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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES ANTEPROJETO OBJETIVO: Contratação de empresa para o desenvolvimento do projeto básico e executivo, execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final da ponte sobre o Igarapé Arruda, localizada na BR-174/RR. ELABORAÇÃO: Coordenação de Projetos de Estruturas/CGDESP/DPP/DNIT Brasília DF Junho de 2016

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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

ANTEPROJETO

OBJETIVO: Contratação de empresa para o desenvolvimento do projeto básico e

executivo, execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para

a entrega final da ponte sobre o Igarapé Arruda, localizada na BR-174/RR.

ELABORAÇÃO: Coordenação de Projetos de Estruturas/CGDESP/DPP/DNIT

Brasília – DF

Junho de 2016

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3

1.1 Escopo e Abrangência ............................................................................................ 3

1.2 Apresentação da Obra de Arte ................................................................................ 4

1.3 Mapa de Situação .................................................................................................... 7

2 CONDIÇÕES ESTRUTURAIS/FUNCIONAIS DA OBRA DE ARTE ...................... 8

2.1 Registro Fotográfico SEINF/RR (25/10/2004) ....................................................... 8

2.2 Relatório de Vistoria (10/08/2005) ....................................................................... 11

2.3 Relatório de Vistoria (13/04/2011) ....................................................................... 15

2.4 Videoteca do DNIT ............................................................................................... 20

3 CONCEPÇÃO DO PROJETO .................................................................................... 21

3.1 Infraestrutura ......................................................................................................... 21

3.2 Mesoestrutura ........................................................................................................ 23

3.3 Superestrutura ....................................................................................................... 24

3.4 Prova de Carga ...................................................................................................... 27

3.5 Canteiro de obra .................................................................................................... 27

3.6 Considerações Gerais ............................................................................................ 30

4 CRONOGRAMA E PLANO DE EXECUÇÃO ......................................................... 31

4.1 Serviços Preliminares ........................................................................................... 31

4.2 Infra/mesoestrutura ............................................................................................... 31

4.3 Superestrutura ....................................................................................................... 32

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5 NORMAS E INSTRUÇÕES ....................................................................................... 33

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 36

7 TERMO DE ENCERRAMENTO ............................................................................... 37

Anexo A. SONDAGENS GEOTÉCNICAS .................................................................. 38

Anexo B. ESTUDO HIDROLÓGICO ........................................................................... 45

Anexo C. DESENHOS ESQUEMÁTICOS .................................................................. 49

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1 INTRODUÇÃO

1.1 ESCOPO E ABRANGÊNCIA

Este Anteprojeto apresenta as informações e requisitos técnicos mínimos para a

caracterização do objeto a ser contratado, tornando viável a definição da sua concepção. O

documento permite a estimativa de custo global de referência, a partir de estudos

preliminares, dados e informações de projetos já aprovados pelo DNIT.

O Anteprojeto foi desenvolvido de acordo a IS/DG nº 09 de 23/05/2016, que estabelece as

diretrizes para a elaboração, apresentação, análise e aceitação de Anteprojetos de Engenharia

e elaboração de Termos de Referência para licitação de obras no âmbito do RDC - no Regime

de Contratação Integrada em empreendimentos do DNIT.

Este documento fornece parâmetros para a alternativa de projeto mais adequada, de modo a

atender ao princípio da economicidade, para a reabilitação da ponte sobre o Igarapé Arruda.

Por reabilitação subentende-se o conceito definido pela norma DNIT 010/2004 – PRO, a

saber, o conjunto de atividades que, além de recuperar e reforçar a ponte, introduz

modificações, tais como aumento de capacidade de carga, alargamento, passeios laterais e

barreiras de segurança que aumentam o conforto e segurança do usuário.

A concepção estrutural fundamentou-se nas informações contidas no projeto executivo da

obra, aprovado pela Diretoria de Engenharia Rodoviária – DNER (processo

511.00012108/97), elaborado pela empresa Maio Melo Engenharia Ltda., assim como nos

estudos e sondagens geotécnicas (ver Anexos A e B). Os processos relacionados na Tabela

1.1 contêm as informações que caracterizam as necessidades de recuperação e reforço da

obra que motivaram a elaboração do anteprojeto de reabilitação da Ponte sobre o Igarapé

Arruda.

Tabela 1.1 – Processos referentes à recuperação e reforço da Ponte sobre o Igarapé Arruda.

Processo Abertura

50600.000539/2004-18 MEMO Nº 045/2003

50600.003524/2008-27 MEMO Nº 348/2008

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Na elaboração do Anteprojeto utilizou-se o programa computacional AutoCAD, que é um

software do tipo CAD - Computer Aided Design ou Desenho Auxiliado por Computador.

Para as obras apresentadas, foram determinados os itens de serviço com suas quantidades

estimadas pelos desenhos de forma e adoção de taxas de consumo de armadura.

