspondente ao mês devido naTabela Prática abaixo transcrita:

A PARTIR DA COMPETÊNCIA 12/2008

DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%)

01 0,33 13 4,29 25 8,25 37 12,21 49 16,17

02 0,66 14 4,62 26 8,58 38 12,54 50 16,50

03 0,99 15 4,95 27 8,91 39 12,87 51 16,83

04 1,32 16 5,28 28 9,24 40 13,20 52 17,16

05 1,65 17 5,61 29 9,57 41 13,53 53 17,49

06 1,98 18 5,94 30 9,90 42 13,86 54 17,82

07 2,31 19 6,27 31 10,23 43 14,19 55 18,15

08 2,64 20 6,60 32 10,56 44 14,52 56 18,48

09 2,97 21 6,93 33 10,89 45 14,85 57 18,81

10 3,30 22 7,26 34 11,22 46 15,18 58 19,14

11 3,63 23 7,59 35 11,55 47 15,51 59 19,47

12 3,96 24 7,92 36 11,88 48 15,84 60 19,80

61 DIAS OU MAIS - MULTA DE 20%

Observação:

Não utilizar esta tabela para calcular contribuições em atraso de Segurados Empresário, Autônomo e Equiparado eEmpregador Rural, para fatos geradores ocorridos até a competência abril de1995.

Fundamentos Legais: Os citados no texto e a Lei nº 11.941, de 27.05.2009.

Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % jan/95 291,15 jan/98 204,45 jan/01 142,17 jan/04 87,21 jan/07 40,64 jan/10 7,38 fev/95 288,55 fev/98 202,25 fev/01 140,91 fev/04 85,83 fev/07 39,59 fev/10 6,62 mar/95 284,29 mar/98 200,54 mar/01 139,72 mar/04 84,65 mar/07 38,59 mar/10 5,95 abr/95 280,04 abr/98 198,91 abr/01 138,38 abr/04 83,42 abr/07 37,56 abr/10 5,20 mai/95 276,00 mai/98 197,31 mai/01 137,11 mai/04 82,19 mai/07 36,56 mai/10 4,41 jun/95 271,98 jun/98 195,61 jun/01 135,61 jun/04 80,90 jun/07 35,56 jun/10 3,55 jul/95 268,14 jul/98 194,13 jul/01 134,01 jul/04 79,61 jul/07 34,56 jul/10 2,66

ago/95 264,82 ago/98 191,64 ago/01 132,69 ago/04 78,36 ago/07 33,56 ago/10 1,81 set/95 261,73 set/98 188,70 set/01 131,16 set/04 77,15 set/07 32,63 set/10 1,00 out/95 258,85 out/98 186,07 out/01 129,77 out/04 75,90 out/07 31,79 out/10 0,00 nov/95 256,07 nov/98 183,67 nov/01 128,38 nov/04 74,42 nov/07 30,95 nov/10 0,00 dez/95 253,49 dez/98 181,49 dez/01 126,85 dez/04 73,04 dez/07 30,02 jan/96 251,14 jan/99 179,11 jan/02 125,60 jan/05 71,82 jan/08 29,22 fev/96 248,92 fev/99 175,78 fev/02 124,23 fev/05 70,29 fev/08 28,38 mar/96 246,85 mar/99 173,43 mar/02 122,75 mar/05 68,88 mar/08 27,48 abr/96 244,84 abr/99 171,41 abr/02 121,34 abr/05 67,38 abr/08 26,60 mai/96 242,86 mai/99 169,74 mai/02 120,01 mai/05 65,79 mai/08 25,64 jun/96 240,93 jun/99 168,08 jun/02 118,47 jun/05 64,28 jun/08 24,57 jul/96 238,96 jul/99 166,51 jul/02 117,03 jul/05 62,62 jul/08 23,55

ago/96 237,06 ago/99 165,02 ago/02 115,65 ago/05 61,12 ago/08 22,45 set/96 235,20 set/99 163,64 set/02 114,00 set/05 59,71 set/08 21,27 out/96 233,40 out/99 162,25 out/02 112,46 out/05 58,33 out/08 20,25 nov/96 231,60 nov/99 160,65 nov/02 110,72 nov/05 56,86 nov/08 19,13 dez/96 229,87 dez/99 159,19 dez/02 108,75 dez/05 55,43 dez/08 17,08 jan/97 228,20 jan/00 157,74 jan/03 106,92 jan/06 54,28 jan/09 16,22 fev/97 226,56 fev/00 156,29 fev/03 105,14 fev/06 52,86 fev/09 15,25 mar/97 224,90 mar/00 154,99 mar/03 103,27 mar/06 51,78 mar/09 14,41 abr/97 223,32 abr/00 153,50 abr/03 101,30 abr/06 50,50 abr/09 13,64 mai/97 221,71 mai/00 152,11 mai/03 99,44 mai/06 49,32 mai/09 12,88 jun/97 220,11 jun/00 150,80 jun/03 97,36 jun/06 48,15 jun/09 12,09 jul/97 218,52 jul/00 149,39 jul/03 95,59 jul/06 46,89 jul/09 11,40

ago/97 216,93 ago/00 148,17 ago/03 93,91 ago/06 45,83 ago/09 10,71 set/97 215,26 set/00 146,88 set/03 92,27 set/06 44,74 set/09 10,02 out/97 212,22 out/00 145,66 out/03 90,93 out/06 43,72 out/09 9,36 nov/97 209,25 nov/00 144,46 nov/03 89,56 nov/06 42,72 nov/09 8,63 dez/97 206,58 dez/00 143,19 dez/03 88,29 dez/06 41,64 dez/09 7,97

NOVEMBRO - Nº 46/2010 TRABALHO E PREVIDÊNCIA

ASSUNTOS TRABALHISTAS

635

GRATIFICAÇÃO NATALINA - 13º SALÁRIO2ª Parcela

Sumário

1. Introdução2. Segunda Parcela do 13º Salário3. Data de Pagamento4. Quem Tem Direito4.1 - Empregado Doméstico5. Valor da Parcela a Ser Paga5.1 - Salário Fixo5.2 - Salário Fixo Mais Variável5.2.1 - Variáveis - Ajuste em Janeiro5.3 - Parcelas Integrantes da Remuneração do Cálculo do 13ºSalário5.3.1 - Adicionais5.3.2 - Por Força de Convenção Coletiva do Trabalho5.3.3 - Utilidades6. Faltas - Interferência no 13º Salário6.1 - Faltas Legais e Justificadas6.2 - Faltas Não Justificadas7. Cálculos do 13º Salário7.1 - Empregados Admitidos Até 17 (Dezessete) de Janeiro8. Adicional de Insalubridade e de Periculosidade9. Empregados Admitidos Após 17 (Dezessete) de Janeiro10. Salário Variável - Cálculos10.1 - Comissionista11. Salário-Família12. Encargos Sociais12.1 - INSS12.1.1 - Empregada Doméstica12.1.2 - Período da Licença-Maternidade - Dedução na GPS12.1.2.1 - Cálculo do Reembolso - GPS12.1.3 - Desconto do INSS e Prazo do Recolhimento do Ajuste12.1.4 - Preenchimento da GPS12.1.5 - Prazo de Recolhimento da GPS do 13º Salário12.2 - FGTS12.3 - IRRF13. GFIP/SEFIP13.1 - Sem Movimento14. Penalidades

1. INTRODUÇÃO

No caderno Trabalho e Previdência do Bol. INFORMAREnº 45/2010, tratamos da 1ª parcela do 13º Salário, em queo prazo máximo para pagamento era até o dia 30 (trinta) domês de novembro. E também descrevemos as normasgerais sobre o assunto.

Nesta matéria iremos apresentar sobre o pagamentoda 2ª parcela do 13º Salário e suas incidências.

2. SEGUNDA PARCELA DO 13º SALÁRIO

A 2ª parcela da gratificação natalina ou 13º Salário foi

instituído pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962.

3. DATA DE PAGAMENTO

Deverá ser pago pelo empregador até o dia 20 (vinte) dedezembro de cada ano e caso o dia 20 (vinte) caia em dianão útil, o pagamento deverá ser antecipado para o 1º diaútil anterior (Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, art. 1º)

4. QUEM TEM DIREITO

Ao pagamento do 13º Salário faz jus o trabalhadorurbano ou rural, o trabalhador avulso e o doméstico,conforme a CF/1988, artigo 7º, inciso VIII e parágrafo único.

Jurisprudência:

O direito constitucional ao décimo terceiro salário é irrenunciávelpelo trabalhador, pelo que irrelevante a ausência de coação ou aconcordância do empregado. (TRT/SP - 01792200638202008 - RO -Ac. 3ªT 20090792623 - Rel. Sergio José Bueno Junqueira Machado -DOE 06.10.2009).

4.1 - Empregado Doméstico

O Empregado Doméstico, com o advento daConstituição Federal de 1988, artigo 7º, parágrafo único,passou a fazer jus ao 13º Salário.

A 2ª parcela do 13º Salário corresponderá à remuneraçãodevida no mês de dezembro, deduzido o adiantamento atítulo de 1ª parcela, o INSS e o IRRF, se for o caso.

Ressaltamos que o prazo para o pagamento da parcelaé o mesmo dos demais trabalhadores.

5. VALOR DA PARCELA A SER PAGA

O 13º Salário será pago proporcional ao tempo de serviçodo empregado na empresa, considerando-se a fração de15 (quinze) dias de trabalho como mês integral.

O pagamento da 2ª parcela deve ser efetuado até o dia20 (vinte) de dezembro e a importância paga ao empregadoa título de 1ª parcela será descontado do valor do 13ºSalário, após dedução do desconto dos encargos legaisincidentes.

5.1 - Salário Fixo

Quando do pagamento da segunda parcela, se o saláriofor fixo, corresponderá ao salário de dezembro, deduzindoo valor da 1ª parcela.

5.2 - Salário Fixo Mais Variável

Quando na composição do salário do empregado

NOVEMBRO - Nº 46/2010TRABALHO E PREVIDÊNCIA

634

envolver parte variável, deverá ser calculada a sua média.

Nota: Quanto aos empregados vendedores, a empresadeverá verificar, junto ao sindicato da categoria, se osvalores das comissões deverão ser atualizados e qualíndice.

Se o salário for variável, o 13° Salário será calculadona base de 1/11 dos valores recebidos nos mesestrabalhados até novembro, sendo o resultado acrescido àparte fixa do salário do mês de dezembro, e deduzindo acontribuição previdenciária.

5.2.1 - Variáveis - Ajuste em Janeiro

O empregado que recebe parcelas variáveis(comissões, tarefas, produções, horas-extras, adicionais,etc.) e por quando da 2ª parcela do 13º Salário ser difícilsaber os valores destas variáveis, o empregador deveráfazer o ajuste da diferença referente ao total da partevariável recebida entre os meses de janeiro a dezembro.

Conforme o Decreto nº 57.155/1965, art. 2º, parágrafoúnico, o prazo para o pagamento do ajuste é até o dia 10(dez) de janeiro de cada ano. Computada a parcela variávelreferente ao mês de dezembro, ou seja, revendo o cálculoda gratificação da proporção de 1/12 (um doze avos) dototal devido no ano anterior e processando-se a correçãodo valor da respectiva gratificação com o pagamento oucompensação das possíveis diferenças, se houver. Elembrando que o resultado pode ser a favor do empregadoou da empresa.

Importante: Existe entendimento de que o pagamentodo ajuste deve ser efetuado até o 5º dia útil do mêssubsequente, conforme dispõe o art. 459 da CLT.

�Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidadedo trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um)mês, salvo no que concerne às comissões, percentagens egratificações.

