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ANO XXXI - Nº. 375 Mês de Janeiro de 2014
O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO
PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS
Castelo BrancoTAXA PAGA
Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011
Publica-se na última semana de cada mês
Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS
DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA
Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84
32 Anos ao serviço do nosso Concelho
Número Avulso: 0,80
Pág. 2 Pág. 3
Editorial
Pág. 9
Autarquia apoiaprova de Trail Runem Vila V. de Ródão
No próximo dia 8 de fevereiro, vai decorrer em Vila Velha de Ródão, uma das
quatro provas de trail running a acontecer na região. Esta iniciativa insere-
se na estratégia de promoção do concelho que irá permitir a descoberta de
locais emblemáticos ao nível da paisagem natural e do património.
Esta modalidade desportiva está a ter cada vez mais procura e, ao contrário das
maratonas de estrada, este tipo de modalidade procura, essencialmente, pisos de
terra, e muitas vezes, trilhos inacessíveis por outros meios.
Esta prova conta já com mais de duas centenas de atletas inscritos e está
dividida em duas fases, sendo uma de 47 e outra de 25 quilómetros.
Luís Pereira, presidente da autarquia de Ródão, na apresentação da iniciativa,
realçou a importância desta ação inserida numa estratégia de fixação de pessoas e de
trazer pessoas para o concelho pois esta prova irá também dinamizar a economia
local envolvendo os produtores locais.
Paulo Garcia, da empresa Horizontes, garante que esta prova irá marcar o trail
a nível nacional pois “tem muitas subidas, muitos monumentos naturais e históricos
e muitas povoações, e associações, onde há acolhimento, segurança e carinho”. Esta
prova conta também com uma subida ao castelo do Rei Wamba porque “trail também
é superação”, descreveu Paulo Garcia. Por estas caraterísticas o percurso tem um
grau de dificuldade médio/alto “principalmente pelo acumulado de subidas e descidas”,
onde também se pode correr.
Ao passar por dentro das aldeias os participantes vão poder conviver com a
população local havendo sempre tempo para a degustação de uma iguaria tradicional
e para a partilha das tradições locais. Um aspeto, também importante,s alientado
pela organização pois segundo Paulo Garcia “são pequenas coisas que marcam a
diferença”.
O concelho de Vila Velha de Ródão oferece, assim, a possibilidade de praticar
uma grande variedade de desportos que privilegiam a competição, a aventura e o
contato com a natureza.
Cont. Pág. 7.
O ASSOCIATIVISMO NO CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
Grupo Sócio-cultural dos Povos daFreguesia de Perais
O Grupo Sócio-cultural dos
Povos da Freguesia de Perais,
é uma das muitas associações
sedeadas no concelho de Vila Velha de
Ródão. Fundada em 10 de Junho de
1977, esta associação tem desenvolvido
um trabalho interessante ao longo destes
seus anos de existência. No seu inicio,
promoveu uma equipa de futebol
regional, denominada “Os Só Tintos”, e
empenhou-se desde logo na dinamização
e organização de outras atividades, tais
como passeios pedestres e outros
convívios como o almoço do dia das
mulheres, sardinhadas, peixadas,
magustos, com atuação de grupos
folclóricos e de cantares da região,
mostras de filmes e mostra de fotografias
antigas, tarefas que tem mantido até aos
dias de hoje.
Casa doConcelho deVila Velha de
Ródão
AssembleiaGeral, dia 12 de
fevereiro
UM FIM DE ANO A SONHAR A 22 ª. EDIÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOSDE INVERNO
ESTATUTO SOCIAL DASPESSOAS IDOSAS NAS INSTITUIÇÕES
QUE LEGISLAÇÃO DEENQUADRAMENTO?“Sendo o envelhecimento populacional um facto cada vez mais marcante em todosos sectores da sociedade, ele afecta todas as dimensões da vida em sociedade, semexceção.”
Pág. 9
COM PAPAS E BOLOSSE ENGANAM OS TOLOS“O nosso País está hoje, mais do que nunca, envolvido num sem número de casosde corrupção. No entanto a comunicação social foge deles como o diabo foge dacruz. Apenas quando os casos já não podem continuar escondidos é que eles sãonotícia.”
Pág. 11
COADOÇÃONÃO É ADOÇÃO…“Às vezes tenho ganas de malhar no Governo e nos parlamentares que “trabalham”na Casa da Democracia que muito respeito, aliás, mas como as matérias sãotantas para malhar em centeio verde, tal é a insensibilidade dos governantes paraa pobreza que aumenta a cada passo no nosso país, ...”
Últ. Pág.
JANEIRO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 2
Editorial
Crónicas de um paraíso à beira do Tejo…por José Emílio Ribeiro
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"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377
003 - Isento de registo na ERC ao abrigo do Decreto regulamentar nº. 8/99 de 9 de Junho (artº 12º, nº
1, alínea a). - Depósito Legal: Nº. 4032/84 - Director: José Faia P. Correia ([email protected]) -
Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona ([email protected]) Composição:João Luis Gonçalves Silva ([email protected]). Impressão: Jornal Reconquista - Castelo Branco. -
Colaboradores: Alexandra Fernandes, Ana Martins Camilo, Ana Paula Ribeiro, António Fernando Martins,
António Silveira Catana, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa, Fabião Baptista, Joaquim Dias Caratão,
Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, José Eduardo, José Emílio Ribeiro, Luis Ribeiro Pires Correia,
Manuel Antunes Marques, Maria Dias Belo Carepo, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino. Sede, Redacçãoe Administração: Av. Almirante Reis, 256 - 1º. Esqº. - 1000-058 LISBOA N.B. - Toda a correspondência
deverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressas nos textos publicados em "O Concelho de
Vila Velha de Ródão" apenas reflectem os pontos de vista dos seus autores. Assinatura anual: •Território
nacional - 10 € • Estrangeiro -12,5 €. Tiragem mensal: 1 500 ex.
Às vezes acontece-me esta coisa estranha: acordo e penso numa coisaque parece não ter nexo. Na verdade, umas vezes encontro-lhe nexo,mas outras vezes parece ser uma coisa sem sentido.
No dia de Natal, mal acordei, pensei: Natal e flor do cafeeiro. Que raio deassociação ali estava, que raio de “casamento” estaria eu ali a arranjar? Parecianão haver nexo naquele enlace! No entanto, depois de me aconchegar melhor noconforto dos lençóis, os neurónios começaram a trabalhar e… “eureka”! Afinalhavia alguma coisa certa neste pensamento: Natal, um dia colorido de paz eamor, paz e amor que por vezes só dura mesmo este dia. E é aqui que seencontra a similitude das duas coisas, pois a flor do cafeeiro também só dura umdia, pese embora seja de uma rara beleza.
As coisas que a nossa mente pensa e imagina…
***Não, não penso nem me imagino a fazer o balanço do ano que agora acaba.
Daria um saldo mais que negativo, por isso vamos andando, tocando o calendáriopara a frente, que atrás vem gente…
Chegou o 31, último dia do ano. Como vem sendo hábito nos últimos anos,fruto da minha nova relação, é passado na capital, mais propriamente emCarnaxide, na companhia de amigos. Jantamos, conversamos sobre tudo e sobrenada, aguardando que o novo menino apareça.
As senhoras contam as doze passas da praxe, os homens distribuemchampanhe (que é espumante), e todos esperamos que comecem as dozebadaladas, que agora são apitos de um relógio digital. Coisas da modernidade.
Fecho os olhos, vou pensando, revejo a minha vida.
*** Vejo-me no berço, bebé, inocente, indiferente ao passar do tempo, com todo otempo para crescer.Depois, já criança, perdido numa cama grande de colchão de folhos novos, souacordado pela minha mãe que, de filhó em punho, sobras do vizinho Natal, mediz: “come meu filho que já estamos num ano novo”.
Já rapaz, sonolento, a um canto da sala, espero ansioso pelas doze badaladasdo sino da igreja, o relógio de todos nós, pronto a receber o novo ano e rumar aovale dos lençóis.
***Mais tarde, agora sim, de fato e gravata, sapatinho de verniz, rodeado de
belas raparigas, tendo por fundo o som inconfundível do acordeão a que otocador tenta tirar o som da valsa da meia-noite, enquanto alguém acredita queo novo rádio de válvulas, por entre os ruídos da praxe, nos vai dar o som daEmissora Nacional que, da Voz do Operário, transmite o sinal da meia-noite.Depois, todos nos precipitávamos para o bufete, onde os rapazes compram asbebidas que irão acompanhar as iguarias que as raparigas já espalharam pelamesa do salão do Clube Recreativo.
***Mau, mas agora vou com pressa, feito louco, agarrado ao enorme volante de
um pesado camião! O fato não é propriamente de gala… É camuflado. Estouem Angola, vou na “coluna” militar, fui a Sanza Pombo fazer o reabastecimentoe gostava de chegar ao quartel antes da meia-noite. Mudar de ano no meio damata não me soava nada bem. Loucamente, agarrado ao volante da GMC,guiando talvez para lá dos limites e numa função que não era propriamente a deum Furriel Enfermeiro que eu era, incentivado pelos gritos dos soldados quelhes brotam do fundo da alma, berrando «força furriel, dê-lhe gaz», sigo navertingem daquela viagem.
Já se avistam as luzes do Quimbele, faltam dez minutos e algunsquilómetros, será que vai dar, chegaremos a tempo, acelero ainda mais. Às onzee cinquenta e oito chegamos ao posto de controlo na entrada da vila, estão ali,à nossa espera, todos os nossos camaradas que, de longe também iam controlando
o avanço da viatura, denunciado pelos faróis. Abraçamo-nos, saltam as rolhas dasgarrafas de champanhe. Todos bebemos, eu bebo, mas ainda tremo, não de medo,mas devido ao stresse da loucura que foi aquela viagem.
***O sino da “minha” igreja volta a fazer-se ouvir, uma, duas, três, vai parar nas
doze badaladas, vai dar-se início ao ano de mil novecentos e setenta e dois. Estou emcasa com os meus pais, nos últimos dois anos estivera ausente. Como, bebo, trocamosvotos de um bom ano e, aí vai ele, que os bailes e a diversão me esperam.
Por entre as badaladas soa um choro de criança, é a minha filha que acorda coma algazarra que já se ouve lá fora, ela vai entrar pela primeira vez nesta roda-viva demudar de ano, espero que por muitos e bons anos.
