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ANO XXIV - N O 209 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2010 CAMPANHA SALARIAL Conheça o ponto de vista dos representantes dos funcionários e do BB sobre as campanhas salariais NOVOS RUMOS NA POLÍTICA A influência da Lei da Ficha Limpa nas eleições 2010 ANABB contribui com decisão do STF que beneficia milhares de trabalhadores

ANO XXIV - NO 209 - NOVembrO/dezembrO 2010 em defesa dos ... · de Assistência e Previdência. A campanha salarial também ganhou viés diferenciado. O jornal Ação traz as negociações

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ANO XXIV - NO 209 - NOVembrO/dezembrO 2010

Em defesa dos

campanha salarialConheça o ponto de vista dos representantes dos funcionários e do BB sobre as campanhas salariais

novos rumos na políticaA influência da Lei da Ficha Limpa nas eleições 2010

ANABB contribui com decisão do STF que beneficia milhares de trabalhadores

InvIsta seu 13º salárIoEmpregar o salário extra em previdência privada e ainda poder deduzir valores do IR são ótima alternativa

brasileiros

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2 | Ação | Nov-Dez/2010

CArTAS

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser re-sumidas e editadas. Serão publicadas apenas correspondências selecionadas pelo Conselho Editorial da ANABB. As cartas que se referem a outras entidades, como Cassi e Previ, serão a elas encaminhadas. Se você quer enviar comentários, sugestões e reclamações, envie um e-mail para [email protected] ou uma carta para o endereço SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.

jornal Ação

ANAbb: SCRS 507, Bl. A, Lj 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF Atendimento ao associado: (61) 3442 9696 Site: www.anabb.org.br Supervisão: Fabiana Castro redação: Priscila Mendes, Tatiane Lopes, Elder Ferreira, Ariane Póvoa e Marcella Muniz (estagiária) Anúncio: Fabiana Castro E-mail: [email protected] edição: Ana Cristina Padilha revisão: Cida Tabozaeditoração: Movimento Calango Produções Foto da capa: Photos to Go Tiragem: 105 milbanco de imagem: Photos to GoImpressão e CTP: Gráfica Positiva

dIreTOrIA eXeCUTIVA

CONSeLHO deLIberATIVO

emíLIO SANTIAgO rIbAS rOdrIgUeSPresidente

WILLIAm JOSé ALVeS beNTOVice-presidente Administrativo e Financeiro

dOUgLAS SCOrTegAgNAVice-presidente de Comunicação

eLAINe mICHeLVice-presidente de relações Funcionais

NILTON brUNeLLI de AzeVedOVice-presidente de relações Institucionais

Valmir Camilo (presidente)Antonio Gonçalves Alcir Augustinho Calliari Ana Lúcia Landin Antilhon Saraiva Armando César Ferreira dos SantosAugusto Carvalho Cecília Garcez Denise Vianna Élcio BuenoGenildo Ferreira dos ReisGraça MachadoInácio da Silva Mafra Isa Musa José Antônio DinizJosé Branisso José Sampaio de Lacerda Júnior Luiz Antonio CareliMércia PimentelRomildo Gouveia Vitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSeLHO FISCAL

Cláudio José zucco (presidente)Antônio José de CarvalhoSaul Mário MatteiMaria do Céu BritoTereza Cristina Godoy Moreira SantosVera Lúcia de Melo

dIreTOreS eSTAdUAIS

Ivan Pita de Araújo (AL)Ângelo Raphael Celani Pereira (AM)Olivan de Souza Faustino (BA)Maria José Faheina de Oliveira (Mazé) (CE)Elias Kury (DF)Sebastião Ceschim (ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Solonel Campos Drumond Júnior (MA)Wagner Cardoso de Mesquita (MG)Edson Trombine Leite (MS)Ivan Demetri Silva (MT)Fábio Gian Braga Pantoja (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Francisco Carvalho Matos (PI)Moacir Finardi (PR)Marcelo Antonio Quaresma (RJ)Hermínio Sobrinho (RN)Sidnei Celso da Silva (RO)Paulo Edgar Trapp (RS)Carlos Francisco Pamplona (Chico Pamplona) (SC)Almir Souza Vieira (SE)José Antônio Galvão Rosa (SP)Saulo Antônio de Matos (TO)

AgrAdeCImeNTOSAgradeço à ANABB pela resposta às dú-vidas que enviei pelo correio. Em meu tempo, tudo era resolvido diretamente na agência. Hoje, tudo é acessado pela internet. Não tenho internet e não costu-mo usar o 0800 porque, se esqueço al-gum dado, é impossível proceder com o atendimento. Por isso, em meu caso, a melhor forma de comunicação é via cor-reio. Agradeço a paciência e a compreen-são de vocês.Teolides Sumiko Paraguaçu Paulista − SP

Agradeço a dedicação, a preocupação e o empenho que a ANABB tem tido com seus associados. Romilton Ferreira de Souza Caetité − BA

Agradecemos o recebimento da primoro-sa coleção Banco do Brasil 200 anos, en-viada pela ANABB, que já está disponível em nossa biblioteca. Certamente, doação como esta contribuirá para fazer conhe-cer a história de uma das nossas mais importantes e antigas instituições. Heitor Trindade Reitor da Universidade Federal da Inte-gração Latino-Americana (UNILA)Foz do Iguaçu − PR

dIreITO dO CONSUmIdOrParabéns pela iniciativa de criar, no site da ANABB, o espaço “Direito do Con-sumidor”, que, com certeza, em muito contribuirá para ampliar os conhecimen-tos dos associados acerca das relações de consumo. Luiz Francisco Gomes Florianópolis − SC

JOrNAL AÇÃO 208Sou usuário das redes sociais Orkut e Facebook. São bons meios de localizar amigos e parentes distantes e com eles iniciar contatos.Cláudio Luiz Assis Santa Cruz do Rio Pardo − SP

Parabéns pelos temas interessantes e abrangentes abordados na edição 208.Marcos de Oliveira Brasília − DF

Eu também já fui apaixonado pelo BB. Iniciei minha carreira em 1959 e me apo-sentei em 1991. Naquele tempo, o Ban-co afirmava que o maior patrimônio eram os funcionários e colocava em prática essa afirmativa. Para nós, funcionários, o Banco era uma “mãe”, confiávamos cegamente em todas as suas resoluções e assinávamos tudo que vinha da di-reção. Hoje o Banco virou “madrasta” dos funcionários. E o que é mais grave é que os formadores de opinião, como o senhor (referindo-se a Nilton Brunelli, no texto de Opinião do Jornal Ação 208), que têm a imprensa na mão não são ca-pazes de um grito de revolta. Para nós, aposentados, é ainda pior, pois roubam o nosso fundo de pensão sob argumentos que não têm amparo jurídico. O superávit da Previ nos pertence e não serve para engordar os balanços do BB, para gerar dividendos para o Governo e investidores estrangeiros. Infelizmente temos o governo que merecemos.Telmo Sebastião ScottiCaxias do Sul – RS

VITÓrIA NA JUSTIÇAGostaria de parabenizar a ANABB pelo relevante trabalho que presta a seus as-sociados, principalmente na proteção de seus direitos. Sou um dos contemplados na ação Planos Econômicos. Espero que continue essa defesa em prol de seus as-sociados. Abraços. David Joaquim da Silva Parque Amazônia − GO

Gostaria de agradecer e louvar todo o es-forço desta instituição em buscar e con-quistar vitórias nas ações judiciais. Jorge Ézio Ferreira Nascimento Salvador − BA

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Ação | Nov-Dez/2010 | 3

Emílio RodriguesPresidente da ANABB

CArTA dO PreSIdeNTe

“Há duas fontes perenes de alegria pura: o bem realizado e o dever cumprido.”

Faço uso dessa frase para expressar minha satisfação em concluir mais um ano de trabalho. Nesta, que é a última edição do jornal Ação de 2010, falo em nome da ANABB para reiterar que, durante este ano, nos empenhamos para oferecer toda a assistência aos associados. E o fruto desse esforço se reflete nos resultados que alcançamos e que ainda alcançaremos.

Ao longo de 2010, noticiamos fatos significativos aos associa-dos, principalmente no que diz respeito às ações judiciais. E não poderia haver notícia mais contundente que a publicada na capa deste jornal e que fecha com chave de ouro mais um ciclo de ati-vidades. O assunto não beneficia apenas os associados, mas os trabalhadores brasileiros. É uma grande vitória, que influencia no reconhecimento da Associação e que contribui para que milhões de trabalhadores tenham seus direitos garantidos.

A ANABB teve atuação importante no andamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2.736-1/600, ajuizada contra a Medida Provisória nº 2.164-41/2001, que dispensava a Caixa Econômica Federal (CEF) do pagamento dos honorá-rios da parte vencedora, nas ações que versem sobre Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ADI foi julgada proceden-te e o julgamento favorável proporciona o pagamento, pela CEF, dos honorários sucumbenciais, que são devidos aos advogados. A reportagem descreve o papel da ANABB e de seus advogados no andamento do processo, uma vez que a ADI estava parada há oito anos no Supremo Tribunal Federal (STF). A dimensão desse trabalho é, sem dúvida, bastante representativa e mais de um milhão de pessoas está sendo beneficiada.

