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1 ANOTAÇÕES PARA O PARA O PROFESSOR PROFESSOR 4 º . ANO ANOTAÇÕES

anotações para o professor

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  • 1ANOTAESPARA OPARA O

    PROFESSORPROFESSOR

    4.ANO

    ANOTAES

  • Comeo de conversa ........................................................................ 5

    Proposta de trabalho ........................................................................ 6

    Leitura .................................................................................................... 6

    Textos, muitos textos ............................................................................ 8

    Produo de textos ............................................................................... 9

    Ortografia, por que ensinar? .............................................................. 11

    Anlise lingustica ............................................................................... 13

    Linguagem oral ................................................................................... 13

    Pesquisa escolar .................................................................................. 14

    Avaliao ............................................................................................. 15

    Sugestes de leitura ......................................................................... 16

    Organizao da obra ....................................................................... 17

    Sugesto de plano de curso ........................................................ 20

    Orientaes especficas ................................................................. 21

    Um momento, professor... hora de reflexo! ................. 38

    Bibliografia .......................................................................................... 46

    SUMRIO

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  • 5COMEO DE CONVERSAOs dois primeiros anos do Ensino Fundamental so dedicados, especialmente, ao processo de

    alfabetizar letrando, isto , a possibilitar ao aluno que tenha acesso a prticas letradas e a par-ticipao nessas prticas, ao mesmo tempo em que a estrutura e o funcionamento do sistema de escrita so explorados.

    J do 3. ao 5. ano, a nfase recair sobre o trabalho com as capacidades de leitura e produo de textos escritos e orais, bem como sobre aspectos da anlise lingustica necessrios s prticas de ler, escrever, ouvir e falar.

    O compromisso com a formao do aluno, visando sua participao em prticas letradas, assume, ento, nesta etapa do Ensino Fundamental, importncia ainda maior. Cabe escola pro-mover situaes diferentes daquelas que os alunos encontram cotidianamente, de modo a ampliar o seu universo cultural e aprimorar suas capacidades de uso da linguagem. Para isso, e por isso, fundamental que a escola oferea o contato com a diversidade: de temticas, de pontos de vista, de gneros de texto, de funes e usos da linguagem.

    Nesta coleo, buscamos apresentar uma seleo textual diversificada (em tema, gnero, auto-ria, esfera de circulao, finalidade) que propicie aos alunos o contato com os textos que efetiva-mente circulam em nossa sociedade. Esses textos, explorados por atividades de leitura e comple-mentados por atividades de produo de textos (escritos e orais) que consideram as condies de produo, contribuiro para que os alunos construam as capacidades necessrias participao em prticas letradas diversas.

    Porm, para que os textos selecionados e as atividades propostas atinjam seus objetivos, a mediao do professor fundamental. Sero os seus conhecimentos, a sua experincia e a sua sensibilidade que faro com que essas propostas saiam do papel e se tornem um instrumento de aprendizagem significativa para os alunos.

  • 6PROPOStA DE tRAbAlhOA leitura e a escrita constituem o eixo principal desta proposta. Por essa razo, no decorrer das

    unidades os alunos entraro em contato com diferentes gneros de textos, muitos dos quais pre-sentes no cotidiano da turma. Acreditamos que o contato com a diversidade textual pode oferecer parmetros para que possam, com o tempo, escolher as formas de dizer mais adequadas a cada situao, considerando no apenas o que dizer, mas tambm o como dizer.

    Nosso objetivo desenvolver no aluno as habilidades de ouvir, falar, ler e escrever com mais desenvoltura, nas diferentes situaes de comunicao em que a lngua materna o principal re-curso a ser utilizado.

    Apresentamos tambm oportunidades para que o aluno exercite a linguagem oral. Esperamos que ele possa se manifestar cada vez mais e com mais segurana, adequando sua comunicao aos padres exigidos em diferentes situaes, como quando emite sua opinio sobre um tema ou quando apresenta oralmente os resultados de uma pesquisa.

    LeituraO leitor tem um papel ativo durante a leitura: deve ser crtico, estabelecer relaes entre o que

    sabia antes e o que est lendo, saber avaliar suas hipteses e, se for o caso, reformul-las. Toda leitura tem um objetivo: ler para obter informaes; ler para seguir instrues; ler para algum; ler para revisar; ler por prazer, para se divertir. O trabalho com a leitura deve ainda favorecer a escri-ta, uma vez que os diferentes textos constituem modelos de como escrever, levando em conta o interlocutor ao qual cada um deles se destina. no trabalho com diferentes textos que os alunos desenvolvem e praticam as estratgias de leitura.

    A leitura de um texto tem incio antes mesmo de o leitor comear a l-lo de fato; ao entrar em contato com ele, na maioria das vezes o leitor segue algumas etapas, ainda que de modo incons-ciente: observa a apresentao grfica, as imagens, l o ttulo, as legendas, tenta identificar o gnero de texto que tem diante dos olhos.

    Algumas estratgias foram pensadas no sentido de desenvolver o contato dos alunos com o tema ou com o gnero de texto, oferecendo-lhes a oportunidade de fazer algumas predies ou externar seu conhecimento prvio sobre o assunto.

    [...] o leitor eficiente faz predies baseadas no seu conhecimento de mundo. Na aula de leitura possvel criar condies para o aluno fazer predies, orientado pelo professor, que, alm de permitir-lhe utilizar seu prprio conhecimento, supre eventuais problemas de leitura do aluno [...].

    Angela Kleiman. Oficina de leitura: teoria e prtica. Campinas:

    Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1993. p. 52.

    importante estimular, sempre que possvel, a capacidade de levantar hipteses sobre o conte-do da leitura que faro, a partir de pistas que vo desde a observao do suporte, isto , de onde o texto foi retirado, at a apresentao do assunto, para que os alunos contem o que j sabem sobre ele. Vale lembrar a importncia de se retomarem as hipteses levantadas no decorrer da leitura para que as predies possam ou no ser validadas.

    As questes propostas no Estudo do texto objetivam tambm instigar o leitor e despertar-lhe o interesse pela leitura.

  • 7Leitura silenciosa realizada pelo alunoProporcionar a leitura silenciosa garantir ao aluno a possibilidade de priorizar a compreenso

    do texto, uma vez que ele no ter de se preocupar com a pronncia, o ritmo e a entonao, que so condies prprias da leitura oral. tambm uma oportunidade de deix-lo lidar, de modo autnomo, com as emoes e com os conhecimentos que j tem e estabelecer um primeiro dilogo com o texto.

    A leitura silenciosa no deve ter um tempo predeterminado para ocorrer, uma vez que os alunos apresentam condies de leitura heterogneas, e importante respeitar o ritmo de cada um.

    Aps a leitura, o momento de resolver dvidas quanto ao vocabulrio ou compreenso tex-tual, promovendo a anlise das palavras no contexto, bem como dos recursos lingusticos emprega-dos, para os alunos chegarem compreenso efetiva do que o texto diz. fundamental explorar as relaes existentes entre texto e imagem, uma vez que perceber relaes de complementaridade (ou oposio) uma capacidade de leitura cada vez mais importante, dada a expressiva presena de textos multimodais nos diferentes suportes, especialmente os digitais.

    [...] Ler apreciar, inferir, antecipar, concluir, concordar, discordar, perceber as diferentes possibilidades de uma mesma leitura, estabelecer relaes entre diferentes experincias in-clusive de leitura. [...]

    Andra Kluge Pereira. Biblioteca na escola. Braslia: MEC/SEB, 2006. p. 7.

    [...] Associar texto e imagem sempre rende bons frutos. [...] Unir diferentes formas de expresso muito importante para que os alunos tenham a oportunidade de transitar entre universos estticos diferentes, mas complementares. Alm disso, a educao do olhar tambm importante para o despertar da anlise crtica. No se pode esquecer que toda leitura, inclusive de imagem, diretamente influenciada pela experincia de vida do leitor.

    Os leitores que ainda no tm um bom domnio da leitura podem tirar bastante pro-veito da observao cuidadosa das imagens. Para isso, o professor deve explorar a leitura no verbal, para que os educandos possam perceber o no dito, mas que est subenten-dido ou explcito na imagem; deve lev-los a interpretar a relao que se estabelece entre imagens e o texto escrito, de forma a favorecer a construo de sentidos por parte dos alunos. [...]

    Andra Kluge Pereira. Biblioteca na escola. Braslia: MEC/SEB, 2006. p. 43.

    Leitura oral feita pelo professor muito importante que o professor mantenha o hbito de realizar leitura oral oferecendo aos

    alunos um modelo de expressividade prpria que todo texto exige. No entanto preciso no con-fundir expressividade com exagero de expresso: a busca da clareza e da pronncia correta no poder levar o professor a criar um dialeto escolar particular, demonstrado por um jeito especial de ler nunca encontrado fora da sala de aula.

    Como leitor, o professor tambm deve demonstrar sua compreenso e interpretao do texto lido deixando claro que um mesmo texto principalmente os literrios pode ter vrias leituras e que trocar ideias e comparar pontos de vista contribuem para a melhor compreenso do que se l.

    importante auxiliar os alunos no sentido de buscar os significados das palavras dentro do contexto, principalmente quando algum tipo de dificuldade (no familiaridade com o assunto, por exemplo) impede-lhes a construo do sentido.

  • 8 [...] A leitura em voz alta feita pelo professor no uma prtica muito comum na escola. E, quanto mais avanam as sries, mais incomum se torna, o que no deveria acontecer, pois, muitas vezes, so os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores. [...]

    Uma prtica intensa de leitura na escola , sobretudo, necessria, porque ler ensina a ler e a escrever. [...]

    Brasil. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais:

    Lngua Portuguesa. Braslia: MEC/SEF, 1997. p. 64-5.

    Leitura oral feita pelos alunosA leitura oral no apenas uma redecodificao, uma vez que h um terceiro sujeito, distante

    do autor e do leitor: o ouvinte, tambm leitor.

    O procedimento de leitura oral de suma importncia para que o aluno possa, de acordo com sua compreenso, imprimir ao texto entonao e ritmo, efetivando assim a leitura significativa.

    Trabalhar a leitura oral ajuda a desenvolver uma boa pronncia, a boa articulao das palavras, a entonao adequada e a observao das pausas.

    Para ampliar as possibilidades de desenvolvimento da fluncia de leitura, sugerimos algumas estratgias:

    motivar o aluno a ler em voz alta os textos que produz;propiciar ao aluno um tempo para a preparao do texto que ser lido oralmente;ler textos produzidos pelos colegas;gravar, se possvel, a leitura oral para depois ouvi-la e avaliar as possibilidades de melhor-la;promover jograis para que o aluno possa observar seu prprio desempenho.

    Textos, muitos textosOs textos variam de acordo com o papel social assumido pelo autor, com a representao que

    o autor faz de seu destinatrio, com o prprio destinatrio, com o suporte e com a finalidade com que foram escritos (informar, convencer, anunciar, divertir...). Esses elementos essas condies de produo determinam a organizao, a estrutura e o estilo que eles tero.