***Depois é a Sertã, é S. Pedro de Muel, é Leiria, é Consolação, mas também é
Fratel. Sim é Fratel, é festa na Sociedade, é partilha, são amigos, são os Guana quetocam, o Pedro que canta e encanta. Ó Quim dá cá um abraço, ó Vergílio toma láoutro, vem o beijo da Dulce e o abraço do Santana, os votos de bom ano da Carmo,do Jota e da Manuela, o beijo da Célia, da Olga, da Guida, da Teresa e da Zé, mais oabraço do Zé Carteiro, sai mais um gole do copo e mais abraços, que ainda faltava oPaulino, o Tampinhas, o Calafate, o João, o Zé Sequeira e mais uns quinhentos…
***Agora, na calma Carnaxide, aguardamos serenamente que o tempo passe e o
novo ano chegue. Vimos já como chegou a Tóquio, Sidney, Singapura e Bombaim.Resta-nos esperar que passe o meridiano de Greenwich para chegar a nossa vez.
Por fim chegou, os beijos e os abraços do costume, os votos de um bom ano (nosquais ninguém acredita…), o champanhe, o lembrar os nossos, o beijo da mulher queme fez feliz, o som que entra pela porta da varanda vindo do bater das tampas dostachos dos prédios vizinhos, o fogo de artificio que se espelha no (meu) rio Tejo láao fundo, a conversa da (minha) Bebé e da Isabelinha, que combinam, mais uma vez,que para o ano irão fazer a passagem de ano ao Terreiro do Paço para ver o fogo deartifício, mas que aqui voltarão a estar se a vida assim o permitir e, certamente,voltarão a combinar a mesma ida ao tal sítio…
Sítio bom é o meu paraíso, passou sede, calor e fome de carinho e tratos, mas,generosamente, deu-me o melhor azeite do mundo! Num país miserável, agenerosidade de uma planta que teima em produzir, a Oliveira, mesmo quandoabandonada e maltratada.
Resta-me desejar um bom ano a todos os leitores, a todos os que tornam estejornal possível, a todos aqueles que de algum modo estão ligados a este concelho,mas muito especialmente a todos aqueles que, agora, fruto das eleições, tomaram aseu cargo levar a bom porto os destinos destas terras, tarefa que, fruto doscondicionalismos atuais, não será nada fácil.
Janeiro de 2014
1. O novo ExecutivoCamarário, que realizou asua primeira reunião públicano Agrupamento de Escolas,voltou a ir ao encontro dosmunícipes no dia 11,reunindo no Fratel, com umasala da antiga escola bemcomposta de fregueses quenão se inibiram de intervir,já que alguns ali levaramproblemas que osapoquentam e para cujasolução pediram aintervenção da Edilidade. O Presidente Luís Pereiraanunciou que a esta reuniãose seguiriam outras, porordem alfabética nos Peraise nas Sarnadas. A iniciativafoi enaltecida peloscircunstantes e expressa deviva voz por OctávioCatarino e por mim.
2. INFÂMIA:A revelação de ManuelaFerreira Leite, antigaMinistra das Finanças doPSD, foi feita em programatelevisivo numa 5ª feira ànoite: “o governo fez umareserva oculta de 533milhões no Orçamento deEstado de 2014, reservaessa que daria para cobrirfolgadamente asconsequências do chumbo noTC e ainda sobrariam 200milhões, o que mostra umasanha persecutória contraos reformados, com cortesdrásticos nas pensões, osquais não têm qualquerrazão de ser”…
3. Com todas as dificuldadesinerentes ao associativismoregionalista, um grupo desócios teima em não deixardesaparecer a Casa doConcelho, até porque oJornal aí está, pontual emensalmente, a levar umpedacinho da nossa terraaos conterrâneosespalhados por esse mundofora. Apareça e participena Assembleia Geral!
SARNADINHAComemoração do Dia Internacionalda da Mulher, dia 8 de março, noCentro Cultural e Recreativo daSarnadinha, e para o qual é necessárioa inscrição das senhoras até ao dia 5 demarço.
Anabela Vila Verde
JANEIRO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3
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UM FIM DE ANO A SONHAR
No preciso momento em que, do cimo da torre do relógio, caiem as doze sonoras e compassadas
badaladas, anunciando o “terminus” do angustiante ano de 2013 e, simultaneamente, o
início do ano de 2014, no exato instante em que São Silvestre se dispõe a guardar, na enorme
estante do tempo, o volumoso e pesado tomo de 2013, ela acorda, estremunhada, ao som do
ribombar de girândolas de foguetes.
Meia hora antes, tinha assomado à janela do seu quarto, predileto espaço vivencial da Santa
Casa, onde há naos se havia alojado, olhando para a árvore, toda iluminada, que se perfilava ante o
seu olhar. O novo ano estava para chegar, muito em breve, cheio de promessas, repleto de quimeras,
prenhe de sonhos, de projetos, de ilusões adiadas, de decisões por concretizar. De vez em quando
olhava para o telefone, que repousava sobre uma cómoda, estático e silencioso. No seu cérebro já
poucas ilusões havia. Só recordações, umas boas outras más, povoavam a sua decrépita mente.
Todavia, ali bem perto, em festivo, alacrejante, divertido e estonteante “réveillon”, eles e elas,
agitavam-se em alvoraçadas danças, indiferentes à crise, à recessão económica em que se vive e tão
propalada tem sido. Baila-se, bebe-se, gastam-se os euros, que se têm e que não se têm, numa
festança singular, dando continuidade a hábitos criados e a costumes que se radicaram entre o Povo
Português, festejando-se, deste modo, a chegada de mais um ano...
No entanto, ela, não quis participar nesta já tradicional maneira de festejar a passagem de ano.
Preferiu ficar no seu quarto, sozinha, rememorando o passado, recordando outras passagens de
anos idos, trazendo à colação da memória, reminiscências vividas, mágoas e aflitivos episódios,
experimentados ao longo da sua já provecta existência.
Abriu a televisão. Na pantalha da mesma, recordava-se o que tinha sido a trágica e horripilante
morte do ditador da Líbia, Muammar Kadafi, o assassinato do odiado terrorista saudita, Osama Bin
Laden, os atentados bombistas dos loucos kamikases, as cruéis e cobardes ações dos grupos
terroristas da Al-Qaeda, as nefastas incursões dos guerrilheiros da Jiad islâmica, os traiçoeiros
ataques dos talibann, dos dementados e facínoras guerrilheiros do Hezbollah, dos bárbaros atentados
dos fedayeen, tanto em contraste com as manifestações festivas, vividas nesta noite, nas grandes e
cosmopolitas capitais europeias, para de seguida darem tormentosas imagens de famintos seres
humanos que vivem no Sudão e no Biafra, fome esta que também já se começa a fazer sentir em
Portugal, embora sem a intensidade como grassa nestes países do terceiro mundo.
Perante tão horrorosas imagens, ela desligou a televisão. Foi à gaveta da cómoda, donde retirou
um velho álbum, repleto de fotografias, algumas das quais já amarelecidas, que lhe fizeram recordar
parte do seu já distante passado. Na sua máquina “Krups”- Dolce Gusto”, fez um saboroso
“chococino”, com que se deliciou, enrolada no sofá, onde se deixou ficar, voluptuosamente, de olhos
fechados, deleitada, no silêncio cúmplice das memórias que lhe invadiam a mente e que ia revivendo,
ao visualizar as fotos, que lhe traziam à lembrança outros instantes, outras passagens de anos, bem
mais felizes, outras histórias, bem mais alegres e cada vez bem mais distantes, perdidas na penumbra
da memória. Lá estavam seus filhos, ainda pequerruchos e hoje já um homem e uma mulher, com sua
vida própria e independente, perdidos em agitados “réveillons”. Um sorriso estampou-se-lhe no
rosto, ao comtemplar s suas “mariposas do amor”, os seus adorados e idolatrados “pequeninos”.
Hoje, sozinha, sentia-se feliz, ao virem-lhe à memória episódios vividos na meninice dos seus
pequerruchos, na força protetora e aconchegante do seu colo, no calor afagante do seu regaço...
Neste momento sentiu o estilete da nostalgia a espicaçar-lhe o íntimo. Saltou do sofá e foi ligar
o rádio, donde saíam, em catadupas, ritmos festivos de música brasileira, sambas trepidantes e
apelativos à dança. Mas estava sozinha, já não tinha “par”... Há muito que o perdera... Era a solidão
que imperava ali, de maneira impiedosa.
Fechou o álbum das velhas fotografias. Silenciou a telefonia, meteu-se na cama, alheando-se que
era noite de passagem de ano. Deixou que as pálpebras fechassem o globo ocular, tentando olvidar
o passado, esquecer os momentos felizes doutras passagens de ano. Era tempo de apagar certas
mágoas, as revoltas que por vezes a perseguiam, as injustiças de que tinha sido vítima, de anestesiar
certas dores, de esbater tantas incompreensões, de diluir alguns dos sofrimentos que havia
experimentado ao longo da sua existência. Deixou que o silêncio e o calor do edredão a lançassem nos
braços de Morfeu...
Dormiu. Viu-se transportada a Paris, ora junto da “torre Eiffel”, ora observando Notre Dame,
ora admirando a basílica de Sacré-Coeur, ora deslumbrada com o Palácio do Louvre, ora balouçando
num “bateau-mouche” que deslizava pelas águas esverdeadas do rio Sena. De repente, o “bateau-
mouche” transforma-se numa gôndola, que navegava sobre um dos 177 canais de Veneza, o famoso
“Grande Canal”, ladeado por palácios Bizantinos, como o Cá d’Oro, ora passando sob a deslumbrante
Ponte dos Suspiros, ora sob a ponte Rialto. O gondoleiro, um robusto veneziano, de lenço vermelho,
atado na nuca e a cingir-lhe a testa, manejava com destreza e grande perícia a embarcação, com
auxílio duma longa vara, enquanto ia explicando o casario bizantino e renascença, que bordejava o
canal. Entretanto sentiu-se na Piazza de São Marcos, extasiando-se com a beleza do Palácio Ducal,
joia da arte bizantina, tomando uma chávena de quente e delicioso chocolate, ao som duma orquestra
que tocava na esplanada. De súbito, estrondosa girândola de morteiros, atroava os espaços siderais,
de mistura com fogo de artifício, numa farândola de luz e de mistério.
