4
Diretor Presidente: Márcio Muniz Fernandes [email protected] Circulação Diária Telefax: 35 3332-1008 Estádios de futebol reforçam importância de denúncias anônimas ao 181 São Lourenço, Quarta-feira, 28 de Março de 2018 ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00 Chamadas Apicultura entra em Pauta no Governo _____________________ página 2 __________________ Fraudes no Sistema de Cotas em Universidades _____________________ página 3 ___________________ Coluna de Teresinha Vilella ________________ ___página 4 ____________________ Dicas do Papagaio: “ A forma da Àgua” __________ pag 4 ______________ Vídeo de divulgação do programa será exibido nos intervalos das partidas. Intenção é potencializar ligações que podem contribuir com o trabalho das polícias FAÇA JÁ SUA ASSINATURA Receba semanalmente, em sua casa, nossas quatro edições de terça-feira a sexta-feira ou compre nas bancas. 35-3332-1008 E-mail: [email protected] Cavalgada das Patroas 2018 reuniu 200 amazonas Um dos principais objetivos da cavalgada é reunir mulheres para momen- tos agradáveis de lazer, liberdade e contemplação da natureza Hospital São Lourenço tem vaga para Técninco em Enfermagem O Hospital São Lourenço está con- tratando técnicos(as) de enfermagem. REQUISITOS: - carteirinha do Coren-MG em mãos, com data atualizada; - estar em dia com o Coren-MG; - ter disponibilida- de de horário. ENVIO DE CUR- RÍCULOS: - até o dia 02/04/2018; - através do e-mail curriculo@hospital- saolourenco.com.br OU - colocando no porta-currículos si- tuado na entrada do Departamento Pes- soal do Hospital (ao lado do Carnê) A Cavalgada das Patro- as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en- contro totalmente feminino e que chamou atenção de moradores e turistas que circulavam pelo Centro da cidade, na manhã do último sábado (24). Foram cerca de 200 amazonas que se reu- niram pela manhã, se produziram, arrumaram suas selas e partiram em direção à São Se- bastião do Rio Verde. Em sua primeira edi- ção, contou com apenas 12 participantes, número que foi aumentando nos anos posteriores e que hoje alcança a marca de 200 participantes. Sempre no mês da mulher, a cavalga- da é organizada para celebrar a força do sexo feminino e o seu direito de realizar ati- vidades, muitas vezes restritas aos homens. A divulgação do 181 Disque Denúncia, o canal do cidadão mineiro para contribuir com o trabalho das polícias e prestar infor- mações de crimes e sinis- tros com sigilo absoluto ga- nhou um reforço de peso. É que até o fim do semestre, incluindo as disputadas par- tidas e ida e volta da final do Campeonato Mineiro, um vídeo que incentiva a realização de denúncias será exibido nos telões dos estádios Mineirão e Independência, em Belo Horizonte. A campanha lembra o cidadão presente nos Foto:Reprodução Organização do Evento Foram 200 amazonas na Cavalgada das Patroas 2018 estádios do anonimato ga- rantido quando se faz uma ligação ao 181. Com exem- plos de situação do cotidiano, alerta para o fato de que uma simples informação sobre a movimentação estranha de carros pela vizinhança ou da suspeita de venda de drogas perto de sua casa pode aju- dar o trabalho das polícias, salvar vidas e evitar a prática de crimes. Para potencializar o 181 usando as veiculações nos estádios, a Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Cul- turais (Comovecc), da Sesp, conseguiu a produção e os direitos de imagem do vídeo, criado voluntariamente pela agência de publicidade Leo Burnett, através da parceria com o Instituto Minas Pela Paz. Já a veiculação do ma- terial, foi acordada com as administradoras dos estádios, Minas Arena e Arena Inde- pendência, que irão veicular a campanha, gratuitamente, durante os jogos. Disque Denúncia O 181 completou 10 anos de atuação em Minas Gerais e já registrou mais de 770 mil denúncias. É um gol de placa dos mineiros, que auxiliam as forças de segurança na elucidação de diversos inquéritos policiais e estimulam a instauração de outros, além de atuarem conjuntamente na preven- ção de tragédias, como incêndios em estabeleci- mentos comerciais, ao de- nunciar os locais que estão em desconformidade com as normas de proteção. Na última década de atuação foram mais de 33 toneladas de drogas retira- das de circulação por meio das denúncias anônimas. Destas, quase 12 toneladas somente de cocaína, maco- nha e crack. Também é contabilizada a retirada de 18 mil armas de fogo, como fuzis e sub- metralhadoras, do poder de criminosos. Além disso, nestes dez anos foram mais de 167 mil conduções, pri- sões, apreensões e ou re- capturas, conseguidas por meio da ajuda do cidadão, que é quem faz a ligação. O subsecretário de Inte- gração de Segurança Públi- ca, Danilo Emanuel Salas, ressalta a importância do programa coordenado pe- laSecretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), mas desenvolvido com total parceria da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bom- beiros e Minas pela Paz. “A participação da população, que traz denúncias para o 181, fortalece a cidadania, prevenindo e combatendo os crimes no estado”, des- taca Salas. Longe das obrigações da casa e do trabalho, “as patroas” podem des- frutar da calmaria de um caminho rural, colocar as conversas em dia e renovar os ânimos. Partindo da cidade mais aconchegante do Sul de Minas Gerais, a cavalgada passa por uma das trilhas mais bo- nitas e antigas da região, rumo à cidade de São Sebastião. Durante o percurso, são realizadas cinco paradas para o descanso das moças e para o cuidado com os animais. Afinal, o amor e o respeito aos cavalos são dois grandes motiva- dores dessa empreita. Em seu destino, um acolhedor alojamento, onde o grupo descansa e confraterniza ao som de roda de viola caipira e de típica comida mi- neira, para, no dia se- guinte, fazer o caminho de volta, com a certeza de muitas histórias boas para contar. A Cavalga- da das Patroas é assim, uma mistura de tradição mineira e inovação e um incentivo à valorização da amizade e das coi- sas simples da vida. Foto:Divulgação

ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00 Cavalgada das Patroas 2018 ... · A Cavalgada das Patro-as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en-contro totalmente

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00 Cavalgada das Patroas 2018 ... · A Cavalgada das Patro-as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en-contro totalmente

Diretor Presidente: Márcio Muniz Fernandes [email protected]ção Diária

Telefax: 35 3332-1008

Estádios de futebol reforçam importância de denúncias anônimas ao 181

São Lourenço, Quarta-feira, 28 de Março de 2018ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00

ChamadasApicultura entra em Pauta no Governo_____________________ página 2 __________________

Fraudes no Sistema de Cotas em Universidades _____________________ página 3 ___________________

Coluna de Teresinha Vilella ________________ ___página 4 ____________________

Dicas do Papagaio: “ A forma da Àgua”__________pag 4 ______________

Vídeo de divulgação do programa será exibido nos intervalos das partidas. Intenção é potencializar ligações que podem contribuir com o trabalho

das polícias

FAÇA JÁ SUA ASSINATURAReceba semanalmente, em sua casa,

nossas quatro edições de terça-feira a sexta-feira ou compre nas bancas.

35-3332-1008E-mail: [email protected]

Cavalgada das Patroas 2018 reuniu 200 amazonas

Um dos principais objetivos da cavalgada é reunir mulheres para momen-tos agradáveis de lazer, liberdade e contemplação da natureza

Hospital São Lourenço tem vaga para Técninco

em Enfermagem

O Hospi ta l São Lourenço está con-tratando técnicos(as) de enfermagem.

REQUISITOS:- carteir inha do

Coren-MG em mãos, com data atualizada;

- estar em dia com o Coren-MG;

- ter disponibilida-de de horário.

ENVIO DE CUR-RÍCULOS:

- a t é o d i a 02/04/2018;

- através do e-mail [email protected] OU

- co locando no porta-currículos si-tuado na entrada do Departamento Pes-soal do Hospital (ao lado do Carnê)

A Cavalgada das Patro-as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en-contro totalmente feminino e que chamou atenção de moradores e turistas que circulavam pelo Centro da cidade, na manhã do último sábado (24).

Foram cerca de 200 amazonas que se reu-niram pela manhã, se produziram, arrumaram suas selas e partiram em direção à São Se-bastião do Rio Verde.

Em sua primeira edi-ção, contou com apenas 12 participantes, número que foi aumentando nos anos posteriores e que hoje alcança a marca de 200 participantes.

Sempre no mês da mulher, a cavalga-da é organizada para celebrar a força do sexo feminino e o seu direito de realizar ati-vidades, muitas vezes restritas aos homens.

A divulgação do 181 Disque Denúncia, o canal do cidadão mineiro para contribuir com o trabalho das polícias e prestar infor-mações de crimes e sinis-tros com sigilo absoluto ga-nhou um reforço de peso. É que até o fim do semestre, incluindo as disputadas par-

tidas e ida e volta da final do Campeonato Mineiro, um vídeo que incentiva a realização de denúncias será exibido nos telões dos estádios Mineirão e Independência, em Belo Horizonte.

A campanha lembra o cidadão presente nos

Foto:Reprodução Organização do Evento

Foram 200 amazonas na Cavalgada das Patroas 2018

estádios do anonimato ga-rantido quando se faz uma ligação ao 181. Com exem-plos de situação do cotidiano, alerta para o fato de que uma simples informação sobre a movimentação estranha de carros pela vizinhança ou da suspeita de venda de drogas perto de sua casa pode aju-dar o trabalho das polícias, salvar vidas e evitar a prática de crimes.

Para potencializar o 181 usando as veiculações nos estádios, a Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Cul-turais (Comovecc), da Sesp, conseguiu a produção e os direitos de imagem do vídeo, criado voluntariamente pela agência de publicidade Leo Burnett, através da parceria com o Instituto Minas Pela Paz.

Já a veiculação do ma-terial, foi acordada com as administradoras dos estádios,

Minas Arena e Arena Inde-pendência, que irão veicular a campanha, gratuitamente, durante os jogos.

Disque DenúnciaO 181 completou 10

anos de atuação em Minas Gerais e já registrou mais de 770 mil denúncias. É um gol de placa dos mineiros, que auxiliam as forças de segurança na elucidação de diversos inquéritos policiais e estimulam a instauração de outros, além de atuarem conjuntamente na preven-ção de tragédias, como incêndios em estabeleci-mentos comerciais, ao de-nunciar os locais que estão em desconformidade com as normas de proteção.

Na última década de atuação foram mais de 33 toneladas de drogas retira-das de circulação por meio das denúncias anônimas. Destas, quase 12 toneladas somente de cocaína, maco-

nha e crack.Também é contabilizada

a retirada de 18 mil armas de fogo, como fuzis e sub-metralhadoras, do poder de criminosos. Além disso, nestes dez anos foram mais de 167 mil conduções, pri-sões, apreensões e ou re-capturas, conseguidas por meio da ajuda do cidadão, que é quem faz a ligação.

O subsecretário de Inte-gração de Segurança Públi-ca, Danilo Emanuel Salas, ressalta a importância do programa coordenado pe-laSecretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), mas desenvolvido com total parceria da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bom-beiros e Minas pela Paz. “A participação da população, que traz denúncias para o 181, fortalece a cidadania, prevenindo e combatendo os crimes no estado”, des-taca Salas.

Longe das obrigações da casa e do trabalho, “as patroas” podem des-frutar da calmaria de um caminho rural, colocar as conversas em dia e renovar os ânimos.

Partindo da cidade

mais aconchegante do Sul de Minas Gerais, a cavalgada passa por uma das trilhas mais bo-nitas e antigas da região, rumo à cidade de São Sebastião. Durante o percurso, são realizadas

cinco paradas para o descanso das moças e para o cuidado com os animais. Afinal, o amor e o respeito aos cavalos são dois grandes motiva-dores dessa empreita.

Em seu destino, um acolhedor alojamento, onde o grupo descansa e confraterniza ao som de roda de viola caipira e de típica comida mi-neira, para, no dia se-guinte, fazer o caminho de volta, com a certeza de muitas histórias boas para contar. A Cavalga-da das Patroas é assim, uma mistura de tradição mineira e inovação e um incentivo à valorização da amizade e das coi-sas simples da vida.