Posteriormente, a planilha com os itens de serviço, deverá ser encaminhada à Coordenação

Geral de Custos Rodoviários - CGCIT para a inclusão dos preços.

Para o Projeto Executivo a ser elaborado a partir deste Anteprojeto, o Decreto nº 8.080, de

20 de agosto de 2013, que altera o Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011,

regulamentador do Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC (de que trata a Lei

nº 12.462/2011, de 5 de agosto de 2011) em seu Art. 66, versa sobre análise e aceitação do

projeto, no caso de contratação integrada. Para os Projetos de Engenharia advindos das

Contratações Integradas em empreendimentos do DNIT, a IS/DG nº 02, de 14 de Março de

2014, estabelece as diretrizes para sua análise e aceitação.

1.2 APRESENTAÇÃO DA OBRA DE ARTE

A BR-174/RR é uma rodovia longitudinal federal brasileira que liga Manaus a Boa Vista,

prosseguindo até o extremo norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela. A ponte sobre

o Igarapé Arruda localiza-se no trecho Igarapé Jundiá – Vila do Equador da BR-174/RR,

especificamente no km 103,192, conforme pode ser verificado na Figura 1.1.

Figura 1.1 – Início da Ponte no Sentido Manaus-Boa Vista. (Fonte: Videoteca DNIT).

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A construção, a cargo do DER de Roraima, foi iniciada em 1997 e, após várias paralizações,

foi inaugurada em 1999.

1.2.1 Morfologia Estrutural

A Ponte sobre o Igarapé Arruda vence um vão total com 45 metros de comprimento. Existem

dois apoios, formando três vãos com 15 metros de comprimento cada (ver Figura 1.2). A

classificação da OAE, sob diversos aspectos, é resumida na Tabela 1.2.

Figura 1.2 – Perfil Longitudinal da OAE. Dimensões em centímetro (Fonte: Projeto Executivo

Original).

Tabela 1.2 – Classificação da OAE.

Categoria Ponte sobre o Igarapé Arruda

Comprimento Ponte (L≥10m)

Natureza do tráfego Rodoviária

Material da Superestrutura Concreto Armado

Desenvolvimento Planimétrico Reta ortogonal

Desenvolvimento Altimétrico Reta horizontal

Sistema Estrutural Ponte em vigas

Seção Transversal Vigas “I”

Posição do Tabuleiro Tabuleiro superior (normal)

Processo de Execução Superestrutura Pré-moldada

Duração Definitiva

Tipo Estático Vãos isostáticos

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Superestrutura: o tabuleiro é formado por cinco vigas pré-moldadas em concreto armado,

com 90cm de altura, e laje moldada in loco sobre placas pré-moldadas. As vigas são ligadas

por transversinas em concreto armado nas seções de apoio.

Figura 1.3 – Seção típica da OAE. (Fonte: Projeto Executivo Original).

Mesoestrutura: nos encontros, é formada por travessas em concreto armado moldado in

loco apoiada diretamente sobre estacas metálicas. Nos apoios internos, utilizou-se travessa

em concreto armado moldado in loco apoiada em dois tubulões. O apoio das vigas nas

travessas é constituído por aparelhos de apoio em neoprene fretado com dimensões

20x30x3,3cm.

Infraestrutura: nos encontros, adotou-se estacas metálicas constituídas por três trilhos

ferroviários soldados (3 TR). Em cada apoios interno, a infraestrutura compõe-se por dois

tubulões com fuste de 1,2m de diâmetro e base alargada com 2,5 metros de diâmetro.

Figura 1.4 – Modelo 3D da Estrutura – Vista Isométrica Inferior (baseado no projeto executivo).

Tubulão

Existente

Estacas

Metálicas

Tubulão

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1.3 MAPA DE SITUAÇÃO

Roraima

Figura 1.5 - Mapa de Situação – Ponte sobre o Igarapé Arruda.

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2 CONDIÇÕES ESTRUTURAIS/FUNCIONAIS DA OBRA DE ARTE

O estado funcional e estrutural da Ponte sobre o Igarapé Arruda é caracterizado a partir das

informações constantes nos processos listados na Tabela 1.1 e por informações

disponibilizadas no sistema interno do DNIT. A seguir, as principais referências que

embasaram o projeto de reabilitação da Ponte sobre o Igarapé Arruda são reproduzidas

parcialmente, limitando-se ao escopo dos estudos de anteprojeto.

2.1 REGISTRO FOTOGRÁFICO SEINF/RR (25/10/2004)

O registro fotográfico (ver Figura 2.1) foi executado pela Secretaria de Estado da

Infraestrutura de Roraima (SEINF/RR) por solicitação do DNIT e é reproduzido na Figura

2.1. Apenas as fotografias foram submetidas ao DNIT, sem legenda e relatório de inspeção.

(a) Entrada da OAE.