§ 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deveráser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente aovencido.�

5.3 - Parcelas Integrantes da Remuneração do Cálculodo 13º Salário

A Lei nº 4.090/1962 determinou que a gratificaçãonatalina corresponde a 1/12 da remuneração devida emdezembro, por cada mês ou fração igual ou superior a 15(quinze) dias de serviço.

O Decreto nº 57.155/1965 regulamentou a inclusão dasparcelas variáveis no cálculo do 13º Salário, pela médiaduodecimal (divisão por 12).

A média das importâncias variáveis será feita com basenos meses estipulados pela Legislação (12 (doze) meses)ou em número inferior conforme convenção coletiva da

categoria profissional.

O mesmo decreto também dispôs que quando parte daremuneração for paga em forma de salário utilidade, o valorcorrespondente a essa parcela (salário utilidade) serácomputado para fixação da gratificação natalina.

Observação: Os tribunais têm entendido que para ocálculo do reflexo das horas extraordinárias no 13º Salário,deve-se tomar a média física correspondente aos mesestrabalhados, conforme jurisprudências abaixo.

Jurisprudências:

HORAS EXTRAS - INTEGRAÇÃO - MÉDIA FÍSICA. Ajurisprudência desta Corte vem firmando entendimento de que aintegração das horas extras em 13º salários e férias deve ser feitapela média física das mesmas. Este entendimento visa coibir adiminuição do valor aquisitivo provocada pela espiral inflacionária,acarretando manifesto prejuízo ao obreiro. Revista parcialmenteconhecida e desprovida.� (Ac un da 2ª T do TST - RR 70.210/93.8 - 4ªR - Rel. Min. José Francisco da Silva - j 19.05.94 - DJU 1 1º.07.1994,p 17.760).

HORAS EXTRAS. REFLEXOS NO DÉCIMO TERCEIROSALÁRIO. CRITÉRIO DE CÁLCULO. Para o cálculo do reflexo dashoras extraordinárias no décimo-tercerio salário, deve-se tomar amédia física correspondente aos meses trabalhados. Decisão unânime.(Ac um do TRT da 24ª R - AP 0198/2000 - Rel. Juiz Júlio César Bebber- j 11.09.2000 - DJ MS 14.11.2000).

5.3.1 - Adicionais

a) Adicional Noturno - Se variável, a empresa devecalcular o número de horas no ano ou da data de suaadmissão quando após 17 (dezessete) de janeiro e apurara média; se for fixo, não é necessário que se calcule amédia;

b) Gratificação - Se o valor for fixo não é necessáriocalcular a média, se for variável é necessário que se façao cálculo da média;

c) Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade -Integram a remuneração do 13º Salário, uma vez que fazemparte da remuneração do empregado.

Não se faz média dos valores, são calculados atravésde percentuais aplicados sobre valores determinados; nocaso da insalubridade, aplicar: 10% (dez por cento), 20%(vinte por cento) ou 40% (quarenta por cento) do salário-mínimo e 30% (trinta por cento) do salário contratual, nocaso da periculosidade.

A Súmula nº 17 prevê: �O adicional insalubridade devido aoempregado que percebe, por força de lei, convenção coletiva ousentença normativa, salário profissional, será sobre este calculado.�

Horas-Extras - As horas-extras integram a remuneração do 13ºSalário, conforme preceitua a Súmula do TST nº 45: �A remuneraçãodo serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da

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gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 1962.�

A Súmula nº 347 do TST, por sua vez, estabelece quea média para apuração da hora-extra deve ser calculadacom base no número de horas efetivamente trabalhadas enão no valor recebido.

SÚMULA TST nº 347: �Horas-extras habituais - Apuração - Média.O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexoem verbas trabalhistas, observará o número das horas efetivamenteprestadas e sobre ele aplica-se o valor do salário-hora da época dopagamento daquelas verbas.�

5.3.2 - Por Força de Convenção Coletiva do Trabalho

Também incorporam o valor do 13º Salário asmodalidades de eventos instituído por força de convençãocoletiva do trabalho:

a) Anuênio;

b) Triênio;

c) Quinquênio.

5.3.3 - Utilidades

As utilidades (salário-utilidade ou in natura) pagas aoempregado integram a sua remuneração.

Jurisprudência:

GRATIFICAÇÃO NATALINA - PAGAMENTO IN NATURA -CRITÉRIO. Em princípio o pagamento da gratificação natalina deve serfeito in pecúnia, mas se o empregado recebê-la integralmente in naturapelo menos 30% do seu valor deve ser paga em dinheiro, a exemplo doque ocorre com o salário pela aplicação analógica do parágrafo único doart.82 da CLT. Não é possível a conversão total do valor in pecúnia semque em contrapartida o empregado devolva as mercadorias recebidasdo empregador, sob pena de propiciarmos o enriquecimento sem causado primeiro. (Ac un da 3ª T do TRT da 9ª R - RO 16.121/94 - Rel. JuízaFátima T. L. Ledra Machado - j 29.11.1995 - DJ PR 08.03.96, p 358).

6. FALTAS - INTERFERÊNCIA NO 13º SALÁRIO

6.1 - Faltas Legais e Justificadas

As faltas legais e justificadas não influenciam no pagamentoda gratificação natalina. Entende-se por mês de serviço a fraçãode dias trabalhados igual ou superior a 15 (quinze).

São faltas legais e justificadas, conforme art. 473 daCLT:

a) até 2 (dois) dias consecutivos, em caso defalecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmãoou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho ePrevidência Social, viva sob sua dependência econômica;

b) até 3 (três) dias consecutivos, em virtude decasamento;

c) por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho;

d) por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho,em caso de doação voluntária de sangue devidamentecomprovada;

e) até 2 (dois) dias consecutivos ou não para o fim dese alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;

f) no período de tempo em que tiver de cumprir as exigênciasdo Serviço Militar referidas na letra �c� do art. 65 da Lei nº4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar);

g) nos dias em que estiver comprovadamente realizandoprovas de exame vestibular para ingresso emestabelecimento de ensino superior;

h) pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver quecomparecer em juízo;

i) quando for arrolado ou convocado para depor najustiça;

j) ausência por motivo de acidente do trabalho, desde odia do acidente até o dia da alta;

k) ausência por motivo de doença atestada pelo INSS,relativa aos primeiros 15 (quinze) dias de afastamento;

l) o tempo de suspensão por motivo de inquéritoadministrativo, quando julgado improcedente;

m) afastamento por licença-remunerada;

n) os dias em que, por conveniência da empresa, nãotenha havido trabalho;

o) afastamento por licença-maternidade;

p) faltas que a empresa, a seu critério, considerejustificadas e sem desconto do salário;

q) para os professores no decurso de 9 (nove) dias, asfaltas verificadas por motivo de gala ou de luto, emconsequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe,ou de filho (neste caso são em sequência, independentese úteis ou não).

6.2 - Faltas Não Justificadas

As faltas injustificadas influenciam no pagamento dagratificação natalina se dentro do mês (competência) asoma das mesmas resultar em menos de 15 (quinze) diasde trabalho, sendo facultado ao empregador descontar 1/12 da gratificação natalina.

O empregado não terá direito à fração de 1/12 avos nomês em que trabalhar menos de 15 (quinze) dias, ou seja,nos meses com 31, 30 e 28 dias faltar injustificadamente17, 16 e 14 dias, respectivamente, não fará jus ao 13ºSalário no referido mês.

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632

7. CÁLCULOS DO 13º SALÁRIO

7.1 - Empregados Admitidos Até 17 (Dezessete) deJaneiro

Empregado admitido até o dia 17 (dezessete) de janeirofaz jus ao 13º Salário integral, ou seja, 12/12 de gratificaçãonatalina.

a) Salário Fixo:

Cálculo da 2ª Parcela: Parcela correspondente ao saláriode dezembro, observando o desconto do adiantamento do13º Salário, com a incidência da contribuição previdenciáriasobre o valor total do 13º Salário.

Exemplo:

Salário em dezembro: R$ 1.200,00

b) Salário Variável:

Empregado que recebe somente salário variável faz jusà média dos valores recebidos até o mês anterior aopagamento do 13º Salário, ou seja, a média é calculadaentre os meses de janeiro a outubro para pagamento da 1ªparcela e até novembro para pagamento da 2ª parcela.

Observação: A empresa deve sempre observar outrasmédias por força de convenção coletiva de trabalho.

Exemplo 2ª parcela:

Apuradas as comissões mensais de janeiro a novembro,11 meses, no total de R$ 12.754,00, e DSR - DescansoSemanal Remunerado no valor total de R$ 2.533,36.

Observação: O valor da 1ª parcela do 13º Salário foide R$ 600,00.

Cálculo do 13º Salário:

Cálculo do Ajuste:

Certamente, até a data do pagamento da 2ª parcela nodia 20 (vinte) de dezembro, a empresa não tem aindaapuração da comissão daquele mês. Sendo assim, seránecessário fazer o cálculo do ajuste do 13° Salário, pois aLegislação estabelece que as variáveis devam conter osvalores de janeiro a dezembro.

Data do Pagamento do Ajuste: Até o dia 10 (dez) dejaneiro do ano seguinte.

Exemplo:

As comissões até o mês de novembro foram de R$12.754,00 e o DSR de R$ 2.533,36, sendo que no mês dedezembro foi de R$ 3.100,00 de comissão e o DSR R$620,00. Sendo assim, ficou o valor total de: R$ 19.007,36.

O valor da diferença de contribuição previdenciária (R$17,47) e do FGTS (R$ 15,54) deve ser recolhido juntamentecom a competência dezembro.

c) Salário Fixo Mais Variável:

A média da parte variável é somada ao valor do saláriofixo para formação do 13º Salário.

O critério de cálculo do 13º Salário parte fixa maisvariável pode utilizar o mesmo critério do exemplo anterior,apenas haverá o acréscimo da parte fixa ao da partevariável.

Exemplo:

Média auferida da comissão mais DSR até dezembro éigual a R$ 1.583,95. Sendo assim, basta acrescentar ovalor do salário fixo (R$ 600,00) mais a média de R$1.583,95 e 13º Salário total: R$ 2.183,95.

1° passo - cálculo do INSS 13° Salário - R$ 1.200,00 x 9%

108,00 INSS

2° passo - desconto da 1° Parcela

600,00 1° Parcela

Sendo assim fica: 13° salário Proventos 1.200,00 INSS Descontos 108,00 1° Parcela Descontos 600,00 Valor 13° Salário Liquido a receber 492,00 FGTS 13° Salário 1.200,00 Adiantamento do 13° Salário Base FGTS da 1° parcela

em Novembro

600,00

13° salário deduzido a 1° parcela

Base FGTS da 2° parcela em dezembro

600,00

FGTS a recolher 600,00 x 8% 48,00

MÊS COMISSÃO D.S.R

JANEIRO 564,20 135,41

FEVEREIRO 1.200,30 200,05

MARÇO 800,00 160,00

ABRIL 900,15 180,03

MAIO 1.200,25 240,05

JUNHO 600,00 120,00

JULHO 1.500,00 300,00

AGOSTO 800,50 160,10

SETEMBRO 2.400,20 480,04

OUTUBRO 1.645,00 329,00

NOVEMBRO 1.143,40 228,68

TOTAL 12.754,00 2.533,36

1° passo - Media Comissão DSR

Soma da comissão e do DSR

12.754,00 mais 2.533,36 Igual a 15.287,36

Divisão por 11 (onze) 15.287,36 divide 11 meses Igual a 1.389,76

2° passo - INSS

Valor do 13° salário 1.389,76 vezes 9% Igual a 125,08

Valor da 1° parcela 600,00

Sendo assim fica:

13° salário Proventos 1.389,76

INSS Desconto 125,08

Adiantamento Desconto 600,00

Liquido a receber 664,68

Observação: FGTS - o mesmo cálculo do exemplo anterior

COMISSÃO ATÉ DEZEMBRO

R$19.007,36 Dividida por 12 meses

Igual a 1.583,95

Valor 13° salário pago na 2° parcela

1.389,76

Ajuste 194,19

Sendo assim fica:

INSS s/ total do 13° salário - (1.583,95 x 9%)

142,55

INSS já descontado 125,08

Diferença a ser recolhido 17,47

Valor a ser pago em 10 de janeiro (194,19 - 17,47)

176,72

FGTS a ser recolhido (194,19 x 8%) 15,54

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631

c.1) Horas-Extras

As horas-extras integram o 13º Salário, conforme sedepreende da Súmula TST nº 45:

�A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado,integra o cálculo da gratificação natalina, prevista na Lei nº 4.090, de1962.�

O cálculo do 13º Salário das horas-extras é realizadocom base no número de horas-extras laboradas e não nosvalores recebidos, logo o resultado da média das horaslaboradas serão calculadas sobre o salário da época dopagamento do 13º Salário.

