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i UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL” DANIEL FERREIRA OLIVEIRA RIO DE JANEIRO AGOSTO/2013

“LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

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Page 1: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ldquoLEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS

NA CONSTRUCcedilAtildeO CIVILrdquo

DANIEL FERREIRA OLIVEIRA

RIO DE JANEIRO

AGOSTO2013

ii

LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS

NA CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

DANIEL FERREIRA OLIVEIRA

Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado ao

curso de Engenharia Civil da Escola

Politeacutecnica Universidade Federal do Rio

de Janeiro como parte dos requisitos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

Engenheiro

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

RIO DE JANEIRO

AGOSTO2013

iii

LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS NA

CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

DANIEL FERREIRA OLIVEIRA

PROJETO DE GRADUACcedilAtildeO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITEacuteCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSAacuteRIOS PARA A OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE

ENGENHEIRO CIVIL

Examinada por

________________________________________________

Ana Catarina Jorge Evangelista

Prof Associada DSc EPUFRJ

(Orientadora)

________________________________________________

Jorge dos Santos

Prof Adjunto DSc EPUFRJ

________________________________________________

Isabeth Mello

Prof Convidada MSc EPUFRJ

RIO DE JANEIRO RJ ndash BRASIL

AGOSTO de 2013

iv

Oliveira Daniel Ferreira

O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil Daniel Ferreira Oliveira ndash Rio de Janeiro

UFRJ Escola Politeacutecnica 2013

x p96 il 297cm

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Projeto de Graduaccedilatildeo - UFRJ Escola Politeacutecnica Curso de

Engenharia Civil 2013

Referecircncias Bibliograacuteficas p 72

1Introduccedilatildeo 2Levantamento de dados 3Patologias

4Tratamento dos Dados 5Estudos de Caso 6 Conclusatildeo

7Bibliografia 8Anexos

I Catarina Jorge Evangelista Ana II Universidade Federal

do Rio de Janeiro Escola Politeacutecnica Curso de Engenharia

Civil III O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil

v

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus que me deu tudo o que eu tenho aleacutem de forccedila para

concluir este curso

A toda minha famiacutelia principalmente meus pais Lucio Muniz Oliveira e Rita Maria

Ferreira Oliveira e meu irmatildeo Davi Ferreira Oliveira a quem tanto amo que sempre

fizeram tudo por mim me ensinaram a ser a pessoa que sou e me deram forccedilas para

chegar ateacute aqui

Agrave minha namorada Patriacutecia Nunes Carvalho por toda a sua compreensatildeo por estar

sempre ao meu lado e acima de tudo pelo seu companheirismo e amizade

A todos os meus amigos que me ensinaram as liccedilotildees da escola da vida e as liccedilotildees

acadecircmicas Juntos vivenciamos momentos inesqueciacuteveis ao longo deste curso Natildeo

cito nomes para natildeo cometer injusticcedila com ningueacutem visto que satildeo muitos mas os

mais especiais sabem a sua importacircncia para mim

A todos os professores do curso de Engenharia Civil que me propiciaram o

conhecimento e a postura de um engenheiro formado pela Escola Politeacutecnica

Agrave orientadora deste trabalho Ana Catarina Jorge Evangelista pela paciecircncia na

orientaccedilatildeo e incentivo que tornaram possiacutevel a conclusatildeo desta monografia

Aos Engenheiros Daniel Peva Gustavo Trindade e Taacutessia Machado cuja ajuda

paciecircncia e orientaccedilatildeo ao longo dessa minha recente vida profissional foram de valor

inestimaacutevel tanto no desenvolvimento das minhas aptidotildees para o exerciacutecio da

engenharia quanto na produccedilatildeo deste trabalho em si

A todas as pessoas que de alguma forma me deram apoio torceram por mim e me

falaram palavras amigas nos momentos em que precisei

vi

Resumo do Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado agrave Escola Politeacutecnica UFRJ como parte

dos requisitos necessaacuterios para a obtenccedilatildeo do grau de Engenheiro Civil

Levantamento de Causas de Patologias na Construccedilatildeo Civil

Daniel Ferreira Oliveira

Agosto2013

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso Engenharia Civil

Durante um periacuteodo de acompanhamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica de uma grande

construtora do municiacutepio do Rio de Janeiro foram percebidas certas similaridades nas

principais causas das falhas construtivas encontradas na entrega poacutes-obra

Neste trabalho seraacute descrito o funcionamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica dessa

determinada empresa (chamada de ldquoConstrutora Ardquo) o qual segue praticamente os

mesmos meacutetodos de accedilatildeo das outras grandes concorrentes no mercado apresentando as

suas dinacircmicas de atendimento e tratamento das solicitaccedilotildees dos clientes

Com os dados de nuacutemero de solicitaccedilotildees e custos fornecidos pela Construtora A

conseguiu-se observar claramente atraveacutes do uso de ferramentas gerenciais explicadas

posteriormente as causas mais frequumlentes e mais custosas para a mesma

Expostas essas causas seratildeo exemplificados os casos mais usuais apresentando as

soluccedilotildees para o problema juntamente com o custo necessaacuterio

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

R$ 15000000

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R$ 30000000

R$ 35000000

R$ 40000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 2: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

ii

LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS

NA CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

DANIEL FERREIRA OLIVEIRA

Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado ao

curso de Engenharia Civil da Escola

Politeacutecnica Universidade Federal do Rio

de Janeiro como parte dos requisitos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

Engenheiro

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

RIO DE JANEIRO

AGOSTO2013

iii

LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS NA

CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

DANIEL FERREIRA OLIVEIRA

PROJETO DE GRADUACcedilAtildeO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITEacuteCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSAacuteRIOS PARA A OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE

ENGENHEIRO CIVIL

Examinada por

________________________________________________

Ana Catarina Jorge Evangelista

Prof Associada DSc EPUFRJ

(Orientadora)

________________________________________________

Jorge dos Santos

Prof Adjunto DSc EPUFRJ

________________________________________________

Isabeth Mello

Prof Convidada MSc EPUFRJ

RIO DE JANEIRO RJ ndash BRASIL

AGOSTO de 2013

iv

Oliveira Daniel Ferreira

O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil Daniel Ferreira Oliveira ndash Rio de Janeiro

UFRJ Escola Politeacutecnica 2013

x p96 il 297cm

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Projeto de Graduaccedilatildeo - UFRJ Escola Politeacutecnica Curso de

Engenharia Civil 2013

Referecircncias Bibliograacuteficas p 72

1Introduccedilatildeo 2Levantamento de dados 3Patologias

4Tratamento dos Dados 5Estudos de Caso 6 Conclusatildeo

7Bibliografia 8Anexos

I Catarina Jorge Evangelista Ana II Universidade Federal

do Rio de Janeiro Escola Politeacutecnica Curso de Engenharia

Civil III O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil

v

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus que me deu tudo o que eu tenho aleacutem de forccedila para

concluir este curso

A toda minha famiacutelia principalmente meus pais Lucio Muniz Oliveira e Rita Maria

Ferreira Oliveira e meu irmatildeo Davi Ferreira Oliveira a quem tanto amo que sempre

fizeram tudo por mim me ensinaram a ser a pessoa que sou e me deram forccedilas para

chegar ateacute aqui

Agrave minha namorada Patriacutecia Nunes Carvalho por toda a sua compreensatildeo por estar

sempre ao meu lado e acima de tudo pelo seu companheirismo e amizade

A todos os meus amigos que me ensinaram as liccedilotildees da escola da vida e as liccedilotildees

acadecircmicas Juntos vivenciamos momentos inesqueciacuteveis ao longo deste curso Natildeo

cito nomes para natildeo cometer injusticcedila com ningueacutem visto que satildeo muitos mas os

mais especiais sabem a sua importacircncia para mim

A todos os professores do curso de Engenharia Civil que me propiciaram o

conhecimento e a postura de um engenheiro formado pela Escola Politeacutecnica

Agrave orientadora deste trabalho Ana Catarina Jorge Evangelista pela paciecircncia na

orientaccedilatildeo e incentivo que tornaram possiacutevel a conclusatildeo desta monografia

Aos Engenheiros Daniel Peva Gustavo Trindade e Taacutessia Machado cuja ajuda

paciecircncia e orientaccedilatildeo ao longo dessa minha recente vida profissional foram de valor

inestimaacutevel tanto no desenvolvimento das minhas aptidotildees para o exerciacutecio da

engenharia quanto na produccedilatildeo deste trabalho em si

A todas as pessoas que de alguma forma me deram apoio torceram por mim e me

falaram palavras amigas nos momentos em que precisei

vi

Resumo do Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado agrave Escola Politeacutecnica UFRJ como parte

dos requisitos necessaacuterios para a obtenccedilatildeo do grau de Engenheiro Civil

Levantamento de Causas de Patologias na Construccedilatildeo Civil

Daniel Ferreira Oliveira

Agosto2013

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso Engenharia Civil

Durante um periacuteodo de acompanhamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica de uma grande

construtora do municiacutepio do Rio de Janeiro foram percebidas certas similaridades nas

principais causas das falhas construtivas encontradas na entrega poacutes-obra

Neste trabalho seraacute descrito o funcionamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica dessa

determinada empresa (chamada de ldquoConstrutora Ardquo) o qual segue praticamente os

mesmos meacutetodos de accedilatildeo das outras grandes concorrentes no mercado apresentando as

suas dinacircmicas de atendimento e tratamento das solicitaccedilotildees dos clientes

Com os dados de nuacutemero de solicitaccedilotildees e custos fornecidos pela Construtora A

conseguiu-se observar claramente atraveacutes do uso de ferramentas gerenciais explicadas

posteriormente as causas mais frequumlentes e mais custosas para a mesma

Expostas essas causas seratildeo exemplificados os casos mais usuais apresentando as

soluccedilotildees para o problema juntamente com o custo necessaacuterio

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

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Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

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R$ 35000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

Fac

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 3: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

iii

LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS NA

CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

DANIEL FERREIRA OLIVEIRA

PROJETO DE GRADUACcedilAtildeO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITEacuteCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSAacuteRIOS PARA A OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE

ENGENHEIRO CIVIL

Examinada por

________________________________________________

Ana Catarina Jorge Evangelista

Prof Associada DSc EPUFRJ

(Orientadora)

________________________________________________

Jorge dos Santos

Prof Adjunto DSc EPUFRJ

________________________________________________

Isabeth Mello

Prof Convidada MSc EPUFRJ

RIO DE JANEIRO RJ ndash BRASIL

AGOSTO de 2013

iv

Oliveira Daniel Ferreira

O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil Daniel Ferreira Oliveira ndash Rio de Janeiro

UFRJ Escola Politeacutecnica 2013

x p96 il 297cm

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Projeto de Graduaccedilatildeo - UFRJ Escola Politeacutecnica Curso de

Engenharia Civil 2013

Referecircncias Bibliograacuteficas p 72

1Introduccedilatildeo 2Levantamento de dados 3Patologias

4Tratamento dos Dados 5Estudos de Caso 6 Conclusatildeo

7Bibliografia 8Anexos

I Catarina Jorge Evangelista Ana II Universidade Federal

do Rio de Janeiro Escola Politeacutecnica Curso de Engenharia

Civil III O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil

v

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus que me deu tudo o que eu tenho aleacutem de forccedila para

concluir este curso

A toda minha famiacutelia principalmente meus pais Lucio Muniz Oliveira e Rita Maria

Ferreira Oliveira e meu irmatildeo Davi Ferreira Oliveira a quem tanto amo que sempre

fizeram tudo por mim me ensinaram a ser a pessoa que sou e me deram forccedilas para

chegar ateacute aqui

Agrave minha namorada Patriacutecia Nunes Carvalho por toda a sua compreensatildeo por estar

sempre ao meu lado e acima de tudo pelo seu companheirismo e amizade

A todos os meus amigos que me ensinaram as liccedilotildees da escola da vida e as liccedilotildees

acadecircmicas Juntos vivenciamos momentos inesqueciacuteveis ao longo deste curso Natildeo

cito nomes para natildeo cometer injusticcedila com ningueacutem visto que satildeo muitos mas os

mais especiais sabem a sua importacircncia para mim

A todos os professores do curso de Engenharia Civil que me propiciaram o

conhecimento e a postura de um engenheiro formado pela Escola Politeacutecnica

Agrave orientadora deste trabalho Ana Catarina Jorge Evangelista pela paciecircncia na

orientaccedilatildeo e incentivo que tornaram possiacutevel a conclusatildeo desta monografia

Aos Engenheiros Daniel Peva Gustavo Trindade e Taacutessia Machado cuja ajuda

paciecircncia e orientaccedilatildeo ao longo dessa minha recente vida profissional foram de valor

inestimaacutevel tanto no desenvolvimento das minhas aptidotildees para o exerciacutecio da

engenharia quanto na produccedilatildeo deste trabalho em si

A todas as pessoas que de alguma forma me deram apoio torceram por mim e me

falaram palavras amigas nos momentos em que precisei

vi

Resumo do Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado agrave Escola Politeacutecnica UFRJ como parte

dos requisitos necessaacuterios para a obtenccedilatildeo do grau de Engenheiro Civil

Levantamento de Causas de Patologias na Construccedilatildeo Civil

Daniel Ferreira Oliveira

Agosto2013

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso Engenharia Civil

Durante um periacuteodo de acompanhamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica de uma grande

construtora do municiacutepio do Rio de Janeiro foram percebidas certas similaridades nas

principais causas das falhas construtivas encontradas na entrega poacutes-obra

Neste trabalho seraacute descrito o funcionamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica dessa

determinada empresa (chamada de ldquoConstrutora Ardquo) o qual segue praticamente os

mesmos meacutetodos de accedilatildeo das outras grandes concorrentes no mercado apresentando as

suas dinacircmicas de atendimento e tratamento das solicitaccedilotildees dos clientes

Com os dados de nuacutemero de solicitaccedilotildees e custos fornecidos pela Construtora A

conseguiu-se observar claramente atraveacutes do uso de ferramentas gerenciais explicadas

posteriormente as causas mais frequumlentes e mais custosas para a mesma

Expostas essas causas seratildeo exemplificados os casos mais usuais apresentando as

soluccedilotildees para o problema juntamente com o custo necessaacuterio

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

R$ 15000000

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R$ 30000000

R$ 35000000

R$ 40000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 4: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

iv

Oliveira Daniel Ferreira

O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil Daniel Ferreira Oliveira ndash Rio de Janeiro

UFRJ Escola Politeacutecnica 2013

x p96 il 297cm

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Projeto de Graduaccedilatildeo - UFRJ Escola Politeacutecnica Curso de

Engenharia Civil 2013

Referecircncias Bibliograacuteficas p 72

1Introduccedilatildeo 2Levantamento de dados 3Patologias

4Tratamento dos Dados 5Estudos de Caso 6 Conclusatildeo

7Bibliografia 8Anexos

I Catarina Jorge Evangelista Ana II Universidade Federal

do Rio de Janeiro Escola Politeacutecnica Curso de Engenharia

Civil III O Conceito de Qualidade Aliado agraves Patologias na

Construccedilatildeo Civil

v

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus que me deu tudo o que eu tenho aleacutem de forccedila para

concluir este curso

A toda minha famiacutelia principalmente meus pais Lucio Muniz Oliveira e Rita Maria

Ferreira Oliveira e meu irmatildeo Davi Ferreira Oliveira a quem tanto amo que sempre

fizeram tudo por mim me ensinaram a ser a pessoa que sou e me deram forccedilas para

chegar ateacute aqui

Agrave minha namorada Patriacutecia Nunes Carvalho por toda a sua compreensatildeo por estar

sempre ao meu lado e acima de tudo pelo seu companheirismo e amizade

A todos os meus amigos que me ensinaram as liccedilotildees da escola da vida e as liccedilotildees

acadecircmicas Juntos vivenciamos momentos inesqueciacuteveis ao longo deste curso Natildeo

cito nomes para natildeo cometer injusticcedila com ningueacutem visto que satildeo muitos mas os

mais especiais sabem a sua importacircncia para mim

A todos os professores do curso de Engenharia Civil que me propiciaram o

conhecimento e a postura de um engenheiro formado pela Escola Politeacutecnica

Agrave orientadora deste trabalho Ana Catarina Jorge Evangelista pela paciecircncia na

orientaccedilatildeo e incentivo que tornaram possiacutevel a conclusatildeo desta monografia

Aos Engenheiros Daniel Peva Gustavo Trindade e Taacutessia Machado cuja ajuda

paciecircncia e orientaccedilatildeo ao longo dessa minha recente vida profissional foram de valor

inestimaacutevel tanto no desenvolvimento das minhas aptidotildees para o exerciacutecio da

engenharia quanto na produccedilatildeo deste trabalho em si

A todas as pessoas que de alguma forma me deram apoio torceram por mim e me

falaram palavras amigas nos momentos em que precisei

vi

Resumo do Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado agrave Escola Politeacutecnica UFRJ como parte

dos requisitos necessaacuterios para a obtenccedilatildeo do grau de Engenheiro Civil

Levantamento de Causas de Patologias na Construccedilatildeo Civil

Daniel Ferreira Oliveira

Agosto2013

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso Engenharia Civil

Durante um periacuteodo de acompanhamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica de uma grande

construtora do municiacutepio do Rio de Janeiro foram percebidas certas similaridades nas

principais causas das falhas construtivas encontradas na entrega poacutes-obra

Neste trabalho seraacute descrito o funcionamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica dessa

determinada empresa (chamada de ldquoConstrutora Ardquo) o qual segue praticamente os

mesmos meacutetodos de accedilatildeo das outras grandes concorrentes no mercado apresentando as

suas dinacircmicas de atendimento e tratamento das solicitaccedilotildees dos clientes

Com os dados de nuacutemero de solicitaccedilotildees e custos fornecidos pela Construtora A

conseguiu-se observar claramente atraveacutes do uso de ferramentas gerenciais explicadas

posteriormente as causas mais frequumlentes e mais custosas para a mesma

Expostas essas causas seratildeo exemplificados os casos mais usuais apresentando as

soluccedilotildees para o problema juntamente com o custo necessaacuterio

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

R$ 15000000

R$ 20000000

R$ 25000000

R$ 30000000

R$ 35000000

R$ 40000000

0

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20

30

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Pa

reto

45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 5: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

v

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus que me deu tudo o que eu tenho aleacutem de forccedila para

concluir este curso

A toda minha famiacutelia principalmente meus pais Lucio Muniz Oliveira e Rita Maria

Ferreira Oliveira e meu irmatildeo Davi Ferreira Oliveira a quem tanto amo que sempre

fizeram tudo por mim me ensinaram a ser a pessoa que sou e me deram forccedilas para

chegar ateacute aqui

Agrave minha namorada Patriacutecia Nunes Carvalho por toda a sua compreensatildeo por estar

sempre ao meu lado e acima de tudo pelo seu companheirismo e amizade

A todos os meus amigos que me ensinaram as liccedilotildees da escola da vida e as liccedilotildees

acadecircmicas Juntos vivenciamos momentos inesqueciacuteveis ao longo deste curso Natildeo

cito nomes para natildeo cometer injusticcedila com ningueacutem visto que satildeo muitos mas os

mais especiais sabem a sua importacircncia para mim

A todos os professores do curso de Engenharia Civil que me propiciaram o

conhecimento e a postura de um engenheiro formado pela Escola Politeacutecnica

Agrave orientadora deste trabalho Ana Catarina Jorge Evangelista pela paciecircncia na

orientaccedilatildeo e incentivo que tornaram possiacutevel a conclusatildeo desta monografia

Aos Engenheiros Daniel Peva Gustavo Trindade e Taacutessia Machado cuja ajuda

paciecircncia e orientaccedilatildeo ao longo dessa minha recente vida profissional foram de valor

inestimaacutevel tanto no desenvolvimento das minhas aptidotildees para o exerciacutecio da

engenharia quanto na produccedilatildeo deste trabalho em si

A todas as pessoas que de alguma forma me deram apoio torceram por mim e me

falaram palavras amigas nos momentos em que precisei

vi

Resumo do Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado agrave Escola Politeacutecnica UFRJ como parte

dos requisitos necessaacuterios para a obtenccedilatildeo do grau de Engenheiro Civil

Levantamento de Causas de Patologias na Construccedilatildeo Civil

Daniel Ferreira Oliveira

Agosto2013

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso Engenharia Civil

Durante um periacuteodo de acompanhamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica de uma grande

construtora do municiacutepio do Rio de Janeiro foram percebidas certas similaridades nas

principais causas das falhas construtivas encontradas na entrega poacutes-obra

Neste trabalho seraacute descrito o funcionamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica dessa

determinada empresa (chamada de ldquoConstrutora Ardquo) o qual segue praticamente os

mesmos meacutetodos de accedilatildeo das outras grandes concorrentes no mercado apresentando as

suas dinacircmicas de atendimento e tratamento das solicitaccedilotildees dos clientes

Com os dados de nuacutemero de solicitaccedilotildees e custos fornecidos pela Construtora A

conseguiu-se observar claramente atraveacutes do uso de ferramentas gerenciais explicadas

posteriormente as causas mais frequumlentes e mais custosas para a mesma

Expostas essas causas seratildeo exemplificados os casos mais usuais apresentando as

soluccedilotildees para o problema juntamente com o custo necessaacuterio

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 6: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

vi

Resumo do Projeto de Graduaccedilatildeo apresentado agrave Escola Politeacutecnica UFRJ como parte

dos requisitos necessaacuterios para a obtenccedilatildeo do grau de Engenheiro Civil

Levantamento de Causas de Patologias na Construccedilatildeo Civil

Daniel Ferreira Oliveira

Agosto2013

Orientador Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso Engenharia Civil

Durante um periacuteodo de acompanhamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica de uma grande

construtora do municiacutepio do Rio de Janeiro foram percebidas certas similaridades nas

principais causas das falhas construtivas encontradas na entrega poacutes-obra

Neste trabalho seraacute descrito o funcionamento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica dessa

determinada empresa (chamada de ldquoConstrutora Ardquo) o qual segue praticamente os

mesmos meacutetodos de accedilatildeo das outras grandes concorrentes no mercado apresentando as

suas dinacircmicas de atendimento e tratamento das solicitaccedilotildees dos clientes

Com os dados de nuacutemero de solicitaccedilotildees e custos fornecidos pela Construtora A

conseguiu-se observar claramente atraveacutes do uso de ferramentas gerenciais explicadas

posteriormente as causas mais frequumlentes e mais custosas para a mesma

Expostas essas causas seratildeo exemplificados os casos mais usuais apresentando as

soluccedilotildees para o problema juntamente com o custo necessaacuterio

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

R$ 15000000

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R$ 30000000

R$ 35000000

R$ 40000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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967977 985 990 994 997 998 9991000

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 7: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

vii

Abstract of graduation project submitted to Polytechnic UFRJ as a part of the

requirements for the degree of Civil Engineer

The Quality Concept Allied To Conditions in Construction

Daniel Ferreira Oliveira

August2013

Supervisor Ana Catarina Jorge Evangelista

Course Civil Engineering

During a follow-up in technical assistance area of a large construction company in the

city of Rio de Janeiro certain similarities were noticed in the major causes of failures

encountered in post-constructive delivery work

At this work it will be shown how the technical assistence area works on specific

company (called ldquoconstructor Ardquo) which follows pretty much the same methods of

other big companys leader on the market showing up your attendent dynamics and the

treatment of clients solicitations

With the data of numbers of requests and costs provided by the construction company

ldquoArdquo we could see clearly through the use of management tools explained later the

causes more frequently and more costly for the company

Exposed those causes the most usual case will be exemplified giving solutions to the

problem coupled with the required cost

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 15000000

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R$ 30000000

R$ 35000000

R$ 40000000

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Pa

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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595

