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Antigos Astronautas Volume i

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João Fernandes da Silva Júnior

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

João Fernandes da Silva Júnior

ANTIGOS ASTRONAUTASMito ou Verdade?

Volume I

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

João Fernandes da Silva Júnior

ANTIGOS ASTRONAUTAS

Mito ou Verdade?

Volume I

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Capa – João Fernandes da Silva Júnior

Diagramação – João Fernandes da Silva Júnior

Revisão – João Fernandes da Silva Júnior

Copydesk – João Fernandes da Silva Júnior

© Copyright 2013 João Fernandes da Silva Júnior

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Impresso no Brasil – Printed in Brazil – Presita em Brazilo

Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia ou gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor.

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Índice

Introdução... 13

Capítulo IA Teoria dos Antigos Astronautas... 21

I – O Que Aconteceu no Passado?... 51I. 1 – Arquitetura Anunnaki... 55I. 2 – A Partida dos “Deuses”... 59I. 3 – Conhecimentos Espíritas... 71I. 4 – Documentação Destruída... 82I. 5 – Continente Perdido... 83I. 6 – Neanderthais e Humanos... 83I. 7 – Antigos Habitantes da Terra... 83I. 8 – A Mesopotâmia... 85I. 9 – Depois da Guerra... 86I. 10 – Monumentos Megalíticos... 88II – Antigos Astronautas... 91III – Viajantes do Tempo?... 93IV – Alienígenas Ancestrais... 99IV. 1 – Os Cagots... 100V – A Origem da Teoria... 101VI – Alienígenas do Passado... 106VII – O Passado e suas Evidências... 107VII. 1 – A Arte Primitiva... 111VII. 2 – As Pedras de Icá... 113

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João Fernandes da Silva JúniorVII. 3 – Homens do Passado... 115VII. 4 – Arqueologia Fantástica... 115

VIII – Astronautas do Passado e sua Tecnologia Incrível... 115VIII. 1 – A Pirâmide Bósnia do Sol... 119VIII. 2 – A Cidade de Denrinkuyu... 121VIII. 3 – Roswell... 123VIII. 4 – Egípcios Antigos... 126IX – Um Momento no Passado Houve Contato... 128IX. 1 – Puma Punku... 128X – As Marcas da Visita... 130X. 1 – A Idade da Grande Pirâmide... 137X. 2 – A Máquina do Tempo sob o Gelo... 140X. 3 – Dilúvio?... 141X. 4 – Construções Megalíticas... 142X. 5 – Harappa e Mohenjo-Daro... 142X. 6 – No Princípio... 143X. 7 – Semelhanças... 144X. 8 – Civilizações Desaparecidas... 145X. 9 – Stonehenge e seus Enigmas... 147X. 10 – Teotihuacán... 149X. 11 – Os Mapas dos Reis dos Mares... 149X. 12 – A Máquina de Antikythera... 152X. 13 – Antiga Escrita Escocesa... 152XI – Terra: Laboratório Alien?... 154

Capítulo IIO Passado pouco Conhecido... 157

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I – Estranhas Pinturas... 158II – Deuses, Heróis ou Astronautas?... 162II. 1 – Gigantes ETs... 165II. 2 – Continentes Desaparecidos... 169II. 3 – Visitantes... 169III – A Negação das Superpotências... 171

Capítulo IIIO Universo... 111

I – A Vida em outros Mundos... 177I. 1 – Iapetus é Artificial?... 178II – A Vida na Terra e no Espaço... 179III – Bases na Lua... 181IV – Os Deuses Astronautas... 181

Capítulo IVA História Oculta... 183

I – Enigmas... 183I. 1 – Os Arquitetos Megalíticos... 111I. 2 – Viagens Marítimas na Antiguidade... 111I. 3 – Os Primeiros Americanos... 111I. 4 – Construções Europeias Pré-Históricas... 111I. 5 – Os Enigmas dos Maias... 111II – Civilizações Perdidas na Amazônia... 111III – Vestígios Alienígenas... 111III. 1 – A Origem do Sânscrito... 111III. 2 – Novas Descobertas... 111III. 3 – Segredos... 111

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João Fernandes da Silva JúniorIII. 4 – As Pirâmides na Antártida... 111III. 5 – Os Crânios de Cristal... 111

III. 6 – Imagens do Pretérito... 111III. 7 – Eles Estão Voltando... 111IV – Nimrod... 111V – Atlântida... 111V. 1 – Atlantes e Maias... 111VI – Lemúria... 111VI. 1 – Túmulos Megalíticos no Japão... 111

Palavras Finais... 111

Biografia... 111

Bibliografia... 111

Limiar Edições... 111

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Introdução

s questões expostas no presente livro são bastante importantes pela razão de os espíritas não possuírem acesso a elas, de uma

maneira geral, justamente por elas parecerem fora do contexto doutrinário, entretanto, na medida em que você leitor for passando de uma página para outra poderá perceber o quanto a Teoria dos Antigos Astronautas tem a ver com a Doutrina Espírita. E não podemos esquecer-nos de um fato muito importante assinalado pelo Codificador (Kardec, 2007):

A

“Entre os Espíritos que concorreram para a realização desta obra, vários viveram em diversas épocas sobre a Terra, onde pregaram e praticaram a virtude e a sabedoria. Outros não pertencem, pelo nome, a nenhum personagem do qual a História tenha guardado a lembrança, mas sua elevação é atestada pela pureza de sua doutrina e sua união com aqueles que trazem um nome venerado”. O grifo é nosso.

Entre alguns dos nomes registrados pela História encontramos São Luís, Platão, etc., que se encontravam naqueles tempos já reencarnados em outros mundos. São Luís, pelas informações mediúnicas fornecidas por ele mesmo, era habitante

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João Fernandes da Silva Júniorde Júpiter e viera a Terra em missão. Bach era morador de Europa (um dos muitos satélites do

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planeta Júpiter). Platão era habitante de Urano, etc...

Durante a produção da Codificação Espírita eles deixavam o corpo físico repousando em seus mundos e vinham em espírito prestar os esclarecimentos necessários para a composição daquele importante cabedal de conhecimentos. Só este fato já serve para criar um ponto de conexão entre os seres inteligentes que vivem em outros mundos e o despertamento da consciência humana apara questões mais elevadas. Tal qual foi realizado também no passado remoto. Pois, a base de todas as religiões antigas é a mesma do Espiritismo, com o diferencial deste possuir a explicação racional para o que antes era simplesmente considerado como acontecimentos fantásticos.

Fizemos aqui uma vinculação de informações de modo a criar um elo entre acontecimentos do passado e do presente dentro do contexto espírita. Não podemos nos esquecer de que a vida fora da Terra é um conceito amplamente divulgado pelas obras espíritas e espiritualistas. A chegada dos capelinos aqui na Terra já serve como um bom exemplo da existência de vida inteligente fora do “nosso” mundo.

Espíritos encarnados em outros planetas tomaram parte até mesmo da Codificação Espírita, trazendo novas luzes para expandir o conhecimento humano sobre Deus, o Universo e nós mesmos. Afinal de

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João Fernandes da Silva Júniorcontas eles foram missionários enviados para nos esclarecer acerca de tudo aquilo que ignorávamos.

O que fazemos nesta obra é proporcionar uma visão sob a ótica espírita de eventos remotos que até hoje permanecem espantando os pesquisadores, e isso somente acontece por falta do entendimento mais dilatado proporcionado pelo Espiritismo.

A vida é um fenômeno universal e, infelizmente, as potências mundiais que já possuem conhecimento sobre isso escondem descaradamente da população essa importante notícia.

Não estamos falando aqui de conspirações mirabolantes nem de tramas interplanetárias entre seres humanos e seres de outros mundos, abordamos fatos reais e documentados.

Não queremos lançar lenha na fogueira da ignorância, mas auxiliar a acender a luz sobre eventos que são pouco divulgados e mantidos sob sigilo quase que absoluto pelos governos e militares de quase todas as nações da Terra.

Iremos esmiuçar logo no primeiro capítulo o principal motivo da dificuldade dos pesquisadores em geral aceitarem a real existência de vida fora deste planeta. E convidamos você para esse “passeio”. Uma simples mudança de visão pode auxiliar muito a se encontrar

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respostas para o que antes era um enigma insolúvel. Já somos desenvolvidos o suficiente para compreender o que no passado foi mantido sob estrito sigilo pelos motivos de sempre: população mantida na ignorância é governada com maior facilidade...

A Arqueologia tradicional não possui as respostas para as construções ciclópicas e demais obras megalíticas construídas com rochas pesando milhares de toneladas (e sem nenhuma tecnologia existente naquela época para realizar tal tipo de façanha).

E por causa disso, essas questões ficam sem uma explicação convincente, dando margem para as mais variadas suposições e teorias absurdas que nada realmente conseguem explicar e, parecem propositalmente criadas para confundir.

A Teoria dos Antigos Astronautas possibilita respostas para essas dúvidas, mas, simultaneamente abre um número quase infindável de novas perguntas. Mas de uma coisa não temos dúvidas, se atualmente já é possível antever algumas das próximas conquistas que serão realizadas na Terra do futuro, nosso passado apresenta também uma grande quantidade de riquezas que podem abrir “outras portas” para a nossa compreensão.

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João Fernandes da Silva JúniorEste mundo não foi habitado no pretérito somente por seres ignorantes que comiam feito animais e cheiram tão mal quanto estes. Seres dessa estirpe não conseguiriam produzir as colossais construções que são irrealizáveis atualmente. Sem engenheiros, sem técnica, sem conhecimento, sem maquinário, etc., eles teriam feito sozinhos tudo o que já foi encontrado espalhado pelo planeta? Certamente que não.

A falta de respostas adequadas para a quantidade de realizações efetuadas no pretérito faz com que divaguemos, buscando, talvez nas estrelas e mundos distantes – pelo pensamento – aquelas respostas que possam sanar definitivamente os nossos questionamentos.

É inadmissível que continuemos nos comportando como se fossemos o “máximo” da Criação em termos de cultura e de desenvolvimento tecnológico.

Nem nosso mundo ocupa uma posição destacada no Cosmos, nem no nosso próprio sistema solar.

A mesma “causa” que deu origem a vida inteligente aqui na Terra pode ter gerado este mesmo efeito em uma multiplicidade incontável de planetas espalhados pela imensidão cósmica. É até mais coerente ter acontecido assim, do que continuarmos pensando que somos uma exceção e que nos encontramos abandonados no infinito do espaço sideral... Aliás, em

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verdade, não podemos nem imaginar que nós somos únicos nesse Universo em razão de tudo o que se

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encontra abordado na presente obra. O mais provável é que sejamos “resultado” do que “causa”...

Se estivermos sozinhos no Cosmos, devemos acreditar então que uma gravíssima epidemia se alastrou na Pré-História e contaminou todos os pintores daqueles tempos, fazendo com que eles retratassem figuras bastante semelhantes (representando imagens dignas de qualquer adepto de contos de ficção científica). E outra epidemia, possivelmente associada a um alto grau de insanidade, fez com que aqueles homens transportassem – não imaginamos como – descomunais blocos de rochas que pesavam milhares de quilos para simplesmente realizarem uma “construção bonita” para ficarem debaixo dela olhando para o céu, observando as estrelas sem vida...

Porque as lendas dos povos antigos – muitos deles desconhecendo completamente a existência dos outros – são tão semelhantes quanto a certos eventos: dilúvio, a criação de um primeiro casal, “deuses” caminhando pela Terra e ensinando uma série de coisas para os homens incultos? Qual a razão da obsessão dos povos orientais antigos em retratarem cenas de batalhas aéreas, armas que explodiam cidades inteiras, etc? Não existia naquela época remota nem aparelhos de TV, nem filmes de ficção e, muito menos Hollywood...

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Como as culturas antigas conseguiram erigir monumentos que ultrapassaram os milênios? Qual foi a tecnologia empregada? O planeta Terra atravessou tantas calamidades desde aqueles períodos e as construções se mantiveram intactas, enquanto vulcões faziam tudo estremecer, terremotos arrasavam tudo, maremotos destroçavam povoamentos nas margens dos oceanos, etc., e atualmente os mais modernos prédios racham quando acontece um tremor de terra...

Hodiernamente o mundo da Arqueologia se encontra repleto da mais sofisticada tecnologia possibilitando assim avanços consideráveis. E tais inovações serviram para – entre outras coisas – que os arqueólogos descobrissem usando satélites e mapas em 3D diversas pirâmides soterradas. Com isso a tecnologia proporciona a realização de descobertas e pesquisas sem a necessidade de escavação inicial. Locais antes inacessíveis agora são primeiramente mapeados, para um posterior trabalho de escavação. E para citarmos somente um exemplo das possibilidades proporcionadas pelo uso de satélites, a egiptóloga Dra. Sarah Parcak, usou imagens e conseguiu observar cerca de dez metros abaixo do solo desértico do Egito, encontrando dezessete pirâmides até então desconhecidas e, aproximadamente mil túmulos. E a Ciência proporcionando maior otimização do tempo e das pesquisas, tendo em contrapartida menos trabalho material. Agora os arqueólogos sabem exatamente onde eles devem cavar para encontrar alguma coisa. E

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as descobertas vão se acumulando...

Fomos visitados por seres provenientes de outros orbes que desconhecemos? Eles vieram aqui para cumprir algum papel importante? Foram missionários que trouxeram importantes conquistas para retirar os antigos autóctones da barbárie? É bem possível!

Vamos analisar cada um desses assuntos agora! Nossa viagem no tempo vai começar!

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Capítulo I

A Teoria dos Antigos Astronautas

maior dificuldade dos pesquisadores, em geral, é que o nosso Universo não apresenta grandes perspectivas de vida semelhante a

nossa. Pelo menos é o que os cientistas da NASA apreciam comentar em todas as entrevistas que concedem para a imprensa.

AOs mundos possuem as condições mais diferentes possíveis daquelas existentes aqui no planeta Terra. Uns são extremamente quentes, outros são gasosos, outros desérticos, outros são congelados, etc. E podem existir planetas com condições completamente desconhecidas por nós, pelo simples fato de ignorarmos a multiplicidade de condições e de ecossistemas existentes fora do alcance de nossos mais modernos telescópios.

Ainda há o fato referente à idade do Cosmos. Se ele possui mesmo os 14 bilhões de anos de idade estimados pelo Big Bang, e nós aqui na Terra somente de uns cinquenta anos para cá conseguimos efetuar pesquisas espaciais, os outros planetas que por ventura sejam habitados por seres inteligentes também devem se encontrar na mesma fase que nós, segundo os astrônomos acreditam.

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Entra em campo a distância entre os sistemas solares, planetas, galáxias, etc. Se os terrestres ainda não conseguiram efetuar viagens interplanetárias com astronautas para fora de nosso sistema, as outras civilizações provavelmente também não conseguiram realizar isso (ainda de acordo com a crença geral entre os pesquisadores).

Nós nos baseamos, principalmente, no enunciado de Galileu Galilei (Kardec, 2007) sobre a criação de nosso sistema solar.

Segundo a explicação fornecida pelo antigo astrônomo, já existiam outras galáxias e sistemas planetários antes da formação do nosso sistema solar. Dai temos uma possibilidade muito grande (mas bem grande mesmo!) de outras civilizações distantes terem se desenvolvido o suficiente para conquistarem o espaço e, até mesmo, viajarem para outras galáxias mais afastadas. E assim terem chegado aqui...

Da mesma forma que a NASA planeja enviar astronautas para Marte, em uma viagem só de ida. Pode ser que outras civilizações alienígenas já tenham realizado esse mesmo tipo de procedimento no passado de nosso planeta. Ou seja, seres oriundos de outros mundos podem ter sido enviados para cá em uma viagem sem retorno, com a finalidade de reunir e posteriormente emitir dados sobre este orbe, informações relativas à flora, à fauna, etc. E estes

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mesmos seres podem muito bem ter interagido com os antigos humanos que viviam aqui.

Imaginem seres que nem sabiam o que significava o termo “planeta” observando outros homens utilizando uma tecnologia completamente desconhecida na época pré-histórica. Tais entes alienígenas seriam tomados por deuses pelo simples fato de produzirem fogo, voar com suas naves; realizar serviços pesados utilizando a tecnologia robótica; enviar sinais de rádio para o seu planeta natal; usar um telefone celular para a comunicação (tendo obviamente deixado um satélite orbitando a Terra para realizar isso), etc. Os primitivos homens das cavernas ficariam verdadeiramente assombrados perante a quantidade de coisas “sobrenaturais” por eles observadas...

Outro ponto que pode ter sido de possível acontecimento é o de que além da simples interação com os homens das cavernas, os astronautas antigos possam ter ensinado coisas simples como noções de higiene, de artes (afinal de contas como aqueles terrícolas primitivos iriam imaginar pegar uma vareta, criar misturas diferentes de tintas – que, por sinal, duram até hoje – e reproduzir graficamente eventos de seu dia a dia?). E, por último, a suposição considerada como sendo a mais complicada: a possibilidade de os antigos astronautas terem tido relações sexuais com algumas mulheres humanas previamente escolhidas. Se isso aconteceu realmente, indica que o padrão de

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DNA deles não era tão diferente daquele presente nos autóctones. Ou então eles conseguiram efetuar algum tipo de manipulação genética para obterem a produção de descendentes híbridos, através do coito sexual normal ou usando processos de fertilização artificial...

Sabemos caro leitor, que você deve já estar se perguntando se isso tudo realmente aconteceu onde estariam as naves desses seres e seus aparelhos? A resposta para esse questionamento está ao longo deste livro, e acreditamos que você ficará satisfeito com ela, embora não possamos afirmar peremptoriamente que tenha sido assim, apresentamos ideias baseadas em evidências e também em relatos expostos em livros espíritas. Você pode concordar ou não com as conclusões que expomos nesta obra.

A Teoria dos Antigos Astronautas foi criada com a finalidade de tentar descrever dentro de uma inegável lógica os eventos apresentados em desenhos em cavernas e outros (muitos e muitos) indícios encontrados ao redor do mundo. Caso surja uma outra teoria que seja mais clara e abrangente acerca de todos os enigmas que nossos mais remotos antepassados deixaram, certamente nós iremos aderir a ela, todavia, por enquanto esta é a que – acreditamos – mais se aproxima da verdade...

Em Val Camonica, na Itália foi encontrado um desenho datado de 10.000 a. C., vide abaixo.

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Antigos Astronautas? (Internet)

Esse desenho tem a presença de dois seres usando trajes e capacetes, mas lembremos de que ele tem mais de dez mil anos de idade. Ou seja, em uma época na qual tal tipo de vestimenta simplesmente não existia. Caso contrário, teremos de acreditar que os pintores primitivos possuíam uma avançadíssima capacidade imaginativa. Além disso, eles conseguiram criar pinturas que resistiram por milênios seguidos, enquanto as nossas casas têm de ser pintadas todos os anos, senão ficam com a cor desbotada e feia.

Esses antigos artistas ganhariam muito dinheiro revelando para as indústrias multinacionais as fórmulas das tintas que usaram... E temos de levar em conta que aqueles pintores já conheciam as regras de proporção para os desenhos. De onde teria vindo todo esse conhecimento? Quem poderia ter sido o

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professor? Não é nada fácil imaginarmos um Leonardo da Vinci usando uma tanga como vestimenta e residindo em uma caverna... E a pergunta mais difícil: onde esse professor aprendeu algo que mais ninguém em todo o planeta sabia? Esse mestre era de fora? De onde ele teria vindo e com que propósito?

As civilizações extraterrestres que tiveram seus representantes vivendo (permanentemente ou durante algum tempo) aqui na Terra, evidentemente souberam como era a condição ecológica de nosso mundo milhares ou milhões de anos atrás.

Alguma forma de contato os astronautas antigos tinham para contatar seu mundo natal, caso contrário tudo o que eles viram e aprenderam aqui ficaria perdido debaixo da poeira do tempo. Ou eles retornaram para seu mundo de origem depois de viverem alguns anos aqui, ou efetivamente ficaram vivendo na Terra e aqui findaram seus dias...

Como esses astronautas realizavam tantas coisas bem acima da capacidade de compreensão dos primitivos autóctones, eles passaram então a ser considerados deuses, enviados divinos, etc. Uma marca efetiva da presença “deles” aqui pode ter sido a transformação dos selvagens paleantropídeos no Homem de Cro-Magnon... Como já dissemos, trabalhamos baseados em evidências e nossas suposições podem explicar os

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acontecimentos relatados e, até aparecer uma hipótese mais esclarecedora do que esta, aceitamos como correta a Teoria dos Antigos Astronautas.

Para um homem mais evoluído ficaria extremamente dificultada à tarefa de ensinar qualquer ciência para seres que nem sabiam se comunicar oralmente. Em primeiro lugar algum tipo de idioma deve ter sido ensinado para os terrícolas do passado, posteriormente os conhecimentos foram deixados sob a forma de ensinamentos de teor religioso.

Era mais fácil criar um tipo de religião e nela inserir os preceitos mais importantes do que ensinar, por exemplo, sobre a energia atômica para seres que mal raciocinavam. A maneira mais simples para tentar doutrinar aqueles homens primitivos era justamente criar uma crença e através dela apresentar o mínimo de saber necessário sobre o Criador e a Criação.

Como as religiões lidam com eventos de natureza extramaterial ficava muito menos trabalhosa a tarefa de deixar um legado útil e positivo para aquela Humanidade atrasada e para a Humanidade futura, a qual com o correr dos séculos absorveria todo aquele saber e organizaria as bases científicas, separando-as do contexto religioso.

Aqueles antigos astronautas deixaram para trás muitas

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evidências de sua presença em nosso mundo. São artefatos arqueológicos diversos encontrados em quase todas as partes do planeta atestando a presença deles aqui.

Além dos artefatos, ficaram as lendas, os mitos, as histórias, a tradição oral, as pinturas, os monumentos, os elementos sem explicação, etc.

Caso realmente tenha acontecido tudo isso que já comentamos, nós hoje seriamos justamente os descendentes da miscigenação entre humanos terrestres e extraterrestres. Não estaríamos tão distantes – biologicamente falando – de nossos pretéritos visitantes. Com a evolução trabalhando, podemos hoje muito bem ter a forma física e fisionômica que nossos remotos visitadores possuíam naqueles tempos...

Com a cultura fundamentada essencialmente na religião, os astronautas do passado proporcionaram um avanço bastante significativo para a Humanidade pretérita. Era mais simples para os “professores” ensinar que tal fato acontecia por causa de uma razão qualquer, e pronto; do que ter de entrar nos mínimos detalhes acerca de questões científicas que não poderiam ser compreendidas em profundidade naqueles tempos pelos terrestres. A estes últimos foi então ensinado que “aquilo é assim”, e eles não questionavam o porquê disso por razões bastante

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óbvias...

Dessa maneira eles aceitavam aquelas informações e não questionavam os ensinamentos de seus benfeitores espaciais. Como argumentar com seres mais evoluídos e esclarecidos sobre quase tudo?...

Estava dessa maneira estabelecido o princípio de crença e de fé religiosa (sem questionamentos) que imperaria por milênios seguidos aqui na Terra.

Os Moai da Ilha de Páscoa, Stonehenge, as baterias elétricas encontradas em Bagdá, a máquina de Antikythera (encontrada na Grécia) e também as extraordinárias construções megalíticas demandaram uma evidente capacidade tecnológica que ultrapassava o tosco conhecimento dos homens pré-históricos. Não havia naqueles tempos a sofisticação técnica que era necessária para a produção de nada disso. Essa técnica e os aparelhos usados para a criação de tais monumentos eram inexistentes aqui na Terra.

Moai na Ilha de Páscoa (Internet)

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Moai na Ilha de Páscoa (Internet)

A suposição mais lógica é a de que tenham sido os antigos astronautas que realizaram – ou que ensinaram como fazer – tais coisas. Era uma sinalização de que fomos visitados no passado, sinalização escrita na rocha que perduraria milênios afora...

Porque os monumentos estão ai para qualquer um ver e os artefatos estão em museus. Eles existem! Foram criados por alguém que sabia manejar um tipo de tecnologia impossível de existir durante a Pré-História terrestre. A pergunta é: de onde veio esse conhecimento? A resposta mais plausível é: de fora da Terra! Afinal de conta não é possível que em um Universo inteiro só exista aqui a vida inteligente...

Os antigos astronautas deixaram “pistas” de sua passagem por aqui, como um sinal advertindo: Vocês não estão sozinhos!

Além de indicar que não estamos sós no Cosmos, a mensagem deixa claro que eles também conhecem “o

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caminho” para chegar ao nosso mundo. Esses “sinais” deixam bem evidente que existe “algo” lá fora do nosso planeta, sabendo muito bem que nós existimos...

Da mesma forma os astronautas da missão Apollo XI deixaram uma placa na Lua. Era o ano de 1969 e até aquela data somente os norte-americanos tinham ido até o nosso satélite natural. Para quem teria ficado aquele “recado” na placa de aço: “Viemos em paz por toda a Humanidade!” (?). Deixar um recado como esse e, salientando a intenção pacífica da viagem não faz você mensurar uma série de perguntas?

A verdade é que a sofisticação das construções e dos artefatos antigos é extremamente superior à existente na época. E tal tipo de conhecimento não surge de repente, é fruto de anos de pesquisas e de desenvolvimento científico. O fato é que muitas daquelas construções e desenhos parecem ter uma origem comum e, outros são bastante diferentes. Em outras palavras a Terra não foi visitada por meia dúzia de astronautas de outros mundos, mas, provavelmente por centenas ou milhares deles...

Como os homens pré-históricos poderiam representar graficamente desenhos de naves e de astronautas, já que ambas as coisas eram originalmente inexistentes em nosso mundo naqueles recuados tempos? Só

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João Fernandes da Silva Júniorpoderiam ser de fora, de outros orbes. Existem pinturas de planetas, de seres humanos, de animais,

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etc, entretanto, há também desenhos de coisas e de seres que não poderiam existir na Pré-História.

Conforme já comentamos, os humanos do pretérito podem ter interpretado toda aquela tecnologia como sendo algo de origem sobrenatural, mágico, etc, (já que aqui, naturalmente, nada daquilo existia). Aquilo tudo era uma criação dos “deuses” que vieram dos céus e, ensinaram muitas coisas aos homens.

A maior parte das religiões antigas faz referência à presença de objetos voadores e de seres estranhos à Humanidade terrena. Por que esse ponto em comum nas religiões passadas?

As religiões e as pinturas seriam o resultado direto da presença de seres “diferentes” e de sua interação com os homens de então. Os desenhos nas cavernas são descrições exatas dadas por testemunhas oculares.

Possivelmente as grandes culturas antigas só se tornaram realmente desenvolvidas pelo fato do possível contato com a tecnologia de seres extraterrestres. Foi o início de um tipo de cultura-mãe que gradativamente se espalhou pela Terra. E por trás desse fato, ainda antevemos um trabalho anterior de planejamento. Sim, de planejamento metódico!

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João Fernandes da Silva JúniorEm diversos pontos do mundo foram divulgados conhecimentos aproximados visando auxiliar o desenvolvimento da raça humana autóctone. Entendendo esse acontecimento pelo ponto de vista que comentamos aqui, poderíamos até interpretar que esses – ou alguns deles – astronautas antigos cumpriram, na verdade, um papel de missionários aqui.

Eles retiraram a população da barbárie introduzindo conhecimentos, normas e técnicas que possibilitassem um “crescimento” humano sob todos os aspectos (até mesmo espiritual). Caso tenha sido assim que aconteceu, muitas questões merecem ser comentadas em sequência para que possamos apreciar esse assunto dentro de uma ótica mais abrangente.

A primeira delas é o propósito de um manifesto caráter de auxílio às raças terrestres. Se fosse um povo belicoso que houvesse aterrissado na Terra, imediatamente faria com que aqueles habitantes ignorantes daqui fossem escravizados, e seriamos isso até hoje. Mas não foi assim. Então fica claro – pelo menos para nós – o caráter espiritual desse tipo de procedimento. Mesmo que em algumas das tribos antigas possa ter acontecido algum tipo de resistência (confronto) diante da presença de alienígenas, com o passar do tempo às coisas foram resolvidas. Os antigos astronautas não viajaram milhares e milhares de anos-luz para dizimar a atrasada raça que habitava

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esse mundo no pretérito. Eles não eram como aquela raça de exterminadores apresentada em filmes de

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ficção científica.

Além de esses astronautas trazerem para nosso mundo conhecimentos de ordem científica, eles possuíam também um propósito de natureza espiritual, ou seja, auxiliando “irmãos cósmicos” mais atrasados a seguir adiante. E podemos ir mais longe ainda usando nossa imaginação. Nos primórdios, o mundo deles, desses antigos astronautas, pode ter passado por esse mesmo padrão de acontecimento. Ou seja, foi colonizado por outra raça que ocasionou considerável padrão de desenvolvimento. Isso caracteriza um elevado conhecimento sobre espiritualidade.

Sendo mais direto e objetivo, aqueles viajantes do espaço tinham ciência da existência de Deus e do plano de evolução que fora criado para todos nós.

É uma sabedoria bem profunda acerca de assuntos apresentados pelo Espiritismo. Por isso iniciamos este livro falando que os temas que o compõe possuem relação direta com os axiomas espíritas, o que faltava era justamente efetuar esse ponto de ligação e, é isso que estamos procurando realizar dentro dos nossos limitados conhecimentos. As raças alienígenas que efetuam suas viagens através do Cosmos “semeando” vida possuem consciência do trabalho que realizam. Há um propósito maior para toda essa atividade, e não podemos nos esquecer de que cada um de nós é um cidadão do Universo, é possível nascer em qualquer

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mundo com o qual apresentemos sintonia evolutiva. Essa sintonia evolutiva estabelece a seguinte função: o espírito nasce em um meio no qual ele apresenta certo grau de afinidade, principalmente a afinidade produzida pelo menor ou maior peso específico do perispírito.

Seguramente os viajores do espaço possuíam também desejos de uma realização de ordem espiritual quando embarcaram em suas naves e rumaram para este – na época – primitivo planeta, isso sem falar dos outros que eles podem também ter ido...

Eles estavam suficientemente conscientes de que poderiam retornar ou não para seu mundo de origem e, mesmo assim, embaraçaram em suas espaçonaves e partiram em direção a um mundo distante e desconhecido. Caso pudessem retornar para seu planeta de origem, seriam recebidos como missionários que cumpriram uma importante missão de auxilio. Caso não pudessem voltar, por causa de problemas técnicos, falta de combustível, etc, tinham consciência de que após a morte (desencarnação) estariam libertos dos laços físicos e, portanto, viajariam como espíritos para seu mundo natal, retornando ao ciclo de nascimento e morte natural de cada planeta. Sem problemas então... As coisas são bem simples, nós é que estamos acostumados a complica-las...

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Sem essa consciência “espírita” das coisas, dificilmente alguém se arriscaria a ficar preso em um mundo primitivo sem poder retornar ao seu antigo lar. As coisas poderiam não dar certo, a nave poderia sofrer alguma pane, cair, explodir. Qualquer coisa poderia falhar e, como consequência tudo se perder antes do astronauta conseguir sair de sua nave espacial e cumprir com sua missão. Ninguém iria se aventurar em um tipo de tarefa desse porte sem ter uma consciência maior sobre a importância – material e espiritual – dessa realização.

Vejamos outra questão: sem a consciência maior proporcionada pelo conhecimento das questões espirituais, qual poderia ser o motivo de se atravessar uma galáxia para ir ensinar o “bê-á-bá” para criaturas primitivas que viviam em um mundo perdido na imensidão espacial? Um cidadão de um mundo possuidor de tecnologia tão avançada largaria para trás todas as facilidades e também as comodidades proporcionadas por sua sociedade para ir se arriscar a explodir no espaço ou ficar preso em um mundo, convivendo com seres mais parecidos com macacos do que com homens? Não há como entender esse altruísmo todo sem uma fundamentação racional e espiritualizada. E antes que sejamos considerados como idealizador de uma ideia absurda, informamos que outras pessoas – baseadas em evidências – acreditam na mesma coisa. E há também os que acreditam que os antigos autóctones possam ter

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

servido como força de trabalho para os antigos astronautas, extraindo minérios importantes aqui. São possibilidades, mas isso não descaracteriza a ocorrência de paleocontatos...

Zecharia Sitchin, polêmico autor da coleção “The Earth Chronicles” baseou todas as suas ideias em textos descobertos no Oriente Médio, e também em construções megalíticas e artefatos completamente incomuns encontrados principalmente no atual Iraque.

A tradução que ele fez dos textos remonta a um planeta chamado “Nibiru” (o mesmo planeta que os antigos sumérios acreditavam ser o 12º de nosso sistema solar).

Os “Anunnaki” – habitantes de Nibiru – teriam chegado ao planeta Terra há 400 mil anos atrás. Nesse caso eles pretendiam obter somente materiais escassos em seu mundo de origem, e começaram a efetuar alterações genéticas nos antigos terráqueos para que estes servissem como força de trabalho extrativo.

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João Fernandes da Silva JúniorOs Anunnaki (Internet)

Depois de muitas tentativas (entenda-se: experimentos genéticos) chegaram ao Homo Sapiens Sapiens, o Adão da mitologia judaica.

O emprego de uma tecnologia superior passou a ser entendido e descrito como eventos de natureza celeste pela perspectiva acanhada dos autóctones. Afinal de contas eles não entendiam nada daquilo, só poderiam estar diante de “deuses” que realizavam coisas que eles – os autóctones – não conseguiam fazer...

Sim, somente deuses poderiam produzir fogo e raios, voar pelos céus, construir cidades cortando as pedras com raio laser, etc.

As fantásticas descrições das batalhas celestes oferecidas pela literatura indiana não poderiam ser fruto somente da imaginação dos escritores. Porque entre os humanos da Terra somente conseguiam lutar com tropas que percorriam grandes distâncias caminhando...

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

As naves “celestes” (Internet)A minuciosa descrição apresentada nos livros indianos sobre naves, bombas, armas, etc, estavam além do tempo em que foram escritas. Seria como se houvesse um Jules Verne entre eles...

Algumas narrativas que se encontram presentes na “Bíblia” descrevem tecnologias muito avançadas para aquela ocasião tão primitiva.

Como se pode explicar a presença das incríveis linhas de Nazca, no Peru, retratando animais e, que não poderiam ter sido realizadas sem que alguém de muito alto orientasse o direcionamento de cada linha para produzir cada figura ali desenhada. Ainda temos também os aeromodelos descobertos na América do Sul e no Egito.

Desenhos em Nazca (Internet)

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João Fernandes da Silva JúniorDesenhos em Nazca (Internet)

Aeromodelos antigos (Internet)

As pistas e sinais deixados no passado auxiliam na defesa da Teoria dos Antigos Astronautas. Realmente como os antigos habitantes da América do Sul e do Egito puderam idealizar modelos de aeroplanos? Teria existido entre eles algum Leonardo Da Vinci? Se entre eles houvesse vivido um Leonardo Da Vinci, teríamos outra Mona Lisa desenhada nas paredes de uma caverna ou em uma placa de argila, e esta nova diva usaria trajes espaciais...

Temos também de nos recordar das pinturas e estatuetas em cavernas representando figuras muito semelhantes aos atuais astronautas e os OVNIs.

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Como explicar a semelhança? (Internet)

Esculturas antigas (Internet)

Nave espacial? (Internet)

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João Fernandes da Silva JúniorAntigo astronauta? (Internet)

Embora muitas pessoas simplesmente afirmem que tudo isso não passa de “mera coincidência”, fica difícil acreditar que “por acaso”, em uma época em que nem por sinal de fumaça as pessoas sabiam se comunicar, em diversos lugares na Terra as pessoas pintavam e fabricaram estatuetas retratando coisas e seres representando figuras semelhantes às naves espaciais e aos atuais astronautas...

As pirâmides egípcias, as pirâmides sul-americanas, as ruinas megalíticas de Baalbek, no Líbano. São construções inacreditáveis para o tempo em que foram erigidas. Qual a razão para tanto esforço?

As ruínas megalíticas de Baalbek foram encontradas ao Norte de Damasco. Ali se estende o terraço de Baalbek que é uma gigantesca plataforma construída com rochas que chegam a medir 20 metros de lado, pesando quase 2.000 toneladas e, apresentando cortes precisos. Até hoje é desconhecido quem construiu o terraço, nem como e porque foi erigido.

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O Terraço de Baalbek (Internet)

O bielorrusso Matest M. Agrest foi uma das primeiras pessoas a levantar a hipótese de que aquela era uma construção edificada por seres extraterrestres. Porque a técnica necessária para a construção daquele colossal terraço superava – e supera até hoje – o que existia no passado remoto. Simplesmente não existia ciência, ferramentas e nem o know-how necessários para realizar aquela obra.

Por qual motivo os mitos e as lendas dos variados povos da antiguidade descrevem deuses detentores de poderes fantásticos? E em cada população o “deus” de um determinado evento possuía características semelhantes às dos deuses similares de outros povos.

A representação desses mitos e dessas lendas teria se originado da visualização de seres que realizavam efetivamente “fenômenos estranhos”? Um fazia chover, outro produzia relâmpagos, outro voava pelos céus, etc? E se foi assim, devemos às testemunhas oculares desses fatos a criação de tais mitos e lendas.

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João Fernandes da Silva JúniorE não podemos nos esquecer de um pequeno “detalhe”: aqueles “deuses” interagiam com os seres humanos de então, atuavam como “professores” ou “orientadores”, e muitas vezes engravidavam algumas mulheres selecionadas de cada tribo.

Outra questão nos vem à mente: se os “deuses” se deitavam com as mulheres terrenas e estas

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engravidavam, os “semideuses” seriam então os filhos gerados por esse processo? Seriam seres híbridos com características genéticas modificadas, e possivelmente eles também se casaram e transmitiram essas informações para os seus descendentes... Com isso esta suposição toma um vulto surpreendente...

E o que dizer acerca dos lugares nos quais acontecem fenômenos inexplicáveis como o Triângulo das Bermudas, a Porta de Hayu Marka, a Zona do Silêncio no México, entre outros? Esses locais sempre foram assim?

O chamado Triângulo das Bermudas é uma área onde dezenas de aviões, navios e pequenas embarcações desapareceram inexplicavelmente.

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João Fernandes da Silva JúniorTriângulo das Bermudas (Internet)

Foi dentro deste misterioso triângulo que navios, aviões, barcos e pessoas realmente desapareceram. E de acordo com relatórios da Marinha dos EUA foram 100 navios e aviões que sumiram ali.

Que segredos estão ainda ocultos naquela região? Que tipo de fenômeno acontece naquelas redondezas que os cientistas ainda desconhecem?...

A Porta de Hayu Marka localizada ao Sul do Peru é uma passagem que possibilita a viagem de ida e volta até a terra dos “deuses” segundo as antigas lendas incas. Utilizando essa porta os “deuses” vinham até a Terra e, posteriormente retornavam através dela. Mito ou realidade?

Porta de Hayu Marka (Internet)

Porta de Hayu Marka (Internet)50

Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Porta de Hayu Marka (Internet)

A Zona do Silêncio, localizada no Norte no México, próxima a cidade de Ceballos, é conhecida como o epicentro do silêncio. Em outras palavras, nada funciona ali, as bússolas ficam enlouquecidas girando sem parar, celulares não têm sinal, aparelhos de rádio e de TV, simplesmente não funcionam. Aquela área apresenta uma taxa elevada de magnetismo. Da mesma forma que as bússolas e os rádios dos aviões não funcionam quando sobrevoam a grande pirâmide do Egito...

Zona do Silêncio (Internet)

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João Fernandes da Silva JúniorO paleomagnetismo é o estudo sobre a evolução do campo magnético da Terra nas eras geológicas passadas, tendo como base a pesquisa das rochas que contêm minerais ferromagnéticos. No início dos anos 60 um pesquisador australiano realizou pesquisas com rochas presentes em um acampamento de aborígenes. E o resultado foi surpreendente. As pedras estavam magnetizadas, mas a direção da magnetização das mesmas era a reversa do campo magnético da Terra. Esse pesquisador teorizou que possivelmente cerca de 30 mil anos atrás o campo magnético deste planeta era o reverso do atual. Foi a descoberta da chamada magnetização termorremanescente, as rochas “gravam” a magnetização mesmo depois de o campo magnético haver desaparecido.

Na Turquia foi encontrado o “Monte com Umbigo” (Göbekli Tepe), e nele um santuário paleolítico. A construção foi datada de 10.000 a. C.

Göbekli Tepe (Internet)

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A camada mais antiga que apresenta traços de ocupação humana apresentava pilares ligados por paredes no formato circular, com diâmetros variando entre 10 e 30 metros.

Essas regiões apresentam características geomagnéticas especiais. Será que foi por uma “orientação maior” que os habitantes construíram templos e cidades ali?

Também não poderíamos deixar de falar sobre duas cidades lendárias: Sodoma e Gomorra. Elas teriam sido destruídas por Deus com fogo e enxofre descidos do céu. Entretanto até hoje os arqueólogos não encontraram pistas dessas cidades... Teria sido esse um episódio real ou mais uma história mitológica? Caso esse evento tenha acontecido, essas duas cidades foram destruídas por um fenômeno provocado pelos extraterrestres ou pela ação da Natureza? É possível que não passe de uma lenda esse fato, ou não... Como não existem sinais de onde se encontravam essas urbes fica difícil comprovar o acontecimento...

Vamos usar os conhecimentos científicos para tentar compreender esses fenômenos cujas respostas os próprios pesquisadores temem encontrar... Segundo a Teoria do Big Bang o Universo teria a idade de 14 bilhões de anos.

A nossa Terra tem somente 4,6 bilhões de anos de

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João Fernandes da Silva Júnioridade. Cerca de três bilhões e quinhentos milhões de anos atrás os primeiros entes vivos deste planeta viviam nos oceanos. Eram os seres unicelulares, a forma de vida mais simples conhecida. Depois houve um movimento evolucionário que originou a diversificação dos habitantes da Terra: seres primitivos, animais, vegetais, etc... Porque os seres unicelulares deram origem a outros cada vez mais complexos. Dessa maneira teve início a vida biológica terrestre. Mas, enquanto a vida aqui se desenvolvia em seus estágios mais primitivos, outros mundos mais velhos já poderiam apresentar habitantes inteligentes... E outros orbes mais velhos ainda, poderiam ser habitados por seres capazes de viajar pelo espaço com suas naves interplanetárias... Teriam esses seres chegado a Terra e efetuado experimentos genéticos com o ancestral comum (que teria vivido há sete milhões de anos) entre os macacos e os seres humanos? Embora os primatas só tenham surgido a aproximadamente 32 milhões de anos atrás, e eles e nós sejamos considerados primatas, os antepassados dos seres humanos são definidos como hominídeos. O Homo Erectus já era uma evolução do Homo Habilis. O Homem de Neanderthal conviveu com o Homo Sapiens, e embora aquele tenha desaparecido, o segundo prosseguiu, e á a espécie a qual nós pertencemos. Desde o Homo Erectus já era utilizado o fogo com finalidades diversas, posteriormente as ferramentas de pedras e de ossos auxiliaram na caça aos animais. Era um processo evolutivo natural, uma

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“construção” de civilização. Depois de sucessivas gerações vivendo como nômade o ser humano passou a criar cabras e outros animais. Assim, com leite, carne e couro estava assegurada a sobrevivência de cada clã. Pois, aconteceram os primeiros plantios também, fato que tornou possível que aqueles grupos humanos se fixassem em um determinado local. As primeiras grandes civilizações se desenvolveram nas proximidades dos rios, pois estes eram fundamentais para as práticas da agricultura.

Entretanto, a invenção considerada como sendo a mais importante realização humana foi a escrita. Com ela teve fim o período chamado de Pré-História.

I – O Que Aconteceu no Passado?

Atualmente alguns historiadores acreditam que os antigos documentos gravados em pedra, argila e papiros não passam de mitos infantis de civilizações atrasadas. Mas a questão é: por que povos tão distanciados no tempo e no espaço geográfico retrataram histórias bem semelhantes? Houve uma generalizada falta de imaginação no passado e todos pensavam de igual maneira? A resposta é tão simples assim e resolve todos os questionamentos? Parece que não...

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João Fernandes da Silva JúniorSegundo as pesquisas realizadas pelo suíço Erich von Däniken, boa parte dos antigos sítios megalíticos está localizada próxima do equador terrestre. Isso já evidencia que houve um planejamento para as “visitas” ao nosso mundo, não pode ser uma coincidência que todos os “visitantes” tenham escolhido pousar e construir em lugares situados perto do equador da Terra. O conjunto desses fatos, por si mesmo, já denuncia que a nossa moderna tecnologia pode estar atrasada alguns milhões de anos se comparada com a aquela que esteve presente no remoto passado deste mundo, trazida pelos corajosos astronautas que aqui viveram durante algum tempo.

Os sinais que “eles” deixaram para trás são bastante claros, e podemos entendê-los da seguinte forma:

“Estivemos aqui, nossa tecnologia era superior à da época na qual visitamos seu planeta e, não tínhamos intenções maléficas, caso contrário vocês seriam hoje nossos escravos. Não deixamos esses sinais só para marcar nossa estada aqui, nós voltaremos porque conhecemos o caminho!”.

Sim, podem existir muitos milhões de civilizações em estágios de desenvolvimento científico superior ao nosso e, o indício disso é a diferença estrutural das naves que nos visitam desde o início da História da Ufologia nos anos 40. Os formatos das espaçonaves são os mais variados, evidenciando uma possível

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origem distinta para cada uma delas. Ou seja, cada nave seria proveniente de um planeta diferente, e

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usaria uma tecnologia distinta das outras...

As lendas e a mitologia antiga retratavam sonhos e delírios de uma civilização atrasada ou eventos reais? Para uma pessoa localizada no passado remotíssimo ficaria extremamente dificultada à tarefa de descrever um acontecimento que envolvesse uma tecnologia superior ao uso de armamento feito com pedras e ossos... Imaginem se alguém no período pré-histórico observasse o pouso de um helicóptero ou um submarino emergindo das águas profundas. Como aquela pessoa narraria aquele acontecimento? Para o helicóptero provavelmente diria que um grande pássaro barulhento havia pousado e de seu interior teriam saído deuses... Para o submarino comentaria que um peixe descomunal saiu das profundezas da água e libertou os homens que havia engolido... Só que tais desenhos foram encontrados em Abidos, no Egito, e estão reproduzidos abaixo... Temos a esquerda à representação de um helicóptero; à direita, na parte superior um submarino, abaixo dele um avião tipo caça, e embaixo um tipo de planador. E esta reprodução tem milhares de anos.

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Desenhos encontrados em Abidos (Internet)

Atualmente nós comentamos cada acontecimento utilizando referências conhecidas, mas que referências um ser que morava em cavernas e bebia água do chão poderia ter para contar sobre uma tecnologia que definitivamente não existia em sua época? E com o passar do tempo àquelas lendas ganhariam “mais corpo” e chegariam aos dias de hoje como episódios verdadeiramente extraordinários...

Certos tipos de conhecimentos dos antigos habitantes da Terra não poderiam ter sido conseguidos sem uma ajuda “de fora”.

Vejamos: os sumérios descreviam o nosso sistema solar contendo 12 corpos celestes. Essa era a descrição deles sobre o nosso sistema solar a 6.000 anos... O décimo segundo planeta de nosso sistema seria Nibiru. Dele teriam partido os Anunnaki em direção a Terra.

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Os Anunnaki vieram de Nibiru (Internet)

Mapa celeste babilônico (Internet)

Os Anunnaki teriam influenciado de maneira determinante o desenvolvimento e a cultura da raça humana. As placas de argila encontradas no atual Iraque fazem referências a todos esses lances. Mas temos de analisar essa questão sob o prisma histórico da época. Como os antigos mesopotâmios poderiam imaginar que existem outros planetas (se os povos daquele tempo nem sabiam o que era um planeta) habitados também por seres inteligentes? De que forma eles conseguiram mensurar a existência de uma tecnologia muito superior a da civilização suméria? Como eles saberiam que mudanças efetuadas no

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código genético (completamente desconhecido pelos autóctones daqueles tempos) produziram uma nova raça aqui? A descrição desses fatos nas tabuinhas de argila remete a acontecimentos reais, visto que os povos antigos não possuíam os conhecimentos científicos necessários para criar essa história mirabolante. Ademais, todos os pesquisadores envolvidos na tradução dessas histórias interpretaram as inscrições da mesma forma.

I. 1 – Arquitetura Anunnaki

Alguns exemplos da arquitetura Anunnaki estão apresentados abaixo:

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Vejamos. Caso uma civilização em um mundo qualquer houvesse atingido um ponto de desenvolvimento tecnológico tal que lhe permitisse efetuar viagens espaciais e, se os planetas próximos não apresentassem condições propícias para um projeto de colonização, o que aquele povo decidiria? Poderia deliberar viajar para orbes mais distantes, mas que proporcionassem a necessária sobrevivência em razão de determinadas condições planetárias semelhantes (composição gasosa da atmosfera, presença de água em estado líquido, etc). Depois de um levantamento astronômico, aquele povo decidiu aportar em um remoto planeta azul, distante milhares ou milhões de quilômetros, entretanto possuidor de necessárias semelhanças para a manutenção de vida

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dos viajores estelares. Assim a utilização dos recursos encontrados no mundo em questão possibilitaria o projeto de colonização, e este projeto possivelmente estava em andamento em razão da carência de recursos naturais no planeta de origem dos colonizadores, se tomarmos a Terra no presente estágio como exemplo. A presença deles aqui seria nada mais do que a vida espalhando a si mesma pelo Universo de uma forma inteligente e planejada. Mas por que motivo em um dado momento remoto os nossos “visitantes” foram embora?

I. 2 – A Partida dos “Deuses”

O propósito deste livro não é retratar casos ufológicos acontecidos no Brasil ou fora dele, entretanto, um caso em especial nós precisamos comentar para tentar dar resposta ao questionamento enunciado acima. É o “Caso Hermínio e Bianca”, ocorrido em uma viagem do Rio de Janeiro para Minas Gerais. Eles tiveram um contato imediato de terceiro grau. Vamos à história.

A vida do casal foi radicalmente modificada. Hermínio Reis (ex-pastor protestante) e sua esposa Bianca (dona de casa) tiveram um encontro com um ser de outro mundo, e ele se chamava Karran. Toda essa aventura teve início no ano de 1976 quando eles viajaram para a cidade de Belo Horizonte, em Minas gerais. Durante o trajeto, já em Minas Gerais, o casal pode observar o que definiram como um balão

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luminoso. Eles decidiram parar para olhar aquilo. Foram abduzidos com carro e tudo para dentro de uma nave extraterrestre. Sim, não era um balão, e sim, uma espaçonave. No interior da nave eles travaram contato com um ser extraterrestre chamado Karran.

Hermínio e Bianca Reis (Internet)

Karran (Internet)

Outros contatos posteriores foram realizados e, o interessante é que esses dois contatados conseguiram se recordarem de todos os detalhes, eles não tiveram a

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memória “apagada” como normalmente acontece. Surpresa também foi este caso envolver questões de ordem religiosa e espiritual, porque as conversas que foram mantidas com Karran revelaram fatos profundos relacionados ao nosso passado, presente e futuro. O extraterrestre de nome Karran afirmou que todas as civilizações que visitaram e ainda visitam o planeta Terra são portadores de intenções benéficas. Elas não possuem nenhum interesse maior do que ajudar nossa evolução. E no passado uma parcela de nossa evolução foi manipulada por muitas raças de fora deste planeta.

Dentro da nave espacial eles mantiveram contato usando um aparelho que servia como tradutor.

Aparelho tradutor (Internet)

Por meio deste aparelho mantiveram conversação sobre muitos temas. Agora vamos ao ponto que precisamos focar: Karran afirmou que no passado remoto o nosso mundo atravessou um grave

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problema. E o reflexo disso foi sentido pelo cérebro humano que sofreu um tipo de bloqueio. As raças alienígenas decidiram então acompanhar como seria o desenvolvimento mental dos terrestres através dos tempos. O acidente em questão fora produzido por uma descarga muito grande de energia solar, a qual inclusive fez o planeta modificar seu eixo. Antes desse acontecimento cada região do planeta Terra havia recebido uma equipe de colonizadores, e cada uma delas havia se estabelecido em uma região na qual o clima era mais parecido com o de seu mundo de origem. Mas a forte descarga energética atingiu não somente a Terra, mas todo o nosso sistema solar. Isso impediu que durante algum tempo as naves deles pudesse viajar para cá para observar como estava o andamento das coisas. Os canais de comunicação com o orbe terreno ficaram interrompidos por muito tempo. As naves deles não conseguiam ultrapassar a densa camada energética emitida pelo Sol. Com isso os descendentes do processo inicial de colonização tiveram seus cérebros danificados por causa das radiações solares que atingiram o planeta. Muitos simplesmente não suportaram e morreram e, os poucos que sobraram já não sabiam mais quem eram os antigos colonizadores e passaram a tomá-los por deuses quando estes finalmente conseguiram retornar a Terra. Outro fato que provocou impacto no casal foi a revelação sobre a realidade do processo reencarnatório. Recordemos que Hermínio havia sido pastor de uma denominação protestante. O

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extraterrestre explicou que a reencarnação é uma lei natural, esse retorno à carne em um novo corpo acontece por uma causa evolutiva natural, e não, como muitos acreditam que seja para pagar as dívidas do passado. Karran ponderou ainda que o Deus que as religiões apregoam, na verdade, não existe. Ele é o Criador e nós, todos nós, somos seus filhos.

Esse relato de um acontecimento ter afetado a vida na Terra já foi aventado por outro extraterrestre (Spano, 2000) e nós já comentamos sobre isso em outra obra nossa (Silva, 2008): “(...) nós, habitantes da Terra somos originários de várias raças, vindas de outros mundos habitados, que se transferiram para esse planeta instalando-se em lugares semelhantes ao seu habitat natural.

“Naquela época as diversas raças que já povoavam a Terra e os habitantes de outros planetas mantinham um perfeito relacionamento.“Mas esse relacionamento foi alterado em razão de um acidente cósmico acontecido em uma época remota e já perdida no tempo. “(...) Se meu nome fosse configurado com a energia de vossa dimensão seria Aristheus.“Sou um comandante estelar e comigo estão, neste momento, Zara, Harpa e Artema, que juntamente com outros seres de outros níveis e dimensões, navegam aquela nave que chamastes de estrela cadente e

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repetindo o que já vos disse, não somos de seu mundo. Somos de outros mundos onde as estrelas brilham mais próximas e as cores chegam mais claras.“Essas formas coloridas são seres energéticos, desprovidos de formas convencionalmente conhecidas por vós, que se adaptam ao ambiente para que essa comunicação possa ser realizada. (...)

– “A nave em que você se encontra neste momento veio do fundo do oceano?

– “Sim. Existem cidades submarinas habitadas por nós”. Os grifos são nossos.

Esses comentários que apresentamos aqui já não fazem você parar para pensar um pouco sobre o quão pouco conhecemos realmente sobre o nosso passado? Até o início do Século XX, a maioria dos pesquisadores e historiadores que efetuavam trabalhos na região do Iraque desconhecia a existência do povo sumério. As pesquisas estavam centralizadas nos tabletes de argila assírios e babilônicos. Um evento veio modificar completamente esse fato: a publicação de um livro escrito pelo francês e grande estudioso de Assiriologia Thureau-Dangin. Era o ano de 1905. Na obra “Die Sumerischen um Akkadischen Königgsinschriften” estava apresentada uma nova civilização, até então desconhecida. Aquela população

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tivera exercido forte influência sobre os povos que mantiveram contato com ela. Era a civilização suméria. Os outros povos copiaram as leis, os estilos arquitetônicos, as artes em geral, e a escrita. O que se sabe é que um povo denominado de Ubaidas foram os primeiros que ocuparam a baixa Mesopotâmia. A origem desse grupamento populacional é ignorada. Os sumérios também são de origem desconhecida, alguns teorizam que eles eram nômades vindos da Anatólia (como os etruscos) ou de Pérsia. O certo é que utensílios encontrados naquela região indicam que ela já se encontrava ocupada no ano 20.000 a. C. Aquela região especial é cercada por cadeias montanhosas, pelo Golfo Pérsico e pelo deserto da Síria era estrategicamente protegida contra a invasão de outros povos. E a terra não dependia de chuvas para ser fértil porque era banhada por dois rios: Tigre e Eufrates.

Lembremos que a palavra paraíso é oriunda da palavra suméria Paradaesa, que significa planície.

Como uma civilização tão adiantada surgira da reunião de um bando de pastores nômades? O que se sabe é que em seu idioma natal os sumérios se denominavam de “cabeças escuras” (por causa dos cabelos negros naturais daquele povo) e seu país era a “Terra Civilizada”. São noções bastante interessantes para um grupamento social que viveu em épocas tão remotas. E temos de recordar que o idioma dos sumérios é a escrita mais antiga da qual temos

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atualmente notícias.

Tablete Sumério, 2050 a. C. (Internet).

A mais antiga biblioteca de que se tem notícia foi encontrada na cidade de Nipur, ao Sul da Bagdá. É uma biblioteca suméria que continha mais de 50 mil tabletes de argila e 20 mil volumes sobre temas como religião, direito e ciência. Dos documentos traduzidos, um deles apresenta a lista de todos os reis que governaram a Suméria. O interessante é o nome do quinto rei da primeira dinastia de Uruk, depois do dilúvio: Gilgamesh. Esse rei teve seus feitos narrados na chamada “Epopeia de Gilgamesh”. Pela grande quantidade de tabletes encontrados naquela região, é possível entender que os sumérios eram possuidores de uma literatura bastante rica e de extensa atividade literária, porque os escribas frequentavam escolas especiais onde aprendiam a ler e escrever, copiar obras de interesse histórico, religioso e científico, além de leis, hinos religiosos, poesias, etc. O que é

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bastante incomum para o tempo em que tudo isso aconteceu. Não podemos deixar de comentar aqui que devemos aos sumérios a criação de um completo sistema de medidas de capacidade, de peso e de superfície. Inclusive eles criaram o sistema sexagesimal, réguas graduadas e tabuas de cálculo. Eram bastante avançados em termos de conhecimento astronômico e na medicina, porque existem documentos versando sobre cirurgias diversas e sobre a preparação de medicamentos a base de ervas e produtos químicos. Na área da astronomia eles foram extremamente cuidadosos em suas observações. São centenas de tabletes contendo as informações mais variadas, como listagem das constelações, posição dos planetas no espaço e a movimentação destes ao redor do Sol na ordem correta e atual. Eles, inclusive, já conheciam o planeta Plutão que foi descoberto somente no ano de 1930 (e presentemente rebaixado da classe de planeta) e a composição química e orgânica do mesmo. Como tudo isso foi possível sem uma ajuda “externa”? É verdadeiramente impossível que eles descobrissem tudo isso “por acaso”, até mesmo porque o acaso não existe. E eles não tinham nenhum tipo de telescópio para a observação do espaço sideral. Sem dúvida houve uma inserção cultural no seio daquele povo e, proveniente de fora da Terra, já que ninguém neste planeta poderia dispor de tal quantidade de dados sobre coisas que todos ignoravam a existência... E outro fato também relevante: a língua suméria não se encontra

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relacionada diretamente a nenhum outro idioma antigo. Seria o idioma dos colonizadores que trabalharam ali? O linguajar dos anunnaki? Os anunnaki eram seres possuidores de avançadíssimo grau de inteligência. Ainda segundo os astrônomos sumérios o planeta Nibiru realiza uma órbita em torno do Sol no período de 3.600 anos nossos. A invenção da escrita tão elaborada e com fonemas (igual, portanto, a nossa) é atribuída aos sumérios. Ela inicialmente era puramente ideográfica e, com o passar do tempo evoluiu para a escrita fonética. As traduções de milhares de textos sumérios foram realizadas pelo pesquisador Zecharia Sitchin. Os livros dele – que atualmente é consultor da NASA – trazem afirmações bombásticas: os mitos babilônicos não são histórias fantasiosas, e sim, relatos de contatos com seres de outro planeta (Nibiru).

Por que motivo é recorrente a informação nas culturas antigas sobre a vinda de “instrutores dos céus” para ensinar aos homens primitivos as artes e conhecimentos científicos presentes nas grandes civilizações da antiguidade? Tais instrutores faziam parte do projeto de colonização deste planeta?

Zecharia Sitchin observou as fotos das pirâmides localizadas na região de Cydonia, em Marte. E chegou a conclusão de que a distância entre as pirâmides marcianas é a mesma que há entre as pirâmides egípcias e a esfinge. Ele acredita que isso sirva como

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um marco para os viajantes do espaço se localizar. Ele também disse que não foram os egípcios que construíram as pirâmides de Gizé. A idade dela é muito mais avançada do que atualmente se acredita. Os antigos documentos sumérios retratam não só como era a vida aqui no planeta Terra milênios antes de Jesus, como também a visita de seres oriundos de outros orbes. O contato foi real, pelo simples fato de que não é possível conceber que um povo tão distanciado de nós no tempo pudesse possuir todo o conjunto de conhecimentos completamente impossíveis de serem verificados e visualizados na época. Eles sabiam que os planetas orbitavam o Sol, enquanto milênios depois os povos acreditavam que tudo no Universo girava ao redor da Terra... Sabiam que a Terra era um planeta, e povos posteriores pensavam que este mundo era plano e findava em um abismo sem fim, ou que havia um semideus segurando a Terra e a equilibrando em um de seus ombros... Tinham ciência da existência de Plutão e, este não é visível a olho nu e nem com o auxílio de telescópios rudimentares... Conheciam a existência de outros seres vivos e inteligentes habitando outros mundos, ao passo que muitos cientistas atuais pensam que só haja vida inteligente aqui... Em um momento qualquer do passado sumério aquele povoamento de pastores incultos que só sabiam plantar e criar animais para o seu próprio sustento começou a desenvolver um elaboradíssimo sistema de escrita, de números (os cálculos deles atingiam quinze casas decimais,

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enquanto os gregos iam até dez mil, e o que ultrapassasse esse valor era considerado “infinito”). Desenvolveram estudos sobre física, química, botânica, medicina, astronomia, etc. E o mais interessante de tudo: os registros sumérios localizam uma região a Leste da África Central como o local no qual os anunnaki criaram o Homo Sapiens por manipulação genética, para trabalhar nas minas de ouro ali existentes. E por uma incrível “coincidência”, naquela mesma região foi encontrada Lucy, o mais antigo ancestral da raça humana. Os mesmos arqueólogos encontraram também as ruínas de uma mina de ouro com pelo menos cem mil anos de idade.

I. 3 – Conhecimentos Espíritas

Lucy (Internet)

Aos estudos científicos podemos complementar com as informações espirituais sobre a origem do homem (Bernardi, 2013):

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“Podemos afirmar, na atualidade, que a evolução do espírito, bem como a evolução humana, vem se operando desde o surgimento da vida no planeta. No entanto, os seres claramente definidos como humanos só surgiram recentemente. Baseando-se em estudos de fósseis de aparência humana, a idade de nossa espécie corresponderia a um milésimo da idade da vida da Terra. O homem é a primeira espécie que se desenvolveu a nível suficiente para estudar o mundo onde vive, colocando-se nesse estudo, além de pesquisador, também como centro das pesquisas.“O espírito humano, agora já não apenas um princípio espiritual, mas um espírito propriamente dito é capaz de aprender como é constituído, como seu corpo funciona e como a vida se transmite de geração a geração: é capaz, sobretudo, de estudar sua própria evolução.“Ao falarmos de Evolução e do surgimento do Homo Sapiens, faz-se necessário colocar o pensamento de Darwin a este respeito. No seu livro The Descent of Man, aquele cientista descreveu cuidadosamente a evolução de homens e macacos, considerando que cada qual evoluiu separadamente a partir de um tronco comum primitivo, ao contrário do que popularmente se diz: Segundo Darwin, o homem descenderia do macaco. Isso seria tão impossível como eu descender de um primo afastado de mesma idade. Primos têm ancestrais comuns, e tornar-se-ia necessário refazer toda a árvore genealógica, minha e de meu primo distante, até o ponto em que elas se

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unissem em um ramo correspondente a um tataravô, digamos assim.“Os biólogos estão convencidos de que a espécie humana derivou de formas de vida não humanas, e alcançou o estágio atual de desenvolvimento, pelos mesmos processos que as outras espécies.“Os ancestrais fósseis correspondem, a cada nova descoberta, às peças de um quebra-cabeça que vão se ajustando. Há aproximadamente 75.000 anos (*), as populações humanas já apresentavam características muito semelhantes às nossas atuais. Os primeiros fósseis humanos foram descobertos em 1889, na ilha de Java, na Indonésia. Homem de Java é o nome dado aos fósseis descobertos nos bancos do rio Solo, próximo a Trinil, em Java, Indonésia, um dos primeiros espécimes do Homo Erectus. Seu descobridor, Eugène Dubois, deu a ele o nome científico de Pithecanthropus Erectus, um nome de origem grega e latina, significando homem-macaco ereto. No local foi encontrado um crânio partido cujo diâmetro era grande demais para conter um cérebro de macaco e pequeno para qualquer homem moderno. Em 1890, o naturalista Eugène Dubois desenterrou um fêmur (o osso da coxa) suficientemente reto para identificar que havia sido de um primata ereto.

(*) – Note que na página 70 comentamos sobre a descoberta de uma mina de ouro na África com pelo menos 100.000 anos de idade.

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“O famoso ‘Homem de Java’ despertou inúmeras polêmicas, e muitos biólogos que não compreenderam Darwin passaram a argumentar que seria o primeiro ‘elo perdido’ da corrente que levaria dos macacos (atuais) ao homem. Após a descoberta do ‘Homem de Java’ muitas outras se sucederam, sendo a mais antiga descoberta pelo casal L. S. B. Leakey, em Tanganika, na África. Um crânio totalmente íntegro, a 90 m de profundidade em um desfiladeiro de uma localidade chamada Zinj, ao lado de um machado primitivo atestando já o uso de instrumentos há 1.759.000 anos. (...).

“(...) muitas outras se sucederam, sendo a mais antiga descoberta pelo casal L. S. B. Leakey, em Tanganika, na África. Um crânio totalmente íntegro, a 90 m de profundidade em um desfiladeiro de uma localidade chamada Zinj, ao lado de um machado primitivo atestando já o uso de instrumentos há 1.759.000 anos. (...).“O que fica claro é que, no final do Plioceno e início do Pleistoceno, houve uma estabilização maior das transformações mais profundas dos animais e dos vegetais; sem dúvida o homem teria surgido nesta época.“Hoje, o mais antigo representante dos primatas é a lêmure, que vive nas florestas de Madagascar. Esse animal, que tem como característica hábitos mais noturnos, usa os quatro membros com bastante destreza. O mais antigo dos antropoides que

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encontramos hoje é o gibão: possui crânio mais arredondado que seu antecessor, a lêmure. O gibão já apresenta atitudes que denotam maior evolução e é considerado possuidor de uma certa acuidade mental que o capacita a tomar decisões.“O chimpanzé e o gorila demonstram uma situação ainda mais evoluída, atestando ter galgado alguns degraus acima na escada evolutiva dos seres vivos.“Existe uma grande complexidade nas pesquisas antropológicas, embora muitos aspectos já estejam definitivamente comprovados. Os achados e estudos permitem que se dividam as fases da evolução humana em três etapas, denominadas: Fase Primitiva, Fase Paleolítica e Fase Neolítica.

“Fase Primitiva:

“a) Pithecanthropus Erectus – É o famoso homem de Java. O diâmetro da caixa craniana estaria entre o chimpanzé e o homem atual. A estrutura do fêmur ainda não permitia nem a postura ereta nem a corrida livre sem o uso das mãos, como fazem os macacos atuais.

“b) O Sub-Homem de Heidelberg – O ‘achado’ do maxilar encontrado em Heidelberg, na Alemanha, permitiu que se fizesse uma reconstituição dos demais ossos. Os dentes deste nosso ancestral já apresentavam alguma característica humana.

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“Fase Paleolítica:

“Corresponde ao período que se iniciou, aproximadamente, um milhão de anos antes da época atual, também conhecido como período da pedra lascada. Vai do aparecimento dos primeiros seres humanos até o início do desenvolvimento da agricultura.

“a) Homem de Neanderthal – Nesta fase apareceram as primeiras tentativas de comunicação verbal articulada. O Espírito reencarnado nesses humanoides já apresentava seu princípio inteligente em uma fase ainda distante do Homo Sapiens. Segundo alguns autores, sua comunicação verbal não chegava a constituir-se propriamente de palavras, mas de expressões sonoras especificas com entonações agudas e graves. O queixo projetado para dentro dificultaria o aprimoramento desta articulação verbal para produzir a palavra. A cabeça não teria ainda uma sustentação tão ereta como hoje, mantendo-se inclinada. O seu maxilar assemelhava-se ao sub-homem de Heidelberg, apesar de os dentes serem bem diferentes. Acredita-se, atualmente, seja o Homem de Neandertal descendente do de Heidelberg. Seu aspecto seria ainda não muito humano, mas bastante forte e largo, além de baixo.

“b) Homo Rodesiensis – O conhecido homem da caverna, natural da Rodésia, Possuiria uma

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fisionomia bastante assemelhada à dos macacos atuais, o que se conclui pelo arco das sobrancelhas, além de outras características. Apresentava muitos traços semelhantes aos do Homem de Neanderthal, embora sua caixa craniana, seus dentes e seus maxilares se aproximem ainda mais da espécie humana atual.

“Tipo Ancestral Australoide – Este tipo é mais parecido com os aborígenes modernos, porém, segundo as avaliações dos especialistas, as dimensões dos maxilares traduzem uma antiguidade maior.

“d) Homem de Cro-Magnon – Já apresentava uma capacidade craniana capaz de conter um cérebro maior. Apesar de ainda bastante primitivo, era claramente mais evoluído tanto do ponto de vista biológico como espiritual. Deixou-nos, o Homem de Cro-Magnon, vestígios que permitiram concluir com segurança que desenhava. Os estudos antropológicos permitiram documentar uma vida tribal definida. Pelos achados fósseis e outros achados, considera-se o homem de Cro-Magnon como capaz de realizar os primeiros raciocínios de natureza abstrata.“Habitaram o continente europeu por muitos milhares de anos. Raças vindas da Ásia e África miscigenaram-se com eles, determinando aperfeiçoamentos maiores em vários aspectos. A análise de ossos do crânio demonstra que se cérebro tinha condições para desenvolver atividades como

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vida ao ar livre fora das cavernas, conforme o clima exigisse. O corpo deste Homem já se apresentava mais proporcionado, pernas adaptadas a longas caminhadas, feições mais finas e, sem dúvida, comportamento mais inteligente.“Os seus fósseis e, sobretudo, os achados fósseis de suas aldeias, demonstraram que eles usavam armas de pedra e madeira e já mantinham um relacionamento organizado com os animais. Nesta fase foram encontrados desenhos em presas de animais e até estatuetas esculpidas.

“Fase Neolítica:

“A fase neolítica caracterizava-se pela pedra polida e o aprimoramento da vida tribal. Há o início da agricultura, animais são domesticados, a fiação se desenvolve juntamente com a cerâmica. Nascem as religiões e as liturgias. O inconsciente tanto individual como coletivo já transmite para a consciência impressões do estágio anterior no mundo espiritual. sua intuição já permite sentir a presença de entidades desencarnadas no meio social, surgindo, então os primeiros deuses. Suas vidas já admitem a interação com outros planos do Universo. A expressão da comunidade verbal se aproxima da nossa, aprimorando-se bastante. Surgem os sinais primários da escrita! (...)”. Grifo do original.

Em 2002 uma equipe de cientistas que era coordenada

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pelo geneticista norte-americano Peter Underhill, da Universidade de Stanford, EUA, fez um achado bastante interessante: com base em estudos da linhagem paterna do DNA de mil pessoas residentes em 22 regiões diferentes (montando uma espécie de árvore genealógica baseada no rastreamento do cromossomo Y), eles concluíram que os ancestrais dos seres humanos saíram da África Oriental há aproximadamente 59 mil anos. Esse resultado confundiu os cientistas porque a chamada Eva mitocondrial existiu muito antes dessa data, há cerca de 143 mil anos. As datam “batem” com as fornecidas pelos sumérios.

Luzia

O crânio de Luzia não se parece em nada com os antigos habitantes das Américas... Dois anos antes do trabalho desenvolvido por Peter Underhill, outra equipe de arqueólogos que era liderada por Martin Pickford tinha localizado um novo fóssil na cidade de Tugen, no Quênia. Era o polêmico Orrorin

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Tungenensis. Esse antigo hominídeo viveu há seis milhões de anos.

Voltando para os documentos sumérios, encontramos os comentários de Sitchin afirmando que experiências de engenharia genética deram como resultado o homem atual.

A chamada Ufoarqueologia tem a função de estudar achados arqueológicos que remetam para um provável paleocontato. “Provável” com tantas provas e evidências? Aqueles povos pré-históricos foram testemunhas oculares de eventos impressionantes. Imagine-se você mesmo diante de uma nave de outro mundo, vendo sair dela uma equipe de viajantes do espaço que chegam aqui com uma missão. O que você faria? Qual seria a sua reação? E se depois disso, esses contatos se repetissem com certa frequência, aos poucos você se acostumaria em ter como “vizinho” um cidadão que nasceu em outro lugar, em um planeta distante. A Ufoarqueologia detém a maior quantidade de evidências e de provas materiais dessa ocorrência. Sim aqueles desenhos e artefatos são mais que evidências, são provas. Imagine se você conseguiria desenhar como serão os aparelhos de transporte aqui na Terra no ano 7.000. Você conseguiria descrever ou desenhar algo parecido que ficaria guardado em algum lugar até que alguém o encontrasse no ano 7.000, pesquisasse e descobrisse que pouco menos de cinco mil anos antes um cidadão desconhecido

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conseguiria visualizar algo inimaginável... Hoje nós temos a ficção científica e outros eventos mais que nos proporcionam possíveis relances do que existirá no futuro, e isso é a nossa vantagem. Contudo, temos de recordar que entre os primitivos homens das cavernas nada disso existia. Os desenhos e as estatuetas por eles criados retratavam nada mais do que fatos de seu dia a dia.

A Ufoarqueologia foi criada pelo pesquisador suíço Erich von Däniken. Ele criou esta área de pesquisa por causa de algumas características encontradas entre os antigos grupamentos humanos. Os registros são sempre bem semelhantes: anunciam a vinda de deuses até a Terra. E observando mais atentamente a maioria desses deuses usava vestimenta parecida com a dos nossos astronautas.

Em 2012, no Mar Báltico, a Equipe Ocean X encontrou um objeto em forma de círculo no fundo do mar. O objeto, semelhante a um cogumelo se elevava a 4 metros do fundo do mar. Em sua parte superior havia um orifício oval que dava entrada para o interior daquele estanho objeto. Segundo os mergulhadores, poderia ser uma nave aquele objeto. Logo o assunto foi abafado e retirado da mídia...

Ora se todo o material encontrado até hoje não serve como um testemunho de que recebemos visitas de seres alienígenas no passado da Terra e, que aqueles

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seres interferiram de alguma forma no andamento normal de nossa história evolutiva, iremos fazer o quê? Cada um acredite naquilo que bem entender, mas temos diversos indícios e evidências que não podem ser desconsiderados como se fosse antigos brinquedos de crianças... Houve a presença de uma tecnologia mais avançada aqui na Terra em tempos remotos, e os sinais disso são as colossais construções megalíticas. Onde os seres humanos daqueles tempos adquiriram todos os conhecimentos necessários referentes a engenharia e a astronomia. Sim, aqueles monumentos estão relacionados a constelações diversas. Como também as pirâmides egípcias e a própria esfinge. Uma equipe de pesquisadores descobriu na pirâmide de Quéops uma câmara e, nesta havia uma abertura na qual a luz de uma estrela iluminaria um pequeno altar ali existente durante algum tempo. Esse fato estava descrito em um pergaminho bem antigo encontrado na própria pirâmide. A equipe estudou bastante e percebeu que a luz da estrela em questão não se “encaixava” com perfeição no orifício da parede. Tiveram de realizar alguns cálculos baseados no movimento da precessão que demora 250 mil anos para uma volta completa. A luz da estrela se encaixava com perfeição somente há doze mil anos. Essa descoberta foi divulgada pela National Geographic. Isso então demonstra que a pirâmide deve ter mais de doze mil anos de idade, o que remonta para um passado bem nebuloso da história do antigo Egito... Embora a “Bíblia” e os outros livros

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religiosos não possam ser considerados como livros de história, porque não sabemos o que pode ter sido real e o que foi fictício, uma coisa é inegável: em todos esses livros encontramos relatos de aparições nos céus, de “anjos” caminhando pela Terra, intervenções desses “anjos” no curso da nossa História, etc. E nem estamos levando em conta aqui os chamados livros apócrifos, pois estes então apresentam uma profusão de histórias de “anjos”, de sinais dos céus, etc.

I. 4 – Documentação Destruída

Conforme sabemos a Biblioteca de Alexandria foi, em sua época, umas das maiores do mundo, com aproximadamente 40 mil volumes. Tudo foi destruído quando em 48 a. C. Júlio César queimou a frota egípcia. Foi uma lastimável perda porque muitas das respostas que hoje procuramos poderiam estar nos livros que ali foram completamente destruídos, não só pelo incêndio provocado pelo imperador romano, mas pelos outros que se seguiram com o passar dos anos...

I. 5 – Continente Perdido

O periódico científico “Nature Geoscience” apresentou um estudo interessante versando que um antigo continente pode estar localizado abaixo do Oceano Índico. Esse continente teria existido há 85 milhões de anos.

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Quantos segredos podem estar soterrados naquele continente submerso? I. 6 – Neanderthais e Humanos

Estudo da Universidade de Harvard (EUA) e do Instituto Max Planck (Alemanha) sugere que os Neanderthais tiveram filhos com humanos há aproximadamente 37 mil anos atrás e deixaram descendentes na Europa.

I. 7 – Antigos Habitantes da Terra

A Ciência afirma que houve um tronco comum entre os macacos e os seres humanos, embora até hoje não se tenha encontrado nenhum sinal dos componentes iniciais de tal tronco. Entretando os restos do mais antigo hominídeo compõem o chamado Australopithecus Afarensis que viveu entre um milhão e 600 mil anos a. C. posteriormente existiram o Homo Habilis e o Pithecanthropus Erectus.

Os três estágios culturais da Humanidade classificados pelos pesquisadores são: selvageria, barbárie e civilização. A selvageria e a barbárie são os estágios vividos pelos homens pré-históricos e, a civilização seria o estágio posterior à invenção da escrita. Todavia esta definição não corresponde exatamente aos documentos históricos encontrados. E é importante recordarmos que cada civilização deve

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ser compreendida dentro de seu momento histórico, não podendo ser comparada com a nossa atual.

Houve em tempos idos um contato com civilizações de fora deste planeta, e deste contato surgiu uma aceleração no processo de desenvolvimento humano aqui. Construções gigantescas, pinturas mais elaboradas, conhecimentos astronômicos, etc, fizeram parte deste legado deixado pelos visitantes. Os povos antigos podem ter sido rudes com relação ao entendimento que possuíam da vida, mas eles tiveram, mesmo assim, ajuda de seres extremamente avançados, e para isso basta somente que entendamos que os visitantes viajares milhares de anos-luz para chegar aqui na Terra. Só este evento já comprova o grau de adiantamento tecnológico que eles detinham.

I. 8 – A Mesopotâmia

A palavra Mesopotâmia, em grego antigo, significa: região entre rios. A rica planície mesopotâmica atraiu com o correr dos tempos uma grande quantidade de povos e estes após guerras e miscigenação, deram origem a civilização mesopotâmica (sumérios, assírios, caldeus e babilônicos).

Essa rica planície atraiu uma série de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerra e dominaram uns aos outros, formando o que denominamos “civilização mesopotâmica”. Entre

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esses povos temos:

Os Sumérios; Os Babilônicos;Os Assírios; Os Caldeus;

A questão mais importante é que esses povos tiveram contatos no passado, e destes contatos surgiu um considerável desenvolvimento que produziu toda a considerável literatura e demais avanços. E estamos falando de um tempo bastante recuado no passado, tempo este no qual as outras civilizações ainda viviam no estágio dos homens das cavernas.

Eles utilizavam a divisão do ano em doze meses, e a semana com sete dias; o dia era de vinte e quatro horas; faziam o plantio segundo as fases lunares; conheciam a divisão do círculo em 360 graus; o mais importante de tudo, desenvolveram um tipo de escrita, chamada de cuneiforme, e isso significou um considerável avanço para aquela civilização. Eles escreviam em placas de argila mole com cunhas em formato de V.

Atingiram um notável desenvolvimento em áreas como a matemática, a astronomia, as ciências e a medicina.

I. 9 – Depois da Guerra

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A História oficial não aceita que tenha existido uma civilização desenvolvida em tempo anterior ao dilúvio, e que este povo tenha desaparecido durante este evento. O que os pesquisadores aceitam é que o ser humano evoluiu de um ancestral comum entre ele e o macaco há um milhão de anos. Todavia, existem muitas evidências da existência de uma civilização que possuía tecnologia bem avançada e, que esta civilização existiu em um período anterior ao tempo dos sumérios, ou seja, antes de 4.500 a. C. Porque até mesmo o surgimento da civilização suméria já demonstra que eles detinham um conhecimento vindo de um tempo anterior ao deles. Porque como eles poderiam ter adquirido “do nada” os avançados conhecimentos astronômicos que detinham? Eles criaram os conceitos e nomes astronômicos que ainda hoje são usados. Como eles poderiam saber que o nosso sistema solar gira ao redor de Alcíone, o sol central das Plêiades? Eles dividiram esse círculo em doze quadrantes, e cada um com trinta graus de espaço celeste simbolizando um animal. Era a criação do zodíaco, no qual cada quadrante dura 2.160 anos. Os sumérios começaram a registrar seu calendário no ano 4.468 a. C., todavia consideravam que o tempo havia tido início no ano 10.928 a. C., tempo esse no qual teria acontecido o dilúvio e Siuzuda (o Noé dos sumérios) teria se salvado. O curioso dessa questão é que os egípcios contavam também esse tempo de 10.928 a. C. quando, segundo eles as terras emergiram das águas primais. O zodíaco circular que foi

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

encontrado no templo de Dendera confirma esse fato.

Zodíaco no templo de Dendera (Internet)

As pesquisas indicam que esse mesmo período coincide com o final da Era Glacial do Pleistoceno, quando o derretimento do gelo nos polos causou elevação considerável do nível dos oceanos. Teria acontecido algum tipo de informação sobre o cataclismo entre os sobreviventes desse fato e os que vieram depois? É possível que membros das antigas civilizações tenham sobrevivido ao dilúvio – ou outro evento qualquer de grandes proporções – e, que tenham repassado as suas conquistas tecnológicas para os povos que vieram após este evento. Isso explicaria uma série de questionamentos que até hoje se encontram sem uma resposta clara e objetiva. De outra forma como povos vivendo em períodos tão atrasados em termos de desenvolvimento científico conseguiram tanta sabedoria, inquestionáveis conhecimentos astronômicos, matemáticos, agrícolas? Como teriam conseguido erigir as colossais construções que perduram até hoje?

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Já comentamos anteriormente que houve um evento de natureza ainda não totalmente explicada que produziu uma verdadeira catástrofe e interferiu até mesmo na biologia dos seres antigos que viveram aqui na Terra (vide o item I. 2 – A Partida dos “Deuses”).

I. 10 – Monumentos Megalíticos

As construções megalíticas são monumentos com rochas que pesam muitas toneladas. E os blocos possuem um corte tão preciso impossível de ser obtido com machados de pedras e ossos (a tecnologia dos homens das cavernas). Como tudo isso sobreviveu à ação das intempéries? Atualmente se uma cidade fosse abandonada, em pouco tempo as construções iriam desabar e as matas tomariam conta do local. Em um pequeno espaço de tempo poucas ruínas restariam. Como fazer então um paralelo entre as construções megalíticas e as atuais? Somos mais desenvolvidos do que aqueles povos, ou é justamente o contrário? O conhecimento para a realização daquelas construções ciclópicas já existia em um tempo em que os homens nem sabiam falar, ler e escrever? Como esse saber era repassado para os operários das construções? Retornamos a lenda dos Anunnaki. Estes seres estabeleceram as suas cidades – segundo a lenda – na planície da Mesopotamia há mais de cinco mil anos a. C. Até que ponto isso pode ser considerado lenda realmente? Teria sido esta a primeira história de ficção científica criada na Terra, em um tempo em

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

que nem se sabia o que isso significava?

Por que motivo nem todas as descobertas arqueológicas são tornadas públicas? E se aconteceu realmente todo esse processo que estamos comentando, é impossível que pelo menos um esqueleto de um ser extraterreno daqueles tempos não tenha sido descoberto... Contudo, onde estão os registros de tais descobertas? Os seres que viveram aqui no passado distante, em um dado momento desencarnaram e, onde eles foram enterrados? Algum vestígio deles deve existir. E ainda há a questão da distância. As rochas utilizadas na construção dos antigos monumentos foram transportadas por longas distâncias, mas de que maneira? Com que instrumentos? Temos de lembrar aos nossos leitores que estamos falando de uma era na qual os homens mal tinham se diferenciado dos macacos... No Período Neolítico os seres já conheciam as mais diferentes técnicas exigidas para as construções que realizavam?

Quando nós observamos uma civilização que apresenta um desenvolvimento gradual, normal. Vemos as invenções e descobertas sendo gradativamente surgindo, sendo as posteriores um melhoramento das anteriores. Temos como exemplo os carros a vapor de Robert Fulton. Os carros mais modernos são uma evolução dos modelos mais antigos. Quem poderia imaginar que dos gigantescos computadores da década de 50 surgiram os palms,

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notebooks, PCs, etc? Mas de qualquer modo eles são uma evolução daqueles primeiros modelos. Já civilizações como as da Mesopotâmia e do antigo Egito surgiram apresentando desde o início um grau de desenvolvimento sem precedentes. Já tiveram seu início como civilizações altamente evoluídas. De onde eles tiraram todos os conhecimentos para a “construção” de uma civilização que começou possuindo tão considerável soma de saber em todas as áreas? Seria algo semelhante à invenção dos mais modernos computadores sem passar pelas fases iniciais... A tecnologia e os outros conhecimentos científicos que essas duas civilizações eram, obviamente, oriundas de “outros povos” com os quais tiveram contato. Mas que povos eram esses e de onde eles vinham? Como um povo que viveu em eras remotas conhecia os fenômenos celestes tão bem quanto nós atualmente? Por que estranha razão os antigos construtores foram tão cuidadosos na escolha dos locais para as suas edificações?

II – Antigos Astronautas

Antigos astronautas pisaram no solo da Terra? Proporcionaram ensinamentos para os povos incultos? Deixaram descendentes aqui? Mais de uma civilização alienígena esteve presente em nosso passado e interferiu diretamente nele? Realizaram experimentos genéticos com os primatas do passado? Se isso aconteceu à evolução da espécie humana não

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teria acontecido exatamente da forma que Charles Robert Darwin acreditava...

Não precisamos nem dizer que os cientistas abominam as perguntas que nós fizemos acima. Se de um lado eles estão certos, porque respondendo sim para qualquer um dos questionamentos, toda a nossa História teria de ser reescrita dentro de novos e pouco usuais conceitos. E enigmas maiores surgiram e demandariam uma resposta.

Todavia, o papel investigativo dos mesmos cientistas fica deixado de lado quando eles viram as costas para essas assombrosas questões. Só que alguma coisa de vulto aconteceu no passado remoto deste planeta e, ainda não sabemos lidar com isso, mas as provas deste acontecimento estão por toda parte da Terra.

Em outras palavras, os cientistas possuem número razoável de evidências para atestar que alguma coisa aconteceu. E que foi algo de proporções mundiais, e não, localizado. As pinturas, as construções, os artefatos que já foram encontrados estavam espalhados nos quatro cantos do planeta. E podemos até mesmo supor que exista muito mais, e que ainda não tenha sido localizado em razão de dificuldades técnicas, da profundidade em que possam estar, ou mesmo, que estejam enterrados no fundo dos oceanos (que no passado era terra habitada, antes dos choques das placas tectônicas que modificaram radicalmente a

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superfície do planeta Terra). Sendo a maior parte de nosso mundo é composta por água, e como sabemos que existem terras debaixo dessa gigantesca massa líquida, muita coisa deve estar por lá...

Os textos indianos descrevem as vímanas que eram máquinas voadoras utilizadas com finalidades militares. Ora, se essas naves eram usadas em guerras é quase certo que existam destroços delas em algum canto da Terra. Algumas dessas naves devem ter sido abatidas por determinadas armas descritas no “Mahabharata”... Se em verdade estas naves existiram realmente e realizaram manobras militares e travaram lutas aéreas, algumas devem ter sido destruídas e seus pedaços devem estar espalhados em algum canto da Índia ou de outro país qualquer...

III – Viajantes do Tempo?

A viagem no tempo seria somente uma teoria interessante ou uma possibilidade real? Muitos cientistas teorizam sobre a utilização dos chamados Buracos de Verme (Wormholes) para se efetuar uma viagem no tempo. Até Einstein acreditava nessa possibilidade...

Vamos abordar agora um caso que até hoje ainda é bastante polêmico.

No ano de 2000, no mês de novembro, nos EUA

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alguém que se autodenominou como Viajante-Zero participou de um grupo de discussão (fórum) na internet. Até ai tudo bem, era um pseudônimo e nada mais, o problema foi ele ter afirmado ser um viajante do tempo procedente do ano 2036.

Algum tempo depois ele se identificou – certamente com um nome fictício – como John Titor. Rapidamente ele foi alvo de críticas e de chacotas de muitos internautas. Em uma tentativa de comprovar a veracidade de suas afirmações, John Titor começou a postar diagramas, manuais, esquemas técnicos e algumas fotografias sobre a sua máquina do tempo. Um desses desenhos foi o mais intrigante: era um esquema técnico de um Buraco de Verme, entretanto a Ciência terrestre ainda nem tinham descoberto tal coisa, que só havia sido teorizado como algo hipotético, uma estrutura do espaço-tempo semelhante a um túnel que faria conexão entre pontos separados no espaço-tempo.

Esse é um tipo de tecnologia que está sendo secretamente estudada e desenvolvida pelos cientistas de maior renome nos EUA. Albert Einstein já aventara sobre essa possibilidade, mas ficou somente como uma teoria e nada mais. John Titor revelou que seu veículo era o C204 que usava quatro relógios de Césio.

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Esquema da Aparelhagem (Internet)

Emblema usado pela equipe dos viajantes do tempo (Internet)

Aparelhos de John Titor (Internet)

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Esquema da Aparelhagem (Internet)

Esquema da Aparelhagem (Internet)

Esquema do Buraco de Verme (Internet)

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Cabine da nave do tempo (Internet)

Cabine da nave do tempo (Internet)

Painel da nave (Internet)

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Foto da década de 40 (repare o homem com o círculo na cabeça) Fonte – Internet

IBM Modelo 5100 (Internet)

Segundo John Titor postou a nave C204 será fabricada pela G. E. – General Electric – e será usada pelo exército norte-americano.

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João Fernandes da Silva JúniorDepois de quatro meses, em março de 2001 John Titor postou que retornaria para seu tempo (em 2036). Ele sumiu e nunca mais houve nenhuma postagem

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dele. Esse assunto foi levado tão a sério pelo governo dos EUA que ainda existem investigações oficiais em andamento. Também revelou que já havia efetuado outras viagens no tempo entre os anos de 1960 e 1980. A função de tais viagens era a coleta de informações e de alguns itens (aparelhos) necessários no ano 2036. Entre esses itens ele obteve um computador IBM Modelo 5100 (foto acima) quando viajou para o ano de 1975.

Outra “profecia” de John Titor era sobre o fato de a China enviar um astronauta para o espaço, fato que aconteceu no ano de 2003. Em outra afirmação dele foi a de que os EUA não encontrariam armas de destruição em massa no Iraque depois do atentado de 11 de setembro. E o mais interessante: os fundamentos das viagens no tempo começariam a ser descobertos no CERN. O CERN é um centro europeu de pesquisas que trabalha no estudo das partículas. Possui aceleradores de partículas.

As postagens de John Titor são mesmo de 2000 e 2001 e, isso já é uma evidência. Mas caso ele tenha sido mesmo um viajante do tempo, com uma tecnologia de algumas décadas além da nossa, imaginem o que uma civilização centenas, ou milhares de anos a nossa frente não conseguiria realizar... Eles poderiam efetivamente viajar com

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João Fernandes da Silva Júniormaior facilidade ainda no tempo. Teriam sido alguns dos antigos astronautas viajantes do tempo?IV – Alienígenas Ancestrais

Determinadas suposições versam sobre a probabilidade de seres alienígenas terem interferido abertamente no curso da História humana terrestre. Se isso aconteceu, qual a teria sido o propósito desse tipo de procedimento? Porque se esse evento aconteceu deve ter seguido um desígnio que desconhecemos.

“Eles” deixaram marcas bem evidentes em todos os recantos deste planeta. Isso sem levarmos em conta o que ainda pode ser descoberto para ser somado ao que já temos...

O certo que no decurso da História foram deixados diversos desenhos e relatos que tratam da chegada de seres de aparência semelhante a do homem, mas com vestimentas estranhas, saindo de naves que cruzavam os céus. Eles foram adorados em quase todas as civilizações antigas, ensinaram coisas úteis, auxiliaram o progresso humano e a própria evolução genética de nossa raça. Então podemos dizer aqui que sempre fomos visitados por seres que, por um motivo que ignoramos, têm um interesse especial pelo desenvolvimento da espécie humana. Será que esses seres deixaram de ter interesse por nós? Parece que não... Pelo menos é o que indica a grande quantidade de mensagens canalizadas enviadas por “seres de

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fora” e captadas por terrestres em diversos países. As mensagens são quase unanimes ao abordar a

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necessidade do desarmamento atômico; da busca de vida pacifica e de bom entendimento entre os povos; da necessidade de busca de espiritualização, etc...

IV. 1 – Os Cagots

Um episódio bem interessante se deu na França durante o Século XV. Seres estranhos surgiram e passaram a ser chamados de Cagots (banidos da sociedade). A origem desse povo até hoje é desconhecida e, o desaparecimento dele também, no início do Século XX. As poucas descrições existentes na internet sobre os Cagots indicam que eles possuíam uma aparência física estranha e, origem étnica ignorada.

Eles realizavam atividades diversas depois de conseguirem se estabelecer, pois anteriormente foram perseguidos. Porém, não podiam se misturar com a população, nem frequentar igrejas ou se casar com alguém que não pertencesse à comunidade deles. Era o Clero impondo um pesado estigma sobre eles. Eles eram seres de pequena estatura, a maioria deles era calva, com pequenas orelhas. Segundo descrições os dedos dos pés e das mãos eram ligados por membranas interdigitais. Ambroise Paré (1509-1590) realizou estudos médicos e contatou que eles apresentavam elevada temperatura corporal. E logo no início do Século XX eles desapareceram sem deixar vestígios...

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Qual seria a origem desses seres que surgiram e sumiram tão repentinamente?

V – A Origem da Teoria

Iniciamos este item reproduzindo um artigo (Silva Júnior e Pereira, 2013) de nossa autoria (juntamente com nossa esposa Kátia Eli Pereira). Esperamos que as palavras aqui apresentadas possam abrir os olhos daqueles que assim o desejarem.

“A Morte da Razão

“Na obra ‘Falsification and the Methodology of Scientific Research Programmes’, o pesquisador George Lakatos analisou a metodologia que foi utilizada por Allan Kardec na composição das obras da Codificação Espírita; e Lakatos comenta que:

“(...) Só podemos considerar como crítico sério aquele que tenha examinado e estudado o Espiritismo em profundidade com a mesma paciência e perseverança de um observador consciencioso; aquele a quem não se possa opor nenhum fato que lhe seja desconhecido, nenhum argumento que já não tenha cogitado e cuja refutação seja apoiada por outros argumentos mais adequados. Este pesquisador deverá poder indicar, para os fatos investigados, causa mais lógica do que a que apresenta-lhe o Espiritismo’ (Tradução nossa do inglês para o

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João Fernandes da Silva Júnior

português).

“Seguindo o critério exposto por Lakatos, notamos que no plano físico da Terra não existe uma pessoa que possa enquadrar-se como esse tal crítico sério. Temos atualmente uma multidão de pessoas que escrevem para jornais e revistas espíritas, dizendo que ‘isso é impossível’, ‘aquilo está errado’, ‘eu acho isso ou aquilo’, etc., contudo nenhuma dessas pessoas apresenta uma só prova do que escreveram. Allan Kardec gastou a sua saúde para provar que os fatos que descrevia na Codificação Espírita eram corretos. Na ‘Revista Espírita’ ele pesquisou centenas e centenas de casos e sempre apresentou argumentos racionais para cada um deles.“Camille Flammarion disse que Kardec era o bom-senso encarnado. A quantos articulistas podemos atribuir a posse de um bom-senso pelo menos próximo ao do Codificador?“Kardec não englobou todos os tipos de fenômenos mediúnicos em suas obras, visto que efeitos como Channelling (canalização), TCI, e outros, ainda eram raros e demandavam o conhecimento que somente foi descoberto décadas depois dele.“A razão não deve ser obscurecida pelos preconceitos e tabus humanos.“Se os espíritas matarem a razão para dar publicidade às obscuras ideias que alimentam, fatalmente a imprensa espírita irá degenerar.“Existem muitas maneiras de se expressar o

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

pensamento, sem colocar em xeque aquilo que já está previamente estabelecido. Até mesmo na Ciência existe este cuidado, por isso os pesquisadores são extremamente criteriosos com relação a dizer que possuem uma prova, algo definitivo sobre uma questão. Eles preferem enunciar que eles têm em mãos uma evidência, do que afirmar que têm uma prova. Porque, mesmo em questões científicas, é bastante complicado considerar certas provas que são válidas para uns e sem valor para outros. Quando Lavoisier apresentou um relatório sobre os aerólitos aos sábios da Academia, o que aconteceu? Ele foi ridicularizado. Um dos doutos comentou em tom irônico:

“- Isso é ridículo! Não existem pedras no firmamento. Nós olhamos para cima e vemos que não existem pedras no céu!

“Do ponto de vista do sábio ele estava certo, olhando para cima não vemos diariamente pedras no céu, mas os aerólitos não deixam de existir por causa disso... Foi o mesmo princípio utilizado pelos estudantes e médicos da Idade Média: eles rasgavam todos os centímetros do corpo dos cadáveres e não encontravam o menor sinal da presença de uma alma ligada àqueles corpos, e por isso afirmaram que a alma não existia,...“Como nós não conhecemos cada coisa em seus mínimos detalhes, por mais que pensemos saber sobre algo, sempre há uma novidade para ser descoberta

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João Fernandes da Silva Júnior

sobre ela. E assim os conceitos científicos vão sendo paulatinamente reformulados visando dar mais abrangência explicativa. O que diria os espíritas do Século XIX se os espíritos envolvidos no trabalho da Codificação houvessem enunciado sobre a existência de cidades espirituais; de entidades que vampirizam os encarnados, sugando a energia vital (ectoplasma) dos mesmos; de veículos espirituais (aeróbus) para o transporte aéreo; de bibliotecas na Espiritualidade, etc?“Tudo tem seu tempo e sua hora. E os desencarnados têm de aguardar que nós aqui na Terra estejamos suficientemente desenvolvidos para que possamos assimilar mais e mais informações, as quais, por ora, não surtiriam o efeito desejado de busca de renovação íntima.“O Espiritismo em seu papel de fé raciocinada exige de nós pensamento e questionamento contínuo sobre cada questão apresentada, para que nos aprofundemos no conhecimento exposto pela doutrina que professamos”.

Da mesma forma que escrevemos acima, reportamos aqui. Como as pessoas podem afirmar que o Paleocontato não existiu se existem tantas evidências que são favoráveis? Por qual razão a opinião dos que são contrários deve ser tomada como mais importante do que as pinturas, as tradições orais, os artefatos, as construções, e tudo o mais que já foi descoberto? Quais argumentos irrefutáveis os contraditores desta

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

teoria apresentam? Acaso os que pensam que estamos sozinhos no Universo acreditam que os povos pré-históricos usavam drogas alucinógenas em seus rituais e que as pinturas são simplesmente a reprodução da confusão mental daqueles? Os primitivos tiveram visões semelhantes?

Ao contrário, como pontos favoráveis para a Teoria do Paleocontato, temos um número considerável de evidências, as quais em seu conjunto não podem ser tidas como resultado da utilização de drogas alucinógenas. Drogados os homens pré-históricos veriam astronautas, naves, etc? Mas se a droga amplia a nossa imaginação, como iria mexer com informações que não existiam naquelas mentes primitivas? Tais imagens só poderiam ser retiradas de um local cerebral onde elas existissem! Ou os primitivos habitantes da Terra foram abduzidos naqueles tempos, ou então tiveram contatos reais com seres provenientes de outros planetas... Nesses dois casos eles teriam arquivos mnemônicos referentes às naves e pessoas usando trajes de astronauta. De outra forma, qual teria sido o propósito daqueles homens antigos em movimentar pedras enormes? Se a própria Ciência não sabe ainda explicar porque tudo isso aconteceu, nada impede que diversas hipóteses sejam criadas em uma tentativa de explicar o que ainda não foi devidamente solucionado.

Durante milhares de anos a população da Terra

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João Fernandes da Silva Júnior

acreditava que este planeta era o centro do Universo. Quantos milhares de anos nós demoramos em descobrir a verdade? Até hoje existe um número bem grande de pessoas que acreditam que nós somos descendentes de Adão e Eva, mas até hoje ninguém provou que eles realmente existiram. Já a Teoria dos Antigos Astronautas traz em seu bojo boa quantidade de provas favoráveis. Se não foram seres de outros mundos que estiveram presentes aqui no passado deste planeta o que temos de fazer é buscar responder de forma lógica e racional o que foi que aconteceu, porque algo realmente aconteceu!

VI – Alienígenas do Passado

Se no passado nós fomos visitados por seres procedentes de outros planetas, somente o tempo poderá responder. Enquanto isso a Teoria dos Antigos Astronautas busca preencher as lacunas da nossa – bastante – fragmentada História. E não são poucas essas lacunas... O que esta teoria tenta fazer é reescrever as partes que estão faltando, usando para isso as próprias descobertas acerca de um provável contato. O que podemos afirmar com certeza é que no passado remoto não poderia existir uma tecnologia tão complexa sendo usada por seres que mal raciocinavam. Imaginem simplesmente se um astronauta atual fosse enviado com sua nave para o passado longínquo. Como os homens pré-históricos entenderia esse acontecimento? Aquele astronauta

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

seria tomado como sendo um “deus”. Usando seu traje especial e artifícios tecnológicos desconhecidos ele seria o centro de atenção de qualquer clã primitivo. Se o mesmo astronauta acendesse um isqueiro ou ligasse uma lanterna comum, o espanto seria geral. Mais complicado então seria se ele usasse um aparelho de MP3 e reproduzisse as músicas ali contidas. Os seres primitivos ficariam aterrorizados com aquele “treco” que emite sons... Caso o astronauta abrisse seu notebook e reproduzisse um arquivo de fotos ali contidos, ele seria tido como alguém poderoso, capaz de aprisionar as pessoas dentro de uma “caixa mágica”. E eles nem sabiam o que era uma “caixa”...

VII – O Passado e suas Evidências

As múltiplas evidências arqueológicas sobre um provável contato com seres tecnologicamente mais evoluídos são muitas. Abaixo apresentamos uma fotografia interessante. São as pegadas de alguém que estava calçado (na Pré-História) que esmagaram um Trilobite, um artrópode da Era paleozoica, que viveu entre 220 e 440 milhões de anos atrás. Note-se que o uso de calçados é algo bastante recente na História humana.

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João Fernandes da Silva Júnior

As pegadas (Internet)

Trilobite (Internet)

São evidências fantásticas porque não são marcas de pés descalços, eles estavam calçados. A descoberta ficou conhecida como a “Pegada Meister”, por ter sido descoberta em junho de 1968 pelo arqueólogo William J. Meister, em Antelope Springs, Utah, EUA. A data na qual viveram os trilobites é anterior ao aparecimento da espécie humana. As pegadas são do mesmo tamanho e são também simétricas.

Outro achado interessante é o de um crânio de bisão que possui dez mil anos de idade. No centro do crânio existe uma perfuração semelhante à de uma bala atual.

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Só que dez mil anos atrás ainda não existia nenhum revólver e, muito menos, as balas...

Bisão morto a tiro? (Internet)

Abaixo as fotos de alguns crânios. Preste atenção no formato deles.

Crânio ET? (Internet)

Crânio ET? (Internet)

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João Fernandes da Silva Júnior

Astronauta do Passado e do Presente (Internet)

Um Antigo Astronauta? (Internet)

Astronauta de Capacete? (Internet)

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

VII. 1 – A Arte Primitiva O início da arte humana se encontra nos primórdios de nossa civilização. Desde os tempos mais primitivos que os homens realizavam pinturas nas paredes das cavernas e produziam esculturas de barro representando elementos de seu dia a dia. Só ignoramos como povos selvagens começaram a reproduzir artisticamente as visões que tinham. Como produziram as tintas que persistiram apesar da passagem de muitas eras e, principalmente determinados objetos e seres presentes em muitos afrescos paleolíticos. Como alguém que não sabia utilizar a fala, e mal raciocinava, teve a sensacional ideia de produzir tintas variadas e reproduzir nas paredes das cavernas as cenas de seu cotidiano? Para esse trabalho ser realizado é possível que mensuremos que somente os acontecimentos tidos então como os mais importantes eram pintados.

A caça, a pesca, etc, eram importantes para a manutenção daqueles grupamentos, mas “outros acontecimentos” igualmente importantes foram pincelados nas paredes e ficaram registrados para a posteridade. Eram os encontros com seres provenientes de outros mundos. As espaçonaves e seus tripulantes se encontram reproduzidos nos desenhos daqueles autóctones primitivos. Primitivos? Como determinar com exatidão o grau relativo de

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João Fernandes da Silva Júniordesenvolvimento das civilizações do pretérito? O que temos de conhecimento indica que aqueles homens

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

que se abrigavam dentro das cavernas eram organizados, havia um grupo responsável, pela caça, outro para cuidar da segurança dos membros, os cozinheiros, os pintores, etc. Isso mostra para quem quiser ver, uma sociedade bem parecida com a nossa, ou seja, havia uma divisão do trabalho.

Os desenhos impressionam quando são comparados a seres e objetos atuais. Encontramos as representações de seres utilizando vestimenta similar às dos astronautas, de naves, etc, e isso aconteceu no mundo inteiro. Não existem estes desenhos e estatuetas em um único local isolado na Terra, eles se encontram por toda parte, entre diferentes culturas e épocas. Aqueles povos do passado, pelo simples fato de já viverem em uma sociedade com um papel definido para cada um, indicam um estágio mais avançado do que o normal, ou seja, já eram um desenvolvimento de seres ainda mais atrasados...

Assim, temos de considerar que os povos considerados como primitivos e que deixaram para nós os enigmas desenhados nas paredes das cavernas, já representavam um avanço se comparados aos que existiram antes deles. Tinham conhecimentos incomuns para a época e, possivelmente, representaram a origem de tal saber nos desenhos que realizaram...

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João Fernandes da Silva JúniorVII. 2 – As Pedras de IcáAs pedras de Icá compõem um considerável conjunto de enigmas para os pesquisadores. O doutor Javier Cabrera Darquea possui mais de onze mil dessas pedras. E os desenhos que elas apresentam são um mistério.

O Dr. Darquea dividiu em áreas do saber humano cada grupo de pedras, ali estão representações referentes a conhecimentos médicos, astronômicos, biológicos, etc. As pedras contem até mesmo desenhos representando operações cirúrgicas; desenhos de continentes diferentes dos que conhecemos; seres com aparência diferente. Algumas dessas pedras trazem reproduções de homens e dinossauros, convivendo em uma mesma época, o que faz com que recuemos para o Período Cretáceo, a mais de 65 milhões de anos... Isso é outra evidência de que teria existido outra civilização na Terra?

Observando o céu com uma luneta (Internet)

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Dinossauro e homem (Internet)

Estranhos continentes (Internet)

VII. 3 – Homens do Passado

A descoberta de uma civilização bem antiga aconteceu na África do Sul. Uma verdadeira cidade com aproximadamente 1.500 km². E o mais surpreendente, a construção teria sido erigida cerca de 200 mil anos a. C...

VII. 4 – Arqueologia Fantástica

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João Fernandes da Silva JúniorAo serem realizadas escavações em Monmouth, no País de Gales, os trabalhadores se depararam com fundações de madeira de um edifício muito grande. As fundações medem mais de 16 metros de comprimento e com um metro e meio de largura.

Cientistas realizaram diversos testes para conseguirem datar aquela construção e, chegaram à idade de 6.500 anos.

VIII – Astronautas do Passado e sua Tecnologia Fantástica

Aqui comentamos sobre estranhas estruturas encontradas submersas na costa do Japão. Algumas delas apresentam símbolos desconhecidos. Os pesquisadores acreditam que seja uma cidade que submergiu devido a alguma catástrofe acontecida em passado remotíssimo. A cabeça de uma grande estátua foi também encontrada pela equipe de mergulhadores.

Abaixo uma sequência de fotos da descoberta.

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(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

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(Fonte Internet)

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João Fernandes da Silva Júnior(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

Essa cidade perdida é muito antiga, e não existem registros históricos sobre ela. Desde 1995 que cientistas e mergulhadores estão envolvidos em estudar essa descoberta. Os estudos arqueológicos dataram essas construções em mais de 11 mil anos.

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João Fernandes da Silva JúniorUm platô com mais de 200 metros de comprimento está próximo de uma pirâmide construída no mesmo estilo das pirâmides mais e astecas. Essa é a construção mais antiga já encontrada. E não são construções naturais, existem marcas de entalhes nas pedras, evidenciando ser uma construção humana. A cabeça da estátua é bem parecida com os Moais.

(Fonte Internet)

Essa civilização que teria vivido há mais de 11 mil anos, criou uma cidade com que tipo de instrumentos e de tecnologia? E que civilização era essa?

VIII. 1 – A Pirâmide Bósnia do Sol

Escavações efetuadas na Bósnia-Herzegovina, nos Balcãs, revelaram uma enorme pirâmide com 220 metros de altura, maior que as pirâmides egípcias. Na cidade de Visoko foi descoberto um vale com diversas

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

pirâmides. A maior dessas pirâmides foi chamada de Pirâmide Bósnia do Sol.

(Fonte Internet)

Cada bloco da pirâmide pesa cerca de 20 toneladas, o que é um peso espantoso. Duas datações foram realizadas: a pirâmide data de 15 mil anos atrás e pedaços de madeira encontrados nos seus tuneis foram datados em 34 mil anos. Os testes de datação foram realizados no Laboratório Kiel, na Alemanha, e no Laboratório Gliwice, na Polônia. Vale destacar que os pesquisadores encontraram diversos sinais gravados em rochas. Especialistas em línguas antigas comentaram que se tratava de escrita semelhante à rúnica. E o concreto usado é quatro vezes mais resistente do que o atual. A questão é que – como no caso da cidade submarina no Japão – não existem registros de civilizações que tenham vivido ali há 34 mil anos. As construções não haviam sido observadas antes por causa da densa vegetação que se encontrava encobrindo todas as edificações. Também foram encontrados blocos com cortes precisos. Em todas as construções existem degraus, portas, corredores,

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João Fernandes da Silva Júniorpassadiços, etc, o que comprova que foram construídas por seres inteligentes e não pela ação da Natureza. Além disso, análises térmicas que foram realizadas confirmaram a existência de diversas câmaras e passagens dentro das pirâmides. O extenso túnel embaixo do vale, e este ultrapassa as 10 milhas de comprimento. Esculturas foram achadas dentro dos túneis. Na mesma região foi localizado um túmulo com mais de 60 metros de altura. E a lista de “achados” não para por ai. Alguns físicos usando aparelhagem de medição conseguiram detectar um feixe de energia proveniente do topo da Pirâmide Bósnia do Sol. O raio do feixe foi medido em 4,5 metros e possui 28 kHz de frequência. O feixe se apresenta contínuo e cresce conforme se distancia da pirâmide. Que tipo de civilização teria no passado bem remoto a tecnologia para criar isso tudo?

As descobertas vão se sucedendo e os céticos vão ficando cada vez mais abismados com as “novidades” que eles não sabem explicar... Continuemos falando sobre cidades que eram desconhecidas.

VIII. 2 – A Cidade de Denrinkuyu

Em 2007 foi descoberta na Turquia uma cidade subterrânea de Denrinkuyu. Ela possui a conformação de ser superposta por onze andares. A complexidade de construção desta cidade é algo que os pesquisadores ainda não souberam decifrar. Esta cidade faz parte de uma rede de muitos complexos

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

subterrâneos encontrados na Turquia. Para a proteção da cidade existem enormes portas de rochas que

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fecham pelo lado de dentro e, além disso, cada andar pode ser isolado dos outros pelo mesmo processo.

(Fonte Internet)

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Mapa da Cidade (Fonte Internet)

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(Fonte Internet)

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(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

(Fonte Internet)

A estimativa feita pelos pesquisadores é a de que aquela cidade acomodava aproximadamente quarenta mil pessoas. E os moradores da cidade tinham adegas, armazéns, refeitórios, capelas, espaços para a fabricação de vinho e também para a extração de óleo.

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Há um grande sistema de dutos de ar e de água para os moradores da cidade. Depois de anos de estudos os arqueólogos já descobriram outros andares abaixo. Já atingiram 90 metros de profundidade e ainda existem mais tuneis e dependências da cidade. Outro túnel com aproximadamente oito quilômetros conduz para outra cidade subterrânea chamada Kaymakl. A questão é que os arqueólogos desconhecem que povo poderia ter construído uma cidade tão complexa e bem distribuída debaixo da terra.

VIII. 3 – Roswell

Retornemos agora para uma época mais próxima da nossa. Temos recebido diversos posts com a mesma notícia e, acabamos indo pesquisar mais esse caso. O fato é relativo a um incidente que aconteceu há muitos anos, em Roswell, nos EUA.

Acreditamos que todos já tenham ouvido falar da nave e dos seres que foram capturados ali. A notícia é que aproveitando a tecnologia daquela nave, de seus componentes eletrônicos, os cientistas teriam desenvolvido o transistor. Parece coisa absurda, mas já ouvimos falar disso há bastante tempo.

O tenente-coronel Philip J. Corso que participou da operação de resgate da nave escreveu em seu livro (Corso, 2000) que houve pesquisa sobre a tecnologia alienígena utilizada naquela nave e, dai diversas

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“descobertas” atribuídas a outros cientistas na verdade não passaram de uma reprodução imperfeita de componentes e máquinas extraterrestres.

Os destroços da nave teriam sido enviados ao laboratório da empresa General Electric (lembre-se do caso de John Titor no capítulo III da presente obra). Dois tipos de materiais chamaram bastante a atenção dos pesquisadores: máquinas nucleares e aparelhos de computação.

E destes últimos, um componente se revelou extremamente importante: o transistor. E na época em que isso aconteceu – 1947 – o que havia de mais moderno na Terra eram os diodos de germânio e selênio... Não existia na nossa tecnologia nada que fosse semelhante a um transistor... São questões que permanecem sem uma resposta porque, obviamente, tanto os militares norte-americanos quanto as empresas envolvidas negam peremptoriamente que tudo isso tenha acontecido...

VIII. 4 – Egípcios Antigos

A civilização do antigo Egito deixou um número incalculável de enigmas para os povos do futuro. Mestres na arte da alvenaria e na medicina, eles já iniciaram o império com avanços sem precedentes. Os misteriosos trabalhos realizados em pedra ficaram para a posteridade.

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Aqui levantaremos uma suposição sobre a grande pirâmide e suas duas companheiras. Os documentos falam que Quéfren e seu filho ordenaram a construção das pirâmides, etc e tal. Dessa maneira temos um testemunho por escrito acerca da construção das pirâmides e outros monumentos. Todavia, a população em geral, era composta por pessoas analfabetas. Quem garante que tais faraós tenham sido realmente os construtores das pirâmides? Essas construções – e a esfinge também – parecem ser bem mais antigas. É possível que os egípcios ao chegarem naquela região já tenham encontrado algumas daquelas construções e se apoderaram delas. O povo tinha conhecimento de que as pirâmides já existiam, mas eles não sabiam ler e escrever e, por isso, os documentos produzidos pela classe dominante perduraram pelos séculos ao passo que o que o povo realmente viu, ficou perdido em sua própria incapacidade de reproduzir por escrito a sua realidade... O que estamos comentando aqui é que os faraós egípcios podem muito bem ter se apoderado de algo que já estava pronto e, produzir documentos atestando que foram eles que realizaram aquilo.

Sabemos que pode parecer uma ideia um tanto absurda se levarmos em conta somente os documentos escritos, mas por outro lado, pode ter sido uma realidade que ainda temos de decifrar...

Os sacerdotes egípcios eram descendentes de uma

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linhagem bem antiga e, detentora de inegável cultura, porque em um tempo ainda localizado dentro da Pré-História eles inventaram o calendário com 365 dias.

Foram descobertos fragmentos de papiro do historiador Maneto, que viveu no Século III a. C., e neles está contada a história de que o Egito havia sido governado por 36 mil anos antes da Iª Dinastia. Mais mistérios para serem desvendados...

IX – Um Momento no Passado Houve Contato...

Em um ou mais momentos no passado estiveram presentes aqui no planeta Terra civilizações que detinham grandes avanços científicos. Se não tiver acontecido dessa forma, teremos de acreditar que os povoamentos antigos e primitivos conheciam efeitos mágicos que nós simplesmente ignoramos...

IX. 1 – Puma Punku

No item anterior já comentamos sobre duas cidades subterrâneas, e neste, iniciamos falando de uma outra cidade com outras características. É a cidade de Puma Punku. Os arqueólogos desconhecem que povo poderia ter construído uma câmara subterrânea naquela cidade, e eles não sabem com qual propósito ela foi feita. Porque os blocos de rocha estão esculpidos com tamanha precisão em uma época na qual nãos existiam os conhecimentos e habilidades

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para tal realização? A tal câmara subterrânea se encontra a vinte metros abaixo da cidade, e os pesquisadores ainda não conseguiram entrar nela. Eles acreditam que possa ser uma tumba com um tipo de sarcófago...

Assim, os enigmas se avolumam na medida em que novas descobertas vão sendo realizadas. O mais intrigante é que os povos do passado da Terra possuíam conhecimentos e tecnologias que se perderam com o passar do tempo. Mas qual seria a origem de tais conhecimentos e tecnologias se os grupos humanos do pretérito longínquo viviam ainda na Pré-História? Isso faz com que muitas pessoas acreditem que tenhamos sido visitados em eras remotas por civilizações bastante avançadas tecnologicamente. Porque as construções e artefatos encontrados indicam uma coisa que para muitos parece completamente absurda: algumas civilizações antigas possuíram um grau de evolução técnica superior ao atual... Basta recordarmos da Ilha de Páscoa com seus Moais, estas estátuas que pesam toneladas foram feitas de rochas maciças que não existem naquela ilha. De onde foram tiradas e como foram transportadas? E com qual finalidade? Os nativos não tinham o que fazer e foram buscar rochas pesadíssimas em terras longínquas e as transportaram – não se sabe como – para a ilha e começaram a esculpir as estátuas somente por pura diversão?

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X – As Marcas da Visita

O volume de informações deixadas pelas humanidades que viveram aqui em eras longínquas é bem grande, e, nós só conseguimos interpretar cada uma dessas informações baseados no pouco que conhecemos de nosso próprio passado. Não temos os meios para interpretar corretamente as enormes construções megalíticas e, muito menos a presença de culturas avançadas (vindas de onde?) convivendo com outras extremamente primitivas. A história de nosso passado não está totalmente contada, e sem levarmos em conta as teorias sobre um Paleocontato nós não iremos chegar a lugar nenhum. Além disso, muitas catástrofes não registradas podem ter alterado consideravelmente as regiões afetadas, modificando o panorama e, até mesmo, destruído complexas formas de vida, e, a mais complexa que nós conhecemos é a humana.

Povos como os lemurianos e os atlantes existiram realmente? Se existiram onde estão os sinais da passagem deles por este mundo? Estariam debaixo das águas oceânicas? Possivelmente...

Alguns dos monumentos encontrados seriam os vestígios desses povos? Teria a Atlântida afundado completamente há 10.500 anos?

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Fonte Internet

Fonte Internet

Fonte Internet

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Fonte Internet

Uma pergunta que já foi feita por muitos pesquisadores e, que ainda continua sem uma resposta: por que motivo boa parte dos mais importantes sítios considerados sagrados pelos povos da antiguidade estão alinhados com uma linha que os arqueólogos acreditam que tenha sido o antigo equador terrestre? São dezesseis sítios arqueológicos nesta condição. O pesquisador Jim Alison comenta em seu site que o Polo Norte já teria sido localizado no Alasca há aproximadamente 90 mil anos atrás. E ainda segundo os cálculos por ele realizados a grande pirâmide e a esfinge egípcias também estão situadas naquele equador de tempos remotos.

Vejamos a relação dos antigos locais sagrados:

A Grande Pirâmide de Gizé (Internet)142

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A Esfinge (Internet)

Machu Picchu (Internet)

Pirâmides de Paratoari (Internet)

Ollanatytambo (Internet)

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Ilha de Aneityum (Internet)

Siwa (Templo do Oráculo de Amon-Rá) Internet

Mohenjo Daro (Internet)

Ur (Internet)144

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Sukhothai (Internet)

Ilha de Páscoa (Internet)

Nazca (Internet)

Petra (Internet)

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Khajuraho (Internet)

Preah Vihear (Internet)

Persépolis (Internet)

Pyay (Internet)

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X. 1 – A Idade da Grande Pirâmide

Um dos maiores pesquisadores da Grande Pirâmide – Robert Bauval – concluiu que ela teria, na verdade, mais de dez mil anos de idade. Ele efetuou os seus estudos baseado no mapa das estrelas de tempos antigos. Quando a Grande Pirâmide foi construída ela estava alinhada com o cinturão de Órion, e isso aconteceu há 10.450 anos. Dessa forma, a pirâmide de Quéops e a esfinge não teriam os dois mil e quinhentos anos apregoados pelos cientistas. Bauval também não acredita que o faraó tenha mandado construir aquele monumento. A pirâmide de Quéops teria sido construída por outro povo mais antigo... Outra civilização que deslocou quase sete milhões de toneladas de pedra para construir aquele colosso. A palavra pirâmide não é oriunda do idioma egípcio. Ela foi criada pela junção de dois termos gregos: Pyr (fogo, luz) e Midos (medidas). Alguns autores teorizam que existia um tipo de chama ou luz no topo das pirâmides no passado, vindo daí o termo pirâmide. Na esplanada de Gizé, no Cairo (Egito) estão as três pirâmides que – segundo a lenda – teriam sido construídas para servir de tumulo para três faraós: Quéops (khufu), Quéfren e Miquerinos (Menkaure). Na Grande Pirâmide foram encontradas três passagens conduzindo para três câmaras. Mas até hoje nenhuma múmia de faraó foi descoberta dentro de uma pirâmide... A tecnologia empregada na construção das pirâmides era bastante avançada para a época. Os

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alicerces da Grande Pirâmide apresentam esferas e cavidades permitindo movimentos de expansão e de contração sob a ação do calor e do frio. Outros dados sobre a pirâmide de Gizé espantam até mesmo os pesquisadores, como por exemplo, dividindo-se o perímetro da pirâmide duas vezes, chega-se a pi (3,14159...) até o 15º dígito. Então retornamos para os questionamentos: que civilização teria tantos conhecimentos científicos (químicos, astronômicos, etc) para erigir a Grande Pirâmide?

A precisão no encaixe das pedras, os lados da pirâmide são simétricos com as linhas Norte-Sul, Leste-Oeste. Esse fato que parece simples demanda o conhecimento do tamanho e do próprio formato do planeta... Não poderíamos deixar de citar um fato importante: a “Teoria da Correlação Órion”, de Robert Bauval (Bauval, Gilbert, 1994). Esta teoria foi apresentada em um livro que causou uma grande polêmica entre os pesquisadores e egiptólogos. A teoria em questão é bastante interessante. A proposição é de autoria de Bauval, embora o livro seja de dois autores. A distribuição das três pirâmides não foi uma coincidência. Robert Bauval descobriu um padrão geométrico até então desconhecido: a correlação entre as posições das três pirâmides e a do cinturão de estrelas de Órion (Mintaka, Alnilan e Alnitaka, mais comumente conhecidas como as Três Marias). Conforme já comentamos, há 10.450 anos as três pirâmides estavam corretamente alinhadas com as

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Três Marias. A Pirâmide de Gizé se encontra no exato centro da superfície do planeta, dividindo-o em duas partes aproximadamente iguais. E Bauval não está sozinho quando afirma que a pirâmide de Gizé tem mais idade do que a estimativa atual. Schwaller de Lubicz (Lubicz, 1961) após diversos estudos sobre a erosão sofrida pela esfinge, afirmou que ela tem marcas de ter sofrido erosão vertical (causada por chuvas intensas) e não, desgaste horizontal (ocasionado por ventos fortes). Isso indica que ela foi construída em um tempo em que chovia bastante naquela região. Após uma série de pesquisas ele chagou a data de 10.500 anos atrás. Quase a mesma estimada por Bauval. E como sabemos que coincidências não existem... Dessa forma, por tudo o que já comentamos na presente obra, a ideia de que a Humanidade terrena vem sendo observada através dos milênios por civilizações inteligentes e de fora deste planeta não soa tão absurdo como muitos pensam. De outra forma, como conseguiremos explicar que povos que viveram na Pré-História possuíssem conhecimentos, instrumentos e tão vasta tecnologia que, muitas vezes, supera a nossa atual? Não podemos fechar os olhos com medo de termos de reescrever toda a História da Terra! O papel dos pesquisadores e cientistas é justamente o de reconhecer as evidências dos fatos. E um fato tem maior poder de persuasão do que mil conjecturas. Todas as fases da história deste planeta estão permeadas de relatos sobre a chegada de seres “diferentes”, de lendas sobre gigantes, e,

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somado a tudo isso, temos os artefatos, as construções, os desenhos, as estatuetas, etc. É muita coisa para que seja colocada de lado por não se ajustar ao que os “entendidos” acreditam. A queda de um meteoro na Rússia em fevereiro de 2013 foi considerada como a repetição do evento dado em Tunguska (Rússia) em 1908. E novamente vem a história de que naquela época outro meteoro devastou a região... Mas existem relatos de que foram encontrados restos de uma “estranha nave” em Tunguska após a explosão. Além disso, os moradores daquela região viram um objeto luminoso realizando manobras no céu. Isso já descarta a trajetória de um meteoro.

Até mesmo espíritos já fizeram referências sobre alguns documentos contidos dentro da esfinge. O espírito Ramatis informou que dentro da esfinge existe uma câmara (a Sala dos Registros) e, no interior desta, um livro contendo a história da lendária Atlântida. Muitos anos depois desta comunicação; em 1993 uma equipe de cientistas encontrou a evidência de que existe mesmo uma câmara localizada abaixo das patas da esfinge.

X. 2 – A Máquina do Tempo sob o Gelo

Em abril de 2001 um fato desconcertante assombrou os cientistas e pesquisadores norte-americanos: uma imensa estrutura artificial foi localizada debaixo de

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centenas de metros de gelo sobre a Antártida. A descoberta foi realizada pela passagem de um satélite espião dos EUA próximo ao local. Como sempre, imediatamente as informações foram bloqueadas para o público e uma equipe de investigadores foi criada para pesquisar o que poderia ser aquilo. Militares e cientistas se empenharam na escavação para conseguir atingir a tal estrutura. Até mesmo robôs foram empregados na escavação. O Subterrene, uma gigantesca máquina de escavação (um cilindro projetado para perfurar rochas bem densas) foi transportada pela Força Aérea Norte-Americana para o local para auxiliar nas pesquisas. Pouco tempo depois a região foi abalada por um terremoto. As pesquisas avançaram até que aconteceu o ataque terrorista no World Trade Center em 11 de setembro, e a imprensa internacional se voltou então para os EUA. Diversos relatos de uma equipe de TV informavam que uma máquina pré-histórica, possivelmente de origem extraterrestre, havia sido localizada sobre o gelo. Depois disso, nenhuma outra notícia foi publicada e tudo ficou encoberto...

X. 3 – Dilúvio? Temos nos relatos mesopotâmicos a primeira descrição de um dilúvio em grande escala. Talvez tenha sido dali que Moisés copiou a história do dilúvio bíblico, de Noé, do primeiro casal, etc? Porque a semelhança entre os textos é considerável...

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São muitos os mitos em todas as partes do mundo que versam sobre a ocorrência de um dilúvio universal para que pensemos que haja uma mera coincidência... Possivelmente tais documentos retratam recordações de alguns dos sobreviventes daquela catástrofe...