Cálculo da 2ª Parcela:

Observação 1 - Lembrando que o cálculo da médiadas horas-extras da 1ª parcela foi até o mês de outubro, jáo cálculo da 2ª parcela será até o mês de novembro, tendoem vista que no dia 20 (vinte) de dezembro a empresa nãotem ainda os números das horas-extras daquele mês, queserá calculada no ajuste do 13º Salário até o dia 10 (dez)de janeiro do ano seguinte.

Observação 2 - O DSR sobre as férias também entramna média do cálculo do 13º Salário.

Exemplo:

Horas-Extras apuradas de janeiro a novembro

Empregado com salário de R$ 510,00 em dezembro/2010

O adicional noturno também integra o 13º Salário porforça da Súmula TST nº 60:

�ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO EPRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO. (Incorporada à OrientaçãoJurisprudencial nº 06 da SBDI-1)

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o saláriodo empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA nº 105/74,DJ 24.10.1974)

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno eprorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horasprorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 - Inseridaem 25.11.1996)

III - O processo do cálculo do 13º salário sobre horas noturnas éo mesmo que realizamos no item 6.1 (horas-extras). Quando oempregado realizar números variados de horas noturnas ou extrasdurante o ano, o empregador deverá fazer a média das horas.�

Observação: O cálculo é realizado através das horastrabalhadas e não dos valores pagos (subitem 6.1).

8. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DEPERICULOSIDADE

A Legislação estabelece que a base de cálculo desseadicional seja o salário-mínimo. O Tribunal Superior doTrabalho editou a Súmula nº 17, a qual prevê:

�O adicional insalubridade devido ao empregado que percebe, porforça de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, salárioprofissional, será sobre este calculado.�

Assim, se a convenção coletiva da categoria ou oConselho Regional, no caso das profissões regulamentadas,estabelecerem um valor mínimo para a categoria superiorao valor do salário-mínimo, a base de cálculo dainsalubridade será esse valor.

Exemplo:

Empregado admitido em 05.01.2010. Salário mensal dedezembro R$ 1.000,00. Recebe adicional de insalubridadesobre grau máximo, 40%, incidente sobre o salário-mínimode R$ 510,00.

Mês Numero de horas Valor Extra DSR Sobre Horas Extras

janeiro 22 60,06 14,41

fevereiro 15 40,95 8,90

março 25 68,25 10,50

abril 32 87,36 21,84

maio 19 51,87 12,45

junho 15 40,95 8,19

julho 28 68,25 10,11

agosto 16 43,68 8,40

setembro 30 81,90 16,38

outubro 18 49,14 4,59

novembro 32 87,36 21,84

Total 252 679,77 137,61

dezembro 48 131,04 25,20

Total 300 162,81

1° FASE - BASE DE CÁLCULO

1° Passo Salário hora do empregado divido por 220 510,00 / 220 2,32

2° Passo Multiplicar o valor hora normal por 50% 2,32 x 1,50 (+ 50%) 3,48

3° Passo Calcular a media horas trabalhadas de janeiro a novembro

252 h / 11 22:90h

4° Passo Transformar os minutos centesimais em sexagesimal

00:90 / 100 x 60 00:54

5° Passo Multiplicar o valor hora extra pela media das horas trabalhadas

3,48 x 22,54H 78,44

6° Passo Dividir a o valor total do DSR por 11 - Média 137,61 / 11 12,51

7° Passo Somar o salário + valor media extra + média DSR

510,00+78,44+12,51 600,95

Valor da base do 13° salário 600,95

2° FASE - 13° SALÁRIO

1° Passo Valor do 13° salário 600,95

2° Passo Descontar o valor da 1° Parcela do 13° salário (simbólico)

280,00

3° Passo Descontar o valor do INSS 8% 600,95 x 8% 48,08

Valor a receber 272,87

3° FASE - AJUSTE DO 13° SALÁRIO

1° Passo Valor auferido até dezembro - números de horas

300H

2° Passo Calcular a media de janeiro a dezembro dividindo por 12

300 / 12 25H

4° Passo Multiplicar o valor hora extra pelas medias das horas

25 x 3,48 87,00

5° Passo Dividir o valor total do DSR por 12 162,81 / 12 13,57

6° Passo Somar o salário + valor media extra + média DSR

510,00+87,00+13,57 610,57

Valor total devido do 13° salário 610,57

7° Passo Valor total do 13° menos valor total pago da

2° parcela

610,57 - 600,95 9,62

Ajuste do INSS 8° Passo Valor do INSS do 13° salário total 610,57 x 8% 48,84

9° Passo Cálculo da diferença do INSS pago 48,84 � 48,08 0,76

10° Passo Pagamento do ajuste ao empregado no dia 10 de janeiro

9,62 � 0,76 8,86

Valor a ser pago ao empregado 8,86

Valor s ser recolhido do INSS na folha de Dezembro

0,76

Valor a ser recolhido do FGTS 9,62 x 8% 0,76

1° FASE - BASE DE CÁLCULO

1° Passo Salário hora do empregado divido por 220 510,00 / 220 2,32

2° Passo Multiplicar o valor hora normal por 50% 2,32 x 1,50 (+ 50%) 3,48

3° Passo Calcular a media horas trabalhadas de janeiro a novembro

252 h / 11 22:90h

4° Passo Transformar os minutos centesimais em sexagesimal

00:90 / 100 x 60 00:54

5° Passo Multiplicar o valor hora extra pela media das horas trabalhadas

3,48 x 22,54H 78,44

6° Passo Dividir a o valor total do DSR por 11 - Média 137,61 / 11 12,51

7° Passo Somar o salário + valor media extra + média DSR

510,00+78,44+12,51 600,95

Valor da base do 13° salário 600,95

2° FASE - 13° SALÁRIO

1° Passo Valor do 13° salário 600,95

2° Passo Descontar o valor da 1° Parcela do 13° salário (simbólico)

280,00

3° Passo Descontar o valor do INSS 8% 600,95 x 8% 48,08

Valor a receber 272,87

3° FASE - AJUSTE DO 13° SALÁRIO

1° Passo Valor auferido até dezembro - números de horas

300H

2° Passo Calcular a media de janeiro a dezembro dividindo por 12

300 / 12 25H

4° Passo Multiplicar o valor hora extra pelas medias das horas

25 x 3,48 87,00

5° Passo Dividir o valor total do DSR por 12 162,81 / 12 13,57

6° Passo Somar o salário + valor media extra + média DSR

510,00+87,00+13,57 610,57

Valor total devido do 13° salário 610,57

7° Passo Valor total do 13° menos valor total pago da

2° parcela

610,57 - 600,95 9,62

Ajuste do INSS 8° Passo Valor do INSS do 13° salário total 610,57 x 8% 48,84

9° Passo Cálculo da diferença do INSS pago 48,84 � 48,08 0,76

10° Passo Pagamento do ajuste ao empregado no dia 10 de janeiro

9,62 � 0,76 8,86

Valor a ser pago ao empregado 8,86

Valor s ser recolhido do INSS na folha de Dezembro

0,76

Valor a ser recolhido do FGTS 9,62 x 8% 0,76

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Observação: Ressaltamos que o pagamento da 2ªparcela do 13º salário deverá ser pago até o dia 20 dedezembro.

a) Cálculo com Insalubridade:

- Salário de R$ 1.000,00

- Adicional de insalubridade: R$ 204,00 (510,00 x 40%)

a.1) Primeira parcela do 13° salário:

- R$ 1.000,00 + R$ 204,00 = R$ 1.204,00- R$ 1.204,00 : 2 = R$ 602,00

a.2) Total do 13º salário:

- R$ 1.204,00 x 9% = R$ 108,36 (INSS)

a.3) Segunda parcela do 13º salário:

- R$ 1.204,00 - R$ 602,00 (1ª parcela) - R$ 108,36 = R$493,64

- 2ª parcela do 13º Salário: R$ 493,64.

b) Cálculo com Periculosidade:

- Salário de R$ 1.000,00

- Adicional de periculosidade: R$ 1.000,00 x 30% = R$300,00

b.1) Segunda parcela do 13° salário:

- R$ 1.000,00 + R$ 300,00 = R$ 1.300,00- 1ª Parcela do 13º Salário = R$ 650,00

b.2) Total do 13º salário:

- R$ 1.300,00 x 9% = R$ 117,00 (INSS)

b.3) Segunda parcela do 13º salário:

- R$ 1.300,00 - R$ 650,00 (1ª parcela) - R$ 117,00 = R$533,00

- 2ª parcela do 13º Salário: R$ 533,00

Jurisprudências:

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. NATUREZA JURÍDICA.INTEGRAÇÃO. O adicional de insalubridade, pago em caráterpermanente, tem natureza salarial. Portanto, enquanto persistir otrabalho em ambiente insalubre, integra a remuneração para o cálculode 13º salário, férias e FGTS. Embargos conhecidos em parte edesprovidos. (Ac un da SBDI-1 do TST - ERR 84.717/93.1-3ª R - Rel.Min. Francisco Fausto Paula de Medeiros - j 28.04.1997 - DJU 106.06.97, p 25.172)

TRT 12ª Região. Periculosidade. Adicional. Marítimo. Reflexos.Acréscimo sobre férias, 13º salário, horas extras e adicional noturno.

CLT, arts. 457 e 458. O adicional de periculosidade compõe aremuneração do autor para o cálculo dos reflexos pleiteados, de acordocom o previsto nos arts. 457 e 458 da CLT. Assim, acresço àcondenação os reflexos do adicional de periculosidade nas férias, no13º salário, nas horas extras e no adicional noturno. (Doc.103.1674.7306.4500)

9. EMPREGADOS ADMITIDOS APÓS 17 (DEZESSETE)DE JANEIRO

Para os empregados admitidos no curso do ano, o valorda 2ª parcela corresponderá a 1/12 da remuneração devidaem dezembro, por mês de serviço ou fração igual ousuperior a 15 (quinze) dias.

a) Mensalista - Salário Fixo:

Empregado mensalista admitido em 15.07.2010,pagamento da 2ª parcela até 20 de dezembro. Salário dedezembro R$ 950,00. Primeira parcela R$ 197,92.

Observação: 1ª Parcela do 13º Salário = R$ 950,00 :12 = R$ 79,17

R$ 79,17 x 5 = R$ 395,85R$ 385,85 x 50% = R$ 197,92 (1° Parcela).

Cálculo:

- o empregado faz jus a: 6/12 avos;- R$ 950,00 : 12 x 6 = R$ 475,00- R$ 475,00 x 8% = R$ 38,00 (INSS)- R$ 475,00 - R$ 197,92 - R$ 38,00 = R$ 239,08- 2ª parcela do 13º Salário: R$ 239,08

b) Horista:

Empregado admitido em 15.07.2009, pagamento da 2ªparcela até o dia 20 de dezembro. Salário-hora de dezembroR$ 3,80. Primeira parcela R$ 178,53.

