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“Mudanças nos valores e nas demandas da
sociedade, catalisadas pelas evidências da
degradação dos ecossistemas e seus serviços,
serão cada vez mais perceptíveis.
Empresas mais atentas já perceberam
as novas oportunidades de negócios
trazidas por essas mudanças e tratam de
se posicionar para aproveitá-las.”
ALMEIDA, Fernando. Os desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
4Publicação da Fesp - Federação das Unimeds do Estadode São Paulo, distribuída gratuitamente para todos osstakeholders. Setembro de 2007.
TítuloPolítica de Responsabilidade Socioambiental
RealizaçãoFederação das Unimeds do Estado de São PauloRua José Getúlio, 78/90 – AclimaçãoSão Paulo – SP – 01509-000Telefone: (11) 2146-2511Fax: (11) 2146-2643E-mail: [email protected]
Coordenação geralDiretoria de Programas Educativos e AssistenciaisDr. Mauro Candido JunqueiraDepto. de Responsabilidade SocioambientalDr. Antonio Nunes e Karen Midori Takarabe
TextoNúcleo de Responsabilidade Socioambiental da FespDepartamento Jurídico, Departamento Contabilidade,Núcleo de Informações Estatísticas, DepartamentoRecursos Humanos, Departamento Tecnologia daInformação e Departamento de Marketing.
ConsultoriaCultura Nova – Assessoria em projetos socioculturaisIlana Seltzer Goldstein
Projeto gráfico e editoraçãoDepartamento de Marketing
ImpressãoRR Donnelley Moore
Tiragem1.000 exemplares
Ficha catalográfica elaborada pelo Centro de Documentação da Fesp.
Política de responsabilidade socioambiental. Mauro Candido Junqueira (coordenador).
São Paulo: Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, 2007.
Bibliografia.
1. Responsabilidade Social. I. Núcleo de Responsabilidade Socioambiental da Fesp.
Diretoria Executiva
Dr. Eudes de Freitas Aquino
Dr. Humberto Jorge Isaac
Dr. José Marcondes Netto
Dr. Luiz Roberto Dib Mathias Duarte
Dr. Ciro da Silva Monteiro
Dr. Mauro Candido Junqueira
Vogais
Dra. Anna Amélia Ribeiro Cruvinel
Dr. Antonio Geraldo Buck
Dr. Domingos Silva Lavecchia
Dr. Elias Antonio Neto
Dr. Geraldo Pires de Espíndola
Dr. Gerson Vilhena Pereira Filho
Dr. José Maria Gonçalves Filho
Dr. Marcos Aurélio Villardi
Dr. Nestor Biscardi
Dr. Orlando Fittipaldi Júnior
Dr. Reinaldo Antonio Monteiro Barbosa
Dr. Vitório José Zuccon
Conselho deAdministração
Delegados
Dr. Geraldo da Costa e Silva
Dr. Edmilson Rocha de Souza
Dr. Luiz Estanislau do Amaral Neto
Conselho Fiscal
Dr. José Josefran Berto Freire
Dr. Paulo Pereira Assis
Dr. Luis Roberto de Moura Neves
Dr. Petrônio Bezerra dos Santos
Dr. Ricardo José Leal da Fonseca
Dr. Pérsio Miranda
O Programa Adoção
Compartilhada teve origemna Unimed Guarujá e
tornou-se Federativo em
2007. Proporciona a todoconveniado a extensão
gratuita do plano de saúdepara filhos adotados, até os
dezoito anos de idade.
Sumário
1. Unimed Fesp - Missão, Visão e Nosso Negócio ..................................7
2. Mensagem da Diretoria ........................................................................9
3. Objetivo e características ................................................................... 10
4. Declaração dos valores éticos que subjazem à organização ............ 13
5. Conceituação de termos-chave e posicionamentos básicos
que fundamentarão as ações ............................................................ 17
6. Definição de critérios para concessão de apoio a projetos e
instituições - Investimento Social Privado..........................................29
7. Programa de voluntariado ..................................................................33
8. Formas de avaliação e indicadores .................................................... 37
9. Delimitação de públicos que serão priorizados e
desdobramentos ................................................................................ 41
10.Custeio ................................................................................................ 47
Bibliografia ...............................................................................................48
Anexo .......................................................................................................50
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
A Unimed Fesp oferece
oportunidade de trabalho a
menores aprendizes,
preparando-os para o
mercado de trabalho de
maneira diferenciada,
ou seja, de acordo com a
filosofia e os princípios do
cooperativismo.
6
1. Unimed Fesp
Federação das Unimeds do Estado de São Paulo
Missão
Promover o fortalecimento e desenvolvimento das
cooperativas Unimeds do Estado de São Paulo.
Visão
Ser referência de modelo político e organizacional
do sistema de saúde cooperativista na sua área de
atuação.
Nosso negócio
Representação política, promoção da integração e
do desenvolvimento estratégico e o
assessoramento técnico-administrativo às
Intrafederativas e Cooperativas Singulares filiadas.
7
Un
imed
Fesp
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
A Unimed Birigüi,
além de projetos sociaisem educação e saúde,
desenvolve atividades que
despertam ocomprometimento ético e
responsável para com o
meio ambiente.
8
Buscamos que a Gestão 2006-2010 seja marcada pela mudança cultural, focada para sua
profissionalização e desenvolvimento sustentável, que hoje são aspectos necessários para
a sobrevivência e permanência de todo e qualquer empreendimento no mundo.
Numa cooperativa com o porte e a marca Unimed não poderia ser diferente e é sob
esta óptica que a Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais atuará institucionalmente,
primando por um trabalho sólido, com resultados e focado na concepção de
desenvolvimento sustentável.
Em 2006, iniciamos a estruturação do Departamento de Responsabilidade Socioambiental
da Fesp, iniciativa que vem de encontro com a visão preconizada pela atual Diretoria Executiva.
Em consonância com esta vontade, criamos o Núcleo de Responsabilidade Socioambiental,
constituído por funcionários de diversos departamentos, cujo propósito está na promoção
de espaços para debate e compartilhar experiências, a fim de ocupar as “dimensões invisíveis”
que existem entre os corpos, na reconstrução de valores que perpassam pela
Responsabilidade Socioambiental e que têm o ponto de partida no Cooperativismo.
Esta foi a preocupação inicial para elaboração da Política de Responsabilidade
Socioambiental da Fesp que, em todo momento, buscou estimular a participação das pessoas
e torná-las cada vez mais socialmente responsáveis, por isso, foi concebida depois de muitas
oficinas de trabalho e reuniões de planejamento.