    Para que o aluno entre em contato com a diversidade de textos que circulam na esfera social, foram selecionados, para leitura, textos de diferentes gneros, muitos dos quais conhecidos, como o caso de algumas propagandas, por exemplo, alm de textos de divulgao cientfica, jornalsticos ou literrios, de autores nacionais ou estrangeiros e que tm representatividade no contexto editorial. Partimos da premissa de que o aluno deve ter oportunidade de reconhecer e trabalhar, no livro didtico, os diferentes gneros textuais presentes no mundo letrado.

    [...] Cabe, portanto, escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circu-lam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpret-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar. [...]

    Brasil. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais:

    Lngua Portuguesa. Braslia: MEC/SEF, 1997. p. 30.

    Vale ressaltar que, ao ser transportado de seu suporte original (livro, jornal, revista, entre outros) para o livro didtico, o texto inevitavelmente sofre transformaes. Ao ler, por exemplo, um jornal, uma revista ou um anncio publicitrio, o leitor entra em contato direto com um objeto grfico-

  • 9-cultural diferente da mediao feita pelo livro didtico. Apesar dessas diferenas substanciais, ao reproduzir tais textos procuramos, tanto quanto possvel, preservar a essncia da apresentao grfica original.

    Ao apresentar aos alunos abordagens diferentes sobre um mesmo tema esperamos evidenciar que, em se tratando de formas de expresso, a palavra no absoluta. As ideias podem ser ex-pressas de diferentes formas, com diferentes linguagens e, para isso, necessrio recorrer a textos variados.

    Produo de textosFormar escritores competentes implica estabelecer uma relao efetiva entre leitura e escrita,

    uma vez que ambas possibilitam o contato com as caractersticas peculiares da linguagem que cada gnero textual requer.

    preciso criar situaes em que a escrita tenha um objetivo (para que escrever) e um destinat-rio definido (para quem escrever) e auxiliar o aluno no sentido de adequar a linguagem e a forma a serem utilizadas (como escrever).

    [...] a eficcia da escrita se caracteriza pela aproximao mxima entre a inteno de dizer, o que efetivamente se escreve e a interpretao de quem l. [...]

    Brasil. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais:

    Lngua Portuguesa. Braslia: MEC/SEF, 1997. p. 66.

    A diversidade de textos a ser produzida exige uma prtica contnua do aluno e um olhar atento do professor para que, de fato, o aluno possa desenvolver o seu prprio processo de autoria, pla-nejando, redigindo e revisando seus escritos.

    Na produo, importante lembrar aos alunos que toda escrita tem uma finalidade, destina-se a um leitor. Eles devem saber que todo escritor escreve e reescreve seus textos muitas vezes at que sejam considerados adequados s suas finalidades e possam ser publicados. Portanto devem apren-der, desde as primeiras produes, que os erros, as inadequaes fazem parte do processo, e que submeter os textos leitura de outras pessoas uma maneira de saber se conseguimos comunicar o que queramos, se alcanamos o efeito desejado. Porm, tambm fundamental desenvolver a capacidade de olhar para os prprios textos e poder avali-los, e essa capacidade precisa ser tra-balhada, construda, ensinada.

    No que se refere reviso, a maioria dos alunos no aceita com facilidade que seu texto pre-cise de mais de uma verso. No entanto importante trabalhar a retomada do texto, o que no s contribui para aprimor-lo como tambm ajuda o aluno a tomar conscincia de que toda escrita provisria.

    Um papel essencial do professor , com base na escrita dos alunos, planejar as intervenes necessrias para que eles possam refletir sobre suas prprias produes.

    Sabemos que para os alunos iniciantes na escrita muito difcil lidar ao mesmo tempo com os vrios aspectos envolvidos nesse processo. Assim, as atividades de reviso devem ser dosadas, selecionando-se os aspectos que devem ser observados.

    Nesta coleo, nas produes mais complexas, propomos a escrita do texto em uma uni-dade e oferecemos aos alunos um intervalo de tempo, antes do momento da reviso. Assim, eles tero a oportunidade de se distanciarem de suas produes e de revis-las em momentos

  • 10

    guiados pelo professor, planejados especificamente para promover a reflexo necessria compreenso das inadequaes; s ento faro as reformulaes consideradas essenciais. As-sim, optamos por propor a produo em uma unidade em que trabalhamos com um tema ou gnero especfico e deixar a discusso e o aperfeioamento dessa produo para a unidade seguinte. No entanto o professor quem melhor conhece seu grupo de alunos. Dessa forma, as atividades de produo, reviso e aperfeioamento dos textos podem ser planejadas e distri-budas ao longo do tempo, de modo a atender s situaes reais, observadas as especificidades presentes nos grupos.

    fundamental combinar com os alunos que os textos produzidos sero lidos e discutidos pelo professor com a classe e que nenhum texto deve ser publicado com inadequaes.

    Essa discusso pode ser iniciada com os aspectos discursivos do texto. Por exemplo, com qual inteno o texto foi escrito: para informar, divertir, expor um conhecimento, ensinar a realizar uma ao (um jogo ou uma receita culinria) etc. Em seguida, podero observar: para quem foi escrito e onde ser publicado (jornal da classe, da escola, em uma coletnea).

    Depois se verifica se a seleo das palavras, a pontuao, as marcas de oralidade, os tempos verbais esto adequados ao gnero proposto. H repeties que podem ser eliminadas? Faltam informaes? H termos que devem ser substitudos? De que maneira?

    Em datas combinadas com a turma, alguns textos podem ser selecionados pelo professor para correo de aspectos especficos: ortografia, uso de pronomes, concordncia, conjugao verbal, marcas de oralidade, pontuao etc.

    Com base na anlise das produes, o professor poder elaborar um roteiro de perguntas com o objetivo de conduzir a reflexo da classe para a percepo do erro ou inadequao que quer destacar para a discusso no grupo. As questes propostas turma dependero dos aspectos a se-rem corrigidos ou aprimorados. Tais aspectos esto relacionados ao gnero de texto solicitado. Por exemplo, um convite precisa apresentar de modo claro: quem convida, a quem se dirige, de qual evento se trata, onde e quando ser realizado.

    preciso que o professor acolha as hipteses do grupo e tambm discuta se as sugestes melhoram de fato o texto (e no o descaracterizam), e proponha sua refao com as ade-quaes.

    Todo esse processo necessrio para que os alunos desenvolvam gradativamente uma atitude reflexiva diante dos textos, sendo capazes de avaliar sua adequao com autonomia e reelabor-los quando necessrio.

    [...] Tornar-se um usurio da escrita eficiente e independente implica saber planejar, es-crever, revisar (reler cuidadosamente), avaliar (julgar se est bom ou no) e reelaborar (alte-rar, reescrever) os prprios textos. Isso envolve bem mais que conhecimentos e procedimentos, mais do que saber fazer, porque requer a atitude reflexiva de voltar-se para os prprios conhe-cimentos e habilidades para avali-los e reformul-los. [...]

    Brasil. Secretaria de Educao Bsica. Pr-Letramento Alfabetizao e linguagem. Braslia: MEC/SEB, 2007.

    principalmente durante a produo de textos que os contedos trabalhados no estudo da ln-gua devem estar presentes. A produo e, principalmente, a reviso so momentos favorveis para que o aluno utilize os conhecimentos adquiridos para construir textos cada vez mais coesos, com maior adequao e expressividade.

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    ProjetosTrabalhar com projetos significa propor um conjunto de situaes contextualizadas de ensino-

    -aprendizagem que sero elaboradas num processo coletivo, envolvendo alunos e professor. So atividades criadas e planejadas com um propsito determinado e que tm uma durao prefixada; uma vez atingidos os objetivos, o projeto termina.

    Os projetos tm a inteno de colocar os alunos em contato com prticas da lngua oral e escrita amparadas por propsitos sociais definidos e com interlocutores reais, previamente determinados.

    Ler, escrever, falar e escutar ganham dimenso prtica, com objetivos imediatos, tendo em vista o produto final.

    O trabalho com projetos possibilita a unio de diferentes reas em situaes de produo em que os contextos extrapolam o cotidiano escolar. o caso, por exemplo, do projeto sobre plantas txicas desenvolvido no 4. ano, no qual os alunos, a partir de pesquisas, produzem cartazes aler-tando a comunidade sobre os perigos da intoxicao por plantas; ou o projeto do 5. ano em que montam um livro de memrias baseado em entrevistas que realizam com pessoas mais velhas da famlia ou da comunidade.

    A finalidade de cada projeto ser compartilhada entre os alunos, e o professor planejar situa-es de ensino-aprendizagem para apoi-los no enfrentamento dos desafios que cada tarefa impe.

    Transpor essas dificuldades significar o sucesso do empreendimento e tambm a construo de novos conhecimentos. As atividades nas quais os alunos estaro envolvidos colocaro em jogo contedos funcionais e significativos e propiciaro momentos de autonomia e de dependncia do grupo, de liberdade e de sociabilidade.

    Ao criar na sala de aula situaes organizadas em forma de projeto, pretendemos tambm favo-recer o trabalho em grupo e a contribuio de todos para atingir um objetivo comum. Queremos fazer com que os alunos pensem em temas importantes, construam suas prprias estratgias de estudo e pesquisa, reflitam e indaguem sobre a vida dentro e fora da escola. Alm disso, acredi-tamos que, assim, podero ser mobilizadas competncias essenciais, como aprender a planejar, administrar o tempo, lidar com imprevistos e com incertezas, dialogar, debater, argumentar, apren-der a ouvir os outros, comparar diferentes pontos de vista, construir individual e coletivamente o conhecimento e expor o prprio saber.

    Ortografia, por que ensinar?A ortografia conjunto de normas que estabelecem a grafia correta das palavras deve ser

    assimilada por todos os usurios da lngua para que possam se comunicar por escrito de acordo com as normas urbanas de prestgio.

    [...] Ainda que tenha um forte apelo memria, a aprendizagem da ortografia no um processo passivo: trata-se de uma construo individual, para a qual a interveno pedag-gica tem muito a contribuir. [...]

    Brasil. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares

    Nacionais: Lngua Portuguesa. Braslia: MEC/SEF, 1997. p. 84.

    Segundo Artur Gomes de Morais as palavras apresentam, quanto grafia, regularidades e irregularidades. Assim, as atividades foram organizadas considerando-se esses dois aspectos da ortografia.

  • 12

    So regulares as palavras que obedecem a regras ou normas, o que permite ao aluno escrev--las corretamente sem nunca t-las visto antes. So irregulares as palavras cuja grafia correta no depende de regras, mas de conhecimento prvio ou da memorizao visual.

    Ciente disso, o professor poder organizar as tarefas de aprendizagem ortogrfica de dois mo-dos: determinando o que o aluno pode assimilar por regras e/ou o que deve memorizar.

    Na Lngua Portuguesa, podem ser encontradas trs tipos de regularidades: a direta, a contex-tual e a morfolgico-gramatical.

    A regularidade direta trata dos casos em que h uma relao direta entre a letra e o som que ela representa, correspondendo grafia das letras p, b, t, d, f, v. De modo geral, os alunos no encon-tram muitas dificuldades no uso dessas letras porque a cada letra corresponde um som e vice-versa.