Sobressaltada acorda. Viu então que não estava em Veneza, mas sim deitada na sua cama, na
Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco. O sonho diáfano, de fantasia, tinha-se esvaído,
dando lugar à dura realidade da vida, na sua existência terrena, na sua solidão. O seu telefone
continuava obstinadamente silente. O rádio mudo. A televisão apagada. Ligou a televisão. Lá
estavam os abraços, os parabéns, as passas de uvas, os desejos de um bom ano, muito feliz e
próspero, cheinho de ridentes e venturosas realizações, com votos de boa saúde e bem estar,
reiterados à exaustão, às vezes ocos de sentido e cheios de hipocrisia. Ainda estremunhada, ergueu-
se da cama. Olhou pela janela. A árvore continuava toda iluminada, com uma tarja luminosa, onde se
lia : “BOAS FESTAS - FELIZ NATAL”. Os foguetes ainda estoiravam no espaço, em sucessivos
ribombares, como que a afugentar o ano velho, tão terrível, incómodo e desconfortável e a saudar, a
dar as boas vindas a um promissor ano novo, desejando que seja menos agreste. Uma secreta
lembrança fez-lhe marejar os olhos. Ainda com os globos oculares perlados de humidade, tornou a
deitar-se, na esperança de voltar a sonhar com o gondoleiro do Grande Canal da distante Veneza,
pensando que aquela lágrima, ao canto do polho, mais não era do que uma gota de água que havia
saltado do canal...
CONVOCATÓRIA
Nos termos dos Estatutos e da Lei, CONVOCO a Assembleia Geral Ordinária da Casa do Concelho
de Vila Velha de Ródão para, na sua sede em Lisboa, Avenida Almirante Reis, 256 – 1º Esq., reunir
pelas 18,30 horas do dia 12 de Fevereiro, 4ª feira, do corrente ano, com a seguinte Ordem
de Trabalhos:
Ponto 1 - Discussão e votação das Contas do exercício de 2013 e do
Parecer do Conselho Fiscal.
Ponto 2 - Apreciação e votação do Orçamento e do Plano de Atividades para o ano 2014.
Ponto 3 - Outros assuntos de interesse para a Associação
Se à hora indicada na convocatória não estiverem presentes metade dos senhores associados com direito a
voto, a Assembleia Geral funcionará meia hora depois, com qualquer número de presenças.
Lisboa, 24 de Janeiro de 2014
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Dr. João Tiago Machado
ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVAORÇAMENTO PARA 2014
Casa do Concelho deVila Velha de Ródão
C om a abstenção da bancada PSD, o
Orçamento para o corrente ano, no valor
de 7,4 milhões de euros, equivalente a uma
redução de 1,63% relativamente ao ano transato, foi
aprovado, merecido do presidente da Câmara, Luís
Pereira, a explicação de que o mesmo é feito “num
contexto muito apertado”, tanto no que respeita às
transferências financeiras do orçamento do Estado
como relativamente aos fundos comunitários.
Apesar desta situação, aquele autarca adiantou
alguns projetos considerados estruturantes para o
concelho, de que destacou: a fixação de pessoas para
que seja travada a tendência que se vem verificando;
a requalificação do Cabeço das Pesqueiras; e o projeto
das piscinas do Fratel. Disse também que este
orçamento é, no entanto, realista, pois não poderá
comprometer a saúde financeira do
município, que tem um
endividamento de apenas 17,36% do
limite imposto pela lei.
A deputada municipal, Edite
Candeias, apoiou o esforço no
sentido de se conseguir a fixação de
pessoas, considerando, por seu turno,
que há aspetos que deviam ser
encarados, como, por exemplo, a
recuperação do património edificado
em vez da construção e a despesa com
o pessoal, que consome 33% Também
lhe parece que, ao nível das receitas,
o valor das vendas está empolado.
Já o deputado do PS, Francisco
Roma, apresentou a questão da Feira
de Gastronomia e das Atividades
Económicas sobre a qual o Presidente
esclareceu que aquela não seguirá o
modelo que vinha a ser seguido e irá
ter um orçamento mais reduzido, mas
que provoque um maior impacto.
Quanto ao PDM, outra das questões
postas pelo deputado, esclareceu que
será uma nova empresa a acompanhar
o trabalho, porquanto a anterior
desistiu, mas, ainda assim, conforme
informou o Presidente, o PDM de
Ródão é dos mais adiantados da
região.
JANEIRO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO4
MONTARIA EM PERAIS
No passado dia 18 de Janeiro, o GSPFPerais através da sua
secção de caça, organizou mais uma montaria na ZCM que
gere.Os responsáveis pelo evento, tudo fizeram para que
mais uma vez, este evento culminasse no enorme sucesso, que foi a
opinião unanime dos cerca de sessenta caçadores presentes que
expressaram o seu agrado pela organização, acolhimento, até ao seu
resultado final de vinte e quatro peças cobradas entre veados e javalis.
A Montaria iniciou-se por volta das 9:00 horas com o pequeno-
almoço dos caçadores, no recinto da sede desta associação. Por volta
das 10:00 horas foram sorteadas as “Portas” com a organização a
relembrar a todos os participantes a importância dos aspectos de
segurança que todos devem cumprir durante a actividade cinegética.
Assim, às 10:30 iniciou-se a partida para a Mancha e às 11:00 teve
início a caçada que haveria de terminar cerca das 15:00, para o almoço,
que foi bastante esmerado, com sopa de peixe, com carne de porco à
portuguesa com migas de feijão e entre outros doces não podia faltar
a típica tigelada.
No final do dia, - já a noite espreitava – após a avaliação das peças
abatidas pelo veterinário, realizou-se o já habitual leilão que se revelou
bastante animado.
A organização aproveita para agradecer às pessoas de Perais que
ajudaram, ao Dr. João Ramos, ao sr. Carlos Mendes pelo empenho
que dedicou para que o telheiro estive funcional e às senhoras Maria
João e Paula Pequito pelo excelente trabalho nas refeições.
JCBelo
O ASSOCIATIVISMO NO CONCELHODE VILA VELHA DE RÓDÃO
Grupo Sócio-cultural dos Povos da Freguesia de Perais
2014,O QUE NOS RESERVA?
Aí está o ano de 2014. Desejo que traga perspetivas mais
aliciantes que 2013.Embora os governantes e alguém mais
otimista anunciem algum progresso para 2014, por enquanto
tal ainda não se nota. Contudo e perante algumas imagens televisivas
até aparece que as coisas vão de vento em popa. Quando vimos os
estádios de futebol cheios, os recintos onde se exibem os conjuntos
musicais, cheios, as imagens das festividades de Natal e passagem
de ano com os hotéis com lotação esgotada, até parece que vivemos
no paraíso. Mas, infelizmente, também vimos imagens que nos
deixam chocados. E eu estou ciente, de que grande parte da
população, se encontra no grupo dos que já vivem mal e outros
caminham nesse sentido se a situação não se inverter.
Todos ansiamos que sejam tomadas medidas mais justas. Que
sejam criadas condições para que haja emprego e os jovens possam
viver tranquilamente no seu país. Que bom seria se conseguissem
emprego em qualquer ponto do território e não só nos grandes
centros populacionais. Seria uma maneira de vermos o interior do
país mais povoado. De não sentirmos a tristeza de ver as aldeias
desabitadas. Falo pelas aldeias que me estão mais próximas. Quem
as viu cheias de vida não pode, agora, deixar de sentir alguma
nostalgia. Sabemos que nada vais ser como dantes, por isso, não
podemos ceder ao abatimento, à melancolia, à falta de esperança.
Os poucos que por cá vivemos devemos procurar criar um ambiente
em que sintamos vontade de viver.
Ambiente de inter-ajuda, de amizade, em vez de, por vezes,
andar de costas voltadas por coisas insignificantes. Seria bom que
entre os poucos, e irão ser cada vez menos, houvesse a humildade
para que nenhum se considerasse mais do que o outro. Todos
precisamos uns dos outros. Devemos ter em conta que os vizinhos,
principalmente em momentos de aflição, são mais úteis do que os
familiares lá longe.
Estamos no início do ano. E nesta data a nossa aldeia, Perdigão,
tem menos dois conterrâneos: um, que tinha aqui a sua residência,
Luis Mendes Ribeiro, casado, de 88 anos de idade; outro, Albino
Ribeiro Pires, solteiro, com residência em Lisboa. Que as suas
almas descansem em paz.
Por tudo o que atrás escrevi, sinto razão para dizer aos meus
conterrâneos e amigos que não nos devemos deixar abater.
Procuremos manter a esperança.
Não sabemos o futuro e ainda bem. O futuro a Deus pertence.
Que o anos nos traga motivos que nos façam sentir esperança e
que vale a pena persistir e lutar por dias melhores.
Luís Correia
Cont. 1ª Pág.
Atualmente, uma das mais
notórias iniciativas que tem
levado a cabo, com alguma
regularidade, através da sua secção
de caça, são as montarias (caça ao
javali e ao veado), cuja qualidade
e interesse por gentes de fora do
concelho tem sido cada vez maior.
Mas, não tem sido fácil manter o
GSPFPerais com uma atividade
regular. O seu atual Presidente de
Direção, José Carlos Belo, um
conterrâneo nosso que integra
também a Direção da Casa do
Concelho de Vila Velha de Ródão,
tem-se empenhado com muito
vigor e entusiasmo à causa do
associativismo na sua terra. Mas
também reconhece que é
necessário o apoio e a colaboração
de todos, para manter a
associação com uma atividade
digna da população e dos amigos
de Perais. Na sua mensagem de
Ano Novo, que reproduzimos,
ele exprime essa preocupação:
“Mensagem do presidente
Janeiro 09 2014
Mais um ano começa, marcado
pelos efeitos da tão falada crise e
em particular com as eleições
para uma nova direção desta
associação. Confesso que este
período de tempo em que exerci
funções de presidente do
GSPFPerais, apesar de
interessante, manifestou-se um
exercício bastante cansativo, em
detrimento de outros valores,
nomeadamente pessoais e
familiares, não só pelo facto da
constante falta de apoio que se
revelou, devido ás
disponibilidades de cada
membro, que é infelizmente um
problema que grassa na maior
parte das associações regionais
deste país, como pelo aspeto de
nunca ter exercido funções
equivalentes, associado também
ao facto de, confesso, por estar
ausente, ser alheio aos
problemas acumulados desta
associação. Os motivos que
fizeram com que aceitasse esta
tarefa, apesar da minha pouca
disponibilidade e de continuar
relativamente longe, foi o aspeto
de gostar desta terra e não deixar
“morrer” uma obra construída
por gente que também gosta e
gostava de Perais.
Durante este mandato, tive de me
inteirar de tudo o que envolve a
gestão do GSPFPerais e tentei da
melhor forma, melhorar e
valorizar as infraestruturas,
resolver os problemas existentes,
bem como os que entretanto se
revelaram, mesmo os que
surgiram de onde menos
esperava. Independentemente de
tudo, tentei por todos os meios
que os sócios e amigos voltassem
a gostar do “clube”, reconheço
que falhei em quase todas as
áreas, quer por falta de meios,
quer por falta de apoio, falta de
oportunidade, tempo,
conhecimento, etc., etc.