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736

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946957

967977 985 990 994 997 998 9991000

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ccedilotildees

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5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 8: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

viii

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

11 Formaccedilatildeo do Problema 01

12 Relevacircncia do Tema02

13 Objetivos do Projeto 02

14 Justificativa para o Projeto 02

15 Identificaccedilatildeo do Problemas 04

16 Metodologia Aplicada04

2 LEVANTAMENTO DOS DADOS E DINAcircMICA APLICADA06

21 Gestatildeo de Qualidade na Empresa Consultada06

211 Qualidade no Projeto09

212 Qualidade naAquisiccedilatildeo de Materiais10

213 Qualidade na Execuccedilatildeo das Obras12

22 Departamento de Assistecircncia teacutecnica13

23 Avaliaccedilatildeo Poacute-Ocupaccedilatildeo 17

3 PATOLOGIAS22

31 Conceitos23

32 Origem das Patologias24

321 Concepccedilatildeo26

322 Execuccedilatildeo 30

323 Utilizaccedilatildeo32

324 Consideraccedilotildees Finais Sobre a Origem das Patologias 33

33 Metodologia de Abordagem dos Problemas Patoloacutegicos 34

331 Levantamento de Subsiacutedios35

3311 Vistoria do Local 36

3312 Levantamento do Histoacuterico do Edifiacutecio36

3313 Exames Complementares 37

3314 Pesquisa38

332 Diagnoacutestico da Situaccedilatildeo 39

333 Definiccedilatildeo de Conduta 39

334 Registro de Caso40

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS42

5 ESTUDOS DE CASO47

51 Impermeabilizaccedilatildeo47

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas55

53 Fachadas 62

6 CONCLUSAtildeO70

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS72

8 ANEXOS73

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

R$ 15000000

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R$ 25000000

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R$ 35000000

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fico

de

Pa

reto

45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

Fac

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 9: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

ix

IacuteNDICE DE ILUSTRACcedilOtildeES TABELAS E GRAacuteFICOS

Figura 1 - Ciclo PDCA 13

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica 15 Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos 22 Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro 49 Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso 49 Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall 50

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall 50 Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento 51 Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica 51 Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina 52 Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina 53

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo 53 Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta 54 Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria 54

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema 56 Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm 57 Figura 17 - Teto da sala completamente danificado 57 Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado 58

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta 59 Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento 60

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia 60 Figura 22 - Ralo sifonado trincado 61 Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado 61

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho 62

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo 64 Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo 65

Figura 28 - Fachada manchada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda 66 Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira 66

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor 67 Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano 61

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas 61 Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho 61

Tabela 1 - Origem das patologias 31

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees 43

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia 45

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia 73

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas 81

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva 92

Graacutefico 1 - Graacutefico de custo por causas 44

Graacutefico 2 - Graacutefico de nuacutemero de solicitaccedilotildees por causas 46

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 10000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 10: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

x

LISTA DE ABREVIATURAS E DE SIGLAS

CDC Coacutedigo de defesa do consumidor

PROCON Orgatildeo de proteccedilatildeo e defesa do consumidor

ISO International Organization for Standardization

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas

PDCA Ciclo PDCA (Plan Do Check e Action) - Planejar fazer verificar e agir

PES Procedimento de execuccedilatildeo de serviccedilos

PIS Procedimento de inspeccedilatildeo de serviccedilos

FVS Ficha de verificaccedilatildeo de serviccedilos

OS Ordem de serviccedilo

FV Ficha de vistoria

PG Solicitaccedilatildeo procedente em garantia

PE Solicitaccedilatildeo procedente a ser executada por uma empresa terceirizada

NP Solicitaccedilatildeo natildeo procedente

APO Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo

ac fator aacutegua-cimento

BVU Boletim de Vistoria de Unidade

SHP Sistema Hidraacuteulico Predial

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 10000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

96

- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

97

Page 11: “LEVANTAMENTO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS...A principal razão foi a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) através da Lei 8078 de 1990, a qual introduziu diversos direitos

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Formaccedilatildeo do Problema

Verificou-se na uacuteltima deacutecada um significativo aumento do nuacutemero de reclamaccedilotildees nas

relaccedilotildees de consumo A principal razatildeo foi a promulgaccedilatildeo do Coacutedigo de Defesa do

Consumidor (CDC) atraveacutes da Lei 8078 de 1990 a qual introduziu diversos direitos e

garantias aos consumidores ampliados ainda mais com o novo Coacutedigo Civil vigente

desde janeiro de 2003

Com o advento do CDC houve tambeacutem uma proliferaccedilatildeo de oacutergatildeos de defesa do

consumidor tal como o PROCON O consumidor tornou-se mais esclarecido e

conhecedor de seus direitos A partir daiacute as empresas de construccedilatildeo civil comeccedilaram a

sentir mais necessidade de padronizar os seus processos e a levar os conceitos de

qualidade para dentro das obras

Como consequumlecircncia da alteraccedilatildeo de comportamento do consumidor que passou a ser

mais exigente com relaccedilatildeo agrave qualidade do produto e dos serviccedilos as empresas tiveram

aumento nos custos poacutes-venda Na construccedilatildeo civil as falhas construtivas significam

gastos em poacutes-ocupaccedilatildeo onerando os custos previstos do empreendimento

Para adaptar-se agraves mudanccedilas da lei e ao novo consumidor o setor da construccedilatildeo civil

teve que readequar seus processos No intuito de resguardar o lucro de despesas com

poacutes-ocupaccedilatildeo as empresas passaram a redigir manuais do proprietaacuterio investir em

programas de qualidade e treinamento de funcionaacuterios

Diante da necessidade de apontar e analisar patologicamente e economicamente os

maiores viacutecios construtivos1 de obra causadores de desgastes com clientes no

atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo tomou-se como paracircmetro uma empresa de grande porte da

cidade do Rio de Janeiro atuante no mercado de construccedilatildeo civil Para preservar a

identidade da mesma ela seraacute chamada apenas de construtora A

1 Viacutecios Construtivos ndash Defeitos originados no proacuteprio processo construtivo podendo ser um

erro de projeto ou uma falha de execuccedilatildeo

2

12 Relevacircncia do Tema

O gasto anual do departamento de assistecircncia teacutecnica de uma grande construtora eacute de

20 milhotildees de reais Observa-se portanto que o valor destinado nas obras para esta

aacuterea eacute insuficiente para fechar o orccedilamento gerando um deacuteficit na empresa

Na busca por uma vantagem competitiva as empresas espremem os custos de todas as

suas aacutereas poreacutem o uacutenico local onde o custo natildeo eacute facilmente previsiacutevel eacute a assistecircncia

teacutecnica pois uma vez executado errado arcar-se-aacute com o problema durante pelo menos

os 5 anos de garantia previsto em lei

13 Objetivo

A anaacutelise que seraacute desenvolvida tem como objetivo focar a atenccedilatildeo das construtoras

para as principais anomalias encontradas no atendimento poacutes-ocupaccedilatildeo evidenciadas

pela frequumlecircncia que satildeo solicitadas e pelo custo de soluccedilatildeo Seratildeo estabelecidas relaccedilotildees

de causas e soluccedilotildees para que sejam encontradas medidas preventivas a fim de

melhorar os processos construtivos diminuindo assim os gastos com accedilotildees corretivas

na poacutes-entrega das obras

Ciente das principais causas tambeacutem seratildeo investigadas as patologias2 responsaacuteveis

pelos problemas identificados pela anaacutelise propondo soluccedilotildees teacutecnicas a serem

empregadas durante a execuccedilatildeo e ou entrega dos serviccedilos

14 Justificativa

2 Patologia ndash Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os

sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

3

Analisando os dados das aacutereas de assistecircncia teacutecnica da construtora A chegou-se a dois

principais focos para a empresa cliente e custo Balancear estes dois fatores eacute destacar-

se no mercado

Tendo em vista que a aquisiccedilatildeo de um imoacutevel eacute na maioria das vezes natildeo soacute um

investimento mas a realizaccedilatildeo de um sonho deve-se estudar a melhor forma de

manutenccedilatildeo do mesmo tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva Desta

forma atende-se a dois quesitos principais a satisfaccedilatildeo do cliente e a reduccedilatildeo de custos

para as construtoras

Visando estes focos esta anaacutelise dar-se-aacute na frequumlecircncia das causas das solicitaccedilotildees dos

clientes sobre as anomalias pois a constacircncia do problema gera a insatisfaccedilatildeo do

cliente Embora tenhamos determinadas anomalias em grande volume de solicitaccedilotildees

elas representam um custo baixo por exemplo um sifatildeo de pia3 vazando O contraacuterio

tambeacutem se aplica solicitaccedilotildees esporaacutedicas podem apresentar custo elevado por

exemplo infiltraccedilatildeo proveniente da impermeabilizaccedilatildeo de uma aacuterea molhada afetando

as aacutereas adjacentes como o piso e paredes de quartos e salas

Dentro das solicitaccedilotildees recebidas nas construtoras algumas se referem a itens de

procedecircncia questionaacutevel como por exemplo quando ocorrem modificaccedilotildees nas

unidades Levado o caso ao juriacutedico da empresa o ocircnus da prova cabe ao construtor

que sem esta eacute obrigado a ressarcir o reclamante

A criaccedilatildeo de artifiacutecios legais sobre a validaccedilatildeo da garantia de alguns serviccedilos da obra

como o desenvolvimento de manuais do proprietaacuterio por exemplo pode diminuir esse

nuacutemero de casos que satildeo os mais custosos agraves construtoras

Aleacutem disso a anaacutelise das causas dos problemas pode levar a uma melhoria nos

processos construtivos o que representa melhoria na qualidade do produto final e

reduccedilatildeo nos custos de manutenccedilatildeo

15 Identificaccedilatildeo dos Problemas

3 Sifatildeo de pia ndash Mecanismo que permite o armazenamento de resiacuteduos soacutelidos do esgoto da

pia evitando entupimentos Recomenda-se a limpeza dos sifotildees regularmente pois a sujeira acumulada pode reduzir o volume de aacutegua esgotada

4

Quando pensa-se em construccedilatildeo vem agrave mente somente a fase da obra antes da entrega

Poreacutem eacute apoacutes esta fase que os problemas comeccedilam a aparecer pois jaacute natildeo haacute uma

equipe em tempo integral no local e nem verba suficiente para arcar com os gastos

provenientes da manutenccedilatildeo das unidades

A grande parte dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados eacute garantido aos clientes o

seu correto funcionamento dentro de um prazo preacute-estabelecido Nas obras de

engenharia civil especialmente em obras da iniciativa privada o coacutedigo civil obriga as

construtoras a prestar serviccedilos de garantia pelo prazo de 5 anos

O problema estaacute em como garantir a responsabilidade eou culpa pelo mal

funcionamento de um bem tatildeo complexo quanto um imoacutevel e como dispor de medidas

preventivas a fim de minimizar o custo com a manutenccedilatildeo das unidades entregues

16 Metodologia Aplicada

Na anaacutelise feita neste trabalho seraacute utilizada a Curva de Pareto O cientista italiano

Vilfredo Pareto descobriu no seacuteculo passado uma relaccedilatildeo de causa e efeito em que

80 dos resultados satildeo gerados por apenas 20 do esforccedilo Pode parecer irreal mas o

tempo e os exerciacutecios contiacutenuos com os nuacutemeros foram mostrando aos gestores que

20 dos vendedores de uma empresa geram 80 das vendas ou que 20 dos clientes

satildeo responsaacuteveis por 80 da receita

A importacircncia de Pareto para a engenharia estaacute associada agrave grande dimensatildeo do esforccedilo

necessaacuterio para reduzir e administrar continuamente os riscos das anomalias nas obras

Essa importacircncia eacute real e os problemas satildeo muitos portanto o grande e atual desafio

dos engenheiros eacute a estrutura de suporte ao processo decisoacuterio que definiraacute o que deve

ser postergado o que deve ser priorizado e ateacute mesmo o que deve ser esquecido e natildeo

poderaacute ser atendido pelos investimentos

5

Eacute uma situaccedilatildeo difiacutecil sem duacutevida mas a busca cega pela excelecircncia baseada em

normas e melhores praacuteticas devem ceder agrave necessidade prioritaacuteria de gerir baseando-se

nos interesses do negoacutecio O ato de investir em anaacutelise das patologias deve ser

conduzido com a mesma seriedade com que um executivo decide ampliar sua linha de

produccedilatildeo ou automatizar sua forccedila de vendas ou seja pensando no resultado

Natildeo faz sentido algum investir tempo dinheiro ou recursos de qualquer natureza que

valham mais do que o proacuteprio bem protegido Natildeo faz sentido realizar accedilotildees em

processos longos de anaacutelise se elas natildeo puderem orientaacute-lo a corrigir falhas Natildeo faz o

menor sentido despender esforccedilo para obter certificaccedilotildees de processos se utilizamos

detalhes construtivos antigos e ineficientes

A regra de Pareto deve nortear os engenheiros pois tempo e dinheiro satildeo finitos mas os

problemas natildeo Decidir o que eacute prioritaacuterio o que eacute mais representativo para a natureza

do negoacutecio avaliar o que eacute relevante contextualizar as falhas e identificar as accedilotildees que

representam os 20 de esforccedilo que proporcionaratildeo 80 do resultado

Planejamento inteligente eacute a chave que pode tirar das costas o peso do investimento que

natildeo consegue ser medido dos projetos que geram apenas belos e pesados relatoacuterios que

natildeo conduzem a resultados concretos Mesmo aplicado agrave assistecircncia teacutecnica estamos

falando de investimento que como em qualquer outra situaccedilatildeo deve estar orientado aos

interesses do negoacutecio e de seus gestores proporcionando a geraccedilatildeo de maior lucro a

reduccedilatildeo de perdas e a reduccedilatildeo dos riscos

A seguir encontram-se algumas consideraccedilotildees para apoiar o processo de decisatildeo e

aprimorar os investimentos

Requisitos do negoacutecio (natureza das atividades sensibilidade

toleracircncia criticidade)

Planos de negoacutecio de curto meacutedio e longo prazo (plano de

desenvolvimento e investimento)

Relevacircncia dos processos para o negoacutecio

Percepccedilatildeo de prioridade

Modelo de maturidade (acompanhamento de indicadores e mediccedilatildeo

dos resultados para retro-alimentar o processo de gestatildeo)

6

2 LEVANTAMENTO DE DADOS E DINAcircMICA DE

ATENDIMENTO

Com objetivo de se montar o banco de dados para o trabalho foram coletadas na

construtora A informaccedilotildees sobre o atendimento das solicitaccedilotildees agrave assistecircncia teacutecnica

nos anos de 2009 2010 e 2011

Antes do ano de 2005 a empresa natildeo realizava o tratamento quantitativo ou qualitativo

dos dados gerados pelas solicitaccedilotildees de seus clientes Todos os dados eram registrados

pelo tipo de serviccedilo realizado natildeo tendo portanto aplicabilidade neste trabalho

O atendimento da aacuterea de assistecircncia teacutecnica da empresa refere-se basicamente a

imoacuteveis de meacutedio e alto padratildeo situados na Barra da Tijuca e na Zona Zul com idades

diversificadas de 0 a 5 anos a contar do celebraccedilatildeo do habite-se4

21 Gestatildeo da qualidade na empresa consultada

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Surge dessa forma a necessidade de controlar a qualidade para evitar o custo da natildeo -

conformidade O desperdiacutecio eacute uma caracteriacutestica deste custo para a empresa e se

manifesta nas formas

4 Habite-se ndash A certidatildeo do habite-se eacute um documento que atesta que o imoacutevel foi construiacutedo

seguindo-se as exigecircncias (legislaccedilatildeo local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovaccedilatildeo de projetos

7

Falhas ao longo do processo de produccedilatildeo (o entulho eacute um exemplo) o retrabalho

feito para corrigir serviccedilos natildeo executados como o especificado tempos ociosos

de matildeo-de-obra e equipamentos

Falhas nos processos gerencias e administrativos compras feitas com base no

menor preccedilo retrabalho administrativo nas diversas aacutereas da empresa

Falhas na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo das obras caracterizadas por patologias

construtivas

Para minimizar os efeitos do custo da natildeo qualidade propotildee-se os programas de

qualidade total com o objetivo de buscar a racionalizaccedilatildeo dos processos produtivos e

empresariais com consequumlente reduccedilatildeo dos custos satisfaccedilatildeo dos clientes externos e

aumento da competitividade

A seguir apresentam-se os 10 princiacutepios da qualidade total

1 Total satisfaccedilatildeo dos clientes

2 Gerecircncia participativa

3 Desenvolvimento dos recursos humanos

4 Constacircncia de propoacutesitos

5 Aperfeiccediloamento contiacutenuo

6 Gerecircncia de processos

7 Delegaccedilatildeo

8 Disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees

9 Garantia da qualidade e

10 Natildeo aceitaccedilatildeo de erros

Com base nestes princiacutepios pode-se demonstrar que o emprego do Sistema de

Qualidade em uma empresa de Construccedilatildeo Civil aumenta a produtividade gera custos

mais baixos e o custo de manutenccedilatildeo dos edifiacutecios satildeo menores entre outros benefiacutecios

O comprometimento da administraccedilatildeo eacute essencial para o ecircxito do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade que constitui uma estrateacutegia empresarial na busca de competitividade

Assim a administraccedilatildeo da empresa deve elaborar um documento importante a ldquoPoliacutetica

de Qualidaderdquo que deve explicitar o compromisso da administraccedilatildeo com a qualidade

servindo como guia filosoacutefico para accedilotildees gerenciais teacutecnicas operacionais e

8

administrativas Este documento tambeacutem possibilitaraacute a divulgaccedilatildeo entre clientes

externos do comprometimento da empresa com a qualidade

Para a implantaccedilatildeo do Sistema de Qualidade da empresa um meacutetodo muito eficiente na

coordenaccedilatildeo de processo eacute a constituiccedilatildeo de um Comitecirc da Qualidade que eacute ligado

diretamente agrave diretoria da empresa que pode ser constituiacutedo por representantes da

diretoria representantes das gerecircncias teacutecnicas e administrativas representantes das

obras consultoria externa entre outros

O Comitecirc da Qualidade tem as funccedilotildees

Analisar o diagnoacutestico da empresa em relaccedilatildeo agrave qualidade e definir as

prioridades de accedilatildeo

Definir o Sistema da Qualidade a ser implantado na empresa com base na seacuterie

de normas ISO 9000

Definir meacutetodos de treinamento e sensibilizaccedilatildeo de funcionaacuterios e da gerecircncia

executiva para qualidade

Criar grupos de padronizaccedilatildeo de procedimentos gerenciais teacutecnicos e

operacionais e grupos de melhorias do processo

Criar outros mecanismos de divulgaccedilatildeo do Sistema da Qualidade que julgar

necessaacuterios

Coordenar o processo de implantaccedilatildeo do Sistema da Qualidade e

Acompanhar a implantaccedilatildeo criar grupos de auditoria interna do sistema e

avaliar os resultados obtidos

Para se obter a qualidade na construccedilatildeo civil um meacutetodo utilizado eacute o Controle da

Qualidade que enfoca todas as atividades do processo (desde a concepccedilatildeo e desenho do

produto ateacute sua comercializaccedilatildeo e serviccedilos de assistecircncia teacutecnica) e utiliza teacutecnicas

estatiacutesticas relativamente sofisticadas Assim o Controle de Qualidade deve atuar nas

etapas planejamento projeto materiais e componentes execuccedilatildeo de obras e controle da

qualidade do uso operaccedilotildees e manutenccedilatildeo de obras na fase de poacutes-ocupaccedilatildeo

O Controle da Qualidade pode ser de dois tipos controle de produccedilatildeo ou controle de

processos e controle de recebimento ou controle de produtos O controle de produccedilatildeo eacute

voltado a fatores do processo que afetam a qualidade final do produto e eacute exercido pelo

produtor o controle de recebimento comprova a conformidade do produto entregue

9

com uma norma teacutecnica ou especificaccedilatildeo sendo exercido por quem adquire eou recebe

esse produto

Poreacutem um erro grave eacute achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o controle de

qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade Pesquisas

realizadas mostram que em obras que apresentam falhas e patologias construtivas

identificam-se erros natildeo soacute teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e

gestatildeo das empresas Assim a poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa tambeacutem

afeta a qualidade

211 Qualidade no projeto

O projeto eacute um aspecto de extrema importacircncia no processo produtivo Eacute nessa etapa

que satildeo estabelecidos todos os subsiacutedios necessaacuterios para o desenvolvimento do

empreendimento As falhas no projeto satildeo apontadas como as principais causas dos

problemas patoloacutegicos ou defeitos na Construccedilatildeo Civil

Portanto na etapa do projeto satildeo adotadas soluccedilotildees que tecircm grande repercussotildees no

processo da construccedilatildeo e na qualidade do produto final que seraacute entregue ao cliente

Assim eacute no projeto que acontece a concepccedilatildeo e o desenvolvimento do produto que satildeo

baseados nas necessidades do cliente em termos de desempenho e custo e das condiccedilotildees

de exposiccedilatildeo que o edifiacutecio seraacute submetido O projeto desempenha um forte impacto no

processo de execuccedilatildeo da obra pois define partidos detalhes construtivos e

especificaccedilotildees que permitem uma maior ou menor facilidade de construir e afetam os

custos de produccedilatildeo

Dessa forma a qualidade da soluccedilatildeo do projeto determinaraacute a qualidade do produto e

condicionaraacute o niacutevel de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios finais

Para se obter o controle de qualidade do projeto eacute necessaacuterio que existam determinados

paracircmetros de referecircncia para implementar o controle Tais paracircmetros podem ser

representados por indicadores de consumo limites dimensionais nuacutemero de elementos

10

e componentes construtivos tipos de elementos componentes e materiais normas e

criteacuterios de dimensionamentos meacutetodos de execuccedilatildeo detalhes construtivos ou outros

que sejam considerados oportunos em funccedilatildeo da especificidade do empreendimento

Tambeacutem devem ser estabelecidos os paracircmetros de apresentaccedilatildeo dos projetos de forma

detalhada especificando-se todos os documentos que devem ter cada parte dos mesmos

e suas respectivas condiccedilotildees de apresentaccedilatildeo Aleacutem desses paracircmetros deve-se respeitar

e utilizar na elaboraccedilatildeo de projetos as normas teacutecnicas existentes

A coordenaccedilatildeo do projeto eacute uma funccedilatildeo gerencial na atividade de elaboraccedilatildeo do mesmo

com o objetivo de assegurar a qualidade do projeto como um todo durante o processo

Garante que as soluccedilotildees adotadas sejam abrangentes integradas e detalhadas e que

terminando o projeto a execuccedilatildeo ocorra de forma contiacutenua sem interrupccedilotildees e

improvisos A coordenaccedilatildeo pode ser exercida por equipe interna da construtora tendo

um responsaacutevel principal poreacutem com envolvimento de profissionais com atuaccedilatildeo no

gerenciamento de obras projetista de arquitetura e sua equipe com a inclusatildeo desta

funccedilatildeo nos criteacuterios de contrataccedilatildeo ou profissional ou equipe especificamente

contratada para este fim como tambeacutem das aacutereas de instalaccedilatildeo

212 Qualidade na aquisiccedilatildeo de materiais

A qualidade como um todo natildeo pode prescindir da qualidade na aquisiccedilatildeo dos

materiais no canteiro-de-obra Devido ao uso de materiais das mais diversas origens

torna-se fundamental exigir que esses tenham a qualidade garantida Assim a qualidade

na aquisiccedilatildeo deve ser composta pelos elementos

Especificaccedilotildees teacutecnicas para compra de produtos

Controle de recebimento dos materiais em obra

Orientaccedilotildees para o armazenamento e transporte dos materiais

Seleccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de fornecedores de materiais e equipamentos

O material que eacute entregue na obra passa pelo controle de recebimento do qual resultam

os registros de qualidade Esta sistemaacutetica pode parecer onerosa pois haacute a necessidade