    A regularidade contextual ocorre em palavras nas quais h, no sistema alfabtico, a possibili-dade de mais de uma letra para um mesmo som. A regra contextual permite ao usurio do sistema prever, de acordo com o contexto, qual letra dever empregar. Por exemplo, para grafar o som do z o sistema possibilita o uso das letras z, s e x. No entanto, no contexto incio de palavra, sempre se usar a letra z. A norma restringe, pois, o uso das demais letras. Vejamos alguns exemplos:

    r ou rr, como em rua e morro;m antes de p e b, como em campeo e samba;g ou gu, como em gorila e guitarra;c ou qu (/k/), como em caneca e quiabo;o ou u, como em bambo e bambu;e ou i, como em varre e varri.

    Na regularidade morfolgico-gramatical preciso considerar aspectos morfolgicos e grama-ticais das palavras para decidir sobre sua grafia correta. Por exemplo, nos seguintes sufixos:

    -eza, escrito sempre com z quando se trata de substantivos derivados de adjetivos: moleza, riqueza;

    -oso, escrito sempre com s em adjetivos: delicioso, corajoso;-ncia, -ana e -ncia, escritos sempre com c ou : experincia, criana, importncia;-asse, -esse, -isse, escrito sempre com ss no modo imperfeito do subjuntivo de todos os ver-

    bos (sem exceo): falasse, escrevesse, pedisse.

    Esses, entre outros tipos de regularidades morfolgico-gramaticais, se analisados junto com os alunos, certamente os levaro a inferir qual o princpio gerador em que a regularidade se baseia.

    A irregularidade na ortografia exige do aluno a percepo de que nem sempre h regras para se grafar as palavras corretamente. importante propor situaes, alm das que pro-pomos nesta coleo, que favoream esse conhecimento. importante tambm que o aluno passe a consultar o dicionrio para resolver eventuais dvidas e memorizar a grafia correta das palavras. Um expediente de que o professor pode lanar mo (e que costuma ser eficiente) o banco de palavras. medida que as palavras, irregulares do ponto de vista ortogrfico, surgem nos textos de leitura e nos textos produzidos pelos alunos, pode-se ir construindo uma lista que deve ficar exposta na sala de aula para consulta quando houver dvida. Esse banco de palavras no apenas auxilia o aluno a escrever corretamente mas tambm contribui para que ele compreenda que existem palavras que exigem memorizao.

    Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, os constantes erros de grafia devem ser compreen-didos e analisados pelo professor, pois revelam os diferentes nveis de conhecimento em que se

  • 13

    encontram os alunos. Tais erros devem ser encarados como indicadores para o professor planejar intervenes que possam favorecer avanos.

    [...] Incorporar a norma ortogrfica consequentemente um longo processo para quem se apropriou da escrita alfabtica. No podemos nos assustar e, em nome da correo ortogrfi-ca, censurar ou diminuir a produo textual no dia a dia. Enfatizo que o ensino sistemtico de ortografia no pode se transformar em freio s oportunidades de a criana apropriar-se da linguagem escrita pela leitura e composio de textos reais. Se o trabalho de reescrita e pro-duo de textos fundamental para nossos alunos avanarem em seus conhecimentos sobre a lngua escrita, no se pode, por outro lado, esperar que eles aprendam ortografia apenas com o tempo ou sozinhos. preciso garantir que, enquanto avanam em sua capacidade de produzir textos, vivam simultaneamente oportunidades de registr-los cada vez mais de forma correta. [...]

    Artur Gomes de Morais. Ortografia: ensinar e aprender. So Paulo: tica, 1982.

    Anlise lingusticaEmbora seja um usurio competente da sua variedade lingustica, o aluno deve ter oportuni-

    dade de desenvolver e aperfeioar seus conhecimentos, adquirindo competncias discursivas e apropriando-se de recursos expressivos que o tornem um usurio capaz de adequar sua linguagem s diferentes situaes de uso da lngua.

    Esta coleo objetiva levar o aluno ao entendimento maior sobre as modalidades oral e escrita da lngua. Tanto na produo como na anlise de textos, esperado que os alunos aprimorem o domnio das estruturas sintticas da Lngua Portuguesa.

    Nossa proposta levar o aluno a, inicialmente, deduzir as funes de determinadas palavras no contexto frasal, passando, posteriormente, a conhecer, identificar e conceituar a classe gramatical a que tais palavras pertencem.

    Linguagem oralUm dos principais objetivos do Ensino Fundamental desenvolver no aluno a capacidade de

    se expressar oralmente em diferentes situaes. No se trata de ensinar a falar corretamente, mas sim de ensinar a expressar-se adequando a linguagem s diferentes situaes de uso.

    Vale lembrar que, para expressar-se oralmente, necessrio ter autoconfiana, e isso se con-quista com uma boa acolhida, pelo interlocutor, daquilo que se pensa ou diz. Da a importncia de se garantir, antes de tudo, um espao favorvel, no qual as falas sejam respeitadas, assim como as diferenas e as diversidades. Isso no significa aceitar tudo sem interferir. preciso dar instrumen-tos para que o aluno possa enfrentar situaes que exijam uma linguagem mais formal.

    [...] o desenvolvimento da capacidade de expresso oral do aluno depende consideravel-mente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferena e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhe os usos da lngua adequados a diferentes situaes comunicativas. [...]

    Brasil. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: Lngua

    Portuguesa. Braslia: MEC/SEF, 1997. p. 49.

  • 14

    Pesquisa escolarA pesquisa escolar tambm precisa ser ensinada. uma competncia que no se adquire de um

    dia para o outro, mas que se desenvolve com a prtica e com a orientao do professor. preciso que os alunos compreendam que algumas das funes da escrita so documentar, registrar, relatar, preservar e difundir conhecimentos construdos ao longo do tempo.

    Um leitor autnomo e competente deve saber onde possvel encontrar uma informao, identificar a melhor estratgia para procur-la e localiz-la. As atividades de pesquisa propostas na escola tm o objetivo de mostrar ao aluno alguns documentos, suportes textuais reais, em que os conhecimentos construdos pela humanidade esto registrados e ensinar as formas de acess-los, identific-los, discuti-los, utiliz-los.

    O ponto de partida para uma investigao (de um assunto, tema, pessoa etc.) o objetivo que se tem. preciso ter uma pergunta a respeito, uma curiosidade, um querer saber mais. Essa curiosidade pode ser instigada pelo professor, que dever planejar como a investigao ser feita: quais materiais ou pessoas indicar para consulta, como ajudar os alunos a selecionar as informaes relevantes, anotar as informaes encontradas, relacionar diferentes informaes encontradas em diferentes fontes e suportes de texto pesquisados, apresentar as informaes encontradas etc.

    necessrio que os alunos sejam informados sobre os conhecimentos que podem ser encon-trados em colees, livros informativos, folhetos, cartazes, por exemplo. Sempre que possvel, importante que o professor leve livros, jornais, revistas, dicionrios para a sala de aula ou convide os alunos a consult-los na biblioteca ou na sala de leitura.

    Algumas informaes e conhecimentos tambm podem ser descobertos em dicionrios, impres- sos ou textos digitais, e preciso que os alunos aprendam a us-los com autonomia. Cabe ao pro-fessor orientar a busca, trabalhar com a ordem alfabtica, com o sentido das palavras no contexto, com as abreviaturas que so usadas. necessrio tambm que os alunos saibam as informaes que podem ser encontradas em enciclopdias e como us-las, tanto as impressas como as digitais.

    Os jornais e as revistas tambm precisam ser trabalhados com os alunos como fonte de infor-mao e conhecimento.

    As atividades de pesquisa precisam ser planejadas:

    Consulte alguns materiais/algumas fontes disponveis para o tema a ser investigado.

    Escolha fontes confiveis e adequadas faixa etria para indicar aos alunos.

    Instigue a curiosidade do grupo sobre o tema (assunto, pessoa, personagem) a ser pesquisado.

    Converse com os alunos sobre o que j sabem do tema/pessoa/personagem a ser investigado.

    Fale sobre a rea de conhecimento em que se situa o tema (Cincias, Histria, Geografia, Arte, Filosofia etc.), a poca em que a pesquisa/descoberta foi feita, em que o texto foi escrito, autoria, por exemplo.

    Organize a turma para a pesquisa: em duplas, em grupos, em roda, conforme os objetivos e os materiais disponveis.

    Mostre a organizao do material a ser pesquisado. Por exemplo: capa e sumrio/ndice de livro, coleo, enciclopdia, revista. Neste dicionrio explore a ordem alfabtica, as abrevia-turas usadas etc.

    Elabore um roteiro para a pesquisa, a fim de evitar que os alunos se dispersem. Por exemplo: o que ser pesquisado, o que querem saber sobre determinado tema etc.

    Ajude os alunos a organizar os registros das informaes encontradas. Estes podem ser feitos no caderno.

  • 15

    Acompanhe as pesquisas, fazendo as intervenes necessrias, sanando dvidas, indicando caminhos para resolv-las.

    Organize com os alunos formas de divulgar as informaes encontradas: em uma seo do jor-nal da escola, no mural da classe, em exposies orais, como seminrios, por exemplo.

    por meio das vivncias de pesquisa guiadas pelo professor que os alunos aprendero a reali-zar suas prprias investigaes com autonomia.

    Nesta coleo, as pesquisas orientadas ocorrem como uma das etapas dos projetos; no entanto importante que o professor, avaliando as necessidades e interesses da turma, proponha outras pesquisas, considerando, especialmente, que a seleo e o tratamento das informaes, o registro escrito das informaes levantadas e sua apresentao oral ou escrita implicam habilidades lingus-ticas importantes, podendo, assim, ser trabalhadas nas aulas de Lngua Portuguesa.

    AvaliaoAvaliar o rendimento escolar implica levar em considerao dois aspectos: a avaliao da apren-

    dizagem de acordo com os objetivos estabelecidos em um plano de curso e o processo pelo qual o aluno passou.

    A avaliao um processo complexo, uma vez que deve considerar no s os avanos conse-guidos pelo aluno mas tambm a forma pela qual se deu o aprendizado. Alm disso, preciso ter clareza em relao aos procedimentos metodolgicos envolvidos. A avaliao precisa ser criativa, dinmica e, acima de tudo, coerente, envolvendo alunos e professores.

    O aluno trabalha e elabora as informaes recebidas e/ou construdas de forma progressiva e crescente; por isso necessrio considerar o processo e no apenas o resultado.

    Por meio das respostas do aluno, possvel saber o que ele assimilou e o que ainda falta assi-milar. Alm disso, possvel redimensionar os objetivos, os programas e a metodologia propostos no planejamento inicial, quando necessrio.

    A avaliao no deve ser um instrumento de penalizao do aluno. Deve, sim, ser um instru-mento que auxilie o educador na reviso e no aperfeioamento do processo ensino-aprendizagem e o aluno, na conscientizao do seu prprio processo.

    preciso, antes de tudo, avaliar e valorizar os avanos e as conquistas realizados. Dessa forma, ser possvel desenvolver nos alunos a autocrtica, o estmulo e a busca de solues para as difi-culdades encontradas.