X. 4 – Construções Megalíticas

As construções megalíticas se encontram em diversas partes da Terra, como a Suécia, Portugal, Oriente Médio, Irã, Índia, etc. Os pesquisadores ainda encontram dificuldade para conseguir estabelecer os objetivos para as tais construções. Em comum, essas construções datam do Período Neolítico, mas a dificuldade é a falta de conhecimentos e de instrumentação para a construção de tais monumentos.

X. 5 – Harappa e Mohenjo-Daro

Harappa foi descoberta em 1826 por James Lewis, em suas peregrinações no Penjab, a noroeste do Paquistão. Na descrição de Lewis, era uma cidade de tijolos em ruínas, e um monte rochoso escarpado, ostentando em seu topo os restos de construções diversas e paredes. Mas depois da descoberta os tijolos daquela cidade foram reutilizados em outras construções. Restando pouca coisa.

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Harappa (Internet)

No ano de 1919 foi descoberta uma estupa budista em Mohenjo-Daro. No entorno desse monumento havia montes de tijolos em ruínas marcando os limites de uma cidadela destruída. Tanto Harappa quanto Mohenjo-Daro aparentemente mantiveram relações comerciais com a Mesopotâmia. Isso indicava a antiguidade daquelas cidades.

X. 6 – No Princípio

O que teria ocorrido nos tempos mais antigos de nosso planeta? A Humanidade terrena teve contato com povos vindos do espaço e, que eram possuidores de conhecimentos que nada ficam a dever ao que presentemente temos? Ou tais conhecimentos eram superiores ainda aos atuais?

No princípio dos tempos nós acreditamos que existiu a convivência entre seres humanos ainda bastante carentes de cultura e, seres detentores de progressos inquestionáveis.

Em termos de progresso científico nós nos

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consideramos como seres bastante evoluídos e, realmente somos caso seja feita uma comparação com outras sociedades primitivas ainda existentes em nosso mundo.

A mitologia dos esquimós nos conta sobre a viagem que eles fizeram dentro de um “pássaro metálico” em direção ao Norte em tempos imemoriais...

Em tempos idos era mais fácil o contato entre seres extraterrenos e os humanos, e isso por um simples motivo: a carência de desenvolvimento tecnológico existente fazia com que eles fossem tomados como deuses, fato que se acontecesse hoje não teria os mesmos resultados. E os sinais de antigas civilizações se avolumam.

X. 10 - Semelhanças

Um recente estudo que foi publicado na “Revista Pesquisa FAPESP” tem a informação de que os habitantes primitivos do continente americano possuíam semelhança com povos africanos. Essa informação entra em conflito com as teorias evolucionistas, mas...

Essa descoberta simplesmente dá razão às teorias de que diversos grupamentos humanos partiram da África e chegaram até o continente americano. Pesquisadores antigos e modernos já levantaram essa

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hipótese.

X. 8 – Civilizações Desaparecidas

Os antigos construtores da Grande Pirâmide sabiam que multiplicando a altura desta por um milhão para chegar à distância media entre a Terra e o Sol. Entretanto, os astrônomos posteriores – que ignoravam os dados apresentados na Pirâmide de Quéops – demoraram mais de vinte séculos para conseguir medir aproximadamente a mesma distância. Entretanto a idade correta da Grande Pirâmide e da esfinge ainda não foi estabelecida, aparentemente a esfinge seria uma construção mais antiga por causa do desgaste vertical que ela apresenta. Desgaste esse que não foi causado pelos ventos do deserto, e sim, por chuvas torrenciais... Quem pode assegurar que foram os egípcios que realizaram aquelas construções colossais? Pode muito bem ter acontecido de os primeiros egípcios terem encontrado tudo pronto e tomado para si, modificando o exterior daquelas obras e nelas inserindo os nomes de seus antigos governantes... É uma possibilidade... Nas pirâmides existe a presença de uma ciência da qual desconhecemos por completo a sua origem e metodologia. Nenhum instrumento científico de medição foi encontrado no interior de tais monumentos, mas sem esses instrumentos como teriam sido realizadas aquelas construções? Como técnicas tão elaboradas puderam existir em uma época

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tão recuada no tempo? Como solucionaram os óbvios problemas de transporte de toneladas de rochas? Como efetuaram cortes com precisão milimétrica? O certo é que as civilizações passadas desapareceram e com elas boa parte de um conhecimento que compete de igual para igual com a moderna tecnologia que dispomos (isso, para não dizer que muitas vezes a tecnologia dos antigos suplanta em muito a atual).

Indo do Egito até a ilha de Páscoa, nós nos deparamos com os gigantescos Moai. São 593 estátuas, algumas com mais de 20 metros de altura. Que tipo de técnica foi empregada para trazer aqueles blocos de pedra e esculpi-los? Com qual finalidade? E a pergunta básica persiste: quem teria realizado? As construções gigantescas do pretérito tinham, em primeiro lugar, a função de chamar a atenção pelo tamanho apresentado. Não temos como regressar à noite dos tempos e visualizar os sábios que planejaram cada edificação antiga e nem os métodos por eles utilizados, todavia um fato fica bastante óbvio: eles apresentavam um grau muito avançado de conhecimentos em diversas áreas do saber e parte dele ficou “escondido” nas medidas de cada construção...

Os maias ultrapassaram tanto os gregos quanto os romanos em seu grau de saber. A matemática, a astronomia, etc, eram conhecidos com uma exatidão “impossível” de existir naquela época, mas existia...

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Eles desenvolveram o calendário tendo o ano sagrado 260 dias; o ano solar de 365 dias e, o ano venusiano de 584 dias.

Por causa dessas inúmeras interrogações é que grande quantidade de pesquisadores acredita que um ou mais povos vieram até o planeta Terra deixar um legado. Com isso, os povos do futuro saberiam ou entenderiam que alguma coisa aconteceu... Civilizações surgiram e desapareceram na poeira dos séculos, algumas deixaram sinais bem evidentes de um progresso incompatível com sua época, outras nada deixaram. E não podemos nos esquecer de um fato preocupante: muitos arqueólogos atuais são católicos (alguns são padres), o que, em primeira análise, nos conduz para uma série de conjecturas sobre o que eles já encontraram e o que foi divulgado...

X. 9 – Stonehenge e seus Enigmas

Os arqueólogos acreditam que as construções megalíticas possuíam finalidades basicamente religiosas e funerárias. Dentre elas temos Stonehenge que data da Idade do Bronze, na planície de Salisbury (Sul da Inglaterra). Essa estranha estrutura é formada por círculos concêntricos de pedras, sendo que algumas delas pesam aproximadamente cinquenta toneladas e têm cinco metros de altura. Lembre-se que estamos escrevendo sobre uma construção pré-

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histórica. É desconhecido o povo que projetou e o construiu, como também sua finalidade. Alguns teorizam que era usado para observações astronômicas. A questão é: os antigos possuíam tão bons conhecimentos astronômicos para construírem observatórios? Sem terem conhecimentos matemáticos, formas de escrita, ferramentas específicas ou um idioma eles conseguiriam realizar tudo isso? Eles detinham conhecimento sobre trigonometria? Como esses seres apresentavam conhecimentos tão amplos do céu?

Stonehenge (Internet)

Stonehenge (Internet)

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X. 10 – Teotihuacán

O sítio arqueológico de Teotihuacán, no México, comporta um túnel descoberto em 2003. Pesquisas estão sendo realizadas e pouco tem sido divulgado sobre esse assunto. Segundo os pesquisadores aquela cidade deve ter tido cerca de 200 mil habitantes em sua época de esplendor. Até hoje não se sabe por que aquela cidade foi abandonada?

Um ponto extraordinário é o de que em toda a América Central e do Sul existem sinais de antigas cidades e de culturas avançadas demais para o tempo em que aqui existiram. Um importante sítio arqueológico foi descoberto na Amazônia peruana, revelando ali a existência de avançada civilização até então completamente desconhecida. Um templo com aproximadamente 3.200 anos de idade foi localizado naquela região, o que evidencia a presença de homens com conhecimentos além do das tribos indígenas que viveram por aquele território. O templo em questão possui diversas colunas distantes entre si com a precisão de 1,40 metros. Semelhante às construções encontradas no Oriente Médio e Mesopotâmia, o templo é de alvenaria (barro e palha) e, é decorado com murais coloridos que representam figuras humanas e temas abstratos.

X. 11 – Os Mapas dos Reis dos Mares

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As demandas sobre o grau de conhecimento que os povos antigos apresentavam se avolumam. O primitivismo natural do tempo em questão não “bate” com o montante de achados arqueológicos.

Atuais descobertas comprovam a existência de locais conhecidos em tempos remotos e retratados em antigos mapas que não poderiam existir.

Vamos aos fatos. Uma equipe internacional de cientistas comprovou a presença de uma cordilheira localizada quatro quilômetros abaixo do gelo da Antártida. As formações ali presentes são semelhantes aos Alpes. O ponto principal é que essa cordilheira está submersa a mais de trinta milhões de anos, e que ela aparece em mapas antigos como os Mapas dos Reis dos Mares. Piri Reis, almirante turco deixou o famoso Mapa de Piri Reis (que na verdade é apenas a metade de um mapa). Nele aparecem a Groenlândia e a Antártida (que ainda não tinham sido descobertas); as posições estão marcadas corretamente com relação à latitude e longitude (desconhecidas na época em que o mapa foi elaborado); também estão ali a conformação das regiões polares como se encontravam antes da última glaciação (e não como atualmente estão); além disso, o mapa mostra as três Américas e indica que o autor conhecia com exatidão a circunferência da Terra. E a cordilheira da qual estamos comentando aparece também no mapa... O mapa de Piri Reis é cópia de outros ainda mais

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antigos (segundo ele mesmo afirmou).

Por todos os motivos comentados até agora é que dizemos que a nossa História encerra um grande número de lacunas.

Mapa de Piri Reis (Internet)

Mapa de Mercator (Internet)

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X. 13 – A Máquina de Antikythera No primeiro século antes de Cristo naufragou uma galera grega próximo da ilha de Antikhythera. Em 1901 uma equipe de mergulhadores encontrou a galera afundada e recuperou um objeto estranho, todo corroído pela água do mar. Somente no início dos anos 60 o professor Derek de Solla Price, da Yale University conseguiu reconstituir o objeto através do processo de desenferrujamento eletrolítico. Era uma espécie de planetário. Apesar do tempo até hoje ela representa com precisão a trajetória dos astros. Como os gregos antigos teriam adquirido conhecimentos tão avançados para a construção daquela máquina?

X. 14 – Antiga Escrita Escocesa

Os antigos habitantes da Escócia – os pictos – deixaram um tipo de escrita que os pesquisadores ainda não conseguiram decifrar. São rochas contendo imagens diversas. E um grupo de cientistas britânicos concluiu que aqueles desenhos poderiam ser uma forma de escrita (semelhante aos hieróglifos egípcios).

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Escrita dos pictos (Internet)

Escrita dos pictos (Internet)

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XI – Terra: Laboratório Alien?

Mesmo levando em consideração que houve no passado toda uma programação elaborada pela Espiritualidade para a “produção” de vida no planeta Terra, não podemos deixar de observar que existem também diversos indícios de uma atividade material (e, evidentemente, de fora da Terra) envolvida neste projeto. A própria diversidade de tipos humanos presentes neste planeta sugere origem distinta (embora possa ter ocorrido miscigenação no passado tal qual acontece hodiernamente). Também podemos ser hoje o resultado de experimentos genéticos realizados em tempos imemoriais por raças mais adiantadas que aqui desempenharam importante papel para a evolução do exemplar animal que deu origem ao tronco humano... E conforme escrevemos anteriormente, este acontecimento nos induz a profundas reflexões acerca da própria vida e do grau de espiritualidade dos “construtores” de nosso corpo biológico. Temos de levar em conta, juntamente com tudo o que já foi escrito, que somente a Teoria Evolucionista de Darwin não apresenta resposta para todos os questionamentos envolvidos neste processo. O que observamos à luz da Doutrina dos Espíritos é que sendo a vida uma criação de Deus, ela deve estar espalhada por toda a imensidão cósmica. Afinal de contas, crer que somente o planeta Terra dispõe de vida biológica inteligente seria fazer pouco caso da divina sabedoria de nosso Criador.

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Antes de a Terra surgir no espaço é bem razoável supor que outros mundos já haviam atingido estágios mais avançados de vida, e que aquela vida já poderia ter presente em seu dia a dia um nível de progresso tecnológico até mesmo superior ao nosso aqui. Se nós fôssemos seres espiritualizados, conscientes e tivéssemos a nossa disposição o aparato tecnológico necessário não realizaríamos a mesma coisa caso encontrássemos um mundo ainda em sua fase primária de vida? Seria algo semelhante a um processo de colonização sendo desenvolvido conjuntamente com outro de aperfeiçoamento das raças autóctones ali presentes. É certo que muitos autores espirituais como André Luiz e Emmanuel descreveram como foi, em linhas gerais, o procedimento de intervenção espiritual aqui no planeta (Luiz, 2009; e Emmanuel, 2000). Todavia, o simples fato de nenhum deles ter comentado sobre um procedimento de manipulação genética acontecida no passado não torna isso um fato quimérico, até mesmo porque os espíritos são bastante precavidos com as informações que transmitem para “cá”. Aquilo que cabe a nós descobrir é diferente daquilo que eles podem trazer em forma de informações.

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Capítulo II

O Passado pouco Conhecido

a região do Alto Xingu, na Amazônia foram encontradas rodovias e canais de água que conectavam cidades e vilas, todas elas

cercadas por muralhas. So que tudo isso foi em tempos bem anteriores à chegada dos europeus ao Brasil. Mas como comunidades urbanas tão complexas foram construídas aqui, pois segundo os historiadores só viviam índios nas terras tupiniquins? Os pesquisadores da Universidade da Flórida se depararam com sinais de vilarejos e cidades, e até mesmo de tanques para a piscicultura. Tudo isso quase que totalmente encoberto pela densa floresta tropical.

N

A tribo dos Kuikuro foi contatada pelos pesquisadores e, esses indígenas fizeram a afirmação de que são os descendentes diretos dos povos que no passado remoto habitaram aquelas cidades. Isso levou a equipe de cientista à conclusão de que a Amazônia foi palco de extensa atividade humana em tempos passados.

Temos um passado pouco conhecido e, possivelmente repleto de respostas para os nossos questionamentos. Quanto mais avançarmos em direção ao passado – por meio das pesquisas arqueológicas – mais evidências

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de uma presença não terrestre encontraremos, como prova de um inquestionável paleocontato.

I – Estranhas Pinturas

Artefatos misteriosos encontrados no Oriente Médio indicam a presença de uma cultura bem avançada em tempos remotos de nosso planeta.

Cada vez mais os pesquisadores estão descobrindo fatos extraordinários sobre as civilizações antigas. A maioria dos descobrimentos mostra um grau de desenvolvimento incompatível com a época na qual foram produzidos. E por causa disso se avolumam os questionamentos sem respostas... O que realmente aconteceu aqui em épocas remotas? Por qual motivo todo o desenvolvimento tecnológico atual parece não poder ser comparável ao que existiu aqui em períodos bastante longínquos? Se nós encontramos artefatos que atestam a presença de um conhecimento impossível de ser oriundo de civilizações terrestres que viveram aqui no pretérito. As pinturas nas cavernas apresentam imagens de naves e de seres vestidos com trajes similares aos macacões de astronautas. E isso em uma época em que os homens usavam tangas rudimentares feitas de couro de animais ou nenhuma roupa... Eram aqueles seres retratados nas pinturas os “deuses” que desceram dos céus?... E justamente isso que a Ufoarqueologia pesquisa, enveredando por questões antes nem

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

imaginadas...

Investigando a presença extraterrestre em nosso mundo, as provas vão se avolumando cada vez mais. Não estamos falando aqui de meia dúzia de pinturas e estatuetas, e sim, de centenas de milhares de artefatos, pinturas, gravuras, estatuetas, estátuas, construções, etc.

A arte pré-histórica não foi usada somente para representar cenas comuns do dia a dia dos cavernícolas, mas também reproduz cenas de contatos com seres mais evoluídos que chegaram aqui por meio de naves que viajaram pelo espaço. E novamente temos de comentar que os primitivos habitantes deste planeta não possuíam uma ficção científica para se basear na realização de seus desenhos e pinturas... Eram representações de fatos reais, e não de histerias coletivas ou de histórias da TV.

Astronautas? (Internet)

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Uma nave no lado esquerdo (Internet)

Até mesmo ilustrações dos Séculos XV até o XVII mostram formas circulares voando pelos céus.

Um Astronauta? (Internet)

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Antigos Astronautas – Mito ou Realidade?

Um Astronauta? (Internet)

Astronauta e naves? (Internet)

Nave espacial em pintura pré-histórica (Internet)171

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II – Deuses, Heróis ou Astronautas?

Antigos mitos descreveriam na verdade a atuação de seres provenientes do espaço? Eles teriam sido interpretados como deuses por causa de sua avançadíssima tecnologia? Os homens das cavernas ficavam maravilhados diante da exibição de forças que eles desconheciam completamente. Um astronauta do passado que usasse uma arma laser para cortar um pedaço de rocha poderia ser tomado por uma divindade capaz de lançar raios mortíferos... Outro astronauta que utilizasse um equipamento leve para voos de baixa altitude poderia ser considerado um deus dos ares... Assim aqueles seres foram tomados por deuses em razão da capacidade deles em interferir nos fenômenos da Natureza, coisa que os seres humanos daqueles tempos nem pensavam em poder fazer... Na verdade, é bem possível que as armas usadas pelos antigos seres mitológicos tenham existido realmente em algum momento do passado...

Como os nossos ancestrais não conseguiam explicar aqueles acontecimentos “mágicos”, eles passaram a atribuir tais fatos à ação dos deuses que vinham dos céus... E outra questão importante que deixa qualquer pesquisador com “pulga atrás da orelha” é a similaridade entre deuses de povos distintos e distanciados no tempo e no espaço geográfico...

Esse conjunto de fatos da razão aos quer acreditam

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que seres extraterrestres não só estiveram presentes aqui no passado da Terra como também podem ter influenciado decisivamente a própria História humana. É por esse motivo que muitos autores – entre eles Erich von Däniken – acreditam que até mesmo as religiões antigas foram criadas por meio da ação de inteligências alienígenas. E como afirmaremos que ele está errado se as evidências apontam justamente o oposto?... Sim, as evidências indicam “presenças” de seres muito inteligentes e dotados de saber inigualável para a época em que aqui se apresentaram.

A presença de seres portadores de um padrão tecnológico completamente desconhecido pelos homens das cavernas foi um acontecimento marcante, tão importante que ficou representada em desenhos e pinturas, e até mesmo em estatuetas. Da mesma forma que batemos uma fotografia de um acontecimento importante no qual estamos presentes. A “máquina fotográfica” do homem primitivo, que iria registrar aquele episódio foi justamente às paredes das cavernas. Nelas ficaram impressas as figuras dos viajantes do espaço e suas naves. E não poderíamos deixar de mencionar que a qualidade das tintas utilizadas é incrível. Durou até os dias de hoje. Será que isso foi uma simples coincidência?... O contato no passado foi generalizado, pois em todos os recantos da Terra existem pinturas retratando a mesma situação: seres trajando roupas inexistentes na época e naves ovais voando pelos céus... Não podemos considerar a

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hipótese de um surto criativo que tenha feito com que seres distanciados geograficamente tivessem a mesma ideia de pintar alguma coisa que não existia naturalmente na Terra. Os homens primitivos imaginaram que aqueles seres eram dotados de poderes extraordinários, ou seja, não eram pessoas comuns. Quando escrevemos aqui que os ancestrais habitantes da Terra tomaram os antigos astronautas por deuses, simplesmente é uma maneira de tentar conceituar a interpretação que eles deram, já que nem existia ainda entre aqueles cavernícolas o conceito de “deidade”. Como os astronautas desciam dos céus em suas naves, foram tomados por seres que vinham de um ponto superior do céu. E por causa de tudo o que eles realizaram aqui no planeta, eles passaram a ser tidos como criaturas especiais, dotadas de poderes que os habitantes daqui não possuíam. E se partiu desses seres extraterrenos a ideia de criar um tipo de religião entre os autóctones, posteriormente, com o passar do tempo os astronautas foram identificados como divindades em razão da tecnologia e do conhecimento que eles detinham. Se os desenhos nas paredes das cavernas representassem seres sem as vestimentas de astronauta, nós poderíamos supor a existência de outro tipo de contato. Poderiam, no caso em questão, se tratar de espíritos materializados temporariamente que se comunicaram com os antigos habitantes da Terra, mas os desencarnados não necessitam de trajes de astronauta. Além disso, se fossem espíritos, como eles iriam atuar sobre a mente daqueles seres

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primitivos que mal conseguiam manifestar traços de inteligência para produzir as construções gigantescas e as ferramentas e outros artefatos? De qualquer maneira não descartamos a possibilidade de também terem ocorridos manifestações metafisicas, mas deixamos claro que por tudo o que já apresentamos no presente livro, houve também contato com seres de civilizações mais adiantadas, e os sinais desse encontro estão presentes em todos os recantos da Terra. E a explicação mais plausível para os sinais aqui deixados é justamente a do paleocontato, até que surja outra que seja mais coerente e aceitável, todavia a Teoria do Paleocontato elucida uma série de incógnitas provenientes de eras remotas deste mundo.

II. 1 – Gigantes ETs

Basta que alguém faça uma pesquisa para se deparar com uma série de relatos de pessoas que foram abduzidas ou que tiveram contatos com extraterrestres de grande porte, para que ela se recorde dos relatos mitológicos sobre os ciclopes e gigantes bíblicos. Não seriam esses seres mitológicos descrições de contatos havidos no passado com tais indivíduos?

Vejamos alguns exemplos recentes e passados sobre esse assunto. No jornal “O Diário” de Belo Horizonte, datado de 15 de agosto de 1965 foi publicado uma reportagem sobre o contato com um ser extraterrestre de grande estatura e com um único

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olho no centro da testa. O fato aconteceu em 28 de agosto de 1963 quando três crianças (Fernando Eustáquio Gualberto, de 12 anos; Ronaldo Eustáquio Gualberto e José Marcos Gomes Vidal, ambos com sete anos) observaram um estranho globo transparente com três indivíduos em seu interior. Os três eram iguais em estatura e todos com um olho só. E o fato se deu no quintal da casa das crianças no bairro Sagrada Família em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Na noite de 28 de agosto de 1963 eles estavam no quintal, nos fundos da casa e perceberam uma forte luminosidade. Era um objeto esférico, iluminado por dentro (era transparente) e por fora, flutuando sobre um abacateiro ao lado da residência. Através das paredes transparentes os meninos avistaram quatro pessoas sentadas em bancos de uma só perna. O ser que estava sentado em um dos bancos de trás parecia ser masculino e era mais robusto do que os outros. Os seres usavam um capacete redondo e roupas semelhantes, parecendo uniformes, segundo os depoimentos das crianças. Enquanto os meninos assustados observavam aquela cena dois feixes luminosos foram projetados e entre esses feixes um dos tripulantes desceu com suavidade até tocar no solo. O ser de um olho só se encaminhou em direção às crianças, e estas ficaram bastante assustadas. Ele deveria medir mais de dois metros de altura. O único olho do ser era grande, escuro e arredondado, mas sem a esclerótica (a parte branca dos olhos), e um

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risco horizontal mais escuro no lugar da íris. O ser tentou se comunicar com as crianças, mas não obteve sucesso. Em resumo, este foi um caso mais recente do encontro de seres humanos e gigantes de um olho só.

Ser de um olho só avistado pelas crianças (Internet)

Em Nevada (EUA) no ano de 1800 os índios da tribo Piute possuíam lendas retratando o encontro deles com uma raça de gigantes. Após algum tempo de batalha eles conseguiram encurralar os estranhos seres no interior de uma caverna e fizeram uma grande fogueira na entrada da mesma. Somente no início do Século XX foram encontradas as provas desse fato na caverna de Lovelock, em Nevada. Fazendeiros locais estavam à busca de fezes de morcego (que eles usavam como adubo em suas plantações), eles removeram mais de três metros do solo adubado pelos excrementos quando encontraram os esqueletos de

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mais de cinquenta pessoas ali dentro. Os esqueletos mediam cerca de 2,40 metros e também foram achados restos de cabelos vermelhos. E indo mais para trás no tempo, recordamo-nos do episódio bíblico de Davi e Golias.

Alguns adeptos da Teoria dos Antigos Astronautas acreditam que em eras longínquas alguns seres humanos tiveram seu material genético alterado pelos “visitantes” e, posteriormente foram reinseridos em sua população normal. Essas pessoas que foram modificadas geneticamente transmitiram seus novos genes para os seus descendentes. Esses homens e mulheres que sofreram mudança genética teriam dado origem ao que os cientistas chamam de Elo Perdido?

O tamanho do cérebro humano aumentou muito de tamanho em um período “muito curto” de tempo, do Homo Habilis até hoje. E os biólogos e demais pesquisadores não compreendem uma evolução processada de maneira tão rápida... Será que além da atividade nos laboratórios de reencarnação da Espiritualidade, houve também uma intervenção de origem não terrestre sobre os autóctones? Como desvendar esse mistério? Nós, os habitantes deste planeta, sofremos alguma espécie de impulso criativo para em um intervalo de tempo menor nos transformarmos no que somos hoje? Porque todos os estudiosos e arqueólogos são unanimes em concordar que alguma coisa aconteceu com os seres humanos

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3.000 anos antes de Cristo. Houve um verdadeiro florescimento de civilização e de emprego de tecnologia, diferenciando-nos cada vez mais dos seres mais primitivos. Esse crescimento era resultante de uma intervenção extraterrena? Caso a resposta seja sim, seria muito natural que os extraterrestres estivessem interessados em observar o desenvolvimento de seu trabalho genético aqui no planeta Terra...

II. 2 – Continentes Desaparecidos

Um dos continentes desaparecidos mais famosos é o hiperbóreo. A lenda grega versa que ele existiu e foi uma terra preparada pelos deuses para receber a segunda raça que habitaria este mundo. Era um lugar com clima tropical.

Outro continente desaparecido foi a Lemúria. Este continente teria desaparecido afundando nas águas do Oceano Pacífico no Período Eoceno.

A Atlântida é, talvez, o continente desaparecido mais divulgado. Pesquisadores buscam encontrar os vestígios deste continente em todos os cantos da Terra.

II. 3 – Visitantes

A atividade dos arqueólogos buscando encontrar

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peças do gigantesco quebra-cabeça da História humana tem proporcionado uma grande quantidade de questionamentos os quais permanecem sem resposta definitiva. Porém, temos de considerar – já que elas existem – as evidências de civilizações e de tecnologias muito evoluídas em quase todo o período pré-histórico deste planeta. É um volume muito grande de sinais, de artefatos, de pinturas, de estatuetas, de “aparelhos”, os quais, obviamente, têm seu valor como representantes de povos cultos e possuidores de técnicas sofisticadas impossíveis de terem existido naturalmente no passado do planeta Terra.

Fomos visitados no passado por seres de fora? E qual o problema para isso, se ainda hoje somos visitados por eles. Você leitor nem imagina a quantidade de fotos, de filmagens, de relatos (até mesmo de militares) sobre a presença alienígena em nosso mundo e no espaço sideral. É certo que também existe um montante daquilo que é qualificado como “besteirol” e mistificação. Reconhecemos que tudo isso é real, entretanto nós nos atemos naqueles fatos, naquelas fotos e filmagens, naqueles relatos obtidos até por processos hipnóticos os quais não foram desmascarados. Existem relatos seguros, fotos e filmes feitos por pilotos de avião e astronautas. Naves e sondas enviadas daqui “se perdem” repentinamente e as agencias espaciais afirmam que perderam contato... Será mesmo? Até que ponto podemos

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confiar de olhos fechados nas afirmações de uma estatal que é responsável pela soberania do espaço aéreo e segurança dos EUA? Se alguns de seus próprios ex-funcionários vêm a público e afirmam que “eles escondem tudo o que foi descoberto até agora sobre a vida extraterrestre”... Teria sido mesmo um acidente o fato ocorrido aqui no Brasil, na base de lançamento na Barreira do Inferno em 2003?

III – A Negação das Superpotências

Será que foi por “acaso” que o tema do item acima está na página de número 171?

A existência de um tipo de aliança entre diversos países – principalmente as superpotências mundiais – não é mais um mito criado na área ufológica, é algo real e evidente. Algumas das muitas informações já obtidas sobre as atividades dos ETs na Terra são compartilhadas entre nações (pois, quase todas elas pesquisam tais eventos por causa dos interesses militares envolvidos). Embora sem grandes conquistas neste terreno, o Brasil também participa dessa aliança e deve receber algum tipo de benefício para isso. Se nosso país contribuiu com a captura e remoção do ET de Varginha para os EUA, recebeu em contrapartida a viagem do primeiro astronauta brasileiro ao espaço, o tenente-coronel Marcos Pontes, na Missão Centenário em março de 2006.

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Certo também é a forte presença norte-americana no domínio da “situação” e das “informações” divulgadas ao público em geral. Os EUA possivelmente possuem a maior quantidade de naves e seres capturados. A tecnologia alienígena é algo que desperta a cobiça, principalmente na área política e na militar. Imaginem a importância estratégica com a posse de tecnologias diferentes e superiores à nossa... Em nome disso tudo, mentiras e mais mentiras são divulgadas taticamente visando despistar e mistificar ao máximo o assunto. Apesar de estarmos vivendo no Século XXI ainda tem muita gente com o doentio sonho de dominar todo o planeta...

Durante a Segunda Guerra Mundial foram esboçados os primeiros projetos de investigação ufológica, e naquela época certamente os militares não possuíam a menor ideia acerca da dimensão que tudo isso tomaria com o passar dos anos. Naqueles tempos se pensava que em primeiro lugar a população da Terra não estava “preparada” para tomar conhecimento sobre a existência de vida inteligente fora de nosso mundo e, muito menos, sobre a existência de padrões tecnológicos muito mais avançados do que os de então (e de hoje também). O volume de informações sobre este assunto só cresceu de lá para cá.

Sabemos que no ano de 1943 os EUA, pretendendo acabar de vez com o conflito mundial – a Segunda Guerra Mundial – organizaram o Projeto Arco-Íris. A

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finalidade era produzir um campo eletromagnético de alta intensidade em um navio de guerra, e assim obstar as emissões dos radares inimigos, e com isso tornar o navio indetectável. O nome do processo a ser utilizado era Egaussing. Cientistas de renome foram recrutados para a execução daquele projeto: Nikola Tesla, John Erick von Neumann, Townsend Brown e outros mais, tendo Albert Einstein como consultor. O destroier DE 173 Eldridge foi construído especialmente para esta experiência. No porto de Filadélfia teve então início o Projeto Filadélfia. Após os geradores terem sido ligados as quatro gigantescas bobinas Tesla começaram a funcionar. Oficiais e técnicos a bordo de outro navio destinado a visualizar o que aconteceria, o USS Andrew Furuseth, observaram uma névoa esverdeada envolver o destroier. Então o Eldridge ficou invisível para os radares e também para a visão dos observadores. Por cerca de quatro horas o destroier ficou invisível e sem nenhum contato por rádio. Surgiu de repente em um porto a quilômetros de distância (o porto de Norfolk) e depois de alguns minutos novamente desapareceu. Horas depois reapareceu no porto de Filadélfia, o navio estava coberto por uma densa camada de fuligem e a tripulação em estado deplorável, alguns marinheiros estavam com seu uniforme pegando fogo e outros com partes de seu corpo fundido com o aço do navio.

Depois deste experimento muita polêmica foi levada

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para a mídia, mas, o que realmente importa é que a experiência aconteceu. Era uma pesquisa destinada ao desenvolvimento de novas maneiras de atacar e se defender durante uma guerra. O principal obstáculo que eles desejavam superar era o das minas submarinas que os alemães haviam usado e abusado durante a Segunda Guerra Mundial.

A polêmica teve início na década de 50 quando o astrônomo norte-americano Morris Jessup recebeu uma correspondência de um marujo que se chamava Carl Allen. Jessup era aficionado pela temática acerca das naves extraterrestres. Na carta o marujo afirmava ter presenciado a aparição do Eldridge em Norfolk. Jessup acabou não dando muita atenção ao que o marujo escreveu por causa da falta de provas.

O que tencionamos demonstrar aqui é que existe tecnologia sendo usada com as mais diversas finalidades, algumas dessas tecnologias podem muito bem ser resultado de engenharia reversa aplicada às naves extraterrenas capturadas na Terra. Além disso, os governos mantem um sigilo quase absoluto sobre as descobertas que realizam sobre a presença dos ETs no presente e no passado.

Imagens de estranhas aberturas no Ártico mostram aberturas intrigantes (naturais ou artificiais?) em montanhas rochosas cobertas de neve na região do Ártico. Somente após o ano de 2006 foi que estas

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aberturas ficaram visíveis.

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A entrada é feita de um material de proteção diferente das rochas ao seu redor, sugerindo ser então uma entrada artificial.

Seria uma base militar de alguma superpotência terrena ou outra coisa?

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Capítulo III

O Universo

vida no Cosmos apesar de não ter ainda sido encontrada (pelo que se sabe) é uma explicação bem plausível para alguns dos

inúmeros mistérios existentes na Terra. Se não existir nenhum outro mundo habitado com seres inteligentes nesse espaço infinito ao nosso redor jamais teremos as respostas para as muitas perguntas “deixadas” em nosso mundo. Cada monumento assombroso, cada peça e artefato fora de época encontrado e datando de milhares ou milhões de anos atrás poderá se transformar no mais terrível pesadelo para os pesquisadores.

A

Se não é sensato se afirmar alguma coisa sem absoluta certeza sobre ela, também não é acertado assegurar que uma coisa não pode existir, quando na verdade ela se encontra bem a nossa frente.

Temos milhares de questionamentos não respondidos desde centenas e centenas de anos. Se tudo o que foi descoberto até a data de hoje não pode ser tomado como uma prova definitiva, pelo menos serve como uma evidência de que fomos visitados no passado por seres mais inteligentes e portadores de uma tecnologia sem comparação aqui no planeta no tempo em que aqui estiveram.

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O Universo em si já é descomunal mistério esperando para ser decifrado por nós. E uma dos muitos mistérios que ele contém é justamente a multiplicidade de vida existente em outros orbes próximos e outros distantes de nós.

I – A Vida em outros Mundos

Astrônomos de todas as partes estão buscando encontrar planetas nos padrões de nossa Terra.

Até agora só está sendo cogitada a possibilidade de vida semelhante à nossa (que pode realmente existir), mas possivelmente existem outros tipos de vida inteligentes que sejam diferenciados – muito diferenciados – de nós.

Nada em nosso mundo pode ser considerado como um caráter determinante de absolutismo para a existência de vida somente semelhante a que aqui existe.

A variedade de tipos de vida que pululam na Terra é grande, até mesmo em gêiseres e lagos ácidos existem formas de vida, inviabilizando assim a hipótese de que os organismos dependem exclusivamente das mesmas condições das quais necessitamos para existir.

Não podemos deixar de mencionar que o encontro de vida inteligente diferenciada da nossa não trará somente implicações de ordem biológica, científica e

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filosófica, mas, também, de ordem religiosa. As religiões terão de se adaptar à existência de formas inteligentes que não foram descendentes de Adão e Eva...

I. 1 – Iapetus é Artificial?

No ano de 2005 foi iniciado um estudo detalhado sobre uma das luas de Saturno chamada de Iapetus. O Dr. R. C Hoagland foi responsável pela análise de dados. Aparentemente – nada mais foi escrito sobre este assunto – aquele satélite esferoide possui todas as características de ser artificial. Ex-funcionários da NASA já afirmaram que este satélite seria mesmo artificial.

II – A Vida na Terra e no Espaço

A “Bíblia” apresenta o conceito do Criacionismo, no qual o primeiro casal humano teria sido criado diretamente por Deus. A Teoria Evolucionista afirma que o homem e o macaco descendem de um tronco comum.

Questionar se o processo evolutivo da vida na Terra também sofreu interferência extraterrestre é algo possível, embora a resposta seja difícil de ser apresentada sem maior quota de elementos. Todavia possuímos informações espirituais as quais afirmam que no passado remoto da Terra milhões de seres

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oriundos de Capela aportaram aqui para seguir sua jornada evolutiva por imposições cármicas (Emmanuel, 2009).

“Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.“As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.“Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente o progresso de seus irmãos inferiores.“(...)Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e

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famílias primitivas, descendentes dos ‘primatas’, (...). com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres.(...)”. Os grifos são nossos.

Da mesma forma que seres de Capela foram trazidos para o planeta Terra, é provável que habitantes de outros mundos também tenham vindo para cá com as finalidades mais diversas...

III – Bases na Lua

A presença de uma estrutura artificial encontrada na cratera lunar chamada Tycho tem produzido inúmeros debates no meio científico. É possível encontrar a imagem dessa estrutura usando o programa Google Earth Moon nas coordenadas 43º 34’30.55” S 13º 43.80”.

IV – Os Deuses Astronautas

Alguns gostam de se perguntar por que motivos seres de outros mundos distantes viajariam para a Terra já que – segundo as pesquisas da NASA – os outros planetas deste sistema solar não comportam vida.

Quem pode nos garantir que somente aqui exista vida inteligente se os indícios encontrados por todo o nosso planeta demonstram justamente o contrário? Imagine um homem das cavernas realizando cálculos de

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trigonometria ou construindo baterias elétricas... Pense em habitantes do Egito iluminando o interior de suas gigantescas construções com lâmpadas elétricas... Faça a suposição de que homens do passado conseguiram movimentar rochas de tamanho gigantesco pesando toneladas sem a ajuda de guindastes e outras máquinas... Conjecture seres que mal haviam saído das trevas do primitivismo realizar pinturas retratando homens usando vestimenta de astronauta... É muito para a sua imaginação? Mas tudo isso existe!

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Capítulo IV

A História Oculta

História proporciona aos seus estudiosos dois caminhos diferentes: o primeiro é o da realidade, ou seja, daquilo que realmente

aconteceu; o segundo é o do acobertamento, em outras palavras: é melhor que as outras pessoas não saibam que isso ou aquilo aconteceu...

AI – Enigmas

A presença de enigmas e mais enigmas nas descobertas realizadas pelos arqueólogos faz com que surjam hipóteses – algumas delas absurdas – na tentativa de explicar algo que “está ali”, mas que “não deveria estar...”.

Em Ciência não podemos nem devemos usar critérios absurdos como os de

I. 1 – Os Arquitetos Megalíticos

Os Arquitetos Megalíticos

Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.

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João Fernandes da Silva JúniorOnde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-o saber, se tens inteligência.Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua rocha de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; (Jó 38:3-8) A literatura contém muitas referências aos enormes monólitos lapidados que foram usados em antigas construções ao redor do mundo, como se segue (ver também Cohane, 1977, capítulo 12):- Egito, A Grande Pirâmide de Quéops: “… consiste de 2,5 milhões de blocos de 1 a 40 toneladas cada. É necessário um motor diesel de 300 hp e um elevador hidráulico para suspender uma laje de granito de 7 toneladas.” “Os blocos maiores de Gisé pesam 200 toneladas”. Os blocos maiores de Tiahuanaco pesam 400 toneladas… - Egito, complexo de pirâmides de Zoser: “Touros mumificados foram achados em caixões de pedra que pesam 80 toneladas.” - Egito, pedreiras de Assuã: “O ‘Obelisco Inacabado' próximo a Assuã ainda permanece fixado na rocha. Se tivesse sido extraído, teria 41,75 metros de altura, com uma base aproximada de 4,2 metros em cada lado. O peso total seria de aproximadamente 1.200 toneladas, mais pesado que qualquer bloco de rocha já manipulado pelos egípcios antigos.”

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- Egito, Templo de Hatshepsut, em Karnak: “… um dos maiores obeliscos erguidos que permanecem em Karnak. Tem 29.5 metros de altura e pesa 323 toneladas.” - Egito, Karnak: “O sétimo e último dos obeliscos de Karnak... é o maior obelisco sobrevivente, com uma altura de 36 metros.” Este obelisco foi removido para Roma na Antiguidade, e agora está erguido na Piazza San Giovanni em Laterano. Foi reduzido para 32 metros quando foi reerguido no século XVI, e seu peso atual é de 455 toneladas.” - Egito, Luxor: “Ramsés II colocou dois obeliscos ante o Templo de Luxor, apenas um restou, o outro foi levado para Paris. O obelisco de Luxor é feito de granito vermelho; tem 25 metros de altura e pesa 254 toneladas.” - Bolívia, Tiahuanaco e Puma-Punku: “… monólitos pesam até 400 toneladas…”“… monólitos de até 100 toneladas cada, foram extraídos a 10 quilômetros de distância.”“Um bloco de arenito vermelho na plataforma de Puma Punku pesa 131 toneladas. Foi transportado por 10 quilômetros.” - Inglaterra, Stonehenge: “… 160 monólitos, de 4 a 37 toneladas cada.” “Os monólitos de Sarsen ‘foram transportados por 32 km desde Avebury, alguns pesando 30 toneladas e medindo 9 m de altura.”. - Inglaterra, Avebury: “havia duzentos ou mais monólitos nos círculos, o maior deles com mais de 55 toneladas, a ser arrastado 2 km ou mais.”

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João Fernandes da Silva Júnior- Irlanda, Dublin: “… A laje da tumba megalítica em Brenanstown, pesando aproximadamente 67 toneladas.”. - México, La Venta: “… algumas das cabeças “retrato” (olmeca) de pedra que pesam até 25 toneladas.”. “Monólitos que pesam umas 30 toneladas foram encontrados em Mitla.” - México, Quirigua,: “… a maior estela maia, em Quirigua, que mede 10,7 x 1,5 x 1,27 metros, e pesa 65 toneladas.” “o sítio de Quirigua é onde se encontra o maior monólito do mundo maia. É o Stella E, que pesa 65 toneladas e se ergue a 10,66 m de altura. Foi extraído a aproximadamente 5 km de distância.” - Peru, Sacsayhuaman,: “… um monólito de 8,3 m de altura e pesando mais de 300 toneladas.” - Peru, Ollantaytambo: Relativo aos seis monólitos colossais em Ollantaytambo, “Os blocos de pedra gigantescos são de 3,5 a quase 4,5 m de altura, em média 2 ou mais m de largura, e variam de 1 a mais de 2 m de espessura, aproximadamente.” “… alguns pesam até 250 toneladas.” “… os gigantescos blocos de pedra foram extraídos das montanhas no lado oposto do vale. Os pesados blocos de granito vermelho, depois de removidos, cortados e lapidados, eram então transportados desde o lado da montanha, por dois riachos, e no sítio de Ollantaytambo cuidadosamente elevados, postos precisamente em seu lugar, e

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finalmente fundidos um ao outro.” (Sitchin, 1990). (Note a frase "fundidos um ao outro".) - Líbano, Baalbek: “… os colossais monólitos, os Triliton, pesam aproximadamente 1100 toneladas cada; é um peso que até mesmo nenhum equipamento moderno pode vir a erguer ou mover.” “Nenhuma das máquinas de hoje poderia mover estes megalíticos. O maior bloco é de 21 x 4 x 4 metros e os dois outros são de 19,50 x 4 x 4 metros. Juntos eles têm 60 metros de comprimento e 960 metros cúbicos de volume. Os blocos foram extraídos a 400 metros de distância."“O primeiro destes blocos à direita (o Triliton) mede 19,8 m de comprimento, o segundo 19,5 m, o terceiro 19,2 m.” Eles são todos de 4,45 m de altura e 3,65 m de espessura.” “… o monólito na pedreira, Hajar-el-Hibla (“ pedra da mulher grávida") tem 21 m de comprimento, 4,8 m de largura, e 4 m de altura… este enorme monólito pesa aproximadamente 1000 toneladas”. Aparentemente este é o maior monólito de construção do mundo. - Israel, Jerusalém, O Monte de Templo:“Os monólitos eram cortados com tal precisão que nenhum mortal poderia tê-los ajuntado. Algumas destas colunas têm uns 11 m de comprimento e pesam até 70 toneladas.”“O Stoa Real no extremo sul do monte foi construído na forma de uma basílica com quatro alas de 40

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João Fernandes da Silva Júniorcolunas cada, com 15 m de altura… que pesam aproximadamente 85 toneladas cada.”“aproximadamente a 18,2 m ao norte do Arco de Wilson há quatro blocos de 3,3 m de altura, um dos quais tem 12,8 m de comprimento e 4,3 m de espessura, dando um peso calculado de 544,31 toneladas…”. - França, Carnac: “… o ‘monte comprido' (Er-Grah), de 198 m, e sua relação com o monólito do Menir Principal, com 19,8 m de altura e pesando 350 toneladas (agora caído)…”. - Malta: “Em Tarxien há três templos e um Hal-Saflieni, um hipogeum recortado da rocha. Os templos incorporam blocos de rocha que pesam até 24 toneladas cada.”. - Grécia, Micena, a ‘Tesouraria de Atreus': “Um ou os monólitos em cima da porta de entrada medem 9 x 5 x 1,2 m, com um peso calculado de 120 toneladas.” “… está recoberto por duas lajes enormes, graciosamente cortadas e polidas, cuja mais interna mede 1 m de espessura, e 8,4 m de comprimento em sua base e 8,8 m em sua superfície superior; sua largura é de 5 m, e calcula-se que pesa aproximadamente 136 toneladas.” - Ilha de Páscoa, Rapa Nui: Das 300 estátuas erguidas, a mais alta possui 20 m; das 200 estátuas inacabadas, uma teria 150 m de altura. Hoje, com um aço resistente, podemos mover pesados objetos, por exemplo, uma autoclave de 200 toneladas

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foi movida por 1200 km pelas estradas ocidentais do EUA em uma carreta de 112 rodas e tracionada por dois grandes tratores a diesel. Porém algumas coisas são muito grandes para ser movidas por rodas, e ao invés disso rolos de aço são usados. O farol de 60 m de altura do Cabo Hatteras foi movido por 800 m em 1999. Ele pesa bem mais de 1000 toneladas. Para mover o farol uma estrada de pedregulho compactado foi construída na qual foram colocados grandes placas de aço. Grades de aço eram então fixadas nas placas da estrada na direção do movimento. Para executar o movimento rolos de aço foram colocados nas grades e eram dirigidos por poderosos bate-estacas hidráulicos. Um total de 400 toneladas de aço foram diretamente usadas sob o farol para apoio. O farol era movido alguns metros e então eram desatarraxadas as placas e grades atrás dele para serem movidas à frente. Objetos de quilotoneladas também podem ser movidos em rolos de aço que correm em trilhos de aço. Também foram construídos guindastes de aço que podem erguer várias centenas de toneladas. Uma corporação de Nova Iorque tem um guindaste hidráulico enorme que pode erguer 500 toneladas que é usado para erguer guindastes menores aos topos de edifícios em construção. A NASA construiu um guindaste que tem a capacidade de levantamento de 430 toneladas que é usado para erguer o ônibus espacial durante a conexão aos tanques de gasolina.

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João Fernandes da Silva JúniorFoi sugerido que os enormes monólitos erguidos em antigos sítios megalíticos foram transportados em rolos de madeira. Eu penso que estes autores não estão atentos à resistência relativa da madeira e do aço. Enquanto uma viga de perfil em T, de aço, montada verticalmente com ambas as extremidades fixadas, pode apoiar uma carga de cerca de 100 toneladas, uma viga de madeira de 2,5 m de diâmetro do mesmo comprimento pode apoiar só 10 toneladas aproximadamente. Além disso, se o rolo de madeira não lascar, ele se deformará sob o peso da carga e deslizará em vez de rolar; isto aconteceu quando 20 pessoas tentaram mover uma réplica de uma das estátuas da Ilha de Páscoa, e só pesava 9 toneladas! Assim podemos realmente imaginar um grupo de pessoas pré-históricas deslizando os blocos de 1000 toneladas de Baalbek? Alguns egiptólogos sugerem que os enormes obeliscos foram transportados em rolos de madeira, mas nem um único cilindro já foi encontrado. Certamente é só tolice afirmar que estes monólitos foram movidos em rolos de madeira. Portanto, quando consideramos os monólitos de quilotoneladas usados em antigos sítios megalíticos, especialmente os monstros em Baalbek, eu vejo três possibilidades: A primeira é que uma tecnologia comparável à nossa própria existiu naquele momento, empregando ligas de metal muito resistentes, máquinas hidráulicas e poderosas. Porém, tal tecnologia envolveria o uso de muitos materiais, inclusive ouro e cerâmica que durariam muitos milênios e eu não estou a par de

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nenhum relato da descoberta de qualquer desses artefatos. Adicionalmente, admitindo-se que esta tecnologia tenha existido por toda a Terra, esta possibilidade implica supor que estas civilizações originais desapareceram, ou “esqueceram-se” desta tecnologia e em uma conspiração mundial, desfizeram-se de todas as ferramentas. Este enredo parece altamente improvável. Há algumas referências a uma segunda possibilidade, que nos leva ao mundo da psi - que os monólitos foram erguidos por seres que tinham a habilidade de controlar o campo gravitacional local: - Gisé, Egito: “Então disse Faraó: ‘Onde se encontra o papiro no qual Imhotep anotou as palavras poderosas que foram [ditas] para o erguimento da pirâmide de Zoser, sim e para a de Sneferu também… As palavras de poder não podem ser encontradas e recitadas por ninguém além dele - e se ele as proferir três grandes pirâmides se erguerão em Gisé e permanecerão lá para sempre. Mas se ele não as recitar tudo aquilo que você construir, e seu filho construir e o filho de seu filho, depois dele, cairá e desintegrar-se-á e se tornará como as areias do deserto. '” (Green, 1967). Em seu site “Giza Oracle", Patrick Cooke apresenta o constrangedor argumento de que a Grande Pirâmide não foi construída pelos antigos egípcios. - Uxmal, México: “… o trabalho de construção foi fácil para eles… tudo o que tinham que fazer era assoviar e os pesados monólitos se moviam ao seu lugar.”.

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João Fernandes da Silva Júnior- Tiahuanaco, Bolívia: “… (os blocos eram) carregados pelo ar ao som de um trompete.”. - Gisé, Egito: “… diz-se que um mago tinha elevado ao ar uma abóbada enorme de pedra de 200 cubits de comprimento e 50 cubits de largura.” (Hancock, 1995). Porém com nosso nível atual de tecnologia, ideias relativas à antigravidade e levitação nos levam ao reino do sobrenatural, e assim estão fora de cogitação nestas páginas. A terceira possibilidade é que aeronaves e cabos estavam disponíveis naquele momento, e tinham o poder e a força para erguer e mover os monólitos. Claro é que nós não sabemos certamente como estes incríveis e pesados blocos de rocha foram retirados, movidos, e agrupados, e por falta de uma revelação, provavelmente nunca saberemos. Mas sabemos que nem mesmo a construção mais pesada de hoje em dia é executada com blocos de pedra de quilotoneladas; é difícil, lenta e muito cara. Logicamente, a única razão para nossos ancestrais construírem com enormes monólitos é porque era fácil para eles assim fazerem. Considere Baalbek, no Líbano, onde encontramos uma enorme laje que está por baixo, e antecede as ruínas do magnífico templo romano de Júpiter. Ela contém os maiores blocos de rocha já usados em construções. Como foi construída? E por quem? Eis algumas pistas: - Michel Alouf (1999) discute as muitas teorias relativas aos construtores das porções pré-romanas do sítio. Ele concluiu que era o templo Baalath

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construído por Salomão, baseado na seguinte passagem bíblica (I Reis, IX; 17-19): “E Salomão construiu Gezer e Beth-Horon, a mais baixa, e Baalath e Tadmor (Palmira) na selva, na terra, e todas as cidades que Salomão teve, e cidades para suas carruagens, e cidades para seus cavaleiros, e aquela que Salomão desejou erguer em Jerusalém, e no Líbano, e em toda a terra de seu domínio.”. - Childress (2000) menciona o Kebra Negast, o guia espiritual dos etíopes que diz que Salomão tinha um veículo voador; também que há topos de montanhas no Paquistão e Irã onde se acredita que Salomão tenha pousado. - Pela tradição dos antigos judeus, Jeová não era o único deus no universo, ele era o “único deus deste povo em particular”; e embora pelo ato da conveniência os israelitas tivessem se submetido às leis de Jeová, o Rei Salomão (950 a. C.) havia permitido a adoração, mesmo em Jerusalém, de um deus rival, Baal, cujo templo principal estava em Baalbek (Baalath). - Perto do Portão Dourado (Jerusalém) há uma pequena mesquita, o “Kurst Suleiman.” Aqui a lenda nos fala que, “o Rei Salomão sentou-se para assistir a Jann e Genii trabalhando para construir seus grandes monumentos em Jerusalém, Baalbek e Palmira.” (Cornfeld, 1972) (Jann era um tipo de Genii Persa, ou "Gênio", que tinha o aborrecedor hábito de roubar vacas - para comer, supõe-se).

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João Fernandes da Silva Júnior- Ao longo do antigo Oriente Próximo nós encontramos imagens de uma ou mais pessoas que voam em “discos alados.” E encontramos “gênios”, também chamados “pássaros-homens” por estudiosos, e que são representados como poderosos humanos alados (Fig. 5-5), e às vezes com a face de uma águia, e chamados "homens-águia." Virgínia Marin escreve que Genie, ou gênios, eram “… todo-poderosos. Eles tinham grande habilidade natural e inventiva. Eles eram inteligentes e possuíam grande capacidade mental…”. Eu concluo esta página especulando que os monólitos foram movidos estando suspensos por poderosa aeronaves operadas pelos “gênios”.

I. 2 – Viagens Marítimas na Antiguidade

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Primeiras viagens marítimas dos humanos podem ter acontecido há 130 mil anos atrás

Arqueólogos descobriram o que pode ser evidência de uma das primeiras viagens através do mar feitas por ancestrais humanos na ilha de Creta. Creta está separada do continente há cerca de cinco milhões de anos. Quando especialistas gregos e americanos encontraram machados e outras ferramentas brutas, provavelmente com 130.000 a 700.000 anos de idade, próximas a abrigos na costa sul da ilha, isso sugere que quem fez essas ferramentas deve ter viajado para lá via marítima (uma distância de pelo menos 65 quilômetros). Esse fato pode confrontar a visão atual de que os ancestrais humanos migraram da África para a Europa apenas por terra. Anteriormente, os primeiros indícios de viagens a mar aberto datavam cerca de 60 mil anos atrás, embora outras datas tenham sido propostas.As descobertas não só fornecem provas de viagens marítimas no Mediterrâneo dezenas de milhares de anos mais cedo do que se pensava, mas também mudam a compreensão das habilidades cognitivas dos primeiros hominídeos. As ferramentas foram encontradas durante uma pesquisa em cavernas e abrigos sob as rochas perto da aldeia de Plakias. Instrumentos de pedra bruta são associados com o homem de Heidelberg e com o Homo erectus, precursores extintos da raça humana

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João Fernandes da Silva Júniormoderna, que evoluíram da África cerca de 200.000 anos atrás.Até agora, não havia nenhuma prova de presença do início da Idade da Pedra na ilha de Creta. Segundo os pesquisadores, ainda não está claro se os hominídeos realmente navegaram, ou se os assentamentos eram permanentes. Eles podem ter vindo da África ou do leste. Por enquanto, só novos estudos poderão responder a essas perguntas. A equipe de arqueólogos solicitou permissão para realizar uma escavação mais aprofundada na área, que as autoridades gregas devem aprovar ainda este ano.

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I. 3 – Os Primeiros Americanos

Primeiros habitantes da América

A resposta a essa intrigante questão tem provocado muitas teorias e hipóteses e está longe de ser solucionada completamente. Três instrumentos são fundamentais para lançar luz sobre estas questões: a genética, a linguística e a arqueologia. Pesquisas dessas últimas décadas confirmam uma teoria há muito aceita: o padrão genético das atuais populações indígenas revela que vieram do leste da Ásia e não da Polinésia ou da Austrália. Os indígenas atuais, tanto da América do Norte como do Sul, embora possuindo padrões diferenciados, são descendentes de protoindígenas que chegaram à América, através do Estreito de Bering há muitos milênios atrás. Nas pesquisas foram identificados quatro grupos genéticos, que corresponderiam a três importantes levas migratórias: os protoindígenas, que teriam chegado por volta de10 mil anos atrás, isto é, no final da glaciação Wisconsin, por volta de 8.000 a. C.; a segunda seria dos indígenas de língua Na-Dene, grupos nômades do noroeste da América do Norte, que devem ter chegado um pouco mais tarde; e a última, a dos Esquimós, que teriam chegado há 4 mil anos, isto é, por volta de 2.000 a . C. Se a genética ajuda a identificar essa procedência, a linguística é também um importante instrumental para desvendar a antiguidade de cada grupo linguístico.

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João Fernandes da Silva JúniorPela semelhança e diferenciação dos vocábulos, é possível identificar a antiguidade de um tronco linguístico e das possíveis línguas mães. Assim na região onde hoje é o Brasil, onde são encontrados dois troncos linguísticos -- o macro-jê e o tupi --, o primeiro teria começado a diferenciar-se em famílias há 5 ou 6 mil anos atrás, enquanto que a dispersão do tronco tupi ocorreu por volta de 3 a 4 mil anos. A quantidade de línguas indígenas que ainda sobreviveram ao grande massacre, tanto na América do Norte, Sul e Caribe mostra a antiguidade desses povos e as sucessivas migrações. Arqueologia. Se foram chamados de protoíndios, isto é, os primeiros, na realidade não foram os mais antigos. Ao chegar ao continente, depararam com grupos que já estavam aqui há 10 ou 15 mil anos. Eram grupos caçadores e coletores, que teriam passado para nosso continente durante a última glaciação – a Wisconsin, chamada de Wurm, na Europa – e que perdurou por cerca de 70 mil anos, indo até 7.000 a. C. Todo o norte do planeta foi coberto por uma imensa camada de gelo, que em alguns pontos alcançava três quilômetros de espessura. Essa formação glacial sugou muita água dos oceanos, fazendo com que o nível do mar baixasse mais de 80 metros, ficando descoberta uma grande faixa terrestre de 1.600 quilômetros de largura, formando uma região que recebeu o nome de Beríngia. Era uma área coberta de tundra e não de geleiras, formando uma passagem natural para

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animais e posteriormente para humanos, que buscavam climas mais amenos.Atravessando esse caminho, esses grupos enfrentavam, ao noroeste do atual Canadá, regiões mais geladas, conseguindo alcançar, sem muita dificuldade as tundras e regiões menos geladas que os levariam a imensas pradarias na região central da América do Norte. A caça abundante estimulou a engenhosidade desses povoadores, que viviam da caça de grande mamíferos. Assim presença humana no continente pode recuar de 25.750 a 29.100 anos, como mostra a datação de dois ossos trabalhados de mamute, localizados na região de Old Crow, no extremo norte do Canadá, já próximo à fronteira do Alaska. Um outro sítio importante, o de Meadowcroft Rockshelter, a 48 quilômetros de Pittsburgh, na Pensilvânia, revela uma presença humana de 17.000 anos. Esse período foi chamado de lítico inferior.Além de quatro sítios na América anglofone, vários outros foram localizados no México e na América do Sul. Em Pikimachay, perto de Ayacucho, no Peru, foram encontradas lascas de pedra de rebordos retocados, ao lado de ossos de preguiças gigantes, cavalos e camelídios, antepassados das atuais lhamas, com idades que variam de 14.700 a 20.000.Importante descoberta no centro-sul do Chile, em Monte Verde, revelou o que seria a povoação mais antiga da América, com fileiras de casas de madeira, instrumentos de pedras, restos de plantas e ossos de

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João Fernandes da Silva Júniormastodontes com uma idade que varia de 3.500 a 12.500 anos. Em Tequendama e Aguazuque, na Colômbia uma presença humana de 12 mil anos foi também atestada. No Nordeste do Brasil, em São Raimundo Nonato, foi localizado um grande santuário arqueológico, que se preservou graças à aridez do lugar. Vestígios humanos com cerca de 48.000 anos teriam sido localizados numa gruta. Como são restos de fogueira, podendo ser fruto de um incêndio natural, não estão sendo aceitos no meio científico. Ainda no Brasil, ao norte do Rio Grande do Sul, foram também encontrados artefatos de pedra com 12.700 anos. Assim vai por terra a teoria, até a pouco aceita, de que os primeiros povoadores teriam chegado ao continente por volta de 10.000 anos, como atestam as pontas de lança, encontradas numa região do Novo México, denominada Clovis. Entretanto esses mais antigos antepassados têm dado muita dor de cabeça aos pesquisadores, pois recentes achados têm apresentado resultados surpreendentes. Em Minas Gerais, sudeste do Brasil, um crâneo de uma mulher da região de Lagoa Santa, batizada de Luzia, tem provocado um alvoroço. O nome de Luzia é uma referência à Lucy, representante feminina dos Australopithecus afarensis, que viveu na África há 3,3 milhões de anos. Localizado em 1971, só recentemente foi estudada por Walter Neves, da Universidade de São Paulo. Para espanto dos pesquisadores, o crânio, de aproximadamente 12 mil anos, tem características negroides, estando mais

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próximo de populações da Austrália e da África, do que das populações da Ásia. Na América do Norte, um crânio de mulher também levanta polêmica. Trata-se da ossada localizada na Paleoindian Spirit Cave Mummy, em Kennewick (estado de Washington), com 8.400 anos. O crânio seria de uma pessoa com características caucasianas, próximo ao dos europeus atuais e não de asiáticos, como as populações ameríndias modernas. Isso desagradou os Umatilla, povo indígena, em cujas terras foram encontrados os ossos. Como as conclusões arqueológicas iam contra a tradição oral do povo, que identificava ali a sepultura de um de seus antepassados, pediram de volta essas relíquias, enterrando-as novamente e interrompendo dessa forma as pesquisas. Esses grupos antigos, tanto o de Kennewick, como o de Lagoa Santa, fazem parte de levas migratórias anteriores à diferenciação morfológica do tipo racial mongoloide. Se o estudo de lascas de pedras e ossos dão informações do estilo de vida desses povos, grande contribuição está oferecendo também o estudo das pinturas rupestres do continente. Por volta de 12 mil anos atrás, caçadores de São Raimundo Nonato deixaram gravadas cenas da vida quotidiana, cujos temas mais frequentes são a dança, práticas sexuais, caça e rituais em torno de uma árvore. Como afirma Niède Guidon, pesquisadora daquela região, aquela “é uma arte alegre e livre”.

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João Fernandes da Silva JúniorEsses povos também tiveram sua evolução e involução, pois o auge pictográfico dessas pinturas, por volta de oito mil anos, revela as primeiras cenas de violência, como afirma Pessis, também pesquisador naquela região: já aparecem “execuções, lutas individuais e batalhas coletivas; as cenas sexuais, inicialmente simples e envolvendo duas ou três pessoas, se transformam também: grupos numerosos de indivíduos de ambos os sexos praticam conjuntamente atividades sexuais. As ações de caça, que representavam caça individual de pequenos animais, passam a representar caças coletivas, com inúmeros guerreiros atacando animais perigosos, como a onça”.Outra importante descoberta surgiu recentemente na Amazônia brasileira. São cacos de cerâmica encontrados pela arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt, em sambaquis fluviais (locais formados por restos de conchas e mariscos à beira de rios), com aproximadamente 9 mil anos. Essa cerâmica tornou-se a mais antiga do continente. Foi um importante achado, pois a data mais recuada de cerâmica na América era de 3,5 mil anos, em Valdívia, no Equador. Isso mostra, que regiões ricas de nutrientes, como o delta do Nilo e o baixo Amazonas, ajudaram a desenvolver muito cedo sociedades complexas, capazes de desenvolver um artesanato mais elaborado. A partir desse período, novas levas migratórias, oriundas de outras rotas, tenham aparecido. A mesma Niède Guidon, analisando fezes humanas fossilizadas (cropólitos) da região de São Raimundo Nonato, de 7

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mil anos, encontrou ovos de ancilóstomo, parasita de regiões quentes, que vive no norte da África, Mediterrâneo e Ásia Meridional. Como esse verme não resiste à baixa temperatura, não teria sobrevivido em climas frios, numa possível migração humana pela Beríngia. Duas hipóteses são possíveis para essa presença tão antiga no Brasil: ou o portador, oriundo daquelas regiões o teria trazido em vida, numa longa viagem pelo norte do continente até chegar à América meridional, o que não parece possível; ou teria migrado da Europa, do norte da África ou do sudeste da Ásia por via marítima. Portanto essas descobertas têm trazido muito mais dúvidas do que respostas, para o complicado quebra-cabeça do povoamento da América. Mas algumas certezas já se definem: que houve não apenas uma, mas várias migrações para o nosso continente e em diferentes épocas. Que a região de Bering ou Beríngia foi uma importante ponte terrestre na última glaciação. E que as primeiras migrações datam de uma época em que o tipo racial mongoloide ainda não havia se estabelecido.

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I. 4 – Construções Europeias Pré-Históricas

Construções pré-históricas na Europa

No alto do Vale do Côa, há mais de 4000 anos, qualquer forasteiro Que olhasse ao longe para Castanheiro do Vento poderia distinguir na paisagem a arquitetura de um povoado com as suas mais de cinco entradas e as suas linhas retas a terminar em formas arredondadas. Aparentemente tratava-se de uma espécie de fortaleza construída por povos que terão viajado do Mediterrâneo Oriental à procura de cobre e ali se instalaram para Defender os seus pertences. Mas a principal funcionalidade do local não era a defesa, como explicou ao PÚBLICO Vitor Oliveira Jorge, arqueólogo e professor na Universidade do Porto e coordenador do grupo de investigação das escavações em Castanheiro do Vento, onde foram encontrados vestígios de um povoado que data da segunda metade de III a. C. e primeira metade do II a. C - e um dos intervenientes da sessão do 6º Congresso da Associação Europeia de Arqueólogos sob o título "A monumentalidade e a

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paisagem na Europa Atlântica", a decorrer no Centro Cultural de Belém (CCB). A razão pela qual Oliveira Jorge defende a ideia de que este dispositivo "não implicava um estado de guerra endémico" deve-se ao facto de ali terem sido encontrados objetos ligados a atividades de transformação do natural para o cultural, "mais ligadas ao ritual do que ao doméstico", mas é, sobretudo devido à arquitetura do lugar: "O recinto, com uns 30 metros de diâmetro, tem pelo menos cinco entradas, o que prova que a funcionalidade principal não era a defensiva." E acrescenta: "Estes lugares monumentais são dispositivos cénicos para simbolizar uma população e foram construídos para serem vistos de longe. São uma forma de organizar a identidade territorial.Tradicionalmente eram considerados sítios defensivos, mas no nosso Entender este é multifuncional", argumenta o coordenador da equipa, da qual fazem parte João Muralha Cardoso e António Sá Coixão. Iniciadas em 1998, em sequência de um trabalho começado 11 anos Antes pela mulher do arqueólogo, Susana Oliveira Jorge, em Castelo Velho (Freixo de Numão), as escavações ficaram concluídas em Julho deste ano "mas vão continuar". Freixo de Numão vai, aliás, ser uma parte do percurso do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Os diversos intervenientes na sessão do CCB, oriundos de vários países da Europa, abordaram a

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João Fernandes da Silva Júniorrelação das construções pré-históricas com a Natureza e os diversos significados que foram sendo atribuídos aos monumentos de diversos tipos - círculos de pedra, trabalhos de terra de diversos tipos, monumentos funerários, etc.. "A monumentalidade aparece com o megalitismo na segunda metade do séc. V a. C. e na primeira do IV a. C.. Começa por ser restrita a uma elite e estar ligada à ideia de morte e no III a. C. alarga-se à simbologia da vida quotidiana. Pouco a pouco vai havendo uma ocupação ritual e simbólica da terra que não se restringe só ao mundo dos mortos, mas também ao mundo dos vivos", explicou ao PÚBLICO Vítor Oliveira Jorge. Já no topo do Monte do Tojal, em Montemor-o-Novo, desenha-se um cromeleque, datado de há 7000 anos, com características bem diferentes do Castanheiro do Vento. Os extremos da linha de pedras em forma de ferradura estão direcionados para o nascer do Sol. A interrupção da linha contradiz a linearidade conhecida na paisagem megalítica do Alentejo Central, onde os cromeleques se arquitetavam em círculos fechados. Há pelo menos três recintos deste género na região e esta terceira identificação, feita em Fevereiro pelo arqueólogo Manuel Calado, outro dos oradores da sessão, leva-o a concluir que a abertura não é fruto do acaso ou de escavações desenvolvidas em condições precárias, mas que constitui uma característica própria deste tipo de cromeleques, também existente na Bretanha francesa. Um reforço da identidade do

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Alentejo Central com a Bretanha é uma das conclusões que Manuel Calado retira do estudo. As duas têm uma forte presença de menires megalíticos, dos mais antigos que se conhecem no mundo, e as suas semelhanças são evidentes. As gravuras de cajados imprimidos nas pedras - que "será uma espécie de assinatura dos pastores, um emblema de um grupo que abandonou a caça e passou a dedicar-se à agricultura", diz ao PÚBLICO o arqueólogo - foi outra das características megalíticas bretanhenses, agora visíveis. Manuel Calado avança uma possível explicação: "Deviam existir contactos entre os povos das duas regiões, canais de comunicação, trocas." A existência de uma relação mimética forte entre elementos da natureza e os monumentos aliada a uma valorização da paisagem são características das construções megalíticas que Calado salienta. O arqueólogo defende ainda que os menires alentejanos foram construídos por homens cujos antepassados não viviam na região. Homens que tinham uma grande atração por rochedos e os tentam recriar. Um efeito estético impressionante Também numa relação intensa com a paisagem, homens da pré-história Na Escócia, ergueram, há mais de 4000 anos, monumentos em função dos movimentos cíclicos do Sol e da Lua para coroar os corpos dos mortos. A luz que incide na arquitetura em determinados momentos cria um efeito estético impressionante: terra, céu e monumentos ficam em perfeita integração. A

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João Fernandes da Silva Júniordescrição foi apresentada pelo arqueólogo Richard Bradley - autor de livros como "Altering the Earth", "Roch Art and the pre-History of Atlantic Europe" ou "The Significance of Monuments", entre outros - que defende que o círculo de pedras de Tomnaverie, em Aberdeenshire (Escócia), um monumento muito comum naquele país, foi construído através de um projeto, em longo prazo, que começou no túmulo central do círculo, terminando nas pedras erguidas. Se a análise a mais dois monumentos iguais der os mesmos resultados, então "o argumento é válido", frisou ao PÚBLICO. Estes lugares incluem um anel de pedras erguidas, que podem inclinar-se para sudoeste, onde um bloco horizontal é rodeado pelos monólitos mais altos. Tal como os outros, Tomnaverie contém uma anta. "Quando as pessoas começaram a construí-los sabiam que ele iria ser transformado ao longo do tempo e como iria ser feito. Eu defendo que levou uma geração - cerca de 20 anos - a construir", acrescentou.

I. 5 – Os Enigmas dos Maias Enigmas modernos na terra dos antigos maias

As coisas com frequência não são o que parecem no departamento de Petén, no norte da Guatemala. Veja-

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se, por exemplo, o pequeno rebanho de gado de Carlos Humberto Portillo, um velho fazendeiro de olhos brilhantes.Apoiado na estaca de uma cerca, Portillo descreveu o que parecia ser uma pequena fazenda típica de qualquer parte da América Latina. Além de criar vacas, ele planta milho e feijão, as culturas básicas da região. Um pequeno lago e um trecho de floresta completam a paisagem pastoril.Mas há algo incomum na fazenda de Portillo: ela é uma das muitas pequenas fazendas localizadas dentro dos limites do Parque Nacional da Sierra del Lacandón, uma reserva florestal. E onde está a floresta? Portillo indicou com um gesto as colinas distantes. “Bem longe daqui”, disse. O Parque Nacional da Sierra del Lacandón faz parte da variada lista de parques, zonas-tampão, sítios arqueológicos, áreas de uso múltiplo e outras categorias de terras protegidas na parte norte de Petén, muitas das quais pertencem aos 15.553 quilômetros quadrados da Reserva da Biosfera Maia. Todas elas aparecem num mapa preparado pelo Conselho Nacional de Áreas Protegidas (CONAP) da Guatemala. Cada categoria de uso de terra é representada por uma cor diferente e, espalhados pelo mapa, há pequenos triângulos que indicam alguns dos milhares de ruínas maias.Porém, como o parque nacional, o mapa também não é o que parece à primeira vista. A maioria dos mapas

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João Fernandes da Silva Júniortenta mostrar como as coisas são. Este mapa expressa como elas deveriam ser. Muitas das áreas protegidas mostradas são, na realidade, cenários de disputa entre interesses concorrentes – moradores estabelecidos, novos colonos, operadores de turismo, conservacionistas e até mesmo arqueólogos. O mapa pode parecer tranquilizadoramente definitivo na parede de um departamento governamental. No local, porém, onde a situação é fluida e o futuro, incerto, as cores com frequência se misturam e às vezes desaparecem por completo.Vista do templo. Também é possível ter uma ideia do que está se passando em Petén quando se aprecia a vista do alto do Templo 216, no vasto centro de cerimônias maia de Yaxhá. Por volta do ano 900 d. C., as mais de 500 estruturas e redes de ruas e praças de Yaxhá haviam sido abandonadas, seguindo um padrão que se repetia por toda a área cultural maia.Do topo calcário do templo, é possível contemplar um lago cercado de florestas, nas quais se destacam os picos de outros templos, de um branco reluzente sob o sol forte. À distância, uma coluna de fumaça sobe para a atmosfera no ponto em que um fazendeiro está limpando um campo para cultivo.O que houve com os maias? A maioria dos especialistas acredita que o próprio povo simplesmente se mudou para novas áreas, onde seus descendentes continuam a viver hoje. Mas o que aconteceu com as elaboradas cidades, fortificações, estradas, arte, cerimônias e os sistemas sociais e políticos complexos que as mantinham? Embora isso

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ainda seja tema de debates, o consenso é que a civilização maia foi vítima de uma combinação de fatores, entre eles o desmatamento e a crescente erosão, que levaram a uma redução na oferta de alimentos, ciclos de guerra entre governantes concorrentes e o colapso final.A civilização que construiu Tikal provavelmente sucumbiu pelo mau uso do meio ambiente.Em resumo, a causa decisiva da decadência maia pode ter sido uma série de decisões ruins quanto ao uso do meio ambiente. Num livro recente, o geógrafo Jared Diamond usa o exemplo maia para mostrar como nós, hoje, estamos tomando decisões similarmente ruins, tanto no plano local como no global. No Petén de hoje, um número cada vez maior de colonos em busca de terras e subsistência está desencadeando mais um ciclo de desmatamento e degradação dos recursos naturais.Talvez 1.100 anos atrás, alguns ambientalistas maias de mais visão também tenham reconhecido o problema e tentado fazer soar o alarme. Não sabemos. Hoje, porém, os sinais de alarme se fazem ouvir alto e bom som. Petén é um dos poucos lugares na América Latina em que as ameaças a um notável patrimônio natural e cultural atraíram a atenção de um grande número de grupos nacionais e internacionais. Por maiores que sejam suas deficiências, o mapa do CONAP está oferecendo um ponto de referência para

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João Fernandes da Silva Júniora atuação de diversas entidades governamentais e não governamentais.A maior e mais bem financiada dessas iniciativas para salvar Petén está sediada num pequeno conjunto de prédios, numa estrada de terra que margeia o lago Petén Itzá. Ali, membros de uma unidade especial subordinada ao Ministério da Agricultura estão trabalhando com seus colegas da CATIE, uma instituição acadêmica com sede na Costa Rica, numa série de projetos inter-relacionados que compõem o Programa de Desenvolvimento Sustentável de Petén. O supervisor das atividades agrícolas do programa é o vice-ministro da Agricultura, Erasmo Sánchez. Hoje, em seu sétimo ano, o programa está sendo financiado com a ajuda de US$19,8 milhões em empréstimos do BID.Os quatro componentes do programa foram escolhidos como elementos essenciais na equação destinada a frear o processo de degradação ambiental e reverter os danos já produzidos. São eles:Legalização da posse de terra para cerca de 4.500 famílias numa zona-tampão fora das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Reserva da Biosfera Maia. Proteção e restauração de sítios arqueológicos e promoção do turismo. Implementação de pequenos projetos agrícolas e florestais destinados a demonstrar a melhor gestão dos recursos.

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Fortalecimento de instituições públicas, entre elas as prefeituras e organizações de base de Petén, para a proteção e gestão de recursos naturais e culturais. Eduardo Cofiño, um empresário cosmopolita e decidido, é o gerente do programa de desenvolvimento sustentável. Originário da capital, mas há muito tempo residente em Petén, Cofiño compreende como os problemas do departamento derivam de uma mistura volátil de fatores geográficos e históricos. O principal deles é a demografia.Explosão populacional. Até não muitos anos atrás, Petén era uma vasta região praticamente desabitada, com não mais de algumas casas e aldeias dispersas. O departamento, que representa um terço do território nacional, ainda tem uma população de apenas 390.000 habitantes, em comparação com os 12,5 milhões do resto do país. Desse modo, para os colonos sedentos de terras das serras densamente povoadas, Petén parece um grande território “vazio”. Além dessa impressão, os acordos de paz de 1996 que puseram fim aos 36 anos de conflito civil na Guatemala prometeram terras aos ex-combatentes para que eles depusessem as armas e pegassem no arado. Para muitos, Petén era a Terra Prometida. “Petén foi a válvula de segurança que evitou uma verdadeira revolução social de todos contra todos no resto do país”, disse Cofiño. Como resultado, explicou, a população de Petén tem crescido a uma

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João Fernandes da Silva Júniortaxa de mais de 9,9%, contra 2,9% da Guatemala como um todo.Cerca de um terço da população de Petén é indígena, principalmente quechís originários do departamento de Alta Verapaz, uma área ecologicamente muito diferente de Petén. Sua cultura gira em torno do milho, um cultivo bastante adequado ao território em que viviam antes, mas não muito para Petén, onde o solo e as condições climáticas requerem plantações permanentes. “A única coisa que eles sabem plantar é milho”, disse Cofiño.Mesmo os habitantes antigos, os peteneros, com frequência têm avós ou bisavós vindos de Belize, ou do México, ou do sul da Guatemala. “É um departamento muito difícil de trabalhar”, disse Cofiño. “Não é uma área em que as pessoas tenham vivido por muitas gerações, cuja terra elas amam e na qual sabem trabalhar. Petén é habitada por aventureiros – e eu sou um deles.”A redução da migração para Petén ajudaria a resolver muitos dos problemas do departamento. A educação, num sentido mais amplo, também ajudaria, de acordo com Cofiño. “As pessoas precisam aprender por que é loucura continuar a ter família grande e limitar o número de filhos.”Um problema relacionado com a imigração é a falta de posse legal das terras. Sem títulos de propriedade, os recém-chegados têm pouco incentivo para proteger as terras no longo prazo. Uma dificuldade liga-se a outra. Os produtores rurais usam fogo para limpar o terreno antes de replantar e, às vezes, as labaredas

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atingem as áreas de bosques. No Parque Nacional da Sierra del Lacandón, uma triste paisagem de colinas desnudas dá testemunho da devastação causada pelo famoso incêndio de 1998.Em Petén, disse Cofiño, o lema da agricultura é o mesmo que em muitas partes do mundo em desenvolvimento: “Queimar, cortar e plantar”.Funcionários sobrecarregados. O rápido fluxo de imigração não cria dificuldades só para a terra, mas também para as autoridades locais. “O principal problema em Petén é a falta de instituições governamentais fortes”, disse Cofiño. Nem as prefeituras, nem o governo do departamento conseguem cumprir suas responsabilidades de proporcionar serviços básicos e aplicar a lei. Na verdade, depois que os militares deixaram a área em consequência dos acordos de paz, Petén foi simplesmente “deixado no ar”, afirmou ele. Durante as duas administrações seguintes, o próprio governador do departamento não dispunha de carro nem de ar-condicionado em seu gabinete. “Era constrangedor levar até lá os doadores ou investidores”, lembrou Cofiño.A deficiência na aplicação da lei, particularmente em áreas remotas, tem resultados previsíveis. Partes das áreas protegidas de Petén foram usadas como base para o tráfico de drogas e de armas, de imigrantes ilegais e de tesouros arqueológicos. Até mesmo produtos agropecuários, como gado e milho, passam

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João Fernandes da Silva Júniorpelas fronteiras sem controle e sem pagar impostos, numa espécie de zona livre comercial não oficial.Longe de ser um problema exclusivamente da Guatemala, os chamados “parques de papel” são mais regra do que exceção em toda a América Latina. Instituições governamentais fracas e orçamentos reduzidos deixam a supervisão de vastas áreas naturais nas mãos de uns poucos guardas mal treinados e mal equipados. Ironicamente, muitos conservacionistas de países desenvolvidos que lamentam esse estado de coisas em Petén não têm consciência de que a violência, a corrupção, o desrespeito à lei e as invasões de colonos repetem o início da história da conservação ambiental nos Estados Unidos em praticamente todos os detalhes.Incentivo à produção das fazendas. O programa de desenvolvimento sustentável vem procurando focalizar algumas das causas que estão na base desses problemas, por meio de iniciativas que visam a aliviar a pressão nas áreas protegidas e a aumentar os benefícios econômicos que essas áreas proporcionam para a população local.Organizações não governamentais locais, atuando como agências coexecutoras, estão ensinando aos produtores rurais técnicas alternativas e novos cultivos que conservarão a terra e, ao mesmo tempo, trarão mais lucros para eles. A estratégia é criar na parte sul do departamento oportunidades econômicas que convençam as pessoas a lá permanecer lá, evitando que migrem para o norte, onde seriam uma

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ameaça para as florestas e sítios restantes. (Ver à direita links para artigos relacionados com o tema.). Uma dessas atividades é a criação de gado, normalmente o pesadelo dos ambientalistas. Cofiño afirma que vale a pena promover qualquer sistema de produção que evite as queimadas e a plantação em terra nua. “A criação de gado, em si, não é ruim; tudo depende de como ela é feita”, disse.Outra é o manejo florestal. Também neste caso, tudo depende de como é feito; e, se os habitantes locais perceberem que podem ganhar dinheiro deixando a floresta intacta e derrubando apenas algumas poucas árvores por hectare a cada ano, eles resistirão à inclinação natural dos fazendeiros de transformar as áreas em plantações.A produção de mel dá ainda aos fazendeiros uma oportunidade de encontrar uma fonte de renda adicional nos recursos naturais oferecidos pelas plantas em floração em terras abandonadas e em florestas próximas. Por uma série de razões, o mel de Petén desfruta de uma vantagem competitiva natural.O cultivo de plantas ornamentais para exportação é um negócio potencialmente lucrativo em Petén. Um exportador declarou que comprará todas as plantas de uma determinada espécie que os fazendeiros locais puderem produzir.Os dólares do turismo. Com o crescimento das oportunidades econômicas no sul, o programa cria as bases para aumentar o turismo nas áreas protegidas do

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João Fernandes da Silva Júniornorte, restaurando os sítios arqueológicos e construindo infraestrutura básica para os visitantesO turismo é a principal fonte de divisas da Guatemala, e a famosa cidade-cerimonial de Tikal, em Petén, atrai mais de 120.000 visitantes a cada ano. A área poderia atrair muito mais, diz Cofiño. Petén tem mais de 380 sítios arqueológicos e cerca de 60 sítios naturais reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo.“São poucos os lugares no mundo em que há tantas coisas para se ver numa área tão pequena”, disse Cofiño. “É possível visitar um local a cada dia do ano sem repetir nenhum.” Com mais atrações, os visitantes teriam a opção de passar mais tempo na área, hospedando-se em seus hotéis, comendo nos restaurantes locais, usando guias, serviços de transporte e comprando em suas lojas. Atualmente, muitos turistas chegam ao voo matinal da Cidade da Guatemala ou de Antígua para ver Tikal e vão embora no mesmo dia.Os principais pilares arqueológicos do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Petén são dois sítios impressionantes, mas muito diferentes entre si. Yaxhá, relativamente perto da capital do departamento, Flores, e próximo de Tikal é um vasto complexo de estruturas situadas no meio de uma floresta luxuriante com um lago ao fundo. A mais isolada Aguateca encontra-se sobre uma elevação escarpada com vista para um rio. Acredita-se que ela tenha sido usada como uma fortaleza, beneficiando-se de uma espetacular falha geológica para lhe dar vantagem defensiva. Em ambos os locais, arquitetos e

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arqueólogos estão trabalhando simultaneamente para restaurar estruturas com uma precisão e respeito pelas técnicas antigas que vêm estabelecendo novos padrões para esse campo. Cofiño considera o turismo “um magnífico motor de desenvolvimento”, porque ele gera recursos que permanecem na área. Ele próprio possui uma pousada ecológica rústica, um refúgio à margem do lago onde os hóspedes podem nadar à noite sob o luar, com um olho atento aos jacarés. É tudo muito romântico, mas o verdadeiro interesse de Cofiño é este: “Quando eu recebo dinheiro de um grupo de turistas, pago a mulher do mercado que me vende comida, compro toalhas numa loja local, pago a alguém para levar os turistas para conhecer as atrações”, diz ele.Os benefícios econômicos do turismo ajudam a construir uma rede de apoio local para a proteção de recursos naturais e culturais. Até trabalhadores humildes começam a se interessar por arqueologia e natureza depois que entram em contato com guias, técnicos e visitantes. O dinheiro dos turistas pode ser usado no pagamento de guardas contratados para proteger os sítios de vândalos, saqueadores e possíveis colonos.Nas palavras de Cofiño, o Programa de Desenvolvimento Sustentável de Petén está ajudando a “pôr um freio” na migração para a Reserva da Biosfera Maia no norte, que se localiza, em sua maior parte, fora da área beneficiada pelo financiamento do BID. Mas não por muito tempo.

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João Fernandes da Silva JúniorO BID vem fazendo um trabalho de base para proteger também essa região. Um subsídio do BID está financiando atualmente uma série de estudos que levarão a um Programa de Desenvolvimento Sustentável da Reserva da Biosfera Maia, destinado a consolidar o sistema de áreas protegidas por meio do fortalecimento de governos locais e grupos comunitários, promover o turismo ecológico e arqueológico, melhorar os serviços locais e diversificar as atividades de produção, entre elas o manejo florestal, além da extração de produtos não florestais. O novo programa deve começar a operar no próximo ano.Uma questão de tempo. Quanto tempo é necessário para estabilizar uma região altamente instável e inclusive tumultuosa como Petén até o ponto em que a proteção de áreas naturais e a agricultura sustentável sejam possibilidades realistas? Certamente não quatro anos, que é a duração padrão de um projeto financiado pelo BID, de acordo com Cofiño. O projeto Petén está agora em seu sétimo ano, e ele não se sente frustrado nem preocupado. Não culpa nem o planejamento original do programa nem o governo pelos atrasos. “Estamos fazendo algo muito novo”, disse ele. “O único erro foi pensar que o programa poderia ser implementado em quatro anos, o que não era possível.”Por exemplo, os grupos não governamentais que executariam os projetos agrícolas e de manejo florestal em alguns casos não existiam, e os que havia

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eram muito fracos. “Tivemos de fortalecê-los para que pudessem realizar seu trabalho”, explicou Cofiño.Ao contrário da construção de uma estrada ou de um sistema de abastecimento de água, um programa de desenvolvimento sustentável, em particular numa região como Petén, sempre será uma obra em andamento. Não será fácil, e para que o trabalho seja realizado a persistência será mais útil do que o cumprimento de prazos artificialmente estabelecidos. Apesar das dificuldades, o programa do Petén produzirá lições a partir das quais continuará avançando e que poderão ser úteis em muitos outros lugares da América Latina.

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João Fernandes da Silva Júnior

II – Civilizações Perdidas na Amazônia

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Civilizações perdidas da Amazônia

Os primeiros relatos dos colonizadores europeus que navegaram pela região amazônica davam conta da existência de cidades douradas e de mulheres guerreiras. Falavam também de grandes tribos ao longo dos rios. Gaspar de Carvajal, padre que integrou a primeira expedição ao Amazonas, chefiada, em 1542, por Francisco Orellana, descreveu-as assim: “Não há distância de um tiro de balestra entre a última

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construção de uma aldeia e a primeira de outra. E nossos barcos navegam 5 léguas entre o início e o fim de cada aldeia”. O capitão Altamiro, da expedição de Aguirre, em 1559, arriscou um cálculo para estimar a população local. “Fomos recebidos por não menos que 300 canoas e em cada uma vinham dez índios.” Durante séculos esses relatos foram tomados como pura fantasia, até pela ciência.De duas décadas para cá, porém, descobertas arqueológicas não deixam dúvidas de que a região abrigou cidades muito maiores do que as que foram descobertas pelos europeus, que mantinham entre si relações de poder e hierarquia, faziam alianças, comercializavam e, é claro, guerreavam. O indício mais recente dessas civilizações foi descoberto pelo arqueólogo Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. Em seu trabalho, publicado em outubro na revista americana Science, Heckenberger conta que localizou no Alto Xingu, nordeste do Mato Grosso, vestígios de grandes agrupamentos ligados por estradas e com construções sofisticadas, como pontes e barragens defensivas. “A complexa rede de comunicação entre as aldeias comprova a existência de uma grande civilização”, diz. Carlos Fausto, antropólogo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, coautor do estudo, conta que foram mapeados 19 sítios arqueológicos da época pré-Cabral. “Algumas aldeias chegavam a ter 500 metros quadrados e abrigavam entre 7500 e 15000

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João Fernandes da Silva Júniorhabitantes”, afirma. Com o auxílio de satélites GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento de Global), o trabalho mapeou os caminhos que ligavam as aldeias. Eles tinham entre 10 e 50 metros de largura e até 5 quilômetros de extensão. “Pudemos localizar intervenções na paisagem original, como aterros, valas, barreiras de contenção”, afirma o pesquisador Heckenberger.As cidades se pareciam com as aldeias atuais: as residências ficavam em torno de uma praça central, que servia como área para práticas religiosas. “No entorno dos povoamentos, encontramos fossos com até 3 metros de profundidade que, provavelmente, serviam para proteger os habitantes.” A conclusão derruba a teoria de que a Amazônia foi uma floresta virgem, intocada.A pesquisa no Alto Xingu mostra apenas uma das várias sociedades complexas daquela região. “Elas existiam em outras partes da Amazônia, na Bolívia, no trecho do rio Amazonas quase inteiro, no médio e baixo Orinoco e em outras áreas”, afirma Michael Heckenberger. “Em 1492, a Amazônia era provavelmente uma área de enorme variabilidade cultural, com grupos regionalmente interligados.” Berço do BrasilProvas das complexas sociedades amazônicas não são propriamente novidade. A civilização marajoara, que prosperou entre os séculos 2 e 12, na ilha de Marajó, e a tapajônica, que ocupou a região de Santarém (ambas no Pará) até o século 16, são dois exemplos

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conhecidos. No geral, em todas houve grandes intervenções humanas na paisagem.Os marajoaras, por exemplo, erguiam aterros com até 10 metros de altura e centenas de metros de comprimento sobre os quais construíam suas casas, tudo para evitar as cheias. “Havia intercâmbio entre as diferentes civilizações, como mostram os elementos comuns na iconografia e nas artes”, diz Eduardo Góes Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP). A confluência dos rios Negro e Amazonas também abrigou uma grande civilização. Na região, estudada por uma equipe do MAE desde 1997, foram descobertos vestígios de atividade humana, como a terra preta, uma cobertura não natural, fruto do acúmulo de material orgânico, onde foram encontrados restos de cerâmica, pedra lascada e outros resíduos que indicam a presença do homem no local há até 3 mil anos. “Pelo volume de material encontrado, podem ter vivido ali cerca de 15 mil pessoas no século 16”, diz Eduardo. Arqueologia via satéliteO uso do GPS (Sistema de Posicionamento Global) foi fundamental para a pesquisa do arqueólogo Michael Heckenberger. O equipamento fornece as coordenadas e a altitude de qualquer ponto na Terra. Com o sistema, foi possível mapear a dimensão das aldeias e descobrir as alterações no solo que foram encobertas pela vegetação. Só assim foi possível detectar o traçado das estradas (em vermelho), pontes

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João Fernandes da Silva Júnior(em azul) e valas (em preto). As áreas verdes representam a cobertura vegetal atual e as que aparecem em roxo são os rios e áreas alagadas.

A Verdadeira história sobre as ‘’Pirâmides da Amazônia’’Este artigo trata de uma história, que me chamou muito atenção, aguçando minha curiosidade e me deixando intrigado por dias, a história sobre pirâmides na Amazônia que já não me era estranha, minha mãe morou em Manaus por fim dos anos 70 e certa vez me contou que foi a um jantar em que conhecerá apenas de vista o mestre de Jiu Jitsu Helio Gracie, ele conversava com outra pessoa a respeito de pirâmides na Amazônia, deste relato de minha mãe que conheci tal história, inclusive ela contava como sendo uma historia absurda e que o mesmo como diríamos em gíria estava ‘’viajando’’, mas enfim me lembrei de tal historia e certo dia resolvi dar uma pesquisada rápida, comecei primeiro pelo youtube, lá consta este vídeo um tanto intrigante primeiro pela voz de robô da narradora e depois pelas lacunas que deixa, pois é tudo muito vago, deste vídeo peguei o nome do arqueólogo do vídeo Aurélio M.G de Abreu, achei muito poucas coisas sobre o mesmo, ainda assim vi matérias sobre tais pirâmides, matérias estas que também deixam muitas lacunas e não me deram uma resposta satisfatória, ficando em minha cabeça como se fosse um filme sem final.Muito bem minha busca continuou procurei ler o livro do arqueólogo citado no vídeo, comprei o livro Civilizações que o Mundo Esqueceu para minha decepção nada do assunto constava neste livro, mas o livro é muito bom e recomendo, esqueci por hora o assunto até que empolgado com a leitura do

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livro citado, consegui achar outros dois livros deste autor e em um desses, no livro Civilizações desaparecidas Povos Condenados, me deparei novamente com o assunto, pois neste livro constava um capitulo inteiro com a história na pagina 55, vou transcrever o capitulo aqui:O Mistério das Pirâmides AmazônicasO assassinato do jornalista alemão Karl Brugger, ocorrido no Rio de Janeiro, em janeiro de 1984, está ligado a uma das mais estranhas histórias de aventuras de nossa época, já que ela se insere dentro do ciclo da busca de um cidade perdida, que resultou em um sem numero de mortes e desaparecimentos inexplicáveis.A bala que matou Karl Brugger pode ter saído da arma de um assaltante afobado, que se apavorou com um movimento brusco da vitima, mas também pode tratar-se de uma ‘’queima de arquivo’’ de calar alguém que sabia demais sobre assuntos notoriamente proibidos. Brugger deixou um livro curioso, A crônica de Akakor, Best-seller em suas edições alemã e americana que nenhum editor brasileiro se dispôs a publicar, muito embora trate de um assunto ligado a lendas e tradições disseminadas na Amazônia sobre a existência de uma antiga civilização desaparecida antes do descobrimento do Brasil.Em 1971 numa rua de Manaus, um piloto da Swassair chamado Ferdinand Schimidt conversava com um membro da tripulação em alemão quando foi abordado por um esfarrapado individuo que utilizando o mesmo idioma, pediu que lhe pagassem uma refeição. Diante do espanto do aviador, o pedinte informou que era nativo de uma região do interior da Amazônia, filho de mãe índia e pai alemão, e que fora batizado com o nome de Tatunka Nara.O mestiço informou ainda que sua tribo era chamada ugha mogulala, e que entre os anos de 1939 e 1941 seu povo recebera um contingente de 2000 soldados alemães enviados por Hitler para uma possível invasão do Brasil, transportando armas e diversos equipamentos. Segundo Tatunka Nara, o

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João Fernandes da Silva Júniorcontingente permaneceu na região até o inicio de 1945, quando alguns retornaram a Alemanha; muitos preferiram permanecer entre os silvícolas miscigenando-se com os mogulalas.O piloto da Swisair pagou a refeição a Tatunka Nara; tempos depois retornou a sua pátria, onde teve oportunidade de relatar a curiosa história para Karl Brugger-então repórter de uma importante revista alemã-, que farejou ali uma história. Com os dados fornecidos pelo piloto suíço, Brugger viajou para Manaus e contatou Tatunka Nara, não sem alguma dificuldade. A princípio o personagem manteve-se reticente, mas pouco a pouco o jornalista foi obtendo novas informações, as quais eram meticulosamente gravadas. Diante das revelações que Tatunka Nara lhe forneceu, Brugger tomou-se de entusiasmo tão grande que em 1972 partia em companhia de Tatunka rumo ao interior da floresta, com o propósito de encontrar uma cidade pré-colombiana ainda habitada por descendentes de seus construtores e repleta de antiqüíssimas ruínas de templos e pirâmides.Quando Brugger retornou a civilização, manteve-se reticente sobre os resultados dessa entrada. Mas em 1976 surgia na Alemanha o livro Die Chronik Von Akakor (edição Econ Verlag), onde Karl Brugger narrava a chegada do contingente nazista ao Brasil e seu contato com os nativos mogulalas.Após o lançamento da edição alemã, surgiu a tradução em inglês, editada nos Estados Unidos pela Dell Books, com enorme sucesso. A essa altura, já existiam vários grupos tentando atingir a cidade perdida. Erich Von Daniken tomou conhecimento da história pelo mesmo piloto que informara Brugger o qual resolvera abandonar sua carreira para se dedicar-se a busca da cidade misteriosa. Em 1977 ele esteve em Manaus, onde contatou Tatunka Nara; este lhe fez então varias revelações, entre as quais a de que era um príncipe da tribo mogulala e que na região existiam pelo menos três cidades, habitadas pelo seu povo, chamadas Akahim, Akakor e Akanis. Em Akahim existiria um objeto muito antigo, entregue há milhares de anos aos sacerdotes mogulalas por deuses

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vindos do céu, e que, de acordo com as tradições, começaria a cantar quando os deuses retornassem a Terra.Segundo Tatunka, recentemente o objeto começara a emitir um ruído semelhante ao que fazem os enxames de abelhas, assinalando desse modo que estava próxima a hora dos deuses retornarem.Entusiasmado com as noticias, Daniken encarregou Ferdinand Schmidt de acompanhas Tatunka Nara até Akahim e obter o misterioso objeto cantante a qualquer custo. Assim, foi organizada uma expedição provida de um bote com motor, armas, equipamentos de rádio e remédios. Todavia, a expedição foi intimada a levar um arqueólogo brasileiro- e para isso foi indicado Roldão Pires Brandão, que se encontrava em Manaus, buscando, por seu lado, uma cidade perdida que ele considerava existir as margens de um dos afluentes do Amazonas.Durante a 5ª reunião mundial da Ancient Astronaut Society, realizada em julho de 1978 na cidade de Chicago (EUA), Daniken relatou os fatos anteriormente citados, informando aos participantes que esperava que a expedição obtivesse sucesso e trouxesse a prova tão aguardada do contato com extraterrestres. Mas poucas semanas depois, a revista Ancient Skies, porta-voz da Ancient Astronaut Society, em seu volume 5, numero 4, de outubro de 1978, apresentava comunicado assinado pelo próprio Daniken, em que narrava os problemas criados por Roldão - este acabara sendo baleado pela própria arma, aparentemente devido ao descuido no manuseio, o que forçou a expedição a retornar quando se encontrava a apenas dois dias de distância de Akahim. Segundo o mesmo comunicado, eles haviam subido o rio Negro e penetrando em um subafluente do Amazonas, até um ponto em que foram obrigados a abandonar o barco e seguir a pé, já que na região era montanhosa. Teria sido justamente no sopé da montanha o local onde Brandão se acidentara com a arma; Segundo Schmidt, o arqueólogo brasileiro foi socorrido a tempo, mas mesmo assim teve febre

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João Fernandes da Silva Júnioralta; se a expedição não houvesse regressado, ele certamente teria morrido. Felizmente, conseguiram atingir um posto policial, onde um hidroavião recolheu o grupo inteiro, levando Roldão a Manaus.Ao concluir o comunicado, Daniken deixa claro que Roldão se ferira intencionalmente para forçar o retorno da expedição, mas que era sua intenção enviar de novo Schimidt com Tatunka Nara entre abril e maio de 1979, época em que o regime das chuvas permite que as ruínas sejam atingidas.Após o retorno da pequena expedição, os acontecimentos passaram a ter nova feição, pois Tatunka Nara não concordou em voltar a servir de guia ao grupo suíço, tendo-se juntado a Roldão, que por sua vez se associara a um curioso cidadão chamado José Alair da Costa Pires. Pires abraçara a religião budista, adotando o nome de Ryoko Yuhan.Nessa mesma ocasião passaram a correr rumores de que um grupo inglês estava tentando atingir as ruínas, partindo da Venezuela. Temendo perder a primazia do descobrimento, Roldão comunicou a imprensa a existência das pirâmides (já avistadas por Brugger em 1972) e conseguiu que jornais revistas e uma importante rede de televisão comunicassem sua descoberta para o mundo. Em aviões especialmente fretados foram realizados voos sobre a serra do Gupira, região do alto rio Negro. A revista Veja de 1° de agosto de 1979 traz uma reportagem de cinco paginas, em cores, mostrando estruturas de forma piramidal cobertas por vegetação, de tal forma que, se o achado houvesse ocorrido na área maia, não restaria a menor duvida sobre sua origem.Mas logo após a realização das reportagens, começaram a surgir vozes destoantes, e os especialistas declararam enfaticamente que o que alguns tomavam por pirâmides eram apenas morros.Daniken também não aceitou a negativa dos especialistas e na primeira pagina do numero 4, volume 6, da Ancient Skies(setembro e outubro de 1979), apresentou um artigo com

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o titulo’’ Akahim exist!’’ com uma fotografia de uma formação piramidal.No texto é narrada a ultima tentativa levada a efeito por Schimidt com Tatunka, citando que após a longa jornada, próximo ao que parecia ser à entrada da cidade, Tatunka encontrou-se com um nativo que o abraçou, tendo ambos conversado durante vários minutos. Depois disso, Tatunka informou que o recém-chegado era Ramos, comandante-chefe dos guerreiros mogulalas, o qual trazia uma ordem do alto sacerdote para Tatunka acerca de seu casamento com uma princesa a ele destinada. Enquanto isto, o personagem que Tatunka chamara de Ramos permanecia observando Schimidt, que o descreveu como um índio forte, de cor acobreada, vastos cabelos negros e olhos verdes.Ao longe Schimidt conseguiu avistar três pirâmides.Tatunka explicou a Schimidt que não poderia voltar a Akahim porque não desejava aquele casamento, além do que já estava casado em Manaus com uma branca. Se Schimidt quisesse, poderia seguir Ramos até a cidade, mas em tal caso Tatunka não garantiria sua segurança ou que pudesse retornar a civilização. Schimidt resolveu que seguiria até Akahim, mas então Tatunka se recusou a dar-lhe permissão, alegando que se retornasse a Manaus sem o companheiro seria preso acusado de tê-lo morto. Diante das ameaças não restou alternativa ao suíço senão retornar em companhia de seu guia. Dias depois, seu bote naufragou no rio Negro, com perda total de equipamentos e dos filmes que realizara.O assunto entrou para o rol do esquecimento. Em 1981, porém, Karl Brugger reapareceu no Rio de Janeiro, acompanhado por Tatunka Nara e convidou o conhecido cineasta Orlando Senna para acompanha-los até as cidades perdidas. Num artigo publicado na revista Transe de junho de 1982, o próprio Orlando Sena justificava a não realização da expedição pelo fato de que Tatunka não garantiria nenhuma segurança a equipe, que teria de cruzar uma região inóspita e habitada por

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João Fernandes da Silva Júnioríndios em pé de guerra contra quaisquer estranhos que penetrassem em seu território. O projeto foi suspenso, e Orlando Senna informava não ter mais noticias de Brugger ou Tatunka Nara.Finalmente, a 3 de janeiro de 1984 a cortina se fecha definitivamente para Karl Brugger, provocando o ressurgimento do assunto. O jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição de 8 de janeiro de 1984, publicou um artigo assinado por um dos seus correspondentes no Rio de Janeiro em que são apresentadas varias respostas, que parecem solucionar todo o problema. Ali está relatado que o mestiço Tatunka Nara seria apenas um ex-marinheiro alemão neurótico de guerra que se estabeleceu na Amazônia, onde criou a história fantástica das cidades, enganando a todos. Mas as questões sem respostas são muitas: qual o nome alemão do ex-marujo que virou Tatunka Nara? Se a historia inteira é falsa, como ficam Karl Brugger na Alemanha Oriental, sobre um filme documentário exibido para diversos repórteres, que mostra a partida dos soldados nazistas em um submarino, equipado com hidroplanos, com destino a America do Sul, bem como um complemento do filme que mostra o grupo montando uma base na Amazônia? E qual o argumento que levou um experiente repórter chamado Karl Brugger a aceitar Tatunka Nara e as cidades perdidas como verdadeiros?Esta é a historia das pesquisas de Karl Brugger, que o levaram a escrever o seu fantástico livro sobra Akakor. Uma historia com muitas lacunas e que era conhecida totalmente por 4 pessoas, que possivelmente teriam as respostas: Tatunka Nara, Karl Brugger, Ferdinand Schimidt e Roldão Pires Brandão. Bruggers está morto.Se esta historia fosse um romance policial, os demais nomes da lista estariam correndo um terrível perigo. Mas na realidade costuma ser diferente. Os jornais informam que, para a polícia, Brugger foi morto por um assaltante afobado, e que tudo no mais é mera coincidência. Os nomes que compõem a lista não

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correm perigo nenhum perigo, Ou então... (Aurélio M.G de Abreu, Reinos Desaparecidos Povos Condenados p.55-59).Mesmo assim como podem notar e como o próprio autor deixa no ar no final do capitulo, tudo fica envolto em mistério, francamente me decepcionei com isto, pois esperava um parecer final, uma resposta satisfatória para o enigma fiquei pensando como pode isto não ter sido solucionado até hoje, mesmo no Google que é uma ferramenta que pode mapear quaisquer citações no mundo do assunto, nada de satisfatório constava.Volta e meia voltava ao assunto de maneira até escondida, pois para um estudante de história e interessado em arqueologia, parece ridícula tal ideia, neste tempo achei um espanhol que tem intuito de viajar de bicicleta atrás de pirâmides pré-colombianas neste artigo em espanhol tem melhor detalhado a ideia dele, pois bem me pareceu muito estranho, tanta gente falar e não se saber ao certo o que foi realmente, até que em uma noite de insônia consegui achar a resposta, através do nome do arqueólogo que é citado no livro como se tivesse propositalmente se ferido para não prosseguirem as buscas, consegui achar a resposta em dois artigos o primeiro. Recebemos um convite, por intermédio do Sargento da Polícia Militar Pepes, para um jantar na casa do Tenente Nilder Márcio Silva Mendes. O Tenente Nilder é o diretor do Hospital Geral de Barcelos e vêm operando milagres segundo moradores locais. O Tenente Walter deixou-me no consultório do dentista às vinte horas e levou o Teixeira e o nosso piloto Osmarino para a casa do Tenente. Logo depois da consulta, me uni aos companheiros e participamos da confraternização em nossa homenagem. Conhecemos, na oportunidade, o filho de Tatunca Nara. Tatunca é uma conhecida e controvertida personalidade local e fomos instados a não viajar sem antes conhecê-lo e ouvir suas incríveis e pouco verossímeis estórias.Entrevista com Tatunca Nara O Tenente Walter buscou o doutor Nilder em sua residência e, acompanhados pelo soldado

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João Fernandes da Silva JúniorFrancisco Alves, filho adotivo de Tatunca, nos dirigimos ao sítio do seu pai, que mora há algumas dezenas de quilômetros de Barcelos, onde cultiva diversas plantas frutíferas que comercializa com os comerciantes locais. Tatunca foi surpreendido com nossa visita, mas amavelmente nos convidou para entrarmos em seu modesto barraco onde discorreu sobre temas como a Alemanha Nazista, onde deixou patente sua admiração por Adolf Hitler, sua trajetória de vida e suas pesquisas na serra do Araçá.Tatunca se diz filho de uma alemã com um líder religioso Kichwa peruano (descendente dos incas).Kichwa: os Kichwa, originários da região do lago Titicaca, chefiados por Manco Capac., filho do sol, estabeleceram-se em Cuzco no século XII. Seus sucessores consolidaram o domínio sobre os povos vizinhos criando uma civilização notável, baseada numa monarquia teocrática cuja autoridade máxima era o Imperador (o Inca), aconselhado por um Conselho Imperial. O Império incluía as regiões do atual Equador, o sul da Colômbia, Peru, Bolívia até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. Também chamado de Tahuantinsuyo (‘as quatro regiões’) tinha como capital a cidade de Cuzco (‘umbigo do mundo’). Era formado por diversas nações com mais de 700 idiomas diferentes, embora o mais importante fosse o kichwa. Em 1533, os conquistadores espanhóis executaram o Imperador Atahualpa, impondo o término do vasto império.Apesar de extinta a formação imperial inca, o kichwa, ainda hoje, é a mais importante língua indígena sul-americana, falada por diversos grupos étnicos que totalizam cerca de dez milhões de pessoas na Argentina, Chile, Colômbia, Bolívia, Equador e Peru, sendo uma das línguas oficiais desses três últimos países.Num linguajar arrastado, com forte sotaque alemão contou suas passagens pelo Brasil, sua ida à Alemanha onde se especializou em motores a Diesel e seu retorno à terra brasileira no período revolucionário. Conta ele, depois de muitas idas e vindas, que conheceu aquela que viria a ser mais tarde sua esposa, dona

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Anita Beatriz Katz, quando ela o entrevistou em inglês e alemão. Depois disso, ele teria sido recrutado como membro da inteligência para o Exército Brasileiro. Após casar com Anita, trabalhou, durante algum tempo, como motorista de caminhão e acabou vindo para o rio Padueri pesquisar as origens de sua gente (Kichwa) e, depois, residindo em Barcelos, na serra do Araçá, onde teria encontrado restos de uma antiga muralha.Tatunca advoga que o nome da cidade de Machu Picchu, na língua nativa, significa a ‘segunda’ e que na serra do Araçá encontra-se um sítio arqueológico com a mesma orientação e semelhança onde teria sido construída a ‘primeira’. Reporta que em Machu Picchu, a forma do sítio lembra um gigantesco Jacaré e aqui, no Araçá, a formação lembra um grande boto. Mais uma vez a fraude fica patente. A teoria que Tatunca advoga como sua foi plagiada do pesquisador Marcelo Godoy, empresário paranaense, que reside em Barcelos e programa viagens a Machu Picchu e a serra do Araçá. Tatunca relata que existe uma fotografia aérea que mostra, nitidamente, o desenho de uma enorme tartaruga, de uns 200 metros, gravada na pedra. Um animal sagrado para os antigos Kichwas. Continuando seu relato, Tatunca afirma que na serra do Araçá existiam três grandes buracos que penetravam terra adentro e que ele chamou a equipe do Akakor Geographical Exploring, da Itália, para inspecionar o local. Qual não foi sua surpresa quando chegou lá com os italianos e verificou que os buracos tinham sumido.Segundo sua versão, ele tinha até deixado uma corda marcando o local. Algum tempo depois, ele verificou que o grande bloco de pedra em que se encontravam os três buracos havia desabado.

Estabelecido novo recorde sul-americano de profundidade em cavernas. Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SB) e da ONG Akakor Geographical Exploring estabeleceram um novo recorde sul-americano de profundidade

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João Fernandes da Silva Júniorem caverna e recorde mundial em rocha quartzífera durante a expedição ao interior da Amazônia. A descoberta do Abismo Guy Collet (AM-3), como foi batizado pelos exploradores da expedição ítalo-brasileira, com seus 670,6 metros de desnível, foi divulgada em Dezembro passado no periódico Informativo SBE nº 92 e registrada no Cadastro Nacional de Cavernas do Brasil (CNC), atendendo às recomendações para expedições estrangeiras no Brasil da SBE.... O abismo: a equipe de exploração dividida em três frentes de trabalho encontrou alguns abismos menores e outras possíveis cavidades, mas, ao se depararem com uma entrada no meio de uma parede de quartzito, um lance negativo de 35 metros, decidiram concentrar os esforços neste local. Após descer o primeiro lance, chegaram a um patamar de uns 6 m², o único nível topográfico positivo da caverna, desceram outro lance de 60m onde encontraram interessantes espeleotemas, formações raras em quartzito. Parecia ser o fim do abismo, mas voltando ao patamar anterior encontraram outra via e o que se seguiu foi uma sucessão de lances extremamente técnicos, exigindo muito trabalho da equipe, com jornadas de mais de 15 horas. A cada lance e estimativa de profundidade a equipe ficava mais empolgada e não queriam parar. A partir dos 650 m a caverna começou a se afunilar cada vez mais e aos 670 m finalizando num pequeno lago.A equipe de exploração composta pelos italianos Lorenzo Epis e Alessandro Anghileri e pelo brasileiro Marcelo Brandt, ainda no fundo da caverna, não teve dúvida sobre o nome do abismo, seria uma homenagem ao companheiro Guy-Christian Collet, sócio fundador da SBE falecido em 2004. Collet realizou seus últimos trabalhos espeleoarqueológicos com a Akakor. Também participaram da expedição a espeleóloga brasileira Soraya Ayub, os italianos Stefano Bettega, Giovanni Confente e Paolo Costa, o mateiro Francisco Alves e o guia Tatunca Nara. (Publicado no boletim eletrônico SBE Notícias nº39 de 21/01/2007).

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A respeito de uma suposta cidade perdida ele afirma que tem certeza de que se a região for devidamente pesquisada ela será encontrada e que ele já encontrou uma peça de cerâmica maia de quinhentos anos antes da chegada dos espanhóis à América. Falou, também, da tentativa de demarcação de novas terras indígenas na região do Araçá pela ONG Instituto Sócio Ambiental (ISA), quando eles tentaram criar uma maloca na região importando índios de São Gabriel da Cachoeira com a alegação de que ali estavam desde tempos imemoriais. Nas manifestações pró-demarcação que aconteceram em Barcelos, ele disse que até índios negros apareceram, mas que, graças à mobilização popular, a farsa montada pelo ISA foi desmantelada e a terra ainda não foi demarcada.A Mobilização Geral dos Povos Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro teve grande repercussão na cidade... A passeata também foi à Câmara dos Vereadores para requerer a criação de uma lei complementar à Lei Orgânica do município, reconhecendo a existência dos Povos Indígenas de Barcelos. Parou em frente ao Núcleo de Apoio da FUNAI para exigir a urgente demarcação das Terras Indígenas... (ISA – instituto Socioambiental - 08/07/2009)As estórias da vida de Tatunca, até sua chegada a Barcelos, são costuradas de maneira a utilizar personagens reais para dar veracidade à sua falsa origem, resgates fictícios e participação nos órgãos de inteligência brasileiros. O controvertido Tatunca Nara, nasceu, na realidade, em 5 outubro de 1941 em Coburg - Alemanha e foi registrado como Hans Gunther Hauck. Divorciado em 1966 fugiu para o Brasil em 1968 e, para não pagar pensão à antiga esposa, se esconde, em Barcelos, no Amazonas. Christa, a ex-esposa alemã de Tatunca, foi trazida ao país em 1989 pela revista alemã Der Spiegel, e o reconheceu, mas ele negou ser Hans. Segundo reportagem do Fantástico, de 07 de outubro de 1990, Tatunca foi acusado pela morte de outras 3 pessoas: do americano John Reed, em 1980;

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João Fernandes da Silva Júniordo suíço Herbert Wanner, em 1984; e da alemã Christine Heuser, em 1987.Tatunge NareSua ficha criminal em Nuremberg - Alemanha revela que o falsário já usava a alcunha de ‘Tatunge Nare’ na sua terra natal, antes de fugir para o Brasil em 1968. Tatunca inventou a história de Akakor para motivar inocentes turistas a financiar suas buscas por pedras preciosas na serra do Araçá. Anita Beatriz Katz Nara, sua esposa, confirmou para Jacques Costeau as aleivosias contadas pelo marido, Anita foi secretaria de Turismo da Prefeitura de Barcelos, Capital Nacional do Peixe Ornamental e hoje é Secretaria de Assistência Social e Cidadania. Tatunca já foi apontado pela mídia por envolvimento com a biopirataria, além de ter sido citado numa CPI de biopirataria ao ser flagrado, em 1999, pela Polícia Federal transportando 350 peixes ornamentais e plantas amazônicas (relatório da CPITRAFI de 2003).“2 Os alemães Hans Barth, Hans Kemmling, Hernrick Trautschold, Hans Augustin, Wolfgang Schmidt, Horst Paul Linke e o guia brasileiro Tatunca Nara foram flagrados às margens do Rio Negro, na proximidade com Paricatuba (AM), com uma coleta de 350 peixes ornamentais e plantas”. (Comissão Parlamentar de Inquérito Destinada a “Investigar o Tráfico Ilegal de Animais e Plantas Silvestres da Fauna e da Flora Brasileiras” – CPITRAFI - 2003)Tatunca continua guiando estrangeiros mal informados e/ou mal intencionados, com autorização do IBAMA, na região montanhosa do alto rio Padauari, entre o Amazonas e a Venezuela onde, segundo ele, se encontrariam as pirâmides e a cidade perdida.João Américo Peret (Indigenista jornalista e escritor)Por Pepe Chaves – via Fanzine“Conheci o ‘índio’ Tatunca Nara, em 1979, na cachoeira da Aliança, do Rio Padauiri, afluente esquerdo do Rio Negro (AM). Gravei em fita cassete sobre suas histórias rocambolescas. Sobre pirâmides e cidades subterrâneas,

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monges espaciais, equipamento de comunicação intergaláctico. Ele dizia que seu pai seria um sacerdote Inca que atacou um convento e raptou uma freira alemã, que é sua mãe, cresceu como príncipe numas ruínas Incas, no Acre. Essas histórias contadas de ‘boca em boca’, atraiam pesquisadores, como o arqueólogo Roldão Pires Brandão que há anos fazia expedições ao Pico da Neblina, procurando localizar ‘cidades perdidas’. Tatunca Nara trazia turistas estrangeiros e faturava (US$...). Quando o explorador francês ‘Jack Cousteau’ pesquisou o Rio Amazonas, foi com Tatunca Nara, de helicóptero, ‘ver as pirâmides’.Mas tudo continuou em segredo. Parece que o único autorizado a escrever sobre o assunto foi Karl Brugger com o livro: Die Chronik von Akakor (Econ verlag Gmbh, Dusseldorf und Ween, 1976). Traduzido sob o título ‘A Crônica de Akakor’. Direitos de tradução, a Livraria Bertrand Sarl, Lisboa, 1980. Prefácio, Erich von Däniken. Que tal uma entrevista especial, abordando somente sobre a ‘Pirâmide e cidades subterrâneas, que só o Tatunca Nara tem o segredo?’.O professor Roldão me contou que, ‘Conheci o Tatunca Nara, ele é guardião das pirâmides e cidades subterrâneas no Amazonas. Ficam nas cabeceiras do rio Padauiri, no alto rio Negro. Ele me pediu segredo; Vai pedir ao grão sacerdote ugha mongulala para me levar lá. Mas falou do perigo de encontrarmos índios canibais... Preciso de você para amansar os índios. Vou a Manaus conseguir recursos para a expedição’.Em julho de 1979 o professor Roldão detonou a notícia de que havia descoberto as ‘Pirâmides do Amazonas’. Assim, atraiu a imprensa do Brasil que alugava pequenos aviões para fotografar as pirâmides. Mas, devido a serração, as fotografias não tinham boa definição. O Roldão me telefonou dizendo, ‘Venha logo, os estrangeiros estão saqueando as relíquias arqueológicas. O suíço Ferdinand Schmid foi preso contrabandeando cerâmica do rio Padauiri. Estou voltando para a região com dois agentes da Polícia Federal com

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João Fernandes da Silva Júniormetralhadora, um monge para conversar com os sacerdotes guardiões, um etnólogo e o índio mongulala Tatunca Nara’.Vamos por partes, porque o professor Roldão saiu numa expedição aparatosa com pessoas inexperientes; ficou estressado e num movimento brusco com uma carabina ela disparou acertando seu pé. Regressaram a Manaus e ele me chamou. Cheguei a Manaus no dia 17/09/1979, juntamos o que sobrou de material e viajamos de carona num barco até o Rio Padauiri. Na Cachoeira da Aliança, ele me apresentou a um individuo que falava português com forte sotaque alemão: Era o índio mongulala Tatunca Nara de quem falei... Surpreso, não contive a expressão: ‘Mas ele é um Alemão!...’. E o Tatunca tentou de todas as formas me convencerem do que era óbvio. Convidou-me para ir a sua casa onde conheci sua esposa dona Anita, o casal de filhos loiríssimos e turistas falando alemão, examinando mapas de uso das Forças Armadas. No retorno da nossa hospedaria, ele parou a canoa no rebojo da cachoeira e contou uma estória rocambolesca que gravei em fita cassete e autorizo a reprodução a seguir.‘- Essa tartaruga tatuada no meu peito é distintivo sou ugha mongulala – chefe religioso de um povo Inca; Minha mãe era alemã, médica e freira, em 1930, morava na Missão de Santa Maria, no Acre (minha nota: nasci em 1926, não havia Missão Religiosa); Meu pai chamava-se Sincáia Inca, era Ugha Mongulala – chefe religioso, numa cidade em ruínas tipo Machu Picchu, no alto rio Acre. (ruínas inexistentes); Meu pai atacou a missão, matou o bispo, os padres e toda população, poupando quatro freiras. (minha nota: não havia missão, não havia bispos, tinha um único padre que era itinerante); Em 1935, ela casou com meu pai e chamava-se Heina. Nasci em 1938, minha irmã Aharira, em 1944. Minha mãe morreu em 1956. Em 1957 Aharira casou-se com um mensageiro Mongulala que morava nas cidades subterrâneas, e foi ao Acre (minha nota: a distância é longa demais para uma aventura, sujeito às doenças e acidentes). Quando o mensageiro voltou, viemos com ele. Foi quando conheci as Pirâmides e cidades

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subterrâneas: AKAKOR é onde vivem os sacerdotes Mongulala, minha irmã Aharira e milhares de pessoas privilegiadas. Ali ficam as relíquias e tecnologia avançadíssimas; A iluminação é através da aura das pessoas. Nosso povo usa a telepatia e a força mental capaz de materializar pessoas e objetos em qualquer lugar; É equipado com imagens televisual, onde se pode conectar com planetas; os meios de transporte são discos voadores, tudo é controlado de forma robótica. A cidade AKAHIN, em ruínas fica mais próxima das nascentes do rio Padauiri. Ali vivem os escravos de AKAKOR, denominados ‘homens das cavernas’; quem chegar à região sem autorização é morto imediatamente. (O Tatunca me revelou tudo isso ancorando a canoa no rebojo, provavelmente para me impressionar ou assustar). E concluiu sua estória com um conselho: Acho bom o senhor não prosseguir viagem com o Roldão. Escutei os índios Yanomami dizendo que seus guerreiros vão atacar os piaçabeiros (extratores de piaçaba, o povoado) a qualquer momento. Isto porque os índios veem trabalhar por aqui, ganham espingarda e vão atacar os Yanomami da Venezuela. E morrem por lá, porque os índios de lá são treinados pelo Exercito para defender a fronteira, e muitos são traficantes. Eu vou mudar para Barcelos, para proteger minha família’.Em conversa ele informou: “O Tatunca Nara comentou que as Pirâmides só eram avistadas ao Por do Sol...”. Fizemos pesquisas, mas não encontramos materiais cerâmicos. No dia seguinte, seguimos pela trilha que subia a Montanha. Ao meio dia chegamos a um platô que estaria a uns 800 metros de altitude. Ali seria o acampamento do Tatunca Nara, quando atendia turistas. Podíamos descortinar até a linha do horizonte, e as nuvens formavam um lastro sobre a copa das árvores. Identificamos a Serra Tapirapecó que formava um semicírculo na direção Nordeste e chegava a Cordilheira Curupira, bem ao nosso lado, com mais de 1200m de altura. A vista era uma

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João Fernandes da Silva Júniordeslumbrante obra da natureza; tinha que ser sacrossanto para nós simples mortais.O sol foi baixando no Oeste e as nuvens foram se dissipando. Mais ou menos a uns 12 km apareceram os picos das ‘pirâmides’ do professor Roldão Pires Brandão, na realidade do Tatunca Nara, o ‘índio’ ugha mongulala. Por fim elas apareceram de todo, e era tão grandioso que a Gizé, a Miquerinos, e Quéops, poderiam ser riscadas do mapa como maravilhas do mundo. Porém, as ‘pirâmides do amazonas’ tinham dimensões gigantescas entre 600m de altura e uns 2500m de extensão. Também podíamos avistar uma infinidade de pirâmides, pois com o sol se pondo no Oeste, todos os picos projetavam a sombra piramidal para o Leste.Indiana Jones: o plagiato de 1,3 bilhões de dólaresPor Frederico Füllgraf – 7 de julho de 2008Transcorrida mais da metade do filme, a perseguição atinge a apoteose em Akator, uma ‘cidade perdida’, em cuja grafia Spielberg trocou apenas o ‘k’ da Akakor de Brugger pelo ‘t’ de seu plágio. Alimentada por uma bizarra teoria da conspiração, a inspirada Crônica de Akakor de Brugger conta que certa ‘elite nazista’, acompanhada de dois mil soldados e (para delírio da tribo dos Ufologistas) uma versão primitiva de discos-voadores, teria se refugiado numa ‘cidade perdida’, também conhecida como ‘o castelo do Gral dos Incas’, na Amazônia.Já na versão de Spielberg não cabiam os ‘nazistas’ de Brugger porque, segundo a crônica, uma guerra entre os nativos e os primeiros teria virtualmente exterminado os povos de Akakor. Em seu lugar entraram os soviéticos, tão órfãos de materialismo dialético, quando catatônicos os gringos, face à horrível ‘cidade perdida’; úmida morada de múmias, morcegos, escorpiões e caranguejeiras. E então a sequência final: aqui o auto referido Spielberg faz desabar a montanha do ‘Gral andino’ e de seu interior decolar (‘ET is back’!) um gigantesco disco voador – mais do que suspeita semelhança com ‘Eram os deuses astronautas’, do lunático Von Däniken, e com a crônica

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Babylõniaká (História da Caldéia) de Bérose, sacerdote de Bel-Marduk (330 a. C.), vagamente referida por Platão, segundo a qual o homem primitivo foi visitado pelos akpalos, extraterrestres pisciformes, que lhes transferiram o conhecimento para despertar da Humanidade nas terras do atual Iraque.Infelizmente, para a teoria da conspiração, o informante de Brugger foi tal de ‘Tatunca Nara’, que em 1972 se apresenta como filho de um chefe indígena e de mãe alemã, ‘refugiada nazista’. Mas ‘Tatunca Nara’, que fala alemão sem sotaque, estava mal parado na foto: no final dos anos 80 a BKA, Polícia Federal alemã, reconhece o cidadão Günther Hauck com bronzeado de urucum, na roupagem do falso índio – alemão nascido em 1941 em Coburg, na Baviera, procurado por dívidas de pensão alimentícia e por isso escondido, desde a década dos anos 60, em Barcelos, no Amazonas. Mediante declaração cartorial, emitida em 2003, ‘Tatunca Nara’, que já se naturalizou brasileiro, assume sua condição de ‘doente mental’ – foi a segunda morte de Karl Brugger.Impassível, a inconfidência esotérica insiste que a ‘expedição amazônica nazista’ teria ocorrido entre 1942 e 1943, e que em 1984 Brugger foi liquidado como ‘queima de arquivo’. Mais aceitável é a hipótese de que Brugger tenha sofrido um assalto banal: levou um tiro quando esticou a mão ao bolso traseiro da calça. Certamente queria apanhar a carteira de dinheiro, mas o pivete fez outra leitura, pensou que seria uma arma – gesto fatal, mas não improvável para quem já vivia há mais de dez anos no Rio de Janeiro. E desde então ‘os nazistas’ povoam a ‘cidade perdida dos Incas’, esculpida no subsolo da Amazônia, à qual Spielberg se mudou, sem pagar aluguel”.Os cientistas não são os únicos que enriquecem ao explorar o desconhecido. Karl Brugger, nascido em 1942, depois de completar os seus estudos de história e sociologia contemporânea, foi para a América do Sul como jornalista e obteve informações acerca de Akakor. Desde 1974 que

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João Fernandes da Silva JúniorBrugger é correspondente das estações de rádio e televisão da Alemanha Ocidental. Atualmente, é considerado um especialista em assuntos que dizem respeito aos Índios.Em 1972, Brugger encontrou Tatunca Nara, filho de um chefe índio, em Manaus, na confluência do rio Solimões com o rio Negro, isto é, no início do Amazonas. Tatunca Nara é chefe dos índios Ugha Mongulala, Dacca e Haisha.Brugger, investigador escrupuloso, ouviu a história inacreditável, mas verdadeira que o mestiço lhe contou. Depois de ter verificado tudo conscienciosamente, decidiu publicar a crônica que tinha registrado no gravador.Como estou habituado ao fantástico e sempre preparado para o extraordinário, não me emociono facilmente, mas devo confessar que me senti invulgarmente impressionado com A Crônica de Akakor tal como me relatou Brugger. Abre uma dimensão que obriga os céticos a verificar que o inconcebível é muitas vezes possível.Incidentalmente, A Crônica de Akakor foca precisamente o quadro que é familiar aos mitologistas de todo o mundo. Os deuses vieram ‘do céu’, instruíram os primeiros humanos, deixaram atrás de si alguns misteriosos instrumentos e desapareceram novamente no ‘céu’. Os desastres devastadores descritos por Tatunca Nara podem ser relacionados até ao mínimo pormenor com Os Mundos em Colisão, de Immanuel Velikovsky, as suas extraordinárias descrições de uma catástrofe mundial e mesmo as referências às datas são simplesmente espantosas. Igualmente, a afirmação de que certas partes da América do Sul são cortadas por passagens subterrâneas não pode chocar nenhum conhecedor do assunto. Num outro livro referi-me ter visto as tais estruturas subterrâneas com os meus próprios olhos, A Crônica de Akakor dá resposta a muito do que é apenas aflorado noutros trabalhos sobre assuntos semelhantes.Veja o conteúdo completo do livro de Brugger no endereço abaixo.