Entretanto e porque a vida não
pode parar e também movido pela
teimosia, chegou a altura de
elaborar um plano de atividades
para o novo ano, marcado como
já referi pelos escassos meios,
pelas disponibilidades da atual
direção e pelo facto de este ano,
haver novas eleições para uma
nova equipa, faço no entanto,
desta forma um pedido a todos
os associados e amigos, que
contribuam, deem sugestões de
eventos e atividades que
gostariam de ver realizadas por
esta associação neste ano de
2014.
Vamos tentar que sejam
realizados.
Bem-hajam.
José Carlos Belo”
Tenho a certeza que o José
Carlos e os restantes elementos
dos atuais Corpos Sociais vão
conseguir reunir um grupo de
conterrâneos capazes de
continuar e manter o GSPFPerais
com a necessária dinâmica para
desenvolver uma atividade digna
da sua terra do seu concelho e da
sua região. Da minha parte e em
nome da Casa do Concelho de Vila
velha de Ródão, aqui ficam os
votos de bom trabalho e grande
êxito.
Elísio Carmona
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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5
O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo
JANEIRO DE 2014
Biblioteca Municipal José Baptista Martins
Produtores de Ródão representados emBerlim Green Week 2014
Cantar as Janeiras cumpre a tradição em Ródão
No âmbito do apoio que aautarquia de Ródão tem
vindo a prestar aos empresáriosdo concelho e de forma a divulgaros produtos locais de excelência,vários produtores do concelho/associados da inocluster(Presuntos Rodrigues, QueijariaLourenço, RodiQueijo, AzeiteRodoliv), participaram, de 17 a26 de janeiro, na FeiraInternacional de Berlim daAlimentação, da Agricultura eHorticultura.
Trata-se de uma iniciativaorganizada pela Inovcluster -Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro com o apoioda Câmara Municipal de Ródãoque tem como objetivoproporcionar às empresasportuguesas do sectoragroalimentar um acessoexclusivo e privilegiado ao
«De letra em letra» se A-P-R-E-N-D-E!
No dia 17 de janeiro decorreu na sala polivalente da Biblioteca Municipal José Baptista Martins aprimeira fase do concurso de soletração «De letra em letra», no qual participaram os alunos do 3º e
4º anos do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão.O júri, constituído pela bibliotecária da BMJBM, pela professora Terezinha e pelos professores José
Manuel Batista e Helder Rodrigues, teve a oportunidade de avaliar as excelentes prestações dos concorrentes(10 dos 25 participantes obtiveram a classificação máxima).
Em torno de Emily Dickinson
O Clube de Leitura de Autores Clássicos da Biblioteca Municipal José Baptista Martins (BMJBM)de Vila Velha de Ródão reuniu, no dia 9 de janeiro, pela sexta vez, desde abril de 2013. Depois de
terem sido abordadas obras como «Cartas Portuguesas», «Orgulho e preconceito» e «O monte dosVendavais», esta última interpretada com a sábia e generosa ajuda da escritora Hélia Correia, foi, destafeita, lida e comentada a poesia de Emily Dickinson a partir do livro «Cem poemas».
A convidada do clube para apoiar a interpretação da poética de Dickinson foi Elsa Ligeiro que aconsidera uma poeta fascinante. Como noutras sessões, houve tempo e oportunidade para ler em voz altapoemas, em português e em inglês, comparar versões, analisar as palavras e os versos e procurar sentidos,numa atitude de descoberta partilhada.
Foram ainda apresentados no início da sessão três filmes sobre Dickinson e lido um texto de HéliaCorreia sobre a sessão na qual a escritora participou.
Antes de a reunião encerrar, foi apresentado o próximo livro a ler, «Ethan Frome» da escritoraamericana Edith Warthon (já disponível na BMJBM), e apresentado o plano de atividades do clube paraos próximos meses, que é absolutamente imperdível.
Leitura partilhada de «Os três reis do Oriente»
Numa iniciativa da Alma Azul - no âmbito do projeto «A prenda a dar», no dia 10 de janeiro, foi lidoe comentado o conto de Sophia de Mello Breyner «Os três reis do Oriente». Os alunos do 6º ano
foram os atentos ouvintes do texto que lhes foi apresentado pela leitura de Elsa Ligeiro, Elsa Flor e GraçaBatista.
O Fanzine da BMJBM
O evento «À noite na Biblioteca» foi também o momento escolhido para apresentar O Fanzine daBMJBM. Este projeto, iniciado no ano passado, foi construído como leitura fotográfica da história
de David Machado «A mala assombrada». Na noite da biblioteca do ano passado foram criados oscenários e figurinos e recriadas as situações vividas pelas personagens da história de David Machado.Este ano, foram selecionadas as fotografias, introduzidos os textos e paginada a pequena revista, que foirecebida, com muito agrado, pelos participantes na noite da biblioteca deste ano.
Vamos dar continuidade a este projeto? Estamos à procura de jovens que gostem de escrever edesenhar (pode ser uma equipa), para produzir o próximo número. Se quiserem participar, contactem-nos.
À noite na BMJBM
No passado dia 20 de dezembro realizou-se, pela 5ª vez consecutiva, a iniciativa «À noite na biblioteca». Entre as 20H00 do dia 20 de dezembro e as 9H00 do dia 21, vinte e cinco crianças e jovens usufruíram
da biblioteca de uma forma muito especial. Durante as primeiras horas da noite todos se envolveram nacriação de um dominó de livros gigante com o qual a BMJBM pretende participar no BibliofilmesFestival.Mais tarde, duas empenhadas leitoras leram um livro a um simpático e curioso animal de estimação,igualmente com o objetivo de produzir um vídeo para o Bibliofilmes.
Apesar do tempo despendido com este projeto, houve ainda oportunidade para o salutar convívioentre os participantes e a utilização livre dos muitos recursos de lazer e cultura da BMJBM.
mercado alemão, europeu emundial, bem como promover osprodutos portugueses junto depotenciais compradoresinternacionais e público em geral.
Este evento conta com cercade 1.574 expositores, com apresença de quase 100.000agentes de negócio, com a
representação de cerca de 67países e com uma coberturamediática de 50.000 jornalistas.
Esta ação, certamente, irácontribuir para uma melhorpromoção dos produtos locais doconcelho fora de portasdivulgando ainda o potencialturístico da região.
A tradição do cantar de Reis edas Janeiras voltou a
cumprir-se, mais uma vez, emVila Velha de Ródão.
O grupo de música populardo concelho, Modas de Ródão, eas crianças do pré-escolar e doprimeiro ciclo do Agrupamentode Escolas de Vila Velha de Ródãoapresentaram os votos do BomAno Novo, entoando as músicasdesta época “de porta em porta”,junto do executivo da autarquia,da Santa Casa da Misericórdiade V. V. de Ródão, da GNR, doCentro de Saúde, dos Bombeiros
Voluntários, da Casa de Artes eCultura do Tejo e da BibliotecaMunicipal.
Em Vila Velha de Ródão, e
Lotação esgotada em CACTEJO comconcerto de Teresa Salgueiro
Ténis com livros
Com lotação esgotada, foiassim que subiu ao palco,
do auditório da Casa de Artes eCultura do Tejo (CACTEJO), nopassado dia 18 de janeiro, TeresaSalgueiro e os seus músicos como espetáculo “Fortaleza”.
Um concerto que marca oarranque positivo daprogramação cultural do Casa deArtes e Cultura para este ano. Aautarquia tem vindo a apostar,claramente, na diversidade deoferta cultural, assente emcritérios de qualidade e desustentabilidade financeira, deforma a evidenciar ícones dereferência no panorama culturalnacional.
Recorde-se que, no início de2011, depois de um percurso de25 anos de dedicação ininterruptaà música, 20 dos quais dedicadosao mais reconhecido grupoPortuguês de sempre em todo oMundo, os Madredeus, TeresaSalgueiro entregou-se pelaprimeira vez à composição e àescrita criando os temas quederam origem ao álbum OMistério.
Neste dia, Teresa Salgueiro,explicou à audiência daCACTEJO, a origem dacomposição das músicas e daescrita das letras de todos os
temas, que tratam de uma reflexãosobre a dimensão humanaperante o mistério da vida. Empalco, foi recriado o leque dasdiversas emoções presentes nosdiferentes temas, convidando opúblico a participar da essênciae da energia geradas no concerto.
“Fortaleza” foi um concertoíntimo e consistentementeintrigante onde para além dosoriginais foram tambémhomenageados artistas dereferência para Teresa Salgueiro,como Carlos Paredes, ZecaAfonso e Amália Rodrigues.
O público que assistiu ao
grande concerto interagiu com aartista Teresa Salgueiromanifestando o seu agrado, comgrande entusiasmo, no final daatuação, na sessão de autógrafos,que decorreu no átrio daCACTEJO.
A Câmara Municipalpretende assim trazer a VilaVelha de Ródão espetáculos dequalidade, nas mais diversasáreas, proporcionando aosmunícipes um acesso maispróximo à cultura com vista aoaumento do nível dedesenvolvimento cultural dapopulação do concelho.
segundo a tradição oral,confirma-se que as Janeiras secantam sem alterações há pelomenos um século.
No dia 18 de dezembro, noscourts municipais, ficou
provado que ténis e literaturacombinam muito bem.
A convite do Clube de Ténisdo CMCD, a BMJBM criou umconjunto de jogos que foramdesenvolvidos pelos alunosdaquele clube, durante umasessão especial de treinos. Coma colaboração do seu treinador,José Carlos Pereira, aparticipação especial do antigoatleta do clube EduardoRodrigues e a ajuda de RicardoPereira conseguimos concretizartrês jogos que conciliarampersonagens de livros comatitudes e comportamentos emcampo.
O primeiro foi o jogo «Heróicontra herói» e consistiu no
confronto de personagens,cabendo a cada jogador refletirno seu jogo atitudes ecomportamentos de personagenscomo Sherlock Holmes, HarryPotter e outros. Seguiu-se «Tiopatinhas na caça à moeda» noqual foram treinadas a velocidadee a perícia. Primeiro os Patinhasimprovisados tinham de correr eapanhar moedas. Numa segundafase tinham de evitar perdê-las,tentando não perder pontos no
jogo de ténis que disputaram comos seus adversários. Cada pontoperdido equivalia a uma moedaperdida e o jogo decorria até umdos jogadores não ter qualquermoeda. A atividade terminou como jogo «Robin dos Bosques treinaa pontaria» no qual todos osatletas foram convidados a treinara sua pontaria, não com arco eflecha mas antes com a suaraquete e bolas.