  • 16

    SUGEStES DE lEItURAAlm dos muros da escola. Josette Jolibert; Jeannette Jacob e colabo-

    radores. Porto Alegre: Artmed, 2006.

    A prtica de linguagem em sala de aula praticando os PCN. Roxa-ne Rojo. Campinas: Mercado de Letras, 2006.

    A prtica educativa: como ensinar. Antoni Zabala. Porto Alegre: Artmed, 1998.

    Aprender a escrever: a apropriao do sistema ortogrfico. Jaime Luiz Zorzi. Porto Alegre: Artmed, 1997.

    Escola, leitura e produo de textos. A. M. Kaufman; M. E. Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1995.

    Estratgias de leitura. Isabel Sol. Porto Alegre: Artmed, 1998.

    Formando crianas leitoras. Josette Jolibert e colaboradores. Porto Alegre: Artmed, 1992.

    Formando crianas produtoras de textos. Josette Jolibert e colabora-dores. Porto Alegre: Artmed, 1994.

    Lutar com palavras: coeso e coerncia. Irand C. Antunes. So Pau-lo: Parbola, 2005.

    Muito alm da gramtica: por um ensino de lnguas sem pedras no caminho. Irand C. Antunes. So Paulo: Parbola, 2007.

    Nada na lngua por acaso: por uma pedagogia da variao lingus-tica. Marcos Bagno. So Paulo: Parbola, 2007.

    Ortografia: ensinar e aprender. Artur Gomes de Morais. So Paulo: tica, 1998.

    Propostas didticas para aprender a escrever. Anna Camps e colabo-radores. Porto Alegre: Artmed, 2006.

  • APLICARPG. 33

    AGUARDAR EMENDAS

    APLICARPG. 129

    AGUARDAR EMENDAS

    APLICARPG. 129

    AGUARDAR EMENDAS

    PREPARAOPARA A LEITURA

    129

    1 Observe algumas plantas carnvoras.

    Responda oralmente.O que voc sabe sobre esse tipo de planta? Resposta pessoal.2 Voc vai ler um artigo com informaes sobre plantas carnvoras. Escreva duas

    perguntas s quais voc gostaria que este texto respondesse.O fato de o aluno formular perguntas que ele julga suficientemente importantes para serem respondidas pelo texto d novo sentido atividade

    de leitura.

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    dioneia

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    UNIDADE 7

    Professor, os textos informativos so geralmente lidos com o propsito de

    se buscarem informaes e possibilitar a aprendizagem de um contedo especfico. Assim, antes de ler esse tipo de texto, importante que os alunos tenham objetivos definidos em relao ao que desejam saber. Nesse caso, buscar respostas s questes formuladas por eles.

    Resposta pessoal.

    Leia comentrios e sugestes nas Anotaes para o professor (Orientaes especficas).

    APLICARPG. 33

    AGUARDAR EMENDAS

    33

    Leia a entrevista de Tamara, Laura e Marina.

    iG Jovem: Qual a melhor parte de viajar para a Antrtica?A melhor parte sabermos que j cruzamos a Passagem de Drake, que a parte mais dif-cil... E a partir disso pudemos conhecer lugares onde poucas pessoas estiveram. iG Jovem: D vontade de voltar sempre?Sim, mas sabemos que no possvel. uma viagem longa, para um lugar distante e que exige muitos cuidados. Para ir para l te-mos que estar bem preparados.

    iG Jovem: O que vocs fazem por l?Observamos a natureza e nos divertimos de vrias formas, no gelo, alm das tarefas do dia a dia a bordo.[...]iG Jovem: A leitura da redao sobre as frias de vocs deve ser a mais aguardada da aula!

    Ser? No sei se nossos colegas aguardam para ouvirem sobre nossas frias. Mas talvez a gente conte histrias engraadas. Percebemos

    Irms Klink durante viagens Antrtica: diverso e companheirismo.

    FRIAS NA ANTRTICAAs gmeas Laura e Tamara, 13, e a caula Marina, 10, fizeram cinco viagens ao continente gelado. Elas escreveram sobre suas aventuras e se

    preparam para o lanamento do livro Frias na Antrtica. Juntas, essas meninas deram uma entrevista por e-mail ao iG Jovem.

    NATHLIA LLOVATTE, iG, SO PAULO

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    TEXTO

    Professor, antes de os alunos iniciarem a leitura, pea a eles que observem a disposio do texto nas pginas e leiam o ttulo. importante que percebam que as perguntas foram diferenciadas das respostas, pelo destaque dado s letras (itlico).

    Professor, chame a ateno dos alunos para as caractersticas desse gnero de texto: linguagem clara e objetiva, tanto na formulao das

    perguntas quanto nas respostas; compromisso com a realidade, uma vez que os fatos relatados no so fictcios, mas reais; diferenciao

    da fala do entrevistado da fala do entrevistador. Em alguns casos, existe variao no tamanho ou na cor das letras; em outros, citado o nome

    da revista ou jornal, para indicar as perguntas.

    Professor, aps a leitura silenciosa dos alunos, estimule-os a comentar se as hipteses levantadas se confirmaram. S ento faa a leitura oral

    da entrevista. Leia sugestes nas Anotaes para o professor (Orientaes especficas).

    35

    1 Numere os quadrinhos, de modo a formar frases com informaes verdadeiras.1 Quando lemos uma entrevista...2 Determinadas pessoas so entrevistadas... 3 Para se tornar assunto de uma entrevista publicada em um site da internet, a vida

    dessas meninas tem de diferente...2 porque tm algo para contar que seja de interesse de outras pessoas.1 conhecemos melhor a pessoa entrevistada ou determinado fato ou assunto

    que ela domina.3 o fato de que elas viajaram cinco vezes para a Antrtica e escreveram um

    livro sobre essas viagens.

    2 Responda.a. O que voc achou mais interessante na entrevista? Por qu?Resposta pessoal.

    b. Quem entrevistou as meninas em nome da iG Jovem?A entrevistadora Nathlia Llovatte.

    3 Marque a afirmao adequada. Em uma entrevista, os fatos relatados pelo entrevistado so inventados.

    X Em uma entrevista, os fatos relatados pelo entrevistado so reais.

    Mar

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    ages

    ESTUDO DO TEXTO

    49

    Uma turma de 4o. ano realizou uma entrevista com os avs para saber como era a

    vida deles quando crianas. Leia um trecho da entrevista de uma das alunas.

    Entrevistadora: Luiza Braga Entrevistada: Alda BragaAlda Braga mineira da cidade de Arax.

    Foi matriculada, quando tinha seis anos, na Escola So Domingos e s saiu de l formada professora primria. me de cinco filhos e av de dez netos.Ela foi entrevistada por Luiza, sua stima

    neta, para contar como era a sua escola e as brin-cadeiras da poca.Luiza: Como era a sua escola?Av: Na minha escola s estudavam meninas. Era proibido encontrar os alunos do

    Colgio D. Bosco, s de meninos. As carteiras da sala de aula eram bancos compridos

    para duas alunas. Os tampos levantavam para guardar a pasta. Eram levemente incli-

    nados com uma reentrncia na madeira para colocar o lpis.Luiza: Como era o uniforme?Av: Ns usvamos uma saia pregueada azul com suspensrio, blusa branca e sapato

    preto. Era bem diferente dos de hoje. Luiza: A senhora gostava de frequentar a escola?Av: Gostava porque queria muito aprender. Luiza: Do que vocs brincavam na escola?Av: A gente brincava de cabra-cega, cinco-marias e Loureno apanha o leno. Era

    assim: as meninas faziam uma roda e havia uma que corria atrs da outra e depois

    deixava cair o leno. Se ela no o via e no o apanhava, ia para o meio da roda e era

    chamada de paspalhona.Luiza: Quais eram as lies de casa?Av: Normalmente eram cpias, tabuada e redao.Entrevista realizada pela aluna Luiza Braga, 9 anos, e cedida pela entrevistada, Alda Braga, especialmente para este livro.

    Arquivo de famlia

    neta, para contar como era a sua escola e as brin-

    Na minha escola s estudavam meninas. Era proibido encontrar os alunos do

    Arquivo de famlia

    TEXTOOUTRO TEXTOTEXTO

    Nos tempos da vov

    27

    3 O quadro abaixo informa o que deve constar em cada pgina do folheto. Leia.

    1

    2

    PginaContedo do folheto

    Uma ilustrao acompanhada de uma mensagem, alertando para o perigo de carregar muito peso na mochila.Orientaes sobre o modo de carregar a mochila.

    3

    4

    Sugestes para reduzir o peso da mochila, apresentadas em forma de itens.Informaes sobre a quantidade de peso que cada

    criana ou adolescente pode carregar na mochila.Sites ou telefones caso a pessoa queira obter mais dados.

    Fique de olho no resultado dessa campanha. Ser que a criana ou o jovem escolhido por voc vai lev-la a srio e mudar alguns comportamentos?

    Faa um rascunho do folheto e mostre-o ao professor para que o aprove.Depois s passar a limpo e levar o folheto para a criana ou o jovem que voc

    escolheu.

    Alb

    erto

    Llin

    ares

    Professor, percorra as carteiras para verificar se os alunos tm dvida quanto grafia de algumas palavras.

    Pedro sonha voar como caro, o lendrio personagem grego. E a nica pessoa que pode ajud-lo Joel, uma criana excepcional. No comeo, Pedro se aproxima de Joel por interesse. Para saber como vai prosseguir essa convivncia, embarque nesta leitura delicada e sensvel. Trecho de texto retirado do catlogo da FTD.

    Walcyr Carrasco. As asas de Joel. Ilustraes de F. So Paulo: Quinteto Editorial, 2010.

    VOC J LEU?

    17

    ORGANIZAO DA OBRA

    PREPARAOPARA A

    PREPARAOPREPARAOPARA A LEITURA

    As atividades propostas nesta seo buscam no s desenvolver estra-tgias de leitura como tambm ativar os conhecimentos prvios dos alunos sobre o tema ou assunto que ser abordado.

    TEXTO

    A leitura dos textos tem como principal objetivo ampliar o universo de conhecimento dos alunos em relao aos temas ou em relao aos diferentes autores. Alm disso, tambm objetivo da seo a apresentao dos diversos gneros textuais que circulam no dia a dia.

    TEXTOESTUDO DO

    Ler, imaginar, interpretar, compreender... As questes abordadas visam dialogar com o leitor de modo que ele interaja com o texto e possa medir o que lhe foi possvel extrair de conhecimentos, informaes, inferncias em um grau crescente de dificuldades e/ou desafios. A seo, ao longo dos volumes, busca desenvolver as diferentes habilidades de leitura a serem con-quistadas no decorrer da primeira etapa do Ensino Fundamental.

    OUTROOUTROOUTRO TEXTO

    Nesta seo, o aluno poder entrar em contato com textos do mesmo tema ou gnero lido no incio da unidade.

    VOC J LEU?