Foto:Divulgação

Page 2: ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00 Cavalgada das Patroas 2018 ... · A Cavalgada das Patro-as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en-contro totalmente

Quarta-Feira, 28 de março de 2018Pág 2 :: Correio do PapagaioGerais

......................................................................O Jornal Correio do Papagaio é filiado ao SINDIJORI - Sindicato dos Proprie-tários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais.

.......................................................É expressamente proibida a reprodução integral ou parcial de quaisquer textos aqui publicados sem prévia autorização do Jornal Correio do Papagaio,

........................................................A Diretoria não se responsabiliza por conceitos, opiniões e coerência das maté-rias assinadas que são de inteira responsabilidade de seus autores.........................................................

Circulação no Sul de Minas e Aiuruoca, Alagoa, Andrelândia, Arantina, Baependi, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Campanha, Carmo de Minas, Carvalhos, Cambuquira, Caxambu, Con-ceição do Rio Verde, Cristina, Cruzília, Dom Viçoso, Itajuba, Itamonte, Itanhandu, Jesuânia, Liberdade, Lambari, Maria da Fé, Minduri, Olímpo Noronha, Passa Qua-tro, Passa Vinte, Pouso Alto, Santa Rita de Jacutinga, São Lourenço, São Sebastião do Rio Verde, São Vicente de Minas, Seritinga, Serranos, Soledade de Minas, Três Corações, Varginha e Virgínia.

O Jornal Correio do Papagaio é uma publicação de:JCP Edições de Jornais e Eventos Ltda - CNPJ: 11.458.016/0001-69 Rua Ledo, 250 - Centro - São Lourenço-MG - Cep 37470-000

Diretor PresidenteJornalista ResponsávelMárcio Muniz Fernandes

MTB 0020750/MGRedação

Mayara SoaresClaudiane Landim

Diagramação Mayara Soares

Circulação DiáriaTerça a Sexta

TiragemEdição Cor: 5.000 a 8.000Edição P&B: 1.000 a 3000

Impressão:O Tempo Serviços Gráficos

31-2101.3807 Gráfica Novo Mundo

35-3339.3333

Telefones: (35) 3332-1008 / 3331-6899E-mail: [email protected]

Portal: www.correiodopapagaio.com.brFacebook: Correio do Papagaio

Em meio a repressão, projeto que altera

previdência de professores é aprovado pela CCJ

Prefeitura Municipal de Bom Jardim de Minas

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 21/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 10/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

09/2018. Contratada: JOSE & LUZIA TURISMO E TRANSPORTE LTDA. Objeto: Registro de preços pelo pra-zo de 12 meses, para Contratação de empresa para prestação de serviços de 44 passageiros, com motorista e demais despesas, visando o trans-porte de passageiros. Valor Total: R$ 91.056,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 20 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 22/2018- PROCES-SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 –PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: HORIZON-TE TRANSPORTE LOGISTICA E PEÇAS LTDA. Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 30.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 23/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: SUPREMA MAQUINAS PEÇAS E MANUTEN-ÇÃO LTDA Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 8.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 24/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: AUTO PEÇAS MINEIRA LTDA Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 30.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 25/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: TOTAL TRA-TORES DO BRASIL EIRELI Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 15.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 26/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: JF AUTO DIESEL EIRELI Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 35.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 27/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: 3E COMER-CIAL LTDA - ME Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 10.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 28/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: MUNDO DOS UTILITÁRIOS AUTOPEÇAS EIRELI – ME Objeto: Registro de percentu-ais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 25.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assi-natura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 29/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: TRATORAGRI COMERCIO DE PEÇAS LTDA - EPP Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabrican-tes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 24.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 30/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018 PREGÃO PRESENCIAL N°

10/2018. Contratada: DIMAS FUL-GÊNCIO AUTO PEÇAS ME Objeto: Registro de percentuais de desconto sobre a tabela dos fabricantes, para futuras aquisições de peças para os veículos da frota Municipal de Bom Jardim de Minas. Valor Total: R$ 45.000,00. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 31/2018- PROCES-

SO LICITATÓRIO Nº 11/2018PREGÃO PRESENCIAL N°

12/2018. Contratada: RONALDO LUIS DE LIMA 47279567649. Objeto: REGISTRO DE PREÇOS, pelo prazo de doze meses, para eventual e futu-ra aquisição de Oxigênio Medicinal, com o fornecimento de cilindros em sistema de comodato. Valor Total: R$ 45.773,90. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura da Ata de Registro de Preços. Bom Jardim de Minas. 21 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DO CONTRATO N° 09/2018.

PARTES: PREFEITURA MUNI-CIPAL DE BOM JARDIM DE MI-NAS X H STUDIO PROMOÇÕES E EVENTOS EIRELI ME Objeto: Contratação de empresa especiali-zada em eventos para a realização da XIII Exposição Agropecuária e XIV Festa Country de Bom Jardim De Minas. Vigência: 4 meses após a data da assinatura. Valor: R$ 1.100,00 conforme lance vencedor registrado em Ata de Realização do Pregão. Bom Jardim de Minas. 20 de março de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipa

AVISO DE LICITAÇÃO. Processo n° 016/2018, Inexigibi-

lidade 002/2018, Credenciamento 002/2018. Objeto: Credenciamento de profissionais da área de saúde (pessoas físicas ou Jurídicas) para atendimento suplementar/com-plementar na forma de plantões e consultas médicas em diversas especialidades, para prestação de serviço no município de Bom Jardim de Minas. Entrega dos Envelopes: a partir da data de publicação até o dia 02/05/18 das 08h às 11h e 13hàs 16hs. Informações (032) 3292-1601. E-mail: [email protected]. Presidente da CPL: Danilo Pedrosa Carvalho. Bom Jar-dim de Minas- MG, 27.03.2018.

PROCESSO N° 015/2018, PRE-GÃO PRESENCIAL N° 014/2018.