(b) Vista lateral de um dos apoios.

(c) Vista inferior da travessa.

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(d) Vista inferior do vão central

(e) Tubulão

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(f) Vista inferior do vigamento principal

(g) Vista lateral do vigamento principal

(h) Vista inferior do vigamento principal

Figura 2.1 – Registro Fotográfico executado pela SEINF/RR.

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2.2 RELATÓRIO DE VISTORIA (10/08/2005)

A vistoria foi realizada em 12/07/2005, por equipe técnica do DNIT, e seu registro

fotográfico é reproduzido na Figura 2.2. O relatório de vistoria foi elaborado em 10/08/2005.

(a) Vista lateral do vão central.

(b) Vista frontal.

(c) Tubulão (c/ recalque).

(d) Tubulões/Travessa.

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(e) Deformação sobre linha de tubulões da margem sul.

(f) Deformação sobre linha de tubulões da margem sul.

(g) Deformação no LE ≅ 18,5 cm.

(h) Deformação no LD ≅ 25,0 cm.

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(i) Deformação no LE ≅ 18,5 cm.

(j) Deformação no LD ≅ 25,0 cm.

(k) Abertura entre as vigas sobre o apoio recalcado.

(l) Deslocamento do tabuleiro LE.

(m) Deslocamento do tabuleiro LD.

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(n) Pingadeiras na laje em balanço.

(o) Dispositivo de drenagem.

(p) Armaduras sem cobrimento.

(q) Restos de madeira.

Figura 2.2 – Registro Fotográfico Constante no Relatório da Vistoria do dia 12/07/2005.

Os principais achados da vistoria são resumidos na Tabela 2.1.

Tabela 2.1 – Achados da Vistoria (12/07/2005).

Patologia / Deficiência Registro Fotográfico (Figura 2.2)

Ninho de concretagem (p, c)

Segregação (q)

Recalque de linha de apoio (g, h, i , j, k)

Deslocamento lateral do tabuleiro (l, m)

Drenagem insuficiente (a, n, o)

No relatório de vistoria, a estrutura da Ponte sobre o Igarapé Arruda é classificada, de acordo

com a Norma DNIT 010/2004 – PRO, como em condições de estabilidade precárias, obra

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crítica, e em condições de conservação boas, aparentemente. Recomenda-se, em caráter de

extrema urgência, a elaboração de projeto de recuperação, reforço e execução das obras

contemplando o reforço das fundações da primeira linha de apoio e o nivelamento do

tabuleiro, por meio de macaqueamento.

2.3 RELATÓRIO DE VISTORIA (13/04/2011)

A vistoria foi realizada dia 13/04/2011, por equipe técnica do DNIT. O registro fotográfico

constante no relatório de vistoria, elaborado em 27/04/2011, é reproduzido na Figura 2.3.

(a) Entrada da OAE – Sentido Boa Vista – Manaus.

(b) Travessa – Vista inferior.

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(c) Vista da estrutura.

(d) Tubulão com falha de concretagem.

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(e) Aparelho de apoio deformado.

(f) Aparelho com parte separada do berço.

(g) Deformação no lado direito – Sentido Boa Vista.

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(h) Deformação no lado esquerdo – Sentido Boa Vista.

(i) Deslocamento da superestrutura.

(j) Deslocamento da superestrutura.

(k) Defeitos de Execução.

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(l) Sujeira e abertura entre as vigas.

Figura 2.3 – Registro Fotográfico Constante no Relatório da Vistoria do dia 13/04/2011.

As principais manifestações patológicas e deficiências funcionais/estruturais verificadas na

vistoria são listadas na Tabela 2.2.

Tabela 2.2 – Achados da Vistoria (13/04/2011).

Patologia / Deficiência Registro Fotográfico (Figura 2.3)

Nicho de concretagem (d)

Segregação (k)

Recalque de linha de apoio (g, h)

Deslocamento lateral do tabuleiro (i, j)

Aparelho de Apoio

deformado/descolado (e, f)

Eflorescências (c, k, l)

No relatório de vistoria, a estrutura da Ponte sobre o Igarapé Arruda é classificada, de acordo

com a Norma DNIT 010/2004 – PRO, como em condições de estabilidade sofríveis, obra

problemática, e em condições de conservação regular. Recomenda-se, em caráter de extrema

urgência, a elaboração de obras de recuperação e reforço contemplando o reforço das

fundações, o nivelamento da estrutura através de macaqueamento da superestrutura,

verificação, manutenção e substituição dos aparelhos de apoio e verificar a necessidade de

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reforço da superestrutura. Em caráter de urgência, recomenda-se a execução de obras de

recuperação, observando a construção de pingadeiras de acordo com o Manual de Projeto de

Obras de Arte Especiais (DNIT, 1996), instalação de elementos de captação de água do

tabuleiro (100mm cada 4,0 metros), limpezas das manchas claras, pintura e correção das

patologias observadas.