    Apresenta sugestes de livros de literatura adequados aos alunos da faixa etria correspondente. Alm da capa do livro, uma pequena resenha busca chamar a ateno para um momento de leitura que poder ocorrer fora dasala de aula.

  • DATA

    / /

    TRAANDO LETRAS 1 Leia e copie.

    *Eu queria...

    Antonio Barreto. Mochila: poemas para viagem (trecho). So Paulo: Mercuryo Jovem, 2004.

    Um dia feitopra gente ficar

    s passando o temposem passar da hora.Apenas assim,

    um dia bem bacana:o oitavo dia

    da semana!

    * Ttulo criado pelas autoras.

    260

    37

    A Passagem de Drake fica no oceano Antrtico e uma das zonas em que as embarcaes correm o maior risco devido s condies do tempo no local.

    Leia algumas informaes retiradas do livro Frias na Antrtica sobre a Pas-

    sagem de Drake.

    Uma parte inesquecvel dessa via-gem a travessia do Drake. O en-contro das guas do oceano Pa-cfico com o Atlntico deixa o mar muito instvel, e nossos estmagos ficam bastante re-mexidos. No d vontade de fazer nada... Ficar na cama o dia inteiro a melhor opo. Ficamos dois ou trs dias sem comer, s tomando lquidos, e mesmo assim em pouca quantida-de. Mas isso bom porque ficamos com menos vontade de ir ao banheiro. Levantar da cama com o barco chacoalhando de um lado pro outro no uma das coisas mais fceis de se fazer!Laura, Tamara e Marininha Klink. Frias na Antrtica. So Paulo: Gro Editora, 2010. p. 12.

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    Se o Drake no existisse

    Crcu

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    OCEANOATLNTICO

    Mar deWeddel

    OCEANOPACFICO

    Passagem

    de Drake

    Gergiado Sul

    Ilhas Falkland(Malvinas)

    Cabo Horn

    PennsulaAntrtica

    ARGENTINA

    CHILE

    ANTRTICA

    28

    Juliana tinha um amigo chamado Fungo. Ele morava na casa de Bone-

    cas e conseguia at ajeitar-se bem nas pequenas cadeiras e na caminha azul,

    apesar de ser mais gordo que elas.Fungo era talentoso. Escrevia poemas, histrias e desejava ser um gran-

    de escritor, porm sentia falta de um mestre. Juliana, definitivamente, no

    podia ser esse mestre, pois aprendera a escrever havia pouco tempo. Alm

    do mais, ultimamente a amizade deles andava estremecida, porque Juliana

    dava mais ateno s bonecas que a ele. Fungo no entendia qual era a graa

    que ela via naquelas bonecas mudas, sem cultura e sem sentimentos. Fungo

    suspeitava que fossem mesmo burras, principalmente aquele boneco Tob,

    que parecia uma montanha de msculos inteis, pois nem se trocar sozinho

    ele sabia. Era uma dependncia total, um vexame, e Juliana que precisava

    troc-lo toda vez.

    HORA DA HISTRIAHORA DAHORA DA HISTRIAHISTRIA

    Eva

    Fur

    nari

    - O a

    mig

    o de

    Jul

    iana

    40

    Uso de por que, porque, por qu e porqu 1 O urso-polar vive no rtico, ou seja, no Polo Norte. Leia.

    Explique o motivo de as palavras em destaque terem sido escritas ora junto, ora

    separado.Professor, o objetivo da questo verificar o conhecimento que os alunos tm desse aspecto ortogrfico. Observe o quadro.

    Por que o pelo do urso-polar branco?Porque, alm de proteger o urso-polar do frio, o pelo branco serve de camuflagem na neve quando ele sai caa de alimentos.Como? Onde? Por qu? So Paulo: Girassol, 2007. p. 32.

    por que

    porque

    por qu

    porqu

    Usado no incio ou no meio de frases interrogativas.

    Por que o urso-polar branco? Voc sabe por que o urso--polar branco?Usado nas respostas. Porque o pelo branco serve de camuflagem.

    Usado no fim de frases interrogativas. O pelo branco serve de camu-flagem por qu?Significa razo, motivo. Vem sempre acompanhado do artigo o.

    O porqu simples: o pelo branco serve de camuflagem.

    Dig

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    Camuflagem No texto quer dizer disfarce.

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    Llin

    ares

    LETRA?COM QUE

    Nas Anotaes para o professor (Orientaes especficas), voc encontrar sugestes para o encaminhamento destas atividades. No deixe de

    consult-las.

    127

    Chegou a hora de voc e seu colega de dupla revisarem a fbula que esto criando. Lembrem-se de que todo escritor faz reviso de seus textos e os reescreve at achar que ficaram bons para publicar.

    1 Durante a reviso, verifiquem se: o ttulo formado pelo nome dos personagens; a histria comea com expresses do tipo: Um dia, Certa vez, Certo dia, para

    indicar um tempo indeterminado; o narrador observador dos fatos; as atitudes dos personagens podem ser comparadas com atitudes humanas.2 Observem se: evitaram repetir desnecessariamente o nome dos personagens, substituindo-o por

    ele ou ela; indicaram a fala dos personagens com aspas ou pargrafo e travesso; usaram os dois-pontos para indicar que os personagens vo falar; utilizaram o ponto de interrogao ( ? ) em perguntas e o ponto de exclamao

    ( ! ) para transmitir emoes como: alegria, surpresa, lamento, raiva.3 Caso vocs tenham dvida quanto grafia de alguma palavra, consultem o dicionrio.

    Alb

    erto

    Llin

    ares

    PRODUO

    Pho

    todi

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    etty

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    es

    Professor, esta reviso dever ser feita em dias alternados, para que os alunos possam se distanciar de suas produes e voltar a elas

    com um novo olhar. Alm disso, no eficiente propor a anlise de todos esses

    itens ao mesmo tempo. O trabalho de reviso deve ser feito por aproximaes

    sucessivas com retornos ao escrito para aperfeio-lo.

    Leia comentrios e sugestes nas Anotaes para o professor (Orientaes especficas).

    18

    uma seo eventual que, por meio de curiosidades, informaes, pro-cura dialogar com o texto da unidade, complementando o assunto que foi abordado.

    HISTRIAHORA DA HISTRIAHORA DA

    Momento destinado ampliao de repertrio de leitura e de autores. Na seo so apresentados contos tradicionais ou textos de autores de literatura infantojuvenil.

    COM QUE LETRA?

    A seo tem o propsito de retomar o trabalho com o sistema de escrita, visando sistematizar a ortografia e reforar a escrita correta das palavras.

    TRAANDO LETRAS

    O objetivo da seo favorecer o trabalho com o traado de letras. No se pretende que os alunos faam uma letra bonita, mas sim que, ao tra-arem as letras, executem os movimentos corretos para garantir escrita gil com legibilidade.

    PRODUO

    A seo apresenta propostas que permitem ao aluno experimentar a es-crita em diferentes situaes de uso, favorecendo o contato com a diver-sidade de textos do dia a dia. Alm disso, prope atividades que buscam desenvolver a habilidade de reviso.

  • 51

    PPPRRROOOJJJJJJEEETTTOOOOOOOOOOOO

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    Voc e seus colegas vo pesquisar como era a vida de seus avs ou de outras

    pessoas mais velhas quando tinham a idade de vocs.Neste projeto, vo realizar vrias atividades, entre elas: entrevistar o av, a av ou uma pessoa idosa que conheam; recolher fotos, brinquedos, moedas e outros objetos da poca em que o

    entrevistado era criana; convidar os homenageados e familiares para visitar a exposio; expor fora da sala de aula a entrevista, as fotos e os objetos.

    Nesta unidade, voc receber as orientaes para a realizao e a transcrio da entrevista. Na prxima unidade, sero apresentadas as orientaes para a preparao da exposio de objetos e brinquedos antigos, a confeco dos convites, a realizao do evento e a avaliao do projeto.

    Alb

    erto

    Llin

    ares

    Entrevista, exposio de fotos, brinquedos e objetos antigos(1a. parte)

    Professor, comente com os alunos que, alm de homenagear os avs e outras

    pessoas idosas, a exposio dar oportunidade de eles conhecerem melhor como era a infncia no passado, quais eram os brinquedos que faziam sucesso

    entre as crianas, enfim, descobrir um mundo bem diferente do atual.

    Fot

    os: A

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    vo d

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    a

    Professor, importante chamar a ateno dos alunos para o fato de a entrevista ter sido transcrita e digitada. Informe que a transcrio no consiste simplesmente em ir escrevendo o que foi registrado no momento da entrevista. preciso eliminar as repeties e as muletas prprias da linguagem oral. Tambm podem-se incluir informaes sobre as emoes do entrevistado, tom de voz, silncios,

    risos etc. Essas e outras decises sero tomadas de forma diferente medida que os alunos forem ficando mais familiarizados com a tarefa da transcrio.

    Leia comentrios e sugestes nas Anotaes para o professor (Orientaes especficas).

    42

    Encontros voclicos ditongo, tritongo e hiato 1 Leia as informaes abaixo sobre a Antrtica, observando as palavras em que apa-recem sons voclicos juntos.

    A Antrtica um continen-te que mede 14 milhes de qui-lmetros quadrados, dos quais 13 milhes e 700 mil so cober-tos por gelo. o lugar mais frio do mundo. Para voc ter uma ideia, no vero a temperatura chega a 10 graus negativos.O Estado de S. Paulo, So Paulo, 21 ago. 2010. Estadinho, p. 6.

    2 Algumas palavras tm dois ou mais sons voclicos juntos. Sublinhe nas palavras os

    sons voclicos que esto juntos.

    porcaria assadeira muito pai aeronave dinheiro pior tainha Uruguai rao saguo ensaiou beijo enxaguei iguais moedaQuando dois ou mais sons voclicos aparecem juntos na mesma

    palavra, formam um encontro voclico.

    Ker

    en S

    u/C

    orbi

    s/La

    tinst

    ock

    ESTUDO DA LNGUAESTUDO DA ESTUDO DA LNGUALNGUAProfessor, este contedo ajudar os alunos a decidirem como separar palavras com ditongo, hiato e tritongo, ao produzirem seus textos. Alm

    disso, pr-requisito para o estudo de acentuao de paroxtona terminada em ditongo, contedo que ser estudado no prximo ano,

    e para o uso do s depois de ditongo, contedo da seo Com que letra? da Unidade 4.

    OPINIOOPINIOOPINIOD A SUA

    215

    1 Leia uma pgina do dirio de uma menina.

    Querido dirio,Mame deu aquela ordem de novo: J pra cama, mocinha. Desliga a televiso!. Eu no concordo com essa mania dos pais de quererem comandar os horrios dos filhos dormirem. Ela diz que porque eu estudo cedo e, se for dormirtarde, posso perder a hora. Conversa de me! Eu NUNCA cheguei atrasada na escola. Alm disso, sou muito responsvel e no todo dia que eu quero dormir tarde.Mas minha me dura na queda! Ela tem argumento pra tudo. Diz que quando eu durmo tarde acordo mal--humorada, tomo caf correndo e acabo ficando com sono na escola. E tem mais: diz que toda criana tem necessi-dade de pelo menos oito horas de sono para recuperar o corpo e crescer. E ainda fala: Dormir bem bom para a memria!.Queridssimo dirio, eu tenho culpa se passa um monto deprogramas legais depois das 10? Na minha opinio, os pais deveriam deixar os filhos se responsabilizarem mais pelas suas vidas. Seria bom se eles parassem de pensar que a gente grande pra umas coisas e pequena para outras.Boa-noite!