Por fim, nosso grande desafio será multiplicar este ideal que esperamos ser participativo
e disseminador, pois, acreditamos que a chave do desenvolvimento de qualquer
empreendimento está nas pessoas e por meio delas obteremos uma atuação mais estratégica
no mercado, sobretudo, sustentável diante do mundo.
Dr. Mauro Candido Junqueira
Diretor de Programas Educativos e Assistenciais
2. Mensagem daDiretoria
9
Mensa
gem
da D
ireto
ria
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
Objetivos e características desta Política deResponsabilidade Socioambiental
O presente documento foi elaborado com o propósito de alinhar as ações deResponsabilidade Socioambiental, considerando as diretrizes nacionais da UnimedBrasil, e nortear as ações futuras que a Federação das Unimeds do Estado de SãoPaulo venha desenvolver, estimulando a coerência, a transparência e oprofissionalismo na gestão da Responsabilidade Socioambiental e fornecendoum bom exemplo para as Singulares associadas.1
O Núcleo de Responsabilidade Socioambiental da Fesp foi instituído poriniciativa da Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais, com o apoio dasdemais Diretorias, para consolidar a Responsabilidade Social e Ambiental dentroda Federação, de modo que ela se torne algo central e estratégico. A composiçãovariada e democrática do Núcleo contribui para integrar funcionários de diferentesáreas, despertar o espírito de cooperação e facilitar a disseminação de informaçõesna organização.
É importante ressaltar que esta Política foi concebida a partir de uma pesquisadiagnóstica, com a aplicação de questionários e entrevistas com funcionários ediretores da Fesp. Além disso, sua construção se deu de forma participativa, combase em uma série de oficinas, das quais fizeram parte os representantes dediversas áreas da Organização, membros do Núcleo de ResponsabilidadeSocioambiental da Fesp, que encabeçaram o processo.2 Desse modo, odocumento que segue pretende traduzir os valores e contemplar as expectativasdos funcionários e dirigentes da Federação.
Cabe lembrar ainda, que se trata de um conjunto de diretrizes que serãoincorporadas progressivamente na cultura organizacional e que a Política deve
3. Objetivo ecaracterísticas
1 Caso haja interesse das Singulares, seria possível e desejável, mais adiante, chegar a uma
Política Regional de maneira que, ao mesmo tempo em que as cooperativas e a Federação ficassem
alinhadas, as especificidades locais fossem respeitadas.
2 O papel e a forma de funcionamento do referido Núcleo estão descritos em detalhes no
“Regulamento do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental”, anexo neste documento.
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ser considerada, não como uma moldura rígida e definitiva, mas como referênciae ponto de partida, podendo ser adequada e rediscutida periodicamente.
Para garantir que os ideais e orientações contidos neste documento tenhamrespaldo institucional, bem como continuidade de uma gestão para outra, a idéiaé que a Política de Responsabilidade Socioambiental seja incluída no Estatuto daFederação das Unimeds do Estado de São Paulo. Há uma única parte, notadamenteo item 9, referente aos públicos e áreas a serem priorizados, que deverão serajustados anualmente, pois se relacionam com o planejamento da organização.
Por fim, a Federação tenciona assumir o papel de disseminadora deconhecimento sobre Responsabilidade Socioambiental, prestando assessoria àsSingulares por diversos meios de comunicação, reuniões presenciais, eventos decapacitação e disponibilizando informações no Portal.
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O projeto Dr. Sorriso –Contadores de História,
desenvolvido pela UnimedJundiaí, tem como objetivo
estimular a imaginação e a
criatividade de crianças,atuando em creches e
orfanatos cadastrados.
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4. Declaração dos valoreséticos que subjazem àorganização
No mundo inteiro, o cooperativismo é pautado pela conjugação entre a via
econômica e a via social, que se reflete nos sete princípios, tal qual formulados
pela Aliança Cooperativista Internacional (ACI). Por se tratar de uma forma
empresarial pautada na autogestão, na transparência, na importância da decisão
coletiva e na integração solidária, tanto entre cooperativas, como entre
cooperativas e a sociedade mais ampla, ela já nasce, pioneiramente, em sintonia
com o conceito recente de Responsabilidade Socioambiental.
Foi por isso que o Núcleo de Responsabilidade Socioambiental da Fesp optou
por uma declaração de valores inspirada nos sete princípios do cooperativismo 3 –
escolha esta que vai ao encontro do desejo de sua atual Diretoria, de que a
identidade cooperativista seja fortalecida entre cooperados, funcionários e
usuários, já que o cooperativismo é um grande diferencial e que, sobretudo,
somos uma Cooperativa e como tal, devemos agir primeiramente e só
posteriormente atuarmos como operadora de planos de saúde.
Valores derivados dos princípios do cooperativismo
1º Princípio: Adesão voluntária e livre
Atitudes e valores derivados:
�defender a igualdade de oportunidades;
�promover a diversidade dentro da Organização;
�respeitar a liberdade de escolha das pessoas;
�compartilhar sonhos e oportunidades.
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2º Princípio: Gestão democrática e livre
Atitudes e valores derivados:
�garantir a liberdade de expressão;
�fomentar a transparência e o acesso amplo às informações;
�escutar opiniões alheias e divergentes;
�atribuir responsabilidades de forma clara;
�criar espaços e fomentar a participação;
�exercitar a flexibilidade.
4º Princípio: Autonomia e independência
Atitudes e valores derivados:
�fortalecer a identidade da Organização;
�garantir liberdade de atuação a seus integrantes;
�buscar caminhos próprios, soluções originais;
�tomar decisões com base em critérios legítimos e éticos;
�julgar com imparcialidade e tomar decisões com objetividade.
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Política de
Responsabilidade
Socioambiental
3 O 3º princípio, referente à “participação econômica dos associados”, foi excluído
pelo fato de não se aplicar ao caso específico da Fesp.
5º Princípio: Educação, formação e informação
Atitudes e valores derivados:
�socializar conhecimentos ao maior número possível de pessoas,
enriquecendo-as e ampliando seus horizontes;
�estimular atividades de cultura e lazer, para proporcionar reflexão e troca;
�investir no aprimoramento e no desenvolvimento humano, levando em
conta a necessidade constante de atualização e aprimoramento;
6º Princípio: Cooperação entre cooperativas
Atitudes e valores derivados:
�difundir a cultura da cooperação e da solidariedade;
�buscar parcerias harmoniosas;
�estimular a integração e a tolerância em diversos níveis.