11

de inspeccedilatildeo para realizar o controle de qualidade do recebimento poreacutem eacute importante

racionalizar o controle prevendo apenas a verificaccedilatildeo de caracteriacutesticas essenciais e de

simples avaliaccedilatildeo O resultado da adoccedilatildeo de procedimentos com a finalidade de garantir

a qualidade na aquisiccedilatildeo levaraacute agrave reduccedilatildeo de custos devido a maacute qualidade dos materiais

e ao mesmo tempo agrave satisfaccedilatildeo dos clientes pelo atendimento agraves suas especificaccedilotildees

A baixa qualidade dos materiais eacute apontada como uma das causas de problemas e

desperdiacutecios na Construccedilatildeo Civil Essa baixa qualidade estaacute relacionada agrave praacutetica da

natildeo-conformidade agraves normas teacutecnicas por parte de alguns produtores de materiais agrave

pequena participaccedilatildeo do revendedor na exigecircncia de qualidade e agrave pequena

conscientizaccedilatildeo do consumidor quanto agrave importacircncia de exigir a qualidade

Para se garantir a qualidade em uma empresa eacute necessaacuterio a normalizaccedilatildeo de produtos

projetos processos e sistemas pois sem as normas e padrotildees natildeo haacute controle garantia e

nem certificaccedilatildeo de qualidade A normalizaccedilatildeo tem o papel de especificar os produtos

de acordo com as necessidades do consumidor e estabilizar os processos fazendo com

que os insumos sejam processados da mesma maneira de modo a racionalizar o uso de

materiais matildeo-de-obra e equipamentos reduzindo os custos de produccedilatildeo

A normalizaccedilatildeo teacutecnica do Brasil eacute conduzida pela ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) desde 1940 a normalizaccedilatildeo na construccedilatildeo eacute um instrumento de

consolidaccedilatildeo da tecnologia nacional e de transferecircncia de tecnologia entre regiotildees do

paiacutes Eacute com as normas teacutecnicas que satildeo definidos os niacuteveis de qualidade dos materiais e

componentes os meacutetodos de ensaio para avaliaacute-los os procedimentos para

planejamento elaboraccedilatildeo de projetos e execuccedilatildeo de serviccedilos e os procedimentos para

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das obras Tambeacutem permitem a padronizaccedilatildeo de componentes e

a coordenaccedilatildeo dimensional entre projeto e os subsistemas que constituem o produto

final

Eacute de extrema importacircncia realizar na obra o controle de qualidade no recebimento Para

isso eacute preciso elaborar especificaccedilotildees que descriminem as caracteriacutesticas e os limites de

toleracircncia dos materiais verificando se o material entregue na obra estaacute de acordo com

o especificado na compra O controle de recebimento pode ser delegado a um

laboratoacuterio especializado para este fim este procedimento dependeraacute do tipo de material

a ser empregado Na obra os materiais podem ser controlados da forma como segue

12

Inspeccedilatildeo 100 Este tipo de inspeccedilatildeo consiste em se verificar todas as unidades

de produto que compotildeem o lote entregue Pode ser utilizado no caso de materiais

especiais e de responsabilidade ou quando a quantidade de material for pequena

pois eacute um meacutetodo oneroso e fadigante para que faz a inspeccedilatildeo

Inspeccedilatildeo ao acaso De um lote se toma uma amostra ao acaso sem

fundamentaccedilatildeo em caacutelculos de probabilidade Com esta amostra satildeo feitos

ensaios de qualidade e com os resultados se decide aceitar ou natildeo o lote inteiro

Este meacutetodo pode ser utilizado para materiais de pequena responsabilidade pois

como natildeo tem base em fundamentaccedilotildees estatiacutesticas podem ocorrer erros

Inspeccedilatildeo por amostragem estatiacutestica As amostras satildeo tomadas de um lote com

fundamentaccedilatildeo estatiacutestica Verifica-se a qualidade desta amostra e em funccedilatildeo do

nuacutemero de unidades defeituosas eacute que se decidiraacute em rejeitar ou aceitar a

amostra

213 Qualidade na execuccedilatildeo de obras

A qualidade na execuccedilatildeo de uma obra eacute resultado de um conjunto de operaccedilotildees como

planejamento gerenciamento organizaccedilatildeo do canteiro-de-obras condiccedilotildees de higiene e

seguranccedila no trabalho correta operacionalizaccedilatildeo dos processos administrativos em seu

interior controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e da

qualidade na execuccedilatildeo de cada serviccedilo especiacutefico do processo de produccedilatildeo Pode ser

empregado o ciclo PDCA para a implantaccedilatildeo da gestatildeo de qualidade na execuccedilatildeo O

ciclo permite a padronizaccedilatildeo de processos e o aperfeiccediloamento contiacutenuo dos mesmos A

figura 1 exemplifica o ciclo PDCA

13

Figura 1 - Ciclo PDCA

Para que a qualidade de execuccedilatildeo se torne mais estaacutevel para a empresa eacute necessaacuterio

registrar os procedimentos de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de cada serviccedilo Eacute de

responsabilidade do engenheiro da obra juntamente com o mestre e encarregados

garantir que os padrotildees sejam seguidos pelo pessoal de produccedilatildeo utilizando um

gerenciamento da matildeo-de-obra e da produccedilatildeo motivando e orientando os funcionaacuterios

na execuccedilatildeo de cada serviccedilo Os modos de checagem ou inspeccedilatildeo devem ser

documentados para que os engenheiros mestres ou encarregados utilizem os mesmos

criteacuterios de avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos

Para haver a aplicaccedilatildeo na obra eacute necessaacuterio documentar em formulaacuterios os

procedimentos referentes agraves teacutecnicas de execuccedilatildeo e inspeccedilatildeo de serviccedilos Tambeacutem

devem ser anotados em formulaacuterios especiacuteficos os registros da qualidade dos serviccedilos

que testificaraacute que o controle da qualidade foi realizado realmente As empresas devem

padronizar seus procedimentos conforme suas necessidades Para isso podem ser usados

os formulaacuterios Procedimento de Execuccedilatildeo de Serviccedilos (PES) Procedimentos de

Inspeccedilatildeo de Serviccedilos (PIS) Ficha de Verificaccedilatildeo de Serviccedilos (FVS) e check list de

unidade e Boletim de Vistoria de Unidade (BVU)

22 Departamento de Assistecircncia Teacutecnica

14

A aacuterea de assistecircncia teacutecnica eacute responsaacutevel pelo atendimento aos clientes na poacutes-entrega

dos empreendimentos ateacute o prazo final da garantia 5 anos Apoacutes o habite-se a obra

permanece durante trecircs meses em um periacuteodo de revisatildeo ou de acordo com a

determinaccedilatildeo da Diretoria de Operaccedilotildees no qual o responsaacutevel pela obra deveraacute atender

aos proprietaacuterios com presteza sanando os problemas de vistorias das unidades

autocircnomas e corrigindo as falhas construtivas que forem identificadas

Para as solicitaccedilotildees feitas pelos clientes apoacutes a vistoria de entrega que forem analisadas

como procedentes deveratildeo ser abertas ordens de serviccedilo no sistema operacional da

empresa Cabe ao responsaacutevel da obra decidir sobre as falhas construtivas juntamente

com a Gerecircncia Geral de Obras de forma que as soluccedilotildees adotadas sejam definitivas

Apoacutes 2 meses da assembleacuteia ou 1 mecircs antes da entrega para a Aacuterea de Assistecircncia

Teacutecnica o responsaacutevel pela obra deveraacute dar iniacutecio ao processo de passagem da

respectiva obra agrave Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica que iraacute atender aos proprietaacuterios dentro

das garantias oferecidas no manual do proprietaacuterio eou manual do siacutendico Este

processo de passagem da obra para a Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica deveraacute ser feito de

acordo com as seguintes etapas documentaccedilatildeo da obra unidades autocircnomas aacutereas

comuns desmobilizaccedilatildeo e entrega definitiva A Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica poderaacute

receber cada etapa independentemente das demais sendo a documentaccedilatildeo completa

(acrescida das justificativas por ausecircncia de documentaccedilatildeo particular) e a efetivaccedilatildeo da

entrega das aacutereas comuns para o siacutendico preacute-requisitos para recebimento de qualquer

etapa bem como iniacutecio de atendimento via Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica de forma que

se tenha uma passagem gradativa da obra Esta documentaccedilatildeo Visa transferir a Aacuterea de

Assistecircncia Teacutecnica toda informaccedilatildeo necessaacuteria para que possamos dar continuidade ao

atendimento dos proprietaacuterios dentro do mesmo criteacuterio adotado pela obra

Quando vigorada a responsabilidade das unidades pela Assistecircncia Teacutecnica o

atendimento eacute realizado seguindo a rotina detalhada a seguir

15

Figura 2 - Fluxograma de atendimento da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica (Construtora A)

Os clientes ou seus representantes entram em contato com a Central de Atendimento

informando sua solicitaccedilatildeo e registrando o contato em uma ocorrecircncia no sistema

operacional Neste momento agenda-se a vistoria da unidade em conformidade com os

dias e horaacuterios disponibilizados pelo Teacutecnico responsaacutevel pelo empreendimento em

questatildeo gerando uma FV (ficha de vistoria) e registrando o nuacutemero na ocorrecircncia salvo

os casos de orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do atendimento

A ocorrecircncia gerada pela Central de Atendimento eacute encaminhada ao analista da Aacuterea

que visualiza a mesma atraveacutes da lista de trabalho no sistema operacional As

informaccedilotildees tambeacutem poderatildeo ser enviadas por e-mail ou fax para a Assistecircncia Teacutecnica

pela Central de Atendimento ou diretamente pelo cliente podendo o analista tambeacutem

gerar a FV

Se a ocorrecircncia for relativa a orientaccedilatildeo teacutecnica ou retorno do andamento do

atendimento o analista ou a Central de Atendimento entram em contato com o Teacutecnico

16

ou Engordm Responsaacutevel informando a solicitaccedilatildeo do cliente Apoacutes contato com o

cliente para esclarecimentos o Teacutecnico ou Engordm Responsaacutevel informam ao analista ou

a Central de Atendimento o resumo do mesmo que seraacute registrado na ocorrecircncia

Outrossim seraacute encerrada a ocorrecircncia

Depois de gerada a FV (ficha de vistoria) a mesma eacute visualizada pela analista da aacuterea

onde esta FV eacute impressa e disponibilizada para o teacutecnico O responsaacutevel pela vistoria

deveraacute verificar no sistema e arquivo da Aacuterea de Assistecircncia Teacutecnica a documentaccedilatildeo

referente ao empreendimento unidade em anaacutelise

Baseados nos documentos de referecircncia os teacutecnicos executam a vistoria do

empreendimento ou da unidade solicitante registrando os itens relevantes com a

maacutequina digital verificando se o atendimento agrave solicitaccedilatildeo eacute ou natildeo responsabilidade da

construtora (solicitaccedilatildeo procedente ou natildeo) analisando os prazos e condiccedilotildees de

garantia estabelecidos nos manuais do proprietaacuterio e do siacutendico

Apoacutes a vistoria o teacutecnico complementa a ficha de vistoria com as condiccedilotildees e

verificaccedilotildees do diagnoacutestico teacutecnico averiguado conforme os itens vistoriados Caso seja

necessaacuterio um tempo maior de investigaccedilatildeo o item deveraacute ser classificado como IN Ao

teacutermino da investigaccedilatildeo os itens da FV deveratildeo ser classificados em

NP - Natildeo Procede (casos onde eacute detectado que a natildeo-conformidade natildeo eacute de

responsabilidade da construtora)

PE - Procede com Execuccedilatildeo Empreitada (casos onde a causa da natildeo-

conformidade pode ter mais de uma origem natildeo sendo possiacutevel atribuir a um

fornecedor em especiacutefico)

PG - Procede com Execuccedilatildeo na garantia do Empreiteiro (casos onde eacute possiacutevel

atribuir a causa da natildeo-conformidade a empresa executora dos serviccedilos)

Os itens vistoriados satildeo classificados tambeacutem quanto a causa e sub-causa conforme a

tabela 05 ndash Tabela de falhas e sub-falhas sendo a numeraccedilatildeo fornecida pelo sistema

operacional da empresa

Depois de preenchida a FV pelo teacutecnico a mesma eacute apresentada ao Engordm Responsaacutevel

para anaacutelise dos problemas e confirmaccedilatildeo das classificaccedilotildees

17

No caso de natildeo procedentes o proprietaacuterio siacutendico ou gerente seraacute informado do parecer

da construtora e orientado sobre o que deveraacute ser feito Caso necessaacuterio seratildeo indicadas

empresas cadastradas na construtora para soluccedilatildeo dos problemas com isso o Engordm

Responsaacutevel assinaraacute a FV dando por encerrado esta etapa assim a FV eacute encerrada no

sistema pelo analista da aacuterea

Identificada a causa do problema eacute contratada uma empresa terceirizada para a

realizaccedilatildeo dos serviccedilos Com os dados inseridos no sistema na FV eacute gerada e impressa

a Ordem de Serviccedilo (OS) com a qual o empreiteiro contratado iraacute ateacute a unidade do

cliente realizar os reparos necessaacuterio e coletar a assinatura do responsaacutevel pelo imoacutevel

garantido a quitaccedilatildeo dos serviccedilos solicitados

O empreiteiro retorna com a OS assinada ao representante da Construtora Teacutecnico ou

Engordm que insere no sistema operacional os dados e observaccedilotildees pertinentes ocorridos

durante o serviccedilo fechando a OS no sistema concluindo o atendimento

23 Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo

A Avaliaccedilatildeo Poacutes-Ocupaccedilatildeo (APO) surgiu como parte de estudos que visavam

estabelecer um instrumento capaz de fornecer uma mediccedilatildeo objetiva sobre as relaccedilotildees

entre o comportamento humano e o ambiente em que os indiviacuteduos estavam inseridos

Estes estudos de caraacuteter interdisciplinar envolvendo psicoacutelogos antropoacutelogos

arquitetos e outros profissionais tiveram iniacutecio em 1947 na University of Kansas nos

Estados Unidos com os psicoacutelogos Roger Barker e Herbert Wright Aleacutem deles satildeo

considerados os pioneiros desta aacuterea de investigaccedilatildeo o antropoacutelogo Edward Hall e os

arquitetos Kevin Lynch e Chritopher Alexander

As primeiras aplicaccedilotildees da APO estavam essencialmente voltadas para a avaliaccedilatildeo da

influencia do ambiente do comportamento humano Ainda no final da deacutecada de 50 nos

Estados Unidos a APO comeccedilou a ser utilizada como instrumento de projeto

utilizando-se dados resultantes de avaliaccedilotildees com os usuaacuterios para estabelecer

paracircmetros para novos projetos

18

Nestas aplicaccedilotildees a APO foi associada ao conceito de desempenho observando-se o

comportamento dos usuaacuterios em relaccedilatildeo ao edifiacutecio suas unidades e ambiente e o

comportamento do edifiacutecio e suas partes quanto aos requisitos de desempenho

estabelecidos desde o inicio da deacutecada de 60 em paises como a Inglaterra Franccedila e

Estados Unidos

No Brasil a aplicaccedilatildeo de metodologia de APO teve iniacutecio na deacutecada de 70 com a

avaliaccedilatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo de usuaacuterios de conjuntos habitacionais de Satildeo Paulo

numa abordagem multidisciplinar A partir de entatildeo a APO foi se desenvolvendo como

tema de pesquisa em varias instituiccedilotildees brasileiras como em diversas faculdades

Vaacuterios projetos de pesquisa envolvendo estudo de caso em empreendimentos

especiacuteficos foram desenvolvidos por equipes destas instituiccedilotildees Aperfeiccediloando-se os

meacutetodos de levantamento anaacutelise e tratamentos de dados os aspectos abordados e a

adequaccedilatildeo da metodologia agraves finalidades especificas

No entanto a preocupaccedilatildeo em conhecer a satisfaccedilatildeo do cliente final com os produtos

gerados quando colocados em uso e o desempenho teacutecnico e econocircmico destes

produtos natildeo esteve presente durante muito tempo na construccedilatildeo imobiliaacuteria Com o

advento do coacutedigo de defesa do consumidor e o estabelecimento de um relacionamento

entre empresa incorporadoraconstrutora e seus clientes na fase de uso por meio da

efetiva assistecircncia teacutecnica poacutes-venda os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades ocupadas e do edifiacutecio como um todo passaram a ser de extrema importacircncia

para as empresas Num primeiro momento a preocupaccedilatildeo com estes aspectos foi

defensiva isto eacute visando detectar problemas que geravam custos de correccedilatildeo elevados

para as empresas

Embora a APO natildeo tenha se estabelecido como metodologia correntemente aplicada

pelas empresas passou-se a estruturaccedilatildeo de formas de obter dados sobre o desempenho

das unidades apoacutes a entrega da obra ainda que natildeo de forma sistematizada

As empresas construtoras tecircm a preocupaccedilatildeo com os custos de manutenccedilatildeo corretiva e

os clientes finais passaram a expressar de forma concreta e clara sua

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo com os produtos e tambeacutem com os serviccedilos revelando a

importacircncia desse julgamento para a imagem da empresa perante outros potencias

clientes Os aspectos que comeccedilaram a aparecer para as empresas

19

incorporadorasconstrutoras foram remetendo-as tambeacutem aos seus fornecedores de

produtos e serviccedilos despertando-se a consciecircncia de que a avaliaccedilatildeo do usuaacuterio permite

aperfeiccediloar e introduzir melhorias em todo processo de produccedilatildeo

Por outro lado o movimento recente de introduccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas na

produccedilatildeo de edificaccedilotildees tem remetido projetistas e empresas

incorporadorasconstrutoras a busca de retorno sobre a aceitaccedilatildeo destas inovaccedilotildees por

parte dos usuaacuterios como um meio de avaliar um potencial de expansatildeo do seu emprego

Natildeo se pode dizer que a APO seja no momento atual empregada corretamente na

produccedilatildeo imobiliaacuteria Iniciativas de algumas empresas no entanto podem ser

registradas no sentido de aplicaccedilatildeo de algum tipo de avaliaccedilatildeo apoacutes a entrega da obra

Observa-se poreacutem que ainda natildeo se atingiu um estagio em que a metodologia seja

consolidada pelas empresas responsaacuteveis diretas pelo comportamento dos produtos

perante o usuaacuterio final incluindo seu sentido maior que eacute a retroalimentaccedilatildeo de todos os

processos de produccedilatildeo

A APO pode ser aplicada tambeacutem para avaliaccedilatildeo de relaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios

de ambientes puacuteblicos ou coletivos como parque de lazer shoppings centers e outros

bem como as instalaccedilotildees industriais Mesmo neste campo sua aplicaccedilatildeo ainda eacute restrita

mas experiecircncias jaacute desenvolvidas tecircm demonstrado um potencial de ganho de

qualidade e custos a partir de seus resultados

Para que a APO seja efetivamente um mecanismo de auxilio a introduccedilatildeo de melhorias

no processo produtivo eacute preciso que seja desenvolvida como uma metodologia que

estabeleccedila mecanismos de retorno da avaliaccedilatildeo do cliente final para os diversos agentes

intervenientes no processos de produccedilatildeo

Uma vez que o processo de projeto eacute o definidor principal das caracteriacutesticas do

produto torna-se significativo o potencial de utilizaccedilatildeo da APO para melhoria dos

processos do desenvolvimento de projeto

Do ponto de vista da gestatildeo da qualidade a APO eacute um processo que realimenta os

vaacuterios processos do ciclo de produccedilatildeo e uso dos empreendimentos imobiliaacuterios Para

que ela possa desempenhar este papel utiliza-se metodologia adequada segundo o

processo a que deve realimentar Um dos principais empecilhos ao efetivo

aproveitamento dos dados gerados pela aplicaccedilatildeo de metodologia de APO eacute a postura

20

errocircnea de que se trata de um levantamento estaacutetico no tempo em vez de um processo

continuo que deve auxiliar na avaliaccedilatildeo do desempenho de outros processos

Assim o desenvolvimento da APO para retroalimentar os processos relacionados agrave

identificaccedilatildeo da demanda agrave estrateacutegia competitiva ao desenvolvimento do projeto e agrave

construccedilatildeo a entrega ao cliente agrave assistecircncia teacutecnica poacutes-venda deve ser planejado para

levantar tratar e aplicar a esses processos os dados e informaccedilotildees provenientes do

cliente final segundo as caracteriacutestica especifica de cada um

Embora sejam conhecidos vaacuterios estudos de aplicaccedilatildeo de APO em empreendimentos de

naturezas diferentes sua inserccedilatildeo no sistema da qualidade relacionado ao

desenvolvimento de projeto exige uma estrutura de processo Para tanto a empresa

incorporadoraconstrutora deve entender a avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo como um processo

que eacute parte indissociaacutevel do processo global de produccedilatildeo Desta forma deve-se

estruturar sua proacutepria metodologia de APO contemplando todos os processos do ciclo

de produccedilatildeo e uso do empreendimento

A APO assim estruturada deve permitir e deflagrar efetivamente accedilotildees corretivas ou

preventivas constituindo-se em instrumento de operacionalizaccedilatildeo do ciclo PDCA no

desenvolvimento de projeto Do ponto de vista do processo de projeto a APO deve ser

preferencialmente um processo desenvolvido de forma compartilhada entre projetistas e

empresa incorporadoraconstrutora Para a empresa contratante de projeto a APO eacute

tambeacutem um instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de projeto e produtos e serviccedilos

adquiridos o que gera medidas preventivas e corretivas que asseguram a completa

aplicaccedilatildeo do ciclo PDCA

Uma outra forma de inserccedilatildeo da APO no sistema de gestatildeo da qualidade eacute seu papel na

validaccedilatildeo de projeto A avaliaccedilatildeo de projeto pode ser feita em estaacutegios intermediaacuterios

por meio de simulaccedilotildees em sistemas informatizados ou protoacutetipos modelos de varias

naturezas mas tambeacutem por meio da APO A metodologia de APO que vise dar suporte

a validaccedilatildeo de projeto deve estar estruturada para constatar o atendimento dos requisitos

iniciais da concepccedilatildeo de projeto Como instrumento de avaliaccedilatildeo da qualidade de

projeto a APO se refere a uma parte da avaliaccedilatildeo uma vez que o cliente final eacute um dos

agentes que utilizam o projeto mas natildeo eacute o uacutenico

21

Avaliaccedilatildeo poacutes-ocupaccedilatildeo estaacute centrada em dois conceitos baacutesicos satisfaccedilatildeo do

clienteusuaacuterio e desempenho dos produtos e serviccedilos

A APO consiste de uma metodologia construiacuteda por uma agente interessado em

conhecer a satisfaccedilatildeo dos clientes em relaccedilatildeo a determinados produtos e serviccedilos a

partir da combinaccedilatildeo de meacutetodos de coleta tratamento e anaacutelise de dados sobre esta

satisfaccedilatildeo

A satisfaccedilatildeo do cliente com relaccedilatildeo aos produtos e serviccedilos que adquiriu tem sido objeto

de muitos estudos sobre o comportamento do consumidor Podemos descrever as

principais abordagens sobre o conceito de satisfaccedilatildeo do cliente mas eacute importante

ressaltar a dificuldade de associar aos produtos da construccedilatildeo civil os mesmos conceitos

associados aos bens de consumo em geral especialmente porque a experiecircncia de

compra ocorre apenas uma vez na vida dos consumidores em boa parte dos casos

A satisfaccedilatildeo do cliente tem ainda importantes aspectos psicoloacutegicos intervenientes

como por exemplo os aspectos afetivos e ambientais No caso das edificaccedilotildees os

aspectos afetivos podem ter grande influencia na avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do ponto de

vista positivo ou negativo Os aspectos ambientais podem ser totalmente determinantes