    AM

    J S

    tudi

    o

    Pgina retirada do dirio de Letcia Kaori Silva (9 anos), 2011.2 Responda oralmente. No seu desabafo com o dirio, que ponto de vista a menina defende?

    Defende o ponto de vista de que deve ser dela a responsabilidade de definir o seu horrio de dormir.

    151

    Acc

    ent A

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    es

    Adjetivo e pargrafo 1 Leia.

    LEMBRARS PARA

    Voc j sabe que os adjetivos so palavras que acompanham os substantivos,

    caracterizando-os, qualificando-os.Responda.a. Que adjetivos foram usados para caracterizar os substantivos abaixo?casas

    locais gua gordura b. Qual a importncia desses adjetivos no texto?Espera-se que os alunos concluam que a funo dos adjetivos no texto caracterizar os substantivos e assim dar mais informaes

    ao leitor.

    Especial Recreio Curiosidades. So Paulo: Abril, 2011. p. 72.

    Os inuits so povos que vivem perto do Polo Norte. A maioria mora em casas comuns e toma banho em chuveiros de gua quente. Mas, devido ao frio e aos costumes locais, no tomam banho todos os dias. J os esquims, que vivem em locais afastados, aquecem a neve de lagos em foges a lenha ou a leo e depois se banham numa tina. Os habitantes mais antigos dessas regies se lavavam pouco para no tirar da pele a gordura natural, que protege do frio.

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    Especial Recreio Curiosidades. So Paulo: Abril, 2011. p. 72.

    Os inuits so povos que vivem perto do Polo Norte. A maioria mora em casas comuns e toma banho em chuveiros de gua quente. Mas, devido ao frio e aos costumes locais, no tomam banho todos os dias. J os esquims, que vivem em locais afastados, aquecem a neve de lagos em foges a lenha ou a leo e depois se banham numa tina. Os habitantes mais antigos dessas regies se lavavam pouco para no tirar da pele a gordura natural, que protege do frio.

    comuns

    afastadosquente

    natural

    PARA SE DIVERTIRPARA SE DIVERTIR

    88

    Veja o exemplo.

    Nome Jos da Silva Moura

    prenome sobrenomePrenomes e sobrenomes servem para nomear e identificar as pessoas. No

    entanto, muitas tm prenomes e at sobrenomes iguais.S a impresso digital nica ningum tem impresses digitais iguais.

    2 Agora, divirta-se descobrindo qual dos tipos de impresso digital se parece mais com a sua. Passe um pouco de tinta ou batom no polegar, carimbe-o em uma folha parte e descubra. Depois, compare sua impresso digital com a de seus colegas.

    1 Leia.

    Os nomes so divididos em prenome e sobrenome.

    Impresso digital Marca deixada pelas linhas que as pessoas tm na ponta dos dedos. Ela capaz de diferenciar uma pessoa da outra.

    Impresso digital Impresso digital

    Alb

    erto

    Llin

    ares

    Cap

    tura

    via

    esc

    ner

    Cap

    tura

    via

    esc

    ner

    Cap

    tura

    via

    esc

    ner

    Tem a forma de um caracol no centro.

    A linha do centro d volta sobre si mesma.Tem a forma de um

    arco no centro.

    19

    Prope situaes coletivas de ensino-aprendizagem a serem realizadas em etapas e com um produto final predeterminado. Apresenta propostas que envolvem planejamento, pesquisa e produo textual.

    ESTUDO DA LNGUAESTUDO DA ESTUDO DA LNGUALNGUA

    Nesta seo so contemplados os conhecimentos lingusticos. De modo gradual e objetivo, os contedos gramaticais so apresentados e trabalhados a fim de que, ao final da primeira etapa do Ensino Fundamental, os alunos saibam reconhecer os principais tpicos e aplic-los adequadamente.

    D A SUA OPINIOOPINIO

    Nesta seo os alunos tero oportunidade de desenvolver a linguagem oral e a argumentao por meio de debates a respeito de diferentes temas, sempre ligados ao universo de conhecimento da faixa etria correspondente.

    LEMBRARS PARA

    A seo o ponto de encontro com contedos j explorados. mais uma oportunidade de rever, tirar dvidas e avanar tanto em relao ortografia como aos conhecimentos lingusticos.

    PARA SE DIVERTIRPARA SE DIVERTIR

    A leitura incidental procura contemplar um dos objetivos da leitura, isto , ler para se divertir.

    PPPRRROOOJJJJJJEEETTTOOOOOOOOOOOO

  • 20

    SUGESTO DE PLANO DE CURSO Lngua Portuguesa 4o. ano Sugesto para 4 ou 5 aulas semanais

    Bimestre1. 2. 3. 4.

    Unidades 1, 2, 3 e 4 Para evitar leses

    (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia)

    Verbos Minhas frias, pula uma linha, pargrafo.(Christiane Gribel)

    Numeral Palavras que causam dvidas Produo de folheto O amigo de Juliana

    (Eva Furnari)

    Frias na Antrtica(Nathlia Llovatte)

    Ordem alfabtica Uso de por que, porque, por qu e porqu

    Encontros voclicos ditongo, tritongo e hiato

    Encontro consonantal Nos tempos da vov

    (Luiza Braga) Projeto: Entrevista, exposio de fotos, brinquedos e objetos antigos (1. parte)

    Lobinho na Escola de Enganao(Ian Whybrow)

    Cartas do Lobinho(Ian Whybrow)

    Carta e e-mail Palavras terminadas em e ou i / o ou u

    Slaba tnica Palavras oxtonas, paroxtonas e proparoxtonas

    Projeto: Entrevista, exposio de fotos, brinquedos e objetos antigos (2. parte)

    Anedota(Paulo Tadeu)

    Verbos que introduzem a fala dos personagens

    Que nome!(Tatiana Belinky)

    Palavras com s depois de ditongo

    Substantivos primitivos e derivados

    Festival de anedotas

    Unidades 5, 6 e 7 A cigarra e as formigas(Esopo)

    A cigarra e as formigas(Monteiro Lobato)

    Pontuao no dilogo Substantivos simples e compostos

    Palavras com s depois das consoantes n, l e r

    Produo de fbula

    O prncipe desencantado(Flvio de Souza)

    A cigarra e as formigas Pronome pessoal do caso reto

    Palavras com ss ou Reviso e montagem do Livro de fbulas

    Nhaaac!!!(Recreio)

    Pronome pessoal do caso oblquo

    Verde que mata(Galileu)

    Palavras terminadas em -ao, -ao ou -aa Projeto: Plantas txicas (1. parte)

    Unidades 8, 9, 10 Como fazamos sem... o banho(Brbara Soalheiro)

    Adjetivo e pargrafo Locuo adjetiva Eca! Que meleca! (Julia Moili, Recreio)

    Palavras terminadas em -oso ou -osa Projeto: Plantas txicas (2. parte)

    Gigante atrapalhado(Recreio)

    Artigo Palavras com x ou ch Viagens de Gulliver(Jonathan Swift)

    Projeto: Plantas txicas (3. parte)

    Timorato(Lygia Bojunga)

    Acentuao de palavras proparoxtonas

    Palavras terminadas em -gio, -gio, -gio, -gio ou -gio

    O segredo (Amaury Braga da Silva)

    Uso da vrgula para evitar repetio

    Reescrita do conto O segredo

    Unidades 11, 12 e 13 Chuva(Edson Gabriel Garcia)

    Akira / Teca(Ricardo Azevedo)

    Grau do adjetivo Formas verbais terminadas em u

    Pronomes Reviso da reescrita do conto O segredo

    Como dizer eu gosto de voc (Edson Gabriel Garcia)

    Rimas de cordel com ditados populares(Csar Obeid)

    Os verbos no dicionrio Vaca Estrela e Boi Fub (Patativa do Assar)

    Plural de palavras com til (~) Acentuao de palavras paroxtonas

    Produo de estrofe de cordel

    Pluto(Olavo Bilac)

    Tela Velhos companheiros de brincadeiras(Briton Rivire)

    Verbo infinitivo e conjugaes verbais

    Verbos terminados em -ram ou -ro Recital e exposio de cordel

    (Pgs. 11 a 92) (Pgs. 93 a 145) (Pgs. 146 a 199) (Pgs. 200 a 258)

  • 21

    ORIENtAES ESPECfICAS

    UNIDADE 1OUTROOUTROOUTRO TEXTO

    Minhas frias, pula uma linha, pargrafo.A escolha de textos narrativos tem o objetivo de incentivar o interesse e a curiosidade dos

    alunos, estimular o imaginrio e oferecer situaes necessrias ao desenvolvimento da capaci-dade simblica e recriadora, importantes para a construo do conhecimento.

    Lembre aos alunos que o conto pouco extenso, apresenta um conflito, tempo e espao limi-tados e nmero reduzido de personagens. Ao longo do trabalho proposto, os alunos vo apren-der aspectos fundamentais do gnero, como: enredo, personagens, tipos de narrador (narrador--observador e narrador-personagem), caracterizao do tempo e do espao, o conflito e o cl-max, o desfecho.

    Crie oportunidades, levando livros para a sala de aula, convidando os alunos sala de lei-tura ou biblioteca, por exemplo. Quanto mais os alunos puderem ouvir histrias, mais chances tero de aprender o modelo narrativo presente nos contos, por exemplo. H muitos sites que publicam obras literrias. Um deles : .

    PRODUO

    FolhetoConverse com os alunos para verificar se j viram outros folhetos. Se possvel, leve alguns para

    a sala de aula. Pea tambm que tragam alguns, se puderem.

    Os folhetos so utilizados para difundir informaes. Nesta unidade, trabalhamos com um folheto que oferece instrues. Os textos instrucionais so usados para transmitir informaes com objetivo de ensinar, orientar ou instruir sobre um determinado assunto.

    importante que os alunos percebam algumas caractersticas e marcas lingusticas presentes nos textos. Chame a ateno para a organizao grfica do folheto. Converse com o grupo sobre o que evidenciam as imagens; como so apresentadas as pessoas; qual a expresso corporal; o que vestem; se possvel saber quem so essas pessoas; por que aparecem de costas etc.

    Pergunte o que evidenciam os textos: h algum destaque, por exemplo, com letras em cores,

  • 22

    maiores? O que eles informam? Eles ampliam os argumentos do ttulo? H textos com letras meno-res? A linguagem clara, direta, adequada ao pblico que pretende atingir? capaz de convencer o leitor? So usadas palavras ou expresses da linguagem coloquial? importante chamar a ateno do grupo, ainda, para o tempo verbal usado no folheto. Os alunos devero observar tambm a identi cao de quem publica o folheto.