7º Princípio: Interesse pela comunidade
Atitudes e valores derivados:
�assumir responsabilidades pelas próprias ações;
�dar bons exemplos no cotidiano;
�buscar soluções para os problemas de forma pró-ativa;
�garantir o equilíbrio entre interesses econômicos, necessidades sociais
e ambientais;
�estimular a fraternidade e o cuidado com o Outro, para fazer deste um
mundo melhor.
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Projeto Felix, presente em
23 Unimeds, teve origemem Jaboticabal. Promove a
inclusão digital, que tem
resultados diretos sobre aatuação estudantil,
pessoal e ampliação daspossibilidades
profissionais do aluno.
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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Em linhas gerais, a Responsabilidade Socioambiental pressupõe o respeito ea valorização de cada stakeholder da empresa - funcionários, fornecedores,cooperados, clientes, poderes públicos, comunidade -, além de cuidados com omeio ambiente e uma postura transparente, honesta, justa, com boas práticas degovernança e ética nos negócios. Trata-se de um conjunto de atitudes direcionadasao bem-comum, pautadas pela ética, e não pela obrigação, que pressupõemconscientização, compromisso e esperança.
A sociedade está cada vez mais atenta aos efeitos gerados pelas atividadesprodutivas e mais consciente ao utilizar produtos e serviços. As pesquisascomprovam que as atitudes das organizações influenciam diretamente apreferência dos clientes e consumidores. Posturas socialmente responsáveisafetam também a motivação dos colaboradores das empresas e, acima de tudo,podem contribuir para garantir um futuro sustentável.
A Federação das Unimeds do Estado de São Paulo acredita que faz parte deseus objetivos, para além do sucesso econômico, fomentar ações que contribuampara a melhoria da qualidade de vida de todos os seus públicos de relacionamento.Desse modo, a Fesp procurará atuar como um agente de desenvolvimento e,além de ofertar bens e serviços, sente-se co-responsável pelo respeito ao contextosocial e ambiental em que realiza suas atividades.
5. Conceituação determos-chave eposicionamentos básicosque fundamentarão as ações
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Responsabilidade
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AÇÃO SOCIAL e FILANTROPIA versus RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Enquanto a ação social e a filantropia são voltadas a um único público derelacionamento ou stakeholder (a comunidade), a ResponsabilidadeSocioambiental compreende ações e cuidados com TODOS os stakeholders daorganização. Além disso, na filantropia, oriunda da tradição antiga da caridadecristã, a participação da empresa costuma ser sobretudo financeira, baseada emboas intenções, com pouca exigência de contrapartida, baixa expectativa dedivulgação e sem objetivos estratégicos.
A Fesp pretende se alinhar com as tendências mais recentes de gestãosocialmente responsável: irá acompanhar seus investimentos nos projetos, avaliaras reais necessidades em cada contexto, identificar os pontos críticos e buscar asustentabilidade a longo prazo, tudo isso seguindo objetivos estratégicos e coma preocupação secundária de dar visibilidade a suas ações.
CIDADANIA versus RESPONSABILIDADE SOCIAL
A cidadania corporativa é a atitude da organização que cumpre com suasobrigações civis, segue a conduta ética que se espera dela em respeito à legislaçãovigente 4 . Já a responsabilidade social situa-se um degrau acima, ou seja, implicaem tomar iniciativas que beneficiem, tanto a comunidade em que a empresa seinsere, quanto a outros públicos, de maneira espontânea, independente deobrigações legais ou morais.
Nesse sentido, a Fesp acredita, que as ações de medicina preventiva oferecidasa seus próprios clientes/consumidores é parte de seu negócio e não uma açãode responsabilidade social que mereça divulgação externa. E pretende desenvolver,portanto, iniciativas voluntárias que, embora não constem das leis, contribuampara o bem-estar das pessoas e o desenvolvimento do Brasil.
4 Um exemplo de cidadania corporativa é o da empresa que investe na despoluição de um rio que
ela mesma poluiu com seus dejetos, no passado. Esta empresa está sendo apenas cidadã, porque não era
seu direito poluir as águas do rio.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELO desenvolvimento sustentável compreende a satisfação das necessidades
básicas da população, tais como educação, alimentação, saúde, bem como asolidariedade para com as gerações futuras, por meio da preservação dos recursosnaturais (água, oxigênio, biodiversidade etc). Abrange ainda, o respeito a todasas classes, credos, raças e culturas. E, para que tudo isso seja possível, implica naefetivação de programas educativos que perpetuem esses valores.
Dentro de suas possibilidades, esta Organização buscará contribuir para ummodelo de equilíbrio permanente, durável, que harmonize os pólos econômico,social e ambiental, a partir da utilização inteligente dos recursos naturais e dabusca da erradicação dos problemas sociais.
ÉTICA
Entre os gregos, “ethos” significava um conjunto de costumes, caráter oumodo de ser. Na filosofia, é o ramo que estuda os critérios e mecanismos dedefinição do bem e do mal em cada sociedade. Assim, a ética de uma corporaçãoé a maneira como ela discerne entre o que considera certo ou errado, e osprincípios que pautam suas escolhas.
A Ética pode ou não estar registrada em códigos de conduta. A Federaçãodas Unimeds do Estado de São Paulo conta atualmente com um código de condutaelaborado pela Unimed do Brasil. É preciso alinhar este documento à peculiaridadeda Fesp, a fim de decidir se ele será incorporado integral e efetivamente no dia-a-dia da organização, ou se serão necessárias adaptações que contemplemespecificidades da Fesp.
A Federação das Unimeds do Estado de São Paulo acredita que a confiançadeve ser o alicerce das relações sociais e profissionais. Assim, continuará se pautandopor condutas éticas e transparentes, norteadas por princípios e valores claros, ebuscará continuamente para que seu discurso e sua prática estejam em sintonia.
Oficina de Grafitagem,
Unimed Salto/ Itu:
oportunidade aos jovensde desenvolverem
um trabalho
artístico-terapêutico,combatendo a pichação de
maneira inteligente
e criativa.
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MARKETING RESPONSÁVEL
A comunicação tem papel fundamental no êxito da ResponsabilidadeSocioambiental. Em primeiro lugar, é ela que garante, internamente, quedirigentes, funcionários e terceirizados compreendam, compartilhem e sesolidarizem com seus valores e princípios. Em segundo lugar, como afirma umpesquisador do assunto5 , “além dos clientes, fornecedores e órgãosgovernamentais que compõem os stakeholders da empresa, a comunicação, emuma gestão social, tem o papel de disseminar a Responsabilidade Social paraoutras empresas interessadas, mesmo que elas sejam de outro ramo de atividadeou concorrentes. (...) O Know-how adquirido pela empresa em seus programasde Responsabilidade Social deve ser compartilhado com o maior número decomponentes do setor privado, para que o conhecimento possa ser usado embenefício de todos”.