Não poderíamos deixar de comentar sobre as eleições, que trouxeram novidades neste ano, principalmente com a eleição da primeira mulher presidente do Brasil. O jornal Ação fez um balanço do pleito de 2010 e mostra a nova composição do Con-gresso Nacional, a influência da Lei da Ficha Limpa e as curiosi-dades desse processo eleitoral.

Para dar ainda mais diversidade ao jornal, assuntos sobre Cassi, Previ são explorados sob ótica bem interessante, prestan-do importante serviço aos associados e aos usuários das Caixas de Assistência e Previdência.

A campanha salarial também ganhou viés diferenciado. O jornal Ação traz as negociações salariais como pauta, deta-lhando os entraves do ponto de vista dos bancos e dos bancá-rios. Além disso, avalia o reflexo das greves para a sociedade.

Em tempo de férias, foram as Associações Atléticas Banco do Brasil (AABBs) que ganharam destaque como ótima opção de

deVer CUmPrIdO e mUITOS PrOJeTOS PeLA FreNTe

lazer para quem for ficar em casa e para os que forem viajar. Mas fim de ano também é o momento de pensar nas finanças. Que tal começar 2011 com foco no futuro? O jornal traz infor-mações importantes para quem quer investir o 13º salário em um plano de previdência. Aproveite também para reservar algum recurso destinado a fazer bem aos outros. Conheça o ANABB Cidadania e ajude os comitês de funcionários do BB a colocar seus projetos em prática.

O que a ANABB deseja é que cada associado sinta orgulho de fazer parte de uma Associação que olha para o futuro com a perspectiva do crescimento, sem abrir mão do respeito, do com-promisso e da responsabilidade com cada cidadão. Por isso, car-regamos a sensação de que 2010 é um ano que ficará marcado na história desta entidade. O ano de 2011 tem tudo para seguir o mesmo caminho. Lembre-se de que vamos comemorar os 25 anos de existência da entidade e queremos que este nos traga mais vitórias importantes.

A ANABB deseja a todos os associados e seus familiares um Natal e um Ano-Novo repleto de sabedoria, para que, como dis-se Carlos Drumonnd de Andrade, “todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência”. Contamos com seu apoio e sua parceria em 2011.

Um forte abraço,

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CAPA

STF decide que Caixa econômica Federal deve pagar os honorários dos advogados da parte ganhadora nas ações de FgTS, em processos que saiu perdedora. ANABB influencia na decisão

SÓLIdA CONTrIbUIÇÃO

Defender os interesses do funcionalismo do Banco do Brasil é uma das maiores missões da ANABB. Tanto que, no segundo semestre, a Associação divulgou notícias im-portantes sobre vitórias na Justiça que beneficiarão os as-sociados em valores que chegam perto dos R$ 2 bilhões. A novidade é quando a atuação da ANABB ultrapassa o âmbito do BB, ganha reconhecimento nacional e favorece milhares de trabalhadores brasileiros. Foi o que aconte-ceu no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalida-de (ADI) nº 2.736-1/600, ajuizada pelo Conselho Fede-ral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que tem a ANABB como parte interessada.

É comum, em processos judiciais, que a parte venci-da seja responsável pelo pagamento de todos os gas-

tos decorrentes da atividade processual. O Art. 20 do Código de Processo Civil diz que “aquele que perde uma causa tem de pagar o advogado da parte vencedora”. No entanto, o governo editou a Medida Provisória (MP) nº 2.164-41/2001, que vedava o estabelecimento de honorários de sucumbência em causas que envolves-sem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e os titulares de contas vinculadas. Isso significa que a Caixa Econômica Federal (CEF), quando perdedora de ações sobre FGTS, não era obrigada a pagar os honorá-rios advocatícios, o que acabava pesando no bolso de quem estava propondo a ação.

Tal regulamentação prejudicou milhares de pessoas no Brasil, pois a expectativa de ter a verba honorária de

Por Tatiane Lopes

Foto da sede da ANABB em Brasília

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sucumbência é o meio de que dispõem os trabalhado-res lesados para remunerar o advogado contratado em suas causas. Além disso, a MP acabou desestimulando milhares de brasileiros a buscar seus direitos, já que to-das as despesas processuais se acumulavam no bolso do próprio trabalhador. Diante desse fato, a OAB ajui-zou a ADI questionando a inconstitucionalidade dessa medida provisória.

Há oito anos, a ADI estava parada no Supremo Tribu-nal Federal (STF). Atenta às questões que impactam ne-gativamente sobre os direitos dos cidadãos e de seus as-sociados, a ANABB se valeu de sua experiência jurídica, conquistada pelos mais de 20 anos de luta na Justiça, e encontrou uma solução. Com o respaldo jurisdicional e com a expertise de dois dos mais conceituados advo-gados brasileiros, Nabor Bulhões e Maurício Correa, a ANABB ingressou como interessada no julgamento da ADI, na figura de Amicus Curiae (colaboradora informal da Corte). Esse é um instituto legal e justo, que possi-bilita a intervenção de terceiros no processo para aju-dar a Corte a proferir decisão ou a impelir resultado no interesse público.

A argumentação puramente jurídica da ANABB, de-fendida pelos advogados, foi decisiva e de extrema rele-vância para o julgamento da ADI. No dia 8 de setembro de 2010, o Plenário do STF, por unanimidade, julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade para declarar inconstitucional a MP. Com a decisão, os ho-norários advocatícios nas ações entre o FGTS e os titu-lares das contas vinculadas podem ser cobrados. Pelo menos um milhão de trabalhadores brasileiros serão diretamente beneficiados com a decisão.

ArgUmeNTAÇÃOPara comprovar a inconstitucionalidade da Medida

Provisória nº 2.1641/2001 aos ministros do STF, o ad-vogado Nabor Bulhões fez extenso trabalho. “Elabora-mos memorial que foi distribuído a todos os ministros que participaram do julgamento em setembro”, ressal-ta o advogado. Na argumentação, ele comprovou que a MP contrariava os Arts. 62 e 5º da Constituição Federal. O primeiro, no que diz respeito a sua relevância e urgência. “Verificou-se que o presidente teria usado abusivamente a MP, pois não estava presente pelo menos o pressupos-to da urgência, já que se travava de matéria processual”, detalha o advogado.

Além disso, baseou-se no fato de que a matéria de honorários advocatícios pertence estritamente ao Códi-

go de Processo Civil e nem sequer poderia ser objeto de medida provisória. Em seu voto, o relator da ADI, ministro Cezar Peluso, proferiu os mesmos fundamentos deduzi-dos pelo advogado Nabor Bulhões.

reAJUSTeS LegAISOutra violação gravíssima à Constituição Federal foi

identificada. “O verdadeiro motivo para edição da MP não foi proteger o patrimônio público e o patrimônio do trabalhador, mas sim beneficiar exclusivamente a Caixa Econômica Federal, agente operadora do FGTS”, explica o advogado.

Desde 1997, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já tinha consolidado jurisprudência sobre a inclusão do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na atualização mo-netária dos saldos do FGTS. No entanto, o advogado re-lembra que “a CEF nega-se a fazer o recálculo das verbas depositadas nas contas vinculadas do FGTS, para efeito de reposição da perda inflacionária”. Isso provoca milha-res de demandas judiciais. Como esse direito já estava sendo consolidado em causas anteriores, a possibilidade de o trabalhador perder uma ação que objetivava reajus-tes legais era remota.

Sendo assim, a medida provisória favorecia unilate-ralmente a CEF, que descumpria a lei ao negar ao tra-balhador a atualização dos créditos das contas. “O que se percebeu foi que a medida objetivava eximir a CEF de ser legalmente condenada a pagar honorários de sucum-bência em processos a que injustamente deu causa”, alega Nabor.

Imagem do ministro Cezar Peluso durante transmissão ao vivo da reunião do STF que identifica claramente a participação da ANABB

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eFeITOSQuando o STF declara a inconstitucionalidade de uma

norma, por meio de ADI, ela é desconstituída do sistema jurídico, ou seja, é apagada do ordenamento. Por isso, tem eficácia de retroagir à data em que foi editada.

Segundo Nabor Bulhões, “é perfeitamente possível se buscar os efeitos contidos na decisão do STF. Só não em causas que tiverem trânsito em julgado”. Isso significa que, se um trabalhador, por causa da MP, foi obrigado a pagar os honorários advocatícios em ações de FGTS, e a ação transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recur-so, esses valores não podem ser revistos imediatamente. Nesse caso, é necessário entrar com ação rescisória para rever a decisão.