2.4 VIDEOTECA DO DNIT

A videoteca do DNIT fornece um registro visual de rodovias da malha federal, incluindo

informações como irregularidade longitudinal, índice de gravidade global, coordenadas

geográficas e altitude.

(a) km 102,153.

(b) km 102,764.

(c) km 103,071.

(d) km 103,118.

Figura 2.4 – Registro da Videoteca do DNIT – BR-174/RR (25/05/2015).

Como pode ser verificado na Figura 2.4 a BR-174/RR, entre km 101,04 a 103,19, apresenta

excelentes condições para o tráfego de veículos, com faixas visíveis e acostamento em

ambos sentidos da via. Existem três placas de advertência sobre a depressão no tabuleiro da

Ponte sobre o Igarapé Arruda. O acesso à OAE conta com defensas metálicas em ambos os

sentidos da via indicando a falta de acostamento sobre a ponte.

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3 CONCEPÇÃO DO PROJETO

As atividades de reabilitação da Ponte sobre o Igarapé Arruda envolvem intervenções na

Infraestrutura, mesoestrutura e superestrutura que objetivam restabelecer e adequar suas

condições funcionais e de segurança. As soluções estruturais, assim como os critérios e

diretrizes que orientaram sua definição, são descritas para cada elemento da OAE.

3.1 INFRAESTRUTURA

Uma das linhas de apoio, especificamente o eixo B indicado na Figura 1.2, apresenta

recalque conforme citado nos relatórios de vistoria (ver Figura 2.1 a Figura 2.3), causando

um deslocamento vertical perceptível no tabuleiro da OAE. Ambos tubulões sofreram

recalque, porém não uniforme, gerando uma rotação do tabuleiro deslocando-o para o lado

direito (sentido Boa Vista). Do ponto de vista estrutural, esse desvio de geometria é

extremamente danoso, pois acarreta em esforços solicitantes não previstos no projeto

executivo, principalmente em relação ao impacto dinâmico e à esforços de segunda ordem

que podem ocorrer na meso/infraestrutura.

A determinação da origem do sinistro não pertence ao escopo deste trabalho, porém pode-se

inferir que, provavelmente, está ligada a falta de sondagens no local das fundações. Foram

realizados somente três furos de sondagem (ver Anexo A) que demonstram perfis

geotécnicos com variabilidade considerável entre si. O Manual de Projeto de Obras-de-Arte

Especiais (DNER, 1996) preconiza que deve ser executada uma sondagem no exato local de

cada fundação da OAE, em caráter indispensável e obrigatório. Também não foi encontrado,

até a elaboração deste anteprojeto, registro da execução dos tubulões que atestasse que foram

assentes em rocha, conforme indica o projeto executivo.

Dessa maneira, a solução proposta para o reforço das fundações da Ponte sobre o Igarapé

Arruda consiste em transferir os esforços de cada tubulão para um novo sistema de apoio

formado por quatro estacas-raiz com capacidade para suportar integralmente os

carregamentos externos. As estacas-raiz adotadas têm 410mm de diâmetro no comprimento

cravado em solo e 305mm no embutimento em rocha, obrigatório.

A compatibilização de esforços e deslocamentos entre as estacas-raiz e o tubulão é realizada

pela execução de um bloco em concreto protendido ligando os elementos estruturais. A

protensão é feita com quatro tirantes em cada direção, formados por barras de aço ST85/105

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com 32mm de diâmetro, que devem perfurar os tubulões garantindo a solidarização entre a

estrutura existente e o novo bloco de maneira a formar um sistema estático estável. A Figura

3.1 mostra um esquema ilustrativo da solução adotada.

(a)

(b)

(c)

Figura 3.1 – Representação Esquemática do Reforço das Fundações. (a) Vista isométrica. (b) Vista

Frontal. (c) Vista Superior.

Segundo a NBR 6122:2010 estaca-raiz é uma estaca moldada in loco em que a perfuração é

revestida integralmente, em solo, por meio de segmentos de tubos metálicos (revestimento

recuperável) rosqueados à medida que a perfuração é executada. A escolha por um sistema

de fundações constituído por estacas-raiz é condicionada às características de execução da

obra. Segundo Velloso (2010), as estacas-raiz têm propriedades que permitem sua utilização

em situações que inviabilizam o uso de outros tipos de estacas, a saber: não produzem

choques nem vibrações; existem ferramentas que permitem executá-las através de obstáculos

tais como blocos de rocha ou peças de concreto; os equipamentos geralmente têm pequeno

porte, o que possibilita o trabalho em ambientes restritos e podem ser executadas na vertical

ou em qualquer inclinação.