    Retome com o grupo as funes sociais da escrita, por que e para quem vo escrever. Destaque a importncia do folheto para fazer com que informaes importantes cheguem ao conhecimento das pessoas envolvidas na questo em foco. As informaes devem ser expres-sas de forma clara e sucinta para tornar a leitura gil e fcil de compreender. Lembre que elas devero ser escritas de forma legvel, e que os folhetos devem ser entregues a crianas ou jo-vens que possam divulg-los, para que se possa alcanar e informar o maior nmero possvel de pessoas.

    Sugesto de atividade: A elaborao de cartazes pode ser proposta sempre que houver necessidade. Por exemplo, para informar a comunidade sobre campanhas em geral, como esta, realizada para o uso correto de mochilas, campanhas de vacinao, de cuidados com a sade e com o meio ambiente, de preveno de doenas etc.

    Os cartazes elaborados em tamanho grande trazem mensagens usadas para apresentar anncios comerciais, culturais, institucionais etc. Em geral tm grande apelo visual, muitas ve-zes ilustrados com desenhos ou fotografias. So normalmente afixados em ambientes pblicos.

    RODA DE LEITURA

    Professor, a Roda de leitura tem como objetivo levar os alunos a:

    buscarem livros para a leitura autnoma;

    ampliarem o repertrio literrio;

    compartilharem experincias leitoras;

    confrontarem interpretaes;

    estabelecerem relaes entre os contos lidos com outros j conhecidos.

    Tarefas do professor

    Intervir no sentido de possibilitar que os alunos relacionem conhecimentos prvios com as informaes que a leitura traz, apurando cada vez mais as previses que realizam acer-ca dos textos.

    Dar oportunidade para que os alunos digam o que sabem e evidenciem as diferenas de interpretaes.

    Tornar observvel a diversidade textual vinculando texto e contexto: o que dizem e como dizem os diferentes gneros textuais.

    Atuar como modelo que amplia o repertrio argumentativo dos alunos, expondo seus prprios critrios e gostos como leitor experiente, realizando comentrios pessoais sobre

  • 23

    o que considera relevante num texto, explicitando seus critrios de escolha, lendo um trecho que aprecia e esclarecendo o motivo da escolha.

    Garantir e promover a discusso dos direitos imprescindveis do leitor: o direito de pular pginas, de no terminar um livro, de reler, de ler uma frase aqui e ali, de ler em voz alta, de calar.

    Cuidar da organizao: fichas de anotao de retirada, conversas sobre os cuidados com os livros emprestados, datas de devoluo, horrio na rotina, organizao do espao, con-trole do acervo, acompanhamento das leituras e dos livros retirados pelos alunos.

    A roda de leitura deve ser uma atividade permanente na rotina semanal. importante que seja um espao em que circulem comentrios e recomendaes entre os alunos e o professor e dos alunos entre si, com o propsito de aprofundar e ampliar os horizontes literrios dos alunos.

    Gerar momentos de encontro dos alunos com os livros facilita que construam uma maneira pessoal e, ao mesmo tempo, compartilhada de se vincularem com os livros. Quanto menores forem os alunos, haver mais necessidade da preparao de um ambiente especial para a leitura.

    Durante essas atividades, importante que voc, professor, tambm leia em silncio de maneira individual.

    Participar de uma comunidade de leitores significa, entre outras coisas, adotar comporta-mentos de leitor que facilitem uma experincia emocional e intelectual com os livros. Cada leitor dever buscar as prprias maneiras de estabelecer essa experincia, mas ela no cons-truda sozinha, preciso de outros com quem compartilhar tempos e espaos de leitura.

    Sempre que possvel, a Roda de leitura deve ter incio com o seu comentrio sobre o livro que escolheu. Durante as discusses, v incorporando termos como: personagens, conflito, perso-nagem principal, personagem secundrio, narrador, desfecho, clmax, protagonista, antagonista.

    Seria interessante reproduzir esta tabela em papel pardo para o registro coletivo dos alu-nos. Dessa forma, os alunos iro acompanhar no s as leituras que esto sendo realizadas pelos colegas como tambm a apreciao que fizerem dos livros. Podero observar que os gostos podem variar.

    Data Ttulo

    Apreciao

    Gostei muito Gostei No gostei

  • 24

    UNIDADE 2TEXTO

    Frias na AntrticaConverse com os alunos sobre o que sabem a respeito do gnero entrevista: se j leram

    alguma, se costumam ler entrevistas em revistas, jornais ou internet. Talvez no tenham a experincia de leitura de entrevistas, mas mencionem programas de entrevistas na TV. Ajude--os a compreender em que situaes interessante realizar entrevistas, como so definidas as pessoas a serem entrevistadas, a necessidade de haver um roteiro de perguntas a fazer, os cui-dados com a transcrio e com a publicao para no apresentar respostas distorcidas, fora do contexto em que foram dadas. Deixe claro que a definio das pessoas a serem entrevistadas feita conforme os conhecimentos e experincias que elas tm sobre o tema em discusso.

    COM QUE LETRA?

    Para a realizao da atividade de leitura de informao sobre o urso-polar, se possvel, leve o livro para a sala de aula, ou, se ele fizer parte do acervo da escola, convide os alunos a irem biblioteca ou sala de leitura para que todos possam ler a informao no prprio livro, de maneira compartilhada.

    Chame a ateno para informaes sobre outros animais que podem ser ali encontradas. Pea aos alunos que, em duplas, leiam algumas e digam as informaes que encontraram. O livro traz tambm testes e brincadeiras que os alunos podero realizar e aproveitar para apren-der de forma ldica.

    TirinhaA leitura da tirinha pode ser silenciosa inicialmente, para que cada aluno tenha tempo para ten-

    tar atribuir-lhe sentido. A seguir, proponha que comentem oralmente. Chame a ateno do grupo, principalmente, para a relao entre a imagem e o texto verbal para que possam perceber o sentido de humor pretendido. Se necessrio, retome com os alunos alguns aspectos do gnero para que todos possam compreend-la. D pistas para que os alunos relacionem texto e imagens com seus conhecimentos sobre tirinhas: personagens e principais caractersticas. Oriente a compreenso dos alunos para a sequncia das cenas, os detalhes presentes nos desenhos, os recursos grficos que do pistas sobre as emoes dos personagens e suas aes.

    Sempre ao trabalhar com tirinhas, chame a ateno do grupo para os elementos de cada cena, as expresses faciais e os gestos, os diferentes tipos de bales e de letras usados e seus significados.

    lembrete: Nas atividades de leitura de tirinhas/HQ trabalhe a observao dos alunos para que possam perceber algumas de suas caractersticas e marcas lingusticas. As HQ/tirinhas utilizam-se geralmente da linguagem verbal e visual e apresentam elementos da narrativa: personagens, cen-rio, tempo/sequncia de aes, conflito, desfecho.

  • 25

    A maioria das tirinhas/HQ apresenta interao dinmica, criativa e harmoniosa entre hist-ria, palavras e imagens/desenhos/ilustraes. Nelas a quase totalidade dos textos composta por narrativas. A combinao da linguagem verbal (legendas, bales de fala, onomatopeias) e a linguagem visual (o desenho, o requadro, ou seja, o contorno do quadrinho; a elipse, isto , o espao vazio que o leitor preenche com sua imaginao, estabelecendo continuidade entre os requadros, a pgina ou prancha) faz com que a comunicao das HQ/tirinhas seja rpida.

    Tira ou tirinha segmento ou fragmento de HQ, geralmente com trs ou quatro qua-dros, apresenta um texto sincrtico que alia o verbal e o visual no mesmo enunciado e sob a mesma enunciao. [...]

    Srgio Roberto Costa. Dicionrio de gneros textuais.

    Belo Horizonte: Autntica, 2008.

    Sempre que for possvel, leve gibis para a sala de aula e pea aos alunos que tragam tam-bm. Pea que observem como as cenas contam histrias, mostram aes. As expresses faciais e gestuais so recursos usados como elementos da comunicao. A percepo das expresses faciais, dos gestos, das emoes dos personagens e dos elementos plsticos (interior/exterior, luz, espaos etc.) colabora na recriao da narrativa. Frequentemente buscam um efeito de humor, resultado de um desfecho inesperado ou uma aluso a uma caracterstica marcante de um personagem, por exemplo.

    Sugesto de atividade: Organize com os alunos um canto de leitura com gibis ou uma gibi-teca, por exemplo. Se houver possibilidade de usar a internet, h muitos sites que publicam HQ e tirinhas. Proponha leituras individuais ou em duplas, estimulando os comentrios, a partilha de conhecimentos sobre o gnero, os temas abordados nas histrias, o autor, as caractersticas dos personagens etc.

    Incentive os alunos a produzirem tirinhas ou HQ, que podem ser depois publicadas no jornal da escola ou compor uma publicao para circular entre eles ou mesmo ser doada biblioteca ou sala de leitura.

    PPPRRROOOJJJJJJEEETTTOOOOOOOOOOOO

    Entrevista, exposio de fotos, brinquedos e objetos antigos (1.a parte)Converse com o grupo e ressalte que as entrevistas precisam ser agendadas, combinando-

    -se a melhor forma e o melhor lugar para o entrevistado. Enfatize aspectos que precisam ser observados durante a entrevista: dirigir-se ao entrevistado de maneira respeitosa; explicitar objetivos da entrevista; respeitar valores ticos, como, por exemplo, pedir autorizao para gravar ou filmar; usar estratgias para que o entrevistado no se desvie do foco da entrevista; respeitar opinies; incentivar o entrevistado a falar mais sobre um assunto que interessa; fazer anotaes e outros tipos de registro.

    Ajude o grupo a elaborar um roteiro de perguntas adequadas aos objetivos da entrevista. Oriente o registro das respostas e a transcrio, ou sntese, aps as entrevistas. preciso que aprendam a transcrever as respostas sem distorcer o que foi falado. Discuta com a turma a me-lhor forma de apresentar as informaes e opinies coletadas nas entrevistas.

  • 26

    UNIDADE 3PREPARAO

    PARA APREPARAOPREPARAO

    PARA A LEITURA

    CatlogoOs catlogos, impressos ou eletrnicos, geralmente apresentam um texto breve sobre um pro-

    duto que se pretende divulgar. Se possvel, leve para a sala de aula catlogos de editoras que publicam livros. Deixe que os alunos, em grupos, por exemplo, folheiem alguns e descubram in-formaes ali presentes.

    Converse com eles sobre os catlogos: quem escreve, para quais possveis leitores so escritos, quando so escritos, onde costumam ser entregues ou publicados. Pea aos alunos que observem que os catlogos de livros geralmente apresentam as fotos das capas em tamanho reduzido.

    Dirija o olhar do grupo para que examinem as informaes presentes no catlogo. Por exem-plo: ilustrao, ttulo, nome do autor, do ilustrador, do tradutor (se houver), da editora, nmero de pginas, dimenso das pginas.

    Os sites das editoras tambm trazem catlogos com informaes sobre os livros que publicam. Se possvel, consulte alguns com os alunos e auxilie-os a localizar as informaes apresentadas.