O prazo para entrar com ação rescisória é de dois anos a partir do trânsito em julgado. Ao ultrapassar esse pra-zo, não é mais possível rever esses valores. “Se houver tempo para mover a rescisória, é certo que o trabalha-dor ganhará. Se houver algum caso em que se operou

SUCUmbÊNCIA – SAIbA mAIS

Os honorários dos advogados arbi-trados judicialmente são importante forma de remuneração do serviço desses profissionais. A sucumbên-cia é um direito dos advogados. Seu princípio atribui à parte vencida em um processo judicial o pagamento de todos os gastos decorrentes da ativi-dade processual.

O advogado Nabor Bulhões dispensa apresentações. Figura tarimbada nas Cortes Superiores, ele carrega em seu currículo mais de 30 anos dedicados ao ofício jurídi-co. Já foram inúmeros processos defendidos e, para ele, a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os honorá-rios de sucumbência garante a rigidez e a supremacia da Constituição Federal, além de possuir conteúdo sociojurí-dico significativo.

AÇÃO: Como o senhor analisa o papel do STF no julga-mento da AdI?

Os ministros impediram que a MP continuasse a ser utilizada com caráter acentuadamente casuísta, editada para beneficiar interesses do gestor equivocado do FGTS em detrimento do patrimônio do trabalhador. O cidadão tinha de despender recursos para mover ação contra quem vinha descumprindo sistematicamente a lei.

AÇÃO: Quais os argumentos para que a AdI permane-cesse sem julgamento durante oito anos no STF?

A ADI foi ajuizada em outubro de 2002 pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Atuei direta-mente em sua elaboração, pois na época era conselheiro federal da Ordem. A ADI foi distribuída inicialmente para o ministro Sydney Sanches, que teve de cumprir as normas que determinavam que os entes e os órgãos envolvidos na ação fossem ouvidos: presidente da República, Advo-cacia Geral da União e Procuradoria Geral da República. O processo ficou tempo significativo com o ministro até que ele se aposentou sem que tivesse conseguido julgá-lo. O ministro Cezar Peluso ocupou seu lugar. Ele de-morou a se familiarizar com o processo e encontrou milha-res de ações pendentes de julgamento, todas de grande relevância. É perfeitamente justificável que a Corte tenha levado tanto tempo para esse julgamento, que felizmente decidiu pela inconstitucionalidade do dispositivo da MP.

AÇÃO: A AdI foi ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do brasil. Como a ANAbb foi ad-mitida no processo?

dr. NAbOr bULHõeS FALA SObre A ImPOrTâNCIA dA ANAbb NA AÇÃO VITOrIOSA dO STF

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a coisa julgada e já decorreram mais de dois anos, não há o que fazer. As relações processuais não são eter-nas, alguém tem de ganhar e alguém tem de perder”, finaliza o advogado.

PAPeL dA ANAbbA ANABB possui na Justiça ações em nome de seus

associados contra a Caixa Econômica Federal em relação às perdas do FGTS. Nesses processos, os associados não pagam os honorários advocatícios, pois os convênios fir-mados entre a Associação e os escritórios de advocacia os isentam dessas despesas.

Desde 2003, com quase a totalidade de decisões ju-diciais isentando a CEF do pagamento dos honorários, a Associação passou a alertar os associados sobre a pos-sibilidade de virem a arcar com essas despesas. Para so-lucionar o problema causado pela MP e agilizar o recebi-mento das ações, a Associação orientou os associados a efetuar o pagamento dos honorários advocatícios.

dr. NAbOr bULHõeS FALA SObre A ImPOrTâNCIA dA ANAbb NA AÇÃO VITOrIOSA dO STF

A Diretoria Executiva da ANABB acordou com os advo-gados a execução antecipada dos processos que se en-contravam parados aguardando o julgamento definitivo da ADI. Como os advogados que tratam de cada processo precisam ser remunerados pelos serviços prestados, os associados que mostraram interesse depositaram 10% do valor que receberiam com as ações.

Os oito anos que decorreram entre a edição da MP e o julgamento da ADI comprovam o quanto nosso sistema judicial é lento.

“A partir do julgamento deste processo, outro se ini-cia. Assim como buscou o direito na Justiça, a ANABB se empenhará e utilizará todos os recursos possíveis para reaver, no caso das ações que ainda não transita-ram em julgado, os honorários sucumbenciais, na par-te que couber a cada associado. Por isso, a palavra de ordem é paciência”, aconselha o presidente da ANABB, Emílio Rodrigues.

Os ministros relatores das ADIs podem admitir em um processo a participação de entes e órgãos de gran-de representatividade que, mesmo não se encontran-do no rol do Art. 103 da Constituição Federal – que es-pecifica as pessoas autorizadas a propor ADI −, podem contribuir para bem exercer o controle constitucional. A ANABB foi admitida formalmente como Amicus Curiae, também chamada de colaboradora da Corte.

AÇÃO: Para o senhor, qual foi a importância da ANAbb no processo?

O papel da ANABB foi importantíssimo. A Associação contribuiu com o esclarecimento dos fatos e com o ofe-recimento de razões de natureza jurídica capazes de influir no julgamento. A ANABB teve contribuição não só para seus associados, mas para todos os trabalha-dores. Além da OAB, que teve a iniciativa, a entidade que mais colaborou na defesa da Constituição Federal e do patrimônio do trabalhador no que diz respeito ao FGTS foi a ANABB.

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Todos os anos, bancos e entidades representativas dos bancários − Confederação Nacional dos Trabalha-dores nas Empresas de Crédito (Contec) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro/Central Única dos Trabalhadores (Contraf/CUT) − participam da negociação coletiva.

O processo ocorre em dois momentos. Na mesa úni-ca, são discutidas as cláusulas gerais, que definem um mesmo acordo para bancos públicos e privados. Essas instituições são representadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), responsável por discutir os temas com a Contec e a Contraf/CUT. Em função dessa negocia-ção, surge a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Já nas

O processo de negociação salarial dos bancários é um período rico em debates e tem como objetivo encontrar soluções favoráveis tanto aos bancos quanto ao funcionalismo. Porém, a falta de um acordo amistoso pode gerar lentidão nas decisões e diversos transtornos à sociedade

Por Ariane Póvoa | Ilustração: Cibele Santosreuniões específicas são definidas cláusulas adequadas à realidade dos bancos públicos. Nessa ocasião, a Fenaban sai de cena e as instituições financeiras negociam dire-tamente com as confederações de trabalhadores. Des-se contexto, surgem os chamados Acordos Coletivos de Trabalho (ACT).

A questão é que, na falta de acordo amistoso, esse processo de negociação causa desgaste para os bancos, para a categoria bancária e, quando resulta em greve, gera diversos transtornos à sociedade em geral. É comum bancos e bancários só chegarem a um consenso após a paralisação dos trabalhadores.

De acordo com o presidente da Contec, Lourenço do

A dINâmICA dA NegOCIAÇÃO COLeTIVA

CAmPANHA SALArIAL

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Prado, a lentidão no processo de decisão decorre da fal-ta de resposta patronal, visto que, nos últimos anos, as empresas de crédito só têm apresentado proposta depois de iniciado o movimento grevista. “As pautas de reivin-dicações são entregues com antecedência. No entanto, os representantes dos patrões têm demorado demasia-damente até para agendar reuniões, o que só acontece a partir de pressões dos trabalhadores”, informou.

Por outro lado, o gerente executivo e negociador do BB, José Roberto Mendes do Amaral, discorda e afirma que o processo é idêntico ao das demais categorias de trabalhadores. “É necessário haver tempo para a análise da pauta apresentada pelos trabalhadores e, em segui-da, inicia-se processo de ne-gociação, que não é simples como possa parecer.”

Para a Contraf/CUT, a gre-ve de 2010, como em anos anteriores, foi provocada pe-los bancos. “Eles atrasaram deliberadamente as negocia-ções e se mantiveram intran-sigentes para provocar a gre-ve, de forma que coincidisse com as eleições, calculando que, com isso, poderiam aju-dar o candidato que eles apoiam”, informou a assessoria.

Este ano, os bancos apresentaram a proposta de 4,29% de reajuste, o que corresponde à inflação do período, e zero por cento de aumento real. Por considerarem essa proposta uma provocação, uma vez que as cinco maiores instituições financeiras do país (BB, Itaú Unibanco, Bra-desco, Santander e CEF) apresentaram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre − crescimento de 32% na média em relação ao mesmo período do ano an-terior −, os bancários rejeitaram a proposta e entraram em greve.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf/CUT, informou que, durante a paralisação, buscou inúmeras vezes a retomada das negociações. Segundo a assessoria da Contraf/CUT, “a Fenaban, em vez de negociar, adotou uma série de práticas antissindi-cais para conter a greve, fazendo pedidos generalizados de interdito proibitório, ameaças a trabalhadores para que voltassem ao trabalho, obrigando muitos a entrar de madrugada, e uso de helicópteros para transportar ban-

cários e furar a greve”. Em nota divulgada pela Fenaban, a entidade contestou essas acusações e informou que “lamentava profundamente a ocorrência de atos protago-nizados por sindicalistas e piqueteiros, que ferem o direi-to dos cidadãos de acessar os serviços bancários essen-ciais, como saques e depósitos”.