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Hiram Reis e Silva é Coronel de Engenharia, professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS), acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB), membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS) e colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional. Como podem ver este artigo responde ao arqueólogo Aurélio M.G de Abreu, pena que o mesmo acredito ter falecido, apesar de não ter provas concretas, pois não consegui achar nota sobre seu falecimento, mas em alguns tópicos de comunidades no Orkut li, o saudoso, supondo que o mesmo faleceu, tendo a resposta, encontrou ainda outro testemunho que definitivamente bati o martelo e defini o fim desta historia:Vou transcrever apenas as partes que agregam ao artigo:NOTA DE FALECIMENTO COM PESAR-Faleceu nesta Madrugada João Américo Peret. "O ESPIRITO FALA POR SI". GRATIDÃO RESPEITO E NOSSO MAIS PROFUNDO SENTIMENTO À PARENTES, IRMÃOS, AMIGOS. COM CERTEZA UMA FAMILIA INFINITA ‘PERET’! ONTEM, HOJE E SEMPRE!João Américo Peret trabalhou na equipe de sertanistas do SPI/FUNAI (1950-70), conviveu com o Marechal Rondon e foi discípulo de Malcher, Heloisa Torres e Eduardo Galvão. Colaborador de vários antropólogos em pesquisa nas aldeias indígenas, o carioca João Américo Peret foi colega e conviveu com os sertanistas irmãos Villas Boas, Francisco Meirelles e Gilberto Pinto. Realizou contatos com índios isolados e teve ativa participação na vida de milhares de índios brasileiros, ao criar postos de assistência e indicar áreas que deveriam ser convertidas em Reservas Indígenas. Em 1968 encontrou a “Expedição Calleri”, então desaparecida no Amazonas. Realizou inquéritos, sindicâncias e pesquisas nas aldeias visando melhorar a administração e assistência aos índios. Esteve no Monte Roraima e nas malocas de Raposa e Serra do

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João Fernandes da Silva JúniorSol em Roraima. Após deixar a Funai continuou auxiliando os índios com projetos voltados às suas aldeias. É arqueólogo, escritor, jornalista, acadêmico, roteirista cinematográfico, fotógrafo. Participou da exposição “500 anos de Brasil” no exterior e criou uma ilustração para a moeda de prata comemorativa de cinco reais e para a cédula de dez reais de plástico, cuja imagem traz ilustração de um índio. Ao lado do também legendário Darcy Ribeiro, participou da criação do Museu do índio e da criação da Comissão Pró-índio, no Rio de Janeiro onde reside. Atualmente, João Américo Peret participa do Movimento em Defesa da Economia Nacional (MODECON); Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), organização voltada às questões indígenas e problemas de fronteiras. Peret escreveu um artigo com exclusividade para Via Fanzine, intitulado, "Massacre: Raposa Serra do Sol".VF: Bem, nossos leitores querem saber: O jornalista alemão Karl Brugger, narra no livro “A Crônica de Akakor” que conheceu na Amazônia, o índio Tatunca Nara, em 1972. E este lhe contou as histórias incríveis que são temas do seu livro. No relato de Tatunca Nara, seres celestiais desceram em naves douradas e fundaram três fortalezas, Akanis, Akakor e Akahim, na região do alto Rio Negro. O senhor sabe algo a respeito?JAP: Conheci o “índio” Tatunca Nara, em 1979, na cachoeira da Aliança, do Rio Padauiri, afluente esquerdo do Rio Negro (AM). Gravei em fita cassete sobre suas histórias rocambolescas. Sobre pirâmides e cidades subterrâneas, monges espaciais, equipamento de comunicação intergaláctico. Ele dizia que seu pai seria um sacerdote Inca que atacou um convento e raptou uma freira alemã, que é sua mãe, cresceu como príncipe numas ruínas Incas, no Acre. Essas histórias contadas de “boca em boca”, atraiam pesquisadores, como o arqueólogo Roldão Pires Brandão que há anos fazia expedições ao Pico da Neblina, procurando localizar “cidades perdidas”. Tatunca Nara trazia turistas estrangeiros e faturava (US$...). Quando o explorador francês “Jack Cousteau” pesquisou o Rio

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Amazonas, foi com Tatunca Nara, de helicóptero, “ver as pirâmides”. Mas tudo continuou em segredo. Parece que o único autorizado a escrever sobre o assunto foi Karl Brugger com o livro: Die Chronik von Akakor (Econ verlag Gmbh, Dusseldorf und Ween, 1976). Traduzido sob o título “A Crônica de Akakor”.Direitos de tradução, a Livraria Bertrand Sarl, Lisboa, 1980. Prefácio, Erich von Däniken. Que tal uma entrevista especial, abordando somente sobre a “Pirâmide e cidades subterrâneas, que só o Tatunca Nara tem o segredo?”.VF: Sugestão aceita! No entanto, alguns leitores desejam saber se o senhor conhece lendas indígenas, dando conta de homens descidos dos céus, a bordo de reluzentes astronaves? Sabemos que o senhor estudou de perto o mito indígena Bep-Kororoti que, encarado pelos pesquisadores da ufologia, tratava-se de um alienígena que manteve contato com os indígenas.JAP: Realmente, quando estive com os índios Kayapó, em companhia do famoso sertanista Francisco Meireles, e indigenista Cícero Cavalcante, em 1962 fotografei um ritual desses índios sobre o herói mítico Bep-kororoti, o guerreiro do espaço, cuja vestimenta de palha era muito parecida com o macacão dos astronautas que, somente dez anos depois, vieram ao conhecimento público. Portanto se alguém copiou esse traje espacial, foram os astronautas modernos. Essa é outra história longa e bonita. E segundo os índios, as provas materiais são as ruínas zoomorfas com inscrições rupestres na Serra Pukatoti, (PA), que visitei na década de 50. Publiquei reportagem sobre Bep-kororoti na revista “O Cruzeiro” (ano XLIV, de 29/03/1972, n.13p/20-24), quando Erich von Däniken, lançou o filme e livro: “Eram os Deuses Astronautas”. Däniken insistiu em filmar o ritual Bep-kororoti. Não aceitei porque raramente fazem o ritual, e não iria induzir os índios a fazer “teatro” com seu ritual sagrado. Von Däniken transcreveu em seu livro Semeadura e Cosmo (págs. 109 a 113) minha reportagem sobre o Bep-kororoti.

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João Fernandes da Silva JúniorVF: Caro Peret, muita gente deseja saber sobre as tais pirâmides amazônicas e 'cidades dos extraterrestres' que só o Tatunca Nara conhece... O senhor comentou que esteve naquela região, inclusive, investigando a existência das mesmas. Afinal, elas existem? Ou Tatunca Nara era apenas um falastrão?JAP: Preciso citar a ABEPA (Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas Arqueológicas), fundada em 30/05/1958, sob o nº1026-RJ, pelo nosso presidente professor Roldão Pires Brandão. Foi ali que eu soube da existência do índio ugha mongulala, o Tatunca Nara, em 1979. O professor Roldão me contou que, “Conheci o Tatunca Nara, ele é guardião das pirâmides e cidades subterrâneas no Amazonas. Ficam nas cabeceiras do rio Padauiri, no alto rio Negro. Ele me pediu segredo; Vai pedir ao grão sacerdote ugha mongulala para me levar lá. Mas falou do perigo de encontrarmos índios canibais... Preciso de você para amansar os índios. Vou a Manaus conseguir recursos para a expedição”.VF: O senhor acreditou nessa história? Achou que poderia ser verdade?JAP: Não. Não havia registro de índios canibais no Brasil de hoje. No ciclo das grandes descobertas nas Américas, inúmeras expedições passaram na região norte do Amazonas: Philipp Von Hutten, Charles Frederick Hartt, Theodor Koch-Grünberg, Cristóbal d’Acunha, La Condamine e outros. Só encontraram material cerâmico, cestaria, madeira, contas, conchas e inscrições rupestres. Os Cambeba do rio Solimões, migrados do Peru, possuíam raros objetos de cobre e tecelagem incaica. Os Tukano do Rio Negro tinham raros folhetos de ouro como brincos e colares. Eu conhecia a Serra Curi-Curiari – “Bela Adormecida”, em São Gabriel da Cachoeira, tida como o “Portal” para o Eldorado... De resto só as “ficções científicas”, como “Eram os Deuses Astronautas?”, de Erich von Däniken. No seu livro “Semeaduras e Cosmos”, ele transcreveu minha reportagem, intitulada “Bep-kororoti o guerreiro do espaço” uma lenda Kayapó.

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VF: Certamente o senhor se tornou famoso, pois os livros de von Däniken são traduzidos em muitos idiomas.JAP: Pode ser... Mas não ligo. Em julho de 1979 o professor Roldão detonou a notícia de que havia descoberto as “Pirâmides do Amazonas”. Assim, atraiu a imprensa do Brasil que alugava pequenos aviões para fotografar as pirâmides. Mas, devido a serração, as fotografias não tinham boa definição. O Roldão me telefonou dizendo, “Venha logo, os estrangeiros estão saqueando as relíquias arqueológicas. O suíço Ferdinand Schmid foi preso contrabandeando cerâmica do rio Padauiri. Estou voltando para a região com dois agentes da Polícia Federal com metralhadora, um monge para conversar com os sacerdotes guardiões, um etnólogo e o índio mongulala Tatunca Nara”.VF: Sim, eu tinha uns 15 anos na época e me lembro desses boatos que tomaram conta da imprensa. Mas, o senhor viu as tais pirâmides?JAP: Vamos por partes, porque o professor Roldão saiu numa expedição aparatosa com pessoas inexperientes; ficou estressado e num movimento brusco com uma carabina ela disparou acertando seu pé. Regressaram a Manaus e ele me chamou. Cheguei a Manaus no dia 17/09/1979, juntamos o que sobrou de material e viajamos de carona num barco até o Rio Padauiri. Na Cachoeira da Aliança, ele me apresentou a um individuo que falava português com forte sotaque alemão: Era o índio mongulala Tatunca Nara de quem falei... Surpreso, não contive a expressão: “Mas ele é um Alemão!...”. E o Tatunca tentou de todas as formas me convencerem do que era óbvio. Convidou-me para ir a sua casa onde conheci sua esposa dona Anita, o casal de filhos loiríssimos e turistas falando alemão, examinando mapas de uso das Forças Armadas. No retorno da nossa hospedaria, ele parou a canoa no rebojo da cachoeira e contou uma estória rocambolesca que gravei em fita cassete e autorizo a reprodução a seguir.

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João Fernandes da Silva JúniorVF: Como vimos Tatunca Nara, falou ao jornalista Karl Brugger em seu livro “Die Chronik von Akakor” (“A Crônica de Akakor”, 1976). Mesmo não tendo comprovações de suas afirmações, muita gente acreditou nessa história e o escritor ganhou muito dinheiro com isso. Tornou-se célebre...JAP: Tatunca Nara disse que foi enganado por Karl Brugger. O jornalista o teria levado para entrevistar e fotografar em Manaus, e disse: “Karl me prometeu mundos e fundos, eu ia ficar famoso, rico. Não me pagou. Perdi tempo e gastei dinheiro... Mas sei onde ele mora no Rio de Janeiro. Ele vai levar o troco!...”. Eu não sabia do livro. Mas em 18/08/80 o amigo Francisco Villas-Boas o autografou para mim.VF: E o Tatunca Nara se identificou bem com o professor Roldão Pires Brandão? Ele levou sua expedição para conhecer as tais pirâmides?AJP: O Tatunca me falou: “O Roldão disse que era um cientista, que era paranormal e sabia onde estavam as ‘pirâmides’. De outra vez, trouxe a Polícia Federal para me obrigar a levá-los até as pirâmides. Dei voltas com eles pelo mato até cansarem e desistirem. O Roldão perdeu as estribeiras e terminou provocando um acidente com uma arma e acertou o pé. Minha mulher que estudou medicina e trabalhou no Projeto Rondon, tratou dele. Agora falou maravilhas do senhor como indigenista. Eu estou de mudanças para Barcelos, não posso ajudar”. O senhor Marcionilo Ribeiro, empresário de piaçaba nos acolheu no galpão, com os peões e quatro índios Yanomami, que o ajudava. Ele nos emprestou dois índios como guias. Acima da cachoeira grande, com dois dias de viagem, os trabalhadores ficaram. Prosseguimos numa canoa menor. O rio era estreito, encachoeirado e obstruído com árvores caídas. Localizamos uma trilha na margem, só podia ser do Tatunca Nara. Acampamos. Combinamos que o Roldão ficaria devido o pé machucado. Em conversa ele informou: “O Tatunca Nara comentou que as Pirâmides só eram avistadas ao Por do Sol...”. Fizemos pesquisas, mas não encontramos materiais cerâmicos. No dia seguinte, seguimos pela trilha que subia a Montanha.

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Ao meio dia chegamos a um platô que estaria a uns 800 metros de altitude. Ali seria o acampamento do Tatunca Nara, quando atendia turistas. Podíamos descortinar até a linha do horizonte, e as nuvens formavam um lastro sobre a copa das árvores.Identificamos a Serra Tapirapecó que formava um semicírculo na direção Nordeste e chegava a Cordilheira Curupira, bem ao nosso lado, com mais de 1200m de altura. A vista era uma deslumbrante obra da natureza; tinha que ser sacrossanto para nós simples mortais.VF: E então, sua expedição chegou até as pirâmides do Amazonas?JAP: O sol foi baixando no Oeste e as nuvens foram se dissipando. Mais ou menos a uns 12 km apareceram os picos das “pirâmides” do professor Roldão Pires Brandão, na realidade do Tatunca Nara, o “índio” ugha mongulala. Por fim elas apareceram de todo, e era tão grandioso que a Gizé, a Miquerinos, e Quéops, poderiam ser riscadas do mapa como maravilhas do mundo. Porém, as “pirâmides do amazonas” tinham dimensões gigantescas entre 600m de altura e uns 2500m de extensão. Também podíamos avistar uma infinidade de pirâmides, pois com o sol se pondo no Oeste, todos os picos projetavam a sombra piramidal para o Leste... (risos).VF: Depois dessas três expedições do professor Roldão Pires Brandão, fracassado, como ele reagiu diante dessa notícia desagradável?JAP: Realmente essas expedições precipitadas (Roldão tinha medo que alguém a divulgasse antes dele) causaram estresse no ancião. Foi um golpe na sua carreira de arqueólogo respeitável, ao ponto de irritar até os companheiros de pesquisas. Quando lhe demos a notícia de que não havia nada a vista. Roldão saiu-se com esta: “Fiquei mentalizando, e os mestres espirituais, de luz, disseram que nem o Tatunca Nara era nome verdadeiro”. Pela manhã do dia seguinte, ele ainda comentou desolado: “Se eu estivesse em condições de andar, iria até lá tirar uma lasca daquela pedra, só para ter certeza que não era construção de

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João Fernandes da Silva Júnioralguma civilização...”. Eu tinha certeza que aquelas elevações eram naturais. Participei da chefia de logística operacional do Projeto RADAMBRASIL que pesquisou os recursos naturais do solo da Amazônia.VF: O senhor tomou alguma providência para desmentir as maquinações do senhor Tatunca Nara? Colocou para o jornalista e escritor Karl Brugger, sobre a verdade dos fatos?JAP: Publiquei reportagem no jornal A Crítica, de maior circulação em Manaus, e de circulação em outros estados. Minha surpresa foi chegar à redação numa segunda feira, e o plantonista de sábado me comunicar: “Atendi um cidadão dizendo chamar-se Tatunca Nara, ele disse que voltava hoje para matar você...”. Chamamos a polícia, mas ele não apareceu... Vez por outra saem matérias abordando maquinações do Tatunca Nara. Ele já mereceu destaque no programa de televisão, “Globo Repórter”, como suspeito no desaparecimento de uma jovem turista estrangeira. Foi falado também, que Tatunca Nara seria um desertor de navio alemão que aportou em Manaus. Mas ele continua morando em Barcelos/AM e recebe turistas para conhecer as “pirâmides”.VF: Mas esta não foi a primeira vez que o senhor desvela o “mito” Tatunca Nara em público...JAP: Publiquei entrevista comentando o livro “A Crônica de Akakor”, do jornalista Karl Brugger, em jornais do Rio de Janeiro. O jornalista “exigiu o direito de resposta – lei de imprensa”. Foi concedido. Mas não há como contestar o óbvio. Anos depois a imprensa noticiou que o Sr. Karl Brugger, fora assassinado por um “mendigo” ao sair de um bar, em Copacabana...VF: Então, toda essa história de Akakor e pirâmides do Amazonas que pode ser encontrada em muitos sites, livros e revistas de ufologia, não passa de mais uma tenra “maionese”... Em verdade, Tatunca era somente um desertor de um navio alemão que passou pela região e tentou se passar por “índio visionário”, associado ao escritor Karl Brugguer, outro

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alemão... Mas, como ele conseguiu montar uma história com termos e elementos nativos que convenceu tantas pessoas?JAP: Não sei se ele convenceu muitas pessoas ou somente as que desejaram ser convencidas. Para o teu conhecimento, os índios são muito brincalhões e podem ter colocado o Tatunca Nara numa fria, quando ensinaram a ele algumas palavras do idioma local. Por exemplo, akakor, quer dizer disenteria. Mongulala é fazer sexo. E Akahin é banhar-se no rio...VF: Com certeza, esta foi uma história "para alemão ver"... Agradecemos pela entrevista e desde já, pedimos que nos concedesse uma próxima, para abordarmos detalhes pendentes dos assuntos aqui tratados, a exemplo do viajante das estrelas dos caiapós, o Bep-Kororoti, bem como outros assuntos.JAP: Combinado. Será concedida. Obrigado a você e sua equipe. Deixo minha cordial saudação a todos os seus leitores.Suposta pirâmide Tatunka Nara fantasiado de índio e depois com roupas sociais.E por ultimo encontrei mais verdades, sobre como pesquisei, este falsário que enganou muitos e achei sua historia revelada em um blog:Tatunca Nara: Índio ou alemão? - A história pode parecer ridícula, mas até hoje são encontradas ruínas incas próximas às fronteiras do Brasil. Brugger escreveu que “A história de Tatunca Nara só começou a parecer plausível quando, numa outra vez, encontrei um amigo, o oficial brasileiro M. Era membro do serviço secreto e fazia parte do ‘segundo departamento’. (...) A história de Tatunca Nara está documentada em jornais e começa em 1968, quando um chefe índio branco é mencionado por ter salvado a vida de doze oficiais brasileiros obtendo a sua libertação dos índios Haisha e levando-os para Manaus. Devido ao auxílio que prestou aos oficiais, Tatunca Nara foi recompensado com uma carteira de trabalho e um documento de identidade”.O livro foi lançado em vários países, mas Brugger foi assassinado em 1984 no Rio de Janeiro. O processo conta que

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João Fernandes da Silva Júniorele e Tatunca estariam brigando pelos lucros da publicação. Gunther Hauck (nome verdadeiro do suposto índio) também foi acusado pela morte de outras 3 pessoas: do americano John Reed, em 1980; do suíço Herbert Wanner, em 1984; e da alemã Christine Heuser, em 1987. O padre Casimiro, missionário salesiano de Manaus especialista em línguas indígenas, foi encarregado de traduzir o que Tatunca falava em 1971, quando estava sob custódia dos militares. O religioso percebeu que, além de ser incapaz de se expressar como um índio, ele tinha sotaque germânico – minutos depois, o prisioneiro começou a falar alemão fluentemente. A ex-esposa alemã de Tatunca, Christa, foi trazida ao país em 1989 pela revista alemã Der Spiegel, encontrou o ex-marido e o reconheceu, mas ele negou ser Hauck, já que tem documentos brasileiros afirmando que ele realmente seria índio.Ligações com a guerrilha e com os órgãos de repressão da ditadura militar - De acordo com João Bosco Valente, da Procuradoria Geral do Estado do Amazonas, Tatunca pode ter adquirido o documento com a ajuda de alguém das forças armadas, pois ele morou em alojamentos militares, quando pode ter sido usado como agente infiltrado na guerrilha pelo exército brasileiro. O governo do Peru chegou até a pedir a sua extradição e, por ordem do governador do Acre, Tatunca foi preso em 1972. Mas, segundo Brugger, “Pouco antes da sua extradição para o Peru, os oficiais seus amigos libertaram-no da prisão de Rio Branco e tornaram a levá-lo para Manaus”. Um documento da procuradoria relata que o falsário usava mão-de-obra indígena em regime de exploração na colheita da piaçava, que ele trocava com os índios por bugigangas, e também que ele foi informante do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna, onde eram torturados os que se opunham à ditadura militar), do SNI (Serviço Nacional de Informações) e do CMA (Comando Militar da Amazônia) a partir de 1972: “... neste último tendo contato íntimo com o então Major Thaumaturgo, hoje General, que na época ajudou a criar a estrutura da 7ª

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Seção do CMA. Tatunka passava informações à respeito da atuação de funcionários da FUNAI, de políticos e do então prefeito de Barcelos, de nome Manoel”. Valente interrogou mais de 20 pessoas, inclusive Gunther e sua esposa brasileira, Anita, e disse que a Polícia Federal brasileira entrou no caso bem antes do ministério público, mas por algum motivo desconhecido, não prosseguiu com as investigações. Numa reportagem feita pelo Fantástico em 1990, o diretor-geral da Polícia Federal Romeu Tuma garantiu que, se Hauck realmente fosse um homicida, seria julgado pelo código penal brasileiro, e que se fosse comprovado o crime de falsidade ideológica, podendo inclusive cumprir a pena no Brasil antes de ser deportado. Entretanto, o alemão continua livre até hoje.

Segundo Tatunca Nara, em entrevista no ano passado, pelo menos 80% do livro seria uma mentira criada por Brugger, Alegação que não procede, já que Hauck gravou o relato em fitas que viraram um programa de rádio. Existem registros, na prisão da cidade alemã de Nuremberg, de que o falsário já usava a alcunha de “Tatunge Nare” na Alemanha, antes de fugir para o Brasil em 1968. E, muitos elementos da história criada por Gunther para construir a lenda de Akakor encontram-se em obras da literatura da primeira metade do século passado. Segundo um morador de Barcelos não quis se identificar, o falsário teria inventado a história para que os turistas bancassem sua busca por diamantes, e em uma entrevista exclusiva, Tatunca disse que muita gente já morreu indo atrás dele e confirmou: “Eu não posso nem vender um diamante!”. Sua esposa Anita, que repetiu para o explorador Jacques Costeau as mentiras contadas pelo marido, é ligada à prefeitura do município de Barcelos, capital nacional do peixe ornamental aonde certos espécimes chegam a valer US$ 5 mil no mercado negro, e Tatunca já foi citado em jornais por envolvimento com a biopirataria, além de ter sido ser citado numa CPI de biopirataria ao ser pego pela Polícia Federal com

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João Fernandes da Silva Júnioruma coleta de 350 peixes e plantas junto a outros 6 “turistas” alemães. Mesmo assim, Tatunca continua guiando estrangeiros com autorização do IBAMA na região onde estariam as supostas pirâmides, nas montanhas do alto rio Padauari, entre o Amazonas e a Venezuela, local onde ele também enganou Jacques Costeau e a revista Veja.Onde Tatunca Nara dizia estar Akakor, existe Chan Chan, a capital do império Chimu, declarada pela UNESCO como Herança Cultural da Humanidade, com uma importância comparável às do Egito, Mesopotâmia, Índia, China e de Teotihuacán no México. A cidade, que fica a 15 km da fronteira do Peru com o Brasil, foi escavada nos anos 60.Mas Tatunca agora nega a existência das cidades perdidas. Questionado quanto às ruínas de Chan Chan e a outros achados arqueológicos recentes, Tatunca mudou novamente de opinião e respondeu que “pode até demorar, mas a verdade sempre aparece”. Mentiras e informações desencontradas à parte, a maioria dos documentos escritos pré-colombianos foi destruída pela Igreja Católica, e o grande público sabe muito pouco sobre o que se passou por aqui antes da chegada de Colombo em 1500.Infelizmente, a impunidade poderá causar ainda mais mortes, e a escassez de provas históricas concretas unidas à desinformação continuará gerando mais polêmicas...Por fim ai está à verdade sobre esta história que ficou mal contada e que para pessoas que como eu, que vivem longe desta região e não sabiam bem a verdade, espero que tenham gostado desta grande história, desta vez com começo, meio e fim.

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III – Vestígios Alienígenas

A

UMA NOITE DENTRO DA GRANDE PIRÂMIDE

Os gatos sonolentos do Cairo abriram seus olhos verdes e, bocejando, espreguiçaram-se com toda sua graça felina, estirando suas patas felpudas. Caía o dia, e com o crepúsculo começavam as atividades próprias da sua espécie: as miadelas amistosas, a busca de alimentos, a caça de ratos, brigas e amorosas conquistas. Com a chegada do crepúsculo, começou também a atividade mais estranha da minha existência, embora fosse vivida em silêncio.

Estava decidido a passar a noite inteira dentro da Grande Pirâmide e permanecer doze horas na Câmara do Rei, desperto e alerta, quando as sombras estivessem atravessando com seu passo o continente africano. Finalmente ali estava eu, instalado no recinto mais raro e mais estranho que jamais fora construído na terra.

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João Fernandes da Silva JúniorNão me foi fácil chegar àquele momento tão desejado. Descobri que, embora acessível ao público, a Grande Pirâmide não era de propriedade pública; pertence ao governo egípcio, e não se podia entrar no seu interior e passar uma noite no melhor dos seus recintos, como não se pode entrar numa casa alheia e passar a noite no melhor dos seus dormitórios, sem mais nem menos.

Para visitar a Pirâmide tem que se pedir licença ao Ministério de Antiguidades e pagar cinco pilastras pela entrada. Fui, pois, ao Ministério e com todo o otimismo solicitei a licença de passar uma noite na Pirâmide. Se eu tivesse pedido licença para viajar à lua, a fisionomia do funcionário que me atendeu não teria demonstrado maior espanto.

Dei-lhe então uma breve explicação para justificar meu pedido. A surpresa cedeu lugar à mofa; o homem sorriu. Compreendi que ele me considerava um candidato pronto a ingressar numa certa instituição da qual poucos queriam ser hóspedes. Finalmente disse:

“É a primeira vez que se me faz semelhante pedido; não creio ter qualificações para lhe dar a autorização que solicita.”

Mandou-me a outro funcionário de maior hierarquia do mesmo Departamento, em cuja entrevista se repetiu a cômica cena anterior. Meu otimismo começava a desvanecer-se. “Impossível!”, exclamou

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esse segundo funcionário, com toda amabilidade, mas categoricamente, pensando ter diante de si um louco inofensivo. Sinto muito, acrescentou, “mas não é costume...” - Encolheu os ombros sem terminar a frase.

Levantou-se para me despedir, e ver-me longe dali.

Então, minha experiência de jornalista, adormecida durante tantos anos, mas não extinta, entrou buliçosamente em ação. Comecei a discutir e, de modos diferentes, repetir meu pedido com insistência, resistindo em abandonar a sala. O homem, finalmente, conseguiu livrar-se da minha presença, dizendo que o assunto não competia à jurisdição do Departamento de Antiguidades.

Perguntei então a quem competia dar-me a permissão. Não estava bem seguro o funcionário; contudo, aconselhou a dirigir-me à polícia.

Julguei que meu pedido era, no melhor dos casos, excêntrico e, no pior, suficiente para me classificar de maluco. Mas não podia desistir. A decisão de levar a cabo meu propósito se converteu numa verdadeira obsessão.

Na Delegacia de Polícia descobri uma Seção de Licenças. Pela terceira vez implorei que me permitissem passar a noite na Pirâmide.

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João Fernandes da Silva JúniorO oficial que me atendeu, não sabendo o que fazer comigo, optou por mandar-me falar com o seu chefe. Este me pediu que aguardasse para resolver o assunto. Quando, no dia seguinte, voltei esperançoso, anunciou ter encaminhado meu pedido ao Ministério de Antiguidades!

Regressei ao domicílio, desesperado por não haver conseguido meu intento.

Todavia, “às dificuldades são feitas para serem vencidas”, diz o adágio, cuja singeleza não diminui sua inegável verdade. Minha deliberação seguinte foi pedir uma entrevista ao comandante e chefe da polícia do Cairo, o atencioso El Lewa Russel Pachá. Saí da entrevista com uma ordem escrita em que o chefe me recomendava ao comissário da zona onde se acha a Pirâmide, para que me fosse facilitada toda ajuda necessária ao meu intento.

E assim, numa tarde, apresentei-me ao comissário da polícia divisional de Mena, o major Mackersey. Assinei meu nome num livro que me indicaram com o que a polícia se fazia responsável por minha segurança até o dia seguinte. Um agente recebeu o encargo de me acompanhar à Pirâmide e ordenar ao guarda armado, de sentinela diante do monumento, que ficasse ali durante a noite.

“Corremos um grande risco deixando o senhor só dentro da Pirâmide toda a noite – bramiu com certo

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humor o major Mackersey, ao nos despedirmos. O senhor não vai explodi-la, vai?”

- Prometo-lhe não somente isso, porém que não me deixarei levar pelos ares com ela!

“Temos que zelar pelo senhor. E como sempre fechamos à chave a grade de ferro da entrada, ao anoitecer, o senhor terá que ficar nosso prisioneiro durante doze horas!”

- Formidável! Neste momento prefiro essa prisão a qualquer outra residência!

O caminho que leva à Pirâmide é ladeado de árvores copadas de LEBBECK; de quando em quando, nas clareiras aparece uma casa à beira da estrada, que no seu trecho final vai subindo, gradativamente, acabando numa íngreme encosta do planalto onde se encontram as Pirâmides. Enquanto percorria aquele trecho, ia pensando se já acontecera no decorrer dos séculos a algum dos numerosos viajantes seguirem aquele mesmo caminho para missão tão estranha quanto a minha.

Subi a pequena colina do lado ocidental do Nilo, onde a Grande Pirâmide e sua fiel amiga, a Esfinge, e montam guarda silenciosa sobre a África do Norte.

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João Fernandes da Silva JúniorO gigantesco monumento aumentava diante de mim, à proporção que me aproximava andando pelas areias e pedras. Contemplei, mais uma vez, os flancos triangulares e inclinados daquela obra arquitetônica, a mais antiga que se conhece atualmente no mundo; segui com o olhar esses enormes blocos, da base ao ápice, cuja perspectiva reduz o tamanho à medida que se vai distanciando. A perfeita simplicidade da sua construção, a ausência total de qualquer adorno, a exclusividade da linha reta, são detalhes que não desmerecem de forma alguma a majestosa grandeza da sua criação.

Entrei na silenciosa Pirâmide pela abertura que havia sido descoberta pelo Califa Al Mamun, e comecei minha investigação da estrutura titânica, não pela primeira vez, sem dúvida, mas, sim, pela primeira vez com intenção tão estranha quanto a que me havia arrastado para o Egito, pela segunda vez. Após avançar um trecho, cheguei ao final da brecha horizontal feita pelos homens do Califa, e passei pelo corredor da entrada original.

Com a tocha na mão, a cabeça quase tocando os joelhos iniciei minha descida pela passagem estreita, baixa, resvaladiça e comprida, na continuação do primeiro corredor. Minha estranha posição era sumamente incômoda e o declive do chão de pedra obrigava a acelerar a velocidade na descida.

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Querendo ficar mais tempo na Câmara do Rei, comecei por fazer um exame minucioso da lúgubre zona subterrânea, cujo acesso havia sido interceptado nos últimos tempos por uma comporta de ferro, para evitar, provavelmente, que o público a visitasse e saísse dali semiasfixiado.

Veio-me à memória um velho adágio latino: “Facilis descensus averni” (1), porém, desta vez havia nessas palavras humor sarcástico. A luz amarelada da tocha deixava-me ver apenas pedras envolvendo-me por todos os lados. Ao fim de certo tempo, percebi um pequeno patamar à minha direita, que oferecia possibilidade de repouso, e deitei-me para descansar da minha posição incômoda. Descobri que aquela saliência não era mais do que a terminação daquela cova chamada Fossa, que descia desde a encruzilhada da passagem ascendente com a Grande Galeria. O nome de Fossa se conservou e, durante dois mil anos, se acreditava que no fundo dela havia água. Quando Caviglia mandou limpá-la dos escombros milenares, descobriu-se que o fundo estava completamente seco.

Essa passagem era ainda mais estreita do que a outra. Toscamente cavada na sólida rocha, era tão baixa que chegava a roçar minha cabeça; havia nela pequenas cavidades, paralelas que serviam de apoio na relativamente perigosa subida.

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João Fernandes da Silva JúniorLeva através de uma desigual, tortuosa e longa extensão, e desemboca num recinto cavado na pedra em forma de uma abóbada, conhecido agora sob o nome da Gruta, que marca o nível do planalto rochoso no qual foi levantada a Pirâmide. A Gruta, parcialmente feita por alargamento natural da brecha existente na rocha, parecia ter sido cavada na alvenaria e não construída com blocos de pedras como todas as demais passagens subterrâneas. Essa parte onde estava a Fossa diminuída de largura, dificultando mais ainda a subida.

Finalmente consegui atravessar, e saí pela escabrosa e irregular abertura da boca da Fossa, que liga o extremo nordeste à Grande Galeria.

Por que foi aberta aquela Fossa no corpo maciço da Pirâmide? A pergunta surgiu automaticamente e, quando ela girava no meu cérebro, de súbito me veio a resposta. Os antigos egípcios que encerraram a história da Pirâmide, ao retirar-se, taparam com três monstruosos tampões de granito a entrada da Grande Galeria e das Câmaras, idealizando uma via de escape para que eles próprios não ficassem presos, sem possibilidade de saída.

Eu sabia, por minhas próprias investigações, que a Fossa e a Gruta haviam sido escavadas na época da construção da Pirâmide, quando a Fossa não descia tanto quanto a Gruta naquele tempo. Durante milhares

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de anos não havia nenhuma comunicação direta entre as passagens superiores e subterrâneas.

Quando a Grande Pirâmide cumpriu seu misterioso propósito, aqueles que eram os responsáveis fecharam-na. O fechamento havia sido previsto pelos construtores, que deixaram preparados os elementos necessários e até fizeram uma construção especial, no extremo inferior da passagem ascendente, para guardar três tampões de granito.

Os últimos ocupantes da Pirâmide mandaram os pedreiros escavar a seção baixa da Fossa para se assegurarem uma saída. Concluída a tarefa, na retirada não tiveram mais que bloquear a saída recém-cavada da Fossa, onde se une com a passagem descendente, e subir os noventa e dois metros até a entrada original do monumento. Assim, a chamada Fossa que havia sido construída originalmente para chegar à Gruta, por fim tornou-se um meio para deixar a bloqueada Pirâmide.

Retornei pelo acesso mais fácil ao longo túnel em declive, que liga as entranhas da Pirâmide ao mundo exterior, para recomeçar minha descida nas profundezas do rochoso planalto de Gizé. Então, cruzou-se comigo um vulto imenso; de súbito, voltei-me assustado e vi que era minha própria sombra! Nesse lugar fantasmagórico podia-se esperar surgir qualquer coisa, e nada era demasiado estranho para

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João Fernandes da Silva Júnioracontecer. Engatinhando e arrastando-me, venci a distância relativamente curta que faltava para descer à passagem em declive e, com grande alívio, respirei, chegando enfim ao terreno horizontal; estava dentro de uma nova passagem, menor ainda do que a anterior. Avancei arrastando-me uns dez metros e parei diante da entrada do recinto mais estranho que jamais tinha visto a chamada Cova. Tinha quinze metros de largura de parede a parede.

Aquela cova sombria ficava exatamente abaixo do nível, no centro da Pirâmide; dava a impressão de ter sido apressadamente abandonada; de uma escavação que tivesse sido interrompida repentinamente. O teto estava bem lavrado, mas o chão subia e baixava como o de uma trincheira bombardeada. Os antigos pedreiros egípcios costumavam construir as abóbadas escavando na rocha de cima para baixo e deixando o chão para o fim. Por que razão não haviam terminado aquele chão, quando dedicaram mais que uma vida de labor para construir a superestrutura que se levanta na base rochosa, é um enigma arqueológico que ninguém pode desvendar. Aliás, como toda Pirâmide, é uma incógnita indecifrável.

Prossegui, com a luz de minha tocha focalizando através da densa escuridão as desigualdades do solo, e detive-me diante de um profundo precipício, mudo testemunho das escavações dos buscadores de tesouros, que o haviam aberto laboriosa e

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infrutiferamente, um legado dos seus vãos esforços. Um morcego voou sibilando por cima de minha cabeça, fazendo-me sentir o desagradável contato de suas asas, voando na atmosfera rarefeita do ambiente. Notei que a luz da tocha havia despertado outros três morcegos que dormiam no fundo da cova, de cabeça para baixo, nas rugosidades da rocha. Afastei-me, despertando mais dois que dormiam presos ao teto; alarmados e atordoados pela luz com a qual os persegui impiedosamente, com ruído surdo voaram de um lado para outro, até que desapareceram na escuridão da boca da entrada.

Subindo e descendo, cheguei ao outro extremo do recinto, onde percebi uma pequena abertura suficientemente ampla para que o meu corpo passasse, mas tão baixa que só se podia entrar de rojo, o rosto tocando o chão coberto de grossa camada de pó acumulado durante alguns milhares de anos. A tarefa não era nada agradável, mas passei ansioso por conhecer aonde levava o túnel. Após ter-me arrastado uns vinte metros, o túnel acabou bruscamente. Ali também dava a impressão de não ter sido acabado.

Meio asfixiado, retrocedi, às escuras, da sufocante cova; lancei um olhar ao redor do recinto e iniciei minha caminhada de regresso às partes superiores da Pirâmide. Cheguei à passagem em aclive, seguindo em linha reta cento e seis metros cavados na rocha maciça, antes de continuar minha exploração do

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João Fernandes da Silva Júniorcorredor construído em alvenaria. Sentei-me no chão e pela abertura pus-me a observar o céu escuro, como através de um gigantesco telescópio sem lentes. Ali estava a Estrela Polar, ponto prateado bem visível no azul-escuro da noite. Verifiquei a direção com a minha bússola-pulseira: assinalava exatamente o Norte. Aqueles construtores primitivos não somente haviam idealizado uma obra maciça, mas também precisa.

Voltei, arrastando-me pela passagem íngreme e cheguei finalmente ao estreito corredor horizontal que leva à Câmara da Rainha. Mais alguns passos, e estava sob a abóbada de vigas convergentes. Examinei os condutos de ar que subiam as paredes na direção norte-sul. Era uma prova evidente de que a sala não estava destinada a ser um túmulo, mas um recinto de uso para pessoas vivas. Quando no ano de 1872 foram descobertos os condutos, estavam encaixados uns doze centímetros dentro das paredes. Esta descoberta desconcertou muitos investigadores, porque nesse caso não eram canais de ventilação, mas deviam ter servido para qualquer outro uso desconhecido. A melhor explicação desse fato é que em determinado momento e uma vez alcançado seu objetivo, os orifícios e os tubos foram tapados com blocos especiais de pedra, como o fizeram com as passagens superiores da Pirâmide.

Os tubos de ar foram encontrados casualmente por Waynman Dixon, engenheiro civil que estava

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realizando alguns trabalhos nos arredores da Pirâmide. Examinando, por mera curiosidade, as paredes da Câmara da Rainha, avistou que, em certo lugar, uma delas parecia ser oca e ligeiramente danificada. Fez quebrar a parede naquele ponto, e a doze centímetros de profundidade descobriu um pequeno conduto; pelo mesmo processo, então, encontrou outro tubo na parede oposta. Ambos os condutos atravessavam todo o corpo da Pirâmide, fato que se verificou mais tarde mediante sondas de ferro, numa extensão maior que sessenta metros.

Voltei à passagem horizontal e caminhei até o ponto de encontro com a Grande Galeria. Subi lentamente quarenta e cinco metros daquele corredor íngreme, ladeado de morcegos. Enquanto subia, senti-me ligeiramente indisposto pela fome, consequência do meu jejum de três dias. Descansei alguns minutos num degrau de um metro de altura, que marcava o fim da Galeria, o ponto exato por onde passava o eixo vertical da Pirâmide. Dei mais alguns passos para atravessar a Antecâmara, agachei-me para passar por baixo do bloco de granito que barra horizontalmente a entrada, e cheguei à sala mais importante da Pirâmide, a famosa Câmara do Rei.

* * *

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João Fernandes da Silva JúniorAqui também a presença de tubos, cada um com cerca de cinquenta centímetros quadrados, destruía a teoria do túmulo. As bocas não estavam fechadas como as da Câmara da Rainha, mas apenas obstruídas com pedras soltas, que o coronel Vyse teve de tirar para averiguar a natureza dos condutos. É mais provável que a obstrução tivesse sido feita ao mesmo tempo em que as demais operações, quando os últimos ocupantes da Pirâmide quiseram ocultar a disposição interna de sua parte superior.

Projetei a luz da minha tocha sobre as paredes desnudas e o teto plano, admirando mais uma vez a extraordinária perícia com que se uniam os enormes blocos de granito polido, cuidadosamente observando as paredes, examinando, uma por uma, todas as pedras em redor. Os blocos rosados da longínqua Siene foram quebrados aqui e acolá por interessados nos tesouros, deixando enormes fissuras na sua superfície lisa. O chão também testemunhava a busca febril e vã da avidez humana. No lado leste do solo faltava um pedaço de pedra que havia sido substituído por terra socada, e no nordeste um profundo orifício retangular ficou sem ser remendado. Um grande bloco de pedra rugosa, que havia ocupado aquele espaço estava ao lado apoiado contra a parede, por sorte, deixado pelos primitivos árabes. Paralelo ao bloco, a poucos centímetros de distância, estava o sarcófago, um caixão de granito vermelho, polido, sem tampa. Era o único objeto, salvo o bloco, que se podia ver naquela sala de mobília tão escassa.

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Estava colocada exatamente na direção de Norte ao Sul.

O bloco deslocado do chão oferecia possível assento. Sentei-me de pernas cruzadas, disposto a passar ali o resto da noite.

À minha direita, coloquei o chapéu, casaco e sapatos; à esquerda, deixei a tocha, ainda acesa, uma garrafa térmica com chá quente, e outra de água gelada, um caderno de notas e uma caneta Parker. Olhei em redor da sala, detive o olhar no sarcófago, que estava em frente de mim, e apaguei a luz.

Ao alcance da minha mão estava pronta a funcionar, em caso de necessidade, uma possante lâmpada elétrica.

A súbita imersão no escuro trouxe consigo a incerteza do que poderia ocorrer no transcurso da noite. A única coisa que podia fazer nessa estranha situação, era aguardar... Esperar...

Os minutos passavam lentamente, enquanto ia me relaxando aos poucos e “sentindo” a atmosfera carregada, própria do ambiente, que só se podia denominar “psíquica”. Consenti que a minha mente se tornasse receptiva, a sensibilidade passiva, e negativa a minha atitude, desse modo tornando-me um verdadeiro registro de qualquer manifestação

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João Fernandes da Silva Júniorsuprafísica que viesse a produzir-se. Não queria que nenhum preconceito pessoal ou receio entravasse a percepção que me afluísse de alguma fonte inacessível aos cinco sentidos.

Gradualmente foi diminuindo o fluxo do meu pensamento, até que minha mente entrou em estado de semivacuidade.

O silêncio que envolvia meu cérebro me fez agudamente cônscio da quietude que se apoderava de mim. A vida com seu bulício, mexericos e problemas, era algo muito distante, direi até quase inexistente. Das trevas circundantes não saía nenhum ruído nem um murmúrio. O silêncio, o verdadeiro soberano, reinava no império da Pirâmide; silêncio que se iniciou na pré-história e que os turistas com seu falatório não puderam quebrar – o silêncio profundo que todas as noites se reintegravam no seu reino, dominou, envolvendo todo o meu ser.

Senti a vibração poderosa do ambiente. É uma sensação muito sutil, a mesma que sentem as pessoas sensíveis na atmosfera das casas antigas. À medida que o tempo passava, ia se intensificando a impressão da incomensurável antiguidade que me rodeava; o século XX parecia distanciar-se, diluir-se e deslizar da minha memória. No entanto, de acordo com minha própria decisão, que me havia imposto, longe de resistir a essa sensação, deixei-a robustecer-se.

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Começou a se manifestar uma estranha impressão de que não me achava só. Senti insidiosamente sob a capa de trevas absolutas a existência de algo vivo; a sensação, embora vaga, era real e, com a crescente convicção de retroceder ao passado, aumentava-me a certeza de uma presença “psíquica”.

Apesar dessa impressão de que uma vida sutil palpitava nas sombras, não se manifestava nada de concreto. Corriam as horas e, ao contrário de tudo que esperava, ao passo que avançava a noite, aumentava o frio. Os efeitos de três dias de jejum que deliberadamente observei para afiar minha sensibilidade manifestaram-se em forma de calafrios, cada vez mais intensos. O ar fresco que vinha pelos tubos de ventilação atravessava meu leve agasalho. O corpo tremia sob a camisa; assim, tive que me levantar e pôr o casaco que poucas horas antes havia deixado por não aguentar o intenso calor. É comuníssimo no Oriente em certas épocas do ano: calor tropical durante o dia e forte baixa de temperatura durante a noite.

Até agora ninguém descobriu as bocas dos tubos de ar do exterior da Pirâmide, embora se conheça aproximadamente sua posição. Alguns egiptólogos duvidaram até que os canais tivessem uma ligação com o exterior, porém o total esfriamento do ar que verifiquei aquela noite deixa definitivamente claro esse pormenor.

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João Fernandes da Silva Júnior

Retomei meu assento no bloco de pedra e entreguei-me ao aterrorizador silêncio de morte que reinava na Câmara do Rei e às dominantes trevas que a envolviam. Com o espírito dócil prossegui na minha expectativa. Sem razão aparente recordei que ali, a Oeste, o Canal de Suez seguia seu curso em linha reta entre as areias e pântanos, e o majestoso Nilo formava a coluna vertebral do país.

A profunda quietude sepulcral do aposento, o sarcófago vazio a meu lado, de certo, não contribuíram para serenar-me os nervos, quando, além do mais, minha sensação continuava a acusar a presença viva, embora invisível, de seres que me rodeavam, convertendo-se numa certeza. Sim, havia algo que palpitava ao meu lado, vivo, embora não visse absolutamente nada. Até perceber de súbito a imprudência em que me colocara, compreendi minha situação. Estava só, isolado num estranho recinto, a mais de sessenta metros de altura, envolto numa escuridão impenetrável, prisioneiro numa temível edificação lendária a centenas de quilômetros, a construção mais antiga do mundo e ladeada por um dantesco e revolvido cemitério de uma velha metrópole que se alçava no limiar de um deserto.

Não havia mais dúvida para mim, que havia aprofundado os mistérios do ocultismo, a magia e feitiçaria do Oriente, o lado psíquico do ser, de que a sala da Câmara do Rei se povoara de seres invisíveis,

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espíritos que guardavam a Pirâmide. Esperava ouvir em qualquer momento uma voz espectral que saísse daquele silêncio avassalador. Dava graças aos construtores por haverem instalado aqueles tubos que proviam de ar fresco, reduzido, porém constante, que percorria uns noventa metros na Pirâmide antes de chegar aquele recinto, mas de qualquer modo bem-vindo. Sou um homem acostumado à solidão, na qual sempre me deleitei, mas a solidão daquela sala tinha algo de temerário e pavoroso.

As trevas envolventes começaram a oprimir-me a cabeça, qual um elmo de ferro. A sombra do medo indizível fez estremecer todo meu ser; afugentei-a imediatamente. Para permanecer no coração daquele monumento do deserto, necessita-se não somente coragem, mas também certa fortaleza moral. Não havia serpentes saindo dos buracos ou fendas, nem malandros desabrigados trepando pelas faces íngremes da Pirâmide para entrar calmamente à noite. Os únicos sinais de vida animal que encontrei, foram os de um rato no corredor horizontal que, espantado pela luz da tocha, correu desesperadamente, tentando inutilmente encontrar um refúgio nas pedras lisas de granito; dos lagartos verde-amarelados, incrivelmente velhos, colados ao teto na estreita passagem da Câmara da Rainha e, finalmente, dos morcegos da cova subterrânea. Havia também, é certo, os grilos, que me receberam com prolongado chirrio quando

285

João Fernandes da Silva Júniorcheguei na Grande Galeria, mas não demoraram a calar-se. Tudo isso estava para trás, e nesse momento só havia o silêncio invencível que me mantinha preso ao seu mudo cativeiro. Não havia nada de natureza física que pudesse me fazer algum dano, e não obstante, voltou a assaltar-me, pela segunda vez, essa vaga inquietude causada por olhos invisíveis que me fitavam. Neste lugar havia fantástico mistério, uma irrealidade espectral...

* * *

Há vibrações de força, som e luz que estão além de nosso alcance normal de captação. Os ouvintes radiofônicos ouvem canções alegres e discursos sérios que, num relâmpago, atravessam o espaço e lhes vêm pelo éter, e que sem seus aparelhos devidamente sintonizados, nunca poderiam captar. Saindo de simples espera receptiva, passei à concentração mental, focalizando toda a minha atenção num esforço para atravessar o negro silêncio que me rodeava. Se minha faculdade de percepção fosse temporariamente elevada acima do normal, quem sabe não me seria possível perceber a presença das forças invisíveis?

Sei que, no momento em que me “sintonizei” pela introversão, cujo método aprendeu muito antes da minha segunda visita ao Egito, a Câmara do Rei foi invadida por forças hostis. Senti no ambiente algo de maléfico e perigoso, que me provocou arrepios. Mal

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meu coração sossegava, tornava a agitar-se; um temor insistente começou a dominar-me. Tornei a intensificar minha concentração, fixa num só ponto, e a sensação, seguindo seu treino usual, transformou-se em visão. Sombras começaram a surgir de todos os lados e gradualmente foram tomando formas mais definidas; de súbito apareceram rostos hediondos, tão próximos que quase tocaram meu próprio rosto. Imagens sinistras me surgiam com toda nitidez ante os olhos da minha mente. Uma aparição tenebrosa avançou até perto de mim, e olhou-me fixamente com olhos estrábicos e sinistros, levantando as mãos num gesto de ameaça, querendo atemorizar-me. Espíritos macróbios pareciam sair da vizinha necrópole, necrópole tão velha como as múmias pulverizadas dentro dos seus sarcófagos de pedra. Fantasmas que estavam presos aos seus túmulos, vieram provocantes, expulsar-me do meu lugar de vigília. Todas as lendas de assombrações malignas, relatadas pelos árabes de uma aldeia vizinha, voltaram-me à memória com os mesmos pormenores desagradáveis. Quando comuniquei a um jovem árabe, amigo meu, morador daquela aldeia, minha intenção de passar a noite na velha Pirâmide, fez tudo para me dissuadir.

“Cada pedaço de terra está mal-assombrada” - advertiu; - “dentro da Pirâmide há todo um exército de fantasmas, repleta que está de espectros e gênios”.

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Agora via que sua advertência não havia sido em vão. Figuras espectrais continuavam a chegar, rodeando o recinto escuro. A inquietação indefinível e o mal-estar, que me haviam dominado há pouco, foram plenamente justificados. No centro daquele corpo que era meu, o coração batia às marteladas. Medo, espanto, horror, persistentemente me mostravam suas faces perversas; sem querer fechei os punhos com força. Mas eu estava decidido a prosseguir, e embora as formas sepulcrais que transitavam pelo recinto e haviam começado por despertar-me o sentimento de alarme, acabaram por me provocar o incitamento de todas as minhas reservas preciosas de coragem combativa.

Embora tivesse os olhos fechados, aquelas formas cinzentas, vaporosas, viscosas, penetravam na minha visão interior sempre com o mesmo antagonismo implacável, numa sinistra determinação de impedir-me o cumprimento do meu intuito.

O círculo de seres antagônicos se estreitava. Querendo, podia acabar com essa visão facilmente; bastava acender a luz de minha lâmpada, saltar do meu assento e correrem algumas centenas de metros até a entrada onde a sentinela armada me proporcionaria um alívio imediato. A prova era dura e me impunha a tortura em sua forma mais sutil; atormentava-me a alma deixando o corpo intacto.

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Algo no meu interior me intimava com igual inflexibilidade, a ficar firme no meu intento.

Chegou o momento culminante. Cercaram-me mais criações elementais, malignos, horrores do submundo, figuras de aspecto grotesco, insano e diabólico, cercaram-me, provocando-me repulsa intolerável. Vivi alguns instantes que jamais esquecerei. Aquela cena incrível me ficou vivamente gravada na memória, e seus momentos nunca desejarei repetir - jamais voltarei a pernoitar na Grande Pirâmide.

O fim chegou de repente. Com uma celeridade alarmante, os perniciosos invasores espectrais desapareceram nas trevas das quais haviam surgido e voltaram ao reino sombrio dos defuntos e das baixas esferas, levando consigo sua comitiva de horrores diabólicos. Meus nervos ressentidos tiveram um grande alívio, semelhante ao do soldado, quando bruscamente cessa o bombardeio.

Não sei quanto tempo se passou antes de eu sentir uma nova presença de alguém que, benévolo e amistoso, veio à Câmara do Rei, olhando-me com afabilidade. À sua chegada o ambiente tornou-se leve, o ar da pureza parecia envolvê-lo. Minha excitada sensibilidade sob o efeito desse novo elemento, como se tivesse ingerido um sedativo, acalmou-se. O recém-chegado aproximou-se do meu assento de pedra e vi

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João Fernandes da Silva Júniorentão que o acompanhava outra figura. Ambas se detiveram ao meu lado e fixaram-me com ar grave, olhar carregado de profético significado. Pressenti que os momentos cruciais da minha existência estavam em suas mãos.Na minha visão, aqueles dois seres formavam um quadro inesquecível. Quando escrevo, tudo volta aos olhos da minha mente: suas túnicas brancas, os pés calçados de sandálias e o aspecto venerável das suas altas figuras. Levavam as inconfundíveis insígnias dos seus cargos; eram os Sumos-Sacerdotes do antigo culto egípcio. Rodeava-lhes a cabeça um halo brilhante que, de maneira estranha, iluminava uma parte do aposento. Na verdade, pareciam mais do que homens, pela sua luminosa presença, e a calma compenetrada dos seus rostos assemelhava-os a semideuses.Permaneceram imóveis como estátuas, de mãos cruzadas sobre o peito, contemplando-me em silêncio.Estaria eu em alguma quarta dimensão, mergulhado em longínqua época do passado, mantendo minha mente alerta? Havia eu retrocedido minha noção de tempo, à era primitiva do Egito? Não; isso parecia não ser, pois, nitidamente percebia que aqueles dois espíritos me viam e estavam prestes a dirigir-me a palavra.Suas altas figuras se inclinaram; uma delas aproximou seu rosto do meu; no seu olhar luminoso brilhava ardor espiritual e seus lábios pareciam mover-se; uma voz ressoou nos meus ouvidos.

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“Por que vieste a este lugar” - perguntou – procurando evocar poderes secretos; não te bastam os caminhos dos mortais?Eu não ouvi essas palavras com meu ouvido físico; nenhuma vibração sonora perturbou o silêncio da noite. Parecia ouvi-las como ouve um surdo pelo aparelho artificial elétrico a guisa de tímpano, porém com uma diferença: ressoavam na parte INTERNA do tímpano. A voz que chegava a mim, para dizer mais exatamente, era como se fosse uma voz mental, porque a ouvia seguramente dentro de meu cérebro, porém que poderia dar impressão errônea de que fosse um simples pensamento. Não era isso, não era um pensamento; era sim, uma VOZ.

- Não, não me bastam! - respondi.

“A agitação das multidões nas cidades reconforta o coração trêmulo do homem” - disse – “Volta a reunir-te a teus semelhantes e não demorarás a esquecer do frívolo anseio que te trouxe aqui”.

- Não, não pode ser, - tornei a responder.

Ele fez uma nova tentativa:

“O caminho que escolheste te afastará dos limites da razão; alguns o seguiram e voltaram loucos. Vai-te

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João Fernandes da Silva Júnioragora, pois, ainda há tempo, e segue o caminho traçado para os pés dos mortais!”

Abanei a cabeça e murmurei:

- Pois eu devo seguir este caminho; agora não há outro para mim.

O sacerdote deu mais um passo adiante e inclinou-se perto de mim. Vi seu rosto sulcado destacar-se nas trevas.

“Aquele que entra em contato conosco - sussurrou-me ao ouvido - perde seu vínculo com o mundo. Serás tu capaz de andar só?

- Não sei, respondi.

Da escuridão ouvi ressoar suas últimas palavras:

“Assim seja. Escolheste. Pela tua própria decisão não podes mais retroceder”.

Desapareceu. Fiquei com o outro espírito que até esse momento não havia desempenhado nenhum papel, senão o de testemunho silencioso.

* * *

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Aproximou-se e ficou à frente do sarcófago de mármore. Seu rosto era de um verdadeiro macróbio. Não me aventurei a conjeturar idade.

“Meu filho” - disse serenamente, virando-se para mim – “os poderosos senhores das potências secretas tomaram conta de ti. Esta noite serás conduzido à Sala do Saber. Deita-te nessa pedra! Antigamente, sendo um leito, teria sido revestido de folhas de papiros”. Indicou o sarcófago.

Não me ocorreu fazer outra coisa senão obedecer o meu estranho visitante. Deitei-me de costas sobre a fria pedra de mármore.O que sucedeu logo depois, não o vejo com muita clareza, pois foi como se inesperadamente me tivessem dado uma dose de algum anestésico de ação lenta; todos os meus músculos ficaram tensos e uma paralisante letargia começou a invadir-me os membros. O corpo ficou pesado e endurecido. A princípio, meus pés começaram a esfriar-se lentamente; o frio foi subindo, subindo imperceptivelmente, chegando até os joelhos, e prosseguia seu avanço, gelando-me. Era como se ao escalar uma montanha me tivesse afundado até a cintura num montão de neve. Meus membros inferiores estavam completamente paralisados.Em seguida passei a um estado de semientorpecimento, e na minha mente surgiu um vago pressentimento de que meu fim estava próximo.

293

João Fernandes da Silva JúniorContudo, não me perturbei; há muito tempo livrei-me do velho medo da morte, e cheguei a aceitá-la filosoficamente como sendo inevitável.Enquanto a estranha sensação de frio continuava a apoderar-se de mim, subindo pela coluna vertebral e dominando todo o meu corpo, senti minha consciência concentrar-se e fixar-se num só ponto do cérebro, a respiração ficar cada vez mais dificultosa.Subindo ao peito, paralisou totalmente o corpo, algo semelhante a um ataque cardíaco sobreveio, mas não demorou; compreendi então que a crise suprema não tardaria a chegar.Se pudessem mover minhas mandíbulas enrijecidas, daria uma risada do pensamento que me ocorreu nesse instante; pensei: amanhã acharão meu cadáver deitado no sarcófago da Câmara do Rei, e tudo terminará para mim.Tinha certeza de que todas as minhas sensações eram consequências da migração do espírito de vida física às regiões do Além-túmulo, e qualquer resistência seria vã.Por último, minha consciência concentrada se confina apenas na cabeça, e houve no meu cérebro um tremendo redemoinho final, tive a impressão de que um tufão tropical me arrastava, lançando-me em seu rodopio no ar. Um temor momentâneo apoderou-se de mim. Senti-me lançado no espaço infinito, voando para o desconhecido.Estava LIVRE!

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Nenhum outro termo poderia expressar o delicioso sentimento de liberdade absoluta que me saturou. Transformei-me num ser mental, num ente cujas sensações e pensamentos estavam livres dos entraves do corpo de matéria inerte em que estava fechado. Desprendido do meu invólucro carnal, como um fantasma do seu sepulcro, sem, todavia, nenhuma obnubilação de consciência; pelo contrário, estava ciente de mim mesmo e essa sensação era muito mais forte que dantes. E, além do mais, depois de haver passado aquela migração de um estado para outro, e de ter ficado em quarta dimensão, proporcionou-me um sentimento de felicidade; senti-me livre, terminantemente, bem-aventuradamente, LIVRE.A princípio, vi-me estendido na mesma posição horizontal do corpo que acabava de deixar, flutuando acima do sarcófago. Depois, tive a impressão de que uma mão invisível me fazia girar verticalmente até pôr-me de pé. E, finalmente, experimentei a curiosa sensação de estar simultaneamente de pé e flutuando.Olhei o corpo abandonado, de carne e osso, que jazia prostrado e rígido na pedra. O rosto inexpressivo estava voltado para cima, os olhos entreabertos cujo brilho das pupilas indicava que as pálpebras não estavam completamente fechadas; de mãos cruzadas sobre o peito, postura que não me recordo ter adotado. Alguém as havia cruzado sem que eu o percebesse? As pernas e os pés esticados se tocavam. Aquele era meu corpo, aparentemente morto, do qual me havia retirado.

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Notei que eu, esse novo eu, desprendia um fio de suave luz prateada que se projetava sobre o ser cataléptico deitado dentro do sarcófago. A descoberta me surpreendeu, porém maior foi minha surpresa quando descobri que o misterioso cordão umbilical psíquico contribuía para iluminar o canto da Câmara do Rei onde eu pairava. Uma claridade suave, semelhante à luz da lua, iluminava as paredes de pedra.Eu não era mais do que um fantasma, um ser, sem corpo, flutuando no espaço. Compreendi porque os sábios egípcios de outrora representavam nos seus hieróglifos a alma em forma simbólica de um pássaro. Senti incrível leveza, como se tivesse um par de asas e voasse qual um pássaro que levanta o voo rodeando em volta de um ponto, tão livre que estava flutuando no grande vácuo que me cercava. Sim, o simbolismo do pássaro era muito acertado.Desprendida minha alma do seu invólucro mortal, levantou voo no espaço, abandonando o corpo que lhe servia de habitat. Agora estava com o outro corpo, etéreo e extremamente leve. Olhando o mármore frio em que jazia meu corpo, surgiu na minha mente uma singular ideia, ou melhor, foi uma compreensão brusca que tomou forma nas seguintes palavras insonoras:

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“Este é o estado da morte. Agora eu sei que sou uma alma, que eu posso existir separado do corpo. Sempre acreditarei nisso, porque o experimentei.”

Essa noção se aferrou a mim tenazmente, enquanto permanecia suspenso no ar, acima do meu próprio corpo abandonado e sem vida. Comprovei a sobrevivência da maneira mais satisfatória a meu ver, isto é, pela experiência de morrer e ser vivo! Continuei observando os restos mortais que havia deixado. De certo modo me fascinavam. Era eu aqui, esse corpo sem vida que durante tantos anos considerei como se fosse eu? Naquele momento vi com toda clareza que era apenas a massa de substância carnal desprovida de consciência e de raciocínio. Contemplando os olhos sem visão, insensíveis e vidrados, percebi a máxima ironia da situação: Meu corpo terrestre havia me aprisionado, retendo meu verdadeiro Ser, obrigado a caminhar de um lado para outro na superfície do globo, nascido num organismo que tanto tempo confundi com meu verdadeiro Eu. Agora eu era livre.A força de gravidade não atuava no ar, e a estranha sensação de estar meio suspenso e em pé persistia.Ao meu lado, de súbito apareceu o sacerdote macróbio; grave e solene levantou os olhos para o céu, deixando perceber seu rosto mais enobrecido ainda, e com reverência, lançou esta prece:

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“Ó Amon, Ó Amon que estás no céu! volta tua face para o corpo morto do teu filho, e concede-lhe teu beneplácito no mundo espiritual. Tudo consumado. E voltando-se para mim, disse: ‘Agora aprendeste a grande lição. O HOMEM CUJA ALMA NASCEU DO ETERNO, NAO PODE MORRER. Proclama esta verdade com palavras inteligíveis para os homens. Alerta-te!”

Vi surgir do espaço o rosto já quase esquecido de uma mulher, cujo sepultamento assisti há mais de vinte anos. Depois apareceu o semblante familiar de um homem que havia sido para mim mais que um amigo, o qual vi pela última vez há doze anos, repousando no seu ataúde e, finalmente, a doce imagem sorridente de uma criança, morta num acidente. Os três me olhavam com uma expressão serena e suas vozes amigas voltaram a ressoar. Mantive a mais breve das conversações com os chamados mortos, que não tardaram a se desvanecer.

“Também eles vivem como vives tu, e como vive esta Pirâmide que presenciou o morrer de milhões de criaturas - disse o sumo sacerdote - Sabe filho meu, que nesse antigo santuário se encontra a história perdida das primeiras raças da humanidade e a Aliança que fizeram com o Criador mediante o

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primeiro dos seus profetas. Sabe também que, antigamente, a este lugar eram trazidos homens escolhidos a fim de mostrar-lhes a Aliança, os quais, ao voltar aos seus semelhantes, manteriam vivo o grande segredo. Leva contigo esta advertência: quando os homens renegarem seu Criador e olharem com ódio uns aos outros, como os príncipes da Atlântida, em cuja época foi construída esta Pirâmide, serão destruídos pela sua própria iniquidade, como foi aniquilado o povo da Atlântida.”

“Não foi o Criador quem fez submergir a Atlântida, mas o egoísmo, a crueldade, a cegueira espiritual dos habitantes dessas ilhas condenadas. O Criador ama a todos indistintamente, porém a vida dos homens está governada por leis invisíveis que Ele impõe. Leva, pois, essa advertência contigo”.

No meu íntimo nasceu um grande desejo de ver essa misteriosa Aliança. O sacerdote devia ter lido o meu pensamento, pois se apressou a dizer:

“Todas as coisas vêm no seu devido tempo. Ainda não, meu filho, ainda não”.

Senti-me desapontado.

Fitou-me durante alguns instantes.

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João Fernandes da Silva Júnior “A nenhum homem do teu povo foi permitido vê-la ainda, mas porque és versado nestes assuntos e vieste aqui com o coração aberto e compreensivo, é justo que recebas alguma satisfação. Vem comigo!”

Passou-se então algo estranho. Parecia-me cair em estado comatoso, minha consciência se enevoou momentaneamente e, quando a recuperei, percebi haver sido transportado para outro lugar. Estava num longo corredor, apenas iluminado, embora não se vissem lâmpadas nem janelas. Supus que a fonte luminosa vinha do halo que emanava do meu companheiro, junto com a irradiação do cordão luminoso de éter vibrante que se desprendia de mim. Compreendi, no entanto, que esses focos ainda não explicavam a luz reinante. As paredes eram revestidas com pedras refulgentes de cor terracota-rosada, e tão unidas entre si que não se percebiam as juntas. O chão tinha a mesma inclinação da passagem da entrada da Pirâmide. Todos os arremates estavam bem acabados. O corredor, embora baixo, não chegava a ser incômodo. Não pude descobrir a fonte dessa misteriosa iluminação; o interior luzia como se ali estivesse uma lâmpada acesa (2).

O Grão-Sacerdote fez-me um gesto para segui-lo.

“Não olhes para trás - ordenou - não voltes a cabeça!”

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Caminhamos um trecho, descendo; chegamos ao fim do corredor e paramos diante de uma entrada para a grande câmara com o aspecto de um templo.Sabia perfeitamente que me encontrava dentro ou embaixo, da Pirâmide, porém não sabia onde ficava essa passagem e aquela câmara; nunca as tinha visto antes. Senti-me extremamente excitado por aquela impressionante descoberta. Curiosidade invencível se apoderou de mim para averiguar onde estava essa entrada. Finalmente, como se fosse arrastado por um impulso imperioso, voltei a cabeça e dei uma rápida espiada, ansioso por ver uma porta oculta. Entrando, não reparei por onde havia passado; contudo, no extremo oposto da passagem onde devia haver uma abertura, não vi nada senão os grandes blocos visivelmente cimentados. Estava olhando uma parede! Nesse momento, uma força irresistível me arrastava; a cena se anuviou e encontrei-me de novo flutuando no espaço. Ouvi as palavras, repetidas como um eco “ainda não, ainda não...” e momentos depois eu vi meu corpo inconsciente, estendido sobre a pedra. A voz do Sumo Sacerdote chegou-me em sussurro:

“Meu filho não tem importância o descobrires ou não a entrada. Busca em tua própria mente a passagem secreta que te levará à câmara oculta em tua alma, e encontrarás algo realmente valioso. O mistério da Grande Pirâmide é o mistério do teu próprio ser. As câmaras secretas e os registros do passado devem todos estar contidos em tua própria natureza. A

301

João Fernandes da Silva JúniorPirâmide ensina que o homem deve voltar-se para si próprio, deve aventurar-se a penetrar até o centro desconhecido de seu ser, e ali encontrar sua alma, tal qual se aventura a penetrar nos relicários desconhecidos deste templo, para desvendar seu mais profundo segredo. Adeus”.Um turbilhão se apoderou de minha mente; arrebatado por uma força que me puxava para baixo, rodopiei vertiginosamente sempre para baixo. Preso de profundo torpor parecia-me voltar a fundir-me com meu corpo físico; com todo esforço tentei mover meus músculos endurecidos, mas não me foi possível e, finalmente desmaiei...Abri os olhos, sobressaltado; trevas espessas me rodeavam. Quando passou o entorpecimento, apanhei a lâmpada e acendi a luz. Estava de novo na Câmara do Rei. Tremendamente excitado, pulei da pedra aos gritos; o eco devolveu minha voz decrescendo. Ao saltar, em vez de pisar o chão, senti que estava caindo num vácuo; salvei-me por haver aberto os braços, ficando suspenso nas bordas. Compreendi então o que se havia passado. Ao levantar-me, corri para o outro extremo do recinto, perdendo o sentido de direção. Minhas pernas bamboleavam dentro da cova escavada no chão a nordeste da Câmara. Alcei-me com toda força e pisei de novo o solo firme.Apontei a lâmpada para meu relógio. O vidro estava quebrado em dois lugares ao bater a mão contra a pedra quando saltei da cova; contudo, a máquina funcionava continuando seu alegre tique-taque. Vi então a hora e, a despeito da solenidade do lugar,

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quase dei uma risada: era exatamente a hora melodramática da meia-noite. Ambos os ponteiros assinalavam o número doze!

* * *

Quando, logo depois do amanhecer, a sentinela armada abriu a grade de ferro da entrada escura da Grande Pirâmide, saiu dela, cambaleando, uma figura empoeirada, fatigada, com olheiras profundamente marcadas. Começou a andar pelos grandes blocos de pedra fitando pensativo a plana paisagem familiar iluminada pelo sol da manhã. A primeira coisa que fez foi respirar profundamente, várias vezes, para em seguida erguer instintivamente o rosto para o Rá-sol, e agradecer-lhe em silêncio a bendita e prodigiosa dádiva da luz que tão liberalmente oferecia à humanidade.

III. 1 – A Origem do Sânscrito

SÂNSCRITO - A LÍNGUA QUE VEIO DAS ESTRELAS.

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João Fernandes da Silva JúniorAo contrário do que muitos pensam o sânscrito não é uma língua morta, e seu estudo e compreensão podem revelar surpresas interessantes.Tratar sobre sânscrito (originalmente, sânscrito) é algo muito especial. É como trilhar serenamente, em uma calma manhã de sol, uma longa e silenciosa estrada, cercada de florestas verdejantes com frondosas árvores por todos os lados. É como saber e sentir os segredos daqueles bosques, dos seus riachos, das suas flores, dos seus aromas, das suas cores e de toda a poesia da criação divina.É como voar com os pássaros e as coloridas borboletas, e poder, lá das alturas celestiais, reconhecer cada cachoeira, cada regato, cada recanto mais profundo, e tornar a ver a cor da terra e da água, ainda que muitas vezes cingidas pelo encanto nascente da própria natureza. É como sentir, intuir ou saber que a água cósmica primordial a tudo envolve.Não é uma tarefa tão simples, não é uma tarefa tão fácil, mas mesmo assim traz alegria, traz paz interior. Resgata o verdadeiro amor e a espiritualidade, tão distantes do angustiado “homem moderno”.Tratar sobre sânscrito é tratar sobre uma das primeiras línguas adotadas na Terra, senão a primeira. É conhecer suas características todas especiais, que podem exprimir qualquer som, qualquer tipo de fonética através do seu abecedário, composto por 16 vogais – incluindo-se aí dois diferenciais – chamadas ali ou lalanas, e 34 consoantes, chamadas kali ou rasanas, e poder escrever qualquer termo ou palavra de outra língua, viva ou morta.

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E, já de início, é muito importante frisar que o sânscrito, embora arquimilenar é uma língua viva, sendo usada ostensivamente em textos clássicos, na literatura, na arte e na música, em fórmulas e bulas medicinais, em ashrams e templos, em universidades e faculdades da índia, e em órgãos do governo, ao contrário do que lemos publicado equivocadamente em algumas citações esparsas de livros não muito atualizados e que nem mesmo tratam sobre este tema.Como língua-raiz ou língua-mãe, surge do aperfeiçoamento e fusão do árico e do dravídico, antes mesmo do altaico, do urálio, do kartveliano e do afro-asiático. E, com o passar do tempo, suas normas e regras gramaticais vão se aperfeiçoando cada vez mais, até atingir um apogeu.O Significado da Palavra Sânscrito Algumas das Suas Normas e RegrasOriginalmente, se escreve samskrta, sendo que o prefixo sam (sa + ma) quer dizer “perfeito”; e a raiz verbal kr (k + ka) significa “fazer”; daí o significado de “língua perfeita” ou “linguagem dos deuses”, devabhasa, ou ainda devanagari ou “escrita da cidade divina”.Em termos etimológicos, pode ser traduzida como “a linguagem refulgente”, e por isso não tem nenhuma analogia com qualquer outra língua antiga ou atual.

No sânscrito, há aproximadamente 2.800 matrizes, raízes, ou chaves, que geram milhões de palavras

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João Fernandes da Silva Júniorderivadas, e as mesmas dão o significado da real natureza do objeto expressado.Em parte, é através deste método que, junto à estrutura gramatical do sânscrito, se pode “construir” qualquer palavra ou, inclusive, criarem-se outras novas.E também, através da junção ou desmembramento de uma determinada palavra, podem surgir significados diferentes, mas simétricos. A precisão do sânscrito advém do fato de que cada som linguístico é sempre representado por meio de um signo, sinal ou símbolo único e, assim sendo, os signos vogais manifestam sons vogais, e os signos consoantes manifestam sons consoantes. Em certos casos, podem-se também utilizar vogais conjuntas ou consoantes conjuntas.A raiz verbal é chamada de “semente” (bij), pois dela brotam palavras com muita clareza e facilidade. Esta raiz verbal é caracterizada por uma sílaba solitária, e quando deriva em uma nova palavra, sofre o princípio qualitativo de transformação ou guna.Há também a possibilidade da formação de palavras compostas, que é outro caminho gramatical para se criar novas palavras.

A Ordem e a PronúnciaA ordem do alfabeto sânscrito é profundamente diferente do nosso, em todos os sentidos. E mais, no caso do “gênero”, todas as palavras terminadas em “a” são masculinas, e todas as palavras terminadas em “i” são femininas, sendo muito raro uma exceção a esta

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regra. Os gêneros são três: masculino, feminino e neutro.Porém, não há qualquer acentuação no sânscrito.A pronúncia das vogais é idêntica à pronúncia das posteriores e similares em línguas latinas. Porém, quando uma vogal leva um traço sobre ela, isto lhe confere um forte alongamento na sua pronúncia, sendo assim classificadas em “curtas” e “longas”.Também é importante esclarecer que os sons consonantais são classificados de acordo com os órgãos empregados na sua articulação, da seguinte forma: a) guturais; b) palatais; c) cerebrais; d) dentais; e) labiais; f) semivogais; g) sibilantes; h) aspirados.E mesmo estas classificações se subdividem em outras estruturas, separadas distintamente entre as vogais e as consoantes, nas formas suave ou dura ao se pronunciar. A formação de uma frase pode ser simples, composta ou complexa, e as regras de sintaxe normalmente são utilizadas com o objetivo de determinar o que se deseja esclarecer.

Os Verbos SânscritosEm relação aos verbos em sânscrito, podemos classificá-los por volta de dez tempos e modos verbais, sendo que são três as pessoas: primeira, segunda e terceira. E cada pessoa se divide em três números: singular, dual e plural. A combinação dos mesmos gera um total de nove formas distintas para cada tempo.

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João Fernandes da Silva JúniorQuanto à voz, podemos classificá-la em: a) ativa ou parasmai padam, aquela que exprime para o (s) outro (s); b) média ou atmane padam, aquela que exprime para si próprio.Cada raiz verbal pode ser usada nas vozes ativa e média, em cada um dos dez tempos e modos verbais, gerando 180 formas ou princípios verbais distintos para cada raiz. Tais formas são obtidas por meio da adição de terminações verbais, sendo que este processo de derivação verbal é denominado de “conjunção da raiz verbal”.Nome de Alguns dos Rishis Eruditos em Sabda Nusasana ou Tratados Sânscritos

a) Muito antigos: Panini, Patanjali, Gargya e Yaska.b) Antigos: Vardhamana, Katyayana, Nagoji Bhatta, Bhartrhari, Jayaditya, Ramachandra, Battoji, Varada Raja, Sarvavarman, Vopadeva, Santanava e Hemachandra.

Apresentamos um pré-roteiro básico do alfabeto sânscrito, seguido de palavras em português, inglês e mesmo uma em sânscrito, para que os leitores possam se familiarizar com a sua pronúncia.Esclarecemos ainda que, em certos momentos, foi difícil tanto a transliteração quanto a tradução de diversas palavras, e que procuramos chegar próximos a uma pronuncia adequada.

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Vogais - PronúnciaA como em casaA como em carmaI como em formigaI como em caquiU como em sacudirU como em saúvaR como em cartaR como em marinaL como em papelL como em lataE, como em cena AI como em paiO como em solAU como em causaM ou N, como em bem (anusvara)H como em arrá (Visarga).

Consoantes – Pronúncia

K como em cavaloKH como em eckhart em inglêsG como em amigoGH como dighard em inglêsN como em ânguloC como em tchauCH como rm staunch-heart em inglêsJ como em adjetivo

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João Fernandes da Silva JúniorJH como em hedgehog e, inglêsN como em maneiroT como em tetoTH como em nuthook em inglêsD como em devotoDH como em adhere em inglêsN como em nadaP como em puroPh como em uphill em inglêsB como em boiBH como em abhor em inglêsM como em mapaY como em alfaiateR como em claroL como em luzV como em vacaS como em xadrezSH como em shun em inglêsS como em solH como em hit em inglêsKS como em kshatria em sânscrito.

Números Cardinais

Esta é uma tabela dos numerais cardinais de forma simplificada, para que as pessoas possam assimilar os mesmos e saber como se desenvolvem ou constroem as sequências numéricas.

1 – eka

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2 – dva3 – tri4 – catur5 – panca 6 – sas 7 – sapta 8 – asta 9 – nava 10 – dasa 11 – eka dasa 12 – dva dasa 13 – trayo dasa 14 – catur dasa 15 – panca dasa 16 – sod dasa 17 – sapta dasa 18 – asta dasa 19 – nava dasa 20 - vimsati 21 – eka vimsati 22 – dva vimsati 23 – trayo vimsati 24 – catur vimsati 25 – panca vimsati 26 – sod vimsati 27 – sapta vimsati 28 – asta vimsati 29 – nava vimsati 30 – trim sat 31 – eka trimsati

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João Fernandes da Silva Júnior 39 – nava trimsati 40 – catva rimsat 41 – eka catva rimsat 49 – nava catva rimsat 50 – panca sat 60 – sasti 70 – saptati 80 – asiti 82 – dvy asiti 90 – navati 96 – san navati 100 – sat am 101 – eka sat am 102 - dvi sat am 103 – tri sat am 110 – dasa sat am 200 – dve sate 300 – trini sat ani 1000 – dasa sat ani 100.000 – lakh ou laksa 1.000.000 – niyutam 10.000.000 – crore ou koti

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III. 2 – Novas Descobertas

Cientistas descobriram um novo tipo de humano, chamados Denisovans, em cavernas da Sibéria. Os ossos encontrados sugerem que eles coexistiram e cruzaram com a nossa própria espécie.Um grupo internacional de pesquisadores sequenciou um genoma completo de um dos antigos hominídeos (criaturas com aparência humana), com base no DNA nuclear extraído de um osso de dedo.Segundo os pesquisadores, isso fornece a confirmação de que havia pelo menos quatro tipos distintos de existência humana quando os humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) deixaram sua terra natal africana pela primeira vez.

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João Fernandes da Silva JúniorJunto com os humanos modernos, os cientistas sabiam dos Neandertais e de uma espécie humana anã encontrada na ilha indonésia de Flores, apelidada de “hobbit”. A esta lista, os especialistas devem agora adicionar os Denisovans.Há também evidências de que esse novo grupo era difundido na Eurásia. Eles devem ter coexistido com os Neandertais e cruzado com a nossa espécie, talvez por volta de 50.000 anos atrás.Através da análise do DNA de ossos encontrados na caverna Denisova, no sul da Sibéria, os cientistas concluíram que os indivíduos pertenciam a um grupo geneticamente distinto de seres humanos, com parentesco distante dos Neandertais, e ainda mais distante de nós.A descoberta acrescenta mais peso à teoria de que um tipo diferente de humano poderia ter existido na Eurásia, ao mesmo tempo em que a nossa espécie.Antes, os pesquisadores tinham uma evidência fóssil para apoiar este ponto de vista, mas agora eles têm algumas provas concretas do estudo genético realizado. Ou seja, com bastante certeza uma espécie de vida humana adiantada evoluiu na Europa. O estudo mostra que os Denisovans cruzaram com os ancestrais dos povos atuais da região norte da Melanésia e nordeste da Austrália. O DNA melanésio compreende entre 4% e 6% do DNA Denisovan.O fato de que os genes Denisovan acabaram tão ao sul sugere que eles foram generalizados em toda a

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Eurásia; eles devem ter se espalhado por milhares e milhares de quilômetros.Um mistério é por que os genes são únicos em melanésios modernos, e não são encontrados em outros grupos da Eurásia até agora amostrados. A teoria dos pesquisadores é que eles tiveram apenas um encontro fugaz como os seres humanos modernos, enquanto migravam através do sudeste da Ásia e, em seguida, na Melanésia.Segundo os cientistas, apenas 50 Denisovans cruzando com mil seres humanos modernos seria suficiente para produzir 5% de genes arcaicos transferidos. Portanto, o impacto pode existir, mas o número de eventos pode ter sido muito pequeno e bastante raro.Ninguém sabe quando ou como esses seres humanos desapareceram, mas, segundo os pesquisadores, provavelmente tem algo a ver com os povos modernos, pois todos os seres humanos “arcaicos”, como os Neandertais, desapareceram algum tempo depois do Homo sapiens sapiens aparecer na cena.

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III. 3 – Segredos

Todo mundo adora mistérios. E quando eles envolvem figuras famosas ou questões acerca de importantes eventos históricos, a narrativa adquire uma dimensão que não existe na própria ficção. Esta seleção de 91 histórias conduz o leitor a uma viagem por um passado espetacular no qual a ambição, o segredo, a intriga, a traição, a paixão, a loucura e o assassinato influenciaram várias vezes o curso dos acontecimentos, deixando um desconcertante rastro de enigmas que os historiadores continuam a tentar solucionar.

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Narrativas apaixonantes e um caleidoscópio de imagens levam o leitor a mergulhar em acontecimentos estranhos, mas verídicos, permitindo-lhe conhecer algumas das mais fascinantes e perversas figuras dos últimos séculos. As narrativas, que foram agrupadas por temas, e não cronologicamente, são complementadas por numerosos quadros onde se apresentam acontecimentos e personalidades semelhantes. Assim organizada, esta obra oferece ao leitor suspense, revelações e novas e importantes informações.Em "Desapareceram sem Deixar Rastro", a primeira das sete seções do livro, relata-se como os dois navios que integravam a expedição de Sir John Franklin ao Ártico desapareceram tão misteriosamente que durante mais de um século não foram encontrados quaisquer vestígios reveladores do destino deste explorador; porque Mão quis afastar um rival que pretendia disputar-lhe a liderança da China Vermelha, e o que terá provavelmente acontecido ao famoso músico Glenn Miller durante o voo para a França em 1944. Em "Mortes por Esclarecer" revela-se que Hammarskjold, Mozart e Stalin se encontram entre as figuras históricas que tiveram um fim misterioso. Das personalidades fascinantes apresentadas em "Personagens Misteriosos" fazem parte Lawrence da Arábia, Rasputin, Lord Byron e Benedict Arnold. "Culpados ou Inocentes?" é a pergunta que ainda se

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João Fernandes da Silva Júniorfaz a respeito dos anarquistas Sacco e Vanzetti, da espia da I Guerra Mundial Mata Hari e do presidente Nixon no caso Watergate. Estas e outras histórias são minuciosamente relatadas na quarta seção do livro. Quem foram de fato: o rei Artur, o conde Drácula, f Lady Godiva, Romeu e Julieta — historiadores e investigadores literários ajudam-nos a separar o real do lendário em "Entre a Verdade e a Lenda". Os Estados Unidos tinham conhecimento de que o Japão ia atacar Pearl Harbor? Quem escreveu realmente as peças de Shakespeare? Como pôde Rutherford B. Hayes ser presidente depois de ter perdido as eleições de 1876? Porque os soviéticos derrubaram um avião de passageiros coreano em 1983? Na seção "Perguntas sem Resposta" são apresentadas as opiniões de especialistas sobre esses acontecimentos. E na última seção, "Erros Fatais", o leitor ficará, a saber, porque fracassou a invasão hitleriana da União Soviética em 1941, o que levou o general Custer a atacar os Sioux, numericamente superiores, no Little Big Horn e as razões que conduziram ao fracasso da estratégia idealizada por Napoleão para a Batalha de Waterloo.

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III. 4 – As Pirâmides na Antártida

20/01/2013 Supostas pirâmides são encontradas na Antártida De acordo com uma reportagem do site Scienceray, algumas Pirâmides foram encontradas na Antártida.

Uma equipe de oito exploradores da América e Europa afirma ter encontrado evidências de três pirâmides feitas pelo homem através do gelo derretido.A equipe de pesquisadores fez a importante alegação, de que encontraram evidências de várias pirâmides antigas, cobertas de gelo, no continente Antártico. Até agora, a equipe não divulgou muitas informações sobre sua descoberta, embora algumas fotos vazaram

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João Fernandes da Silva Júniorna internet recentemente. Apesar do vazamento dessas imagens, a equipe continua muito silenciosa com relação a sua descoberta.Abaixo poderemos ver algumas dessas imagens...Duas das supostas estruturas piramidais foram encontradas cerca de 10 milhas para o interior enquanto a terceira está muito próximo à costa. A equipe está atualmente planejando uma expedição para alcançar fisicamente pelo menos uma das pirâmides para determinar se ele é natural ou artificial. Nenhum prazo foi dado a respeito de quando esta expedição será realizada.Em “O Mito das Doze Pirâmides do Mundo “ o autor James Donahue, explicou a lenda ” …A primeira, está localizada sob o gelo na Antártida. As outras estão no Tibete, Lemúria (um lendário continente perdidona região do Pacífico), Atlantis, México, Peru, Europa, Austrália, Canadá, Oriente Médio, Estados Unidos e, finalmente, o Egito.E aí meus amigos, será que as figuras das fotos são de fato pirâmides, ou seriam apenas montanhas com esse formato?Quando amanhecer, você já será um de nós...Não deixe de dar uma conferida nas redes sociais do blog Noite Sinistra...

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III. 5 – Os Crânios de Cristal

Em algumas ocasiões, os Antigos refletiam sobre a natureza cristalina de nosso corpo e espírito, pois eles imitavam a forma humana e seus padrões de energia, entalhando em cristal sólido.Sem dúvida, a mais famosa e enigmática peça de cristal antigo descoberta até agora, é o Crânio de Cristal de Mitchell Hedges. Um dia, em 1927 o explorador F. A. Mitchell Hedges estava limpando o entulho do topo de um templo em ruínas na cidade

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João Fernandes da Silva Júniormaia de Lubaantum, localizada nas Honduras britânicas, atualmente Belize, quando sua filha Ana, de 17 anos, que o havia acompanhado, viu algo brilhando na poeira abaixo. Ana encontrou um crânio finamente entalhado e polido, feito de cristal de rocha, em que faltava a parte da mandíbula. Três meses depois, ela localizou a mandíbula numa escavação a 25 pés do primeiro local.Ele corresponde aproximadamente em tamanho ao crânio humano, com detalhes quase perfeitos, mesmo restaurando o crânio com as proeminências globulares, que são características de uma mulher.Em 1970, o conservador e restaurador de arte Frank Dorland teve permissão para submeter o crânio de cristal a testes conduzidos nos Laboratórios Hewlet Packard em Santa Clara, Califórnia. Destes testes e de estudos cuidadosos feitos pelo próprio Dorland, o crânio revelou muitas anomalias. Quando submerso em álcool benzílico, com um feixe de luz passando através, tanto o crânio como a mandíbula vieram do mesmo bloco de quartzo. O que impressionou muito as pessoas envolvidas no teste é que eles perceberam que o crânio havia sido entalhado com total desrespeito ao eixo natural do cristal no quartzo.Na cristalografia moderna, o primeiro procedimento é sempre determinar o eixo, para prevenir fraturas e quebras durante o processo subsequente de moldar a forma. Então, parece que quem fez o crânio empregou métodos pelos quais essas preocupações não são necessárias.

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O artista desconhecido também não usou instrumentos metálicos. Dorland não conseguiu encontrar sinais de qualquer metal que deixasse marcas no cristal quando o analisou com um microscópio muito potente. Na verdade, a maioria dos metais não teria sido efetiva, pois o cristal tem uma gravidade específica de 2.65 e um fator de dureza Mhos de 7. Em outras palavras, mesmo um canivete moderno não pode fazer uma marca nele.A partir de minúsculos padrões no quartzo próximos das superfícies esculpidas, Dorland determinou que o crânio fosse primeiramente cinzelado em uma forma rudimentar, provavelmente com o uso de diamantes. O aperfeiçoamento da forma final, a lapidação e o polimento, conforme acredita Dorland, foi feito por inúmeras aplicações de soluções de água e areia de cristal de silicone. O grande problema está em que, se este fosse o processo usado, isso significaria que haveria necessidade de um total de 300 anos terrestres de trabalho contínuo para a confecção do crânio. Devemos aceitar este fato praticamente inimaginável ou admitir o uso de alguma forma de tecnologia perdida na criação do crânio e de que atualmente não há nenhuma tecnologia equivalente. O enigma do crânio, entretanto, não termina aqui. Os arcos zigomáticos (o arco ósseo que se estende ao longo dos lados e parte frontal do crânio) são precisamente separados da peça do crânio e agem como tubos de luz, usando princípios similares aos da

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João Fernandes da Silva Júnioróptica moderna, para canalizar luz da base do crânio para os orifícios oculares. Estes, por sua vez, são pequenas lentes côncavas que também transferem luz de uma fonte abaixo, para a parte superior do crânio. Finalmente, no interior do crânio, está um prisma e minúsculos túneis de luz, pelos quais os objetos que são colocados abaixo do crânio são ampliados e aumentam o brilho.Richard Garvin, autor de um livro sobre os crânios de cristal, acredita que o crânio foi desenhado para ser colocado sobre um feixe de luz voltado para cima. O resultado, com as várias transferências de luz e efeitos prismáticos, iluminaria todo o crânio e faria com que os orifícios se tornassem olhos brilhantes. Dorland realizou experimentos usando esta técnica e relatou que o crânio “se acende” como se estivesse pegando fogo. Outro achado sobre o crânio de cristal revela conhecimento de pesos e pontos de fulcro. A peça da mandíbula se encaixa precisamente no crânio por dois orifícios polidos, que permitem que a mandíbula se mova para cima e para baixo.O próprio crânio pode ser balanceado exatamente onde dois pequenos orifícios são trespassados de cada lado de sua base, que provavelmente antes continham suportes de suspensão. O equilíbrio nestes pontos é tão perfeito que a menor brisa faz com que o crânio balance para frente e para traz, com a mandíbula abrindo e fechando como contrapeso. O efeito visual é o de um crânio vivo, falando e articulando.

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A questão, é claro, é - para que propósito isto serve? Ele foi apenas desenhado pelo seu artista como um brinquedo inteligente ou peça de conversação ou ainda, como acredita Dorland, ele seria usado como um instrumento oracular, através dos estranhos fenômenos associados ao crânio de cristal, que desafiam explicações lógicas.Observadores relataram que, por razões desconhecidas, o crânio mudará de cor. Às vezes, a parte frontal do crânio fica enevoada, parecendo algodão branco. Outras vezes ele se torna perfeitamente claro, como se o espaço interior desaparecesse num vácuo. Num período de 5 a 6 minutos, um ponto escuro frequentemente começa a se formar no lado direito e lentamente escurece todo o crânio, depois vai desaparecendo, tão misteriosamente como chegou.Outros observadores viram cenas estranhas refletidas nos orifícios dos olhos, cenas de edifícios e outros objetos, mesmo quando o crânio está apoiado sobre um fundo preto. Outros ainda ouviram ruídos emanando de dentro e, ao menos em uma ocasião, um brilho distinto rodeou o crânio como uma aura por mais de seis minutos, sem que houvesse qualquer fonte de luz conhecida.A soma total do crânio parece alterar todos os 5 sentidos físicos do cérebro. Há mudanças de cor e de luz, ele emite odores, cria sons, proporciona sensações de calor e de frio para aqueles que o tocam, mesmo

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João Fernandes da Silva Júniorquando o cristal havia permanecido a um temperatura física de 21°C sob todas as condições e produziu até sensações de sede e às vezes de gosto em poucos casos. Dorland é de opinião que o que está ocorrendo em todos estes fenômenos é que o “cristal estimula uma parte desconhecida do cérebro, abrindo uma porta psíquica para o absoluto”. Ele observa: “os cristais emitem continuamente ondas de rádio. Desde que o cérebro faz a mesma coisa, eles interagem naturalmente”. Ele percebeu também que ocorrências periódicas no crânio de cristal são devidas às posições do Sol, da Lua e dos planetas no céu. A pesquisadora Marianne Zezelic concorda que o crânio foi usado primariamente para estimular e amplificar as capacidades psíquicas nos que o manuseavam. Ela observa: “O cristal serve como um acumulador de magnetismo terrestre. Quando se olha fixamente o cristal, os olhos entram numa relação harmônica, estimulando o magnetismo coletado naquela porção do cérebro conhecida como cerebelo. O cerebelo portanto se torna um reservatório de magnetismo que influencia a qualidade do fluxo magnético através dos olhos, originando assim um fluxo contínuo de magnetismo entre o observador e o cristal. A quantidade de energia que entra no crânio eventualmente aumenta numa tal proporção que afeta os polos do cérebro, uma região que se estende logo acima dos olhos, contribuindo para o fenômeno psíquico”.

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Indo além, Tom Bearden, um especialista no campo de estudos psicotrônicos, acredita que, em mãos de um mediador qualificado e focalizador mental, o crânio de cristal também serviu, não somente como veículo para transformar o campo de energia vital em energia eletromagnética e noutros efeitos físicos, mas também auxiliou na cura, pela alteração de sua ressonância cristalina para combinar com as frequências da mente e do corpo do paciente, e afetando as energias curadoras no crânio, que então se manifestariam no campo áurico do paciente. O crânio seria usado, portanto como um amplificador e um transmissor de forças de energias psíquicas e da terra (telúricas).Observando a soma total de habilidades e conhecimento incorporados a respeito do crânio Mitchell-Hedges, a ciência moderna tropeça na maneira de explicar isto. O autor Richard Garvin sumarizou os achados com estas palavras: É virtualmente impossível hoje – num tempo em que os homens escalaram montanhas na lua – duplicar este achado. Somente as lentes, os tubos de luz e os prismas, apresentam uma competência tecnológica que a raça humana adquiriu apenas recentemente. Na verdade, não há ninguém no globo atualmente que poderia tentar duplicar a escultura. Não seria uma questão de aptidão, paciência e tempo. Simplesmente seria impossível. Como um cristalógrafo da Hewlett-Packard disse: “Essa coisa simplesmente não poderia existir”.

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Mas existe e enquanto não podemos explicar esses crânios de cristal em termos de qualquer forma de tecnologia conhecida, podemos explicá-los somente como produto de uma tecnologia muito mais adiantada que a nossa, mas que desapareceu e foi esquecida há muito tempo – a tecnologia de uma Idade de Ouro.

III. 6 – Imagens do Pretérito

Novas evidências sobre a mudança do eixo da Terra..

Horóscopo de Dendera. Imagem muito importante para explicar os eventos que ocorreram no passado e futuro.

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Eu descobri o que realmente aconteceu 10.500 anos atrás no evento que culminou o fim da era do gelo e o começo da nossa era moderna. Eu considero as eras da humanidade seguindo os ciclos do calendário Maia, por incrível que pareça é o mais correto, porque temos que usar a precessão dos equinócios. Apesar de que viveram milênios atrás e serem considerados trogloditas pelos atuais astrônomos, eles demonstram cada vez mais que eram excelentes astrônomos e simplesmente colocam a astronomia moderna em segundo plano, principalmente porque eles usam a precessão dos equinócios para marcar um evento catastrófico a cada 5.125 anos e que nós ainda achamos que é invenção de uns trogloditas de mais de 5.200 anos.Os egípcios também eram conhecedores de astronomia e nosso sistema de translação foi calculado precisamente pelos egípcios e contavam o ano: 365 dias e 6 horas, precisamente hoje, nós calculamos 365 dias, 5 horas e 48 minutos. Percebam que existia na época uma tecnologia e um conhecimento equivalente ao conhecimento do homem moderno, isso demonstra que tanto os Egípcios como os Maias conheciam o movimento dos astros tão bem como nós conhecemos hoje, apesar da relutância da ciência, esses conhecimentos foram adquiridos sem o uso de telescópios modernos. Veja que sem tecnologia como os cientistas de hoje eles tinham um perfeito conhecimento de cosmologia, uma vergonha para nossos cientistas!

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João Fernandes da Silva JúniorNão esquecendo que os Sumérios criaram todos os sistemas que hoje nós usamos, além de criar a roda, a escrita, a matemática, astronomia, a astrologia, as leis e a tecnologia que o homem ainda não conseguiu livrar-se, não conseguimos criar ainda uma tecnologia que seja capaz de superar o uso da roda! Veja que isso é grave para a ciência moderna e a tecnologia humana, que ainda não consegue sair da idade da roda e os cientistas chamam essas civilizações de trogloditas! Para sair da idade da roda temos que flutuar!Os Maias escolheram a dedo o que colocariam no calendário parece que tudo se encaixa perfeitamente. Cada ciclo do homem equivale há 5.125 anos que divididos em 5 ciclos, equivale a 25.625 anos, que é a precessão do planeta Terra. Acredito que esse valor não é aproximado, mas o correto, e os Maias já mostraram estarem corretos em suas medições. Hoje a arqueologia não consegue entender como teriam tanto conhecimento de matemática e astronomia? Ora, é chamar-nos de burros! Por que uma civilização antiga não pode ser mais avançada que a civilização moderna? Sendo que tudo que nós temos de tecnologia e avanços iniciarem-se na Suméria? É uma vergonha desconsiderá-los e até falta de ética, porque a ciência de hoje é pífia perto do que essas civilizações fizeram no passado, pense por um instante: 5.200 anos atrás civilizações construíram e criaram monumentos que hoje são um mistério até para engenheiros, que sem explicações coerentes reconhecem publicamente que os antigos construtores

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eram engenheiros tão capazes que hoje nem sabemos como e por que foram construídos. Só uma pedra que fica Baalbek em uma antiga cidade Sumeriana, há uma pedra de 1.200 toneladas que é considerada a mais pesada pedra esculpida do mundo, e até agora nenhuma engenharia conseguiria remover ou colocar uma pedra tão grande e tão pesada, em comparação a Columbia (ônibus espacial) pesava 99 toneladas!Eu, desde que comecei a escrever esse blog venho a cada dia desafiando a ciência mostrando que existem erros e má interpretação das mensagens que esses monumentos nos dão. Hoje não há mais o que se falar ou escrever, porque pode ser tarde demais. Então leia com atenção essas palavras e tente não desesperar-se sobre minhas pesquisas, mas eu acabei por descobrir o que realmente aconteceu e que acontecerá no futuro da Terra.

Por que alinhamentos com as estrelas?

Antes dos Maias, os Atlantes eram a raça dominadora da Terra e eles conseguiram sobreviver a destruição da Lemúria que afundou em uma inundação gigantesca em 15.625. Vou explicar essas datas no decorrer do artigo. Os Lemurianos sobreviventes do grande dilúvio saíram da antiga Lemúria e fundaram uma nova cidade no meio do Atlântico. Para prever e mostrar aos futuros habitantes da Terra eles construíram as pirâmides de Gizé e a esfinge em 10.500.

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João Fernandes da Silva JúniorPercebam a diferença de cor da cabeça da esfinge a prova definitiva de que ela foi acrescentada na época dos Egípcios pelo filho de Kufhu para representar-se como um deus. Na verdade era a cabeça de um leão ou de Hórus.Se observarmos atentamente a esfinge podemos perceber um detalhe: a cabeça da esfinge foi esculpida ou sobreposta ao corpo da esfinge original, é possível ver que há diferenças em materiais utilizados na escultura, diferenças na escolha da pedra: uma é mais escura e outra mais clara, significa a diferença de tempo de exposição ao sol em condições meteorológicas e materiais diferentes, isso é tão evidente que podemos notar nas fotografias. Na verdade Khafre, filho de Quéops (Khufu), fez a imagem de si mesmo como um deus. Esse poderio megalomaníaco veio de seu pai, Quéops que usurpou a grande pirâmide para si também. Nem mesmo a grande pirâmide foi construída por Quéops (Khufu), essa é uma mentira e falta de inteligência, falta de observação, oligarquia dos egiptólogos, falta de conhecimento e de vontade de descobrir a verdade e egoísmo principalmente, porque arqueólogos e egiptólogos são egoístas com a verdade e pior que isso lhes faltam muita criatividade e intuição. Eu sinto vergonha quando imagino como tudo isso poderia ser diferente se os arqueólogos parassem de ser tão arrogantes e autoritários e serem mais intuitivos e até mais criativos.Primeira pergunta: porque os Egípcios construíram barcos e os colocaram ao redor das pirâmides?

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Os Atlantes eram grandes navegadores e exímios construtores, conheciam astronomia, matemática e a geometria sagrada. E eles também eram remanescentes de seres que vieram das estrelas para povoar e viver em nosso Planeta. Os Atlantes não eram humanos, mas criaram os humanos, como os Anunnakis ou os Atlantes eram os próprios Anunnakis! Eu tenho um pouco de dúvida ainda, mas já imaginei que os Atlantes tinham ligações com os extraterrenos Anunnakis. Toda essa mania de que os arqueólogos tem de esconder a verdadeira história da humanidade é uma vergonha. Dizer que a Atlântida, ou, a Lemúria não existiram é querer esconder a verdade de que no passado eles eram a força que dominava todo o planeta um em cada tempo.Podem perceber que tudo que se escreve sobre Lemúria ou Atlântida, está envolta em mistério, mas por que esconderam de vocês por milênios que algumas sociedades tinham relações tanto com os antigos Sumérios, Maias e Egípcios? No decorrer do artigo vou demonstrar essas ligações. Esse segredo foi guardado de todos para esconder suas raízes, de que vocês são iguais aos deuses que vieram para Terra a intenção é esconder que você também é um extraterreno!Esse mapa é uma projeção do que seria o Mapa de Piri Reis! Ele era apenas uma parte de algo maior e o centro do mapa de Piri Reis era o Cairo ou a grande pirâmide, onde está aquele círculo seria o local da Atlântida e muito próximo o triângulo das Bermudas.

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João Fernandes da Silva JúniorTudo se encaixa perfeitamente não existe confusão apenas falta de informação!Nessa imagem o mapa de Piri Reis praticamente sobrepõem-se perfeitamente sobre o globo terrestre é uma prova de que Piri Reis usou mapas anteriores que serviram de base para fazer seu mapa com maior precisão. Piri Reis declara em uma nota ao pé do mapa que usou outros mapas como fonte para criar o seu mapa, eram mapas muito mais antigos. Então isso prova que os antigos sabiam que a Terra era redonda. E pior que isso, os mapas teriam que ser feitos usando coordenadas, e sabemos que para fazer um mapa perfeito precisaríamos saber sobre longitude o que naquela época ainda não haviam inventado o cronometro, sendo que o relógio foi inventado milênios depois. Expliquem: como ele fez o mapa com tanta precisão? Note que também a imagem em violeta é a imagem da antiga costa dos continentes no passado, ela não representa a forma dos continentes hoje em dia.A intenção de construir as pirâmides foi muito simples, achar o centro do planeta e marcar o centro do eixo da Terra, para que qualquer movimento do eixo de precessão fosse corretamente marcado. Eles criaram um marcador de precessão dos equinócios, o mesmo utilizado nas linhas de Nazca pelos Incas e pelos celtas em Stonehenge e Newgrange.Sabendo a posição das estrelas poderíamos calcular o ângulo do eixo da Terra em relação às estrelas, porque nós temos duas medidas principais à posição das

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pirâmides e a posição das estrelas do cinturão de Órion e os outros monumentos. Feito isso, agora é esperar os acontecimentos, porque os Atlantes sabiam que isso iria acontecer novamente e estão nos preparando para esse evento. Eles usaram as estrelas como um ponto de referência e uma estrutura muito forte e resistente a terremotos, que sobrevivesse muitas eras. Os Atlantes usaram as pirâmides como um marcador da mudança de eixo da Terra: construíram não só para eles, mas para eu e você que está lendo este artigo agora, para mostrar que a Terra irá mover-se em um angulo de 30° graus novamente, porque a Terra faz esse movimento a cada 10.500 anos. Não sei explicar porque, mas deve ser por algum motivo ainda que não saiba, mas acho que a verdade vai aparecer e vai ser um pouco chocante para todos, até desanimador. Eu acredito que as pessoas não estão preparadas para saber a verdade é muito difícil dizer ou escrever uma coisa dessas, dá muito medo, eu não sei como criei coragem de escrever.Os antigos habitantes da Terra encontraram um jeito de preservar o conhecimento para a eternidade, através da linguagem, o homem criou a linguagem, hieróglifos, escritas cuneiformes, pinturas rupestres e monumentos de mármore que suportavam terremotos. Esses segredos foram colocados em formas de monumentos para que um dia nós descobrirmos o segredo, porque não há ninguém para nos dizer! Eles sabiam disso.

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João Fernandes da Silva JúniorPor que construir monumentos baseados nas estrelas? (Aqui eu quero chamar sua atenção para esse detalhe, aqui eu provo que os arqueólogos são tão burros que dá até vergonha de ser humano) Porque as estrelas giram no céu, mas não saem do lugar, os monumentos se alinham à elas para marcar a posição no chão do eixo do nosso planeta em relação às estrelas, é um sistema de monitoramento tão perfeito que nem a ciência moderna conseguiu imaginar isso. Serve como coordenadas ou um cronômetro natural, para marcar a precessão da Terra, que será muito importante para nossa humanidade em 2012 ou quem sabe em um futuro. Agora é tarde, temos que culpar pelo erro as pessoas que subestimaram as antigas civilizações.*Nota: não estou contando com o ângulo de movimento das placas tectônicas, mas esse movimento é muito menor e só pode ser notado em milhões de anos e não em milênios!É o mesmo que deixar uma mensagem para a eternidade, esses monumentos foram feitos para isso, para nos lembrar dos homens do passado que eram muito inteligentes, muito mais que nós hoje em dia, porque poucos sabem quem eles foram, não deixaram uma dica apenas 3 enormes pirâmides de pedras e mármore.Criaram algo que pudesse superar as eras e assim criaram as pirâmides, monumentos que já passaram milênios e não foram destruídos por terremotos devastadores. As pirâmides de Gizé são muito mais antigas que 10.500 anos, foram construídas muito antes dos Egípcios existirem. Isso é simples de

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explicar, não há inscrições em suas paredes apenas grafites, que antigos ladrões de tumba ou faraós megalomaníacos fizeram para provar que eram superiores. Os Atlantes não escreviam, não usavam hieróglifos, porque não precisavam deixar mensagens, as mensagens são simples e estão gravados nas estrelas, eles falam com a linguagem que o pesquisador Robert Bauval explicou: astroglifos.A escrita só surgiu por causa da queda de nossa memória akáshica, antes os Atlantes não necessitavam de escrever, apenas com a memória Akáshica ativa, não há necessidade de lembrar, tudo está escrito em nossa memória é igual a memória fotográfica! Quando as pirâmides foram construídas não havia necessidade de hieróglifos, apenas depois da queda ou do dilúvio os homens começaram a esquecer de tudo e iniciou-se a escrita, antes da queda não havia necessidade de se escrever.Isso pode explicar que houve uma queda de quase todas as civilizações que existiam antes do dilúvio e tudo foi reconstruído a partir da nova era que se iniciou depois do dilúvio. Leia com atenção: o que eu acho uma falta de vergonha é colocar que as pirâmides foram construídas há 4.200 anos, sendo que uma pedra não pode ser datada por intermédio do carbono 14, só isso desmantela qualquer egiptólogo ou arqueólogo, não existe um modo de calcular a idade da grande pirâmide e de nenhuma delas! Não se pode calcular a idade de uma pedra! Tá confuso? Porque é mentira!

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João Fernandes da Silva JúniorQuéops ou Khufu não foram encontrados dentro das pirâmides do complexo de Gizé e nenhuma múmia ou sarcófago, para entrar na câmara do rei, temos que entrar ajoelhados ou engatinhando, não passaria um sarcófago por ali, então não era um túmulo!Não seria possível passar um sarcófago por essa entrada, na verdade a Grande pirâmide era um local de iniciação da escola do olho direito de Hórus.Quéops usou ou usurpou para si a grande pirâmide e o mesmo fez seu filho Khafre, que esculpiu seu próprio rosto na antiga e velha esfinge para dizer que foi ideia do rei ou de que ele era um deus.Na Europa, Stonehenge um complexo tão famoso quanto as pirâmides foi também criado para mostrar-nos que no dia do solstício de inverno, esse evento voltará a acontecer, todo o complexo se alinhará em um ângulo de 30 graus quando o eixo deslizar-se para a posição normal ou natural da Terra.Eu criei esse diagrama de Stonehenge, ele é também um marcador de precessão da Terra e em 2012 voltará a alinhar-se com o solstício de inverno fixado em 4.668, em um ângulo de 30 graus, onde está a data de 3.113 que foi o início da mudança do eixo do planeta Terra. Acredito que esse complexo também pode ter sido construído em 10.500, apesar de eu colocar 4.668, mas pode ser muito mais antigo. Outro detalhe é que não escrita em Stonehenge também, outra evidência de que foi criado antes da queda, antes do dilúvio universal.

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Os Maias possuíam uma escrita e podiam deixar algo escrito de forma a ser compreendido por gerações futuras, eles criaram o calendário Maia e os códices Maias, marcando também o dia do renascimento da humanidade. Eles usavam metáforas como parte de seu jeito de escrever, mas o que quer dizer renascimento? Nascer de novo! Quer dizer que você nasceu e vai renascer. Seria como ficar bebe novamente. Quer dizer que após os eventos, nada sobrará sobre a Terra e quem não morrer renascerá isso quer dizer renascer para eles.Quando termina um ciclo de 10.500 anos e o evento da mudança do eixo acontece, as civilizações são quase todas destruídas e apenas uma pequena parte sobrevive e com isso devem aprender a sobreviver sem mais nada e a reconstrução vai demorar anos e milênios, Não poderemos evoluir e voltaremos à idade da pedra, teremos que aprender a escrever novamente, você entende agora o que é queda?O que esses monumentos estão mostrando?É muito simples, mas como as pessoas sofrem de um tipo de amnésia depois da queda, não conseguem imaginar o que é, e ficam inventando um monte de absurdos e coisas mirabolantes para não explicarem nada, só para manterem um bando no poder. Quais são os monumentos que contam essas histórias? Quais são os livros que nos contam essas histórias?Os monumentos são as pirâmides, os códices Maias, a ilha da Páscoa, Machu Pichu Stonehenge e outras pirâmides ao redor do planeta. Os livros são: Torah,

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João Fernandes da Silva JúniorAlcorão, as placas sumerianas e a Bíblia. São poucas lembranças do passado e quase todas estão em algum lugar sendo tratados como religiões o envoltas em mistério da ciência oligárquica vivendo de favores da realeza.Os monumentos e os livros estão nos contando a história esquecida da humanidade, não é religião é a história de como a humanidade formou-se, mas muito mais do que isso eles estão contando sobre um evento catastrófico que irá acontecer possivelmente em 2012,2013 ou 2014. Esse evento foi marcado na Terra, com uma pedra fundamental e essa pedra fundamental são as pirâmides de Gizé.Vou relembrar outro artigo, principalmente sobre Stonehenge, a palavra vem do inglês arcaico "stan" = pedra, e "hencg" = eixo, eixo de pedra. Eixo significa uma reta que passa pelo centro de um objeto em rotação sobre esta reta. Eixo de rotação é o eixo em volta do qual se realiza o movimento de um corpo, o qual tem em cada ponto seu, a mesma velocidade angular. O eixo é geralmente representado por uma reta espacial. Você percebeu? Os antigos construtores de Stonehenge sabiam que a Terra girava sobre um eixo e foi assim que eles colocaram as pedras, eles montaram um calendário de equinócios, semelhante aos Maias, mostrando que cada ciclo de 5.125 anos tem uma marca específica e marca um evento que irá acontecer: a mudança do eixo da Terra.A palavra "stan" significa "Terra", o planeta é uma pedra, ele é um monumento circular representando o

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planeta Terra. Arqueólogos são um pouco desmistificadores de religiões e sempre tentam colocar mitos, deuses como crendices, aprendam deuses são extraterrenos e não são crendices, são reais como você e eu!Observe que não é coincidência, é real quem diz que não existe não conhece a verdade ou está te enganando.As pirâmides estão alinhadas com as três estrelas do cinturão de Órion. Em Stonehenge os antigos construtores alinharam com o solstício de inverno, apesar de muitos acharem que foi construído para o solstício de verão, mas eles não entendem de nada e já foi comprovado que o complexo foi montado para solstício de inverno, se isso é verdade eles estão nos mostrando à mesma mudança do eixo da Terra, sendo que a palavra Stonehenge quer dizer: "pedra do eixo da Terra". Stonehenge também marca esse movimento: o eixo da Terra. O eixo de Stonehenge estará alinhado novamente a um ângulo equivalente ao lugar de origem também, quero dizer que o monumento pode ser mais velho que 3.000 anos, pode ser que data de 10.000 a 8.000 a. C.. Um detalhe, essa teoria que eu coloquei em artigos anteriores e já foi testada e comprovada que a Terra desviou-se da posição quando Stonehenge foi montado, veja no vídeo abaixo como foram feitas as demonstrações. Eles montaram uma versão do complexo de Stonehenge, e devido a um movimento de translação da Terra, que eles consideraram apenas meio grau, o

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João Fernandes da Silva Júniorque eu acho não é real porque não temos uma marca de como e quanto o eixo desviou-se, quando colocou na posição correta todo o complexo ficou alinhado com o Sol e a luz do sol atingiu o centro na pedra principal. Esse alinhamento é muito importante para o complexo, porque ele foi construído para essa peculiaridade de alinhar-se com o Sol e a luz do sol projetar na pedra central.Esses monumentos nos mostram a mesma linha de pensamento, eles estão nos dizendo que devemos prestar atenção nos solstícios e nos equinócios. Mas como sabemos que o solstício de 2012 é importante e qual seria a ligação com os eventos anteriores. Bom, acho melhor sentar-se, porque não é uma coisa tão fácil de escrever e as pessoas morrem de medo, quando se fala em catástrofes, mas não será o fim do mundo com certeza, porque isso sempre aconteceu e os cientistas morrem de medo de falar, porque as pessoas podem ficar imprevisíveis, então mantenha sua ideia e sua calma de que isso é apenas uma teoria, tudo leva a crer que algo irá acontecer em um futuro distante, mas não se pode afirmar nada ainda. Quem não consegue entender que isso é apenas uma teoria vai logo dizendo que é o fim do mundo, mas é porque não compreendem o que isso significa.Observe outra coincidência: todos os monumentos estão alinhados formando uma linha reta e cruzando o ponto central da Terra que é o Egito ou o conjunto de pirâmides de Gizé. Existem duas linhas cada linha representa uma época específica, irei explicar no decorrer do artigo.

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Vamos aos detalhes: as pirâmides estão colocadas em uma linha reta, um alinhamento que liga Machu Pichu e as Ilhas da páscoa no oceano pacífico. Você vai perguntar: que raio de linha é essa que você achou no mapa mundi? Os Atlantes construíram esse alinhamento, antes da grande inundação que aconteceu logo após o degelo das camadas polares que inundaram muitas Terras, inclusive a Babilônia e todo o Egito, que ficou embaixo de água por longos anos e as pirâmides ficaram apenas com metade para fora da água do mar. *Nota: na abertura da grande pirâmide pelos árabes e franceses eles descobriram que as paredes tinham vestígios de uma cobertura de sal, sal do oceano. No artigo que você pode ler sobre uma embarcação que foi dada em nome de Khufu ou barco de Khufu A história do Egito é muito peculiar e quase não se fala muito sobre isso: trata-se de um dilúvio que destruiu todo o Egito e é contado nessa imagem abaixo o zodíaco de Dendera. Também a razão de se encontrar barcos ao lado da grande pirâmide, porque os egípcios que lá viveram fugiram em barcos como o barco acima que chamaram de barco de Khufu, uma bela mentira e falta de informação. De acordo com o zodíaco de Dendera os egípcios usaram grandes barcos para salvar quem pode da grande inundação. Pode até ter salvado Khufu, mas ele nem tinha nascido quando a pirâmide foi construída.

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Esse é o zodíaco de Dendera contando a história do povo egípcio sobrevivente do grande dilúvio. Toda a história do início do povo egípcio foi logo após esse evento catastrófico. Outro detalhe que você não sabe e não te contam é que o zodíaco de Dendera é contato em direção oposta ao que nosso planeta está girando hoje em dia, ele é a prova de que a Terra antes desse evento girava ao contrário do que gira hoje. Ele representa a abóbada celestial do antigo Egito, eu não acho que eles representariam o céu de forma errada, você não acha?Só não acredito ter pertencido a Khufu e sim aos sobreviventes da Atlântida. Quando a Atlântida afundou os sobreviventes seguiram até o monumento que lhes serviu de abrigo por um longo tempo até que as águas abaixassem. A pirâmide de Gizé ficou coberta por água até a metade e por algum tempo pode ter servido de abrigo. Pode ser que Khufu chegou até lá de barco, pode até ser verdade ser o barco de Khufu, mas não foi ele quem construiu as pirâmides. Existiu uma lacuna de tempo entre o dilúvio e a retomada pelo homem de mais de 1.200 anos depois do dilúvio. Logo que os primeiros árabes abriram as pirâmides encontraram depósito de sal nas paredes e o sal era do mar! Outro detalhe é que a esfinge tem marcas de erosão por água o mesmo que acontece em praias onde as ondas destroem uma pedra criando um efeito de erosão bem característico, e vou provar mostrando

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vários outras imagens que comprovam que a Esfinge ficou sobre as águas por muito tempo depois que as pirâmides!Observe as marcas que as ondas fizeram quando a água começou a descer criou esses sulcos na pedra causando uma erosão horizontalmente, porque o vento não poderia causar erosão na pedra seguindo o horizonte.Não descarto a ação do vento, pelo contrário tanto o vento causou erosão, mas as ondas das águas poderiam causar sulcos em linhas horizontais seguindo uma estrutura de erosão por maré, que só em locais onde tiveram oceanos e lagos no passado, observe nas duas fotografias abaixo. Você pode notar que a erosão erodiu tanto o cenário como na própria esfinge.Observe a erosão feita pela água, ela cria sulcos horizontalmente seguindo a maré causada pela água, ela cria uma escada, isso quer dizer que a água desceu e secou!Nessa imagem dá para ver os sulcos seguindo horizontalmente pela escultura é a prova definitiva que as pirâmides e a esfinge foram inundadas por água.O mesmo efeito de erosão pela água e observe como os sulcos se aprecem com os sulcos na Esfinge.O dilúvio que destruiu Atlântida chegou até o Egito e quase todo o planeta ficou sobre as águas e durante pelo menos alguns 1.000 anos essa água começou a descer e chegar aos níveis de hoje. Na verdade é tão

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João Fernandes da Silva Júniorsimples de explicar que você deve achar que é uma piada, não é. Como a água do mar subiria tão alto? Coisa de criança!Observe os sulcos que marcou a esfinge de Gizé, essa é a prova de que o dilúvio foi verdadeiro, existem várias provas e evidências que demonstram que o dilúvio existiu. Por que não mostram para você? Porque eles não querem saber a verdade mesmo que ela seja um prova definitiva! Eles querem refutar a existência de um Deus e refutar a Bíblia. Imagine que os árabes iriam mostrar que a Bíblia é verdadeira, existem muitos bloqueios para que isso não seja comprovado. Outro detalhe nessa imagem é a cabeça desproporcional em relação ao corpo, isso demonstra falta de perícia na colocação da cabeça posterior ao dilúvio.Existem duas explicações, mas as duas seguem o mesmo critério: a primeira é muito simples a aproximação de um planeta da Terra, segunda possibilidade a nossa Lua! Mas eu fico com a presença de um planeta ou anã marrom próxima do sistema solar.Observe nessa animação como seria uma maré gigante causada pela aproximação de um outro planeta, até mesmo a aproximação de nossa querida e estimada Lua. Qualquer planeta que entre em uma órbita próxima de Marte empurraria a Lua na direção da Terra, é uma hipótese bem lógica e seria claro surpreendente para nós humanos, mas não para corpos cósmicos.

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O sistema solar não é uma coisa previsível, por mais que os cientistas estão confiantes, isso não existe! É conto do vigário!Com a aproximação de um planeta ou uma anã marrom, até mesmo de nossa Lua, aumentando o efeito de maré causado pelo Sol e a Lua. Não há necessidade de aumentar a quantidade de água, apenas a maré causaria um Tsunami gigantesca destruindo quase todo o planeta, mas essa hipótese poderia acontecer caso um planeta entrasse em nosso sistema solar, não precisa assustar, esse evento seria não muito corriqueiro. Todo o universo é construído através de colisões entre galáxias, asteroides e planetas, e asteroides com o Sol, etc. São eventos quase comuns em larga escala. Mas tornam-se raros em sistemas solares estáveis. Podemos dizer que temos sorte de Júpiter e a Lua capturarem a maior parte dos asteroides, do que a Terra. Colisões de sistemas Solares ou até colisões de Sóis seriam eventos comuns. Não fique chocado com um tipo de evento como esse, é bem normal em nosso universo.Não é colisão de planetas, mas apenas uma passagem, que criaria um evento catastrófico para a humanidade, mas perfeitamente comum para um planeta. Não se preocupe que não haveria o fim do mundo, mas eventos causados pela aproximação de algo muito maior que a Lua causaria grandes desastres naturais. Quando eu escrevo sobre isso uma minoria que não consegue entender ou ler o que significa, acha que é o Fim do mundo, não seria não, apenas pequenas

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João Fernandes da Silva Júniormudanças telúricas pelas quais a Terra já passou. Esses efeitos podem ser mínimos e podem ocorrer não agora, mas em um futuro próximo. Os governos e a NASA não comentam porque eles querem as pessoas trabalhando e se algo fosse comentado seria um caos para as elites que controlam o planeta, para eles seria o fim do controle sobre o ser humano.Sabemos que a água está há 8 km acima da superfície, esse é o efeito da força centrífuga do giro da Terra sobre as águas. É claro que um evento como esse moveria também as placas tectônicas, porque elas não estão grudadas em uma pedra, mas flutuando sobre uma camada líquida e viscosa. É normal que gire de acordo com a aproximação de algo muito maior que a Lua causaria distúrbios que são terremotos.A Terra é um esferoide oblato não é uma esfera perfeita. Esse efeito é relativo ao giro ou força centrífuga, causado pelo giro do planeta sobre seu eixo, se a Terra não girasse seria uma esfera perfeita.Por exemplo, na extinção dos dinossauros houve um cataclismo que pode ter diminuído a rotação da Terra e causado inundações e Tsunamis por todo planeta, porque o impacto foi suficiente para reter a rotação da Terra do mesmo jeito que pode aumentar a rotação. Nessa imagem você pode perceber que o impacto foi no leste então pode ter diminuído a rotação em alguns quilômetros, se o impacto fosse no oeste poderia aumentar a rotação. A ciência precisa se ater a pequenos detalhes e observar mais, intuir mais, até mesmo confiar em livros que contam a história de nosso povo, como a Bíblia, o Alcorão e a Torah.

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Outro efeito que seria possível causar um dilúvio na Terra é se a ela parar de girar isso causaria um evento bem parecido com o dilúvio, veja as ilustrações abaixo, a altura das águas dos oceanos é mais ou menos de 8 km acima do nível normal, se a Terra não oferecesse o efeito centrífugo. O efeito é parecido quando você gira um balde cheio de água ao redor de seu corpo, quando está girando, a água não cai e não sai do balde, ela fica presa no fundo do balde, se parar e manter o balde na mesma posição a água cairia no chão. No caso da Terra a água sobe em direção do giro, isto é para cima, se a Terra parar de girar a água desce e inunda as regiões costeiras.Veja nessa ilustração, como a Terra gira sobre seu eixo ela cria um efeito centrífugo que joga as águas do planeta para cima, mais ou menos 8 km de altura, se a Terra parar de girar por alguns minutos toda a água inundaria as regiões costeiras, não precisaria de um dilúvio apenas se a Terra parasse de girar toda a água se acomodaria de forma a ocupar as regiões costeiras. Um tsunami mundial causaria um dilúvio, essa é outra explicação sobre como pode acontecer um dilúvio, esses são possibilidades e podem realmente acontecer, não é conto de fadas! Qualquer cientista renomado pode confirmar para você, isso é física!Nessa imagem observe a Terra como seria em caso de uma força centrípeta zero, as águas inundariam as regiões costeiras. Não sei se chegariam nessas alturas, mas é apenas uma ilustração. Boa parte das regiões costeiras seria inundada, nem precisa chover 40 dias e

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João Fernandes da Silva Júnior40 noites! Você vê como é fácil de explicar o dilúvio! Um pouquinho de intuição e conhecer física. Mas para a ciência a Terra nunca pararia de girar é impossível! Acho que eles esqueceram que não existem possibilidades que não acontecem. Se um asteroide atingisse a Terra em direção contraria ao giro do planeta poderia impedir que a Terra girasse de forma normal, como um freio na velocidade da rotação.Voltando ao tema do artigo: antes do dilúvio, houve o crescimento das calotas polares no polo Norte e no polo Sul, devido ao aumento da temperatura em toda a Terra empurrando vapor de água para a atmosfera e caindo como neve nos polos. Foi assim que as calotas polares formaram-se, porque a água do mar evapora e forma a camada de vapor de água sobre a atmosfera e a chuva cai em forma de neve. Quanto mais quente o planeta, mais água evapora e formando mais placas ou geleiras no polo Norte e Sul, sempre através da neve. Na zona equatorial o excesso de água cai em forma de chuva. Mas todo o excesso de água ficará acumulado na atmosfera em forma de vapor de água! Por isso quanto mais neve cair no polo Norte significa que a água está sumindo dos oceanos e acumulando nos polos. Para um cientista não a quantidade de vapor de água não será muito alta, porque quando o vapor cai como chuva ou neve ele não é processado nos dados! A quantidade de vapor de água produzida pelos oceanos entra na atmosfera com vapor de água e desce com chuva e neve, isso confunde as medições.