Estaca-raiz Blocos para

transferência

de carga

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3.2 MESOESTRUTURA

As intervenções na mesoestrutura tem como objetivo possibilitar a elevação da

superestrutura, com utilização de macaco hidráulico, e dar suporte ao alargamento da via.

Propõe-se a execução de um console incorporado às travessas para a constituição das

plataformas de macaqueamento. A ampliação da travessa e o os consoles devem formar um

conjunto monolítico sendo, portanto, executados em única betonada. A solidarização

mecânica entre a estrutura existente e a nova, assim como seu reforço, é viabilizada por

protensão transversal, perfurando a travessa existente, com barras de aço ST85/105 32mm

de diâmetro e protensão longitudinal aderente com de cordoalhas aço CP 190 RB 12,7mm.

(a)

(b)

(c)

Figura 3.2 – Representação Esquemática do Reforço da Mesoestrutura. (a) Vista isométrica. (b)

Vista Lateral. (c) Vista Frontal.

Berços em graute

(dimensões a definir)

para nivelamento da

superestrutura

Ampliação

das travessas

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São previstos berços em microcreto, ou graute, para estabilizar a superestrutura na posição

correta, em concordância com o alinhamento vertical da rodovia. Os aparelho de apoio,

dispositivos que fazem a transição entre a superestrutura e mesoestrutura, devem ser

avaliados à luz da norma DNIT 091/2006-ES e trocados caso seja necessário, exceto os

aparelhos localizados no eixo B e C (Figura 1.2) que deverão ser trocados obrigatoriamente.

O trecho dos tubulões acima da cota de arrasamento das estacas-raiz deve ser escarificado,

removendo-se uma camada de 10cm em todo perímetro, e restituído em concreto estrutural.

3.3 SUPERESTRUTURA

Atualmente, a largura da superestrutura da Ponte sobre o Igarapé Arruda é de 9,8m (ver

Figura 1.3). O anteprojeto visa compatibilizar a largura da rodovia e da OAE e propõe o

alargamento da estrutura de 9,80m para 12,80m, de modo a oferecer mais segurança e

conforto ao usuário. Assim, as barreiras rígidas existentes deverão ser demolidas, para se

fazer o acoplamento com nova seção de concreto armado, preservando as armaduras

existentes. Concomitantemente, deve-se remover as pingadeiras e os buzinotes.

(a)

(b)

Figura 3.3 – Projeto de Alargamento da superestrutura. (a) Vista isométrica do Tabuleiro. (b)

Seção Transversal Típica do Alargamento.

Transversina

moldada in loco

Vigas Pré-

moldadas

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A solução estrutural do alargamento da OAE consiste em vigas pré-moldadas, em concreto

armado, laje em concreto armado moldado in loco e transversinas na seção de apoio das

vigas seguindo dando continuidade às existentes. A Figura 3.3 mostra um esquema

ilustrativo da solução adotada. As barreiras rígidas têm 40cm de largura com geometria

definida pela norma DNIT 109/2009 – PRO. Os dispositivos de drenagem e pingadeiras

devem ser projetados e executados de acordo com o Manual de Projeto de Obras de arte

Especiais (DNER, 1996).

O anteprojeto também envolve a recuperação da superestrutura considerando as patologias

listadas nas Tabela 2.1 e Tabela 2.2. As atividades de recuperação visão eliminar os defeitos

e reduzir a velocidade de degradação da OAE, aumentando sua vida útil. A Tabela 3.1

resume as patologias encontradas na OAE e a respectiva terapia recomendada.

Tabela 3.1 – Manifestações Patológicas e Terapias Recomendadas para a Superestrutura.

Manifestação

Patológica Terapia Procedimento

Manchas de

umidade,

sujeira e

eflorescência

Lixamento elétrico das

superfícies afetadas;

1. Procurar manter a lixadeira paralela à superfície

em tratamento, executando movimentos

circulares e homogêneos.

2. Esfregar a lixa com movimentos circulares

energéticos sobre a superfície a ser tratada, não

concentrar esforços nas áreas que apresentam

maior deterioração, pois este procedimento

acabará marcando a estrutura e danificando o

aspecto visual.

3. O disco de lixa a ser utilizado deverá ser nº 24 a

36 para lixamento grosso, ou nº 100 a 120 para

lixamento fino.

Limpeza com jato de água

fria pressurizada;

1. Iniciar a limpeza pelas partes mais profundas,

procurando manter a pressão adequada para

remoção de partículas soltas.

2. Executar preferivelmente movimentos circulares

com o bico do jato para facilitar a limpeza de toda

a superfície.

Pintura hidrofugante base

silicone;

1. Garantir o teor de humidade do substrato de

modo a atender o máximo recomendado pelo

fabricante.

