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Anotações Marcuse- A ideologia da sociedade industrial Introdução- A paralisia da crítica: Sociedade sem oposição. P. 13- Nós nos submetemos à produção pacifica dos meios de destruição, a perfeição do desperdício, a ser educados por uma defesa que deforma os defensores e aquilo que estes defendem. A sociedade industrial desenvolvida se torna mais rica, maior e melhor ao perpetuar o perigo. Os meios de informação em massa fazem aceitar interesses particulares como sendo de todos os homens sensatos. Necessidades políticas sociais se tornam necessidades e aspirações individuais e o conjunto parece à personificação da razão. P.14- Mas essa sociedade é irracional. é Repressora, e opera de uma posição de força. As aptidões da sociedade contemporânea são maiores que antes, e assim também é a dominação da sociedade sobre o individuo. A sociedade conquista as forças sociais centrifugas mais pela tecnologia que pelo terror. Teoria critica da sociedade contemporânea: Padrões: Julgamentos com base em valores. Toda teoria critica da sociedade se defronta com o problema da objetividade histórica que surge nos dois pontos em que a analise implica julgamentos de valores: 1-O julgamento de que a vida humana vale a pena ser vivida. Alicerça todo o esforço intelectual. 2-O julgamento de que existem possibilidades, modos e meios especificas de melhorara a vida humana. P.15- A teoria critica tem que demonstrar empiricamente a validez objetiva desses julgamentos. Dentre as várias maneiras possíveis e reais de se utilizar os recursos disponíveis, quais oferecem a maior possibilidade de ótimo desenvolvimento? A teoria social se interessa pelas alternativas históricas que assombram a sociedade estabelecida como tendências e forças subversivas. P.16- A sociedade contemporânea parece capaz de conter a transformação social, que estabeleceria instituições diferentes, nova direção dos processos produtivos e da existência humana. Essa

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Anotações do livro de Marcuse feitas de seu livro para a disciplina de Teoria Política Contemporânea.

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Anotaes Marcuse- A ideologia da sociedade industrialIntroduo- A paralisia da crtica: Sociedade sem oposio.P. 13- Ns nos submetemos produo pacifica dos meios de destruio, a perfeio do desperdcio, a ser educados por uma defesa que deforma os defensores e aquilo que estes defendem. A sociedade industrial desenvolvida se torna mais rica, maior e melhor ao perpetuar o perigo. Os meios de informao em massa fazem aceitar interesses particulares como sendo de todos os homens sensatos. Necessidades polticas sociais se tornam necessidades e aspiraes individuais e o conjunto parece personificao da razo.P.14- Mas essa sociedade irracional. Repressora, e opera de uma posio de fora. As aptides da sociedade contempornea so maiores que antes, e assim tambm a dominao da sociedade sobre o individuo. A sociedade conquista as foras sociais centrifugas mais pela tecnologia que pelo terror.Teoria critica da sociedade contempornea: Padres: Julgamentos com base em valores. Toda teoria critica da sociedade se defronta com o problema da objetividade histrica que surge nos dois pontos em que a analise implica julgamentos de valores:1-O julgamento de que a vida humana vale a pena ser vivida. Alicera todo o esforo intelectual.2-O julgamento de que existem possibilidades, modos e meios especificas de melhorara a vida humana.P.15- A teoria critica tem que demonstrar empiricamente a validez objetiva desses julgamentos. Dentre as vrias maneiras possveis e reais de se utilizar os recursos disponveis, quais oferecem a maior possibilidade de timo desenvolvimento?A teoria social se interessa pelas alternativas histricas que assombram a sociedade estabelecida como tendncias e foras subversivas. P.16- A sociedade contempornea parece capaz de conter a transformao social, que estabeleceria instituies diferentes, nova direo dos processos produtivos e da existncia humana. Essa conteno da transformao talvez a mais singular realizao da sociedade industrial desenvolvida. A teoria critica em suas origens alcanou concreo numa mediao histrica na conscincia e na ao poltica das duas grandes classes: A burguesia e o proletariado. Contudo o desenvolvimento do capitalismo alterou a estrutura e a funo dessas classes de tal modo que elas no mais parecem ser agentes de transformao histrica e as une um interesse na preservao e melhoramento do status quo institucional. Na falta de agentes e veculos de transformao social a critica recua para um alto nvel de abstrao. Porm, essa falta refuta a teoria?Analise critica: Necessidade de transformao qualitativa a sociedade como um todo. P.17- O racionalismo desta sociedade, que impelem a eficincia e o crescimento , em si, irracional. O fato de a grande maioria da populao aceitar e ser levada a aceitar esta sociedade no a torna menos irracional e menos repreensvel. Esta sociedade consegue reprimir a necessidade do homem de modificar seu estilo de vida, e usa da conquista cientifica para conquistar o homem cientificamente. Com a crescente integrao da sociedade industrial, as categorias esto perdendo sua conotao crtica. Com o carter total das conquistas dessa sociedade, a teoria critica fica desprovida de funo lgica para transcender essa sociedade.P. 18- A sociedade Unidimensional oscila entre duas hipteses contraditrias: 1- A sociedade industrial desen. Seja capaz de sustar a transformao qualitativa durante o futuro previsvel. 2- existem foras e tendncias que podem romper esta conteno e fazer explodir a sociedade. A primeira tendncia dominante. A analise focada na sociedade industrial desenvolvida, na qual o aparato produtivo tende a tornar-se totalitrio no quanto determina no apenas as oscilaes, habilidades e atitudes e atitudes socialmente necessrias, mas tambm as necessidades e aspiraes individuais. A tecnologia serve para instituir formas novas, mais eficazes e mais agradveis de controle social e coeso social. P.19- A noo de neutralidade da tecnologia no mais pode ser sustentada. A sociedade tecnolgica um sistema de dominao. Como um universo tecnolgico, a sociedade industrial desenvolvida um universo poltico, a fase mais atual da realidade de um projeto histrico especifico. Natureza como o mero material de dominao.A racionalidade tecnolgica ter-se-a tornado racionalidade poltica.