- nos meses de julho (para o cálculo, considerar o mêsintegral), agosto, outubro e novembro foi pago ao empregadoum total de 769,95 horas trabalhadas e 139,27 horas de DSR;

- no mês de setembro foi pago ao empregado 183,35horas trabalhadas e 36,65 horas de DSR.

Média das horas recebidas durante o ano:

- R$ 769,95 + R$ 139,27 = R$ 953,30- R$ 953,30 : 5 = R$ 190,66 (horas trabalhadas)- R$ 139,27 + R$ 36,65- R$ 175,92 : 5 = 35,18 (horas de DSR)

Nota: Os valores de número de horas acima são apenasexemplificativos, devendo cada empregador verificar onúmero exato de horas trabalhadas, assim como as horasdo respectivo DSR em cada mês.

Consideramos a média por 5 (cinco), uma vez que há

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variação de número de horas de mês para mês, não podendose estimar exatamente o número do mês em curso(dezembro). Convém salientar que nos meses em que oempregado foi admitido no curso do mês, deve-seconsiderar para efeito do cálculo o número de horas comose ele tivesse trabalhado o mês todo, para que o mesmonão seja prejudicado.

Cálculo:

- O empregado faz jus a: 6/12 avos;

- R$ 3,80 x 190,66 horas trabalhadas = R$ 724,51

- R$ 3,80 x 35,18 h/DSR = R$ 133,68

- R$ 724,51 : 12 x 6 = 362,26 (horas trabalhadas)

- R$ 133,68 : 12 x 6 = R$ 66,84 (DSR)

- R$ 429,10 x 8% = R$ 34,32 (INSS)

- R$ 362,26 + R$ 66,84 - R$ 178,53 (1° parc.) - R$34,32 (INSS) = R$ 216,25

- 2ª parcela do 13º Salário: R$ 216,25

10. SALÁRIO VARIÁVEL - CÁLCULOS

Para os empregados que recebem salário variável, aqualquer título, a gratificação será calculada na base dasoma das importâncias variáveis devidas nos mesestrabalhados até o anterior àquele em que se realizar opagamento.

Os empregados que receberem parte fixa terão orespectivo valor somado à parte variável.

10.1 - Comissionista

a) Comissionista Sem Parte Fixa

Empregado admitido em 04 de agosto de 2010.Pagamento da 2ª parcela até dia 20 de dezembro. Primeiraparcela R$ 144,22.

- Comissões recebidas no período de agosto anovembro: R$ 3.600,00

- DSR sobre comissões no período de agosto anovembro: R$ 648,00

Cálculos:

- Comissões:

Média das comissões: R$ 3.600,00 : 4 = R$ 900,00

R$ 900,00 : 12 x 5 = R$ 375,00

- DSR:

Média do DSR: R$ 648,00 : 4 = R$ 162,00

R$ 162,00 : 12 x 5 = R$ 67,50

- INSS:

R$ 375,00 + R$ 67,50 = R$ 442,50

R$ 442,50 x 8% (INSS) = R$ 35,40

- 13º Salário:

R$ 375,00 + R$ 67,50 - R$ 144,22 (1ª parcela) - R$35,40 = R$ 262,88

- 2ª parcela do 13º Salário: R$ 262,88

Observação: Não esquecer o ajuste sobre a comissãode dezembro, que deverá ser pago até o dia 10 (dez) domês de janeiro do ano seguinte.

b) Comissionista Com Parte Fixa

Empregado admitido em 04 de agosto de 2010, saláriofixo de R$ 2.000,00 em dezembro. Pagamento da segundaparcela até dia 20 dezembro. Primeira parcela R$ 425,12.

- Comissões recebidas no período de agosto anovembro: R$ 1.900,00

- DSR sobre comissões no período de agosto anovembro: R$ 342,00

Cálculos:

-Comissões

Média das comissões: R$ 1.900,00 : 4 = R$ 475,00

R$ 475,00 : 12 x 5= R$ 197,92

- DSR:

Média do DSR sobre comissões: R$ 342,00 : 4 = R$85,50

R$ 85,50 : 12 x 5 = R$ 35,63

- Salário fixo:

R$ 2.000,00 : 12 x 5 = R$ 833,33

- INSS:

R$ 833,33 + R$ 197,92 + R$ 35,63 = R$ 1.066,88

R$ 1.066,88 x 9% = R$ 96,01

- 13º Salário:

R$ 833,33 + R$ 197,92 + R$ 35,63 - R$ 425,12 (1ª

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parcela) - R$ 96,01 = R$ 545,75

- 2ª parcela do 13º Salário: R$ 545,75

11. SALÁRIO-FAMÍLIA

No pagamento do 13º Salário não há pagamento desalário-família, uma vez que este é pago mensalmente aoempregado com o respectivo salário.

Observação: Justificamos a situação da seguinteforma, o 13º Salário é uma gratificação natalina e não umsalário mensal, pois durante o ano temos apenas 12 (doze)meses.

12. ENCARGOS SOCIAIS

12.1 - INSS

No pagamento da 2ª parcela há incidência do INSS sobreo valor total do 13º Salário.

A contribuição social previdenciária dos seguradosempregado, empregado doméstico e trabalhador avulso,incidente sobre o 13º salário, é calculada em separado daremuneração do mês, conforme disposto no § 2º do art. 7ºda Lei nº 8.620, de 05 de janeiro de 1993, mediante aaplicação da alíquota de 8% (oito por cento), 9% (nove porcento) ou 11% (onze por cento), de acordo com a faixasalarial constante da tabela publicada periodicamente peloMPS, observados os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição e o disposto no art. 63 e no inciso I do § 2ºe no § 4º do art. 78 (Instrução Normativa RFB nº 971/2009,artigo 95)

A 2ª parcela deverá ser paga até o dia 20 (vinte) dedezembro. Caso o dia 20 (vinte) caia em dia não útil, opagamento deverá ser antecipado para o 1º dia útil anterior(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 96).

12.1.1 - Empregada Doméstica

O desconto para a Previdência Social deverá serefetuado normalmente e recolhido juntamente com a partedo empregador no mesmo prazo dos empregadosceletistas.

Importante: Ressaltamos então que as contribuiçõessociais previdenciárias do segurado empregado domésticoe a contribuição do empregador doméstico relativas àcompetência de novembro poderão ser recolhidas, até odia 20 (vinte) de dezembro, juntamente com ascontribuições incidentes sobre o 13º Salário, utilizando-seum único documento de arrecadação, identificado com a�competência 11 (onze)� e o ano a que se referir (InstruçãoNormativa RFB nº 971/2009, artigo 82, parágrafo único).

12.1.2 - Período da Licença-Maternidade - Dedução naGPS

As contribuições sociais incidentes sobre a parcela do

13º Salário, proporcional aos meses de salário-maternidade,inclusive nos casos em que o benefício seja pagodiretamente pelo INSS à segurada, devem ser recolhidaspela empresa ou empregador doméstico, juntamente comas contribuições relativas ao 13º Salário do ano em que obenefício foi pago, observado os prazos acima, conformeo caso (Instrução Normativa RFB n° 971/2009, artigo 98).

12.1.2.1 - Cálculo do Reembolso - GPS

O cálculo do reembolso deverá ser feito da seguintemaneira:

a) a remuneração correspondente ao 13º Salário deveráser dividida por 30 (trinta);

b) o resultado da operação descrita na letra �a� deveráser dividido pelo número de meses considerados no cálculoda remuneração do 13º Salário;

c) a parcela referente ao 13º Salário proporcional aoperíodo de licença-maternidade corresponde ao produto damultiplicação do resultado da operação descrita na letra�b� pelo número de dias de gozo de licença-maternidadeno ano.

Fórmula: Valor da remuneração/30/12 x 120.

Observação: Quando a licença atingir parte de um anoe a outra parte no ano seguinte, deve o empregador calcularsomente os dias de licença em cada ano.

Fórmula: Valor da Remuneração/30/12 x nº de diasdentro do ano (2010).

Valor da Remuneração/30/12 x nº de dias do anoseguinte (2011), que deverá ser efetuado na GPS do 13ºSalário do ano de 2011.

12.1.3 - Desconto do INSS - Prazo do Recolhimento doAjuste

Havendo ajuste referente ao 13º Salário, ou seja, casohaja pagamento de remuneração variável em dezembro, opagamento das contribuições referentes ao ajuste deveocorrer no documento de arrecadação da competênciadezembro, tendo como prazo da contribuição previdenciáriaaté o dia 20 (vinte) de janeiro do ano seguinte, lembrandoque considera-se para apuração da alíquota da contribuiçãodo segurado o valor total do 13º Salário (Instrução NormativaRFB nº 971/2009, artigo 96, parágrafo único).

a) Diferença Favorável Empregado

Caso a diferença seja favorável ao empregado, o cálculodo desconto previdenciário deve ser recolhido juntamentecom a competência de dezembro, de acordo com o queestabelece o art. 216, § 25, do Decreto nº 3.048/1999.

�§ 25 - Relativamente aos que recebem salário variável, orecolhimento da contribuição decorrente de eventual diferença da

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gratificação natalina (13º salário) deverá ser efetuado juntamente coma competência dezembro do mesmo ano. (Incluído pelo Decreto nº3.265, de 1999)�

Conforme a Instrução Normativa RFB nº 971/2009,artigo 96, parágrafo único, o prazo da contribuiçãoprevidenciária é até o dia 20 (vinte) de janeiro do anoseguinte, lembrando que considera-se para apuração daalíquota da contribuição do segurado o valor total do 13ºSalário.

b) Diferença Seja Desfavorável ao Empregado

Caso a diferença seja desfavorável ao empregado, ovalor encontrado deve ser compensado na guia no campo6 (seis).

Observação: Ressaltamos que o depósito na contavinculada do FGTS é obrigatório também nos casos deinterrupção do contrato de trabalho prevista em lei. Aempresa deverá fazer o referido depósito quando oempregado se afasta do trabalho por motivo de acidentedo trabalho (Decreto nº 99.684/1990, art. 28, inciso III).

12.1.4 - Preenchimento da GPS

Ressaltamos que o recolhimento das contribuiçõessociais incidentes sobre o 13º Salário deverá ser informado,no documento de arrecadação, a competência 13 (treze) eo ano a que se referir, exceto no caso de 13º Salário pagoem rescisão de contrato de trabalho, cuja competência seráa do mês da rescisão (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 99)

Campo 3 - Código de Pagamento: Se o código daempresa for 2100 ou 2003, etc.

Campo 4 - Competência (mês/ano): Utilizar acompetência 13. Exemplo: 13/2010.

Os demais campos serão preenchidos de acordo comas regras gerais.

Observação: A Resolução nº 39, de 23.11.2000, vedaa utilização, a partir de 1º de dezembro de 2000, da GPSde valor inferior a R$ 29,00 (vinte e nove reais).

12.1.5 - Prazo de Recolhimento da GPS do 13º Salário

O vencimento do prazo de pagamento das contribuiçõessociais incidentes sobre o 13º Salário, exceto no caso derescisão, dar-se-á até o dia 20 (vinte) de dezembro,antecipando-se o prazo para o dia útil imediatamenteanterior se não houver expediente bancário naquele dia(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 96).

Ressaltamos que as contribuições previdenciárias apartir da competência novembro de 2008 deverão serrecolhidas até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao dacompetência, e quando não houver expediente bancáriona data definida para o pagamento, será antecipado para o

dia útil imediatamente anterior, conforme dispõe a InstruçãoNormativa RFB nº 971/2009, artigo 80, inciso III e parágrafoúnico, com nova redação dada pela Instrução NormativaRFB nº 1.027, de 20 de abril de 2010.