Ainda segundo a Fenaban, alguns clientes foram, inclu-sive, agredidos ao tentar utilizar caixas eletrônicos. “Dian-te disso, a entidade reiterou o compromisso de buscar as alternativas legais cabíveis para garantir o acesso de ban-cários e consumidores às agências, a fim de exercerem o direito ao trabalho e ao usufruto dos serviços essen-

ciais, bem como de alcançar um acordo plausível com os representantes dos bancá-rios”, informou a assessoria da Fenaban. O negociador do BB diz que não é de agora que campanhas salariais termi-nam em paralisação. Para ele, greve é um processo histórico e acontece em todas as cate-gorias profissionais.

“Entendemos que todo o desdobramento faz parte de um processo negocial, inclusi-ve a greve. Mas temos percebi-

do que o funcionalismo vem compreendendo o posiciona-mento do Banco e os índices de paralisação são menores a cada ano no BB”, afirma José Roberto.

Tanto para a Contec quanto para a Contraf/CUT, o au-mento de participação de funcionários na greve dos ban-cários de 2010 foi tão forte em bancos privados como em bancos públicos, o que contraria a informação dada por José Roberto e mostra que o grau de insatisfação do funcionalismo tem aumentado. Ao todo foram 15 dias de paralisação e mais de 8,2 mil agências fechadas, o que resultou na greve mais expressiva dos últimos 20 anos.

Depois de duas semanas de greve, a Fenaban apresen-tou proposta que foi finalmente aceita pelas assembleias. “No fim das contas, esse acordo representou a maior con-quista da categoria bancária nos últimos 20 anos, con-templando aumento real, valorização dos pisos salariais, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e inclusão na CCT de mecanismos de combate ao assédio moral e à falta de segurança bancária”, disse a assesso-ria da Contraf/CUT.

Tanto para a Contec quanto para a Contraf/CUT, o aumento de participação de funcionários na greve dos bancários de 2010 foi tão forte em bancos priva-dos como em bancos públicos, o que mostra que o grau de insa-tisfação do funcionalismo tem aumentado.

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AS greVeS e A SOCIedAdeToda vez que a categoria bancária entra em greve, a

população fica diretamente prejudicada. Será necessário, a cada ano, nova greve recordista para que os bancários alcancem suas reivindicações?

Embora a greve seja o último recurso dos trabalhado-res, ela é legítima e é um direito assegurado pela Cons-tituição. O presidente da Contec destaca que entre as reivindicações dos trabalhadores estão melhores condi-ções de trabalho para que possam oferecer melhor aten-dimento e com mais celeridade, inclusive com reflexos na redução de filas. Assim, ele conclui que há coincidência de interesses da sociedade com parte dos interesses dos trabalhadores.

“Devemos considerar que a remuneração reivindicada pelos trabalhadores beneficia boa parte da sociedade, visto que há disponibilidade de recursos que estimulam diversos setores da economia. Talvez, o que se possa fa-zer para evitar transtornos é a divulgação prévia do movi-mento paredista, com vista a mostrar se os patrões estão verdadeiramente preocupados em evitar paralisações com prejuízos à sociedade”, afirma Lourenço do Prado.

Para a Contraf/CUT, o resultado da campanha deste ano mostrou que a paralisação foi necessária para que-brar a intransigência dos bancos.

“Foi com mobilizações e greves que os bancários con-quistaram todos os seus direitos em décadas de luta: da jornada de seis horas ao combate do assédio moral, pas-sando pela cesta-alimentação e pela licença-maternidade de 180 dias”, informou a assessoria da Contraf/CUT.

O negociador do BB compreende que a sociedade fica

relativamente prejudicada com qualquer paralisação e garante que o BB faz de tudo para evitar chegar a esse ponto. Mas diz que, de forma geral, não considera haver pontos negativos no processo de negociação, já que o que existe é um procedimento natural em que se busca acordar um meio termo para posições diferenciadas nas análises de determinados pontos.

Este ano, o vice-presidente de Relações Institucionais da ANABB, Nilton Brunelli, foi quem representou a Asso-ciação no acompanhamento da dinâmica da negociação coletiva. “Sabemos que a intervenção ativa no processo é uma tarefa de responsabilidade do movimento sindical; no entanto, é nosso dever estar atentos a todos os assun-tos que tenham relação com os funcionários do Banco”, informou Brunelli. Para o presidente da ANABB, Emílio Ro-drigues, a campanha salarial mostrou que a mobilização dos bancários é capaz de ganhos, apesar de entender que o reajuste concedido aos funcionários do BB poderia ter sido maior, considerando o retorno que o Banco teve sobre seu patrimônio líquido médio – Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL). “O BB tem apresentado elevados índi-ces de RSPL. Em 2009, por exemplo, o retorno foi de 56,8% no quarto trimestre, enquanto o reajuste conce-dido aos funcionários foi de apenas 6%. Este ano, o lu-cro líquido no terceiro trimestre foi 32,7% superior ao apurado no mesmo período de 2009. Não podemos es-quecer também que, de 1995 a 2003, os reajustes sa-lariais foram inferiores à inflação anual e que, portanto, as perdas passadas ainda precisam ser recuperadas”, disse Rodrigues.

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CAmPANHA SALArIAL 1995-2010

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Ação | Nov-Dez/2010 | 11

ANAbbPreV

No fim do ano, trabalhadores de todo o país recebem o 13º salário. Planeje-se financeiramente e saiba o que fazer para ver seu dinheiro render frutos

Por Ariane Póvoa

Chegar ao fim do ano com a corda no pescoço não é nada bom. A solução vem, muitas vezes, com aquele dinheirinho extra a que todo trabalhador brasileiro tem direito e que corresponde a 1/12 da remuneração para cada mês trabalhado: a gratificação natalina. No entanto, esse benefício, conhecido popularmente como 13º salário, em vez de ser utilizado para quitar dívidas, para muita gente, é oportunidade de investimento.

Este ano, o servidor público Jovanir dos Santos irá investir o 13º em previdência privada. Ele diz que em 2009 passou dos limites e, mesmo com a ajuda da gratificação natalina, não con-seguiu encerrar o ano sem dívidas. “Ano passado, dei um passo maior do que podia e acabei me atolando em dívidas. Este ano, consegui organizar e planejar minhas finanças e decidi investir o 13º em meu futuro”, conta Jovanir.

Para o mestre em finanças e ex-gerente do BB no exterior, Álvaro Modernell, encerrar o ano com tranquilidade nas contas pessoais é uma questão de planejamento. Segundo ele, o dinhei-ro extra que chega nessa época do ano, quando não compro-metido com dívidas, pode impulsionar novo estilo de vida. “Para os resultados de longo prazo, as atitudes são mais importantes do que os valores. Quem percebe a importância de poupar e in-vestir pensando no futuro passa a fazer isso com naturalidade,

com prazer e com a certeza e a satisfação de estar fazendo a coisa certa”, afirma. Álvaro, que também é autor de vários livros de educação financeira, aconselha quem ainda está com pro-blemas financeiros a usar o 13º para quitar ou amenizar dívidas, mas lembra que isso deve ser feito com visão de futuro. “Bem sabemos o quanto é melhor pesquisar opções de investimento do que taxas e linhas de crédito”, diz o especialista.

Boa opção de investimento para associados da ANABB e seus parentes em até quarto grau é o Fundo de Pensão ANABBPrev. Instituído pela ANABB e gerido pelos participantes, o fundo ofere-ce plano de previdência compatível com o que há de melhor no mercado e, por não ter fins lucrativos, apresenta vantajosas ta-xas de carregamento e administração que figuram entre as mais baixas do mercado. Além de constituir reserva financeira, o inves-tidor também tem a possibilidade de dedução das contribuições no Imposto de Renda, limitado a 12% da renda bruta anual.

“Em matéria de finanças pessoais, alguns fatores são decisi-vos para o sucesso, entre eles: disposição, atitude e oportunida-de. Para quem já tem disposição e atitude, o investimento do 13º na ANABBPrev é excelente opor-tunidade”, conclui Álvaro.

FAÇA SEU 13º reNder

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12 | Ação | Nov-Dez/2010

OdONTOANAbb

Por Tatiane Lopes

A ANABB traz novidades para seus filiados. A Asso-ciação realizou mudanças em seu plano odontológico. A gratuidade do OdontoANABB não mudou: os associados continuam sem pagar nada para usufruir dos serviços de cerca de 20 mil dentistas distribuídos por aproximada-mente 1.200 cidades brasileiras. A boa nova é que, além de o valor para dependente ter diminuído, agora os pa-rentes em até quarto grau também poderão usufruir do plano. Atenta às necessidades do associado, a ANABB criou em 2008 o OdontoANABB. A principal motivação foi oferecer serviço de qualidade a funcionários do Banco do Brasil e aposentados que não tinham um plano que cui-dasse de sua saúde bucal. Para continuar atendendo as expectativas dos filiados, a Associação ampliou o atendi-

MUDANÇAS NO ODONTOANABB NOVIDADES PARA OS ASSOCIADOSAlém de o associado não pagar para ter o OdontoANAbb, a partir de agora, ele poderá incluir parentes em até quarto grau por preço imperdível

mento dentário aos parentes dos sócios até quarto grau. O novo Estatuto da Associação abriu a possibilidade de

que os parentes dos associados façam parte da ANABB, uma vez que grande parte dos serviços oferecidos pode beneficiar pessoas que não estão diretamente ligadas ao Banco do Brasil.