Contin. na Pág. 11
JANEIRO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 6
AGENDA - fevereiro 2014- 07 e 08/02 - Workshop “O Corpo” (Pessoal Docente e Não Docente)- 13/02 - Concurso de postais de S. Valentim (Inglês)- 14/02 - Dia de S. Valentim - pares famosos (Biblioteca Escolar)- 19/02 - Jogo de Futsal masculino (Vila de Rei) (Desporto Escolar)- 28/02 - Carnaval (pré-escolar, 1º ciclo e departamento de expressões)
Como é tradição durante omês de janeiro, os alunos
do pré-escolar e 1º ciclopercorreram as ruas da vila,cantando as janeiras. Os nossos “pequenos”trouxeram, assim, um momentode alegria às instituições davila.
CONCURSO NACIONAL DE LEITURAVISITA DE ESTUDOMUSEU DE ARQUEOLOGIA DE RÓDÃO
COLÓQUIO/DEBATEVIOLÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLARRealizou-se, no passado dia 15 de janeiro, Biblioteca Municipal de Ródão, o colóquio / debate para
professores subordinado ao tema “Violência no Contexto Escolar”, no âmbito do Projeto Educaçãopara a Saíde do AEVVR. Dinamizado pela psicoterapeuta Teresa Ribeiro, foi uma oportunidade únicapara refletir e partilhar anseios e preocupações sobre esta temática sempre presente no nosso quotidiano.
No dia 16 de janeiro, pelas 16horas, os alunos do 5º A foramfazer uma visita ao Museu deArqueologia do nosso concelho.
Acompanhados pelaprofessora de História e pelaprofessora Anabela Estrela,iniciaram a visita pela cave domuseu, onde estão expostas aspeças mais antigas. Aí puderamver várias peças em pedra feitaspelos povos recolectores, comobifaces, lascas, pontas de seta,núcleos, etc. Conheceram ossítios mais importantes do nossoconcelho, onde foramencontrados estes instrumentose os principais são o Monte do
Famaco, a Foz do Enxarrique eVilas Ruivas. Depois puderamver num quadro iluminado osvários desenhos usados na ArteRupestre do Tejo: animais,figuras humanas, o sol e motivosgeométricos (círculos,espirais…). A seguir viram osvestígios deixados pelos povosAgro-Pastoris tais como peçasde cerâmica, mó manual (paramoer os cereais), machados depedra polida e contas de colarencontradas em antas como é ocaso da anta do Farranhão (pertode Perais). Também os Romanosdeixaram vestígios no nossoconcelho – as telhas, as belas
cerâmicas, pontes e restos depovoados.
Uma das coisas que maisespantou os alunos foram osfósseis (trilobites) e os restos detroncos fossilizados quepareciam mesmo animais.
O grupo terminou a visita naparte de cima do museu, ondepuderam ver novamente a arterupestre em rochas autênticascom os motivos gravados. Àsaída, os alunos foram unânimesem referir que gostaram muito davisita porque aprenderam coisasque não sabiam sobre o nossoconcelho.
Os alunos do 5ºA
No âmbito do Plano Nacional deLeitura e sob a responsabilidadedos professores do PNL, dePortuguês e da BibliotecaEscolar, realizou-se, no passadodia 15 de janeiro, na BibliotecaEscolar, a primeira fase doConcurso Nacional de Leiturapara os alunos do 3º Ciclo e doConcurso de Leitura para osalunos do 2º Ciclo.
Esta iniciativa, promotora dogosto pela leitura, destinava-se atodos os alunos do 2º e 3º Ciclosque estivessem interessados emparticipar. No presente anoletivo esta ação envolveu vinte etrês participantes do 3º Ciclo edoze do 2º Ciclo. A obra escolhidae sobre a qual os alunos do 2ºCiclo tinham que prestar provaera Três histórias do futuro de
Luísa Ducla Soares. Já os alunosdo 3º Ciclo analisaram a obra deAntoine de Saint-Exupéry OPrincipezinho e um conto deMiguel Torga do livro Novoscontos da montanha.
À semelhança do que ocorreunas anteriores edições doconcurso, também este anoforam apurados os três alunosmelhor classificados nesta prova,que no caso do 3º Ciclo foram:Rui Tavares e Mariana Santos (8ºano) e Iolanda Tavares (9º ano).Serão eles que representarão anossa escola na fase distrital desteconcurso que se realizará noinício do mês de abril, numabiblioteca municipal do distritode Castelo Branco, ainda pordesignar.
Quanto aos alunos do 2º
Ciclo apurados para a fase finaldo concurso que se realizará nopróximo dia 12 de março naBiblioteca Municipal de CasteloBranco, são: Leonor Araújo (5ºano) e Bruno Canelas, RúbenTrindade e Sara Rei (6ºA).
A todos os vencedores desta1ª fase, desejamos os nossosparabéns e que consigamrepresentar dignamente o nossoagrupamento, na etapa seguinteda competição.
A todos os alunos queparticiparam queremos salientaro seu empenho nesta atividadeque tinha como principalobjetivo motivar todos os alunosdos 2º e 3º Ciclos para a leiturade obras adequadas ao seu níveletário.
JANEIRO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7
ALMOÇO BEIRÃO NA CASA DO CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO,EM LISBOA
N o passado dia 6 deJaneiro - Dia de Reis -um grupo de associados
da Casa do Concelho de VilaVelha de Ródão organizou umalmoço na sede da sua associação,em Lisboa, com uma ementa arecordar os tempos antigospassados nas suas aldeias,especialmente no Inverno. Estoua referir-me aos anos cinquenta esessenta do século passado,quando as pessoas viviam quasesó com os produtos agrícolas que
cultivavam nas suas hortas e coma carne dos animais e das avesque criavam nos seus quintais,destinados ao abate paraalimentação. Talvez por isso,muitas vezes, tinham que usar aimaginação para variar um poucoa confeção dos seus própriosprodutos agrícolas.
Ora foi com essa intençãoque este grupo de amigos decidiuescolher uma ementa a recordaraqueles tempos, preparada comprodutos da região e
confecionados à semelhança dosusos e costumes de então:SALADA DE ALMEIRÃOCOM FEIJÃO FRADE;E N T R E C O S T O ,ENTREMEADA EENCHIDOS GRELHADOS;AZEITONAS, PÃO, VINHO EARROZ DOCE.
Vale a pena referir também,até porque será talvez este opormenor mais interessantedesta iniciativa, que todos osprodutos utilizados na
preparação deste singularalmoço, vieram do concelho deVila Velha de Ródão: o almeirãoveio do Fratel, oferecido por umaconterrânea nossa; os enchidosvieram de Ródão, da produçãoda Empresa Manuel Rodrigues& Herdeiros, Lda.; o azeite e asazeitonas eram da Foz doCobrão; o pão veio da Padariado Fratel; o vinho, embora nãosendo produzido no concelho,era um tinto muito especial dacolheita de um conterrâneo nosso
de Ródão; até o arroz doce,apesar de confecionado nacozinha da Casa das Beiras, eramuito semelhante àquele que sefazia nos dias dos casamentos edas festas populares que serealizavam nas nossas aldeias.
No final do encontro, aconfirmar o agrado e a satisfaçãode todos os presentes, a grandepreocupação foi a marcação deuma data para um novo encontroe a escolha de uma outra ementa,típica também da nossa região.
É caso para dizer que asassociações regionalistas,sedeadas em Lisboa, emborabastante debilitadas nos dia quecorrem, ainda assim, vãosobrevivendo, devidoespecialmente ao apego dos jápoucos associados, mas queteimam em não esquecer as suasorigens e os respetivos costumese tradições das suas terras natais.
E.C.
O almeirão
LadeiraFOGUEIRAS DE NATAL
Uma vez mais nas aldeias do nosso Concelho os seus habitantes teimaram em manter a tradição de sefazer a fogueira de Natal, juntando num dos seus largos os habituais madeiros.
O rigor da chuva impediu que em algumas dessas aldeias não fosse possível sequer acender osmadeiros. Outras houve que “transferiram” essa fogueira para a passagem de ano, como foi o caso daaldeia de Ladeira, onde junto à “Casa dos Amigos da Ladeira” a fogueira foi acesa conforme imagem.
Dos Rodeios também nos chegou a foto relativa à fogueira de Natal ali realizada.
Rodeios
JANEIRO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8
“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!
Poetas do nosso Concelho
CRÓNICADOS LUSÍADAS piquininos
Manuel Antunes Marques
ANO NOVO
Nova etapa está nascendoE à partida prometendoO que cada um desejar.O renascer da ilusãoEntre o sim e o não,Do que se poderá alcançar.
Será bem longo o percursoPor vezes exigindo recursoA trabalhos esforçados,Dos quais o corpo se cansa.Mas não perdendo a EsperançaNos sentiremos compensados.
Que este ano seja assimPara todos e para mim,O da Esperança renovada.Ele nos conduza e anime.Já quem tanto nos oprime,Veja a sua mente, clarificada!
Janeiro, 2014
Silvério Dias
1Um símbolo colocado na PraçaRepresentando o Poder RealMas também concebia a graçaDo bem que a gente cá façaAo Povo, de uma forma geral2São jóias do nosso patrimónioDevendo ser bem preservadasPena é que algum demónioCom mentalidade de campónioTivesse algumas arrancadas3O pelourinho tinha privilégioE continha muitas vantagensConcedendo o benefício régioComo movimento estratégicoComo a isenção de portagens4Pena é que este pelourinhoSeja desconhecido do povoAtribuem-lhe signo daninhoPensem melhor um bocadinhoE lembrem a justiça de novo5O primeiro pelourinho de LisboaFoi destruído com o terramotoCom uma recordação tão boaComo o povo ainda apregoaNão ficaram com ele ignoto6Fizeram segunda construçãoColocada no mesmo localFeita com boa imaginaçãoMereceu o melhor galardãoDos Pelourinhos de Portugal
MAIS UM ANO
Mais um ano já passouE saudades não deixouÉ uma roda a andarA girar, sempre a rodarAté que há-de parar
Ilusões! ... já as não temos“Sperança também se gastaUm ano mais nos mantemosA ganhar o que comemosE isso apenas nos basta
Mas um homem de oraçãoEm cada ano que passaTem sempre no coraçãoUm sentimento cristãoVivendo com fé e em Graça
Novo Ano, que entrastePeço-te em lugar cimeiroSaúde e justiça que basteE que venha por arrasteMuita Paz, ao mundo inteiro...