O marketing responsável obedece a princípios éticos e de transparência enão falta com respeito aos públicos internos, externos e à opinião pública. Porisso mesmo, ele valoriza a imagem da empresa, aumenta a lealdade dos clientes,ajuda a reter talentos e serve de exemplo para outras empresas.
No meio interno, percebe-se que a realização de alguns dos projetossocioambientais previamente planejados estimula a participação de maisvoluntários, criando um ambiente de confiança, solidariedade e comprometimentode todos. Por sua vez, o diagnóstico inicial a este trabalho indicou que existeuma grande expectativa por parte dos funcionários em relação à harmonizaçãoentre discurso e prática.
Um outro ponto importante é que a divulgação das ações sociais não deve recebermais investimentos do que o desenvolvimento das ações propriamente ditas.
5 Érika Lacerda Bueno et al.. “A Responsabilidade Social e o papel da comunicação”. IN:
Responsabilidade Social das Empresas. A Contribuição das Universidades. São Paulo: Editora Peirópolis,
2002: pp. 298-299.
22
Encontros realizados naUnimed Fesp reúnem
representantes de
ResponsabilidadeSocioambiental de diversas
Unimeds do Estado de SãoPaulo, promovendo
debates e a consolidação
de propostas práticas.
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ASSISTENCIALISMO versus PARCERIA
Na visão assistencialista, faz-se uma doação ao beneficiário, sem grandepreocupação em diagnosticar previamente suas necessidades, nem exigênciasquanto à continuidade do processo a longo prazo. A postura assistencialistatransforma de maneira menos significativa a realidade e, por isso mesmo, obenefício normalmente é temporário, podendo mesmo produzir uma dependênciacrônica.
Na relação de parceria, ao contrário, ocorre um intercâmbio entre a empresae a organização social beneficiada, levando em conta suas respectivasnecessidades e expectativas. Além de recursos materiais esporádicos, aquicostumam entrar processos de capacitação, transferência de tecnologia eequipamentos que garantam a sustentabilidade da ação.
No que concerne às ações e entidades de terceiros, não é possível cortartodos os laços assistencialistas que eventualmente existam, de uma hora paraoutra. Mas a Fesp irá priorizar a evolução de relações assistencialistas a relaçõesde parceria – por meio da exigência de contrapartidas, de avaliações permanentesdos projetos e de metodologias que busquem a autonomia dos beneficiários eos resultados a longo prazo.
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Política de
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FERRAMENTAS DE GESTÃO
Segundo o Instituto Ethos 6 , trata-se de “instrumentos de auto-avaliação eaprendizagem, de uso essencialmente interno, desenvolvidas para atender àsnecessidades das empresas nas diversas etapas de sua gestão”. Em outras palavras,são roteiros, manuais e metodologias que facilitam o acompanhamento dosprocessos e ajudam a construir uma base de conhecimento.7
O Balanço Social é um demonstrativo contábil anual que pode ou não viracompanhado de explicações, textos e imagens (o “Relatório Social”), e que épublicado voluntariamente pelas empresas no Brasil, e por determinação legalem alguns países. No Balanço Social, constam as ações empresariais que foramrealizadas para atender os públicos internos e externos. Estão compreendidasdesde ações pontuais, como doação de mantimentos, até programas contínuosde capacitação de funcionários.
O Relatório Social diferencia-se do Balanço Social – apesar de que o últimopode conter o primeiro, eventualmente -, pelo fato de que o Relatório é maisnarrativo e analítico, contém descrições de projetos, imagens, gráficos dedesempenho, textos institucionais, ao passo que o Balanço é um documentopuramente contábil.
Na Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, bem como, nos seusrelacionamentos em projetos com todos os seus stakeholders, inclusive asUnimeds Associadas, serão utilizados para diagnóstico os Indicadores Ethos deResponsabilidade Social. A aplicação será feita anualmente, de preferência nofinal do ano ou início do ano seguinte, para servir de base à elaboração doRelatório Social e do Balanço Social referentes ao exercício que se encerra, e paranortear o planejamento de ações no ano que iniciará. Os resultados da aplicaçãodo Manual serão apresentados publicamente pelo Núcleo de Responsabilidade
6 O Instituto Ethos, idealizado por empresários e executivos do setor privado, é uma organização
não-governamental criada com a missão de sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de
forma socialmente responsável. Seus 1112 associados – de diferentes setores e portes – têm faturamento
anual correspondente a cerca de 35% do PIB brasileiro e empregam cerca de 2 milhões de pessoas.
7 As principais ferramentas existentes na área da Gestão Social são: Primeiros Passos em
Responsabilidade Social (Ethos), Roteiro de Balanço Social (IBASE, SESCOOP, Ethos), Banco de Práticas
(Ethos), Manual de Indicadores de Responsabilidade Social (Ethos, SESCOOP), Guia sobre Parcerias e
Alianças em Investimento Social Privado (GIFE), Guia Prático de Criação de Instituições de Financiamento
de Projetos Sociais (GIFE). A Federação escolherá as ferramentas que melhor lhe servirem e, em médio
prazo, pretende construir e publicar suas próprias ferramentas de gestão de Responsabilidade Social.
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Socioambiental, a fim de envolver a todos dentro da organização, compartilharsucessos e alertar sobre pontos a melhorar.
Em 2007, a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo acredita não estar,ainda, no estágio ideal de maturidade para pensar na publicação de seu BalançoSocial. Isso deve ser a conseqüência futura do trabalho de seu Núcleo deResponsabilidade Socioambiental, que pretende organizar a publicação de umBalanço Social em 2008. Como o modelo de Balanço Social do Ibase é o que respaldaos indicadores da Unimed Brasil para o Selo de Responsabilidade Social, e o doEthos é demandado pelo Instituto Ethos e pela Fundação Abrinq - aos quais a Fesptambém é associada - pretende-se discutir com as três instituições a possibilidadede se criar um modelo próprio de Balanço Social para as Cooperativas de 2º grau,contemplando assim, os esforços desenvolvidos pela OCB e OCESP nesse sentido.
Pretende-se publicar dois Relatórios Socioambientais referendando o ano 2007,sendo que um dos relatórios tratará do relacionamento da Federação com todosos seus públicos e outro trará as ações das Singulares.8 A separação das duasinstâncias ajudará a fortalecer a identidade institucional da Federação.