Objeto: Registro de Preços, pelo prazo de 12 meses, para eventual e futura Contratação de empresa para recebimento e destinação final de resíduos sólidos, domiciliares e comerciais do município de Bom Jar-dim de Minas. Entrega de Envelopes e Sessão Pública dia 12/04/2018. Horário: 14:00 horas para credencia-mento e após, abertura dos envelo-pes. Informações (032) 3292-1601. E-mail: [email protected]. Pregoeiro: Danilo Pedrosa Carvalho. Bom Jardim de Minas- MG, 27.03.2018.

ANA LUIZA BASILIO

O PL 621/2016 que institui mudanças na con-tribuição previdenciária dos professores e servi-dores da educação em São Paulo foi aprovado pela Comissão de Cons-tituição, Justiça e Legisla-ção Participativa (CCJ) na quarta-feira 14. Por seis votos a três, o PL segue procedimentos regimen-tais até ser votado pelo plenário da Câmara.

A votação foi marcada por protesto de professo-res, gestores e servidores públicos dentro e fora da Câmara e por forte opressão da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar, conforme relatam os participantes.

“Os professores que estavam acompanhando a Comissão estavam gri-tando palavras de ordem até que o presidente, o vereador Aurélio Nomura (PSDB) chamou a GCM para coibir e intimidar os participantes. Houve ação violenta por parte da cor-poração, uso de cassete-tes, o que resultou em vá-rios professores feridos”, relatou um dos servidores públicos presentes.

Os atos de violência, como relata, também se-guiram contra os profes-

sores que se reuniam em frente à Câmara Munici-pal. “A GCM e a PM utili-zaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio sem motivos, não havia ameaça por parte dos professores”, garante.

As escolas municipais de São Paulo decidiram entrar em greve na quinta-feira 8 contra o projeto de lei que prevê aumento da contribuição previdenciá-ria da categoria de 11% para 14% e a criação de uma contribuição suple-mentar, com descontos de 1 a 5%, dependendo do salário do servidor. As mudanças podem acar-retar contribuição de até 19% no total.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação disponi-bilizadas à imprensa, a paralisação atinge 93% das 1550 escolas da ad-ministração direta, que

incluem creches, EMEIS (Escolas Municipais de Ensino Infantil) e EMEFS (Escolas Municipais de Ensino Fundamental). Das unidades, 46% aderiram totalmente à greve, 47% parcialmente e apenas 7% funcionam normalmente.

Esta semana, em au-diência coletiva sobre a retomada da Operação Delegada, o prefeito João Doria declarou que a greve não tinha nada a ver com educação e que trazia prejuízos aos estudan-tes e seus familiares. Na ocasião, Doria também afirmou não haver recuo sobre a proposta, que se-ria aprovada na Câmara.

Deram votos favorá-veis ao PL os vereadores André Santos (PRB), Aurélio Nomura (PSDB), Edir Sales (PSD), Caio Miranda (PSB), João Jorge (PSDB) e Sandra Tadeu (DEM).

Proposta pode elevar para até 19% a con-tribuição previdenciária dos servidores

públicos. Votação foi marcada por protes-tos e repressão contra os professores

Opinião

Esperei por anosA hora certaO dia certoO momento certoA oportunidade certaA preparação. O grande dia.Que nunca chegou.Mas um dia a ficha

cai.Pensei comigo,Vou nadar e morrer na

beira da praia.Mas antes isso, Pois nem havia mergu-

lhado no mar ainda.A cada manhã sepul-

tava um sonho. Na esperança de que

um dia seria melhor. De que um dia daria

certo. Oh céus, quanta ilu-

são. Mas aprendi.Por isso, sempre faço

questão de perder todas as esperanças.

Sim. Todas, sem ex-ceção.

Prefiro a realidade nua

e cruaDoa o que doer.(E a quem doer tam-

bém).Não espero por dias

melhores.Hoje é o meu melhor

dia.Não espero pela gran-

de oportunidade.Eu apenas faço o que

precisa ser feito. Um dia de cada vez.Não espero grandes

amores.Amo a todos que en-

contro.Não quero esperan-

ças. Sim. Eu prezo pelas

palavras verdadeiras. (Que nem sempre são

agradáveis)E pelas desilusões

também. A verdade não dói. O que dói é a ilusão. Sim. Agradeço a to-

das desilusões de minha vida.

*Alan Perez

Poema do Desassossego

Foto: Carta Capital

Apicultura será representada no Conselho Estadual de Política AgrícolaCâmara Técnica do setor será criada em abril pela Secretaria da

AgriculturaA Secretaria de Agri-

cultura, Pecuária e Abas-tecimento (Seapa) iniciou os procedimentos para a criação da Câmara Técnica Setorial do Mel e Produtos das Abelhas. A proposta é que ela entre em funcionamento em abril deste ano e seja composta por 21 assen-tos, divididos entre as ins-tituições do setor privado que atuam no segmento (50 por cento mais um) e o restante repartido entre as instituições do setor público.

Segundo o secretá-rio de Agricultura Pedro Leitão, a instalação da câmara técnica é uma reivindicação antiga dos apicultores. “A câmara é o fórum legítimo e repre-sentativo do setor e tem a função de atuar como ouvidoria e, também, ser propositiva e deliberativa para a solução dos entra-ves que afetam a cadeia produtiva”, explica.

Atualmente, 16 câma-ras técnicas e setoriais estão representadas no Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa) e operam no Sistema da Agricultura em Minas Gerais. São eles: cacha-ça de alambique; café; floricultura; fruticultura; grãos; olericultura; sil-vicultura; aquacultura;

avicultura; bovinocultura de corte; bovinocultura de leite; equideocultura; ovino e caprinocultu-ra; suinocultura; defesa agropecuária; seguro e crédito rural.

“As contribuições dos conselheiros do Cepa e das Câmaras Técnicas são de grande impor-tância pois produzem demandas cruciais para a formulação de políticas públicas na agropecuá-ria. Por isso, é fundamen-tal que os representantes de todas as cadeias pro-dutivas estejam presen-tes”, reforça o secretário Pedro Leitão, presidente do Cepa.