Ano Novo, eu te peçoLivrai-nos de convulsõesE dai-nos maior sucessoArranjando um processoDe não baixarem as pensões
E que haja, em profusãoMais amor e devoçãoE que não falte o pãoNesta difícil ocasiãoDeseja, do coraçãoO vosso amigo Fabião
Fabião Baptista
PAÍS ÀDERIVA
País perdidonos meandrosde má governação,só bem geridopoderias dar satisfação,já que nada és nem serásporque a muita corrupçãote força a andar p’ra trás!
País pequenomas tão cheiodo que é bom e sereno,por ti me enleioe me percovendo que, no meu receio,em breve,...serás deserto!
7Assenta num belo pedestalMoldado e bem decoradoÉ único cá em PortugalNão existe cá outro igualEm beleza nunca igualado8Com um fuste torço helicoidalEm três partes está retorcidoÉ um exemplar monumentalO mais bonito de PortugalEm frente à Câmara erigido9Junot quando da sua invasãoTeve como cínica esperançaQuando acabasse a operaçãoTeria manifestado intençãoDe o levar para a França10É um Monumento NacionalQue embeleza toda a LisboaÉ o mais lindo até mundialNo mundo não existe igualEm todo o povo se apregoa11No cimo uma Esfera ArmilarE o mundo em cima suportaTodos nos devemos orgulharQue a esfera está a representarTodo o Mundo à nossa porta12Este tão lindo monumentoDeverá ser mais divulgadoMuita gente do nosso tempoNão tendo esclarecimentoNem nunca o terá admirado
DOS PELOURINHOS DEPORTUGAL
MEDITANDO!...
Ano novo, vida nova,É um ditado popular,A vida tráz-nos surpresasQue não podemos imaginar
Surpresas, algumas boas,Outras são de lamentar.Todos os dias se nos deparamSurpresas de pasmar.
É a carestia da vida,É a falta de segurança,É a falta de justiça,É a falta de esperança.
Falta apoio na doença,Falta a muitos o emprego,Tantos idosos sem amparo,Tudo nos deixa em desassossego
São os crimes e roubos,E a falta de autoridade,E a violência doméstica,Que mais nos estará reservado?
Perante tanta misériaDevemos sentirmo-nos preocupadosHá quem viva sem pãoE outros vivem abastados.
E em cada mês que passaNos sentimos deslizarO rendimento que temos,Ordenado e pensão a baixar
Neste princípio de anoE tais factos constatar,Sobre tal realidadeDei comigo a meditar
Desejo que no decorrer do anoSe note mais segurança.Se a situação não melhoraComo podemos ter esperança?
Feliz Ano Novo
Luis Correia
EUSÉBIO E CRISTIANO RONALDO- Um atributo em comum:
tornar os portugueses felizes -
Num curto espaço de dias, entre o Natal emeados de janeiro, e em circunstânciasbem diferentes, muito se falou e
escreveu sobre EUSÉBIO E CRISTIANORONALDO, as duas grandes vedetas do futebolnacional. Contudo, não vi nem ouvi fosse o quefosse sobre um aspeto que me pareceimportantíssimo e que ambos tinham emcomum: a forma como, em épocas distintas, comtalento futebolístico e muito trabalho, tornaramos portugueses mais felizes.
Perguntar-se-á: Como? Ou: Afinal o que é afelicidade?
Esta questão preocupou desde sempreconsagrados pensadores que trataram o tema commaior ou menor desenvolvimento. Por exemplo,Agostinho da Silva, de forma muito simplificada,ligou a Felicidade à Alegria.
No congresso recente da Sociedade de Amigosda Grande Idade - Inovação e Desenvolvimento,durante o debate numa mesa redonda, um idosopresente afirmou que lhe seria difícil definir, emtermos teórico/filosóficos, o que era a felicidade,mas que lhe seria fácil indicar momentos em quesentiu se sentiu mais feliz, e citou circunstânciasque tinham a ver com dois dos intervenientesque faziam parte da mesa: nas homilias doMonsenhor Victor Feitor Pinto (um padre ligadoa Castelo Branco) nas missas de domingo na igrejado Campo Grande, quando o dito idosoatravessava os momentos mais sombrios da suavida devidos à morte de um filho; e o rasgadosorriso da Fernanda Serrano, no programaSociedade Civil, de que ela era responsável e emque era apresentadora. Situações que, para aquele
idoso, lhe proporcionavam uma certa paz deespírito e, em consequência, alguma alegria. (Numaparte: não deixou de ser curioso como estaexplicação simples, mas objectiva, do que podeser a felicidade foi aplaudida por centenas depessoas na assistência!).
Voltando aos dois craques, Eusébio e Ronaldo,recorde-se como, antes do jogo com a Suécia, osportugueses andavam descrentes com ocomportamento da nossa selecção, até porqueviviam amargurados com a cruel austeridade a quevêm sendo submetidos e que os empobreceenquanto alguns enriquecem despudoradamente.E como, por uns dias, mudaram de semblante eesqueceram os problemas que nos atormentam!Isto com os golos do Ronaldo que deram à selecçãode todos nós o passaporte para o Mundial noBrasil.
Já em 1966 não era muito diferente o estadode espírito dos portugueses: em África, uma guerranas três frentes, era a única certeza que a juventudetinha, atingindo a totalidade das famíliasportuguesas. Por seu turno, só a emigração maciça,a todo o custo, alimentava alguma esperança nosdesesperançados da vida na mãe pátria. E aí, ogrande lenitivo para alguma alegria foi sem dúvidao Eusébio, que, no célebre jogo com a Coreia doNorte, mas não só, conseguiu que a equipa daquinas ultrapassasse os sinais da derrota iminente,e desse uma vitória bem vincada. Como RicardoAraújo Pereira escreveu na revista Visão “Eusébio
deu muita alegria a muita gente muitas vezes”.Em conclusão, a essas duas eminentes figuras
devem os portugueses, que mais não seja,momentos de alegria, quiçá de felicidade.
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JANEIRO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9
*Ex-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal
José Faia P. Correia*
Mónica Santo
(Dietista)
haja
SAÚDE
David Sequerra*
Gelatina faz bem às unhas eao cabelo… Será???
JOVENS PORTUGUESES EM SOCHI
A 22 ª. edição dos Jogos Olímpicos de Inverno vai agora começar tendo por fulcro a progressiva cidade russa de SOCHInum dos extremos do maior país da Europa.
Sabe-se que Portugal vai estar presente nessa tão importante competição através de uma mini-equipa liderada peloPresidente da nóvel Federação do Desportos que Inverno (FDI), Pedro Farromba.
Como atletas, com foros de surpresa, vão representar Portugal, a partir de 7 de Fevereiro p.f., dois jovens emigrantesque habitam e treinam em França e na Suíça, Arthur Hanse, de 20 anos, e Camille Dias, de 17 anos, que se“atrevem” a competir com um escol de atletas de países de larga tradição e experiência da neve, tais como a Austria, aCroácia, todos os da Escandinávia, além da Rússia a “jogar em casa”. Não é a primeira vez que Portugal participa nos Jogosde Inverno através de praticantes que contactam com as superfícies de neve noutros países, tais como os Estados Unidose o Canadá. Sem surpresa, não houve resultados dignos de apreciável registo e também em SOCHI, conforme acentua o“líder”, Pedro Farromba, não se espera mais do que uma presença condigna.
A “tenager” Camille, super-entusiasta, acha que pode classificar-se entre os 30 melhores da sua especialidade. É filha deMarço Dias, radicado na Suíça há bastante tempo, conhece muito mal Portugal, sem sequer falar ou entender português, oque, convenhamos, é muito pouco abonatório para a condição de ser olímpica em SOCHI. Entrevistada pela “BOLA”,Camille Dias adiantou que tem treinado 2 a 3 horas por dia em bons centros de neve na Suíça, como Martigny e outrossimilares.
O Arthur, mais experiente, tem treinado e competido em França, integrado na equipa gaulesa com uma série deanimadores resultados.
Resta dizer que a dupla desses dois “semi-portugueses”, por assim dizer, competirá na especialidade de “slalom” (curtoe longo), a partir de 10 de Fevereiro. A FDI, de Pedro Farromba, esforçou-se na faina de detecção de talentos, além fronteiras,junto aos núcleos de emigração.
* *
Resta dizer que o COI espera que em SOCHI seja batido o “record”de participantes, quer em países (mais de 82 emVancouver-2010), quer em atletas actuantes (2.566, também na edição de Vaancouver, com 1.044 do sexo feminino,
uma notável evolução relativamente há 20 anos, com pouco mais de 500 presenças).Enfim, Portugal desfilará em SOCHI no início da tarde de 7 de Fevereiro e a bandeira nacional flutuará assobio o vento gélidoda eufórica cidade russa.Para o Arthur e a Camille os melhores votos: boa neve e muita sorte!
Jogos Olímpicos
D evido à evoluçãosociodemográfica, o estudo doidoso e do próprio processo
de envelhecimento adquire actualmenteuma maior relevância, não só do pontode vista social, como também no âmbitolegislativo. Existindo diversas formas deabordar as situações relacionadas comos idosos, parece pertinente umaabordagem sobre a questão da legislaçãopara esta população, porque aindasabemos muito pouco acerca daformação jurídica em tudo o que digarespeito à mesma. Para tal, propusemo-nos compilar e organizar a legislação deenquadramento das respostas sociaisinclusivas, no que diz respeito aoestatuto social e legislativo da pessoaidosa na sociedade, incluindo, também,as que se encontram institucionalizadas. Optámos, no entanto, começar porabordar alguns conceitos que parecemimportantes. Comecemos pela normajurídica que é, antes de mais, “uma regrade conduta social”, cujo objectivoimediato consiste em disciplinar ocomportamento dos indivíduos ou asactividades dos grupos e das entidadessociais em geral. Sendo o envelhecimento populacional
ESTATUTO SOCIAL DAS PESSOAS IDOSASNAS INSTITUIÇÕES
QUE LEGISLAÇÃO DE ENQUADRAMENTO?
um facto cada vez mais marcante emtodos os sectores da sociedade, ele afectatodas as dimensões da vida emsociedade, sem exceção. Não será, assim,de estranhar que, também no que respeitaaos idosos, a legislação se multipliqueno sentido de contemplar um sector dapopulação que esteve esquecido, masque hoje tem já um peso socialimportante do ponto de vista económicoe, porque não dizê-lo, também eleitoral.Esta posição dos idosos na sociedadeleva a dinamizar os órgãos legislativosno sentido de produzir legislação que oscontemple, de tal forma que talvez sepossa pensar, a curto prazo, não só nosdireitos dos idosos mas também numnovo ramo das ciências jurídicas que, équase certo, se designará por DIREITODO IDOSO. A legislação de enquadramento dasrespostas sociais inclusivas apresentadapor ordem cronológica permite seguir opercurso da necessidade de criação denormas, sentida pelas sociedades porforma a darem respostas sociaisinclusivas ao longo dos tempos. Noentanto, iremos separá-las por temas, asaber:
1) Legislação de carácter geral
relativamente aos direitos do Homem;2) Legislação específica relativa às
pessoas idosas;3) Legislação relacionada com a
violência contra as pessoas idosas;4) Legislação sobre as respostas
sociais existentes para esta população emenção a alguns documentos técnicosde referência das respostas sociais;5 ) e por último, mas não menosimportante, a legislação relativa àsInstituições Particulares deSolidariedade Social (IPSS).