“Estamos mudando para não deixar que um serviço de excelente amplitude e aceitação seja impactado negativa-mente em virtude de boas iniciativas do Banco do Brasil”, explica o presidente do Conselho Deliberativo da ANABB e idealizador do OdontoANABB, Valmir Camilo, referindo-se à implantação do plano odontológico pelo Banco do Brasil aos funcionários da ativa e aos dependentes.

SÓCIO CONTrIbUINTe INTerNO: eX-FUNCIONárIOS dO bb e PeNSIONISTAS

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Ação | Nov-Dez/2010 | 13

SÓCIO eFeTIVO: FUNCIONárIOS dO bb e APOSeNTAdOS

VeJA O QUe mUdA em TOdAS AS CATegOrIAS de ASSOCIAdOS dA ANAbb

FUNCIONárIO dA ATIVA

• Mensalidade da ANABB = R$ 25,90Com direito ao OdontoANABB gratuito, seguro Decesso Automático*, além de outros serviços.

• Os funcionários, que têm dependentes vincu-lados ao OdontoANABB, receberão comunicado oficial da ANABB informando que, uma vez que o BB está implantando plano odontológico em que o titular e os dependentes legais vão usufruir gra-tuitamente, não terão a necessidade de continuar pagando o plano.

• Em vista disso, o funcionário da ativa do BB, que, por ser associado da ANABB, tem direito ao OdontoANABB gratuito, poderá transferir esse direito para um parente até quarto grau de sua livre indicação. O indicado não pagará nada por tratar-se de transferência de direito do associado titular.

APOSeNTAdO

• Mensalidade da ANABB = R$ 25,90Com direito ao OdontoANABB gratuito e seguro Decesso Automático*, além de outros serviços.

• Inclusão de dependente no plano odontoló-gico: mensalidade de R$ 7,95 por dependente (redução de 19,70%, sobre o valor anterior-mente cobrado).

VALe LembrAr QUe:• De acordo com o Estatuto da ANABB, artigo 4º, são considerados dependentes dos associados: côn-juge ou companheiro(a), filhos solteiros, de qualquer condição, menores de 24 anos, enteados e outros dependentes, por determinação judicial.• Parentes em até quarto grau de sócio da ANABB entram na categoria de Sócio Contribuinte Externo.

• Mensalidade da ANABB = R$ 25,90Com direito ao OdontoANABB gratuito e seguro Decesso Automático*, além de outros serviços.

• Inclusão de dependente no plano odontológico:mensalidade de R$ 7,95 por dependente.

• Mensalidade da ANABB = R$ 13,50Com direito ao OdontoANABB gratuito e seguro Decesso Automático*, além de outros serviços.

• Inclusão de dependente no plano odontoló-gico: mensalidade de R$ 7,95 por dependente.

SÓCIO CONTrIbUINTe eXTerNO: PAreNTeS em ATé QUArTO grAU de ASSOCIAdO

dA ANAbb e FUNCIONárIOS de eNTIdAdeS (CASSI, PreVI, COOPerFOrTe, bANCOrbráS,

CONgLOmerAdO bb, SISTemA AAbb, eNTre OUTrOS)

SÓCIO CONTrIbUINTe INTerNO: eX-FUNCIONárIOS dO bb e PeNSIONISTAS

* Seguro no valor de R$ 3.000,00 por morte do beneficiário ou dependentes legais e participação no Prêmio Pontualidade.

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14 | Ação | Nov-Dez/2010

O setor de construção civil tem muito que comemorar. No primeiro trimestre deste ano, registrou 15% de cresci-mento em comparação ao mesmo período do ano passa-do. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a oferta de crédito e os lançamentos de imóveis, que tinham diminuído por conta da crise, foram os principais motivadores desse crescimento.

A Cooperativa Habitacional ANABB (COOP-ANABB) pode ser exemplo de que a tendência de crescimento do mercado de construção civil é concreta. Desde 2005, três

ÚLTImAS UNIdAdeS NO dISTrITO FederAL e NO rIO de JANeIrO

emPreeNdImeNTOS LANÇAdOS

empreendimentos foram totalmente vendidos – dois em Águas Claras (DF) e um em Salvador (BA).

Em 2010, a cooperativa está comercializando dois edifícios residenciais – em Samambaia (DF) e no Rio de Janeiro (RJ) e deve lançar mais três em 2011: em Cam-pinas (SP), em Anápolis (GO) e em Aracaju (SE) – que já estão com o contrato de permuta assinado e o pro-jeto de arquitetura em andamento. Além disso, conti-nuam as prospecções para novos negócios em todo o território nacional.

residencial Jardim Paineiras residencial Jardim da barra

FAÇA PArTe VOCÊ TAmbémA COOP-ANABB existe há sete anos e busca sempre

facilitar a compra da tão desejada casa própria. Após a cooperativa adquirir terrenos e construir empreendimen-tos nos estados brasileiros, esta possibilita aos coope-rados a compra segura de um imóvel na planta por um preço que cabe no bolso. Foi o que o aposentado José Raimundo Brito fez. Ele escolheu a maneira mais segura de comprar um apartamento de qualidade, com a melhor forma de pagamento. “A confiança na ANABB motivou a compra de um imóvel. Além disso, o cooperativismo fa-cilita a compra, uma vez que as taxas de administração não oneram o empreendimento. Já estou em meu segun-do investimento”, afirma.

INFOrme PUbLICITárIO

O residencial Jardim Paineiras foi projetado para a cidade de Samambaia (DF), próximo a: estação do metrô, fórum da cidade e bancos. O cooperado en-contra economia e facilidade. O residencial Jardim da barra localiza-se na ci-dade do Rio de Janeiro (RJ), próximo a: Autódromo Internacional de Jacarepaguá, Arena Olímpica (onde serão realizados os jogos olímpicos de 2016), Hos-pital Sara Kubitschek e Aeroporto de Jacarepaguá. Conforto e maior segurança para o sócio-cooperado.

COmO Se TOrNAr Um COOPerAdO1º passo:• O ingresso na COOP-ANABB é feito pela integraliza-

ção mínima de 200 (duzentas) quotas-partes no valor de R$ 1,00 (um real) cada, dividido em até 10 (dez) parce-las mensais.

• A integralização das quotas-partes poderá ser efe-tuada via boleto bancário, débito em conta BB ou Fopag – esta última apenas para aposentados da Previ.

2º passo:• Após a escolha do imóvel na planta, o cooperado

tem flexibilidade para definir as condições de pagamen-to, respeitando os requisitos da COOP-ANABB, de forma rápida e fácil pelo site www.coopanabb.com.br.

Mais informações: (61) 3442-9670 | [email protected]

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Ação | Nov-Dez/2010 | 15Mais informações: (61) 3442-9670 | [email protected]

POLíTICA

A Lei da Ficha Limpa foi a grande protagonista do processo eleitoral deste ano. A nova medida teve reflexo, por exemplo, na eleição do Legislativo

Por Priscila Mendes | Ilustrações: Cibele Santos

Parlamentares que tomarão posse em 2011 poderão incluir nos currículos uma nova qualificação: político ficha limpa. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) negou o registro a candidatos que haviam renunciado a mandatos anteriores para fugir de um processo de cassação. A medida deve-se a um dos princípios da Lei Complementar nº 135/2010, que torna mais rígidos os critérios para quem pode se candidatar, analisando a vida pregressa dos políticos. Conhecida como Ficha Limpa, a lei fará parte da história como uma das grandes manifestações do povo na política.

A nova lei foi o grande destaque das eleições deste ano. A dúvida sobre a aplicação da Ficha Limpa nesse pleito pairou até o dia 27 de outubro, quando houve entendimento do STF em

negar o recurso de Jader Barbalho – candidato do PMDB que recebeu 1.799.762 votos, quantidade suficiente para ser eleito ao Senado Federal pelo estado do Pará. O placar no plenário da Suprema Corte deu empate – 5 votaram contra e 5 a favor; então os ministros, em sua maioria, decidiram por manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já havia negado o registro de candidatura ao político, pois os ministros do TSE aprovaram a aplicação imediata da lei complementar.

Jader Barbalho renunciou ao mandato de senador em 2001 antes que o Conselho de Ética do Senado iniciasse um processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar, que poderia levá-lo à cassação do mandato e à inelegibilidade. Neste caso, a Lei da Ficha Limpa prevê a inelegibilidade por um prazo de oito anos,

PArTICIPAÇÃO POPULAr gANHA FOrÇA

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contados da data em que o mandato se extinguiria. No caso de Jader, terminaria em 2003 e uma nova candidatura só seria per-mitida a partir de 2011.