Fonte de rendaA produção de mel e

derivados se apresenta como fonte alternati-va de renda para os produtores de todas as regiões do estado. No Norte de Minas, devi-do aos problemas de chuvas irregulares e escassez hídrica, a api-cultura, muitas vezes, se apresenta como a única fonte de renda para as famílias.

Segundo a Emater-MG, Minas Gerais pro-duz aproximadamente 5,8 mil toneladas de mel por ano, com destaque para a Zona da Mata (1,2 mil toneladas/ano), Vale

do Jequitinhonha (1 mil toneladas/ano) e Norte (804 toneladas/ano).

Um dos projetos da Secretaria de Agricultura para impulsionar a ativida-de é a compra e distribui-ção de kits de apicultura para associações a partir do ano que vem. Cada kit será formado por 20 colmeias, 20 quilos de cera, dois Equipamentos de Proteção Individual (EPI), dois fumegadores, dois formões e duas car-retilhas.

O setor chega como atração na 58a Exposição Estadual Agropecuária, que será realizada no pe-ríodo de 22 a 27 de maio, no Parque da Gameleira (BH). “Pela primeira vez vamos trazer e montar na exposição estadual a infraestrutura para a retirada, processamento e colocação do mel em sachês. É uma maneira de aproximar a atividade do público urbano”, expli-ca o secretário.

Durante a exposição, também será apresen-tada a diversificação da atividade, com a expo-sição de vários produtos derivados da apicultura (própolis, pólen, cera e geleia real), além dos vá-rios tipos de mel produ-zidos a partir de floradas específicas.

Page 3: ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00 Cavalgada das Patroas 2018 ... · A Cavalgada das Patro-as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en-contro totalmente

Correio do Papagaio :: Pág 3Quarta-feira, 28 de março de 2018São Lourenço e Geral

Tecnologia otimiza a certificação de granjas de reprodutores de

suídeos em Minas Gerais

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) deu início, neste mês, à cer-tificação das Granjas Re-produtoras de Suídeos Certificados (GRSCs) com a utilização de tecnologia em dispositivo móvel, de-senvolvida pelo próprio Instituto. Até então, o tra-balho de campo para essa certificação era feito em formulários impressos.

Minas Gerais possui o quarto maior rebanho nacional de suínos, com cerca de 5,1 milhões de animais e o terceiro maior rebanho de matrizes fê-meas em reprodução, com 308.854 animais.

Nesse contexto, as GRSCs assumem impor-tante função, pois as gran-jas são certificadas como livres de peste suína clás-sica, doença de aujeszk, brucelose, tuberculose, sarna e livre ou controla-da para leptospira. Essa condição as coloca no topo da pirâmide sanitária e genética da suinocultura brasileira como fornecedo-ras de matrizes, reprodu-tores e material genético de alta qualidade para o mercado.

No estado, há 29 des-sas granjas que abrigam cerca de 39 mil reprodu-tores de suídeos certifi-cados.

Processo mais rápido e transparente

O uso da nova tecno-logia trará transparência e agilidade ao processo de supervisão para a cer-tificação das 29 GRSCs. De acordo com o assessor da Diretoria Técnica do IMA, Bruno de Melo, o uso do dispositivo móvel padroniza as atividades, facilitando o trabalho dos fiscais no campo.

A partir de agora, os ficais agropecuários uti-l izarão tablets com os critérios de sanidade ani-mal a serem avaliados como pré-requisito para a certificação. Ele explica que, para cada atividade realizada em campo, são disponibilizadas listas de verificações em substi-tuição aos documentos físicos.

“O sistema não é ape-nas uma ferramenta de coleta de dados ou ima-gens, mas é também um instrumento de apoio téc-nico para nosso fiscal, orientando-o no passo-a-passo durante o trabalho de verificação nestas gran-jas”, explica o assessor.

Entre os cri térios e condições avaliados estão a estrutura física do local, a adoção de práticas de biosseguridade, a assis-tência médica veterinária e o controle de trânsito dos animais.

A fiscalização visan-do à certificação é feita semestralmente, numa primeira etapa, nos meses de março e abril. O segun-do momento ocorre em setembro e outubro.

Investimentos O diretor-geral do IMA,

Marcílio Magalhães, res-salta que o Instituto vem investindo em novas tec-nologias para o aprimora-mento das ações desen-volvidas pela autarquia.

“Lançamos o Portal do Produtor no qual os próprios pecuaristas e agricultores podem emitir pela internet, por meio de senha pessoal, docu-mentos que anteriormente somente eram obtidos presencialmente junto ao IMA”, observa o diretor-geral.

Em outra frente, conti-nua Magalhães, “as ativi-dades dos fiscais agrope-cuários foram aprimoradas com a utilização de tablets e impressoras portáteis, sendo in ic iado, nesse mês, na certificação das GRSCs. Essas iniciativas agilizam, agregam qua-lidade e imprimem mais transparência ao trabalho realizado pela autarquia em prol do agronegócio mineiro”, diz.

BiosseguridadeO IMA executa ativida-

des de suporte ao setor por meio do Programa Nacional de Sanidade Su-ídea (PNSS), realizando diversas ações de defesa sanitária, com o objetivo de assegurar a sanidade do plantel suinícola.

A ce r t i f i cação das GRSCs é uma destas ações e tem como finali-dade evitar o surgimento de doenças que possam acometer os animais, com prejuízos econômicos para os produtores rurais e comprometendo o forne-cimento de produtos da suinocultura para os con-sumidores.

A médica veterinária do IMA, Júnia Mafra, ar-gumenta que a certificação mantém um nível sanitário adequado nas granjas que comercializam, distribuem ou mantêm reprodutores suídeos, a fim de evitar a disseminação de doenças e garantir níveis desejá-veis de produtividade.

“Somente suínos origi-nados de GRSCs podem transitar com a finalidade de reprodução. Os médi-cos veterinários do IMA são altamente capacitados para o processo de certi-ficação dessas granjas”, afirma.