Os Relatórios e Balanços Sociais deverão ser transparentes, não omitindoproblemas enfrentados, nem as soluções para eles encontradas. O ideal é que,futuramente, haja uma auditoria externa para o Balanço Social da Fesp, pois istoaumenta sua credibilidade.
A partir de 2008, será organizado também um Prêmio de ResponsabilidadeSocioambiental para as Singulares, que, para concorrer, deverão manter o Portalatualizado com informações sobre as ações que desenvolvem.
A longo prazo, a meta é criar ferramentas de gestão próprias para a Federaçãoe suas associadas – manual de indicadores, modelo de balanço, cartilha deprimeiros passos em Responsabilidade Socioambiental, etc.
8 O Relatório Social relativo às Singulares será montado com base em informações que as
cooperativas associadas colocarão no Portal. Para isso, deverá ser criada uma ferramenta específica
pela área de Tecnologia da Informação (T.I.) da Federação.
O Programa Vida Iluminada épromovido por 34 Amus noEstado de São Paulo. EmRibeirão Preto, oferecealfabetização em braile,
capacitação profissional einserção no mercado detrabalho, atendimento
psicoterápico, além de cursosde orientação e mobilidade,
teatro e tapeçaria.
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LAZER E CULTURA
O lazer não depende apenas de tempo livre, mas, sobretudo do acesso àsatividades e locais que permitam a realização pessoal como finalidade principal,que estimulem a liberdade de escolha, a criatividade e o prazer – em grandeparte reprimida no cotidiano produtivo. As atividades culturais, por sua vez,permitem a ampliação dos horizontes intelectuais, o desenvolvimento dopensamento crítico e o estabelecimento de vínculos sociais e afetivos. Por tudoisso, para além das necessidades básicas, como saúde, alimentação e moradia,é importante que haja projetos de Responsabilidade Socioambiental voltadosao desenvolvimento cultural, pois a arte e a cultura ajudam a dar sentido à vidadas pessoas.
A Fesp acredita que a promoção de atividades de lazer e cultura – comoexcursões, palestras, práticas artísticas e esportivas – pode ajudar a aliviar astensões cotidianas, a desenvolver a flexibilidade e a capacidade de expressão, aintegrar e motivar os funcionários. Desse modo, prevê entre suas ações futuras,atividades desta natureza para os funcionários e para a comunidade do bairro.
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O Programa Vida Iluminada
promove a inclusão social
de pessoas com deficiência
visual, desenvolvendo suas
potencialidades e
conscientizando-as de que
são capazes e produtivas.
Imagem da Unimed
Amparo.
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que investimento social privado é o
“repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e
sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público.
Incluem-se neste universo as ações sociais protagonizadas por empresas,
fundações e institutos de origem empresarial ou instituídos por famílias ou
indivíduos. A preocupação com o planejamento, o monitoramento e a avaliação
dos projetos é intrínseca ao conceito de investimento social privado e um dos
elementos fundamentais na diferenciação entre essa prática e as ações
assistencialistas. (...) Os investidores sociais privados estão preocupados com os
resultados obtidos, as transformações geradas e o envolvimento da comunidade
no desenvolvimento da ação.”
(Fonte: Grupo de Institutos Fundações e Empresas – GIFE)
Tendo por base a definição acima e também a necessidade da Fesp de alinhar
e fundamentar mais profundamente suas ações de patrocínio e de apoio a projetos
externos, seu Núcleo de Responsabilidade Socioambiental chegou a uma lista de
critérios e parâmetros que auxiliarão na seleção de projetos e entidades.9
6. Definição de critérios paraconcessão de apoio a projetose instituições - InvestimentoSocial Privado
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Inve
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ento
so
cia
l privado
9 Esta lista aproveita critérios de seleção da Fundação Ashoka para apoio a projetos sociais,
bem como parâmetros do patrocínio socialmente responsável definidos pelo consultor de patrocínios
André Martinez, da Brant & Associados.
30In
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so
cia
l privado
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
Critérios e parâmetros para aprovação de patrocínios e apadrinhamento a
instituições do terceiro setor:
�alinhamento da proposta com os valores da Federação das Unimeds do
Estado de São Paulo;
�impacto social do projeto, programa ou entidade (efeitos de médio e
longo prazo, possibilidade de replicar a experiência, número de
beneficiários e de parceiros);
�racionalidade no uso dos recursos humanos e materiais (existência de
planejamento, de mecanismos de gestão e de avaliação);
�pertinência da metodologia escolhida para obter o impacto social
pretendido;
�curva de demanda (real necessidade da iniciativa);
�perfil empreendedor da liderança ou do grupo todo (pragmático,
comprometido, persistente, com visão global);
�fibra ética (respeito, confiabilidade, trajetória anterior reconhecida,
atitudes transparentes);
�urgência do apoio (impossibilidade de a iniciativa ter êxito sem o patrocínio
da Fesp);
�criatividade/ inovação na definição de objetivos e atividades;
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 31
Inve
stim
ento
so
cia
l privado
O Núcleo de Responsabilidade Socioambiental da Fesp considera essencial
que seja feito um exame prévio de sustentabilidade, antes da aprovação do
patrocínio a um projeto ou de ser selado o apadrinhamento a uma entidade. Este
exame consistirá de uma visita ao local, de entrevistas com os responsáveis e
beneficiários e, eventualmente, de análise documental.
Nos casos em que o projeto ou entidade revelarem grande potencial, mas
lhes faltar Know-how em gestão, a Fesp estudará a possibilidade de iniciar a
parceria com uma capacitação para a entidade, aproveitando voluntários dos
diversos setores da Federação. Nesses casos, o primeiro passo, portanto, é a
instrumentalização da entidade (em termos de administração, comunicação,
aspectos legais etc.).
No entanto, há que se destacar uma exceção: o apoio da Federação das
Unimeds do Estado de São Paulo à Amusp e às Amus não será condicionado aos
critérios acima expostos, uma vez que se tratam de entidades pioneiras e que
possuem a credibilidade no Sistema Unimed.
A parceria da Unimed
Campinas com a Escola de
Atletismo Orcampi tem oobjetivo de desenvolver o
talento em práticas
esportivas, dandooportunidade para crianças
e adolescentes,
de 12 a 18 anos.
32
De acordo com especialistas em Recursos Humanos e em Psicologia
Organizacional, o voluntariado oferece duas grandes vantagens às empresas:
permite aperfeiçoar habilidades como liderança e trabalho em equipe, funcionando
como uma espécie de treinamento, e eleva a produtividade, em função do
aumento da motivação dos funcionários.