12.2 - FGTS

Teremos a incidência novamente do FGTS, referenteao valor pago na 2ª parcela, juntamente com a folha depagamento da competência de dezembro, e orecolhimento deverá ser até o dia 7 (sete) de janeiro doano seguinte.

12.3 - IRRF

No pagamento da segunda parcela do 13º Salário háincidência do IRRF sobre o total (soma da 1ª parcela + 2ªparcela), com base na tabela progressiva mensal.

Considera-se mês de quitação o mês de pagamento da2ª parcela ou o mês da rescisão de contrato de trabalho.

O cálculo do imposto será efetuado em separado dosdemais rendimentos, mediante a utilização da tabelaprogressiva mensal vigente no mês de quitação. A tributaçãoocorrerá exclusivamente na fonte.

O fato gerador do Imposto de Renda na Fonte incidentesobre o 13º Salário quando ocorre o momento de suaquitação, assim considerado (Art. 7º da Instrução NormativaSRF nº 15, de 06 de fevereiro de 2001 e art. 638 do RIR/1999):

a) quando do pagamento do Termo de Rescisão doContrato de Trabalho, em virtude do desligamento doempregado; e

b) no mês de dezembro, por ocasião do pagamento dasegunda parcela.

Observação: Vide matéria a respeito no Caderno deImposto de Renda.

13. GFIP/SEFIP

A partir do ano de 2005 as empresas são obrigadas aentregar a GFIP/SEFIP para a competência 13, desde aversão 8.0, e o SEFIP está habilitado para o cumprimentodesta obrigação.

Lembrando que o GFIP/SEFIP devem ser distintos paraos fatos geradores referentes à competência 12 (mês dedezembro) e competência 13 (décimo terceiro salário).

Já para os anos de 1999 a 2004, é facultativa a entregade GFIP/SEFIP para a competência 13.

A GFIP/SEFIP da competência 13 deve ser utilizadaexclusivamente para prestar informações à PrevidênciaSocial referente a fatos geradores das contribuiçõesprevidenciárias do 13º Salário, não havendo, portanto,

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recolhimento de FGTS.

Observação: Para informações completas sobre opreenchimento da SEFIP, consultar o Manual versão 8.4.

13.1 - Sem Movimento

Caso não haja fatos geradores a informar na competência13, também é necessária a entrega da GFIP/SEFIP comausência de fato gerador (sem movimento), obedecidasas disposições contidas no item 5 do Capítulo I da SEFIP8.4.

14. PENALIDADES

A empresa que cometer infrações relativas ao 13º Salárioserá penalizada com multa de 160 (cento e sessenta) UFIRpor empregado prejudicado, dobrada na reincidência.

Fundamentos Legais: Os citados no texto e o Bol. INFORMAREnº 49/2009, Caderno Trabalho e Previdência.

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORASConsiderações

Sumário

1. Introdução2. Conceito3. Acordo de Compensação de Horas Por Escrito4. Inexistência do Acordo Por Escrito5. Regra Geral5.1 - Compensação do Sábado6. Acordo Coletivo6.1 - Empregados Menores (16 (Dezesseis) a 18 (Dezoito) Anos)6.1.1 - Menores - Novas Admissões6.2 - Celebração6.3 - Registro e Arquivo6.4 - Validade6.5 - Duração Máxima6.6 - Afixação Dos Acordos em Local Visível6.7 - Ficha ou Livro Registro - Anotação6.8 - Limite de Horário6.9 - Acordo de Compensação e Prorrogação Simultâneos6.10 - Trabalho Insalubre - Licença Prévia6.11 - Jornada 12 X 367. Profissões e Modalidades Proibidas de Celebrar Acordo8. Contrato a Prazo - Extinção9. Aviso Prévio Trabalhado9.1 - Rescisão de Contrato10. Desconto Das Faltas Injustificadas e o Acordo deCompensação de Horas11. Fiscalização/Penalidades11.1 - Quanto ao Trabalho do Menor12. Modelo de Acordo de Compensação de Horas12.1 - Modelo I12.2 - Modelo II12.3 - Modelo III12.4 - Modelo IV

1. INTRODUÇÃO

A jornada de trabalho ou duração do trabalho é a formado empregado participar com suas funções na empresa,sempre vinculado a um período de horas.

As limitações da jornada de trabalho estãoestabelecidas na Constituição Federal (CF), naConsolidação das Leis do Trabalho (CLT) e em outrasLegislações ordinárias.

De acordo com a nossa Legislação (Artigo 58 da CLT),a jornada de trabalho padrão é de 44 (quarenta e quatro)horas semanais ou 8 (oito) horas diárias, para osempregados em qualquer atividade privada, desde que nãoseja fixado expressamente outro limite. E para todos osfins legais, admitidas pela jurisprudência e fiscalização,um empregado que trabalha 8 (oito) horas por dia e nomáximo 44 (quarenta e quatro) horas na semana, tem cargamensal de 220 (duzentas e vinte) horas.

É facultada a compensação de horários e redução dajornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho(Artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988).

2. CONCEITO

O acordo de compensação de horas é o sistema utilizadopelas empresas para a compensação de pequenasdiferenças na jornada de trabalho dos seus empregados.

A compensação de horas de trabalho corresponde emacrescer a jornada de determinados dias em função deoutro suprimido, sem que essas horas configurem comohoras-extras.

3. ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS PORESCRITO

Segundo a CLT, a compensação de horas exige acordoescrito entre empregado e empregador ou contrato coletivode trabalho.

�Súmula 85 do TST - Compensação de jornada (incorporadas asOrientações Jurisprudenciais nºs 182, 220 e 223 da SDI-1)

I - A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada poracordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula. 85 - primeira parte - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

II - O acordo individual para compensação de horas é válido, salvose houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ 182 - inseridaem 08.11.2000)�.

Jurisprudência:

ACORDO PARA COMPENSAÇÃO DE HORA EXTRA, SÓ VALESE FOR FEITO POR ESCRITO. O entendimento é da 4ª Turma doTribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). Os juízesdeterminaram que um dentista pague horas extras à sua ex-assistente.Segundo o relator, o artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho

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determina que �a duração normal do trabalho poderá ser acrescida dehoras suplementares, em número não excedente de duas, medianteacordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contratocoletivo de trabalho�. Para o relator, �o acordo oral de compensaçãonoticiado não tem qualquer validade jurídica e portanto, não pode serconsiderado para o fim de obstar o direito do trabalhador às horasextras�, decidiu o relator. Os juízes da 4ª Turma acompanharam ovoto do relator, por unanimidade, determinando que o dentista pagueas horas extras (4ª. TURMA - PROCESSO TRT/SP NO:02229200205402000- 20030810625).

4. INEXISTÊNCIA DO ACORDO POR ESCRITO

Não existindo o acordo escrito, fica descaracterizada acompensação, conforme a Súmula do TST n° 85.

�Nº 85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA, inciso III. Omero não-atendimento das exigências legais para acompensação de jornada, inclusive quando encetadamediante acordo tácito, não implica a repetição dopagamento das horas excedentes à jornada normal diária,se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devidoapenas o respectivo adicional. (ex-Súmula nº 85 - segundaparte - alterada pela Res. nº121/2003, DJ 21.11.2003)�.

Jurisprudências:

RECURSO ORDINÁRIO. AUSÊNCIA DO ACORDO DECOMPENSAÇÃO. O recorrente tem razão ao sustentar serem devidasas horas suplementares antes a ausência do acordo de compensação,pois não se pode admitir o acordo tácito para compensação de horas.O artigo 59 da CLT e seus parágrafos dispõem sobre a prorrogação ecompensação de horas e é expresso no sentido de que o acordo deveser escrito. Com efeito, a legislação prevê a possibilidade decompensação de jornadas além do módulo semanal, através dodenominado �banco de horas�. Porém, imprescindível sua formalizaçãoatravés de acordo ou convenção coletiva de trabalho (art. 59, parágrafo2º, da CLT). A ausência de juntada do instrumento coletivo apto aautorizar este sistema de compensação configura irregularidade formale afronta ao dispositivo legal específico. (TRT�SP-Ac-01325-2005-061-02-00. Decisão em 01.03.2007 - 12. T. Rel.: Marcelo FreireGonçalves. Publicado no DOE SP em 16.03.2007)

HORAS EXTRAS. BANCO DE HORAS. DESCARACTERIZAÇÃO.AUSENTE ACORDO DE COMPENSAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOLABOR EM AFRONTA À CARGA MÁXIMA DIÁRIA. INAPLICABILIDADEDA SÚMULA 85 DO C. TST. A prestação habitual de trabalhoextraordinário descaracteriza o acordo de compensação, ensejandoo pagamento do adicional sobre as horas extras destinadas àcompensação, nos termos da Súmula nº 85 do C. TST. Contudo, aausência de juntada do acordo individual entre trabalhador eempregadora, deixa de comprovar a adesão obreira ao sistema debanco de horas, conforme determina a norma coletiva, sem explicitar,ainda, quanto ao saldo de créditos e débitos de horas compensadasou a compensar, o que torna inválido o sistema adotado, aliada àautorização do labor excedente da décima hora diária pelos própriosACT�s, fato que resultaria, inegavelmente, em extrapolamento dajornada diária e da carga máxima semanal, em afronta aos dispositivoslegais e constitucionais. Recurso da Reclamada a que se negaprovimento. (TRT-PR-00552-2004-322-09-00-2-ACO-13722-2007 - 1.

T. Rel.: Ubirajara Carlos Mendes. Publicado no DJPR em 01.06.2007)

ACORDO DE COMPENSAÇÃO TÁCITO - INVALIDADE FORMAL- SÚMULA 85 DO C. TST - REGIME COMPENSATÓRIOMATERIALMENTE CUMPRIDO - Incontroversa, in casu, a não adoçãoformal do regime de compensação mediante a via coletiva, ou,tampouco, mediante acordo escrito individual, conforme exigênciacontida no inciso XIII do artigo 7º da Carta da República, e consagradana Súmula 85, incisos I e II, do C. TST, inválido o sistema compensatórioadotado pela ré, ainda que materialmente cumprido. Deve-se,entretanto, com fundamento no princípio do não enriquecimento ilícito,limitar a condenação nos moldes do inciso III da citada Súmula 85, afim de evitar pagamento em duplicidade ao obreiro. (TRT-PR-01377-2006-662-09-00-6-ACO-03802-2007 - 4. T. Rel.: Sueli Gil El-Rafihi.Publicado no DJPR em 13.02.2007)

5. REGRA GERAL

Normalmente, existem situações tais como a dosempregados que não trabalham aos sábados ou ainda reduçãoou supressão do trabalho que antecedem os feriados.

Exemplos:

a) segundas-feiras que antecedem feriados às terças-feiras;

b) sextas-feiras que sucedem feriados às quintas-feiras;

c) dias de carnaval e quarta-feira de cinzas (meioexpediente), etc.

5.1 - Compensação do Sábado

Ressaltamos que as empresas que possuem acordode compensação de horas com seus empregados nãopodem utilizar o sistema de compensação quando houverferiado coincidente com o sábado.

Exemplos de compensações do sábado:

a) O empregado com jornada de trabalho de segunda asexta-feira das 08h às 17:48h, com 1 (uma) hora deintervalo intrajornada e compensando o sábado.

Jornada diária = 08:48 horas (8:48h x 5 dias, segunda-feira a sexta-feira) = 44 horas semanais.

b) O empregado com jornada de trabalho de segunda aquinta das 08h às 18h e na sexta-feira das 08h às 17h,com 1h (uma) hora de intervalo intrajornada e compensandoo sábado.

- Jornada diária = 09:00 horas, de segunda a quinta-feira com uma hora de intervalo;

- Jornada diária = 08:00 horas, na sexta-feira com umahora de intervalo;

- Totalizando a jornada semanal (9 x 4 = 36h de segunda-

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feira a quinta-feira e 8 x 1 = 8h na sexta-feira = 36 + 8 =44h) 44 horas semanais.