Uso de tablets agiliza e dá mais transparência ao trabalho dos fiscais agropecuários do Gover-

no do Estado, vinculados ao Instituto Mineiro de Agropecuária

Fraudes e descaso estatal ameaçam inclusão dos negros na universidade

Último país das Améri-cas a abolir a escravidão, o Brasil tardou a se preocupar com o acesso dos negros ao Ensino Superior, de forma a reduzir as abissais desigualdades perpetuadas no mercado de trabalho. As universidades brasileiras começaram a reservar va-gas para pretos, pardos e indígenas somente no início dos anos 2000, mais de quatro décadas depois das primeiras ações afirmativas nos EUA.

Ainda que tardia, a ini-ciativa mudou a paisagem nos campi. Em 2012, ano de promulgação da Lei de Cotas, 17% dos alunos de graduação em instituições públicas declaravam-se negros. Em 2016, eles eram 34% do total, segundo a Sinopse Estatística da Edu-cação Superior, do Inep. O inegável avanço está, porém, ameaçado pela falta de ética de grupos historica-mente privilegiados e pelo descaso do poder público com a assistência estu-dantil, indispensável para garantir a permanência dos mais pobres.

Embora a Lei de Cotas contemple apenas univer-sidades federais, a pioneira foi a Universidade do Esta-do do Rio de Janeiro, que desde 2003 reserva vagas para negros e estudantes de baixa renda. Um ano depois, a Universidade de Brasília seguiu a tendência e se tornou a primeira federal a adotar o sistema. Quatro anos depois, a política de inclusão sofreria um revés, com uma escandalosa frau-de no processo seletivo.

Dois irmãos gêmeos, idênticos e de pele clara, disputaram o vestibular da UnB, mas somente um deles se declarou negro. O episódio levou a instituição a rever a decisão de confiar cegamente na autodecla-ração dos candidatos. A despeito do longo passado escravocrata do País, uma parcela da população bran-ca não hesita em burlar as regras para reafirmar seus privilégios.

Sancionada por Dilma Rousseff, a Lei nº 12.711/12 reserva 50% das vagas de graduação das universidades e institutos federais, de todos os cursos e turnos, para alu-nos com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio. Dentro desse percentual há uma destina-ção específica para pretos, pardos e indígenas, na mes-ma proporção desses grupos no estado em que a institui-ção de ensino está instalada. Nos últimos anos, ao menos um terço das universidades federais viu-se forçado, no entanto, a investigar fraudes nesse sistema.

O documento de auto-declaração, no qual o can-didato se reconhece como preto ou pardo, revelou-se incapaz de garantir a trans-parência nos processos seletivos. Da mesma forma, a exigência de envio de fo-tos tornou-se pouco efetiva diante da criatividade dos fraudadores, dispostos a manipular as imagens por computador, escurecer a pele com bronzeamen-to artificial e até mesmo falsear penteados para simular o pertencimento

ao público-alvo. Diante da multiplicação de casos de fraude, muitas universida-des criaram “bancas de verificação”, responsáveis por fazer entrevistas pre-senciais com os cotistas antes da matrícula.

Integrada por servidores, professores e ativistas do Movimento Negro, essas comissões de validação analisam o perfil fenotípico dos estudantes, isto é, a sua aparência física, incluída a cor da pele, os contornos do rosto, a estrutura de cabelo.

Em apenas três univer-sidades, as federais do Rio Grande do Sul, do Paraná e a Fluminense, 433 inscri-tos foram desclassificados pelas bancas por falsear a declaração racial. Nem mesmo essa solução, que obriga os candidatos a comparecer diante de uma banca para provar o seu perfil étnico, está imune a controvérsias, por vezes resolvidas nos tribunais.

Uma das candidatas reprovadas pela banca de validação da UFPR foi Dayan Kelly de Carvalho, hoje aluna do curso de medicina da universidade. Com pele clara e cabelos lisos, a estudante teve a matrícula negada por não possuir “o conjunto de ca-racterísticas do indivíduo, predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e o formato do rosto”, que permitem acolher ou rejeitar a autodeclaração.

Reprovada, a jovem re-correu a um recurso adminis-trativo e relatou em texto os motivos pelos quais se iden-tifica com o perfil étnico.

De acordo com Dayan, o cabelo liso é decorrente do uso de “produtos de beleza utilizados para este fim”. Considera-se parda, pois seu pai tem pele “mais escura”, embora a mãe seja caucasiana. O recurso, am-parado por fotos de infância e da família, foi aceito pela universidade. Com a mu-dança de entendimento, outra aluna perdeu, porém, a vaga prometida.

Com a pele negra e cabelo cacheado, Suel-len Queiroz chegou a ser convocada para assumir o lugar de Dayan no curso de medicina. Ao comparecer na universidade, recebeu a notícia de que a candidata reprovada possuía um re-curso pendente.

Em razão disso, não pôde concluir a matrícula. “Não vi apenas a minha vaga desaparecer, vi a cor-rupção de uma ação afirma-tiva”, protesta. Na avaliação da estudante, não basta o cotista se identificar com um grupo étnico, é preciso haver “reconhecimento so-

cial” dessa condição. “Esta é uma política antirracista, que visa a representativida-de da população negra no ambiente acadêmico. Dentro da universidade, ela não será socialmente vista como negra, mas como branca.”

Inconformada com o des-fecho da história, Suellen re-correu à Justiça, pleiteando o direito de assumir a vaga. O caso segue sub judice. Por meio de nota, a defesa de Dayan de Carvalho afirma que a estudante “sempre se autoidentificou como parda e, não à toa, teve a sua au-todeclaração validada pela Banca Avaliadora Recursal da UFPR”.

O advogado Marcus Viní-cius Siqueira Gomes enfatiza que a comissão responsável pela análise do recurso era qualificada, integrada por pessoas ligadas ao Movi-mento Negro e aos direitos humanos. E acrescenta que a sua cliente jamais anexou fotos “com edição” para ludi-briar o sistema de cotas.

Nesse mesmo processo seletivo, dos 158 estudantes reprovados pela banca, 116 recorreram e 57 tiveram sua candidatura deferida nas instâncias administrativas da universidade. A socióloga Marcilene Garcia de Souza, professora do Instituto Fe-deral da Bahia, participou da banca de validação da UFPR quando a política foi instituída, em 2005.