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O excesso de água da Terra está em forma de neve ou em calotas polares, como é em Marte. Na Terra é o mesmo processo a água transforma-se em vapor de água e desse em chuva ou neve, então boa parte da água da Terra está preservada em forma das placas de gelo. No futuro quando começar a nova era do gelo, essas placas irão aumentar e boa parte das águas do oceano irá para a atmosfera e será depositada nos polos formando uma camada de gelo esfriando todo o planeta. É muito simples explicar como isso funciona e até mesmo como funciona a era do gelo, não precisa de muita massa cerebral, apenas de refutar ideias obsoletas.Quando a Atlântida afundou a cidade estava em uma parte do oceano que hoje está sob as águas, mas no futuro estará novamente na superfície, porque a água que cobre as costas um dia voltará a pertencer aos polos Sul e Norte. Porque toda a Terra entrará em glaciação e os oceanos serão menores, porque a água será transformada em neve.Observe esse mapa com atenção, e vai perceber que existem locais que estão abaixo do mar e outras estão muito mais baixas. As áreas próximas aos continentes formam planaltos mais altos do que outras parte bem mais baixas e estão em azul mais claro, bom essas partes em azul claro estavam expostas na era glacial porque o nível do mar era muito mais baixo.Comparar esse mapa de Piri Reis com os mapas modernos é uma tremenda burrice! Até quando vamos ter que ler essas sandices em nossos livros escolares,

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João Fernandes da Silva Júniormentiras e falta de informação de uma ciência ortodoxa e completamente desprovida de intuição inteligência, é como comparar ao tempo em que essa mesma ciência acreditava que o Sol girava ao redor da Terra!Perceba nessa imagem ao lado onde eu removi do fundo do mar e as partes que estão hoje sob os oceanos, comparei com o mapa de Piri Reis, eu fiz isso porque o mapa representa a Terra e os continentes quando as regiões costeiras não estavam inundadas ainda, isso prova que o mapa em que Piri Reis baseou-se, era de pelo menos 10.500 anos atrás e os oceanos não estavam tão altos quando o nível do mar era mais baixo e depois do dilúvio inundou boa parte dessas regiões, isso explica também porque Yonaguni foi totalmente inundada pelas águas, observe que eu estou mostrando a verdade para você, não precisa de muita informação nem ser formado em geociência para descobrir, é realmente muito fácil basta pensar um pouco e usar intuição, lógica só atrapalha o funcionamento do seu cérebro!O mapa de Piri Reis é na verdade uma cópia do mapa feito pelos antigos atlantes de 10.500 a. C., ou muito mais antigo! Você percebe que a mentira tem perna curta e a memória akáshica é verdadeira. Esse mapa de Piri Reis representa o contorno dos continentes em um futuro daqui pelo menos 5.125 anos no futuro, quando a Terra estiver em uma era do gelo, e os oceanos retraírem eles formarão essa composição dos continentes. Muitos acham que o mapa de Piri Reis está errado, mas é porque eles usam o mapa oficial da

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composição de hoje em dia, quando o mapa foi manufaturado ante de Piri Reis, que apenas copiou de mapas originais que os antigos Atlantes fizeram, de um conformação diferente, provavelmente da antiga era do gelo. Perceba que muito de nossa história genética está sendo perdida por causa de cientistas ortodoxos e megalomaníacos! Parabéns a eles, pela ignorância do povo! Eu gosto sempre de desafiá-los porque a ignorância não vem de gente pobre, mas de gente que se acha o rei da cocada preta!Na época do florescimento das civilizações ocorreu o aumento das calotas polares através do aumento de temperatura da Terra, isso fez com que a água evaporasse e caísse em forma de chuva ou neve nos polos, houve uma retração dos oceanos que aos poucos as pessoas retomaram as cidades que um dia forma inundadas, isso aconteceu em boa parte da Europa e da Ásia e África. O Egito aos poucos foi sendo reconstruído pelo novo povo Atlante sobrevivente do grande dilúvio e assim em outras partes do mundo. Observe os alinhamentos na figura abaixo: as pirâmides, Machu. Pichu e a Ilha da Páscoa estão alinhadas em um circulo ao redor da Terra. Há outros alinhamentos, mas devemos considerar apenas o alinhamento da linha em azul. Porque é o alinhamento que nos diz a verdadeira posição do equador em 10.500 anos atrás.

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João Fernandes da Silva JúniorA linha do equador representa o eixo depois de 5.125 anos atrás quando o eixo saiu da posição normal, que pode ser a linha azul onde o Cairo como centro, Machu Pichu e a Ilha da Páscoa. A linha Amarela é outro alinhamento, mas o mais importante é o da linha azul. Esses alinhamentos não são apenas posições idiotas eles são coincidentes foram construídos para ser usados como marcadores do eixo da Terra.Nessa ilustração o alinhamento de 30 graus, alinhado com o cinturão de Órion. Se a Terra alinhar-se com o ângulo de 30 graus de acordo com a posição correta do ângulo do equador da Terra, Essa seria a posição dos continentes com a Terra 30 graus de alinhamento.A linha central vermelha é a linha do equador de hoje em dia e a outra linha em um ângulo de 30° graus é o alinhamento que os Atlantes fizeram alinhando as pirâmides, com Machu Pichu e com a Ilha da Páscoa, quero dizer que os Atlantes fizeram esse alinhamento para mostrar que esse era o equador exatamente na construção das pirâmides em 10.500 a. C. e que agora voltará a ser a linha do equador até os próximos 10.500 anos.Depois de estudar alguns livros e muitas informações eu caí em alguns deslizes que os arqueólogos se esqueceram de esconder, você pode confirmar com qualquer cosmologia a que quiser que eles digam que a Terra está 30 graus fora do eixo!Eu descobri isso e logo imaginei: Nossa que safados! Então quer dizer que a Terra foi desviada do eixo há 10.500 anos atrás!!! Que vergonha, cientistas!

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Enganando o povão! Só para comprovar isso Robert Bauval, argumentou que as estrelas do cinturão de Órion estão 45 graus fora da posição que deveriam estar.Algumas comparações com o cinturão de Órion, só para confirmar que seguem um planejamento e que não foram criadas a esmo. O que a maioria dos arqueólogos acha ridículas estão aí para você ver que não são inverídicas.Nessa imagem a diferença devido a mudança do eixo da Terra em relação ao cinturão de Órion. O que eu vou te mostrar depois é que esse alinhamento acontecerá sem muitos prejuízos ao planeta, haverá muitos terremotos e o alinhamento está corrigido, talvez entre 2012 até 2014, acho que os terremotos serão de 8.9 na escala Richter até atingir a posição de 30 graus Sul. Na imagem acima não é as estrelas que giraram 30 graus, mas a Terra! Aqui você vê a posição correta da constelação de Órion m 10.500 a. C. projetada pelo computador e uma fotografia da posição original que nós vemos hoje em dia uma diferença entre 45 graus e 30 graus de acordo com a hipótese de Robert Bauval a Terra movimentou-se no eixo em um ângulo de 30 graus mais ou menos, isso aconteceu abruptamente ou em vários anos, de acordo com a história não contada dos egípcios houve vários terremotos que acabou com guerras e conflitos em terras egípcias.

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Você pode achar que eu estou usando dados e te enganando, mas vou mostrar mais dados estarrecedores, sente na cadeira respire fundo que vem bomba! Observe a imagem abaixo, é realmente de tirar o fôlego se não quiser ler mais, por favor, mude de blog. Você pode achar que eles não fizeram deliberadamente o alinhamento, mas não foi eles quem construiu vários monumentos que podem ser encontrados em Gizé. Eles colocaram as pirâmides exatamente no local onde a via láctea está exatamente ao lado do Nilo que também representa a via Láctea. O pior é que o desenho da via Láctea é igual ao desenho do rio Nilo! Não é brincadeira, eles copiaram a via Láctea usando o Nilo! As pirâmides de Djoser e a pirâmide Mastaba em Saqqara são as estrelas da constelação de Auriga. Você vê que não precisa ser muito inteligente ou um egiptólogo para entender a mente dos construtores das pirâmides no Egito.Eles colocaram as pirâmides exatamente ao lado do Nilo, recriando os céus de 10.500 anos atrás, veja que não há dúvida nenhuma! Eu gosto de mostrar desenhos porque não tem como desmistificar, mas existem mais segredos e eu estou aqui para mostrá-los para você, muitos acham que eu copio de outros sites, mas não é isso é memória akáshica e eu uso muito mais que 10% de meu cérebro!O pior vem agora: se as pirâmides estão alinhadas com as estrelas do cinturão de Órion porque as pirâmides estão apontados para o Sul? Observe a

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imagem abaixo eu retirei do Google Earth com a Terra na posição normal, observe que para alinhar as pirâmides com as estrelas do cinturão de Órion teríamos que girar a Terra quase 90 graus Norte para que as pirâmides se alinhem com as estrelas e o centro da galáxia ou Hunab ku dos Maias.Essa é a posição correta das pirâmides na Terra, será que os egípcios alinharam erroneamente? Não esse é o segredo eles não errariam esse alinhamento.Agora você vai entender o que é que está errado no alinhamento!Girando a Terra para alinhar com as pirâmides acontece isso. A Terra irá inverter o eixo e o polo Norte será o polo Sul, você viu que a coisa complicou. A Terra irá girar na posição que estava exatamente em 10.500 A. c e irá girar em sentido horário. Lembra-se que eu expliquei sobre o zodíaco de Dendera, o zodíaco gira em sentido horário exatamente como céu no Egito girava em sentido horário, isso também confirma o que os índios Hopi também diziam que a Terra sempre girou no sentido horário!Muito simples de explicar, o problema que é difícil de engolir, mas vai acreditar quando tudo começar a girar nos eixos!

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Na ilustração abaixo você vai perceber que a Terra quando mudar o seu eixo de rotação, irá mudar o polo Norte e para o polo Sul. De lugar, a consequência é que tanto o continente Australiano, EUA, Canada e México ficarão na Zona de perigo ou na zona da nova era do Gelo. O ângulo de 30° graus será sobre a pirâmide, porque ela está localizada no centro geométrico da Terra. Se acontecer isso realmente irá mudar o panorama político da Terra.Na imagem você pode perceber que abaixo da zona da era do gelo serão afetados pela glaciação e esses países serão cobertos por uma enorme camada de gelo por pelo menos 5.125 anos no futuro. Nas imagens abaixo eu criei um panorama seguindo um alinhamento de apenas 30 graus do eixo normal, os EUA, Austrália, e parte da África ficaram na zona de perigo o polo Sul e Polo Norte. Eu fiz essa animação para mostrar como ficaria o planeta com apenas 45 graus de movimento do eixo, não seguindo a ideia principal que eu propus de que as pirâmides deveriam estar alinhadas com o cinturão de Órion. A ideia é que não são as pirâmides que estão 30 a 45 graus fora do alinhamento, mas o eixo da Terra! Esse eixo vai ser corrigido pelo próprio planeta ou um evento que poderá fazê-lo de forma a corrigir o desvio do eixo.

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Engraçado que a maioria dos cientistas acha que as pirâmides estão em posições fora do alinhamento, mas é o planeta que desviou do eixo 10.500 anos atrás por algum motivo que nós não conhecemos ainda. Esconder essas verdades do povo em geral é tão maléfico! Eu posso desafiar os cientistas a provarem para mim que a Terra não desviou 30 a 45 graus do seu eixo desde 10.500 anos atrás agora o pior é que a Terra irá corrigir essa mudança, algum dia isso vai acontecer! Porque não é possível a Terra girar e não voltar ao primeiro estágio que estava girando, porque as estrelas giram no céu em relação à rotação da Terra, elas não giram porque o universo está girando, entendeu? O céu não gira, ele se mantem fixo por um longo, longo tempo, o que gira, é o planeta! Então é óbvio que a constelação de Órion irá voltar a ficar na mesma posição que começou o giro! É o mesmo quando gira o corpo, tudo gira em relação ao seu giro, tudo ao seu redor está fixo!Esse panorama é o que mais está correto lembrando que a geleira de Quelcaya no Peru formou-se exatamente em um evento como esse. Se a Terra girou em apenas alguns minutos poderia congelar as plantas que foram encontradas em estado puro, depois de um congelamento repentino. Acredito que não é um evento muito rápido, mas de longa duração, mas devastador espero que eu esteja bem errado em minhas conclusões. Pelo que eu estou percebendo através desses modelos é que os cientistas já sabem disso e apenas estão empurrando com a barriga.

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Quando os Atlantes construíram as pirâmides foi para saber exatamente quando aconteceria esse movimento, mesmo sem saber a data do evento, conhecendo os alinhamentos é possível saber que isso aconteceu e irão acontecer no futuro sempre a cada 10.500 anos. Podemos dividir em duas fases de acomodação das camadas e do degelo das camadas. Porque quando a Terra faz esse movimento de correção do eixo a era de Gelo começa e depois no movimento ao contrário a era de gelo termina. Quando a era de gelo começa os mares se retraem, porque uma grande quantidade de água irá virar gelo e duram anos até milênios. Quando o pico da era do Gelo começa, a Terra já está bem perto de um novo evento, porque 10.500 anos depois há outro movimento do eixo terrestre de 30° graus no sentido oposto ao primeiro, nesse instante é o fim da era do gelo e a Terra voltará na posição que estamos hoje, mas antes, as capas de gelo deverão derreter e inundar as costas dos novos continentes e novas Atlântidas e Lemúrias será inundado.Na verdade esse alinhamento existia há muito mais que 10.500 anos, antes do final da era do gelo, quando os homens de Neanderthal e os Mamutes

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desapareceram e o homem e chimpanzé conseguiram sobreviver.Por que sobreviveram?É muito simples, o homem de Neandertal e os Mamutes viviam em temperaturas quase abaixo de zero, eram perfeitamente adaptados ao clima frio, mas o homem e o chimpanzé dependiam de certo tipo de clima específico, entre 23 a 35 graus mais ou menos como nós vivemos hoje em dia, eles viviam em temperaturas talvez mais quentes no continente africano. Os homens só viviam em locais onde o calor era suficiente para viver, quando a temperatura voltou ao normal, isto é, terminou a era do gelo o homem espalhou-se pelo mundo e que nós chamamos e os arqueólogos de "out of África", saindo da África.As Terras foram inundadas, porque as inundações eram causadas pelo rápido degelo das calotas polares, quando a Terra estabilizou-se, os terremotos diminuíram e as tsunamis também, as inundações cessaram e começou uma acomodação das águas do mar tornando-se como hoje em dia, mas o degelo não parou e continua até hoje e até começar novamente a nova era de gelo.20.000 anos atrás, marca o pico de glaciação sobre a Terra e pode ter começado exatamente 5.770 anos antes, se colocarmos a Terra seguindo um ciclo de 25.625 anos, então a próxima era do Gelo irá começar em 2012 e em 5.125 anos no futuro boa parte da Terra estará coberta por gelo novamente e acredito que o

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João Fernandes da Silva Júniorplaneta estará entrando em uma nova era de extinção de animais bem como de toda a humanidade. Vou explicar com detalhes: Robert Bauval descobriu que as pirâmides foram construídas em 10.500 a. C., exatamente no final da grande era do gelo que atingiu a Terra. Um detalhe: durante a era do gelo boa parte das águas dos oceanos foi transformada em gelo e logo depois evaporaram e caíram em forma de neve, muitas das terras que estão inundadas hoje, estavam na superfície como a Atlântida a Lemúria e a cidade perto do Japão chamada Yonaguni.Quando a Terra começar a nova era do gelo as águas do oceano vaporizam-se e retornarão como neve e assim esse processo em 5.125 anos irá criar uma capa de gelo muito espessa e nesse processo a água do mar começará a retroceder para um nível muito baixo, revelando antigas cidades que desapareceram milênios atrás como a Lemúria e Atlântida. Esse é um perigo para os humanos, porque novas civilizações podem querer viver nessas localidades novamente e serão inundadas por um novo dilúvio no futuro. Há 5.125 anos quando houve o degelo das camadas no polo Sul e polo Norte, muitas terras foram inundadas e que pode explicar o dilúvio da Bíblia, eu quero chamar a atenção dos pesquisadores para esse fato, que ainda não foi nem imaginado pela ciência, mas é bem possível de ser demonstrado, eu posso mostrar várias anomalias e várias evidências de como isso aconteceu. Essas evidências são verídicas, mas depende de certa capacidade para entendê-las.

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A água quando evaporou perdeu o sal e nesse processo criou uma grande capa de gelo sobre os polos, acredito que 50% da água dos oceanos foram transformadas em grandes capas de gelo que cobriram boa parte do polo norte e do polo sul. Entre 10.500 e 10.000 a. C., houve um rápido degelo das calotas polares que continham muita água em forma de gelo e, com isso, várias cidades que estavam nas costas dos antigos continentes foram inundadas e hoje conhecemos uma delas e se chama Yonaguni, na costa do Japão, isso demonstra que algumas civilizações não sabiam dessa mudança do eixo, ou sabiam e não se interessavam por isso. Como a camada começou a crescer novamente em alguns anos irá mudar de lugar porque a Terra mudará seu eixo 30° para o Sul ou Norte.O degelo praticamente foi total, a Terra esquentou muito, com a mudança do eixo em 10.500 a. C. A Terra ficava agora sem uma grande capa de gelo isso provocou mais desastres por causa do calor que continuou durante um bom tempo com inundações e tsunamis por todo o planeta, essa característica levou os homens a viverem no mar por certo tempo até que os oceanos se estabilizassem e assim as futuras civilizações que hoje nós conhecemos surgiram. Isso prova que o dilúvio relatado na Bíblia é verdadeiro, porque essas mesmas histórias são contadas por outras civilizações. Os sumérios e os hebreus contam histórias semelhantes de um herói que salvou o povo e liderou suas civilizações.

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João Fernandes da Silva JúniorA maioria das civilizações começaram 5.200 anos atrás, exatamente depois do degelo das calotas polares e com o aumento da temperatura. Agora em 2012 nós estaremos entrando exatamente no inicio da era do gelo que levará 5.200 anos para criar uma enorme camada de gelo sobre os polos. O efeito será muito estranho porque a maioria dos oceanos irá sofrer um aquecimento suficiente para evaporar água e cair em forma de neve, mas boa parte da água ficará em uma camada de vapor de água acima da Terra que irá esfriar mais ainda o planeta então a velocidade de esfriamento é muito rápida também. Isso acontecerá a partir de 2012 até 7.137 onde haverá o pico da nova era do gelo e a mudança do eixo da Terra novamente. Haverá a extinção de boa parte dos animais que não conseguirem adaptarem-se as novas temperaturas que serão muito baixas em certos lugares do planeta, mas nem todos os lugares serão afetados, mas haverá uma mudança da costa dos continentes, devido a retração dos oceanos, com isso as pessoas irão para a parte mais baixa de terra e serão provavelmente destruídas, porque o degelo irá inundar novamente as terras mais baixas e acontecerá um novo dilúvio 12.262, também com um novo Noé, se a nossa civilização não aprender a confiar nas antigas civilizações. Como haverá o movimento gradual do eixo da Terra em 30° para o Sul, os países do hemisfério Norte entrarão na zona de era do gelo, países como: Canadá, EUA, México, Cuba podem entrar nessa zona de perigo onde serão destruídos por ondas de frio e nevasca interminável.

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Você deve estar achando que é um monte de baboseira, então vamos a verdade. Eu montei essa ilustração para você entender como os Atlantes fizeram as pirâmides. Alinhando com o cinturão de Órion, é possível fazer uma coordenada ou um ponto fixo no céu, porque o céu sempre volta ao mesmo lugar devido ao movimento giratório da Terra e também a precessão da Terra que é de 25.625 anos, seguindo esse raciocínio a Terra voltaria ao mesmo ponto desde que foi alinhado com as estrelas do cinturão de Órion. Bom, se eles colocaram as pirâmides alinhadas com as estrelas por que as pirâmides estão fora de sincronia ou fora do alinhamento?Simples: porque a Terra girou 30° graus em um sentido, mas nós não podemos saber que sentido ela girou, esse é o problema, mas eu descobri que as pirâmides estão alinhadas com o cinturão de Órion, mas não estão na posição correta. As pirâmides estão ao contrário do que deveriam estar. Alinhando com o cinturão de Órion acontece um problema, muito grave: a Terra deverá girar praticamente 180 graus para que as pirâmides se encaixem com o cinturão de Órion. Isso quer dizer que será que as teorias de Robert Bauval estão erradas ou a Terra irá reverter o eixo e o Norte será Sul. Veja novamente a figura abaixo, já fiz o alinhamento com as pirâmides e o cinturão de Órion.Veja que se a Terra inverter o eixo e ficar nessa posição toda a temperatura da Terra vai mudar, alguns

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João Fernandes da Silva Júniorpaíses entrarão em era glacial em um tempo muito rápido, com isso haverá o degelo das calotas polares e a elevação dos oceanos, como já está acontecendo em certos lugares da Terra, acredito que será um aumento de 4 metros, mas o suficiente para mudar toda a superfície do planeta. Quando essa nova fase do planeta inicia começa a nova era do gelo. Acredito que essa mudança não será rápida, mas poderá acontecer em novos terremotos, em um tipo de sequência de forma gradual, mas rápida. Podemos esperar grandes terremotos de 8.9 na escala Richter ou até mais fortes, mas com menores espaços de tempo entre eles.Se for muito rápido, isto é repentinamente o que eu acho difícil, mas não impossível será uma desgraça para todos nós. Existem mais evidências de que a Terra era assim na época dos egípcios antigos até mesmo antes em 10.500 a. C., existe um horóscopo dos antigos egípcios chamado Zodíaco de Dendera, nele está representado os 360 dias da Terra e também ele representa a criação do povo Egípcio desde a destruição dos Atlantes. Segundo Albert Slosman (professor de matemática e membro da equipe da NASA encarregado das sondas Pioneer), uma característica importante em torno do Zodíaco de Dendera é a relação que o zodíaco estabelece com o nascimento da civilização egípcia a partir do êxodo dos Atlantes. Sua teoria se baseia nas gravuras das pedras de Dendera, onde se descreve os detalhes deste êxodo que condiz com a história de Platão que havia estabelecido que origem da

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civilização egípcia se deu a partir do êxodo dos atlantes. Em 1976, Slosmam publicou o livro "O grande cataclismo", que descreve com provas a veracidade deste êxodo há 12.500 anos, data que aparece no zodíaco de Dendera representada pela constelação de Leão que, sobre um barco, parece guiar todo o conjunto. (Leia em de onde eu retirei esse Em meus estudos sobre esse zodíaco achei um detalhe interessante: que o Zodíaco de Dendera gira em direção oposta, mesmo que ele foi feito na época atual, mas ele representa a criação da civilização antes do dilúvio que destruiu a Atlântida, nessa representação a Terra girava em sentido horário.As pirâmides de Gizé foram construídas para ser um tipo de marcador do eixo da Terra. Por quê? Os antigos habitantes da Terra queriam fazer algo que marcasse o eixo da Terra em relação às estrelas, escolheram o cinturão de Órion, fizeram as 3 pirâmides seguindo a magnitude de luz emitida para não confundirmos qual a constelação que eles escolheram. Existem outros alinhamentos que provam ser o cinturão de Órion, posso mostrar mais alinhamentos com outras constelações e com o rio Nilo. O que mais me assusta é o alinhamento com a Via Láctea. Os antigos construtores alinharam o complexo inteiro com a nossa galáxia! Na verdade o alinhamento representa o céu do antigo Egito que voltará em nossa era. Agora existe um detalhe esse alinhamento só aconteceu em 10.500 a. C. e se nós pesquisarmos nós vamos notar que as estrelas

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João Fernandes da Silva Júniordesviaram-se da posição 30° graus. Isso é fato, e está em qualquer livro sobre astrofísica e astronomia. Esse desvio aconteceu 10.500 anos atrás quando a ultima era do gelo terminou e foi muito rápido. O segredo é, prepare-se e suporte a dor: o planeta desviou 30° graus da posição que estava em 10.500 a. C. Quero dizer que aconteceu mesmo a mudança do eixo da Terra e voltará a acontecer. Porque está marcado na posição das pirâmides não dá para errar, essa á a mensagem das pirâmides.

A evidência: verdade ou mentira. Será que acontecerá mesmo?Robert Bauval descobriu, mas talvez não teve coragem de escrever, talvez medo que as pessoas se desesperem e também acho que não deveria escrever sobre isso, mas você deve saber quem sabe isso seja apenas uma nova descoberta e que não passe de uma mentira ou um engano.As pirâmides estão marcando o eixo da Terra, na verdade elas são um ponto de referência criado para se fazer um cálculo preciso do eixo terrestre, não foram os Egípcios que fizeram as pirâmides, elas foram construídas pelos Atlantes, para marcar a mudança de eixo de todo o planeta e vai acontecer exatamente no dia do solstício, a Terra dará um giro de 30° para o Norte. Todos os países: Canada, EUA, México estarão no novo polo Norte. Se for verdade vai ser muito triste, eu tenho até medo de pensar. Se colocarmos a imagem do cinturão de Órion, exatamente na posição das estrelas em 10.500 a. c,

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devemos corrigir a posição do eixo da Terra para coincidir com a posição das pirâmides, porque as pirâmides servem de base como um marcador gigante de coordenadas. Os Atlantes fizeram isso para nos mostrar que a Terra sofrerá uma correção do eixo. Entendeu. Lembram-se os Maias e os Egípcios são marcadores de tempo, eles conhecem o tempo melhor que nós. Essa mudança implicará na destruição de boa parte do planeta, mas os EUA e México sofrerão muito mais, praticamente ficará sobre o gelo do polo Norte, esse movimento irá criar tufões, tsunamis gigantescos e nevascas intermináveis, se o movimento for muito rápido muitas pessoas serão jogadas como bolinhas de ping-pong.Bom, eu já havia descoberto isso há algum tempo só não sabia como começar a escrever. Eu tenho medo que as pessoas fiquem com medo, façam besteiras e coisas impensadas, pensem que é apenas sabedoria e conhecimento. E também muitas civilizações conseguiram sobreviver depois desse evento. Não haverá chance para todos, mas acredito que alguns países conseguirão sobreviver, mas será muito difícil para todos.

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João Fernandes da Silva Júnior

Confira 15 enigmas arqueológicos que podem mudar os rumos da história da humanidade

Aventuras na HistóriaConfira 15 enigmas arqueológicos que podem mudar os rumos da história da humanidade.Ruínas encontradas nos últimos anos podem mudar muito do que sabemos sobre a saga da humanidade. E lugares conhecidos, como Stonehenge, na Inglaterra, ainda têm o que revelar. Conheça os 15 maiores desafios apresentados hoje pelo nosso passado mais remotoTiago Cordeiro | 01/08/2012 18h27Submersa na costa do Japão, uma pirâmide de 25 m de altura cercada por templos pode fazer parte da mais antiga cidade já encontrada. Até onde se sabe, a primeira surgiu na Mesopotâmia, meio mundo longe dali, por volta de 4200 a. C.

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Pois as ruínas na ilha Yonaguni seriam quase quatro milênios mais velhas. E esse é só um exemplo dos novos enigmas que podem virar de ponta-cabeça versões estabelecidas sobre a trajetória da humanidade.

Falta ainda uma Pedra de Roseta para decifrar o grande mistério remanescente da Antiguidade: os hieróglifos indianos. Só com algo como o monolito que deu a chave para entender o Egito antigo, conseguiríamos traduzir essa escrita criada pelos harappianos, população que surgiu há 5 mil anos e desapareceu sem razão clara, assim como os rapanuis da ilha de Páscoa. O que levou à extinção desses povos? A resposta ajudará a evitar que situações parecidas se repitam? É possível. "A arqueologia é a ciência do futuro", diz Julian Thomas, diretor do Stonehenge Riverside Project. Esse, aliás, é um dos mais famosos sítios arqueológicos do mundo e está longe de ser explicado. Pode parecer contraditório, mas esse é um campo recente do conhecimento. A arqueologia surgiu no século 15 e só se organizou 400 anos depois. É pouco tempo para sistematizar teorias sobre a saga de 200 mil anos da nossa espécie. "O mais difícil é entender o período anterior à escrita", afirma a arqueóloga Kathryn Hirst, da Universidade de Iowa. Por isso mesmo, as marcas do passado são tão importantes.

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João Fernandes da Silva JúniorConheça as 15 descobertas (estudadas enquanto você lê esta reportagem) que hoje mais intrigam os pesquisadores.

15º A Alexandria perdida

Imperador pode ter fundado sua capital sobre Rhacotis, uma pequena vila Mistério - Ainda se busca o túmulo de Alexandre e referências como a famosa biblioteca.

Origem - 331 a. C.A Alexandria moderna é a segunda maior cidade do Egito, com 4,1 milhões de habitantes. Abriga o principal porto do país e um grande centro industrial. Mas poucas cidades do mundo são tão procuradas por arqueólogos - de preferência os que sabem nadar. É que, diante da cidade atual, no mar Mediterrâneo, estão os restos da Alexandria fundada em 331 a. C. por Alexandre, o Grande, uma das mais influentes cidades de seu tempo. Com os recursos recentes de investigação submarina, os pesquisadores se acostumaram a encontrar maravilhas na região - o maior sítio arqueológico debaixo d’água do mundo abriga mais de 2 mil peças, principalmente estátuas e colunas. Nada disso era conhecido antes de 1991. "Os artefatos dão um quadro mais completo da vida na cidade", diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Algumas das descobertas trazem novas dúvidas a respeito do cotidiano de seus moradores.

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Até recentemente, não se imaginava que a cidade havia sido fundada por Alexandre sobre um vilarejo chamado Rhacotis, mas, a respeito disso, ainda pairam mais dúvidas do que certezas. Muitos edifícios de renome ainda não foram encontrados, como a Biblioteca de Alexandria - ingleses suspeitam de sua localização desde 2004, mas não há confirmação. Também incerto é o paradeiro do túmulo de Alexandre - há quem duvide até mesmo que seus restos estejam na cidade. Destruída por uma guerra em 115 e devastada por um tsunami 250 anos depois, a cidade foi reconstruída várias vezes nos últimos séculos. Os achados no antigo centro do helenismo podem virar o primeiro museu subaquático do mundo. O problema é que o sítio é puro caos. Há peças de várias épocas e estilos, hieróglifos de faraós desde 1880 a. C., colunas gregas e romanas e ainda esculturas de Heliópolis, cidade que ficava a 230 km de distância. Só o mapeamento da área vai levar décadas.

14º A primeira metrópole

Tell Brak inovou na forma de organização das cidadesMistério - Povo desconhecido redefine ocupação da Mesopotâmia

Origem estimada - Anterior a 3900 a. C.Há décadas, arqueólogos acreditam que as primeiras civilizações do Oriente Médio se desenvolveram na

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João Fernandes da Silva JúniorMesopotâmia, na terra fértil entre os rios Tigre e Eufrates. Em 2007, Jason Ur, da Universidade de Harvard, anunciou a descoberta de uma cidade de 6 mil anos em Tell Brak. Localizada em 525 mil m2, a metrópole chegou a ter, por volta de 3900 a. C., um governo rigidamente hierarquizado. Cidades surgidas no mesmo contexto, como Ur, 300 anos antes, nasciam de um grupo de nômades, que definia um lugar adequado para se instalar. Tell Brak, porém, começou como vilarejos dispersos, que se agruparam em direção do centro, como uma região metropolitana. O que isso significa? Não se sabe ao certo, assim como são desconhecidos seus habitantes, por que viviam em um lugar tão seco e que tipo de religião seguiam. Em 2006, em Mugahara, também na Síria, surgiram evidências de ocupação da área: um mural de 11 mil a. C. e um cemitério de 3800 a. C. cujos corpos tinham os mais antigos sinais de mortes violentas de que se tem notícia.

13º As esculturas "alienígenas" da Costa Rica

Artefatos chegam a pesar 16 toneladasMistério - Civilização desconhecida

Localização - Rio Díquis, Costa Rica

Origem estimada - Anterior ao século 15

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Pedras arredondadas com perfeição ao norte da América Central trazem um desafio diferente aos pesquisadores. Elas estão na Costa Rica, foram descobertas no delta do rio Díquis na década de 1930, são cerca de 300 e variam de tamanho, de poucos centímetros a mais de 2 m de diâmetro. Algumas chegam a pesar 16 toneladas. Sabe-se que foram obra de mãos humanas. Todas têm como matéria-prima uma rocha ígnea chamada granodiorito. Mas, para os ufólogos, os artefatos são um sinal inequívoco de inteligência extraterrestre agindo na Terra - teoria apresentada em 1971 pelo suíço Erich von Däniken, autor de Eram os Deuses Astronautas?Os arqueólogos consideram que é tudo trabalho de alguma civilização antiga, já que as pedras costumam ser encontradas próximas a cerâmicas pré-colombianas. Qual civilização produziu as esculturas? Como? Ainda não há respostas.

12º Os "astecas" de Cuba...

Ruínas mostram que ilha já esteve ligada ao MéxicoMistério - Cidade submersa de povo incógnito

Onde - Mar do Caribe

Origem estimada - Desconhecida

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João Fernandes da Silva JúniorTudo começou há dez anos com um trabalho de exploração no mar do Caribe para instalar cabos de fibra ótica. Os sonares de uma empresa canadense encontraram, em área de Cuba, uma pirâmide de pedra com 67 m de altura. Pesquisas posteriores, com o uso de um minissubmarino, revela que o local, a 650 m de profundidade, abrigou uma grande cidade. "É impossível que aquelas pedras colocadas simetricamente sejam obra da natureza", diz o oceanógrafo Jean-Daniel Stanley, pesquisador do Museu Smithsonian de História Natural. O instituto é quem está explorando o local. "Não sabemos quem habitou o lugar ou quando. Mas a localização das construções sugere que Cuba já esteve ligada ao território mexicano por uma faixa de terra.

11º E os dos EUA

Anasazis escavaram palácios e moradias na rochaMistério - De onde vieram e como desapareceram os anasazis.

Onde - Divisa dos estados de Utah, Arizona, Novo México e Colorado

Origem estimada - Século 8No caso dos anasazis, o começo da civilização é tão misterioso quanto o seu fim. Certo mesmo é que esses indígenas, que viveram nos EUA, surgiram por volta do século 8. "Não sabemos

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como eles nomeavam seu próprio povo. Anasazi era o apelido pejorativo dado pelos índios navajos: ‘Inimigo antigo’", diz John Ware, diretor da Amerind Foundation. Vizinhos de outros três povos nativos menos pujantes (mogollon, hohokam e patayan), os anasazis viviam em platôs 2,6 mil metros acima do mar. Em cânions verticalizados, aproveitaram a rocha para escavar moradias. Em 1997, foram encontradas pinturas que indicam que eles já conheciam a tecnologia dos para-raios. Não se sabe exatamente como eles surgiram e por que, por volta de século 14, começaram a migrar muito rápido, aparentemente sem rumo, até desaparecer (ou apenas se diluir entre outros povos). A culpa seria dos períodos de seca intensa. A tese é contestada, já que outras fases sem chuva não haviam abatido os nativos. Hoje, vários povos indígenas americanos se dizem descendentes dos anasazis.

10º A verdadeira Troia

Várias ruínas sobrepostas indicam ao menos nove cidadesMistério - A cidade que teria inspirado os épicos de Homero

Onde - Hissarlik, Turquia

Origem estimada - 1200 a. C.

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João Fernandes da Silva JúniorNão existe apenas uma Troia, mas nove, todas na mesma área, e as mais novas construídas sobre as mais antigas. Cada uma delas vem sendo descoberta desde que arqueólogos amadores, como o inglês Frank Calvert e o alemão Heinrich Schliemann, encontraram a primeira e a segunda, em 1865 e em 1871, respectivamente. Qual foi o cenário da grande guerra descrita por Homero na Ilíada e na Odisseia? Hoje se acredita que é a chamada Troia 7. Schliemann, um obcecado por encontrar a cidade, que, em suas escavações apressadas, destruiu artefatos importantes, ficaria frustrado. Como muitos que vieram depois dele, pois o alemão tinha certeza de que sua Troia é que tinha visto as façanhas descritas pelo historiador grego. Nem sempre se acreditou que Troia ficava na atual Turquia. Ao longo dos séculos, historiadores chegaram a localizar a cidade original na costa grega, na Itália, na Croácia e até mesmo na Escandinávia e na Inglaterra. Foi o achado de um muro e de indícios que localiza aquele trecho do sítio arqueológico como de 1200 a. C., a época aproximada do conflito. "Não é impossível que localizemos outras Troias no mesmo ponto ou mudemos a data estimada de algumas. O local ainda precisa de muitas investigações", diz Frank Starke, arqueólogo da Universidade de Tübingen, na Alemanha, que hoje pesquisa o sítio, juntamente com a Universidade de Ege, na Turquia.

9º Apocalipse na Ilha de Páscoa

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Tese tradicional do colapso ecológico é contestadaMistério - O que exterminou os rapanuis?

Onde - Chile

Origem estimada - Século 9Por volta do ano 800, um grupo de navegadores polinésios se instalou no lugar que hoje conhecemos como ilha de Páscoa, um dos pontos mais isolados do planeta. Em 1200, eles já formavam uma civilização avançada, capaz de construir gigantescas figuras monolíticas de pedra, os moais. Perto do século 17, os rapanuis desapareceram. Até recentemente, a tese mais aceita para explicar esse fenômeno era a do colapso ecológico: a exploração exagerada dos recursos naturais teria inviabilizado a vida na ilha. Agora essa teoria vem sendo refutada. "A derrubada de árvores e a extinção de espécies animais simplesmente não explica o fim. A história é muito mais complexa", diz o arqueólogo Terry Hunt, professor da Universidade do Havaí que conduziu um estudo de datação de carbono na ilha. A extinção seria resultado de uma combinação de fatores, incluindo a proliferação descontrolada de ratos, mudanças climáticas (não provocadas por humanos, como o aumento de temperatura de 3 o C entre os séculos 12 e 16, talvez consequência da atividade vulcânica na região), o desaparecimento de florestas (para erguer os moais) e ainda o contato com exploradores europeus. Até

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João Fernandes da Silva Júniormesmo o conceito tradicional de que a civilização local desapareceu rapidamente está em xeque. "Os primeiros relatos que descrevem a ilha como um lugar decadente é influenciado por preconceitos típicos da Europa da época", afirma Hunt.

8º A Pompeia da Indonésia

Erupção soterrou TamboraMistério - Detalhes sobre o reino perdido de Tambora

Onde - Ilha Sumbawa

Origem estimada - DesconhecidaA Indonésia também tem sua Pompeia, mas ela tem sido estudada só há cinco anos. A cidade, batizada com o mesmo nome de um vulcão da região, foi completamente destruída em 1815, quando aconteceu aquela que é tida como a maior erupção já registrada - matou cerca de 90 mil pessoas e foi pelo menos quatro vezes mais potente que a famosa explosão do Krakatoa, de 1883. Encontrada em 2006 sob cinzas e sedimentos na ilha Sumbawa, a provável capital do antigo reino de Tambora tinha cerca de 10 mil moradores. No local foram achados até agora peças de bronze, algumas casas e corpos carbonizados (um deles parece o de uma mulher cozinhando). Até este achado, o reino existia apenas nos relatos de exploradores britânicos e holandeses, impressionados com o idioma daquele povo, muito

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diferente dos demais falados no arquipélago da Indonésia.

7º A mega-Stonehenge

Local pode ter abrigado sofisticados rituais funerários

Mistério - Construção era maior e mais complexa do que se imaginava

Onde - Salisbury, Inglaterra

Origem estimada - 3000 a. C.Se os maiores mistérios da arqueologia pudessem ser sintetizados em uma só imagem, seria a das colunas de Stonehenge. Quanto mais se estuda a construção, menos se sabe sobre ela. Pesquisadores debatem a respeito de sua origem exata, sua função e até suas dimensões. Em 2010, foi identificado no subsolo, graças, sobretudo a radares, algo que pode ser mais um conjunto de pedras do complexo, a 1 km de distância do centro. "O apelo de Stonehenge é enorme. São mais de 1 milhão de visitantes por ano", diz o historiador Julian Thomas, diretor do Stonehenge Riverside Project. "Há mais de um século, muitas pessoas se reúnem ali para celebrar o solstício de verão (o dia mais longo do ano)." Há seis fases conhecidas de construção do local, estimadas entre 3000 a. C. e 1520 a. C. - a primeira ainda usava

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João Fernandes da Silva Júniorestacas de madeira e a última deixou o legado que conhecemos. Para isso, acredita-se que as pedras de até 50 toneladas tenham sido levadas por uma distância de 30 km (alguns geólogos, porém, defendem que elas estavam mais próximas). Entre os séculos 17 e 18, ele foi considerado um templo druida, ideia superada, assim como a de que ajudaria a prever eclipses. O lugar já foi considerado também ponto de encontro das tribos da região (que tem registros humanos há pelo menos 10 mil anos). Mas a hipótese mais aceita hoje é a mais antiga - a de que servia para homenagear os mortos. "De fato, há restos humanos", afirma Thomas. E quanto ao novo local, encontrado no ano passado? O historiador, que lidera uma iniciativa de checar todos os dados disponíveis atrás de respostas, acredita que poderia ser o ponto de partida dos rituais funerários - ele era ligado ao monumento central por uma avenida. Mas também pode ser um cemitério anexo.

6º O sismógrafo de 6 mil anos

Mais de mil blocos de pedra estão dispostos de modo ordenado em dez filasMistério - A função dos megalíticos de Carnac

Onde - França

Origem estimada - 4500 a. C.

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Se não existisse Stonehenge, Carnac seria o sítio arqueológico mais enigmático da Europa. O lugar consiste de 3 mil megalíticos, alinhados ao longo de 12 km na costa oeste da França. De acordo com a mitologia da região, esse é o resultado de uma ação do mago Merlin, que teria transformado cada legionário em formação numa pedra. Por enquanto, sabe-se que o local é obra de humanos do Neolítico e foi erguido entre 4500 e 3000 a. C. - época em que os construtores de Stonehenge ainda usavam madeira para erguer a primeira versão de seu monumento. Quanto ao objetivo da obra, a teoria menos refutada é a de que a formação ajudava a prever terremotos. Isso porque as pedras alinhadas mudavam de posição com tremores. Quanto maior a diferença de posição e o local onde ela ocorreu, seria possível controlar as variações de tremores. "Conheci Carnac nos anos 1960. Nunca mais parei de pesquisar o lugar e ainda sei muito pouco sobre ele", afirma Roslyn Strong, historiadora e pesquisadora da Neara (New England Antiquities Research Association). As pedras têm tamanhos diferentes e em alguns pontos aparecem amontoadas. No trajeto, há túmulos em que, acreditam-se, os construtores haviam deixado artefatos, talvez religiosos. A maior das linhas em que o sítio se divide, chamada Kermario, apresenta outra possível resposta para as motivações dos construtores: são 1 029 blocos de pedra, em dez filas de 1 120 m, que seguem na direção leste e se orientam para um ponto

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João Fernandes da Silva Júniordo céu onde o sol se levanta no solstício de verão (o dia mais longo do ano). "Estamos muito longe de responder a todas as dúvidas que Carnac nos apresenta", diz Roslyn, adepta da teoria de que o local é um grande e sofisticado sismógrafo.

5º A descoberta da Europa

Creta marca migraçãoMistério - O homem chegou à Europa 100 mil anos mais cedo?

Onde - Ilha de Creta

Origem estimada - 128 mil a. C.

Talvez a mais impressionante descoberta de 2010, liderada pelos arqueólogos Thomas Strasser e Curtis Runnels, artefatos em Creta devem revolucionar o que se pensava sobre a ocupação da Europa e a datação das primeiras migrações de populações africanas pelo mar Mediterrâneo. Na ilha, que fica a meio caminho entre Europa e África, foram achados pequenos machados de pedra. Encontrados entre vários outros itens, tinham 130 mil anos e eram semelhantes a outros achados na África e no sudoeste da Ásia. Até então, aceitava-se que o Homo sapiens só tinha chegado ali 30 mil anos atrás. A diferença é gigantesca. "Temos certeza absoluta da nossa datação e acreditamos que os hominídeos podem ter ocupado

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a ilha ainda antes", diz Runnels, professor de arqueologia da Universidade de Boston, que pesquisa a ilha há três décadas. "Por enquanto, é só o que sabemos."

4º A civilização submersa dos Andes

Achado remete ao mito do EldoradoMistério - Povo incógnito é anterior aos incas

Onde - Lago Titicaca, Bolívia

Origem estimada - Séculos 1 a 6

Desde o início da colonização espanhola na região dominada pelos incas, no século 16, correm lendas sobre cidades riquíssimas. Uma delas remete a Wanaku, pré-inca, destruída por uma enchente e uma das várias versões para o mito do Eldorado. Em 2000, um grupo de pesquisadores da Akakor Geographical Exploring achou um templo, uma avenida, um muro com 800 m e terras planas, supostamente usadas para a agricultura. Tudo isso a 30 m de profundidade no lago Titicaca. "Sem dúvida, o local foi uma cidade anterior aos incas", diz o oceanógrafo Jean-Daniel Stanley. E esconde mistérios sobre a ocupação do local há 1,5 mil anos. Os nativos, que consideram o Titicaca o

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João Fernandes da Silva Júniorberço do mundo, temem que as pesquisas tragam maus presságios para a região.

3º Um observatório milenar na Amazônia

Blocos de granito têm corpos enterrados próximosMistério - Houve uma civilização avançada na Amazônia?

Onde - Calçoene, Amapá

Origem estimada - Século 11

Há cerca de mil anos, onde hoje está o Amapá, 127 blocos de granito, com mais de 4 m de altura, foram fincados em um círculo de 30 m de diâmetro. Dois deles parecem servir como indicação para o solstício de inverno (o dia mais curto do ano). Em 2006, Mariana Petry Cabral e João Darcy Saldanha, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá, apresentaram os resultados da primeira pesquisa no local. "Uma estrutura como esta exigiu tempo e algum tipo de organização social para ser erguida", diz Mariana. Marcas nas pedras indicam que elas foram extraídas do solo. Havia corpos enterrados (com roupas e artefatos diferenciados, o que sugere uma hierarquia). Que os nossos indígenas dominavam a astronomia não é novidade, mas o fato de construírem uma estrutura fixa para observar o céu é sinal de que aquela comunidade podia estar

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abandonando a vida nômade, coisa que nenhuma civilização amazônica faria novamente.

2º Um novo Egito, no Paquistão

Para pesquisador, escrita harappiana guarda o último grande enigma da Antiguidade.Mistério - Hieróglifos escondem detalhes e o destino de uma das primeiras e mais sofisticadas civilizações conhecidas

Onde - Paquistão

Origem estimada - 3300 a. C.

O último grande enigma da Antiguidade está na escrita de uma civilização imponente que desapareceu por volta de 1300 a. C. É o que sustenta o pesquisador Mayank Vahia, do Tata Institute of Fundamental Research, de Mumbai, na Índia. A civilização que ocupou a região hoje dividida entre Índia e Paquistão teve 5 milhões de habitantes. Surgiu por volta de 3300 a. C. e atingiu o auge entre 2600 e 1900 a. C. - nessa época, não devia nada para povos contemporâneos.Os indoarianos ergueram cidades planejadas e praticaram a agricultura recorrendo a sistemas de drenagem muito eficientes. Entre eles estavam os primeiros dentistas conhecidos. Artesãos, tecelões e metalúrgicos também se destacavam, assim como os

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João Fernandes da Silva Júniorcomerciantes. Suas rotas de comércio chegaram ao golfo Pérsico e as feiras que eles realizavam na época sobrevivem, com pouquíssimas mudanças, até hoje. Entre 1300 e 1000 a. C., os harappianos (como são hoje conhecidos por causa da sua capital, Harappa) simplesmente sumiram. As ruínas das cidades da civilização estão cheias de vasos e selos de argila com desenhos de animais e figuras geométricas, tudo disposto da direita para a esquerda. Ali estão registradas transações comerciais e informações administrativas, acredita-se. Mas ainda falta uma Pedra de Roseta, como a que revelou a escrita egípcia porque tinha a mesma inscrição em grego. A própria existência de Harappa era desconhecida do Ocidente até 1842. "Sabemos que esse povo era pacífico e, possivelmente, prezava a igualdade econômica", diz o arqueólogo Jonathan Kenoyer, professor da Universidade de Wisconsin. "Mas, enquanto não decodificarmos a escrita dele, vamos continuar fazendo mais suposições do que afirmações." Sobre o desaparecimento da civilização, faltam dados e sobram opiniões. Há quem defenda que os governantes foram incapazes de lidar com tantos habitantes. Como no caso dos maias, também existem os defensores das causas climáticas - mudanças bruscas de temperatura, aliadas ao desmatamento, teriam provocado longas secas e migrações. Uma terceira linha considera que os harappianos foram derrotados militarmente e incorporados pelos indoarianos.

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1º A primeira cidade do mundo?

Construções submersas no Japão, inclusive templos em forma de pirâmide, teriam sido erguidas em 8 mil a. C.

Mistério - Pode revelar povo mítico e mudar o que se sabe sobre a ocupação do planeta

Onde - Ilha Yonaguni, Okinawa.Origem estimada - 8 mil a. C.Há 26 anos, um mergulhador percorria os arredores de Okinawa quando esbarrou em uma estrutura de pedra de 12 m de altura. Fotografou e seguiu adiante. Em 1997, o geólogo Kimura Masaaki, da Universidade de Ryukyus, foi conferir a estrutura - havia anos, ele defendia a tese de que aquela região tinha abrigado uma civilização pré-histórica, que teria deixado marcas culturais na atual população da ilha. Até então, o que se sabia é que a civilização no Japão surgiu perto de 1000 a. C. Masaaki encontrou oito sítios, interligados entre si e semelhantes ao desenho de Machu Picchu. Em 4 km2 , a 60 m de profundidade, havia uma pirâmide de 25 m de altura, cinco templos, um estádio e muros. Certas pedras estavam esculpidas com imagens de humanos e de animais. Ele acredita tratar-se dos restos da mais antiga cidade humana. Os primeiros registros nessa linha estão na Mesopotâmia e datam de cerca de 4000 a. C. "Não temos fósseis e

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João Fernandes da Silva Júniorutensílios, pois essas evidências não são preservadas no mar. Isso dificulta a datação. Mas pelo tipo de construção (e as ferramentas exigidas para isso) acho que as estruturas de Yonaguni são de 8 mil a. C.", diz ele. Sabe-se que a região foi atingida por um tsunami em 2 mil a.C.. Assim, o complexo teria ao menos 4 mil anos. De início, a descoberta causou polêmica. "Não identifiquei sinais claros de civilização nas construções. Mas nunca vi formações marítimas como aquelas", afirma o geólogo Robert Schoch, da Universidade de Boston. Ele foi o único a colocar em dúvida se as formações são obra humana. Enquanto geólogos da Universidade de Tóquio confirmavam as afirmações de Masaaki, a imprensa local relacionava a cidade a míticas civilizações, como Mu, que teria sido pujante na Ásia até ser engolida pelo mar. "É possível que o local tenha inspirado os mitos. Mas não dá para garantir", diz Masaaki - que ainda não tem uma teoria detalhada a respeito de quem habitou as construções. O fato é que aquelas pessoas podem ter inaugurado as cidades. "Esse achado muda tudo o que sabemos sobre as primeiras civilizações. Elas começaram mais cedo e foram mais evoluídas do que imaginávamos." O Japão ainda não ordenou a preservação da área.

III. 7 – Eles Estão Voltando...

OS UFOS E OS GOVERNOS

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Países que já admitiram oficialmente a existência de OVNIs*:Extinta URSS, em 1969: O então ministro das Ciências foi à TV e admitiu que a União Soviética considerava o assunto UFO como muito sério e afirmou ser uma nova obrigação dos cidadãos soviéticos relatar às autoridades todas e quaisquer observações destas naves. Após o programa, mais de 100 mil cartas foram recebidas com tais relatos, enviadas por pessoas de todos os cantos da URSS. Nunca mais o governo soviético tocou no assunto.França, em 1976: O então Presidente Alain Giscard d'Estaing apresentou-se num programa especial de TV e confirmou que os UFOs existiam, que eram extraterrestres e que estariam se aproximando da Terra. Nesta oportunidade, perante a estupefata opinião pública, mostrou dezenas de fotos e filmes de UFOs sobre o país e fundou uma entidade oficial de pesquisas ufológicas, o (Gepan). Funcionando dentro da estrutura do Centro Nacional de Pesquisas Espaciais (CNES), o organismo sobrevive até hoje com pouquíssimos recursos. Em 1999 o Comitê de Estudos Avançados (Cometa) divulgou um dossiê com a colaboração de antigos auditores militares do Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional (IHEDN) e vários cientistas, alguns do próprio CNES.Argentina, em 1978. Num arroubo de popularismo, o então presidente Raúl Alberto Lastiri admitiu que os UFOs existiam, mas não entrou em detalhes. Hoje se

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João Fernandes da Silva Júniorsabe que a Força Aérea Argentina tem um programa oficial e semissigiloso de pesquisas ufológicas.Uruguai, em 1982. Um ex-presidente admitiu que os Ufos existissem e confirmou a existência de uma entidade de pesquisas do assunto dentro da Forca Aérea Uruguaia, fundada em 1979.Brasil, em 1986. Durante uma intensa onda ufológica que durou vários dias de maio daquele ano e que culminou com o que ficou conhecida como a noite oficial dos Ufos no Brasil, os radares do Cindacta e os dos aeroportos do Rio, São Paulo e Belo Horizonte detectaram 21 objetos não identificados com cerca de 100m de diâmetro cada, tumultuando e interrompendo as principais aerovias do país. Três caças Mirage e dois caças F-5E decolaram para interceptá-los, mas os objetos realizaram manobras impossíveis para a nossa tecnologia e desapareceram. O Coronel Ozires Silva (ex-presidente da EMBRAER e da Petrobrás) foi testemunha ocular e confirma que não era nada que possa ser identificável. O Ministro da Aeronáutica vai à TV e confirma tudo. Promete um relatório pra 30 dias, que nunca foi exibido.Bélgica, em 1994. Em meio a uma fantástica onda ufológica que assolou o país naquele ano e seguintes, especialmente envolvendo observações de misteriosos triângulos voadores, o ex-ministro de Defesa da Bélgica, DeBrouer, admitiu que o assunto fosse serio e que a Forca Aérea iria pesquisa-lo oficialmente. Há rumores de que haja um centro de pesquisas estabelecido, mas nada está confirmado.

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Chile, em 1996. O General Ramón Vega, amigo do ex-ditador Pinochet e de 9 em cada 10 militares do país, conseguiu levar o debate ufológico para os meios oficiais. Vega estimulou e conseguiu que fosse fundado um comitê misto dentro da Força Aérea Chilena, o CEFAA (Comité de Estudos de Fenómenos Anómalos).Espanha, em 1998. Embora não reconheça oficialmente a existência do fenômeno, no ano passado promoveu a "desclassificação" de seus arquivos ufológicos, com muitos casos inconclusivos por falta de explicação convencional.E agora, quem sabe, o Canadá:Ex-Ministro da Defesa Canadense pede ao Parlamento audiências sobre civilizações extraterrestresOTTAWA, CANADÁ (PRWEB) 24 de novembro de 2005 - Paul Hellyer, ex-ministro da Defesa Canadense (1963-67) e Vice-Primeiro Ministro na gestão de Pierre Trudeau, juntaram forças a três organizações não governamentais para pedir ao Parlamento do Canadá a execução de debates sobre Exopolítica: relações com ETs. Por "ETs", o Sr. Hellyer quer dizer civilizações extraterrestres éticas e avançadas que podem estar visitando a Terra.Em 25 de setembro de 2005, em um assustador discurso na Universidade de Toronto que chamou a atenção dos principais jornais e revistas, Paul Hellyer falou publicamente: "Ufos são tão reais quanto os aviões que passam por sobre as suas cabeças". E

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João Fernandes da Silva Júniorcontinuou: "Estou tão preocupado com o que seriam as consequências de uma guerra intergaláctica, que eu acho que devo me pronunciar a respeito. O segredo envolvendo tudo relacionado ao incidente Roswell foi sem precedentes. A classificação foi, desde o começo, acima do ultrassecreto. Portanto, a maior parte dos oficiais e políticos dos EUA - sem falar de um mero Ministro de Defesa aliado - nunca esteve metidos nessa história".E fez um alerta: "Os militares dos Estados Unidos estão preparando armas que podem ser usadas contra os alienígenas, e eles podem nos meter numa guerra intergaláctica sem que tenhamos sequer um aviso prévio. A administração Bush finalmente concordou em deixar que os militares construam uma base avançada na Lua, que irá colocá-los numa posição privilegiada para rastrear as idas e vindas dos visitantes do espaço, e atirar neles, se assim decidirem".A fala de Hellyer terminou com aplausos de pé. Ele disse: "A hora chegou para levantar o véu de segredos e deixar a verdade emergir, para que possamos ter debates reais e informativos sobre um dos mais importantes problemas do nosso planeta hoje".Três organizações não governamentais pegaram as palavras de Hellyer ao pé da letra, e fizeram o requerimento ao Parlamento de Ottawa (capital do Canadá), solicitando audiências públicas sobre uma possível presença extraterrestre. O Senado canadense já tem larga experiência em debates bem-sucedidos

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sobre assuntos controversos, como casamento gay e o uso médico da maconha.Em outubro de 2005, o Instituto para Cooperação no Espaço (ICIS) pediu ao Senador Canadense Colin Kenny que agendasse audiências com pessoas como Paul Hellyer, militares do serviço de inteligência, pessoas ligadas ao NORAD e cientistas que pudessem apresentar testemunho e evidências. Tal Instituto propôs em 1977 um estudo sobre comunicações extraterrestres ao então presidente Jimmy Carter, que em 1969 afirmou publicamente ter tido um Contato Imediato de 1º grau com um UFO.A Iniciativa Exopolítica Canadense, proposta por estas organizações, pretende iniciar uma "Década de Contato", que seria "um processo formal de educação pública, pesquisa científica, planejamento estratégico, atividades comunitárias e curriculares tendo em vista a comunicação cultural, social, legal e governamental terrestre com culturas avançadas e éticas de fora do planeta que estejam visitando a Terra."O Canadá tem uma longa história em opor-se à instalação de armas no espaço. Em 2004 o Primeiro Ministro Paul Martin declarou à Assembleia da ONU: "O espaço é nossa fronteira final. Sempre capturou nossa imaginação. Que tragédia seria se o espaço se tornasse um depósito de armas e o cenário de mais uma corrida armamentista". Em maio de 2003, o Ministro das relações exteriores, Lloyd Axworthy, discursou: "A oferta de Washington ao Canadá não é um convite para unir-nos à América sob um escudo

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João Fernandes da Silva Júniorprotetor, mas sim representa uma doutrina de segurança global que viola os valores Canadenses em muitos níveis. Deveria haver um firme compromisso para se evitar a colocação de armas no espaço".

IV – Nimrod

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REVISTA CONSPIRAÇÃO: A ESCOLA DOS ANTIGOS MISTÉRIOS (NIMROD) REVISTA CONSPIRAÇÃO A CIDADE DA BABILÔNIAUm resumo, De NIMROD aos dias atuais e futuros Babel não era apenas uma torre construída em pedras;

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era algo esotericamente espiritual e profundamente religiosa. A religião que representava os "Antigos Mistérios" continham crenças e doutrinas de uma era anterior; uma época em que os homens e seres angelicais caídos experimentavam juntos, todas as paixões que podiam imaginar.Os sonhos do poderoso caçador, Ninrode, foram feitos em pedaços, mas mesmo com sua morte e desmembramento de seu cadáver, os Mistérios antigos continuaram a existir, com a ajuda da viúva Semíramis e seu filho Tamuz, a sabedoria antiga seria cuidadosamente preservada na Religião de Mistérios da Babilônia. Com o passar do tempo, os seguidores de Ninrode se espalharam pela terra levando os antigos mistérios desde o Egito até a China. A sabedoria antiga foi guardada pela "elite de pessoas sábias" da Babilônia, da Média e da Pérsia, de Pérgamo e de Roma. Após a virada do terceiro século da nossa era, o poder da igreja de Roma começou a crescer. Isso provocou uma cisma entre as guardiãs dos Mistérios. Quando Constantino adotou o Cristianismo, a igreja romana recebeu a influência de muitas das doutrinas das religiões de mistérios da Babilônia.A adoração da mãe e do menino, o batismo de bebês, a confissão a um sacerdote e outros aspectos das religiões de mistérios. Entretanto, a igreja de Roma não adotou os aspectos ocultistas das religiões de mistérios, que permaneceram com os sábios das escolas do oriente (cabalistas e gnósticos) até o tempo

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João Fernandes da Silva Júniordas Cruzadas. Os aspectos ocultistas da antiga sabedoria apareceram publicamente na França com a ascensão da dinastia Merovíngia e as lendas de "Percival e a busca pelo santo graal". A cisma explodiu e tornou- se um grande conflito quando os cavaleiros templários (A Ordem do Templo) retornaram das Cruzadas como os homens mais ricos do mundo. Os Templários e o Priorado de Sião (Ordem de Sião) tornaram-se a elite cultural que adotou totalmente os aspectos ocultistas dos antigos mistérios.Em conflito com a igreja romana e seus aliados, o Priorado de Sião tornou-se uma sociedade secreta, da elite, enquanto os Cavaleiros Templários foram violentamente atacados pelo rei francês Filipe IV, o belo e pelo Papa Clemente V. Em 13/10/1307, Filipe IV ordenou a prisão de todos os Cavaleiros Templários. Porém, na noite anterior, um número desconhecido de Templários partiu da França, com dezoito navios carregados com o lendário tesouro da ordem. Uma parte desses navios aportou na Escócia e os Templários associaram-se com os Guardas Escoceses, com os Rosa-Cruzes, o Colégio Invisível e a Sociedade Real, (todos os grupos ocultistas) e juntos formaram o Rito Escocês da Maçonaria. Os maçons têm os Templários como antecessores, bem como guardiãs autorizados de seus segredos arcanos. Por volta de 1750, apareceu uma nova geração de cavaleiros místicos. Eram um braço da maçonaria e chamavam-se a si mesmos de Jacobinos.

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O grito jacobino de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" levou ao primeiro grande feito da maçonaria iluminista, a revolução francesa. Os jacobinos nomearam um ex-jesuita rebelde, Adam Weishaupht, de "Grande Patriota". Este adotou os mistérios antigos e organizou a ordem dos ILUMINISTAS em 1776. (observe a data na base da pirâmide no verso de uma nota de um dólar) Por volta de 1778, Weishaupht infiltrou-se na maçonaria como um maçom completamente iniciado. Em, seguida, induziu a elite europeia da maçonaria ao Iluminismo – 600 homens em 1783. Por volta de 1789, a maçonaria mística então presente na América, (EUA) sucumbiu diante da visão ocultista do Iluminismo de Weishaupht, o guardião dos antigos mistérios de Nimrod.A partir da revolução industrial, o materialismo tornou-se a ordem do dia. Os ocultistas e gnósticos do passado passaram a ser considerados como lunáticos ou fanáticos. Novamente o ocultismo passou a ser algo muito privado, todavia, muitos desses homens eram ricos e poderosos. O Iluminismo se fortalecia, embora oculto dos olhos críticos do público em geral. Assim, a maçonaria passou a ser uma organização fraternal e beneficente por necessidade. Como consequência disso, a vasta maioria dos homens que estão em graus inferiores, não tem a menor ideia do propósito da sociedade ou das reais intenções da elite. O Movimento da nova era iniciado entre os anos 70 e 80, popularizou muitas ciências ocultistas.

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João Fernandes da Silva JúniorEssa nova renascença do ocultismo posicionou a maçonaria para exercer um papel fundamental nos sonhos de Nimrod há mais de 4.100 anos, de um mundo globalizado, unificado, sob um reino ocultista. Atualmente ela serve como um condutor entre as organizações políticas da elite global (Clube de Roma, Sociedade Teosófica, Rosa-Cruzes, Lucis Trust, Word Goodwill, etc.). Esses grupos reconhecem a posição da maçonaria como uma religião ocultista com a capacidade de fazer a ligação entre as religiões tradicionais e a política.Voltando aos merovíngios, (com descendentes no poder global até os dias atuais) esses reis eram também sacerdotes. Eles detinham o poder político e o poder religioso. Muitos dos aspectos religiosos das escolas de mistérios podem ser vistos não somente nos rituais da maçonaria, mas também nos ensinos extrabíblicos da igreja romana. Ambas lutam pelo domínio mundial. A igreja tem a vantagem na arena religiosa com ensinos arraigados. A sociedade atual não está preparada para o ocultismo grosseiro dos iluministas. A maçonaria tem a vantagem na política. A maioria dos líderes mundiais participa de pelo menos um grupo iluminista. Conjectura-se que ambas, igreja e maçonaria, estejam se aproximando uma da outra.Os aspectos políticos dos Mistérios Antigos, podem ser vistos claramente em um documento intitulado Protocolo dos Sábios de Sião". Embora muitos afirmem tratar-se de um documento conspiratório; é mais provável que tenha sido redigido pelo Priorado

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de Sião. Os pontos básicos são estes: 1- Esquema para alcançar o domínio mundial. 2- Advento de um Reino Maçônico. 3- Um Rei da linhagem sanguínea de Sião... da raiz dinástica de Davi. 4- O governante mundial será o Patriarca de uma igreja única, mundial.5- Somente o Rei e mais 3 que o patrocinarão, saberão o que se passa. Para o leitor que está habituado com as profecias bíblicas, há uma súbita revelação. Se os PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO foram redigidos por uma sociedade secreta iluminista, todos os fatos da história, desde Ninrode, passam a ter uma ligação em comum. Eis o sumário.:1- Ninrode procurou restaurar o sistema pré-diluviano implantando um governo mundial, liderado por um rei-sacerdote, energizado diretamente por satanás.2- Quando Deus estorvou os planos de Ninrode, a estratégia de Lúcifer foi criar um sistema de falsas religiões que reservassem os Antigos Mistérios até o tempo em que ele pudesse estabelecer seu reino.

3- Esses Mistérios foram guardados desde aquele tempo por um grupo de elite selecionado.4- A Bíblia fala sobre o surgimento de um reino mundial futuro liderado pela Besta, o Anticristo, que declarará ser Deus. Esse reino mundial será acompanhado por uma igreja mundial até o tempo em que não seja mais útil para a Besta. Então declarará ser o Messias dos judeus, o legítimo herdeiro ao trono de Davi.

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João Fernandes da Silva Júnior5- É bem possível que os 3 que estarão apoiando a Besta, sejam os "3 reinos" subjugados, conforme Daniel 7:24 A Besta revelará os segredos dos Antigos Mistérios, que foram cuidadosamente guardados pelos ocultistas durante milênios, como prova de sua posição para estabelecer totalmente seu reino.As religiões dos Mistérios Antigos não adoravam o Deus da Bíblia. Nimrod era um servo de Lúcifer, portanto, o sistema religioso resultante era luciferiano. Chegará o dia em que todos os antigos mistérios serão revelados para aqueles que habitam na Terra. De acordo com a Bíblia, o Anticristo reinará. Ele virá como Hiran Abiff para os Maçons, Messias ben Davi, para os Judeus, Krishna para os Hindus, Imã Mahdi para os Maometanos, Sosiosch para os seguidores de Zoroastro; mas nas escrituras sagradas ele é chamado de BESTA, o Anticristo. Ele trará paz e segurança a um mundo tumultuado durante 3 anos e meio. Será adorado como o rei-sacerdote por quase toda a humanidade de exceção feita aos grupos que saberão quem ele é, os quais resistirão ao seu domínio em toda a Terra) No entanto, seu reino de paz será curto....Ele terá de encarar face a face o REI DOS REIS e o SENHOR DOS SENHORES.O verdadeiro herdeiro do trono de Davi. Então o Senhor lançará a Besta no lago de fogo onde será atormentada para sempre. Nesse dia, os seguidores das religiões ocultistas dos Antigos Mistérios, após milênios aguardando seu glorioso império babilônico restaurado, o verão ruir num curto espaço de tempo, tal como a torre de Babel e seu idealizador Ninrode,

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no passado. "Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta (Religião) que está assentada sobre muitas águas (povos) .....Com a qual se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição...... E na sua testa estava escrita o nome MISTÉRIO, a grande BABILÔNIA, a mãe das prostituições e abominações da Terra......E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus Cristo..... As sete cabeças são os sete montes sobre os quais a mulher está assentada.........e são também sete reis, cinco já caíram e um existe (Na época, o Império Romano, o 6º Império); o outro ainda não é vindo, e quando vier, convém que dure um pouco de tempo (O imperialismo e a globalização atual).....E os dez chifres que viste, são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, (os líderes dos blocos econômicos de unificação continental e mundial) juntamente com a besta ".

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V – Atlântida

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PLATÃO - Foi esse filósofo grego quem trouxe ao mundo a história do continente perdido da Atlântida. Sua história começou a surgir para ele em ao redor de 355 a. C. Ele escreveu a respeito dessa terra chamada Atlântida em dois de seus diálogos – Timeus e Critias, ao redor de 370 a. C. Platão disse que o Continente ficava no Oceano Atlântico, próximo do Estreito de Gibraltar até sua destruição 10.000 anos antes. Platão descreveu a Atlântida como anéis alternados de mar e terra, com um palácio no centro do “olho de boi”. Ele usou uma série de diálogos para expressar suas ideias. Um dos personagens de seus diálogos, Kritias, conta uma história da Atlântida que está em

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sua família por muitas gerações. De acordo com o personagem, a história foi originalmente contada para seu ancestral Sólon, por um padre durante a visita de Sólon ao Egito. De acordo com os diálogos,, houve um poderoso império localizado a oeste dos “Pilares de Hércules” (o que agora chamamos o Estreito de Gibraltar) numa ilha no Oceano Atlântico. Essa nação havia sido estabelecida por Poseidon, o deus do mar. Poseidon era pai de cinco pares de gêmeos na ilha. Poseidon dividiu a terra em dez partes, cada uma para ser governada por um filho, ou seus herdeiros. A capital da cidade de Atlântida era uma maravilha de arquitetura e engenharia. A cidade era composta de uma série de paredes e canais concêntricos. Bem no centro havia um monte, e no topo do monte um templo para Poseidon. Dentro havia uma estátua de ouro do deus do mar com ele dirigindo seis cavalos alados. Aproximadamente 9.000 anos antes do tempo de Platão, após o povo de a Atlântida ter se tornado corrupto e cobiçoso, os deuses decidiram destruí-los. Um violento terremoto agitou a Terra, ondas gigantes vieram sobre as costas e a ilha afundou no mar para nunca mais ser vista. Em muitos pontos nos diálogos, os personagens de Platão referem-se à história da Atlântida como uma “história real”. Platão também parece colocar na história muitos detalhes sobre a Atlântida que seriam

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João Fernandes da Silva Júniordesnecessários se ele pretendesse usar isso apenas como um instrumento literário. Em “Timeus”, Platão descreve Atlântida como uma nação próspera que iria expandir seu domínio: “Agora nesta ilha de Atlântida havia um grande e maravilhoso império que governou em toda a ilha e em várias outras, e em partes do continente”, ele escreveu “e depois, os homens da Atlântida dominaram as partes da Líbia dentro das colunas de Hércules até o Egito e a Europa, até a Tyrrhenia. Platão ainda conta como os atlantes cometeram um grave erro procurando conquistar a Grécia. Eles não puderam resistir ao poderio militar dos gregos e em seguida à derrota, um desastre natural selou seus destinos. “Timeus” continua: “Mas depois ocorreram ali violentos terremotos e inundações e num único dia e noite de infortúnio, todos os seus guerreiros afundaram na terra e a ilha de Atlântida desapareceu nas profundezas do mar.” Platão conta uma versão mais metafísica da história de Atlântida em “Critias”. Aí ele descreve o continente perdido como o reino de Poseidon, o deus do mar. Essa Atlântida era uma sociedade nobre, sofisticada, que reinou em paz por séculos, até que seu povo tornou-se complacente e cobiçoso. Raivoso com sua queda da graça, Zeus escolheu puni-los, destruindo a Atlântida. De acordo com Platão, Poseidon teve cinco pares de gêmeos com mulheres mortais.

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Poseidon designou o mais velho de seus filhos, Atlas, o Titan, como governador desta bela ilha. Atlas tornou-se a personificação das montanhas ou pilares que sustentavam o céu. Platão descreveu como uma vasta ilha-continente, a oeste do Mediterrâneo, rodeada pelo Oceano Atlântico. A palavra grega Atlantis (Atlântida) significa - a ilha de Atlas -, assim como a palavra Atlântico significa – o oceano de Atlas. Pelos registros egípcios, Keftiu foi destruída pelos mares em um apocalipse. Parece que Sólon trouxe as lendas de Keftiu para a Grécia, onde ele passou para seu filho e seu neto. Platão gravou e embelezou a história do neto de Sólon, Critias, o Mais Jovem. Como em muitos escritos antigos, a história e o mito eram misturadas. Platão provavelmente traduziu “a terra dos pilares que sustentam o céu” (Keftiu) como a terra do titã Atlas (que segurava o céu). Comparações com os antigos registros antigos de Keftiu identificam um número de similaridades com a Atlântida de Platão.Quando Platão identificou a localização da terra que ele havia chamado Atlântida, ele a colocou no oeste – no Oceano Atlântico. Na verdade, a lenda egípcia colocava Keftiu a oeste do Egito, mas não necessariamente a oeste do Mediterrâneo. Descrevendo Atlântida como uma ilha (ou continente) no oceano Atlântico, suspeitamos que Platão estava

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João Fernandes da Silva Júniorsimplesmente equivocado em sua interpretação da lenda egípcia que ele estava recontando. Mesmo assim, Platão preservou suficientes detalhes sobre a terra, que sua identificação agora parece mais similar e muito menos misteriosa que muitos dos seguidores da nova era gostariam. É possível que a Atlântida fosse a terra da cultura minoana, principalmente as antigas Creta e Thera. Se esta hipótese for correta, Platão nunca percebeu que a terra de Atlântida já era familiar para ele. Os registros arqueológicos mostram que a cultura minoana estendeu seu domínio pelas ilhas próximas do Egeu, aproximadamente de 3000 a. C. até 1400 a. C.. Creta, agora parte da Grécia era a capital do povo minoano, uma civilização avançada, com linguagem, exportação comercial, arquitetura complexa, rituais e jogos. Parece que as ilhas relacionadas (ex. Santorini/Thera) podem ter sido parte da mesma cultura. Os minoanos eram pacíficos. Foi dito que um palácio de quatro andares em Knossos, Creta, era o capitólio da cultura minoana. A correspondência dos artefatos culturais minoanos com aspectos da lenda de Atlântida fazem com que se pense na identidade das duas. Uma dessas identidades poderia ser a dos combates com touros. De acordo com a lenda egípcia, os habitantes de Keftiu teriam combates ritualísticos com touros, onde os minoanos desarmados lutariam e pulariam sobre touros sadios. Esta mesma prática está ricamente ilustrada na arte minoana remanescente.

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A lenda de Platão (egípcia) também diz que a Atlântida era pacífica – isto é confirmado pela virtualmente completa ausência de armas nas ruínas minoanas e na sua arte – raro para povos daquela época. A lenda egípcia conta que havia elefantes em Keftiu; apesar de presumivelmente não haverem elefantes em Creta, os minoanos eram conhecidos como negociantes de marfim africano e parece que foram o principal acesso ao marfim para o Egito, vinte séculos antes de Cristo. Os mapas da Atlântida feitos por Platão teriam semelhança com a geografia da antiga Creta. Muitos mitos antigos da Grécia narram sua localização na Creta minoana, mais de dez séculos antes de Platão. Dédalo foi supostamente o arquiteto do palácio de Knossos. Lá ainda se podem encontrar ruínas que se acredita terem sido o labirinto onde vivia o legendário Minotauro, o monstro (meio-homem, meio touro) morto por Teseu. Após mais de mil anos de domínio, a cultura minoana teve um final rápido, cerca de 1470 a. C.Também o célebre apocalipse que, de acordo com os egípcios, consumiu Keftiu-Atlântida em um dia e uma noite, tem bases em fatos históricos. Os rastros de evidência conduzem à pequena ilha de Santorini (também conhecida como Thera, fica a 75 km ao norte de Creta). Santorini também era um local minoano e as ruínas podem ser encontradas pela ilha. Havia uma montanha no seu centro, provavelmente com 1500

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João Fernandes da Silva Júniormetros de altura, até aproximadamente 1500 a. C.. Esta montanha era um vulcão; suas erupções começaram aproximadamente em 1500 a. C. e tiveram um clímax final aproximadamente em 1470 a. C.. Este vulcão era geologicamente similar ao Krakatoa, porém 4 vezes maior e provavelmente tinha o dobro da violência. A fúria da sua explosão final é inferida de amostras geológicas do núcleo, de comparação de com as detalhadas observações feitas no Krakatoa em 1883 e da obliteração simultânea de quase todos os estabelecimentos minoanos. Os registros de tempo geológico da explosão final do Santorini são muito precisos. O provável quadro seria este: no verão, cerca de 1470 a. C., o Santorini explodiu. As cinzas vulcânicas encheram os céus, encobriram o Sol e desencadearam granizo e relâmpagos. Uma pesada camada de cinzas vulcânicas choveu sobre o Egeu, cobrindo as ilhas e as plantações. Terremotos abalaram a terra e estruturas de pedra caíram com o movimento. Quando a enorme câmara de magma do Santorini finalmente entrou em colapso para formar a cratera, enormes tsunamis (ondas tidais) se espalharam em todas as direções. As vilas vizinhas de Creta foram inundadas e destruídas. A única estrutura maior que sobreviveu às ondas e aos terremotos foi o palácio de Knossos, suficientemente para escapar das enormes ondas. Porém, nos dias que se seguiram, as cinzas vulcânicas cobriram alguns locais e desfolharam a ilha. Passando fome devido às cinzas, com a maior parte de sua civilização eliminada, os minoanos remanescentes

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foram conquistados pelos miceneos da Grécia e Knossos finalmente caiu. A ilha de Santorini moderna é agora a borda do vulcão – a cratera está coberta pelo mar Egeu. Diques de pedra-pomes e cinzas vulcânicas marcam o seu centro, onde o vulcão permanece. Os novos habitantes de Santorini escavam as cinzas vulcânicas para fazer cimento – e ainda encontram ruínas antigas sob as pedras. As cinzas agora constituem o solo, oliveiras e árvores frutíferas cobrem a terra e a antiga Atlântida (Creta, Santorini e talvez outras ilhas do Mar Egeu) está quase que completamente enterrada. Os novos habitantes reconstruíram Creta, mas as ruínas mudas da antiga Atlântida ainda podem ser vistas. - O Fim da Atlântida: Nova Luz sobre uma antiga lenda A Atlântida era governada em paz, era rica em comércio, avançada em conhecimento e dominava as ilhas e continentes que a rodeavam. De acordo com a lenda de Platão, o povo da Atlântida tornou-se complacente e seus líderes arrogantes; como punição, os deuses destruíram a Atlântida, inundando-a e submergindo-a em um dia e uma noite. Embora Platão tenha sido o primeiro a usar o termo “Atlântida”, há antecedentes da lenda. Há uma lenda egípcia que Sólon provavelmente ouviu enquanto viajava pelo Egito e foi passada a Platão anos depois. A ilha nação de Keftiu, lar de um dos quatro pilares que

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João Fernandes da Silva Júniorsustentavam o céu, era considerada uma gloriosa civilização avançada que foi destruída e afundou no oceano. Existe outra história semelhante à de Atlântida, mais significante em termos de época e geografia... e está baseada em fatos. A civilização minoana tinha uma grande e pacífica cultura baseada na ilha de Creta e reinou aproximadamente em 2200 a. C.. A ilha minoana de Santorini, mais tarde conhecida como Thera, tinha um imenso vulcão. Em 1470 a. C. ele teve uma erupção com uma força que se estima ter sido maior que a do Krakatoa, obliterando tudo sobre a superfície de Santorini. Os terremotos e tsunamis resultantes devastaram o resto da civilização minoana, cujos remanescentes foram facilmente conquistados pelas forças gregas. Talvez Santorini fosse a “Atlântida” real. Alguns argumentaram contra esta ideia, observando que Platão havia especificado que a Atlântida havia afundado há 10.000 anos, mas o desastre minoano ocorrera apenas há 1.000 anos. Pode ser que erros de tradução ao longo dos séculos alteraram o que Platão realmente escreveu, ou pode ser que ele estivesse intencionalmente encobrindo os fatos históricos para atingir seus propósitos. Existe ainda uma outra possibilidade – a de que Platão tenha inventado a história da Atlântida. Mesmo assim, sua história do continente que submergiu cativou as gerações que se seguiram. Outros pensadores gregos, como Aristóteles e Plínio, argumentaram sobre a existência da Atlântida, enquanto que Plutarco e Heródoto escreveram sobre

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ela como um fato histórico. A Atlântida se tornou parte do folclore em todo o mundo, foi colocada em mapas oceânicos e buscada pelos exploradores. EDGAR CAYCE (1877-1945) tornou-se o mais proeminente defensor de uma possível Atlântida. Amplamente conhecido como o Profeta Adormecido, Cayce tinha a capacidade de ver o futuro e de se comunicar com os mortos. Ele identificou centenas de pessoas, incluindo a ele mesmo, como atlantes reencarnados. Cayce disse que a Atlântida estava situada próxima da ilha Bimini, nas Bermudas. Ele acreditava que os atlantes possuíam tecnologias remarcáveis, inclusive “cristais de fogo” extremamente poderosos que eles usavam para energia. Um desastre no qual esses cristais ficaram fora de controle foi responsável pelo afundamento da Atlântida, ele disse, o que parece com uma fábula de precaução sobre os perigos da energia nuclear. Tendo permanecido ativos abaixo das ondas oceânicas, os “cristais de fogo” danificados enviam campos de energia que interferem com os navios e aviões que passam – isto é como Cayce considerou as ocorrências do Triângulo das Bermudas. Cayce profetizou que parte da Atlântida viria para a superfície novamente em 1968 ou 1969. Isso não ocorreu e nenhuma evidência foi encontrada de que ela já tenha estado lá. Mas muitos argumentam que deve ter existido uma Atlântida, por causa de muitas

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João Fernandes da Silva Júniorsimilaridades culturais nos dois lados do oceano, que não poderiam ter se desenvolvido independentemente, tornando a Atlântida quase que literalmente um “elo perdido”. K.T. Frost também acreditava que a Atlântida poderia ter sido parte da ilha de Creta, que antes de 1500 a. C. era a sede do império minoano. Escavações arqueológicas mostram que Creta no tempo minoano tinha provavelmente uma das culturas mais sofisticadas dessa época. Então, num piscar de olhos, a civilização minoana desapareceu. Estudos geológicos mostraram que numa ilha que agora conhecemos como Santorinas, localizada dez milhas ao norte de Creta, ocorreu um desastre que teria sido capaz de destruir o estado minoano. Houve uma explosão vulcânica quatro vezes mais poderosa que as do Krakatoa. A onda tsunami que se chocou com Creta deve ter penetrado ilha adentro por aproximadamente meia milha, destruindo todas as cidades e povoados da costa. A grande frota minoana de navios afundou em poucos segundos. Durante uma noite o poderoso Império minoano foi esmagado. Muitos dos detalhes da história da Atlântida se encaixam com o que é atualmente conhecido sobre Creta. As mulheres tinham um status político relativamente alto, ambas as culturas eram pacíficas e ambas apreciavam o esporte da luta com touros ritualística (onde um homem desarmado lutava com um touro).

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Galanopoulos sugeriu que houve um erro durante a tradução do egípcio para o grego de alguns dos números e que foi adicionado um zero extra. Isto significaria que 900 anos atrás teriam sido traduzidos como 9000 e a distância do Egito para a “Atlântida” teria sido mudada de 250 milhas para 2500. Se isto é verdade, Platão, sabendo da geografia do Mar Mediterrâneo, teria sido forçado a assumir que a localização da ilha fosse no Oceano Atlântico. A exata localização da Atlântida não é conhecida, pois o continente se partiu em várias seções que se moveram em diferentes direções. Muitos pesquisadores acreditam que a Atlântida esteja perto das ilhas dos Açores (grupo de ilhas pertencentes a Portugal, localizadas a aproximadamente 1500 km a oeste da costa portuguesa). Algumas pessoas acreditam que as ilhas são os topos das montanhas do submerso continente da Atlântida. Outros pesquisadores acreditam que a Atlântida foi um exagero da narração da destruição histórica de Thera e do Império Minoano. A ilha de Thera, também conhecida como Santorini, é uma ilha vulcânica localizada ao norte de Creta no Mar Egeu. Ao redor de 1500 a. C. ela foi devastada por uma explosão vulcânica que pode ter contribuído para a queda súbita da civilização minoana. -Antigos escritos dos astecas e dos maias, como o Chilam Balam, Dresden Códex, Popuhl Vuh, Códex Cortesianus e Manuscrito Troiano também foram

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João Fernandes da Silva Júniortraduzidos como histórias da destruição da Atlântida e Lemúria. -O livro Oera Linda, da Holanda é considerado um dos mais antigos livros já encontrados. Ele fala sobre a destruição da grande ilha atlântica por terremotos e ondas tidais.-O antigo historiador grego Diodorus escreveu que milhares de anos antes dos fenícios, havia uma imensa ilha atlântica (no local em que Platão descreveu que a Atlântida estava). -Os hieróglifos fenícios foram encontrados em numerosas ruínas nas selvas da América do Sul e são tão antigas que as tribos indígenas próximas perderam as lembranças de quem as construiu.-Diodorus escreveu que os atlantes tiveram uma guerra com os amazônicos!-O grego Kantor relata uma visita ao Egito, onde ele viu uma coluna de mármore com hieróglifos sobre a Atlântida. -O historiador grego Ammianus Marcellinus escreveu sobre a destruição da Atlântida. -Plutarco escreveu sobre o continente perdido no seu livro Vidas.- Heródoto, considerado por alguns como o maior dos historiadores antigos, escreveu sobre a misteriosa civilização da ilha no Atlântico e uma cidade nela se localizava exatamente onde a expedição do Dr. Asher encontrou exatamente isso!- O historiador grego Timageous escreveu sobre a Guerra entre a Atlântida e a Europa e disse que as

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tribos da antiga França diziam que ela era seu lar original.- Pinturas brilhantes em cavernas francesas mostram claramente pessoas usando roupas do século 20: uma pintura levou a um complexo de pirâmides subterrâneo. O historiador e arqueologista francês Robert Charroux o datou de 15.000 a. C..-Claudius Aelianus se referiu à Atlântida em seu trabalho do século 3 – A Natureza dos Animais.- Theopompos, um historiador grego, escreveu sobre o enorme tamanho da Atlântida e suas cidades de Machimum e Eusebius e sobre uma idade de ouro, sem doenças e sem trabalhos manuais.-James Churchward escreveu diversos volumes de livros documentando escritos antigos que ele afirma ter traduzido a Sudoeste da Ásia, que se referem à Atlântida e Um, enquanto que o geólogo William Niven afirma ter escavado tabuletas idênticas no México.- O Dr. George Hunt Williamson, que escreveu diversos livros em sua pesquisa da Atlântida e Lemúria em 1950, era um explorador antropólogo que foi mencionado no “Who's Who” nos Estados Unidos. Ele escreveu sobre como os descendentes dos incas o conduziram a um antigo manuscrito num templo nas montanhas andinas, que falava sobre a destruição da Atlântida e de Um, que possuíam uma tecnologia avançada, por terremotos e ondas tidais. Williamson também visitou dezenas de tribos indígenas nos

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João Fernandes da Silva JúniorEstados Unidos e no México, que lhe contaram sobre a Atlântida e Um, incluindo os índios Hopi.- Tabuletas de Lhasa, Tibet e da Ilha de Páscoa. Está claro pelos escritos antigos, que a crença em Atlântida era comum e aceita pelos historiadores na Grécia, Egito e nos Impérios Maia e Asteca.-Os bascos da Espanha, os guals da França, as tribos das Ilhas Canárias e dos Açores, uma tribo na Holanda e dezenas de tribos indígenas, todas falam de suas origens em uma grande perdida e submersa terra atlântica. THULE Os alemães e os escandinavos nórdicos falaram de um continente desaparecido no Oceano Atlântico Norte, chamado Thule com a civilização de Hiperbórea nele localizada. Reportam que Thule se estreitou para o que atualmente é a capa de gelo do polo norte, onde está enterrado sob milhas de gelo e por isso não podemos vê-lo.

MISTÉRIOS DA ATLÂNTIDA

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ROCHA VULCÂNICA A 3 MIL METROS NO MAR

Atlântida seria, porventura, o berço, a origem, da civilização. Continente misterioso a "repousar" sob vagas e em separação entre velho e novo Mundo. Para o ser humano o continente perdido é como planície luxuriante e fértil a perturbar, desde há séculos, a imaginação do homem. Platão descreveu Atlântida com grande profusão de pormenores e comentários. Pioneiro nas pesquisas, localizou o país dos Atlantes a oeste das Colunas de Hércules. Os seus textos do Timeu e do Crítias são tão claros que parece inútil tentar localizar a ilha infortunada em qualquer outro lado que não seja nas regiões geográficas reveladas pelo discípulo de Sócrates. A Atlântida terá sido uma ilha, ou, se preferirmos, uma série de ilhas formando um continente. Egerton Sykes, inglês, terá quem primeiro definiu os limites geográficos das terras desaparecidas, entre os mares de Açores, Cabo Verde, Santa Helena e Antilhas como os picos ainda emersos do reino de Poseidon. Quando os detratores objetavam que nenhum vestígio de civilização antiga surgia nestes locais, respondias-lhes: «imaginai que a Europa seja, por sua vez, coberta pelas águas e que só o monte Branco delas emerge. Que testemunho da nossa civilização descobriria, no seu cume, uma geração

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João Fernandes da Silva Júniorfutura?» Os pesquisadores oceanográficos descobriram a tese de Sykes. Com efeito, em 1949, o professor Ewing descobriu, no decorrer de um cruzeiro científico, no meio do Oceano Atlântico, areia de rio. Trouxe-a para a superfície com o auxílio de uma droga. Assim pretendeu provar a existência de um rio no local onde se encontra, atualmente, um abismo submarino. E a rocha vulcânica, encontrada a norte dos Açores, a 3.100 metros de profundidade, certamente formada em contato com o ar poderá constituir em si mesma uma prova. Surgem muitas dúvidas sobre o desaparecimento, repentino ou progressivo, de um continente embora sabendo-se que há cerca de dois séculos os homens viram desaparecer, bruscamente, sob as águas, metade das ilhas de Santorini e o mar cobrir o Delta do Indus. Por outro lado os mistérios que envolvem cidades e mundos desaparecidos podem estimular, e até dar crédito ao mito da Atlântida. Como exemplo poderá referir-se a cidade de Ys, e a lenda que gravita em seu redor. A cidade repousará sob as águas do Atlântico, na baía dos Tréspassés, de onde marinheiros têm resgatado cofres de metal e fragmentos de estátuas. É conhecida a lenda do Rei Grallon e da sua volúvel filha. A história narra mil pormenores acerca da sua beleza que, numa noite de festa, se comprometeu com um convidado do castelo. Para poder sair da cidade, fortificada, roubou a seu pai chave de uma pequena porta secreta. Porém, a porta incrustada no dique que protegia a cidade de Ys das águas do oceano, uma vez aberta, deixou que o mar

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tragasse a cidade, como um castigo divino. Durante muitos séculos, uma espécie de tabu envolvia o Atlântico. E os marinheiros afirmavam ser a zona povoada por monstros que prejudicavam a navegação. O desaparecimento da Atlântida marcara esta parte do mundo com um signo nefasto e os homens pareciam guardar no subconsciente a memória do drama gigantesco que se havia desenrolado nalgumas horas e que destruíra milhões de vidas humanas. Navegadores intrépidos lançaram-se à pesquisa do oceano, na descoberta de terras desconhecidas, principalmente na esperança de desvendar o mistério que envolve a lenda da Atlântida ou, pelo menos, seguir alguns vestígios.

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Atlântida a cidade submersa perdida pode ter sido achada

Investigadores americanos dizem ter descoberto a Atlântida Uma expedição de cientistas norte-americanos alega ter encontrado a cidade perdida de Atlântida, no mar Mediterrâneo, na costa sul do Chipre. Os investigadores detectaram uma estrutura que parece ter sido construída pelo homem. As referências do filósofo grego Platão sobre a mítica cidade perdida, Atlântida, alimentou durante séculos o imaginário de exploradores e aventureiros. Descrita nos seus diálogos de Timaeous e Critias, teria existido um antigo continente perdido, a Atlântida, supostamente desaparecido devido a um maremoto ou terramoto. Ainda assim, várias correntes descrevem a origem da Atlântida, como uma ilha que teria existido sobre a Dorsal Atlântica. Alguns arqueólogos e cientistas são da opinião que a sua existência poderia também ter sido pura mistificação da cultura dos povos minoicos, originários da ilha de Creta.Agora, uma equipa de cientistas norte-americanos alega ter descoberto a cidade perdida no mar Mediterrâneo, perto do Chipre.Uma expedição de um instituto de pesquisa japonês disse ter encontrado vestígios de uma civilização antiga na costa da ilha de Yonaguni, no sul do Japão. Há muito tempo se procura uma cidade submersa conhecida como Mu ou Lemúria, que teria desaparecido no Oceano Pacífico 4 mil anos atrás.

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O professor Masaaki Kimura vem tentando provar a teoria há décadas, apesar de enfrentar o ceticismo de muitos colegas acadêmicos. "Pela disposição das ruínas, ela pode ter sido parecida com uma cidade romana antiga," diz o especialista.Atlântida e Civilizações desaparecidas nas BermudasComo é natural, cada vez que são descobertas ruínas submarinas submersas no Atlântico pensa-se imediatamente, na possibilidade de identificá-las com o continente submerso da Atlântica.Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza, quer vegetal e mineral, não só era a ilha magnificamente prolifica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc como ainda de orichac, um metal que brilhava como fogo.Os Reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior, entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.Pouco mais se sabe de Atlântida, segundo Platão, esta foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terramoto ou maremoto) cerca de 9000 anos antes da sua era. Crê-se ainda que os atlantes teriam sido vitimas das suas ambições de conquistar o mundo ao serem dizimados pelos atenienses nesta tentativa.

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João Fernandes da Silva JúniorOutra tradição completamente diferente chega-nos de Diodorus Siculus, em que os atlantes eram vizinhos dos Líbios e que teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.Segundo uma outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época, e ao prever a destruição iminente teria emigrado para África, sendo os antigos egípcios descendentes da cultura de Atlântida.Na cultura pop do século XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.Ainda que ao longo dos anos a Atlântida foi "situada" em diversos lugares, a partir dos descobrimentos de 1968, na zona já menciona das Bimini e outras, a hipótese de que estivesse localizada na área do Triângulo das Bermudas foi discutida entre os pesquisadores e exploradores.Robert Sarmast, o líder da expedição "Cyprus Atlantis 2004", parece não ter grandes dúvidas em afirmar que podemos estar muito perto de descobrir a cidade perdida descrita por Platão. Aliás, numa conferência de imprensa a bordo do navio "Flying Enterprise", Sarmast disse ter «encontrado 60 a 70 pontos que correspondem, na perfeição, à descrição detalhada de Platão sobre a encosta da Acrópole de Atlântida. Dois anos e meio depois de estudar a região, aquele investigador está convicto de que o monte submerso encontrado no Mediterrâneo «se não é a Acrópole que

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Platão enunciou, então só pode ser uma das maiores coincidências do mundo», afirmou.Recorrendo aos resultados das expedições russa e francesa e respectivos scanners realizados a Este do mar Mediterrâneo, a missão "Cyprus Atlantis 2004" partiu para estas últimas investigações com equipamentos mais sofisticados, utilizando sonares que percorreram as 50 milhas, a sudeste do Chipre. A partir desta tecnologia foi revelada uma grande parede feita pelo próprio homem, a mais de 1600 pés de profundidade.Robert Sarmast considerou que, de acordo com os testes científicos efetuados, esta estrutura teria estado acima do nível do mar. «Até ao momento ainda não é possível apresentar uma prova tangível da forma dos tijolos e os artefatos que, muito provavelmente, estão soterrados sob vários metros de sedimentos, a uma profundidade de mais de 1.500 pés», concluiu. Mas, adiantou à Associated Press (AP), «esta evidência é irrefutável» .Interpelado sobre a possibilidade de estas ruínas serem de uma cidade antiga submersa pelas ondas, Sarmast foi peremptório: «se compararmos com as descrições de Platão, ficaremos assombrados» , acrescentou à AP. É que, segundo aquele cientista, a descrição corresponde de tal forma à estrutura encontrada que tem de ser a cidade perdida.Ainda assim, apesar destas provas que, segundo a equipe norte-americana, são irrefutáveis, o arqueólogo cipriota Pavlos Flourentzos mostrou-se céptico sobre

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João Fernandes da Silva Júniora alegada descoberta e declarou à AP; «São necessárias mais provas» . Ao jornal "The Scotsman", Sofronis Sofroniou, professor de filosofia grega no Chipre, considerou a possibilidade de se ter encontrado a cidade perdida de Atlântida como algo verdadeiramente incrível, já que «é impossível que, ao longo dos tempos, ninguém tivesse associado o Chipre a Atlântida. (...) a minha intuição diz-me que não existe nada ali, mas há factos fantásticos que acabam por ser verdade» , respondeu.O futuro dirá quem está certo ou errado.Para já, os peritos terão a oportunidade de testar a informação de Sarmast, processada ao pormenor em inúmeras imagens e modelos em três dimensões.A mesma expedição "Cyprus Atlantis 2004" deverá regressar ao local para 'limpar' parte dos sedimentos depositados ao longo de milhares de anos, numa tentativa de recolha de qualquer prova física que possa corroborar a teoria daqueles cientistas americanos.Até lá, Atlântida continua submersa em mistério até que alguém prove a sua real existência física.

***ATLÂNTIDA - O REINO PERDIDO***A História antiga da humanidade contém algumas lacunas envoltas em mistérios e enigmas ainda não desvendados. Enigmas que despertam no homem contemporâneo uma busca incessante pela sua verdadeira origem e por sua real História! Quem não se sente interessado, curioso ou até mesmo fascinado com o avanço técnico contido na Grande Pirâmide de

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Quéops, os Moais da Ilha de Páscoa, a construção de Macchu Picchu e a avançada cultura Inca, as Pirâmides Astecas, os complexos Maias e seu perfeito calendário, a arte e eloquência Grega, os menires Celtas e a Grande sabedoria Veda, somente para citar alguns exemplos?Um estudo mais aprofundado nos leva a um lugar comum onde a ciência oficial ainda teima em negar (embora os menos ortodoxos admitam claramente) a teoria - para muitos, realidade - do Continente chamado Atlântida, berço da Quarta Raça Raiz!O continente Atlante situava-se no Atlântico Norte, indo desde a costa da atual Flórida (USA) até as ilhas Canárias e os Açores. Sua cultura era muito avançada. Em muitos pontos, ultrapassava a nossa com facilidade. Oriunda de um aperfeiçoamento e emigração dos remanescentes da Terceira Raça Raiz (Lemuriana), a raça Atlante alcançou rapidamente um patamar elevado em conhecimentos e tecnologia. Esta tecnologia diferia muito da atual em termos de padrão de frequência vibracional. Estava diretamente relacionada com as forças da Natureza e continha aspectos energéticos (metafísicos e radiônicos) e até espirituais unidos numa só Ciência (conceito praticamente impossível de ser aceito e assimilado pela "Ciência" atual).A raça atlante possuía um desenvolvimento bastante avançado das faculdades ditas paranormais, existindo uma "ligação direta" com outras realidades dimensionais.

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João Fernandes da Silva JúniorO conhecimento das Grandes Verdades Cósmicas era aberto, não existindo nada absolutamente velado. Mantinham intercâmbio com culturas provenientes de várias regiões do espaço (civilizações extraterrestres) e com os Seres das Hierarquias do Governo Oculto Espiritual do Planeta. Acredita-se que a tecnologia de construção e manipulação de energias das estruturas piramidais seja de origem extraterrestre, transmitida aos Atlantes, tais como as Pirâmides do Egito e do México (apenas réplicas dos originais atlantes).Na região conhecida como "Triângulo das Bermudas" existe um vórtice de energia espaço-temporal, gerado possivelmente pela Grande Pirâmide Atlante submersa ali. Neste local, além de outros fenômenos tais como a já rotineira alteração da leitura dos instrumentos de navegação, registram-se também muitas aparições ufológicas. Aliás, os atlantes dominavam máquinas voadoras que pousavam em qualquer parte do planeta, principalmente nas "Pistas de Nazca" no Peru.Foram encontrados no Egito e, principalmente na cultura Inca, caracteres hieroglíficos e objetos que lembram aeronaves, algumas apresentando as asas em delta! Tais objetos foram testados em túneis de vento, apresentando um comportamento aerodinâmico perfeito!Os "computadores" atlantes eram os próprios cristais de quartzo, utilizados principalmente como armazenamento de conhecimentos e acionados por poder mental (são os cristais "arquivistas" tão conhecidos dos cristaloterapeutas).

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O domínio dos cristais, juntamente com a manipulação de aparelhos radiônicos (a hoje conhecida "pilha cósmica" dos radiestesistas - um conjunto de semiesferas sobrepostas - foi muito utilizada na Atlântida como arma de grande poder), era um dos pontos fortes de seu conhecimento, uma vez que, aliado a um grande poder mental, era gerado um formidável potencial energético altamente positivo quando bem direcionado, assim como incrivelmente devastador quando errônea e maleficamente utilizado.Houve um declínio dos padrões éticos, morais etc. que gerou estados vibratórios bastante densos. Aliás, este foi um dos principais (senão o principal) motivos do desaparecimento da civilização das Sete Portas de Ouro, que também fazia uso de tecnologia nuclear. A situação chegou a um estado crítico quando ocorreu a manipulação indiscriminada da engenharia genética, gerando verdadeiras aberrações, conhecidas hoje como os seres mitológicos de algumas culturas, tais como os Titãs da Mitologia Grega. Os Sábios e Sacerdotes Atlantes, prevendo a destruição, emigraram juntamente com os genuínos da Raça para outros pontos da Terra, levando consigo seus vastos poderes e conhecimentos que desde então têm sido passados de boca para ouvido pelos Iniciados, nas "Escolas de Mistério", a fim de que não caiam em mãos dos adeptos do "Caminho da Mão Esquerda" e outros irresponsáveis. Os lugares que já eram Colônias, tais como o Egito, pequena parte da Índia, América Central e do Sul, floresceram rapidamente

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João Fernandes da Silva Júniorcom a chegada dos Sábios, assessorados por ETs. A principal Colônia, salvaguarda até os dias de hoje, grande parte dos conhecimentos poderosos num local muito bem guardado abaixo da Esfinge e das Pirâmides (construídas pelos atlantes sob supervisão extraterrestre) e em outros Templos ao longo do Nilo, no Egito. Tais "documentos" (os papiros sagrados de Toth) estão prestes a ser descobertos, segundo Edgar Cayce, famoso e conceituado paranormal norte-americano, que vislumbrou em visões tal fato, ainda na primeira metade deste século. Atualmente, descobertas formidáveis têm sido feitas no Egito pelos arqueólogos, constatando novas pirâmides e até um gigantesco Templo (ou palácio) abaixo de uma "moderna" estrutura do período Ptolomaico.Oficialmente, admite-se hoje que, provavelmente cerca de 55% do Antigo Egito ainda está sob as areias do Deserto e do tempo! E se há muito que desvendar, a hipótese da existência e consequente descoberta dos "documentos atlantes", ao contrário de absurda, como ainda teimam alguns céticos, é bastante previsível e até, concreta. Que dizer então das ainda mais enigmáticas civilizações Pré-Colombianas, das quais se conhece muito pouco? Que segredos encerram? E as civilizações da Amazônia? Que escondem as autoridades científicas e governamentais das potências mundiais sobre tais assuntos, num procedimento semelhante ao adotado no fenômeno UFO? Porque existe uma incidência cada vez maior de aparições ufológicas em tais locais?

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Associa-se a estes fatores, segundo estudiosos ocultistas, à passagem de um astro de grandes proporções com frequência vibratória baixa, com uma excentricidade de órbita bastante acentuada, passando pelas circunvizinhanças do Sol num período que se encurta cada vez mais. Sua última passagem ocorreu há aproximadamente 6.666 anos (o nº da Besta?) sendo o provável corresponsável pela separação do continente em três grandes ilhas e sua posterior submersão, uma a cada passagem, até a última, Poseidon (revelada a Platão pelos Sacerdotes de Tebas, no Egito). Tal astro é mencionado exaustivamente pelos atuais espiritualistas pela sua importância no momento de "Transição de Eras" que o Planeta atravessa. A NASA, Agência Espacial Americana, confirmou uma perturbação considerável nas órbitas dos planetas exteriores (Urano, Netuno e Plutão) descoberta no início dos anos setenta. "Esta perturbação de natureza gravitacional", sugere a NASA, "é provavelmente causada por algum corpo não identificado e de proporções consideráveis". Acredita-se que atualmente, final dos anos noventa, sua posição seja bem mais próxima do Sol (embora a ciência negue a existência de tal corpo celeste). Embora as conjecturas apresentadas não sejam suficientes para provar a existência da Atlântida e sua cultura (a qual originou nossa 5º Raça Raiz, Ariana), elas são fortes em seu conteúdo e estão presentes nas tradições milenares de antigas civilizações e nos seus registros tais como os egípcios, vedas, e atuais

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João Fernandes da Silva Júniortibetanos além das Escolas esotéricas, ocultistas e teosóficas e suas eminências, como Helena P. Blavatsky, que estudou e divulgou amplamente o tema.Chegamos finalmente a um atual "momentum vibracional" evolutivo planetário, muito parecido com o que existia em terras Atlantes na ocasião sua decadência, tanto em termos da baixa energia referente a dor, sofrimento, violência, moral, geradas pela humanidade, como aspectos cósmicos e fenômenos de natureza extraterrestre. Um novo Salto Evolutivo está às nossas portas. Um novo Céu, uma nova Terra e uma nova Jerusalém! Quem sabe uma nova e melhor Atlântida?*O Continente desaparecido - Atlântida"O debate sobre a existência da Atlântida é bem antigo. Desde os tempos do filósofo Grego Platão, a Atlântida com sua esplêndida civilização, chega aos dias atuais como um enigma que originou a publicação de inúmeros livros. Teses de caráter geológico, arqueológico e outras têm servido para aguçar o espírito humano na busca da existência do enigmático continente. Iremos tratar aqui destas teses, que poderão dar um caráter científico às nossas buscas"*As primeiras narrativasDe todas as lendas sobre povos e civilizações perdidas, a história de Atlântida parece ser aquela que mais interesse tem despertado. A primeira referência escrita deste mito encontra-se nos relatos de Platão. Nos diálogos Timeu e Crítias é narrada a fascinante

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história da civilização localizada "para além das colunas de Hércules". É descrita a existência desta ilha continental , bem como os detalhes históricos de seu povo , com sua organização social, política e religiosa, além de sua geografia e também da sua fatídica destruição "no espaço de uma noite e um dia ". Eis parte do diálogo : "...Ouvi, disse Crítias, essa história pelo meu avô, que a ouvira de Sólon, o filósofo. No delta do Nilo eleva-se a cidade de Sais, outrora capital do faraó Amásis e que foi fundada pela deusa Neit, que os gregos chamam Atena. Os habitantes de Sais são amigos dos atenienses , com os quais julgam ter uma origem comum. Eis por que Sólon foi acolhido com grandes homenagens pela população de Sais. Os sacerdotes mais sábios da deusa Neit apressaram-se a iniciá-lo nas antigas tradições da história da humanidade.Na tradição oral de muitos povos antigos, nos relatos de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina secreta, existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um continente no meio do Oceano Atlântico, que um dia foi tragado pelas águas revoltas.*Atlântida (O país, o povo suas Riquezas)Geograficamente, Platão descreve a Atlântida desta forma: "toda a região era muito alta e caía a pique sobre o mar, mas que o terreno à volta da cidade era plano e cercado de montanhas que desciam até a praia , de superfície regular, era mais comprida do que larga, com três mil estádios na sua maior extensão, e

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João Fernandes da Silva Júniordois mil no centro, para quem subisse do lado do mar. Toda essa faixa da ilha olhava para o sul, ao abrigo do vento norte. As montanhas das imediações eram famosas pelo número , altura e beleza, muito acima das do nosso tempo segundo todos relatos , os atlantes desenvolveram-se de tal forma , que o grau de riqueza alcançado por sua civilização não encontra paralelo conhecido, sendo pouco provável que outros povos viessem a obter tamanha prosperidade e bonança.A Atlântida possuía 10 reis. Estes soberanos por sua vez, possuíam dentro de seus domínios "um poder discricionário sobre os homens e a maior parte das leis, sendo-lhes facultado castigar quem quisessem, ou mesmo condená-los à morte".O país dos atlantes era dividido em 60.000 lotes e cada um deles tinha um chefe militar.O aspecto que mais fascina no relato platônico é sem dúvida o que se refere às riquezas da ilha-continente, tanto no que tange às construções, como aos imensos recursos naturais da legendária ilha.Segundo Platão, a Atlântida possuía a capacidade de prover seus habitantes com todas as condições de sustento, apesar de receber de fora muito do necessário, provavelmente, através do comércio. Havia na ilha grande abundância de madeira que com certeza foram utilizadas nas imensas obras lá construídas, bem como imensas pastagens, tanto para animais domésticos, como para selvagens, incluindo aí a raça dos elefantes, que teriam se multiplicado pela ilha . Por sua vez, toda sorte de frutos, legumes, flores e raízes existiam ali, sendo que o fabrico de essências

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e perfumes era corriqueiro. A extração de minérios, em particular o ouro, ocorria fartamente em Atlântida.Diz Platão que de início os atlantes "construíram pontes nos cinturões de mar que envolviam a antiga metrópole, a fim de conseguir passagem para fora e para o palácio real", bem como abriram um canal de três plectros de largura e cem pés de profundidade, ligando o mar ao primeiro cinturão de água, canal este que servia de entrada para embarcações vindas de outras partes. No segundo cinturão, os barcos podiam ancorar com maior segurança, e fazia deste uma espécie de porto.As águas jorravam no centro da ilha, desde que Posseidon assim quis, também tiveram tratamento dos mais apurados: em suas imediações foram plantadas "árvores benéficas para as águas", bem como foram construídas "cisternas para banhos quentes no inverno". Havia, contudo, locais próprios para os banhos dos reis, bem como modalidades específicas para as mulheres. Segundo o relato, "parte da água corrente eles canalizaram para o bosque de Posseidon a outra parte era canalizada para os cinturões externos por meio de aquedutos que passavam sobre as pontes".Nos cinturões externos de terra, foram construídos ginásios para práticas esportivas e hipódromos, bem como moradia para soldados, hangares para barcos e armazéns para todas as modalidades conhecidas de artigos náuticos. O canal principal que servia de entrada para embarcações era muito movimentado,

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João Fernandes da Silva Júniortanto de dia como de noite, o que demonstra ter sido Atlântida um grande centro comercial de seu tempo.O palácio real era segundo os relatos “uma verdadeira obra prima de encantar a vista, por suas dimensões e beleza”. O templo dedicado a Posseidon era cercado por um muro de ouro, que segundo o relato, ele "tinha um estádio de comprimento e três plectros de largura para fora, todo o templo era forrado de prata, com exceção dos acrotérios, que eram de ouro. No interior, a abóbada era de marfim, com ornamentos de ouro, prata e oricalco”. Havia também no templo estátuas dedicadas a diversas divindades, bem como outras que homenageavam os reis e suas esposas, além de um altar cuja beleza e magnificência não encontravam paralelo conhecido. Essa é resumidamente a Atlântida de Platão, com seus detalhes e maravilhas.*A Guerra com os Atenienses e a DestruiçãoNa conversa que tiveram com Sólon acrescentaram os sacerdotes que calamidades maiores foram às vezes causadas pelo fogo do céu. Depois os sacerdotes fizeram saber a Sólon que conheciam a história de Sais a partir de 8000 anos antes daquela data. Há manuscritos, disseram, que contém relato de uma guerra que se lavrou entre os Atenienses e uma nação poderosa que existia na grande ilha situada no Oceano Atlântico, e mais além, no extremo do oceano um grande continente.A ilha chamava-se Posseidon, ou Atlantis, quando se deu a invasão da Europa pelos atlantes , foi Atenas,

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como cabeça de uma liga de cidades gregas, que pelo seu valor salvou a Grécia do jugo daquele povo. Posteriormente a estes acontecimentos houve uma grande catástrofe: um violento terremoto sacudiu a terra, que foi depois devastada por torrentes de chuva. As tropas gregas sucumbiram e a Atlântida foi tragada pelo oceano sempre houve e há de haver no futuro numerosas e variadas destruições de homens; as mais extensas , por meio da água ou pelo fogo, e as menores por mil causas diferentes.Nas destruições pelo fogo, prosseguem os sacerdotes, perecem os moradores das montanhas e dos lugares elevados e secos, de preferência aos que habitam as margens dos rios ou do mar, por outro lado , quando os Deuses inundaram a terra para purificá-la, salvaram-se os moradores das montanhas, vaqueiros e ovelheiros, enquanto os habitantes de vossas cidades eram arrastados para o mar pelas águas dos rios. Entre vós outros, mal começais a vos prover da escrita e do resto de que as cidades necessitam, depois do intervalo habitual dos anos , desabam sobre vós , do céu, torrentes d'água , maneira de alguma pestilência , só permitindo sobreviver o povo rude e iletrado. A esse modo , como se fosseis criancinhas, recomeçais outra vez do ponto de partida, sem que ninguém saiba o que se passou na antiguidade, tanto aqui como entre vós mesmos. "A primeira coisa que chama a atenção do pesquisador é a semelhança das referências antigas nesse particular. Na Bíblia o profeta Isaias fala do

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João Fernandes da Silva Júniordesaparecimento da Atlântida com palavras bastante diretas:"... Ai da terra dos navios que está além da Etiópia; do povo que manda embaixadores por mar em navios de madeira sobre as águas. Ide, mensageiros velozes, a uma gente arrancada e destroçada; a uma gente que está esperando do outro lado, e a quem as águas roubaram suas terras..."(Is XVIII, 1-2). Também Ezequiel trata do mesmo assunto nos capítulos XXVI e XXXII: ““... Disse o senhor: E fazendo lamentações sobre ti, dir-te-ão: como pereceste tu que existias no mar, ó cidade ínclita, que tens sido poderosa no mar e teus habitantes a quem temiam? Agora passarão nas naus, no dia da tua espantosa ruína, e ficarão mergulhadas as ilhas no mar, e ninguém saberá dos teus portos; e quanto tiver feito vir sobre ti um abismo e te houver coberto com um dilúvio de água, eu te terei reduzido a nada, e tu não existirás, e ainda que busquem não mais te acharão para sempre..."As citações do Velho Testamento podem ser comparadas às que traz escritas um velho códice tolteca, cuja tradução, feita por Plangeon, diz o seguinte: “: No ano 6 de Kan , em 11 muluc do ano de Zac, terríveis tremores de terra se produziram e continuaram sem interrupção até o dia 13 de Chen. A região de Argilla, o país de Mu, foi sacrificado. Sacudido duas vezes , ele desapareceu subitamente durante a noite. O solo, continuamente influenciado por forças vulcânicas, subia e descia em vários lugares, até que cedeu. As regiões foram então

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separadas umas das outras , e depois dispersas. Não tendo podido resistir às suas terríveis convulsões elas afundaram , arrastando para a morte seus 64 milhões de habitantes. Isto se passou 8060 anos antes da composição deste escrito . "*As provas GeológicasHá 100 milhões de anos atrás, a geografia do planeta era bem diferente da atual. As massas continentais encontravam-se unidas, formando um grande continente, cercado pelo mar. Este grande continente conhecido como Pangeia, desfez-se gradualmente ao longo das eras geológicas, até atingir a conformação atual. Este fato é reconhecido pela ciência.Este processo de separação, se se deu por violentos movimentos tectônicos, às vezes acompanhados de cataclismas violentos, que se prolongaram por milhões de anos. Neste período de deslocamento constante das placas tectônicas, se deram formações de cordilheiras, bem como o desaparecimento de vastas áreas , que submergiram nos oceanos. O local onde os dois grandes blocos continentais se desmembraram (Américas a Oeste - Europa, Ásia e Austrália a Leste) encontra-se demarcada por uma espécie de cordilheira submarina chamada Dorsal Meso-Atlântida.A Dorsal Meso-Atlântida apresenta inúmeras ramificações, que praticamente chegam a ligar os dois blocos continentais. Ao longo destas colinas submarinas, encontram-se uma enormidade de ilhas

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João Fernandes da Silva Júniorvulcânicas que vão de polo a polo. Ao norte em plena região ártica temos, as ilhas Pássaros, Jan Mayen e Islândia, mais o sul pouco acima do trópico de câncer encontramos o arquipélago de Açores, Ilha da Madeira e Cabo verde, mais ao sul temos Santa Helena e outras menores; próximo da Antarctica destacamos as ilhas de Érebo, Martinica. Desta forma, Atlântida pode ter se constituído numa destas formações marcadas por intenso vulcanismo.A tese da separação dos continentes encontra um forte respaldo na perfeita combinação da costa brasileira com a costa ocidental da África, que se encaixa como num quebra cabeças, no entanto, no extremo norte, as peças deste quebra cabeças não se encaixam com clareza, isto pode ser percebido nos litorais da Escandinávia, Islândia, Groelândia e norte do Canadá. Entre a costa Norte Americana de um lado e a Europa e norte da África de outro, existir um grande vazio, como se faltasse uma peça do quebra - cabeças. Teria então este vazio relação com o Continente da Atlântida, desaparecido no meio do Oceano? As eras glaciais e a AtlântidaDenomina-se eras glaciais os períodos em que grandes regiões do planeta estiveram sob um processo contínuo de glaciações, fenômeno este resultante de causas múltiplas e complexas: movimentos orbitais da terra, continentalidade dos polos, elevação de terras, circulações oceânicas, mudanças na composição da atmosfera e outras.Ocorreram na história do planeta diversas fases deste fenômeno, desde o período pré-cambriano até bem

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recentemente. No entanto, dado às dificuldades a pesquisa científica só conseguiu definir de forma minuciosa a última grande glaciação, que ocorreu durante o pleistoceno.Uma glaciação inicia-se quando após um rigoroso inverno, a neve acumulada não se derrete totalmente com a chegada do verão, sobrevivendo até o outro inverno na forma de gelo. Este fato resfria a região e num acúmulo sucessivo de milhares de anos forma-se uma calota de gelo, cada vez mais resistente criando impactos de resfriamento cada vez maiores.Há cerca de 80.000 anos atrás, iniciou-se o último grande avanço das geleiras nas regiões norte do planeta, tanto na Europa como na América do Norte, sendo que o fim desta última glaciação deve ter ocorrido entre 20.000 a 10.000 anos atrás. O fim da Glaciação implica na subida do nível dos Oceanos. Esta última é a data fatídica da Submersão da Atlântida.A corrente do Golfo e a AtlântidaLevantamentos geológicos dão indícios de que durante a última glaciação, a expansão das geleiras atingiram latitudes aproximadamente iguais tanto na América do Norte como na Europa. Dessa forma é possível supor que os efeitos da corrente do golfo não atuavam de modo satisfatório junto ao noroeste europeu naqueles tempos. Esta constatação nos leva a uma interessante hipótese: a não existência da corrente do golfo naqueles tempos, ou a impossibilidade desta corrente alcançar a Europa, na

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João Fernandes da Silva Júniormedida em que seu curso fosse alterado por algum bloqueio em pleno oceano Atlântico. O tamanho do bloqueio só poderia ser uma grande massa continental, que bem poderia ter sido a Atlântida.*Um Pouco maisA Atlântida ou Atlantis teria sido uma antiga ilha ou continente lendário, cuja existência ou localização nunca foram confirmadas.Originalmente mencionada pelo filósofo grego Platão em dois dos seus diálogos (Timeu e Crítias), conta-nos que Sólon, no curso das suas viagens pelo Egito, questiona um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo e que este lhe fala de umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais dos tempos entre os atenienses e o povo de Atlântida. Segundo o sacerdote, o povo de Atlantis viveria numa ilha localizada para além dos pilares de Héracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava.Quando os deuses helénicos partilhavam a terra, a cidade de Atenas pertencia à deusa Atena e Hefesto, mas Atlântida tornou-se parte do reino de Poseidon, deus dos mares.Em Atlântida, nas montanhas ao centro da ilha, vivia uma jovem órfã de seu nome Clito. Conta à lenda, que Poseidon ter-se-ia apaixonado por ela e, de maneira a poder coabitar com o objeto da sua paixão, terá divisado uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada. Desta maneira viveram por muitos anos e da sua relação nasceram cinco pares de gémeos, ao qual o mais velho o deus dos mares

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batizou de Atlas. Após dividir a ilha em dez áreas anelares, autorizou supremacia a Atlas, dedicando-lhe a montanha de onde Atlas espalhava o seu poder sobre o resto da ilha.Em cada um dos distritos (anéis terrestres ou cinturões), reinavam as monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseidon.Estes se reuniam uma vez por ano no centro da ilha, onde o palácio central e o templo a Poseidon, com os seus muros cobertos de ouro, brilhavam ao sol. A reunião marcava o início de um festival cerimonioso em que cada um dos monarcas dispunha-se à caça de um touro; uma vez o touro caçado beberia do seu sangue e comeriam da sua carne, enquanto sinceras críticas e comprimentos eram trocados entre si à luz lunar.Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza, quer vegetal e mineral, não só era a ilha magnificamente prolífica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc como ainda de orichac, um metal que brilhava como fogo. Também era riquíssima em petróleo.Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior, entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.

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João Fernandes da Silva JúniorPouco mais se sabe de Atlântida, segundo Platão, esta foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terremoto ou maremoto) cerca de 9000 anos antes da sua era. Crê-se ainda que os atlantes tivessem sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo ao serem dizimados pelos atenienses nesta tentativa.Outra tradição completamente diferente chega-nos de Diodorus Siculus, em que os atlantes eram vizinhos dos líbios e que teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.Segundo outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época, e, ao prever a destruição iminente, teria emigrado para África, sendo os antigos egípcios descendentes da cultura de Atlântida.Na cultura pop do século XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.*Teorias e hipótesesO tema da Atlântida tem dado origem a diferentes interpretações, umas mais cépticas, outras mais fantasiosas. Segundo alguns autores, tratar-se-ia de uma metáfora referente a uma catástrofe global (identificada, ou não, com o Dilúvio), que teria sido assimilada pelas tradições orais de diversos povos e configurada segundo suas particularidades culturais próprias.Pode-se também considerar que a narrativa se insere numa dada mitologia que pretendia explicar as

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transformações geográficas e geológicas devidas às transgressões marinhas.*Localizações atribuídasHá diversas correntes de teóricos sobre onde se situaria Atlântida, e quem seria o seu povo. A lenda que postula Atlântida, Lemúria e Mu como continentes perdidos, ocupados por diferentes raças humanas, ainda encontra bastante aceitação popular, sobretudo no meio esotérico. (Não confundir com os antigos continentes que, de acordo com a teoria da tectônica de placas existiram durante a história da Terra, como a Pangeia e o Sahul).Alguns teóricos sugerem que Atlântida seria uma ilha sobre a Dorsal Atlântica, que - no caso de não ser hoje parte dos Açores, Madeira, Canárias ou Cabo Verde - teria sido destruída por movimentos bruscos da crosta terrestre naquele local. Essa teoria baseia-se em supostas coincidências, como a construção de templos em forma de pirâmide na América, semelhantes às pirâmides do Egito, fato que poderia ser explicado com a existência de um povo no meio do oceano que separa estas civilizações, suficientemente avançado tecnologicamente para navegar à África e à América para dividir seus conhecimentos. Esta posição geográfica explicaria a ausência concreta de vestígios arqueológicos sobre este povo.Alguns estudiosos dos escritos de Platão acreditam que o continente de Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo culturalmente avançado e

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João Fernandes da Silva Júniorcobertos de riquezas seria ou o povo Chavín, da Cordilheira dos Andes, ou os olmecas da América Central, cujo uso de ouro e pedras preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terremotos, comuns nestas regiões, poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos poderiam tê-las abalado de forma violenta por um período de tempo. Através de diversos estudos, alguns estudiosos chegaram à conclusão que Tiwanaku, localizada no altiplano boliviano, seria a antiga Atlântida. Essa civilização teria existido de 17.000 a. C. a 12.000 a. C., em uma época que a região era navegável. Foram encontrados portos de embarcações em Tiwanaku, faltando escavar 97,5% do local.Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma mitificação da cultura minoica, que floresceu na ilha de Creta até o final do século XVI a. C.. Os ancestrais dos gregos, os micênicos, tiveram, no início de seu desenvolvimento na Península Balcânica, contato com essa civilização, culturalmente e tecnologicamente muito avançado. Com os minoicos, os micênicos aprenderam arquitetura, navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da cultura helênica posterior. No entanto, dois fortes terremotos e maremotos no Mar Egeu solaparam as cidades e os portos minoicos, e a civilização de Creta rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo tenham ganhado proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o conto de Platão.

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Uma formulação moderna da história da Atlântida e dos atlantes foi feita por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Teosofia. Em seu principal livro, A Doutrina Secreta, ela descreve em detalhes a raça atlante, seu continente e sua cultura, ciência e religião.Existem alguns cientistas que remetem a localização da Atlântida para um local sob a superfície da Antártica.No livro "From Atlantis to the Sphinx" o autor Colin Wilson reúne indícios que supostamente revelam pegadas de uma civilização perdida e avançada que surgiu antes do surgimento da história. O filósofo grego Platão descreveu precisamente esta civilização que segundo alguns sacerdotes egípcios lhe disseram, navegaram pelos oceanos por milhares de anos, até serem destruídos por um grande dilúvio. Ele o chamou de Atlantis. Atlantis. Um grande dilúvio. Conhecemos outra grande catástrofe em outro mito: o dilúvio bíblico. Noé e sua arca. Um mito desprezado por cientistas. Quando os cientistas ignoraram o Dilúvio Bíblico e a arca de Noé, estão ignorando também o fato de que no mundo inteiro existem milhares de mitos de dilúvios diferentes das histórias da Mesopotâmia ou dos hebreus, que relatam o mesmo desastre mundial que quase eliminou a humanidade antes dos registros históricos. "Um dilúvio aconteceu de fato? Se aconteceu, havia uma civilização que surgiu antes de todas as outras?

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João Fernandes da Silva JúniorEstou me referindo a uma civilização, e não a Atlantis, porque assim que você pronuncia essa palavra, os cientistas reclamam e param de ouvir. A ideia de um dilúvio mundial vai muito além da intelectualidade. Mas quão imparcial é a ciência? Ela realmente faz o que afirma fazer, pega os fatos e começa a partir disso?" Colin Wilson - autor. A ciência tem se concentrado mais em teorias do que em fatos. A partir dos fatos surge uma teoria para explicá-lo, e outros fatos são deixados de lado. Novos fatos podem mudar a teoria, mas são ignorados com frequência. Chamamos estes fatos de "anomalias", provas que não se encaixam. No seu polêmico livro "Arqueologia Proibida", os cientistas Thomson e Cremo, mostram o que acontece com provas que contradizem as regras."Durante os últimos 150 anos os arqueólogos e antropólogos ocultaram quase todas as provas de suas descobertas." - Michael Cremo - Historiador. "O que observamos é a chamada 'filtragem do conhecimento'. Este é um aspecto fundamental da ciência e da natureza humana. As pessoas tendem a ocultar aquilo que não se encaixa. E na ciência, as descobertas que não se encaixam no modelo padrão, tendem a ser eliminadas. Não são ensinadas ou discutidas. Mesmo as pessoas que têm conhecimentos científicos não sabem nada sobre isso." - Dr. Richard Thompson - Filósofo da Ciência. O que estamos falando, por exemplo, foi demonstrado em Hyatlico, no México, em 1996, quando a arqueóloga Jean Steen Mackintyre ameaçou desmentir

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a teoria de que a humanidade é relativamente nova na Terra, dizendo que na verdade ela começou na Sibéria há 30 mil anos e só surgiu na América há mais ou menos 20 mil anos.No México, Jean Steen - Mackintyre descobriu ferramentas de pedra e ossos humanos e calculou sua idade através de testes científicos. "Pensávamos que era um sítio antigo em 1966. Talvez um sítio de 20 mil anos atrás, e naquela época isso foi considerado muito exagerado. Quando calculamos a data usando muitos métodos, concluímos que eram um sítio de 250 mil anos. Eu ficaria feliz com esta data. Teria feito a minha carreira. Mas fui bastante ingênua e pensei: Vou continuar com esta data, temos a informação e os fatos. Vamos trabalhar a partir dos fatos. Não imaginava que isso arruinaria minha carreira." - Jean Steen - Mackintyre - Arqueóloga. Ela perdeu todas as oportunidades profissionais desde então. O sítio foi fechado e foi negada a permissão para investigações, permanentemente. No começo deste ano, quase três décadas depois, arqueólogos descobriram rastros de seres humanos na Sibéria que datam de 300 mil anos. Uma data que faz da descoberta de Jean Macintyre não tão improvável."Isso não é necessariamente uma conspiração com pessoas sentadas em uma sala esfumaçada dizendo vamos enganar as pessoas. Isso ocorre naturalmente na comunidade científica. Quando uma descoberta está em desacordo com a teoria existente, as pessoas não vão falar sobre isso, não será relatado. Isso

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João Fernandes da Silva Júniorsignifica que a ciência não evolui como as pessoas esperam."A ciência está desprezando provas de um passado esquecido? São verdadeiros os mitos de uma antiga civilização do planeta que acabou milhares de anos antes dos primeiros relatos históricos? Pesquisadores estão estudando as anomalias que a ciência descarta. Eles questionam coisas que mudarão nossa visão sobre a humanidade.