na satisfaccedilatildeo com o produto como por exemplo nos casos em que a localizaccedilatildeo dos

imoacuteveis eacute altamente determinante do conforto

22

3 PATOLOGIAS

Os problemas patoloacutegicos salvo raras exceccedilotildees apresentam manifestaccedilatildeo externa

caracteriacutestica a partir da qual se pode deduzir qual a natureza a origem e os

mecanismos dos fenocircmenos envolvidos assim como pode-se estimar suas provaacuteveis

consequumlecircncias

Os problemas patoloacutegicos soacute se manifestam apoacutes o iniacutecio da execuccedilatildeo propriamente

dita a uacuteltima etapa da fase de produccedilatildeo Em relaccedilatildeo a recuperaccedilatildeo dos problemas

patoloacutegicos podemos afirmar que as correccedilotildees seratildeo mais duraacuteveis mais efetiva mais

faacuteceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas

A demonstraccedilatildeo mais expressiva dessa afirmaccedilatildeo eacute a chamada lei de Sitter formulada

por Sitter Apud Helene colaborador do CEB ndash Comitecirc Euro-international du Beacuteton que

mostra os custos crescendo segundo uma progressatildeo geomeacutetrica Dividindo as etapas

construtivas e de uso em quatro periacuteodos correspondentes ao projeto agrave execuccedilatildeo

propriamente dita agrave manutenccedilatildeo preventiva efetuada antes dos primeiros trecircs anos e agrave

manutenccedilatildeo corretiva efetuada apoacutes surgimento dos problemas a cada uma

corresponderaacute um custo que segue uma progressatildeo geomeacutetrica de razatildeo cinco conforme

indicado na figura 3

Figura 3 - Lei de evoluccedilatildeo de custos

23

Toda medida extra-projeto tomada durante a execuccedilatildeo incluindo nesse periacuteodo a obra

receacutem-construiacuteda implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido

acarretado se esta medida tivesse sido tomada a niacutevel de projeto para obter-se o mesmo

grau de proteccedilatildeo e durabilidade da estrutura Um exemplo tiacutepico eacute a decisatildeo em obra

de reduzir a relaccedilatildeo ac5 (aacutegua cimento) do concreto para aumentar a sua durabilidade

e proteccedilatildeo agrave armadura A mesma medida tomada durante o projeto permitiria o

redimensionamento automaacutetico da estrutura considerando um concreto de resistecircncia agrave

compressatildeo mais elevada de menor moacutedulo de deformaccedilatildeo de menor deformaccedilatildeo lenta

e de maiores resistecircncias agrave baixa idade Essas novas caracteriacutesticas do concreto

acarretariam a reduccedilatildeo das dimensotildees dos componentes estruturais economia de

focircrmas reduccedilatildeo de taxa de armadura reduccedilatildeo de volumes e peso proacuteprio etc Essa

medida tomada na fase de obra apesar de eficaz e oportuna do ponto de vista da

durabilidade natildeo mais pode propiciar alteraccedilatildeo para melhoria dos componentes

estruturais que jaacute foram definidos anteriormente no projeto

A patologia na execuccedilatildeo pode ser consequumlecircncia da patologia de projeto havendo uma

estreita relaccedilatildeo entre elas isso natildeo quer dizer que a patologia de projeto sendo nula a

de execuccedilatildeo tambeacutem o seraacute Nem sempre com projetos de qualidade desapareceratildeo os

erros de execuccedilatildeo Estes sempre existiratildeo embora seja verdade que podem ser

reduzidos ao miacutenimo caso a execuccedilatildeo seja realizada seguindo um bom projeto e com

uma fiscalizaccedilatildeo intens

31 Conceitos

Como se nota o processo de execuccedilatildeo eacute muito importante quando se trata de patologias

Antes de se iniciar o tratamento das principais patologias encontradas nos

empreendimentos das construtoras de referencia iratildeo ser apresentados os conceitos que

seratildeo mencionados neste trabalho

5 ac ndash Fator aacutegua cimento

24

Patologia - A patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que

estuda os sintomas os mecanismos as causas e origens dos defeitos das construccedilotildees

civis ou seja eacute o estudo das partes que compotildeem o diagnoacutestico do problema

Vida Uacutetil ndash As estruturas de concreto armado devem ser projetadas construiacutedas

e operadas de tal forma que sob as condiccedilotildees ambientais esperadas elas mantenham

sua seguranccedila funcionalidade e a aparecircncia aceitaacutevel durante um periacuteodo de tempo

impliacutecito ou expliacutecito sem requerer altos custos imprevistos para manutenccedilatildeo e reparo

Vida uacutetil eacute aquela durante a qual a estrutura conserva todas as caracteriacutesticas miacutenimas

de funcionalidade resistecircncia e aspectos externos exigiacuteveis

Desempenho - Por desempenho entende-se o comportamento em serviccedilo de cada

produto ao longo da vida uacutetil e a sua medida relativa espelharaacute sempre o resultado do

trabalho desenvolvido nas etapas de projeto construccedilatildeo e manutenccedilatildeo

Durabilidade - A durabilidade de uma estrutura de concreto armado eacute a

capacidade de a estrutura manter as suas caracteriacutesticas estruturais e funcionais originais

pelo tempo de vida uacutetil esperado nas condiccedilotildees de exposiccedilatildeo para as quais foi

projetada Eacute essencial que as estruturas de concreto desempenhem as funccedilotildees que lhe

foram atribuiacutedas que mantenham a resistecircncia e a utilidade que delas se espera durante

um periacuteodo de vida previsto ou pelo menos razoaacutevel

32 Origem das Patologias

Salvo os casos correspondentes agrave ocorrecircncia de cataacutestrofes naturais em que a violecircncia

das solicitaccedilotildees aliada ao caraacuteter marcadamente imprevisiacutevel das mesmas seraacute o fator

preponderante os problemas patoloacutegicos tecircm suas origens motivadas por falhas que

ocorrem durante a realizaccedilatildeo de uma ou mais das atividades inerentes ao processo

geneacuterico a que se denomina de construccedilatildeo civil processo este que pode ser dividido em

trecircs etapas baacutesicas concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais) execuccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo

25

A qualidade obtida em cada etapa tem sua devida importacircncia no resultado final do

produto assim como na satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e principalmente no controle da

incidecircncia de manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo na fase de uso

Para se obter a diminuiccedilatildeo ou a eliminaccedilatildeo dos problemas patoloacutegicos deve haver maior

controle de qualidade nestas etapas do processo A abordagem de manutenccedilatildeo deve

tambeacutem ser feita de forma a contextualizaacute-la no processo de construccedilatildeo procurando

durante todas as etapas do processo situaacute-la como um dos fatores relevantes a ser

considerado Devem ser tomadas algumas medidas para assegurar nas vaacuterias etapas do

processo construtivo o delineamento e a projeccedilatildeo de manutenccedilatildeo futura

No tocante da qualidade exigi-se para a etapa de concepccedilatildeo a garantia de plena

satisfaccedilatildeo do cliente de facilidade de execuccedilatildeo e de possibilidade de adequada

manutenccedilatildeo para etapa de execuccedilatildeo seraacute de garantir o fiel atendimento ao projeto e

para a etapa de utilizaccedilatildeo eacute necessaacuterio conferir a garantia de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio e a

possibilidade de extensatildeo da vida uacutetil da obra

De um modo geral as patologias natildeo tem sua origem concentrada em fatores isolados

mas sofrem influecircncia de um conjunto de variaacuteveis que podem ser classificadas de

acordo com o processo patoloacutegico com os sintomas com a causa que gerou o problema

ou ainda a etapa do processo produtivo em que ocorrem aleacutem de apontar para falhas

tambeacutem no sistema de controle de qualidade proacuteprio a uma ou mais atividades

As manifestaccedilotildees patologias satildeo tambeacutem responsaacuteveis por uma parcela importante da

manutenccedilatildeo de modo que grande parte das intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo nas edificaccedilotildees

poderia ser evitada se houvesse um melhor detalhamento do projeto e escolha

apropriada dos materiais e componentes da construccedilatildeo

O objetivo deste trabalho eacute apresentar os principais cuidados e estrateacutegia dentro do

processo construtivo visando agrave diminuiccedilatildeo de futuras atividades de manutenccedilatildeo e o

controle do aparecimento de problemas patoloacutegicos na edificaccedilatildeo

As decisotildees tomadas durante as etapas do processo produtivo na construccedilatildeo bem como

o controle de qualidade efetuado durante essas etapas estatildeo intimamente ligadas a

manutenccedilatildeo e aos futuros problemas patoloacutegicos que poderatildeo ocorrer na edificaccedilatildeo

26

Devido aos altos iacutendices de manifestaccedilotildees patoloacutegicas que vecircm ocorrendo nas

edificaccedilotildees busca-se cada vez mais a garantia e o controle da qualidade em todo o

processo construtivo Desta forma a qualidade final do produto depende da qualidade

do processo da interaccedilatildeo entre as fases do processo produtivo e da intensa

retroalimentaccedilatildeo de informaccedilotildees que proporcionam a melhoria contiacutenua

321 Concepccedilatildeo (planejamento projeto materiais)

Vaacuterias satildeo as falhas possiacuteveis de ocorrer durante a etapa de concepccedilatildeo do

empreendimento Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lanccedilamento da

estrutura) na execuccedilatildeo do anteprojeto ou durante a elaboraccedilatildeo do projeto de execuccedilatildeo

tambeacutem chamado de projeto final de engenharia

Alguns fatores como a deficiecircncia no planejamento ausecircncia de informaccedilotildees e dados

teacutecnicos e econocircmicos de novas alternativas construtivas ausecircncia de ferramentas de

base de dados para controle e indefiniccedilatildeo de criteacuterios de controle (Indicadores de

qualidade e produtividade) influenciam negativamente a qualidade do produto aleacutem de

aumentarem os iacutendices de perdas de baixa utilizaccedilatildeo de novas alternativas construtivas

Para o desenvolvimento das alternativas construtivas eacute necessaacuterio o estabelecimento de

certos paracircmetros Entre eles pode-se citar a definiccedilatildeo do uso a tipologia da edificaccedilatildeo

e dos materiais a serem empregados a identificaccedilatildeo das faixas soacutecio-econocircmicas da

populaccedilatildeo a ser atendida levantamento dos recursos locais disponiacuteveis (mateacuteria-prima

matildeo-de-obra entre outros) e levantamento do estaacutegio de desenvolvimento da

construccedilatildeo

O planejamento define tambeacutem as diretrizes de manutenccedilatildeo estrateacutegica sendo o custo

da manutenccedilatildeo preventiva um fator importante a ser considerado

Alvo de grande preocupaccedilatildeo nos paiacuteses desenvolvidos o projeto eacute responsaacutevel por

grande parte dos problemas patoloacutegicos na construccedilatildeo civil No Brasil a realidade dos

projetos de uma forma geral eacute diferente natildeo sendo dada agrave mesma importacircncia que em

27

outros paiacuteses Em termos de custos esta fase contabiliza em torno 3 a 10 do custo

total do empreendimento

Devido agrave sua importacircncia um grande avanccedilo na obtenccedilatildeo da melhoria de qualidade da

construccedilatildeo pode ser alcanccedilado partindo-se de uma melhor qualidade dos projetistas Eacute

na fase de projeto que satildeo tomadas as decisotildees de maior repercussatildeo nos custos

velocidade e qualidade dos empreendimentos

Na especificaccedilatildeo dos materiais e componentes o projetista deve conhecer suas

durabilidades seja para avaliar se atenderatildeo ao desempenho miacutenimo desejado seja para

comprar custos globais que incluem custos de manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo bem como a

proteccedilatildeo da vida uacutetil

Durante a fase de projeto alguns fatores interferem na qualidade do produto final

podendo-se citar a compatibilizaccedilatildeo de projetos Portanto eacute fundamental que os

serviccedilos de compatibilizaccedilatildeo de projetos e de seus detalhes construtivos natildeo sejam

deixados para serem resolvidos durante a construccedilatildeo o que acaba exigindo a adoccedilatildeo de

soluccedilotildees paliativas ou meramente reativas

Aleacutem da compatibilizaccedilatildeo de projetos os proacuteprios detalhes executivos adquirirem

importacircncia pois atraveacutes destes a leitura e interpretaccedilatildeo do projeto podem ser

realizadas com clareza sendo fundamental que cada projeto seja acompanhado de

detalhes suficientes A especificaccedilatildeo de materiais o conhecimento de normalizaccedilatildeo a

soluccedilatildeo de interfaces projeto ndash obra o projeto para a produccedilatildeo e a coordenaccedilatildeo entre

vaacuterios projetos tambeacutem satildeo considerados fatores importantes dentro deste contexto

Sem a devida atenccedilatildeo a esses fatores vaacuterios problemas podem vir a ser gerados com

por exemplo a baixa qualidade dos materiais especiacuteficos a especificaccedilatildeo de materiais

incompatiacuteveis o detalhamento insuficiente ou equivocado o detalhamento construtivo

inexequumliacutevel a falta de padronizaccedilatildeo e o erro de dimensionamento o comprometimento

do desempenho e a qualidade global do ambiente construiacutedo

Eacute essencial que os projetos estejam voltados para a fase de execuccedilatildeo com identificaccedilatildeo

dos pontos criacuteticos e proposiccedilatildeo de soluccedilotildees para garantir a qualidade da edificaccedilatildeo No

elenco de recomendaccedilotildees pode-se citar a simplificaccedilatildeo da execuccedilatildeo a adoccedilatildeo de

procedimentos racionalizados e as especificaccedilotildees dos meios estrateacutegicos fiacutesicos e

tecnoloacutegicos necessaacuterios para a execuccedilatildeo

28

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo o projeto tambeacutem tem influecircncia fundamental na vida uacutetil e

no proacuteprio custo das etapas de manutenccedilatildeo e uso Nele deve-se adotar uma estrateacutegia

que iniba a deterioraccedilatildeo prematura diminuindo com isso os custos de manutenccedilatildeo

Assim algumas das decisotildees tomadas durante o projeto influenciaratildeo a frequumlecircncia de

manutenccedilatildeo ao longo da vida uacutetil

Muitos pontos importantes devem ser observados com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo de

edificaccedilotildees Um ponto que por consenso assume um papel importante para o aumento

da durabilidade eacute a impermeabilizaccedilatildeo pois a presenccedila de aacutegua pode vir a causar a

deterioraccedilatildeo dos materiais e componentes

O projeto de impermeabilizaccedilatildeo estaacute diretamente relacionado ao atendimento das

exigecircncias dos usuaacuterios no que se refere agrave estanqueidade higiene durabilidade e

economia da edificaccedilatildeo sendo de forma direta ou indireta o responsaacutevel pela ocorrecircncia

de muitos problemas patoloacutegicos

O projeto tambeacutem eacute a origem das falhas nos Sistemas Hidraacuteulicos Prediais (SHP)

Resultados de pesquisas apontaram a falta de compatibilizaccedilatildeo com projetos dos outros

subsistemas como fator de desvalorizaccedilatildeo e de falhas dos projetos de SHP

Pode-se concluir que as medidas necessaacuterias para garantir a vida uacutetil satildeo determinadas a

partir da importacircncia da edificaccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais e em muitos casos da

vida uacutetil estimada para a edificaccedilatildeo Neste sentido eacute parte integrante do projeto a

indicaccedilatildeo das medidas miacutenimas de inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo preventiva que garantam a

durabilidade de materiais e componentes da edificaccedilatildeo e assegurem a vida uacutetil

projetada

Outro ponto importante a ser observado eacute a correta especificaccedilatildeo dos materiais Satildeo

muito comuns problemas patoloacutegicos originados na falta de qualidade dos materiais e

componentes tais como a durabilidade menor que a especificada a falta de rigor

dimensional e a baixa resistecircncia mecacircnica

Fabricantes de materiais vecircm de forma contiacutenua melhorando e lanccedilando novos materiais

no mercado poreacutem a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela

deficiecircncia de informaccedilotildees teacutecnicas para orientar e subsidiar a especificaccedilatildeo aliada agrave

ausecircncia ou deficiecircncia de normalizaccedilatildeo

29

Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado nem sempre devidamente

testados e em conformidade com os requisitos e criteacuterios de desempenho a

probabilidade de patologias tambeacutem eacute crescente Aleacutem desses fatores eacute importante

avaliar as limitaccedilotildees e as exigecircncias que seratildeo impostas pelas intempeacuteries o

comportamento do material sob condiccedilotildees semelhantes agrave que estaraacute sujeito

experiecircncias que atestem a durabilidade do material e componentes a compatibilidade

com os demais materiais em contato bem como os custos de aplicaccedilatildeo e de provaacuteveis

serviccedilos de manutenccedilatildeo

Desta forma a escolha destes materiais e as teacutecnicas de construccedilatildeo devem estar em

concordacircncia com o projeto a fim de atender agraves necessidades dos usuaacuterios e garantir a

manutenccedilatildeo de suas propriedades e caracteriacutesticas iniciais sem perder de vista a

edificaccedilatildeo Eacute importante ressaltar que a escolha dos materiais natildeo deve tomar por base

apenas o preccedilo pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior Aleacutem

disso esse fato se torna mais evidente devido agrave falta de especificaccedilatildeo precisa dos

materiais

A incorreta aplicaccedilatildeo dos materiais e o mal entendimento de suas caracteriacutesticas tecircm

sido as causas de muito problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo Assim no momento da

seleccedilatildeo e da especificaccedilatildeo dos materiais e componentes satildeo necessaacuterias informaccedilotildees

teacutecnicas e econocircmicas para que um determinado material responda de maneira aceitaacutevel

a suas condiccedilotildees de serviccedilo Na seleccedilatildeo conhecimento da funccedilatildeo que o material iraacute

desempenhar na edificaccedilatildeo assim como a natureza do meio ambiente a que este seraacute

inserido eacute de grande importacircncia

Eacute portanto essencial que a previsatildeo de um sistema de controle de qualidade atuando nas

fases de seleccedilatildeo aquisiccedilatildeo recebimento e aplicaccedilatildeo dos materiais Assim a

comprovaccedilatildeo da conformidade com base em criteacuterios disponiacuteveis constitui base de

accedilotildees para a garantia da qualidade dos materiais empregados

O conhecimento das propriedades dos materiais tambeacutem eacute de grande importacircncia dentro

desse contexto bem como a avaliaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas No que

se refere agraves propriedades deve-se ressaltar a durabilidade pois apesar da resistecircncia e

durabilidade serem consideradas as propriedades mais importantes dos materiais de

construccedilatildeo a necessidade de projetar e de construir com durabilidade natildeo eacute considerada

com a mesma ecircnfase e importacircncia dada agrave resistecircncia estrutural

30

Aleacutem das propriedades a compatibilidade entre os materiais eacute importante quando se

objetiva a qualidade pois o conhecimento teacutecnico de cada material poderaacute minimizar ou

impedir a deterioraccedilatildeo

Portanto eacute essencial o questionamento sobre quais materiais utilizar se os materiais

teratildeo aderecircncia se um material poderaacute mudar as propriedades do outro quais as

especificaccedilotildees a serem seguidas quais os equipamentos envolvidos quais as condiccedilotildees

de entrega e de exposiccedilatildeo onde armazenaacute-los a quantidade de material a ser utilizada

enfim questotildees que podem comprometer a qualidade do produto final e resultar em

futuros problemas patoloacutegicos e de manutenccedilatildeo

322 Execuccedilatildeo (construccedilatildeo)

A sequumlecircncia loacutegica do processo de construccedilatildeo civil indica que a etapa de execuccedilatildeo deva

ser iniciada apenas apoacutes o teacutermino da etapa de concepccedilatildeo com a conclusatildeo de todos os

estudos e projetos que lhe satildeo inerentes Suponha-se portanto que isto tenha ocorrido

com sucesso podendo entatildeo ser convenientemente iniciada a etapa de execuccedilatildeo cuja

primeira atividade seraacute o planejamento da obra

Iniciada a construccedilatildeo podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas associadas a

causas tatildeo diversas como falta de condiccedilotildees locais de trabalho (cuidados e motivaccedilatildeo)

natildeo capacitaccedilatildeo profissional da matildeo-de-obra inexistecircncia de controle de qualidade de

execuccedilatildeo maacute qualidade de materiais e componentes irresponsabilidade teacutecnica e ateacute

mesmo sabotagem

Nas estruturas vaacuterios problemas patoloacutegicos podem surgir Uma fiscalizaccedilatildeo deficiente

e um fraco comando de equipes normalmente relacionados a uma baixa capacitaccedilatildeo

profissional do engenheiro e do mestre de obras podem com facilidade levar a graves

erros em determinadas atividades como a implantaccedilatildeo da obra escoramento focircrmas

posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto desde a sua

fabricaccedilatildeo ateacute a cura

A ocorrecircncia de problemas patoloacutegicos cuja origem estaacute na etapa de execuccedilatildeo eacute devida

basicamente ao processo de produccedilatildeo que eacute em muito prejudicado por refletir de

imediato os problemas soacutecio-econocircmicos que provocam baixa qualidade teacutecnica dos

31

trabalhadores menos qualificados como os serventes e os meio-oficiais e mesmo do

pessoal com alguma qualificaccedilatildeo profissional

Estudos anteriores realizados pela Construtora A revelam que problemas patoloacutegicos

que aparecem nas edificaccedilotildees durante sua vida uacutetil satildeo originados durante a fase de

produccedilatildeo da edificaccedilatildeo com maior percentual na fase de projeto no caso da Europa

sendo que no caso do Brasil esse percentual se daacute na fase de execuccedilatildeo (Conforme

quadro abaixo) daiacute a grande importacircncia da implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade para execuccedilatildeo de obra

ETAPA Patologias ()

Projeto 18

Materiais 6

Execuccedilatildeo 52

Utilizaccedilatildeo 14

Outros 10 Tabela 1 - Origem das patologias levantadas nas obras da Construtora A

Pode-se associar agrave qualidade de execuccedilatildeo alguns fatores como a qualidade no

gerenciamento da obra no recebimento dos materiais e de equipamentos e

principalmente da execuccedilatildeo dos serviccedilos propriamente dita

Apesar da fase de construccedilatildeo ter influecircncia dominante no desempenho do produto final

nota-se no Brasil uma grande incidecircncia de falhas que podem gerar inuacutemeras

patologias Estas falhas satildeo originadas a partir de erros de projeto no planejamento da

especificaccedilatildeo de materiais entre outros sendo tambeacutem facilmente identificadas

algumas falhas da proacutepria execuccedilatildeo Tais falhas estatildeo relacionadas agrave falta de

qualificaccedilatildeo adequada de quem executa o serviccedilo soluccedilotildees improvisadas atmosfera de

trabalho desconfortaacutevel pouca afinidade entre o grupo barreiras entre a teacutecnica e a

administraccedilatildeo falta de tempo suficiente para a conclusatildeo do serviccedilo gerenciamento

deficiente e ausecircncia de uma clara descriccedilatildeo do serviccedilo a ser realizado

Enfatizando a qualificaccedilatildeo eacute essencial que o profissional que exerce a funccedilatildeo do

controle de execuccedilatildeo apresente uma formaccedilatildeo teoacuterica aliada agrave experiecircncia praacutetica sendo

importante tambeacutem o treinamento de quem executa o serviccedilo

Muitas accedilotildees podem ser tomadas para evitar problemas futuros nas edificaccedilotildees havendo

necessidade de uma visatildeo completa e profunda de todo o processo construtivo A gestatildeo

da produccedilatildeo de matildeo-de-obra deve ser observada tambeacutem de uma forma global inserida

32

em um conjunto organizado gerido por meio de procedimentos padronizados

racionalizados e eficientes e eficazes

Na fase de execuccedilatildeo a manutenccedilatildeo preventiva eacute muito dependente do controle de

qualidade da matildeo-de-obra assim como o cumprimento das especificaccedilotildees de projeto