Para ela, as origens do candidato não devem ser levadas em consideração, pois o fenótipo é a caracte-rística principal do racismo brasileiro. “Se um negro entra em um shopping e um segurança o persegue, ele está sendo vigiado por qual pressuposto? Pelo traço cor-poral, pela sua cor.” A pro-fessora vê a autodeclaração como um direito constitucio-nal, mas considera um dever do Estado combater fraudes. “A fiscalização deve estar presente no processo.”

Segundo o IBGE, bran-cos possuem maior escola-ridade em todos os níveis de instrução, mas o tom da pele acentua ainda mais as dife-renças nas universidades. Em 2012, 5,6% da popula-ção negra havia concluído o Ensino Superior, em compa-ração a 16,1% dos brancos. Apesar da inclusão nos últi-mos anos, a distância per-manece grande. Em 2016, 7,5% dos pretos e pardos haviam concluído um curso universitário, enquanto um quinto dos brancos (exatos 20%) eram graduados. Não bastasse, o mercado de trabalho remunera melhor quem tem pele clara, inde-pendentemente do grau de formação (gráfico acima).

A permanência dos co-

tistas no Ensino Superior também está ameaçada. Para os estudantes de bai-xa renda, as universidades públicas oferecem auxílio financeiro para cobrir gas-tos com moradia, alimen-tação e transporte, algo entre 400 e 600 reais.

Além de o valor ser infe-rior a um salário mínimo, hoje estabelecido em 954 reais, os recursos destinados pelo go-verno federal ao Plano Nacio-nal de Assistência Estudantil, o Pnaes, estão congelados há três anos. Na verdade, o orçamento reservado para 2018, de 957,2 milhões de reais, é 3,55% inferior ao do ano anterior.

As bolsas são destina-das a alunos com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. Segundo uma pesquisa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes), 44% dos alunos tinham esse perfil de renda em 2010. Quatro anos mais tarde, eram dois terços (66%). Com as políticas de ação afirmativa, a tendência é aumentar a participação.

Emmanuel Tourinho, rei-tor da Universidade Federal do Pará e presidente da Andifes, diz que a verba reservada para as bolsas em 2018 é a mesma do ano anterior, o que impede reajustes nos valores ou a ampliação do número de beneficiários. Não bastasse, os recursos para construir restaurantes universitários e residências estudantis foram cortados integralmente. “Es-ses espaços são essenciais para garantir a permanência, mas não há dinheiro para concluir obra alguma.”

Cotista na Universi-dade Estadual de Mato Grosso do Sul, o estu-dante Wellington Lopes é um dos atingidos pelos cortes orçamentários. No último ano da graduação em Ciências Sociais, o jovem teme não conseguir terminar o curso.

Ele recebia 400 reais mensais do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pi-bid), do governo federal, interrompido no início deste ano. A bolsa custeava a alimentação e o aluguel, “vivendo bem apertado”. Agora, pretende sobreviver de “bicos” e pedirá aos pais para enviar 50 reais por mês para ajudar nas despesas. “Os cortes nas políticas pú-blicas atacam diretamente a nós, estudantes pretos. Nós é que sentimos a carga mais pesada.”

Antes de conseguir a bolsa, Lopes recebeu apoio financeiro da Une-afro, rede de educação popular voltada para jo-vens negros. Para o frei franciscano David Santos, diretor Educafro, entidade educacional também vol-tada a população negra, a política de cotas está seriamente ameaçada. “O País erra cruelmente no planejamento de investi-mentos. Oferece uma vaga na universidade, mas nega um prato de comida e uma cama para o aluno pobre dormir”, lamenta. “Dessa forma, sabota o futuro daquele que vai construir o Brasil de amanhã”.

Corte e falta de reajuste das bolsas comprometem a perma-nência de estudantes cotistas no ensino superior

Page 4: ANO XXV - Nº 1118 - R$ 2,00 Cavalgada das Patroas 2018 ... · A Cavalgada das Patro-as 2018 fechou com chave de ouro as comemorações do mês da mulher. Um en-contro totalmente

Quarta-Feira, 28 de março de 2018Pág 4 :: Correio do PapagaioEntretenimento

RECEITA

PIADA

CRUZADAS

Modo de fazer

Triture o pinhão co-zinho ainda quente em um liquidifica-dor junto com a carne, lombo e o salsichão assados. Refogue em uma panela com óleo, a cebola, o alho, o bacon e os tem-peros. Quando co-meçar dourar, jun-te os ingredientes triturados e deixe fritar até dourar. De preferência a carne deve ser assada (sobra de churras-co), mas também pode ser frita.

Paçoca de Pinhão

Ingredientes

•1kg de pinhão co-zinho•1kg de carne de gado assada•1kg de lombo de porco assado•500g de salsi-chão assado (pode acrescentar fran-go)•200g de bacon•Cebolinha a gos-to•Alho a gosto•Temperos a gosto (como cebolinha e salsa)

*Por Renato Herms-dorff – Adoro Cinema

Uma ode aos desa-justados, aos incom-preendidos, aos párias. Uma homenagem ao cinema. Um convite ao escapismo. É isso o que Guillermo del Toro faz com The Shape of Water, filme vencedor do Festival de Veneza 2017, e do Oscar 2018 , uma produção de ca-tivante beleza, inter-pretada por um elenco afiadíssimo .

Passada nos anos 1960 , a história é apre-sentada como uma fá-bula, protagonizada por uma “princesa sem voz”.

Muda (e nem por isso infeliz), a faxineira Eliza Esposito (Sally Ha-wkins, hipnótica) traba-lha numa base secreta do governo dos Estados Unidos, que inclui um laboratório comandado pelo doutor Hoffstetler (Michael Stuhlbarg). Uma criatura capturada nos confins da América do Sul é levada para lá.

Pouco a pouco, Eliza vai se afeiçoando a ela. Sim, quem ama o feio bonito lhe parece.