Sociedade unidimensional- Captulo 1- As novas formas de controleP.23 Uma falta de liberdade prevalece na civilizao industrial desenvolvida. A ordem tecnolgica compreende uma coordenao poltica e intelectual. Os direitos e liberdade esto perdendo seu sentido lgico e contedo tradicionais. Nas condies de um padro de vida crescente.P.24- O no conformismo com o prprio sistema parece socialmente intil, principalmente quando acarreta desvantagens econmicas e poltica tangveis e ameaa o funcionamento suave do todo.Se o aparato produtivo pudesse ser organizado e orientado para a satisfao das necessidades vitais, seu controle bem poderia ser centralizado, possibilitando a autonomia individual.Meta Fim da racionalidade tecnolgica. Porm acontece o oposto.Por causa da forma em que se organizou a sua base tecnolgica, a sociedade industrial contempornea tende a tornar-se totalitria. P.25- Atualmente o poder poltico se firma atravs dos seus poderes sobre o processo mecnico e sobre a organizao tcnica do aparato.A produtividade mobiliza a sociedade em seu todo acima de qualquer interesse individual ou grupal. A mquina o mais eficiente instrumento poltico de qualquer sociedade cuja organizao bsica seja a do processo mecnico. P.26- As necessidades humanas so necessidades histricas, e ficam sujeitas a padres crticos predominantes. Podemos distinguir tanto necessidades verdicas como as falsas necessidades.Falsas- tem contedo e funes sociais determinados por foras externas sobre as quis o individuo no tem controle algum, e so produto de uma sociedade cujo interesse dominante exige represso.P.27- Verdicas- Tem direito indiscutvel a satisfao, o atendimento a elas requisito para a realizao de todas as outras. (alimento, roupa, etc.) O universo de necessidades e satisfaes estabelecido fato a ser questionado, discutido em termos de veracidade e falsidade. Em ultima analise, a questo sobre quais necessidades devem ser falsas ou verdadeiras s pode ser respondida pelos prprios indivduos. Mas no enquanto eles forem mantidos incapazes de ser autnomos, enquanto forem doutrinados e manipulados, a resposta no pode ser tomada como sua.P.28- Quanto mais racional tecnica produtiva se torna a administrao racional da sociedade, mais difcil conseguir a libertao. Sob o julgo do todo repressivo, a liberdade pode ser transformada em poderoso instrumento de dominao.P.29/30- A diferena decisiva dessa doutrinao est no aplanamento do contraste (ou conflito) entre as necessidades dadas e as possveis. A civilizao industrial desenvolvida possui carter racional em sua irracionalidade, o controle social est ancorado nas novas necessidades que ela criou.P.30- O prprio individuo reproduz e perpetua os controles externos reproduzidos pela sociedade. A realidade tecnolgica invade o Eu interior, a liberdade interior. P.31- Os indivduos se identificam com a existncia que lhes imposta e tem nela seu prprio desenvolvimento e satisfao.A ideologia est no prprio processo de produo.P. 32- O aparato produtivo e as mercadorias e servios que ele produz vedem ou impe o sistema social como um todo. Os produtos doutrinam e manipulam, promovem uma falsa conscincia. E ao ficarem a disposio de um maior numero de pessoas sua doutrinao vira estilo de vida. Surge um padro de pensamento e comportamento unidimensional.