TANTO SÁLVIO COMO EU ESTÁ CERTO DE QUE ENTRE os ocasionais leitores deste livro há de se encontrar algum atlante. São a esse provável leitor que vão especialmente dedicadas estas linhas.Nada devem recear os atlantes que habitam ainda o coração do Brasil. O que se revela de seu segredo neste livro será tomado pelo leitor comum como desbragada fantasia. Ninguém vai acreditar no que está escrito lá pelas últimas páginas, de tão inverossímil que parece, embora seja a perfeita expressão da verdade. Por isso, a nossa indiscrição não causará nenhum transtorno e nem instigará indesejáveis visitas a Atlantis-a-Eterna. Sabemos que

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nenhuma visita conseguiria se aproximar além do ponto permitido pelos guardas dos postos avançados. Sem a permissão do Grande Sacerdote, jamais conseguiriam chegar até onde chegamos.Além disso, queremos dizer que, revelando o que descobrimos nesta maravilhosa viagem, estamos nos desincumbindo de uma clara imposição do Destino. Estamos certos de que o Primeiro Orientador espera que o façamos, embora tudo pareça indicar o contrário.

Ademais… gostaríamos de ter ficado para sempre em Atlantis-a-Eterna. Não pudemos. Mas pretendemos voltar e tudo faremos para consegui-lo. É verdade que Sálvio está muito mudado, dirigindo um jornal radiofónico e todo entregue a negócios de imóveis. Mas não importa. Qualquer coisa me diz que iremos terminar os nossos dias de vida naquele lugar maravilhoso, ao lado de Quincas e de Vanila. Sálvio tem-me dito que não conseguiremos nem chegar ao primeiro Posto Avançado. Mas não importa. Tentaremos. Eu sei que vale a pena!

"PARTIREMOS AMANHÃ"

ACORDEI COM AQUELAS BATIDAS PORTES NA JANELA. NÃO eram ainda cinco horas! Tive intenção de não fazer caso, mas como as batidas continuassem, tive mesmo que abrir a porta e dei com a reluzente careca cor de rosa de Sálvio.

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João Fernandes da Silva Júnior

— Partiremos amanhã! — cumprimentou ele. E sem dúvida, era esse um esquisito começo de dia.

— Entre. Vamos ver... Como é que disse? Partiremos amanhã? Para onde?

— Aqui está o roteiro. Tudo calculado, tudo em ordem.

— Espere. Sente-se aí, enquanto me arrumo.

A irrupção de Sálvio àquela hora da manhã e a esmagadora notícia de que iríamos partir no dia seguinte j alteraram, de certo modo, o meu ponto de vista.Quando voltei à sala, ele comparava um roteiro feito a lápis, com o grande mapa do Brasil que está pendurado à parede por cima da minha mesa. Olhei também.E subitamente tudo aquilo — a viagem, as inscrições rupestres, os símbolos, a kabala hebraica, o Templo do Sol, o imenso sertão — tudo aquilo se me afigurou tão inatingível, tão problemático, tão remoto, que me invadiu uma onda de desânimo.

— Sálvio... Você não acha que é asneira?

— O que? Este mapa?

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— O mapa, não. Tudo. A viagem, o Templo do Sol… Sálvio olhou-me com espanto e dúvida.

— Que é isso? Que houve com você?

— Nada. Mas raciocine. Pense um pouco… Esse imenso sertão!.. . Florestas, pântanos, rios, perigos de toda espécie!

— Venceremos tudo, Jeremias!

— Bem… Vamos que seja assim. E você espera seriamente encontrar, lá no inferno, o Templo do Sol?

— Tenho certeza absoluta. Há um Templo do Sol situado entre os rios Xingu e Tapajós, entre os paralelos 5 e 10 e quase sobre o meridiano 55 Oeste de Greenwich. Tenho certeza!

— Espere… Se houvesse qualquer coisa realmente notável lá onde você diz já a teriam descoberto. Centenas de exploradores têm percorrido o nosso sertão em todos os sentidos.

— Não é bem assim. Os exploradores têm apenas percorrido alguns dos grandes rios do interior do Brasil, sem jamais penetrar muito longe pelas margens. E entre o Tapajós e o Xingu há um mundo, onde caberiam folgadamente vários Estados europeus.

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João Fernandes da Silva JúniorNenhum explorador percorreu essa imensa extensão de terra. Ou você pensa que sim?

— Então, você me está ajudando. Se exploradores experimentados, habituados aos rigores das selvas, não puderam explorar esse mundo, como iremos nós fazê-lo? E, ainda mais, como poderemos ir dar com o Templo perdido nessa vastidão?

— Nós o faremos. Porque vamos com roteiro certo e indicações seguras.

— Ora! Você tem a coragem de chamar "indicações seguras" a esses arabescos que encontramos e sobre cuja origem ignoramos tudo?

— Perfeitamente. Eu creio. Tenho confiança absoluta nas indicações que possuímos.

— Você está entusiasmado demais.

— Não estou. Tenho sérios motivos para crer, e, além disso, você sabe que possuo certos conhecimentos. . .

— Ora. . . Que conhecimentos?

Pareceu-me que Sálvio ia perder a paciência Mas controlou-se, e, depois de rápido suspiro, prosseguiu:

— Jeremias não posso entrar em detalhes. Sou depositário de segredos que a posição que ocupo me

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impede de revelar. Mas você precisa ter confiança em mim. Afinal, eu participarei da sua sorte, você não irá sozinho. Por que, então, eu haveria de induzi-lo a praticar loucuras? Ouça: A tradição das religiões ocultas de que os iniciados têm conhecimento ensina que existe um Templo oculto no mais recôndito recesso da América do Sul. . . Eu não queria e não devia dizer-lhe isto, mas enfim… — depois de longa pausa, e como que impelido por uma força interior, Sálvio continuou: — Nesse templo estão guardados os tesouros dos antigos sacerdotes do Culto Solar. Até os enfeites sagrados usados por eles na hora do sacrifício, como braceletes, peitorais, cintos e vários apetrechos, a maioria em oricalco, aí estão. Não se esqueça de que, logo após a descoberta do Brasil, foram vistos alguns aborígenes com enfeites desse género, segundo afirma Clemente Brander-burger na sua "Nova Gazeta da Terra do Brasil", em 1515.

— Ora, Sálvio. Você.. .

— Espere. A mesma tradição, que conheço muito bem, e que é o meu principal ponto de apoio, afirma o seguinte: "O CAMINHO PARA O TEMPLO SÓ SERÁ ENCONTRADO POR AQUELE QUE DECIFRAR O MISTÉRIO.”.

— Não. É por isso mesmo. Francamente, é muito mistério. Não vejo nada claro. É só isso: triângulos,

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João Fernandes da Silva Júniorcírculos, "runas", "mantras" "lótus de mil pétalas", decifrações.. . Não!

Foi então que, pela segunda vez, vi Sálvio exaltar-se.— Cale a boca, ignorante! Você nada vê nada sente nada entende e nada sabe. Mas tem que acreditar em mim, porque eu entendo, vejo e sei.— Pois então, vá sozinho. Eu, positivamente, não vou! Sálvio ergueu-se dum pulo. Sua careca estava violácea e seus olhos pareciam querer saltar sobre mim. Fulminou-me com um olhar e uma palavra:— IDIOTA!Recostei a cabeça no espaldar da poltrona e fechei os olhos. Ouvi seus passos pesados afastarem-se. A porta bateu com força. Depois, foi o portão que bateu e se abriu novamente, em recuo, rangendo. Eram seis horas.***O dia estava lindo, e a lembrança de ir até à cidade não era má. Na Praça do Patriarca era convidativa a escadaria da galeria subterrânea. E, quando eu chegava embaixo, coincidia estar chegando, também, o ônibus de Santo Amaro. Ia partir vazio. Pulei dentro dele. Parece aventura andar num ônibus vazio em São Paulo.O meu pensamento era ir até Santo Amaro e almoçar junto à represa, mas quando passava por Brooklin, lembrei-me do Mateus, e saltei. Era gostoso caminhar sem pressa pela estrada em direção do Morumbi. O ar

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da manhã estava fresco. Da terra subia agradável cheiro inclassificável. Os pássaros piavam, e operários cruzavam comigo, apressados. Eles decerto não tinham, como eu, um problema idiota na cabeça. Não pensavam em penetrar sertões desconhecidos à procura de incríveis Templos do Sol…As poças de água lamacenta eram lindas na sua tranquilidade de expectativa. O matagal que marginava a estrada, intrincado e sujo, era ridícula sugestão das matas virgens que me acenavam de longe. Apanhei morangos silvestres que me souberam maravilhosamente bem, e olhei admirado os joias cor de fogo que enfeitavam o verde escuro da folhagem.Quando apareceu a ponte que atravessa o rio, a casa de Mateus estava perto. A sebe que a rodeia é baixa. As janelas estão todas abertas, o que indica que ninguém mais dorme lá dentro. Dois garotos, sujos, brincam no monte de areia que sobrou da construção, e lá no fundo do quintal, Mateus, com calças velhas e rasgadas e calçando tamancos, está arrumando o arame de estender roupa.Decerto, Mateus também não se preocupa com misteriosos Templos do Sol, e não pensa em impossíveis viagens pelo sertão central do Brasil.Dei um berro:— Olá! Mateus!Ele voltou-se vivamente e sua cara riu toda.— Jeremias! A esta hora! Entre! — E para dentro: — Mariquinha, arrume um café para o compadre Jeremias!

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João Fernandes da Silva JúniorE depois, limpando as mãos nas calças esfarrapadas:— Mas que diabo foi isso? Você às sete da manhã aqui neste fim de mundo! Que é que anda fazendo pelo mato a uma hora destas?

— Passei uma noite atribulada. Queria me distrair um pouco, respirar ar puro. . . Acho que estou envenenado.

— Álcool, já sei.. .

— Não, meu caro. Pior do que isso. Ideias!

— Ah. . . então, fez muito bem. Depois do café vamos ao rio_ pescar uns acarás para o almoço. Venha.

D. Mariquinha, mineira bonita, um tanto estragada pela vida, acabava de preparar o café na pequena cozinha, com os quatro filhos menores embarcando-lhe os passos, reclamando e discutindo. Tomamos o café em canequinhas de lata. Na casa de Mateus tudo é de lata. As panelas são de latas de banha; as canecas, latas de leite condensação; os pratos, latas de marmelada. É um paraíso primitivo e bom, com a natureza emboscada em todos os cantos: nele próprio, na sua boa companheira, nos cinco irrequietos filhos, nos escassos móveis e na alegria saudável que polvilha tudo. Mateus é um rapaz que aprendeu a viver a vida com simplicidade e sem desejos

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desmedidos — como esse de procurar Templos do Sol...

Do degrau da soleira só se viam as árvores do terreno vizinho, o grande céu azul e o morro do Morumbi, que cansava a vista numa subida estafante.

— Mateus, me diga uma coisa. Você acredita que haja no centro do Brasil algum vestígio de civilizações antigas ?

A pergunta estava tão fora de qualquer cogitação do velho amigo, que ele não a entendeu bem.

— Como é? Civilizações de onde?

— Pergunto se você acredita que possa haver vestígios de um passado grandioso, com civilizações e grandes povos lá no meio das matas do Brasil.

— Ah! Naturalmente! Decerto que os índios que foram encontrados aqui devem ter um passado.

— Sei. Mas que espécie de passado?

— Um passado civilizado, é claro. Se eles não tivessem possuído uma grande civilização não estariam no estado em que foram encontrados.

— Ora essa! Que ideia absurda a sua!

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João Fernandes da Silva Júnior

— Mas é claro! Só quem já teve uma civilização muito grande e artificial é que pode acabar sendo o que são os nossos índios. Ê preciso cansar-se de tudo na vida, do luxo, das festas, dos artifícios, para se chegar a compreender bem as delícias da vida simples junto à Natureza. E os nossos índios já passaram por tudo isso. Eis porque eles não ”topam" a nossa civilização, por mais que a gente os queira "civilizar". Nós estamos é arruinando a vida deles, matando-os, destruindo-os. Se fôssemos humanos e inteligentes; se soubéssemos respeitar os direitos alheios — deixaríamos esses homens viver em paz a vida que melhor lhes aprouvesse. Mas não. Teimamos em obrigá-los a adotar o nosso artificial e deletério sistema de vida...

Interrompi-o, espantado:

— É assim que você pensa Mateus?

— Naturalmente. Quem compreende a vida, tem que pensar assim. Você não vai me dizer que esta sordidez em que vivemos esta trama intrincada de maldade, inveja, injustiça, crueldade e ódios — é a vida para que fossem criados…

— Está bem, Mateus. Vamos pescar.

O rio Pinheiros foi desviado do seu antigo curso. Agora, o braço, meio estagnado, move-se lentamente

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demais para merecer o nome de rio, e está preso entre profundos barrancos. Na água serena e turva há grande quantidade de acarás, e o acará torradinho é muito gostoso.

CAPÍTULO 2

"ESTE MUNDO NÃO É DO MEU CONHECIMENTO!"

PESCAR E, COM CERTEZA, A MAIS AGRADÁVEL DAS Ocupações. Talvez por ser o melhor pretexto para se permanecer à margem de um rio, embebido o pescador no suave fluido da natureza. Quanto a mim, não há estado de irritação capaz de resistir a duas ou três horas de pescaria em manhã ensolarada. Já tínhamos duas dúzias de acarás enfiadas no cipó, quando Mateus voltou ao assunto: Mas o que é que houve Jeremias?

— Você conhece o Sálvio?

— Aquele seu amigo careca que anda metido numa religião esquisita?

Esse mesmo, Ele quer que eu o acompanhe não sei para onde, a fim de descobrir um Templo do Sol, e os

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João Fernandes da Silva Júniorrestos de antiga civilização, que, diz ele, deve ter existido no Brasil em séculos passados.

— Maravilhoso! E você não quer ir?

— Nem sei... E o pior é que eu é que tenho a culpa de tudo… Esta madrugada, ele foi me acordar para dizer que devemos partir amanhã, que já tem o roteiro pronto e não sei que mais…

— E você…

Não respondi. Um galho que derivava girando, levou-me o olhar para longe. Só quando ele desapareceu na curva é que voltei ao assunto:

— Você se recorda de um tio meu, chamado Adolfo, que foi para as Guianas há uns dez anos?

— Sim. Você me falou dele. Que é que tem com isso?

— Bem… é uma história muito longa. Tio Adolfo morreu na Venezuela, há um ano, e eu recebi uma velha mala que ele deixou. Dentro dela, com outras bugigangas, vinha um pedaço de grade de ferro batido, muito antiga, e de desenho realmente curioso. Nunca fiz conta daquilo. Ao contrário, sem compreender que motivo poderia ter levado meu tio a guardar pedaços de ferro velho, por várias vezes estive tentado a atirar fora a grade. Um dia, porém, tudo mudou com respeito ao "ferro velho". Foi o

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seguinte: encontrei-me com Sálvio na cidade, depois de muito tempo sem nos vermos. Você sabe. Conversa vai, conversa vem, falamos no tempo em que trabalhamos juntos na Sorocabana, recordamos os companheiros que nos deixaram saudades e, afinal, Sálvio carregou-me para o quarto onde mora, lá para os lados do Paraíso. No quarto dele só havia livros. Livros por todos os cantos, nas estantes, dentro do guarda-roupa, em cima das mesas e em pilhados no chão. E o interessante é que os livros dele são daqueles que a gente vê, pega, apalpa, folheia e não quer largar mais. Todos estavam indicando que Sálvio tem espírito investigador, dedicado a estudos pitorescos, apaixonantes e talvez... Estranhos. Bem sei que nem todos aprovam o gênero de especulações a que Sálvio se entrega, mas ele é sincero. Alguns espíritos menos arejados talvez; até nutram certo receio perante suas preocupações e suas ideias. Mas esses são tolos. Na verdade, não há nada de misterioso ou perigoso na especialidade que Sálvio abraçou. Eu sabia, já, certas coisas, mas só nesse dia é que pude compreender melhor o nosso amigo, e percebi então, quão totalmente alheios a tudo quanto eu já pensara eram os estudos a que ele se dedicava. É incrível como neste mundo há coisas importantes das quais nunca suspeitou sequer e que, no entanto, enchem a vida de multidões!

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João Fernandes da Silva JúniorMateus ouvira o meu longo discurso sem se manifestar, mas, nesse momento, deu um aparte bem ilustrativo.

— Bem sei. Suponhamos uma pessoa que goste de flores. Ela ficará encantada diante de um lindo jardim florido. Um dia, alguém lhe apresenta um exemplar de "cattleya labiata". Com certeza, essa pessoa ficará espantada diante das magníficas flores de vinte centímetros de diâmetro. Depois, esse alguém lhe dirá: isto é uma orquídea, uma "cattleya labiata" do Norte do Brasil. As orquídeas são plantas extraordinárias, que muita gente chama, erradamente, de parasitas. Elas não sugam a seiva das árvores onde vivem. Podem prosperar sobre pedras, ou em vasos de xaxim, que, evidentemente, não têm seiva alguma para oferecei*. Vivem graças aos microrganismos que em suas raízes transformam os elementos do ar e da água em matéria assimilável. Têm um género de vida completamente diferente do de todos os outros vegetais conhecidos e armazenam nos pseudobulbos reservas de energia para resistir aos maus períodos. Não é um mundo novo para aquela pessoa que ama as rosas e os cravos?

— Evidentemente, Mateus. É exatamente o que quero dizer a respeito de Sálvio e dos seus livros e estudos. Eu, positivamente, não conhecia aquilo. Ele possuía, dentro de seu quarto, um mundo completamente novo para mim. Algumas horas de convivência no seu quarto sossegado fizeram com que o conhecesse

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melhor do que em vinte anos de coleguismo e conversa de mesas de bar. Mas você quer ver o mais interessante? Apanhei, de entre os seus livros, um volume não sei de que autor, que tratava dos selvagens do Brasil. Era fartamente ilustrado. Ora, os nossos indígenas sempre mereceram a minha mais comovida simpatia, embora eu não tivesse tido oportunidade de ‘ os conhecer melhor. Examinando, muito interessado, as gravuras, parei diante de uma delas e disse:

— Veja Sálvio! É evidente! Não pode haver dúvida alguma! Os nossos índios são descendentes dos orientais, dos mongóis… veja! Veja isto! Em vez de olhar a página do livro, Sálvio olhou-me sorrindo paternalmente e disse:

— E por que não podia ser o contrário, Jeremias? Essas poucas palavras, ditas por uns lábios sorridentes, na quietude silenciosa do quarto, enquanto a chuva caía insistente lá fora — foram como uma catapulta que se põe em movimento.

— O contrário? O contrário, como?

— Sim. Simplesmente o contrário. Por que não hão de os mongóis, os orientais e o resto dos homens ser descendentes dos nossos indígenas, ou melhor, um ramo colateral da raça ameríndia?

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João Fernandes da Silva Júnior— Ora, Sálvio... Parece brincadeira. Eu tenho lido alguma coisa a esse respeito. Sei que os chineses são bem mais antigos do que os guaranis…

— Mas por que são mais antigos?

— Porque tudo o prova. A sua história milenar, a sua tradição…

— Os nossos índios podem ter uma história que, de tão milenar, se perdeu na noite dos tempos. A dos chineses é tão nova que ainda pode ser perfeitamente lembrada.. .

— Ora… e as inscrições rupestres... Você sabe que nas rochas do interior do Brasil se encontraram inscrições que indicam a visita feita ao Brasil por povos de outras terras, antes de 1500. Decerto, alguns desses visitantes é que deram origem aos nossos indígenas.

— E, se assim fosse, por que não teriam eles continuado as civilizações de suas pátrias, civilizações tão grandes que permitiram a travessia do oceano e deram origem a uma escrita?

— Bem... Quer dizer que eles regrediram, e esqueceram tudo... Com exceção de alguns, que, fixando-se na orla do Pacífico, conseguiram progredir, como os Astecas, Toltecas, Incas, etc.

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Durante minha fala, Sálvio conservara o sorriso nos lábios e me olhava com ar de paternal condescendência, como quem olha um menino que, com um canivete e uma tora de peroba, trabalha na certeza de que vai fabricar um violino.

Protestei:

— De que ri? Não foi isso mesmo?

— Jeremias — começou Sálvio pausadamente, sem alterar a voz, como era seu costume falar — você vai ouvir umas coisas que lhe quero dizer. Talvez seja maçante, mas você precisa ouvir para não tornar a dizer tolices e para ajudar a repor as coisas nos seus devidos lugares. Você acaba de dizer o que todo mundo diz e todo mundo aceita, porque foi divulgado com foros de veracidade científica. Mas, como todos os que repetem o que ouvem, não usou o cérebro, não tentou raciocinar. Diga uma coisa: você sabe, por acaso, que o nosso Brasil está situado no "continente mais antigo do mundo"?

— Sim... Tanto que Conan Doyle, quando quis arranjar um cenário adequado para a sua história do "Mundo Perdido", com animais antediluvianos ainda vivos escolheu o planalto central do Brasil.

— Isso é fantasia, Jeremias. É claro que Conan Doyle sabia de alguma coisa, mas a verdade científica, meu

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João Fernandes da Silva Júniorcaro Jeremias, é que o planalto central do Brasil é formado pelas rochas pertencentes ao período chamado, em geologia, "de transição"; rochas que não foram cobertas por nenhuma formação mais recente.

— Mas… isso…

— Espere. Não há, em nenhum outro ponto do nosso planeta, tão grande extensão de terreno que ofereça igual aspecto. E essas rochas de transição assim, à flor da terra, provam, simplesmente, que o planalto central do Brasil já emergira das águas havia muitos e muitos séculos quando outras partes começaram a surgir e secar ao ar. Decerto, você sabe que as rochas se formam pelos depósitos sedimentares que se vão acumulando no fundo das águas.. .

— Bem. Mas. . .

— Cale-se! Agora, está falando a Ciência! O solo da maior parte do nosso país é constituído de rocha primitiva, arcaica. No planalto central aflora, por todos os cantos, o "cristalino", rocha que constitui os legítimos alicerces do globo. No Amazonas afloram rochas do período permeando e até o siluriano, o mais antigo dos terrenos paleozoicos, foi assinalado nos saltos de vários rios do Amazonas e do Pará. Isto confirma o que eu já disse: que esta parte do globo estava já exposta ao ar, e, talvez, coberta de vegetação primitiva, enquanto as outras partes, ainda mergulhadas na água,

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continuavam recebendo novas camadas de sedimento e que, milénios mais tarde, emergindo, formariam os outros continentes, o "velho mundo" etc, mas, na verdade, os novos continentes, de constituição geológica mais recente do que a do solo brasileiro. Pense bem sobre isto, e não esqueça nunca: se a nossa terra surgiu das águas milénios antes das outras, deve, também, ter recebido a semente da vida milénios antes delas. Foi um adiantamento que tomamos e que ninguém nos poderá mais tirar.

— Espere. Isso é história antiga demais. Que é que tem que ver com os chineses e os mongóis?

— Chegaremos lá. Como vê o "novo mundo" que Colombo e Cabral descobriram era, precisamente, o mais antigo dos mundos e, como o demonstrou Le Plongeon, depois de onze anos de conscienciosas pesquisas — era também o berço da raça humana e, portanto, o berço da civilização, pois que, nascendo primeiro aqui o homem aqui deve ter evoluído primeiro.

— Bem...

— Isso, Jeremias. Bem! Muito bem, até! Você compreenderá tudo claramente, dentro em breve. Até poucos anos atrás, os cientistas acreditavam que o "homo" tivesse aparecido só no período quaternário, enquanto desapareciam os animais monstruosos que

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João Fernandes da Silva Júniorse convencionou chamar "antediluvianos", e que seriam próprios do terciário. Eles teriam morrido durante a Idade Glacial que aniquilara todos os vegetais de que se nutriam. Pois bem, você sabe que os períodos geológicos se contam por milhões de anos.

— Mas o aparecimento do homem no quaternário é um fato provado. Outros, pesquisando com critério em diferentes pontos da América do Sul, encontraram vestígios insofismáveis da existência de uma civilização muito, mas muito, anterior às famosas civilizações chinesa, egípcia, persa, romana ou qualquer outra das já estudadas e pesquisadas pelo homem. E, o que é mais significativo, provou que o homem já existia na América do Sul pelo menos ao fim do período terciário. Isto é: o homem já vivia no nosso continente alguns milhões de anos antes da época em que se acreditava tivesse ele surgido. Compreende isso, Jeremias? É muitíssimo importante! Na Lagoa Santa, nas Furnas de São Leopoldo, no Estado de Minas Gerais, encontraram-se oitenta esqueletos do "homo americanus" de mistura com ossadas de grandes herbívoros que só existiram pela época Terciária. Quer dizer, até que se prove o contrário, que esses homens e esses animais foram contemporâneos e, portanto, o "homo americanus" é terciário! Mas há mais, ainda, ouça: o gliptodonte viveu na era Terciária e era um monstruoso animal, couraçado como o tatu dos nossos dias. Pois foram encontradas, aqui, na América do Sul, carapaças de

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gliptodontes cobertas com traços e arabescos evidentemente feitos por mão humana, e embaixo de uma dessas carapaças encontraram o esqueleto de um dos primitivos habitantes da América. Isto tudo, em terrenos da era Terciária. É concludente, indiscutível.Como você pode imaginar, eu estava esmagado com essas revelações. Exclamei:

— Isso é que é sabedoria! Estou positivamente aturdido. Esse mundo não é do meu conhecimento!

— Acredito, É natural. E, agora, raciocinemos um pouco. Se o homem apareceu na América antes de aparecer em qualquer outro lugar, porque aqui se encontravam as condições necessárias ao seu aparecimento, temos que em outros continentes apareceram às condições necessárias à vida humana. É lógico, portanto, que o homem seguiu com o tempo. Só milhares de anos mais tarde é que acreditar que o seu processo evolutivo normal americano se passasse para esses lugares, e que, aqui no seu berço natal, mercê da evolução cumprida, já estivesse a caminho da civilização, enquanto raças diferentes, inteiramente selvagens, apareciam-nos diversos pontos do mundo…

— Tem razão. Isto é bastante claro…

— Mas ainda há mais. Nas camadas inferiores do quaternário, aqui na América, foram encontradas

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João Fernandes da Silva Júniorcabeças de javali artisticamente lavradas, como cita Perez Verdía. É fácil tirar a conclusão. Se nos primeiros tempos do quaternário o homem era capaz de se entregar a manifestações artísticas, é que já possuía milhares de anos de evolução, não é claro?

— Sim. É bem claro. Estou compreendendo admiravelmente. Como se abrem novos horizontes!

— Agora, vejamos outro aspecto da mesma questão. Todos os pesquisadores da arqueologia sul-americana verificaram que existem de norte a sul do continente, testemunhos de todo gênero, deixados por uma civilização desaparecida, como sejam: ruínas de templos, palácios, pirâmides, hipogeus, túmulos, monumentos de estilo original, cujas linhas arquitetônicas não se parecem com as dos monumentos egípcios ou greco-romanos. Aqui em São Paulo, no antigo município de Batalha, fizeram-se ricas descobertas arqueológicas. É conhecida a célebre "esfinge" do Paraná. Em Boa Vista, no Rio Grande do Sul, foram descobertas as bases de uma construção monumental. Há ídolos zoomorfos é antropomorfo na Serra de Sincorá. Há ruínas de uma cidade monumental na Bahia. E há, além de tudo, inscrições rupestres, petróglifos, símbolos e sinais antiquíssimos gravados em milhares de rochas, por todo o interior do Brasil.

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— Mas, espere! Se tudo isso é verdade, por que a ciência oficial teima em considerar o Oriente como berço do homem e das civilizações?

— Ora… Porque, para o comodismo nacional é mais fácil declarar que uma forma estranha na pedra é simples "capricho da Natureza", do que organizar exaustivas e custosas pesquisas bem dirigida. E porque, uma vez estabelecido que o Oriente, a Ásia, foi o berço da humanidade, a ciência dificilmente quererá voltar atrás, e será preciso imenso trabalho para induzi-la a isso. Ora, como aqui não nos incomodamos absolutamente com tais problemas, vai tudo no melhor dos mundos e se afasta a trabalheira enfadonha de abandonar o que está feito para se recomeçar sobre novas bases. Acredito, no entanto, que apesar de toda a resistência e do profundo letargo do interesse nacional, a verdade vai abrindo caminho, porque as provas se acumulam de tal maneira que, dentro de alguns anos, todo o mundo terá que se curvar à evidência. Talvez os nossos sábios resolvam, também, tomar a coisa mais a sério…

Durante alguns minutos nos mantivemos em silêncio. Eu pensava naquilo tudo — um mundo novo, vibrante, apaixonante, repleto do perfume místico do passado, de um passado longínquo, tão longínquo que a imaginação vacila ao localizá-lo em qualquer época ao longo do tempo. Depois, reatei o fio da conversa:

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João Fernandes da Silva Júnior— Sálvio, você falou, ainda há pouco, em inscrições rupestres, petróglifos e símbolos…

— É verdade. Pelo interior do Brasil, especialmente no Nordeste, nos arredores de Natal, encontram-se pedras gravadas com símbolos estranhos. O interessante é que muitos desses símbolos, embora feitos haja milénios — os nossos selvagens não só não os sabem decifrar, como não têm memória alguma sobre eles e também não fazem nada semelhante — são muito parecidos com os que se encontram nas escritas sagradas de vários povos dos chamados "antigos", da Ásia, da África; e muitos deles se assemelham, mesmo extraordinariamente, a signos de kabala hebraica. São comuns, por exemplo, nas inscrições rupestres do Brasil, os caracteres rúnicos.

— Rúnicos?

— "Runa" é o vocábulo que significa "homem", e a kabala ó inclui até hoje.

— Isto traz em si possibilidades grandiosas! — exclamei, percebendo, num relance, a tremenda importância daquela observação.

— Sem dúvida. E vejo que você está começando a apreender o fundo da coisa…

— Sim. Estou entrevendo algo de grande importância, muito empolgante, mas sinto-me incapaz de pensar

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sozinho... Você… que é que pensa de tudo isso, afinal?

— O que eu penso é muito simples, Jeremias, mas, no atual estado dos conhecimentos estabelecidos, poderá parecer loucura. Só o conto a você porque somos amigos, e, mesmo que lhe pareça absurdo, você não vai me matar…

— Diga logo. Esse preâmbulo me faz esperar algo muito importante.

— Você ouvirá e julgará. Penso que no planalto central do Brasil deve ter-se desenvolvido, em épocas muito primitivas, uma civilização, que seria o ponto de partida para todas as decantadas civilizações do mundo. Daqui teriam saído os homens que, fundando a Atlântida, se tornariam os mais famosos e misteriosos seres da nossa raça. Da Atlântida eles se teriam passado para a África, com os elementos que deram nascimento à decantada civilização egípcia. A civilização sul-americana, como todas as outras, devia ter-se baseado num princípio religioso, e este só podia ser o culto solar, porque nada impressionou tão profundamente o homem primitivo como o sol, porque bem logo ele aprendeu a reconhecer que é do sol que nos vem toda a vida. E a tradição nos ensina que os templos do sol eram, comumente, subterrâneos… Afinal, o melhor é parar por aqui. Isto não passa de imaginação.

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Eu estava ficando perturbado, porque me lembrava de uma coisa.

— Estou me lembrando… — De quê?

— É a respeito de símbolos. Tenho algo que talvez seja importante.

— Você tem?

— Tenho.

— Mas tem o quê?

— É um trabalho em ferro batido que recebi da Venezuela, numa mala que meu tio me mandou, um tio que foi para as Guianas há muitos anos.

Sálvio mexeu-se nervosamente na cadeira.

— Espere. Você diz que tem um trabalho em ferro batido… que espécie de trabalho? Que tem que ver com o que estivemos conversando?

— Não sei precisamente. Mas são uns desenhos… Um círculo, uma cruz… creio que tem também um sol e meia lua…

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Sálvio quase pulou. Mas tratou de se dominar e, já sereno, falou:

— Pode ser que você esteja enganado, Jeremias, é que esse trabalho não tenha valor algum. Mas também pode ser que suceda exatamente o contrário. Preciso ver isso. Preciso ver com urgência!

* * *

Mateus ouvira a minha longa narração em silêncio e pescando conscienciosamente. Era como se eu tivesse estado falando sozinho e, na realidade, falara para mim mesmo como num sonho, recordando com prazer as minúcias daquele primeiro encontro com Sálvio depois de dez anos de ausência.

— E depois? — perguntou ele quando viu que o meu silêncio se tornara longo demais.

— Depois? Sálvio fez questão de ver a grade de ferro naquela noite mesmo. Já era madrugada quando chegamos à minha casa. Logo que viu o pedaço de ferro ficou louco. Atirou-se a ele e, até romper o dia, esteve debruçado sobre a mesa, interpretando, estudando, falando sozinho. Eu adormeci de cansaço, mas ele me acordou, quase às nove horas, dizendo:

— Jeremias. Isto é o maior achado de todos os tempos. Posso levar comigo, para estudar melhor?

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João Fernandes da Silva Júnior

Concordei logo. Eu queria era deitar-me, descansar. Isso foi há dois dias. E hoje pela manhã ele me apareceu em casa, ás cinco horas, berrando: "Partiremos amanhã!”.

— Partirão para onde?

— Sei lá! Quantos peixes você pescou?

— Perdi a conta. Mas já temos demais. Vamos embora, que a Mariquinha ainda tem que prepará-los para o nosso almoço.

Os acarás estavam deliciosos.

Depois do almoço, voltamos para a cidade. Mateus dirigiu-se para a Repartição onde trabalha e eu, em singular disposição de espírito, dirigi-me à casa de Sálvio.

V. 1 – Atlantes e Maias

Guatemala: segredos da civilização maia

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Uma equipe de arqueólogos descobriu na Guatemala o túmulo de um rei maia repleto de esculturas muito bem conservadas, cerâmica e ossos de crianças, dando um novo raio de luz sobre essa desaparecida civilização.Os pesquisadores descobriram em maio a câmara mortuária, que data de entre 300 e 600 anos d C, sob a pirâmide "El Diablo" na cidade de El Zotz, na região florestal de Petén, mas a descoberta só foi levada a público nesta quinta-feira. O túmulo fechado ajudou a preservar tecidos, esculturas de madeira e cerâmicas coloridas, disseram os pesquisadores."É como o Fort Knox, um depósito de riqueza com tecidos e artigos comerciais, e isso é o que surpreende", disse Stephen Houston, quem lidera os trabalhos de escavação em El Zotz e é ligado à Universidade de Brown, nos Estados Unidos.Esse país centro-americano está cheio de pirâmides e ruínas da ancestral civilização maia, que alcançou o ápice entre os anos 250 e 900 d C, cobrindo um território que se estendia desde o México até o que atualmente é Honduras.De todas as civilizações ameríndias, as três que deixaram traços mais importantes de sua organização

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João Fernandes da Silva Júniorsocial, política, religiosa e econômica e do seu brilho, ainda hoje vislumbrando através das ruínas de seus monumentos e cidades, foram os maias, os astecas e os incas. Essas civilizações alcançaram o mais alto estágio de evolução no período da História Universal ou idade Média. Os astecas e os incas ainda estavam nesse elevado nível cultural quando foram descobertos e aniquilados pelos espanhóis, a partir de 1520. Neste período os maias já tinham desaparecido, deles os europeus só encontraram as ruínas, inexplicavelmente eles tinham abandonado suas cidades e templos já há muito tempo.I - A CIVILIZAÇÃO DOS MAIASa – HistóricoOs maias não formaram um império unificado. Eles construíam centros um independente do outro, cada um tendo o seu crescimento, apogeu e decadência. Totalmente isolados e distantes da influência europeia, cresciam suas cidades e sua cultura se desenvolvia. A decadência dos maias ocorreu por volta do século XIII, bem antes da invasão espanhola, que só veio ocorrer no final do século XV. Os maias desenvolveram vários campos: arte, educação, matemática e astronomia.b – LocalizaçãoOs maias habitavam a região onde hoje está a Guatemala, parte de Honduras e de El Salvador e a Península de Yucatán, no México.c - A sociedade A sociedade dos maias dividia-se em três classes ou camadas: a primeira camada era formada pela

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aristocracia ou nobres, que era formada pela família real, os principais ocupantes de postos do governo e os comerciantes, a segunda camada era formada pelos os sacerdotes que dirigiam as cerimônias religiosas e responsáveis pela defesa e cobrança dos impostos, era essa classe que detinha o saber científico, muitos desenvolvido no campo da matemática, da astronomia e o uso da escrita hieroglífica, até hoje não decifrada, e a terceira e última camada era formada pelo povo que era composta pelos guerreiros, agricultores, os trabalhadores braçais e artesãos. O indivíduo não mudava de classe, ele permanecia na classe que nasceu. O casamento era monogâmico, ou seja, o homem só tinha uma esposa e a religião era politeísta, onde acreditavam em vários deuses. d - Organização políticaOs maias não chegaram a construir um Estado que abrangesse toda a sociedade. Eles eram povos que falavam línguas aparentadas e viviam em cidades-estados como: Chichén-Itzá, Uxmal, Maiapan, Tikal e Copan. Essas cidades-estados eram independestes umas da outras e, frequentemente lutavam entre si.e – EconomiaOs maias tinham uma economia de base agrária, com aperfeiçoadas técnicas de produção, incluindo o uso de adubos e a construção de barragens e canais de irrigação. O principal produto era o milho, mas também cultivavam feijão, mandioca, abóbora, batata-doce, tomate, cacau, batata, algodão, além de frutas

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João Fernandes da Silva Júniorcomo abacaxi, maracujá, banana e caju. Eles também possuíam intenso comércio, desenvolviam a tecelagem como tecidos de algodão, cesto, etc e a ourivesaria onde trabalhavam o ouro e a prata.f - Conhecimentos e técnicasOs maias destacaram-se como grandes construtores, tendo edificado açudes, canais de irrigação, além de pirâmides, templos destinados a rituais religiosos, danças e jogos, observatórios astronômico. Excelentes arquitetos chegaram a construir colunas com esculturas e estátuas cheias de enfeites e inscrições, construíram cidades à beira-mar, pintores e escultores faziam pintura mural, objetos de adornos e cerâmicas.Os maias também possuíam conhecimentos científicos ligados à agronomia, astronomia e matemática que permitiram a elaboração do calendário agrícola, de um sistema de numeração e de um calendário solar de 365 dias idêntico ao nosso. Não possuíram o alfabeto, mas utilizavam a escrita hidrográfica, que até hoje não foi decifrada. Não conheciam o ferro, o uso da roda e do arado.g - Religião Os maias eram politeístas, acreditavam em muitos deuses, construíram grandes templos para dedicarem a eles, Os maias acreditavam que o destino dos homens era comandado pelos deuses. Sua principal divindade era Itazamna, o senhor do céu, depois vinha o deus Sol, a deusa Lua, o deus da chuva, o deus do vento e da vida e o deus da morte. Eles também tinham deuses ligados a agricultura e a caça. Os maias tinham o costume de oferecerem aos deuses alimentos,

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sacrificavam animais e seres humanos, em diversas cerimônias apresentavam danças e representações teatrais.II - A CIVILIZAÇÃO DOS ASTECAS a - HistóricoOs astecas também chamados de mexicas ou tenochcas eram essencialmente guerreiros, chegaram ao vale do México no inicio do século XIV da era cristã, vindos do norte, provavelmente da ilha de Aztlán ou Aztaclán. Em pouco mais de 150 anos, eles conquistaram e dominaram os povos vizinhos, através de sucessivas guerras. Formaram um vasto império centralizado com 500 cidades e 15 milhões de habitantes. Construíram grandes templos e uma capital o Tenochtitlán.Descendentes da tribo dos Mexicas origem do nome do atual México, o império asteca encontrava-se em pleno apogeu, quando foram conquistados e dominados pelos espanhóis chefiado por Fernão Cortes em 1521. Sobre as ruínas de Tenochtitlán foi erguida a cidade do México, e sobre as ruínas do Templo Maior dos astecas foi erguida a Catedral Católica da Cidade do México.b - LocalizaçãoOs astecas habitaram o vale do México, região muito pantanosa. Através de sucessivas guerras, pelas quais submeteram os povos vizinhos, os astecas formaram um império centralizado, passando a dominar todo o Planalto Mexicano.

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João Fernandes da Silva Júniorc - SociedadeOs astecas eram povos guerreiros, sua sociedade era dirigida por militares, escolhido entre os quatro chefes militares de maior prestígio, que tinham controle de toda a população.A sociedade era dividida em quatro classes ou camadas sociais. A primeira camada era formada pela família real, onde o rei (tlacatecuble) era considerado um semideus e comandava os exércitos e governava o império, ele era responsável pelas leis, impostos, construções e dos alimentos do império. A segunda camada era formada pelos militares que dividiam em três grupos: o conselheiro de Estado, no qual ajudava o rei a governar; os oficiais graduados que atuavam como juízes e generais; e os oficiais menores graduados que cuidavam da segurança da cidade. A terceira camada era formada pelos artesões e comerciantes e a quarta camada, a mais baixa, era formada pelos cidadãos comuns, os camponeses e escravos.A sociedade asteca geralmente era monogâmico, porém permitiam a poligamia. Os indivíduos da classe mais baixa podiam melhorar a sua posição social dentro da sociedade, pois o rei escolhia os melhores guerreiros para seres oficiais e os presenteavam com terras, roupas e joias.Os astecas submeteram numerosas cidades da região a escravidão, como: Texcoco, Culhuacán e Azcapotzalco, a escravizando, suas populações obrigando-as a pagarem tributos. A civilização asteca era politeísta, acreditava em deuses vingativos, cuja

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ira só poderia ser aplacada por meio de sacrifícios humanos normalmente de crianças e prisioneiros de guerra. Tinham uma escrita ideográfica, onde representavam a escrita através de sinais e desenhos e fabricavam o papel com casca de arvores. A educação era universal, havia escolas militares e religiosas para a elite e escolas profissionalizantes para o povo. d - Organização políticaOs astecas possuíam um governo monárquico. Quando ocorria a morte do imperador, era eleito pelo Grande Conselho formado pelos representantes da nobreza seu sucessor, geralmente era alguém entre os membros da casa real. O imperador era considerado um semideus com totais poderes.O funcionamento do estado baseava-se numa ampla rede burocrática formada por funcionários profissionais, tais como os sacerdotes, inspetores do comércio e coletores de impostos.O império asteca organizavam-se em torno do pagamento de tributos e da contribuição militar por parte dos estados submetidos a eles como: Texcoco, Tlacopán, Azcapotzalco e Cullhuacán. As cidades dos astecas possuíam grandes templos, palácios e pirâmides, tinham um traçado retilíneo, com avenidas pavimentadas, praças, aquedutos e canais por onde circulavam os barcos.e - EconomiaA economia asteca baseava-se na agricultura, no comercio e nos tributos pagos com produtos locais e

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João Fernandes da Silva Júniorde povos vencidos em guerra. Porém a principal atividade era a agricultura. As terras, em sua maioria conquistadas pela guerra, pertenciam aos nobres, mas eram cultivadas por escravos ou pessoas que as tomavam emprestadas para nelas trabalhar. Como essa era uma região pantanosa, eles drenavam algumas partes do terreno e formavam montes de terras, conhecida como chinampas, onde plantavam milho, feijão, tomate, melões, baunilha, algodão, agave, tabaco, mandioca, pimenta e cacau. Com o cacau preparavam uma bebida quente chamada chocoatl e com a agave uma bebida fermentada, semelhante à bebida mexicana de hoje, o pulque. Comerciavam as mais variadas mercadorias, os mercados astecas e os comerciantes vendiam tecidos, cordas e sandálias de agave, pluma, animais selvagens, peles, produtos da terra, cerâmicas, fumo, sal, ouro, prata, pedras preciosas e até escravos. As sementes do cacau era utilizada como moeda e simbolizavam riqueza e poder. A criação de animais era restrita só cães e perus.f - Conhecimentos e técnicasOs astecas foram notáveis arquitetos, construíram nas suas cidades grandes templos, palácios e pirâmides. Desenvolveram técnicas avançadas como a utilização de palanques e rampas para transportar blocos de pedras, construíram maquetes, represas e obras hidráulicas, usavam o sistema de irrigação e rodízio de plantação. Foram escultores, pintores e ceramistas, faziam tiaras, mantas, trabalhavam com plumas, joias, etc. Além disso, foram grandes conhecedores da

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medicina, conheciam cerca de 400 espécies diferentes de remédios de origem vegetal, animal e mineral e ainda praticavam a sangria, tratavam às feridas, cáries dentárias, problemas de pele, olhos e ouvidos, faziam massagens e inalações. Fabricavam o papel com a casca da figueira brava, e não conhecia o alfabeto, sua escrita era através de desenhos e símbolos.Os astecas também tinham conhecimento de Astronomia e da Matemática, chegaram a elaborar um calendário que dividia o ano em 365 dias. Eles desconheciam o ferro, a roda, os animais de carga e o arado, mas haviam desenvolvido a arte da tecelagem.g - ReligiãoOs astecas eram politeístas, tinham muitos deuses como: Colibri Azul o deus do sol do meio-dia, Coatlicue a sua mãe, Tezcatlipoca a deusa da noite, Quelzalcoatl o deus da sabedoria, Tlaloco deus da chuva, e mais os deuses de cada vila e profissões, etc.Os templos eram construídos de grandes blocos de pedras e bem altos, pois achavam que assim ficariam mais perto dos deuses. O templo principal era o do deus Colibri. Durante os festivais mensais, eles homenageavam os deuses com sacrifícios humanos, principalmente crianças e prisioneiros de guerra. Eles supunham que os sacerdotes eram os únicos capazes de controlar as forças da natureza, de onde vinha seu poder e que a terra devia ser alimentada com sangue humano.A conquista

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João Fernandes da Silva JúniorHernan Cortez, com auxílio de 400 homens, 17 cavalos, 10 canhões e poucas armam com facilidade dominou os mesoamericanos que contavam com um exército de 500 mil homens.Como foi possível:· Superioridade militar espanhol- uso de armas de fogo, uso de cavalos que os Astecas desconheciam;· Ajuda de aliados locais- as populações submetidas a tributos pelos Astecas aliaram-se aos espanhóis;· Contaminação dos Astecas por doenças-como varíola, tuberculose e gripe, parte dos Astecas morreram facilitando a conquista;· Os Astecas imaginaram que os espanhóis eram deuses-profundamente religioso acreditavam que a chegada dos europeus fosse à concretização das profecias que anunciava o fim do ultimo e quinto sol;Em três anos (1519-1521), os espanhóis destruíram as cidades de Tenochtitlán, a capital Asteca.III - A CIVILIZAÇÃO DOS INCASa - HistóricoEm pleno Andes Peruano se destacou entre os quíchuas o império inca, que ocupava um faixa de mais 4.500 km ao longo da costa do Pacífico. O império contava com um eficiente sistema de estradas que levavam a todos os seus confins, atravessando os despenhadeiros dos Andes por meio de pontes pênseis. Corredores bem treinados se revezavam na transmissão de informações e as forças armadas tinham rápido acesso a todos os locais. As tribos dominadas que se rebelassem eram transferidas para

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perto da Capital, Cuzco onde era mais fácil controlá-las. Por meio dos quipos, os incas mantinham registros detalhados de suas conquistas.Em aproximadamente 400 anos do seu inicio no século XII, até à conquista pelos espanhóis chefiado por Francisco Pizarro em 1533, os incas foram um modelo de organização social, política, possuíam grandes cidades, templos e edifícios.b - Localização O território inca se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes e incluía terras hoje pertencentes à Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Chile.Os incas constituíam um vasto império, integrado por povos de diferentes culturas, localizados nas mais variadas regiões geográficas: a costa, as serra e as selvas. Essas regiões estendiam-se em faixas paralelas à Cordilheira dos Andes. A faixa da costa era de natureza arenosa e, devido à falta de chuva, a população se concentrava nas desembocaduras dos rios. As serras apresentavam grandes contrastes: havia os altos cumes dos Andes, inabitáveis em razão das neves permanentes; havia também regiões bastante secas e finalmente, os vales férteis, onde se concentrava a maior parte da população. As selvas assinalavam os limites do império. As faixas paralelas à cordilheira era cortadas por vales transversais, percorridos por rios de forte correnteza. c - Sociedade

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João Fernandes da Silva Júniorera a irmã mais velha do rei e também sua esposa. A família real comandava os exércitos e governava o império, sendo responsável pelas leis, pelos impostos, pelas construções e pelos alimentos. A segunda camada era formada pelos nobres, que era composta pelos parentes do rei e pessoas escolhidas por ele, para governar e estavam incluídos os governadores de províncias, chefes militares, sábios, sacerdotes e juízes.. A terceira camada social era formada pelos funcionários públicos e os trabalhadores especializados como: marceneiros, ourives, pedreiros, etc. A quarta camada social era formada pelo povo principalmente os agricultores, que viviam e trabalhavam nas aldeias, cultivando a terra e criando o gado. A sociedade inca era monárquica, eles eram muito organizados, cada um tinha o seu lugar dentro da sociedade e dividia-se em quatro classes sociais ou camadas. A primeira camada era formada pela família real, o rei era o chefe supremo chamado de Sapa Inca, temido e adorado como um deus, eles acreditavam que o Sapa Inca era descendente direto do Sol. Ao lado do rei ficava a rainha que era chamada de Coya, ela.d - Organização políticaA forma de governo era a monarquia absoluta. Suas maiores cidades eram Cuzco e Machu Picchu. O governante desse extenso império era considerado a encarnação do Sol e tinha amplos poderes militares, civis e religiosos.A administração governamental dos incas baseava-se num eficiente corpo de funcionários que circulavam

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por uma vasta rede de estradas espalhadas por todo o império. Dessa maneira era possível controlar toda a produção agrícola, a construção de obras, como templos e fortalezas, e outras atividades da população.As terras eram trabalhadas pela comunidade e serviam para suprir as necessidades do Estado. Todos os habitantes do império entre 25 e 50 anos tinham de pagar impostos.As cidades eram pequenas, pois a maioria da população vivia nas aldeias. Em cada cidade havia um templo dedicado ao deus Sol, a maior das divindades, um palácio destinado ao Sapa Inca ( o imperador supremo), armazéns onde era guardada a comida e o vestuário provenientes do pagamento de tributos, alojamentos para os soldados e para os artesãos, além de centros administrativos.e - EconomiaA economia dos incas era baseada no trabalho coletivo. Todos deviam trabalhar, deste que não fossem muito velhos, muito jovens e nem doentes. Todos os anos eram distribuídas terras ao povo conforme a necessidade de cada um.A agricultura era a principal atividade econômica. Qualquer pedacinho de terra era cultivado. Eles cultivaram suas terras com espetacular técnica chamada de andinos, que consistia na construção de degraus nas encostas das montanhas, que se tornavam verdes sempre que as plantas germinavam. Eles cultivavam vários produtos como: milho, feijão, algodão, tabaco, coca, batata, tomate, pimenta e frutas

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João Fernandes da Silva Júniorcomo: abacate, maça, amendoim e goiaba. Nas florestas colhiam frutos silvestres e praticavam a caça, onde usavam a pele para diversas finalidades e também pescavam.Além de cultivar a terra, os incas foram os únicos a criarem gado. Eles domesticaram a lhama, que fornecia carne, couro e esterco para adubar a plantação, além de servir como meio de transporte. Os incas também criavam a alpacas que forneciam a lá para confeccionar roupas para a população, a vicunha que retiravam uma lã sedosa de excelente qualidade, reservada para o estuário dos chefes incas.f - Conhecimentos e técnicasA cultura inca era muito avançada, na agricultura, além de utilizar o sistema andino de plantação, selecionavam os produtos mais adequados para o plantio e desenvolveram um complexo sistema de irrigação além de terem adaptado o cultivo ás estações do ano, que determinavam pela observação dos astros. Produziam ainda belas peças de artesanato, principalmente em ouro e prata, metais abundantes no local e conheciam a metalurgia do bronze e do cobre. Os produtos têxteis e cerâmicos eram de qualidade extraordinária.Desconheciam a escrita, mas já utilizavam o sistema decimal e um complexo sistema de contagem à base de nós em cordas, ainda não decifrado.Na medicina utilizavam ervas medicinais e a técnica da sangria. Porém as obras mais importantes dos incas, no entanto, foi na arquitetura, eles desafiaram o relevo dos Andes ao construir com grandes blocos de

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pedras, perfeitamente ajustados, palácios, templos, fortalezas e cidades como Machu Picchu e Cuzco, algumas das quais resistem até hoje, apesar dos terremotos dos Andes. Eles também construíram ruas calçadas e enormes pontes que ligavam os planaltos. Desconheciam a roda e o dinheiro.g - ReligiãoOs incas eram politeístas, acreditavam em muitos deuses. Os deuses principais representavam as forças da natureza principalmente o Sol (Inti) e a Lua (Quilla), haviam também os deuses do trovão, do arco-íris e dos planetas brilhantes. O maior de todos os deuses era o Viracocha o Criador pai e mãe do Sol e da Lua.Os incas dificilmente praticavam sacrifícios humanos e o homem só possuía uma mulher. Quem cumpria o papel principal nas longas e elaboradas cerimônias religiosas era o rei (Sapa Inca), o chefe supremo tido como deus descendente do Sol.A conquista dos Incas;Aproveitando a situação política em que se encontrava devido a morte do Sapa Inca (a mais alta autoridade do império Inca), Huay Capace do seu herdeiro direto que desencadeou uma disputa pelo poder entre os dois filho do imperador se convertendo em uma guerra civil que dividiu o povo. Pizarro liderou 160 espanhóis dentre os quais 67 cavaleiros na cidade Cajamarca enfrentou o Imperador Atahualpa, o rei inca, que contava com cerca de 80 mil soldados e uma guarda pessoal de 5 mil guerreiros, essa superioridade

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João Fernandes da Silva Júniormilitar não foi suficiente para vencer Pizarro que contava com canhões e armas de fogo. Atahualpa foi prisioneiro e cerca de 6.000.000 homens morreram sem nenhuma baixa do outro lado.A cidade de Cuzco e Quito foram tomadas mesmo opôs a pagamento de enorme quantidade de ouro e prata que foi pago como resgate pelo Imperador, que sem piedade foi morto pelo espanhol em 1335. Pizarro fundou a cidade de Lima atual capital do Peru.Estima-se que nos primeiros 50 anos de dominação espanhola, cerca de 6 milhões nativos foram massacrados.INCA. FORMAÇÃO DE UM IMPÉRIOA transformação de uma comunidade tribal em um império, centralizando todos os grupos étnicos, usando por vezes a força, não com a intenção do simples prazer de dominação sobre o inimigo, mas sim, como se profetizassem a chegada de seres humanos que viriam a intervir diretamente no cotidiano cultural dos povos andinos. O processo de fracionamento de grupos que antecederam aos incas requer fazer um dialogo com a antropologia, pois as informações remontam a origem dessa civilização de 15.000 a 20.000 anos. Os incas formaram seu império através de expansão o que nos faz pensar que esta cultura é o resultado de todas as etnias que antecederam no território do contexto que será abordado em diante: seja na arte; na formação de seu governo; na religião e até mesmo na falta de uma articulação política com os diversos grupos que faziam parte deste vasto território que foi conquistado

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em um espaço de tempo tão pequeno, o que corroborou para a facilidade com que teve o espanhol Pizarro, que usou de estratégias para dominar os Incas com pouquíssimos recursos. Localização geográfica Teve suas origens na bacia do lago do Titicaca, abrangia um vasto território com aproximadamente 950km², correspondente hoje a partes do Equador, Peru, Bolívia e Argentina. Ao Norte - a costa e os Andes;Ao sul - estendia se pelos planaltos da Bolívia, Chile e Argentina atuais;Ao leste - ia ate a floresta Amazônica;Ao oeste - ate o oceano pacifico

Os antecedentes Incas.O povo Inca constituiu o seu império dominando varias civilizações: Chimu, Caras, Cuismancu e Chinchas. Tiveram como antecedente nos territórios que formou o seu império cita.1- O ChavinPor volta de 14.000, grupos nômades percorriam a costa do Peru, na coleta de fruta e caça, deixando vestígios de sua passagem e começam a praticar a agricultura (3.500). No inicio do II milênio desenvolveram a cerâmica e construíram pirâmides, isso por volta de 1500. As aldeias viviam em torno dos centros cerimoniais, sob ordem de uma elite sacerdotal, e entre elas estavam os Chavins que

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João Fernandes da Silva Júniorperdurou ate por volta do I milênio, a sua cultura ficou marcada por um estilo artístico cultuando animais como o jaguar ou o puma que se expandiu a partir de 900 a. C. 2- Os Estados de Tiahuanaco e Huari (século I e VIII d. C.) Tiahuanaco - Chefes seculares que substituíram os sacerdotes Chavins, organizavam e dirigiam os trabalhos com demonstração de poder que ficou transparente nas enormes pirâmides chamadas de lua e sol. A partir do século VII, duas dessas cidades situadas à margem do lago Titicaca e no vale médio do Mantaro, conseguiram reunir em torno de si os vários grupos andinos. O Huari expandiu ao norte ate aos limites, sendo que este surgiu no século IX, com influencia de Tiahuanaco, durante dois ou três séculos essas foram às metrópoles dos estados andinos que antecipa os impérios Chimu e Inca.3- Império ChimuEsse império vai ser fundado nos vales de Chicano e Morche por pessoas que vieram da baia de Guaiaquil em embarcações de bambu, A classe dominante que detinha o poder, atribuía-se a uma origem divina, pretendiam constituir uma classe superior em relação aos demais. Chancha era a capital do império com aproximadamente 80mil habitantes, suas ruínas se estendiam por uma extensão de 17km², perto do atual Trujillo. A política expansionista começa no século XIV, que passava a conquistar a costa setentrional e termina quando se encontram com os Incas que

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chegavam a bacia de Cuzco no século VIII, nas terras férteis que circuncidava os rios Huatanay e Tullumayo no centro de uma depressão de cordilheira.A transição para um Império Inca 1- Origem lendária De uma gruta teria saído quatro irmãos 1-Ayar Kachi 2-Ayar Uchu 3-Ayar Awkar 4-Ayar MankoSeus pais perambularam e o irmão mais velho regressou de Hayskisro, reentrando na caverna e se converteu em waka (divindade), os irmãos continuaram a viagem onde Ayar Uchu, se petrificou no cume do monte wanakawri, enquanto Ayar Manko (Manko Kapaq, lançava o seu bastão de ouro para marcar o fim de sua marcha errante, o bastão afundou-se nas terras waypata, onde Ayar Kachi tomou posse e depois se petrificou. Manko Kapaq estabeleceu-se nesse local e construiu a cidade de Cuzco, com auxilio de sua irmã-esposa, mama oqllo. Os incas consideravam Manko Kapaq como o ancestral fundador e herói do império. O mito dos irmãos tenta atribuir uma origem ancestral-fundadores de quatro grupos étnicos diferentes que confederaram, a sua principal função era justificar a situação política de Cuzco, após a chegada dos Incas e não descrever a viagem.

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João Fernandes da Silva JúniorObs. Como todas as etnias andinas, os Incas se reconheciam como Paqarina, isto é, uma matriz tribal de onde acreditavam originar-se seu ancestral fundador. Os primeiros cronistas espanhóis relatam que a Paqarina da etnia Inca era a gruta de Paqariqtampu, situada aproximadamente a 30 km ao sul de Cuzco.2- Origem históricaQuando os incas penetraram nessa região já havia muitas outras tribos fixaram suas aldeias nesse local:Sawasiray, que tinha como paqariqtampu, como paqarina Ayar e ayar Kachi Como ancestral Allkawisa: cujo ancestral era Ayar Uchu e a paqarina era WanakawriOs Maras acreditavam descender de Ayar Awka, que fez acordo de aliança com as duas primeiras tribos e foi nessa aliança que entraram os Incas, descendentes Ayar Manko, que ficaram numa posição subordinada. Às três etnias herdaram destas, traços culturais como a língua (Kaechwa), sem renunciar seu próprio idioma que usaram até o século XVI. Traços dessa língua já foram observados na Amazônia talvez foco original dos Incas, segundo o Padre Barnabé Cobo no século XVI.A divisão territorial da Confederação Cuzquenha, estava na existência de duas metades, que tinham relações de oposição complementar e desequilibrada: Hanan - metade de cima ou metade “forte” constituída pelos ocupantes iniciais do solo e tinham funções políticas e religiosas; Hurin - metade “fraca” de baixo,

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constituída pelos Incas que exerciam a função militar (Sinchi os chefes de guerra).O fortalecimento do império Inca No decorre do século XVI, Sinchi Roka, que a tradição apresenta como filho e sucessor de Manko Kapaq e depois Lloki Yupanki, Mayta Kapak e Kapa Yupanki, foram grandes guerreiros na defesa e no ataque da Confederação Kusquenha. Com a morte de Kapa Yupank, o poder hegemônico ficou nas mãos dos Incas, onde Inka Roca derrubou o poder dos Hanan, e a estátua de Manko Kapak foi transportada para a metade do alto, o culto ao sol foi imposto a todos, assim como a autoridade dos Incas. No fim do reinado Wiraqocha, uma etnia Chank, invadiu o território de Cuzco, Wiraqocha fugiu com seu filho Urku, a quem destinava o poder. O seu outro filho Pachakuti, reagiu e chanka foi massacrada. Pachakuti depôs o seu pai e tomou a franja escarlate (Makapaicha que era insígnia do poder supremo). Pachakuti em 1463 confiou em seu filho Tupa Yupanki. Pachakuti que tentou impor seu filho Amarru, o que não foi aceito e ficando a Tupa Yupanki, marcado como o fundador do Império Inca. O projeto de expansão de Tupa Yupanki chegou ao auge em 1480, dividindo o exercito em três partes: o primeiro foi enviado para o Chaco e foi detido Chirwano; o segundo dirigiu-se para o sudeste chegando à Argentina; o terceiro ao Sul, através das cordilheiras conquistando todo o Chile setentrional e

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João Fernandes da Silva Júniorcentral, com isso se apossou de toda a fronteira meridional.Tupa Yupanki foi assassinado em 1493, e toma o poder seu filho Wayna Kapaq que era ainda criança. Em 1511 lançou-se a expansão no extremo Norte, invadiu o território dos Chachapaya a margem do Maranhão, passou a atacar os Karas numa guerra cruel e prolongada que duraram 10 (dez) anos, diante dessa ofensiva seu exercito ficou vulnerável onde os Chiriwano atacaram o império fazendo estes ficar na defensiva. Em 1523 alcançaram o vale dos Ancasmayo que é hoje a fronteira entre Colômbia e Equador. Em 1.528 atacados por uma doença que provavelmente veio da Europa que matara 200.000 (duzentos mil) súditos, momento este marcado pela chegada de Pizarro. Razões da formação do império Inca A necessidade imperiosa que impulsionava Cuzco a reunir em torno de si tantas terras e tantos povos, pode se analisar comparando ao imperialismo espanhol. Constituída de espírito civilizador das populações que tinha comportamentos “bárbaros” (incesto, antropofagia e etc.), iriam ensinar agricultura, relação parentesco e a paz, ou seja, civilizar os “bárbaros”. A intensão de guerra dos Incas era de paz apesar de que sempre havia combate que refletia com ato de crueldade, onde os chefes e inimigos eram decapitados, seu crânio servia de vasilhame de bebida, seus coros para tambores, seus ossos para flautas, seus dentes para colar. Toda essa crueldade reflete uma época não se restringindo só aos Incas, mas a qualquer

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outros, conforme afirmação do historiador Europeu Marc Bloch do século XX, defini a história, como a ciência dos homens no templo.A paz implicava em estado de tensão permanente nas fronteiras, toda conquista provocava assim uma nova guerra, que iniciava uma outra conquista. As guerras externas se faziam necessária para a estabilidade da ordem interna e esta se tornava a mola principal do poder, além do mais, a guerra de conquista se constituía em fator essencial de integração e de mobilidade social dentro do império. Entretanto o imperialismo de Cuzco se fragmentou no reinado de Wayna Kapaq. O exercito passou a ter um caráter mais pacificador onde os Incas eram minorias diminuindo as vitórias gloriosas. O projeto federativo começou a declinar e perder sua credibilidade, além de que Cuzco havia se estendido longe demais sobre um espaço de tempo prematuro. Sem duvida as guerras ainda eram necessárias para a manutenção desse império Economia A economia dos incas era baseada no trabalho coletivo. Todos deviam trabalhar, deste que não fossem muito velhos, e nem doentes. Todos os anos eram distribuídos terras ao povo conforme a necessidade de cada um.1 - Agricultura: era a principal atividade econômica. Qualquer pedacinho de terra era cultivado com espetacular técnica chamada de andinos, que consistia na construção de degraus nas encostas das montanhas,

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João Fernandes da Silva Júniorque se tornavam verdes sempre que as plantas germinavam. Cultivavam dezenas de variedades como exemplo o milho, a batata doce, o amendoim, tomates, vagem, abóbora Kinoa, pimenta, cabaça, mandioca, algodão, abacate, feijão, tabaco, goiaba, colhiam frutos silvestre etc.O milho, para seu cultivo era necessário bastante água e calor e este era ligado a rituais como na fabricação de farinhas (sanki), e cervejas (ashwa). O império tentou colocar no habito alimentar devido a sua condição de facilidade de ser estocado, mas que nunca foi aceito devido o costume de comer tubérculos (papamikuq).

2 - Criação:Dedicavam-se na criação de: patos, vicunha, lhamas e alpacas. lhamas, carregava as cargas, sua carne era comestível e transformada em charque, seu coro servia para confecções de sandálias seus ossos eram transformados em agulhas e seu excremento para adubo Vicunha: retirava uma lã sedosa de excelente qualidade, reservada para o estuário dos chefes Incas.Alpacas retiravam a lã, para confecção de roupas para a população.3- O comercio: não existia a relação era de troca. Organização social e política O Artesão do Império. Para entender as origens da formação do poder do imperador têm que buscar o mito de Manko Kapaq, justificando o início e o limite de um soberano. Pra ser

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um imperador, este deveria romper com a linhagem familiar para diferenciar-se de um Kuraca e também das tradições monárquicas de outros povos e conquistar por méritos próprios. Após a sua morte os bens deveriam ser divididos entre filhos que deveriam fundar a sua própria linhagem, onde os membros perpetuavam a lembrança do seu ancestral, celebrando a gloria de seu reinado e culto ao cadáver mumificado. A passagem de poder não era dinástica muitas vezes eram dados golpes por chefes guerreiro (sunchi), sendo assim os cargos de chefe era entregue a uma pessoa de inteira confiança do rei, no caso o filho, e assim havia a sucessão de um filho. No final de cada reinado o território entrava em choque na disputa do trono pelas varias facções internas, por varias vezes se ocultava à morte de um imperador para evitar o estado de “anarquismo”. O mundo organizado se tornava um caos ate que um dos preensores triunfava, ai o império renascia a cada novo imperador, que ao assumir o cargo tinha que passar por rito tradicional para receber a franja imperial. Geralmente o inicio de um imperador era fruto de violência que se mantinha durante o poder, unido ao poder mágico e divino que lhe era atribuído. O rei era o chefe supremo chamado de Sapa Inca, temido e adorado como um deus, eles acreditavam que o Sapa Inca era descendente direto do Sol. Ao lado do rei ficava a rainha que era chamada de Coya, ela era a irmã mais velha do rei e também sua esposa. A família real comandava o exército e governava o

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João Fernandes da Silva Júniorimpério, sendo responsável pelas leis, pelos impostos, pelas construções e pelos alimentos.O imperador inca gozara de status social, este não andava se não fosse dentro de uma liteira e acompanhado de seus funcionários e assessores, que a multidão lhe adorava com a face voltada a chão, as suas roupas depois de usadas era queimadas para que ninguém tocasse os seus assessores se aproximavam de joelhos em sinal de respeito.O ImpérioNão se pode confirmar como um estado despótico centralizado, mas sim mantinham tradições de suas origens tribais, obedecendo ao escalonamento entre os chefes dos ayllus, e as relações culturais eram mantidas como a dos kurakas com relação aos deuses, onde imperador mantinha em relação ao deus sol; o poder sobre as terras; a prática de generosidade para com os súditos em troca de sua força de trabalho. Comunidade AylluO Ayllu era a célula da organização social dos Incas, e era formado através de laços parentescos que viviam em conjunto e que se casavam e formavam uma aldeia. Cada ayllu tinha um chefe que era o Kuraka, e que eram representantes diretos dos deuses sendo um ancestral seu (Waka). O kuraka era o fundador do grupo e que tinha em seu poder uma porção de terra (Marka), que distribuía às famílias em partes iguais e conforme a qualidade, essa distribuição era feita por pessoas (o tupu), onde era feito a pratica do agropastoril. O chefe organizava as atividades de

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trabalho, onde os camponeses trabalhavam em conjunto nas terras dos Kuraka, e a divisão dos produtos era em igualdade aos trabalhadores e que parte desse excedente era distribuída aos pobres, viúvas, os velhos e doentes (waqcha), era a relação mútua (Ayni).O Ayllu como já foi dito era a constituição básica na formação da sociedade andina, ou seja, ela era um elemento nessa teia até chegar ao imperador. Existia a submissão de um chefe em relação ao outro dominante, bem como na divindade. Para manutenção de seu poder era necessária a cumplicidade desses chefes que tinha que submeter a população de seu ayllu, a um revezamento de trabalhadores dos vários ayllus a serviços prestados à autoridade maior no caso o rei. Esses serviços eram praticados em terrenos que pertenciam ao estado conhecido como Mita, (serviço de rotatividade), que tinha a duração de um a três anos, sendo assim o rei tinha acesso a força de trabalho de todos, mas não tinha acesso aos bens individuais da população que lhe era subordinada. Apesar de que a produção deveria ser distribuída em igualdade aos trabalhadores e o restante será revertido aos waqcha, numa demonstração de generosidade aparente, a distribuição não era totalitária e existia um interesse aparente, generalizando a diferença social, onde aparece o Kapa, que detinham poder e praticavam a poligamia e formavam uma categoria fechada e restrita onde casamento entre estes e

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João Fernandes da Silva Júniorcomedores de batatas (camponeses e waqcha), não era permitida para a pureza da elite. Novas forças de trabalho As divisões de classes que ate então estavam engendradas nas origens andinas como no caso, a categoria de camponeses que participavam das relações de ajuda mútua o Ayni, e posteriormente nas relações de Mita, que eram obrigados ao pagamento de corveia. Os Mitmaq - Dentro de um processo em que o império praticava uma política migratória forçada e eram aplicados a povos recentemente conquistados, estes povos eram remanejados para locais as proximidades de pontes e praças-fortes, e que ficavam sob vigilância das forças do estado, e outras que se identificavam com a cultura Inca, assumiam o lugar dessas que foram conquistadas. Apesar da preocupação dos Incas em não desestabilizar essas etnias, mas sempre havia uma relação de hostilidade. Esses se constituíam em uma nova categoria para a economia Inca.Os Yana - “Os dependentes perpétuos” estavam sempre ligados aos kurakas ou imperadores ou as pessoas importantes como os chefes de guerra. Os yanas não eram escravos, algumas vezes gozavam de privilégios como riquezas e tinham varias mulheres e ate ocupavam altos cargos na administração local.As Aqilla - mulheres recrutadas que ficavam confinadas nos monastérios do sol e eram educadas por mulheres mais velhas da etnia Inca, outras eram tomadas como esposas de imperador e ate doada após

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a puberdade a personalidades como presente. Mas a maioria servia de mão de obra na tecelagem que sustentava grande parte da economia, devido o grande numero de aqilla. No final do império de Wayna Kapaq, os mitmaq, os yanas e as aqillas representavam uma força de trabalho, importante para a produção de certos setores da economia, fazendo com que o Estado não dependesse das tradições de reciprocidades. Essas mudanças alavancava a gestação de uma nova classe social em outras regiões do tawantinsuyu. Ficando assim uma questão de tempo transformação de um império em um Estado moderno. A burocracia da administração públicaA administração governamental dos incas baseava-se num eficiente corpo de funcionários que circulavam por uma vasta rede de estradas espalhadas por todo o império. Dessa maneira era possível controlar toda a produção agrícola, a construção de obras, como templos e fortalezas, e outras atividades da população.As terras eram trabalhadas pela comunidade e serviam para suprir as necessidades do Estado. Todos os habitantes do império entre 25 e 50 anos tinham de pagar imposto.As cidades eram pequenas, pois a maioria da população vivia nas aldeias. Em cada cidade havia um templo dedicado ao deus Sol, a maior das divindades, um palácio destinado ao Sapa Inca, armazéns onde era guardada a comida e o vestuário provenientes do pagamento de tributos, alojamentos para os soldados e

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João Fernandes da Silva Júniorpara os artesãos, além de centros administrativos. A constituição dos agentes públicos conforme as suas atribuições:APU - formado por quatro conselheiros que se prestava a dar consultas ao imperador antes de qualquer decisão, estes representavam as quatro seções que dividiam o Tawantinsuiu.TUKRIQUQ - estavam abaixo dos apu, governadores de províncias, representavam o imperador, exerciam a justiça, cuidavam das estradas pontes e prédios públicos, coletavam os bens produzidos pela corveia.Funcionários subalternosKIPUKAMAYOQ - regulavam por meio de cordinhas com nos, entradas e saída dos jovens na idade adulta e eliminar os velhos e mortos de determinadas funções que cabiam a ele em manter em dias o efetivo da população da província sujeito a corveia.O Território O império era dividido em quatro seções e que recebia os seguintes nomes:Norte - ChinchasuyuSul - KollasuyuLeste - AntisuiuOeste - Cuntisuyu.A cada uma dessas seções tinha uma unidade de dez mil famílias, que, por sua vez, se subdividiam em unidade de cem e dez famílias e cada unidade estava sob responsabilidade de um funcionário. Sistema de estrada e correioO corpo administrativo, os waqcha, os templos, o sistema de estrada eram sustentadas pela força de

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trabalho dos camponeses através da corveia. Sistema de estrada com ponte com mais de 16 mil Km. Eram duas vias, as estradas tinham os tampu que eram os postos de estrada que serviam de albergues e de postos de correio (chasqui), um serviço que cobria de norte a sul, distancias de ate 2 mil km, com rapidez. Essa rede pouco contribuiu para a difusão da língua e da cultura cuzquenha, mas apenas para fiscalizar as províncias, enviar as tropas para distritos que em momentos que convulsionava e ameaçava a autoridade imperial.RELIGIÃO - CULTURA - CIÊNCIAS 1-RELIGIÃOA religiosidade Inca tem suas origens no mito dos quatro irmãos que saíram da gruta, onde o irmão mais velho retorna a gruta e se torna um waka (deus local). A disputa entre as quatro etnias, onde a etnia Inca era subordinada e que após as disputas este se tornou poder hegemônico entre as demais, inclusive a sua divindade, o Deus Sol. Os Incas se consideravam descendentes do Sol-Inti, representado sob forma humana, com três raios atrás da cabeça e serpentes no braço. A lua, irmã e esposa do Sol, era chamada Quilla, protetora das mulheres. Havia ainda outras dezenas de divindade: Illepa, a deusa do trono, e Nina a deusa do fogo. Os Incas acreditavam que as almas dos não pecadores, juntamente com as dos membros da nobreza, viviam no céu junto ao sol. Os sacerdotes eram com certeza

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João Fernandes da Silva Júniorda vida depois da morte, o que explica o cuidado com a mumificação. Afirmavam numerosos o principal era Huillac Umu, que pertenciam à família dos Incas. Os ritos da religião eram as oferendas e os sacrifícios. Normalmente eram sacrificados animais, e sacrifícios humanos. Geralmente esses ocorriam no início de um novo reinado ou em uma ocasião bastante grave.Um cativo sendo Sacrificado ao deus Sol2-CulturaA cultura Inca é a mistura e encontro das varias etnias ao longo da formação do império, que devido a sua longa extensão ou a falta de pretensão em manter uma unidade cultural apesar de ter estrutura para isso, como exemplo: uma rede estrada, que servia mais como controle de fiscalização e trânsito do seu exercito; rede de comunicação, ou seja, um correio eficiente, mas que pouco contribuiu principalmente na difusão da língua papel importante na unidade de uma cultura, mas que sem duvida ficou marcado traços culturais na literatura, na musica, na ciência como astronomia, matemática, e arquitetura etc.Literatura - A Música e Dança Não se pode afirmar que os desenhos que ornamentavam os tecidos cuzquenho são escritas. São na verdade pictograma ou ideogramas, sem resultado convincente. Apesar de informação não confirmada de que as populações andinas tiveram uma escrita que foi esquecida depois da intervenção dos Incas.

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Na literatura a transmissão era feita oral, ou seja, memória popular, o que tornava a literatura vulnerável as pressões da sociedade colonial, apesar de uma forma empobrecida, ela se perpetuou de forma clandestina até além da conquista. Os amawtas transmitiam de geração a geração que forneceram muitas crônicas, eram funcionários que conservavam as lendas assim como músicos, poetas que eram contratados pelo imperador para conservar as suas grandezas. No século XVIII, alguns poemas foram transcritos numa nascente escrita hispamo-kechwa. A literatura de caráter histórico duplicava-se em uma literatura religiosa. Os cantos eram acompanhados por instrumentos de sopro às vezes era ritmada pelos chocalhos, tambores e conchas marinhas, o mais notável era a flauta.O kecha-taki, que designa a um só tempo a dança e o canto ao ritmo do qual esta se realiza, sublinha a união intima que existia entre literatura, a música e a expressão corporal. As principais danças eram: rawi; o wayno; o llama, dança dos pastores, o arawayo, dança dos agricultores; o kachiwa, dança da alegria; o haylli arawi, dança da vitória após o combate, essas danças tinham mais um caráter cerimonial religioso.3-Astronomia, Astrologia e Matemática.Astronomia - Não deixaram qualquer documento sobre calendário só através de cronista como Molino, e outros que informaram que o ano Inca correspondia ao ano solar, que começava na época do solstício de verão, no curso do mês de junho, outros cronista

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João Fernandes da Silva Júniorinformaram que começava em dezembro, com solstício de inverno, eram divididos em doze meses lunares cujos nomes teriam sido marcados por Mayta Kapaq, quarto soberano de Cuzco.

Astrologia - os corpos celestes exerciam uma influencia sobre os homens, seus movimentos possuíam um significado premonitório. Aposição da lua anunciava a chuva fertilizante ou a estiagem. Passagem de cometa pressagiava as epidemias, fome e guerras. Os eclipses temidos, pois constituía uma ameaça a todos.A matemática Tinham conhecimento de um sistema decimal, as operações eram facilitadas pela invenção de uma espécie de ábaco ou quipu registravam informações em cordas com nós e que era importante para o recenseamento populacional.4 - Arquitetura e o UrbanismoA arquitetura Inca tinha traços dos chavin e Tiahuanaco, com a construção de palácios, fortalezas e templos como exemplo: a cidade de Machu Picchu, além da construção de uma rede de estradas, construção de muros, torres funerárias, monumentos com figuras majestosas como figuras de serpente, lhama, ou puma e edifícios em pedras.6- A cerâmica e a TecelagemA cerâmica Inca iniciou no curso do segundo milênio, com características antropomorfa e zoomorfa, com precisão de realismo feita pelos mochicas. Os vasos de cerâmica de Nasça, cujos lados eram ornados de

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representações animais monstruosos estilizados em várias cores, atestando o conhecimento de policromia, a cerâmica Inca propriamente tardia eram mais simples que as citadas acima as peças às vezes ornadas de figuras com cabeças de animais em relevo, porem apenas pintadas em preto e branco com fundo vermelho com desenhos triangular, retangular, quadrado e losango. Os cacos de cerâmicas encontrados e estudados por arqueólogos trazem informações às varias culturas que constituíram o império Inca.Tecelagem - a tecelagem utiliza-se o algodão, a alpaca, a vicunha forneciam a matéria-prima, as fibras era tingidas com corantes naturais criados a base de 190 coloridos, usavam teares rudimentares que ate hoje ainda se usa nos Andes, dos monastérios do deus sol saiam grande quantidades de tecelagem.7 - A metalurgia Os Incas eram considerados os mestres dos metais, ignoravam o uso de ferro, mas sabiam trabalhar o ouro, da prata e do cobre, sabiam fazer a ligação de metais. Varias técnicas na fundição de metais já era usado por etnias anterior como no caso dos chavins.1 - a invasão espanhola (1532 - 1536)A luta do império a entre os dois filhos de Wayna Kapaq: Ataw Wallpa e Waskarr coincidem coma a chegada de Pizarro em abril de 1532, Ataw Wallpa, aterrorizado com a presença de cavalos que saqueavam os templos, pelo menor número acreditava

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João Fernandes da Silva Júniorque podiam por estes de volta ao mar. Para Walkarr, esse aparecimento não passava de presságio que era uma intervenção divina em seu favor, waskarr, que mandou embaixadores a Pizarro que aproveitando da situação da disputa lhe prometeu o apoiar. Em 15 de novembro de 1532, Pizarro entrou em Cajamarca, no dia 16 se apresentou a Ataw Wallpa, onde este preparou um cerimonial planejado com as indumentárias de guerra com a intenção de criar efeito psicológico, no centro da praça, sentindo entrincheirado Pizarro determinou que seus soldados abrissem fogo e generalizou pânico e distúrbio a tropa local, isolado Ataw Wallpa foi retirado de sua liteira e preso, o seu chefe de guerra retirou a tropa. Apesar disso a disputa contra Waskarr, continuou e que foi derrotado e milhares de seus súditos e crianças foram mortos e a nobreza cuzquenha extinguia-se.No inicio de 1533, o império estava reunificado, mas o imperador era prisioneiro de Pizarro enquanto Waskarr era cativo de Ataw Wallpa. Vários Kurakas procuravam Pizarro se propondo a aliança para que saísse do julgo Inca, além de vários levantes como exemplo os Yanas. Pizarro aproveitou a situação e proclamou uma verdadeira revolução social. A boataria de que Ataw Wallpa seria liberto após pagamento de ouro cujo montante foi avaliado em mais de 100 milhões de dólares, estes exerceram pressão com boataria de que as forças locais estavam se organizando para resgatar o imperador. Ai fica a pergunta, teria Pizarro acreditado nessas alegações? Teria sido ele vitima dessa intoxicação psicológica

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inteligentemente organizada. Com esse pretexto a morte de wallkarr, mandou executar Ataw Wallpa no dia 29 de agosto de 1533, por fratricídio e usurpação. Foi um erro político de Pizarro, pois com Ataw Wallpa, ainda preso não provocaria o estado de anarquia, Portanto Pizarro isolado em Cajamarca, com pequena quantidade de homens, ele não podia resistir as pressões que estava sujeito sem se arriscar a desfazer a rede de aliança que tecera bem como a empresa de conquista.O império Inca retraia-se ao centro e reduzia aos poucos as etnias que o havia fundado. No dia 15 de 1533, Pizarro chega ao centro Cuzco que ainda sob o comando Manko Inka irmão dos dois que foram mortos pela disputa e que fora escolhido pela nobreza, recolhia o espanhol que deu apoio ao imperador que foi lhe permitido tomar a franja escarlate e que este pôs fim ao exercito dispersos de Ataw Wallpa.2 - A guerra de reconquistaPizarro que antes de começar o seu empreendimento, planejou tudo chegando a levar índias que relatou o contexto político que se passava no território inca, Apesar deter armas de fogo, mas a quantidade de homens era insuficiente para o afrontamento. Foram varias as estratégias montadas: os índios não lutavam ao por do sol; os grupos antagônicos; a rivalidade pelo poder em função da morte do imperador e o território estava em estado de anarquismo. A instalação espanhola era precária, a etnia inca não se satisfazia com a permanência de outra autoridade, Manko Inka,

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João Fernandes da Silva Júniornão aceitava com a sua situação decorativa. Conhecendo o interesse dos invasores passou informações de que em outras regiões havia quantidade grande ouro, o que foi absorvido pelo irmão de Pizarro, sendo que não informou dos perigos que tinha que enfrentar devido os índios inteiramente litigiosos. Em fins de abril de 1536, ele burlou a segurança dos guardas e deixou sutilmente o palácio, retornando alguns dias depois com 40 mil guerreiros de sua etnia sitiando Cuzco na qual tocou fogo. Começava a guerra de reconquista Pizarro organiza varias expedições na tentativa de resgatar o irmão que foram destruídas O erro de Manko Inka foi tentar sitiar Lima que resistiu e que passou a ofensiva, Manko Inka, com a posse de vários soldado espanhol os obrigou a passar informações de estratégias de guerras o que foi possível à formação de um esquadrão de cavalarias e um pelotão de artilharia, tendo alguns sucessos. O final desta guerra foi à morte de 1500 espanhóis e 2000 mil a 3000 mil incas.Os Incas ainda resistem.Não podemos afirmar que houve a destruição da sociedade andina, traços fortes dessa cultura ainda são mantidos nessa região, apesar da inclusão da cultura europeia que muitos cientistas sociais afirmam que esta ultima “antropofagia”, traços originais da cultura cuzquenha. Claro que não se pode afirmar que os Incas tiraram 100% de proveito nesta disputa de poder imperialista com os espanhóis. Podemos citar algumas situações que poderia ter mudado o desfecho com

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Pizarro: uma melhor articulação política com os grupos que faziam parte do Tawantinsuyu; investimento numa língua unitária no seu território dominado, assim como a difusão de uma cultura homogênea, pois estrutura física se tinha como no caso de um sistema de estrada e de correio. Mas quem sabe os vários modelos econômicos fizeram a diferença para essa unidade como no caso da política migratória forçada, onde havia hostilidade entre dominante e dominado, apesar de que os Incas tentaram dar toda uma estrutura para estes, mas não havia a práxis. Pois estes remanejados não aceitavam o modelo tributário imposto pelo imperador. O resultado se viu com os Yanas que militaram junto com Pizarro, assim como outros grupos. Outro problema foi resíduo dos quatro grupos étnicos formadores da confederação cuzquenha, que os Incas tentaram justificar com o mito dos quatro irmãos. Onde os Incas foram à etnia mais retardatária no local que impôs através da força a sua hegemonia administrativa e religiosa que tem um fator determinante nesse contexto, no caso os Hanas e os Hurin, ficou bem claro após a morte de Wayna Kapaq, onde os dois irmãos Ataw Wallpa e Waskarr que se acirraram na disputa pelo poder incentivados por conselheiros sectários, Sendo assim, fica aberto para uma próxima pesquisa. SEMELHANÇAS ENTRE AS CIVILIZAÇÕESMesmo próximo, os povos andinos e os povos da América Central se desenvolvera de maneira

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João Fernandes da Silva Júniorindependente, não haviam contatos entre eles. Mesmo assim, houve certos traços culturais que foram comuns a todas as culturas. Destacamos os seguintes:Todos tiveram a agricultura como principal atividade econômica, com destaque para as culturas do milho e do feijão.Mesmo desconhecendo a metalurgia do ferro, todas alcançaram um nível artístico elevado, especialmente no artesanato, na escultura e na arquitetura. Objetos de enfeites, roupas, bordados com cores vivas, imagens, estátuas, templos, pirâmides e monumentos colossais são alguns exemplos.Todas tiveram cidades ou vilas como centros políticos e religiosos. Os incas tiveram Cuzco e Machu Pichu; os astecas Tenochtitlán; os maias Chichén Itzá, Tikal, Copán e Palenque.Todas acreditavam em muitos deuses, mantiveram numerosos cultos a divindades da natureza, acompanhados às vezes, de sacrifícios humanos.Todas tiveram sociedades fortemente hierarquizadas, dominadas por soberanos absolutos e por uma casta de sacerdotes, altos funcionários e guerreiros. Todos sustentados pelo trabalho dos artesãos, da massa camponesa, e servidos por numerosos escravos.Todas tiveram conhecimentos avançados como: na matemática, na astronomia, na medicina e na arquitetura. Usaram técnicas avançadas na agricultura, na arquitetura e nas artes, porém todas desconheciam o uso do arado e da roda.

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MARQUES, BERUTE, FARIA. História-Caminho do Homem; ed. Lê. Vol.1. SP. 1991.ORDEÑEZ, MACAHDO. História - Brasil colônia e civilizações pré-colombianas; Ed. IBEP. SP. 2004. APOLINÁRIO, Maria. História - Ensino Fundamental; ed.: Moderna. sp.2003.FAVRE, Henri. A civilização Inca, Tradução: Maria Julia Goldwasser. RJ. ed. Jorge Zahar.2004.Vicentino, Dorigo. Historia para o Ensino Médio; ed. Scipione. SOUSTELLE, Jacques – As civilização ASTECA. Editora – JZEGENDROP, Paul – A Civilização MAIA. Editora – JZE.FAVRE, Henri – A Civilização INCA. EDITORA – JZE.A pirâmide I ou Templo do Jaguar a maior das seis pirâmides de Tikal, mede 70 metros de altura e era além de templo de homenagem a Itzamna, túmulo dos governantes. Centro Cerimonial de Tikal Em meio à exuberante floresta tropical, densa e úmida, as pirâmides de pedra de Tikal despontam para a surpresa e deleite de quem as vê. Solene, a cidade guarda os vestígios da civilização maia. Conhecidos como os gregos da América devido à sua organização em cidades independentes, como na antiga Grécia, os maias jamais constituíram um império.

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João Fernandes da Silva JúniorAinda assim, eles criaram a mais antiga civilização pré-colombiana - anterior à chegada dos europeus no século XV - e talvez a mais original e misteriosa. Unidos pelo culto aos mesmos deuses e pelo idioma comum, eles viviam espalhados pela selva em pequenas aldeias. Erguida por volta do ano 250, Tikal foi um importante centro sagrado, habitado apenas por nobres e sacerdotes. O restante da população dirigia-se ao local durante as festas religiosas que aconteciam na praça principal, onde se encontram pirâmides que têm função de templos. Misterioso abandono Em seus dias áureos, no século IX, Tikal chegou a reunir cerca de 50 mil pessoas. Em parte, tal fato se deve a sua localização no cruzamento de rios que se encontram no caminho entre o Golfo do México e o Mar do Caribe. No ano 900, aproximadamente, o povo abandonou a região, rumo ao norte. Os motivos da partida repentina são um mistério. Acredita-se que o êxodo tenha sido causado por uma epidemia ou pelo aumento da população, gerando escassez de alimentos. Hoje, as pedras de Tikal despertam reverência não só de visitantes, mas também de estudiosos que decifram a escrita maia e revelam aos poucos os segredos dessa brilhante civilização.

Chichén-Itzá

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Os Habitantes da "Boca do poço dos feiticeiros d'água" - Chichén-Itzá - queriam desvendar o caminho dos astros para chegar ao coração dos deuses. Nesse local mágico, os maias ergueram uma civilização sobre os pilares da ciência e da religião A sombra de Kukulcán, o deus-serpente dos maias, passeia por Chichén-Itzá durante os equinócios de primavera e de outono, quando noite e dia têm a mesma duração. Seu ponto de partida é a principal escadaria do Castelo, uma grande pirâmide erguida em sua honra com base em conhecimentos astronômicos: os degraus das quatro escadarias e da plataforma superior somam 365, número de dias do ano. Além disso, cada um dos lados alinha-se com um dos pontos cardeais e os 52 painéis esculpidos em suas paredes são uma referência aos 52 anos do ciclo de destruição e reconstrução do mundo, segundo a tradição maia. Sacrifícios humanos Fundada no ano 452, Chichén-Itzá conheceu dias de glória no século X, quando foram construídos o Castelo, o templo dos guerreiros e a quadra de jogo de pelota. Na aridez da região, seu florescimento só foi possível graças aos cenotes, poços de água com função também religiosa. Em tempos de seca, ofereciam-se sacrifícios ao deus da chuva, Chaac, no

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João Fernandes da Silva JúniorCenote Sagrado. Conquistada pelos guerreiros de Mayapán no século XII, Chichén-Itzá estava abandonada quando os espanhóis chegaram. Suas grandes obras mantém o vigor da cultura maia.

Observatório de Chichen-Itzá Pacal Votan

Não há dúvidas sobre a magia de Palenque. Aqui foi descoberto o túmulo de Pacal Votan, em 1947 - o único túmulo em pirâmide, no México, de estilo egípcio. Não há nada em Palenque que não seja maravilhoso. As esculturas em baixo relevo da Cruz Folhada e da Cruz do Sol, eu já os tinha visto.

Templo do Sol Mapa do Território Maia Período Pré-Clássico (1500 a. C. – 250 d. C.), eram agricultores, fabricavam cerâmica (ornamentação de cordões0 e usavam pedras de moer- o que supõe a cultura do milho. Agrupavam-se em aldeias ( Kaminaljuyú, ou nas terras baixas, Altar de sacrifícios e Seibal). Uaxactún e Tikal têm camadas inferiores que remontam ao século V a. C., desde o

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ano 300 a. C. percebem-se as características fundamentais da civilização Maia:Arquitetura com uma espécie de abóbada em balanço, inscrições hieroglíficas, uso de um calendário "em longo prazo" e ereção de estelas comemorativas.O período Clássico (250-950 d. C) corresponde ao florescimento dessa civilização; os grandes centros cerimoniais (Tikal, Uaxactún e Seibal, na Guatemala; Copán em Honduras, Palenque, Uxmal, Bonampak e Chichén Itzá, No México, Etc.) multiplicavam-se. As grandes metrópoles religiosas compreendiam edifícios típicos, templos construídos sobre uma plataforma piramidal, cobertos por uma espécie de abóbada em balanço e encimados por uma crista com cumeeira; palácios (residência principesca ou lugar de reunião, dotado de numerosas galerias), cuja disposição - em grupos distintos ligados por calçadas elevadas - em torno de amplas praças atesta certo senso de urbanismo; e conjunto monumental monolítico, composto de um altar com estela ornada de uma decoração esculpida. Nunca reunidos sob hegemonia de um poder central, cada centro conservou um estilo individual. A escrita hieroglífica não foi inteiramente decifrada. Depois do auto-de-fé dos conquistadores, apenas três manuscritos (Códex) subsistem e são dotados do pós-clássico. O primeiro refere-se a rituais religiosos; o segundo a adivinhação; e o último a astronomia, que, sem usar nenhum instrumento óptico, era de uma precisão espantosa. Em seu apogeu, essa civilização -

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João Fernandes da Silva Júniorque ignorava a roda e o animal de tração, e só conhecia instrumentos de madeira e de pedra - foi por razões obscuras, brutalmente interrompidas, por volta do século IX, na zona central, que, contudo não foi totalmente abandonada. O pós-clássico (do século X à conquista espanhola) testemunha certo do renascimento devido aos Toltecas, vindos de Tula. Quando chegaram por volta do século X, supõe-se que algumas grandes cidades de Yucatán existissem ainda. A associação das duas tradições originou um novo estilo artístico "maia-tolteca", caracterizado por uma arquitetura mais ampla e arejada (colunatas, grandes jogos de bolas) e pelo apelo amálgama dos panteões e dos motivos decorativos (Chac, o deus maia da chuva, representado alternadamente como Quetzalcoatl, a serpente emplumada, transformada em Kukulkan). Chichén Itzá foi logo substituída por Mayapán, que foi cercada por uma muralha defensiva. Daí em diante, a influência mexicana dominou uma produção artística muito decadente. QuetzalcoatlCivilização Maia A história do povo maia começa há milhares de anos, quando povos provavelmente vindos da Ásia pelo estreito de Bering (estreito que separa a Ásia da América), ocuparam a América do Norte e Central. Estudos realizados na língua maia levam à conclusão de que ao redor de 2 500 a. C., vivia um povo protomaia, na região de Huehuetenango, na Guatemala. Há cerca de duas horas de Cancun, encontram-se as ruínas da antiga cidade cerimonial de

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Chichén-Itzá, que floresceu no auge da civilização maia-tolteca. Seu mais importante sacerdote foi Kukulcan (a serpente emplumada), provavelmente vindo do México central onde era conhecido como Quetzalcóatl (ver período maia-tolteca logo abaixo). Ao que tudo indica, Kukulcan foi mesmo um personagem histórico e que morreu e foi enterrado na península de Yucatan. Acreditava-se que ele encarnava o espírito da serpente emplumada cuja cabeça está representada no quadro ao lado e surge com frequência nas ruínas maias deste período. Acima, quadro feito por Frederick Catherwood em meados do século XIX mostrando de El Castillo, a grande pirâmide de Chichén-Itzá, quando o mundo descobriu o fantástico mundo maia. Chichén-Itzá é a mais fantástica cidade maia-tolteca; visita obrigatória a todos que vão a Cancun. A história da civilização maia é dividida em período pré-clássico ou formativo, período clássico, período de transição, período maia-tolteca e período de absorção mexicana. Período Pré-clássico (500 a. C. a 325 d. C.) - a cultura maia começa a ser delineada. Estátuas de barro antropomorfas aparecem mostrando os traços típicos de seu povo. Período Clássico (325 d. C. a 925 d. C.) - Costuma-se subdividir este período em clássico (325 d. C. a 625 d. C.) que corresponde ao período em que cessaram as

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João Fernandes da Silva Júniorinfluências externas e os maias se firmaram como povo. Neste período surgiram formas tipicamente maias na arquitetura como o arco corbelado e o registro de datas históricas com o uso de hieróglifos, em florescente (625 d. C. a 800 d. C.), quando as manifestações culturais chegaram ao seu esplendor cultural. Foi à época dos grandes avanços na matemática, na astronomia, na escrita, nas artes e na arquitetura e o Colapso (800 d. C. a 925 d. C.), época em que misteriosamente a cultura maia se deteriorou e os centros cerimoniais foram abandonados.Período de Transição (925 d. C. a 975 d. C.) - este período marca a queda livre da civilização maia e o nível cultural, misteriosamente, caiu quase que ao nível do período pré-clássico.Período Maia-Tolteca (975 d. C. a 1 200 d. C.) - Época de grande esplendor, mas agora sob forte influência da cultura tolteca, que chegou do centro do México, trazendo consigo o mito de Quetzalcóatl.O alto relevo acima mostra um sacrifício humano onde um homem é decapitado. Pode-se observar o sangue espirrando de seu pescoço em jatos fortes. O povo maia era fundamentalmente um povo guerreiro. Mesmo entre eles, lutavam com crueldade pelo domínio das regiões. O quadro acima mostra momentos de guerra desse povo. Em Chichén Itzá a influência tolteca é muito forte. A principal pirâmide, chamada El Castillo, que ocupa a

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região central das ruínas, foi construída pelos toltecas. O observatório El Caracol, também é deste período (foto à direita). Viveu-se nesta época o mito de Quetzalcóatl, chamado pelos maias de Kukulcán, a serpente emplumada, o homem-pássaro, um dos mitos mais interessantes da história da humanidade. Vejam abaixo uma representação artística mostrando El Caracol hoje (esquerda) e em todo o seu esplendor (direita) no auge da cidade. Nesta época, houve grande avanço nos conhecimentos astronômicos dos maias que construíram o mais preciso calendário existente. Os maias desenvolveram um sistema numérico próprio, sem o qual não seriam possíveis os avanços científicos. Observe o quadro abaixo. Facilmente você poderá entender como os números eram escritos. Reparem que eles descobriram também o número zero. Além deste modo de representar números, eles tinham outro sistema, mais próximo dos hieróglifos. Cada número era representado por uma cabeça diferente, mas não tão diferente para nó aponto de podermos ler tais números com facilidade.

Período de Absorção Mexicana (1 200 d. C. a 1540 d. C.) - nesta época surgiram vários conflitos, as alianças entre os vários grupos foram sendo quebradas e houve uma série de enfrentamento bélico que dividiu as

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João Fernandes da Silva Júniorpopulações e empobreceram ainda mais a cultura. Quando os espanhóis chegaram à região maia, as grandes cidades cerimoniais já haviam sido abandonadas, a cultura estava em total decadência. Restava pouco daquela que foi uma das mais fantásticas civilizações que o mundo já teve. O tempo foi implacável. Roubou-nos para sempre esse tesouro. Restam as lembranças que as ruínas guardaram para nós. Hoje eles são pouco mais de três ou quatro milhões de pessoas espalhadas pelo México, Honduras, Guatemala e El Salvador. São apenas um traço rápido, descendentes de uma civilização fascinante e ainda misteriosa que, ao longo de mil anos, floresceu e desapareceu na América Central e do Norte, muito antes da chegada de Colombo à nova terra. Bem mais que índios - selvagens ou dóceis -, bem mais que homens exóticos e pagãos aos olhos do europeu expansionista e cristão, os Maias foram um povo que deixou um legado inestimável de organização social e política, de conhecimentos científicos - especialmente de engenharia, matemática, astronomia e calculo -, só comparado aos antigos egípcios e suas pirâmides e templos perfeitos.A civilização Maia tem raízes de miscigenação há 10 mil anos. Tinham deuses severos e implacáveis diante das fraquezas humanas a quem eles deveriam ofertar-lhe o sangue para que a cidade tivesse um bom desenvolvimento.

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Morrer para os Maias significava tudo, pois eles iam ver a face de KUKULKAN que lhes daria a vida eterna. Esses sacrifícios ocorriam até no esporte, uma espécie de basquete usando os cotovelos e os joelhos. Se o time ganha-se os jogadores eram decapitados, se perdesse eram humilhados. Além do sacrifício existia um templo para cada deus, existiam feiras onde comercializavam comida e objetos, existiam fazes percorridas pelos guerreiros, em si uma civilização muito bem organizada. ASPECTOS ORGANIZAÇÃO POLITICA E SOCIAL OS Maias parecem ter tido um governo descentralizado, ou seja, um território dividido em estados dependentes, ainda que nos últimos tempos, houve caciques que governavam vários centros. Graças fontes de escritas, distantes cargos políticos e sacerdotais, assim como as hierarquias sociais que existiam no final do Pós-clássico: o halach ainic (homem verdadeiro) era o chefe político supremo, com todas as facilidades e o cargo hereditário- No período clássico o Halach vinic deveria ser tambem sumo sacerdote, porém depois apareceu a diferença entre a autoridade sacerdotal. O chefe supremo era assessorado por um conselho entregado pelos ahcuchcabado. Os chefes das aldeias eram os leotaboob, com funções civis, religiosas, militares sacerdotais, estes, por sua vez tinham seu conselho. O

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João Fernandes da Silva Júniorchefe militar era o "El nacom", única alteridade eleita, por um período de 3 anos. Quatro funcionários eram os Kruleboob, encarregados das festas e os tupile ou guardiões. A sociedade Maia estava dividida em classes: a nobreza o almehenoob, a qual pertence o sacerdote, governantes, chefes guerreiros e comerciantes o oh chembal unicoob, constituído de artesão se trabalhadores, os escravos o pentacoob parte reduzido da população destinada principalmente o sacrifício, pois a sociedade Maia não se baseava na escravidão. O grupo sacerdotal era, em realidade, de maior poder, pois além da autoridade religiosa tinha em suas mãos todo o conhecimento cientifico que era o fundamento da vida da comunidade. O sumo sacerdote se chamava (senhor serpente) e controlava os rituais e a ciências, escrevia os códices, tanto religiosos como históricos, administrava os templos e era conselho de halach uinic. Os sacerdotes menores eram el ahkin, com várias funções, como pronunciar discursos baseados nos códices o chilan, taumoturgo e profita: o nacom sacrificar, o ahmén hechiciro e curandeiro. RELIGIÃOOs Maias tinham uma religião politeísta a dizer, rendiam culto a muitos deuses, que podiam ser masculinos e femininos, jovens e velhos benéficos e maléficos tambem um ou quatro não eram seres perfeitos como em outras religiões, nem muito suficientes, que para continuar existindo necessitando de homens e do culto.

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Quando eles invocavam poderiam parecer "hambre" (fome) e inclusive enjoriarse. Suas dádivas eram representados como seres que parecia características humanas, animais e vegetais. Devido à dificuldade para identificar certas figuras nos códices que aparecem na escrita, eles eram denominados como letras. Os principais deuses, além dos correspondentes dos números e os lapsos foram entre Yucatecos dos seguintes: Hunab kei deus celeste; Itzamná (deus D) do céu knich, Ahuia (deus G) do Sol; Chaac (deus B) da chuva e Ah puch (deus A) cenote do inframundo e dos mortos. Ixchel (deusa I) da lua segundo o pensamento Maia, os deuses criarão o mundo com o fim de que, não poderia habitar um ser que os venerava. O mundo foi criado, des huido voltou a ordenar várias faces, esta que finalmente foi criado o homem. A julgar o mundo como uma superfície plana e quadrangular que se divide em quatro setores dos que se associam cores significativas: roxo ao leste, amarelo ao sul, branco ao norte, negro ao oeste verde ao centro, lugar onde se encontra uma grande seiva cujas raízes penetram no mundo subterrâneo, formado por nove estados e cuja copa toca os níveis do céu. ECONOMIA E POLÍTICA A base da economia Maia foi o cultivo do milho pela técnica, pela roça e pelo semeio, que acaba esgotando as terras em 2 ou 3 anos, obrigando a mudar de lugar de plantio, o que resulta num cultivo extensivo e não intensivo. Na plantação se planta tambem outras

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João Fernandes da Silva Júniorcoisas e se cultivam legumes, frutos, condimentos, algodão, tabaco. Ao lado da agricultura se praticava a caça, a pesca e domesticação de animais. No aspecto tecnológico, a indústria mais importante lítica; produziram armas, objetos de trabalho e tornos em vários tipos de pedras, como a obsidiana, o pedernal e o jade. Outras indústrias foram: a de sal, a têxtil, La hulera, La cesteiria, La primeira e La alfarreria. A metalurgia aparece pelos séculos XI ou XII procedente da América Central, e foi visada quase exclusivamente para produzir adornos. O comércio foi um dos aspectos importantes da economia Maia: havia rotas terrestres, fluviais e marítimas. Existiam mercados "internacionais" como o de Xicalanço, havia edifícios especiais assim como cortes judicias. Os mercadores, chamados de polom, pertenciam à nobreza e possivelmente estavam organizados em grêmios. O comércio se realizava por meio de troca, ainda que alguns produtos tinham valor de moeda como o jade e os objetos de cobre. CIDADE DE TIKAL O sítio arqueológico de Tikal fica na Guatemala, a história dessa cidade começa no século I, essa cidade possui o mais impressionante conjunto arquitetônico, na verdade um local de cerimônias, no seu centro havia uma pirâmide maior, que é o templo do Jaguar um primor de arquitetura, que certamente foi o centro da cidade, a maior dos Maias.Os vestígios arqueológicos demonstram que naquela região existiam vilas agrícolas. As evidências são de

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que havia palácios, mercados, templos religiosos e habitações muito grandes, porque havia conjunto de edifícios em torno da pirâmide.HISTÓRICO DA CIDADE No século 17 a cidade foi descoberta pelos espanhóis, missionários que queriam converter tribos que viviam às margens do lago Petén-Itzá, passaram aterrorizados por suas ruínas. A partir deste relato feito pelos religiosos o coronel Modesto Mendez em 1848 foi procurar a cidade, e quando a encontrou ficou maravilhado com a cultura.Intrigando-nos até hoje, com o tamanho da pirâmide e dos templos feitos daquele tamanho com objetos construtores equivalentes a idade da pedra europeia. Além disso, a cidade possuía grandes reservatórios de água, e ainda alguns objetos que até hoje não foi possível reproduzi-lo. Mais recentemente os americanos encontraram pirâmides Maias na Guatemala com até 45 metros de altura na região de Nakbe com objetos com + ou- 400 a. C. ESCRITADos quatro sistemas de escrita que se desenvolveram na Mesoamericana (zapotéca, mixteca, Maia e asteca), o mais complexo, não é possível agente ler completamente os textos, devido entre outras coisas a que os750 ou 800 signos que se conhecem, alguns sons ideográficos, outros pictográficos e outros mais em partes fonéticas, que funcionaram em forma de figuras. CALENDÁRIO

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João Fernandes da Silva JúniorPara os Maias a terra repousa sobre um crocodilo que flutua no mar e depois 13 céus, as moradias das estrelas. Há uma árvore sagrada em cada canto do mundo segurando o céu. Há tambem mundos subterrâneos guardados pelos senhores da noite. A noite é perigoso viajar, pois os espíritos das sombras saem.MEDICINAOs Maias tiveram uma medicina que foi combinação da Ciência e magia, pois consideravam que as enfermidades teriam tantos casos naturais e como sobrenaturais. O médico era o ahmén, quem diagnosticava a partir de sintomas, fundados na ideia de que as enfermidades se deviam ao frio, ao calor ou a alguma coisa mágica. Havia médicos especializados, como herbolárias, hueseros e parteras. Entre as curas havia infusões e pomadas feito com ervas, substâncias animais sangrias hantro de vapor e formulas mágicas. Há vários textos médicos, parte dos chilam, balam e copias de antigas escrituras realizadas mais tardiamente, como o livro do judio e no livro, RITUAL DOS BACABES.A cultura maia só começou a ser explorada durante a primeira metade do séc. XIX pelo americano John Stephens e o desenhista inglês Frederik Catherwood. Eles descobriram várias cidades sendo que a que mais chamou a atenção Chichen-Itzá. Eles publicaram o resultado de usas pesquisas e foi através destas obras que o povo ficou sabendo que não eram simples índios, mas que eles possuíam uma

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complexa organização construíram magníficas cidades de pedra e desenvolveram uma escrita própria. Essa escrita se encontra nos diversos edifícios explorados. Os sacerdotes maias possuíam diversos livros escritos em finas folhas de madeiras cobertas com gesso. Quando os maias foram encontrados por colonizadores, um dos aspectos que ajudou a extinção daquela civilização foi o fato de viverem em lutas constantes. Nessa época os padres espanhóis descobriram que os índios possuíam livros e resolveram destruí-los para evitar a divulgação de sua cultura. O bispo de Yucatán, D. Diego de Landa, ordenou a apreensão e a queima de centenas de volumes de livros chamando isso de um auto-de-fé. Além disso, determinou que a utilização daquela "escrita demoníaca" seria punida com a morte. Esse mesmo bispo quando retornou à Espanha, escreveu um relatório intitulado Relacion de las Cosas de Yucatán, em 1566 para justificar sua ação repressiva. Informou que os livros continham descrições de cerimônias diabólicas e sacrifícios humanos. O relatório ficou esquecido até 1863 até que foi descoberto pelo sacerdote Charles Etienne Brassuer, que era interessado nas culturas pré Colombianas. Este permitiu saber o sistema utilizado pelos maias para a elaboração do calendário e seus numerais. Salvaram-se apenas 4 livros da destruição, 3 conhecidos há muito tempo e um que apareceu após a segunda guerra mundial. Os livros tratavam de

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João Fernandes da Silva Júnioridolatrias que envolviam sacrifícios entre outras práticas similares. Calendário maia O calendário maia era superior ao de todos os povos da Antiguidade. Compreendia um ano solar de 365 dias, um ano bissexto de 366 dias e um ano venusiano de 260 dias. Livros mais antigos eram os seguintes Códice Tró-Cortesiano (conservado na Espanha). Encontra-se dividido em duas partes. Na primeira, o Códice Troano, foi lido pelo abade de Bourbong. Ele acreditou ter conseguido desvendar a chave dos hieróglifos maias e a história da destruição de Atlântida, sendo que uma parte do povo teria conseguido escapar e formado a civilização maia. O manuscrito foi escrito por volta de séc., XII ou XIII e se tratava de astronomia e astrologia. Códice de Dresden e o Códice Peresiano Dentre as pessoas que leram as descrições do bispo, um norte-americano se interessou muito sobre a Atlântida e sobre as teorias do abade de Bourbong, Edward Thompson. Ele completou seus estudos e utilizou a influência da família para conseguir ser nomeado cônsul no bispado de Yucatán. Despertou interesse especial por Chichén-Itzá. Ela foi construída por volta de 415 e abandonada um século depois por razões desconhecidas e ocupada novamente por volta do ano 1000. Durante o Novo Império foram construídos edifícios dedicados a divindades oriundas da região dos toltecas e que exigiam constantes sacrifícios humanos.

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Edward Thompson explorou os edifícios em melhor estado de conservação. Construções Maias O chamado Caracol era um observatório astronômico com seteiras voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, a estrela Sírio e a Lua. Havia também o Castelo, que era uma pirâmide com 4 escadas centrais, cada uma com 90 degraus, e mais 5 degraus que levavam até o templo, o que somava 365 degraus. Isso demonstrava a preocupação com o calendário solar... Logo mais tarde Thompson entrou em descrédito para os arqueólogos, pois achava que a civilização maia e egípcia por serem tão parecidas eram descendentes de uma mesma civilização, a Atlântida e os arqueólogos tradicionalistas não aceitam posições que admitam a existência de Atlântida. O Poço dos Sacrifícios Mas Edward estava interessado mesmo em encontrar o poço citado no livro de D. Diogo de Landa. Chichen-Itzá possui 3 grandes poços naturais (cenotes) e outros menores. Após examina-los, decidiu se concentrar no da extremidade da cidade, por um motivo: para lá se dirigia uma estrada calçada que vinha desde a praça central da cidade. Sua circunferência é de 60 m e a profundidade de 25m. Durante vários dias só retirou madeiras podres e entulhos. No nono dia apareceram bastões resinosos que ele deixou secarem ao sol e depois os incendiou: eram incensos de aromas embriagadores. Mais adiante, encontrou facas de pedra, pontas de lanças,

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João Fernandes da Silva Júniortijolos de cerâmica e pedra, joias, adereços humanos e, por fim, ossos humanos. Os esqueletos eram de mulheres jovens, pois eles costumavam fazer oferendas de virgens. Apenas um esqueleto masculino foi encontrado junto aos das mulheres. Provavelmente era um sacerdote e tivesse sido jogado ou puxado por una das vítimas. As peças eram feitos com liga de 960 milésimos de ouro puro e alguns objetos oriundos de regiões distantes, o que fez ficar claro que eles tinham contato com as culturas ameríndias. Toda a história chegou aos ouvidos do governo e Thompson foi ameaçado de prisão. Com isso, teve de retornar ao seu país. Uma conspiração se formou para destruir os seus livros. Apenas um se encontra nas livrarias de antiguidades, o chamado People of the Serpent. Porém, os trabalhos que fez sobre a pirâmide-túmulo Chichen-Itzá, o sarcófago e o esqueleto estão desaparecidos. Edward Thompson morreu em 1935, maldito pela ciência e esquecido por todos. O que se sabe sobre os maias A história da civilização Maia tem início por volta de 5000 ac. Ocupavam um território ao sul do México, Guatemala e a norte de Belize. Praticavam agricultura e construíam grandes edifícios e pirâmides de pedra. O principal produto era o milho, porém, cultivavam também o feijão, a abóbora, vários tubérculos, o cacau, o mamão e o abacate. Trabalhavam o ouro e o cobre. Um dos aspectos que impede que se conheça mais profundamente a cultura maia antiga é o fato de

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eles possuírem uma escrita extremamente complexa, da qual só se conhece alguns hieróglifos. A grande maioria deles permanece e talvez permaneça indecifrável. Distinguem-se dois grandes períodos na civilização maia, chamada de antigo império e novo império. O antigo império teve seu centro no norte da Guatemala, mas se estendeu pelo sul do México e também por Honduras. O novo império ocupou a metade setentrional da península de Yucatán. Arquitetura maia A arquitetura maia era totalmente devotada ao culto; as cidades eram centros religiosos, o povo vivia em choças e casas de adobe. Os templos eram de forma retangular e construídos cobre pirâmides truncadas, acessíveis por escadas laterais. O admirável na arte maia é a combinação da arquitetura com a decoração em relevo de estuque e pedra-sabão. Organização social Cada cidade-estado era governada por um chefe (halch uinic), que era assistido por um conselho que incluía os principais chefes e sacerdotes. Dentre os chefes se destacavam o Batab, o civil, e o Nacom, o militar. A classe sacerdotal conhecida por Akhim se dividia em dois grupos. O primeiro velava o culto e o segundo se entregava as artes e ciências. O povo se empregava com a agricultura e com a construção das obras públicas. Os escravos eram os prisioneiros de

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João Fernandes da Silva Júniorguerra ou infratores do direito comum até pagar pelo seu crime. Cultura maiaO crescimento da cultura maia se revela principalmente no terreno intelectual, porém, devido à complexidade da sua escrita, só foram descobertos até agora os símbolos relativos ao tempo. Desenvolveram a aritmética de maneira que ela permitiu cálculos astronômicos de uma exatidão admirável. Conheciam o movimento do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros planetas. A numeração escrita era simbolizada por pontos e traços. Inventou o conceito de abstração matemática, o valor zero fazendo-o intervir nos seus cálculos e cronologias. O calendário se baseava no sistema análogo. O dia (Kin) era a unidade de tempo, acima da qual vinha o Uinal, correspondendo a um mês de 28 dias, o Tun equivalia ao ano. A cidadela de Machu Picchu, conhecida como "a cidade perdida dos Incas" e construída pelos povos indígenas Quíchuas, tornou-se o símbolo mais reconhecível da civilização Tawantinsuyu. Civilização é um complexo conceito da antropologia e história. Numa perspectiva evolucionista é o estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada basicamente pela sua fixação ao solo mediante construção de cidades, daí derivar do latim civita que designa cidade e civile (civil) o seu habitante. Observe-se que essa noção traduz os conceitos etnocêntricos do início da antropologia onde se contrapõe as sociedades complexas às primitivas. É

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nesse contexto que também aparece à sequência evolutiva selvajaria - barbárie - civilização, entendida por Gordon Childe [1] como os estágios evolutivos obrigatórios das sociedades antigas desde a passagem de um sistema social/econômico/tecnológico de caçadores-coletores ("selvageria") para agricultores e pastores ("barbárie") até a concentração em cidades e divisão social ("civilização"). É Gordon Childe que populariza os conceitos de revolução neolítica (ou revolução agrícola) e revolução urbana para marcar a passagem entre tais estágios evolutivos da humanidade. Para Darcy Ribeiro [2], a evolução sociocultural consiste no movimento histórico de mudança dos modos de ser e de viver dos grupos humanos, desencadeado pelo impacto de sucessivas revoluções tecnológicas (agrícola, industrial, etc.) sobre sociedades concretas, tendentes a conduzi-las à transição de uma etapa a outra, ou de uma a outra formação sociocultural. Observe-se, porém, como ressalva Matias [3] que tal conceito de evolução difere da perspectiva evolucionista nos estudos clássicos da antropologia, pois considera o movimento de evolução sociocultural como um processo complexo de civilização, marcado por mudanças e permanências, seja por aceleração evolutiva (ou estagnação cultural) devido à dinâmica da própria cultura, seja por atualização ou incorporação histórica devido a contatos interculturais. Para Darcy Ribeiro [4], progressos e

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João Fernandes da Silva Júniorregressões são dois mecanismos de configuração histórica que representam o avanço ou retrocesso dos aspectos produtivos, sociais e culturais de uma determinada sociedade em seu percurso evolutivo relativo a outras sociedades e não a um fim específico, que é a nossa sociedade, como os evolucionistas pressupõem.Num sentido mais amplo e comumente empregado, a civilização designa toda uma cultura de determinado povo e o acervo de seus característicos sociais, científicos, políticos, econômicos e artísticos próprios e distintos.A civilização é um processo social em si, inerente aos agrupamentos humanos que tendem sempre a evoluir com a variação das disponibilidades econômicas, principalmente alimentares e sua decorrente competição por estes com os agrupamentos vizinhos. Alguns historiadores têm defendido que o surgimento de grandes civilizações sempre depende do progressivo acúmulo de recursos naturais por um determinado grupo étnico e tem por detonador o acúmulo de poder bélico nas mãos de certos líderes e suas famílias. A hegemonia de tais grupos sobre outros acaba sempre influenciando culturalmente toda a região e o produto, invariavelmente, redunda em um novo estabelecimento de regras sociais, impressionantes construções e a produção de obras de arte numa etapa posterior. Para Norbert Elias [5], o conceito de civilização é uma apropriação de um “termo nativo” (utilizado na França e na Inglaterra, a partir do século XVI,

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principalmente) e implica não só em uma realidade específica, empiricamente observável, como também em uma abstração teórica, um modelo de interpretação da história e da sociedade, entendida como um processo e constituída a partir de uma rede de interdependência funcional. O processo civilizador, segundo ele, manifesta-se numa cadeia de lentas transformações dos padrões sociais de autorregularão e caminha "rumo a uma direção específica de forma não linear e evolutiva, mais de modo contínuo, com impulsos e contra impulsos alternados". A "Civilização" também pode se referir à cultura de uma sociedade complexa, e não apenas à sociedade em si. Toda sociedade civilização, ou não, tem um conjunto específico de ideias e costumes e um determinado conjunto de manufaturas e artes que a tornam única. As civilizações tendem a desenvolver culturas complexas, que incluem a literatura, a arte, arquitetura, uma religião organizada e costumes complexos associados à elite. A cultura complexa associada com a civilização tem uma tendência a se espalhar e influenciar outras culturas, às vezes, assimilando-as para dentro da civilização (um exemplo clássico foi o da civilização chinesa e sua influência sobre as civilizações próximas, tais como Coreia, Japão e Vietnã). Muitas civilizações são realmente grandes esferas culturais que englobam muitas nações e regiões. A civilização em que alguém vive é a mais ampla identidade cultural dessa pessoa.

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João Fernandes da Silva Júnior Muitos historiadores têm-se centrado nessas esferas culturais amplas e têm tratado as civilizações como unidades distintas. Um filósofo do início do século XX, Oswald Spengler, [6] usa a palavra alemã "Kultur", "cultura", para o que muitos chamam de uma "civilização". Spengler acredita que a coerência de uma civilização é baseada em um único símbolo primário cultural. As culturas experimentam ciclos de nascimento, vida, declínio e morte, muitas vezes suplantados por uma cultura nova poderosa, formada em torno de um novo símbolo cultural atraente. Spengler defende que a civilização é o início do declínio de uma cultura como, "... os estados mais exteriores e artificiais dos quais uma espécie de humanidade desenvolvida é capaz." [6]. Este conceito de "cultura unificada" da civilização também influenciou as teorias do historiador Arnold J. Toynbee em meados do século XX. Toynbee explorou os processos da civilização em seu livro Um Estudo da História, que traçou a ascensão e, na maioria dos casos, o declínio de 21 civilizações e cinco "civilizações presas". Civilizações em geral declinam e somem, de acordo com Toynbee, devido ao fracasso de uma "minoria criativa", através de um declínio moral ou religioso, para atender algum desafio importante, ao invés de meras causas econômicas ou ambientais. Samuel P. Huntington define civilização como "o maior agrupamento cultural de pessoas e o mais amplo nível de identidade cultural que distingue os seres humanos de outras espécies.”.

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O mapa das principais civilizações, segundo Huntington Para Samuel P. Huntington [7] a humanidade poderia ser dividida em oito civilizações, a saber: Civilização sínica ou chinesa; Civilização nipônica ou japonesa; Civilização hindu; Civilização islâmica, muçulmana ou árabe; Civilização ocidental; Civilização ortodoxa e Civilização subsaariana. No entanto, a perspectiva do choque de civilizações de Huntington tem sido criticada pelo seu caráter parcial, de verificação empírica e contrária ao multiculturalismo. Darcy Ribeiro, por sua vez, distingue as "Civilizações Regionais" (associadas às revoluções tecnológicas da metalurgia, regadio, pastoreio e escravismo) das "Civilizações Mundiais" (associadas ao mercantilismo, revolução industrial e capitalismo/socialismo). Podem ser desenvolvidos ainda critérios da periodicidade histórica e principalmente características de sua cultura material tecnológica. Têm sido chamadas civilizações antigas ou extintas aquelas da Antiguidade que em virtude de seus feitos, principalmente arquitetônicos e artísticos, passam a ser estudadas pelos historiadores e arqueólogos depois de seu desaparecimento. A história antiga da humanidade em grande parte se constitui um enigma, enigma esse devido à ignorância das pessoas que a escreveram e dataram certos eventos. Podemos perceber isto tendo em vista, por exemplo, o que dizem a respeito da esfinge, pois

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João Fernandes da Silva Júnioratualmente estudos provam que ela data de 12.000 a. C. a 10.500 a. C., enquanto que a história que divulgam datam-na de apenas de 4.000 a. C. Outra indagação que deve ser feita diz respeito à distribuição de pirâmides no mundo. Elas são encontradas não somente no Egito, mas também na China e na América Central, mostrando a interligação dessas culturas no passado. O que interliga todas essas civilizações antigas? A única resposta que melhor responde a essas perguntas, e outras a respeito do mundo antigo, é a existência da Atlântida. A primeira fonte de informação que chegou ao mundo moderno é sem dúvida os escritos de Platão. Foi ele quem primeiro falou da existência de uma ilha então submersa à qual foi dado o nome de Atlântida. Platão tomou conhecimento da Atlântida através de Sólon, que, por sua vez lhe foi referido pelos sacerdotes egípcios, num dos templos da cidade egípcia de Saís. Na verdade a Atlântida data de pelo menos 100.000 a. C., então constituindo não uma ilha e sim um imenso continente que se estendia desde a Groelândia até o Norte do Brasil. Sabe-se que os atlantes chegaram a conviver com os lemurianos, que viviam num continente no Oceano Pacifico aproximadamente onde hoje se situa o Continente Australiano. Naquele continente Atlante havia muitos terremotos e vulcões e foi isto a causa de duas das três destruições que acabaram por submergi-lo. A terceira destruição não foi determinada por causas naturais. Na primeira destruição, em torno de 50.000 a. C. várias ilhas que ficavam junto do continente atlante afundaram como

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também a parte norte do continente que ficava próximo à Groelândia, em decorrência da ação dos vulcões e terremotos. A segunda destruição, motivada pela mudança do eixo da Terra, ocorreu em torno de 28.000 a. C., quando grande parte do continente afundou, restando algumas ilhas, das quais uma que conectava o continente Atlante à América do Norte. E a terceira foi exatamente esta onde floresceu a civilização citada por Platão e que por fim foi extinta, em uma só noite, afundando-se no mar restando apenas às partes mais elevadas que hoje corresponde aos Açores descrita por Platão. Para se estudar bem a Atlântida deve-se considerar que esse nome diz respeito a três civilizações distintas, pois em cada uma das destruições os que restaram tiveram que recomeçar tudo do início. Atlântida 100.000 a. C. a 50.000 a. C. Sobre a Atlântida antes da primeira destruição (antes de 50.000 a. C.) pouco se sabe. Diz-se haver sido colonizada pelos lemurianos que haviam fugido do continente onde habitavam também sujeitos a cataclismos imensos, quando então se estabeleceram correntes migratórias fugitivas das destruições que ocorriam na Lemúria, algumas delas dirigiram-se para o Sul Atlântida. Estes primeiros Atlantes julgavam a si pelo caráter e não pelo que tinham e viviam em harmonia com a natureza. Pode-se dizer que 50% de suas vidas eram voltadas ao espiritual e os outros 50% para o lado

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João Fernandes da Silva Júniorprático, vida material. Possuíam grandes poderes mentais o que lhes conferia domínio da mente sobre o corpo. Eles faziam coisas impressionantes com os seus corpos. Assim viveram por muito tempo até que, em decorrência da proximidade do sul da Atlântida com o Continente Africano, várias tribos agressivas africanas dirigiram-se para a Atlântida forçando os lemurianos estabelecidos na Atlântida a se deslocarem cada vez mais para o norte do continente atlante. Com o transcorrer do tempo os genes dos dois grupos foram se misturando. Em 52.000 a. C. os Atlantes começaram a sofrer com ataques de animais ferozes, o que os fizeram aumentar seus conhecimentos em armas, motivando um avanço tecnológico na Atlântida. Novos métodos de agricultura foram implementados, a educação expandiu, e consequentemente bens materiais começaram a assumir um grande valor na vida das pessoas, que começaram a ficar cada vez mais materialistas e consequentemente os valores psíquicos e espirituais foram decaindo. Uma das consequências foi que a maioria dos atlantes foi perdendo a capacidade de clarividência e suas habilidades intuitivas por falta de treinamento e uso, a ponto de começarem a desacreditar na mencionadas habilidades.Edgar Cayce afirma que dois grupos diversos tiveram grande poder nessa época, um deles chamados de "Os Filhos de Belial". Estes trabalhavam pelo prazer, tinham grandes posses, mas eram espiritualmente imorais. Outro grupo chamado de "As Crianças da Lei

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Um", era constituído por pessoas que invocavam o amor e praticavam a reza e a meditação juntas, esperando promover o conhecimento divino. Eles se chamavam "As Crianças da Lei Um" porque acreditavam em Uma Religião, Um Estado, Uma Casa e Um Deus, ou melhor, que Tudo é Um. Logo após essa divisão da civilização atlante, foi que ocorreu a primeira destruição da Atlântida, ocasião em que grande número de imensos vulcões entrou em erupção. Então uma parte do povo foi para a África onde o clima era muito favorável e possuíam muitos animais que podiam servir como fonte de alimentação. Ali os descendentes dos atlantes viveram bem e se tornaram caçadores. A outra parte direcionou-se para a América do Sul onde se estabeleceu na região onde hoje é a Bacia Amazônica. Biologicamente os atlantes do grupo que foi para a América do Sul começaram a se degenerar por só se alimentarem de carne pensando que com isso iriam obter a força do animal, quando na verdade o que aconteceu foi uma progressiva perda das habilidades psíquicas. Assim viveram os descendentes atlantes até que encontraram um povo chamado Ohlm, remanescentes dos descendentes da Lemúria, que os acolheram e ensinaram-lhes novas técnicas de mineração e agricultura.As duas partes que fugiram da Atlântida floresceram muito mais do que aquela que permanecera no continente, pois em decorrência da tremenda destruição os remanescentes praticamente passaram a

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João Fernandes da Silva Júniorviver como animais vivendo nas montanhas durante 4.000 anos, após o que começaram a estabelecer uma nova civilização.