(Continua)
*Pós-graduado em
Envelhecimento Ativo
Muita gente acredita que agelatina é útil para fortalecerpele, unhas e cabelos, graças
ao colagéneo presente na suaconstituição e que é a principal proteínaestrutural dos tecidos e ossos .
A gelatina é composta por 9 dos 10aminoácidos essenciais ao homem e queajudam na síntese e renovação docolagénio.
O colagénio é extraído do bovino,podendo também ser extraído da pele,cartilagens e ossos de outros animais.Nutricionalmente, para se ter algumbenefício é preciso consumir entre 8 a10 gramas de colagéneo por dia.
Porém, a versão que encontramosnos supermercados, na verdade, possuimuito açúcar e uma quantidade de
colagéneo que ronda 0,76 a 2 gramas pordose desta sobremesa já reconstituída.Ou seja, para que a frase do título fosseverdade seria necessário ingerir entre de4 a 12 taças desta sobremesadiariamente, o que em termos de açúcarpoderia significar entre 6 e 18 pacotesde açúcar.
No fim verifica-se, que a gelatinaacaba por se resumir a uma mistura decorantes artificiais, conservantes, açúcare adoçante. A quantidade de proteína émuito baixa, apenas para gelificar.
Assim, não se iluda ao pensar queao ingerir esta sobremesa terá algumbenefício para os cabelos ou para asunhas. É uma sobremesa refrescante,vibrante pelas cores que apresenta e defácil digestibilidade, mas… só!
Telefones úteis
Adraces -Ass. para o Desenvolv. da Raia Centro-Sul - Tel: 272540200Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT) -Tel: 272541122Assoc. Humanitária dos Bombeiros Voluntários -Tel: 272541022Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão -Tel: 272 540300C. Estudos de Novas Tend. Artísticas (CENTA) -Tel: 272545314C. Desportivo Recreat.e Cultural de V.V. Ródão-Tel: 272545322Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento - Tel: 272545308Centro de Saúde de V. V. Ródão -Tel:272540210Centro de Saúde de V. V. Ródão-ext. de Fratel-Tel: 272566172Centro de Saúde de V.V. Ródão-ext. de Perais -Tel: 272989370Centro de Saúde de V. V. Ródão-ext. Sarnadas-Tel: 272997345Centro Regional de Segurança Social (serviço local) - Tel: 272545217CTT Correios de Portugal -Tel: 272549010Delegação Escolar de Vila Velha de Ródão -Tel: 272545256Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior - Tel: 272541076Escola de Ensino Básico dos 2º e 3º Ciclos -Tel: 272541041Estação dos Caminhos-de-ferro de V. V. Ródão -Tel: 272541085Estação dos Caminhos-de -ferro de Sarnadas de Ródão-Tel: 272997414Farmácia Pinto -Tel: 272545135Guarda Nacional Republicana -Tel: 272545121Junta de Freguesia de Fratel -Tel: 272566187Junta de Freguesia de Perais -Tel: 272989275Junta de Freguesia de Sarnadas -Tel: 272997829Junta de Freguesia de V. V. Ródão -Tel: 272541011Posto de Informação Juvenil -Tel: 272545295
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JANEIRO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO10
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JANEIRO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11
Com papas e bolosse enganam os tolos
NECROLOGIA
Contin. da Pág. 5
É um adágio popular muito antigomas que continua sempre muitoactual.
E, devo dizer que muitos políticosda nossa praça usam e abusam das papase dos bolos. As ultimas eleiçõeslegislativas foram prova do que acabode escrever. Com efeito, os partidos queacabaram por sair vencedores naquelaseleições e que hoje nos governam usarame abusaram de promessas que sabiamque não iam cumprir. Que não ia haveraumento de impostos, que não ia havercortes nos subsídios, que, eu sei lá oquê. Foram tantas as promessas que nãofosse o facto de estarem registadas,muitos de nós as teríamos já esquecido.Como exemplo, lembro apenas algumaspassagens das muitas promessas feitaspor Passos Coelho, naquela campanhaeleitoral, que passo a referir. “... seformos governo posso garantir que nãoserá necessário despedir pessoas nemcortar nos salários para sanear o sistemaportuguês” “... ninguém nos verá imporsacrifícios aos que mais precisam, os quetêm mais terão que ajudar os que maisprecisam” “... vamos ter de cortar emgorduras e de poupar, o estado vai terde fazer austeridade mas basta de aplicá-la só aos cidadãos” Foi isto e muitomais o que Passos Coelho disse durantea campanha eleitoral e que, porque estãoregistadas, não se atreve a desmentir. E,não venham dizer-nos que nãoconheciam a situação do País porqueessa não pega. Ao recusar aprovar oPEC 4, ele sabia perfeitamente que aúnica alternativa seria a Troika. E,durante a discussão do memorandumeles estiveram sempre presentes eassinaram-no.
A Troika veio porque dava geito aoPSD que via assim a forma de aplicarem Portugal o seu programa neo-liberalque há muito guardavam bem escondido.Sabiam muito bem que aquilo queestavam a prometer tinha apenas comoobjectivo enganar os eleitores queacabaram por se deixar ir na conversa.Objectivamante o que tinham em menteera precisamente o contrário do queprometiam, isto é, enriquecerem aindamais os ricos, ao mesmo tempoempobreciam ainda mais os pobres. Achamada classe média estava a fazer-lhesconcorrência e por isso havia que acabarcom ela e dessa forma aumentar onúmero dos pobres. Para eles era motivode preocupação os filhos da classemédia chegarem às universidades e, ouporque eram mais inteligentes, ouporque trabalhavam mais, acabavam porser melhores alunos do que os filhinhosdo bem estar. E isso eles não podiamsuportar.
E foi assim que com papas e bolos,os filhinhos do antigamente acabarampor ganhar as eleições e chegaram aopoder. Mentiram, prometeram mundose fundos mas sabiam bem que eramapenas promessas que não iam cumprir.
Atingida a primeira etapa, elesquerem ainda mais. As suas ambiçõessão de tal forma tantas que nos fazemlembrar a canção de Zeca Afonso “OsVampiros”. Com efeito, eles comem tudoe não deixam nada. Eles não queremmesmo deixar nada.
É por isso, e porque querem aindamais, que a dois anos das eleiçõeslegislativas, já eles aí estão em plenacampanha eleitoral. E, fazer-se umacampanha eleitoral num País, onde se
tem na mão toda a comunicação social,não é difícil, sobretudo se nós, oseleitores não estivermos atentos.
Não foi por acaso que na Itália, osenhor Berlusconi ganhou as eleiçõesuma série de vezes consecutivas mesmosabendo-se quem ele era. Fora da Itálianós sabíamos mas, infelizmente osItalianos não o sabiam porque acomunicação social estava todacontrolada por Berlusconi e os seuslacaios. Em Portugal nesta alturacorremos os mesmos riscos. Acomunicação social é totalmentedominada pelos partidos do governo epelo grande capital. São eles que têm opoder para nomearem a sua gente paraos públicos ou então para compraremos privados. As televisões de hojefazem-nos lembrar a RTP do tempo dofascismo. São autênticos aparatos dapropaganda do governo. Ora, como todosbem sabemos é a comunicação social,nomeadamente as televisões quem chegaàs nossas casas e tem a força parainfluenciar os eleitores, levando-lhes aspapas e bolos que não mais pretendemdo que enganá-los.
O nosso País está hoje, mais do quenunca, envolvido num sem número decasos de corrupção. No entanto acomunicação social foge deles como odiabo foge da cruz. Apenas quando oscasos já não podem continuarescondidos é que eles são notícia.
Felizmente que ainda há jornalistashonestos que têm coragem paradenunciar alguns casos, mesmofazendo-o com o risco de perderem osseus empregos. Veja-se o caso dajornalista Ana Leal da TVI que teve acoragem de denunciar de uma forma clara,bem documentada e sem deixar margenspara dúvidas os casos de corrupção nosapoios do governo ao ensino privado,naturalmente que em detrimento doensino público. Como resultado, aquelajornalista em vez de ser condecoradapelo bom serviço prestado ao País, foidespedida.
A corrupção vê-se, apalpa-se e cheira-se para onde quer que nos voltemos. Osorganismos internacionais que estudameste fenómeno colocam Portugal naterceira posição dos países maiscorruptos da Europa, apenas atrás daGrécia e da Itália. Mas, já alguém viualgum corrupto a ser julgado oucondenado no nosso País? Nem mesmocasos como o dos submarinos que jáderam prisões noutros países como aAlemanha e a Grécia chegaram aostribunais portugueses e duvida-se quealgum dia lá cheguem porque antes disso,vão prescrever.
A campanha eleitoral do governopara as próximas eleições europeiasdeste ano e legislativas do ano que vem,já está na rua. Acredito que no próximoano, nos venham acenar com unsbolinhos, tais como reduções deimpostos ou aumentos de ordenados, eoutros, numa tentativa de voltarem aenganar-nos. É mais que provável quevirão com bolos aparentemente aindamaiores e mais doces mas, por dentroeles estarão totalmente envenados.Cabe-nos a nós, os eleitores nãoesquecermos que, na primeira qualquercai... e não nos deixemos cair porque nasegunda só cai quem quer.
Lisboa, 23 de Janeiro de 2014
José Eduardo
Notícias da Câmara Municipal
Em fevereiro naBiblioteca MunicipalCiclo de filmes de animação
Em fevereiro, propomos que se divirta na BMJBM com osfilminhos infantis que a Associação Zero em
Comportamento nos vai trazer.Nos dias 7 e 8 do próximo mês vamos poder ver curtas-
metragens de animação que habitualmente são dadas a conhecernos festivais de cinema de animação. No dia 7, as sessões têmum tema «Casa é um assunto estranho!» e destinam-se,exclusivamente, ao público infantil que frequenta as creches ejardins-de-infância do concelho.