Conforme as jurisprudências, torna-se inválido e ineficazo acordo para compensação, quando na prática houverhabitual labor aos sábados, dia que era destinado aodescanso; com isso faz jus o empregado ao recebimentodo adicional de no mínimo 50% (cinquenta por cento), deacordo com o artigo 59 da CLT, pois não havendo as horasdestinadas à compensação, restringe-se ao pagamento doadicional por trabalho extraordinário, ou seja, caracteriza-se como horas-extras.

Jurisprudências:

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA -DESCARACTERIZAÇÃO. Considerando-se que o acordo decompensação de jornada é um negócio jurídico bilateral, sua plena eeficaz realização decorre da conjugação simultânea dos requisitos daexistência, validade e eficácia. Na hipótese tratada nos autos o acordofirmado entre as partes tornou-se inválido e ineficaz, já que na práticahouve habitual labor aos sábados, dia que era destinado ao descanso.Logo, não produz os efeitos jurídicos desejados pela recorrente.Recurso da reclamada que se nega provimento. (TRT-PR-00726-2005-655-09-00-3-ACO-06588-2007 - 4. T. Rel.: Arnor Lima Neto.Publicado no DJPR em 13.03.2007)

HORAS EXTRAS. ACORDO DE COMPENSAÇÃO. AJUSTEENTRE AS PARTES PARA SUPRESSÃO DO LABOR SABATINO.DESCUMPRIMENTO PARCIAL. SÚMULA Nº 85 DO C. TST. Se as partesfirmam acordo compensatório, visando supressão do labor sabatino,através do acréscimo da jornada normal semanal, a prestação diária deserviço extraordinário, além daquela ajustada, enseja o pagamento dolabor suplementar. Contudo, em face de eventual trabalho aos sábados,cujo ajuste em instrumento coletivo não impõe a invalidade do acordocompensatório pactuado, faz jus o obreiro ao recebimento como extras,na forma estabelecida pela Súmula nº 85 do C. TST, vez que se trataapenas de descumprimento dos requisitos legais do regime decompensação, não ensejadores da nulidade do ajuste entabulado. Logo,quanto às horas destinadas à compensação, restringe-se a condenaçãoapenas ao adicional por trabalho extraordinário e, como extras, àsexcedentes da jornada semanal. Recurso do Reclamante a que se negaprovimento. (TRT-PR-00038-2004-322-09-00-7-ACO-11714-2007 - 1. T.Rel.: Ubirajara Carlos Mendes. Publicado no DJPR em 11.05.2007)

6. ACORDO COLETIVO

A Constituição Federal/1988, em seu artigo 7º, XIII,estabelece que a compensação de horas deve ser realizadamediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

�CF/88, Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diáriase quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horáriose a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva detrabalho�.

O artigo 59 da CLT que estabelece o acordo de

compensação de horas individuais não foi revogado,conforme abaixo:

�CLT, Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescidade horas suplementares, em número não excedente a 2 (duas),mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediantecontrato coletivo de trabalho.

§ 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por forçade acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas emum dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia,de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à somadas jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassadoo limite máximo de dez horas diárias�.

Importante: Ressaltamos que devido à previsãoconstitucional, nossa Lei Magna, para se evitar maioresproblemas com a justiça trabalhista e até mesmo com afiscalização, o empregador deverá realizar o acordo decompensação de horas mediante acordo ou convençãocoletiva de trabalho.

Jurisprudências:

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS. INVALIDADE. Nãose pode dar validade ao acordo de prorrogação e compensação dehoras firmado individualmente entre o empregado e a empresa quando,à evidência, apenas previa o elastecimento da carga semanal detrabalho, sem conferir, em contrapartida, qualquer compensação dehorário benéfica ao empregado e quando o horário instituído por meiodesse ajuste não estava respaldado em convenção coletiva detrabalho. (TRT 12.º Região - RO - 03602 - 2006 - 050 - 12-00-3 - 3.ª TURMA - Rel. Lourdes Dreyer - DJ 22.10.2007)

�A Lei nº 9.601/98 que instituiu o banco de horas, exigeexpressamente a intervenção sindical para que se adote acompensação da jornada de trabalho e no caso dos autos, restouconsignado que não houve a chancela sindical, pelo inaplicável à Súmulanº 85/TST, na medida em que a inválido o acordo de compensação.Recurso de revista conhecido e provido.� (TST - RR 51317/2005-093-09-00.2 - 6ª T. - Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU 02.03.2007)

6.1 - Empregados Menores (16 (Dezesseis) a 18 (Dezoito)Anos)

Em relação aos empregados menores (16 (dezesseis)a 18 (dezoito) anos), a compensação de horas somentepoderá ser firmada mediante existência de acordo coletivocelebrado com o sindicato da classe.

6.1.1- Menores - Novas Admissões

Quando ocorrer novas admissões de menores nodecorrer da vigência do acordo coletivo, eles estarão sujeitosàs normas estipuladas, desde que previamente avisados.

6.2 - Celebração

O acordo coletivo é celebrado por escrito, sem emendasnem rasuras, em tantas vias quantos forem os sindicatos

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convenentes ou as empresas acordantes, conforme artigo613 da CLT.

�CLT, Art. 613, parágrafo único - As Convenções e os Acordosserão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantasvias quantos forem os sindicatos convenentes ou as empresasacordantes, além de uma destinada a registro�.

6.3 - Registro e Arquivo

Os sindicatos convenentes ou as empresas acordantesprovidenciam a entrega de 1 (uma) via do acordo, dentrode 8 (oito) dias da assinatura do acordo, nos órgãosregionais do Ministério do Trabalho, para fins de registro earquivo, conforme artigo 614 da CLT.

6.4 - Validade

O acordo entra em vigência 3 (três) dias após a entregaefetuada no MTE, com validade por até 2 (dois) anos.

�CLT, artigo 614, § 1º - As Convenções e os Acordos entrarão emvigor 3 (três) dias após a data da entrega dos mesmos no órgãoreferido neste artigo�.

6.5 - Duração Máxima

De acordo com o artigo 614 da CLT em seu § 3º, nãoserá permitido estipular duração de Convenção ou Acordosuperior a 2 (dois) anos.

Súmula nº 277 do TST (Tribunal Superior do Trabalho):

�As condições de trabalho alcançadas por força de sentençanormativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de formadefinitiva, os contratos�.

Jurisprudência:

�Convenções coletivas. Efeitos. Vigência. As normas de Acordosou Convenções Coletivas têm prazo de vigência predeterminado, nãopodendo tais normas serem impostas após esse prazo de vigência,nem mesmo sob a afirmação de que referidas normas passaram aintegrar os contratos individuais. O que foi estabelecido a prazo certonão pode prosseguir após o escoamento do prazo. Revista conhecidae provida� (TST, 2ªT. RR-1984/88.2).

6.6 - Afixação Dos Acordos em Local Visível

Contados 5 (cinco) dias da data de entrega, dentro desteprazo, os sindicatos convenentes devem afixar cópiaautêntica dos acordos, de modo visível, nas respectivassedes e estabelecimentos das empresas compreendidasem seu campo de aplicação.

�CLT artigo 614, § 2º - Cópias autênticas das Convenções e dosAcordos deverão ser afixadas de modo visível, pelos Sindicatosconvenentes, nas respectivas sedes e nos estabelecimentos dasempresas compreendidas no seu campo de aplicação, dentro de 5(cinco) dias da data de depósito previsto neste artigo�.

6.7 - Ficha ou Livro de Registro - Anotação

De acordo com o art. 74, § 1º, o acordo de compensaçãodeve ser anotado no livro ou ficha de registro dosempregados.

�CLT, Art. 74 - § 1º, o horário de trabalho será anotado em registrode empregados com a indicação de acordos ou contratos coletivosporventura celebrados�.

6.8 - Limite de Horário

Na jornada de trabalho para fins de compensação,permite-se prorrogar até o máximo de 2 (duas) horas diárias,respeitando-se a duração normal de 44 (quarenta e quatro)horas semanais e o limite máximo diário de 10 (dez) horas(Artigo 59 da CLT), ou seja, o acordo de compensação nãopoderá ultrapassar 2 (duas) horas diárias além da jornadanormal ou 10 (dez) horas semanais.

A compensação pode acontecer tanto no início doperíodo de trabalho quanto no seu término, ou seja, oempregado pode entrar mais cedo do seu horário normalou sair mais tarde.

Exemplo:

a) 8h x 5 (2ª a 6ª feira) = 40h e 4h (sábado), totalizandoa jornada semanal de 44h;

b) acréscimo de 48 minutos por dia de 2ª a 6ª feira,para compensar o sábado, ficando assim:

- No sábado a jornada diária são 4h, então, 60 minutosx 4 = 240 minutos : 5 dias (2ª a 6ª feira) = 48 minutos;

Jornada de trabalho do empregado de segunda-feira asexta-feira será das 08h às 17:48h, com 1 (uma) hora deintervalo intrajornada e compensando o sábado.

*Jornada diária = 08:48 horas (8:48h x 5 dias, segunda-feira a sexta-feira) = 44 horas semanais.

Jurisprudência:

HORAS EXTRAS - ACORDO DE COMPENSAÇÃO - LIMITESEMANAL - A adoção de regime de compensação de jornada nãodesobriga a observância do limite semanal de 44 (quarenta e quatro)horas, estabelecido constitucionalmente. Devidas, portanto, horasextras, se não havia a quitação das mesmas. (TRT 9ª R. - RO 15796-2000 - (01187-2002) - 3ª T. - Rel. Juiz Roberto Dala Barba - DJPR25.01.2002)

6.9 - Acordo de Compensação e ProrrogaçãoSimultâneos

Nada impede de se firmar acordos de compensação eprorrogação simultaneamente pela Legislação, desde quea soma deles não ultrapasse o limite máximo de 10 (dez)horas de jornada diária ou 2 (duas) horas diárias de

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acréscimo. Entretanto, existem tribunais que nãoconcordam com este posicionamento como descrito pelasjurisprudências.

Jurisprudências:

ACORDO DE COMPENSAÇÃO E PRORROGAÇÃO DEJORNADA. COMPATIBILIDADE. A mera presença de laborextraordinário, com poucos excessos durante a semana, não possuio condão de invalidar o acordo de compensatório firmado. O institutodo labor extraordinário e o da compensação são distintos e compatíveisentre si, sendo não se cogitando da possibilidade de um anular o outro.Recurso da Reclamada a que se dá provimento. (TRT-PR-00250-2004-670-09-00-2-ACO-29078-2006 - 1. T. Rel.: Ubirajara CarlosMendes. Publicado no DJPR em 10.10.2006)

ACORDO DE COMPENSAÇÃO. ACUMULAÇÃO COM HORASEXTRAORDINÁRIAS. INVALIDADE. Não se admite a acumulação decompensação semanal com a prática de horas extraordinária, emrazão da incompatibilidade entre os regimes, posto que no acordocompensatório haverá a necessidade de reposição de horas dedescanso em decorrência daquelas despendidas com o acréscimoda jornada, e, na prorrogação, naturalmente, não haverá a restauraçãodo equilíbrio orgânico do trabalhador. Declarado nulo o acordo decompensação semanal de jornada, todo o labor realizado além doslimites diário e semanal deve ser remunerado como extraordinário.Recurso ordinário conhecido e provido. (TRT-PR-00775-2005-654-09-00-0-ACO-08898-2007 - 3. T. Rel.: Altino Pedrozo dos Santos.Publicado no DJPR em 13.04.2007)

6.10 - Trabalho Insalubre - Licença Prévia

Estabelece a lei que nas atividades insalubres arealização de horas-extras somente será permitida mediantea prévia autorização da autoridade competente.