Atlântida 48.000 a. C. a 28.000 a. C. Os atlantes que estabeleceram uma nova civilização na Atlântida começaram de forma muito parecida com o inicio da colonização que os lemurianos fizeram na Atlântida. Eles se voltaram a trabalhar com a natureza e nisso passaram milhares de anos, mas com o avanço cientifico e tecnológico também começaram a ficar cada vez mais agressivos, materialistas e decadentes. Os tecnocratas viviam interessados em bens materiais e desrespeitando a religião. A mulher se tornou objeto do prazer; crimes e assassinatos prevaleciam, os sacerdotes e sacerdotisas praticavam o sacrifício humano. Os atlantes se tornaram uma civilização guerreira. Alguns artistas atlantes insatisfeitos fugiram para costa da Espanha e para o sudoeste da França, onde até hoje se veem algumas de suas artes esculpidas nas cavernas. Em 28.000 a. C. com a mudança do eixo da Terra, os vulcões novamente entraram em grande atividade acabando por acarretar o fim da segunda civilização atlante. Com isso novamente os atlantes fugiram para as Antilhas, Yucatã, e para a América do Sul. Atlântida 28.000 a. C. a 12.500 a. C. Esta foi a civilização atlante que foi descrita por Platão.

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Mais uma vez tudo se repetiu, os que ficaram recomeçaram tudo novamente, recriando as cidades que haviam sido destruídas, mas inicialmente não tentando cometer os mesmos erros da florescente civilização passada. Eles unificaram a ciência com o desenvolvimento espiritual a fim de haver um melhor controle sobre o desenvolvimento social. Começaram a trabalhar com as Forças da Natureza, tinham conhecimento das hoje chamadas linhas de Hartman e linhas Ley, que cruzam toda a Terra, algo que posteriormente veio a ser muito utilizado pelos celtas que construíram os menires e outras edificações em pedra. Vale salientar que eles acabaram por possuir um alto conhecimento sobre a ciência dos cristais, que usavam para múltiplos fins, mas basicamente como grandes potencializadores energéticos, e fonte de registro de informações, devido a grande potência que o cristal tem de gravar as coisas. Os Atlantes tinham grande conhecimento da engenharia genética, o que os levou a tentar criar “raças puras”, raças que não possuíssem nenhum defeito. Esse pensamento persistiu até o século XX a ser uma das bases do nazismo. Os Atlantes detinham grandes conhecimentos sobre as pirâmides, há quem diga que elas foram edificadas a partir desta civilização e que eram usadas como grandes condutores e receptores de energia sideral, o que, entre outros efeitos, fazia com que uma pessoa que se encontrasse dentro delas, especialmente a

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João Fernandes da Silva JúniorGrande Pirâmide, entrava em estado alterado de consciência quando então o sentido de espaço-tempo se alterava totalmente. É certo que os habitantes da Atlântida possuíam um certo desenvolvimento das faculdades psíquicas, entre as quais a telepatia, embora que muito aquém do nível atingido pelos habitantes da primeira civilização. Construíram aeroplanos, mas nada muito desenvolvido, algo que se assemelharia mais ao que é hoje é conhecido como “asa delta”. Isto tem sido confirmado através de gravuras em certos hieróglifos egípcios e maias. Também em certa fase do seu desenvolvimento os atlantes foram grandes conhecedores da energia lunar, tanto que faziam experiências muito precisas de conformidade com a fase da Lua. A par disto foram grandes conhecedores da astronomia em geral. Na verdade os atlantes detiveram grandes poderes, mas como o poder denigre o caráter daquele que não está devidamente preparado para possuí-lo, então a civilização começou a ruir. Eles começaram a separar o desenvolvimento espiritual do desenvolvimento científico. Sabedores da manipulação dos genes eles desenvolveram a engenharia genética especialmente visando criar raças puras. Isto ainda hoje se faz sentir em muitos povos através de sistemas de castas, de raça eleita ou de raça ariana pura. Em busca do aperfeiçoamento racial, como é da natureza humana o querer sempre mais os cientistas atlantes tentaram desenvolver certos sentidos humanos mediante genes de espécies animais detentoras de determinadas

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capacidades. Tentaram que a raça tivesse a acuidade visual da águia, e assim combinaram genes deste animal com genes humano; aprimorar o olfato através de genes de lobos, e assim por diante. Mas na verdade o que aconteceu foi o pior, aqueles experimentos não deram certo e ao invés de aperfeiçoarem seus sentidos acabaram criando bestas-feras, onde algumas são encontradas na mitologia grega e em outras mitologias e lendas. Ainda no campo da engenharia genética criaram algumas doenças que ainda hoje assolam a humanidade. A moral começou a ruir rapidamente e o materialismo começou a crescer. Começaram a guerrear. Entre estas foi citada uma que houve com a Grécia, da qual esta foi vitoriosa. Enganam-se os que pensam que a Grécia vem de 2.000 a. C. Ela é muito mais velha do que o Egito e isto foi afirmado a Sólon pelo sacerdote de Sais. Muitos atlantes partiram para onde hoje é a Grécia e com o uso a tecnologia que detinham se fizeram passar por deuses dando origem assim a mitologia grega, ou seja, constituindo-se nos deuses do Olimpo. Por último os atlantes começaram a fazer experimentos com displicência de forma totalmente irresponsável com cristais e como consequência acabaram canalizando uma força cósmica, que denominaram de "Vril", sob as quais não tiveram condições de controla-la, resultando disso a destruição final da Atlântida, que submergiu em uma noite. Para acreditar que um continente tenha submergido em

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João Fernandes da Silva Júnioruma noite não é muito fácil, mas temos que ver que a tecnologia deles eram muito mais avançadas do que a nossa, e que o poder do cristal é muito maior do que imaginamos, pois se formos vê os cristais estão em tudo com o avanço tecnológico, um computador é formado basicamente de cristais e o laser é feito a parti de cristais. Mas antes da catástrofe final os Sábios e Sacerdotes atlantes, juntamente com muitos seguidores, cientes do que adviria daquela ciência desenfreada e consequentemente que os dias daquela civilização estavam contados, partiram de lá, foram para vários pontos do mundo, mas principalmente para três regiões distintas: O nordeste da África onde deram origem a civilização egípcia; para América Central, onde deram origem a Civilização Maia; e para o noroeste da Europa, onde bem mais tarde na Bretanha deram origem à Civilização Celta. A corrente que deu origem a civilização egípcia inicialmente teve muito cuidado com a transmissão dos ensinamentos científicos a fim de evitar que a ciência fora de controle pudesse vir a reeditar a catástrofe anterior. Para o exercício desse controle eles criaram as “Escolas de Mistérios”, onde os ensinamentos eram velados, somente sendo transmitidos às pessoas que primeiramente passassem por rigorosos testes de fidelidade.

Os atlantes levaram com eles grandes conhecimentos sobre construção de pirâmides, e sobre a utilização prática de cristais, assim como conhecimentos

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elevados de outros ramos científicos, como matemática, geometria, etc. Pesquisas recentes datam a Esfinge de Gizé sendo de no mínimo 10.000 a. C. e não 4.000 a. C. como a egiptologia clássica afirma. Edgar Cayce afirmou que embaixo da esfinge existe uma sala na qual estão guardados documentos sobre a Atlântida, atualmente já encontraram uma porta que leva para uma sala que fica abaixo da esfinge, mas ainda não entraram nela. A Ordem Hermética afirma a existência não de uma sala, mas sim de doze. A corrente que deu origem a civilização maia, foi muito parecida com a corrente que deu origem a civilização egípcia. Quando os atlantes que migraram para a Península de Yucatã antes do afundamento final do continente, eles encontraram lá povos que tinham culturas parecidas com a deles, o que não é de admirar, pois na verdade lá foi um dos pontos para onde já haviam migrado atlantes fugitivos da segunda destruição. Também os integrantes da corrente que se direcionou para o Noroeste da Europa, e que deu origem mais tarde aos celtas, tiveram muito cuidado com a transmissão do conhecimento em geral. Em vez de optarem para o ensino controlado pelas “Escolas de Mistérios” como acontecera no Egito, eles optaram por crescer o mínimo possível tecnologicamente, mas dando ênfase especialmente os conhecimentos sobre as Forças da Natureza, sobre as energias telúricas, sobres os princípios que regem o desenvolvimento da produtividade da terra. Conheciam bem a ciência dos

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João Fernandes da Silva Júniorcristais, e da magia, mas devido ao medo de fazerem uso errado dessas ciências eles somente utilizavam-nos, mas no sentido do desenvolvimento da agricultura, da produtividade dos animais de criação, etc. Atualmente as pessoas veem a Atlântida como uma lenda fascinante, como algo que mesmo datando de longa data ainda assim continua prendendo tanto a atenção das pessoas. Indaga-se do porquê de tanto fascínio? Acontece que ao se analisar a história antiga da humanidade vê-se que há uma lacuna, um hiato, que falta uma peça que complete toda essa história. Muitos estudiosos tentam esconder a verdade com medo de ter que reescrever toda a história antiga, rever conceitos oficialmente aceitos. Mas eles não explicam como foram construídas as pirâmides, como existiram inúmeros artefatos e achados arqueológicos encontrados na Ásia, África e América e inter-relacionados. O como foram construídos as pirâmides e outros monumentos até hoje é um enigma. Os menires encontrados na Europa, as obras megalíticas existentes em vários pontos da terra, os desenhos e figuras representativas de aparelhos e até mesmo de técnicas avançadas de várias ciências, os autores oficiais não dão qualquer explicação plausível. Os historiadores não acreditam que um continente possa haver afundado em uma noite, mas eles esquecem que aquela civilização foi muito mais avançada que a nossa. Foram encontradas, na década de 60, ruínas de uma civilização no fundo do mar perto dos Açores, onde foram encontrados vestígios

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de colunas gregas e até mesmo um barco fenício. Atualmente foram encontradas ruínas de uma civilização que também afundou perto da China. As pessoas têm que se conscientizar de que em todas as civilizações em que a moral ruiu, ela começou a se extinguir, e atualmente vemos isso na nossa civilização, e o que é pior, na nossa civilização ela tem abrangência mundial, logo se ela rui, vai decair todo o mundo. Então o mais importante nessa história da Atlântida não é o acreditar que ela existiu e sim aprender a lição para nós não enveredemos pelo mesmo caminho, repetindo o que lá aconteceu.

VI – Lemúria

A

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João Fernandes da Silva Júnior

Para os leitores não familiarizados com o progresso alcançado recentemente pelos diligentes estudantes de ocultismo ligados à Sociedade Teosófica, o significado do relato aqui contido seria mal compreendido sem uma explanação preliminar.A civilização ocidental, em sua pesquisa histórica, sempre dependeu de algum tipo de registro escrito. Quando os dados literários são escassos, às vezes monumentos de pedra e restos fósseis têm sido encontrados, fornecendo-nos algumas evidências confiáveis, ainda que inarticuladas, a respeito da antiguidade da raça humana; mas a cultura moderna perdeu de vista ou tem negligenciado possibilidades relacionadas com a investigação de eventos passados

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que independem das evidências falíveis que nos foram transmitidas pelos antigos escritores. Sendo assim, atualmente, a humanidade em geral é tão pouco sensível aos recursos da capacidade humana que, até agora, para a maioria das pessoas, a própria existência, mesmo enquanto potencialidade de poderes psíquicos, que alguns de nós exercem conscientemente o dia todo, é desdenhosamente negada e ridicularizada. A situação é lamentavelmente ridícula do ponto de vista daqueles que apreciam as probabilidades da evolução, pois, desse modo, a humanidade mantém-se obstinadamente distante de um conhecimento que é essencial para seu próprio progresso ulterior. O desenvolvimento máximo de que é suscetível o intelecto humano, enquanto ele próprio negar todos os recursos da sua consciência espiritual mais elevada, nunca poderá ser mais do que um processo preparatório, comparado com aquele que poderá atingir quando as faculdades forem suficientemente ampliadas para entrar em contato consciente com os planos ou aspectos suprafísicos da Natureza.Para qualquer pessoa que tenha paciência para estudar os resultados divulgados pela investigação psíquica durante os últimos cinquenta anos, a realidade da clarividência como fenômeno ocasional da inteligência humana deve estabelecer-se numa base sólida. Para estes que, mesmo sem serem ocultistas - isto é, estudantes dos aspectos mais sublimes da Natureza, em posição de obter melhor ensino do que

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João Fernandes da Silva Júnioralguns livros podem oferecer -, somente se utilizam de dados registrados, uma declaração da parte de outros acerca da incredulidade na possibilidade da clarividência estará no mesmo nível da notória incredulidade africana em relação ao gelo. Mas as experiências de clarividência, que se acumularam nas mãos dos que a estudam em conexão com o mesmerismo, nada mais fazem senão provar a existência, na natureza humana, da capacidade de conhecer fenômenos físicos distantes no espaço ou no tempo, de um modo que nada tem que ver com os sentidos físicos. Os que têm estudado os mistérios da clarividência em conexão com o ensinamento teosófico são capazes de perceber que os recursos básicos dessa faculdade colocam-se além de suas mais humildes manifestações, abordadas pelos pesquisadores mais simples, tal como os recursos dos grandes matemáticos superam os do ábaco. Há, de fato, muitas espécies de clarividência, as quais, sem exceção, assumem facilmente seus lugares quando apreciamos a maneira como a consciência humana atua nos diferentes planos da Natureza. A faculdade de ler as páginas de um livro fechado, de discernir objetos com os olhos vendados ou objetos que estão distantes do observador é uma faculdade completamente diferente daquela empregada no conhecimento de eventos passados.A respeito deste último, fazem-se necessárias aqui algumas palavras a título de esclarecimento, a fim de que o verdadeiro caráter do presente tratado sobre a Atlântida possa ser compreendido.

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Contudo, aludo às outras formas simplesmente para que esta necessária explicação não corra o risco de ser interpretada como uma teoria completa da clarividência, em todas as suas variedades.Podemos ter uma melhor compreensão da clarividência relacionada com eventos passados considerando, em primeiro lugar, os fenômenos da memória. A teoria da memória que a relaciona com uma imaginária reorganização de moléculas físicas de matéria cerebral, que prossegue a cada instante de nossas vidas, não se apresenta como plausível a ninguém que possa ascender um degrau acima do nível de pensamento do inflexível materialista ateu. A todos os que aceitam, mesmo como uma hipótese razoável, a ideia de que o homem é algo mais do que uma carcaça em estado de animação, deve ser razoável a hipótese de que a memória tem que ver com aquele princípio suprafísico no homem. Em suma, sua memória é uma função, não do plano físico, mas de algum outro plano. As imagens da memória imprimem-se, sem dúvida, em algum agente não-físico e são acessíveis, em circunstâncias comuns, ao pensador incorporado, graças a algum esforço que este faça, embora tão inconsciente de seu caráter preciso quanto o é acerca do impulso cerebral que aciona os músculos do seu coração. Os eventos com os quais ele teve relação no passado estão fotografados pela Natureza em alguma página imperecível, de substância suprafísica, e, através de um esforço interior apropriado, ele é capaz de trazê-

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João Fernandes da Silva Júniorlos de volta, quando deles necessita, para dentro do campo de algum sentido interior, o qual reflete sua percepção no cérebro físico. Nem todos somos capazes de fazer esse esforço igualmente bem, tanto que a memória às vezes é obscura mas, mesmo na experiência da pesquisa mesmeriana, a ocasional superexcitação da memória sob a ação do mesmerismo é um fato conhecido. As circunstâncias demonstram claramente que o registro da Natureza é acessível, caso saibamos como recuperá-lo, mesmo quando nossa capacidade de empreender um esforço para essa recuperação estiver, de algum modo, aperfeiçoada, sem que tenhamos um conhecimento aperfeiçoado do método empregado. E, a partir dessa reflexão, podemos chegar, através de uma simples transição, à ideia de que os registros da Natureza não são, de fato, coleções isoladas de propriedade individual, mas constituem a memória universal da própria Natureza, sobre a qual diferentes pessoas estão em condições de traçar esboços, de acordo com suas respectivas capacidades.Não estou afirmando que esta conclusão seja uma consequência lógica, necessária, dessa reflexão. Os Ocultistas reconhecem-na como uma realidade, mas o meu propósito atual é mostrar ao leitor não-Ocultista o modo como o Ocultista talentoso chega aos seus resultados, sem pretender resumir todos os estágios do seu progresso mental nesta breve explanação. A literatura Teosófica deve ser consultada detalhadamente por aqueles que procuram uma elucidação mais ampla das perspectivas magníficas e

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das demonstrações práticas de seu ensino em muitas direções que, no decorrer do desenvolvimento Teosófico, têm sido expostas ao mundo para benefício de todos os que são aptos a delas tirar proveito.A memória da Natureza é de fato uma unidade estupenda, assim como, num outro sentido, toda a Humanidade poderá constituir uma unidade espiritual, se ascendermos a um plano suficientemente elevado da Natureza, em busca da esplêndida convergência onde se alcança a unidade sem a perda da individualidade. No entanto, para a Humanidade comum representada no momento pela maioria, no primitivo estágio de sua evolução, as capacidades espirituais interiores, que se estendem além daquelas das quais o cérebro é um instrumento de expressão, encontram-se ainda muito pouco desenvolvidas para habilitá-la a entrar em contato com quaisquer outros registros nos vastos arquivos da memória da Natureza, exceto aqueles com os quais tiveram contato individual no ato de sua criação. O cego esforço interior que essas pessoas são capazes de fazer, não evocará, via de regra, quaisquer outros. Contudo, temos conhecimento, ha vida ordinária, de esforços que são um pouco mais eficazes. A "Transmissão de Pensamento" é um exemplo modesto. Nesse caso, as "impressões na mente" de uma pessoa, as imagens da memória da Natureza com as quais ela está em conexão normal, são captadas por outra que, em condições favoráveis, embora inconsciente do método utilizado, tem o poder de atingir a memória da

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João Fernandes da Silva JúniorNatureza um pouco além do âmbito com o qual ela própria está em conexão normal. Embora superficialmente, essa pessoa começou a exercitar a faculdade da clarividência astral. Este termo pode ser usado convenientemente para denotar a espécie de clarividência que ora me empenho em elucidar; a espécie que, em alguns de seus mais magníficos desenvolvimentos, foi empregada para levar a cabo as investigações que serviram de fundamento à compilação deste relato acerca da Atlântida.Na verdade, não há limite para os recursos da clarividência astral nas investigações concernentes à história do passado da Terra, quer estejamos interessados nos eventos que sobrevieram à raça humana em épocas pré-históricas, quer no desenvolvimento do próprio planeta ao longo dos períodos geológicos que antecederam o advento do homem, ou mesmo nos eventos mais recentes, cujos relatos em voga têm sido distorcidos por historiadores negligentes ou perversos. A memória da Natureza é totalmente exata e precisa. Tempo virá, tão certamente quanto a precessão dos equinócios, em que o método literário da pesquisa histórica será posto de lado como obsoleto em relação a toda obra original. As pessoas entre nós que são capazes de exercitar a clarividência astral com plena perfeição - mas que ainda não foram chamadas às funções mais elevadas, vinculadas ao fomento do progresso humano, a respeito do qual as pessoas comuns, nos dias atuais, sabem ainda menos do que um camponês hindu sabe acerca de uma reunião ministerial - são ainda muito poucas. Aqueles

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que estão a par do que essas poucas pessoas podem fazer e a que processos de treinamento e autodisciplina elas têm se submetido na busca de ideais interiores, dentre os quais a obtenção da clarividência astral é apenas uma circunstância individual, são muitos, mas ainda uma pequena minoria, se comparados com o mundo culto moderno. Mas com o passar do tempo, e dentro de um futuro mensurável, alguns de nós têm razão para acreditar que o número dos que são capazes de exercer a clarividência astral aumentará bastante para ampliar o círculo dos que estão conscientes de suas capacidades, até que este venha a abranger, daqui a umas poucas gerações, toda a inteligência e cultura da humanidade civilizada. Entrementes, este volume é o primeiro a se evidenciar enquanto ensaio pioneiro do novo método de pesquisa histórica. É divertido, para todos os que se preocupam com ele, pensar em como, inevitavelmente, será confundido - embora por um curto espaço de tempo e pelos leitores materialistas, incapazes de aceitar a franca explicação aqui fornecida a respeito do princípio sobre o qual ele foi elaborado – com um produto da imaginação.Para benefício dos que são capazes de ser mais intuitivos, talvez fosse bom dizer uma palavra ou duas que possam impedi-los de supor que a pesquisa histórica feita por meio da clarividência astral é um processo que não envolve problemas e nem se depara com obstáculos, pelo fato de lidar com períodos centenas de milhares de anos distantes do nosso. Cada

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João Fernandes da Silva Júniorfato relatado neste volume foi obtido pouco a pouco, com muito cuidado, no curso de uma investigação na qual mais de uma pessoa qualificada vem se empenhando, nos intervalos de outras atividades, há alguns anos. E para favorecer o sucesso de seu trabalho, foi-lhes permitido o acesso a alguns mapas e a outros registros que foram preservados dos remotos períodos em questão - aliás, em custódia mais segura do que a daquelas turbulentas raças que, nos breves intervalos de lazer entre guerras, ocupava-se, na Europa, com o desenvolvimento da civilização, duramente perseguida pelo fanatismo que, por tanto tempo durante a Idade Média, considerou sacrílega a ciência.A tarefa tem sido árdua, mas, de qualquer modo, o esforço será reconhecido como amplamente compensador por todos os que forem capazes de reconhecer o quanto uma compreensão apropriada de épocas antigas, tal como a época da Atlântida, faz-se necessária para uma compreensão adequada do mundo atual. Sem este conhecimento, todas as especulações concernentes à etnologia são fúteis e enganosas. Sem a chave fornecida pelo caráter da civilização atlante e pela configuração da Terra nos períodos atlantes, o processo de desenvolvimento da raça humana é caótico e confuso. Os geólogos sabem que as superfícies da terra e dos oceanos devem ter mudado repetidamente de lugar durante o período em que, como é sabido pela localização de vestígios humanos em vários estratos, as terras eram habitadas. E, contudo, por falta de um conhecimento preciso

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sobre as datas em que essas mudanças ocorreram, eles rejeitam toda a teoria de seu pensamento prático e, à exceção de certas hipóteses postuladas pelos naturalistas que se dedicam ao Hemisfério Sul, geralmente se empenham em conciliar a migração das raças com a configuração atual da Terra.Desse modo, o absurdo se instala em todo o retrospecto; e a sinopse etnológica permanece tão vaga e obscura que não consegue substituir as concepções incipientes a respeito do início da Humanidade, as quais ainda dominam o pensamento religioso e retardam o progresso espiritual da nossa era. A decadência e o desaparecimento final da civilização atlante são, respectivamente, tão instrutivos quanto sua ascensão e glória; creio assim ter atingido o principal propósito para o qual fui solicitado: apresentar esta obra para o mundo, através de breve explanação introdutória; e se o seu conteúdo for insuficiente para fornecer uma compreensão de sua importância aos leitores a quem ora me dirijo, esse efeito dificilmente seria atingido através de ulteriores recomendações minhas.A. P. SINNETT 1896A HISTÓRIA DA ATLÂNTIDAUm Esboço Geográfico, Histórico e EtnológicoA amplitude do assunto que se nos apresenta será mais bem compreendida considerando-se a quantidade de informações que podem ser obtidas a respeito das várias nações que constituem nossa grande quinta raça ou raça ariana.

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João Fernandes da Silva JúniorDesde a época dos gregos e dos romanos tem-se escrito continuas obras* sobre os povos que, sucessivamente, ocuparam o palco da História. As instituições políticas, as crenças religiosas, os hábitos e costumes domésticos e sociais, tudo tem sido analisado e catalogado em inúmeras obras que, em muitas línguas, registram, para nosso benefício, a marcha do progresso.Além do mais, é preciso lembrar que, da história dessa quinta raça, possuímos apenas um fragmento - o registro dos últimos descendentes da sub-raça céltica e das primeiras linhagens do nosso tronco teutônico.Porém, as centenas de milhares de anos que decorreram desde a época em que os primeiros arianos deixaram sua terra natal, nas costas do mar asiático central, até a época dos gregos e dos romanos testemunharam a ascensão e queda de inúmeras civilizações. Da primeira sub-raça da nossa raça ariana, que habitou a índia e colonizou o Egito em épocas pré-históricas, não sabemos praticamente nada, e o mesmo pode-se dizer dos povos caldeu, babilônico e assírio, que constituíram a segunda sub-raça - pois os fragmentos à nossa disposição, obtidos a partir de hieróglifos ou de inscrições cuneiformes, encontrados em tumbas egípcias e em placas babilônicas, decifrados recentemente, por certo não podem ser considerados como formadores da História. Os persas, que pertenceram à terceira sub-raça ou sub-raça iraniana, deixaram, é verdade, alguns poucos traços mais, mas das civilizações mais primitivas da quarta sub-raça, ou sub-raça céltica, não temos

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absolutamente nenhum registro. Somente com o surgimento dos últimos ramos deste tronco céltico, a saber, os povos grego e romano, é que chegamos aos períodos históricos.A um período em branco do passado soma-se também um do futuro, pois das sete sub-raças necessárias para completar a história de uma grande raça-raiz, somente cinco, até agora, chegaram a existir. A nossa própria quinta sub-raça, ou sub-raça teutônica, já se desdobrou em muitas nações, mas ainda não completou seu curso, enquanto as sexta e sétima sub-raças, que se desenvolverão nos continentes da América do Norte e do Sul, terão milhares de anos de história a dar ao mundo.Sintetizar, em poucas páginas, informações a respeito do progresso do mundo durante um período que, no mínimo, deve ter sido tão extenso quanto o acima referido é, por esse motivo, uma tentativa que, necessariamente, não pode ultrapassar os limites de um ligeiro esboço.Um registro do progresso da Humanidade durante o período da quarta raça ou raça atlante deve abarcar a história de muitas nações, bem como registrar a ascensão e queda de muitas civilizações.Além disso, durante o desenvolvimento da quarta raça, em mais de uma ocasião ocorreram catástrofes, numa escala que ainda não foi experimentada durante a existência da nossa atual quinta raça. A destruição da Atlântida foi motivada por uma série de catástrofes das mais variadas espécies, desde grandes

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João Fernandes da Silva Júniorcataclismos, onde territórios e populações inteiras pereceram, até os comparativamente insignificantes deslizamentos de terra, tais como os que ocorrem hoje em dia em nossas costas. Uma vez iniciada a destruição, pela primeira grande catástrofe, não houve mais intervalos entre os deslizamentos menores que, lenta, porém incessantemente, continuaram a destruir o continente. Quatro grandes catástrofes sobressaem, em magnitude, a todas as outras. A primeira ocorreu durante o mioceno, cerca de 800.000 anos atrás. A segunda, de menor consequência, ocorreu há, aproximadamente, 200.000 anos. A terceira, há cerca de 80.000 anos, foi a mais descomunal e destruiu tudo o que restava do continente atlante, com exceção da ilha à qual Platão deu o nome de Posseidon e que, por sua vez, submergiu na quarta e última grande catástrofe, no ano de 9564 a. C.As declarações dos mais antigos escritores e da pesquisa científica moderna igualmente confirmam a existência de um antigo continente, ocupando o local da Atlântida desaparecida.Antes de passar ao exame do assunto em si, convém analisar rapidamente as fontes em geral reconhecidas por fornecerem dados corroborativos. Elas podem ser agrupadas nas cinco categorias seguintes:Primeira, as provas das sondagens do fundo do mar. Segunda, a distribuição da fauna e da flora.Terceira, a similaridade de língua e do tipo etnológico. Quarta, a similaridade de crença, ritual e.

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Arquitetura religiosa. Quinta, os depoimentos dos antigos escritores, as tradições de raças primitivas e as antigas lendas a respeito do dilúvio.Portanto, em primeiro lugar, temos as provas das sondagens do fundo do mar, que podem ser resumidas em poucas palavras. Graças principalmente às expedições das canhoneiras britânica e americana, a Challenger e a Dolphin (embora a Alemanha também tenha participado desta exploração científica), o fundo do Oceano Atlântico está agora totalmente mapeado, tendo-se constatado a existência de uma imensa cordilheira de grande altitude no médio Atlântico. Esta cordilheira estende-se para o sudoeste, mais ou menos a partir de 50°, latitude norte, em direção à costa da América do Sul; em seguida, para o sudeste, em direção à costa da África, mudando outra vez de direção, perto da ilha da Ascensão, seguindo então diretamente para o sul, rumo a Tristão da Cunha. A cordilheira ergue-se, de forma quase perpendicular, cerca de 2 m acima das profundezas do oceano, enquanto Açores, São Paulo, Ascensão e Tristão da Cunha formam os picos dessa terra que ainda continuam acima das águas. Para sondar as mais profundas regiões do Atlântico, foi necessário um prumo de 3.500 braças, ou seja, 6.400 m, mas as partes mais altas da cordilheira estão apenas a uns 200 m, ou pouco mais, abaixo da superfície.As sondagens também demonstraram que a cordilheira está coberta de detritos vulcânicos, cujos vestígios foram encontrados de um lado a outro do

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João Fernandes da Silva Júnioroceano, até as costas americanas. Na verdade, o fato de que o fundo do oceano, particularmente perto dos Açores, foi palco de distúrbios vulcânicos numa escala gigantesca, e isso dentro de um período perfeitamente mensurável da era geológica, está conclusivamente provado pelas investigações realizadas durante as expedições acima citadas.O s.r. Tareie Gardner é da opinião que, durante o eoceno, as ilhas Britânicas faziam parte de uma imensa ilha ou continente, que se estendia na direção do Atlântico, e "que uma grande extensão de terra existiu outrora onde hoje existe o mar, e que a Cornualha, as ilhas Scilly e Anglo-Normanda, a Irlanda e a Bretanha formam o que restou de seus cumes mais altos"(Pop. Sc. Review, julho de 1878).Segunda. - A comprovada existência, em continentes separados por vastos oceanos, de espécies idênticas ou similares de fauna e flora constitui o constante enigma dos biólogos e botânicos.Contudo, se existiu no passado uma ligação entre esses continentes, permitindo a natural migração desses animais e plantas, o enigma está decifrado. Atualmente, os fósseis de camelos são encontrados na índia, África, América do Sul e Kansas; no entanto, uma das hipóteses dos naturalistas, geralmente aceita, é a de que todas as espécies de animais e plantas originaram-se em apenas uma parte do globo e, deste centro, gradualmente invadiram as outras regiões. Sendo assim, como explicar a ocorrência desses fósseis, sem a existência de uma passagem por terra

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em alguma época remota? As descobertas nas camadas fósseis do Nebraska parecem também provar que o cavalo originou-se no hemisfério ocidental, pois essa é a única parte do mundo onde se tem descoberto fósseis demonstrativos das várias formas intermediárias, identificada como precursoras do cavalo atual. Portanto, seria difícil explicar a presença do cavalo na Europa, exceto pela hipótese da existência de uma passagem por terra entre os dois continentes, já que não resta dúvida quanto à presença do cavalo, em estado selvagem, na Europa e na Ásia, antes de sua domesticação pelo homem, a qual poderia remontar praticamente à Idade da Pedra.O gado e o carneiro, como agora sabemos, possuem ancestrais igualmente remotos. Darwin descobre gado domesticado na Europa, pertencente a mais remota era da Idade da Pedra, e que, num período muito anterior, teria evoluído de formas selvagens, semelhantes ao búfalo da América. Fósseis do leão descobertos nas cavernas da Europa também foram encontrados na América do Norte.Passando agora do reino animal ao vegetal, parece que a maior parte da flora europeia, da época miocena - encontrada, principalmente, nas camadas fósseis da Suíça -, existe até hoje na América e, algumas espécies, na África. Contudo, deve-se ressaltar que, enquanto a maior incidência dessas espécies ocorra no leste americano, muitas delas não são encontradas na costa do Pacífico. Isso parece demonstrar que essas espécies penetraram no continente americano pelo

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João Fernandes da Silva Júniorlado do Atlântico. O professor Asa Gray afirma que dos 66 gêneros e das 155 espécies existentes na floresta a leste das Montanhas Rochosas, somente 31 gêneros e 78 espécies são encontradas a oeste dessas elevações.Todavia, o maior de todos os problemas é a bananeira. O professor Kuntze, eminente botânico alemão, pergunta: "De que maneira esta planta" (nativa da Ásia tropical e da África), "que não poderia resistir a uma viagem através da zona temperada, foi transportada para a América?"Como ele assinala a planta não tem sementes, não pode ser propagada através de e tampouco possui um tubérculo que pudesse ser transportado facilmente. Sua raiz é semelhante a uma árvore. Para transportá-la, seria necessário um cuidado especial, e ela não resistiria a uma viagem longa. A única maneira pela qual ele pode explicar o aparecimento desta planta na América é supondo que ela deve ter sido transportada pelo homem civilizado, numa época em que as regiões polares possuíam um clima tropical! Ele acrescenta: "Uma planta cultivada que não possui sementes deve ter sido submetida a um processo de cultivo durante um período muito longo... talvez seja correio inferir que essas plantas foram cultivadas já no início do período diluviano." Por que - pode-se perguntar - esta inferência não nos deveria remeter a tempos ainda mais remotos, e quando existia a necessária civilização para o cultivo da planta, ou condições climáticas e materiais para o seu transporte, a menos

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que houvesse, em alguma época, uma ligação entre o Velho Mundo e o Novo?O professor Wallace, em sua deleitável obra Island Life, assim como outros autores, em obras muito importantes, formulou engenhosas hipóteses para explicar a identidade da flora e da fauna em terras bastante distantes entre si, e para o seu transporte através do oceano, mas nenhuma é convincente e todas apresentam diversas lacunas.Sabe-se muito bem que o trigo, tal como o conhecemos, nunca existiu num estado verdadeiramente selvagem, e não há nenhuma evidência de que tenha se originado de espécies fósseis. Cinco variedades de trigo já foram cultivadas na Europa, na Idade da Pedra - uma delas, descoberta nos "povoados lacustres", conhecida como trigo egípcio, fez Darwin argumentar que os lacustres "ou ainda mantinham relações comerciais com algum povo do sul, ou tinham originalmente vindos do sul como colonos". Ele conclui que o trigo, a cevada, a aveia, etc. são provenientes de várias espécies hoje extintas, ou de tal modo alteradas que escapam à identificação; neste caso, afirma ele: "O homem deve ter cultivado cereais desde um período consideravelmente remoto." Tanto as regiões em que essas espécies extintas floresceram como a civilização que as cultivou por meio de inteligente seleção, foram ambas supridas pelo continente perdido, cujos colonizadores transportavam-nas para o leste e para o oeste.

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João Fernandes da Silva JúniorTerceira. - Da flora e da fauna, voltamo-nos agora para o homem:Língua. - O idioma basco mantém-se isolado entre as línguas europeias, não tendo afinidade com nenhuma delas. De acordo com Farrar, "nunca houve alguma dúvida de que esta língua diferente, preservando sua identidade num recanto ocidental da Europa, entre dois poderosos reinos, assemelha-se, em sua estrutura, às línguas aborígines do vasto continente oposto (América), e apenas a estas" (Families of Speech, p. 132).Ao que parece, os fenícios foram o primeiro povo do hemisfério oriental a usar o alfabeto fonético, sendo seus caracteres considerados simples sinais para os sons. É um fato curioso que, em data igualmente remota, encontremos um alfabeto fonético na América Central, entre os maias do Yucatán, cujas tradições atribuem a origem de sua civilização a uma terra situada do outro lado do mar, para leste. Lê Plongeon, a maior autoridade neste assunto, escreve: "Um terço desta língua (o maia) é puro grego. Quem levou o dialeto de Homero para a América? Ou quem levou para a Grécia o dos maias? O grego descende do sânscrito. O maia também? Ou seriam eles contemporâneos?” Mais surpreendente ainda é encontrar treze letras do alfabeto maia apresentando uma nítida relação com os sinais hieroglíficos egípcios, referentes às mesmas letras. E provável que a forma mais primitiva do alfabeto fosse hieroglífica, "a escrita dos deuses", como os egípcios a chamavam, que, mais tarde, na Atlântida, desenvolveu-se em

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fonética. Seria natural admitir que os egípcios foram uma antiga colônia da Atlântida (como realmente foram) e que levaram consigo o tipo primitivo de escrita, que assim deixou seus traços em ambos os hemisférios, ao passo que os fenícios, que eram navegadores, obtiveram e assimilaram a forma posterior do alfabeto durante suas viagens comerciais aos povos do oeste.Há mais um detalhe que deve ser mencionado, a saber, a extraordinária semelhança entre muitas palavras da língua hebraica e palavras, que mantêm exatamente o mesmo significado, do idioma dos Chiapenecs - um ramo da raça maia, entre os mais antigos da América Central. A lista dessas palavras encontra-se em North Americans of Antiquity, p. 475.A similaridade de língua entre os diversos povos selvagens das ilhas do Pacífico foi utilizada como argumento por escritores que tratam desta matéria. A existência de línguas semelhantes entre raças separadas por léguas de oceano, que, no período histórico, não possuíam nenhum meio de transporte para atravessá-las, é certamente um argumento a favor da descendência de uma única raça, que ocupava um único continente. Contudo, este argumento não pode ser utilizado aqui, pois o continente em questão não era a Atlântida, mas a ainda mais remota Lemúria.Tipos Etnológicos. - Dizem que a Atlântida, como veremos, foi habitada pelas raças vermelha, amarela, branca e negra. Está agora provado, pelas pesquisas de Lê Plongeon, de De Quatrefages, de Bancroft e

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João Fernandes da Silva Júnioroutros, que populações negras do tipo negroide existiram, até mesmo em épocas recentes, na América. Muitos dos monumentos da América Central são decorados com rostos negros, e alguns dos ídolos encontrados destinaram-se, nitidamente, a representar negros, com crânios pequenos, cabelos curtos e crespos e lábios grossos. O Popul Vuh, discorrendo sobre a primeira pátria do povo guatemalteco, diz que "homens negros e brancos" viviam juntos nessa terra feliz, "em grande paz", falando "uma só língua". (Ver Bancroft, Native Roces, p. 547.) O Popul Vuh prossegue, relatando como o povo emigrou de sua pátria ancestral, como sua língua se alterou e como alguns se dirigiram para o leste, enquanto outros viajaram para o oeste (para a América Central).O professor Retzius, em seu Smithsonian Report, considera que os primitivos dolicocéfalos da América são quase parentes dos guanchos das ilhas Canárias e dos habitantes do litoral atlântico da África, aos quais Latham chama de atlantida e-egípcios. O mesmo formato de crânio é encontrado nas ilhas Canárias, distantes da costa africana, e nas Pequenas Antilhas, afastadas da costa americana, embora, em ambas, a cor da pele seja pardo-avermelhada.Os antigos egípcios descreviam a si mesmos como homens vermelhos, com um aspecto muito semelhante ao encontrado atualmente entre algumas tribos de índios americanos.

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"Os antigos peruanos", diz Short, "pelos numerosos exemplares de cabelos encontrados em suas tumbas, parecem ter sido uma raça ruiva."Um fato notável a respeito dos índios americanos, que constitui um enigma constante para os etnólogos, é a grande variação de cor e de compleição verificada entre eles. Da cor branca das tribos Me-nominee, Dacota, Mandan e Zuni, muitas das quais possuem cabelos ruivos e olhos azuis, até quase a negrura da raça negra dos Karos do Kansas e das já extintas tribos da Califórnia, as raças índias passam por todas as variações de vermelho-acastanhado, cobre, verde-oliva, canela e bronze. (Ver Short, North Amerícans of Antiquity, Win-chell, Pre-Adamites e, Catlin, Indians of North America', ver também Atlantis, de Ignatius Donnelly, que coletou grande número de dados sobre este e outros assuntos.) Veremos dentro em pouco como a diversidade de compleição no continente americano é explicada pelos originais matizes da raça da Atlântida, o continente materno.Quarta. - No México e no Peru, nada parece ter surpreendido mais os primeiros aventureiros espanhóis do que a extraordinária similaridade entre as crenças religiosas, os rituais e os emblemas, estabelecidos no Novo Mundo, e aqueles do Velho Mundo. Os padres espanhóis viam essa similaridade como uma obra do demônio. O culto da cruz pelos nativos, bem como sua presença constante em todas as edificações e cerimônias religiosas, era a causa principal do seu assombro; na verdade, em parte

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João Fernandes da Silva Júnioralguma - nem mesmo na índia e no Egito - este símbolo era motivo de tanta veneração do que entre as tribos primitivas dos continentes americanos, embora o significado básico de seu culto fosse idêntico. No Ocidente, como no Oriente, a cruz era o símbolo da vida - às vezes, da vida física, mais amiúde, da vida eterna.Do mesmo modo, em ambos os hemisférios os cultos do disco ou círculo solar e da serpente eram universais. Mais surpreendente ainda é a similaridade do significado da palavra "Deus" nas principais línguas do Oriente e do Ocidente. Compare o sânscrito "Dy-aus" ou "Dyauspitar", o grego "Theos" e Zeus, o latino "Deus" e Júpiter, o celta "Dia" e "Ta", pronunciado "Thyah" (aparentando afinidade com o egípcio Tau), o hebraico "Jah" ou "Yah" e, por fim, o mexicano "Teo" ou "Zeo".Os rituais de batismo foram praticados por todas as nações. Na Babilônia e no Egito, os candidatos à iniciação nos Mistérios eram, antes de tudo, balizados. Tertuliano, em seu De Baptismo, afirma que, aos balizados era prometido "a regeneração e o perdão de todos os perjúrios". As nações escandinavas praticavam o batismo de crianças recém-nascidas; e se nos voltarmos para o México e o Peru, encontraremos o batismo de crianças como um cerimonial solene, consistindo de aspersão de água, do sinal da cruz e de orações para que o pecado fosse levado (lavado) pela água (ver Humboldt, Mexican Researches, e Prescott, México).

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Além do batismo, as tribos do México, da América Central e do Peru assemelhavam-se às nações do Velho Mundo em seus rituais de confissão, absolvição, jejum e casamento, realizados por sacerdotes através da união das mãos. Elas praticavam até mesmo uma cerimônia semelhante à Eucaristia, na qual comiam bolos com a marca do Tau (uma forma egípcia de cruz). O povo chamava esses bolos de carne de seu Deus, o que os assemelha aos bolos sagrados do Egito e de outras nações orientais. Do mesmo modo que essas nações, os povos do Novo Mundo também possuíam ordens monásticas, masculinas e femininas, nas quais a quebra dos votos era punida com a morte. Tal como os egípcios, eles embalsamavam seus mortos, cultuavam o sol, a lua e os planetas, mas, além disso, adoravam uma Divindade "onipresente, conhecedora de todas as coisas... invisível, incorpórea, um Deus de completa perfeição" (ver Sa-hagun, História de Nueva Espana, livro VI).Também tinham sua deusa virgem-mãe, a "Nossa Senhora", cujo filho, o "Senhor da Luz", era chamado "Salvador", o que vem estabelecer uma correspondência exata com Isis, Béltis e muitas outras deusas-virgens do Oriente, com seus filhos divinos.Seus rituais do sol e culto do fogo assemelhavam-se aos dos antigos celtas da Grã-Bretanha e da Irlanda - e, tal como estes últimos, denominavam-se "filhos do sol". Uma arca, ou argha, era um dos símbolos sagrados universais, que encontramos tanto na índia,

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João Fernandes da Silva Júniorna Caldéia, na Assíria, no Egito e na Grécia, como entre os povos celtas. Lord Kingsborough, em sua obra Mexican Antiquities (vol. VIU, p. 250), afirma: "Assim como entre os hebreus a arca era uma espécie de templo portátil, onde, acreditava-se, a divindade estava continuamente presente, também entre os mexicanos, cheroquees e índios de Michoacán e Honduras, a arca era objeto da mais profunda veneração, considerada tão sagrada que só os sacerdotes podiam tocá-la."Quanto à arquitetura religiosa, descobrimos que, em ambas as margens do Atlântico, uma das mais antigas edificações sagradas é a pirâmide. Por mais obscuros que sejam os usos para os quais essas construções foram originalmente projetadas, uma coisa é certa: estavam estreitamente vinculadas a alguma ideia ou conjunto de ideias religiosas. A identidade do traçado entre as pirâmides do Egito e as do México e da América Central é por demais surpreendente para ser uma simples coincidência. De fato, algumas das pirâmides americanas - a maioria - terminam abruptamente, com um topo achatado; contudo, segundo Bancroft e outros, muitas das pirâmides encontradas em Yucatán, particularmente aquelas próximas a Palenque, possuem um topo pontiagudo, no mais genuíno estilo egípcio, ao passo que, por outro lado, temos algumas pirâmides egípcias em forma de escada e com o topo achatado. Cholula foi comparada aos grupos de Dachour, de Sakkara e à pirâmide escalonada de Mé-dourn. Semelhantes em orientação, em estrutura e mesmo nas galerias e

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câmaras internas, esses misteriosos monumentos do Oriente e do Ocidente atestam uma origem comum, a partir da qual seus construtores traçaram seus projetos.As imensas ruínas de cidades e templos no México e Yucatán estranhamente também se assemelham às do Egito, sendo as ruínas de Teotihuacán frequentemente comparadas às de Karnak. O "arco falso" - fiadas de pedras, levemente sobrepostas umas às outras - é encontrado, com a mesma forma, na América Central, nas mais antigas construções da Grécia e nas ruínas etruscas. Os maund builders, tanto dos continentes orientais como ocidentais, ergueram túmulos semelhantes para seus mortos, os quais foram depositados em esquifes de pedra também semelhantes. Ambos os continentes possuem seus enormes mounds da serpente; compare-se o do condado de Adams, em Ohio, com o primoroso mound da serpente descoberto em Argyllshire, ou com o exemplar menos perfeito de Avebury, em Wilts. Até mesmo a escultura e a decoração dos templos da América, do Egito e da índia têm muito em comum, enquanto algumas das decorações murais são absolutamente idênticas.Quinta. - Só resta agora resumir alguns depoimentos prestados pelos antigos e alguns dados extraídos das tradições de povos primitivos e das antigas lendas diluvianas.Aelian, em sua Varia Historia (vol. Hl, cap. XV) afirma que Teopompo (400 a. C.) registrou um

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João Fernandes da Silva Júniorencontro entre o rei da Frigia e Sileno, no qual este último referiu-se à existência de um grande continente do outro lado do Atlântico, maior que a Ásia, a Europa e a Líbia juntas.Proclo cita um trecho de um antigo escritor que se refere às ilhas existentes no mar que ficava do outro lado das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), afirmando que os habitantes de uma dessas ilhas possuíam uma crença, que lhes fora legada por seus antepassados, a respeito de uma enorme ilha, chamada Atlântida, que, por um longo tempo, governou todas as ilhas do oceano Atlântico.Marcelo menciona sete ilhas no Atlântico e afirma que seus habitantes conservam a lembrança de uma ilha muito maior, a Atlântida, "a qual, por longo tempo, exerceu domínio sobre as ilhas menores".Diodoro de Sicília relata que os fenícios descobriram "uma grande ilha no oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules, há vários dias de viagem da costa africana".Contudo, a maior autoridade nesse assunto é Platão. No Timeu ele alude ao continente insulano, enquanto o Crítias ou Atlântico é nada menos que um relato detalhado da história, artes, usos e costumes do povo. No Timeu ele menciona "uma poderosa força bélica, partindo do mar Atlântico e alastrando-se com fúria hostil por toda a Europa e Ásia. Por esse tempo, o mar Atlântico era navegável e havia uma ilha antes da desembocadura que é chamada por vocês de Colunas de Hércules. Mas essa ilha era muito maior do que a Líbia e toda a Ásia juntas, e proporcionava fácil

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acesso às outras ilhas vizinhas. Além disso, era igualmente fácil passar daquelas ilhas para todos os continentes que se limitavam com o mar Atlântico".O Crítias fornece tantos dados valiosos que se torna difícil selecioná-los; o trecho abaixo, por exemplo, menciona as riquezas materiais do país: "Eles também tinham todas as coisas necessárias à subsistência, as quais, tanto numa cidade como em qualquer outro lugar, são tidas como benéficas aos propósitos da vida. Na verdade, em virtude de seu extenso império, supria-se de muitas coisas provenientes dos países estrangeiros; mas a ilha fornecia-lhes a maior parte de tudo o que necessitavam. Em primeiro lugar, a ilha provia-os de minerais extraídos do solo em estado sólido, dos quais alguns eram fundidos; o oricalco, que hoje em dia raramente é mencionado, mas que outrora era muito conhecido, também era extraído do solo em muitas partes da ilha, sendo considerado o mais nobre dos metais, à exceção do ouro. Além disso, tudo quanto as florestas forneciam para os construtores, a ilha produzia em abundância.Havia, igualmente, suficientes pastagens para animais selvagens e domésticos, bem como um número prodigioso de elefantes. Havia pastagens para todos esses animais, que se alimentavam nos lagos, rios, montanhas e planícies. Do mesmo modo, havia alimento suficiente para as espécies maiores e mais vorazes de animais. Além disso, todos os tipos de odoríferos que a terra, atualmente, nutre, sejam raízes,

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João Fernandes da Silva Júniorgramíneas, bosques, sucos, resinas, flores ou frutos – isso tudo a ilha produzia, e fartamente."Os gauleses possuíam costumes da Atlântida, os quais foram compilados pelo historiador romano Timagenes, que viveu no século I a. C. Parece que três povos distintos habitaram a Gália. A princípio, populações indígenas (provavelmente os remanescentes de alguma raça lemuriana); em segundo lugar, os invasores provenientes da longínqua ilha de Atlântida e, em terceiro, os gauleses arianos (ver Pre-Adamites, p. 380).Os toltecas do México reconstituíram seu próprio passado a partir de um marco inicial chamado Atlan ou Aztlan; os astecas também sustentaram ter se originado de Aztlan (ver Bancroft, Native Roces, vol. 5, pp. 221 e 321).O Popul Vuh (p. 294) menciona uma visita que os três filhos do rei dos Quichés fizeram a uma terra "no leste, situada nas costas do mar de onde tinham vindo seus pais", da qual trouxeram, entre outras coisas, "um sistema de escrita" (ver também Bancroft, vol. V, p. 553).Entre os índios da América do Norte, há uma lenda muito popular, segundo a qual seus antepassados vieram de uma terra situada "na direção do nascer do sol". Segundo o Major J. Lind, os índios de lowa e Dacota acreditavam que "todas as tribos de índios tinham sido, outrora, uma só tribo e que, juntas, haviam habitado uma ilha. situada na direção do nascer do sol". Dali, elas atravessaram o mar "em enormes esquifes, nos quais os Dakotas do passado

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flutuaram durante semanas, para finalmente alcançarem a terra firme".Os livros centro-americanos afirmam que uma parte do continente americano estendia-se para bem distante, oceano Atlântico adentro, e que essa região foi destruída por uma série de terríveis cataclismos, separados por longos intervalos. Três deles são frequentemente mencionados (ver Baldwin, Ancient America, p. 176). Uma curiosa confirmação disso encontra-se numa lenda dos celtas da Grã-Bretanha, segundo a qual uma parte de seu país, que outrora se estendia Atlântico adentro, foi destruída. Três catástrofes são mencionadas nas tradições galesas.Diz-se que Quetzalcóatl, a divindade mexicana, veio do "oriente distante". Ele é descrito como um homem branco, com uma enorme barba (os indígenas da América do Norte e do Sul são imberbes). Ele criou as letras e organizou o calendário mexicano. Depois de ensinar-lhes muitas artes e lições pacíficas, ele partiu para o leste, numa canoa feita de couro de serpente (ver Short, North Americans of Antiquity, pp. 268-271). A mesma história é contada a respeito de Zamna, o criador da civilização em Yucatán.Resta apenas tratar da admirável uniformidade das lendas diluvianas em todas as partes do globo. Quer sejam antigas versões da história da Atlântida desaparecida e de sua submersão, ou eco de uma importante parábola cósmica outrora ensinada e mantida em reverência em algum centro comum, de onde se difundiram por todo o mundo, isso não nos

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João Fernandes da Silva Júniordiz respeito no momento. Por enquanto, basta-nos demonstrar a aceitação universal dessas lendas. Seria um desperdício inútil de tempo e espaço examinar, minuciosamente e uma a uma, essas lendas diluvianas. Basta dizer que na índia, na Caldéia, na Babilônia, na Média, na Grécia, na Escandinávia, na China, entre os hebreus e entre as tribos celtas da Grã-Bretanha, a lenda é absolutamente idêntica em seus pontos essenciais. E o que encontraremos, se nos voltarmos para o Ocidente? A mesma história, preservada em todos os detalhes pelos mexicanos (cada tribo tendo a sua versão), pelos povos da Guatemala, Honduras, Peru e por quase todas as tribos de índios norte-americanos. Seria ingênuo sugerir que a mera coincidência explicaria essa identidade fundamental.O trecho abaixo transcrito, extraído da tradução de Lê Plongeon do célebre Manuscrito Troano, que pode ser visto no Museu Britânico, certamente proporcionará uma conclusão adequada a esta questão. O Manuscrito Troano parece ter sido escrito há cerca de 3.500 anos, entre os maias do Yucatán, e sua descrição da catástrofe que submergiu a ilha de Posseidonis é a seguinte: "No ano 6 Kan, no II9 Muluc do mês Zac, ocorreram terríveis terremotos, que continuaram, sem interrupção, até o 13- Chuen. A região das colinas de lodo, a terra de Mu, foi sacrificada: sendo erguida por duas vezes, desapareceu de súbito durante a noite, enquanto a bacia era continuamente sacudida por forças vulcânicas. Estas, confinadas, fizeram a terra afundar e erguer-se diversas vezes e em vários lugares. Por fim, a superfície cedeu e dez regiões

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foram violentamente separadas e dizimadas. Incapazes de resistir à força das convulsões, afundaram, com seus 64.000.000 de habitantes, 8.060 anos antes de este livro ser escrito."Hoje, porém, tem sido devotado espaço suficiente aos fragmentos de depoimentos - todos mais ou menos convincentes - que estão, até agora, em poder da Humanidade. Aos interessados em se dedicar a uma Unha especial de investigação, as várias obras acima mencionadas ou citadas poderão ser consultadas.O assunto em questão agora poderá ser abordado. Os fatos aqui coletados, extraídos, como foram de registros contemporâneos que, por sua vez, foram compilados e transmitidos através das épocas que teremos de abordar, não se baseiam em hipóteses ou conjecturas. O autor pode não ter alcançado uma compreensão exata dos fatos e, portanto, pode tê-los desfigurado parcialmente. Contudo, os registros originais poderão ser examinados por aqueles que se encontram devidamente qualificados, e os que estão dispostos a empreender o treinamento necessário poderão conseguir licença para examinar e conferir.Todavia, ainda que todos os registros ocultos fossem acessíveis à nossa inspeção, é preciso compreender que um esboço que tenta resumir numas poucas páginas a história de raças e nações, cujo desenvolvimento se estende, pelo menos, durante centenas de milhares de anos, não poderia deixar de ser fragmentário. Entretanto, qualquer relato acerca desse assunto – ainda que desconexo - não deixa de

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João Fernandes da Silva Júniorser algo inédito e, portanto, de amplo interesse para a Humanidade em geral.Entre os documentos acima mencionados, há mapas referentes a vários períodos da história da Humanidade, e a permissão de obter cópias - mais ou menos completas - de quatro desses 15 mapas foi o grande privilégio do autor. Todos os quatro retraíam a Atlântida e as terras adjacentes em diferentes épocas da sua história. Essas épocas correspondem, aproximadamente, aos períodos que medeiam as catástrofes acima mencionadas e, a esses períodos assim representados pelos quatro mapas associar-se-ão, naturalmente, os registros da raça atlante.Entretanto, antes de iniciar a história da raça, seriam úteis algumas observações a respeito da geografia das quatro diferentes épocas:O primeiro mapa representa a superfície terrestre do globo há cerca de um milhão de anos, quando a raça atlante estava em seu apogeu e antes da ocorrência da primeira grande submersão, cerca de 800.000 anos atrás. O próprio continente da Atlântida, como se pode observar, estendia-se desde um ponto situado alguns graus a leste da Islândia até mais ou menos o local onde hoje fica o Rio de Janeiro, na América do Sul. Abrangendo o Texas e o golfo do México, os estados do sul e do leste da América, inclusive o Labrador, ele estendia-se através do oceano até as ilhas europeias - Escócia e Irlanda e uma pequena porção do norte da Inglaterra, formando um de seus promontórios -, enquanto suas regiões equatoriais abrangiam o Brasil e toda a extensão do oceano, até a

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Costa do Ouro, na África. Os fragmentos dispersos de que, finalmente, se formaram os continentes da Europa, da África e da América, bem como os vestígios do ainda mais antigo e outrora extenso continente da Lemúria, também podem ser vistos nesse mapa. Os vestígios do ainda mais remoto continente hiperbóreo, que foi habitado pela segunda raça-raiz, também são visíveis e, tal como a Lemúria, em cor azul.Como se pode observar pelo segundo mapa, a catástrofe de 800.000 anos atrás provocou grandes alterações na configuração terrestre do globo. O grande continente está agora despojado de suas regiões setentrionais, e sua porção remanescente encontra-se mais dilacerada ainda. O continente americano, agora em fase de crescimento, está separado de seu continente materno, por uma falha, a Atlântida, e esta já não abrange as terras ora existentes, mas ocupa a maior parte da depressão atlântica, desde mais ou menos 50° de latitude norte até uns poucos graus ao sul do equador. Os assentamentos e elevações da superfície terrestre em outras partes do globo também foram consideráveis - as ilhas Britânicas, por exemplo, agora fazem parte de uma imensa ilha, que também abrange a península escandinava, o norte da França, todos os mares intermediários e alguns mares circundantes. Pode-se constatar que as extensões dos vestígios da Lemúria sofreram mutilações ainda maiores, enquanto a

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João Fernandes da Silva JúniorEuropa, a África e a América tiveram seus territórios acrescidos.O terceiro mapa mostra os efeitos da catástrofe ocorrida há mais ou menos 200.000 anos. Com exceção das fendas nos continentes atlante e americano e a submersão do Egito, pode-se observar como os assentamentos e as elevações da superfície terrestre nessa época foram relativamente insignificantes; na verdade, o fato de esta catástrofe nunca ter sido considerado como uma das maiores transparece no trecho acima transcrito do livro sagrado dos guatemaltecos - onde apenas três grandes catástrofes são mencionadas. Contudo, a ilha escandinava aparece, agora, unida ao continente. A Atlântida encontra-se agora dividida, formando duas ilhas, conhecidas pelos nomes de Ruta e Daitya.O caráter extraordinário da convulsão natural que ocorreu há cerca de 80.000 anos fica evidenciado pelo quarto mapa. Daitya, a menor e mais meridional das ilhas, já desapareceu quase totalmente, ao passo que, de Ruta, apenas resta uma ilha relativamente pequena, Posseidon. Este mapa foi compilado há cerca de 75.000 anos e, sem dúvida, representa razoavelmente a superfície terrestre do globo, desde esse período até a submersão definitiva de Posseidon, em 9564 a. C., embora, durante esse período, devam ter ocorrido pequenas 16 alterações. Notar-se-á que os contornos da superfície terrestre começaram, então, a assumir, aproximadamente, a mesma aparência que possuem hoje, embora as ilhas Britânicas ainda estivessem unidas ao continente europeu, o mar Báltico não

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existisse e o deserto do Saara formasse uma parte do fundo do oceano.Quando se aborda a formação de uma raça-raiz é indispensável alguma referência à temática bastante mística acerca dos Manus. No Relatório nº 26 da Loja Maçônica de Londres fez-se uma referência ao trabalho realizado por esses Seres sublimes, que abrange não só o planejamento dos tipos de todo o Manvantara como também supervisiona a formação e educação de cada raça-raiz, sucessivamente. O seguinte trecho refere-se a esse plano: "Também há os Manus, cujo dever consiste em atuar de modo semelhante em cada raça-raiz de cada Planeta do Círculo, o Manu-Semente, planejando o aperfeiçoamento do tipo que cada sucessiva raça-raiz inaugura, e o Manu-Raiz, realmente encarnando entre a nova raça na qualidade de guia e mestre, a fim de dirigir o desenvolvimento e garantir o aperfeiçoamento.A maneira pela qual a necessária segregação dos espécimes selecionados é efetuada pelo Manu encarregado, bem como seu subsequente cuidado com a comunidade em desenvolvimento, pode ser abordada num futuro relatório. Uma informação bastante simples quanto ao modo de proceder será suficiente aos nossos propósitos.Foi, naturalmente, de uma das sub-raças da terceira raça-raiz, que habitava o continente conhecido pelo nome de Lemúria, que se efetuou a segregação destinada a produzir a quarta raça-raiz.

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João Fernandes da Silva JúniorA fim de acompanhar as principais etapas do processo histórico dessa raça, através dos quatro períodos representados pelos quatro mapas, convém dividir o assunto nos seguintes tópicos:1. Origem e localização territorial das diferentes sub-raças.2. As instituições políticas que, respectivamente, elas desenvolveram.3. Suas migrações para outras partes do mundo.4. As artes e ciências desenvolvidas.5. Os usos e costumes adotados.6. O desenvolvimento e o declínio de ideias religiosas.Em primeiro lugar, portanto, uma lista dos nomes das diferentes sub-raças:1. Rmoahal2. Tlavatli3. Tolteca4. Turaniana primitiva5. Semita original6. Acadiana7. MongólicaFaz-se necessária uma explicação acerca do princípio pelo qual esses nomes são escolhidos.Nos casos em que os etnólogos atuais descobriram vestígios de uma dessas sub-raças, ou mesmo identificado pequena parte de uma delas, o nome que lhes deram é utilizado a bem da clareza; contudo, no caso das duas primeiras sub-raças, dificilmente foram deixados quaisquer vestígios para que a ciência deles se apoderasse e, desse modo, foram adotados os nomes pelos quais elas mesmas se designavam.

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O período representado pelo Mapa nº l mostra como era a superfície terrestre do globo há cerca de um milhão de anos, mas a raça rmoahal surgiu há quatro ou cinco milhões de anos, no período em que grandes porções do vasto continente meridional da Lemúria ainda existiam, enquanto o continente da Atlântida não havia assumido as dimensões que, finalmente, atingiria.Foi num contraforte desta terra lemuriana que a raça rmoahal nasceu. Pode-se localizá-lo, aproximadamente, a 7° de latitude norte e 5° de longitude oeste, e uma consulta a qualquer atlas moderno revelará que sua localização coincide com a atual costa de Achanti. Era uma região quente e chuvosa, habitada por enormes animais antediluvianos, que viviam em pântanos juncosos e florestas tímidas. Os fósseis dessas plantas atualmente são encontrados nas jazidas de carvão. Os nnoahals eram uma raça morena - sendo sua pele da cor do mogno. Sua altura, naqueles tempos remotos, era de, aproximadamente, 3 a 3,5 m - na verdade, uma raça de gigantes - mas, ao longo dos séculos, sua estatura foi gradualmente diminuindo, tal como se deu com todas as outras raças, e, mais tarde, vamos encontrá-los reduzidos à estatura do "homem de Furfooz". Por fim, migraram para as costas meridionais da Atlântida, onde travaram contínuos combates com as sexta e sétima sub-raças dos lemurianos, que então habitavam essa região. Em seguida, uma grande parte da tribo mudou-se para o norte, enquanto o restante

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João Fernandes da Silva Júniorestabeleceu-se no local e uniu-se aos aborígines lemurianos negros. Como consequência, não restou, neste período - o período do primeiro mapa -, nenhuma linhagem pura no sul e, como veremos, foi dessas raças morenas, que habitavam as regiões equatoriais e o extremo sul do continente, que os conquistadores toltecas subsequentemente se abasteciam de escravos. Contudo, o restante da raça alcançou os promontórios do extremo nordeste, contíguos à Islândia, e, vivendo nessa região por incontáveis gerações, foi aos poucos assumindo uma coloração mais clara, até que, no final do período do primeiro mapa, deparamo-nos com um povo razoavelmente louro. Posteriormente, seus descendentes tornaram-se súditos, ao menos nominalmente, dos reis semitas.O fato de terem habitado nessa região por inúmeras gerações não implica que aí se tenham estabelecido ininterruptamente, pois certos fatores os obrigavam, de tempos em tempos, a se dirigirem para o sul. Sem dúvida, o frio das épocas glaciais influiu de modo semelhante sobre as outras raças; contudo, a fim de evitar digressões, apenas algumas informações devem ser aqui incluídas.Sem entrar na questão das diferentes rotações que a Terra executa, ou da variação de graus da deslocação de sua órbita, cuja combinação é, às vezes, considerada a causa das épocas glaciais, o fato é que - como já foi admitido por alguns astrônomos - uma curta época glacial ocorre, aproximadamente, a cada 30.000 anos. Além dessas, porém, houve duas

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ocasiões na história da Atlântida em que a grande extensão de gelo despovoou, não só as regiões setentrionais, como também, ao invadir a maior parte do continente, forçou todos os seres vivos a migrar para as terras equatoriais. A primeira delas ocorreu durante a época dos rmoahals, há cerca de 3.000.000 de anos, e a segunda, durante o domínio dos toltecas, cerca de 850.000 anos atrás.No que se refere a todas as épocas glaciais, deve-se dizer que, embora os habitantes das terras setentrionais tenham sido forçados a migrar, durante o inverno, para o sul, afastando-se da zona de gelo, era nessa zona que ficavam os grandes povoados, para os quais podiam retomar no verão e onde, devido à caça, acampavam até que o frio do inverno os forçasse a se dirigir novamente para o sul.O lugar de origem dos tlavatli, ou segunda sub-raça, foi uma ilha ao largo da costa ocidental da Atlântida. O local está assinalado no primeiro mapa com o algarismo dois. Dali eles se espalharam pela Atlântida propriamente dita, sobretudo através do centro do continente, deslocando-se, contudo, gradualmente para o norte, em direção à faixa litorânea voltada para o promontório da Groenlândia. Fisicamente, constituíam uma raça robusta e resistente, de cor vermelho acastanhada, mas não tão altos quanto aos rmoahals, a quem impeliram mais ainda para o norte.Sempre foram um povo amante das montanhas, e seus principais povoados situavam-se nas regiões montanhosas do interior. Comparando-se os Mapas l e

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João Fernandes da Silva Júniorquatro, verificar-se-á que sua localização era mais ou menos contínua à região que, mais tarde, tornou-se a ilha de Posseidon. Neste período do primeiro mapa, eles também ocuparam - como já foi mencionado - as costas setentrionais, enquanto uma mistura de raça tlavatli com a tolteca habitava as ilhas ocidentais, que, mais tarde, participaram da formação do continente americano.A seguir, temos a raça tolteca, ou terceira sub-raça, que constituiu um desenvolvimento esplêndido. Governou todo o continente da Atlântida por milhares de anos, com grandes recursos materiais e muito brilho. Na verdade, esta raça era de tal modo dominante e dotada de vitalidade, que as uniões com as sub-raças vizinhas não conseguiram alterar-lhe o tipo, que ainda permaneceu essencialmente tolteca; e, centenas de milhares de anos mais tarde, encontramos uma de suas remotas linhagens governando, magnificamente, no México e Peru, muito., anos antes que seus degenerados descendentes fossem conquistados pelas mais ferozes tribos astecas do norte.Essa raça também tinha uma pele vermelho-acastanhada, embora fosse mais vermelha, ou mais acobreada, que a dos tlavatli. Sua estatura também era elevada, medindo em torno de 2,5 m durante o período de seu domínio absoluto; contudo, assim como ocorreu com todas as raças, foi sofrendo uma redução, até atingir o tamanho médio de hoje em dia. O tipo foi um aperfeiçoamento das duas sub-raças anteriores, possuindo uma feição séria, bastante

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acentuada, bem parecida com a dos antigos gregos. O lugar aproximado de origem dessa raça pode ser observado no primeiro mapa, assinalado com o algarismo três. Sua localização ficava perto da costa ocidental da Atlântida, a cerca de 30° de latitude norte, e, toda a região circunvizinha, incluindo a maior parte da costa ocidental do continente, foi habitada por uma raça tolteca pura.Contudo, como veremos ao tratarmos da organização política, seu território finalmente ampliou-se por todo o continente, e foi de sua grande capital, situada na costa oriental, que os imperadores toltecas estenderam seu domínio a quase todas as nações.Essas três primeiras sub-raças são conhecidas como as "raças vermelhas" e, entre elas e as quatro seguintes, não houve, a princípio, muita mistura de sangue. Essas quatro, embora diferindo consideravelmente entre si, foram chamadas de "amarelas", e esta cor pode caracterizar de maneira apropriada a tez dos turanianos e mongólicos, mas os semitas e acadianos eram brancos.A turaniana, ou quarta sub-raça, originou-se no lado oriental do continente, ao sul da região montanhosa habitada pelo povo tlavatli. Esse local está assinalado, no Mapa n2 l, com o algarismo quatro. Desde sua origem, os turanianos eram colonizadores e muitos deles migraram para as terras situadas a leste da Atlântida. Nunca foi uma raça completamente dominante no seu continente de origem, embora algumas de suas tribos e linhagens tenham se tornado

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João Fernandes da Silva Júniorrazoavelmente poderosa. As grandes regiões centrais do continente, situadas a oeste e ao sul da região montanhosa dos tlavatlis, constituíam seu habitat especial, embora não exclusivo, pois repartiam essas terras com os toltecas. As curiosas experiências políticas e sociais realizadas por essa sub-raça serão abordadas mais adiante.Quanto à semita original, ou quinta sub-raça, os etnólogos têm estado um tanto confusos, como de fato é extremamente natural que estejam, considerando os dados por demais insuficientes que possuem para se orientar. Essa sub-raça surgiu na região montanhosa que formava a mais meridional das duas penínsulas nordestes, as quais, como vimos, correspondem, atualmente, à Escócia, à Irlanda e a alguns dos mares adjacentes. No Mapa n- l, o local está assinalado com o algarismo cinco. Nesta menos atraente porção do grande continente a raça se desenvolveu e floresceu, mantendo-se durante séculos, independente dos agressivos reis sulistas, até que, aos poucos e em grupos, começaram a se espalhar em várias direções e a colonizar outras regiões.É preciso lembrar que, na época em que os semitas subiram ao poder, centenas de milhares de anos haviam transcorrido e o período do segundo mapa já havia sido atingido. Era uma raça turbulenta e descontente, sempre em guerra com seus vizinhos, sobretudo com o império cada vez mais amplo dos acadianos.O lugar de origem da sub-raça acadiana, ou sexta sub-raça, será encontrado no Mapa nº 2 (assinalado com o

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algarismo seis), pois foi após a grande catástrofe de 800.000 anos atrás que esta raça surgiu. O local ficava na região oriental da Atlântida, mais ou menos no centro da grande península, cuja extremidade sudeste estendia-se em direção ao velho continente. Pode-se localizá-lo aproximadamente a 42° de latitude norte e a 10° de longitude leste. Contudo, os acadianos não permaneceram por muito tempo em sua terra de origem, invadindo o continente da Atlântida, que, nessa época, já sofrera uma redução de suas dimensões. Eles travaram inúmeras batalhas terrestres e navais com os semitas, onde foi utilizado um grande número de frotas pelos dois combatentes. Por fim, há cerca de 100.000 anos, derrotaram definitivamente os semitas e, a partir de então, estabeleceram uma dinastia acadiana na antiga capital semita e, durante séculos, governaram o país com sabedoria. Tornaram-se grandes comerciantes, navegadores e colonizadores, estabelecendo muitos núcleos que serviam de pontos de ligação com terras distantes.A sub-raça mongólica, ou sétima sub-raça, parece ter sido a única que não teve absolutamente nenhum contato com seu continente de origem. Originária das planícies da Tartária (local assinalado com o algarismo sete, no segundo mapa), a cerca de 63° de latitude norte e 140° de longitude leste, desenvolveu-se diretamente dos descendentes da raça turaniana, a quem suplantou paulatinamente por quase toda a Ásia. Essa sub-raça multiplicou-se de tal modo que, hoje em dia, a maior parte dos habitantes da Terra pertence,

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João Fernandes da Silva Júniortecnicamente, a ela, embora muitas de suas subdivisões estejam tão profundamente alteradas com o sangue de raças mais primitivas que mal se distinguem delas.Instituições Políticas. - Num resumo como este seria impossível descrever como cada sub-raça se subdividiu, posteriormente, em nações, cada qual com seu tipo e características distintos.Tudo o que se pode tentar aqui é esboçar, em linhas gerais, a variedade de instituições políticas que se sucederam ao longo das grandes épocas da raça.Embora reconhecendo que cada sub-raça, bem como cada raça-raiz, está destinada a permanecer, em alguns aspectos, num nível mais elevado do que aquela que a antecedeu, a natureza cíclica do desenvolvimento deve ser compreendida como um condutor da raça à semelhança do homem que, passando pela infância, juventude e atingindo a maturidade, retorna de novo à infância da velhice. Evolução significa, necessariamente, máximo progresso, ainda que o retrocesso de sua espiral ascendente pareça fazer da história da política ou da religião um relato não só do desenvolvimento e do progresso, mas também da degradação e da decadência.Portanto, quando se afirma que a primeira sub-raça iniciou-se sob a mais perfeita forma de governo concebível, deve-se compreender que isso se deu antes em virtude das necessidades de sua infância do que dos méritos de sua maturidade. Os rmoahals eram incapazes de desenvolver um programa de governo fixo, e tampouco atingiram um nível de civilização tão

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elevado quanto o alcançado pelas sexta e sétima sub-raças lemurianas. Contudo, o Manu que efetuou a segregação encarnou, de fato, na raça e governou-a como rei. Até mesmo quando deixava de ter uma participação efetiva no governo da raça, governantes Adeptos ou Divinos, quando os tempos assim o exigiam, ainda garantiam o futuro da comunidade em sua tenra idade. Como é do conhecimento dos estudantes de Teosofia, nossa humanidade ainda não atingira o necessário estágio de desenvolvimento que lhe permitisse gerar Adeptos inteiramente iniciados. Portanto, os governantes acima mencionados, inclusive o próprio Manu, eram, necessariamente, fruto da evolução em outros sistemas de mundos.O povo tlavatli mostrou alguns sinais de avanço na arte de governar. Suas várias tribos ou nações eram governadas por chefes ou reis que, geralmente, eram investidos de sua autoridade através da aclamação do povo. Naturalmente, os indivíduos mais vigorosos e os guerreiros mais destemidos eram, então, os escolhidos. Um império considerável finalmente se estabeleceu entre eles, onde um rei tornou-se o chefe nominal, embora sua suserania consistisse mais num título honorário do que numa autoridade real.Foi a raça tolteca que desenvolveu o mais alto grau de civilização e organizou o mais poderoso império de todos os povos atlantes, estabelecendo pela primeira vez o princípio da sucessão hereditária. A princípio, a raça dividiu-se em vários e pequenos reinos independentes, que lutavam constantemente entre si, e

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João Fernandes da Silva Júniortodos em guerra com os rmoahals-lemurianos do sul. Estes últimos foram gradualmente conquistados e dominados - muitas de suas tribos foram escravizadas. Entretanto, cerca de um milhão de anos atrás, esses reinos independentes uniram-se numa grande federação e reconheceram um imperador como chefe. Naturalmente, isso se deu através de grandes guerras, mas resultou em paz e prosperidade para a raça.Deve ser lembrado que a Humanidade sempre foi dotada, em sua grande maioria, de atributos psíquicos e, nessa época, os indivíduos mais desenvolvidos tinham se submetido ao aprendizado necessário nas escolas de ocultismo, tendo obtido vários estágios de iniciação - alguns, inclusive, haviam alcançado o grau de Adeptos. O segundo desses imperadores era um Adepto e, por milhares de anos, a dinastia Divina governou não só todos os reinos nos quais a Atlântida estava dividida, mas também as ilhas ocidentais e a porção meridional do território adjacente, situado a leste. Quando necessário essa dinastia era fornecida pela Casa de Iniciados, mas, por via de regra, o poder era legado de pai para filho, sendo todos mais ou menos qualificados; em alguns casos, o filho recebia um grau adicional das mãos do pai. Durante todo esse período, os governantes Iniciados mantiveram-se vinculados à Hierarquia Oculta que governa o mundo, submetendo-se às suas leis e atuando em harmonia com seus desígnios.Essa foi a idade de ouro da raça tolteca. O governo era justo e generoso; as artes e ciências eram cultivadas - na verdade, aqueles que trabalhavam nesses setores,

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guiados como foram pela ciência oculta, alcançaram resultados extraordinários; as crenças e rituais religiosos ainda eram relativamente puros - na verdade, a civilização da Atlântida alcançara, nessa época, seu apogeu.Mais ou menos 100.000 anos após esta idade de ouro, iniciou-se a degeneração e o declínio da raça. Muitos dos reis tributários, e um grande número de sacerdotes e súditos, deixaram de usar suas faculdades e poderes de acordo com as leis estipuladas por seus governantes Divinos, cujos preceitos e conselhos eram agora desrespeitados. Seus vínculos com a Hierarquia Oculta se romperam. O engrandecimento pessoal, a obtenção de riqueza e poder, a humilhação e ruína de seus inimigos tornaram-se, cada vez mais, o alvo para o qual seus poderes ocultos estavam dirigidos: desse modo, afastados de seu emprego lícito e utilizados para a obtenção de todos os tipos de propósitos egoístas e malévolos, inevitavelmente esses poderes conduziram ao que devemos chamar de bruxaria.Envolta como esta palavra está pelo ódio, cuja associação foi gradualmente produzida, durante séculos de superstição e ignorância, pela credulidade, por um lado, e pela impostura, por outro, consideremos por um momento seu significado real e as terríveis consequências que sua prática sempre acaba trazendo ao mundo.Em parte por suas faculdades psíquicas, que ainda não tinham se extinguido nas profundezas da materialidade, para a qual a raça em seguida decaiu, e

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João Fernandes da Silva Júniorem parte por seus conhecimentos científicos, obtidos durante esse apogeu da civilização atlante, os membros mais intelectuais e vigorosos da raça foram aos poucos alcançando uma compreensão cada vez maior acerca da atuação das leis da Natureza, bem como um controle cada vez maior de algumas de suas forças ocultas. A profanação desse saber e seu emprego para fins egoístas é o que constitui a bruxaria.As terríveis consequências de tal profanação também estão suficientemente exemplificadas pelas horríveis catástrofes que se desencadearam sobre a raça. A partir do momento em que a magia negra foi posta em prática, ela estava destinada a se propagar em círculos cada vez mais amplos. Assim, uma vez afastado o guia espiritual supremo, o princípio kâmico, que era o quarto, atingiu naturalmente seu zênite durante a quarta raça-raiz, afirmando-se cada vez mais na Humanidade. A luxúria, a brutalidade e a ferocidade foram aumentando, e a natureza animal do homem foi assumindo seu aspecto mais abjeto. Desde os primórdios, o que dividiu a raça atlante em duas facções inimigas foi uma questão moral, e o que já havia começado na época dos rmoahals acentuou-se terrivelmente na era tolteca. A batalha de Armagedon é travada repetidas vezes em cada idade da história do mundo.Deixando de se submeter ao sábio governo dos imperadores Iniciados, os seguidores da "magia negra" sublevaram-se e elegeu um imperador rival que, depois de muitas lutas e conflitos, expulsou o

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imperador branco de sua capital, a "Cidade dos Portais Dourados", e assumiu o trono.O imperador branco, expulso para o norte, reinstalou-se numa cidade fundada originalmente pelos tlavatli, na extremidade meridional da região montanhosa que, nessa época, era a sede de um dos reis tributários toltecas. Esse rei recebeu com alegria o imperador branco e colocou a cidade à sua disposição. Havia outros reis tributários que também permaneceram leais a ele, mas a maioria transferiu sua vassalagem ao novo imperador, que reinava na antiga capital.Entretanto, essa lealdade não durou muito tempo. Os reis tributáveis constantemente reivindicavam sua independência, e contínuas batalhas eram travadas em diferentes pontos do império, recorrendo-se largamente à prática de bruxaria a fim de suplementar os poderes de destruição que os exércitos possuíam.Esses eventos ocorreram cerca de 50.000 anos antes da primeira grande catástrofe.Dessa época em diante as coisas foram de mal a pior. Os bruxos usavam seus poderes de um modo cada vez mais arrojado, e um grupo cada vez maior de pessoas adquiria e praticava essa terrível "magia negra".Veio então a horrível punição, onde pereceram milhões e milhões de pessoas. A grande "Cidade dos Portais Dourados" tornara-se, nessa época, um perfeito antro de iniquidade. As ondas precipitaram-se sobre ela e exterminaram seus habitantes, e o imperador "negro" e sua dinastia caíram para sempre. O imperador do norte e os sacerdotes iniciados, de

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João Fernandes da Silva Júniortodas as partes do continente, há muito tempo estavam conscientes dos funestos dias que se aproximavam, e as páginas seguintes falarão das muitas migrações, lideradas pelos sacerdotes, que precederam esta catástrofe, bem como das que se deu em épocas posteriores.O continente estava, então, bastante dilacerado. Mas a porção atual de território submerso de modo algum representava o dano provocado, pois os vagalhões varreram grandes extensões de terra, transformando-as em pântanos abandonados. Regiões inteiras tornaram-se estéreis, permanecendo desertas e sem plantações por muitas gerações.Além disso, a população restante recebera uma terrível advertência. Levaram-na a sério e, durante certo tempo, a bruxaria foi menos frequente entre eles. Passou-se um longo período, antes que se estabelecesse um novo governo eficaz. Por fim, depararemos com uma dinastia semita de bruxos entronizada na "Cidade dos Portais Dourados", mas nenhuma autoridade tolteca destacou-se durante o período do segundo mapa. Ainda havia um número considerável de populações toltecas, mas pouco restava de seu puro sangue no continente de origem.Entrementes, na ilha de Ruta, no período do terceiro mapa, uma dinastia tolteca novamente ascendeu ao poder e governou, através de seus reis tributários, uma grande porção da ilha. Essa dinastia devotava-se à magia negra. E importante salientar que essa prática se tomou, durante todos os quatro períodos, cada vez mais predominante, até culminar na inevitável

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catástrofe que, em grande medida, purificou a terra do mal monstruoso. Deve-se também ter em mente que, até a destruição final, quando Posseidon desapareceu, um imperador ou rei Iniciado – ou ao menos alguém que conhecia a "boa lei" -, governou em alguma parte do continente insular, atuando sob a orientação da Hierarquia Oculta, a fim de refrear, onde fossem possível, os bruxos malignos e orientar e instruir a pequena minoria que ainda estava disposta a levar uma vida pura e saudável. Nos últimos dias, esse rei "branco" era, via de regra, eleito pelos sacerdotes - ou seja, pelos poucos que ainda seguiam a "boa lei".Pouco resta a ser dito sobre os toltecas. Em Posseidon, a população de toda a ilha era mais ou menos mesclada. Dois reinos e uma pequena república, localizada a oeste, dividiam a ilha entre si. A região norte era governada por um rei Iniciado. No sul, o princípio hereditário também fora substituído pela eleição popular. As dinastias raciais aristocráticas estavam acabando, mas reis de linhagem tolteca ocasionalmente subiam ao poder, tanto no norte quanto no sul, embora o reino setentrional fosse constantemente invadido pelo seu rival sulista, que conquistava para si uma parte cada vez maior de seu território.Esta abordagem, até certo ponto minuciosa, da situação política na época dos toltecas, exime-nos de uma análise pormenorizada das principais características políticas das quatro sub-raças seguintes, já que nenhuma delas atingiu o apogeu

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João Fernandes da Silva Júnioralcançado pelos toltecas - na verdade, a degeneração da raça já havia começado.Ao que tudo indica, foi a tendência inata da raça turaniana que a levou a desenvolver uma espécie de sistema feudal. Cada chefe era supremo em seu próprio território e o rei era apenas o primas inter pares. Os chefes que compunham o conselho de estado ocasionalmente assassinavam o rei, substituindo-o por um deles. Era uma raça violenta e bárbara, bem como brutal e cruel. O fato de que, em alguns períodos de sua história, uma grande quantidade de mulheres participasse de suas guerras é indicativo dessas características.Contudo, o fato mais interessante de sua história está na estranha experiência que empreenderam em sua vida social, que, não fosse por sua origem política, melhor se enquadraria na seção destinada aos "usos e costumes". Os turanianos sofriam constantes derrotas nas batalhas travadas com seus vizinhos toltecas, muito mais numerosos; assim, tinham como meta o aumento da população. Para tanto promulgaram leis que retiravam de cada homem a responsabilidade de sustentar a família. O Estado cuidava e provia a subsistência das crianças, que eram consideradas propriedade sua. Isso contribuiu, sem dúvida, para o aumento do coeficiente de natalidade entre os turanianos, e a cerimônia do casamento passou a ser desprezada. Os laços da vida familiar e o sentimento de amor entre pais e filhos logicamente foram destruídos, o que levou o sistema a um verdadeiro fracasso total, sendo finalmente abandonado. Outras

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tentativas de encontrar soluções socialistas para problemas econômicos, que até hoje nos afligem, foram experimentadas e abandonadas por essa raça.Os semitas originais, que eram uma raça belicosa, saqueadora e enérgica, sempre teve uma inclinação pela forma patriarcal de governo. Seus colonizadores, que geralmente levavam uma vida nômade, adotaram essa forma de governo de modo quase exclusivo, mas, como vimos, desenvolveram um considerável império durante o período do segundo mapa e invadiram a grande "Cidade dos Portais Dourados". Entretanto, acabaram sendo obrigados a recuar diante do crescente poder dos acadianos.Foi no período do terceiro mapa, cerca de 100.000 anos atrás, que os acadianos afinal derrotaram o poderio semita. Essa sexta sub-raça era um povo muito mais obediente às leis do que seus predecessores. Mercadores e navegadores viviam em comunidades sedentárias e, naturalmente, criaram uma forma oligárquica de governo. Uma de suas características, da qual Esparta é o único exemplo recente, era o sistema dual de governo, onde dois reis governam a mesma cidade. Talvez em consequência de sua aptidão naval, o estudo das estrelas tomou-se uma atividade característica, tendo essa raça já realizado grandes progressos na astronomia e na astrologia.O povo mongólico foi um aperfeiçoamento de seus vizinhos ancestrais, originários do selvagem tronco turaniano. Nascidos, como eram, nas vastas estepes da

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João Fernandes da Silva JúniorSibéria Oriental, nunca tiveram qualquer contato com o continente-mãe e, sem dúvida por causa de seu ambiente, tornaram-se um povo nômade. Mais psíquicos e mais religiosos do que os turanianos, de quem descendia, a forma de governo para a qual tenderam exigia um suserano que exercesse o poder supremo, não só como governante territorial, mas também como sumo sacerdote.Emigrações. Três causas contribuíram para provocar as emigrações. A raça turaniana, como vimos, estava, desde sua origem, imbuída do espírito de colonização, o que ela levou a cabo numa escala considerável. Também os semitas e acadianos eram, até certo ponto, raças colonizadoras.Com o passar do tempo, a população também tendia cada vez mais a ultrapassar os limites de subsistência. Por conseguinte, a miséria se instalava de modo semelhante, entre os menos prósperos de cada raça, que se viram obrigados a procurar um meio de vida em países menos populosos. Deve-se ter em mente que, quando os atlantes atingiram seu apogeu na era tolteca, a proporção de habitantes por quilômetro quadrado no continente da Atlântida provavelmente era comparável, embora não excedesse, à que se verifica atualmente na Inglaterra e Bélgica. De qualquer modo, é claro que os espaços vagos disponíveis para colonização eram mais abundantes naquela época do que na nossa, embora a população total do mundo - que no momento [1986], não deve ser superior a 1,2 ou 1,5 bilhão de habitantes -

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atingisse naqueles dias a grande cifra de aproximadamente dois bilhões de habitantes.Por fim, havia as emigrações lideradas por sacerdotes, que ocorreram antes de cada catástrofe - e as quatro grandes catástrofes, acima mencionadas, não foram às únicas. Os reis e sacerdotesIniciados que observava a "boa lei" estava, de antemão, cientes das calamidades iminentes.Portanto, cada um deles tornou-se um centro de advertência profética, acabando por liderar grupos de colonizadores. Deve-se observar aqui que, nos últimos dias, os governantes do país indignaram-se profundamente com essas emigrações lideradas pelos sacerdotes, as quais tendiam a empobrecer e despovoar seus reinos, e os emigrantes eram obrigados a embarcar secretamente durante a noite.Acompanhando, mais ou menos, as rotas de emigração que, sucessivamente, foram seguidas por cada sub-raça, inevitavelmente acabaremos chegando às terras que seus respectivos descendentes hoje ocupam.Quanto às emigrações mais antigas, temos de recuar até a época dos rmoahals. É preciso lembrar que apenas a porção da raça que habitava as costas nordeste as conservava seu sangue puro. Atacados em suas fronteiras meridionais e expulsos mais para o norte pelos guerreiros tlavatlis, começaram a penetrar no território vizinho, situado a leste, e no promontório da Groenlândia, que ficava mais próximo ainda. No período do segundo mapa, não havia mais nenhum

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João Fernandes da Silva Júniorrmoahal de sangue puro no já então reduzido continente-mãe, mas o promontório setentrional do continente, que se erguia a oeste, bem como o já mencionado cabo da Groenlândia e o litoral ocidental da grande ilha escandinava estavam ocupados por eles. Havia também uma colônia, na região situada ao norte do mar asiático central.Naquele tempo, a Grã-Bretanha e a Picardia faziam parte da ilha escandinava, embora a própria ilha se tornasse, no período do terceiro mapa, parte do crescente continente europeu.Atualmente, é na França que os restos mortais desta raça têm sido encontrados, nos estratos quaternários, e o espécime braquicéfalo, de cabeça arredondada, conhecido como o "homem de Furfooz", pode ser considerado como uma degeneração do tipo da raça em seu declínio.Muitas vezes obrigados, devido às inclemências de uma época glacial, a se dirigirem para o sul, muitas vezes impelidos para o norte pela ganância de seus vizinhos mais poderosos, os remanescentes dessa raça, dispersos e degradados, podem ser encontrados hoje entre os atuais lapões, embora mesmo neste caso tenha havido uma mistura de sangue. Contudo, estes enfraquecidos e atrofiados espécimes da Humanidade são descendentes diretos da raça negra de gigantes que surgiu nas terras equatoriais da Lemúria, há quase cinco milhões de anos.Os colonizadores tlavatlis parecem ter se espalhado por todas as direções. No período do segundo mapa, seus descendentes estavam instalados nas costas

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ocidentais do então crescente continente americano (Califórnia), bem como nas costas do extremo sul (Rio de Janeiro).Também podemos encontrá-los nas regiões litorâneas orientais da ilha escandinava, embora muitos deles se tivessem aventurado pelo oceano, contornando a costa da África e alcançando a índia, onde, num processo de miscigenação com a população indígena lemuriana, formaram a raça dravídica. Mais tarde, essa raça misturou-se, por sua vez, com a raça ariana, ou quinta raça, de onde a complexidade tipológica encontrada hoje na índia. De fato, temos aqui um claro exemplo da dificuldade extrema de decidir qualquer questão de raça pela evidência meramente física, pois seria perfeitamente possível que egos da quinta raça encarnassem entre os brâmanes, egos da quarta raça entre as castas inferiores, e alguns retardatários da terceira raça entre as tribos montesas.No período do quarto mapa, encontramos uma nação tlavatli ocupando as regiões meridionais da América do Sul, de onde se pode deduzir que os patagônios provavelmente tiveram uma remota ascendência tlavatli.Restos mortais dessa raça, assim como dos rmoahals, têm sido encontrados nos estratos quaternários da Europa central, e o doli-cocéfalo "homem de Cro-Magnon" pode ser considerado um típico espécime da raça em sua decadência, ao passo que os "povos lacustres" da Suíça constituíam um ramo ainda mais primitivo e não totalmente puro. Atualmente, os

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João Fernandes da Silva Júniorúnicos povos que podem ser citados como espécimes de sangue razoavelmente puro dessa raça são algumas tribos pardas de índios da América do Sul. Os birmaneses e siameses também possuem sangue tlavatli nas veias, embora tenham se misturado com a estirpe mais nobre de uma das sub-raças ancas, cujo sangue é, portanto, dominante.

Os estudiosos de geologia e paleontologia devem saber que essas ciências consideram o "homem de Cro-Magnon" anterior ao "homem de Furfooz", e considerando-se que essas duas raças seguiram lado a lado, por vastos períodos de tempo, pode muito bem ser possível que o esqueleto do indivíduo de "Cro-Magnon", embora representativo da segunda raça, tenha se sedimentado nos estratos quaternários milhares de anos antes que o "homem de Furfooz" vivesse na Terra.Chegamos, assim, aos toltecas. Eles emigraram, sobretudo para o oeste. As costas próximas do continente americano estavam, no período do segundo mapa, povoadas por uma raça tolteca pura, enquanto a maioria dos que permaneceram no continente-mãe tinha o sangue muito misturado. Foi nos continentes da América do Norte e do Sul que essa raça se disseminou e floresceu; aí, milhares de anos mais tarde, os impérios do México e do Peru seriam fundados. A grandeza desses impérios é um assunto da História, ou ao menos da tradição, que tem à sua disposição inúmeras evidências, entre as quais as magníficas ruínas arquitetônicas. Pode-se notar aqui

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que, embora o império mexicano tenha sido, durante séculos, vasto e poderoso em todos os aspectos que nossa civilização atual considera como tal, ele nunca atingiu o apogeu alcançado pelos peruanos há cerca de 14.000 anos, sob o governo dos soberanos inças. No que diz respeito ao bem-estar geral do povo, à justiça e beneficência do governo, à divisão igualitária da posse da terra e à vida simples e religiosa dos habitantes, o império peruano daquela época poderia ser considerado como um eco tradicional, porém débil, da idade de ouro dos toltecas no continente-mãe da Atlântida.O índio pele-vermelha típico da América do Norte ou do Sul é o melhor representante atual do povo tolteca, mas naturalmente não se compara ao indivíduo altamente civilizado da raça em seu apogeu.O Egito deve ser agora mencionado, e o estudo dessa matéria deve fornecer um importante esclarecimento a respeito de sua primitiva história. Embora o primeiro povoamento desse país não tenha sido no sentido estrito da palavra, uma colônia, foi da raça tolteca que, posteriormente, foi aliciado o primeiro grande contingente de emigrantes, destinados a se misturarem com o povo aborígine e a dominá-lo.Em primeiro lugar, houve a transferência de uma grande Loja de Iniciação, cerca de 400.000 anos atrás. A idade de ouro dos toltecas há muito terminara. A primeira grande catástrofe já ocorrera. A degradação moral do povo e a consequente prática das "magias negras" estavam se tornando mais acentuadas e se

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João Fernandes da Silva Júniordisseminavam por toda parte. Fazia-se necessário um ambiente mais puro para a Loja Branca. O Egito estava isolado e sua população era escassa. Por isso, foi escolhido. A colonização servia, assim, ao seu propósito e, não perturbada por condições adversas, a Loja de Iniciados realizou seu trabalho por, aproximadamente, 200.000 anos.Cerca de 210.000 anos atrás, no tempo propício, a Loja Oculta fundou um império - a primeira "Dinastia Divina" do Egito - e principiou a ensinar o povo. Foi então que o primeiro grande grupo de colonizadores foi trazido da Atlântida e, em alguma época, durante os 10.000 anos que precederam a segunda catástrofe, as duas grandes pirâmides de Gizé foram construídas, em parte para proporcionar Salas de Iniciação permanentes, mas também para atuar como casa do tesouro e santuário de algum grande talismã de poder durante a submersão, que os Iniciados sabiam ser iminente. O Mapa nº 3 retrata o Egito nessa época, submerso. E ele assim permaneceu por um considerável período, mas quando tornou a emergir foi outra vez povoado pelos descendentes de muitos de seus antigos habitantes, que tinham se refugiado nas montanhas abissínias (que no Mapa D- 3 aparecem como uma ilha), bem como por novos grupos de colonos atlantes, vindos de várias regiões do mundo. Uma considerável imigração de acadianos ajudou, então, a alterar o tipo egípcio. Esta é a era da segunda "Dinastia Divina" do Egito - na qual os Adeptos Iniciados foram, novamente, os governantes do país.

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A catástrofe de 80.000 anos atrás deixou, uma vez mais, o país submerso, mas dessa vez foi apenas uma onda temporária. Quando esta refluiu, a terceira "Dinastia Divina" – mencionada por Maneio — começou seu governo, e foi durante o reinado dos primeiros reis dessa dinastia que o grande templo de Karnak, e uma grande parte das mais antigas construções que ainda podem ser vistas no Egito, foram erigidas. Na verdade, excetuando-se as duas pirâmides, nenhuma outra construção no Egito é anterior à catástrofe de 80.000 anos atrás.A submersão definitiva de Posseidon fez com que outro vagalhão atingisse o Egito. Essa calamidade também foi apenas temporária, mas pôs fim às "Dinastias Divinas", pois a Loja de Iniciados transferira suas sedes para outras terras.Vários aspectos não mencionados aqui já foram tratados em Transaction of the London Lodge, "The Pyramids and Stonehenge".Os turanianos, que no período do primeiro mapa colonizaram as regiões setentrionais do território situado logo a leste da Atlântida, ocuparam, no período do segundo mapa, suas regiões litorâneas meridionais (que incluíam o Marrocos e a Argélia atuais). Também vamos encontrá-los vagando em direção ao oriente, povoando tanto as costas ocidentais como orientais do mar asiático central. Finalmente, seus grupos deslocaram-se ainda mais para o leste e, nos dias de hoje, o chinês do interior é o tipo que mais se aproxima dessa raça. Um curioso

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João Fernandes da Silva Júniorcapricho do destino, a respeito de uma das ramificações ocidentais desta raça, deve ser mencionado. Apesar de dominados durante séculos pelos seus vizinhos toltecas, mais poderosos, estava reservada a um pequeno ramo do tronco turaniano a conquista e a ocupação do último grande império construído pelos toltecas, pois os brutais e pouco civilizados astecas possuíam o puro sangue turaniano.Houve dois tipos de emigrações semitas: primeiro, as motivadas pelo impulso natural da raça; segundo, aquela emigração especial, efetuada sob direta orientação do Manu; pois, por mais estranho que possa parecer, o núcleo destinado a ser desenvolvido na nossa grande raça ariana, ou quinta raça, não foi escolhido dentre os toltecas, mas sim, entre os dessa sub-raça violenta e anárquica, embora vigorosa e energética. A razão, sem dúvida alguma, repousa na característica manásica, com a qual o número 5 é sempre associado. A sub-raça desse número foi inevitavelmente desenvolvendo o poder e a inteligência de seu cérebro físico, embora à custa das percepções psíquicas; contudo, esse desenvolvimento do intelecto, em níveis infinitamente mais elevados, é ao mesmo tempo a glória e a meta prefixada de nossa quinta raça-raiz.Analisando, em primeiro lugar, as emigrações naturais, constatamos que, no período do segundo mapa, enquanto ainda restavam nações poderosas no continente-mãe, os semitas espalharam-se tanto para o oeste como para o leste - a oeste, para as terras que hoje formam os Estados Unidos, explicando o porquê

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de o tipo semítico ser encontrado em algumas das raças índias; e a leste, para as costas setentrionais do continente vizinho, que formava tudo o que então havia da Europa, da África e da Ásia. O tipo dos egípcios antigos, bem como de outras nações adjacentes, foi, até certo ponto, alterado por essa linhagem semita original; contudo, com exceção dos judeus, os cabilas menos escuros das montanhas argelinas são, no momento, os únicos representantes da raça relativamente pura.As tribos resultantes da segregação efetuada pelo Manu para a formação da nova raça-raiz finalmente encontraram seu caminho para as regiões litorâneas meridionais do mar asiático central, onde foi fundado o primeiro grande reino árico. Quando o Relatório acerca da origem de uma raça-raiz for escrito, verificar-se-á que muitos dos povos aos quais costumeiramente chamamos semíticos, na verdade são, quanto ao sangue, áricos. O mundo também será esclarecido a respeito do que consiste a reivindicação dos hebreus de ser considerado um “povo escolhido”. Em poucas palavras, pode-se afirmar que eles representam um vínculo anormal e artificial entre as quarta e quinta raças-raízes.Os acadianos, apesar de se tornarem, finalmente, os governantes supremos no continente-mãe da Atlântida, se originaram, como vimos no período do segundo mapa, no continente vizinho - seu habitat específico ficava na região ocupada pela bacia do Mediterrâneo, mais ou menos onde atualmente fica a

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João Fernandes da Silva Júniorilha da Sardenha. A partir deste centro, avançaram para o oriente, ocupando as regiões que, posteriormente, formaram as costas do Levante, e chegaram até a Pérsia e a Arábia. Como já vimos, eles também ajudaram a povoar o Egito. Os antigos etruscos, os fenícios, incluindo os cartagineses e os sumério-acadianos, eram ramificações desta raça, embora os bascos de hoje, provavelmente, tenham uma porcentagem bem maior de sangue acadiano correndo em suas veias.Uma referência aos antigos habitantes de nossas ilhas pode ser oportuna aqui, pois foi na primitiva era acadiana, cerca de 100.000 anos atrás, que a colônia dos Iniciados, que fundaram Stonehenge, desembarcou nessas praias - sendo "essas praias", naturalmente, as praias da parte escandinava do continente da Europa, como demonstra o Mapa nº 3. Parece que os sacerdotes iniciados e seus discípulos pertenciam a uma linhagem bastante antiga da raça acadiana - eram mais altos, mais bonitos e mais espertos do que os aborígines da região, que eram uma raça muito miscigenada e, em sua grande maioria, remanescentes degenerados dos rmoahals. Como os leitores do Transaction of the London Lodge, em "Pyramids and Stonehenge", devem saber, a rude simplicidade de Stonehenge foi planejada para servir de protesto contra os ornamentos extravagantes e a exagerada decoração dos templos existentes na Atlântida, onde os habitantes prosseguiam com o degradante culto de suas próprias imagens.

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Os mongóis como vimos nunca tiveram nenhum contato com o continente-mãe. Nascidos nas vastas planícies da Tartána, durante muito tempo suas emigrações se limitaram às grandes extensões dessas regiões; por mais de uma vez, porém, tribos de origem mongólica atravessaram o estreito de Bering, passando assim, do norte da Ásia para a América. A última dessas emigrações - a dos k'i-tans, há uns 1.300 anos - deixou rastos, que alguns cientistas ocidentais puderam seguir. A presença de sangue mongol em algumas tribos de índios norteamericanos também foi admitida por vários etnólogos. Sabe-se que tanto os húngaros como os malaios são ramificações dessa raça, enobrecida, no primeiro caso, por uma estirpe de sangue árico, degradada, no segundo, pela miscigenação com os exaustos lemurianos. Contudo, o fato interessante sobre os mongóis é que seus últimos descendentes ainda estão em pleno vigor – na verdade, ainda não atingiram seu apogeu - e a nação japonesa ainda tem muita história a oferecer ao mundo.Artes e Ciências. - Deve-se, antes de tudo, reconhecer que nossa própria raça ariana tem naturalmente conquistado resultados muito maiores, em quase todos os campos de atividade, do que os atlantes. No entanto, mesmo onde eles fracassaram em alcançar o nosso nível, o relato de seus feitos serve para demonstrar o alto grau de desenvolvimento atingido pela sua civilização. Por outro lado, a qualidade de suas conquistas científicas, nas quais nos excederam,

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João Fernandes da Silva Júnioré de uma natureza tão deslumbrante que não podemos deixar de nos surpreender diante desse desenvolvimento desproporcional.As artes e ciências, tal como praticadas pelas duas primeiras raças, eram, naturalmente, bastante rudimentares, mas não é nosso propósito seguir o progresso alcançado por cada sub-raça em separado. A história da raça atlante, bem como da raça árica, foi entremeada com períodos de progresso e de decadência. Às épocas de cultura seguiram-se períodos anárquicos, durante os quais todo o desenvolvimento artístico e científico se perdia, e esses períodos eram, por sua vez, sucedidos por civilizações que atingiam níveis ainda mais elevados. Naturalmente, serão desses períodos de cultura que tratarão as observações seguintes, entre os quais se distingue, sobretudo, a grande era tolteca.A arquitetura, a escultura, a pintura e a música eram praticadas na Atlântida. A música, mesmo nos períodos de maior brilho, era rudimentar e os instrumentos bastante primitivos. Todas as raças atlantes gostavam das cores, e matizes brilhantes decoravam o interior e o exterior de suas casas. Contudo, a pintura, enquanto arte pura, nunca se firmou realmente, embora se ensinasse, nos últimos dias, algum tipo de desenho e pintura nas escolas. Por outro lado, a escultura, que também era ensinada nas escolas, era muito praticada e sua qualidade foi excepcional. Como veremos mais adiante, na seção destinada à "Religião", tornou-se uma prática comum,

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desde que se tivesse recursos para tanto, colocar num dos templos uma imagem de si próprio.Essas imagens eram, algumas vezes, esculpidas em madeira ou numa pedra resistente e escura, semelhante ao basalto; entre os ricos, porém, tornou-se moda esculpir suas estátuas em metais preciosos, tais como o oricalco, o ouro ou a prata. Geralmente, conseguia-se uma imagem razoável do indivíduo e, em alguns casos, alcançava-se uma semelhança notável.Contudo, a arquitetura era, sem dúvida, uma das artes mais praticadas. Suas construções consistiam em estruturas maciças, de proporções gigantescas. As moradias nas cidades não eram como as nossas compactamente aglomeradas nas ruas, uma ao lado da outra. Do mesmo modo que suas casas rurais, algumas se erguiam cercadas por jardins, outras separadas por lotes de terrenos comuns, mas todas eram estruturas isoladas. No caso dos edifícios mais importantes, quatro blocos circundavam um pátio central, no meio do qual geralmente erguia-se uma das fontes, cuja quantidade na "Cidade dos Portais Dourados" fez com que esta recebesse uma segunda denominação, a de "Cidade das Águas". Não havia, como hoje, mercadorias expostas nas ruas para venda. Todas as transações de compra e venda eram efetuadas de modo particular, exceto em datas estabelecidas, quando se realizavam grandes feiras públicas nos espaços livres das cidades. Todavia, a principal característica da habitação tolteca era a torre que se

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João Fernandes da Silva Júniorerguia em um dos cantos ou no centro de um dos blocos. Uma escada espiral, construída do lado externo, conduzia aos andares superiores, e uma cúpula pontiaguda encimava a torre - esta parte mais elevada geralmente era usada como observatório. Como já foi mencionado, as casas eram decoradas com cores brilhantes. Algumas eram ornamentadas com esculturas, outras com afrescos ou desenhos decorativos. Os espaços das janelas eram preenchidos com algum artigo Manufaturado, semelhante ao vidro, mas menos transparente. Os interiores não eram guarnecidos com os elaborados detalhes de nossas habitações modernas, mas a vida era altamente civilizada em seu gênero.Os templos eram edifícios enormes, assemelhando-se, mais do que quaisquer outros, às gigantescas construções egípcias, porém construídos num estilo ainda mais prodigioso. As colunas que sustentavam o teto raramente eram circulares, sendo, em sua maioria, quadradas. Na época da decadência, os corredores estavam rodeados por inúmeras capelas, onde se encontravam as estátuas dos habitantes mais importantes. Essas capelas laterais eram às vezes de um tamanho considerável, a fim de comportar toda uma comitiva de sacerdotes, que alguns homens especialmente importantes tinham a seu serviço para o culto cerimonial de sua imagem. Tal como as residências particulares, os templos nunca estavam completos sem as torres encimadas por domos, que naturalmente guardavam suas respectivas proporções em tamanho e magnificência. Elas eram utilizadas

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como observatórios astronômicos e para o culto do sol.Os metais preciosos eram muito usados na decoração dos templos, cujos interiores eram frequentemente não apenas marchetados, mas chapeados de ouro. Valorizava-se altamente o ouro e a prata, mas, como veremos mais adiante, ao abordarmos o assunto da moeda corrente, a finalidade do uso desses metais era artística e nada tinha que ver com o sistema monetário, embora a enorme quantidade então fabricada pelos químicos - ou devíamos hoje em dia chamá-los alquimistas -, deva tê-los afastado da categoria de metais preciosos. Esse poder de transmutação de metais não era universal, mas era tão largamente conhecido que se fabricavam enormes quantidades. Na verdade, a fabricação dos metais almejados pode ser considerada como um dos empreendimentos industriais daquela época, através dos quais os alquimistas ganhavam a vida. O ouro era bem mais admirado do que a prata e, consequentemente, fabricado numa escala muito maior.Educação. - Algumas palavras acerca do idioma introduzirá adequadamente um comentário a respeito da instrução ministrada nas escolas e nas faculdades da Atlântida. Durante o período do primeiro mapa, o tolteca era a língua universal, não apenas em todo o continente, mas também nas ilhas ocidentais e naquela porção do continente oriental que reconhecia o governo do imperador. Vestígios dos idiomas rmoahal

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João Fernandes da Silva Júniore tlavatli sobreviviam, é verdade, em regiões remotas, assim como os idiomas celta e galês sobrevivem hoje entre nós, na Irlanda e no País de Gales. A língua tlavatli foi a base usada pelos turanianos, que introduziram tantas modificações que, com o tempo, criaram uma língua inteiramente diversa; por sua vez, os semitas e acadianos, adotando uma base tolteca, modificaram-na, cada um a seu modo, e criaram, assim, duas variações divergentes. Desse modo, nos últimos dias de Posseidon, havia várias línguas inteiramente distintas - embora todas pertencessem a um tipo aglutinante -, pois só na época da quinta raça é que os descendentes dos semitas e acadianos desenvolveram uma língua flexiva. Entretanto, através de todas as épocas, a língua tolteca manteve razoavelmente sua pureza, e o mesmo idioma falado na Atlântida, na época de seu esplendor, foi usado, com ligeiras alterações, milhares de anos mais tarde, no México e no Peru.As escolas e faculdades da Atlântida, na grande era tolteca, bem como nos posteriores períodos de cultura, eram mantidas pelo Estado. Embora se exigisse que todas as crianças passassem pelas escolas primárias, a educação subsequente diferia bastante. As escolas primárias constituíam uma espécie de processo de seleção. As crianças que demonstrassem verdadeira aptidão para o estudo, juntamente com as crianças das classes dominantes, que naturalmente possuíam maiores habilidades, eram escolhidas para as escolas superiores, mais ou menos com doze anos de idade. A leitura e a escrita, consideradas como simples

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preliminares, já lhes tinham sido ensinadas nas escolas primárias.Mas a leitura e a escrita não eram consideradas necessárias à maioria dos habitantes, que tinham de passar a vida cultivando a terra, ou então nos ofícios Manuais, cuja prática era requerida pela comunidade. Por essa razão, a grande maioria das crianças era imediatamente conduzida às escolas técnicas que melhor conviessem às suas diversas aptidões. Entre as escolas técnicas, as principais eram as agrícolas. Alguns ramos da mecânica também faziam parte da educação, ao passo que nas regiões mais afastadas e próximas do litoral incluíam-se a caça e a pesca. Desse modo, todas as crianças recebiam a educação ou treinamento que lhes fosse mais apropriado.As crianças com aptidões superiores que, como vimos, tinham aprendido a ler e a escrever, recebiam uma educação mais elaborada. As propriedades das plantas e suas qualidades de cura constituíam um importante ramo de estudo. Nessa época não havia médicos reconhecidos como tais - todo homem Instruído sabia alguma coisa de medicina, bem como de cura magnética.Também ensinavam-se química, matemática e astronomia. O treinamento nessas matérias encontra sua analogia entre nós, mas o objetivo para o qual os esforços dos professores se dirigiam era o desenvolvimento das faculdades psíquicas dos alunos e sua instrução acerca das forças ocultas da Natureza. As propriedades ocultas das plantas, dos metais e das

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João Fernandes da Silva Júniorpedras preciosas, bem como os processos alquímicos de transmutação, estavam incluídos nessa categoria. Com o passar do tempo, porém, isso tornou-se cada vez mais o poder individual, ao qual Bulwer Lytton dá o nome de vril, descrevendo exatamente sua ação em The Corning Roce, que as faculdades destinadas ao ensino superior dos jovens da Atlântida ocupavam-se particularmente em desenvolver. A mudança marcante, ocorrida por ocasião da decadência da raça, consistiu em que, em vez de o mérito e a aptidão serem considerados decisivos para a promoção aos mais altos graus de instrução, as classes dominantes, que se tomavam cada vez mais exclusivistas, apenas permitiam que seus próprios filhos se graduassem no mais alto nível de ensino, o que lhes proporcionava um grande poder.Num império como o dos toltecas, era natural que a agricultura recebesse especial atenção. Não só os trabalhadores aprendiam seu ofício nas escolas técnicas, como também havia faculdades onde se ministrava, aos estudantes habilitados, o conhecimento necessário para levar a cabo experiências de cruzamentos de animais e de plantas.Como os leitores de literatura teosófica devem saber, o trigo não tem sua origem neste planeta. Foi uma dádiva do Manu, que o trouxe de outro planeta, situado além de nosso sistema solar. Mas a aveia e alguns de nossos outros cereais são resultados dos cruzamentos entre o trigo e as ervas nativas da terra. Ora, as experiências que produziram esses resultados foram realizadas nas escolas agrícolas da Atlântida.

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Essas experiências foram, sem dúvida, orientadas por um conhecimento superior. Contudo, a mais notável façanha dos agricultores atlantes foi o desenvolvimento da pacobeira ou bananeira. No seu estado selvagem original, ela era um melão alongado, com pouquíssima polpa, porém repleta de sementes, como é o caso do melão. Naturalmente, só após séculos (se não milhares de anos) de continua seleção e eliminação que a atual planta sem sementes foi desenvolvida.Entre os animais domesticados da era tolteca, havia uma espécie semelhante a uma anta muito pequena. Naturalmente, alimentava-se de raízes ou ervas; mas, como os porcos de hoje, com os quais se assemelhavam em vários aspectos, não era lá muito limpo e comia tudo o que aparecesse em seu caminho. Animais maiores, semelhantes ao gato, e ancestrais do cachorro, parecidos com um lobo, também podiam ser encontrados ao redor das habitações humanas. Parece que os carros toltecas eram puxados por animais um pouco parecidos com pequenos camelos. Os atuais lhamas peruanos provavelmente são seus descendentes. Os ancestrais do alce irlandês também vagavam pelas encostas dos morros, do mesmo modo que nosso gado montanhês, demasiado selvagem para permitir uma aproximação fácil mas, mesmo assim, sob o controle do homem.Constantes experiências eram feitas relativas à criação e ao cruzamento de diferentes espécies de animais e, por mais curioso que nos possa parecer, o calor

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João Fernandes da Silva Júniorartificial era muito utilizado para estimular seu desenvolvimento a fim de que os resultados do cruzamento de raças e da hibridação pudessem ser verificados num espaço de tempo mais curto. Também foi adotado o uso de diferentes luzes coloridas nos compartimentos onde se realizavam essas experiências, a fim de se obter resultados variados.Esse controle e moldagem das formas animais, sujeitos à vontade humana, leva-nos a um tema bastante surpreendente e muito misterioso. Já mencionamos o trabalho realizado pelos Manus. Pois bem, é na mente do Manu que se originam todos os aperfeiçoamentos no tipo e as potencialidades latentes em cada forma de vida. A fim de desenvolver minuciosamente os aperfeiçoamentos nas formas de vida animal, a ajuda e a cooperação do homem foram requeridas. As espécies anfíbias e os répteis, que então existiam em abundância, tinham quase completado seu curso e estavam prontas para adotar a forma de um tipo mais desenvolvido, pássaro ou mamífero. Essas formas constituíam a matéria-prima rudimentar que se encontrava à disposição do homem, e a argila estava pronta para assumir qualquer formato que as mãos do oleiro conseguissem moldar. As experiências acima mencionadas foram empreendidas principalmente com os animais que se encontravam num estágio intermediário; e, sem dúvida, os animais domesticados, tal como o cavalo, que hoje prestam tanto serviço ao homem, são o resultado dessas experiências, nas quais os homens daquela época

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aluaram em cooperação com o Manu e seus ministros. Todavia, não demorou para que essa cooperação se desfizesse. O egoísmo acabou prevalecendo, e a guerra e a discórdia puseram fim à Idade de Ouro dos toltecas. No momento em que os homens, em vez de trabalharem lealmente, com o mesmo objetivo, sob a orientação de seus reis Iniciados, começaram a se atacar mutuamente, os animais que, sob os cuidados do homem, poderiam assumir aos poucos formas cada vez mais úteis e domesticadas, abandonados à orientação de seus próprios instintos, acabaram seguindo o exemplo de seus monarcas e começaram a se atacar. Na verdade, alguns já haviam sido treinados e utilizados pelos homens em suas expedições de caça; assim, os animais semidomesticados semelhantes ao gato, acima mencionados, tornaram-se naturalmente os ancestrais do leopardo e do jaguar.Um exemplo daquilo que algumas pessoas podem se sentir tentadas a considerar uma teoria fantástica, que embora não venha talvez elucidar a questão, chamará pelo menos a atenção para a moral encerrada neste suplemento ao nosso conhecimento quanto ao modo misterioso pelo qual se deu nossa evolução. Parece que o leão poderia ter uma natureza mais dócil e um aspecto menos feroz se os homens dessa época tivessem concluído a tarefa que lhes fora dado executar.Se ele está ou não destinado a, finalmente, "deitar-se com o cordeiro e a comer palha como o boi", o destino que lhe estava reservado, tal como foi

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João Fernandes da Silva Júniorimaginado por Manu, ainda não tinha sido realizado, pois a imagem era a de um animal possante, porém domesticado - um animal forte, com a espinha dorsal em linha horizontal, olhos grandes e inteligentes, projetado para atuar como um servo muito possante do homem em trabalhos de tração.A "Cidade dos Portais Dourados" e seus arredores devem ser descritos antes de passarmos à apreciação do maravilhoso sistema pelo qual seus habitantes se supriam de água. Situava-se, como já vimos, na costa oriental do continente, próxima do mar, e cerca de 15° ao norte do equador. Um campo lindamente arborizado, semelhante a um parque, circundava a cidade.Espalhadas por uma ampla área dessa região ficavam as casas de campo das classes mais abastadas.A oeste estendia-se uma cadeia de montanhas, de onde vinha a água que abastecia a cidade. A própria cidade foi construída nas encostas de uma colina que se erguia cerca de 152m acima da planície. No topo dessa colina ficava o palácio e os jardins do imperador, de cujo centro jorrava da terra um fluxo incessante de água, que, depois de abastecer o palácio e as fontes dos jardins, fluía em todas as direções, despencando em forma de cachoeiras e formando um canal ou fosso que circundava as terras adjacentes ao palácio, separando-as, assim, da cidade, que se estendia mais abaixo, em cada face da colina. A partir desse canal, quatro regos conduziam a água, passando pelas quatro zonas da cidade, até as cachoeiras que, por sua vez, formavam outro canal circundante,

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situado num nível mais baixo. Havia três desses canais dispostos em círculos concêntricos, entre os quais o mais exterior e inferior ainda se encontrava acima do nível da planície. Um quarto canal situado nesse nível mais inferior, porém com um traçado retangular, recebia os constantes fluxos de água e, por seu turno, despejava-os no mar.A cidade alcançava uma parte da planície, estendendo-se até a margem desse enorme fosso mais exterior, que a circundava e a defendia através de uma linha de pequenos canais, cuja extensão abrangia uns 200 km2.Veremos, assim, que a cidade se dividia em três grandes zonas, cada uma cercada por seus canais. A zona mais alta, abaixo dos jardins do palácio, caracterizava-se por uma pista circular de corridas e amplos jardins públicos. A maioria das casas dos funcionários da corte também ficava nessa zona, onde havia ainda uma instituição da qual não temos paralelo nos tempos modernos. O termo "Casa dos Estrangeiros", entre nós, dá uma impressão de desprezo e sugere um ambiente sórdido; tratava-se, porém, de um palácio que hospedava todos os estrangeiros que porventura chegassem à cidade, onde eram tratados, pelo tempo que desejassem ficar, como hóspedes do Governo. As casas separadas dos habitantes e os diversos templos espalhados pela cidade ocupavam as outras duas zonas. No período áureo da civilização tolteca, parece não ter havido uma pobreza propriamente dita - até mesmo os

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João Fernandes da Silva Júniorescravos que, em grande número, estavam à disposição de quase todas as famílias, alimentavam-se e vestiam-se muito bem - mas havia algumas famílias relativamente pobres, que moravam ao norte da zona mais baixa, bem como além dos limites do canal mais exterior, perto do mar. Os habitantes dessa região dedicavam-se, em sua grande maioria, à navegação, e suas casas, embora separadas, eram construídas mais perto umas das outras do que nas demais regiões.Pode-se deduzir, do que foi dito acima, que os habitantes dispunham de um abundante estoque de água pura e limpa, que circulava incessantemente por toda a cidade, enquanto as zonas mais altas e o palácio do imperador eram protegidos por uma série de fossos, cada um num nível mais alto que o outro à medida que se aproximavam do centro.Assim sendo, não é necessário um conhecimento profundo de mecânica para perceber quão estupendas devem ter sido as obras necessárias para fornecer esse abastecimento, pois a "Cidade dos Portais Dourados", em seu período áureo, abrigava dentro do espaço compreendido por seus quatro fossos circulares, mais de dois milhões de habitantes. Nenhum sistema semelhante de abastecimento de água foi alguma vez empreendido, quer na Grécia, em Roma, ou mesmo nos tempos modernos - de fato, é bastante duvidoso que nossos mais hábeis engenheiros, mesmo à custa de imensas fortunas, conseguissem produzir tal resultado.Será interessante descrever algumas de suas principais características. O abastecimento era extraído de um

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lago situado entre as montanhas a oeste da cidade, numa altitude acima de 792m. O aqueduto principal, que era de seção oval e media 15 m por 9 m, levava a água, através do subsolo, a um enorme reservatório em forma de coração, situado bem abaixo do palácio – na verdade, na própria base da colina onde se erguiam a cidade e o palácio. A partir desse reservatório, um poço perpendicular, com cerca de 152 m de altura, atravessava a rocha maciçae dava passagem à água, que jorrava nos jardins do palácio, de onde era distribuída por toda a cidade. Do reservatório central, também partiam diversos canos, destinados a fornecer água potável e a suprir as fontes públicas de vários setores da cidade. Naturalmente, também havia sistemas de comportas para controlar ou interromper o abastecimento das diferentes regiões.Pelo acima mencionado, qualquer pessoa com algum conhecimento de mecânica deduzirá que a pressão no aqueduto subterrâneo e no reservatório central, de onde a água naturalmente subia até o pequeno lago nos jardins do palácio, devia ser enorme e, por conseguinte, o poder de resistência do material utilizado na sua construção era extraordinário.Se o sistema de abastecimento de água na "Cidade dos Portais Dourados" era maravilhoso, deve-se admitir que os métodos atlantes de locomoção eram muito mais magníficos, pois era utilizado uma espécie de veículo-voador, embora não fosse um meio de transporte público que pudesse ser usado a qualquer hora. Os escravos, os servos e as classes inferiores,

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João Fernandes da Silva Júniorcujo trabalho era Manual, tinham de percorrer a pé as rotas que levavam à zona rural, ou fazer esse percurso em carroças primitivas, de rodas grossas, puxadas por estranhos animais. Os barcos aéreos podem ser considerados como os transportes particulares dessa época, ou melhor, os iates particulares, levando-se em conta o número relativo dos que os possuíam, pois a produção desses veículos deve ter sido sempre difícil e dispendiosa. Por via de regra, não eram planejados para acomodar muitas pessoas. Muitos deles eram construídos com apenas dois lugares; outros tinham espaço para seis ou oito passageiros. Nos últimos dias, quando a guerra e a discórdia puseram fim à Idade de Ouro, navios de guerra aéreos substituíram em grande escala os navios de guerra normais - à medida que o potencial de destruição daqueles revelou-se muito mais eficaz. Esses navios eram planejados para transportar o equivalente a cinquenta combatentes e, em alguns casos, comportavam até cem homens.O material com que esses barcos aéreos eram construídos era madeira ou metal. Os primeiros foram construídos de madeira - as tábuas utilizadas eram muitíssimo finas, mas a injeção de alguma substância, que, embora não lhes aumentasse materialmente o peso, fornecia-lhes uma resistência análoga à do couro, proporcionava a necessária combinação de leveza e rijeza.Quando o metal foi utilizado, geralmente era uma liga - dois metais brancos e um vermelho entravam nessa mistura. O resultado era um metal branco, semelhante ao alumínio, e até mesmo mais leve no peso. Sobre a

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estrutura básica do barco aéreo estendia-se uma folha grande desse metal, que, em seguida, era ajustada à forma e, onde necessário, soldada eletricamente.Contudo, quer fossem construídos de metal ou de madeira, a superfície exterior era aparentemente inconsútil e perfeitamente lisa; além disso, brilhavam no escuro, como se tivessem sido revestidos por uma tinta fosforescente.Quanto à forma, assemelhavam-se a um barco, mas eram invariavelmente cobertos, pois, quando no auge da velocidade, não seria nada cômodo, mesmo que fosse seguro, permanecer no convés superior. Seu mecanismo de propulsão e de direção podia ser acionado em ambas as extremidades.Mais curioso ainda, porém, é a energia que os impulsionava. A princípio, parece que o vril pessoal supria a força motriz - se era usado em combinação com algum dispositivo mecânico, pouco importa -, sendo substituído, mais tarde, por uma força que, embora gerada de um modo que desconhecemos, operava, não obstante, através de dispositivos mecânicos. Na verdade, essa força era de uma natureza etérica. Sem dúvida, os dispositivos mecânicos não eram exatamente idênticos em cada uma das embarcações. A seguinte descrição refere-se a um barco aéreo, no qual, em certa ocasião, três embaixadores do rei que governava a região setentrional de Posseidon viajaram até o palácio do reino meridional. Uma forte e pesada arca de metal, situada no centro do barco, era o gerador. Dali a força

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João Fernandes da Silva Júniorfluía através de dois grandes tubos flexíveis até as duas extremidades da embarcação, bem como através de oito tubos suplementares que, fixados nas amuradas, iam da proa até a popa. Estes tinham aberturas duplas, uma voltada para cima e a outra para baixo. Quando a viagem estava prestes a se iniciar, abriam-se as válvulas dos oito tubos da amurada que estavam voltadas para baixo - as demais válvulas permaneciam fechadas. Precipitando-se através dessas válvulas, a corrente chocava-se tão violentamente contra a terra, que impelia o barco para cima, enquanto o próprio ar continuava a fornecer o suporte necessário. Quando se alcançava uma altitude suficiente, acionava-se o tubo flexível dessa extremidade da embarcação voltada para a direção oposta à desejada, ao mesmo tempo em que, pelo fechamento parcial das válvulas, reduzia-se a corrente que se precipitava através dos oito tubos verticais, até se obter o mínimo de corrente necessário à Manutenção da altitude alcançada. A grande intensidade da corrente, sendo agora dirigida através do amplo tubo voltado na direção da popa, com uma inclinação de aproximadamente 45°, além de ajudar a manter a altitude, também fornecia a grande força motriz que impulsionava a embarcação através do ar. A pilotagem se efetuava pela descarga da corrente ao longo desse tubo, pois a menor alteração do sentido dessa corrente provocava uma alteração imediata no rumo da embarcação. Mas não era necessária uma inspeção constante. No caso de uma viagem longa, o tubo podia ser fixado, de modo que não era preciso

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manejá-lo até que o percurso estivesse quase concluído. A velocidade máxima alcançada era de mais ou menos 160 km por hora; o percurso nunca era feito em linha reta, mas sempre em forma de longas ondulações, ora aproximando-se, ora afastando-se do solo. A altitude em que as embarcações faziam seu percurso era de apenas poucas centenas de metros - na verdade, quando altas montanhas surgiam na Unha de rota, era necessário mudar o curso e contorná-las. O ar mais rarefeito não fornecia o suporte necessário por muito tempo. Os morros de cerca de 300 m eram os mais altos que conseguiam transpor. O modo pelo qual se detinha a embarcação, quando esta chegava ao seu destino - o que também podia ser feito em pleno voo -, era através da liberação de uma quantidade da corrente pelo tubo que ficava na extremidade do barco voltada para o local de chegada; a corrente, chocando-se com o solo ou com o ar frontal, atuava como um freio, enquanto a força propulsora de trás era gradualmente reduzida pelo fechamento da válvula. Resta ainda explicar a razão da existência dos oito tubos, fixados nas amuradas, voltados para cima. Estavam mais relacionados com os combates aéreos. Tendo uma força tão poderosa à sua disposição, os navios de guerra, naturalmente, dirigiam a corrente uns contra os outros. Entretanto, isso podia destruir o equilíbrio do navio atingido e virá-lo de borco – sem dúvida, uma situação que permitia à embarcação inimiga desferir ataques com seu esporão.