Para garantir o cumprimento de todas as prescriccedilotildees referentes agrave execuccedilatildeo o controle

deve abranger operaccedilotildees em todos dos estaacutegios de execuccedilatildeo Cada um dos subsistemas

das edificaccedilotildees precisa ter procedimentos bem definidos e consolidados para o seu

controle

323 Utilizaccedilatildeo (manutenccedilatildeo)

Acabadas as etapas de concepccedilatildeo e de execuccedilatildeo e mesmo quando tais etapas tenham

sido de qualidade adequada as estruturas podem vir a apresentar problemas patoloacutegicos

originados da utilizaccedilatildeo errocircnea ou da falta de um programa de manutenccedilatildeo adequado

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por uso inadequado podem ser evitados

informando-se aos usuaacuterios sobre as possibilidades e as limitaccedilotildees da obra

Os problemas patoloacutegicos ocasionados por manutenccedilatildeo inadequada ou mesmo pela

ausecircncia total de manutenccedilatildeo tem sua origem no desconhecimento teacutecnico na

incompetecircncia no desleixo e em problemas econocircmicos

Exemplos tiacutepicos casos em que a manutenccedilatildeo perioacutedica pode evitar problemas

patoloacutegicos seacuterios e em alguns casos a proacutepria ruiacutena da obra satildeo a limpeza e a

impermeabilizaccedilatildeo das lajes de cobertura marquises piscinas elevadas e play-

grounds que se natildeo forem executadas possibilitaratildeo a infiltraccedilatildeo prolongada de aacuteguas

de chuva e o entupimento de ralos fatores que aleacutem de implicarem a deterioraccedilatildeo da

estrutura podem levaacute-la agrave ruiacutena por excesso de carga (acumulaccedilatildeo de aacutegua)

O uso de uma edificaccedilatildeo inclui sua operaccedilatildeo e as atividades de manutenccedilatildeo realizadas

durante sua vida uacutetil Pelo fato das atividades de manutenccedilatildeo em sua maioria serem

33

repetitivas e ciacuteclicas eacute importante a implantaccedilatildeo de um programa de manutenccedilatildeo

visando aperfeiccediloar a utilizaccedilatildeo de recursos e manter o desempenho de projeto

Para a implantaccedilatildeo deste programa de manutenccedilatildeo eacute importante a realizaccedilatildeo de um

manual do usuaacuterio para auxiliar a correta utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo e recomendar as

medidas de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo A linguagem deste manual deve ser simples e

direta apresentada de forma didaacutetica devendo ainda ser detalhado de acordo com uma

complexidade da edificaccedilatildeo

O manual deve conter informaccedilotildees sobre procedimentos recomendaacuteveis para a

manutenccedilatildeo da edificaccedilatildeo tais como especificaccedilatildeo de procedimentos gerais de

manutenccedilatildeo para a edificaccedilatildeo como um todo especificaccedilatildeo de um programa de

manutenccedilatildeo preventiva de componentes instalaccedilotildees e equipamentos relacionados agrave

seguranccedila e agrave salubridade da edificaccedilatildeo identificaccedilatildeo de componentes da edificaccedilatildeo

mais importantes em relaccedilatildeo agrave frequumlecircncia ou aos riscos decorrentes da falta de

manutenccedilatildeo e agrave recomendaccedilatildeo da obrigatoacuteria revisatildeo do manual de operaccedilatildeo uso e

manutenccedilatildeo

O grande problema por parte dos usuaacuterios dos edifiacutecios eacute que na maioria das vezes eles

natildeo se preocupam com a manutenccedilatildeo natildeo dando a devida importacircncia ao manual de

manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo fator fundamental para a vida uacutetil da edificaccedilatildeo

Os procedimentos inadequados durante a utilizaccedilatildeo podem ser divididos em dois

grupos accedilotildees previsiacuteveis e accedilotildees imprevisiacuteveis ou acidentais Nas accedilotildees previsiacuteveis

podemos compreender o carregamento excessivo devido a ausecircncia de informaccedilotildees no

projeto eou inexistecircncia de manual de utilizaccedilatildeo No caso das accedilotildees imprevisiacuteveis

temos alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de exposiccedilatildeo da estrutura incecircndios abalos provocados

por obras vizinhas choques acidentais etc

324 Consideraccedilotildees finais sobre a origem das patologias

34

Pelo fato das patologias se originarem durante as etapas do processo construtivo eacute

essencial a garantia do controle de qualidade em todas estas etapas com um

planejamento bem detalhado que permita uma visatildeo clara do que seraacute executado um

projeto que atenda os requisitos miacutenimos de qualidade a escolha correta dos materiais

uma execuccedilatildeo obedecendo ao projeto e as especificaccedilotildees e a fazes de uso orientada

com manuais de utilizaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Aleacutem dos fatores citados anteriormente eacute importante lembrar a necessidade de ampliar

e melhorar a qualificaccedilatildeo das pessoas envolvidas no processo Conveacutem ressaltar que no

Brasil a baixa qualidade da construccedilatildeo civil natildeo se deve somente agrave falta de recursos ou

de tecnologia mas a uma questatildeo cultural natildeo sendo a qualidade analisada como

princiacutepio mas como condiccedilotildees para uma melhora contiacutenua

Eacute certo que todas as etapas do processo podem contribuir para o aparecimento de

manifestaccedilotildees patoloacutegicas na edificaccedilatildeo ou podem ser a origem dessas patologias

poreacutem pode-se observar que natildeo haacute um programa de manutenccedilatildeo preventiva ou

corretiva na construccedilatildeo civil Desta forma a falta de programas de manutenccedilatildeo dos

sistemas construtivos de edificaccedilotildees eacute uma das causas mais importantes de deterioraccedilatildeo

precoce do ambiente construiacutedo

Na tabela 06 (anexo 03) estatildeo alguns exemplos das falhas encontradas com suas

possiacuteveis causas e a accedilatildeo corretiva a ser tomada Mais agrave frente nesse trabalho na seccedilatildeo

de estudo de casos seraacute feita uma anaacutelise detalhada de alguns casos que observou-se

ocorrer com maior frequumlecircncia

33 Metodologia de abordagem dos problemas patoloacutegicos

Um problema patoloacutegico pode ser entendido como uma situaccedilatildeo em que o edifiacutecio ou

uma parte deste num determinado instante da sua vida uacutetil natildeo apresenta o

desempenho previsto

35

O problema eacute identificado de modo geral a partir das manifestaccedilotildees ou sintomas

patoloacutegicos que se traduzem por modificaccedilotildees estruturais e ou funcionais no edifiacutecio ou

na parte afetada representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos

As manifestaccedilotildees uma vez conhecidas e corretamente interpretadas podem conduzir ao

entendimento do problema possibilitando a sua resoluccedilatildeo a partir de uma intervenccedilatildeo

cujo niacutevel estaraacute vinculado principalmente agrave relaccedilatildeo entre o desempenho estabelecido

para o produto e o desempenho constatado

Objetivando-se uma accedilatildeo sistecircmica frente aos problemas patoloacutegicos passiacuteveis de

ocorrerem propotildee-se no presente trabalho uma metodologia de abordagem dos

mesmos a partir da qual os profissionais da aacuterea poderatildeo organizar um conjunto de

passos e etapas a serem seguidos a fim de identificarem as possiacuteveis causas que levaram

agrave sua ocorrecircncia buscando assim evitar problemas em futuros empreendimentos

Para uma melhor compreensatildeo dos problemas patoloacutegicos ocorridos com os

empreendimentos e agrave uniformidade de atuaccedilatildeo frente agraves possiacuteveis soluccedilotildees propotildee-se

empregar uma metodologia de accedilatildeo que pode ser desenvolvida ou adaptada para cada

situaccedilatildeo especiacutefica sendo as etapas propostas discutidas a seguir

331 Levantamento de subsiacutedios

Esta etapa fundamenta-se na obtenccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias para que se possa

compreender o problema ocorrido Sua estruturaccedilatildeo ocorre a partir da elaboraccedilatildeo de um

quadro geral das manifestaccedilotildees presentes onde devem ser devidamente relatadas as

evidecircncias que provocaram efetivamente o problema

As informaccedilotildees podem ser obtidas por meio de quatro fontes baacutesicas vistoria do local

levantamento do histoacuterico do problema e do edifiacutecio (anamnese do caso) exames

complementares e pesquisa (bibliograacutefica tecnoloacutegica cientiacutefica e normativa)

discutidas a seguir

36

3311 Vistoria do local

A vistoria do local pode se dar a partir da insatisfaccedilatildeo do usuaacuterio com o desempenho de

algum ponto do empreendimento acionando um profissional com o intuito de

solucionar o problema ou pode decorrer de um programa rotineiro de manutenccedilatildeo

onde atraveacutes de uma inspeccedilatildeo constata-se a existecircncia de um problema patoloacutegico

A vistoria em um ou outro caso deve seguir alguns passos especiacuteficos para que se

possa chegar a uma conclusatildeo objetiva Neste sentido propotildee-se a seguir um

procedimento baacutesico para a realizaccedilatildeo da vistoria do local Eacute evidente que se trata

apenas de um direcionamento das atividades sendo recomendada uma postura de

contiacutenua adaptaccedilatildeo ao longo das experiecircncias que forem sendo adquiridas

1 Determinaccedilatildeo da existecircncia e da gravidade do problema patoloacutegico

2 Definiccedilatildeo da extensatildeo e do alcance do problema

3 Registro dos resultados

3312 Levantamento do histoacuterico do edifiacutecio

Essa fase somente seraacute desenvolvida quando for constatada a escassez de subsiacutedios para

diagnosticar o problema na fase de vistoria do local

Ela deve se entendida como uma accedilatildeo capaz de levantar o histoacuterico do edifiacutecio

envolvendo todas as atividades realizadas durante o seu processo de produccedilatildeo que de

alguma maneira possam ter contribuiacutedo para o surgimento do problema

A obtenccedilatildeo das informaccedilotildees sobre as atividades desenvolvidas eacute proveniente

basicamente de duas fontes

a) Investigaccedilatildeo com pessoas envolvidas com o empreendimento

Dependendo da fase em que se encontra o empreendimento pode-se entrevistar um

universo variaacutevel de profissionais envolvidos entre os quais destacam-se operaacuterios da

obra fabricantes e fornecedores de materiais construtores projetistas promotor do

empreendimento vizinhos usuaacuterios entre outros

37

b) Anaacutelise de documentos fornecidos

Como anteriormente colocado as informaccedilotildees obtidas das entrevistas podem natildeo

fornecer um quadro suficientemente amplo e confiaacutevel para o estabelecimento do

Histoacuterico do caso Se isto ocorrer pode-se utilizar como fonte complementar os

documentos produzidos durante a realizaccedilatildeo da obra e no periacuteodo de utilizaccedilatildeo do

edifiacutecio

Na praacutetica sabe-se que os documentos produzidos no decorrer da obra quase sempre se

encontram desatualizados e incompletos pois natildeo se disseminou amplamente a sua

necessidade e a sua importacircncia No entanto podem ser encontrados em algumas obras

documentos que devem ser investigados como por exemplo diaacuterio de obra registro de

ensaios para recebimento de materiais e componentes notas fiscais de materiais e

equipamentos contratos para execuccedilatildeo dos serviccedilos cronograma fiacutesico-financeiro

previsto e executado entre outros

c) Registro dos resultados

O levantamento histoacuterico da edificaccedilatildeo de modo geral tem documentaccedilatildeo muito

esporaacutedica e ineficiente uma vez que essa atividade natildeo eacute sistematizada As respostas

obtidas verbalmente por sua vez natildeo satildeo diretamente conclusivas Contudo todas as

informaccedilotildees aqui conseguidas devem ser cuidadosamente consideradas compiladas

utilizadas para a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico e posteriormente arquivadas

Para que seja estabelecido o diagnoacutestico nessa fase faz-se necessaacuteria uma reavaliaccedilatildeo e

confrontaccedilatildeo dos registros cadastrados na fase de vistoria do local com aqueles aqui

obtidos

3313 Exames complementares

Consideraacutevel parte dos problemas patoloacutegicos que ocorrem apresenta sintomas bem

caracteriacutesticos possibilitando a formulaccedilatildeo do diagnoacutestico com a realizaccedilatildeo das etapas

anteriores Entretanto quando isto natildeo for possiacutevel poderatildeo ser realizados exames

complementares que devem ser direcionados e ou solicitados a partir de uma avaliaccedilatildeo

real de suas necessidades e dos resultados obtidos ateacute entatildeo Estes exames podem ser de

duas naturezas ensaios em laboratoacuterio ou no local

38

a) Ensaios laboratoriais

Ensaiar e analisar o material significa determinar os valores de propriedades que sejam

relevantes o seu uso No caso dos revestimentos ceracircmicos por exemplo podem ser

determinadas as caracteriacutesticas de porosidade coeficiente de dilataccedilatildeo resistecircncia de

aderecircncia resistecircncia a ataques quiacutemicos etc em funccedilatildeo de determinada aplicaccedilatildeo ou

ainda do problema detectado (descolamento esfarelamento etc) Tambeacutem podem ser

ensaiadas as argamassas empregadas principalmente no que se refere ao seu tempo de

vida uacutetil trabalhabilidade capacidade de absorver deformaccedilotildees resistecircncia agrave

compressatildeo entre outras

Os ensaios laboratoriais na maioria das vezes servem para avaliar determinadas

amostras coletadas com o objetivo de quantificar e qualificar os comportamentos fiacutesico-

quiacutemicos dos materiais procurando reproduzir as condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estatildeo

submetidos quando do seu emprego no edifiacutecio

b) Ensaios no local

Estes ensaios caracterizam-se por serem realizados na proacutepria obra a partir de

equipamentos especiacuteficos podendo ser de natureza destrutiva ou natildeo destrutiva em

funccedilatildeo das caracteriacutesticas a serem avaliadas Em geral seu campo de amostragem

constitui-se de corpos de provas pertencentes a partes danificadas e outras que natildeo

apresentem os problemas Os resultados obtidos de ambas devem ser devidamente

avaliados e comparados entre si

3314 Pesquisa

Com os resultados dos ensaios devidamente avaliados e tendo-se chegado agrave conclusatildeo

de que natildeo se consegue diagnosticar o problema tem-se uma uacuteltima fase que seriam as

pesquisas bibliograacuteficas tecnoloacutegicas e cientiacuteficas

Nesta fase deve-se computar dados a partir do levantamento de informaccedilotildees em textos

cientiacuteficos e ou experimentos em niacutevel de pesquisa tecnoloacutegica buscando encontrar

referecircncias anaacutelogas agrave situaccedilatildeo em que se encontra

39

332 Diagnoacutestico da situaccedilatildeo

Uma vez equacionada a primeira etapa os estudos devem ser conduzidos para a

formulaccedilatildeo do diagnoacutestico do problema o qual pode ser entendido como o

equacionamento do quadro geral da patologia existente

Cabe lembrar poreacutem que as patologias constituem um processo dinacircmico e assim

sendo as manifestaccedilotildees numa determinada eacutepoca podem apresentar um aspecto

completamente distinto que numa outra estando em constante evoluccedilatildeo Assim o

diagnoacutestico pressupotildee um processo dinacircmico que na realidade natildeo se inicia somente

apoacutes a anaacutelise dos resultados obtidos no levantamento de subsiacutedios mas tem iniacutecio com

ele sendo que todas as informaccedilotildees devem ser interpretadas no sentido de compor

progressivamente o quadro de entendimento do problema patoloacutegico

De maneira simplificada pode-se dizer que o processo de diagnoacutestico de um problema

patoloacutegico pode ser descrito como uma geraccedilatildeo de hipoacuteteses efetivas que visam a um

esclarecimento das origens causas e mecanismos de ocorrecircncias que estejam

promovendo uma queda no desempenho do produto

333 Definiccedilatildeo da conduta

Esta etapa estaacute relacionada a uma avaliaccedilatildeo da necessidade ou natildeo de se intervir no

problema patoloacutegico referindo-se portanto agraves alternativas de intervenccedilatildeo e agrave definiccedilatildeo

da terapia a ser indicada

Para que se possa chegar a uma decisatildeo a partir do diagnoacutestico satildeo levantadas as

hipoacuteteses de evoluccedilatildeo futura do problema ou seja realiza-se um prognoacutestico que deve

ser baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema estaacutegio de desenvolvimento

caracteriacutesticas gerais do edifiacutecio e condiccedilotildees de exposiccedilatildeo a que estaacute submetido

40

Diante da formulaccedilatildeo do prognoacutestico onde ficaratildeo evidentes as possibilidades de

soluccedilatildeo do problema patoloacutegico levantam-se as alternativas de intervenccedilatildeo que por sua

vez satildeo feitas levando-se em conta trecircs paracircmetros baacutesicos grau de incerteza sobre os

efeitos relaccedilatildeo custo benefiacutecio e disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos

serviccedilos

O grau de incerteza sobre os efeitos relaciona-se diretamente com a incerteza do

diagnoacutestico formulado pois este estaacute fundamentado em informaccedilotildees e conhecimentos

passiacuteveis de erros

A relaccedilatildeo custobenefiacutecio por sua vez estabelece um confronto dos benefiacutecios que

possam ser auferidos na obtenccedilatildeo do desempenho requerido em relaccedilatildeo ao custo de sua

recuperaccedilatildeo no decorrer do restante da vida uacutetil do edifiacutecio

Finalmente a verificaccedilatildeo da disponibilidade de tecnologia para execuccedilatildeo dos serviccedilos

objetiva realizar um levantamento sobre as condiccedilotildees tecnoloacutegicas para a execuccedilatildeo dos

serviccedilos de intervenccedilatildeo definidos As condiccedilotildees tecnoloacutegicas envolvem a teacutecnica de

execuccedilatildeo propriamente dita os materiais os equipamentos e a matildeo-de-obra

necessaacuterios agrave execuccedilatildeo dos serviccedilos

Caso seja empregada uma tecnologia incompatiacutevel com o problema ou ainda caso

ocorram falhas na realizaccedilatildeo dos serviccedilos de manutenccedilatildeo o mesmo pode ser agravado

podendo ateacute mesmo tornar-se irreversiacutevel

334 Registro do caso

Equacionado o problema patoloacutegico e adotada a conduta passa-se a confrontaccedilatildeo dos

efeitos resultantes com os esperados gerando uma fonte de informaccedilotildees que

retroalimenta o processo de produccedilatildeo do edifiacutecio

O registro do caso constitui-se numa fonte importante e segura para consulta de modo

que os problemas detectados possam ser evitados nos novos empreendimentos Aleacutem

disso servem de subsiacutedios essenciais agrave eliminaccedilatildeo do grau de incerteza do diagnoacutestico

41

de casos semelhantes no futuro e para a definiccedilatildeo da conduta de intervenccedilatildeo

possivelmente mais raacutepida e mais eficiente

42

4 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Como relatado no iniacutecio deste trabalho a Construtora A apenas iniciou o tratamento

qualitativo das causas e expensas associadas no atendimento pela assistecircncia teacutecnica em

fevereiro de 2005 Compilando os dados dispostos na tabela 02 contendo os orccedilamentos

mensais da aacuterea de assistecircncia de fevereiro de 20011 a fevereiro de 2012 estratificados

pelas causas das solicitaccedilotildees chegamos ao graacutefico 01

No graacutefico 01 temos as causas das solicitaccedilotildees que geraram custo neste intervalo de um

ano sendo mensurados pelo seu custo anual por sua porcentagem no custo total e por

Pareto atentando-nos para as causas que nos levam a 80 do nosso custo sendo elas

Impermeabilizaccedilatildeo Revestimento de Argamassa EntregaRevisatildeo de Obra Trincas de

Movimentaccedilatildeo Pintura e Limpeza Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Preparo do Terreno

Operaccedilatildeo de Canteiro Materiais Diversos Revestimento Ceracircmico e Esquadria de

Ferro

Analisando paralelamente ao custo observamos na tabela 03 o nuacutemero das causas das

solicitaccedilotildees dos clientes Fazendo a mesma verificaccedilatildeo no mesmo intervalo de tempo

fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 temos no graacutefico 02 Pareto nos indicando que as

causas responsaacuteveis por 80 das solicitaccedilotildees satildeo Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Fachadas

Impermeabilizaccedilatildeo Forma e Armaccedilatildeo (tricas de movimentaccedilatildeo) Esquadria de

Alumiacutenio Revestimento Ceracircmico e Pintura e Limpeza

Neste trabalho acadecircmico trataremos sobre as trecircs principais causas influentes tanto no

custo como na frequumlecircncia das solicitaccedilotildees Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas (293 das

solicitaccedilotildees R$13071100 custo anual) Fachadas (132 das solicitaccedilotildees custo anual

diluido em Revestimento de Argamassa e Trincas de Movimentaccedilatildeo) e

Impermeabilizaccedilatildeo (68 das solicitaccedilotildees e R$38917100 custo anual)

43

Gasto em R$ X Meses (Fev 2011 Fev 2012)

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set11 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Gasto Ano

Impermeabilizaccedilatildeo 54000 619913 165700 2828707 5381081 4164726 6063987 2846295 4738524 1103347 3863441 1538827 5548636 38917184

Revestimento de Argamassa 28000 - 2704317 2855321 2427174 1059958 4126439 1961951 2395650 1622668 1260335 3177637 23619450

Entrega Revisatildeo da Obra 3074641 4955090 2446154 191578 853095 1336590 1130288 1035728 - 1702772 16725936

Trincas de Movimentaccedilatildeo - - 306239 2825424 1716739 851783 128894 945563 1112233 2102390 314723 5209393 15513381

Pintura Limpeza 3625873 245760 2313439 373397 342545 139551 432510 712675 1291738 454491 1796284 142805 3456769 15327837

Inst Hidraacuteulicas - 57000 - 782476 1422227 2316611 368357 717468 2470908 1112807 816240 562966 2444075 13071135

Preparo do Terreno - 150000 38485 78760 857372 1032997 574320 1007326 6970137 75844 661195 11446436

Operaccedilatildeo do Canteiro 236633 562079 340662 1411246 764243 926058 483966 854507 669983 470647 413300 249585 239652 7622561

Materiais Diversos 183745 416853 687450 784272 717104 375798 645635 928168 1085455 414199 183777 661355 198645 7282456

Revestimento Ceracircmico Interno - 66749 85542 302082 349050 627634 372801 682104 941505 210989 70801 2900786 6610043

Esq Ferro 538650 524740 710263 692220 111015 876337 21100 390515 895410 878946 943000 6582196

Esq Alumiacutenio - 665256 512978 747372 380024 401096 211986 1106178 402038 497160 171636 1079955 6175679

Esq Madeira 57350 6500 237040 122330 833489 225289 190920 595157 62212 512180 906007 58255 170544 3977273

Maacutermores e Granitos Internos 142903 1823303 240189 123142 170341 120110 508870 116400 44160 8055 47734 372813 88201 3806221

Outros Revestimentos - Piso 1100000 296426 458500 422400 1100000 23270 3990 178460 - 3583046

Ar Condicionado - - 77263 661360 353250 600363 373404 297501 32800 122810 136000 2654751

Gastos Gerais - - - 2370000 120000 2490000

Inst Eleacutetrica - - 147927 122682 - 50530 107325 251582 193975 401100 324320 872636 2472077

Projetos e Serviccedilos Teacutecnicos - 400000 - 400000 200000 200000 200000 200000 400000 300000 2300000

Gastos de Administraccedilatildeo 239394 300806 278061 242953 233509 236593 239751 179374 205016 37663 3848 2196968

Telhado - 450000 323102 365588 80000 237888 231325 182107 222874 91842 2184726

Transporte e Limpeza 18316 39579 32000 43842 48000 16000 42964 152021 566200 366263 456568 1781753