2. Aplicar o produto em duas demãos, defasadas 48

horas, com broxa, pincel ou pulverizador. Os

cantos menores e de difícil acesso devem ser

detalhados com pincel.

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Ninhos de

Concretagem

e Segregação

Reparo profundo

executado com graute /

microconcreto fluido

1. Demarcar o contorno da área a ser tratada com

disco de corte.

2. Apicoar a região a ser tratada, retirando todo

material solto, mal compactado e segregado até

atingir o concreto são.

3. Preparo do substrato e aplicação de ponte de

aderência adesivo base epóxi.

4. Preparo do graute: em misturador mecânico,

adicionar água ao material seco na quantidade

recomendada pelo fabricante, misturar e

homogeneizar por aproximadamente três

minutos.

5. Preparar formas estanques e rígidas com

alimentador tipo cachimbo ou calha.

6. Verter o graute/microconcreto, respeitando o

prazo de pega do adesivo, de forma lenta e

contínua sempre pelo mesmo lado até atingir

10cm acima do limite da cavidade. Observar o

prazo máximo de lançamento de todo o material,

que deve ser de 20 minutos após o preparo da

mistura.

7. O acabamento, após a remoção das formas, que

ocorrerá no mínimo 24 horas após o lançamento

do graute, deverá ser feito cortando os excessos

com disco de corte elétrico. Quando necessário,

dar acabamento com argamassa para

estucamento na proporção 2:1:1 (cimento

Portland: cimento branco: areia fina), em

volume, suavizada com solução de adesivos

acrílicos e água na proporção 1:3.

8. Fazer cura úmida por 7 dias ou aplicar duas

demãos de membrana de cura com pulverizador

antes do início de pega, ou com pincel ou rolo

após o início de pega. Nas primeiras 36 horas

evitar a radiação solar direta com o uso de toldos

ou outros anteparos.

Deficiência

de Drenagem

Impermeabilização do

tabuleiro

1. Demolição controlada de uma camada de 3cm da

parte superior do tabuleiro. Limpar superfície por

jateamento de água fria pressurizada.

2. Restituição do tabuleiro em argamassa

modificada com polímeros, selando eventuais

fissuras.

Construção de novos

condutores de água e

pingadeiras

1. Os novos condutores serão formados por tubos

de 100mm de diâmetro a cada quatro metros

conforme o Manual de Projeto de Obras-de-

Arte (DNER, 1996).

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3.4 PROVA DE CARGA

Segundo o Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários (DNIT/IPR, 2010)

prova de carga é o conjunto de observações e medidas do comportamento de uma estrutura,

quando submetida a cargas conhecidas e controladas, que não causam modificações no seu

comportamento elástico. As provas de carga, que podem ser usadas para verificar o

comportamento de elementos isolados ou de todo o sistema estrutural, são métodos

alternativos, ou de comprovação dos métodos analíticos, para avaliar a capacidade resistente

da ponte.

Após a conclusão do empreendimento e imediatamente antes da liberação total do tráfego,

proceder pela homologação da OAE para o TB-45 com ensaio dinâmico com veículo

especial instrumentado.

Os dados e resultados aferidos, obtidos no ensaio, deverão integrar o as built para o

recebimento da obra. Este ensaio deverá aferir e definir:

A frequência natural;

Coeficiente de impacto;

Coeficiente de amplificação dinâmica.

3.5 CANTEIRO DE OBRA

O Canteiro de Serviço é a disposição física das fontes de materiais, edificações e construções

necessárias para concentrar a estrutura e o apoio logístico indispensáveis ao gerenciamento

e à execução da obra. No apoio ao canteiro, deve-se considerar as condições

socioeconômicas das comunidades que serão influenciadas pela obra e as cidades mais

próximas com bancos, hospitais, hotéis e aeroportos. A seguir apresenta-se uma lista de

edificações dos canteiros de obra, a qual contempla as instalações de produção e as demais

edificações que complementam o canteiro: escritórios, laboratórios, depósitos de materiais,

unidades de produção, alojamentos, etc. O Canteiro Central será dotado de uma central de

concreto e berços para a concretagem das peças pré-moldadas (vigas longarinas).

O canteiro e demais unidades que o compõe devem estar em conformidade com as

prescrições da NBR-6492, NBR-12.721, 12.722 e a Norma Regulamentadora nº 18 do

Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece condições de meio ambiente de trabalho

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na indústria da construção e define genericamente canteiro de obras como o conjunto de

áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção.

Tabela 3.2 - Relação das Edificações - Canteiros da OAE.