O programa de voluntariado da Fesp funcionará de forma autônoma em relação
à Associação Mulher Unimed, embora valorize e pretenda dialogar com o trabalho
da referida Associação. Serão aceitos funcionários de todos os níveis e setores
que queiram participar em ações previamente agendadas, dentro do horário de
trabalho ou não.
Como exemplo, o programa de voluntariado da Fesp continuará apoiando
uma ONG que abriga crianças carentes soropositivas cuja contribuição financeira
acontece desde 2001. Além deste tipo de apoio, a idéia é oferecer também
assessoria técnica e capacitação, com vistas à sustentabilidade daquela entidade.
Serão organizadas visitas periódicas à instituição, previamente planejadas e
posteriormente relatadas.
A meta é, mais adiante, ampliar o voluntariado a outras instituições similares,
bem como estimular os médicos cooperados e funcionários a prestarem seus
serviços gratuitamente nos programas e projetos abraçados por suas respectivas
Singulares.
7. Programa devoluntariado
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 33
Pro
gra
ma d
e v
olu
nta
riado
Curso de informática
especial para pessoas com
deficiência visual, realizadoem Itu, promovido pela
Associação Mulher Unimed
do Estado de São Paulo(Amusp), através do
Programa Vida Iluminada.
34
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 35
Pro
gra
ma d
e v
olu
nta
riado
Aspectos legais do voluntariado
Do ponto de vista jurídico, a Lei 9608, de 1998, define o serviço voluntário
como a “prestação gratuita de serviços por um indivíduo a uma entidade
governamental ou sem fins lucrativos, regulada por um termo de adesão”. O
termo de adesão é um documento que identifica as partes envolvidas, as atividades
que serão realizadas a título de voluntariado, a duração do trabalho e os resultados
esperados. Deve constar ainda, explicitamente, a condição de gratuidade do
trabalho.
A lei não se refere às atividades voluntárias prestadas diretamente à
comunidade, sem o intermédio de uma organização juridicamente constituída. A
Fesp deve atentar-se a este detalhe e procurar usar a lei para se proteger, em dois
sentidos:
a) o empregador fica eximido de responsabilidade no caso de acidentes de
trabalho ocorridos em decorrência do trabalho voluntário, contanto que o horário
do acidente esteja de acordo com o termo de adesão e que, no registro de
freqüência do funcionário, conste sua saída com esta finalidade específica.
b) o empregador fica eximido do pagamento de horas extras, caso estas
tenham sido consagradas ao trabalho voluntário, a menos que tenha havido algum
tipo de coação da empresa para que o funcionário executasse aquele trabalho.
Coral Encanto, da UnimedSão Carlos, criado com o
objetivo de investir naformação de crianças nos
aspectos cultural, social,
saúde e cidadania.Projeto em parceria com a
Associação Mulher Unimedde São Carlos.
36
É um grande desafio conseguir medir o retorno efetivo gerado pelas açõessociais, a fim de facilitar a tomada de decisões sobre a pertinência daquela açãoe/ou a necessidade de adaptações nos projetos.
A eficácia deve ser medida, tanto interna, quanto externamente. Externamente(“eficácia pública”), verifica-se se os resultados esperados foram atingidos, se oplanejamento foi respeitado, qual foi a reação dos beneficiários etc. Porém,internamente (“eficácia privada”), também é preciso checar se a ação social éconhecida pelos funcionários e dirigentes, se ela pode ser capitalizada em termosde imagem corporativa, se ela está alinhada com a missão e os valores daorganização e assim por diante.
A avaliação, sempre que possível, deve ser realizada antes, no meio e nofinal do processo. A avaliação inicial ou o diagnóstico permite estabelecer ummarco zero, que servirá de comparação posteriormente. A avaliação intermediáriapossibilita a realização de correções e ajustes no meio do caminho. A avaliaçãofinal é fundamental para a aprendizagem da equipe e para a prestação de contas.
Os projetos sociais desenvolvidos ou apadrinhados pela Fesp deverão seralvo de avaliação, para garantir a boa aplicação de recursos, a efetividade dosresultados e também para possibilitar aprendizagens e reflexões sobre a prática.Pode-se contratar um avaliador externo, que será imparcial, para analisar cadaprojeto, e/ou capacitar os funcionários da Federação, sobretudo os membros doNúcleo, para que eles próprios sejam capazes de criar indicadores de desempenho,questionários etc.
8. Formas de avaliaçãoe indicadores
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 37
Ava
liaçã
o e
in
dic
ad
ore
s
38
A Unimed Araraquara éparceira do Projeto Hage
Esportes Oncins Tênis, que
ensina o esporte a criançasde 10 a 14 anos,
disponibilizando plano desaúde totalmente gratuito,
transporte e alimentação
aos participantes.
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 39
Ava
liaçã
o e
in
dic
ad
ore
s
As técnicas/ferramentas utilizadas para a avaliação são bem variadas e devemser escolhidas de acordo com cada contexto, entre elas:
�entrevistas e questionários aplicados aos beneficiários;
�observação direta por parte da equipe gestora;
�estudos de caso (mudanças observadas em um indivíduo antes e depoisdo projeto);
�grupos focais;
� levantamento e acompanhamento de indicadores por meio dedocumentos e relatórios;
�entrevistas com funcionários, clientes ou agentes críticos do processo,para ter uma visão de “fora”.
O ponto central de qualquer avaliação é a definição de critérios e, a partirdeles, a construção de indicadores. Indicadores consistem em valores mensuráveisque representam, da forma mais fiel possível, uma dada situação. Os indicadoresoferecem sinais sobre se estamos no caminho certo ou não, para atingirmosdeterminados objetivos. Permitem o monitoramento das ações e a mensuraçãodos resultados, norteando, desse modo, ações futuras.10
10 Eis dois exemplos de indicadores usados em projetos de Responsabilidade Socioambiental:
�Porcentagem de jovens que conseguem inserção profissional, após participarem de um
programa de inclusão digital;
�Taxa de redução de gravidez na adolescência, em uma determinada cidade, após a realização
de palestras sobre planejamento familiar.
A Unimed de Votuporangapromove a melhoria na
condição de vida de
pessoas com deficiênciavisual, por meio de aulas
de pintura em tela,artesanato, orientação e
mobilidade, braile e
computação, entre outras.