Despesas Reembolsaacuteveis - Facilidades 1572200 87700 - - - 1659900

Alvenaria e Vedaccedilotildees - 129800 516251 48177 - 21010 17924 231325 438431 9474 1412392

Decoraccedilatildeo 198322 181921 154395 627117 - - - 1161755

Manutenccedilatildeo Dassi 874708 - - 874708

Pedras Decorativas 159500 48750 57825 7160 23270 55490 - 62650 428495 843140

Forro de gesso - - 30023 - 47573 569758 - 50340 697694

Maacutermores e Granitos Externos - - 132708 98715 - - - 64440 295863

Pisos de Madeira - 130000 50000 - - - 180000

Vidros - - 13500 - - - 13500

TOTAL MEcircS 11229527 10608720 10595891 13821665 18974880 17473930 15119351 15769130 17798004 14848916 23522205 6798369 26919472 203480061

Tabela 2 - Custo mensal das causas das solicitaccedilotildees

44

Graacutefico 1 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao custo ano da aacuterea de assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Custo Acumulado das Causas - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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R$ 5000000

R$ 10000000

R$ 15000000

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45

Causas X Nuacutemero de Solicitaccedilotildees

fev11 mar11 abr11 mai11 jun11 jul11 ago11 set011 out11 nov11 dez11 jan12 fev12 Sol Ano

Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas 11 23 22 32 63 35 30 29 28 44 28 41 41 427

Fachadas 2 29 6 33 13 54 26 6 7 16 192

Impermeabilizaccedilatildeo 1 10 8 26 26 12 11 3 18 13 128

Forma e Armaccedilatildeo 1 1 8 19 12 31 29 18 119

Esquadrias de Ferro e Aluminio 7 6 9 13 8 26 14 12 10 105

Revestimentos Ceracircmicos 2 9 10 18 7 6 9 7 12 20 100

Pintura e Limpeza 1 2 14 1 17 5 9 12 11 8 16 96

Instalaccedilotildees Eleacutetricas 2 10 6 5 3 9 14 7 9 65

Maacutermores e Granitos Internos 4 11 4 3 2 4 6 10 3 8 55

Fundaccedilatildeo 8 2 8 10 5 5 1 39

Esquadrias de Madeira 1 5 4 2 3 2 7 3 6 33

Outras Inst ExaustatildeoAr-Cond 1 1 3 1 1 5 6 1 19

Dry-Wall 1 6 6 1 1 15

Forro de Gesso 2 2 1 5 4 1 15

Telhados 1 1 3 2 1 6 14

Fachadas de Granito 7 1 1 1 1 1 12

Alvenaria Estrutural 4 3 7

Outros 2 2 2 6

Alvenaria-Bloco Cecircramico 1 1 1 1 4

Pedras Decorativas 2 2

Revestimento Interno Argamassa 1 1 2

Contra Piso 1 1

TOTAL Mecircs 11 24 22 49 177 86 175 125 156 180 137 153 161 1456

Tabela 3 - Numero de solicitaccedilotildees mensais pelas causas de referecircncia

46

Graacutefico 2 ndash Graacutefico de Pareto aplicado ao nuacutemero de solicitaccedilotildees ano da assistecircncia teacutecnica pelas causas de referecircncia

Causas das Solicitaccedilotildees - 12 meses ( Fev05 - Fev 06 )

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47

5 ESTUDO DE CASOS

51 Impermeabilizaccedilatildeo

Em se tratando de impermeabilizaccedilatildeo em uma construccedilatildeo mesmo que sejam adotandos

materiais adequados e de boa procedecircncia ainda assim natildeo haacute garantias Como em

todos os serviccedilos de uma obra mais ainda no caso da impermeabilizaccedilatildeo a matildeo de obra

utilizada precisa ser exaustivamente treinada

Como a aacuterea a ser impermeabilizada sofreraacute intervenccedilotildees por outras equipes antes e

depois da aplicaccedilatildeo da camada impermeabilizante essas equipes precisam sempre

passar por treinamento de reciclagem para a conscientizaccedilatildeo dos riscos responsaacuteveis por

um futuro vazamento

Eacute comum ver a equipe de concreto esquecer ou natildeo ser avisada de colocar na forma uma

simples ripa que faraacute o sulco necessaacuterio para a ancoragem da manta de

impermeabilizaccedilatildeo Isso geraraacute um re-trabalho oneroso na fase de impermeabilizaccedilatildeo

onde haveraacute de se quebrar com uma talhadeira e corre-se o risco de abalar a estrutura

Outro exemplo comum eacute um servente precisar pregar um inofensivo prego em uma

parede rebocada para esticar uma linha de marcaccedilatildeo sem saber que atraacutes desse reboco

estaacute toda a camada impermeabilizante pronta e acabada

Vaacuterios outros exemplos poderiam ser citados mas por enquanto podem ser mostrados

apenas esses dois para que demonstrar que os proacuteprios colaboradores da obra podem se

transformar em vilotildees por falta de aviso dos riscos e cuidados a serem tomados

Embora este assunto natildeo seja tratado com a frequumlecircncia e seriedade que deveria a

impermeabilizaccedilatildeo eacute parte fundamental de uma edificaccedilatildeo

Grande eacute a preocupaccedilatildeo com pisos paredes portas janelas e telhados mas de que

valem todos esses elementos que compotildeem uma construccedilatildeo se natildeo forem capazes de

impedir os efeitos da tatildeo indesejaacutevel infiltraccedilatildeo Eacute de conhecimento de todos o quatildeo

48

teimosa e persistente eacute a aacutegua Deve-se superaacute-la sendo preciso e consciente dos seus

fenocircmenos Oferece-se no mercado inuacutemeros produtos impermeabilizantes caros

baratos faacuteceis complicados simples e sofisticados Todos prometem maravilhas

garantem facilidades na aplicaccedilatildeo estanqueidade e durabilidade

Quando ocorre um problema de impermeabilizaccedilatildeo na maioria das vezes se estaacute

lidando com um cliente insatisfeito que estaacute com seu apartamento encharcado onde o

reparo vai implicar na quebra de boa quantidade de materiais de revestimento nobres

sujeiras e contratempos para o cliente que confiou que teria um local seguro para morar

Concluiacute-se entatildeo que o maior prejuiacutezo seraacute da construtora pois mesmo que consiga

restabelecer a funcionabilidade e esteacutetica da unidade fica o prejuiacutezo moral perante o

cliente este sim eacute um prejuiacutezo que nenhum profissional nem empresa gostaria de ter

Caso 01

Em 2001 a construtora A iniciou a substituiccedilatildeo de todas as suas paredes internas de

alvenaria por paredes de gesso acartonado (Dry-Wall) material largamente jaacute utilizado

em paiacuteses europeus e nos Estados Unidos A substituiccedilatildeo dos materiais de

impermeabilizaccedilatildeo natildeo acompanhou esta mudanccedila sendo ainda utilizado

impermeabilizaccedilatildeo riacutegida a base de epoacutexi Tal detalhe de impermeabilizaccedilatildeo mostrou-

se ao longo tempo falho cabendo hoje a construtora a refazer quase que a totalidade dos

banheiros de seus clientes

Os paineacuteis de dry-wall satildeo fixados apenas lateralmente permitindo que qualquer

movimentaccedilatildeo das placas por choque ou dilataccedilatildeo teacutermica implique na flexibilizaccedilatildeo da

impermeabilizaccedilatildeo que sendo esta riacutegida quebra-se permitindo a percolaccedilatildeo de aacutegua

para os revestimentos adjacentes

Na maioria dos casos da construtora A os pisos no entorno de banheiros eram de

madeira que ao entrar em contato com aacutegua incharam e desprenderam-se do chatildeo

sendo necessaacuterio para recompocirc-lo a troca das peccedilas afetadas e a nova aplicaccedilatildeo de

sinteco

Com o objetivo de resolver o problema crocircnico de impermeabilizaccedilatildeo de seus

empreendimentos a construtora A adotou o modelo de impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel

49

soluccedilatildeo asfaacutelica com base acriacutelica + tela de polieacutester (manta moldada em loco)

resistindo as movimentaccedilotildees dos paineacuteis de gesso natildeo havendo assim ruptura do

sistema de impermeabilizaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo de pisos e paredes das aacutereas adjacentes

Custo de reparo aproximado por banheiro + aacutereas afetadas R$ 1000000

Figura 4 - Paredes infiltradas pela falha na impermeabilizaccedilatildeo do banheiro

Figura 5 - Revestimento de taco levantou devido a presenccedila de aacutegua no piso do quarto adjacente

50

Figura 6 - Impermeabilizaccedilatildeo riacutegida trincada no final da placa de dry-wall

Figura 7 - Detalhe da impermeabilizaccedilatildeo riacutegida junto a placa de dry-wall

51

Figura 8 - Detalhe da falta de impermeabilizaccedilatildeo entre a parede e o tento

Figura 9 - Nova impermeabilizaccedilatildeo flexiacutevel aplicada com a soluccedilatildeo asfaacuteltica + tela de polieacutester

fazendo a vedaccedilatildeo inclusive junto ao tento

52

Caso 02

Outro problema que pode ser citado com frequencia e de manutenccedilatildeo onerosa eacute a

impermeabilizaccedilatildeo de piscinas A execuccedilatildeo da manta asfaacuteltica geralmente eacute feita

quando a estrutura ainda estaacute no osso desta forma o enchimento para o contrapiso do

deck acaba sendo executado acima da virada da manta ou seja a piscina eacute

impermeabilizada abaixo do niacutevel de aacutegua final (depois do acabamento) fazendo com

que a impermeabilizaccedilatildeo natildeo chegue ateacute a borda da piscina

Esse eacute um erro que poderia ter sido resolvido durante o processo de execuccedilatildeo se

houvesse um procedimento de fiscalizaccedilatildeo de serviccedilos eficaz A soluccedilatildeo para o

problema eacute quebrar toda a periferia da piscina e levar a manta ateacute a borda Eacute importante

observar que a soluccedilatildeo deste problema implica em um serviccedilo longo com esvaziamento

da piscina quebra da aacuterea a ser tratada reparo da impermeabilizaccedilatildeo reaplicaccedilatildeo da

ceracircmica (podendo ser de grande dificuldade caso a peccedila esteja fora de linha pela

faacutebrica) rejuntamento e custeio do caminhatildeo pipa para encher a piscina novamente

Custo aproximado R$ 1000000

Figura 10 - Sinais de infiltraccedilatildeo em toda a borda da piscina

53

Figura 11 - A virada da manta natildeo se estende ateacute a borda da piscina

Caso 3

O pescoccedilo do ralo deve estar rente a laje permitindo que toda a aacutegua presente acima do

niacutevel da laje possa escoar para o ralo natildeo permitindo acumulo de aacutegua no contrapiso

assim como o acuacutemulo de dejetos em torno do ralo

Figura 12 - Pescoccedilo do ralo acima da impermeabilizaccedilatildeo

54

Caso 4

O detalhe de impermeabilizaccedilatildeo do telhado (foto 11) permitia que ocorresse uma trinca

horizontal em toda a sua extensatildeo pela qual a aacutegua percolava e passava por traacutes da

manta atingindo as salas inferiores

O detalhe correto seria permitir que a manta virasse no miacutenimo 4 cm dentro da

alvenaria natildeo permitindo que a aacutegua percolasse por traacutes da manta

Figura 13 - Abertura de toda periferia do telhado para correccedilatildeo do detalhe da manta

Figura 14 - Detalhe da manta reto na alvenaria permitindo a percolaccedilatildeo drsquoaacutegua e descolagem

55

52 Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas

Os sistemas hidraacuteulicos prediais (SHP) tecircm demonstrado ser um dos principais

causadores de patologias poacutes-ocupaccedilatildeo Verifica-se que a maioria dos problemas

encontrados nos SHP estaacute relacionada agrave falhas de execuccedilatildeo (como por exemplo

vazamentos e entupimentos) sendo as falhas de projeto a segunda causa seguido das

falhas de uso (falta de informaccedilotildees) e por uacuteltimo as falhas inerentes aos materiais

Em se tratando de instalaccedilotildees eacute possiacutevel observar que haacute um elevado grau de interface

durante todo o periacuteodo da obra Inicia-se com as previsotildees deixadas na estrutura para a

posterior instalaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e termina na fase de acabamento da obra com a

colocaccedilatildeo de louccedilas e metais Durante todo esse processo eacute importante realizar reuniotildees

perioacutedicas de compatibilizaccedilatildeo de projetos Essa praacutetica evita algumas falhas diante da

dificuldade de se executar o que estaacute projetado aleacutem de retroalimentar o sistema da

qualidade para que futuros empreendimentos natildeo cometam o mesmo erro tanto na parte

de projeto quanto na parte de execuccedilatildeo

Outro ponto que deve ter uma maior preocupaccedilatildeo eacute a elaboraccedilatildeo do projeto bdquoas built‟

que funciona como um raio-X da parede por onde passam as tubulaccedilotildees Esse projeto

deve ser feito com base nas medidas reais executadas e serve de base para os

proprietaacuterios poderem furar a parede sem causar danos a instalaccedilatildeo Um projeto

elaborado de forma errada pode trazer muitos prejuiacutezos para a construtora pois a

mesma teraacute que arcar com todos os custos se um proprietaacuterio seguir o manual e furar

uma tubulaccedilatildeo por exemplo Aleacutem do bdquoas built‟ os usuaacuterios devem ser orientados

quanto a necessidade das manutenccedilotildees perioacutedicas tais como a limpeza de caixas

d‟aacutegua ralos e sifotildees o que evita muitas vezes o acionamento da construtora por um

motivo que natildeo eacute de sua responsabilidade

Eacute importante salientar que os SHP quando apresentam viacutecios interferem em vaacuterios

outros subsistemas tais como vedaccedilotildees revestimentos de paredes e de forro pintura

acabamentos impermeabilizaccedilotildees onerando ainda mais os custos de manutenccedilatildeo poacutes-

ocupaccedilatildeo

56

Caso 01

Tubulaccedilatildeo hidraacuteulica pressurizada foi mal colada na conexatildeo (joelho de 90ordm)

Ocorreram dois problemas nesta colagem

Natildeo foi utilizada a soluccedilatildeo limpadora para retirar a resina que cobre o tubo

natildeo permitindo a correta fusatildeo entre as duas superfiacutecies (tubo e conexatildeo)

A aacuterea de tubulaccedilatildeo colada na conexatildeo natildeo foi superior a 4mm conforme

mostra a figura 16

O custo do reparo da tubulaccedilatildeo eacute iacutenfimo perto das consequumlecircncias geradas totalizando

R$ 2500000 entre os serviccedilos abaixo

Retirada do rejunte amarelado do piso da sala e aplicaccedilatildeo de um novo

Troca do teto de gesso da sala e aacutereas afetadas

Repintura de todos os ambientes afetados

Limpeza e reparo dos moacuteveis e tapetes danificados pela aacutegua

Figura 15 - Tubo desconectado pela pressurizaccedilatildeo do sistema

57

Figura 16 - Aacuterea colada insuficiente inferior a 4mm

Figura 17 - Teto da sala completamente danificado

58

Figura 18 - Rejuntamento do piso de maacutermore amarelado

Caso 2

Teto de gesso da unidade 304 foi fechado antes do teacutermino da tubulaccedilatildeo de esgoto da

unidade 404 O ramal da tubulaccedilatildeo de esgoto secundaacuterio natildeo havia sido ligado ao

primaacuterio permitindo que toda aacutegua utilizada no chuveiro e lavatoacuterio do apartamento

404 fosse acumulada no forro do teto da unidade 304

O apartamento 304 ainda natildeo tinha clientes habitando portanto quando foi

descoberto o problema toda a unidade jaacute estava completamente deteriorada sendo

necessaacuteria a troca de pisos e pinturas

Custo dos reparos R$ 2500000

59

Figura 19 - Tubulaccedilatildeo de esgoto do ramal secundaacuterio incompleta

Caso 3

Bolsas na tubulaccedilatildeo (ldquogambiarrardquo) feita em tubulaccedilatildeo hidraacuteulica ao inveacutes da

utilizaccedilatildeo da luva O uso de ldquobolsasrdquo em tubulaccedilotildees tanto de hidraacuteulica quanto

esgoto eacute comum mas errado pois o aquecimento das peccedilas causa a plastificaccedilatildeo do

material natildeo permitindo que tubo trabalhe em sua fase elaacutestica ressecando

facilmente e diminuindo a espessura de sua parede

60

Figura 20 - Uso de bolsas para extenccedilatildeo de tubulaccedilatildeo provocando vazamento

Caso 4

Os sifotildees de pias de banheiro e cozinha satildeo peccedilas delicadas ao contato de uma

pancada ou um vedaccedilatildeo mal feita podem resultar em vazamentos danificando

armaacuterios ou qualquer material que esteja na aacuterea

Figura 21 - Maacute instalaccedilatildeo do sifatildeo da pia

61

Como soluccedilatildeo para o questionamento da responsabilidade do vazamento de sifotildees

indica-se a utilizaccedilatildeo de selos de garantia permitindo eximir a construtora da

responsabilidade ao encontrarem-se violados

Caso 5

Na fixaccedilatildeo da tubulaccedilatildeo de esgoto no ralo sifonado forccedilou-se demasiadamente a

tubulaccedilatildeo trincando o ralo Como a unidade abaixo estava desabitada ao evidenciar-se

o problema o teto do banheiro e piso das aacutereas adjacentes jaacute estavam comprometidos

Custo do reparo R$ 800000

Figura 22 - Ralo sifonado trincado

Figura 23 - Teto da unidade inferior infiltrado

Caso 6

O ponto de dreno foi colocado acima da previsatildeo do ar condicionado inviabilizaccedilatildeo a

drenagem Erro de fiscalizaccedilatildeo durante a obra

62

Custo do reparo 40000

Figura 24 - Altura do dreno do ar condicionado superior a localizaccedilatildeo do aparelho

53 Fachadas

Nos uacuteltimos anos vem ganhando cada vez mais importacircncia um aspecto fundamental

da Arquitetura as fachadas Em grandes escritoacuterios alguns arquitetos jaacute satildeo

exclusivamente fachadistas Aleacutem da esteacutetica variaacuteveis tais como desempenho

teacutermico durabilidade e manutenccedilatildeo bem como recentes avanccedilos tecnoloacutegicos em

sistemas e materiais construtivos trazem novos desafios para os profissionais de

projetos

Imponente sutil elegante arrojada claacutessica moderna ou futurista qualquer que

seja seu estilo cor ou tamanho a fachada eacute o primeiro impacto que o observador

recebe antes de entrar num edifiacutecio A fachada interage e se integra ao espaccedilo

63

urbano modificando e enriquecendo a paisagem das cidades sustentada pelo avanccedilo

tecnoloacutegico da induacutestria de materiais de construccedilatildeo

Atuando como uma pele que reveste o esqueleto estrutural seja este de accedilo ou

concreto placas de alumiacutenio composto vidros especiais policarbonato lacircminas

moldaacuteveis chapas de accedilo ou paineacuteis preacute-moldados vem substituindo o uso do

concreto aparente conferindo as fachadas soluccedilotildees que aliam alta tecnologia

facilidade de montagem e manutenccedilatildeo apurado controle termoacuacutestico leveza alta

resistecircncia e durabilidade

Caso 01

Pastilhas da fachada desplacando Apoacutes periacutecia observou-se que durante a execuccedilatildeo

do chapisco e emboccedilo da fachada foi adicionado gesso ao traccedilo da argamassa

permitindo uma ldquosecagemrdquo mais raacutepida facilitando a aplicaccedilatildeo O uso do gesso no

traccedilo consome a aacutegua natildeo permetindo a total hidrataccedilatildeo do cimento tornado a

argamassa porosa e com baixa resistecircncia

Identificado a causa do problema iniciaram-se a localizaccedilatildeo dos pontos nos quais haacute

risco de desplacamento atraveacutes do teste de percuccedilatildeo (Figura X) que eacute indentificar as

aacutereas afetadas atraveacutes do som cavo (oco)

Retirado todo o revestimento dos trechos a serem reparados foi reaplicado o

chapisco emboccedilo e efetuada a colagem da pastilha

Custo total dos reparos R$ 7000000

64

Figura 25 - Aacutereas identificadas com som cavo

Figura 26 - Aacutereas identificadas com som cavo

65

Figura 27 - Teste de percuccedilatildeo

Caso 02

O peitoril eacute um detalhe que minimiza a accedilatildeo de aacutegua na fachada pois interrompe o

fluxo da lacircmina daacutegua e deve se devidamente projetado Recomenda-se que o

peitoril ressalte do plano da fachada (superfiacutecie externa do painel) pelo menos 40

mm e apresente um canal na face inferior para o descolamento da daacutegua

denominado pingadeira

As pingadeiras satildeo detalhes construtivos que tem a funccedilatildeo de quebrar a linha

dacuteaacutegua evitando que este escorra pelas fachadas e podem fazer parte do peitoril

conforme figura 4

Se natildeo houver nenhum tipo de pingadeira ou coletor de aacutegua as aacuteguas das chuvas

podem escorrer pela superfiacutecie dos paineacuteis percorrendo toda a altura do edifiacutecio

depositando sujeira e manchando a superfiacutecie na direccedilatildeo em que a aacutegua escorre

66

Figura 28 - Fachada de casa machada por falta de pingadeira no chapim da platimbanda

Figura 29 - Esquema de funccedilatildeo da pingadeira

67

Caso 03

O mercado de tintas oferece hoje uma grande variedade de produtos no entanto eacute

preciso saber usar o tipo certo de tinta para cada ambiente Aleacutem de proporcionar maior

durabilidade o uso do produto correto acaba sendo mais econocircmico

Em edifiacutecios localizados na orla jaacute se foi utilizado no teto das varandas uma tinta

acriacutelica inapropriada que em pouco tempo ( menos de 6 meses) jaacute apresentava bolor e

mofo

Durante o tempo da garantia foram repintados os tetos das unidades que solicitavam

Custo de cada teto repintado meacutedia R$20000

Figura 30 - Teto de varanda apresentando manchas de mofo e bolor

68

Caso 04

Devido agrave incidecircncia do calor e frio nas fachadas ocorre a dilataccedilatildeo e retraccedilatildeo do

revestimento aplicado Visando permitir este trabalho natural sem que haja o

surgimento de trincas a fachada eacute dividida em ldquopanosrdquo por bits (fendas) que permitem

esta movimentaccedilatildeo

O uso de bits metaacutelicos (perfis em formatado de C) com o passar do tempo pelo

trabalho dos panos gera um pequeno espaccedilo entre ele e o revestimento permitindo a

passagem d‟aacutegua gerando uma infiltraccedilatildeo do lado interno do edifiacutecio

Neste caso eacute necessaacuterio a aplicaccedilatildeo de um selante junto ao bit evitando a percolaccedilatildeo

d‟aacutegua

Por tratar-se de definiccedilatildeo de projeto apenas foi realizada a aplicaccedilatildeo do selante ficando

a responsabilidade dos reparos internos ao condomiacutenio

Figura 31 - Bit metaacutelico selado com mastique a base de poliuretano

69

Caso 05

Maacutermores e granitos de coloraccedilatildeo clara devem apenas ser acentados ou colados com

argamassa branca tendo suas 6 faces seladas pois a porosidade da pedra absorve os sais

minerais presentes na argamassa causando manchas indesejaacuteveis

O castelo (detalhe arquitetocircnico da foto30) da fachada deve ser evitado o maacuteximo

possiacutevel pois o grande nuacutemero de emendas e por consequumlecircncia rejuntamentos

possibilita a percolaccedilatildeo de aacutegua causando manchas no maacutermore e infiltraccedilotildees nas aacutereas

internas

Figura 32 - Pedras de maacutermore branco manchadas

Figura 33 - Castelo da fachada com rejuntamento falho

70

6 CONCLUSAtildeO

Apoacutes a anaacutelise do trabalho e compravaccedilatildeo do alto valor gasto por esta empresa (e

certamente outras) de ponta no mercado com frequumlentes lanccedilamentos de

empreendimentos comprovou-se um valor meacutedio de 2 milhotildees de reais gastos

anualmente pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica

A maioria dos produtos vendidos ou serviccedilos prestados natildeo tem um ciclo de vida tatildeo

longo quanto o de um imoacutevel ficando sobre responsabilidade das construtoras durante o

periacuteodo de 5 anos previsto em lei o atendimento a garantia sobre viacutecios aparentes e

ocultos

A questatildeo da qualidade no setor de construccedilatildeo civil vem recebendo uma atenccedilatildeo

crescente ganhando espaccedilo em publicaccedilotildees e eventos servindo de iniciativa para

empresas e fazendo parte integrante dos procedimentos das construtoras Assim o

enfoque da gestatildeo da qualidade tem evoluiacutedo passando de uma visatildeo corretiva que se

baseia na inspeccedilatildeo para uma visatildeo voltada a accedilotildees preventivas em todas as etapas do

processo

Poreacutem como foi visto eacute um erro grave achar que a padronizaccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e o

controle de qualidade de produtos e processos satildeo suficientes para obter a qualidade