De acordo com o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewan-dowski, a Lei da Ficha Limpa causou uma reviravolta na disputa política. “A lei permitiu que os eleitores vissem a necessidade de verificar o passado de seus candidatos, por isso ela envolve uma mudança cultural”, afirmou.

O analista político Antônio Augusto de Queiroz, do Departa-mento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e assessor especial da ANABB, avalia que em torno de 95% dos candidatos “ficha suja” que concorreram nessas eleições foram barrados nas urnas. “Mesmo anteriormente à decisão do Supremo, a po-pulação já havia a aplicado na prática, não elegendo as pessoas que estivessem nessa condição”, argumentou.

“No Congresso Nacional, do ponto de vista da mudança na composição, o reflexo desta lei é muito pequeno. Há apenas três deputados federais que concorreram sem registro e que têm vo-tos suficientes para se eleger. Esses foram barrados por outros princípios desta lei”, disse Queiroz. Esses casos aguardam deci-são dos tribunais superiores.

Vale lembrar que a nova legislação é de iniciativa popular e recebeu mais de 1,6 milhão de assinaturas de eleitores. Foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva. A Ficha Limpa foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 7 de junho de 2010.

VOTO de PrOTeSTOEssa eleição também teve suas peculiaridades. O campeão

de votos em números absolutos na Câmara dos Deputados ga-nhou notoriedade no Brasil e no exterior. Com 1.353.820 votos (6,35% dos votos dos eleitores paulistas), o humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, codinome Tiririca, do Partido da Repúbli-ca (PR), liderou a disputa e conquistou uma vaga para deputado federal pelo estado de São Paulo. Com o slogan “Vote no Tiririca. Pior do que tá não fica”, quase teve a candidatura impugnada sob acusação de analfabetismo e foi alvo de críticas até de ou-tros candidatos à vaga. Por outro lado, o candidato mais votado proporcionalmente foi Reguffe (PDT/DF) com 266.465 (18,95% dos votos dos eleitores do Distrito Federal). O parlamentar fez campanha destacando a bandeira da ética e da moralidade na política.

O cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto avalia que o ponto de convergência entre os dois eleitos é o discurso antipolítico. “Os perfis de Tiririca e de Reguffe são totalmente diferentes, mas o voto tem a mesma dinâmica: pro-testar contra política atual. O eleitorado do comediante mostra descrença e protestou fazendo piada e o de Reguffe, de forma mais consciente, deu voto em quem pudesse de fato representar algum tipo de mudança.”

As maiores bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram preparadas para um governo de continuidade. “No primeiro turno, já foi desenhada uma base favorável à eleição de Dilma Rousseff. Parti-dos da base aliada tiveram crescimento ou manutenção do número de cadeiras, com exceção do PMDB. A base de sustentação cresceu bastante e a oposição, a exem-plo dos Democratas, diminuiu muito”, afirmou o analista político do Diap.

Nas duas casas do Congresso Nacional, o novo go-verno contará com apoio consistente de 311 deputa-dos e 50 senadores, número suficiente para aprovar mudanças na Constituição, que exigem três quintos da composição de cada Casa – 308 deputados e 49 sena-dores. “Esse apoio vem dos políticos que compuseram os partidos da coligação (PT, PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSC, PSB, PTC e PTN). O apoio condicionado poderá vir de partidos que atualmente fazem parte do governo, mas circunstancialmente ficaram fora da coligação ou apoiaram José Serra. A oposição ficará a cargo de PSDB, PTB, PPS, DEM, PMN e PTdoB – partidos da coligação do candidato tucano – e Psol, que tem base própria. Os políticos eleitos que não fizeram parte da aliança po-derão integrar a base aliada”, explica Queiroz.

Na análise do cientista político Leonardo Barreto, a grande novidade dessas eleições foi a formação da

COmPOSIÇÃO de bANCAdAS dO CONgreSSO NACIONAL

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maior bancada da Câmara dos Deputados. “O resultado mostra o crescimento do PT, que elegeu 88 candidatos. Pela primeira vez, o partido formou a maior representação.” O PMDB será a segunda maior bancada, com 79 cadeiras, seguido pelo PSDB, que vai ocupar 53 vagas, e pelo DEM, com 43.

A renovação na Casa foi de 44,25%, que, de acordo com le-vantamento do Diap, ficou abaixo da média histórica das últimas cinco eleições. Dos 407 deputados que disputaram a reeleição, 286 obtiveram êxito, 117 foram reprovados pelo eleitorado e quatro tiveram os registros indeferidos.

COmPOSIÇÃO de bANCAdAS dO CONgreSSO NACIONAL

“Os candidatos que não conseguiram se reeleger serão os mais dóceis para o governo, pois precisam re-solver seu futuro, e para isso fazem qualquer negócio. Ficam vulneráveis e vão ser mais governistas que qual-quer outro”, avaliou Antônio Augusto de Queiroz.

A renovação de dois terços do Senado mostrou nova composição de forças, com relevantes quedas em bancadas como a do DEM, que, de 13 senadores, passará a contar com apenas seis. Já o PSDB, que tem atualmente 14 senadores, contará com bancada de 11 parlamentares.

Apesar dessa redução, o DEM elegeu dois de seus senadores para governos estaduais: Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte, e Raimundo Colombo, em Santa Catarina. Ambos tinham mandato até 2015. Atualmen-te, o partido não governa nenhum estado.

Segundo o Diap, pelo menos 16 dos 54 senadores que tomarão posse em 1º de fevereiro de 2011 para um mandato de oito anos eram deputados federais.

Para o próximo governo, Queiroz destaca que duas reformas deverão pautar o Congresso Nacional. “Uma é a política. Partidos contrários já mudaram de opi-nião e certamente apoiarão essa reforma. A outra é a reforma tributária. São duas grandes reformas que vêm sendo prometidas e não realizadas há muito tem-po e tudo indica que serão concretizadas na próxima legislatura,” disse.

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18 | Ação | Nov-Dez/2010

V PrÊmIO CIdAdANIA

Tudo isso você encontra no site www.anabb.org.br/conveniosAcesse diariamente e confira novas parcerias e promoções exclusivas feitas para você!

no site da ANABB. Os projetos devem ser mantidos ou as-sistidos por funcionários do BB, da ativa ou aposentado. E estes devem ainda abordar, prioritariamente, temas como: erradicação do analfabetismo; educação regular de pessoas em comunidades menos assistidas; cursos profissionalizantes; combate, prevenção e erradicação de doenças; e ações de geração de emprego, melhoria na dis-tribuição de renda e redução das desigualdades sociais.

Nas quatro edições do Prêmio Cidadania, 49 projetos foram premiados. No total, 113 comitês foram beneficia-dos pelo programa ANABB Cidadania. “Em cada edição, são cerca de 100 projetos inscritos. Cada um deles reú-ne histórias que emocionam. São pessoas que lutam para resgatar a dignidade e a autoestima dos grupos menos favorecidos. E essa é uma das motivações da ANABB em manter acesa a chama da solidariedade”, destaca o coor-denador da campanha e vice-presidente de Comunicação da ANABB, Douglas Scortegagna.

CIdAdANIA

Quinta edição do Prêmio Cidadania Herbet de Souza fará parte das comemorações dos 25 anos da ANAbb

Por Tatiane Lopes

AbrA SeU COrAÇÃO PArA

A CIdAdANIA

“Solidariedade a gente não agradece, se alegra.” Assim falava Herbet de Souza, mais conhecido como Betinho. A ANABB adotou a filosofia do sociólogo e há 17 anos criou o programa ANABB Cidadania, que mobiliza os funcioná-rios do BB a se unir para impulsionar iniciativas voluntá-rias. Em 2011, fazendo parte das comemorações dos 25 anos da ANABB, será realizada a quinta edição do Prêmio Cidadania Herbet de Souza.

Os projetos são viabilizados com doações e traba-lho voluntário dos funcionários do BB. Desde 1993, mais de 20 mil colegas fizeram doações. O papel da ANABB é o de analisar os projetos dos comitês mantidos ou assistidos por funcionários e escolher onde os recur-sos serão mais bem empregados. Os valores doados pelos colegas são criteriosamente administrados pela ANABB e os projetos beneficiados estão divulgados no site www.anabb.org.br/cidadania. Nos últimos dois meses, mais de 500 colegas contribuíram, totalizando cerca de R$ 50 mil arrecadados.

Para o próximo ano, uma das novidades será a exten-são do prêmio para o projeto Liberdade Responsável, que contempla iniciativas com foco na ressocialização de pre-sidiários e de jovens e adolescentes em conflito com a lei. O projeto foi criado em 2008, graças aos recursos doados pelo colega Oswaldo Gebler.