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João Fernandes da Silva JúniorHavia também o perigo de ser precipitado ao solo, a menos que se providenciasse, imediatamente, o fechamento e a abertura das válvulas necessárias. Em qualquer posição que a embarcação se encontrasse, os tubos voltados para o solo eram, naturalmente, aqueles pelos quais a corrente deveria se precipitar, ao passo que os tubos voltados para cima deviam permanecer fechados. O modo pelo qual a embarcação virada de cabeça para baixo podia ser endireitada, retomando a posição original; era através do uso dos quatro tubos num dos lados da embarcação apontados para baixo, enquanto os outros quatro, do lado oposto, eram mantidos fechados.Os atlantes também tinham embarcações marítimas que eram impulsionadas por uma energia análoga à acima mencionada, mas a força da corrente que, neste caso, demonstrou ser mais eficaz era menos densa do que a utilizada nos barcos aéreos.Usos e Costumes. - Houve, sem dúvida, tanta variedade nos usos e costumes dos atlantes, em diferentes épocas de sua história, quanto tem havido entre as várias nações que compõem a nossa raça Ariana. Não vamos acompanhar aqui a variação dos padrões durante o passar dos séculos. Os comentários que seguem procurarão abordar apenas as características principais que diferenciam seus hábitos dos nossos, e estes serão selecionados, na medida do possivelmente a grande era tolteca.Com respeito ao casamento e ao relacionamento entre os dois sexos já mencionara as experiências realizadas pelos turanianos. Os costumes polígamos

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prevaleceram, em diferentes períodos, entre todas as sub-raças; na época dos toltecas, porém, embora a lei permitisse duas esposas, um grande número de homens tinha apenas uma. Tampouco as mulheres – como ocorre nos países onde atualmente prevalece a poligamia - eram consideradas inferiores, e não eram nem um pouco oprimidas. Sua posição social era perfeitamente igual à dos homens, embora a aptidão que muitas delas manifestavam para adquirir a energia vril, elevassem-nas à mesma categoria, e até acima, do outro sexo. Na verdade, essa igualdade era reconhecida desde a infância, e nas escolas ou faculdades os dois sexos não eram separados. Meninos e meninas aprendiam juntos. Além disso, essa era a regra, e não a exceção, para que a completa harmonia imperasse nas famílias duplas, e as mães ensinavam seus filhos a procurar amor e proteção nas outras esposas do pai, sem discriminação. Tampouco as mulheres eram impedidas de participar do governo. Às vezes participavam das assembleias administrativas e, ocasionalmente, eram

VI. 1 – Túmulos Megalíticos no Japão

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João Fernandes da Silva Júniorkofun, os túmulos megalíticos do Japão

As antigas culturas dos povos ancestrais são conhecidas, em geral, pelas suas construções megalíticas, cercadas de mitologia e misticismo. Algumas delas permanecem ainda hoje em meio a civilizações modernas e nos causam ampla admiração, diante sua grandeza. Kofun é um conjunto de tumbas megalíticas seculares situadas na cidade de Sakai, no Japão. A sua proporção gigantesca e o seu incrível formato de olho de fechadura são simplesmente extasiantes.

Kofun, que significa túmulo antigo, são tumbas construídas entre os anos 250-538 d. C, e remontam a um período da historia do Japão Antigo conhecido como Kofun, ou Tumular. Esse período demarca-se devido aos grandes túmulos construídos para nobres e príncipes. As imagens aéreas reveladas pelo satélite do Google são impressionantes, revelando-nos imensas fechaduras sobre a terra.A maior delas é o túmulo do imperador Nintoku Teano, cercada por três grandes fossos e com uma dimensão de 2.718m de diâmetro e 21m de altura, tornando-se assim umas das maiores tumbas no mundo. Construída aproximadamente no ano de 399 d. C, demorou cerca de dezesseis anos para ser concluída.

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Uma mão de obra de dois mil homens por dia foi utilizada para a construção deste gigantesco túmulo.Existem outras cinco tumbas um pouco menores ao redor desta, mas não menos intrigantes. Todas são de imperadores importantes. Uma delas, com cerca de 186m de comprimento é a tumba do imperador Ojin, pai de Nintoku.A introdução do Budismo no Japão marcou o final desse período, e a tradição dos Kofun se perdeu devido às crenças budistas que enaltecem o caráter mais efêmero e simples do ser humano. Essas impressionantes câmeras funerárias, antes apenas utilizadas pelas pessoas da alta hierarquia, passaram então a ser utilizadas por pessoas comuns e de elite de regiões distantes.Muitos povos antigos sempre enalteceram o fato de serem lembrados pela eternidade após a morte, por meio de mega construções. Kofun é um ótimo exemplo disso. Hoje, sendo um símbolo da cidade de Sakai, cercado de casas e ruas asfaltadas, fica nítido um contraste entre as raízes de um povo com a sua mais atual arquitetura, não os fazendo nunca, esquecer-se de sua história e origem.

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Palavras Finais

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Ceticismo científico ou não? Dando prosseguimento ao nosso tema da semana passada, quando tratamos do espírito crítico e o

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espírito da crítica, vamos abordar um dos pontos medulares da demarcação entre ciência e não ciência que é o ceticismo científico cujo motor principal é o pensamento crítico.O termo ceticismo derivado do termo grego sképtomai, que significa “olhar à distância”, “examinar”, “observar” fundamentou-se na premissa da própria impossibilidade humana de obter certeza absoluta a respeito da verdade, daí o fato de não se aceitar explicações sobre a realidade que não possam ser comprovadas experimentalmente ou persistirem incólumes quando examinadas sob a ótica de um profundo senso crítico.Do ponto de vista científico essa postura questiona de forma constante e metódica a veracidade de qualquer alegação, buscando permanentemente os argumentos necessários que possam ou corroborá-las ou invalidá-las. Evidentemente esse processo é realizado sempre de acordo com o método científico, tendo em maior instância a aplicação do próprio princípio da falseabilidade proposto por Karl Popper no início do século XX.Em muitas discussões acaloradas, é comum usar-se o termo “cético” até como tentativa de depreciação denominando o alvo do ataque como sendo um sujeito de “mente fechada”. Aliás, o principal defensor do ceticismo científico, Carl Sagan (fotos) cunhou uma máxima a esse respeito:

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João Fernandes da Silva Júnior“Você deve manter sua mente aberta, mas não tão aberta que o cérebro caia”.Daí o rigor com qual devemos avaliar as “conclusões” que são sacramentadas apenas pelo senso comum ou ideias equivocadas tidas como verdades inquestionáveis há séculos, simplesmente porque fazem parte de uma antiga tradição.O termo cético foi bem vivido e bem utilizado pelo eminente químico inglês Robert Boyle. Seguindo o exemplo de Galileu, Boyle escreveu, em 1661, o livro “O químico cético” em forma de diálogo, no qual critica a visão aristotélica de mundo e defende a teoria corpuscular da matéria. Um dos grandes méritos desse livro foi trazer para a Química uma visão lógica da natureza. Ele mesmo disse:“Até hoje os químicos sempre pensaram que seu trabalho fosse limitado à preparação de beberagens ou à transmutação dos metais. Em vez disso, eu procuro considerar a química de modo diferente, não como poderia fazer um médico ou um alquimista, mas como um filósofo. Se os homens pensassem no progresso da ciência mais do que em seu próprio vício de pensar, facilmente se convenceriam a confiar na observação, e a não enunciar uma teoria sem antes haver feito ensaios e experimentações do fenômeno a que essa teoria se refere.”Ele defendia a ideia de que os pressupostos fundamentados nos argumentos de autoridade e na tradição deviam dar lugar aos fatos experimentais e à

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comprovação e de que não devíamos aceitar os dogmas assim tão facilmente.Naquela época defendia-se que toda a natureza era construída por quatro elementos: terra, forro, água e ar, ideia fundamentada no argumento de autoridade do grande filósofo Empédocles que viveu no século III a C. Ora, era evidente para qualquer estudioso nascido em 1600 que a madeira, por exemplo, era formada pela conjugação de fogo + terra + água + ar.Quando se planta uma árvore ela se fixa na terra, usando-a em seu desenvolvimento juntamente com a água e o ar, produzindo, assim, a madeira.Quando se incendeia a lenha, o fogo, que também compõe a madeira, é então libertado. Simples, não? Porém, completamente errado!Essa explicação da natureza persistiu por quase 2200 anos desde sua concepção.Por quantos séculos mais, essa ideia criada por Empédocles, adotada por Aristóteles e depois defendida pela Igreja Católica seria ainda sustentada como verdadeira, não fossem os esforços de céticos como Robert Boyle?O ceticismo é um dos mecanismos de proteção que a ciência dispõe contra a sua própria falibilidade. Por essa razão faz parte inseparável do método científico. Todo o cientista tem obrigação de ser cético.E como já dissemos, seu principal motor é o espírito crítico.

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João Fernandes da Silva JúniorSaber criticar é saber defender-se do erro, do engano e da fraude.Evidentemente o livre pensador pode tornar-se inconveniente quando a mira de seu ceticismo científico não se limitar mais ao seu laboratório. Quando, por exemplo, os produtos anunciados na TV, desde terapias milagrosas para emagrecer até a plataforma de políticos em campanha passassem a serem examinadas pelo senso crítico de um cético de plantão, as coisas poderiam se complicar um pouco.Existem muitos argumentos de autoridade que não sobreviveria e muitas autoridades com argumentos que poderiam não gostar muito dessa tal liberdade de pensar.

Utensílios de pedra (dupla face) foram encontrados (na Síria e na Morávia) cujo peso, de 3 a 4 libras, implica nos seres que os empregavam uma altura de 3 a 4 metros (Burkhalter).As ossadas dão a mesma indicação para a altura.A LUA E A CivilizaçãoA ciência está criando, ante nossos olhos, uma nova mitologia. O universo astronômico se mede por bilhões de anos luz. O número de galáxias calculado no céu atinge igualmente o bilhão. No infinitamente pequeno, o átomo se tornou um mundo incompreensível quase inteiramente vazio e, no

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entanto carregado de forças explosivas inconcebíveis que podem ser desencadeadas. No domínio humano, que significa para nós, inevitavelmente, o meio termo.Entre o infinitamente grande e o infinitamente pequeno, a cronologia recuou suas datas de partida. O homem existe sobre a Terra há quinhentos mil anos e talvez haja um milhão de anos.A habitação do homem, o planeta Terra, se tornou mais misteriosa que antigamente, aos nossos olhos.Não sabemos mais quase nada de seu interior. O antigo fogo central, terror de nossas infâncias, que lembrava estranhamente o inferno, desapareceu e nos dizem agora que o centro da Terra não é provavelmente mais quente que um confortável fogo de lenha. As teorias da evolução da superfície terrestre, da deriva dos continentes, dos afundamentos sensacionais passam à categoria dos mitos, sem, no entanto, deixarem de apresentar possibilidades.Não se sabe mais nada de certo, e tudo se torna possível.Então a imaginação humana, que um século ou dois de ciência haviam um pouco tolhido, retoma forças e se põe a utilizar alguns dos dados da nova ciência. Mas a imaginação humana parece ser uma constante. Ela está decidida, não tanto a criar novas imagens, quanto a revalorizar tradições muito antigas, às quais está ligado a homem, desde que ele se conhece.É deste modo que uma das mais velhas lendas de nossa civilização, a história da Atlântida contada por

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João Fernandes da Silva JúniorPlatão, em nossos dias mudou de aspecto e novamente se tornou crível.Primeiro, uma nova teoria cosmogônica, sujeita, é verdade, a violentas controvérsias, dá uma explicação aceitável, não somente do que relata Platão, porém, o que ainda é mais importante, de certas passagens do Gênesis, até aqui consideradas como pura fantasia.Depois, a etnografia mais recente traz a esta teoria, e à Bíblia, confirmações completamente inesperadas.Enfim, a psicologia atual e talvez mesmo a biologia vegetal, animal e humana, apresentam certos dados que estão: curiosamente em harmonia com Platão e com os relatos do Gênesis.A reunião destes diferentes elementos dá um quadro tão estranho, tão novo e, no entanto tão de acordo com as mais antigas lendas, que parece preferível apresentar primeiro sinteticamente este quadro, e somente depois passar às confirmações e às concordâncias. A acumulação de detalhes; ameaça, com efeito, falsear as perspectivas e pôr demasiadamente em evidência as partes que deveriam ser estabelecidas: solidamente, e que, pela própria natureza dos testemunhos acessíveis, não o podem ser.Eis, pois, em linhas gerais, a surpreendente história que se apresentará, quando a imaginação houver preenchido as lacunas da informação. Veremos em seguida os muito numerosos fragmentos de provas que permitem à imaginação trabalhar legitimamente.Desde logo notemos que as megalomanias que afligem os astrônomos tanto quanto os físicos do átomo não podem ser interditas aos novos

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historiadores. Se as galáxias atingem o bilhão, se o átomo pode proteger ou destruir o mundo, o homem mesmo bem pode se conceder, na sua história, algumas centenas de milhares de anos de mais ou de menos. Porque o homem seria mais modesto que o universo do qual faz parte?Há cerca de 300.000 anos, uma civilização muito desenvolvida, e muita diferente da nossa, se estabeleceu nos Andes, numa altura de 3.000 ou 4.000 metros sobre o oceano Pacífico atual. Mas o oceano de então subia a esta altitude sobre as montanhas e a civilização de TIAHUANACO se situava à beira mar. Quer dizer que o ar aí era respirável, enquanto que agora ele quase não o é mais, nestas regiões.Por que a água e o ar estavam acumulados nesta altura? É que o satélite da Terra de então, do gênero de nossa Lua atual, estava apenas à distância de 5 a 6 raios terrestres de nós. Em lugar duma maré comparável à de hoje, que sobe e desce porque nossa Lua está a 60 raios terrestres de nós, a maré de então, atraída por uma gravitação lunar muita mais forte, não tinha mais tempo de descer: esta Lua poderosa girava demasiadamente depressa em volta da Terra. Todas as águas do mundo estavam também represadas numa maré permanente que formava uma faixa em volta do nosso planeta. Esta faixa fixa subia a mais de 3000 metros, nos Andes. Isto é provado por uma linha de depósitos marinhos que se pode seguir por 800 quilômetros, nestas altitudes.

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João Fernandes da Silva JúniorDesta civilização de TIAHUANACO, da região do Titicaca em geral, nos restam ruínas gigantescas. Os mais antigos cronistas da América do Sul nos informam que quando os Incas chegaram até estes locais aí encontraram estas ruínas mais ou menos no estado do que estão hoje e datando para eles já de uma incomensurável antiguidade. Os Incas, bastante supersticiosos, decidiram se estabelecer mais adiante.As pedras talhadas apresentam na verdade caracteres que não se encontram em nenhuma outra parte até o presente. Primeiro, suas dimensões, numa das estátuas, numa só pedra, tem mais de sete metros de altura e pesa dez toneladas. Há dúzias de estátuas monolíticas neste gênero, todas transportadas de longe.A maneira de trabalhar a pedra é também única. Vários pórticos ou paredes com portas e janelas, são duma só pedra. Em lugar de arrumar pedras empilhadas em torno dum orifício, como fazemos, esta gente pegava uma enorme pedra, de vários metros de comprimento e de altura, e espessa na proporção, colocava esta pedra no lugar do edifício e depois cortavam dentro as aberturas desejáveis.Estamos, pois, diante de provas de meios de trabalho que a humanidade não conheceu. Talvez somente em nossos dias pudéssemos refazer tudo isto, com nossos instrumentos mais modernos, mas não o faríamos, e por muitas razões: sociais, econômicas, religiosas e financeiras. Pois havia aí também uma civilização cujos princípios eram diferentes dos nossos.

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Do aspecto intelectual desta civilização possuímos também dados.Primeiro, em 1937, as esculturas de um destes pórticos monolíticos foram decifradas. Elas constituem um calendário bem mais organizado que os nossos: este calendário começa num solstício e é dividido por solstícios e equinócios. Seus doze meses e suas semanas correspondem a estados repetidos do satélite, no céu. As figurações registram não somente o movimento aparente, mas também o movimento real do satélite. Lembremos, por comparação, que nosso calendário não começa em parte alguma, astronomicamente falando; nossos meses e nossas semanas não referem às fases da Lua, e não sabemos, geralmente, que a Lua tem um movimento real diferente do seu movimento aparente.Dito de outro modo, os homens de TIAHUANACO eram intelectualmente mais desenvolvidos que nós.Artisticamente, o polido de suas estátuas, a harmonia nas suas proporções, as expressões obtidas pelo escultor na face de seus personagens estão bem além do que sabemos fazer hoje, no nível de Miguel Ângelo e das esculturas impressionantes do Egito. Isto nos força a supor não somente um desenvolvimento intelectual, mas um desenvolvimento espiritual superior ao nosso. É bem verdade que por mais orgulhosos que sejamos de nossas aquisições intelectuais, não nos vangloriamos mais de um alto desenvolvimento espiritual no nosso século XX:

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João Fernandes da Silva Júniorsomos levados mais facilmente a negar o espiritual, opondo a ele o intelectual.Mas a cosmografia do austríaco HOERBIGER, o criador destas novas concepções do sistema solar, nos coloca ante uma ideia mais perturbadora ainda.A Lua não é o primeiro satélite da Terra. Houve várias Luas: um satélite circulou em torno da Terra em cada um dos períodos geológicos.Por que, com efeito, há períodos geológicos tão abruptamente distintos uns dos outros? É que no fim de cada período - e isto era o que causava seu fim - um satélite veio cair sobre a Terra. A Lua não descreve em torno da Terra uma elipse fechada, mas uma espiral que vai se estreitando e que terminará por fazê-la cair sobre a Terra.Houve, pois uma Lua do primário que caiu sobre a Terra, depois uma Lua do secundário, depois uma do terciário. Antes de cair, quando sua espiral estava muito perto da Terra, cada uma destas luas se dissolvia os sólidos, os líquidos, os gases se separavam por causa de suas resistências diferentes à gravitação; deste modo o satélite rodando demasiadamente depressa retomava suas partículas lentas e se transformava num anel, como os anéis de Saturno que estão neste estado atualmente. E enfim, a espiral se apertando, o anel tocava a Terra e todo o satélite se esmagava mais ou menos em círculo, em torno do nosso planeta. Tudo que estivesse embaixo, planta ou animal era enterrado em tais condições que se fossilizava: por falta de ar, por pressões. Pois somente se encontram fósseis destes períodos. O

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organismo enterrado em nossas épocas não se fossiliza, apodrece. Também só temos pelos fósseis testemunhos excessivamente fragmentários sobre a história da vida.Mas bem antes deste esmagamento, durante períodos de centenas de milhares de anos, a Lua gira em torno da Terra, à distância de 4 a 6 raios terrestres, bastante regularmente, porque o mês lunar é igual então ao dia terrestre. Os dois astros giram juntamente, até que a queda da Lua se acentue e que a Lua se ponha a girar mais rápido que a Terra.Durante este período fixo do satélite aproximado, o peso de todos os objetos e de todos os seres terrestres é consideravelmente diminuído, porque a força da gravitação lunar os atrai para cima, e compensa uma grande parte da gravitação terrestre. Ora, é a gravitação que nos dá nossa altura: nós só crescemos à altura e ao peso do corpo que podemos conduzir. Pois, nestes períodos de peso diminuído, os organismos aumentam mais. Assim são criados os gigantes.Provas?No fim do primário, encontramos, com efeito, os vegetais gigantes, que, enterrados pela queda do satélite, darão a hulha.No fim do secundário, encontramos, com efeito, animais de trinta metros de comprimento, diplodocus e outros, fossilizados por seu enterramento quando da queda do satélite secundário. Talvez também mamíferos gigantes. Pois nestas épocas, os seres aliviados de seu peso puderam se erguer sobre pernas

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João Fernandes da Silva Júniore pés; e sua caixa craniana alargada permitiu a expansão do cérebro. Outros bichos começaram a voar: os insetos gigantescos do primário, os pássaros do secundário.Depois, nos períodos sem Lua, somente sobreviveram os espécimes destas mutações bruscas: sobreviveu o que pôde se adaptar à nova gravitação, sem dúvida diminuindo também as proporções muito grandes.Assim, pois, os homens comuns se formaram durante o terciário, antes da aproximação da nova Lua, homens menores, mais pesados, menos inteligentes: nossos antepassados. Porém raças gigantes e inteligentes, provindas do secundário, há talvez quinze milhões de anos continuasse a existir, e são estes gigantes que civilizaram os homens. Todas as antigas mitologias do Egito e da Grécia à Escandinávia, da Polinésia ao México, referem unanimemente que os homens foram civilizados por gigantes e deuses. É o Titã Prometeu que tirou os homens de sua selvageria. A Bíblia dá testemunho sobre os gigantes reis dos povos combatidos pelos primeiros Hebreus.Assim, pois, as ruínas gigantescas, e, no entanto feitas para o tamanho humano de Tiahuanaco se explicam: senhores gigantes ajudaram e dirigiram seus súditos humanos nestes trabalhos. Os grandes circos do Titicaca não são cobertos, mas apenas rodeados de paredes. Os reis gigantes podiam aí sentar diante dos homens súditos.O caráter pacífico e protetor deste primeiro reino de gigantes sobre os homens se afirma em toda parte.

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Aliás, é suficiente ver as fisionomias dos gigantes de pedra de Tiahuanaco a expressão de soberana bondade e de sabedoria, que é notável. É a idade de ouro dos Antigos.E as estátuas gigantescas são as estátuas dos reis-gigantes. Por que os homens se teriam esgotado em transportá-las e em talhá-las? Entre homens apenas, a altura humana teria sido suficiente.São os próprios gigantes que foram os escultores de suas imagens. Mais tarde, no Egito, e um pouco em toda parte, uma vez os gigantes desaparecidos, os homens se cansaram tentando evocar e ressuscitar o tempo e as imagens dos deuses. Reencontramos em nossos dias, nas ilhas vizinhas da Nova-Guiné, infelizes selvagens que ainda erigem dolmens e menhires sem mais saber por que, como nossos antepassados fizeram antigamente na Bretanha, na Inglaterra e em outros lugares.Pois a idade de ouro dos gigantes complacentes e civilizadores durou apenas algum tempo. Com efeito, a Lua terciária que os gigantes e os homens de Tiahuanaco conheceram termina por vir, por sua vez, se esmagar sobre a Terra. Então a gravitação lunar cessou. As águas dos oceanos caíram: nada retinha mais a faixa marinha dos trópicos. Os mares refluíram sem dúvida até os polos não deixando a descoberto senão os mais altos maciços montanhosos. Formidáveis oscilações das águas destruíram homens e civilizações um pouco em toda a parte da Terra, e

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João Fernandes da Silva Júniorenfim o nível atual dos mares se estabeleceu mais ou menos. O que restou?Os refugiados ou os isolados das altas montanhas, como diz Platão.Porém nos Andes, por exemplo, o próprio ar se tornara irrespirável: agora a 4 mil metros acima do mar. Uma civilização amplamente marítima se tornara impossível: o mar havia desaparecido. Os sobreviventes não poderiam senão descer em direção aos pântanos descobertos pela retirada do mar: sua civilização estava perdida com o seu próprio solo, seus navios, seus instrumentos, sem dúvida a maior parte de seus sábios: pois os sobreviventes devem ter sido pouco numerosos. Os grandes movimentos dos mares haviam destruído subitamente as cidades, e se encontram em torno de Titicaca obras de pedra evidentemente abandonadas de repente.A civilização devia recomeçar quase do nada.As velhas mitologias aqui tomam um sentido e nos ajudam a compreender. Algumas das raças gigantescas degeneraram de tal modo que elas se tornaram canibais e pegaram os homens para alimento. Os gigantes ogros se encontram em todas as tradições.Outros gigantes permaneceram mais civilizados e lutaram contra as ferocidades da decadência. Todos os povos se lembram das lutas terríveis entre os gigantes e os deuses: os homens evidentemente tomaram por deuses aqueles que os protegiam. Hércules é um dos deuses mais antigos, na Grécia como no Egito: é o gigante bom que destrói os gigantes maus. O próprio

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Júpiter não pode vencer os Titãs sem o socorro de Hércules.Depois naturalmente os gigantes se enfraqueceram: fisiologicamente, nos períodos de Lua longínqua, eles não podiam mais carregar seus pesos e seu cérebro também degenerou. E então os homens exterminaram os monstros. David matou Golias. A arma de propulsão dos pequenos homens fez que desaparecesse os gigantes tornados mais ou menos estúpidos.Assim chegamos à aurora de nossa história, a que começa há alguns seis ou sete mil anos. Os gigantes estão exterminados.Restam relatos que apenas se acreditam: como Uranos e Saturno devoravam seus filhos; como os Hebreus entrando na terra prometida encontraram o leito de ferro dum rei gigante que tinha quatro ou cinco metros de altura. Como antigas civilizações haviam desaparecido em cataclismas e a história da Atlântida não é senão um episódio destes desmoronamentos. Restam inexplicáveis testemunhos. As estátuas gigantescas, a ilha de Páscoa, Karnak e Stonehenge, os últimos selvagens do Pacifico.Mais inexplicáveis, no final, que todos os relatos e todos os testemunhos, há os sonhos incoercíveis. Todas as gerações de homens que conhecemos sonharam e sonham ainda, com a grande civilização desaparecida, origem de todas as nossas, da Atlântida e os bons gigantes; e todas as gerações continuam

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João Fernandes da Silva Júniortambém os pesadelos de catástrofes, de derrocadas e de decadências.E a psicanálise e a análise psicológicas mais recentes se reduziram gradualmente à hipótese última tão difícil de aceitar, mas tornada de mais em mais inevitável: que há atrás de tudo isto alguma coisa de irremediavelmente verdadeira. O mundo e sua história são bem mais prenhes de catástrofes e de maravilhas do que acreditamos até aqui.Se se busca uma Atlântida que seja a fonte de todas as civilizações e que faça a síntese de todas as tradições, pode-se acreditar que esta sociedade dos Andes, há trezentos mil anos, foi a Atlântida. Em lugar de desaparecer sob o mar, ela foi abandonada pelo mar e pereceu do mesmo modo. Depois do restabelecimento da tranquilidade dos mares, os homens perdidos que viviam na Europa e se lembravam da antiga mãe dos povos pela qual haviam sido colonizados e civilizados, devem ter se aventurado em direção ao Oeste para reencontrá-la. Mas até Cristóvão Colombo, não encontraram jamais terra: seus navios eram muito pequenos, seus equipamentos demasiadamente magros, sua navegação muito insuficiente. A tradição deveu se estabelecer que este continente houvesse afundado: por mais longe que se fosse em direção ao Oeste não se encontrava mais nada. O oceano estava vazio. Os Gregos findaram por dizer que deste lado se chegava às ilhas felizes, onde só abordavam os mortos.Mas é uma tradição mais curta e menor que conta Platão. Ele coloca a catástrofe somente há alguns dez

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mil anos e é a inundação que a causa. A teoria de Hoerbiger nos permite situar também, neste tempo e neste espaço do Atlântico Norte, outra Atlântida mais modesta, porém ainda muito impressionante. A catástrofe dos Andes pode se situar a duzentos e cinquenta mil anos. Desde esta data a Terra ficou sem satélite até o aparecimento de nossa Lua atual. Esta Lua era um pequeno planeta que, como todos os planetas, giravam em torno do Sol numa espiral estreitante. Os pequenos planetas espiralam para o Sol mais rapidamente que os grandes porque sua força de inércia é menor: eles conduzem menos da potência da explosão primitiva que as lançou longe do sol. Pois, na sua espiral reentrante mais rápida, os pequenos planetas alcançam os grandes.Acontece fatalmente que um pequeno planeta passe demasiado perto de um grande planeta, e então a gravitação do grande planeta, nesta distância, é mais forte que a gravitação do sol. O pequeno planeta se põe a espiralar em volta do outro, e se torna um satélite.Assim nossa Lua atual foi captada pela Terra há uns doze mil anos.Nova catástrofe sobre a Terra nesta época: o globo terrestre tomou sua forma insuflada nos trópicos, os ares, as águas e mesmo o solo, sendo atraídos pela gravitação lunar, como ainda hoje. Os mares do Norte e do Sul refluíram para o meio da terra. Concebamos que uma civilização se havia estabelecido entre trezentos mil e doze mil anos sobre planos elevados

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João Fernandes da Silva Júnioracima do mar entre o 40° e o 60º grau de latitude norte; e eis esta civilização novamente destruída, desta vez por submersão: as águas do Norte a cobrem em uma noite, como o refere Platão, e mais ao Norte, idades glaciárias recomeçam sobre as terras desnudadas de ar e de água por atração da Lua iniciante.Duas Atlântidas possíveis, e uma posterior à outra e dela derivando, se apresentam assim a nós. As duas, aliás, nos serão necessárias se quisermos integrar todas as tradições de que temos os fragmentos dispersados por toda a Terra desde a mais alta antiguidade.A HISTÓRIA DO SISTEMA SOLARRaymond Furon escreveu:"Quando das comunicações que foram feitas à Sociedade de Biogeografia, em 1948, sobre a paleoclimatologia, o deslocamento dos polos e dos continentes, os físicos, geofísicos e astrônomos presentes estiveram de acordo que nada, na Natureza atual, permitia constatar um deslocamento dos polos ou dos continentes".Fred Hoyle sustenta, separadamente, que os continentes sempre tiveram mais ou menos sua forma atual.A ciência atual torna, pois muito difícil à aceitação da existência da Atlântida, da realidade do afundamento de um ou de vários continentes, Aristóteles, um dos primeiros representantes conhecidos da ciência, sustentava já que a Atlântida de Platão não passava de um mito.

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Aqui intervém, em favor das teses atlantes, uma parte pelo menos das teorias de Hoerbiger. Se o desaparecimento dá Atlântida é devido não a um afundamento do solo, mas a uma mudança ocorrida no nível dos mares, se a Atlântida desapareceu não porque o continente atlântico afundou, mas porque o oceano subiu, o relato de Platão pode ainda ser aceito em suas grandes linhas; e também a ruína das altas cidades dos Andes há duzentos e cinquenta mil anos pode ser explicada inversamente pelo abaixamento das águas, E os dois fenômenos são conexos.Vejamos, pois, sumariamente, e, no entanto um pouco de mais perto, as ideias de Hoerbiger sobre as catástrofes terrestres. Hoerbiger é um cosmógrafo austríaco morto em 1931, e autor de uma teoria da formação do Universo solar conhecida sob o nome de GLAZIALKOSMOGONIE. Esta teoria não foi aceita em seu conjunto pelos homens de ciência contemporâneos. Mas ela se revelou de um raro poder explicativo em certos domínios, em particular na análise e classificação dos mitos relatados desde a mais alta antiguidade ou recolhidos entre os selvagens de hoje.As ideias atuais expressas por Furon na França ou Hoyle na Inglaterra, ambos especialistas oficialmente qualificados, vão contra as ideias gerais de Hoerbiger, mas parecem poder ficar de acordo muito bem com algumas das ideias sobre a evolução das civilizações desenvolvidas pelos discípulos do sábio vienense.

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João Fernandes da Silva JúniorAcontece frequentemente na ciência, que teorias opostas em princípio terminam em ideias paralelas sobre pontos precisos. Por exemplo: para Hoyle e os que ele representa, a Lua está se afastando da Terra, tendo partido, há dois ou três bilhões de anos, de muito perto da Terra, ou mesmo de um contato, É difícil compreender que força teria lançado a Lua para o exterior, mas mesmo se for assim, esta Lua hoyliana ascendente se achou forçosamente, numa época dada, à distância de 5 a 6 raios terrestres do planeta, e então o fenômeno do anel (faixa) d’água em torno da Terra deveu-se produzir, como sob a Lua hoerbigeriana descendente. Por que então os mesmos fenômenos não se teriam apresentado sobre os Andes e sobre as planícies atlânticas?Não é necessário optar entre as duas ideias contraditórias. Mas como somente as hoerbigerianas nos dão uma visão de conjunto, sigamo-las no que toca ao nosso assunto.As diversas escolas estão de acordo em admitir que nosso mundo fosse formado por uma explosão, há uns três ou quatro bilhões de anos, data bem recentemente substituída por outras infinitamente mais longínquas. Diversas variedades de explosão foram propostas durante os últimos trinta anos. Talvez que nosso sol explodiu parcialmente porque um grande corpo astral passou muito perto e atraiu uma parte da substância solar à distância dos planetas, e depois desapareceu. Talvez haja existido há mais ou menos três bilhões de anos, outro sol gêmeo do nosso e seria este que haveria explodido não se sabe bem por que, e

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produzido os planetas, seus fragmentos. Talvez que há quatro bilhões de anos toda a matéria do cosmo inteiro, e não somente de nosso sistema solar, estivesse concentrada num só átomo, ponto zero do universo, e que este átomo explodiu; isto pareceria natural se ele possuísse nele todas as forças atualmente desenvolvidas. Paul Corderc diz que isto não significa, no entanto um começo absoluto do Universo.Hoerbiger há uns 50 anos, imaginou o encontro no espaço dum enorme corpo em altíssima temperatura entrando em colisão com uma massa obscura de gelo "cósmico"; um penetrando profundamente no outro (tem-se a escolha) produz uma quantidade de vapor d'água que finda por explodir.De qualquer modo há explosão para começar. Os fragmentos projetados ao longe se arrumam, por eles próprios, em três seções: uns vão de tal modo longe que se perdem no espaço; os outros vão tão pouco longe que recaem sobre a massa central donde partiu a, explosão. Mas na zona média se produz uma classificação diferente: o fragmento mais importante atrai por sua gravitação todos os pedaços de matéria menos pesados que ele na sua vizinhança.Estes fragmentos menores estão submetidos a duas forças: a força primeira da explosão que os atrai para a massa mais forte situada na vizinhança. Dar resulta uma força que representamos como a diagonal dum paralelogramo; o fragmento menos pesado cessa de se afastar, mas não cai diretamente sobre a massa que o

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João Fernandes da Silva Júnioratrai. Põe-se a circular em torno desta massa. O corpo central é o sol; os corpos menores que circulam em volta são os planetas. Mas a força primitiva da explosão diminui pouco a pouco, porque o espaço está cheio duma matéria extremamente tênue, hidrogênio ou vapor d'água, que lenifica o movimento próprio ao corpo mesmo. Ao contrário, a gravitação para o corpo central é uma constante e mesmo vai aumentar, relativamente à força centrípeta. Assim o planeta não descreverá uma curva fechada, mas uma espiral, desde que uma só das duas forças do paralelogramo vai diminuindo. Pois, conclui Hoerbiger, cedo ou tarde todo planeta cai no seu Sol.Mas desta força inicial da explosão, os fragmentos menores conduzem menos fragmentos maiores, desde que esta força seja proporcional à sua massa. Pois os fragmentos menores que estão para o exterior do sistema cedem mais rapidamente que os outros à força de atração do Sol: eles têm menos resistência que os outros.Assim vemos que Marte, menor que a Terra, gira em torno do sol a uma maior velocidade. Assim todo planeta menor que a Terra, girando em espiral mais rápida que a Terra, findará por alcançar a espiral terrestre. Isto evidentemente se produziu já no passado, desde que os planetas não estão arrumados por ordem de tamanho.Quando, pois um pequeno planeta, espiralando em direção ao Sol mais rápido de que seu grande vizinho, chega muito perto deste, a gravitação do grande planeta se torna mais forte, nesta curta distância, que a

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gravitação do Sol. Então o pequeno planeta se põe a girar em espiral em torno do grande e se torna um satélite.Deste modo a Terra já captou três satélites antes da Lua: o satélite primário, o satélite secundário, o satélite terciário. Cada uma por sua vez, estas Luas vieram se esmagar sobre a Terra com efeitos que já indicamos e dos quais reencontraremos descrições.A Lua atual é bastante recente, somente tendo sido adquirida há mais ou menos doze ou treze mil anos, e estando ainda afastada de 60 raios terrestres.Por sua vez ela se aproximará da Terra: reunirá as águas dos mares numa permanente maré sob a elipse de seu curso; afogará os trópicos salvo as mais altas montanhas. Aliviará todos os seres de seu peso e sem dúvida criará uma nova raça de animais, de plantas e de homens gigantescos. Aproximando-se mais ainda, estourará por sua vez, se tornará em torno da Terra um imenso anel de rochas, de gelo, de água, de ar e de outros gases. E enfim este anel se estreitando virá se esmagar sobre a Terra.Será talvez o fim do homem. Os cálculos de Hoerbiger mostram que nossa Lua é com efeito maior que nenhuma das Luas precedentes e que, pois a catástrofe que causará sua queda será mais violenta ainda que qualquer catástrofe precedente. Os discípulos de Hoerbiger sustentam que há no nosso Apocalipse algumas lembranças bastante precisas do que se passou na queda da Lua terciária. Será pior na próxima vez.

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João Fernandes da Silva JúniorMas se o homem sobreviver, um espetáculo final lhe está reservado.Marte, menor que a Terra, está circulando por fora da órbita da Terra, e sua espiral se estreita, pois mais depressa que a nossa, por causa da menor inércia marciana. Portanto, Marte nos alcançará.Quando Marte chegar muito perto da Terra, que acontecerá? As matemáticas, até aqui amigáveis, se tornam fatais para nós. A massa de Marte é demasiadamente grande para que Marte seja capturado e se torne um satélite. Marte passará muito perto da Terra, mas lhe escapará, arrastado mais perto do Sol por uma velocidade superior a do nosso planeta e, no entanto permanecendo afastado de nós por uma inércia muito forte. Nossa atmosfera, arrastada pela gravitação de Marte, nos deixará para ir se perder nos espaços. As águas dos mares turbilhonarão em torno da Terra, e desta vez em todos os sentidos. A Terra será lavada de tudo o que pode ser removido; e, além disto, a crosta terrestre estourará de todos os lados. A vida sobre a Terra estará terminada.Depois disto, diz o profeta matemático, a Terra, continuando sua espiral, será pego por numerosos planetoides atualmente muito além de Marte e compostos, sobretudo de gelo, e a Terra se tornará uma grande bola de gelo, e irá enfim se jogar no Sol.Uma expressão atualmente corrente, a "expansão do Universo", poderia nos dar alguma esperança de não findar assim. Se o Universo está se dilatando, talvez sejamos atingidos a tempo por esta dilatação que vai se acelerando, dizem, e arrancados dos estreitamentos

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descritos por Hoerbinger? Mas isto não é senão uma ilusão. Louis Couderc explica que a expansão do Universo não se faz senão nas distâncias intergaláxicas. Nossa Via Láctea não se dilata e, pois nosso sistema solar não se dilata. A sorte prevista para nossa Terra por Hoerbinger é inevitável, se os cálculos de Hoerbinger estão certos.A HISTÓRIA DA TERRAA teoria de Hoerbiger nos traz para a história da Terra, no interior da história do sistema solar, explicações plausíveis sobre certo número de pontos que nenhuma outra teoria esclarece.Houve, realmente, gigantes?Houve uma civilização mãe das outras civilizações?Como esta civilização pereceu?Que são os selvagens de hoje, primitivos ou degenerados?Que somos nós mesmos, no nosso ponto de civilização, iniciantes ou declinantes?Qual é o papel do espírito na evolução das civilizações e por que as civilizações morrem?Vejamos primeiramente qual foi, linhas gerais, a marcha da inteligência e da humanidade, na visão de conjunto da história que nos permite Hoerbiger.É o gigantismo que nos dará as primeiras indicações sobre as quais a imaginação possa trabalhar.Que no fim do primário, portanto no tempo em que a primeira Lua de Hoerbiger girava muito perto da Terra, houve árvores gigantes e insetos gigantes, a geologia está de acordo. As árvores enterradas mais

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João Fernandes da Silva Júniortarde deram a hulha. Os traços dos insetos gigantes se reencontram em fósseis.Porém há muito mais.Como é possível que, como Fabre mostrou em primeiro lugar, um inseto de fato sem cérebro e, portanto sem inteligência, possa picar exatamente sete centros nervosos duma lagarta, assim tornada embotada e não morta, para que larvas a vir tenham, meses mais tarde, uma comida fresca? Como explicar o instinto dos insetos?Como Fabre assinalou em sua controvérsia com Darwin, a teoria da evolução não pode explicar isto, o inseto deve acertar suas sete picadas desde o primeiro ato, pois de outro modo à posteridade do inseto não viverá.Então o geólogo imagina que nesses tempos primários quando o Sol era maior que hoje, e quando a Terra girava direito sobre a eclíptica, um verão perpétuo assegurava aos insetos uma longa vida. Alguns destes insetos, sob o efeito do gigantismo que permitira o aumento de seus sistemas nervosos, eram inteligentes. Inteligentes ao ponto de aprender como picar suas vitimas nos pontos convenientes.Retenhamos este traço da longevidade que se associa ao gigantismo. Encontraremos o mesmo para os homens.Depois, durante os milenários, esta ciência tornada automática se transmitiu aos descendentes. Quando em seguida os invernos se instalaram, quando os insetos morreram todos os anos, quando seus ovos e suas larvas tiveram que passar as estações frias ao

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abrigo, somente sobreviveram estes insetos que tinham adquirido os automatismos inculcados durante os períodos de inteligência.Deste modo os insetos de hoje seriam restos degenerados de seres antigamente racionais, embora talvez não racionais da maneira humana, talvez dotados de outros sentidos e de outros sentimentos.Talvez também - sobre isto voltaremos - nossos selvagens de hoje sejam os restos degenerados de impérios de antigamente, e repitam sem o compreender atos antigamente organizados pelas administrações racionais.As teorias hoerbigerianas nos permitem pela primeira vez compreender e admitir estas ideias estranhas e razoáveis.Nestes períodos de gigantismos, quando a Lua próxima diminui o peso de toda coisa e de todo ser, intervêm ainda poderios recentemente descobertos que relembram mais ainda os deuses criadores das velhas religiões: os raios cósmicos."Os raios cósmicos atuais, diz Paul Couderc, cujas energias vão além de tudo que conhecemos, não são, no entanto senão os sobreviventes, os descendentes débeis de gloriosos raios cósmicos iniciais dos quais teria nascido o mundo”.A ação destes raios cósmicos, conjugada com a das gravitações, sobre os genes, os cromossomos e outras partes sem dúvida ainda a descobrir do mecanismo reprodutivo, produz estas espantosas mutações bruscas que fazem surgir seres novos completamente

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João Fernandes da Silva Júniordiferentes de seus ancestrais imediatos, de seus pais aparentes.Donde estes insetos gigantes e inteligentes no fim do primário, Donde estes homens gigantes e inteligentes do secundário, sobre os quais a Bíblia vai testemunhar.Hoerbiger explica também a queda depois destas subidas. O apogeu das raças se acha no momento em que a lua está suficientemente perto da Terra para aliviar a gravidade e dar aos raios cósmicos o campo de ação necessário.Mas a lua vindo em seguida se esmagar sobre a Terra, a gravidade retoma seus direitos, os raios cósmicos esmaecem e se velam. Tudo desce de novo. A velha ideia é reabilitada. Apenas sobrevivem raças diminuídas que, no entanto guardaram suficientemente algumas qualidades da grande época. Estas raças recomeçam penosamente, sob um céu sem lua, a construir uma existência lentamente restabelecível.Depois uma nova lua é capturada, as marés recomeçam, o ser se torna mais leve e tudo sobe em direção a um novo grande período.Durante os períodos sem Lua, aparecem raças pequenas, os animais sem altura e sem prestígio, ratos as raças humanas dos anões. Durante os períodos das Luas aproximantes vêm as raças médias, como nossa raça humana atual, e os animais de nossa proporção, do cão ao cavalo. Mas a Lua só age no seu máximo sobre a zona terrestre que se encontra embaixo de seu curso. Ao norte e ao sul desta cintura, condições

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diferentes se apresentam. Assim, depois de vários ciclos, a Terra dá um espetáculo muito variado: sobrevive algo de tudo. Raças em decadência, raças em ascensão, gigantes, anões, seres intermediários; restos das épocas gigantes, aprendizes das épocas prósperas em formação.Somente Hoerbiger nos permite compreender este estranho quadro tão misturado, pois somente ele nos explica uma sucessão das épocas propícias ao desenvolvimento da vida, súbitas catástrofes e períodos desfavoráveis.Uma nova época de gigantismos se produz no fim do secundário e somos obrigados pela lógica e pela imaginação conjugadas a situar a criação do homem.Surpreendente história: após dois séculos de descrédito, o relato da Bíblia reencontra um grande valor sob o impacto das teorias de Hoerbiger, e, no entanto a Bíblia não é de nenhuma maneira um dos pontos de partida de Hoerbiger. Examinaremos mais adiante as afirmações bíblicas. Aqui não olharemos senão o quadro geral.O homem apareceu por mutação brusca, sob a ação dos raios cósmicos sobre os genes dum animal provavelmente desaparecido, e que pôs no mundo um casal de gêmeos humanos, macho e fêmea. Pode-se fazer intervir aqui dum modo inesperado, mas bastante reconfortante, a encíclica de 12.8.1950: "A igreja não interdiz que a doutrina da evolução (seja o objeto de pesquisas) enquanto ela pesquisa se o corpo humano foi tirado duma matéria já existente e viva,

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João Fernandes da Silva Júniorpois a fé católica nos obriga a manter a imediata criação das almas por Deus." E no parágrafo seguinte a encíclica insiste sobre o caráter único de um Adão pai de todo o gênero humano.A hipótese Hoerbigeriana concorda mais do que pede Pio XII. Com efeito, é muito mais fácil de conceber que a mutação brusca do animal ao homem se tenha produzido uma única vez, já que as conjunturas favoráveis devem ser infinitamente raras. “A imediata criação das almas" está em harmonia com a aparição súbita duma inteligência bem mais desenvolvida que nos animais. A diminuição da gravitação terrestre permite ao homem recém-nascido se manter ereto sobre as pernas e de alargar seu crânio levantado para o céu.E é evidente que estes aperfeiçoamentos físicos não seriam nada se não houvesse desabrochado então este princípio que permite ao homem deles se aproveitar: o principio espiritual, a alma.Então, de repente, um homem, como no Gênesis. E Eva?É necessário postular aqui, o que nada mais tem de ir razoável, que a Bíblia nos relata os últimos fragmentos duma tradição que havia sido altamente científica, e que somente desde poucos anos podemos compreender.Eva retirada duma costela de Adão, Eva metade, fisicamente, de Adão, carne de sua carne? Talvez que uma ciência muito antiga soubesse como se formam os gêmeos - e que da cisão duma célula inicial podem sair dois gêmeos, um macho e outra fêmea – talvez

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que este conhecimento, degenerando até uma época onde não se tinha sobre a concepção das crianças senão noção muito vaga fosse traduzida em relato grosseiro, mas substancialmente verdadeiro no Gênesis. Os homens do século IX de antes de nossa era na Palestina, não conhecendo nem genes nem célula, não puderam interpretar a muito velha informação sobre o primeiro casal humano saído duma mesma célula, (a gêmea fêmea não sendo senão a metade separada do gêmeo macho) salvo transferindo esta ideia sobre Adão na altura do homem, e cortado em dois pelo Criador. Assim por trás deste quadro pode-se discernir uma realidade cientificamente conhecida antes. Que esta realidade cientifica tenha sido conhecida numa época tão antiga não nos espantará ao vermos o que puderam ser os conhecimentos dos homens de TIAHUANACO há 300 mil anos.Mas a Bíblia nos traz ainda um testemunho dos hoerbigerianos, e citaremos os textos mais tarde. O Gênesis refere que os primeiros homens depois de Adão, viviam normalmente 500, 600 e até 900 anos. É uma das afirmações que mais lançaram descrédito sobre os antigos relatos. Demais, esta afirmação totalmente gratuita não é de modo algum necessária à Ortodoxia religiosa. Não mais que os outros que referem à existência dos gigantes, textos também a examinar mais adiante. A Escritura não estabelece relação entre os dois fatos, e deixa de nos dizer se Adão era um gigante. (É verdade que as tradições

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João Fernandes da Silva Júniorjudaicas e muçulmanas reparam mais que abundantemente esta omissão). Mas os dois fatos são conexos. Do mesmo modo que a atenuação da gravidade terrestre permite o gigantismo, esta atenuação permite a longevidade, porque o desgaste fisiológico causa normal da brevidade da vida, está em relação com o peso do corpo; logo um corpo mais leve para o mesmo volume deve viver mais tempo.Deste modo se renovam e reabilitam as antigas concepções da ortodoxia: a criação imediata de Adão e Eva, a longevidade dos primeiros homens, a realidade dos gigantes; temos, pois apenas um primeiro casal humano, porém gigantesco e de vida muito longa.Acrescentemos aqui um ponto curioso.O homem nasce demasiadamente cedo. Chega ao mundo bem menos competente que o animalzinho, que sabe imediatamente nadar, correr, morder, se adaptar. É que o gigante primitivo teve de ser expulso demasiadamente cedo do seio maternal não gigantesco(1): de outro modo teria morto à mãe, cuja defesa natural fora dele se livrar. Assim teve de aprender em seguida tudo o que o animal sabe no seu nascimento. Além disto, o homem devia aprender outra coisa do que teria aprendido no seio materno do animal: a se manter ereto sobre suas pernas, a pensar melhor, a falar, o que sua mãe não sabia fazer. O homem nascendo deste modo abandona uma herança animal para se criar um domínio humano: o que ele só pode fazer se tiver uma alma que o impulsiona.

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(1) Ser-me-á permitido me tornar aqui o eco de outras ideias fisiológicas que têm algumas relações com o assunto?Esta necessidade de uma expulsão prematura do seio materno condiciona também o amor materno: este poderoso instinto é uma compensação do mal feito à criança por um nascimento precoce. A dor no parto faz parte do conjunto: a mãe, por amor, guarda a criança um pouco mais de tempo do que é bom para ela; ela se torna mesmo um pouco grande demais no seio; donde o perigo e o sofrimento dos partos. Acreditou-se notar uma associação entre a dor do parto e o amor materno: unicamente as raças que sofrem dando a luz evidenciam provas de amor ao pequeno. A razão seria esta: o amor do pequeno incita a mãe a conduzi-lo por demasiado tempo e, pois a faz sofrer no nascimento; mas este amor dura depois do nascimento; e este amor dura depois da dor. A razão fundamental destes fenômenos fisiopsicológicos está na arremetida para o gigantismo: o rebento tende a ser maior que as dimensões maternas o permitem. A fecundação das fêmeas de raças menores por machos muito maiores em alguns casos explicaria tudo isto; em outros seria a tendência ao gigantismo quando a Lua se aproxima da Terra.O relato do Gênesis que omite toda a menção da origem animal do corpo humano está, pois na nobre tradição, adquirida desde o nascimento: repudiar o mais possível o baixo ser anterior, começar a aparição da alma. É, com efeito, uma tradição nova.

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João Fernandes da Silva JúniorSobre outro ponto ainda a Bíblia nos ajuda indiretamente e nos permite situar esta criação no fim do secundário. Com efeito, em nossa teoria, não há lugar no começo senão para os gigantes de vida longa, filhos e descendentes dos que nós chamamos (e por que não?). Adão e Eva. Ora, TIAHUANACO no fim do terciário nos mostra os gigantes misturados com os homens comuns, desde que os megalíticos gigantescos são adaptados a usos humanos.Pois, como a Bíblia relata houve uma diminuição da vida humana, e da altura humana no curso dos milênios, e, no entanto raças gigantes permaneceram vivas no meio do pulular dos homens pequenos: os Sansões e os Golias duraram muito tempo.Hoerbiger nos dá a razão deste aspecto da queda: durante o período terciário algumas raças colocadas em circunstâncias desfavoráveis - expulsas do paraíso terrestre dos trópicos–se adaptaram a condições mais duras, provavelmente nas terras setentrionais. Assim fazendo, aliás, adquiriram qualidades – e defeitos - que mais tarde permitiriam às raças médias exterminar os últimos gigantes.Sobre este aspecto físico da queda, teremos de voltar. Anotemos desde agora que a Bíblia, como Platão, insiste desde o começo sobre um lado moral da degenerescência humana, e seria perder de vista a própria finalidade de este estudo esquecer isto.Com efeito, afinal, que nos importam os gigantes e as Atlântidas?Estes relatos pitorescos somente nos tocam porque representam na matéria física do mundo

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acontecimentos espiritual e morais da aventura humana. Mesmo que nunca tivesse havido gigantes, mesmo se nenhuma Atlântida jamais houvesse existido, as desordens representadas nestas imagens tradicionais são tão sensíveis quanto nunca na própria textura, nos sentimentos mais íntimos, de nossas almas.Conduzimos todos em nós um paraíso perdido, uma Eva separada de cada Adão, um homem perdido por cada mulher, um universo submerso. Os relatos mais antigos nos emocionam profundamente porque neles sentimos os mesmos desejos, as mesmas nostalgias nas almas de nossos predecessores sobre a Terra.E o que é verdade, senão aquilo que o homem sempre crê?Há sempre, nestas velhas mitologias, uma qualidade de força e de sonho que não encontramos nas próprias invenções da ciência, e, pois que excita em nossas almas um amor mais profundo. E quem ousará dizer que o objeto do amor não existe?A verdade tem esta terrível característica de ser totalmente incrível, e, portanto exigir um ato de fé.TIAHUANACOPerto do lago Titicaca, nos Andes, a mais ou menos 4.000 metros de altitude, se encontram as ruínas de diversas cidades empilhadas umas sobre outras. Até o presente, a existência destas ruínas é inexplicada. Os discípulos de Hoerbiger dão uma tese geral que permite conceber como estas enormes pedras se encontram nesta altura, numa região onde a vida

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João Fernandes da Silva Júniornormal do homem é quase impossível. Mas uma exploração científica ainda está por ser feita.Os poucos elementos obtidos até o presente constituem, tomados no seu conjunto, uma confirmação notável das teorias de Hoerbiger, e sito tanto mais que a teoria geral do sábio vienense nada deve, em sua origem, a esta arqueologia. Ocorre que os cálculos de Hoerbiger sobre a Lua terciária, sobre a maré permanente e a queda do satélite são confirmados por uma experiência pré-histórica. Se as teses de Hoerbiger forem demonstradas como falsas, será necessário inventar outras, semelhantes, para explicar Tiahuanaco.O primeiro fato impressionante é de ordem geológica.Uma linha de sedimentos marinhos pôde ser estudada, que se estende de modo ininterrupto sobre perto de 700 quilômetros. Esta linha começa perto do lago Umayo, no Peru, a cerca de 100 metros de altura acima do nível do lago Titicaca, e passa, ao sul deste lago, a 30 metros acima da água, e vai terminar se inclinando mais em mais para baixo em direção do sul além do lago Coipusa, 250 metros mais baixo que na sua extremidade norte. Além disto, esta inclinação não é uma reta, mas uma curva. Durante um quarto da distância, a linha de sedimentos desce de 0 a 30 por quilômetro, e no último quarto de perto de 0 a 60.Aí houve, pois um mar.Este mar não era horizontal em relação ao nosso horizonte.A superfície deste mar era curva, e muito mais do que a superfície de nossos oceanos ou da Terra em geral.

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Os geólogos postularam uma elevação do continente sul-americano acima do mar atual. Mas esta tese é pouco satisfatória porque não se vê de onde teria vindo a formidável força necessária. De resto, como este levantamento de um país de montanhas tão acidentadas teria deixado regular uma tão longa linha de sedimentos? Esta linha teria sido quebrada em milhares de fragmentos não identificáveis por um levantamento deste gênero. Enfim, porque esta linha de sedimentos apresentaria uma curva tão delicadamente definida? Os cataclismas, mesmo lentos, não seguem nunca as geometrias polidas.A explicação hoerbigeriana é muito melhor. A maré permanente causada pela Lua terciária aproximada havia represado a água até esta altura, e o anel de água era naturalmente regular e convexo, levando suficiente tempo para depositar seus sedimentos sobre as montanhas já existentes. Deste modo as conclusões dos geofísicos de 1948 estão respeitadas. Nenhuma grande modificação se produziu no continente. Os ortodoxos e os hoerbigerianos estão de acordo quanto à idade em que cessaram estes depósitos marinhos: entre trezentos mil e duzentos e cinquenta mil anos antes de nós.Ora, esta antiga margem passa diante das ruínas de Tiahuanaco que era, pois um porto sobre este mar do fim do terciário.As próprias pedras destas ruínas apresentam caracteres que não se encontram em nenhuma parte do mundo. A civilização primeira dos Andes não parece

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João Fernandes da Silva Júniorcom coisa alguma de posterior, e suas singularidades só se compreendem por uma data infinitamente antiga. Primeiro eis uma pedra de cerca de nove toneladas, escavada nas suas seis faces de entalhes inexplicáveis. Arquitetos engenhosos e sábios arqueólogos passaram em vão semanas imaginando as respigas destes entalhes e as implicações destes buracos geométricos. Este monólito tem 3 metros de altura e desempenhava um papel esquecido por todos os construtores da história subsequente! Eis pórticos de 3 metros de altura, de 4 metros de largura, de um meio-metro de espessura, e talhados numa só pedra, na qual a porta e as falsas janelas foram recortadas com buril, e as esculturas de friso esculpidas na própria pedra: peso, mais de 10 toneladas. Eis outra parte de parede que pesam 60 toneladas.Para sustentar outras paredes compostas de pedras menores, blocos de grés de mais de 100 toneladas enfiados na terra embaixo das construções.Enfim as estátuas gigantes. Uma estátua esculpida numa única pedra foi levada ao museu de La Paz; ela tem 8 metros de altura e 1 metro de espessura e pesa 20 toneladas. Há dúzias de estátuas desta qualidade, e escavações sérias ainda não foram feitas.Encontrou-se, no entanto em escavações parciais ossadas humanas nos estratos principais, na proximidade de ossos de toxodontes, animais que desapareceram no fim do terciário. Isto seria suficiente para datar esta civilização, mas o exame do calendário decifrado em 1937 traz provas mais precisas, embora não mais decisivas. As cabeças

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estilizadas de toxodonte são também utilizadas na decoração dos pórticos, e na constituição do calendário. A existência simultânea de construtores e de animais terciários não parece, pois poder ser objeto de dúvida.Problema curioso: os monólitos recortados parecem ter sido colocados nos seus lugares por gigantes. Mas eles são recortados em aberturas, portas e janelas, que estão na escala humana. E por que os homens espontaneamente se teriam posto a fazer estátuas de oito metros de altura, talhadas em uma única pedra? O trabalho implicado é terrível, e seria mesmo com os nossos equipamentos, muito difícil. Não é mais simples pensar que estas pedras foram trabalhadas pelos próprios gigantes, embora para uso e a edificação dos homens de tamanho comum? Vemos na tradição universal que as artes foram ensinadas aos homens por deuses-reis-gigantes. Os circos sem teto podiam servir de salas de assembleias onde o gigante falava a seus súditos. Examinaremos mais adiante os gestos e as ações de selvagens degenerados do Pacífico-Oeste, que continuam a erigir monólitos algumas vezes esculpidos em honra de ancestrais divinos que outrora foram seus reis gigantescos. A Bíblia também como nos verá fala de tribos palestinas que tinham como reis, gigantes. Como teria existido um gigantismo das estátuas se não tivesse havido um gigantismo dos homens? Os selvagens de Malekula buscam ainda em nossos dias escapar ao dever enfadonho da elevação de monólitos, e substituí-los

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João Fernandes da Silva Júniorpor estátuas ou mesmo por simples colunas de madeira mais leves de transportar, mais fáceis de esculpir. Razões bem poderosas devem ter sido a causa da construção dos gigantes de pedra da ilha de Páscoa. O perfeito estado de civilização de Tiahuanaco, estado refletido na própria fisionomia dos colossos, nos leva a imaginar aí um dos pontos de partida da humanidade. Os colossos esculpidos foram erigidos em comunidades civilizadas onde o trabalho se fazia em comum, e em harmonia, entre senhores gigantescos e benfeitores e multidões humanas reconhecidas como foram construídas nossas catedrais. Mas nestas comunidades do Titicaca, as castas reais eram gigantes e parecem ter também participado do trabalho.Podemos mesmo pensar que os Egípcios, quando construíram seus colossos, para seus deuses-reis, se lembravam dos tempos felizes quando o gigante Osíris havia ensinado a escultura, e pensavam que era necessário dar ao deus morto uma estátua de sua altura, na qual pudesse voltar sem se sentir constrangido.Mas antes de passar às características intelectuais e espirituais, insistamos sobre outro traço da estranha civilização do altiplano andino. Tiahuanaco era um porto de mar, um porto de água salgada.O lago Titicaca é salgado, e a exploração geológica dos terrenos vizinhos não mostra sal que aí se acumula. O lago é salgado porque é o último resto de um oceano desaparecido, a última poça deixada secando por um mar declinante. Os cais do porto de

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Tiahuanaco ainda existem, e não estão ao alcance do lago perecido, mas sobre a linha de sedimentos que marcava a maré permanente do terciário.Hoerbiger calculou que o anel d’água havia deixado submersas cinco grandes ilhas: trata-se apenas de calcular os volumes d’água e as alturas das montanhas e a força da Lua de então. Ficavam então acima do oceano: os Andes do Titicaca, o Alto-México, o ápice da Nova-Guiné e o Tibet. Encontraremos confirmações nas tradições do antigo México, que assumirão uma marcha quase científica, detalhando os períodos numa origem mais ou menos geológica.Encontraremos testemunhos entre os selvagens da região da Nova-Guiné. Teremos o direito de pensar que os gigantes mediterrâneos haviam descido das montanhas da Abissínia, quinto ápice.Podemos, portanto imaginar legitimamente que os homens de Tiahuanaco, porto de mar, possuíam navios que davam a volta ao mundo sobre seu mar convexo. Uma cultura que cobria toda a terra habitável era unificada pelos tráficos marítimos. Como explicar de outro modo às espantosas semelhanças? Os cromlecks do Morbihan e os de Malekula? Os gigantes da ilha de Páscoa? As lendas da Grécia e as do México? - fragmentos degenerados de uma alta civilização que pode ser situada mais ou menos há trezentos mil anos e ter sido mundial.Sobre o valor intelectual desta civilização, temos um testemunho precioso e que parece irrefutável: um calendário esculpido na pedra.

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João Fernandes da Silva JúniorMetade enfiado num vaso, partido em dois por uma fenda, mas mantido junto por seu peso de dez toneladas, foi encontrado um pórtico esculpido, monolítico, de mais de três metros de altura e de largura. Posnansky, o veterano dos estudos arqueológicos bolivianos, foi o primeiro a descobrir que era um calendário e pôde fixar os sinais dos solstícios e dos equinócios. O alemão Kiss, após estudos no local em 1928 e 1929 propôs em 1937 o decifrar geral dos meses e das semanas. O inglês Ashton em 1949 efetuou enfim o ajuste de todos os detalhes do simbolismo que permitem o conhecimento preciso do funcionamento desta máquina científica.Ora, em 1927, Hoerbiger, calculando os dados que são as bases de nossos conhecimentos sobre a rotação da Terra, chegou a esta conclusão de que no fim do terciário girava em torno do Sol em 298 dias, cada dia tendo um pouco mais de 29 de nossas horas.Hoerbiger morreu em 1931, e seus cálculos estão nos arquivos do Instituto Hoerbiger, em Viena.Somente em 1937 foi que Kiss ficou em condições de declarar que o calendário de pedra de Tiahuanaco contava 290 dias. Como Tiahuanaco precede de 50.000 ou 100.000 anos o fim do terciário, a diferença, em teoria, é aceitável e se torna uma prova a mais. Até o presente, nenhuma outra decifração do calendário foi proposta, e a análise de Ashton em 1949 confirmou inteiramente os achados de Posnansky e de Kiss. Deve-se, portanto considerar, até nova informação, que os cálculos de Hoerbiger, feitos antes de qualquer interpretação ou mesmo

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qualquer conhecimento aprofundado do calendário foram demonstrados justos por observações feitas e registradas no fim do terciário. E, inversamente, os cálculos provam que é no fim do terciário que os astrônomos de Tiahuanaco fizeram suas observações.Ora, este calendário é melhor que o nosso.Não é melhor do que o que nossos astrônomos poderiam fazer caso lhes pedíssemos. Mas é melhor que aquele que utilizamos.Certamente não podemos dizer que os astrônomos de Tiahuanaco eram superiores aos nossos: disto não sabemos nada. Mas podemos dizer que o público para o qual se havia feito este calendário era intelectualmente superior ao nosso público, e tinha recebido uma educação científica melhor.O único fato "científico" - em correspondência com a observação - que evidencia o nosso calendário, é o número de dias do ano. Mas nossos "meses" são pura convenção, que não correspondem a nada. Eles não concordam de modo algum com a marcha da Lua.Por que nós temos 12 meses? Enigma. Nossas semanas, do mesmo modo, pré-fabricadas e não mostram nada.Os solstícios e os equinócios, momentos decisivos das curvas do ano, não são indicados pelo nosso calendário, nele estão superpostos às suas datas de ocorrência, aparentemente ao acaso, nos dias 20, 21 ou 22 de um mês. Enfim nosso ano não começa em nenhuma coincidência astral, e podemos deslocar este começo à vontade sem inconveniente, aliás, já o

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João Fernandes da Silva Júniorfizemos. Nossas festas móveis, Páscoa e as outras, navegam numa amável indecisão.O calendário de Tiahuanaco começa logicamente no equinócio do outono do hemisfério sul. Está dividido em quatro partes, separadas pelos solstícios e os equinócios, que deste modo marcam as estações astronômicas do ano. Cada uma das quatro estações está dividida em três seções, donde as doze divisões, e donde talvez tenham saído nossos doze meses. Mas as divisões do ano de Tiahuanaco eram de 24 dias, e o satélite terciário girava exatamente 37 vezes em torno da Terra em 24 dias. Assim, pois, uma vez feito o quadro dos movimentos da Lua de então em um mês, era válido para todos os meses, e se sabia, olhando o calendário, onde estava a Lua em cada hora do dia. Se tivéssemos um calendário racional, também deveríamos encontrar a mesma fase da Lua no mesmo dia de cada mês.Mas alguma coisa de bem mais complicado se apresenta aqui. O satélite terciário girava 37 vezes por "mês" em torno da Terra. Mas como a Terra gira também, parecia aos observadores de então que esta Lua nascia e se punha somente 13 vezes. Os dois movimentos, o movimento aparente e o movimento real, estão ambos indicados no calendário de Tiahuanaco.Aqui somos obrigados a nos sentir em inferioridade. Nossos astrônomos bem sabem, quase que desde sempre, que o movimento aparente de nossa Lua não é o seu movimento real, - desde que nosso posto de observação, a Terra, gira sobre ela mesma. Mas nossa

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civilização se contenta em constatar o movimento aparente, o único marcado, e assim mesmo desordenadamente, nos nossos calendários. Não chegamos ainda a cultivar suficientemente nosso público ao ponto de divulgar esta distinção entre a aparência e a realidade.Podemos, além disto, adivinhar alguma coisa do valor moral e espiritual desta civilização? Seu valor intelectual não desperta dúvida, depois da análise do calendário. O valor artístico é também evidente. Não podemos afirmar que estes homens, gigantes ou médios, eram mais sábios que nós - talvez fossem? - a ideia permanece hipotética, eles eram em todo caso mais sábios do que foram os homens de antes de nós que conhecemos. Tanto quanto o sabemos, nem os Egípcios, nem os Gregos, nem os Hindus, teriam podido construir este calendário. Mas enfim o orgulho de nossas descobertas do Século XIX e do século XX nos faz acreditar superiores em conhecimentos científicos aos Andinos do terciário.No entanto não podemos estar tão seguros. Mas em valor artístico, eu os julgo nossos superiores, do mesmo modo que julgo os Egípcios superiores a nós. Creio que em nenhum momento da Europa, mesmo no tempo do Renascimento italiano, não teriam podido produzir uma obra-prima de escultura comparável à face humana do colosso batizado EI fraile pelos espanhóis. Das linhas do rosto aos nossos olhos e mesmo até nosso coração, uma expressão de soberana bondade e de soberano saber. Uma harmonia de todo

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João Fernandes da Silva Júnioro ser emana do conjunto do colosso cujas mãos e o corpo altamente estilizado são estabelecidos num equilíbrio que possui uma qualidade moral. Repouso e paz irradiam do maravilhoso monólito. Se isto fosse o retrato de um dos reis-gigantes que governaram este povo, somente é possível pensar neste começo de frase de Pascal:E se pensamos que a Arte não deve imitar a natureza, encontramos este rosto composto de formas geométricas onde nada da forma humana fica em cada órgão - os olhos são círculos, o nariz uma pirâmide, a boca um oval, a fronte um retângulo e o perfil é um perfeito pedaço de elipse, com uma linha reta para a nuca. No entanto uma expressão extraordinariamente forte sai do conjunto, e nunca vi rosto cubista ou de apresentação pós-impressionista que desse tal impacto à sensibilidade artística.Seja, pois do lado da figuração realista ou do lado da arte abstrata, esta gente possuía artistas superiores aos nossos. Bellamy escreveu:"As cabeças esculpidas mostram frontes altas, rostos abertos, perfis intrépidos, queixos enérgicos. Em particular há uma cabeça - provavelmente a cabeça de um dignitário, pois está coberta com um gorro oficial - que é inesquecível. Parece brotar do seu próprio movimento da pedra de qual é tirada, pois não está completamente acabada, como que impaciente do cinzel do escultor, e sabendo bem que não pereceria mais."Notemos aqui, de uma vez por todas, a diferença entre estes colossos e os que se encontram em outros

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lugares, na ilha de Páscoa, por exemplo. Em Tiahuanaco, o intelecto europeu é superado. A estilização é tal, a complicação é tão viva, que não a compreendemos porque nosso espírito está habituado a um nível mais baixo. Isto se vê não somente na máscara abstrata, mas, por exemplo, nos dedos da estátua. Ao contrário, nos colossos, no entanto tão poderosos da ilha de Páscoa, nosso espírito está habituado a um nível mais elevado: o intelecto destes escultores está abaixo do nosso, embora sintamos uma lama mais formidável que a nossa. Seu sentimento é mais forte, seu cérebro é mais fraco.Em Tiahuanaco, somos superados pelo sentimento e pelo intelecto, mais ainda que ante as estátuas dos primeiros faraós.Mas sobre o definitivo valor destes seres, de todos os de sua categoria há outro e universal testemunho. Em todas as raças humanas persistiram lembranças da idade de ouro, durante a qual deuses muito poderosos vinham se entretiver com os homens, lhes ensinar a agricultura, a metalurgia, as ciências, e esta idade de ouro durou muito tempo, e os homens leram profundamente felizes sob o domínio benfeitor dos super-homens. Os Gregos se lembravam de uma idade de Saturno que havia precedido as guerras ferozes entre os gigantes e os deuses, e o nome de Hércules só era associado a sentimentos de gratidão, como o do Titã Prometeu. Os Egípcios e os Mesopotâmios contavam também as histórias dos reis-deuses que os haviam civilizado. Os selvagens do Pacifico evocam

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João Fernandes da Silva Júniorcomo ancestrais os bons gigantes do começo do mundo. É permitido ver nesta tradição geral da idade de ouro e dos deuses que nela reinavam uma noção confusa persistindo ainda dos tempos felizes da aurora das idades.As ruínas de Tiahuanaco nos permitem também entrever o fim desta idade de ouro, e imaginar o que se passou em seguida, entre duzentos e cinquenta mil anos e talvez dez mil ou doze mil anos antes da nossa época. À medida que a Lua terciária se aproximava muito perigosamente da Terra, os mares estavam sujeitos a uma agitação de mais em mais desordenada. Os vulcões se tornavam cada vez mais perigosos. Encontram-se em torno do Titicaca as marcas evidentes de três espécies diferentes de catástrofes: camadas de cinzas vulcânicas, depósitos de inundações súbitas, e enfim as provas do desaparecimento final do mar. Há um local especialmente impressionante onde muitas pedras trabalhadas pela metade foram abandonadas em desordem, e utensílios estão espalhados no lodo ressecado. Pareceria que os operários fugiram precipitadamente ou foram afogados, surpreendidos em pleno trabalho.Depois o satélite circundando em anel finda por vir se esmagar sobre todo o contorno da Terra, destruindo evidentemente tudo sobre o que nele caía. E terminado este bombardeio, o mar se retirou mais ou menos até seu nível atual, desde que a atração do satélite havia cessado. O ar também se afastou, e foi se distribuir sobre toda a Terra. Os sobreviventes do

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Titicaca sentiram o ar lhes faltar, e o calor habitual desaparecer: eles estavam a mais de 4.000 metros acima do mar; não dispunham mais de meios de transporte: seus navios destruídos ou carregados ficaram completamente inúteis. Não tinham mais comida: o que lhes vinha de outros lugares não chegava mais; o que faziam germinar não germinava mais. Sem dúvida desceram das montanhas, mas que planícies mal drenadas devem ter encontrado no imenso continente agora apenas liberado das águas. Antes que uma vegetação utilizável pudesse se achar ou se criar, séculos e milênios tiveram que passar.Não somente toda a organização social desapareceu gradualmente, mas os utensílios não existiam mais, as máquinas não podiam mais ser construídas os próprios sábios, sem dúvida estavam perdidos, as ciências mesmo estavam esquecidas. Como o diz Platão, comentando circunstâncias semelhantes: "Eles e seus descendentes se acharam durante muitas gerações privados das necessidades as mais ordinárias da vida e tiveram que consagrar toda sua inteligência ao cuidado único de buscar o que satisfaria suas faltas materiais imediatas".Aqui podemos generalizar um pouco. Logicamente, acontecimentos semelhantes se produziram em torno dos cinco centros civilizados: da Abissínia, da Nova-Guiné, do México, do Tibet como dos Andes desceram ao mesmo tempo homens tornados quase selvagens e gigantes perdendo sua civilização.

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João Fernandes da Silva JúniorJá assinalamos e voltaremos em mais detalhe as terríveis lutas entre gigantes e homens, e as de gigantes entre eles, e as de homens entre eles, com todas as alianças, santas ou diabólicas, inevitavelmente sobrevindas. Todas as mitologias conhecidas estão cheias de lembranças das épocas terríveis que sucederam à idade de ouro. À queda física, à degradação material correspondia a queda moral. Os homens, prontos a se acusar, terminaram por encontrar na queda moral a causa das catástrofes físicas. Platão, no fim do fragmento que nos resta de seu relato, diz que os deuses, escandalizados pelos crimes dos homens, decidiram puni-los.Mas como a perversidade humana pôde causar a queda da Lua terciária, preparada e inevitável desde há bilhões de anos?Esta ideia é absurda, e, no entanto causou mais bem, ao mesmo tempo moral e intelectual, que a ideia inversa. O homem fez medo a si próprio por esta concepção de que os deuses o puniriam de seus crimes - e quem pode dizer em que medida isto ajudou a sair da selvageria do quaternário iniciante?Em boa filosofia, é preciso ultrapassar o problema. Não foi a catástrofe que causou a degradação: pode-se conceber que se os homens fossem suficientemente desenvolvidos, teriam descido de suas montanhas atrás de seus gigantes-reis, e se teriam apossado metodicamente da nova terra. É deste modo que Milton representa

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Adão e Eva, expulsos do Paraíso, olhando com coragem e mesmo confiança em Deus o mundo alargado e magnífico entregue à sua iniciativa.É que o homem ainda não estava à altura desta tarefa. E, no entanto, em vários lugares, ele pôde enfrentá-la com sucesso. Nada nos impede de pensar que civilizações organizadas atravessaram o quaternário, de trezentos mil anos a dez mil anos a. C. Parece mesmo muito provável que tenha sido assim, pois de outro modo é muito difícil conceber que puros selvagens tenham podido conservar durante mais de duzentos mil anos recordações que iremos reencontrar. Imagina-se bem melhor paleolíticos vivendo muito simplesmente, mas também muito bem organizados - e seus desenhos e suas esculturas nas cavernas dão deles uma ideia muito elevada. E em outros lugares, cidades puderam ser novamente edificadas e conservar muito longamente a ciência antiga. E em outros ainda, em circunstâncias favoráveis de clima e de solo, comunidades puderam durar muito tempo por assim dizer sob a tenda e nutridas de tâmaras e de laticínios, e conservando, e até intensificando, uma vida espiritual e intelectual que vai muito bem com a simplicidade da vida material.AS DECADÊNCIAS. A NOVA-GUINÉEsteve algum tempo na moda, intelectualmente, fazer descenderem as civilizações das selvagerias, como se fazia o homem descender do macaco. Assim, se explicava - não nomeemos ninguém – as maravilhosas

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João Fernandes da Silva Júniorespiritualidades do Egito das primeiras dinastias pelos totemismos de primitivos que teriam habitado o vale do Nilo há uns dez mil anos.Esta moda está passando: a tentativa absurda de fazer sair o mais do menos deve logicamente ser abandonada. Tudo nos leva a crer que o homem criado muito rapidamente, foi imediatamente muito alto, ao mesmo tempo em inteligência e em espiritual idade; e que catástrofes, tanto interiores quanto exteriores, em certas circunstâncias que vislumbraremos bastante bem, o faz degenerar em algumas partes da Terra. Mas provavelmente, sempre houve homens muito civilizados desde que a humanidade existe. Os selvagens, longe de estarem na origem das civilizações, são restos dos malogros, evidentemente numerosos, que a humanidade sofreu na sua longa carreira. Sem dúvida coexistiram contemporaneamente comunidades refinadas, artísticas, intelectuais, numa palavra “humana”.Quando Malinowski nos descreve um estranho tráfico entre ilhas do Pacífico que cobrem uma superfície igual à França, seus dados são tais que se explicam melhor supondo que aí houve antigamente um império após desaparecido.Com efeito, estes selvagens muito se esforçam e organizam verdadeiras expedições, algumas vezes muito perigosas através de mares muito aleatórios, para transportar de uma ilha a outra, objetos sem valor intrínseco: bastões, potes, argolas, utensílios, que levam vários anos para fazer a volta do arquipélago para enfim voltar à sua ilha de partida.

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A razão mais simples destas ações fúteis parece bem ser que antigamente estes homens de boa fé deviam reunir em algum lugar designado os objetos ou mercadorias que eram sua contribuição às finanças de um Estado central, provavelmente de um ocupante civilizado. Depois este ocupante desapareceu, este Estado se desmoronou, e os selvagens continuaram a transportar de ilha em ilha objetos cuja transferência não tinha mais razão de ser. Sem dúvida também os selvagens deram de menos a menos valor aos objetos transportados. O rito inepto é o resto de uma antiga lei razoável. Seria vão se esperar que uma lei razoável terminasse por sair do rito inepto.Os Egípcios tinham uma doutrina contrária à nossa (pelo que compreendo da nossa tese recente da selvageria mãe da civilização). Eles diziam, como todos os antigos, que foram os deuses, e não os selvagens, que ensinaram aos homens as artes e a indústria. E eram os Egípcios do tempo de Heródoto e de Platão que diziam isto, quer dizer homens civilizados desde há três ou quatro mil anos, tão civilizados quanto nós. Se nós nos desembaraçamos de nossa religião em cem ou duzentos anos, que não teriam eles podido fazer em três mil anos? Não temos nenhuma razão em nos acreditar mais inteligentes do que eles.Um dos etnógrafos e psicólogos dos mais destacados de nosso tempo, John Layard observou longamente e de muito perto os selvagens de um grupo de ilhas ao sudeste da Nova Guiné. Ora as montanhas da Nova

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João Fernandes da Silva JúniorGuiné, na teoria hoerbigeriana foram um dos refúgios da grande cultura humana durante a maré alta permanente do terciário. E sem dúvida, desde que possuímos traços da atividade marítima dos homens de Tiahuanaco, os Andes e a Nova Guiné se comunicaram durante dezenas de milhares de anos. Sob a impulsão dos chefes gigantes, uma civilização mundial devia estar constituída.Será, pois uma confirmação desta hipótese aventurosa que pesquisaremos nas descobertas de John Layard.Nós a encontramos, e, parece irrefutável.Os indígenas do grupo de Malekula continuam a levantar megalíticos, e até muito recentemente, esculpiam estas sombrias pedras em formas humanas. As comunidades camponesas participam inteiramente nestes trabalhos penosos, que duram anos – com longos intervalos de repouso - e se tornam demais em mais desajeitados. É quase ao último estágio desta atividade que Layard assistiu, e muito evidentemente a chegada dos homens brancos vai por fim, aí como em toda a parte, a tudo o que resta de original nestas velhas culturas.Os megalíticos são enormes. Um, de dez metros de altura se quebrou em três durante as operações e a aldeia toda teve que retomá-lo por duas vezes, com um sério intervalo de repouso e em seguida o apoio da magia feminina, antes de colocar as três pedras nos locais desejáveis.Não faz muito tempo, estes monólitos eram talhados para representar os ancestrais; as grandes pedras são com efeito as moradias dos espíritos dos mortos e é

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importante que um espírito saiba reconhecer sua própria representação.Estes "ancestrais” eram, pois, na origem, gigantes.Mais a arte de esculpir a pedra está se perdendo, e desapareceu mesmo em muitas ilhas. Muitas vezes também se planta o monólito como se deve depois se planta diante do bloco de pedra bruta um tronco de árvore talhado para representar vagamente um ser humano. Os dois juntos, pedaço de pedra e pedaço de madeira, figuram o ancestral. Somente a madeira apodrece. Então muito depressa não sobram senão as pedras retas que se encontram nas planícies, em alinhamentos de centenas. Pois não se mexe mais nelas, os espíritos estando habituados a uma residência fixa: a estátua de madeira lhes ensinou onde deviam se hospedar, e eles continuam a vir na pedra mesmo quando a madeira desapareceu.Noutros lugares ainda, a degenerescência é mais adiantada. Os indígenas preguiçosos não plantam mais as grandes pedras, e se contentam de um pilar esculpido, que terminará provavelmente por não ser mais que um bastão bruto.Mas por outro lado, em algumas ilhas, o papel da madeira cresceu.O pilar de madeira transformou-se num gongo vertical, que pode ter quatro ou 5 metros de altura, oco naturalmente e fendido na frente quase até o ápice - a ápice sendo esculpido em forma de rosto.Verdadeiras orquestras se formam destes gongos, e nas grandes festas, quando tudo favorece, o ruído é

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João Fernandes da Silva Júniormaravilhoso: as vozes dos "ancestrais" podem deste modo se fazer ouvir por todos.Mas as estátuas, em monólitos ou em madeira, não são senão um elemento de uma figuração característica. Normalmente, diante da grande imagem em pedra da "ancestral" está colocado um dólmen de um metro ou um metro e cinquenta feitos em princípio de três pedras, porém muitas vezes mais complexa. Sobre este dólmen, que é a mesa do gigante, se sacrificam porcos, especialmente criados para este rito. E Layard não teve trabalho para descobrir que há não muito tempo eram homens que se ofereciam para comida do gigante. Pois o menhir é o gigante e o dólmen é a mesa sobre a qual ele come. O deus os mata se não ofereceis o sacrifício.Os porcos são sacrificados para que o "ancestral" não venha pegar os homens. Mas a ideia de que um mérito bem maior se adquire quando um homem é oferecido está enraizada no espírito dos insulares. A presença dos brancos e de seus navios de guerra constitui o único obstáculo à continuação deste canibalismo sagrado.Pode-se mesmo ver na chegada dos brancos a causa primordial da degenerescência observada na execução dos ritos. Mesmo sem intervenção das forças armadas da Europa, o Negro, ao contato dos Brancos, perdeu a espécie de poder psíquico que possuía anteriormente; perde o interesse em suas velhas práticas; põe-se a degenerar muito rapidamente. Sem dúvida a lei branca que interdita o canibalismo e suprime os sacrifícios humanos através de severos castigos tem grande peso,

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mas a influência psíquica é mais sutil: os Brancos representam novos "deuses" e os antigos deuses desaparecem diante deles.Deste modo os romanos suprimiram pela força das legiões e por seu ceticismo os sacrifícios humanos - que se faziam frequentemente também diante de colossos de madeira, de pedra ou de metal. A grande altura é o sinal do deus - o "deus” não sendo senão a forma degenerada do gigante de antigamente.Assim se explica o fato que práticas que devem ter sobrevivido durante dezenas de milhares de anos desapareçam tão rapidamente diante de nós; diante de nossa mentalidade mais ainda que diante de nossas armas. Retiramos do selvagem aquilo de que ele vivia espiritualmente - sem dúvida temos direito e razão - mas o desaparecimento do selvagem também está assim em vista, pois a morte física segue à morte moral.Nossa imaginação tem apenas necessidade de se pôr em movimento para interpretar os fatos relatados por Layard. As explicações vêm, em suma, dos próprios indígenas.Numa antiguidade muito remota, havia gigantes benfeitores. Estes civilizaram os homens e lhes ensinaram as artes, úteis ou estéticas, a escultura em primeiro lugar: o erguimento das estátuas dos reis.Depois vieram os gigantes maus, canibais, e foi preciso colocar as mesas de pedra diante de suas estátuas e lhes oferecer homens para nutrição. Tagaro, que era bom, tinha vindo do céu. Suque, que era mau,

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João Fernandes da Silva Júniorlutou contra Tagaro e foi precipitado no abismo: como na Grécia os gigantes maus foram precipitados pelos deuses bons.Depois todos os gigantes desapareceram, mas os homens apavorados continuaram se defendendo lhes erigindo estátuas e lhes oferecendo vitimas.E agora os Brancos veem, e tudo cessa.Mas o testemunho dos negros de Malekula está inscrito nos seus megalíticos e as teorias de Heerbiger disto recebem uma evidente confirmação. Confirmação oral também, talvez ainda mais surpreendente, pela transmissão dos mitos através da voragem do tempo: e isto nos leva a pensar que não foi há tanto tempo que civilizados ainda ensinavam sua religião a estes selvagens.Com efeito, Layard recolheu lendas curiosamente hoerbigerianas.Primeiro o mundo e os seres vivos foram criados pela Lua. Os homens caíram na Lua. Ainda agora, as almas dos homens são formadas na Lua, e descem da Lua até o seio de sua mãe.Antecipação da teoria dos raios cósmicos e das mutações bruscas, ou resto desfigurado de um antigo ensinamento? A Lua, em todo caso desempenha o principal papel nesta antropologia.Em seguida, sabe-se que a Lua pode cair.Enfim, coisa estranha nestes povos de marinheiros, contam que na origem não havia mar: tudo era terra; e um dia de repente, o mar apareceu e se instalou em seu lugar atual. Resumo da teoria hoerbigeriana da invasão das planícies do Pacífico, emergidas quando

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as águas estavam em anel ao norte, e submersas de repente quando, carda a Lua, as águas se instalaram sobre todas as planícies. Layard encontra aqui igualmente, restos de ciências experimentais diferentes das nossas; e estes Negros sendo perfeitamente incapazes de inventar ciências, estas observações e estas práticas só puderam vir de tradições bem mais antigas de homens tão civilizados quanto nós.Chegamos aqui a uma indicação vaga sem dúvida, mas bastante forte de que era a ciência dos terciários. E esta indicação será confirmada no México, depois por todas as tradições.Depois de Sir James Frazer na Inglaterra e de Durkheim, na França, tornou-se moda considerar as práticas de magia dos Negros como puramente fúteis e baseadas em associações de ideias pueris e sem fundamento. Mas estas teorias, após observações mais prolongadas e mais precisas, estão atualmente caducas. Descobriu-se que as práticas mágicas têm algumas vezes efeitos precisos e constatáveis, e não são devidas unicamente à imaginação dos selvagens. As coisas se passam, de preferência como se os Negros estivessem de posse de alguns fragmentos de ciências outrora bem organizados, e como se estes fragmentos, utilizados por cérebros pouco aptos, estivessem deformados e pontilhados de erros, mas capazes ainda algumas vezes de eficácia.John Layard escreve:

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João Fernandes da Silva JúniorEm algumas circunstâncias a eficácia da magia que deve produzir o bom tom ou a chuva não pode ser tão ilusória quanto se crê geralmente. Está na moda, há alguns séculos, na Europa o não reconhecer a potência na psique humana sobre os fenômenos da natureza exterior. As pesquisas modernas provaram agora em boa parte a realidade dos fenômenos de exteriorização da energia psíquica, embora existam muito poucos homens que saibam produzir estes fenômenos. Foi, além disto, verificado que certos primitivos cujo ego é menos diferenciado que o nosso estão em contato com poderes coletivos que o homem moderno não conhece quase mais, e que mágicos especialmente dotados neste domínio possuem uma técnica bem definida para utilizar estes poderes.Mágicos que sabem produzir ou dispersar tempestades existem em toda parte do mundo e é bem conhecido que eles se impõem períodos de jejuns e de exercícios psíquicos se preparando para a ação. Não é provável que tanta energia haja sido desenvolvida por tantos indígenas muito desenvolvidos, em tantos lugares e desde tantos séculos se jamais algum resultado não houvesse sido obtido.Proponho, por conseguinte aceitar a ideia, certamente não a de que todos os fenômenos atmosféricos são sujeitos ao poder humano, mas que, em certas circunstâncias favoráveis a ligação entre o espírito primitivo e as forças da natureza pode ser tal que um contato se estabelece nas partes baixas da consciência e que numa certa medida a vontade humana pode ser um efeito sobre o tempo que faz.

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E Layard consagra todo um capítulo a um exame das técnicas da magia do Pacífico-Oeste (XXIV, p. 628 a 648) em contribuição “ao estudo das forças psíquicas ainda utilizadas por certos povos primitivos”.Resulta, no entanto da observação que estes procedimentos mágicos estão longe de sempre serem eficazes. Sucessos são constatáveis, porém bastante raros e, sobretudo o exame dos feiticeiros, mesmo dos mais competentes, revela que eles não conhecem as razões nem de seus sucessos nem de seus insucessos. São todos aprendizes de feiticeiros, e semelhantes a estes outros Negros a quem ensinamos a dirigir automóveis, e que sabem consertar os funcionamentos mais simples em caso de acidentes, mas que não compreendem verdadeiramente como a máquina anda nem porque ela não anda. Sua eficácia limitada e sua falta de teoria, bem assinaladas por Layard e Deacon, mostram que são apenas maus alunos de uma ciência que os supera de muito, e cujos mestres antigamente lhes ensinaram alguns procedimentos práticos.Chamamos algumas vezes de "ciências psíquicas" os dados ainda incertos obtidos entre nós, por pesquisadores temerários. Sábios honrados delas se ocuparam algumas vezes. Os últimos analistas da psicologia olham para este lado com interesse. Mas a palavra "ciência" não pode ainda se aplicar a estas observações na Europa ou na América. Se as indicações dadas aqui ou nos capítulos seguintes não são de qualquer modo sérias, podemos pensar que houve antigamente uma civilização onde existiam

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João Fernandes da Silva Júniorverdadeiramente "ciências" psíquicas. O testemunho de toda a antiguidade clássica se junta ao de nossos selvagens de hoje para afirmar a realidade dos fenômenos psíquicos. Talvez as antigas civilizações fossem, sobretudo diferentes da nossa porque sua ciência era antes de tudo "psíquica'" enquanto que a nossa é antes de tudo "física". Talvez venha o dia em que seremos obrigados a admitir a realidade e mesmo a necessidade dos dois gêneros de ciências. Talvez os selvagens duraram até nossos dias para nos trazer seu testemunho antes de desaparecer, e para repor em nossas inteligências o cuidado de retomar e de destacar os resíduos dos mais antigos conhecimentos humanos, os que as tradições atribuem a Adão antes da queda. O desencadeamento, que se torna terrificante, de nossa ciência física necessita certamente influências de uma ordem inteiramente diferente - ou então estamos em perigo de sucumbir de excesso de ciência física, como é dito em algumas lendas que os homens da Atlântida sucumbiram pelo excesso de ciência psíquica.Um equilíbrio deve ser achado, sob uma autoridade mais elevada.TESTEMUNHOS. OS TOLTECASOs Toltecas habitavam no México, e, portanto sobre o território de outra das cinco grandes ilhas do mar-anel do fim terciário.Estão nos antípodas de Malekula. Não sabemos mais sobre eles do que foi relatado por alguns cronistas da época da conquista. Deixo falar Vaillant, a mais recente das autoridades americanas.

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A história oriental (dos Toltecas) escrita por Ixtlilxochitl começa como convém, na criação do mundo e fornecem as quatro ou cinco épocas, chamadas "sóis" pelas quais o mundo passou.A primeira época - o Sol da Água - se desenvolveu quando o Deus supremo, Tloca Nahuaca, criou o mundo; depois de 1716 anos, inundações e o trovão a destruíram.A segunda época - o Sol da Terra - nasceu povoada de gigantes, os Quinametzins, que desapareceram quase inteiramente porque tremores de terra destruíram a Terra.O Sol do Vento foi à terceira época, e os Olmecas e os Xicalancas, raças humanas, viveram sobre a Terra. Eles mataram os gigantes que haviam sobrevivido, fundaram Chulula e foram até Tabasco. Um personagem milagroso, chamado Quetzalcoatl por uns, Huemac por outros, apareceu nesta época e ensinou aos homens as civilização e a moral. Quando viu que o povo não queria receber seu ensinamento, se voltou para o Este, lhes dizendo a destruição do mundo por tempestades e a metamorfose dos homens em macacos, e tudo isto aconteceu.A quarta época é a nossa, ela se intitula o Sol de Fogo e findará por um braseiro geral.Encontra-se aqui um quadro quase científico à maneira de Hoerbiger. Nele figuram mesmo com seus verdadeiros números geológicos:- o primário antes do homem;- o secundário com a criação dos gigantes;

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João Fernandes da Silva Júnior- o terciário com os homens comuns ainda misturados com os gigantes;- o quaternário que é nossa época, sem gigantes;- os bons gigantes representados por Quetzalcoatl;- e a degenerescência dos homens (transformados em macacos quando o bom rei deus partiu);- o motivo moral da última catástrofe;- as três catástrofes passadas e a última, a catástrofe quaternária ainda avir.Assim, num resumo sistemático, tudo que dissemos até aqui.Alguns detalhes sobre estes grandes acontecimentos foram conservados no México:Durante o grande cataclismo que findou pelo dilúvio, Xelhua, da raça dos gigantes, e seus seis irmãos se salvaram se refugiando sobre uma alta montanha que consagraram ao deus da água, Tlaloc. Para comemorar este acontecimento e mostrar gratidão a Tlaloc, mas também para ter um lugar de refúgio em caso de nova necessidade, se um novo dilúvio se produzisse, Xelhua construiu um zacuali, uma torre muito alta, que devia subir até o céu. Mas os deuses ficaram ofendidos por este orgulho, e lançaram o fogo do céu sobre a torre, e os trabalhadores foram mortos em grande número. Por isto a pirâmide de Cholula não foi terminada.Encontraremos de novo em várias oportunidades esta associação entre os gigantes e as montanhas; até nos folclores e nos contos mais próximos de nós, os gigantes continuaram a descer das montanhas ou nelas se refugiarem conforme a ocasião.

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Fora desta estranha tradição, não sabemos quase nada dos Toltecas; mas a confirmação que eles trazem, intelectualmente, às teorias de Hoerbiger, é notável. Que seu testemunho concorde com o de Malekula o torna ainda mais convincente. De um lado são pedras e ritos que nos mostram; de outro um esquema intelectual transmitido ao longo dos séculos sem nenhuma razão se não contém sua parte de verdade.Sobre os elevados planaltos do México sobreviveu, pois alguma coisa da civilização terciária, e entre homens que souberam que esta civilização acabara, desde que relatam a destruição segundo Quetzalcoatl e a degenerescência dos homens em macacos ou selvagens. Aí, pois continuou alguma coisa, provavelmente com altos e baixos, até a chegada dos espanhóis.Então aparece um problema que os historiadores nunca colocaram bem nem resolveram. Como algumas centenas de espanhóis venceram centenas de milhares de soldados mexicanos? Os Astecas e seus aliados eram muito bravos, muito tarimbados e bem armados. Não tão bem armados, sem dúvida, quando os espanhóis, mas, no entanto muito bem armados: mataram muitos espanhóis.Aliás, na última grande batalha, os espanhóis não tinham mais quase cavalos nem quase mais pólvora, e os guerreiros astecas estavam de todo habituados aos espanhóis, aos cavalos, às armaduras, e às armas de fogo. Prescott, o grande historiador da conquista, admite que o Exército de Tezcuco se conduziu muito

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João Fernandes da Silva Júniorbem e deveria ter exterminado os últimos espanhóis. Conclui pela"influência da sorte". Então?A explicação não está neste plano.Os Astecas pereceram por sua ciência psíquica, exatamente como nós estamos expostos a perecer por nossa ciência física.Com efeito, todos os textos, e, além disto, as imagens do Códex florentino nos provam que o imperador Montezuma tinha consultado os deuses, que havia previsto o futuro e sabia que seria morto, que seu império seria destruído e que os espanhóis triunfariam. E era verdade. A ciência psíquica o havia aniquilado lhe dizendo a verdade, a ele e a todos os seus soldados. Todos sabiam que desempenhavam um papel preparado previamente pelos deuses, o que implicava na derrota deles e na morte de um grande número dentre eles. Os relatos do último sítio de México são altamente patéticos. Os astecas sabem que vão morrer, mas continuam a sustentar seus papéis, e persistem até a destruição total.Em nenhum momento acreditaram ganhar esta guerra. E tinham razão. Estavam encerrados num círculo: sabiam que estavam condenados, e porque o sabiam é que estavam condenados. Ora, eles tinham todas as oportunidades de triunfar se não houvessem sabido que deviam ser vencidos. Teria valido infinitamente mais para nós não sabermos fazer bombas atômicas.A Ciência pode, pois ser nefasta. Montezuma e os seus pereceram de sua ciência psíquica - e nós estamos arriscados de perecer de nossa ciência física.

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Deste pré-conhecimento do desastre aparece na arte e no próprio comportamento dos astecas esta espécie de poderio de fatalismo irremediável que tanto nos impressiona ao olharmos as maravilhas de sua escultura e ao ter os relatos de suas ações, que não são nunca senão "paixões'".Tocamos em Malekula uma das últimas e das mais longínquas franjas desta ciência que procuramos situar no terciário; no México, na outra extremidade do manto, tocamos também alguma coisa que é da mesma textura. Do mesmo modo que Layard sustenta que algumas vezes o perito pode influenciar a atmosfera, sustentamos seguindo a experiência de Montezuma que algumas vezes o perito pode conhecer o futuro, embora valesse mais a pena não conhecê-lo. Estamos muito perto também desta ideia de que a ciência algumas vezes é interdita, e outro lado do Gênesis aparece vivo: a árvore do conhecimento.A BÍBLIAAs passagens da Bíblia onde são mencionados gigantes apresentam caracteres de autenticidade sobre os quais não se insistiu suficientemente. Encontram-se no mundo inteiro lendas relativas aos gigantes. Em particular, os gregos nos deixaram seu testemunho por crenças muito mais antigas que a literatura. Mas quase em toda parte - salvo em algumas tribos extremamente pouco desenvolvidas - o que é relatado dos gigantes está misturado a mitologias inaceitáveis num sentido histórico. O gigante dos gregos, Atlas,

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João Fernandes da Silva JúniorPrometeu os Ciclopes, e os outros estão misturados aos deuses.Não podemos acreditar em Urano, em Saturno devorando seus filhos, nem em toda esta epopeia muito antiga que, no entanto é o meio próprio dos gigantes gregos. Pelo contrário temos necessidade de que esta mitologia seja explicada.Ela não se torna um elemento de explicação senão a título secundário, depois que ideias vindas de outra parte permitam interpretá-la.Na Bíblia, pelo contrário, os textos relativos aos gigantes não dependem de nada mais. Primeiro aí se encontram informes concretos: assim este leito de ferro de um gigante de cinco metros de comprimento que se podia ainda ver em Rabbath "em casa dos filhos de Amon" (Deuteronômio, III, 3 a 11). Não há nenhuma mitologia na Bíblia, há fatos relatados. Pode-se recusar aceitá-los, como incríveis, mas os relatos não são maculados de falsos por necessidade de provar uma tese. Os gigantes da Bíblia não provam nada. Eles não são necessários a Jeová como os gigantes gregos são necessários à saga de Saturno e de Júpiter. Nenhuma implicação mitológica ou religiosa se liga a estes textos. Pode-se suprimi-los sem prejudicar a teologia, e até eles só causaram dificuldades aos teólogos. Aparecem nas datas mais diversas, nos lugares algumas vezes os menos aparentados uns com os outros; o Gênese VI, os Números XIII, o Deuteronômio III, Josué XII, XIII, XV, XVII, Samuel dois, XXI, as Crônicas um, XX, o Livro de Jó XXVI, o Apocalipse XX, e em condições

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de texto que frequentemente permitem considerar que muitas destas referências são independentes umas das outras. Dito de outro modo, as passagens relativas aos gigantes apresentam todos os caracteres da autenticidade histórica:- são precisos e concretos;- não são dirigidos por nenhuma tese histórica ou mitológica; não provam nada; se apresentam a títulos de fatos;- estão inseridos em capítulos onde não têm quase nada que fazer, e se os retiramos nada do relato se perde;- são muito curtos, e lançados de passagem, sem possuírem importância especial;- emanam de redatores muito diversos no tempo e no espaço, e muitas vezes sem relações entre eles.É importante assinalar aqui, que esta integridade bíblica resulta de uma predominância espiritual. Não se insistiu bastante sobre a predominância do espiritual no domínio intelectual. Os redatores hebreus relataram exatamente o que sabiam por que eles estavam certos da existência de um Deus único e convencido da não existência dos "deuses". A Bíblia põe os gigantes no seu lugar de gigantes. Os gregos, com efeito, os misturam necessariamente com os deuses, e os gigantes se aparentam com os Olímpicos, passando da história para o mito. Do mesmo modo fazem os Sírios e os Hititas, mas os gigantes da Bíblia não são senão gigantes. A distinção é, no entanto simples: o gigante pode ser morto, o deus não o pode.

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João Fernandes da Silva JúniorQuando, no Ras Shamra encontraram-se tabuinhas contando que Baal foi morto por invasores, fica-se com direito de concluir que Baal não era um deus, mas um simples gigante como os dos Hebreus.No estágio menos evoluído que conhecemos, entre os selvagens de Malekula, Layard encontra os megalíticos erigidos por tribos a gigantes, ancestrais mortos. A ideia de deus ainda não apareceu. Os gigantes foram promovidos à classe de deuses em épocas tardias, a esta ascensão não se pode fazer no espírito dos Hebreus porque sua inteligência estava protegida por uma ideia espiritualmente superior, a ideia do Deus único. Portanto os Hebreus nos contaram os fatos transmitidos pela tradição com menor deformação que os outros povos civilizados: Gregos, Egípcios, Sírios, Hititas.Por que então este testemunho bíblico não é aceito?Por duas razões: primeiro, a possibilidade da existência de gigantes não é admitida cientificamente, depois, faltam confirmações adequadas vindas de outros povos, as confirmações vindas do resto do folclore mundial, apesar de tudo, sujeitas a diversas suspeições, e não adquirindo seu valor senão uma vez suficientemente estabelecido o fato central.Ora, a pesquisa cientifica recente aboliu estas duas objeções, e estamos em presença da veracidade dos relatos bíblicos sobre os gigantes. O cardeal Newman assinalou que muito frequentemente não são as objeções da inteligência que nos impedem de aceitar uma determinada ideia, porém mais simplesmente a incapacidade da nossa, imaginação. Diante dos

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gigantes, somos paralisados pela insuficiência da imaginação e não pelos protestos da inteligência.O gigantismo em si é um fato cientificamente constatado nos diversos períodos geológicos. No fim da era primária, há um gigantismo vegetal que produziu as plantas, que em seguida forneceu a hulha. No fim do secundário, encontram-se os gigantismos saurianos, diplodocus e outros. No fim do terciário encontram-se mamíferos gigantescos como os mamutes, e é muito possível que o homem simiesco, de quatro metros de altura, cujos resíduos foram encontrados por Von Koenigswald em 1946, faça parte dessa promoção dos mamíferos à altura dos gigantes.Até o presente três destes resíduos de mandíbulas humanas gigantescas foram encontrados: um na África do Sul, um em Java, um na China do Sul. Bellamy sustenta que os gigantes civilizados eram demasiadamente inteligentes para se deixarem pegar nas zonas, então perigosas, onde estão atualmente os fósseis.A teoria de Hoerbiger não é geralmente aceita, embora um número crescente de sábios esteja disposto a tomá-la a sério em alguns de seus traços. Em particular, os folcloristas e os mitólogos nela encontram explicações que faltavam até aqui. Aliás, não é necessário aceitar esta tese na sua totalidade para justificar a existência dos gigantes. Dum ponto de vista completamente diferente, um físico-químico americano célebre, H. C. Urey publicou em 1952 um

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João Fernandes da Silva Júniorlivro sobre a origem dos planetas, no qual coloca as bases de uma teoria menos extensa, mas que é suficiente para a tese aqui apresentada.Uma Lua seria, segundo Sua composição química, não um fragmento escapado, seja da Terra seja do Sol, mas um corpo constituído pelo acúmulo de matérias interplanetárias. Os planetas nasceriam assim independentemente no espaço e um pequeno planeta entrando no campo de gravitação do maior seria capturado por ele e se tornaria um satélite, exatamente como na teoria de Hoerbiger. Este gênero de evolução planetária seria suficiente à produção dos gigantes, desde que os fenômenos posteriores à captura seriam os mesmos mencionados por Hoerbiger.Outro testemunho, por outro lado, nos vem de Heródoto, e não pode senão aumentar a tendência recente nos pré-historiadores de acrescentar cada vez mais fé ao que é relatado nos antigos textos.Heródoto relata, com efeito, (II, 142) que os egípcios lhe disseram que possuíam nos seus arquivos relações históricas de um antigo fato astronômico, e que, em dois períodos diferentes na muito alta antiguidade, o Sol se tinha levantado no Oeste para se pôr no Este.Esta passagem incompreensível até o presente se tornaextremamente significativa se se considera com Hoerbiger, que quando o satélite se aproximou mais ou menos a quatro raios terrestres, a rapidez de rotação do satélite vai além da rapidez de rotação da Terra, e o movimento aparente da Lua em torno da Terra é substituído pelo movimento real que, como todo mundo sabe, é com efeito de Oeste para Este.

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Esta Lua, então três vezes maior em diâmetro que o Sol, e tão brilhante quanto ele, relega o Sol ao segundo plano no céu e toma o seu nome. Heródoto relata, pois que os egípcios sabiam o que se havia passado no fim do secundário e no fim do terciário, quando o Sol (quer dizer a Lua muito brilhante e maior que o Sol) se levantou com efeito a Oeste para se puser a Este.É durante estes períodos que os gigantes foram produzidos.A primeira das razões que impedia acreditar nos gigantes, a razão científica, é deste modo consideravelmente abalado.Heródoto, conjugado com Hoerbiger ou Urey, lança uma nova luz sobre um ponto dos mais curiosamente controvertidos: a parada do Sol no céu, nos relatos de Josué. E talvez também sobre a passagem do Mar Vermelho pelos Hebreus, antes da destruição do exército egípcio no mesmo local. Estamos aqui no domínio da imaginação. É preciso admitir que os narradores bíblicos conheciam tradições muito antiga se as aplicaram a acontecimentos muito mais próximos deles.Entre o período em que uma Lua mais brilhante que o Sol, e, portanto chamada de "Sol", aparece no Oeste e o período em que ela aparece no Este, há para Hoerbiger um período de fixação, quando a Lua gira na mesma velocidade que a Terra, e, portanto fica em permanência no zênite (se o observador estiver na Abissínia) ou de qualquer modo num ponto fixo do

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João Fernandes da Silva Júniorcéu. Este período de fixação do satélite pôde durar dezenas de milhares de anos entre há trezentos mil anos e há duzentos mil anos. A lembrança, diminuída pelas gerações incrédulas, pôde chegar aos redatores bíblicos, que o terão adaptado à vitória de Josué.Quanto ao recuo das águas do Mar Vermelho, seria necessário fixá-lo à captação da Lua atual, que primeiro aspirou em sua direção todas às águas dos mares, e liberou assim alguns fundos, dentre os quais sem dúvida o norte do Mar Vermelho, fundo-de-saco das águas. Mas isto durou muito pouco, e as águas refluíram. Assim os Hebreus puderam passar a seco e no dia seguinte os egípcios foram afogados. Este acontecimento teria ocorrido a cerca de 11 mil anos antes da nossa era, na época hipotética da submersão da Atlântida de Platão.OS TEXTOS BÍBLICOSOlhemos agora um pouco mais de perto o que dizem a história e a pré-história em suas mais recentes descobertas. Reproduzamos primeiro os textos da Bíblia: Jo, XXVI, 5 (vê-se a destruição dos gigantes por Deus):Os Refaims, os seres mortos, estão sob a água, e os antigos habitantes da Terra.Apocalipse, XX, 10 (Gog e Magog): O fogo desceu do céu de Deus e o devorou. (Pode-se perceber aí os cataclismas do fim do terciário).Gênese VI, 1-4: E aconteceu que os homens começaram a se multiplicar - e que moças lhes nasceram.

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Que os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e tomaram para mulheres aquelas que escolheram.E o Senhor diz:"Seus anos serão limitados em 120".E havia gigantes sobre a terra nestes tempos e, por consequência, quando os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens e delas tiveram filhos, estes filhos se tornaram homens poderosos que foram heróis célebres na antiguidade.Números, XIII, 33:E aí, vimos os gigantes, os filhos de Anak, que vêm dos gigantes, e a nossos olhos, éramos diante deles como gafanhotos - e a seus olhos nós éramos como gafanhotos.Destruição dos gigantes pelos homens.Deuteronômio. III, 3a 11:O Senhor entregou em nossas mãos Og também, o rei de Basham, e todo o seu povo - E tomamos todas as suas cidades, pois Og apenas restava dos filhos dos gigantes, e vede, seu leito era um leito de ferro, e não está em Rabbath, em casa dos filhos de Ammon, e ele tinha 9 côvados de comprimento e 4 de largura (côvados de homens 4 a 5 m).Outras referências: Josué, XII, 4; XIII, 12.Josué, XV, 8 (quando os filhos de José lamentam sua partida da Palestina, Josué lhe diz: (XVII, 15).Se fordes um grande povo vá ao país das florestas, e separai um reino na terra dos gigantes, desde que o monte Efraim é muito pequeno para vós.

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João Fernandes da Silva JúniorE a tribo de Manasses (XVII, Josué), se instala até os limites do território dos gigantes.Crônicas - Há ainda restos dos gigantes em Samuel (Ishbi-Bench), 2, XXI, 16 e nas Crônicas, I, XX, 4-5, com seus nomes: Sipai, Lahmi, cuja lança é como uma trave de tecelão e inútil insistir sobre Golias, cuja morte ilustrou Davi.Acrescentemos a isto as afirmações bem conhecidas sobre a longevidade dos primeiros homens de antes do Dilúvio. A longevidade está devidamente em relação com o gigantismo. Todas as células do corpo humano tendo se tornado mais leves, a usura do funcionamento do organismo se torna menor, e, portanto o homem pode viver muito mais tempo. Uma nova possibilidade deste modo é trazida nos relatos bíblicos sobre a idade atingida pelos primeiros homens.Outra fonte é assim encontrada para este caráter dos deuses, de serem imortais. Aos homens vindos mais tarde, viver novecentos anos e ser imortal parecia mais ou menos à mesma coisa. Deste modo, os deuses que eram imortais por natureza, mas que podiam ser mortos numa batalha como o Baal sírio, se tornou mais prováveis.As escavações de Ras-Shamra, que notabilizaram Claude Schaeffer nos trazem os documentos que vêm, por assim dizer, do outro lado da frente. Os Hebreus, invasores da Palestina, têm diante deles homens que deixaram em Ras-Shamra comunicados oficiais em caracteres cuneiformes, nos quais encontramos confirmação dos relatos bíblicos. Claude Schaeffer

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reencontrou aí o nome de Terach, pai de Abrahão, também oficialmente identificado pelo adversário como um chefe de invasores e até, o que é bastante raro nos comunicados oficiais, sobretudo na antiguidade, os Sírios admitiam que fora o inimigo comandado por Terach que triunfara. É também no livro de Claude Schaeffer (The Cuneiform Texts of Ras-Shamra-Ungarit, p. 65) que se encontra o relato da morte de Baal a que já me referi várias vezes.René Dussaud, nos capítulos sobre a religião dos Hititas e dos Huritas, dos Fenícios e dos Sírios (no volume II, coleção Mana) escreve na página 386: "Nos textos de Ras-Shamra, os Refains são acólitos do deus Baal". Ora, conhecemos os Refains da Bíblia que são uma das raças dos gigantes destruídos. Claude Schaeffer, na prancha 22 de seu livro sobre os textos de Ras-Shamra, mostra a gravura da estela que apresenta o deus Baal brandindo sua clava, e segurando na mão esquerda uma lança que é o fogo do céu (lembremos que, entre os Gregos, Prometeu também se havia apossado do fogo do céu e Prometeu fora acorrentado sobre o Cáucaso, do outro lado do país dos Hititas). Este Baal, gigante morto numa batalha contra os invasores, é evidentemente um destes reis gigantes à frente de tribos de tamanho ordinário que os Hebreus são tão orgulhosos de ter derrotado. É o leito de ferro de um destes Refain, companheiros de Baal, que está guardado em Rabbath em casa dos filhos de Ammon, do outro lado do Jordão. Se se considera que centenas e talvez milhares

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João Fernandes da Silva Júniorde anos devem ter passado entre os acontecimentos cuja lembrança está assim perpetuada dos dois lados, a concordância é absolutamente notável.Mais ao norte ainda do país central dos Hititas, da Anatólia, vêm outras confirmações (ver O. R. Gurney: The Hittites, 1952, p. 181 a 194). O poema de Ulli Kumii fala de um gigante tão grande que o mar somente chegava à sua cintura. Isto depende evidentemente do lugar do mar onde ele se achava, mas a impressão produzida sobre o espectador é certa. Este gigante estava, como os gigantes gregos, revoltado contra os deuses. Nos relevos sobre o rochedo de Gavur Kalesi (pranchas 18 de Gurney), se encontram dois destes gigantes que têm, com efeito, como o diz a Bíblia, 4 a 5 metros de altura.Mas se encontra também entre os Hititas, uma forma particular de uma lenda ainda mais curiosa e que finda na história de Sansão e de Dalila. É o relato transmitido desde a mais alta antiguidade da utilização das mulheres para destruir os gigantes. A Bíblia já nos preveniu, desde o início, que as filhas dos homens eram belas. Aí está uma arma de guerra que os homens não deixaram de empregar. Terminaram por se desembaraçar dos gigantes pela arma de propulsão, as flechas de Hércules e a funda de Davi, mas houve meios ainda menos leais. Os Gregos nos contam nos textos que imprimimos habitualmente segundo Hesíodo, a título completamente, pois não são de Hesíodo, como Vênus e Juno desempenharam um papel muito importante na derrocada dos gigantes. Júpiter não conseguia exterminar seus adversários;

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pediu conselho a Gea, a ancestral primordial, que lhe revelou que somente os homens eram capazes de um massacre final. Júpiter pediu então ajuda de Hércules. Hércules, armado de seu arco e de suas flechas, mas demasiado pequeno, mesmo sendo Hércules, para se medir com os verdadeiros gigantes, se escondeu na caverna, e Vênus e Juno (oh! vergonha!) foram encarregadas de empregar seus encantos e de atrair os gigantes até o alcance das flechas de Hércules. E é assim que os gigantes pereceram, pelos menos em alguns casos.Aqui intervém um relato hitita muito mais moral. A história começa da mesma maneira. Os deuses apelam para um herói humano com o mesmo fim. Mas os Hititas eram evidentemente muito mais civilizados e muito mais evoluídos moralmente que os pré-helênicos de quem os Gregos nos transmitiram os relatos, aliás, com horror. O herói pré-hitita, em lugar de entregar a deusa ao cio dos gigantes pediu para esposá-la antes de entrar na guerra. Isto lhe foi concedido e ele exterminou limpamente os gigantes como convinham.É um último eco destas lutas e destas astúcias que nos chega transformado na história de Sansão e Dalila. A bela estrangeira cujo encanto enfraquece o gigante e o entrega a seus inimigos, é evidentemente um tema que provém da mais alta antiguidade.Temos assim confirmações que se podem qualificar de históricas, ou pelos menos de pré-históricas, de relatos da Bíblia. Mas em todos os lugares fora da

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João Fernandes da Silva JúniorBíblia, entre os Gregos, entre os Sírios, entre os Hititas, temos testemunhos evidentemente deformados porque foram integrados numa mitologia posterior. Religiões se apossaram dos antigos relatos e os utilizaram transportando-os no mundo de Júpiter ou de Baal. Longe de explicar a Bíblia, estes relatos são explicados pela Bíblia no sentido de que a Bíblia nos permite lhes encontrar um sentido aceitável atrás das transformações mitológicas. Mas, por um efeito de reação igual à ação, estes relatos constituem as mais comprovantes das provas, desde que as variações provem que não houve colisão e que o mesmo fato foi observado de pontos de vista diferentes e em parte errôneos.Resumamos, pois o esquema bíblico que reconheceremos na lenda dos outros povos. A Bíblia nos dá a relação mais clara, mais simples, mais razoável, sob a condição de admitir a existência dos gigantes. Houve, numa época que os cálculos de Hoerbiger permitem fixar de dez mil a treze mil anos antes de nossa era, gigantes, restos, aliás, de raças infinitamente mais antigas e datando do fim do terciário, há mais ou menos trezentos mil anos. Na época da origem dos relatos mediterrâneos as raças gigantescas estavam degeneradas e quase extintas. Nas regiões do Nordeste, elas haviam instalado dinastias reais (mais tarde chamadas divinas) que os egípcios conservaram a lembrança para sua região.Os Hebreus, invasores da Palestina, se encontraram, portanto diante de exércitos de homens de seu tamanho, porém comandados por reis gigantes.

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Os caracteres sobrenaturais que o folclore universal atribui um pouco em todo lugar à realeza primitiva são assim facilmente explicados. A raça gigante possuía certamente conhecimentos de casta hereditários que lhe davam uma superioridade intelectual igual a sua superioridade física. Os Gregos, os Egípcios, os Mesopotâmios declararam todos que na origem haviam sido civilizados por deuses gigantes. Talvez ainda armas desconhecidas representadas pela lança - trovão do Baal sírio - estivessem a sua disposição. Os textos tão frequentemente reencontrados, nos quais uma batalha que ia mal se transformava pela aparição do rei, diante de quem os inimigos, atingidos de estupor, fugiam ou caíam por terra, são explicados assim. Não há nenhuma razão para que a intervenção de um rei comum que não é senão um homem a mais, inverta a sorte de uma batalha, mas é muito compreensível que um gigante inexplicavelmente armado aparecendo de repente num combate fulmine de terror a parte oposta. As origens mágicas da realeza, seguindo a fórmula de Bloch, seriam assim simplesmente origens gigantescas. Mais tarde, por uma ficção oficial compreensível, continuou-se a atribuir ao rei, homem comum, as características das raças gigantes que eram "deuses". A Bíblia, portanto nos deu o testemunho mais aceitável deste estado social que pode durar desde o Dilúvio do décimo terceiro milênio, talvez (data da Atlântida de Platão) até os primeiros tempos bíblicos: tribos humanas civilizadas e conduzidas por

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João Fernandes da Silva Júniorgigantes, em seguida chamados deuses. O epíteto de filho de Deus que o Gênese aplica aos gigantes e que não corresponde a nada na Bíblia é evidentemente uma infiltração estrangeira muito compreensível. Um redator bíblico adotou o vocabulário do inimigo e colocou deus onde um hebreu mais ortodoxo teria colocado gigante.Em segundo lugar a Bíblia nos traz um testemunho precioso sobre a destruição das raças gigantescas. Primeiro os homens e as armas de lançamento, funda de Davi e flechas de Hércules exterminaram as raças gigantescas. Mas também, descobrem-se velhas tradições de astúcias e de procedimentos desleais que utilizaram a prostituição.Inumeráveis túmulos de gigantes, vales de gigantes, montanhas de gigantes, se encontram sobre toda a superfície do globo. Sem dúvida a palavra gigante foi atribuída a estes objetos e a estes lugares num tempo muito tardio das tradições. Mas, no entanto, este fato prova que um pouco em toda parte a tradição da existência dos gigantes existiu. A autoridade da Bíblia não pode ser colocada simplesmente de lado, como foi feito até há pouco tempo. Esta revalorização se aplica, aliás, a muitos outros textos igualmente muito antigos, os de Heródoto, os de Platão, os dos Egípcios. Os restos megalíticos que se descobre igualmente sobre todo o contorno da Terra perdem seu caráter insólito e inexplicável. Não há necessidade de inventar máquinas pré-históricas, inconcebíveis, para subirem estas pedras que pesam até vinte toneladas algumas vezes, em locais inacessíveis aos homens comuns. As

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raças gigantescas, e mais tarde as famílias dos reis gigantes, devem ter feito um pouco em toda parte instalações e fortalezas que correspondiam a suas alturas. O gigantismo algo doentio que, em seguida, afligiu, por exemplo, os faraós do Egito, era provavelmente um resto degenerado da mentalidade dos gigantes reis do início.Como as dinastias divinas tinham tido estátuas gigantescas e templos à sua altura, era preciso que o Faraó também tivesse semelhante para conservar diante do povo o prestígio de seus predecessores.A civilização egípcia que conhecemos nos aparecerá assim como um estado de decadência. Aliás, em todos os períodos da História do Egito, se encontram textos que afirmam que o maior período egípcio fora na mais alta antiguidade e antes mesmo das dinastias conhecidas. Moret salienta que nos primeiros textos, os das pirâmides, já há alusões a um período extremamente antigo que teria sido o mais glorioso de todos. Aqui ainda, lembramos o extraordinário testemunho de Heródoto cuja única explicação fornecida até hoje postula um estado cientifico adiantado pelo menos nos seus conhecimentos cosmológicos, num período que datava pelo menos do terciário. E este pelo menos postula necessariamente mais, pois é inconcebível que os que sabiam isto não tenham sabido mais além. A antiguidade da civilização deste modo é elevada infinitamente mais alto do que no presente se crê geralmente.

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João Fernandes da Silva JúniorMas talvez que a mais preciosa lição a retirar de tudo isto não seja de ordem histórica. Certo, parece assim razoável pensar que existiam sobre a Terra raças gigantescas e que uma grande parte da pré-história só é explicada se isto é admitido como um fato. Mas a preexcelência da Bíblia comparada à documentação dos outros textos mais antigos nos dá uma grande lição espiritual. Foi porque haviam chegado à ideia muito elevada do deus único, que os Hebreus não caíram nos erros que nos tornam inaceitáveis os relatos dos Sírios, dos Hititas, dos Gregos, e mesmo dos Egípcios degenerados. Aí existe uma lição que pode servir a todas as ciências do século XX. A velha vulgaridade proverbial: "ciência sem consciência não é senão a ruína da alma" toma uma forma mais aceitável para nós:Ciência sem espiritualidade não leva senão ao erro e à catástrofe.A CIVILIZAÇÃO ORIGINAL: O REINO DOS GIGANTESAlém disso, num lugar inesperado, o capítulo de Baruch, a Bíblia nos dá um quadro surpreendente de uma civilização primitiva: este quadro, em algumas frases, vai muito além dos traços vistos até aqui, da decadência dos gigantes, e, em notáveis sínteses resume toda a primeira história. A humanidade começou por uma raça gigantesca. Estes gigantes da primeira criação eram extremamente desenvolvidos intelectualmente, artisticamente e psiquicamente: eles tinham poderes sobre os animais e os pássaros. Mas eles se conduziram mal e Deus causou sua

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exterminação. Foram substituídos pelos homens atuais.Este testemunho se refere a um período muito mais antigo que o de Baal e de Ishbibensch. Ele não dá informação sobre o país destes primeiros gigantes civilizados. A afirmação de sua capacidade artística nos faz pensar nas estátuas tão refinadas de Titicaca – as únicas que conhecemos - mas sem dúvida outras serão descobertas em outros lugares. Pois é uma civilização mundial que Baruch descreve. Uma vez ainda, é na Bíblia que encontramos uma afirmação de caráter histórico preciso. Eco sem dúvida de tradições infinitamente mais antigas que este texto atribuído a Baruch.Testemunho extremamente longínquo, mas muito preciso sobre o reino dos gigantes:Aí estavam os gigantes desde o começo (ab initio) de tamanho enorme, peritos na guerra. Deus não os escolheu e eles não tiveram a via de disciplina, também pereceram."Onde estão os príncipes das nações, que tinham domínio sobre os bichos da Terra e que faziam o que queriam dos pássaros do ar?Eles trabalhavam a prata de uma maneira de tal modo rebuscada que não podemos mais nos representar o que eram suas obras. Eles foram exterminados e desceram nas profundezas, e outros foram suscitados no lugar deles."A CABALA

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João Fernandes da Silva JúniorSe os livros santos propriamente ditos não dão senão rápidos detalhes sobre os gigantes e não fazem senão alusões curtas embora precisas às causas da cólera de Deus, a cabala, compêndio das tradições frequentemente muito antigas do povo Hebreu e também dos conhecimentos imemoriais dos rabinos que se transmitiam de pai a filho, ou a genro, segredos preciosos, nos dá informações extraordinariamente interessantes e desconhecidas das massas ignorantes. Resumindo os dados dessa ciência secreta, constatamos que estão em plena harmonia com o nosso esquema geral.Deus só criou um mundo. Antes daquele no qual vivemos, Deus tinha experimentado diversos universos bastante diferentes do nosso, os havia considerado maus, e os havia despedaçado. Os pedaços constituíam o caos, tohu e bohu, no qual Deus tinha em seguida retomado materiais para criar o mundo atual.Estes mundos maus e fracassados haviam, sobretudo diferido do nosso por uma vida sexual completamente outra do que a nossa. No último, em todo caso, os homens se reproduziam sem mulheres; num outro, a união sexual não se fazia face a face. Seremos forçados de voltar a Malekula para encontrar ainda entre os selvagens um sentido sagrado da homossexualidade. O motivo sexual moral desempenhou um papel muito importante, e que não fazemos ainda senão entrever, apesar de toda a psicanálise na história da humanidade.

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Os mundos perdidos - os do primário, do secundário, do terciário, dizia Hoebiger - estão em relação com o destino da Lua. “A Lua é a mãe de Israel”. Por uma relação simbólica estranha, os três grandes patriarcas que fizeram o povo Hebreu representam fases da Lua: Abraão é a Lua crescente, Isaac é a Lua minguante, Jacob, o ancestral favorito, é a Lua cheia. A Lua de tempos em tempos é atacada e devorada por um monstro. Estes homens então deviam oferecer um sacrifício (bode ou homem) a um monstro que lambe a Lua para comer a oferenda, e a Lua volta então a aumentar.Lembranças da destruição da Lua terciária que se aliam ao desaparecimento mensal do satélite, no medo cada vez que a Lua não volte mais, desde que antes uma vez, ela não tinha voltado?Lembranças também que as catástrofes se tinham renovado? Deus criara várias vezes o mundo e várias vezes o tinha quebrado.Mas estes mundos inferiores e passados guardam uma existência secreta, e algumas vezes os iniciados podem ainda penetrá-la e medir seus horrores. E também no mundo atual, se encontram restos, formidáveis monstruosidades que somente os rabinos esclarecidos sabem discernir, e mesmo utilizar. As surpreendentes raças dos seres apenas humanos que viveram antes de Adão se misturaram algumas vezes com a nossa raça - pois as filhas dos homens eram belas - e fenômenos extraordinários se produzem ainda entre nós.