40
A partir da aplicação do Manual de Indicadores de Responsabilidade Social
do Sescoop-SP, bem como de informações levantadas por entrevistas e
questionários, no primeiro semestre de 2007, chegou-se a algumas conclusões a
respeito dos públicos de relacionamento e das áreas / problemas que devem ser
priorizados pela Fesp, numa primeira etapa.
Os quadros a seguir resumem o papel de cada público para a Federação, as
ações que já vêm sendo desenvolvidas para cada um deles e aquelas que se
pretende implantar a curto e médio prazos. Este quadro deve ser reavaliado e
atualizado anualmente, servindo como uma ferramenta de planejamento de
Responsabilidade Socioambiental.
9. Delimitação de públicosque serão priorizados edesdobramentos
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 41
Público
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mento
s
4242Público
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desdo
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Política de
Responsabilidade
Socioambiental
Públicos de relacionamentoda FESP (por ordem de
importância)
O que já se faz por elesatualmente?
O que eles representampara a Federação?
Por que são importantes?
O que poderia ser feitoa curto, médio e
longo prazo?
Diretores
Singulares e seusassociados
Manutenção das condições atuaisconsideradas favoráveis, porém acapacitação em gestão poderia se
tornar um pré-requisito paratodos os dirigentes.
�
Desenvolvimento de um programacontínuo para formação das lideranças
cooperativistas do Sistema Unimed.�
Comprometimento da Diretoria da Fesppara inclusão da Política de
Responsabilidade Socioambiental noEstatuto da Federação das Unimeds
do Estado de São Paulo.
Formação de lideranças a fim depreparar os médicos para
cargos de gestão.�
Reorganização do Projeto Bibliotecaque contará com um banco de
publicações científicaspara os cooperados.
�
Criação do Prêmio de ResponsabilidadeSocioambiental para estimular as
singulares a cadastrarem seus projetosno Portal, por meio de uma ferramenta
de gestão de projetos sociais.�
Aperfeiçoamento no registro deinformações relativas a iniciativas deResponsabilidade Socioambiental de
cada Singular, para viabilizar apublicação de um Balanço Social
completo e transparente.�
Projetos Federativos: refere-se aosprojetos que poderão ser
disponibilizados para as UnimedsPaulistas e que a Fesp apoiará a suaimplantação. Deve-se elaborar uma
linha de projetos federativos epromovê-los de modo unificado.Atualmente, temos o Projeto Luz
(captação de córneas), Projeto Felix ePrograma Adoção Compartilhada.
�
Monitoramento da rede de Serviços eRecursos Próprios e desenvolvimento
de projetos para melhoriadestes serviços.
Fornecem as diretrizes macro
estratégicas e implementam as
decisões tomadas pelo Conselho de
Administração.
�
Têm papel político, de representação e
articulação das Singulares.
São remunerados para atuarem na
direção da Fesp.
�
Têm oportunidades de circulação no
mundo corporativo.
�
Recebem subsídios para
participar de cursos.
A existência da Fesp depende da
associação das Unimeds Singulares.
�
Prestam serviços para os usuários finais
da Fesp.
�
Das Singulares também vêm os
diretores.
Desenvolvimento, organização,
coordenação e promoção de fóruns,
workshops, eventos e cursos
organizados para dirigentes,
funcionários e prestadores de serviços
das Unimeds Paulistas.
�
Assessoria e suporte em gestão
estratégica, TI, educação, gestão de
projetos sociais e outros.
�
Mapeamento da rede de Serviços e
Recursos Próprios do Sistema Unimed.
�
Representação política pela Fesp.
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 43
Público
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bra
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Públicos de relacionamentoda FESP (por ordem de
importância)
O que já se faz por elesatualmente?
O que eles representampara a Federação?
Por que são importantes?
O que poderia ser feitoa curto, médio e
longo prazo?
Funcionários
Poderes Públicos
Ampliação do programa de Qualidadede Vida, que incluirá atividades parapromoção da saúde física, mental,
emocional, financeira e social.�
Desenvolvimento do programa deeducação corporativa.
�
Implantação do projeto Biblioteca quecontará com uma sala de leitura, vídeo,
computadores, espaço para jogos e lazer.�
Implantação do Programa deValorização e Desenvolvimento
Profissional.
Elaboração de um material que
divulgue a atuação do NAE para
funcionários e sociedade em geral
�.
Aproximação com a subprefeitura
responsável pelo bairro Aclimação, a
fim de facilitar a viabilidade dos
projetos que envolvem a
comunidade local.
A gestão atual tem grande desejo de
aproximação com os funcionários, pois
acredita que eles são fundamentais
para o sucesso da Fesp.
A Fesp oferece bolsas de estudo para
os funcionários, até o nível de
mestrado, por meio do Programa de
Incentivo Educacional.
�
A Fesp promove atividades
de ginástica laboral.
·A Agência Nacional de Saúde (ANS)
é órgão regulador dos planos de
saúde no Brasil.
�
A Fesp através do Núcleo de Assuntos
Estratégicos (NAE) mantém contatos
com políticos pró-cooperativismo.
A Fesp mantém bom relacionamento
institucional / político com a ANS e
cumpre as normas vigentes da mesma.
�
O NAE promove iniciativas de apoio
eleitoral aos candidatos que defendem
os interesses do cooperativismo.
Empresas (Clientes)
Otimização da qualidade dosserviços e equipamentos para
fidelização dos clientes.
�
Intensificar os programas de saúde demedicina preventiva.
�
Estímulo ao aperfeiçoamento dosmédicos facilitando o acesso às novas
tecnologias.
�
Adequação da ouvidoria para todas asformas de atendimento: virtual,
contato pessoal e telefônico.
Garantem a sustentabilidade
econômica do Sistema.
�.
Levam a imagem da Unimed para a
sociedade.
Conta com assistência médico-
hospitalar e com uma rede de
serviços de abrangência nacional.
�.
Oferecemos produtos completos e
diferenciados como ouvidoria,
avaliação da sinistralidade,
atendimento dedicado para melhor
utilização do plano, entre outros.
Grupo Amor em Gotas,
da Unimed São Carlos,
que desenvolve atividadeslúdicas e recreativas,
atuando na Pediatria da
Santa Casa de São Carlos,com o objetivo de
humanizar e melhorar o
processo de recuperaçãodas crianças.
44
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 45
Público
s e
desdo
bra
mento
s
Públicos de relacionamentoda FESP (por ordem de
importância)
O que já se faz por elesatualmente?
O que eles representampara a Federação?
Por que são importantes?
O que poderia ser feitoa curto, médio e
longo prazo?