�CLT, Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas asconstantes dos quadros mencionados no capítulo �Da Segurança eda Medicina do Trabalho�, ou que neles venham a ser incluídas por atodo Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogações só poderão seracordadas mediante licença prévia das autoridades competentes emmatéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederãoaos necessários exames locais e à verificação dos métodos eprocessos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio deautoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quementrarão em entendimento para tal fim�.

A eventual validade do acordo coletivo ou convençãocoletiva que vise à compensação de jornada de trabalhoem atividade insalubre prescinde da inspeção prévia daautoridade competente em matéria de higiene do trabalho,assim como na prévia autorização da autoridade doMinistério do Trabalho é válido e eficaz o ajustecompensatório.

Neste sentido é a Súmula nº 349 do Tribunal Superiordo Trabalho:

�Nº 349 ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO EMATIVIDADE INSALUBRE, CELEBRADO POR ACORDO COLETIVO.

VALIDADE (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva decompensação de jornada de trabalho em atividade insalubre prescindeda inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higienedo trabalho (art. 7º, XIII, da CF/1988; art. 60 da CLT)�.

Jurisprudências:

VALIDADE DO ACORDO COLETIVO DE COMPENSAÇÃO DEJORNADA EM ATIVIDADE INSALUBRE. A Constituição da República,no art. 7.º, item XIII, facultou �a compensação de horários e a reduçãoda jornada, mediante acordo ou convenção coletiva�. Tratando-se,portanto, de compensação de horário ou redução de jornada, a adoçãoem acordo ou convenção coletiva é bastante, não se podendo exigirlicença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene dotrabalho quando a atividade for insalubre. Essa exigência, aliás estácontida no art. 60 da CLT, que alude à prorrogação de jornada detrabalho, sem entrar em detalhe relativamente à hipótese deprorrogação por compensação, que é diferente da simples prorrogação,já que não implica a extrapolação da jornada semanal. Ora, o dispositivode lei, no tocante à jornada compensada, está no § 2.º do art. 59 daCLT, que só alude, como requisito para sua adoção, à prévia aprovaçãoem �acordo ou contrato coletivo�, exatamente como está na no art. 7.º,XIII, da CRF de 1988, que a partir de sua vigência, ganharam especialvalor as convenções e acordos, dado que não pode ser desprezadona interpretação dos artigos 59, § 2.º e 60 da CLT em confronto com onovo enfoque dado à matéria pelo já mencionado item XIII do art. 7.º.Conclui-se, portanto, em face do exame retro feito, que, ainda nasatividades insalubres, o regime de compensação de jornada, a partirda CRF, de 1988, é válido, desde que seja pactuado em acordo ouconvenção coletiva.(TRT 3.ª Região - RO - 00968-2005-033-03-00-3- Rel. Bolívar Viégas Peixoto - DJ 18/11/2006)

RECURSO DE REVISTA. VALIDADE DO ACORDO INDIVIDUALPARA COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO EM ATIVIDADE INSALUBRE.A validade do acordo individual de compensação horária em atividadeinsalubre depende da inspeção prévia da autoridade competente emmatéria de higiene do trabalho (arts. 7º, XIII, da Constituição da Repúblicae 60 da CLT). Recurso de revista conhecido e desprovido... (Acórdãounânime da 2ª Turma do TST - RR-533377 - Rel. Min. Renato deLacerda Paiva - DJ 1 de 06.02.2004)

�Em se tratando de atividade insalubre, a dispensa da licençaprévia da autoridade competente (art. 60 da CLT) ESTÁCONDICIONADA À CELEBRAÇÃO DE ACORDO COLETIVO DECOMPENSAÇÃO DE JORNADA, nos termos da Súmula nº 349 destaCorte. O acordo individual foi desconsiderado pelo acórdãoregional...�(TST - RR 816598/2001.1 - 3ª T. - Relª Min. Maria CristinaIrigoyen Peduzzi - DJU 12.05.2006)

6.11 - Jornada 12 x 36

O sistema de compensação de horas da jornada 12 x36 tem sido aprovada em várias decisões do TST e doTRT, porém não tem previsão na nossa Legislação e simem algumas convenções coletivas. Com isso a empresadeverá sempre verificar as condições dessa jornada como sindicato da respectiva categoria profissional.

Conforme o Precedente Administrativo nº 81, aprovado

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pelo Ato Declaratório da Secretaria da Inspeção do Trabalho- SIT nº 10, de 03 de agosto de 2009, orienta a ação dosAuditores Fiscais do Trabalho sobre o exercício de suasatribuições:

PRECEDENTE ADMINISTRATIVO Nº 81 - REGIME DECOMPENSAÇÃO. JORNADA DE TRABALHO 12 X 36 HORAS.ADMISSIBILIDADE:

�Não obstante a limitação do art. 59, caput, da CLT, admite-se oregime de compensação 12 x 36, quando previsto em convençãocoletiva e praticado em atividade que não exige esforço constante eintenso, devido às vantagens que proporciona ao trabalhador: descansode 36 horas entre as jornadas, menor número de deslocamentosresidência - trabalho - residência, duração do trabalho semanal inferiora 44 horas.

Referência normativa: art. 7º, XIII da Constituição Federal�.

Jurisprudências:

�REGIME DE COMPENSAÇÃO DE 12 x 36 - HORAS EXTRAS -INEXISTÊNCIA. Respeitado o limite semanal de quarenta e quatrohoras, não há que se falar em ilegalidade do regime de compensaçãode 12 x 36. Embargos conhecidos e desprovidos.� Processo: E-RR -269762/1996.3 Data de Julgamento: 07.06.1999, Relator Ministro:Juraci Candeia de Souza, Subseção I Especializada em DissídiosIndividuais, Data de Publicação: DJ 25.06.1999.

HORAS EXTRAS - COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO - REGIMEDE 12 X 36 HORAS - Não há ilicitude na celebração de acordo decompensação de horário adotando o regime de 12 horas de trabalhopor 36 horas de descanso, sobretudo quando autorizado emconvenção coletiva de trabalho. A Constituição Federal de 1988assegura a validade dos Acordos e Convenções Coletivas de Trabalhoe afasta restrições anteriormente existentes em relação à compensaçãoda jornada laboral. (TRT 12ª R. � RO-V . 8401/2001 - (01923/2002) -Florianópolis - 1ª T. - Rel. Juiz Gerson Paulo Taboada Conrado - J.19.02.2002)

7. PROFISSÕES E MODALIDADES PROIBIDAS DECELEBRAR ACORDO

Não podem celebrar acordos de compensação de horáriode trabalho as seguintes profissões e modalidades:

a) Ascensoristas (Lei nº 3.270/1957);

b) Telefonistas (CLT, art. 227).

c) Menor Aprendiz (Decreto nº 5.598/2005);

d) Empregados a tempo parcial, jornada máxima de 25(vinte e cinco) horas semanais, artigo 59, § 4º, da CLT,conforme Medida Provisória nº 2.164.

8. CONTRATO A PRAZO - EXTINÇÃO

Quando ocorrer a extinção de contrato a prazodeterminado, como por exemplo, de experiência, oempregador deverá observar que o empregado não poderá

realizar compensação de dia que seja posterior ao términodo contrato.

Dessa forma estará evitando que, por 1 (um) dia, ocontrato a termo ou prazo determinado possa serconsiderado como indeterminado e gerando, assim,indenizações próprias.

Neste caso, será mais viável o empregador dispensaro empregado naquela semana sem a realização dacompensação, perfazendo então jornada normal.

9. AVISO PRÉVIO TRABALHADO

Quando o empregado estiver cumprindo aviso prévio, oempregador deverá observar que o empregado na últimasemana do aviso prévio não poderá realizar compensaçãode dia que seja posterior ao término do referido aviso, senãoserá desconsiderado e anulado o aviso prévio.

O empregador deverá dispensar o empregado naquelasemana de realizar a compensação, uma vez que quandoo empregado é dispensado pelo empregador e escolhe aredução de 2 (duas) horas diárias, ele não pode perfazerhoras-extras.

Já quando o empregado escolhe a redução dos 7 (sete)dias, o empregador deverá dispensá-lo do cumprimentodas horas compensadas na última semana do aviso prévio,ou remunerar as horas excedentes (as que eramcompensadas) com adicional de extra de no mínimo 50%(cinquenta por cento).

Observação: A mesma situação, referente àcompensação, vai ocorrer quando o empregado pede ademissão e cumpre o aviso prévio.

9.1 - Rescisão de Contrato

No caso de uma rescisão de contrato de trabalho, ondenão houve a compensação total da jornada extraordinária,o empregado terá direito ao pagamento das horas-extrasnão compensadas, calculadas sobre o valor daremuneração da data da rescisão.

10. DESCONTO DAS FALTAS INJUSTIFICADAS E OACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS

Ocorrendo os atrasos ou faltas não justificadas, aLegislação permite que a empresa possa descontar dosseus empregados estas faltas na sua remuneração, ou aimportância referente ao tempo que ele deixou de trabalhar.Lembrando que, para isso, não possa existir previsãocontrária no acordo de compensação firmado.

Quando o empregado falta ao trabalho sem justificativa,ele deixa, inclusive, de laborar a fração diária estabelecidano acordo de compensação referente ao sábado, o cálculorelativo a essa jornada que foi acrescida de segunda asexta-feira, o empregador poderá descontar do seu salário.

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Exemplos:

a) Conforme o acordo de compensação de horas, oempregado trabalha 9 (nove) horas de segunda a quinta-feira e na sexta-feira 8 (oito) horas, perfazendo, assim, umtotal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, isso paracompensar o sábado. Se ele faltar sem justificativa aotrabalho, por exemplo, em um terça-feira, serãodescontadas 9 (nove) horas de seu salário.

b) Se o empregado tem a jornada de segunda a sexta-feira das 8 (oito) horas e 48 (quarenta e oito) minutos paracompensar o sábado, e ele faltar sem justificativa aotrabalho, por exemplo, na quinta-feira, o desconto referenteao salário dele será de 8 horas e 48 minutos.

11. FISCALIZAÇÃO/PENALIDADES

Durante a fiscalização os auditores fiscais do Ministériodo Trabalho e Emprego e tanto os da Previdência Socialpodem exigir a apresentação do acordo de compensaçãode horas dos empregados.

Os infratores destas normas estarão sujeitos à multade 37,8285 a 3.782,8471 UFIR, conforme a extensão dainfração e a intenção de quem a praticou, aplicada em dobrono caso de reincidência e oposição à fiscalização oudesacato à autoridade (Artigo 75 da CLT).

Como foi extinto o valor de referência regional e deacordo com a Portaria do MTB nº 290/1997, a multa foifixada em no mínimo 37,8285 UFIR e no máximo3.782,8471 UFIR.

�A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar açõesde cumprimento de cláusulas inseridas em acordo ou convençãocoletiva, ainda que não homologados judicialmente (art. 114 CF)� (TST5ªT. RR-101.966/94.7).

11.1 - Quanto ao Trabalho do Menor

Quanto ao trabalho do menor, os infratores estarãosujeitos à multa de 378,2847 UFIR por menor irregular atéo máximo de 1.891,4236 UFIR, dobrada na reincidência.

12. MODELO DE ACORDO DE COMPENSAÇÃO DEHORAS

A empresa poderá entrar em contato com o sindicatoda classe e verificar o modelo mais adequado a ser adotado.

Importante: Existem categorias sindicais que exigema formalização do referido acordo em modelo específico.