Quando os norte-americanos decidem usar o “monstro” como cobaia na corrida es-pacial, entra em cena o agente policial moralista e sádico Strickland ( Mi-chael Shannon). Mas a vida do “visitante” corre perigo. E Eliza vai acio-nar o amigo e vizinho Giles (Richard Jenkins) - o mesmo narrador bis-sexto - e a companheira de trabalho Zelda (Oc-tavia Spencer, a “boca” de Eliza, a quem cabe as falas mais divertidas) para ajudá-la em um elaborado plano.

Para Guillermo, não basta o preciso uso de todos os aspectos do cinema em confluência para um bem comum, ou seja, o de contar essa história (com des-taque para o tom fluido azul esverdeado do lin-do trabalho do diretor de fotografia Dan Laust-sen). Eliza e Giles, um

pintor fracassado, são fãs de musicais, cujo glamour servia como válvula de escape para a rotina de uma gente sonhadora. O elemen-to é aproveitado com maestria pelo roteiro assinado por del Toro e Vanessa Taylor dentro dessa estrutura narra-tiva. E até Carmem Mi-randa entra na dança.

Ficasse restrito ao aspecto lúdico, The Shape of Water já pres-taria um serviço e tanto aos fãs de cinema. Mas, não. Guillermo vai ainda mais além, inserindo componentes… “pican-tes” que conferem ainda

mais camadas a esse complexo e maduro microcosmos de perso-nagens.

A relevância do filme não seria possível (ou não teria o mesmo im-pacto, pelo menos) não fosse a sutileza da in-terpretação de Sally Ha-wkins, subaproveitada estrela de Simplesmente Feliz (2008), indicada ao Oscar de atriz coadju-vante por Blue Jasmine. Nesse ponto, o casting também diz muito sobre os objetivos da obra. Embora ninguém diga abertamente, para os padrões de Hollywood, Hawkins poderia ser

considerada “feia”. Justo ela, que aqui diz com um simples gesto (ainda mais interpretando uma muda!) páginas e mais páginas de texto, em comparação a muita “bonita” bajulada aí pelo “meio”.

Nada é aleatório em The Shape of Water. Com o filme, Guillermo del Toro usa todas a ferramentas do cinema para criar um universo mágico, cheio de alego-rias, que ilumina aque-les que não se encai-xam. Se algum dia você já sentiu só no mundo, essa é a sua praia. Ou o seu tanque.

Rosa Bertolaccini Dutra

Nossa Gente, Nosso OrgulhoPor Teresinha Maria Silveira Villela

Rosa Bertolaccini Dutra nasceu a seis de maio de 1896 em Pouso Alegre. Seu pai Giovanin Bertolaccini era natural do Lácio, comuna de Garfigniano, Itália. Sua mãe, Maria Carolina Dias Berto-laccini, era natural de Cristina, MG.

Rosa formou-se pro-fessora em 1914. Para lecionar em um lugarejo próximo a Pouso Ale-gre, enfrentava longas caminhadas a cavalo, acompanhada por seu padrinho Targino.

Pouso Alegre, cida-de interiorana, conser-vadora da moral e dos bons costumes, detinha o privilégio de ser consi-derada um centro cultu-ral, pois, contava com a Escola de Odontologia, uma das poucas de Mi-nas Gerais.

Rosa, professora e exímia pianista decidiu fazer o curso de Odon-tologia. É fácil enten-der o impacto que tal decisão provocou na sociedade que entendia que dentista era pro-fissão exclusivamente masculina.

Seu pai apoiou a decisão. Depois de um curso brilhante, Rosa formou-se em 1918. Sua “audácia” abriu ca-minho para que outras moças se colocassem em igualdade com os homens, pelo menos no meio cultural.

Rosa, além de culta e corajosa era, também muito bonita. Fazia jus ao nome que lhe dera os pais. Seus olhos, de um azul profundo e sua determinação encantaram o poeta Menotti Del Picchia, em

visita à Pouso Alegre, inspirando-o a escrever lindos versos em sua homenagem.

Em 1920 conheceu Joaquim Dutra, um jo-vem viajante que se encontrava em Pou-so Alegre à serviço da firma que representa-va. Apaixonaram-se e casaram-se a primeiro de dezembro de 1920, fixando residência em Passa Quatro, onde nasceu Eny.

Rosa era muito pres-timosa; cozinhava muito bem e bordava com perfeição. Em Passa Quatro continuou não exercendo a profissão de dentista. Sr. Joaquim achava um absurdo sua esposa cuidar da boca de outros homens; porém, Rosa não se acomodou, passou a le-cionar no Patronato, por

pouco tempo. Dedicou-se em seguida a minis-trar aulas de piano.

Encantado com a cidade de São Lou-renço, Sr.Joaquim e a família transferiram-se para esta cidade, onde nasceram Edy, Zeny e Cely.

D.Rosa Bertolaccini Dutra foi muito atuan-te na área social da cidade. Trabalhou an-gariando fundos para a construção da Igreja Matriz, da Igreja de nossa Senhora de Fá-tima e apoiou todos os eventos que levan-tavam fundos para a construção Hospital.

Ajudou pessoas ca-rentes, que recebiam do Pão de Santo An-tonio, coordenado por D. Maria Vaz da Costa Prazeres e de D. Anina Palmieri , alimentos, re-

médios e apoio moral.Foi uma das funda-

doras do Posto de Pue-ricultura, entidade que reduziu a mortalidade infantil da cidade.

Católica, pertenceu á Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, até o fim de seus dias.

Esposa dedicada e mãe presente, na vida das filhas, faziam-lhes lindos vestidos, blusas e xales de crochê, artís-ticos e de bom gosto.

D.Rosa Bertolacci-ni Dutra foi uma das vigas-mestras de São Lourenço, cidade onde viveu e assumiu como sua terra natal.

Faleceu á 25 de maio de 1986. Escreveu no livro dos grandes perso-nagens da cidade uma página de amor e de solidariedade. Jamais a esqueceremos.

A Forma da ÁguaFoto: Arquivo AdoroCinema

Filme de Guillermo del Toro, ganhou o Oscar 2018 e o Festival de Veneza de 2017