Em obras que apresentam falhas e patologias construtivas identificam-se erros natildeo soacute

teacutecnicos mas tambeacutem de caraacuteter humano de organizaccedilatildeo e gestatildeo das empresas assim

a qualidade tambeacutem eacute afetada pela poliacutetica dos recursos humanos de uma empresa

Como mensionado no projeto deve estar o principal foco da qualidade pois as soluccedilotildees

adotadas nele tecircm grande repercuccedilatildeo no processo de construccedilatildeo e qualidade final do

produto condicionando o niacutevel final de satisfaccedilatildeo do usuaacuterio

Por observaccedilatildeo proacutepria nota-se que a aacuterea responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo dos projetos

desta grande empresa eacute muito diminuta em funccedilatildeo do grande nuacutemero de lanccedilamentos

realizados anualmente A sobrecarga de trabalho destes profissionais faz com que

importantes detalhes dos projetos sejam perdidos ou mal julgados onerando seriamente

o custo da construccedilatildeo e poacutes-entrega assim como a satisfaccedilatildeo dos clientes

71

Os engenheiros responsaacuteveis pelas obras natildeo recebem com antecedecircncia os projetos

para serem analisados e planejados acarretando inuacutemeras vezes retrabalhos

desnecessaacuterios A forma de premiaccedilatildeo das empresas aos funcionaacuterios atraveacutes da

economia do custo de obra cria uma barreira para reparos de erros de projeto ainda

corrigiacuteveis durante a execuccedilatildeo pois acarretariam o aumento do custo de obra Na

assistecircncia teacutecnica satildeo refletidos todos os erros advindos de projeto execuccedilatildeo ou

materiais

Na APO dificilmente um cliente consegue separar os problemas de uma compra mal

realizada pela aacuterea de vendas por um projeto mal elaborado ou uma obra mal

executada Todas as fases seguintes do ciclo do produto acumulam as frustaccedilotildees do

cliente No resultado das APO da empresa estudada nota-se sempre esta cadeia de

resultados onde as notas decrescem conforme anda a linha de produccedilatildeo do produto

Portanto a mudanccedila no conceito da qualidade tem que ser na fase incial da cadeia pois

eacute muito mais faacutecil conquistar um cliente do que reconquista-lo

Outra razatildeo para a busca na melhora da qualidade dos produtos e projetos na sua fase

inicial eacute a Lei de evoluccedilatildeo de custos O custo de uma correccedilatildeo no projeto eacute iacutenfimo na

execuccedilatildeo 5 vezes o valor necessaacuterio na manutenccedilatildeo preventiva 25 vezes e na corretiva

realizado pela aacuterea de assistecircncia teacutecnica de 25 a 125 vezes mais oneroso

Atraveacutes das curvas de Pareto trabalhadas em cima do custo e nuacutemero de solicitaccedilotildees foi

possiacutevel evidecircnciar que as impermeabilizaccedilotildees as instalaccedilotildees hidraacuteulicas e as fachadas

satildeo os principais focos dos desgastes junto aos clientes Tendo esses dados cabe agora a

iniciativa de uma busca pela melhoria dos detalhes e especificaccedilotildees de projeto visando

reduzir cada vez mais os gastos e desgastes com retrabalhos no poacutes-entrega de obras

72

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

1 DO NASCIMENTO L DE ANGELIS NETO G FARANI DE SOUSA LA

Gestatildeo da Qualidade em Empresas Construtoras Paranaacute Departamento de

Engenharia CivilUEM

2 SOUZA R MEKBEKIAN G COVELO SILVA MA TAVARES LEITAtildeO

ACM MENEZES DOS SANTOS M Sistema da Qualidade para Empresas

Construtoras Satildeo Paulo Editora Copyright 1994

3 COVELO SILVA MA Gestatildeo do processo de projeto de edificaccedilotildees Satildeo

Paulo 2003 Editora O Nome da Rosa

4 LIMMER CV Planejamento orccedilamento e controle de projetos e obras Rio de

Janeiro 1997 Editora LTC

5 ARAUacuteJO L O C DE Tecnologia e Gestatildeo de Sistemas Construtivos de

Edifiacutecios Apostila da Disciplina de Tecnologia de Produccedilatildeo de Edificaccedilotildees em

Concreto Armado Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2004

6 GLOGOWSKY A Devoluccedilatildeo sem puniccedilatildeo Entrevista para revista Techneacute

PINI Agosto2010

7 PINI Tabela de Composiccedilotildees de Preccedilo para Orccedilamentos Satildeo Paulo PINI

2010

8 Caderno Geral de Especificaccedilotildees e Serviccedilos de Impermeabilizaccedilatildeo rev 02

PROASP Engenharia

9 III Simpoacutesio Brasileiro de Gestatildeo e Economia da Construccedilatildeo Ferramentas para

melhoria do processo de execuccedilatildeo de sistemas hidraacuteulicos prediais Satildeo Paulo

SP - 16 a 19 de setembro de 2003 UFSCar

10 Tecnologia da Construccedilatildeo de Edifiacutecios II Manifestaccedilotildees Patoloacutegicas - PCC-

2436 Novembro 2003 ndash Aula 30

11 Guia para elaboraccedilatildeo dos manuais do usuaacuterio e do siacutendico Sinduscon Rio

12 Projeto Garantia ndash Gestatildeo Predial de Manutenccedilatildeo e Garantia Sinduscon ndash MG

13 Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon SP

14 Biografia de Vilfredo Pareto

httpwwwadmsfadmbrareas_visualiza3aspitem=biografiaampid_tema=92ampid

=13

73

8 ANEXOS

81 Anexo 1

Tabela 4 - Tabela de prazos de Garantia (Fonte Manual do Proprietaacuterio 2ordf ediccedilatildeo ndash Sinduscon

SP)

11 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

2 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3 ANOS 5

ANOS

uipamentos

Industrializados

Aquecedor

Individual

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Geradores de

aacutegua quente

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Banheira de

Hidromassagem

SPA

Casco motobomba

e acabamento dos

dispositivos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de

interfone

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Ar condicionado

individual ou

central

Desempenho do

equipamento

Problemas na

infra-estrutura e

tubulaccedilatildeo exceto

equipamentos e

dispositivos

Exaustatildeo

mecacircnica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Antena Coletiva

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Circuito Fechado

de TV

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Elevadores

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Moto Bomba

Filtro

(recirculadores de

aacutegua)

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Automaccedilatildeo de

portotildees

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sistemas de

proteccedilatildeo contra

descargas

atmosfeacutericas

Desempenho dos

equipamentos

Problemas com a

instalaccedilatildeo

74

Sistema de

combate agrave

incecircndio

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Porta Corta Fogo

Regulagem de

dobradiccedilas e

maccedilanetas

Desempenho de

dobradiccedilas e molas

Problemas

com a

integridade

do material

(Portas e

batentes)

Pressurizaccedilatildeo das

Escadas

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Grupo Gerador Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Uacutemida Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

Sauna Seca Desempenho do

equipamento

Problemas com a

instalaccedilatildeo

21 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

3 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANO

S

5

ANOS

Sistemas de

Automaccedilatildeo

Dados ndash

Informaacutetica

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Voz ndash Telefonia Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Viacutedeo -

Televisatildeo

Desempenho do

equipamento

Problemas com a

infra-estrutura

prumadas cabos e

fios

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash

Tomadas

Interruptores

Disjuntores

Material Espelhos

danificados ou

mal colocados

Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilos Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Eleacutetricas ndash Fios

Cabos e Tubulaccedilatildeo

Material Desempenho do

material e

isolamento teacutermico

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

75

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Colunas de Aacutegua

Fria Colunas de

Aacutegua Quente e

Tubos de queda de

esgoto

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Danos causados

devido a

movimentaccedilatildeo

ou acomodacatildeo

da estrutura

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Coletores

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

Hidraacuteulicas ndash

Ramais

Material Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com as

instalaccedilotildees

embutidas e

vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Louccedilas Caixa de

descarga

Bancadas

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desempenho do

material

Serviccedilo Problemas com a

instalaccedilatildeo

31 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

76

4 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2

ANOS

3

ANOS

5

ANOS

5 Instalaccedilotildees

hidraacuteulicas ndash

Metais

sanitaacuterios

Sifotildees

Flexiacuteveis

Vaacutelvulas

Ralos

Material Quebrados

trincados

riscados

manchadas ou

entupidos

Desemp

enho do

material

6 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

7 Serviccedilo

Problemas com

a vedaccedilatildeo

Instalaccedilotildees de Gaacutes Material

Desempenho do

material

Serviccedilo

Problemas nas

vedaccedilotildees das

junccedilotildees

Impermeabilizaccedilatildeo

Sistema de

impermea

bilizaccedilatildeo

Esquadrias de madeira

Lascadas

trincadas

riscadas ou

manchadas

Empenamento

ou

descolamento

711 Esquadrias de Ferro

Amassadas

riscadas ou

manchadas

Maacute fixaccedilatildeo

oxidaccedilatildeo ou

mau

desempenho do

material

712 Esqua

drias

de

alumiacuten

io

Borrachas escovas

articulaccedilotildees fechos

e roldanas

Problemas

com a

instalaccedilatildeo ou

desempenho

do material

Perfis de alumiacutenio

fixadores e

revestimentos em

painel de alumiacutenio

Amassados

riscadas ou

manchadas

Problemas

com a

integridade

do material

Partes moacuteveis

(inclusive

recolhedores de

palhetas motores e

conjuntos eleacutetricos

de acionamento)

Problemas de

vedaccedilatildeo e

funcionamento

77

72 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de Conclusatildeo do

Imoacutevel

8 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICADO

PELO

FABRICANTE ()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3 ANOS 5

ANOS

Revestimentos de

parede piso e teto

Paredes e

Tetos Internos

Fissuras

perceptiacuteveis

a uma

distacircncia

superior a 1

metro

Paredes

externas

fachada

Infiltraccedilatildeo

decorrente

do mau

desempenho

do

revestiment

o externo da

fachada (ex

Fissuras que

possam vir a

gerar

infiltraccedilatildeo)

Argamassa

gesso liso

componentes

de Gesso

acratonado

(Dry-Wall)

Maacute

aderecircncia

do

revestimen

to e dos

componen

tes do

sistema

Revestimentos de

paredes piso e

teto

Azulejo

Ceracircmica

Pastilha

Quebrados

trincados riscados

manchados ou com

tonalidade diferente

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltos

gretados

ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

78

Pedras naturais

(maacutermore

granito e

outros)

Quebrados

trincados riscados

ou falhas no

polimento (quando

especificado)

Falhas no

caimento

ou

nivelamen

to

inadequad

o nos

pisos

Soltas ou

desgaste

excessivo

que natildeo

por mau

uso

Rejuntamento Falhas ou manchas Falhas na

aderecircncia

Pisos de

madeira -

Tacos e

Assoalhos

Lascados

trincados riscados

manchados ou mal

fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

Pisos de

Madeira -

DECK

Lascados

trincados riscados

manchados

ou mal fixados

Empenament

o trincas na

madeira e

destacament

o

81 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

9 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

911

Piso

Cimentado

Piso Acabado

em Concreto

Contrapiso

Superfiacutecies

irregulares

Falhas no

caimento ou

nivelament

o

inadequado

Destacamen

to

Revestimentos

especiais

(foacutermica pisos

elevados

materiais

compostos de

alumiacutenio)

Quebrados

trincados

riscados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Maacute

aderecircncia

ou desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Forros Gesso Quebrados

trincados ou

manchados

Fissuras por

acomodaccedilatildeo

dos elementos

estruturais e de

vedaccedilatildeo

79

912 Ma

deir

a

913 Lasca

dos ou

mal

fixado

s

Empenamento

trincas na

madeira e

destacamento

Pintura verniz (interna

externa)

914

915 Sujeir

a ou

mau

acaba

mento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

916 Vidros

Quebrados

trincados ou

riscados

Maacute fixaccedilatildeo

Quadras

Poliesportiva

s

Pisos flutuantes

e de base

asfaacuteltica

Sujeira e mau

acabamento

Desempenho do

sistema

Pintura do piso

de concreto

polido

Sujeira e mau

acabamento

Empolamento

descascamento

esfarelamento

alteraccedilatildeo de cor

ou deterioraccedilatildeo

de acabamento

Pisos em grama Vegetaccedilatildeo

Alambrados

equipamentos e

luminaacuterias

Desempenho do

equipamento

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Jardins Vegetaccedilatildeo

Play Ground Desempenho

dos

equipamentos

80

92 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos de garantia de material e serviccedilo dos sistemas estatildeo relacionados a seguir com validade a partir da data do Auto de

Conclusatildeo do Imoacutevel

10 SISTEMA

PRAZOS

NO ATO DA

ENTREGA

ESPECIFICAD

O PELO

FABRICANTE

()

6 MESES 1

ANO

2 ANOS 3

ANO

S

5

ANOS

Piscina Revestimento

quebrados

trincados

riscados

rasgados

manchados ou

com tonalidade

diferente

Desempenho

dos

equipamentos

Problemas com

a instalaccedilatildeo

Revestiment

os soltos

gretados ou

desgaste

excessivo

que natildeo por

mau uso

Solidez Seguranccedila da

Edificaccedilatildeo

Problemas

em peccedilas

estruturais

(lajes vigas

pilares

estruturas de

fundaccedilatildeo

contenccedilotildees e

arrimos) e

em vedaccedilotildees

(paredes de

alvenaria

Dry-Wall e

paineacuteis preacute-

moldados)

que possam

comprometer

a solidez e

seguranccedila da

edificaccedilatildeo

() Prazo especificado pelo Fabricante ndash entende-se por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos

especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante dos contratos ou manuais especiacuteficos de cada material ou equipamento

entregues ou 6 meses (o que for maior)

NOTA 1 Esta tabela consta os principais itens das unidades autocircnomas e das aacutereas comuns variando com a caracteriacutestica individual

de cada empreendimento com base no seu Memorial Descritivo

NOTA 2 No caso de cessatildeo ou transferecircncia da unidade os prazos de garantia aqui estipulados permaneceratildeo vaacutelidos

81

82 Anexo 2

Tabela 5 - Tabela de falhas e subfalhas (Fonte Construtora A)

Falha 37 ACABAMENTO DE BANHEIRAS

81 GERAL (ACABAMENTO DE BANHEIRAS )

728 PINTURA DANIFICADA

Falha 32 ACUacuteSTICA

729 BARULHOS HIDRAacuteULICOS

730 BARULHOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTOS MOTORES

76 GERAL (ACUacuteSTICA)

732 RUIacuteDO AEacuteREO

731 RUIacuteDO DE IMPACTO

Falha 34 AR CONDICIONADO

521 CAIXINHA DE ESPERA PARA SPLIT EM POSICcedilAtildeO ERRADA

147 DRENO ALTO CAIMENTO INADEQUADO

146 DRENO ENTUPIDO

133 ENTUPIMENTO DE FILTRO

138 FALTA DE ESTANQUEIDADE DE DUTOS E CASA MAacuteQUINAS

145 FALTA DE ISOLAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES OU DANIFICADAS

140 FALTA IDENTIFICACcedilAtildeO DE EQUIPAMENTOS

148 FIXACcedilAtildeO DE MAacuteQUINA INADEQUADA

78 GERAL (AR CONDICIONADO)

143 LIGACcedilAtildeO ELEacuteTRICA INCOMPLETA INADEQUADA

141 MAacuteQUINA COM DEFEITO DE FAacuteBRICA

137 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO DE AR

136 PROBLEMA DE BALANCEAMENTO HIDRAacuteULICO

135 PROBLEMA NA CHAVE FLUXO

142 TERMOSTATO DANIFICADO

134 TRATAMENTO INADEQUADO AGUA CONDENSACcedilAtildeO

520 TUB DE GAacuteS PARA SPLlT CURTA EMENDADA

144 VAZAMENTO DE GAacuteS

Falha 01 ASSOALHO DE MADEIRA

139 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

179 ACABAMENTO ENTRE AS TAacuteBUAS TACOS COM REJUNTE DEFICIENTE

175 CAVILHA SOLTA OU FALTANTE

177 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

688 FALHA NA RASPAGEM

733 FALHAS NO ACABAMENTO FINAL

45 GERAL (ASSOALHO DE MADEIRA )

174 TAacuteBUA EMPENADA ENCANOADA DESNIVELADA

176 TAacuteBUA TACOS SOLTOS

Falha 30 AZULEJO

169 AZULEJO LASCADO MANCHADO COM DEF DE FABRICACcedilAtildeO

82

170 AZULEJO SOLTO OCO DEVIDO AO ASSENTAMENTO

167 AZULEJO TRINCADO

453 COLOCADO SOBRE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

172 DESNIacuteVEL ENTRE AS PECcedilAS

734 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

389 EFLORESCEcircNCIA

74 GERAL (AZULEJO)

171 JUNTA INSUFICIENTE PARA REJUNTE

173 RECORTE MAL EXECUTADO

Falha 03 CARPETE

47 GERAL (CARPETE

828 GERAL (CARPETE)

Falha 89 DRENAGEM

752 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM CAIXA PASSAGEM

750 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM JARDINS

753 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM PISOS

751 FALTA DE DRENAGEM INEFICIENTE EM QUADRAS

Falha 42 DRYWALL

151 FISSURA NA FITA DAS EMENDAS DAS PLACAS

150 FIXACcedilAtildeO DAS PLACAS

77 GERAL (DRY WALL )

149 JUNTA DO ENCONTRO ENTRE A PLACA E ESTRUTURA

152 ONDULACcedilOtildeES NAS PLACAS FORA DE PRUMO

Falha 95 EQUIP DE PROTECcedilAtildeO E COMBATE A INCEcircNDIO

778 COMUNICACcedilAtildeO VISUAL

775 EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

777 EXTINTORES VENCIDOS FALTA DE CARGA

774 FALTA DE EQUIPAMENTOS

776 PORTAS CORTA FOGO

Falha 05 ESQUADRIA DE MADEIRA

154 BATENTE FORA DE PRUMO NIacuteVEL EMPENADO SOLTO

370 BATENTES TRINCADOS DEVIDO A DEF LENTA DO CONCRETO

735 CUPIM BROCA

161 ESTUFAMENTO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE AacuteGUA

153 FOLHEAMENTO PORTA BATENTE

49 GERAL ( ESQUADRIA DE MADEIRA )

160 GUARNICcedilAtildeO EMPENADA LASCADA SOLTA

262 PORTA COM ESPACcedilO COM PISO OU BATENTE FORA PADRAtildeO

162 PORTA COM FOLHA NO ENCABECcedilAMENTO

157 PORTA EMPENADA

369 PORTA RASPANDO NO PISO

Falha 04 ESQUADRIA DE ALUMIacuteNIO

628 CONDENSACcedilAtildeO

358 DEFEITO NAS PECcedilAS

273 FALHA DE FIXACcedilAtildeO DE PECcedilAS

83

271 FALHA NA VEDACcedilAtildeO

457 FALTA DE COMPONENTES

48 GERAL (ESQUADRIAS DE ALUMiacuteNIO)

736 PROBLEMAS NAS PERSIANAS

737 PROBLEMAS NAS ROLDANAS

274 REGULAGEM FALTA DE AJUSTES

272 RISCOS AMASSOS MANCHADOS SUJOS

Falha 88 ESQUADRIAS METAacuteLICAS

527 CALHA COM PROBLEMA DE CAIMENTO

568 CALHA COM PROBLEMA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

588 FALHA FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO NOS PONTOS DE SOLDA

88 GERAL (ESQUADRIAS METAacuteLICAS)

739 PROBLEMAS COM GUARDA CORPO

738 PROBLEMAS COM PASSA VOLUMES

Falha 86 ESTRUTURA

740 BICHEIRAS

279 EXECUCcedilAtildeO INADEQUADA ACABAMENTO DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

278 FALHAS DE EMENDA DE CONCRETAGEM

277 FERRAGENS EXPOSTAS

276 FISSURAS TRINCAS

87 GERAL (ESTRUTURA )

448 INFILTRACcedilAtildeO NA PAREDE DE DIVISA

275 MOVIMENTACcedilAtildeO LENTA DO CONCRETO

Falha 06 FERRAGENS

265 AJUSTES REGULAGEM FIXACcedilAtildeO

266 FALTA DE COMPONENTES

368 FALTA DE EQUIP DEVIDO A FALTA DE ESPEC EM PROJETO

50 GERAL (FERRAGENS)

264 RISCADOS MANCHADOS LASCADOS NO ACABAMENTO

Falha 07 FORRO DE GESSO

429 DETERIORADO DEVIDO A ABSORCcedilAtildeO DE VAPOR DmiddotAacuteGUA

269 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

648 GERAL

51 MOLDURA COM TRINCA OU FISSURA

270 ONDULACcedilOtildeES NA SUPERFIacuteCIE

268 TRINCAS FISSURAS FORA DA LINHA DE EMENDA DA PLACA

267 TRINCAS FISSURAS NA LINHA DE EMENDA DAS PLACAS

Falha 08 FORRO DE MADEIRA

52 GERAL (FORRO DE MADEIRA )

Falha 87 FULGET

84 GERAL (FULGET)

Falha 29 FOacuteRMICA

333 FALHAS NO ACABAMENTO LASCADAS RISCADAS

332 FISSURAMENTO DEVIDO A MOV LENTA DO CONCRETO

73 GERAL (FOacuteRMICA)

84

Falha 91 GESSO

766 FALTA ALINHAMENTO CANTOS TETOS RODAPEacuteS PAREDES

788 GERAL

764 ONDULACcedilOtildeES EM PAREDE

765 ONDULACcedilOtildeES EM TETO

Falha 27 HIDROMASSAGEM

848 ACABAMENTO DE BANHEIRA

184 ACESSOacuteRIOS E METAIS MANCHADOS RISCADOS OU DANIFICADOS

182 COMANDO DE ACIONAMENTO SOLTO DANIFICADO

190 ENTUPIMENTO

191 ESPACcedilAMENTO PARA O REJUNTE INSUFICIENTE

522 FLEXIacuteVEL DA ALIMENTACcedilAtildeO AacuteGUA ENTUPIDO OBSTRUIacuteDO

71 GERAL (HIDROMASSAGEM)

185 MOTOR NAtildeO FUNCIONA ELEacuteTRICA NAtildeO CONCLUIacuteDA

849 PINTURA DANIFICADA

189 PROBLEMAS COM A FIXACcedilAtildeO NA BASE

183 RISCOS NO ACABAMENTO DA FIBRA

263 VAZAMENTO NAS TUBULACcedilOtildeES

Falha 09 IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

337 DESAGREGAMENTO DE PROTECcedilAtildeO MECAtildeNICA

335 DESCOLAMENTO DE MANTA

341 FALHAS DESTAC NAS IMPERMEAB RIacuteGIDAS SEMI RIacuteG

338 FALTA DE MASTIQUE NAS JUNTAS DE PROTECcedilAtildeO MECAcircNICA

340 FALTA DESNIacuteVEL VIRADA DA MANTA EM SOLEIRA

548 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

526 IMPERMEAacuteVEL COM BAUCRYL COM FALHA DE CAIMENTO

53 INEXISTEcircNCIA DE IMPERMEABILIZACcedilAtildeO

334 MANTA DANIFICADA CORTADA MAL EXECUTADA

512 MASSA COM BAUCRYL DANIFICADA

808 NIacuteVEL DA IMPERM ABAIXO DA COTA DE ACAB FINAL

336 SERVICcedilO REALIZADO EM DESACORDO COM O PROJETO

359 TAMPONAMENTO PARA DIAFRAGMA INEFICIENTE FALTANTE

339 TETO DA CAIXA DAacuteGUA SEM TRATAMENTO

Falha 12 INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO

348 BOLSA FALTA DANIFICADA

345 CAIXA DE ESGOTO ENTUPIDA COM VAZAMENTO

344 CONEXOtildeES MAL ENCAIXADAS

347 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

470 FALTA DE ANEL DE BORRACHA

468 FALTA DE TAMPINHA DO SIFAtildeO DO RALO

56 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE ESGOTO)