O regulamento do prêmio será publicado em janeiro

Em 2011, a ANABB premiará, mais uma vez, iniciativas cidadãs dos colegas do BB.PARTICIPE!

Bustos reproduzindo a face do sociólogo Betinho foram entregues no IV PRÊMIO CIDADANIA.

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linda camisa. • A partir de 200,00 – ganhe uma camisa e um

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Ação | Nov-Dez/2010 | 19

FIm de ANO COm dIVerSOS deSCONTOSMATRÍCULAS ESCOLARES, HOTÉIS, AGÊNCIAS DE VIAGENS, RESTAURANTES

PrEvi é o 25º mAior FUNdo dE PENSão do mUNdo A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) já ocupa o 25º lugar no ranking dos 300 maiores fundos de pensão do mundo. A classificação é da publicação americana Pensions & Investments, es-pecializada em previdência complementar. Entre 2008 e 2009, a Previ subiu 20 posições e garantiu a melhor classificação desde o início da pesquisa, em 1989. Ao contrário da maioria dos fundos de pensão listados pela Pensions & Investments, que não conseguiram em 2009 voltar a níveis pré-crise, a Previ elevou seu patri-mônio em 62,5% entre 2008 e 2009, de US$ 50,3 bi-lhões para US$ 81,74 bilhões. No Brasil, a Previ figura no topo da lista dos principais investidores do mercado de capitais. A fundação tem participações acionárias im-portantes em empresas de setores diversos, como Vale, Embraer, Petrobras, Bradesco, Itaú Unibanco, AmBev, Usiminas, Gerdau, Neoenergia, CPFL e Oi.

NOTAS

SUPeráVIT PreVI:ACOrdO FeCHAdOCom a urgência do assun-

to, a ANABB produziu uma cartilha, que está sendo encaminhada nesta edição do jornal Ação, sobre as últimas novidades do superávit da Previ. A publi-cação reúne os principais esclarecimen-tos do acordo referente à destinação do superávit do Plano de Benefícios 1 da Previ, fechado entre o Banco do Brasil e as entidades representativas do funcio-nalismo do BB. Veja, no encarte, como os participantes poderão votar o acordo em consulta que será realizada de 9 a 15 de dezembro. Abaixo imagens do me-morando de entendimento assinado, no dia 24 de novembro de 2010, em reu-nião no gabinete do ministro do Planeja-mento Paulo Bernardo.

COLegAS dO bb Perdem eUdeSO ex-presidente do Conselho Fiscal da ANABB Humberto Eudes Vieira Di-niz faleceu no dia 2/11. Eudes tinha 74 anos e era aposentado do BB. Foi presidente da Cooperativa de Consu-mo dos Funcionários do BB de São Paulo e o primeiro presidente da Fe-deração das Cooperativas de Consu-mo dos Funcionários do BB (Fecob). Foi diretor, eleito pelos associados, e

presidente do Conselho Deliberativo da Previ. Atuou como membro dos Conselhos Deliberativos do Satélite, da AABB de São Paulo e do Conselho Fiscal da APABB. Na ANABB, to-mou posse como conselheiro fiscal em 2003 e atuou como presidente deste Conselho de 2006 a 2009. Na função, desempenhou trabalho pautado na ética e no bom serviço prestado aos associados. Com intuito de prestar homena-gem ao colega, o Conselho Deliberativo da ANABB decidiu dar o nome de Humberto Eudes à sala do Conselho Fiscal, na sede da Associação, em Brasília.

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“Sou ex-dependente químico e atualmente estou em recuperação. Contraí o vírus da Aids ao utilizar uma se-ringa contaminada.” A história de Gerson James é o retra-to de muitas pessoas que acabam contraindo HIV − sigla em inglês da imunodeficiência humana − com a utiliza-ção de drogas injetáveis. Gerson foi usuário desde os 14 anos e hoje, com 42, está buscando uma nova história. O ex-dependente químico trabalha na Associação de Apoio Esperança e Vida, de Campinas (SP), que acolhe e cuida de pessoas que vivem com HIV e dependentes de drogas lícitas e ilícitas em situação de exclusão social.

Quando descobriu que era soropositivo, Gerson inten-sificou o uso de drogas, uma vez que pensou que ia mor-rer rápido. No entanto, um bom tratamento trouxe novas esperanças e muitos anos com qualidade de vida. “Hoje estou gozando de plena saúde física, mental, espiritual e

com muita paz. Antes não tinha perspectiva de vida e ago-ra aproveito o máximo. Sou feliz e isso é o que mais me importa”, relata.

Dados do Ministério da Saúde (MS) estimam que 630 mil brasileiros vivem com o vírus da Síndrome da Imuno-deficiência Adquirida (Aids). Desse total, 200 mil estão em tratamento antirretroviral e 255 mil cidadãos ainda não sabem que possuem o vírus. De acordo com a Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS), em seis anos, houve au-mento de 75% no número de pessoas infectadas.

Desde 1988, a OMS instituiu o Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado no dia 1º de dezembro. A data é oportu-nidade para que a sociedade se mobilize na luta contra a doença. O uso de camisinha, além de prevenir contra muitas doenças sexuais, como a Aids e a sífilis, previne a gravidez não planejada.

SAÚde

das 630 mil pessoas que vivem com o vírus da Aids no Brasil atualmente, 255 mil ainda não sabem que são soropositivas porque nunca fizeram o teste. Portadores do HIV podem viver muitos anos com o tratamento adequado

Por Elder Ferreira | Especial para o jornal Ação

A LUTA CONTrA O INImIgO INVISíVeL

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desde 1988, a OmS instituiu o dia mundial de Combate à Aids, celebrado no dia 1º de dezembro. A data é oportunidade para que a so-ciedade se mobilize na luta contra a doença. O uso de camisinha, além de prevenir contra muitas doenças sexuais, como a Aids e a sífilis, pre-vine a gravidez não planejada.

Ministério da Saúde, Dirceu Greco. Ele acrescenta que o teste antiaids é voluntário, individual e sigiloso.

Os testes são feitos nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) ou nas diversas unidades das redes públicas de saúde. Os ende-reços dos centros estão disponíveis no site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (www.aids.

gov.br). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (0800 61 1997).

“Se o resultado for positivo, essa pessoa recebe o supor-te psicológico e emocional necessário ao momento e é en-caminhada ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE) mais próximo de sua residência para que se consulte com um médico infectologista, que passará a fazer seu acom-panhamento. De acordo com o resultado dos exames, o infectologista pode recomendar a introdução do tratamen-to antirretroviral, bem como o tratamento mais adequado. O paciente precisa fazer o monitoramento periódico. Os antirretrovirais são distribuídos de forma universal por meio do SUS para todos os pacientes que precisarem. To-das as fases, do teste aos medicamentos, são realizadas sem ônus para a população”, destaca Greco.

eXérCITO em COmbATeNosso sistema imunológico pode ser comparado a um

exército, responsável por defender o organismo de doen-ças. Esse exército está em constantes batalhas e um de seus principais inimigos é o vírus HIV, causador da Aids. O vírus ataca o sistema imunológico, que, danificado, deixa o organismo exposto a outras infecções e doenças opor-tunistas, como pneumonia, tuberculose, herpes e câncer. A pessoa não morre de Aids, e sim em decorrência des-sas doenças. Os soldados de apoio são os antirretrovirais. “O medicamento não destrói o HIV, mas protege as células e não deixa que ele se reproduza. Ele dificulta a multiplica-ção do HIV”, destaca o professor da Universidade de Bra-sília (UnB) e coordenador do polo de prevenção das doen-ças sexualmente transmissíveis (DSTs) e da Aids da UnB, Mário Ângelo Silva.

TrATAmeNTOO tratamento com medi-

camentos antirretrovirais no Brasil é fornecido pelo Siste-ma Único de Saúde (SUS). Já o acompanhamento médico pode ser realizado nas redes pública e privada. Embora muitos recorram ao SUS, a Caixa de Assistência dos Fun-cionários do Banco do Brasil (Cassi) assegura, sem custos para os participantes, a cobertura dos antirretrovirais, preconizados no programa do Ministério da Saúde, buscando a garantia de acesso aos medicamentos e a continuidade do plano terapêu-tico. Na Cassi, os participantes soropositivos são acom-panhados pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) da CliniCASSI com abordagem multidisciplinar e com foco na coordenação dos cuidados desses associa-dos, que podem incluir a participação de especialistas da rede credenciada.

“Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca trata-mento especializado no tempo certo e segue as recomen-dações do médico ganha qualidade de vida”, destaca o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do

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CASSI

A Caixa de Assistência tem enfrentado problemas gerados pelo mau hábito de alguns participantes. A falta de compromisso com o agendamento de consultas traz prejuízos não apenas para a Cassi, mas também para o próprio usuário do plano

Por Ariane Póvoa

QUALIdAde dA rede CredeNCIAdA TAmbém dePeNde dOS PArTICIPANTeS

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Marcar uma consulta e não comparecer pode parecer algo sem importância quando analisado isoladamente. Mas, se considerada a visão ampla da situação, é pos-sível perceber os prejuízos que esse tipo de comporta-mento ocasiona tanto para o plano de saúde como para o associado.