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João Fernandes da Silva JúniorEstá bem entendido, além disto, que em Adão a humanidade inteira conheceu seu mais alto aperfeiçoamento, sua mais alta ciência, e que tudo que podemos saber consiste em alguns fragmentos deformados e insuficientes do que Adão soube. O paraíso foi perdido. E, no entanto os verdadeiros sábios nele ainda têm acesso.O verdadeiro Adão existe sempre, e os santos, na hora que o conhecem, aí se reencontram sempre no senhor. O verdadeiro paraíso é interior.Mas entre nós e este Paraíso, há toda uma série de mundos, em parte materiais e em parte espirituais, que são a transposição em outras dimensões atuais de mundos que existiam no passado ou estão ainda para vir. A Cabala vai muito além aqui das teses hoerbigerianas, mas talvez ela lhes dê seu verdadeiro sentido: o sentido espiritual.Zohar, I P. 374. - O estrangeiro lhes diz: quando a lua se aproxima do sol, o Santo, bendito seja ele, desperta o Norte, e o atrai no amor, enquanto que o Sul desperta por si mesmo. Ora, como o sol se levanta a Este, segue-se que ele tira sua força dos dois lados ao mesmo tempo, e do Norte e do Sul, e que ele atrai silenciosamente as bênçãos que emanam dos dois lados e as transmite à Lua que se torna cheia. A aproximação do sol e da Lua lembra a do macho e da fêmea, pois os mesmos princípios que regem Os elementos daqui de baixo se encontram igualmente nas coisas de cima. Do mesmo modo que o braço da árvore sefirótica atrai a imensidade do espaço no amor, semelhante ao braço do macho atraindo a fêmea

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também o braço esquerdo atrai a imensidade do espaço em rigor. Ora, a serpente constitui o braço esquerdo do qual emana o espírito puro.Ele atrai para si todos os que o aproximam. Também quando Deus não desperta o Norte, o braço esquerdo atrai para si a Lua e se liga a ela tão solidamente que, para destacá-lo, Israel é obrigado de lhe oferecer um bode. A serpente, se precipitando sobre o bode que acaba de lhe ser oferecido, larga assim por um instante a lua que começa desde então a clarear e a crescer cada dia, porque recebe então as bênçãos de cima que clareiam o rosto que esteve obscurecido durante algum tempo aqui embaixo. Também, durante o dia do perdão, como a serpente está ocupada do bode que lhe é oferecido, a lua, dela se afastando, se ocupa em tomar a defesa de Israel e de lhe proteger, tal como uma mãe que protege seus filhos, após o que o Santo, bendito seja ele, o abençoa e lhe dá remissão dos seus pecados.Vol. V, P. 366 - todos estes reis são do lado do Rigor, exceto Saul que é de Rehoboth-Lanahar, símbolo de "Binâ", donde se abrem as cinquenta "portas da inteligência" nas quatro direções do mundo.Estes Reis, que eram do lado do Rigor, só foram tranquilizados com a chegada de "Hadar". Quem é "Hadar"? É a graça celeste, assim como a escritura acrescenta: "sua cidade se chamava Phaii", o que significa que é pela Graça que o homem obtém o Espírito Santo. A Escritura acrescenta ainda: "e sua mulher se chamava Mehetabel, filha de Matred, que

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João Fernandes da Silva Júniorera filha de Mesaab. É o primeiro rei de quem é dito que tinha uma mulher." "Mantred" significa que o Rigor foi vencido. "Mesaab significa que o rigor foi mitigado pela Clemência.Vol. V, P. 301 - Algumas vezes estes reinos são pré-adâmicos; algumas vezes estes seres são providos de um primeiro período de Adão, ou de sua união criminosa com a Soekhina de baixo, a fêmea do demônio.Adão era composto de macho e fêmea, e a fêmea ligada a seu lado era também composta de macho e de fêmea, para que eles estivessem completos. Adão contemplava com sabedoria o mundo de cima e o de baixo. Depois de seu pecado, os rostos se apropriaram, e a sabedoria lhe foi retirada, de modo que não conservava mais inteligência senão para as coisas materiais e corporais. Ele teve em seguida filhos formados pelo modelo do mundo de cima e do de baixo. Mas eles não formaram sepas para as gerações futuras. Foi Set somente que formou a sepa das gerações futuras.Algumas vezes são mundos inteiros que foram criados e depois destruídos: seus restos são este caos que pré-existe à nossa Terra: Vol. I, P. 152 - E a terra estava thohu e bhohu. A Escritura quer, pois dizer que os filhos dos céus e da terra são os demônios chamados "thohu”. Isto explica a seguinte tradição: "O Santo, bendito seja ele, criou os mundos e os destruiu". É porque a Escritura diz: "E a terra estava thohu e bohu"; ora, o estado de thohu e bohu era antes da criação da terra; mas isto se explica desta maneira:

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que pela palavra "terra" a Escritura designa a terra pré-existente que Deus destruiu.Como compreender que o Santo, bendito seja ele, crie mundos para destruí-los em seguida? Teria sido melhor que não os tivesse criado!Em verdade esta tradição encerra um mistério; pois como explicar doutro modo as palavras: "... E os destruiu?Eis uma das passagens mais características do estilo de Zohar quando ele quer ser misterioso. Encontremos aí a razão dos primeiros fracassos: estes seres ignoravam o verdadeiro método de união sexual.Vol. IV, p. 137. - Aprendemos no Livro oculto que criando o mundo, Deus pesou na balança o que não havia sido pesado. Anteriormente, os homens não se olhavam face a face, quer dizer: a união dos esposos não tinha lugar de maneira semelhante à de hoje. Também os reis primitivos pereceram, porque não encontravam o alimento que precisavam; e a própria Terra foi aniquilada. Então a "Cabeça" a mais desejável teve piedade do mundo que ela ia criar. A balança foi suspensa numa região onde não havia antes estado. A balança funcionou para os corpos tanto quanto para as almas; e mesmo os seres que não existiam ainda por ela passaram. Como não havia seres anteriores, se fez passar por esta balança os seres existentes e os destinados a existir mais tarde. Foi assim que se formou o mundo atual; é o Mistério dos mistérios. Na "Cabeça”, existe um orvalho límpido que enche a cavidade. A membrana que a recobre é

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João Fernandes da Silva Júniorigualmente límpida, como o ar, e misteriosa. Pelos muitos finos estão suspensos nesta balança.Parece, no entanto ter havido possibilidades de duração nestes seres pré-humanos:Vol. V, p. 355. - Aprendemos no Livro oculto que o Antigo dos antigos, antes de preparar seus adornos, construiu e constituiu reis; mas estes não podiam subsistir, e foi preciso escondê-los e reservar sua existência para um tempo futuro, assim como está escrito: "Tais são os reis que reinaram no país de Edom antes que os filhos de Israel tivessem um rei. O país de Edom designa a região dos rigores."Os mundos pré-existentes no Pensamento supremo não podiam subsistir, porque o homem não estava ainda constituído. O homem cuja imagem é a síntese de tudo (135 b). E, quando a figura do homem foi formada, a existência foi assegurada a todos os seres. Se a Escritura diz: "E tal rei morreu, e outro tal rei morreu" ela entende por isto que sua existência foi diferida para um tempo ulterior; pois toda descida a um grau inferior é chamada morte.'" Caíra num grau inferior. Quando o homem foi constituído, a existência dos seres primitivos tornou-se firme, e eles tomaram nomes diferentes dos que traziam antes, à exceção do ser que diz a Escritura: "E sua mulher se chamava Mehetabel, filha de Matred, que era filha de Mezaab."Era o único ser primitivo que podia existir, porque era composto de macho e de fêmea, tal como uma tamareira que somente vinga quando à fêmea está plantada ao lado do macho. Embora este ser tenha

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podido subsistir nos mundos primitivos por causa de sua formação de macho e fêmea unidas, ele só pôde chegar à perfeição depois da formação do homem.Num caso particular, a posteridade dos pré-adamitas sobreviveu, e foi lançada por Deus nos infernos.Vol. VI, p. 383, n. 1414. - (144 b) p. 58, lig. 18. - "... De que Adão era a imagem."Baseando-se nesta passagem, os cabalistas modernos, entre outros o "Etz-ha-Hayim, XVI, e o Minhath Yehouda, 113 b, afirmam que antes da criação de Adão, Deus havia criado um outro homem, somente macho, sem fêmea, o que não o impediu de gerar filhos.Como estes meninos se ligaram espontaneamente à serpente, sem que nem a serpente os tenha seduzido, Deus os expulsou deste mundo e os fez guardas do inferno, onde eles são consumidos cada dia pelo 10go e renascem no dia seguinte. Estes seres são designados pelos cabalistas sob o nome de "reis mortos" por causa do pecado contra o Espírito-Santo; pois eles chamam "pecado contra o Espírito Santo" todo pecado cometido espontaneamente, sem que tenha sido levado a ele por uma sedução irresistível.Vol. VI. - "... Somente, quando é dia; é a cabeça do chefe da parte do "Arqa", Precedentemente sempre iluminada, que domina; e quando é noite, é a cabeça do outro chefe que domina. Esta mudança na repartição da luz e das trevas sobre o "Arqa'" ocorreu em seguida da união dos dois chefes num só. Mas estas duas cabeças estavam reunidas sobre um só

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João Fernandes da Silva Júniorcorpo, segue-se que a luz não é pura de qualquer liga tenebrosa, e as trevas não são inteiramente desprovidas de luz. Assim foram unidos estes dois chefes, dos quais um se chama "Aphrira" e o outro "Qastimão".Antes de sua união eles eram semelhantes aos anjos, providos de seis asas; um tinha a forma de um boi, e outro o de uma águia.Quando foram reunidos juntos, tomaram a forma de um homem, e foi sob esta forma que procriaram outros semelhantes a eles.Quando se encontram nas trevas, se metamorfoseam em uma serpente de duas cabeças; rastejam como uma serpente; mergulham no grande oceano e descem ao Abismo, moradia dos demônios. Quando atingiram o covil de "Aza” e de "Azael", irritam a estes e zombam deles ao ponto de fazê-los fugir. "Aza" e "Azael" escapam para as montanhas obscuras, temendo que não tivesse chegado a hora de dar conta de suas condutas ao Santo, bendito seja. Os dois chefes atravessam em seguida o grande oceano a nado, se levantam nos ares e vão visitar, durante a noite, "Naamâ”, a mãe dos demônios, aquela que seduziu os primeiros anjos. Esta percorre de um lance seis mil parasangas, tomando sucessivamente diversas formas humanas, para seduzir e corromper os homens. Os dois chefes se erguem enfim nos ares, percorrem toda a terra e voltam a "Arqa", onde vão excitar os netos de Caim, lhes sugerindo pensamentos de luxúria, a procriarem no pecado. Vista da "Arqa" a disposição das constelações é diferente da que percebemos da

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nossa terra. A estação das sementeiras e a das colheitas aí são igualmente diferentes das nossas; elas não se renovam senão no fim de um número considerável de anos e de séculos. Dizendo: "Os deuses que não fizeram os céus e a terra serão exterminados da terra e perecerão sob os céus", a Escritura quer dizer que os dois chefes da Arqa que se fazem passar por deuses, mas que, na verdade, não fizeram nem os céus nem a "Arqa", serão exterminados da terra, quer dizer, da nossa terra chamada "Thebel", e que é superior às seis outras. Pelas palavras "serão exterminados" a Escritura entende que estes dois chefes não terão nenhum poder sobre os habitantes da nossa terra, que não poderão mais percorrer as regiões colocadas sob nossos céus, quer dizer as regiões de onde a disposição das constelações parece exatamente tal que a vemos de nossa terra, que serão finalmente impotentes para conspurcar os corpos dos homens, provocando, durante a noite, nestes, perdas seminais.Nesta passagem surpreendente, se encontram quase todos os dados da teoria de Hoerbiger.- os dois astros (chefes) unidos em um só: a Lua terciária brilhava com uma claridade igual à do Sol, estando tão aproximada de nós; depois de sua queda, um único astro clareava a Terra;- a serpente de duas cabeças, que encontraremos em outras mitologias, representa a última fase da descida da Lua, transformada, ou quase, em anel que envolve a Terra;

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João Fernandes da Silva Júnior- esta serpente, anel, mergulha no grande oceano, se esmagando sobre a Terra rodeada de água;- a disposição das constelações é diferente da que conhecemos as rápidas evoluções do satélite terciário mudando tudo.E eis aqui, a título de curiosidade, o relato de um encontro com um habitante de "Arqa", que sai de um rochedo: os restos dos antigos habitantes da Terra se refugiaram, naturalmente, nas montanhas.Notemos também que as estações do terciário eram necessariamente diferentes das nossas.Zohar, I, p. 217. - Foram, pois sentar diante da fissura de um rochedo de onde viram sair um homem. Os viajantes foram tomados de surpresa. Rabbi Yossé disse a este homem: Quem és? Este respondeu: Sou um dos habitantes de "Arqa". Rabbl Yossé lhe perguntou: Há, pois homens na "Arqa"? O outro respondeu: Sim, os habitantes da "Arqa" semeiam e ceifam. Mas a maior parte deles têm rostos diferentes do meu. Saí deste rochedo quando vos percebi, para saber de vós o nome da terra que habitais. Rabbi Yossé lhe respondeu: O nome de nossa terra é "Eretz”, porque é aqui sobre nossa terra que reside a vida, assim como está escrito: "A terra (Eretz) donde nasce o pão..." O pão só nasce de nossa terra, em nenhuma outra. Logo que Rabbl Yossé parou de falar, o habitante de "Arqa'" desapareceu na fissura do rochedo.Eis agora os sete mundos espirituais, onde vivem ainda os gigantes, onde os mágicos possuidores das ciências antigas vivem ainda.

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Nenhum outro texto, nenhuma outra tradição dão detalhes tão vivos sobre o que foram os mundos primitivos, sobre o que são os mundos espirituais. O espaço múltiplo de agora, nas suas dimensões outras que as nossas, é o tempo dos mundos passados e a virem, que nos tornam visíveis no curso da história cósmica.Zohar, I, p. 605, 606, 607. - Do mesmo modo que há sete firmamentos um sobre o outro, do mesmo modo há sete terras uma sobre a outra. Os nomes destas sete terras são: Eretz, Adamah, Gué, Neschiá, Tziah, Arqa, Thebel. A Terra mais elevada é a de nome de "Thebel", assim como está escrito: "E julgará o mundo (Thebel) com Justiça." Quando Adão foi expulso do Jardim do Éden, foi relegado à terra chamada "Eretz".As trevas reinam sobre esta terra e nela não se vê jamais a luz.Adão tinha medo, e por isso se lhe permitiu ver a "espada rodante" que lançou aí um pouco de luz. Quando o sabath terminou e que Adão fez penitência, o Santo, bendito seja, o tirou desta terra e o colocou naquela chamada "Adamah", assim como está escrito: "O Senhor Deus o fez sair em seguida do Jardim do Éden, a fim de que fosse trabalhar a terra (Adamah)". Nesta terra há luzes, e a constelação é visível dela. Há também dias. Os homens que a habitam são de elevado tamanho; pois provêm de Adão durante os cento e trinta anos em que ele coabitou com demônios fêmeas.

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João Fernandes da Silva JúniorEstes homens estão sempre tristes e privados de todo prazer; deixam algumas vezes sua terra e chegam voando sobre a nossa, onde giram do lado mau. De volta à terra deles, fazem orações e tornam a ser o que eram antes. Cultivam a terra e comem. Não há trigo nem nenhuma das sete espécies.... Há grandes riquezas sobre estas terras: ai pululam o ouro e as pedras preciosas. Homens ávidos de dinheiro aí chegam algumas vezes do "Thebel". Os habitantes lhes dão riquezas; mas os recém-chegados são imediatamente atacados de amnésia e não sabem mais de onde chegaram. A terra “Gue" forma o centro das sete terras; ela é chamada "Gue Bon hinam'" (inferno). Os habitantes desta terra são todos mágicos e sábios; semeiam e plantam árvores, mas não têm nem trigo nem nenhuma das sete espécies de frumento. Os habitantes da terra de "Neschia" são todos anões; são desprovidos de nariz, só têm dois buracos no crânio por onde respiram, e esquecem tudo o que fazem; donde o nome desta terra "Newchia" (esquecimento). Aí se semeia e se plantam árvores, mas não se encontra nem trigo nem nenhuma das sete espécies de frumento. Assim como seu nome indica, a terra de "Tziah" é árida.Os habitantes desta terra são belos de rosto e buscam sempre fontes d’água. Têm mais fé que os outros homens. Encontra-se sobre esta terra belos edifícios e grandes riquezas. Semeia-se muito pouco, em razão da aridez do solo, e as árvores que aí se plantam não crescem. Eles experimentam um grande desejo de se unirem aos homens de nossa terra. Assim, sobre todas

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as sete terras não se come o pão, exceto sobre a nossa chamada: "Thebel" é superior às outras, assim como está escrito: "E julgará o mundo (Thebel) com Justiça". Nossa terra apresenta as variedades das seis outras terras; é por isto que traz igualmente o nome de todas as sete terras; pois nossa terra é igualmente dividida em zonas cujos habitantes se distinguem por seus rostos, assim como está escrito: "Que tuas obras sejam grandes, Senhor! Fazes todas as coisas com sabedoria; a terra está cheia de teus bens”.Lembremos a ideia já mencionada, embora ainda hipotética, de que Cristóvão Colombo possuía origens judias, conhecia tradições cabalísticas sobre a localização do Paraíso Perdido e que, em realidade, buscava esta fonte das primeiras civilizações. Existe uma carta dele onde é afirmado que a Terra é em forma de pera - um dos estudos assinalados por Hoerbiger a algumas distâncias do satélite que atrai águas, ar e até terra de um só lado - e que ele Cristóvão Colombo, indo para o Oeste, sentiu o mar subir sob a quilha de seu navio. Fazia a ascensão de uma montanha d’água. Esse dito só pode vir de uma velha tradição que a imaginação de Colombo transfere sobre sua empresa. Não sabemos senão pouca coisa da Cabala: o que foi escrito é apenas um fragmento do que foi transmitido oralmente. É bem verdade que estes Judeus da Idade Média (o Zohar é mais ou menos de 1300) possuíam surpreendentes conhecimento.O APOCALIPSE

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João Fernandes da Silva JúniorMas talvez a obra prima intelectual da escola hoerbigeriana seja a explicação do Apocalipse. Esta incompreensível adição ao cânone dos Livros Santos do Cristianismo resistiu até aqui a qualquer explicação, mesmo o geral. H. S. Bellamy, o mais conhecido dos discípulos ingleses de Hoerbiger, conseguiu agora dar um sentido ao Apocalipse.Sua ideia central é que o Apocalipse, descrevendo o fim do mundo, relata lembranças misturadas e muito confusas da catástrofe do terciário, quando o satélite de então caiu sobre a Terra. E como o fim do nosso mundo chegará quando a nossa Lua cair sobre a Terra, é evidente que o método é bom: no fim do quaternário se produzirão acontecimentos bastante semelhantes aos do fim do terciário.Naturalmente, algumas tradições do fim de Atlantis se misturaram a lendas muito mais antigas sobre a destruição do mundo precedente.A aplicação desta teoria ao texto é necessariamente muito complicada. O que se impõe é um comentário textual de todo o Apocalipse e apenas um resumo muito geral é possível aqui.Os sete candelabros (I, 13):- O Filho do homem tem o cinto de ouro cujo rosto brilha como o Sol(1,16);- O trono no céu, e o arco-íris que o rodeia (IV, 3);- O mar de cristal e as quatro bestas (IV, 6);- Os vinte e quatro antigos que caem (IV, 10);- Os sete selos que fecham o livro (V, 1) e que serão abertos um a um;

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- Os tremores de terra e cor de sangue da Lua (VI, 2) (11,13);- A queda das estrelas (VI,13);- A fuga dos reis e dos grandes nas montanhas (VI 15);- A queda das montanhas (VI 16);- O altar diante do trono (VIII, três);- Os sete flagelos desencadeados pelos sete anjos (VIII, 2 isq);- A conduta das bestas (IX, 3-11-19);- A chuva de sangue (XI, 6);- A destruição das nações (XI, 15-19);- O dragão no céu (XII, 3); cuja cauda faz cair o terço das estrelas;- A luta entre Miguel e o dragão (XII, 7);- A mulher e a serpente (XII, 14-17);- A besta que sai do mar (XIII, 1);- A besta que sai da terra (XIII, 11);- O cordeiro e os seus (XIV, 1-4, 9-13);- O anjo e sua família (XIV, 14);- As sete últimas pestes (XV, 1);- A abertura do templo no céu (XV, 5-8);- Os sete castigos (XVI, 3-18);- A destruição da besta (XIX, 4-21) (XX, 1-8);- O novo céu e a nova terra (XX, XXI, XXII).Estão aí fenômenos celestes e terrestres quando das catástrofes, traduzidos em mitologia.Toda esta incompreensível epopeia cósmica toma um sentido se se quiser seguir Hoerbiger e Bellamy. É preciso evidentemente dar sua tarefa à imaginação -

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João Fernandes da Silva Júniormas pode-se fazer de outro modo? Dissemos bastante sobre a história da Terra e de suas luas para que um leitor prevenido possa ele próprio exercer sua fantasia sobre os temas principais cuja lista está apresentada aqui. Um grande conhecimento de etnografia e das mitologias de todos os povos é necessário se se quer permanecer no verossímil e todos os detalhes da explicação de Bellamy não são igualmente convincentes. Mas, no entanto resta que pela primeira vez estamos diante de uma interpretação em princípio razoável que se alia a toda a revelação de S. João.OS GREGOSOs Gregos são testemunhas recalcitrantes. Claro, sem Platão, não teríamos nem mesmo o nome da Atlântida. Mas Platão evidentemente racionalizou muito o seu relato, mesmo se não o inventou amplamente, e logo depois de Platão, Aristóteles declarou que a história da Atlântida não passava de um mito engenhoso.É que os Gregos não tinham verdadeiramente espírito religioso. São nisto nossos ancestrais intelectuais. Nunca adotamos do cristianismo senão o mínimo sem o qual a religião teria perecido inteiramente. Assim, os Gregos eram recalcitrantes.Vindos do Norte, acredita-se geralmente, e bastante tarde, eles encontraram diante deles civilizações muito velhas: Creta, Micenas, Tróia, que tinham mais ou menos destruído sem as compreender.Misturando-se aos restos dos povos vencidos, como mais tarde, a oeste, o fizeram os Germanos, herdaram antigas tradições em que não acreditaram jamais

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muito e que juntaram sem dúvida a reminiscências meio selvagens trazidas do Norte.Mas sente-se muito bem entre os Gregos dos quais temos os poemas e os livros, nossos Gregos, de Homero a Plutarco, duas correntes de sensibilidade bastante antirreligiosas. Em primeiro lugar, os Gregos se escandalizaram, em seu senso, da lógica e da justiça, por estas lendas. A tragédia se baseia antes de tudo neste senso de horror que emana dos relatos sobre Édipo que havia morto seu pai e esposado sua mãe, sobre as monstruosidades cometidas por Climnesta, e Medeia, e Pasifae, e tantos outros. Um Grego bem educado não se conduzia assim.Depois, os Gregos se inclinavam algumas vezes a rir destas velhas histórias. Aristófanes e os hinos homéricos apresentam frequentemente os deuses como personagens divertidos e frequentemente ridículos. Péguy observou que no fundo os Gregos amam as belas histórias, e nos conservaram tudo o que puderam das antigas tradições que de modo algum eram as suas.Seu testemunho é, pois preciso no sentido que os Gregos testemunham um pouco apesar deles próprios. Eles nos dizem o que se acreditava antes deles, e não se solidarizam com os bárbaros que contam estas coisas. Quando Platão nos conta a história da Atlântida, a apresenta como um relato feito a Sólon por um Egípcio. Não diz que Sólon aceitou a história, ainda menos que ele, Platão, a aceita; e, sobretudo Sócrates, presente quando o relato é feito, não diz uma

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João Fernandes da Silva Júniorpalavra, o que não se assemelha ao seu comportamento habitual nas discussões. Nem no Timeu nem no Critias (não acabado) há verdadeiramente alguma coisa sobre a Atlântida senão episódios orientados para demonstrações ideológicas - curtos fragmentos em comparação com a extensão dos diálogos. É muito possível que Aristóteles tenha tido razão e que Platão não houvesse levado a sério o que relatava. Mas talvez esteja ai uma razão para se tirar partido, desde que pode ser assim que Platão tenha relatado quase apesar de si mesmo, e de passagem, restos de importantes testemunhos. Se ele não acreditava neles, o fato que o relato lhes dá mais valor ainda, sob a condição que não os haja inventado, os relatos de Platão têm, pois ainda mais necessidade que outros de confirmações exteriores.Mas antes de Platão, e por períodos bem anteriores ao da Atlântida, a mitologia grega nos dá surpreendentes indicações, incompreensíveis para nós como para os Gregos, salvo para o esclarecimento das teorias aqui apresentadas.Os Gregos parecem, sobretudo ter ouvido falar do período de decadência dos deuses. As histórias que relatam sobre Urano, Cronos, (Saturno) e o advento de Júpiter são antes de tudo monstruosas. Ouviram bem falar de uma idade do ouro, mas não insistem nela senão para contrastar com os horrores que seguiram, ou mesmo precederam. Hesíodo mesmo não apresenta senão uma versão já censurada; os indícios mais repugnantes não se encontram em seu texto.

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Se se simplifica muito e se sistematiza um pouco, eis como as gerações dos deuses se desenvolveram. Discerniremos algumas semelhanças bastante notáveis com nosso esquema geral. Num primeiro período, havia Gea, a Terra, e Eros, o desejo. De sua união saiu Urano, que esposou sua mãe Gea. Três raças de gigantes saíram desta união.Primeiro os Titans, dos quais Cronos (o Saturno latino). Jafé, que teve por filho Prometeu, e muitos outros.Urano, temendo ser destronado por eles, lançou todos os seus numerosos filhos no abismo do Tártaro. Mas Gea, cansada de realizar tanta progenitura para nada, incitou seu filho Cronos para atacar Urano. Urano foi castrado, mas o sangue de sua ferida fecundou uma vez mais a Terra, que produziu os gigantes propriamente ditos: Briarea, e seus irmãos, célebres porque tinham cem mãos. Eram apenas três nas lendas mais velhas, mas seu número chegou a mais de cem.Em seguida vêm os Cíclopes, monstros enormes, de origem em parte obscura, irmãos num sentido dos gigantes, mas que só tinham um olho. Foram também encerrados no Tártaro.Depois de sua mutilação por Cronos, Uranos sobreviveu, mas muito reduzido de seus dons divinos, manteve no entanto o poder de prever o futuro, e continuou talvez entre os homens uma carreira obscura, ganhando a vida como adivinho.Assim findou o primeiro período dos deuses; nada de muito simpático ficou.

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João Fernandes da Silva JúniorCronos então tomou o poder; casou com sua irmã Rea, e parece que no inicio, e durante muito tempo, as coisas tenham ido bastante bem. Os Gregos colocaram a idade de ouro sob este Cronos ainda jovem e benfeitor, e os homens e os animais estavam felizes. "No tempo em que os bichos falavam", dirão os fabulistas. Nas Leis, Platão diz muito bem deste reino primeiro de Cronos.Mas Cronos em seguida se pôs a engolir seus filhos. As idades do canibalismo começavam. Os maus gigantes sucedem aos bons gigantes. Então Rea imitou sua mãe Gea, que, aliás, lhe aconselhou a isto. Cronos tendo ficado um pouco cego, Rea, em lugar do menino que devia se tornar Zeus, lhe fez engolir uma pedra, e escondeu Zeus em Creta. Zeus, uma vez chegado ao seu pleno tamanho começou a guerra contra Cronos, mas Zeus só pôde vencer seu pai se aliando aos Titãs, que foi liberar do Tártaro. Mas os Titãs quiseram se apossar do poder, e Zeus e seus irmãos tiveram grande trabalho em resistir. Gea interveio ainda, e por seus conselhos, Zeus foi libertar os Cíclopes, matando o monstro Kumpe que os guardava no Tártaro. Os Cíclopes, hábeis em trabalhos subterrâneos, e mineiros metalúrgicos por vocação, fabricaram armas para os deuses, irmãos de Zeus: o trovão, os metais foram então inventados.Os verdadeiros gigantes foram assim liberados para ajudar Zeus, e enfim este exército variado: Olímpicos, Cíclopes, gigantes do tipo Tifão e Briarea, venceram os Titãs que foram de novo precipitados no Tártaro.

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Tais foram os começos de Zeus, e o fim do período de Cronos. Um terceiro período começou ainda pelo reino a princípio próspera de Zeus e de seus irmãos os Olímpicos, bem conhecidos dos Gregos e de nós. Mas nesta vez os gigantes se revoltaram. Os gigantes não eram imortais. Eram os primeiros seres destas gerações que podiam morrer. Mas eram especialmente protegidos pela terra, Gea, que continua a desempenhar nesta história um papel muito duvidoso. Os deuses tiveram muito sofrimento para resistir aos gigantes, e fizeram esta surpreendente constatação de que os gigantes não podiam ser mortos por eles, os Olímpicos, e que somente os mortais podiam matar estes mortais.Os deuses apelaram então para Hércules (ou a Dionísio) que era mais ou menos um filho ilegítimo de Zeus, mas ao mesmo tempo gigantesco e mortal. Então se produziram os episódios mais vergonhosos destas guerras familiares e civis. Hera, a mulher de Zeus, e Afrodite se prostituíram aos gigantes, e os atraíram um a um perto de uma caverna onde estava escondido Hércules armado com seu arco e com suas flechas.E Hércules, ajudado algumas vezes por Dionísio, matou um a um estes gigantes. Os deuses retomaram a vantagem, e o último gigante, Tífon, foi enterrado sob o Etna, e ainda não está morto, pois seus movimentos causam as erupções do vulcão. Então, Zeus pôde reinar mais ou menos em paz. Perdoou mesmo um dos filhos dos Titãs, Prometeu, que havia prestado aos

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João Fernandes da Silva Júniorhomens grandes serviços antes de ter sido acorrentado sobre o Cáucaso e entregue ao abutre.Com a permissão de Zeus, Hércules foi libertá-lo.Que se pode guardar destes relatos caóticos? Primeiro a lembrança das catástrofes sucessivas. Contam-se três bem marcadas: a queda de Urano, a queda de Cronos, a luta dos gigantes contra Zeus. Com muito boa vontade pode-se comparar estes períodos aos dos toltecas, porém bem mais mal definidos.Talvez se torne à história neste traço curioso do papel dos homens no extermínio dos gigantes. Hércules, mesmo sem gigante que seja, ou semideus, é um homem, e mortal. Possui armas de lançar, o que torna a derrota dos gigantes mais explicável. Assim David matouGolias à distância. Os homens participaram das últimas lutas civis entre gigantes e deuses, como os toltecas haviam contado.A distinção entre gigantes e deuses não é muito clara. Os deuses poderiam não ser senão gigantes julgados benfeitores pelos homens. Os bons gigantes, ou deuses, são apresentados como os instrutores dos homens. Prometeu ensina o uso do fogo; os Cíclopes são os iniciadores da metalurgia.Mas, em grosso, é do horror que os gregos se lembram de mais vivamente. O período de decadência dos gigantes, o canibalismo e as destruições estão presentes nas lendas, e o próprio Cronos, o rei da idade de ouro, é um canibal que devora seus filhos.O testemunho grego se resume, pois a isto: que a Terra (Gea) passou por diversos períodos, terminados

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cada um por uma grande catástrofe, que existiram antigamente gigantes, algumas vezes bons, como Prometeu ou Hércules - e estes civilizaram o gênero humano - porém o mais das vezes maus e abomináveis. Estes gigantes se exterminaram entre si e os últimos foram mortos pelos homens graças às armas de lançamento e em particular graças às flechas de ferro.Assim resumida, a mitologia grega assume seu posto, bastante modesto, porém não negligenciável, na série de testemunhos que recolhemos. Mas, sobretudo inversamente, as teorias Hoerbigerianas sobre o período dos cataclismos, os gigantes e a origem das civilizações dão às lendas recolhidas pelos gregos um sentido que de outro modo estes relatos mais ou menos pré-helênicos não teriam. Podem-se interpretar estes relatos como lembranças muito antigas herdadas de um período de conhecimentos mais elevados, e contados com uma grande mistura de fantasias e de erros por povos que disto não compreendiam mais nada. O poder de explicação da teoria de Hoerbiger aqui ainda é um argumento de mais em mais a seu favor.Mais se o relato grego das origens é falho pelo que tem de muito vago e de confuso, o relato platônico sobre o cataclismo da Atlântida peca, ao contrário, por excesso de precisão. Como fomos forçados a conduzir a teologia em direção a ideias mais claras e mais concretas, vamos ser forçados a recusar os fatos excessivamente precisos do Critias e do Timeu, e a

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João Fernandes da Silva Júniorprocurar agora indicações muito mais gerais que as indicações de Platão. Podemos interpretar Urano como um gigante - rei - canibal, mas o número dado dos navios do Estado de Atlantis nos leva no máximo a acreditar que os atlantis possuíam navios. São sinais bastante maus, pois se pode julgar que é justamente porque os gregos não acreditavam na realidade destes acontecimentos que se deixaram levar a tratá-los com esta fantasia, quer se tratasse de Urano ou quer se tratasse da Atlântida. Mas se pode julgar razoavelmente também que os gregos não tinham inventado estes mitos nos quais não podiam acreditar que os receberam sem os compreender e os transmitiram deformando-os.Justamente porque não acreditavam e, no entanto os contaram isto quer talvez disser que uma tradição muito forte herdada dos povos mediterrâneos havia imposto estes relatos aos gregos.Os gigantes existem em torno do Mediterrâneo, e foi talvez dos altos montes da Abissínia que tinham descido depois da catástrofe terciária, pelo Egito. Nós os encontraremos, pois mais claramente no Egito e na Palestina.Platão conta duas vezes à história da Atlântida. No Timeu não há senão um resumo rápido. No Critias não há mais que o início de uma exposição que devia ser mais completa, mais de que só a introdução existe.Desde o começo, um traço inspira algum ceticismo. Em Critias, se discute em primeiro lugar a forma do melhor governo possível.

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Depois de uma exposição de Sócrates, Critias é apresentado como tendo recebido de seu avô a descrição de um Estado real que teria tido uma constituição ideal. E a história da Atlântida é exposta.Como se vê mal donde vêm às informações muito precisas e os dados sobre a constituição deste país, fica-se tentado a acreditar que foram inventados para sustentar uma tese política. Mas isto não provaria que o país, ele próprio, não tenha nunca existido.Contentemo-nos, pois de relatar o que concerne os fatos da história de Atlantis.Critias relata primeiro que o sábio Sólon, que vivia três gerações antes dele, Critias, tinha feito a um primeiro Critias, avô do amigo de Platão, o relato de uma viagem no Egito, no curso da qual um sacerdote de Sais revelou a Sólon fatos históricos até então desconhecidos dos gregos.Sólon tinha falado primeiro do que os gregos sabiam sobre a mais alta antiguidade: o primeiro homem Foroneos, e o dilúvio de Deucalião.“Mas um dos sacerdotes que era muito velho, ao dizer": segundo Sólon, vós gregos, vós sois sempre crianças: um grego nunca é velho! A estas palavras Sólon: “como o entendeis”? E o sacerdote: vós sois jovens todos tanto quanto o sois pela alma. Pois nela não tendes nenhuma opinião antiga, provinda de uma velha tradição.Nem nenhuma ciência embranquecida pelo tempo.E eis aqui a razão. Os homens foram destruídos e o serão ainda e de muitas maneiras. Pelo fogo e pela

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João Fernandes da Silva Júniorágua tiveram lugar as destruições mais graves. Mais houve outros menores, de mil outras maneiras. Pois o que se conta também entre vós que uma vez, Feton, filho de Hélio tendo atrelado a carruagem de seu pai, mas incapaz de a dirigir sobre a via paterna, incendiou tudo o que havia sobre a terra e pereceu ele próprio atingido pelo raio, isto se diz em forma de lenda. Eis aqui a verdade: um desvio se produziu algumas vezes nos corpos que circulam no céu, em torno da terra. E, em intervalo de tempo largamente espaçado, tudo que está sobre a terra perece então pela superabundância de fogo. Então, todos os que habitam sobre as montanhas, nos lugares elevados e nos lugares secos, perecem, mais cedo que os que moram próximos dos rios e do mar. Mas para nós, o Nilo, nosso salvador em outras circunstâncias, nos preserva também desta calamidade, transbordando. Pejo contrário, de outras vezes, quando os deuses purificam a terra pelas águas e a submergem, somente os vaqueiros e os pastores nas montanhas são salvos, mas os habitantes das cidades de vossa terra são carregados para o mar pelos rios ao contrário, neste país, nem então nem em outros casos, as águas não descem das alturas nas planícies, mas é sempre de debaixo da terra que elas brotam naturalmente. Daí vem, disse, que aqui se tenham conservado as mais antigas tradições. Mas a verdade é que, em todos os lugares onde não há para expulsá-los nem um frio excessivo, nem um calor ardente, há sempre ora mais, ora menos numerosa, a raça dos homens. Também, seja em vosso país, seja aqui, seja em qualquer outro lugar do qual ouvimos falar, se é

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realizada alguma coisa de bela, de grande ou de notável a qualquer outro ângulo, tudo isto está aqui prescrito, desde a antiguidade, nos templos, e a memória foi salva. Mas, em vosso pais e em outros povos, em cada vez que as coisas se encontram um pouco organizadas no que toca a escrita e todo o resto do que é necessário ao Estado, eis que de novo, por intervalos regulares, como uma doença, as vagas dos céus recaem sobre vós e não deixam sobreviver de entre vós senão os iletrados e os ignorantes. Assim, de novo, vos tornais jovens, sem nada saber do que se passou aqui, nem em vosso país, nos tempos antigos. Pois estas genealogias que citais num instante Ó Sólon, ou pelo menos o que vindes de percorrer tocando os acontecimentos de vosso país, diferem bem pouco dos contos das crianças. E primeiramente, não vos lembrais de senão de um único dilúvio terrestre, enquanto que houve muitos anteriormente.O velho sacerdote afirma então que Sais como Atenas foram fundadas e mesmo povoadas por Geas e Efaistos. Os gregos certamente ignoravam este fato. Gea nos é conhecida por seu papel junto de Urano e de Cronos e Efaistos faz parte de sua numerosa descendência. Há certos índices que fazem dele um gigante vindo da Ásia. Que tenha esposado Gea não há nada de espantoso: ela havia já sido esposa de Eros e de Urano e não parece lhes ter sido muito ligada. Mas que seus descendentes desta linhagem tenham sido os primeiros habitantes de Sais do Delta e de Atenas é preciso marcá-lo: a fundação de cidades

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João Fernandes da Silva Júniorhumanas por gigantes é um traço de numerosas histórias, e talvez Tiahuanaco traga provas arquiteturais desta mistura como vimos.O sacerdote continua:"Nossos escritos contam como vossa cidade destruiu uma potência insolente que invadia ao mesmo tempo toda a Europa e toda a Ásia e se jogava sobre elas do fundo do mar Atlântico."Pois, neste tempo, podia-se atravessar este mar. Ele tinha uma filha, diante desta passagem que chamais, dizeis vós, as colunas de Hércules. Esta ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas. E os viajantes deste tempo podiam passar desta ilha sobre as outras ilhas, e destas ilhas, podiam ganhar todo o continente sobre a margem deste mar que merecia verdadeiramente seu nome. Pois, de um lado para dentro deste estreito de que falamos, parece que não há senão que uma enseada com uma entrada estreita, e do outro, para fora há este mar verdadeiro e a terra que o envolve e que se pode chamar verdadeiramente, no sentido exato da palavra, um continente. Ora, nesta ilha Atlântida, reis haviam formado um império grande e maravilhoso. Este império era senhor da ilha inteira e também de muitas outras ilhas e de porções de continente. Além disto, do nosso lado, ele possuía a Líbia até o Egito e a Europa até a Tirrenia (1)(1) Líbia é o nome geral para designar a parte situada a Oeste do Egito.. A Tirrenia (mais tarde Etrúria) designa a Itália Ocidental.Ora, esta potência, tendo uma vez concentrado todas as suas forças, empreendeu de um só fôlego dominar

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vosso território e o nosso e todos os que se acham deste lado do estreito. Foi então, Ó Sólon, que o poder de vossa cidade fez explodir aos olhos de todos, seu heroísmo e sua energia. Pois ela levou a melhor sobre todas as outras pela força da alma e pela arte militar. Primeiro à frente dos Helenos, depois só por necessidade, abandonada pelos outros, chegada aos perigos supremos, ela venceu os invasores, levantou o troféu, preservou da escravidão os que nunca haviam sido escravo, e, sem rancor, libertou todos os outros povos e nós próprios que habitamos no interior das colunas de Hércules. Mas, no tempo que se seguiu, houve tremores de terra apavorantes e cataclismos. No espaço de um dia e de uma noite terríveis, todo o vosso exército foi tragado de um só golpe sob a terra, e do mesmo modo a ilha Atlântida se destruiu no mar e desaparecer. Eis porque, ainda hoje, este oceano de lá é difícil e inexplorável, pelo obstáculo dos fundos lodosos e muito baixos que a ilha, submergindo, depositou.No Critias, um relato mais completo é iniciado, e alguns detalhes acrescentados ao relato sumário do cataclismo contado no Timeu:Os únicos sobreviventes foram os habitantes das montanhas que ignoravam a arte de escrever. Eles e seus descendentes, durante numerosas gerações, sofreram a falta das necessidades ordinárias da vida e tiveram de consagrar seus esforços e suas inteligências para a satisfação de suas necessidades materiais. Não é surpreendente que hajam esquecido a

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João Fernandes da Silva Júniorhistória dos acontecimentos da Antiguidade. Isto explica porque somente os homens de nossos longínquos ancestrais tenham chegado até nós, porém suas ações tenham sido esquecidas.Seguem-se detalhes sobre Atenas de há doze mil anos e sobre as cidades e os Estados de Atlantis. Nenhuma prova pode daí ser tirada. Depois vem a indicação das razões morais do cataclismo que deve destruir Atlantis - e já assinalamos noutra parte este tema da ligação entre a decadência moral e as calamidades materiais. É sempre o tema da queda de Adão e das causas do dilúvio na Bíblia.Durante numerosas gerações, e enquanto dominou neles a natureza de deus, os reis seguiram as leis e permaneceram ligados ao princípio divino, ao qual estavam aparentados. Seus pensamentos eram verdadeiros e grandes em tudo; usavam de bondade e também de julgamento em presença dos acontecimentos que ocorriam, e uns em relação aos outros. Também, desdenhosos de todas as coisas, fora da virtude, faziam pouco de seus bens; conduziam como um fardo a massa de seu ouro e de suas outras riquezas, e não se deixavam exaltar pelo excesso de sua fortuna, nem perdiam o domínio deles próprios e seguiam em linha reta. Com uma clarividência aguda e lúcida, viam bem que todas estas vantagens aumentam pela afeição recíproca, unida à virtude, e que pelo contrário, o zelo excessivo por estes bens e a estima que se lhes têm, fazem perder estes próprios bens, e que a virtude também perece com eles. Por efeito deste raciocínio e graças à presença persistente

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do principio divino neles, todos os bens que acabamos de enumerar não deixavam de crescer em seu proveito. Mas, quando o elemento divino começou a diminuir neles, por efeito do cruzamento repetido com numerosos elementos mortais, quando dominou o caráter humano, então, incapazes doravante de suportar sua presente prosperidade, caíram na indecência. Aos homens clarividentes, eles apareceram feios, pois tinham deixado perder os mais belos dos bens mais preciosos. Ao contrário, aos olhos dos que não sabem discernir que gênero de vida contribui verdadeiramente para a felicidade, foi então que pareceram perfeitamente belos e felizes, insuflados como estavam da avidez injusta e de poderio. E o deus dos deuses, Zeus, que reina pelas leis, e que, está claro, tinha o poder de conhecer todos estes fatos, compreendeu quais as disposições miseráveis que tomava esta raça, de um caráter primitivo tão excelente. Ele quis lhes aplicar um castigo, a fim de lhes fazer refletir e de lhes trazer mais moderação. Com este efeito, reuniu todos os deuses, na sua mais nobre moradia: ela é situada no centro do universo e vê de cima tudo o que participa do vir a ser. E, os tendo reunidos disse: ...Não temos nada mais do Critias.Algumas afirmações do sacerdote de Sais merecem ser retidas. Elas provam em favor das teorias de Hoerbiger, e, pois provam também em favor da ciência egípcia.

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João Fernandes da Silva JúniorO mito de Feton é interpretado razoavelmente, por um desvio no curso dos corpos celestes. A queda de Feton sobre a Terra parece bem a transposição mítica da queda da Lua terciária. Seria assim o testemunho mais antigo dos gregos sobre a história. Um corpo celeste, filho do Sol, e não o Sol - desde que não é Hélio que cai - vem se esmagar sobre a Terra e ameaça destruir tudo. No entanto tudo não é destruído. Mas Feton morre, dito de outro modo não volta mais para o céu. Uma vez a Lua terciária caída, não há mais Lua no céu - mas há sempre o Sol: Hélio não é afetado pelo desastre.Hoerbiger cobre todos os pontos do mito, portanto o mito prova em favor de Hoerbiger.O sacerdote egípcio conhece muito bem o fenômeno geral. "Um desvio se produz algumas vezes nos corpos que circulam no céu em torno da Terra. E, em intervalos de tempo largamente espaçados, tudo que está sobre a Terra perece pelo fogo”.Restringindo um pouco este "todo" e interpretando "fogo" por vulcanismo e queda dos elementos inflamados do satélite estilhaçado, a frase é completamente justa.Sobre este período sem Lua, possuímos outros testemunhos.Aristóteles disse num fragmento de sua Constituição dos Tegeus conservado por um comentador da Argonáutica de Apolônio de Rodes, que os habitantes da Arcádia, pré-helênios, mencionavam como seu título principal à possessão de seu país o fato que eles o habitavam já antes que haja uma Lua no céu.

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Apolônio de Rodes diz a mesma coisa. Esta afirmação não tinha sentido antes da teoria de Hoerbiger.Aliás, a reencontramos no folclore sul-americano e entre os negros das ilhas do Pacifico, e a concordância entre Aristóteles e os selvagens vale que se a retenha.Mas a ideia geral de Hoerbiger é aplicada pelo sacerdote egípcio à submersão da Atlântida na água. Pois outro gênero de catástrofe é bem conhecido.De outras vezes os deuses purificam as terras pelas águas e as submergem". Sempre por este desvio dos corpos celestes.A catástrofe de Feton data de mais ou menos duzentos e cinquenta mil anos; a de Atlantis de mais ou menos doze mil anos. Os cálculos de Hoerbiger mostram que há mais ou menos doze mil anos (o número concorda suficientemente com o de Platão), a Lua atual foi capturada, como foi explicado em nossa exposição geral. As águas estendidas então mais largamente para os polos foram atraídas sob o curso da Lua, e deste modo terras da Atlântida Norte que seu relevo mantinham fora do mar até então foram invadidas com uma grande rapidez, a captura da Lua correndo brutalmente em um momento dado. Hoerbiger acredita mesmo que no momento da captura a Lua deve ter vindo muito mais perto da Terra que agora, as respectivas gravitações não se equilibrando senão depois de um vai e vem. Outras terras do hemisfério Sul foram provavelmente também inundadas.Assim podemos levar a sério o relato de Platão em seus dados gerais: talvez pela primeira vez desde que

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João Fernandes da Silva Júniorfoi escrito. Falta demonstrar que estas ilhas assim devoradas eram povoadas de seres civilizados. Mas isto se torna infinitamente provável se se admite a tese geral dos hoerbigerianos: se houve uma civilização há três mil anos na América, e se estas populações civilizadas foram expulsas de suas montanhas por um cataclismo e foram se estabelecer nas planícies emergidas, porque, uma vez os mares acalmados, os descendentes destes primeiros Americanos não teriam ocupado as grandes ilhas? Os relatos de Platão e, pois do Egípcio hipotético podem agora ser considerados como provas históricas. As possibilidades existem e o documento é formal. A priori não temos o direito de recusá-lo.Assim as duas Atlântidas, a de há trezentos mil anos na América, e a de há doze mil anos no Atlântico, se sustentam, e ambas podem muito bem ter existido.O sacerdote Egípcio descreveu admiravelmente as decadências que seguem às catástrofes. Ele explicou muito bem mesmo, que o Egito, numa grande medida, havia escapado ao cataclismo. Bellamy estudou de bem perto as condições geológicas e geográficas, que fizeram que as águas do Mediterrâneo de hoje, então em formação, deixaram o Egito quase intacto, enquanto que, como diz Platão, uma grande parte da Ática, com outras extensões da Grécia, foi submersa. O sacerdote sabe também que houve muitas destas catástrofes. A história da terra foi muito mais movimentada do que se acreditava antes do século XX, e, no entanto o sol mesmo moveu-se muito menos do que se pensava há um meio século.

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E enfim, os Egípcios conheciam perfeitamente a existência da América. Platão não saberia ter inventado isto. O sacerdote diz:"Os viajantes deste tempo podiam passar desta ilha sobre as outras ilhas, podiam ganhar todo o continente sobre a margem oposta deste mar. Este império era dono da ilha inteira e também de muitas outras ilhas e de porções do continente."Esta passagem me parece provar irrefutavelmente a ciência egípcia- pois Platão não volta a falar mais deste continente, eprovavelmente não crê nele - mas igualmente provar a verdade dos elementos principais do relato: se os Egípcios conheciam a América, e punham este continente em relação com as ilhas oceânicas e a Europa-África, não há mais nenhuma razão, após Hoerbiger, de duvidar da verdade fundamental do relato repetido por Platão.Quem, pois poderia inventar a América? Se os Egípcios conheciam e diziam a verdade sobre a América, o que diziam sobre a situação de Atlantis era igualmente a verdade. Estas duas verdades se mantêm juntas. Platão pode bem ter inventado as antigas constituições deAtenas e das ilhas, mas não inventou nem a América nem a Atlantis.Quando tudo é dito, contra e a favor, o testemunho de Platão é decisivo.O EGITO E A CHINA

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João Fernandes da Silva JúniorOs egípcios permanecem talvez, apesar de tudo, o problema mais insolúvel da história. Como é possível que se veja aparecer durante as três primeiras dinastias a arte mais poderosa que conhecemos, parecendo sair do nada, e seguida por mutações e refinamentos que não representam, em suma, senão uma esplêndida decadência?Os próprios egípcios olharam sempre para trás e consideraram suas primeiras dinastias, e talvez mesmo um estado de coisas bem anterior às dinastias, como o grande período de onde tudo lhes tinha vindo. Etienne Drioton, em seu prefácio ao álbum de 1949 do Museu do Cairo escreve que se assiste, no início primeiro da história a "um despertar do senso artístico entorpecido desde a idade paleolítica”. que nos faz "passar da barbaria errante à civilização sedentária". Na corte dos régulos numerosos dos tempos pré-históricos são adquiridos "os princípios estéticos de que não se devia mais afastar" a arte egípcia. Isto "explica a rapidez e a subida em flecha para o apogeu atingida no reino de Zoser (III dinastia); jamais a arte egípcia fez nada mais poderoso". "A idade das Pirâmides (III e IV dinastias) é a idade do ouro de sua civilização".Isto é constatar os fatos, e não explicá-los. Teria sido na corte (mas existiam cortes?) de régulos bárbaros inteiramente hipotéticos que os maiores princípios da arte teriam sido atingidos? Não é como se se explicasse por régulos de Malekula, onde não há régulos, a origem das grandes arquiteturas da Índia? E quando a escola Sociológica derivada de Durkeim procura nos convencer que o Egito pré-dinástico se

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compunha de selvagens alinhados em torno dos mais grosseiros totens, de que se encontram os traços mais vagos no solo, ficamos convencidos? Quem nos diz que houve "totemismo" no Egito? De repente esses totens se reúnem, e de algumas varas apenas ornamentadas de imagens reconhecíveis saem as estátuas mais formidáveis da humanidade,. e as incompreensíveis pirâmides?Isto não parece absolutamente provável.Parece bem mais provável que sejam os discípulos de Durkheim que inventaram estes espantosos saltos na história para tentar provar os princípios de seu mestre.Compete a nós tomar aí uma lição de prudência, e não procurar muito evidentemente encontrar em toda parte as provas de tese de Hoerbiger. Também não farei de modo algum alarde dos dados egípcios, dos quais estou persuadido não compreendemos ainda nada. A notável síntese apresentada por A. Moret há uma quarentena de anos não foi admitida, apesar de sua elevada apresentação intelectual, e seu poder explicativo tão frequentemente atraente. Não se encontram traços na obra de Herman, o mais conhecido dos especialistas alemães, e quase também não na de Jaques Vandier, que o lamenta, aliás.Os antigos Egípcios não nos deixaram explicação de suas crenças e os fatos que são suas obras de arte são muito difíceis de interpretar.A explicação ordinária que era necessária a qualquer preço conservar o corpo mumificado do faraó não parece compatível com o elevado grau de

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João Fernandes da Silva Júniordesenvolvimento intelectual e espiritual que a arte egípcia no tempo das pirâmides nos obriga a admitir. Espíritos desta força acreditaram verdadeiramente que importava acima de tudo conservar este cadáver? Vemos bem que mais tarde os egípcios continuaram a conservar os cadáveres, mas eles próprios confessam que durante estes séculos ou mais tarde não estavam mais no nível intelectual dos ancestrais e os imitavam sem saber por que. Mesmo este fenômeno de imitação continuada durante milhares de anos constitui em si um problema insolúvel. Grandes tentativas, como a de Akoun-Aton, foram feitas para resolvê-lo. Elas não tiveram êxito e os Persas, os Gregos e os Árabes inundaram e destruíram tudo o que, talvez, teria podido nos esclarecer sobre o longo drama espiritual que deve ter se desenvolvido durante os milenares egípcios.Os Hoerbigerianos integrais (mais talvez não suficientemente íntegros) fazem alarde dos colossos de madeira em número de 345, que os sacerdotes egípcios mostraram a Heródoto (II, 143) e que eram estátuas de grandes sacerdotes em sucessão linear atingindo a 1.340 anos; e os deuses haviam reinado sobre o Nilo antes destes grandes sacerdotes. Heródoto fala também do gigante Hércules que teria sido um dos primeiros reis-deuses do Egito e que não tem nada que ver com o Hércules grego.Mas Heródoto é uma testemunha bem tardia, e Plutarco ainda mais.Não encontramos, pois no Egito senão indicações hoerbigerianas extremamente vagas, e que, em outros

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lugares, vemos, mesmo na Grécia e entre os Judeus, com muito mais precisão. É possível que Gregos e Judeus tenham aprendido muito no Egito, mas não sabemos o que. As riquezas arqueológicas do vale do Nilo nos reservam, provavelmente, ainda as maiores surpresas.Edwards, páginas 151-152, diz:"Os textos das Pirâmides não eram certamente invenções da V ou VI dinastia, mas tinham sua origem na extrema antiguidade. Um resto de tempo ainda mais antigo está contido na passagem (273-274)quando o rei morto é um caçador que pega e devora os deuses a fim de se apropriar de suas qualidades."É difícil para um bom Hoerbigeriano não encontrar aqui um resto do tempo onde os gigantes combatiam os "deuses" e onde os homens ajudaram os "bons" gigantes contra os "maus"; uma lembrança do canibalismo dos gigantes degenerados... Era preciso que o rei morto seja feito gigante para poder combater estes monstros. Donde talvez as estátuas colossais que, depois da morte, colocavam à sua disposição um corpo espiritual da altura de seus adversários. Pois, evidentemente, o todo havia findado por se tornar espiritual. Não havia mais gigantes sobre a terra do Egito. Era depois da morte que se os encontrava, em espírito, deuses e demônios. O espírito do rei morto, para combater, se revestia não da forma fraca e pequena de sua múmia, mas da forma de sua poderosa e enorme estátua. Não era somente para que ele a reconhecesse nas suas voltas que a estátua devia ter

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João Fernandes da Silva Júniormuito precisamente os traços do rei: era para que seus inimigos do outro mundo o reconhecessem também, e ficassem terrificados.A pirâmide devia servir então para o rei subir ao céu. Mas ela permitia também a descida das potências do céu até aos homens - talvez.É a partir desta figura de escala ou de escada destinada a facilitar a ascensão do faraó ao céu e materializada, acreditamos, na pirâmide de degraus, que os arquitetos egípcios cedo foram conduzidos à forma mais abstrata da verdadeira pirâmide geométrica, que deveria, em seus espíritos, manter o mesmo papel; as rampas do edifício poderiam, por outro lado, evocar as da colina primordial por onde Atum se elevou acima do caos. Os teólogos se esforçaram por lhe encontrar qualidades mais especificamente solares comparando a pirâmide seja ao feixe de raios que traspassa as nuvens, seja então para o rei subir ao céu. descida das potências do céu ao betiloben, a pedra sagrada de Heliópolis.A associação entre os gigantes e as montanhas foi assinalada em toda parte. Descidos da Abissínia, como dos Andes, os gigantes se refugiavam nas alturas quando das inundações, e voltaram para as baixas planícies nos períodos calmos. O faraó imitador dos antigos deuses gigantes fazia o mesmo, e quando não havia uma montanha próxima, fazia construir uma, a sua pirâmide.Lutas entre os deuses e os gigantes dos escandinavos não levaremos tampouco em conta. Sem dúvida o quadro da destruição do mundo quando Odin será

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morto por Fenrir, quando o Sol se apagará e a Terra seja afogada pelo mar, nos apresenta semelhanças com tudo o que já foi referido. Mas estas semelhanças se reencontram por toda a terra e não provam alguma coisa, e ainda bem mal, senão que por sua duvidosa universalidade.Tentamos reunir aqui testemunhos de uma ordem superior de precisão.Uma outra das ilhas de que não sabemos nada é a Abissínia. Para Hoerbiger, a Abissínia é um país muito importante, porque num certo período de sua espiral descendente, a Lua terciária se fixou em cima de um ponto da Terra que foi a Abissínia. Com efeito, o estreitamento da espiral e o encurtamento do tempo de uma volta da terra leva um período onde a Lua gira em um dia em torno do planeta. Então a Lua fica durante muito tempo fixa desde que gira no mesmo sentido que nós, e está muito perto de nós, a seis raios terrestres talvez. Ela atrai então uma maré de rocas mais ou menos em fusão com envasamentos do solo, e constrói neste lugar um maciço montanhoso. Então, depois de cinquenta mil ou cem mil anos, a gravitação terrestre torna-se mais forte, e a Lua foge e se põe a girar mais rapidamente que a Terra. As matemáticas de Hoerbiger são muito impressionantes.Mas nada se sabe da Abissínia antiga. Em teoria, os gigantes mediterrâneos, os Palestinos, os Gregos, Hércules, Atlas e Prometeu deveriam ter vindo daí. Era a ilha terciária de onde eles podiam descer para civilizar ou devorar os homens.

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João Fernandes da Silva JúniorDe fato, não há senão algumas lendas semíticas ou cabalísticas que referem que os Judeus eram originários da Abissínia. Ora, para os Judeus, "Israel" queria dizer o gênero humano de seu conhecimento: o episódio da rainha Sheba, tão popular e tão inexplicável, seria a transposição para uma época semi-histórica de uma muito velha tradição que dava aos judeus uma parte de sangue abissínio entre suas raças ancestrais. Pois a rainha de Sheba teria sido da Abissínia; e ela estava de posse de todas as ciências e de todas as magias. E se teria encontrado o Paraíso perdido na Abissínia. Pois é difícil de descobrir os quatro rios do Gênese na Ásia Ocidental, mas em torno destes maciços da Etiópia, há tantas vezes quatro rios quantos se queira.Mas cedo se vê que este gênero de raciocínio, feito em parte de devaneios, não leva a nada.A designação montanhas da Lua, nesta África Oriental, poderia ser um último eco de antigas tradições. A sobrevivência de uma raça de gigantes no Ruanda, a oeste do lago Vitória no maciço montanhoso e vulcânico vizinho, é pelo menos digno de assinalar. Estes gigantes não têm mais que dois metros, mas sua degenerescência deve durar desde trezentos mil anos, desde que a Lua terciária não os ajuda mais a crescer. Constituem uma aristocracia muito tirânica, que reina sobre os negros Bantus bastante comuns. A civilização destes supostos "hamidas” é muito adiantada, mais muito diferente das nossas: ela é oficial e abertamente baseada sobre a crueldade. Um gado de chifres gigantescos constitui a

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riqueza principal da região – e foi comparada com sucesso ao gado que se encontra desenhado pelos egípcios da mais alta antiguidade. Os enormes chifres, muito característicos, são os mesmos.As danças, os esportes, (em particular o salto em altura) e os casamentos complicados dos príncipes desempenham um papel desconhecido em nossa civilização. Em suma, pode se ver aí uma última sobrevivência de alguma coisa muito antiga - pois a chegada dos Europeus, aí também, suprimindo a crueldade, suprimiu os velhos costumes, e provavelmente suprimirá a raça, que só se mantinha, em seu pequeno número, por esta ferocidade toda aristocrática.Quase todos os traços exigidos pelos hoerbigerianos se encontram aqui, mas em ponto pequeno: altas montanhas, homens gigantes, gado gigante, aristocracia, opressão de uma raça inferior.A teoria foi levantada de que estes homens são os restos dos que civilizaram o Egito a dezenas de milenares: o antigo gado egípcio, perdido desde milhares de anos no Egito, se encontra aí identificável por seus cornos muito especiais. O gigantismo do gado se teria perdido durante a longa degenerescência, e somente os cornos guardariam este traço. O mesmo fenômeno de gigantismo explicaria as quase incríveis girafas.O culto da Lua, na África, encontraria também aqui um centro conveniente. Esta adoração é bastante inexplicável nas nossas atuais circunstâncias. Mas

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João Fernandes da Silva Júnioruma Lua que apresentava todas as suas fases dezessete vezes por mês e era mais brilhante que o Sol, e que mais tarde - alguns cem mil anos mais tarde - girava várias vezes por dia em torno da Terra - e que mais tarde ainda findou por se esmagar sobre a Terra matando populações inteiras - era uma Lua que merecia o temor e a adoração a os sacrifícios, uma Lua que prevalecia em muitas línguas, das quais ainda a alemã lhe dá o gênero masculino, não deixando ao Sol senão as declinações femininas.Poder-se-ia fazer a volta ao mundo, país por país, e encontrar em toda parte confirmações. Mas tenho a maior desconfiança neste método demasiadamente empregado pelos etnógrafos do gêneroFrazer. Pode-se, com efeito, demonstrar por este método qualquer que seja a tese. Com alguma engenhosidade, deformando sempre mais ou menos ligeiramente os fatos que se descobrem, pode-se provar que todos os povos conheceram mais ou menos tudo o que se quiser. Pode-se encontrar em toda a parte o mito de Balder, as aventuras de Ísis e de Osíris, o totemismo exogâmico, e mesmo o relato da Paixão e da Ressurreição de Cristo. Há talvez nisto um elemento de verdade, mas seria necessário, me parece, proceder ao contrário, começar por saber o que se passou depois encontrar em toda a parte relatos mais ou menos deformados.Também preferi tomar alguns exemplos que apresentam traços precisos para começar.Os hoerbigerianos demasiadamente fervorosos, e em particular Bellamy, tão frequentemente citado aqui,

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sofrem um pouco desta doença etnográfica, que quer provar excessivamente por mais ou menos muito vagos e muito solicitados. Não se pode saber a verdade. Como Hugo faz dizer pelo burro arcante:Se contradisser um pouco, Kant é o direito das glosas:Quando se vai até o fim, se encontram coisas.Que parece o oposto do que se tinha dito.Busquemos, pois somente abrir sobre o passado perspectivas de mais em mais gerais. A China, segundo o sistema de Hoerbiger, deveria nos dar uma rica safra de informações: ela toca no Tibet, um dos refúgios humanos do terciário, e é suposta de guardar lembranças muito antigas.De fato, o dragão chinês que envolve o mundo e parece prestes a esmagá-lo ou engoli-lo, e que muitas vezes, além disto, traz uma Lua na goela, recebe muitas interpretações. A interpretação hoerbigeriana parece, no entanto uma das melhores. O dragão circular é a representação do anel formado pela Lua terciária desintegrada, que, com efeito, no curso de seus séculos, estreitou a Terra de mais em mais apertadamente, e que, com efeito, findou por devorar a Lua. Se os homens viram o fenômeno, viram a Lua se dissolver em anel: engolida e absorvida pelo corpo do dragão. E os inevitáveis rompimentos de um lado e do outro do anel estão bem figurados pelas patas do dragão. O número de vasos chineses que representam esta fase da história cósmica prova bem que desde uma muito alta antiguidade os habitantes do Extremo-

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João Fernandes da Silva JúniorOriente se transmitiram uma tradição extremamente sólida.Do Tibet, de onde puderam vir algumas raças de ancestrais chineses, não se sabe quase nada. Talvez alguma das ideias da teosofia, que resumiremos mais adiante, tenham vindo do Tibet.Para os Hoerbigerianos, o Tibet sendo uma das cinco ilhas do terciário, por causa de sua altitude, pôde ter sido um dos locais onde se observou o anel de desintegração.OS TEÓSOFOSMme. Blavatsky e seus discípulos foram objeto de muitas zombarias e de acusações bastante graves. Não estou disposto a aderir à difamação, porque mais ou menos em 1880, H. P. Blavatsky escrevendo The Secret Doutrine, afirmaram que existiam nas montanhas ao sul da Mongólia e do extremo noroeste da China grandes bibliotecas acumuladas pelos monges budistas e contidas em cavernas secretas conhecidas somente pelos iniciados. Ora, nos primeiros anos do século XX, Paul Pelliot encontrou algumas destas cavernas que tinham sido muradas e abandonadas com efeito pelos monges prevenidos da invasão ameaçadora dos Mongóis. Desde o século XIII elas tinham ficado intactas. Mme. Blavatsky tinha dito a verdade, e não tinha exagerado a riqueza nem a importância destas coleções budistas de manuscritos, que continham livros em várias línguas, dos quais vários não estão ainda decifrados, como H. P. Blavatsky havia dito. E, além disto, ela tinha

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indicado a região na qual estavam as bibliotecas secretas.Está, pois provado que H. P. Blavatsky tinha recebido, de monges autorizados, informações verdadeiras. É, pois admissível que sobre muitos pontos não verificáveis, esteja igualmente bem informada.Mas não podemos saber quando sua imaginação intervém, e não podemos mesmo saber quando seus informantes se enganaram por eles mesmos.A aventura intelectual de Bailly, o prefeito de Paris que foi decapitado em 1973, e que indo à guilhotina tremia, mas apenas de frio, é de natureza a nos fazer refletir.Os missionários tendo levado da Índia tabelas astronômicas supostas muito antigas, e das quais os brâmanes muito se orgulhavam, se dizendo superiores aos Europeus em astronomia, Bailly então, em 1778, astrônomo do Rei, pôs-se a examinar estas tabelas e a fazer os cálculos necessários. Chegou à conclusão inesperada que as tabelas comportavam um erro constante nas observações e que estas observações não tinham jamais sido feitas nas Índias. Mas se se supusessem feitas sob o 49° grau de latitude Norte, então os cálculos estavam certos. Pois, concluía Bailly, os brâmanes tinham herdado estas tabelas de outra civilização que não a sua e cujo habitat estava mais ou menos no 49° grau Norte.Bailly chamou esta civilização a Atlântida, e a situou na região onde é agora o deserto de Gobi. E, com efeito, os geólogos dóceis descobriram que este

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João Fernandes da Silva Júniordeserto era antigamente um mar, e que as condições de vida em torno deste mar tinham podido ser favoráveis à civilização. Voltaire entrou na controvérsia, e as famosas Cartas sobre a Atlântida, por Bailly e Voltaire, foram publicadas em 1778, e igualaram às Cartas persas em popularidade.Quer dizer que não se pode absolutamente dar crédito ao que contam os brâmanes sobre sua própria história. E também, não se pode sempre confirmar em H. P. Blavatsky. Enfim, é do Tibet, mais que da Índia, que ela fala.Mas tudo isto tomado em consideração, é necessário, no entanto reter as teses principais dos teósofos, e bastante legítimo pensar que se encontram entre suas crenças ecos de antigas tradições hindus e tibetanas. É o que podemos ter de mais perto do Tibet, a quinta das grandes ilhas do terciário, segundo Hoerbiger. Tocamos assim, embora de longe, em todas: os Andes, o México, a Nova-Guiné, a Abissínia e o Tibet. Toda a extensão da cadeia de refúgios humanos, quando da grande maré permanente, nela teremos entrevisto alguma coisa que varia de um a outro, mas que guarda uma coerência: nos Andes, ruínas inexplicáveis; No México, uma tradição de tonalidade quase científica; perto da Nova-Guiné, o culto das grandes pedras; perto da Abissínia, os resíduos de uma raça gigante e traços de um gado gigante; enfim na Índia e perto do Tibet, altas teorias.Talvez o que haja de mais notável e de mais antigo nos teósofos seja o papel que dão à Lua.

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Como os homens de Malekula, Os inspiradores de H. P. Blavatsky, Tibetanos ou Hindus, fazem da Lua a mãe das raças terrestres, uma vez mais "a mãe de Israel". Mas é preciso insistir sobre uma diferença essencial entre os selvagens do Pacífico e os Indo-Tibetanos. Em Malekula, encontramos o que não podia ser senão uma decadência, terminando no nada, e na incompreensão de seres humanos muito diminuídos. Constatamos a existência de restos de uma velha civilização, mas em condições em que a inteligência dos executantes não estava mais no nível das instituições persistentes.Pelo contrário, na Índia e entre os teósofos, constatamos uma superintelectualização. Para nossas mentalidades ocidentais, a teosofia é demasiadamente complicada, e suspeitamos, a priori, que estas complicações não possam se manter paralelas à realidade.Sem dúvida a realidade é muito complicada, porém, quanto mais a teoria se complica, mais há oportunidade que as duas complicações vão divergindo, e que no fim do processo lógico e imaginativo que constrói nossa inteligência, não nos encontremos muito longe das próprias coisas. Em suma, a Europa aprendeu mais que a Índia a desconfiar da inteligência e da imaginação e exigiu uma referência constante aos fatos constatáveis, ou pelo menos imagináveis como fatos, não mais somente como teorias.

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João Fernandes da Silva JúniorAssim os indígenas da Malekula se contentam em dizer que as raças humanas são criadas na Lua, e que as almas das futuras crianças descem da Lua para o seio de suas mães.Os teósofos sustentam que há sete Luas, das quais uma só pode ser percebida por nossos sentidos humanos atuais, do mesmo modo que existem sete Terras das quais seis nos são invisíveis. Estas sete cadeias de astros correspondem às sete divisões da alma humana, das quais cada uma se materializa sobre o astro correspondente.Esta teoria é, logicamente, admiravelmente concebida, e não resta senão provar experimentalmente que é verdadeira: a prova é naturalmente muito difícil de fazer.A formação das almas na Lua antes de sua descida na Terra, ideia fundamental comum a Malekula e a H. P. Blavatsky é, pois inevitavelmente muito mais complicada entre os teósofos. Não há conveniência de trazer aqui os detalhes. Algumas citações sobre os ancestrais lunares das raças humanas, os "pitris" lunares, deverão nos satisfazer, a tese geral sendo muito clara e os sistemas muito atraentes.Notemos de passagem que encontramos no Zohar uma concepção dos mundos espirituais paralelos ao nosso, mas escondidos aos nossos sentidos, totalmente semelhante aos universos sutis de madame Blavatsky.Insistamos também sobre o caráter probatório destas coincidências nas divergências. Se um homem simples e um intelectual excessivamente complicado relatam as mesmas coisas, vistas por espíritos tão

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diferentes há muitas probabilidades de que estes testemunhos conjugados se refiram a uma realidade. Pensar, com efeito, que o selvagem e o intelectual se influenciaram – qualquer que seja a direção desta influência de um para o outro e de outro para um - isto volta a postular uma relação tão antiga que equivale a uma prova de nossa tese. Certa comunidade de civilização num passado extraordinariamente antigo se torna plausível, desde que é preciso dar tempo a uma civilização superintelectualizada para se desenvolver e de outro lado a um estado de degenerescência de prosseguir muito longe. É isto justamente o que postulamos aqui, e não somente entre a Índia e o Pacífico, mas entre todos os cinco hipotéticos centros da civilização terciária.Se há trezentos mil anos os navios partidos de Tiahuanaco percorriam o oceano abaulado pela atração lunar e iam à Nova-Guiné e ao Tibet tanto quanto ao México e à Abissínia, não é mais surpreendente que num destes centros tão separados desde então a ciência tenha degenerado, enquanto que em outro ela se tenha sistematizado e complicado mais e mais.Nesta medida, pois, o testemunho dos teósofos é aceitável. Sem nos aventurar sobre o terreno proibido da 8ª. esfera escreve H. P. Blatavsky, é preciso relatar aqui alguns fatos sobre as antigas mônadas da cadeia lunar - os ancestrais lunares – que desempenham o primeiro papel em nossa Antropogênese.

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João Fernandes da Silva JúniorA primeira raça fundamental, os primeiros 'homens' sobre a terra, eram a progênie dos 'homens celestes', chamados propriamente em filosofia hindu os ancestrais lunares, os Pitris, dos quais existem sete classes em hierarquias. É, pois a Lua que realiza o maior papel e o mais importante, tanto na formação da própria Terra quanto na geração dos seres humanos que povoam a Terra. As mônadas lunares, ou Pitris, os ancestrais do homem, se tornam na realidade no próprio homem. São estas Mônadas no ciclo da evolução no primeiro dos globos e que, passando em toda a cadeia de globos, constroem a forma humana - seus duplos astrais, numa forma sutil, mais fina, servindo de modelo em torno dos quais a Natureza construiu os homens físicos. Estas Mônadas, ou centelhas divinas, são assim os ancestrais lunares, os próprios Pitris, pois estes espíritos lunares devem se tornar "homens" a fim de que suas Mônadas possam atingir um plano mais elevado de atividade e de consciência de si.Sobre o papel da Lua na evolução da Terra e da raça humana, H. P. Blavatsky desenvolve bem antes de Hoerbiger ideias não científicas, porém mais evoluídas ainda que as do sábio vienense.Sobre as datas geológicas, ela também dá, para seu tempo, 1880, espantosas precisões muito concordando com as hipóteses hoerbigerianas.Ela fornece ao Cosmos 2 bilhões de anos (Vol. 2, p. 72), coloca a formação do homem em dezoito milhões de anos, no fim do secundário (II, 9, 49). O geólogo Baron situa o fim do secundário em vinte e cinco

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milhões de anos. E a teosofia atribui a estes primeiros homens uma civilização."O homem secundário será descoberto, e com ele suas civilizações desde há muito esquecidas" (II, 279).Madame Blavatsky sabe que a Abissínia foi uma ilha (II, 385). Ela sabe que os homens estavam presentes quando da superelevação dos Andes, e cita o abade Brassen De Bonbourg, que, audaciosamente tinha dito:"Tradições das quais se encontram os traços no México, na América Central e no Peru, dão lugar à ideia que o homem existia nestes países na época da gigantesca superelevação dos Andes, e disso guardou a lembrança” (II, 787).A teoria hoerbigeriana do gigantismo é naturalmente desconhecida de H. P. Blavatsky, mas suas informações sobre gigantes devem vir de boa fonte, se Hoerbiger e os seus têm razão. Para a teosofia, não somente os primeiros homens eram gigantes, mas eles tinham um corpo muito mais leve que seus sucessores (pode-se mesmo considerá-los demasiadamente leves).Outras raças além da nossa existiram em períodos geológicos muito longínquos: raças etéreas, que tinham sucedido a homens sem substância corporal (Arupa) que, no entanto, possuíam uma forma; dinastias de seres divinos, estes reis e educadores da terceira raça em artes e ciências, comparada com as quais nossa pequena ciência atual se assemelha à aritmética diante da geometria (II, 204).

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João Fernandes da Silva JúniorGigantes que nos precederam, a nós outros pigmeus.Os flibusteiros que se apossaram da Terra prometida aí encontraram uma raça bem mais alta que eles, e a chamaram uma raça de gigantes. Mas as raças verdadeiramente gigantescas que desapareceram bem antes de Moisés - quarenta mil anos antes dos Hebreus, os ancestrais destes "gigantes" eram bem maiores de altura, e quatrocentos mil anos mais cedo, eram, em relação a nós, como os homens de Brobdignac, comparados aos Liliputianos. Os Atlantes do período médio se chamavam os grandes dragões" (II, 798)A degenerescência é, pois evidente para H. P. Blavatsky e ela conhece também as lutas entre os bons e os maus gigantes – lutas de que os Gregos parecem ter conservado uma lembrança tão má.Os gigantes antidiluvianos não eram todos maus, como a teologia queria sustentar. Houve bons gigantes nestes dias antigos, e isto não é um mito. Aquele que quer escarnecer de Briarea e de Orion deveria se abster de ver Carnac, ou Stonehenge, e mesmo de falar deles" (II, 74). Pois foram os gigantes que construíram os grandes monumentos megalíticos, para fazer o bem aos homens (encontramos esta ideia em Tiahuanaco) ."Não há nenhuma razão de acreditar que estas estátuas gigantescas tenham sido construídas pedra a pedra com andaimes (vimos que elas eram monolíticas) ora, elas não podiam ser construídas de outro modo, salvo por gigantes que tivessem a mesma altura que as estátuas" (II, 352).

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As guerras dos Titans não são senão lendas vindas de uma guerra civil que se desenvolveu no Kailâsa himalaio - são os restos da história da terrível luta entre os Filhos de Deus e os Filhos da Sombra das quarta e quinta raças (II, 525).Assim encontramos, nesta estranha mistura que nos dá H. P. Blavatsky de mitologia, de filosofia, de folclore e de poesia três traços hoerbigerianos de grande importância: a influência da Lua, as datas principais da história humana, e o gigantismo com sua degenerescência. Não podemos recusar inteiramente de tomar em consideração o que ela nos diz sobre suas fontes tibetanas e hindus de uma muito alta antiguidade. Seu testemunho acrescentado a todos os outros os reforça, e por sua vez adquire um valor que talvez não se quisesse lhe reconhecer - como para Platão.No cômico assim podem algumas vezes se relevar tendências estritamente refreadas em outros lugares.Também Ariosto nos é muito útil. Sem dúvida que ele próprio teve o desejo de acreditar em suas brincadeiras. Mas no seu grande poema, a humanidade se apresenta a ela mesma na forma sarcástica de muito antigas crenças que ela deixou de aceitar intelectualmente. Sua realização sob a capa da brincadeira é prova de sua extrema antiguidade e de sua profundidade em psicologia.Vimos entre os selvagens de Malekula de uma parte, entre os teósofos de outra, esta ideia que as almas dos homens são formadas na Lua, e dela chegam para a

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João Fernandes da Silva JúniorTerra. Ariosto, de quem não se pode suspeitar de conhecer uma ou outra destas formas de pensamento, conta a mesma coisa. Os espíritos dos homens estão na Lua. Rolando perdeu o espírito sobre a Terra. É preciso ir à Lua procurá-lo e trazê-lo.Como se vai à Lua, como se sobe no céu? Como o fazia o faraó subindo a pirâmide, como o faziam os gigantes: Trespasse até o ápice de uma montanha e daí se passa para o céu.XLVIII - "Depois ele monta no seu cavalo alado e se eleva nos ares, desejoso de chegar ao cimo da montanha que se presume tocar na sua extremidade superior o círculo da Lua. Ele deseja ver coisas novas e seu ardor é tal, que ele desdenha a terra e só aspira se elevar nas esferas celestes. Sobe de mais em mais nos ares até que atinge o ápice da montanha."Na Lua, Astolfo é graciosamente recebido por S. João, que o conduz ao local onde estão guardados os espíritos dos homens. Aí ele acha não somente o espírito dos loucos, mas também de homens considerados sãos, e em particular seu próprio espírito, dele Astolfo:LXXXIII - "É um licor tão sutil e tão fluido que se evaporaria facilmente se não estivesse encerrado com cuidado em garrafas de todos os tamanhos e, próprias a este uso. A mais vasta de todas continha o grande senso do conde de Angers. Ela se distinguia entre todas as outras, pois trazia estas palavras que se podiam ler: Bom senso de Rolando."LXXXIV - "Sobre todas as outras, se viam os nomes daquelas que encerravam o bom-senso. Uma delas

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continha, para grande surpresa de Astolfo, uma grande parte do seu; mas o que o surpreendeu bem mais foi ver que muitas pessoas de seu conhecimento, que lhe pareciam ter tal razão que não lhe devia faltar uma dracma, não deviam possuir senão bem pouco, tanto estava repleta a garrafa que Ilhes pertencia neste lugar."LXXXVI - "Astolfo, com a aprovação do autor do livro obscuro do Apocalipse, se apossou da garrafa que continha seu bom-senso; colocou-a sob seu nariz e parece que o licor que aspirou voltou por si mesmo para seu lugar. Pelo menos Turpin confessa que desde este momento a vida de Astolfo ficou durante muito tempo mais sábia: infelizmente, uma nova loucura que ele cometeu em seguida o fez perder ainda uma vez o cérebro."LXXXVII - "Ele pegou a ampola maior e mais cheia que todas as outras contendo o bom-senso que distinguiu por tanto tempo o conde de Angers. Não a achou tão leve quanto o havia pensado vendera entre as outras..."O tema da montanha divina pela qual se sobe ao céu é levado ainda mais longe por um extraordinário poeta contemporâneo, Malcolm de Chazal, da ilha Mauricio. Uma longa intimidade com as montanhas de sua ilha lhe revelou que estas montanhas são em realidade estátuas sobre-humanas esculpidas outrora por uma raça de gigantes, inconcebíveis. Ainda mais, estas estátuas são não as imagens dos deuses, mas os próprios deuses.

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João Fernandes da Silva JúniorAssim os Gregos, invadindo sua península, encontraram os deuses sobre o Olimpo - mais tarde, racionalizando, disseram que os deuses habitavam sobre o Olimpo - mas não: os grandes rochedos do Olimpo eram os deuses. Deuses de pedra bem mais gigantescos ainda que tudo o que se imaginou, e substituídos bem mais tarde por estátuas que nos parecem colossais, mas que não são senão reduções a um formato em suma transportável dos verdadeiros deuses-montanhas.Na verdadeira antiguidade, os homens iam à montanha esculpida, adorar o deus, e não teriam ousado cometer o sacrilégio de transportar o deus ali onde fosse conveniente ao homem. À adoração da montanha precedeu a adoração da estátua colosso."As montanhas da ilha Maurício - lunares, fantasmagóricas, tais como cartões recortados colocados sobre as planícies, massas sem espessura no longínquo, talhadas em dente de serra e hieráticas - estas colinas e estes montes baixos teriam sido esculpido pela mão do homem, talhadas por um povo de gigantes, habitantes do Grande Crescente Lemuriano.""Sobre o cimo do Sinai está Moisés. Um amigo está atrás dele, agachado, sentado, olhando Moisés que avança em direção a uma ponta de rochedo como para se lançar no vazio. O homem atrás dele vê, e está mudo: vê Moisés e vê o Eterno.""E os dedos de fogo falam, não vindo do céu, mas da própria rocha: a pedra se ergue de seu leito como um corvo, como um pré-Lázaro que ressuscita."

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"Moisés não viu deus nos céus, mas o viu na pedra do Sinai: como testemunho não trouxe o raio, mas as Tábuas da Lei, a pedra que tinha falado.""Um tempo virá em que as igrejas serão de pedra talhada, grossas cavernas colocadas sobre a superfície das terras com lucarnas. Os homens por aí serão tragados como termitas em um ninho. Longe do Sol, rezarão.""Estátuas encherão estas cavernas, e farão de simulacro de símbolos, de onde o sentido interior terá desaparecido. Estátuas vivas - toda a vida simbólica o homem passará às estátuas mortas.A igreja será clausurada, no físico como no moral. A religião será limitada. E o travesseiro de Jacob - a rocha natural - não estará mais aí para permitir a Descida dos Anjos - A igreja dos símbolos dará lugar à Igreja das Estátuas. A idolatria estará em todos os corações.""Ontem, vi sobre a montanha, à esquerda do Polegar uma estranha alegoria na pedra. Uma mulher estendida positivo do negativo mais à direita - fixava o Polegar. Nada de seio, pernas dobradas e as coxas estavam a 15 graus. O negativo, a outra mulher invisível, não tinha deixado senão a sua marca na pedra. As duas se "atavam" a distância, pois a perna de uma era a coxa da outra e a coxa de uma era a perna da outra - irmãs siamesas por baixo.""E me pus a sonhar sobre esta "estranheza".Esta manhã, descendo em direção a Port-Louis, vi a mesma mulher, mas consideravelmente engordada,

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João Fernandes da Silva Júniorsobre uma outra vertente do Polegar que se chama a Angra Cortez;. A mulher tinha sem dúvida parido, pois seu peito parecia apenas um único seio enorme, verdadeiro monte no Monte.A montanha é o mais alto gesto inscrito, - mais alto que a flor, mais alto mesmo que o fogo, pois ela contém os primeiros e os últimos, ela é a Escada absoluta de Jacob, a Escada do Mito que é a Religião em essência, o Mito que é feito de mil mitos, mas que se juntam todos no Mito Absoluto, o Único Real Total: Deus."A poesia dos Montes leva à Religião dos Montes, e daí nasce a Revelação.""É a única revelação que conheci. Não faço senão ler, decifrar a Bíblia de Pedra. Não fui senão rei dos símbolos por um tempo, pela visão iluminada”."O Monte me encandeia com a sua claridade, pelo Sol que o desvia.Ponho-me na sombra de uma mata. O Monte pende sobre mim como uma torre de Pizza, graças às nuvens que passam e lançam a montanha aos meus olhos. Recupero-me e olho.""E eis que sobe na pedra o Rei do Mundo. Está encostado no monte. Olha o Universo a 60 graus de seu poderio.""Seu sexo aponta, onde, estará sua mão?"Sua cabeleira está enfunada e bojuda sobre sua nuca. Não mais pshent desta vez: um boné quadrado que faz coroa.

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A coroa é uma curva que aponta para adiante e que ultrapassa, e que atrás se amarra em pompom, em laço de fita glorioso."O Monte, a aresta de pedra, a agulha de rocha, o penedo mesmo que estejam presentes falhas de qualquer espécie, vazios, achatamentos, locais neutros, onde nenhuma imagem em relevo se inscreve. Este maquinal, este regrado, não é, pois um gesto natural.""Portanto o Monte foi talhado”."O Monte foi talhado. O homem lhe pôs um pescoço, fez sair todo o corpo da pedra. O corpo do Pieter Both parece posto sobre o planalto, como um bolo sobre uma mesa.""Tendo se libertado, os Lemurianos talharam figuras em toda a volta - tantas imagens de deuses sem dúvida quantos os altares correspondentes mais em baixo. Olimpo inteiro nas nuvens, mitologia particular de sua religião mítica - que os hindus daqui imitaram, pela volta instintiva ao passado, pelo culto de Hanunam no oeste, e pelo de Mooreeababa a leste.""Os Lemurianos que trabalham foram os da Queda”.A imaginação dos grandes poetas correspondem os contos populares. Aqui não há necessidade senão de fazer alusão: o Pequeno Polegar e os Ogros, João e o pé-de-feijão, e tantos outros, são as versões tornadas encantadoras à custa de degenerar no humano muito velhas estórias que resumimos aqui. O que dissemos de Ariosto se aplica ainda aqui. Ninguém é obrigado a

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João Fernandes da Silva Júnioracreditar nos contos. Por consequência, podem-se liberar no conto todos os desejos.Pois o que prova tudo isto? De Hugo ao Pequeno Polegar, passando por Baudelaire, Ariosto e Chazal? A presença em todos os graus da alma humana, desde os poetas de gênio até aos de meninos, do desejo que haja atrás de nós um passado maravilhoso e cheio de aventuras.Da universalidade e da profundidade desse desejo a mais moderna psicologia vai agora nos dar a segurança, e em condições tais que é impossível pensar que esta necessidade do homem pode ficar insatisfeita.Há alguma coisa na realidade que corresponde a este desejo. Senão, diz a análise, a humanidade não é senão uma doença mental. Gerar Adler escreveu: "Que significa, em linguagem psicológica, este mundo do Além, onde a alma tem sua origem”?O Além é o reservatório dos últimos segredos do céu e do inferno, da luz e das trevas, em cima e embaixo, positivas e negativas. Dito de outro modo é o mundo do inconsciente coletivo do qual todos nós viemos. Não é sem razão que o conto de fadas da cegonha que vai buscar os meninos num lago persiste há tanto tempo - pois não é senão outra maneira de expressar a mesma experiência psíquica, o fato que provimos todos destas grandes águas. O homem não nasce página branca e tábula rasa. Pelo contrário, ele traz escondidas nas profundidades de seu ser lembranças de acontecimentos dos quais foi testemunha nos tempos mais arcaicos, e traços inumeráveis de ações e

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reações que sobrepassam muito os limites de sua existência pessoal, do mesmo modo que certas possibilidades individuais são perceptivas nele que indicam um futuro extremamente prolongado. A criança, em particular, está ainda completamente imersa no mundo das imagens do inconsciente coletivo, do passado mitológico do homem, passado ainda não obnubilado pelas realidades concretas do presente.Entre estas percepções presentes nas almas de acontecimentos cuja humanidade foi testemunha nos tempos os mais arcaicos, apenas escolheremos algumas. Mas há milhares. É preciso agora olhar as imagens, pinturas de sonhos ou de estados semi-hipnóticos utilizados pelos analistas.A serpente que esmaga o mundo corresponde ao anel lunar que vem se esmagar sobre todo o contorno da Terra e a destrói em grande parte. (Adler, p. 120).A deusa-lua que acarinha o animalzinho (Layard, The Lady of the hare, p. 134), representa a Lua bondosa, no seu estágio precedente, quando é a benfeitora de todos os seres vivos.Os seres meio-peixes e meio-homens, que sustentam o astro acima das águas onde eles mergulham, correspondem ao estado do dilúvio universal, do qual sobrenadam e sobrevivem os homens - e um sol.O desenho apocalíptico representa a Lua e o Sol rodando em torno da Terra na aproximação da catástrofe lunar.

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João Fernandes da Silva JúniorA árvore gigante, e as paisagens ao mesmo tempo históricas e civilizadas são vestígios sonhados dos Andes e da Atlântida, sem que estes nomes tenham sido associados (Adler, pranchas 14, 16, 17).Evidentemente devemos alargar aqui a tese hoerbigeriana; o que é designado em todos estes sonhos, não é tal ou qual acontecimento definido por Hoerbiger, mas todo um passado cheio de catástrofe, e de renascimentos do gênero dos que indicamos seguindo os dados da cosmologia glaciária.A HIPÓTESE ESPÍRITA INTEGRALTiro esta exposição de documentos colocados à minha disposição por M. Arnold, na época diretor do Psychic Times de Londres, que já me forneceu trechos muito interessantes apresentados em Victor Hugo e os Deuses do Povo (La CoIombe, Paris, 948).Considero que é útil apresentar uma hipótese na sua integralidade.É quando levada ao seu máximo que uma hipótese revela melhor tanto sua potência explicativa quanto suas fraquezas, e para julgá-la é preciso examinar de perto estes dois lados. É o que fizemos com as ideias de Hoerbiger. Ora, não encontrei em nenhuma parte documentos espíritas tão desenvolvidos e tão coerentes no que constitui uma doutrina. (É importante notar as datas; estes documentos foram recolhidos oralmente entre 1938 a 1948).Primeiro no que concerne aos Astecas: o nome Asteca me parece empregado para designar o conjunto das civilizações da muito longínqua pré-história em toda a América, Norte e Sul. No texto seguinte, com efeito,

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exemplos tirados da flora da América do Sul são dados. As implicações - mais ainda, as definições - não podem pertencer senão ao secundário; mesmo o fim do terciário está muito perto de nós para as plantas gigantes e petrificadas.É uma coincidência curiosa com a doutrina dos teósofos, pois, em geral, estas escolas - teosófica e espírita - estão em oposição determinada. Para não citar senão uma prova - que nada tem que ver com o nosso assunto - os teósofos baseiam toda sua doutrina do destino humano sobre a reencarnação, que em geral os espíritas ingleses recusam admitir (É necessário dizer "em geral", pois não há uma doutrina espírita unificada, ninguém tendo qualidades, pensam os espíritas, para proclamar uma - em realidade, cada espírita pensa que ele somente poderia fazê-Io).Eis alguns dados essenciais sobre as primeiras civilizações humanas:"Os Astecas e algumas árvores desapareceram juntamente: as verdadeiras árvores.""As árvores de hoje são antes ramos de árvores do mundo espiritual - uma árvore verdadeira vos pareceria uma parede, sendo tão grande."Os Astecas sabiam vê-las nesta dimensão imensa como as árvores são verdadeiramente.Em algumas regiões costeiras da América do Sul, sob o leito do oceano há uma espécie de rocha vermelha que não é rocha, mas sim casca de árvores submersas ou afundadas a leste e a Oeste dos golfos. Sob o gelo, mais ao Sul, se encontra a mesma rocha, mas de uma

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João Fernandes da Silva Júniorcor verde clara, na casca vista através do gelo. E também se vê esta cor no céu, por uma radiação.Tudo isto está em relação com a antiga vegetação, quando estáveis mais perto do Sol. O Sol era muito maior."Estas árvores conhecidas dos Astecas eram em colunas; a árvore em triângulo veio mais tarde".E eis até um texto que parece dar informação sobre períodos talvez anteriores à humanidade - sobre o que se passava nas épocas dos insetos gigantes do primário e do secundário - as épocas que os geólogos nos permitiram fazer alusão. As relações entre as plantas, os insetos e os homens, aí estão interpretadas à luz de ciências atualmente perdidas.A esfera dos perfumes compreende as flores, as árvores, as asas dos insetos benfazejos - e muitas outras substâncias que curam.No caso de curas instantâneas, que parecem milagrosas, estão presentes em espírito os que têm dez espécies de ciências. Mas não posso vos definir as dez. Uma nos é suficiente: neste caso, a cura não pode ser instantânea.Portanto, por uma destas ciências, dois espíritos da esfera dos perfumes criam um cone no qual há uma atmosfera turbilhonante com uma velocidade de 100.000 milhões de quilômetros por segundo. Para vos dar uma ideia destas forças entre o Sol e a Terra, não há de velocidade senão 300 ou 400 milhões de quilômetros por segundo.Isto criado, para vós, um vazio, mas, para os espíritos, um cone de perfume tão elevado, a tal velocidade que

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o espírito deste corpo doente pode agir instantaneamente e curar.Na morte isto acontece frequentemente. Há mesmo um perfume que as testemunhas da morte notam. O espírito volta um momento ou dois para dar mais força ao corpo, de modo a deixar o corpo em estado de unidade e não em estado de desintegração. E então, acontece que o corpo cura em lugar de morrer. Neste caso, há outro perfume, mas forte, não o lírio, mas comparável ao perfume normal que liga o espírito ao corpo.Alguns perfumes são úteis em vossas doenças mesmo na forma fraca e pobre que conheceis.Mas às plantas é preciso juntar os insetos. As borboletas, as libélulas, a vespa, a abelha, são benfazejas em espírito – embora menos que a mosca - sem a qual não podereis viver.Quando os insetos atravessam o espaço - o espaço real, não o vosso, eles têm reflexões de cor e de luz que se combina em perfume.O inseto que produz este perfume não perde nada nele. Não está ferido. Um perfume emerge das manchas escuras que estão sobre as asas medianas de certos insetos. Este perfume é extraído da luz.Duas faixas de luz, uma colorida e outra cristalina, são transformadas em perfume pelo movimento do inseto sobre uma linha que segue a direção da luz: e da cor sobre as asas do inseto produzem este perfume.As flores produzem este perfume diretamente.

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João Fernandes da Silva JúniorO inseto produz o perfume secundariamente, pois, o inseto produz primeiro cor e velocidade - e o perfume vem em seguida da combinação cor e velocidade.Há perfumes que não são percebidos por vós senão como notas muito agudas como as da guitarra.Os perfumes, os gritos dos animais, a música, os gritos das crianças que sofrem sobre a terra - não evidentemente nos seus espíritos, mas fisicamente só - os ruídos feitos pelos insetos, uma onda que emana do lírio do vale cada uma destas coisas desempenha um papel como numa orquestra perfeita.Assim o cacarejo de um papagaio numa floresta harmoniza-se com o silvo de uma serpente, e os dois juntos têm um valor espiritual, constituindo um ato do espírito.O ruído feito por um animal terrificante para o homem trabalha para o espírito. Há homens que, terrificados pelos ruídos animais, deles se serviram para impressionar outros homens, como se estes ruídos viessem dos deuses. No Egito, na Índia, estes impostores exploraram o medo do touro, do gato, da cobra e mesmo o medo que inspira a falta de som entre alguns animais. Pois há alguns animais ou insetos, embora muito poucos, que não emitem nenhum ruído.Da harmonia dos mundos espirituais, os homens criaram divindades malfazejas sobre a terra, separando elementos que juntos são bons.Assim, em química, o sal é bom para vós, mas o cloro e a soda podem ser maus para vós.

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Para aprender tudo isto a fundo, ser-vos-ia necessário pejo menos duzentos anos. Continuaremos estes estudos quando tivermos deixado a Terra.Os segredos dos perfumes se ensinavam antigamente nos países quentes, onde alguma coisa da antiga ciência subsiste ainda, em estado degradado. Mas, como vês, abusos foram cometidos, e estas ciências tiveram de ser suprimidas.Elas voltarão, não para servir às vaidades de enfeite, como hoje, mas para o bem da massa.Sobre o Egito, e mais geralmente sobre a origem das religiões, a hipótese apresentada, como um fato, bem entendido, nestes textos espíritas do século XX é a seguinte:A civilização egípcia - como todas as civilizações, atuais ou primitivas - se fundou sobre uma revelação. Por exemplo ainda – e embora isto não entre no nosso assunto nossa civilização europeia de hoje foi fundada por uma revelação especial da revelação cristã dos séculos I, II e III. As revelações que fundaram a religião do Nilo vinham de espíritos que tinham vivido no Oeste e no Sul. O Oásis sagrado de Siva, segundo os próprios Gregos, centro muito antigo, pode ter sido um dos começos do Egito. Na Abissínia, já encontramos alusões.Portanto, talvez dez mil ou doze mil anos antes de Jesus Cristo, tinham existido, ao Sul e a Oeste do Egito, civilizações espiritualmente muito avançadas, embora materialmente instaladas com uma grande simplicidade: tendas, frutas naturais, rebanhos, e que,

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João Fernandes da Silva Júniorpor isto mesmo, não deixaram nenhum traço arqueológico. Os espíritos inteiramente de primeira ordem nutridos e exercitados nestas civilizações de caráter nitidamente "idade do ouro", são os "deuses" ou "gigantes" civilizadores de todas as mitologias. São eles que vieram se ligar, como conselheiros invisíveis, mas sempre presentes, aos grandes potentados de Menes a Zoser - e de fato quase se identificar ao espírito de cada Faraó por sua vez. É por isto que os faraós foram ditos serem "Horus", por exemplo, ou "Osíris", ou outros ainda. Mas estes grandes espíritos tutelares não guiavam somente o Faraó: isto não teria sido suficiente. Eles vieram se colocar à disposição de cada grupo humano, grande ou pequeno.Donde a origem dos inumeráveis deuses de aldeias, de cidades, de distritos, que tanto preocupam os historiadores. Todos eram reais.Todos se ocupavam verdadeiramente da sociedade, familiar, cívica, política de que eram encarregados, e agindo ao mesmo tempo sobre a inteligência ou os sentimentos dos homens e sobre os acontecimentos exteriores. A liberdade de cada um não ficava, porém infirmada, pois os espíritos não podiam ajudar senão para o bem, por sua natureza, e jamais forçava quem quer que seja.Desta liberdade do homem veio à degenerescência. Primeiro do lado dos faraós: a megalomania se apossou deles, e também o erro de crer na conservação do corpo, ou sua representação colossal em pedra, necessária à vida da alma. Os imensos

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trabalhos das primeiras dinastias eram, pois em grande parte inúteis, mas, no entanto, davam aos faraós uma ideia de tal modo sublime de sua importância que a justiça, a boa administração e, portanto o bem-estar do povo com isto ganhavam muito. Se o rei era Horus, ele se conduzia como Horus, e por ter pirâmides, templos e estátuas o condicionavam a se conduzir como Horus durante seu reino terrestre em justiça e bondade.Do lado do povo também: o povo gostava (ainda gosta) das imagens terrificantes. Correspondiam a uma necessidade profunda: o amor dos deuses se fundia ao temor. Sem o medo, a maior parte dos homens nada teria feito. Os espíritos benfazejos não puderam – por causa da liberdade essencial de cada um - impedir os homens de construírem imagens terrificantes dos deuses. Donde as inumeráveis superstições dos Egípcios, suas viagens aos infernos, de tal modo detalhadas, as complicações animais das estátuas, dos deuses, todo o terrível aparato do medo religioso, que não é baseado senão sobre a estupidez humana.Donde, no final das contas, após milênios, a necessidade da queda da civilização egípcia. Os homens terminam por ir demasiadamente longe. Os Persas e os Gregos, em suma, e depois os Árabes vieram limpar um Egito espiritualmente caído muito baixo.Sobre estas decadências, há muito a dizer. Como na ortodoxia cristã, se afirma uma revelação primitiva

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João Fernandes da Silva Júniortotal feita por Deus a "Adão". Desde então, o ritmo das revelações desce e sobe, e sobe e desce necessariamente, desde que se trata de dar educação às almas, e de raças, caídas muito baixo, e que exigem verdades colocadas a seu alcance, quer dizer, muito misturadas de erros. Mas algumas vezes o sucesso é magnífico. Apenas acontece que a força humana se esgota sempre ao fim de um tempo variável, a raça aperfeiçoada decai ou desaparece, e tudo recomeça doutra maneira.Alguns exemplos são muito curiosos: se se compara o Zohar dos Judeus as Mil e Uma Noites dos Árabes, constatam-se semelhanças formais, paralelas a contradições de fundo. Eis aqui uma entre muitas outras. A princesa Badrulbudur encontra o jovem príncipe adormecido, e, por uma manobra que "a natureza" lhe ensina diz o contista árabe, tem prazer com ele e se faz fecundar – com consequências muito divertidas e também felizes. O Zohar, bem mais perto das fontes, relata que a Matrona, aparamentada com seus mais belos adornos, desperta os desejos do Perfeito (bendito seja) no seu estado latente e adormecido, e deste modo dá lugar ao nascimento da criação. Deus em seguida, como o príncipe árabe, reconhece esta criação como sua, porque Deus só existe verdadeiramente quando o mundo existe.Assim temos duas versões, uma libertina e alegre para os árabes, a outra grave e filosófica para os Judeus duma história muito antiga.

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Uma terceira versão é egípcia: Osíris morto, por uma manobra mágica, fecunda fisicamente Ísis, que se deita sobre o cadáver reconstituído e produz Horus.Isto postula uma tradição bem mais antiga ainda, fonte das três. No tempo do primeiro Adão, se conhecia a verdade. Cada raça humana a deformou segundo suas necessidades.O jogo árabe sobre a princesa Badrulbudur é paralelo a outros jogos.Na primeira América, grandes iniciados jogavam com raquetes e bolas uma cerimônia sagrada: as bolas descreviam no ar o próprio curso dos astros no céu: se um desajeitado deixava cair ou se perder a bola, causava catástrofes astronômicas: então o matavam, e lhe arrancavam o coração.Hoje jogamos tênis e golfe.Mistérios dos quais dependia a sorte do mundo, e aos quais os homens se devotavam com toda a arriscada vida e com toda a sua alma se tornaram distrações inofensivas.Nosso teatro tem uma mesma origem: a representação sagrada era a própria vida e a paixão de Deus, e a participação humana na função cósmica. Nós temos o teatro dos "boulevards".E a Atlântida? Resultado bastante surpreendente. Encontrei o texto:"Para vos dizer a verdade, esta história não aconteceu sobre a terra", e nada mais.A origem da civilização estando situada no terciário o mesmo no secundário por estas afirmações espíritas, o

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João Fernandes da Silva Júniormito da Atlântida não é mais necessário. O afundamento não é senão um episódio. Pode ter ocorrido em outro lugar e ter sido ligado por erro a Terra. Mas onde?Num dos sete planetas, ou de suas sete luas, invisíveis daqui, e de que o Zohar como a teosofia nos entretiveram. Não seriam somente os homens que seriam originários da Lua ou doutra parte: teriam trazido com eles sobre a Terra a lembrança de catástrofes acontecidas em outros planetas, e, na sua ignorância, dela teriam feito uma lenda terrestre. Eis evidentemente uma hipótese máxima, mas que sobrepassa em poder poético as explicações precedentes.

Não posso dizer como Montaigne: "Este é um livro de boa fé, leitor," porque este livro é demasiadamente científico. Contentei-me de pôr diante do leitor algumas teorias e alguns sonhos sem Ilhes confidenciar minha própria opinião. Em compensação, cito um resumo de Bessmerthy (A Atlântida, p. 120, Payot, 1949) sobre a opinião dos homens de ciência:“A cosmogonia glaciária de Hoerbiger repousa sobre a hipótese que o espaço interestelar está cheio de hidrogênio extremamente rarefeito - em contradição declarada com o sistema de Kant e de Laplace. Esta doutrina, a de Hoemiger e Fauth, enfrenta hoje a resistência dos astrônomos, físicos e geólogos, que não somente, em geral, a combatem, mas a consideram como não existente e a ignoram."

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Não sou tão impressionável pelos homens de ciência. Primeiro, sobre um ponto essencial, já trocaram de opinião, várias vezes, muitos admitem hoje este hidrogênio extremamente rarefeito. Assim Hoyle e Jeffreys, de Cambridge, já citados. Nem por isto adotaram a teoria de Hoerbiger.Em seguida, é demasiado cedo para que se tenha esquecido que as primeiras descobertas feitas sobre o homem pré-histórico foram qualificadas de loucura por todos os homens de ciência da época, e não temos mais razão de ter confiança hoje do que em 1840, quando todos recusaram Boucher de Perthes e os neolíticos. Os paleolíticos só foram reconhecidos oficialmente em 1863.Enfim, depois de uma vida já longa passada entre os homens de ciência, perdi um pouco a confiança neles. Sem dúvida eles não enganariam ninguém de um bilionésimo de centímetro na observação dos fatos, mas são muito vacilantes em todas as suas teorias, e completamente incertos sobre os princípios. A ciência sofre, como toda nossa civilização, a ausência de uma filosofia geral, que deveria fornecer a todos nós teorias e princípios, e não o pode - então cada especialista constrói apressadamente ideias forçosamente de mais em mais vagas, e cada vez mais mal fundamentadas à medida que se elevam para as altas abstrações.Sobra, portanto ao homem cultivado o privilégio de não levar a ciência a sério senão para a observação dos fatos. Para as questões religiosas, políticas ou

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João Fernandes da Silva Júniorsociais, o homem comum, dotado de algum bom senso, é tão bom juiz quanto qualquer homem de ciência.Ora, desde sempre, o relato das catástrofes cósmicas se acompanhou de julgamentos morais. Consideremos agora este elemento espiritual dos mitos da Atlântida.Platão, em primeiro lugar, explica a catástrofe da Atlântida por causas morais. Os homens se tornaram perversos, os deuses se tomaram de cólera e mandaram o desastre."Eles caíram na indecência - ficaram feios - e o deus dos deuses, Zeus, que reina pelas leis, compreendeu quais disposições miseráveis tomava esta raça, de um caráter primitivo tão excelente.Quis lhe aplicar um castigo a fim de fazê-Ia refletir e levá-la a mais moderação". (Critias).Na Bíblia, as duas calamidades foram provocadas pela perversidade humana. Pode-se situar no terciário hoerbigeriano - senão no secundário - a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, e conhecemos sua causa. O dilúvio de Noé seria, seja o dilúvio terciário, se se põe Adão e Eva na época. Precedente, seja o desastre de Atlantis: desta vez ainda são os crimes dos homens que desencadeiam a cólera de Deus e dos elementos.Os teósofos, sem dar, creio muitas precisões, admitem também uma degenerescência das raças e das civilizações que acompanha os cataclismos cíclicos.Mas no que se entrevê do mito babilônico não se encontra motivo moral; nas lutas dos deuses gregos contra os gigantes e os monstros, não se vê tampouco nenhum sentido ético; os Toltecas só fazem intervir

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uma espécie de moral muito tarde: somente antes da terceira calamidade, quando os homens recusam o. O principal discípulo inglês de Hoerbiger, Bellamy, mantém que a degenerescência sucedeu à catástrofe, longe de tê-la, causado. Os homens se tornaram maus e canibais por que a destruição de sua civilização os mergulhou no terror e na necessidade. Platão já havia dito que a preocupação das necessidades materiais destruía o refinamento.Mas por detrás do lado moral, bastante duvidoso, há um desejo bem mais profundo no homem. A vingança divina, desencadeada pelo crime, pode, rigorosamente, servir de causa bastante elementar.Mas o que o homem quer, sobretudo é a certeza da intervenção no seu mundo de outro mundo além do seu.O homem deseja que haja um mundo "espiritual” e que este mundo dos deuses interfira aqui embaixo. O homem só não está satisfeito de si mesmo nem de sua terra. Quer que existam seres superiores a ele, deuses, Deus, e que estes deuses, ou Deus, governem a Terra, mesmo que seja castigando-a muito duramente. Ele não quer estar sozinho sobre um pequeno planeta desconhecido.Donde o estado de espírito de Montezuma. Os deuses lhe fizeram saber que ia perecer; nem ele nem os Astecas se conduziram mal; aqui não há pecado a expiar. O império está próspero, os povos estão contentes: se baterão com heroísmo por seu chefe. Mas os deuses falaram. Montezuma não se defenderá.

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João Fernandes da Silva JúniorDeixará seu povo morrer. A obediência aos deuses é bem superior à vida e à vitória. A existência dos deuses é mais necessária ao homem que a sua própria. E aqui está a prova mais decisiva da existência dos deuses: que os deuses destroem os impérios e os homens. Bossuet se servirá desta prova ao longo de sua história, e será um otimismo.O maior desejo do homem é que exista um mundo espiritual superiora ele.Também o Zohar construiu sete mundos espirituais, que todos podem agir sobre o nosso.Assim H. P. Blavatsky a construiu própria (ou descreve, desde que lhe ensinaram) seis mundos invisíveis além do nosso.Deste modo vimos os homens formados sobre a Terra por influenciada Lua e mutações bruscas causadas por sua proximidade. Mas isto não é suficiente: é preciso também que os espíritos dos homens venham da Lua. Os selvagens de Malekula tanto quanto H. P. Blavatsky dão o passo e afirmam a origem lunar dos ancestrais.Victor Hugo vai mais longe ainda: descobre as almas solares, que vem não somente da lua, mas dos planetas de nosso sistema - e porque não de mais longe?Por que o átomo estelar não existiria?Completar um universo pelo outro. Trazer o fogo central ao planeta - esta função misteriosa não existe?O que é um gênio? Não seria uma alma cósmica?(William Shakespeare)

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"O sol é ao mesmo tempo a fonte e o fim de todos os grandes gênios que vêm um a um habitar um tempo às esferas inferiores. A Lua, a Terra, Saturno, Vênus, etc.”.(Uzanne. Propos.)Não é pagar muito caro o se submeter às inumeráveis calamidades.O homem tem mais a necessidade profunda de estender a existência humana:No passado para se convencer;No futuro para nele abrir sua entrada;Nos mundos paralelos que chama espirituais;Na aventura.É tudo isto que busca nas lendas da Atlântida, como em outras.Estamos assim diante do problema último:O que prova o desejo?O que prova a necessidade humana?Nosso desejo de que uma coisa seja verdadeira, é uma prova que esta coisa não é verdadeira?Pelo contrário, é mais facilmente concebível que uma necessidade só exista em nós porque existe fora de nós qualquer coisa de satisfatório para esta necessidade. Porque teríamos fome se no mundo tal como é não existisse nada que pudesse satisfazer nossa fome? Na tese evolucionista, teríamos desde há muito perdido este desejo, a fome, se ele não correspondesse a nada.As necessidades sexuais não são condicionadas pela existência real de outro sexo? Por que nossas

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João Fernandes da Silva Júniornecessidades espirituais existiriam se não correspondessem a nada?Isto não quer dizer que a imagem criada em nós para acompanhar ou dirigir o desejo seja necessariamente justa.Conhecemos sobejamente a frequente falsidade de nossas imaginações. Mas o erro que construímos não infirma a realidade que o desejo visa. Pode-se dizer que a necessidade não existiria, se nada no mundo correspondesse a ela.A experiência do erro muitas vezes repetida levou à conclusão apressada de certos espíritos demasiadamente ávidos de certezas prematuras que ‘o mundo espiritual' não corresponde a nada.Mas se vê, pelo contrário, que muito frequentemente o erro da imaginação é uma diminuição da realidade, e não um exagero. Por exemplo, procurando Índias imaginárias, Colombo descobriu a América e quadruplicou as dimensões da terra - partindo de um erro e de um desejo.Porque uma ideia é de origem "psicológica", porque se vê sua origem em um desejo humano, será ela falsa? Pelo contrário.É preciso, pelo contrário, aprender a reconhecer atrás de todos os erros e de todas as imaginações a porta que leva a realidades mais belas que as nossas ilusões.Portanto me parece razoável que se aceitem primeiro como realidades os dados a que a evolução do mito que estudamos atribui uma duração permanente. E são dados espirituais. Faço seu resumo sob a forma mais abstrata possível.

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A existência humana sobre a terra é muito mais antiga do que os testemunhos atualmente adquiridos podem provar.O período no qual vivemos e que conhecemos um pouco só é concebível como fazendo parte de um todo que se estende muito mais além que nossa visão no futuro tanto como no passado.A explicação da nossa existência somente começa a parecer possível se fazemos intervir o elemento moral, ou "espiritual".O mundo é, portanto infinitamente mais complicado, nas duas direções do tempo, em todas as direções do espaço, e nas complicações sentimentais, morais e espirituais, que a representação que dela pode fazer nossa inteligência.Não podemos, no entanto aceitar como válidas senão as imagens reconhecidas razoáveis por nossa inteligência crítica.Aplicaram-se estes princípios aos problemas e aos desejos suscitados em nós pelos mitos da Atlântida, que encontramos?Quanto a mim (cada um não deve falar senão por si) estou agora razoável e moderadamente convencido dos pontos seguintes:- que a civilização é bem mais antiga do que podemos afirmar cientificamente; e esteve muitas vezes ligada a condições materiais tão simples que não deixaram nenhum traço, pois a civilização é, antes de tudo, espiritual.

817

João Fernandes da Silva Júnior- que muitas luas existiram antes da nossa e se esmagaram sobre a Terra, e que a nossa fará o mesmo.- que houve sobre a Terra períodos de gigantismo, vegetal, animal e humano; e que a evolução física, como a civilização, teve altos e baixos - aliás não simultâneos sobre toda a Terra;- que nos Andes, e em diversos outros locais do globo, houve centros de civilização extremamente antigos; e que os fenômenos do paleolítico são preferentemente decadências do que começos.- que as lendas sobre a Atlântida e sobre os mundos humanos precedentes correspondem a realidades não completamente esquecidas;- que em relação com as catástrofes, há toda uma evolução morada humanidade;- que o espírito humano - ou a alma humana – como se queira – se estende bem mais longe do que o sabemos, no tempo, no espaço e nos mundos "imaginários" que apenas entrevemos e que, pois nem o sistema teosófico nem as ideias espíritas devem ser totalmente rejeitados.Mas creio também que aqueles que querem ir demasiado longe às previsões se expõem a erros consideráveis. O homem deve saber desfrutar de seus sonhos, não os repudiai jamais, mas também jamais esperar uma realidade que os expresse completamente tais como são. Minha persuasão íntima é que a realidade conhecida será mais bela ainda que o sonho.Bergson nos disse que o universo era uma máquina de fazer deuses.

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As impulsões que subentendem todas as ideias sobre a Atlântida, desde Platão até Hoerbiger, testemunham do desejo dos homens de se tornarem deuses.

Biografia

João Fernandes da Silva Júnior nasceu em seis de setembro, na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e reside atualmente em Biguaçu, Santa Catarina.Desde muito jovem apresentou interesse pelo estudo da química.Já foi editor do:* Boletim GEPU INFORME;* Boletim ADRIAC;* Boletim MÊMPHIS;* Jornal O CORREIO;* Jornal CIÊNCIA ESPÍRITA.Edita a REVISTA ANO-LUZ.Foi um dos fundadores do G. E. P. U. (Grupo Espírita de Pesquisa Ufológica) e do NECIESP (Núcleo de Estudos Científicos do Espiritismo).Escreve semanalmente um artigo intitulado “Cultura e Espiritismo” no Jornal Biguaçu em Foco.Divorciado, tem dois filhos: João Carlos Fernandes dos Santos Silva, e Joane Fernandes da Silva.

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João Fernandes da Silva JúniorAtualmente casado com Kátia Eli Pereira, com ela escreveu os romances espíritas “A HORA DA VERDADE”, e “SOMBRAS DO PASSADO”, e tem outros livros em parceria com ela em andamento. Foi contemplado juntamente com sua esposa no projeto “Cem Cópias sem Custo” com o romance infantojuvenil “AS AVENTURAS DE QUENO E GUARÁ”.Junto com o ex-presidente da Mocidade Espírita AndréLuiz, Paulo José das Chagas Machado (desencarnado em 1997) criou:* Movimento Renascer (1994/1995);* Visita Fraterna (1995);* Tarde Fraterna (em 1996), sendo que esta última ainda acontece no Grupo Espírita Barão de Cotegipe, em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.Participou do movimento “AMAR” – Associação dasMocidades Allankardecistas em Regeneração – criado por seu amigo Marco Antônio Vieira, em 1994.Junto com Mauri Modesto reestruturou o programa de estudos da Palestra da Vida, em 1994, no Grupo EspíritaBarão de Cotegipe, e criou o Jornal O Correio.Participou do Grupo Espírita da Fraternidade IrmãScheilla, em Nova Iguaçu, de 1988 até 2008.Iniciou no Espiritismo com a ajuda do grande amigo –Já desencarnado – Eugênio Bouvallet, presidente do Grupo Espírita Pioneiros da Verdade, em Nova Iguaçu,Rio de Janeiro.

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Atuou como palestrante no Curso de Médiuns, realizado na antiga USEERJ, em Niterói, em 1995.Foi membro do Conselho Superior do:* Grupo Espírita da Fraternidade Irmã Scheilla (1988/1996);* Grupo Espírita da Fraternidade Irmão José (em Barra de Guaratiba, 1994/1995);* Grupo Espírita da Fraternidade Meu Reino não é desteMundo (na Ilha de Guaratiba, 1995).Poliglota, fala inglês, francês, espanhol, italiano e esperanto (trabalhando como tradutor de textos universitários sobre química e eletrônica).Traduziu livros de Trigueirinho para o esperanto.É astrônomo amador filiado ao CARJ (Clube de Astronomia do Rio de Janeiro).Presentemente está envolvido com a divulgação de temas científicos relacionados ao Espiritismo, e com a gravação de DVDs com músicas instrumentais de sua autoria (ele é compositor, arranjador e produtor musical). Além de fazer trabalhos gráficos (diagramação, revisão, copydesk, capas de livros e de revistas, etc.).É editor da Sphera Projetos Editoriais.Está gravando DVDs com palestras sobre temas científicos (astronomia, ufologia, exobiologia, etc.).Cursou Filosofia, Metodologia do Ensino Superior, Metodologia de Pesquisa, Gestão de Tecnologia da Informação, e Ciência e Tecnologia pela Fundação Getúlio Vargas.

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João Fernandes da Silva Júnior

Bibliografia

SAGAN, Carl. Bilhões e bilhões = Billions and billions: thoughts on life and death at the bink of the Millennium. Tradução Rosaura Eichemberg. São Paulo, Companhia das Letras, 2008.SAGAN, Carl. Contato = Contact. Tradução Donaldson M. Garschagen. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro = The Demon-Haunted World: Science as a Candle in the Dark. Tradução Rosaura Eichemberg. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.Savage, Marshall T.. The Millennial Project: Colonizing the Galaxy in 8 Easy Steps. Denver: Empyrean Publishing, 1992. Webb, Stephen. If the Universe Is Teeming with Aliens… Where Is Everybody?. Copernicus Books, 2002. Michaud, Michael. Contact with Alien Civilizations: Our Hopes and Fears about Encountering Extraterrestrials. Copernicus Books, 2006. Kerr, Richard A.: "Ancient Life on Mars?", Science, vol. 273, No. 5277, Issue of 16 August 1996 (pp. 864-866).McKay, David S.; Gibson Jr., E.K.; Thomas-Keprta, K.L.; Vali, H.; Romanek, C.S.; Clemett, S.J.; Chillier, X.D.F.; Maechiling, C.R. & Zare, R.N.: "Search for Past

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“Life on Mars: Possible Relic Biogenic Activity in Martian Meteorite ALH84001”, Science, vol. 273, No. 5277, Issue of 16 August 1996 (pp. 924-930).Ochert, Ayala: "Life on Mars?", Nature Science Update, 22 August 1996.Allen C., The letters to M. Jessup, (1956) Bempos T., The Philadelphia Experiment, FLIGHT magazine vol 41 July-August 1986 Berlitz C., Without a trace, (1977) Berlitz C.- Moore W., The Philadelphia Experiment, (1979) Commander X, Philadelphia Experiment Chronicles, (1994) Goerman R., The mystery man behind the Philadelphia Experiment, (1980) Pantoulas G., The current whereabouts of the USS Eldridge, (1996) Steiger B., Philadelphia Experiment and other UFO conspiracies, (1990) Unknown, A twisted tale: The Philadelphia Experiment

(191) – Em Busca da Felicidade Interior; de Sidnei Spano.Referências Bibliográficas: Bíblia Sagrada. São Paulo, Edições Paulinas, 1975. Anônimo. A Epopeia de Gilgamesh. Tradução de: Carlos Daudt de Oliveira. São Paulo, Martins Fontes, 2a edição, 2001. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo, Nova Cultural, 1998.

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João Fernandes da Silva JúniorSAUNDERS, Nicholas. Américas Antigas: as grandes civilizações. São Paulo, Madras, 2005.

LIMIAR EDIÇÕES

ROMANCES (Kátia Eli e João Fernandes)

1 – A Expulsão de Actlantis 2 – A História de José3 – A Hora da Verdade4 – A Lenda do Cálice da Morte5 – A Pedra da Gávea6 – Os filhos do Quinto Sol7 – Quebrando Mitos

INFANTOJUVENIS (Kátia Eli e João Fernandes)

8 – Arthur no Reino do Trovoada9 – As Aventuras de Queno e Guará

CIENTÍFICOS (João Fernandes)

10 – A Ciência Humana e o Mundo Espiritual11 – A Mediunidade e a Ciência Espírita12 – A Vida e o Infinito

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13 – A Vida no Universo14 – Apontamentos sobre a Morte15 – Biologia e Espiritismo – Uma Nova Visão sobre a Vida15 – Cérebro, Mente e Espírito16 – Decifrando o Desconhecido17 – Design Inteligente18 – Do Micro ao Macro19 – Em Busca da Ciência do Espírito20 – Espaço, Tempo e Espírito – Espiritismo e Física Quântica21 – Espiritismo e Poder Político22 – Exobiologia e Espiritismo23 – Fabricando a Eternidade24 – Hy-Brasil – Um Mistério25 – Ideologia Científica Espírita26 – Mitologia – O Despertar da Consciência27 – Mudança de Paradigmas – A Espiritualização da Ciência28 – O Mundo do Espírito29 – Parapsicologia e Espiritismo30 – Perispírito e Mediunidade – Uma Visão Panorâmica31 – Religião e Magia no Egito Antigo32 – Universo e Conhecimento33 – Universo Infinito34 – A Grande Mentira35 – Cosmos

POESIAS (João Fernandes)

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36 – Nos Tempos do Mestre Galileu

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LIMIAR EDIÇÕES

Quem Somos

A LIMIAR EDIÇÕES é uma empresa inovadora, que possui uma visão filosófica e humanista acerca da importância da produção de conteúdos culturais, tendo criado soluções para atender as diversas necessidades de seus clientes, com serviços dentro da área de publicações.Oferecemos todos os serviços básicos necessários para assessorar a produção editorial de autores e instituições. Os serviços estendem-se desde a preparação do texto com serviços de revisão, copydesk, criação de capas, padronização editorial, até a impressão. Desde a criação de projeto gráfico completo, arte final de capa, até a assessoria para registro legal da obra e registro de ISBN junto às instituições oficiais.A LIMIAR EDIÇÕES tem ajudado autores, empresas, e a propagar o seu conteúdo nos diversos formatos. Enfim, tem oferecido diversos serviços e produtos como a impressão de livros, revistas, catálogos, manuais, apostilas.

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João Fernandes da Silva JúniorNossa missão é ser responsável pela gestão de conteúdo de autores e instituições, reproduzindo em diversas mídias, além de comercializar os produtos.

Edição de Texto

Dentre os serviços oferecidos pela LIMIAR EDIÇÕES está o de edição de texto (copydesk). Analisamos o texto escrito, não só do ponto de vista ortográfico e gramatical, mas também com o objetivo de apontar sugestões para aprimorar a estrutura do mesmo. Uma boa revisão literária leva em consideração a possibilidade de realização de uma leitura mais clara, concisa e harmônica, o que agrega valor ao texto, melhorando sua qualidade.

Revisão

O serviço de revisão de texto oferecido pela LIMIAR EDIÇÕES aos seus autores e instituições consiste em realizar uma revisão gramatical, contextual e ortográfica dos mesmos.

Editoração Eletrônica

A LIMIAR EDIÇÕES possui profissional de design gráfico especializado em diagramação (ou paginação) de publicações como livros, revistas, informativos.A diagramação costuma seguir as determinações de um projeto gráfico, para que, entre outras coisas, se mantenha uma identidade em toda a publicação. Outra

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atribuição dessa equipe de trabalho é o da criação da arte final da capa de livro realizado pelo capista.

Editoração da Capa A arte final da capa de um livro, ou qualquer outro produto editorial, é, certamente, um ponto bastante importante. É a primeira coisa que os compradores visualizam.A primeira função da capa é proteger o miolo, ou seja, o conteúdo. No entanto, essa capa deve indicar o conteúdo da obra. Tem que ser atraente, convincente e, principalmente, tem que se apresentar como síntese da obra. A LIMIAR EDIÇÕES produz no mínimo dois modelos de capa: em um modelo, produzimos sobre a ideia que autor tem sobre o próprio livro; no outro, a arte segue o estudo de nossos profissionais, que criam um modelo alternativo, obedecendo às técnicas mais adequadas. Destes modelos iniciais, um deles é escolhido, e se necessário, melhorado para ser a capa de cada obra.

Ficha Catalográfica

A ficha catalográfica contém as informações bibliográficas necessárias para identificar e localizar um livro ou outro documento no acervo de uma biblioteca. Contém as informações sobre o documento

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João Fernandes da Silva Júniorrepresentado pela ficha. No caso de um livro, a descrição bibliográfica possui informações como o título do livro, os nomes dos autores, tradutores, ilustradores, a edição, o local de publicação, o nome do publicador, a data de publicação etc.Direitos Autorais

Este serviço prestado pela LIMIAR EDIÇÕES ocorre juntamente com o Escritório de Direitos Autorais vinculado a Biblioteca Nacional. O registro da obra tem por finalidade dar ao autor a segurança quanto ao direito de criação sobre sua obra. O registro permite o reconhecimento da autoria, especifica direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para os seus sucessores.

Registro ISBN

O segundo registro feito pela LIMIAR EDIÇÕES junto a Biblioteca Nacional é o ISBN– International Standard Book Number – é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição. Utilizado um sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita tanto a circulação quanto a comercialização das obras.

Como Publicar seu Livro

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Informamos que a LIMIAR EDIÇÕES está disponibilizando novos serviços para poder lhe prestar assessoria em seu projeto editorial. Temos uma equipe que pode dar suporte em todas as fases da produção do seu livro, desde o registro, publicação, promoção até a distribuição de sua obra.O primeiro passo para a publicação de um livro é a produção digital do mesmo. No caso, você, o autor, pode nos enviar o texto final por e-mail, para fazermos uma pré-editoração do livro – uma prévia do seu texto dentro do formato do livro. Desta forma, saberemos qual será o melhor formato para sua obra, o número de páginas real, etc. A partir dai temos como calcular os valores dos custos de produção. O orçamento não tem custo para você, é totalmente gratuito. É necessário também nos enviar seus contatos: nome completo e telefones de contato. Assim, podemos melhor atendê-lo.

Observação: Todos os serviços são cobrados de forma separada ou em um pacote de serviços.

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Em 1994 o livro "O Mistério Órion" de Robert Bauval e Adrian Gilbert

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João Fernandes da Silva Júnior

Um dia, enquanto lia o livro Sacred Science (1961), em que o autor e matemático francês Schwaller de Lubicz.

Hancock, Graham. (2001) "As Digitais dos Deuses", traduzido por Ruy Jungmann. Editora Record.

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