    TEXTO

    Carta Converse com os alunos sobre a carta como um gnero de texto usado para a comunicao

    entre pessoas. Elas so geralmente enviadas por correio ao destinatrio ou entregues em mos. Verifique o que os alunos conhecem a respeito. Pergunte se eles ou pessoas da famlia costumam escrever ou receber cartas, se sabem o que so cartas, com qual finalidade as pessoas geralmente as escrevem, para quem elas so geralmente escritas, como podem ser entregues ou enviadas etc.

    Convide os alunos a observarem a carta escrita por Garras de Ao ao irmo, Lobo do Mal. Verifique se os alunos reconhecem que se trata de uma carta e se identificam quem escreve (reme-tente), para quem (destinatrio) e com qual finalidade. Chame a ateno para as formas de iniciar uma carta e de se despedir, que podem ser mais formais ou informais, conforme o destinatrio.

    MAIS CORRESPONDNCIAMAIS

    e-mailConverse com os alunos sobre o conhecimento que tm a respeito de computador e uso da

    internet. Verifique o grau de familiaridade do grupo com gneros da esfera digital e, se possvel, promova situaes de leitura e pesquisa na internet.

  • 27

    Realize uma roda de conversa sobre alguns gneros de texto que circulam na internet, para que o grupo possa compartilhar diferentes conhecimentos e experincias. Pergunte aos alunos, por exemplo, se costumam se corresponder com amigos por e-mail.

    O e-mail (electronic mail, correio eletrnico) muito mais gil que a correspondncia postal comum, ou melhor, praticamente instantneo. Apresenta caractersticas prprias, em-bora possa ter um formato textual semelhante a uma carta, bilhete, recado ou fax. Geralmente, quando os interlocutores so amigos ou conhecidos, apresenta um tom coloquial e direto.

    interessante oferecer aos alunos situaes de leitura e produo de textos com o uso da internet. oportuno tambm conversar com os alunos sobre os cuidados que devem ter ao na-vegar na rede. Muitas vezes h necessidade de conferir a veracidade das informaes publica-das em sites, pois muitos deles no so confiveis. Alerte-os tambm para o fato de que muitas informaes publicadas podem ser acessadas por invasores, e quando so de ordem pessoal preciso verificar se podem vir a representar risco a quem as publica. Se possvel, acompanhe os alunos sala de informtica para visitar e explorar alguns sites com eles.

    Entrevista, exposio de fotos, brinquedos e objetos antigos (2. parte) A produo do convite est inserida em uma situao de comunicao com sentido para

    os alunos. Proponha uma escrita coletiva.

    Antes de os alunos comearem a lhe ditar, explicite os propsitos e o destinatrio da escrita. Tendo como modelo o convite apresentado no livro do aluno, faa perguntas como:

    Quem vamos convidar?

    importante colocar a data, o local e o horrio da exposio?

    Que tipo de linguagem vamos usar?

    Como vamos iniciar o texto do convite?

    Como vocs se identificaro no convite?

    UNIDADE 4TEXTO

    AnedotaPara a compreenso das anedotas, retome com os alunos alguns aspectos das narrativas

    j estudados: narrador, personagens e suas caractersticas, problema, espao, tempo, aes, desfecho.

    PPPRRROOOJJJJJJEEETTTOOOOOOOOOOOO

  • 28

    necessrio destacar tambm a importncia da escolha das palavras, do uso da pontuao e de outros recursos, como onomatopeias, por exemplo, para obter o efeito de humor e sur-presa, pretendidos nesse gnero de texto. Ressalte que o efeito de humor no deve ser obtido com ideias preconceituosas ou que indiquem menosprezo.

    PRODUO

    Festival de anedotasOriente a pesquisa das anedotas. Combine com os alunos que eles devem primeiro conversar

    com pessoas da famlia ou da comunidade para coletar algumas. Deixe aberta a possibilidade de oferecer ajuda na transcrio da anedota para o papel.

    Os alunos podero contar a anedota escolhida a voc, professor, tomando cuidado para que os outros no ouam, para no perder o elemento surpresa no dia da apresentao.

    Observe se a entonao usada pelo aluno ao contar a anedota adequada. D dicas para que ele avalie (e ajuste, se for o caso) o volume de voz, a entonao de pergunta ou exclamao (quan-do houver), por exemplo. Deixe clara a importncia da escolha das palavras para situar o ouvinte e das formas de expressar, por exemplo, a mudana de falas no dilogo, se houver.

    A transcrio da anedota, que dever servir de apoio ao aluno no dia da apresentao oral, de-ver ser tambm verificada por voc, professor, para que juntos possam avaliar se as anotaes so suficientes para ajud-lo a conseguir o efeito de humor pretendido na hora de cont-la no Festival.

    Devem ser observados aspectos como: a introduo da anedota, feita pelo narrador; a caracteri-zao dos personagens, o local em que ocorre o fato ou no qual se desenvolvem as aes, a ordem em que so apresentadas; a pontuao adequada para marcar perguntas, exclamao, indicar falas dos personagens etc. Verifique tambm o uso adequado dos verbos de elocuo.

    Auxilie-os a registrar em um papel os fatos da anedota, ajudando-os a lembrar a sequncia l-gica do texto: o problema, as aes realizadas para resolver o problema, os fatos e a sequncia em que aconteceram, o desfecho.

    Incentive-os a voltar s fontes para esclarecer dvidas. fundamental para o desenvolvimento da competncia leitora que os alunos aprendam a voltar aos textos, para fazer consultas, releituras, esclarecer dvidas... Tais procedimentos so fundamentais para a interpretao textual.

    A produo do texto oral, nesse caso, envolve principalmente a forma como os fatos so apre-sentados, para que se possa provocar no ouvinte o efeito de humor desejado.

    Sugesto de atividade: Voc pode propor a organizao de um mural ou varal, por exemplo, com a transcrio de anedotas realizada por eles. Sugira que faam uma ilustrao (pode ser dese-nho, recorte de revista, colagem etc.) que chame a ateno do leitor. Ajude-os a organizar o varal de modo que todos possam circular por ele e ler as anedotas. Abra espao e convide-os a contar algumas, por exemplo, as de que mais gostaram.

    Se julgar oportuno, proponha a elaborao de um jornal-mural. Sugira aos alunos que criem um espao para o humor e incentive-os a publicar algumas anedotas.

  • 29

    UNIDADE 5PREPARAO

    PARA APREPARAOPREPARAO

    PARA A LEITURA

    FbulasFaa um levantamento com o grupo sobre as fbulas que j ouviram ou leram. Incentive os alu-

    nos a compartilhar as fbulas que conhecem. Eles podem ter experincias diversas com o gnero e tambm com as diferentes verses de fbulas.

    Pergunte ao grupo se sabe como as fbulas chegaram at ns. Chame a ateno dos alunos para o livro em que a fbula foi publicada. Trata-se de uma compilao, ou seja, uma reunio de textos de um ou vrios autores, nesse caso, das fbulas de Esopo.

    Pergunte o que sabem sobre Esopo. Na seo Fique sabendo h informaes sobre ele e o modo como essas histrias nos foram transmitidas ao longo do tempo.

    Fbula [....] narrativa, quase sempre breve, em prosa ou, na maioria, em verso, de ao no muito tensa, de grande simplicidade e cujos personagens (muitas vezes animais irracio-

    nais que agem como seres humanos) no so de grande complexidade. Aponta sempre para

    uma concluso tico-moral. [....]

    Srgio Roberto Costa. Dicionrio de gneros textuais.

    Belo Horizonte: Autntica, 2008.

    Chame a ateno do grupo para a poca em que as fbulas foram escritas e para seus autores. Pea que observem se esto escritas em verso ou em prosa. Incentive os alunos a dizerem quais so os personagens e os comportamentos humanos que representam, onde se passa a histria, se o narrador observador ou se ele participa da histria, qual a moral.

    D A SUA OPINIOOPINIO

    ArgumentoConverse com os alunos para que possam expressar o que sabem sobre o argumento.

    Argumento [....] raciocnio que conduz induo ou deduo de algo; tambm pode ser um recurso oral ou escrito usado para convencer algum, para alterar-lhe a opinio ou o

    comportamento. [...]

    Srgio Roberto Costa. Dicionrio de gneros textuais.

    Belo Horizonte: Autntica, 2008.

  • 30

    Conduza a discusso de modo a auxiliar os alunos a apresentar argumentos favorveis e contrrios atitude da formiga.

    Se houver possibilidade, leve livros de fbulas para a sala de aula ou convide os alunos a lerem algumas na biblioteca ou na sala de leitura. Voc pode acessar com eles sites que publi-cam fbulas, para que possam saber mais e desenvolver autonomia na busca de novas leituras.

    Durante a leitura das fbulas, ajude os alunos a identificar os aspectos trabalhados. Depois converse um pouco com eles para verificar o que entenderam, se aquilo que levantaram como hiptese antes da leitura se confirmou ou no, se h alguma informao que chamou a ateno, despertou emoo ou aumentou a curiosidade.

    importante ficar claro que as fbulas so transmitidas oralmente e por escrito desde muito tempo e que so apreciadas pelos leitores por tratar de temas importantes para as pessoas ao longo da histria, como a luta pelo poder, a esperteza, a vaidade, a (in)gratido, a preguia, a inveja etc.

    OUTROOUTROOUTRO TEXTO

    A cigarra e as formigasRelembre ao grupo que uma das finalidades das fbulas ilustrar comportamentos e ati-

    tudes observados nas pessoas. Aps a leitura do texto de Monteiro Lobato, verifique se ficou claro para o grupo a moral da histria em uma e em outra verso. Chame a ateno para o fato de que as duas verses foram escritas em pocas bastante diferentes. Essa observao ser importante tambm para que os alunos percebam que podem ocorrer mudanas de valores, atitudes e opinies ao longo do tempo.

    Convide os alunos a levantar hipteses sobre a histria, orientando-os a observar a ilustra-o. necessrio despertar a curiosidade para a leitura e dirigir o olhar do aluno para a impor-tncia das ilustraes, para que aprenda a relacion-las, inicialmente ao ttulo, e, em seguida, ao texto em si.

    A ilustrao no tem a funo apenas de ornar ou elucidar um texto, mas ela tambm dia-loga com ele, nem sempre representando o que o autor escreveu.

    Brasil. Ministrio da Educao Secretaria de Educao Bsica.

    Pr-letramento Alfabetizao e Linguagem. Braslia: MEC/SEB, 2007, fascculo 1.

    As ilustraes podem modificar a compreenso, interferir na leitura. Aps a leitura, abra espao para a discusso e confirmao (ou no) das hipteses apresentadas.

    Sobre esse assunto, sugerimos a leitura do artigo de Luis Camargo: Para que serve um livro com ilustraes?, em JACOBY, Sissa (Org.). A criana e a produo cultural. Porto Alegre: Merca-do Aberto, 2003. p. 273-301; e o livro, tambm de Luis Camargo, Ilustrao do livro infantil. Belo Horizonte: L, 1995.

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    PRODUO

    Fbulas Estimule a atividade de escrita das fbulas, ressaltando o fato de que elas faro parte de um livro

    que ir circular entre os familiares e outros alunos