Canteiro de Obras

Nº Edificação Área

(m²)

1 Escritório (Container 20’) 14,79

2 Seção Técnica (Container 40’) 29,75

3 Almoxarifado 125,76

4 Depósito de Cimento 172,38

5 Central de Armaduras 241,5

6 Refeitório e Cozinha 88,65

7 Alojamento 109,62

8 Banheiro e Vestiário 62,91

9 Oficina 66,42

10 Garagens 171,72

11 Ambulatório (Container 40’) 29,75

12 - -

13 Topografia (Container 20’) 14,79

14 Posto de Combustível -

15 Carpintaria 74,97

16 Área de Recreação (3/4 Container 20’) 47,18

17 Guaritas 8,70

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Figura 3.4 – Layout do Canteiro.

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3.6 CONSIDERAÇÕES GERAIS

O projeto executivo da OAE, de responsabilidade da empresa vencedora do certame, deverá

ser desenvolvido conforme o Manual de Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e

Projetos Rodoviários - Instruções para apresentação de Relatório (IPR 727), o Manual de

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários - Escopos Básicos

para Instrução de Serviços (IPR 726) e demais manuais, normas, especificações e instruções

de serviço do DNIT relacionados a projetos e obras de OAE, no que couber.

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4 CRONOGRAMA E PLANO DE EXECUÇÃO

O cronograma estimado para a realização completa do empreendimento em questão é

representado, esquematicamente, na Figura 4.1. Estima-se que o prazo global seja de 18

meses.

Figura 4.1 – Cronograma Estimado do Empreendimento.

O plano de execução, ou plano de ataque, é a sequência racional do conjunto de atividades

que constituem a obra. As atividades para a reabilitação da Ponte sobre o Igarapé Arruda

podem ser divididas em três etapas, detalhadas a seguir.

4.1 SERVIÇOS PRELIMINARES

Os serviços preliminares englobam as primeiras atividades que viabilizam a execução

racional da obra. Assim, essa etapa envolve os seguintes serviços:

Mobilização de equipamentos e implantação do canteiro de obras;

Implantação dos acessos à infra/mesoestrutura.

4.2 INFRA/MESOESTRUTURA

Essa etapa compreende o reforço da infraestrutura e o reforço, alargamento e restauração da

mesoestrutura, envolvendo:

Escavação nos eixos de apoio B e C até a cota de arrasamento das estacas-raiz;

Execução das estacas-raiz: perfuração, colocação da armadura e concretagem;

Apicoamento e execução dos furos nos tubulões para a montagem das barras de

protensão. Limpeza das superfícies com jato de água fria pressurizada;

Montagem da armadura, concretagem e protensão dos blocos de concreto e

encamisamento dos tubulões;

Preparo da superfície (apicoamento e limpeza) das travessas e execução dos furos

para protensão transversal;

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Projeto Básico e Executivo

Execução das obras

Meses

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Montagem da armadura, concretagem e protensão transversal da travessa com o

consolo e alargamento incorporados (ver Figura 3.2);

Protensão longitudinal das travessas ampliadas;

Demolição das barreiras rígidas existentes, incluindo os muros ala dos acessos;

Elevação da superestrutura com a utilização de macaco hidráulico;

Remoção dos aparelhos de apoio existentes e execução de berços em

graute/microconcreto nos apoios das vigas para nivelamento do tabuleiro segundo o

alinhamento vertical da rodovia;

Instalação dos novos aparelhos de apoio;

4.3 SUPERESTRUTURA

A terceira etapa consiste no reparo e alargamento da superestrutura e serviços finais da obra.

Compreende os serviços:

Içamento e instalação das vigas pré-moldadas;

Execução das plataformas de trabalho com andaimes e cimbramento do alargamento

do tabuleiro;

Execução dos serviços de reparo (ver Tabela 3.1);

Montagem das armaduras e concretagem da nova seção da laje e barreiras rígidas

com pingadeiras.

Restituição dos encontros envolvendo:

Escavação e desmatamento;

Execução de estacas-raiz para compor as fundações do trecho alargado;

Montagem da armadura e concretagem da seção da travessa alargada e

muros ala;

Execução de aterro compactado para compor o alargamento dos acessos.

A executante será responsável pela manutenção e pela segurança do tráfego durante as obras

adotando-se as seguintes providências:

- Sinalização diurna e noturna;

- Controle do tráfego por pessoal devidamente uniformizado e previamente treinado.

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5 NORMAS E INSTRUÇÕES

O licitante deverá obedecer às Normas e Instruções do DNIT cabíveis a cada item definido,

introduzindo as necessárias adequações e adaptações, considerando as particularidades e o

objetivo dos serviços. As Instruções e Especificações de Serviço constantes de documentos

do DNER e em vigor no DNIT, não deverão ser transcritas, bastando citá-las, redigindo

apenas as alterações propostas.

O projeto da OAE deverá ser desenvolvido de acordo com o previsto no EB-103 e na IS-214

das Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, ed. 2006, do

DNIT, no Manual de Projeto de Obras de arte Especiais, ed. 1996, Manual de Construção de

Obras de arte Especiais, ed. 1995, todos do extinto DNER, e com as Normas da ABNT

abaixo relacionadas, bem como suas atualizações, dentre outras:

NBR 7187/2003 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido -

Procedimento.