12.1 - Modelo I

ACORDO DE COMPENSAÇAO DE HORAS DE TRABALHO PARAELIMINAÇÃO DO EXPEDIENTE AOS SÁBADOS

IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES

EMPREGADOR: (Nome do Empregador), com sede em (xxx), naRua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), CEP (xxx), no Estado (xxx), inscritono C.N.P.J. sob o nº (xxx), e no Cadastro Estadual sob o nº (xxx),neste ato representado pelo seu diretor (xxx), (Nacionalidade), (EstadoCivil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), CPF nº (xxx),residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), CEP(xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx).

EMPREGADO: (Nome do Empregado), (Nacionalidade), (EstadoCivil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), CPF nº (xxx),Carteira de Trabalho nº (xxx) e série (xxx), residente e domiciliado naRua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), CEP (xxx), Cidade (xxx), no Estado(xxx).

As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado opresente Acordo para Compensação das Horas de Trabalho, que seregerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas nopresente.

DA JORNADA DE TRABALHO

Cláusula 1ª - Nos termos do art. 59, § 2º(1), da Consolidação dasLeis do Trabalho, fica acordado entre as partes contratantes oacréscimo de 48 (quarenta e oito) minutos suplementares à jornadanormal de trabalho, de segunda à sexta-feira, sem implicar emacréscimo do salário, ocorrendo à compensação mediante a eliminaçãodo expediente aos sábados.

Cláusula 2ª - Perfaz-se, com isso, um total de 44 horas semanaisde trabalho.

DA DURAÇÃO

Cláusula 3ª. Este acordo entra em vigor na data da assinaturadeste instrumento.

xxxxxxxxx,.........de....................... de ....................

(Nome e assinatura do Representante legal do Empregador comCarimbo da Empresa)

(Nome e assinatura do Empregado)

(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1)

(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2)

12.2 - Modelo II

ACORDO COLETIVO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS DETRABALHO PARA SUSPENSÃO DAS JORNADAS DE TRABALHOAOS SÁBADOS

Celebra entre si, de um lado a empresa................................................................................., estabelecida à Rua................................................................, bairro, ..................................,cidade .............................., CNPJ .............................................., aquirepresentada pelo Sr(a) ............................................................., CPF......................................................., cargo ...................................... e deoutro lado, os seus empregados adiante assinados, devidamente

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NOVEMBRO - Nº 46/2010 TRABALHO E PREVIDÊNCIA

assistidos pelo SINDICATO..................................................................................................., CNPJ................................................., aqui representado pelo seu Diretoradiante assinado, representação esta exercida com fundamento noinciso VI do Artigo 8º, e por força do inciso XXVI do artigo 7º daConstituição Federal vigente, o que fazem respeitando-se os artigo59, 376, 382 e 384 da CLT, e a Convenção Coletiva de Trabalho emvigor, mediante as seguintes cláusulas

PRIMEIRA - ABRANGÊNCIA

Este acordo abrange os empregados que trabalham nossetores.............................., sem distinção de sexo ou idade, mantendo-se a jornada de 44:00 horas semanais.

SEGUNDA - HORÁRIO  DE COMPENSAÇÃO

Para  compensar os sábados, os empregados trabalharão das 08:00 às 18:00 horas, com intervalos de 01:00 hora pararefeição e descanso, das segundas às  quintas-feiras e nas sextas-feiras das 08:00 às 17:00 horas, perfazendo o total de 44:00 horassemanais.

A compensação prevista nesta cláusula não dá direito  aorecebimento de horas extras, exceto quanto ultrapassar tais horários,ou quando eventualmente for solicitado o trabalho no Sábado ou diadestinado ao repouso.

TERCEIRA - FERIADO NO SÁBADO

Quando ocorrer feriado no sábado, a compensação prevista nesteacordo não deverá ocorrer durante a semana. Se a empresa decidirmanter o horário de compensação, pagará como Horas Extras asrelativas ao sábado, mais seus reflexos dos Repousos SemanaisRemunerados (Sábado e Domingo).

QUARTA - EMPREGADOS NOVOS

Os empregados admitidos após esta data poderão aderir aopresente Acordo de Compensação mediante assinatura do competente�Termo de Adesão� elaborado pela empresa, com o que se consideramsatisfeitas todas as exigências legais.

QUINTA - QUORUM

Para validade do presente acordo será necessário a adesão demaioria simples de 50% (cinqüenta por cento) mais um funcionário,sendo obrigados a cumprir este acordo a minoria que não tenha a eleaderido.

SEXTA � VIGÊNCIA

A vigência deste acordo será de ................... a ...................., (nomáximo 2 anos), facultando-se sua modificação ou rescisão porqualquer das partes, mediante acordo solicitado  de uma parte à outra,com pelo menos 30 dias de antecedência.

E por assim estarem acordados, assinam o presente instrumentoem três vias, uma das quais será  arquivada na Delegacia Regionaldo Trabalho, em respeito ao estatuído no artigo 612 da CLT.

xxxxxxx, _____ de ___________________ de ______.

________________________________________________Carimbo e assinatura da Empresa (Nome Completo e CPF)

________________________________________________Sindicato (Nome Completo e CPF)

12.3 - Modelo III

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO

Por este instrumento particular, fica celebrado um ACORDOCOLETIVO, entre a empresa ................................., inscrita no CNPJsob nº ...................... com sede à rua ...................... e o SINDICATODOS TRABALHADORES ......................... inscrito no CNPJ sob nº76.684.943/0001-42 com sede à Rua Lamenha Lins, 981 Curitiba -PR, neste Ato devidamente representado por................................................. , tendo em vista o pedido deCOMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO, qual atende à vontadede ambas as partes, empresa e funcionários, o qual será regido pelasseguintes cláusulas:

CLÁUSULA PRIMEIRA - O horário de trabalho dos funcionários deambos os sexos que prestam na área de Produção, Escritório e outrosdepartamentos da empresa, em decorrência deste acordo, passa aser o seguinte:

HORÁRIO :

JORNADA DE NO MÁXIMO 44 HORAS, DE SEGUNDA À SEXTA-FEIRA.

PARÁGRAFO ÚNICO - Havendo feriado aos sábados, nestassemanas o horário de trabalho será normal de 7:20 horas (SETEHORAS E VINTE MINUTOS) diários, de segunda à sexta-feira, casopermaneça o horário estipulado neste acordo, às horas excedentesserão pagas como HORAS EXTRAS de feriados e domingos conformeCCT em vigência.

CLÁUSULA SEGUNDA - Nenhum acréscimo é devido emdecorrência deste acordo, como também nenhum prejuízo salarialadvirá ao empregado com a atual Jornada de Trabalho, se esta forinferior a que está observada no presente ACORDO.

CLÁUSULA TERCEIRA - Os funcionários que não manifestaramsua adesão ou vierem a ser admitidos após a celebração deste acordo,estes deverão dar a sua adesão, mediante a declaração individualperante a empresa e encaminhado cópia ao Sindicato.

CLÁUSULA QUARTA - Qualquer divergência da aplicação desteacordo deve ser resolvida em reunião convocada pela suscitante dadivergência, a designação da data, hora e local para a reuniãomencionada deve contar com a prévia anuência da outra parte.

PARÁGRAFO ÚNICO - Persistindo a divergência, a partesuscitante recorrerá a Justiça do Trabalho.

CLÁUSULA QUINTA - Para prorrogação, revisão, denúncia ourevogação deste acordo, observar-se-á o seguinte:

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§ 1º - A prorrogação dependerá da manifestação expressa daspartes, até trinta dias antes de expirado o prazo de vigência, ouvidosos funcionários da empresa em assembléia convocada pelo sindicato,com observância no disposto do artigo 612 da Consolidação das Leisdo Trabalho.

§ 2º - A revisão dependerá de assembléia do Sindicato, no lugarque ele julgar mais apropriado, inclusive nas dependências da Empresae no horário de expediente normal, para decidir sobre a revisão doacordo juntamente com seus empregados.

§ 3º - O Sindicato, a empresa e os empregados, desde já,reconhecem a legitimidade das assembléias realizadas pelo sindicato,se comprometendo a respeitar a decisão das mesmas.

§ 4º - A empresa se compromete a fixar em mural o presenteacordo, bem como a ata da assembléia que foi aprovado o presenteacordo.

CLÁUSULA SEXTA - O PRAZO DA VIGÊNCIA DESTE ACORDOSERÁ DE 01 (UM) ANO.

CLÁUSULA SÉTIMA - Este acordo, cuja cópia será entregue aoMinistério do Trabalho para registro, terá validade a partir de três diasapós a entrega, conforme § 1º do artigo 614 da Consolidação das Leisdo Trabalho.

CLÁUSULA OITAVA - Em atendimento ao preceituado na CLT,haverá intervalo de quinze minutos antes do período extraordinário detrabalho.

E, por estarem de pleno acordo, é devidamente contratado, assinamo presente acordo as partes suscitantes.

xxxxxxx, _____ de ___________________ de ______.

__________________________________________Empresa (Nome Completo e CPF)

___________________________________________Sindicato (Nome Completo e CPF)

12.4 - Modelo IV

ACORDO COLETIVO DE SUSPENSÃO DA JORNADA DETRABALHO AOS SÁBADOS

Que entre si ajustam, de um lado, aempresa........................................................................... .....................,com sede a Rua ....................................., nº 2052 - Bairro ................ -Cidade ................................, inscrita no CNPJ sob o nº......................................... , representada pela sua Sócia Administradora......................................, portadora do CPF ................................ e, deoutro lado, os empregados pertencentes à categoria diferenciada demotoristas (condutores de veículos), adiante assinados, que, apóstomarem conhecimento da proposta apresentada pela empresa, abaixoreproduzida, concordam com todos os seus termos e autorizam oSINDICATO DOS TRABALHADORES ....................., com sede................................................., inscrito no CNPJ sob o nº

....................................... e no código sindical ......................................,representado por seu Presidente ..........................................................,CPF: .........................................., adiante assinado, a firmar o presente,o qual atende a vontade das partes:

01 - Nos termos dos artigos 58, 59 inciso 2º, 384, 611 e seguintesda CLT, é celebrado o presente Acordo Coletivo para prorrogação dajornada de trabalho diária e suspensão da jornada de trabalho aossábados.

02 - O horário de trabalho, em decorrência deste acordo, passa aser o seguinte perfazendo 44:00 (quarenta e quatro) horas semanais;

De segunda à sexta-feira, início às 08:00 (oito horas) e término às18:00 (dezoito horas), com intervalo de 01:17 (uma e dezesseteminutos) para almoço e descanso, conforme revezamento;

Aos sábados não há trabalho;

03 - Nas semanas em que o sábado coincidir com feriado, ajornada de trabalho diária do empregado será de 08:00 (oito horas),ficando vedada à prorrogação.

04 - O empregado que trabalharem a cima das 44:00 (quarenta equatro) horas semanais, receberão as horas extras com adicionalconforme Convenção Coletiva de Trabalho vigente.

05 - Todos os empregados que forem admitidos para prestarserviços à empresa sujeitar-se-ão ao horário e cláusulas deste acordo,porque a este darão adesão automaticamente, a partir da inclusão noquadro de pessoal da empresa acordante.

06 - O prazo de vigência deste acordo é de 02 (dois) anos, iniciando-se quando estiver com o registrado na Delegacia Regional do trabalho,conforme determina o artigo 614 da CLT.

E, por assim estarem de pleno acordo, as partes contratantesfirmam o presente acordo, em 05 (cinco) vias de igual teor e forma, nadata abaixo mencionada, para todos os efeitos legais.

xxxxxxxx, _____ de ___________________ de _________.

________________________________________________________________Nome da Empresa e CNPJNome e Cargo que ocupaCPF:

_________________________________________________________________SINDICATO DOS TRABALHADORES...................................CNPJ e CÓDIGO SINDICALPresidente e CPF 147.147.799.15

Empregado:

__________________________________________________________________Nome do Funcionário e CPF:

Fundamentos Legais: Os citados no texto e Bol. INFORMAREnº 27/2007.

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