No dia 8, a sessão decorre na Sala do Conto da BMJBM eestá aberta a crianças entre os 4 e os 12 anos que poderãoassistir, gratuitamente, aos filmes e ainda aprender a fazer umtaumatrópio. A não perder!
Dia 7 | 10H00 e 14H00 – Sessão de filmes «Casa é umassunto estranho!» seguida da oficina «Casinha, casarão, aondeé que eles viverão?»Destinatários: Crianças da educação pré-escola
Dia 8 | 15H00 - Sessão de filmes de animação seguida deoficina «Taumatrópio»Destinatários: Crianças e famíliasEntrada Livre
Vila Velha de RódãoFaleceu dia 4 do corrente mêsJoão Ribeiro Correia castelo, de54 anos, casado com Idalina MariaEstrada Mendes castelo, natural eresidente em Vila Velha de Ródão.
AgradecimentoSua esposa, filhos, genro, nora,irmãos e restantes familiares naimpossibilidade de o fazerempessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meioagradecer a todas as pessoas que participaram na eucaristiae acompanharam o seu ente querido à sua última morada, ouque de qualquer outro modo lhes manifestaram o seu pesar,a todos o nosso bem-haja.
Foz do CobrãoFaleceu dia 23 de dezembro no Larda Santa Casa de Misericordia deVila Velha de Ródão RomeuMartins Ribeiro natural eresidente em Foz do Cobrão, de71 anos, e casado com Maria RosaRibeiro.
AgradecimentoSua esposa, filha, genro, netos erestante familia vêm por este meio agradecer a todas aspessoas que acompanharam o seu ente querido à sua últimamorada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaramo seu pesar, na impossibilidade de o fazerem pessoalmentecomo seria seu desejo. Bem-hajam.
Programa educacional peloCentro Budista Kadampa
KamarupaConferência públicaDia 13 - 18H00 - «Tornar a vida verdadeiramentesignificativa» | Destinatários: Jovens e adultosEntrada LivreAulas do programa geralDia 21 - 18h00 - O que é a meditação?Dia 27 – 18h00 - A nossa preciosa vida humana, meditaçãoDestinatários: Jovens e adultos. Inscrição no valor de 3€ por aula
Programa para criançasDia 15 - 15H00 - Dia de Kids Club «Desenvolverautoconfiança e aptidões para uma vida feliz» (incluimeditação para crianças).Inscrições, dos 5 aos 13 anos de idade, no valor de 2€.
Dia 2018H00 - Apresentação do livro Espiões em Portugaldurante a II Guerra Mundial, pela sua autora Irene FlunserPimentel. | Entrada Livre
CINEMAFilme a exibir em FEVEREIRO
(Bilheteira -30 min antes)
Dia 7 (Sábado) 21h00Plano de Fuga
Realizador: Mikael Håfström Atores: Sylvester Stallone, ArnoldSchwarzenegger, Jim Caviezel,Vincent D’Onofrio, Vinnie Jones,Sam Neill, 50 Cent Género: Ação/ ThrillerClasse Etária: M/16
Dia 21 (Sexta-Feira) 21h00Malavita
Realizador: Luc Besson Atores: Robert De Niro, DiannaAgron, Michelle Pfeiffer, Tommy LeeJones, Dominic Chianese, VincentPastore Género: Ação/ ComédiaClasse Etária: M/16Duração (minutos): 111
Dia 28 (Sexta-Feira) 21h00Thor: O Mundo das Trevas IMAX
Realizador: Alan Taylor Atores: Chris Hemsworth, IdrisElba, Tom Hiddleston, NataliePortman, Kat Dennings, AnthonyHopkins, Zachary LeviGénero: Ação/ AventuraClasse Etária: M/12Duração (minutos): 112
Fevereiro| Em Agenda:Dias 1 e 15 |Desportos náuticos-canoagemLocal: Centro Náutico de VVRPúblico-alvo: a partir dos 8 anosAtividade gratuita | Organização: CMCD
Dia 2 | 15h | Futebol 11 –Liga CovifilVila Velha de Ródão C.D.R.C. X TeixosenseLocal: Estádio Municipal
Dia 8 | Prova Trail RunOrganização: HorizontesApoio: CMVVR
Dia 15 | 22h | Música ao vico com Tom G. HamiltonLocal/organização: C.D.R.C.
Dias 22 e 23 | Passeio TT Vila Velha de RódãoInscrições até 19 fevereiroOrganização: Grupo de Amigos dos Bombeiros de VVR
Dia 22 | 10h às 12 | Treinos Gira-Volei e Gira +Público-alvo: a partir dos 8 anos | Atividade gratuitaLocal: Pavilhão Gimnodesportivo VVROrganização: CMVVR
Dia 23 | 15h | Futebol 11 –Liga CovifilVila Velha de Ródão C.D.R.C. X SernacheLocal: Estádio Municipal
Informação GIP| IEFP- GIP - Formação Modular- Vila Velha de Ródão(Entrega de Certificado de Qualificações)Inscrições abertas
> Formação Modular - Língua Inglesa – RelaçõesLaborais – 2ª Fase (50 Horas) | Nível 4 (Intermédio) –Habilitações = ou > ao 9ºAno de EscolaridadeLocal: Vila Velha de Ródão | Horário: Pós - LaboralInscrições abertas
> Formação Modular - Higiene e Segurança noTrabalho (50 Horas) – Nível 2 | Local: Vila Velha deRódão | Horário: Pós – Laboral
JANEIRO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12
por Octávio Catarino
Motu Proprio
SABORES DE RÓDÃO (junto aocruzamentoda Celtejo)
AMANHECER
O Amanhecerà conquista das Beiras
Mercearia Sabores de RódãoEstrada Nacional, nº. 18Vila Velha de Ródãowww.amanhecer.ptTel.: 272511197
Manuel Rodrigues &Herdeiros, Lda.
Fábrica: Rua de Santana, 806030-230 - Vila Velha de RódãoTel.: +351 272 545 137Fax: +351 272 545 153
NOTÍCIAS DE SARNADAS
Passagem de ano em grande
Cantaram-se as Janeiras
Os madeiros foram juntos
Convívio feminino
No dia 22 de Dezembro de 2013,cerca de 3 dezenas de senhoras,desta freguesia, reuniram-se num
jantar convívio que teve lugar no “Café oAdro “. O jantar esteve animado e nadafaltou nesta noite de alegria e divertimento,desde os bons petiscos a uma diversãomusical que esteve a cargo do João“Velhote” que, com a suas musicas e o seuacordeão conseguiu por a dançar e a cantartodas as participantes do jantar.
Uma vez mais foi comprida atradição nesta freguesia, mas anoite não ajudou a que fosse
ateado o fogo aos madeiros que as gentesdesta localidade juntaram nos locaishabituais, para que depois da consoada aspessoas se deslocassem das suasresidências para conviverem junto ásfogueiras .
M ais uma vez a direção doRancho “As nossas gentes “levou a efeito a organização
da festa de passagem de ano nesta freguesiaque teve lugar no luxuoso salão da Junta .
A festa teve inicio por volta das 20:30com o jantar que constava na sua ementa:entradas com belos enchidos , pasteis devárias qualidades, sopa e o prato a condizercom a noite .
À meia noite deram-se as boas vindasao ano novo, recebido com fogo de artificioe no interior do salão a festa continuava,agora saboreando o bom leitão, frangoassado, doçaria variada, frios, bolo rei echampanhe.
Depois seguiu-se a animação musicalcom baile de musica de aparelhagem eKaraoke, com a festa a prolongar-se atéaltas horas da madrugada.
M ais uma vez um grupo depessoas organizou-se e foramcantar as janeiras a todas as
localidades desta freguesia, começando nodia 8 na sede de freguesia e terminando naAssociação Desportiva e Recreativa doRodeios .
Neste local, com a participação demuitas pessoas da localidade, além decantarem as janeiras improvisou-setambém um bailarico ao som da musica doacordeonista Leonel Gomes. Foi uma tardebem passada onde a animação não faltou.
Pereira da Costa
COADOÇÃONÃO É ADOÇÃO…
Às vezes tenho ganas de malhar no Governo e nosparlamentares que “trabalham” na Casa daDemocracia que muito respeito, aliás, mas como as
matérias são tantas para malhar em centeio verde, tal é ainsensibilidade dos governantes para a pobreza que aumentaa cada passo no nosso país, como de resto no mundodominado pela alta finança que é responsável pelasdesigualdades entre ricos e pobres! Aliás, o Papa um diadestes alertou para a guerra desencadeada pela alta finança afavor dos ricos, cada vez mais ricos, e desprezo pelos pobrescada vez mais…
Tenho maior apetência para temas leves e locais pois paraopinar, falar de números, criar expectativas, conjeturar, traçarcenários e promover políticos e partidos estão lá nas TV’sos bem falantes, bem vestidos e bem pagos comentadorescuja maioria é formada por economistas da escola liberal da“Católica”, e de outras privadas, logo apoiante da correnteneoliberal que invadiu os Gabinetes do Poder para mal dosnossos “pecados solidários”. O mal maior está no facto de omundo estar infestado de banqueiros e gente insensível àpobreza, logo economistas e financeiros que estudaram todospela mesma cartilha neoliberal sem preocupações sociais…
Não obstante, hoje não resisto a falar do Parlamento onde omaior partido que lá mora, o PSD - Partido (dito) social-democrata envergonhou os verdadeiros democratas, oseleitores, desrespeitando as crianças! É verdade, por causada disciplina de voto, que eu aceito em determinadas matériascomo orçamentos, moções de censura, de confiança ou leisestruturais, mas já não aprovo essa disciplina partidária emvotações que se prendam com a consciência de cada um. E aúltima votação para um Referendo sobre a coadoção já emLei a ser trabalhada na Assembleia da República (AR), depoisde aprovada, para a qual o PSD impôs a disciplina da voto,levou alguns deputados da bancada a apresentaremdeclarações de voto dizendo que votaram contra a suaconsciência…
Convém relembrar que o Referendo, que não se realizará,penso eu, teria duas perguntas, uma se concorda com acoadoção e outra com a adoção por casais do mesmo sexo,sendo a primeira relativa a filhos de um dos membros docasal e a segunda a adoção pura e simples. Quer dizer, osentido da lei que havia sido aprovada na AR, da coadoção,por deputados de todos os partidos, quando não houvedisciplina de voto…, não deve ser confundida com a segundapergunta aprovada para consulta ao Povo. Confundir oseleitores foi a intenção dos promotores do Referendo.
Concluo com a minha singela homenagem a uma Mulhercom M grande: Teresa Leal Coelho que era vice-presidentedo grupo parlamentar do PSD e, em função da suaconsciência, bateu com porta, não votou o Referendo edemitiu-se!