NBR 6118/2014 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.

NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundações - Procedimento.

NBR 6123/1988 Versão corrigida 2013 – Forças devido ao vento em edificações -

Procedimento.

NBR 7188/2013 – Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre - Procedimento.

NBR 8953/2015 – Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por

grupos de resistência e consistência.

NBR 8681/2003 Versão corrigida 2004 – Ações e segurança nas estruturas - Procedimento.

NBR 9062/2006 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado.

NBR 10839/1989 – Execução de obras de arte especiais em concreto armado e protendido –

Procedimento.

NBR 12655/2015 Versão Corrigida 2015 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle

e recebimento – Procedimento.

NBR 14931/2004 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento.

NBR 7480/2007 – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –

Especificação.

NBR 7482/2008 – Fios de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação.

NBR 7483/2008 – Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação.

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NBR 7484/2009 – Barras, cordoalhas e fios de aço destinados a armaduras de protensão -

Método de ensaio de relaxação isotérmica.

NBR 7211/2009 – Agregados para concreto – Especificação.

NBR 10908/2008 – Aditivos para argamassa e concreto - Ensaios de caracterização.

NBR 11768/1992 – Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Requisitos.

NBR 15577/2008 – Agregados – Reatividade álcali-agregado.

NBR 9050/2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos

urbanos.

Em caso de conflito entre as Normas do DNIT e as da ABNT, prevalecerão as prescrições

das Normas da ABNT.

NORMAM - 11/DPC/MARINHA DO BRASIL - Normas da Autoridade Marítima para

obras, dragagens, pesquisas e lavra de minerais sob, sobre e às margens das águas

jurisdicionais brasileiras.

No desenvolvimento dos projetos serão utilizadas, onde couber, as seguintes Instruções de

Serviço:

Instrução de Serviço Atividade

IS-201 Estudos de Tráfego em Rodovias

IS-202 Estudos Geológicos

IS-203 Estudos Hidrológicos

IS-204 Estudos Topográficos para Projetos Básicos de Engenharia para

Construção de Rodovias Rurais.

IS-206 Estudos Geotécnicos

IS-207 Estudos de Traçado

IS-208 Projeto Geométrico

IS-209 Projeto de Terraplenagem

IS-210 Projeto de Drenagem

IS-211 Projeto de Pavimentos Flexíveis

IS-213 Projeto de Interseções, Retornos e Acessos

IS-214 Projeto de Obras de arte Especiais

IS-215 Projeto de Sinalização

IS-216 Projeto de Paisagismo

IS-217 Projeto de Dispositivos de Proteção (Defensas e Barreiras)

IS-218 Projeto de Cercas

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Instrução de Serviço Atividade

IS-219 Projeto de Desapropriação

IS-220 Orçamento da Obra

IS-222 Apresentação de Plano de Execução da Obra

IS-223 Avaliação e Redimensionamento de Obras-de-Arte Especiais Existentes

IS-224 Projeto de Sinalização da Rodovias durante a Execução de Obras e

Serviços

IS-225 Projeto de Pavimentos Rígidos

IS-246 Componente Ambiental dos Projetos de Engenharia Rodoviária

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais - Departamento Nacional de Estradas de

Rodagem. Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica,

225p. (IPR. Publ., 698) Rio de Janeiro, 1996.

Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. 159p.

(IPR Publ., 744) Rio de Janeiro, 2010.

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, 3a Edição,

DNIT/2006;

VELLOSO, Dirceu de Alencar. LOPES, Francisco de Rezende. Fundações. Volume 2 –

Fundações Profundas. Nova Edição – São Paulo: Oficina de Textos, 2010.

HELENE, Paulo R. L. Manual de reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. 2ª

Edição – São Paulo: PINI, 1992.

Manual de Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado. Reparo, Reforço e Proteção.

Red Reabilitar, vários editores. São Paulo, 2003.

SOUZA, Vicente Custódio. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São

Paulo: PINI, 1998.

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7 TERMO DE ENCERRAMENTO

O presente Anteprojeto foi elaborado na Coordenação de Projetos de Estruturas

/CGDESP/DPP/DNIT, em Junho de 2016, estando os autores abaixo relacionados à

disposição para esclarecimentos adicionais.

___________________________________________________________

Edimarques Pereira Magalhães - Mat. 2824-0

___________________________________________________________

Galileu Silva Santos - Mat. 4171-8

___________________________________________________________

Paulo Sérgio Barbosa Abreu - Mat. 3949-7

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ANEXO A. SONDAGENS GEOTÉCNICAS

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ANEXO B. ESTUDO HIDROLÓGICO

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ANEXO C. DESENHOS ESQUEMÁTICOS