De acordo com a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), médicos credenciados costu-mam relatar que cerca de 15% dos pacientes agendados não comparecem nem telefonam antecipadamente para desmarcar a consulta. “Nós observamos que, em geral, esse problema atinge grande parte dos planos de saúde. Mas a Cassi, empenhada em manter a qualidade no aten-dimento e no serviço prestado, dedica-se ao processo de conscientização do participante para que problemas fu-turos sejam evitados”, informou a assessoria da Caixa de Assistência. Geralmente, os consultórios entram em con-tato com o paciente na véspera do atendimento para con-firmar presença. Isso gera custo operacional extra, como pagamento de pessoal e gastos com telefone, e, mesmo assim, há pacientes que não comparecem.

Outra prática dos médicos credenciados a planos de saúde é marcar um número maior de consultas por dia, considerando que haverá desistências. Seria o overbooking de consultas. Iris Maria é secretária em um consultório de ginecologia credenciado à Cassi que utili-za esse método. Iris informa que o normal seria marcar 25 a 30 pacientes por dia. No entanto, considerando o provável número de ausentes, ela chega a agendar até 45 consultas diárias. “O problema é que, quando a es-tatística nos trai e todos os pacientes decidem aparecer,

o atendimento fica comprometido e o tempo de espera chega a até duas horas”, informou a secretária.

Dessa forma, os usuários de planos de saúde acabam sendo vítimas de um problema gerado por eles mesmos. Além disso, alguns prestadores pedem o descredencia-mento do plano por não encontrarem maneira de coibir esse tipo de conduta do usuário e não terem como se ressarcir dos prejuízos provocados. Por sua vez, esses pacientes não têm ônus nenhum por deixarem de com-parecer às consultas, o que facilita a continuidade dessa prática danosa aos planos.

“A Cassi não tem como interferir na agenda do pres-tador e, portanto, não pode impedir que os consultórios adotem a prática do overbooking de consultas. O que está sendo feito é o contínuo processo de diálogo, tanto com o participante da Cassi quanto com os médicos credencia-dos, para que ambos entendam a importância da mudan-ça de comportamento”, declara a Cassi.

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privilegiada na Lagoa Rodrigo de Freitas e diversos serviços esportivos e sociais. Enfim, são muitas atividades, todas voltadas para o bom atendimento a associados e visitantes”, finaliza.

Os clubes de associações são outra alternativa. A sede cam-pestre da Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), localizada em Xerém, município do Rio de Janei-ro, que já foi conhecida como o Lar do Funcionário, conta com 42 chalés, além de piscinas, quadra poliesportiva, campo de futebol society e quadra de bocha, além de espaço para festejo e co-memorações. A pousada é ideal para quem gosta de natureza. O município de Xerém é privilegiado pela Mata Atlântica, com rios, lagos e pequenas cachoeiras.

Com 1.234 AABBs espalhadas pelo Brasil, os funcionários do BB e a comunidade podem desfrutar de boas instalações com a família e os amigos

Por Elder Ferreira | Especial para o jornal Ação

LAzer gArANTIdO

Que bom colocar os pés para o alto, beber uma cerveja gela-da e tomar um banho de piscina. Há também aqueles momen-tos de jogar um futebol com os amigos, pegar uma sauna ou até mesmo se divertir na sinuca até tarde da noite. Para os funcioná-rios do BB, não é necessário viajar para curtir tudo isso. Existem Associações Atléticas Banco do Brasil (AABBs) espalhadas por todo o Brasil: um espaço garantido de lazer e muita descontra-ção. O que pode parecer apenas atrações para o fim de semana também é um bom programa para as férias.

Atualmente, há 1.234 AABBs no país. Há clubes que pos-suem inclusive chalés para os sócios e para a comunidade, como é o caso das associações atléticas de Aracaju (SE), Ava-ré (SP), Itapemirim/Marataízes (ES), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresópolis (RJ) e Valença (RJ). “As instalações são excelentes, principalmente as das AABBs das capitais. Elas têm infraestrutura espetacular, em que geral-mente não falta nada, e cada uma se esforça para oferecer o me-lhor para sócios e frequentadores”, destaca o diretor estadual da ANABB/DF, Elias Kury, que possui a experiência de mais de 20 anos à frente da Diretoria Social da AABB Brasília.

O vice-presidente Socioeducativo e de Comunicação da Federação das AABBs (Fenabb), Geraldo Luiz de Oliveira Silva, ressalta vantagens das AABBs do Brasil. “As Associações Atléti-cas das capitais brasileiras oferecem diversos serviços, muitos deles específicos de suas regiões. A de Florianópolis possui um belo camping na praia de Canasvieiras; a de São Paulo possui um prédio de academia; a do Rio de Janeiro, uma localização

LAzer

SATéLITeAlém dos clubes, os funcionários do BB têm outra opção nas férias, que são as instalações do Satélite Esporte Clube. A enti-dade conta com moderna sede social na cidade de São Paulo, duas colônias de férias, uma em Itanhaém (SP) e outra em Campos do Jordão (SP), 30 apartamentos no Golden Dolphin Resort Hotel, em Porto Seguro (BA), e uma pousada em Al-buquerque, no Pantanal sul-mato-grossense, com 16 aparta-mentos. Para mais informações, acesse www.satelite.com.br.

mAIS INFOrmAÇõeSAcesse: www.fenabb.com.br | www.aafbb.org.br

QUALIdAde dA rede CredeNCIAdA TAmbém dePeNde dOS PArTICIPANTeS

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Quando paro e olho para trás vejo que duas das maiores qualidades do indivíduo são a paciência e a perseveran-ça. No cenário do Banco do Brasil, algumas situações re-almente nos fazem exercer essas virtudes. Para ser breve, vou citar três exemplos eternos:

1. Negociação do superávit da Previ − Ninguém aguen-tava mais as idas e vindas das negociações sem solução: as ações questionando o Banco do Brasil pelo registro do superávit em seus resultados; as denúncias nos órgãos de fiscalização e controle; o próprio Banco se dizendo dispos-to a resolver esta questão e, finalmente, todas as associa-ções e as entidades representativas buscando uma forma de resolver as injustiças na Previ e oferecendo opções di-versas. Finalmente, a palavra mágica ACORDO apareceu. Em janeiro, as discussões continuam. No entanto, quere-mos acordo sem abusos de poder, sem abuso dos que es-tão ou dos que virão.

2. Negociações coletivas − Paciência para aguardar muitos dias angustiantes pelo desenrolar de uma negocia-ção coletiva, que se inicia já tardia e tímida, com inúmeros dias em que nada acontece ou não há notícia. Tudo isso para finalmente surgir uma proposta, muitas vezes frus-trante. E, então, se fala novamente em greve. Ela, a eterna e constante solução. Por conseguinte, enfrentamos dias de dúvidas e agonias, de reuniões intermináveis e de propos-tas insuficientes. Interessante aparentar que as partes não se conhecem e muito menos que já sabem de cor e saltea-do as reivindicações repetidas anos após anos.

Nessa etapa, o problema já passou a ser outro: como

acabar com a greve? Os colegas começam a ficar preocu-pados se realmente virá nova proposta. Suas esposas ou maridos já começam a questionar quem vai sustentar a casa, se esta comissão tão preciosa for perdida. Qual será a proposta finalmente aceita pelos grevistas e pelos não grevistas? Sim, porque para estes também é garantido o justo direito ao voto em assembleia.

Até que então, exaustos, temerosos do futuro, pressio-nados e carecendo de receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para enfim pagar algumas dívidas re-presadas, resolvem aceitar a proposta anterior com peque-na melhoria. No entanto, cadê a palavra mágica ACORDO? Mas queremos acordo sem ameaça de descomissiona-mento, sem assédio psicológico, sem banalização dos mo-vimentos reivindicatórios e sem coação pela PLR.

3. Ações judiciais − Perseverança para exigir legalmente direitos que são conhecidos, porém, não recebidos. A Jus-tiça posterga as decisões com instâncias, recursos, embar-gos às execuções, ausência de prazos por parte dos juízes, estrutura do Judiciário e volume de processos. Exemplifi-cando, a ANABB buscou o reconhecimento de inexistência de obrigação tributária quanto ao recolhimento do Imposto de Renda (IR) sobre a complementação de aposentadoria paga pela Previ, referente às contribuições recolhidas no período de janeiro de 1989 a dezembro de 1995. Também divulgou, no dia 3 de agosto, a notícia sobre a liquidação da ação coletiva de IR Quilometragem − depois de 11 anos, finalmente foi reconhecido o direito. Agora se aguarda o despacho do Judiciário simplesmente dizendo que nós con-cordamos que se transfiram os recursos do depósito judi-cial para os associados, ou seja, para quem é de direito. Haja paciência!

HAJA PACIÊNCIA

OPINIÃO

eLAINe mICHeLVice-presidente de Relações [email protected]