346 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM PROJETO

342 MAU CHEIRO

354 RALO TUBO ENTUPIDO

343 TUBOS CONEXOtildeES TRINCADAS FURADAS RACHADAS

85

431 TUBULACcedilOtildeES ENTUPIDAS

Falha 13 INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS

351 ESPACcedilO INSUFICIENTE PARA MEDIDOR

708 FALTA DE REGISTRO

57 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE GAacuteS)

741 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

349 VAZAMENTO

350 AacuteGUA NA TUBULACcedilAtildeO AR

Falha 85 INSTALACcedilAtildeO DE INTERNET

86 GERAL (INSTALACcedilAO DE INTERNET)

220 NAtildeO FUNCIONAMENTO ADEQUADO

221 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 84 INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO

218 CABOS DANIFICADOS

217 FALTA DE COMPONENTES

85 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE TV A CABO)

216 PROBLEMAS DE AJUSTE DE ANTENAS CONECTORES

219 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

Falha 10 INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA

454 BOacuteIAS

608 CORROSAtildeO

194 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

192 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

455 FILTRO DE AacuteGUA

201 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

54 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA FRIA)

198 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

195 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

197 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

200 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

515 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

199 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

456 REGISTROS

433 TAMPA DE SHAFT SOLTA NAtildeO INSTALADA DANIFICADA

742 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

193 VAZAMENTOS FALHA OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

196 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 11 INSTALACcedilAtildeO AacuteGUA QUENTE

551 AQUECEDORES

205 DESREGULAGEM DE REDUTORAS DE PRESSAtildeO AJUSTES

214 FALHAS OU AUSEcircNCIA DE ISOLAMENTO TEacuteRMICO

203 FALHAS FALTA DE FIXACcedilAtildeO DE TUBOS E CONEXOtildeES

213 FLEXIacuteVEL COM VAZAMENTO

55 GERAL (INSTALACcedilAtildeO DE AacuteGUA QUENTE)

210 IDENTIFICACcedilAtildeO DE REGISTROS COMPONENTES

86

206 INSTALACcedilAtildeO EXECUTADA EM DESACORDO COM O PROJETO

451 JUNTA DE EXPANSAtildeO

744 MISTURA DE AacuteGUA QUENTE NA FRIA

209 PERFURACcedilOtildeES TRINCAS EM TUBOS OU CONEXOtildeES

212 PONTO DE AacuteGUA ENCOBERTO DESLOCADO PROFUNDO

516 POSICcedilAtildeO DA TUB DIFERENTE DO QUE CONSTA NO MANUAL

211 PROBLEMA DE VEDACcedilAtildeO NAS BOMBAS

215 PROBLEMAS COM A CENTRAL DE AQUECIMENTO

743 TUBULACcedilAtildeO OBSTRUIacuteDA

204 VAZAMENTO FALHAS OU AUSEcircNCIA DE SOLDA COLA

207 VIBRACcedilAtildeO DE TUBULACcedilOtildeES

Falha 14 INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

309 AQUECIMENTO DE CABOS FIOS

352 CHUVEIRO INSTALADO INCOMPATIacuteVEL COM DR

514 CONDUIacuteTE DANIFICADO POR FURO EXECUTADO EM LAJE

356 DEFEITO FALTA DO SENSOR DE PRESENCcedilA

308 DlSJUNTOR CONTATORA DESARMA

313 ENTUPIMENTO DE ELETRODUTOS

307 EXECUCcedilAtildeO EM DESACORDO COM O PROJETO

668 FALTA DE ACABAMENTO

311 FALTA DE ATERRAMENTO

312 FALTA DE COMPONENTES DE QUADROS ELEacuteTRICOS

310 FALTA DE IDENT ADEQ DE CIRC PAINEacuteIS TOMADAS

367 FIACAO SOLTA CORTADA

513 FIACcedilAtildeO EM CURTO

371 FIACcedilAtildeO EXECUTADA POREacuteM FECHADA COM MASSA

58 GERAL (INSTALACcedilAtildeO ELEacuteTRICA)

430 INSTALACcedilOtildeES EXPOSTAS AO TEMPO

360 INVERSAtildeO DA FIACcedilAtildeO

314 ISOLAMENTO DE EMENDAS

388 PROBLEMAS ELEacuteTRICOS E DE AUTOMACcedilAtildeO DE PORTOtildeES

745 PROBLEMA COM A ILUMINACcedilAtildeO DA PISCINA

315 PROBLEMAS COM LUMINAacuteRIAS

Falha 35 INSTALACcedilAtildeO TELEFOcircNICA

319 CONDUIacuteTE ENTUPIDO

746 DEFEITO NA CENTRAL DO INTERFONE

363 DEFEITO FALTA DE INTERFONE

317 FALTA DE FIACcedilAtildeO

316 FALTA DE IDENTIFICACcedilAtildeO NO DG

320 FALTA DE JAMPEAMENTO NO DG OU CAIXA PASSAGEM

318 FIACcedilAtildeO DANIFICADA

525 FIACcedilAtildeO LIGACcedilOtildeES INVERTIDAS INTERFONE OU TELEFONE

79 GERAL (INSTALACcedilOtildeES TELEFOtildeNICAS )

321 INTERFEREcircNCIA RUIacuteDO NA LINHA

365 AacuteGUA DENTRO DO CONDUIacuteTE

87

Falha 31 LIMPEZA

75 GERAL (LIMPEZA)

323 INEFICIENTEI NAtildeO REALIZADA

322 REALIZADA COM PRODUTOS FERRAMENTAS INADEQUADAS

Falha 15 LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS

325 DEFEITO FALTA DE AJUSTE SISTEMA DA CAIXA ACOPLADA

450 FALHA VEDACcedilAtildeO DO PARAFUSO DE FIX DA CAIXA ACOPLADA

357 FALTA DE BOLSA NA BACIA

330 FALTA DE GRAMPO NA FIXACcedilAtildeO DA CUBA

59 GERAL (LOUCcedilAS SANITAacuteRIAS )

328 LOUCcedilA MAL FIXADA

324 TRINCADAS MANCHADAS LASCADAS TONALIDADE DIFERENTE

327 VASO SANITAacuteRIO COM PROBLEMA DE SIFONAGEM

329 VASO SANITAacuteRIO ENTUPIDO

Falha 16 METAIS SANITAacuteRIOS

366 CUBA E PIA DE INOX

517 DEFEITO DE FABRICACcedilAtildeO

295 DESREGULADOS SOLTOS

297 ENTUPIMENTO DE SIFOtildeES

298 FALTA DE SIFONAGEM PELO SIFAtildeO

519 FALTANDO COMPONENTES

60 GERAL (METAIS SANITAacuteRIOS)

518 NAtildeO INSTALADOS

296 PROBLEMA COM A BORRACHA DE VEDACcedilAtildeO

362 QUEBRADOS

294 RISCADOS MANCHADOS FALTANDO COMPONENTES

299 ENTUPIMENTO EM VAacuteLVULAI REGISTROS TORNEIRAS

364 VAZAMENTO ENTUPIMENTO PELO SIFAtildeO

Falha 94 MOLDURAS EM EPS

773 DESCOLANDO

772 FISSURADOS

Falha 41 NAtildeO PROCEDE

46 GERAL (NAtildeO PROCEDE)

Falha 28 OUTROS

72 GERAL (OUTROS)

Falha 92 PAISAGISMO

758 EM DESACORDO COM O PROJETO

759 ESPECIFICACcedilAtildeO INADEQUADA

762 ESPEacuteCIES MORTAS QUE NAtildeO DESENVOLVERAM

763 FALTA DE PONTO PARA IRRIGACcedilAtildeO

760 PLANTlO MAL EXECUTADO

761 PODA NAtildeO REALIZADA

Falha17 PAPEL DE PAREDE

302 FALHA NO ACABAMENTO

61 GERAL (PAPEL DE PAREDE)

88

300 RASGADO MANCHADO DESCOLADO

301 TONALIDADE DIFERENTE

Falha36 PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS

508 BURACOS NA PEDRA

509 DESLOCAMENTO DA CUBA

511 DIMENSAtildeO ERRADA

510 FALHA NA MASSA PLAacuteSTICA NA COLAGEM DA CUBA

305 FALHA NO POLIMENTO

488 FORA DE NIacuteVEL

306 FURACcedilAtildeO INADEQUADA PARA TORNEIRAS E CUBAS

80 GERAL (PIAS LAVATOacuteRIOS PEDRAS)

303 LASCADOS MANCHADOS TRINCADOS PECcedilAS SOLTAS

304 MAL FIXADOS

550 PROBLEMA NO ACABAMENTO DAS BANHEIRAS

Falha18 PINTURAS

549 EXECUTADA SOBRE REVEST AINDA UacuteMIDO EM PAREDES

283 FALHA ACAB EM MASSA CORRIDA MASSA OacuteLEO TEXTURA

286 FALTA DE CALAFETACcedilAtildeO EM FRESTAS METAacuteLICAS

287 FALTA DE FUNDO TIPO ZARCAtildeO

432 FALTA DE PINTURA ANTI MOFO

282 FALTA DEMAtildeO DE PINTURA

62 GERAL (PINTURAS)

281 PINTURA AMARELADA EM FORRO DE GESSO

372 PINTURA COM TONALIDADE DIFERENTE

280 PINTURA EMPELOTADA EM PAREDES PORTAS ESQ MAD

284 PINTURA SUJA

285 PONTOS DE FERRUGEM

Falha63 PISO CIMENTADO

293 CAIMENTO INADEQUADO AO CONTRAacuteRIO AO RALO

289 DESAGREGACcedilAtildeO

291 DESCOLAMENTO DE PLACA FALTA DE ADEREcircNCIA A LAJE

288 FALTA DE JUNTA DE DILATACcedilAtildeO

290 FISSURAMENTO TRINCAS

83 GERAL (PISO CIMENTADO)

292 ONDULADO FORA DE NIacuteVEL

469 PISO INTERTRAVADO AFUNDADO

Falha19 PISOS CERAcircMICOS

260 CAIMENTO COM FALHAS

261 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

257 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

390 EFLORESCEcircNCIA

259 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

63 GERAL (PISOS CERAtildeMICOS )

256 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

528 MANCHADOS

89

258 SOL TOS MAL ADERIDOS

Falha21 PISOS EM PEDRAS

523 BURACOS NA PEDRA

250 CAIMENTO COM FALHAS

254 DESAGREGAMENTO DA SUPERFIacuteCIE DO MATERIAL

252 DESNIacuteVEL ENTRE PECcedilAS (DENTES)

246 DIFERENCcedilA DE TONALIDADE

255 EFLORESCEcircNCIA

249 ESPACcedilAMENTO PARA REJUNTAMENTO INSUFICIENTE

409 FALTA DE BAGUETE

428 FORA DE ESQUADRO

65 GERAL (PISOS EM PEDRAS)

245 LASCADOS RISCADOS TRINCADOS

747 MANCHADOS SUJOS

253 POLIMENTO DEFICIENTE

248 SOLTOS MAL ADERIDOS

Falha20 PISOS VINIacuteLICOS

243 COLOCACcedilAtildeO

242 DESCOLAMENTO

64 GERAL (PISOS VINiacuteLlCOS )

244 RISCADO MANCHADO

Falha90 PORTOtildeES

756 AJUSTES E REGULAGENS

757 DIMENSIONAMENTO

755 FALTA DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

754 INSTALACcedilOtildeES DE AUTOMACcedilAtildeO MAL EXECUTADA

Falha109 QUADRA POLIESPORTIVA

852 ALAMBRADO

850 GERAL (QUADRO GERAL)

853 PINTURA

851 PROBLEMAS COM O PISO

Falha22 QUADRO GERAL

66 GERAL (QUADRO GERAL)

Falha25 REJUNTES

361 ESPECIFICACcedilAtildeO DE REJUNTE INADEQUADO

408 FALHA NO REJUNTE SILlCONADO

240 FALHAS DE PREENCHIMENTO

237 FALHAS NA ADEREcircNCIA

69 GERAL (REJUNTES)

239 REJUNTE ESCURECIDO AMARELADO MOFADO

238 REJUNTE ESFARELANDO

355 REJUNTE TRINCADO DEVIDO A MOVIMENTACcedilAtildeO

Falha23 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

524 CONDUIacuteTE RASO

67 GERAL (REVESTIMENTO ARGAMASSADOS )

90

236 ONDULACcedilOtildeESI IMPERFEICcedilOtildeES NO REVESTIMENTO

234 REVESTIMENTO ESTUFADO

233 REVESTIMENTO OCO

235 REVESTIMENTO TRINCADO FISSURADO RACHADO

Falha43 SISTEMA DE EXAUSTAtildeO

749 BALANCEAMENTO

228 DUTO OBSTRUIDO DANIFICADO

748 FALTA DE DUMPER

231 FIXACcedilAtildeO DOS EQUIPAMENTOS

82 GERAL (SISTEMA DE EXAUSTAtildeO )

229 GRELHA

232 SISTEMA INEFICIENTE

230 SISTEMA INOPERANTE

Falha93 SISTEMA DE SEGURANCcedilA

771 PROBLEMAS COM CENTRAL CFTV

767 PROBLEMAS COM CERCA ELEacuteTRICA

770 PROBLEMAS COM CAcircMERAS

769 PROBLEMAS COM REFLETORES

768 PROBLEMAS COM SENSORES

Falha24 TOMADAS E INTERRUPTORES

225 FALTA DE COMPONENTES

452 FALTA DE PREVISAtildeO PROJETO DE TOMADAS E INTERRUPTORES

68 GERAL (TOMADAS E INTERRUPTORES)

224 PROBLEMA COM A COLOCACcedilAtildeO FIXACcedilAtildeO

227 PROBLEMAS DE FUNCIONAMENTO

226 RISCOS MANCHAS DIFERENCcedilAS DE TONALIDADE

Falha26 VIDROS

223 FIXACcedilAO INADEQUADA

222 RISCADOS MANCHADOS TRINCADOS LASCADOS

70 GERAL (VIDROS)

91

92

83 Anexo 3

Tabela 6 - Falhas detectadas x Provaacutevel Causa X Accedilatildeo Corretiva (Fonte Construtora A)

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Impermeabilizaccedilatildeo banheiros x colocaccedilatildeo

de tentos

- Falta de caimento para os ralos

- Falta de isolamento das aacutereas de box

- Cumprir o procedimento

- Regularizaccedilatildeo com caimento

- Dividir as aacutereas

- Desniacutevel piso interno e externo - Natildeo observacircncia de altura miacutenima do rodapeacute

entre as aacutereas externas e internas

- Colar as soleiras com epoacutexi e fazer contenccedilatildeo a fim

de evitar percolaccedilatildeo de aacutegua para a aacuterea interna

- Aacutereas cobertas de PUC x

impermeabilizaccedilatildeo

- Falta de caimento para os ralos

- Natildeo prolongamento da manta para a aacuterea coberta

- Dividir os caimentos

- Estender a manta para a aacuterea coberta

- Prover de impermeabilizaccedilatildeo (aacuterea sob accedilatildeo de

ldquochuva com ventordquo)

- Furos em cortinas do subsolo - Tubulaccedilotildees coladas umas nas outras

impossibilita execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo da

cortina

- Prever espaccedilamento entre as tubulaccedilotildees

- Chamar a atenccedilatildeo dos empreiteiros com relaccedilatildeo agrave

execuccedilatildeo dos serviccedilos nestes locais

- Eletrodutos em caixas de passagens

externas

- Os eletrodutos estatildeo saindo das caixas de

passagens na vertical

- Os eletrodutos devem sair das caixas pela lateral ou

por cima

- Porta externa abrindo para dentro - Aacutegua de chuva entra por baixo da porta - Instalar porta abrindo para fora

- Colocar tento de granito por dentro

- Pregos em rodapeacutes furando colunas de

esgoto

- Inobservacircncia dos projetos - Fixar os rodapeacutes nas aacutereas criacuteticas com cola

93

- Colocaccedilatildeo das louccedilas - Vazamento sob a louccedila (vaso)

- Mal funcionamento das caixas acopladas

- Todas as obras devem utilizar anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra ao fabricante atraveacutes do

0800

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Colocaccedilatildeo de metais sanitaacuterios - Falta de vedaccedilatildeo com a bancada de granito

- Vazamento nos rabichos

- Vazamento nos sifotildees

- Utilizar vedantes do metal

- Solicitar revisatildeo da obra (0800)

- Apertar sem ferramenta

- Apertar sem ferramenta

- Colocaccedilatildeo de bancadas em granito com

cantoneiras

- Caimento imperfeito

- Vazamento pelo frontispiacutecio

- Atentar para o niacutevel

- Fazer a vedaccedilatildeo csilicone

- Trevopiso - Material mancha com umidade e descolore com

o tempo (sofre accedilatildeo do ultravioleta)

- Natildeo especificar mais o produto

- Ficha de Registro de Dados

Item Outros e Diversos com grande

nuacutemero de registros

- Obra lanccedilando indevidamente na Categoria de

Falha

- Evitar usar os coacutedigos Outros e Diversos

Acrescentada mais duas novas categorias de falhas -

Instalaccedilotildees Telefone

- Instalaccedilotildees Especiais

- Infiltraccedilatildeo pelos caixonetes de ar-

condicionado

- Maacute vedaccedilatildeo Utilizaccedilatildeo de madeira - Substituir por esquadria de alumiacutenio

- QDL - PC

Parafusos frouxos

- Maacute utilizaccedilatildeo

- Maacute instalaccedilatildeo

- Constar no check-list revisatildeo de apertos dos

parafusos

- Adotar lacre

94

- Caixas de ferro empenadas e enferrujadas

nos corredores dos pavimentos

- Os quadros com tampas em ferro natildeo datildeo bom

acabamento

- Substituiccedilatildeo da tampa das caixas de telefone antena

etc de ferro por madeira

- Teto das aacutereas adjacentes a sauna em

gesso estatildeo manchando

- Umidade do ambiente Gesso natildeo eacute a melhor

soluccedilatildeo

- Utilizar forro PVC

- Em teste pintura com esmalte poliuretano Polipar da

Renner

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Escorrimento em empenas e paredes

externas

- Falta de pingadeira em peitoris de maacutermore

granito ou placas de concreto

- Exigir das marmorarias a confecccedilatildeo de pingadeiras e

adotar pingadeiras em placas de concreto

- Aacutegua empoccedilando sobre chapins de

maacutermore ou granito

- Falta de caimento - Executar chapins em maacutermore ou granito com

caimento

- Vazamento em tubulaccedilatildeo de esgoto de

dreno de ar condicionado

- Falta de teste de estanqueidade - Executar teste de estanqueidade

- Trincas em pisos de concreto acabado - Erro na colocaccedilatildeo da malha de ferro

- Espessura do concreto

- Trabalho da estrutura

- Consultar calculista para posicionar os cortes com

makita

- Trincas em alvenaria nas aacutereas de junta

de dilataccedilatildeo

- Natildeo estaacute sendo previsto que a alvenaria iraacute

trincar

- Assumir a junta

95

- Pintura de tetos amarelando - Reaccedilatildeo quiacutemica da aacutegua do selador com o gesso - Adotar especificaccedilatildeo para pintura do

empreendimento

- Utilizar selador a base de solvente

- Fiscalizar a aplicaccedilatildeo dos materiais de acordo com

especificaccedilatildeo

- Louccedilas e metais com vazamentos

constantes

- Maacute colocaccedilatildeo das peccedilas

- Natildeo utilizaccedilatildeo de anel de cera

- Solicitar revisatildeo da obra com os fabricantes atraveacutes

do 0800

- Natildeo entrega aos condomiacutenios das NF

termos de garantia manual de operaccedilatildeo de

equipamentos instalados

- Administraccedilatildeo da obra natildeo prepara pasta com a

documentaccedilatildeo completa

- Preparar uma pasta com todas as informaccedilotildees

necessaacuterias para que o condomiacutenio gerencie os

equipamentos instalados no preacutedio

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Muitas pendecircncias na passagem da

manutenccedilatildeo do gerente da obra para o

Departamento de AssTeacutecnica

- Falta de rigor nas vistorias de entrega das

unidades e partes comuns

- Adotar criteacuterios para recebimento das unidades e

partes comuns dos empreendimentos

- Infiltraccedilatildeo pelo chapim de maacutermore ou

granito

- Rejuntamento com rejunte convencional - Passar a utilizar silicone com cura aceacutetica (palestra da

Consultare)

- Corrosatildeo ferragens da laje da tampa de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Falta de tratamento com material hidroacutefugo

- Efetuar tratamento com epoacutexi

- Destacamento da proteccedilatildeo mecacircnica nas

paredes de caixas d‟aacutegua

- Falta de aderecircncia - Deixar as paredes sem proteccedilatildeo mecacircnica Executa-la

somente no piso

- Corrosatildeo em tampas de ferro de visita de

cisterna e caixa d‟aacutegua

- Material natildeo apropriado - Confeccionar tampas em alumiacutenio

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- Infiltraccedilatildeo pelas laterais das esquadrias de

alumiacutenio

- Falta de vedaccedilatildeo com silicone

- Rejuntar com silicone

- Colocar no contrato de empreitada o rejuntamento por

conta do empreiteiro

- Faz parte do check-list de auditoria interna que natildeo

estaacute sendo observado

- Grampos de placas de gesso com

corrosatildeo

- Reaccedilatildeo quiacutemica

- Material natildeo apropriado

- Realizar testes nas placas de gesso do fornecedor

- Retorno de espuma pelo ralo seco da

AS tanque e MLR nos andares baixos

- Erro de projeto

- Zona de espuma

- Entupimento no desvio da coluna

- Submeter o problema aos projetistas de instalaccedilatildeo

- Maacute vedaccedilatildeo de box e banheiros - Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de tentos de box e soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng da Ass Teacutecnica para liberar os

primeiros banheiros

FALHAS DETECTADAS PROVAacuteVEL CAUSA ACcedilAtildeO CORRETIVA

- Falhas na impermeabilizaccedilatildeo de varandas

e aacutereas descobertas

- Falha na execuccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo x

colocaccedilatildeo de soleiras

- Intensificar treinamento

- Chamar o eng Da Ass Teacutecnica para liberar a

primeira varanda

- Reclamaccedilotildees sobre isolamento acuacutestico

entre unidades adjacentes

- Tipo de alvenaria

- Revestimento com estuque de gesso

- Fazer mediccedilatildeo em obra pronta para verificar se

estamos dentro dos paracircmetros normativos

- Se natildeo estiver utilizar dry-wall

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