Fornecedores
Sociedade eComunidade
Verificação se a cláusula contratual daFundação Abrinq é realmente
respeitada pelos fornecedores.�
Durante um ano, será dada preferênciaa fornecedores que apresentem
certificações sociais e ambientais. Apósum ano, será estudada a possibilidade
de não contratar empresasem certificação.
�
Promoção de uma campanha deconscientização com fornecedores, por
meio de folhetos com dicas de boaspráticas socioambientais (curto prazo)
e de um “Guia de integração dofornecedor” (médio prazo).
Ampliação do apoio que será dado aoCentro de Convivência Infantil, que
abriga crianças soropositivas, fornecendoapoio à gestão, além da verba.
�
Revitalização do programa devoluntariado, permitindo que os
funcionários dediquem, 10% da sua cargahorária mensal às atividades voluntáriasplanejadas e avaliadas conjuntamente.
�
Implantação do ProgramaAdoção Compartilhada.
�
Promoção de eventos educativos,culturais e esportivos em parceria com
escolas e faculdades vizinhas,destinados a estudantes e
moradores do bairro.
Oferecem atendimento às demandas
materiais e de serviços para a Fesp.
�
Viabilizam o aporte de produtos e
tecnologias à equipe técnica da Fesp.
Para toda contratação é imprescindível
a apresentação de certidões e guias de
recolhimento de taxas e impostos, o
que obriga nossos fornecedores a
cumprirem as exigências legais.
�
Nos contratos, há uma cláusula exigida
pela Fundação Abrinq, alegando que o
contrato será rompido se o contratado
desrespeitar os direitos da
criança e do adolescente.
A imagem de uma organização se
constrói na sociedade, por meio da
qualidade de serviços, da satisfação e
bem estar de seus clientes e
funcionários.
�
A Fesp faz parte de uma comunidade e
se vê como agente responsável das
condições em seu entorno. A resolução
de questões sociais e ambientais em
seu entorno fazem parte do seu
compromisso com a cidadania.
A Fesp faz doações mensais a uma
entidade beneficente.
�
A Fesp estimula as Singulares a
desenvolverem projetos sociais.
�
O grupo de menores aprendizes está
desenvolvendo um projeto para
melhoria das ruas no entorno da Fesp.
Ambiente
A coleta de papel deve passar a serfeita por uma cooperativa dereciclagem, para valorizar a
intercooperação.�
Organização da coleta de pilhasalcalinas e de lâmpadas inutilizadas,
bem como, implantação de umcontrole do destino de todos os outros
materiais descartados.�
Implantação do Projeto ConsumoConsciente.
�
Substituição gradual de todos osmonitores para LCD.
�
O setor de compras deve priorizarprodutos e embalagens biodegradáveis.
Os recursos naturais são necessários
para a nossa sobrevivência.
�
A Organização precisa assumir
responsabilidades pelas conseqüências
ambientais de suas ações para garantir
sua própria continuidade.
�
Questões ambientais são diretamente
ligadas à saúde.
Atualmente já é realizada a coleta
seletiva de papel.
�
Alguns banheiros da Federação
possuem timer de luz e de água,
outros não.
�
As compras dos monitores de
computadores serão em telas LCD,
que são mais econômicas.
46
Unimed Batatais desenvolveum trabalho junto a Creche
Os Samaritanos,
acompanhando a evoluçãofísica das crianças,
prestando orientaçõesnutricionais e detectando e
tratando possíveis
problemas de saúde
Os recursos financeiros, necessários para implantação e manutenção das
ações desenvolvidas para a viabilização da Política de Responsabilidade
Socioambiental da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, serão de
responsabilidade da Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais e constarão
no Planejamento Orçamentário Anual.
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 47
Cu
ste
io
10. Custeio
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de. Ética para inglês ver?. GVexecutivo, SãoPaulo, n. 1, 86-88, fev. 2005.
BENDASSOLLI, Pedro F. Entrevista com o presidente do instituto ethos, OdedGrajew. GVexecutivo, São Paulo, n. 1, 10-13, fev. 2005.
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INSTITUTO Ethos. Indicadores ethos de responsabilidade social empresarial.São Paulo: Instituto Ethos, 2006.
48B
iblio
gra
fia
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
Bibliografia
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O palhaço, o gestor e o humor que resgata a dignidade. Idéia Social, SãoPaulo, n. 1, 40-47, jun. 2005.
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UNIMED do Brasil. Relatório da política nacional de responsabilidade socialdo sistema unimed. São Paulo: Unimed do Brasil, 2004.
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 49
Bib
lio
gra
fia
REGULAMENTO DO NÚCLEO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAUNIMED DO ESTADO DE SÃO PAULO – FEDERAÇÃO ESTADUAL DAS COOPERATIVASMÉDICAS, APROVADO EM REUNIÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA REALIZADA EM 23 DEMAIO 2007.
DA COMPETÊNCIA DO NÚCLEO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Art. 1º - O Núcleo de Responsabilidade Socioambiental, doravante denominadoNúcleo, destina-se a:
a) Promover o exercício estratégico e profissional das ações socioambientais;
b) Estabelecer um conceito institucional de Responsabilidade Socioambientalque estará traduzido em sua Política;
c) Sensibilizar os públicos de relacionamento, (de forma planejada), a fim deformar possíveis parceiros, de modo a atuar como multiplicadores para a novacultura proposta pela Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais;
d) Assessorar as cooperativas associadas em seus projetos de ResponsabilidadeSocioambiental;
e) Fomentar e disponibilizar o conhecimento sobre ResponsabilidadeSocioambiental ao Sistema Unimed Paulista.
DA COMPOSIÇÃO
Art. 2º - O Núcleo será composto por uma equipe de funcionários querepresentará seus respectivos departamentos e/ou áreas. Os componentes serãopreviamente aprovados pela Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais.
Parágrafo Único: O Núcleo de Responsabilidade Socioambiental será compostopor membros titulares e suplentes. No máximo, dois funcionários consideradosefetivos de cada departamento e/ou área, e um suplente.
Art. 3º - Para inserção no Núcleo de Responsabilidade Socioambiental, deverãoser observados os seguintes critérios:
a) adesão livre e voluntária, independente do cargo que o funcionário ocupe;
b) deverá haver coerência entre a atuação do funcionário e a estratégia institucional,ou seja, o funcionário deverá atender plenamente suas atribuições de trabalho;
50Reg
ula
men
to
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
Anexo
c) com a devida aprovação da Diretoria Executiva e em conformidade com ademanda do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental, o funcionário deverá terdisponibilidade para participar das ações promovidas no grupo;
d) o tempo investido para a atuação do funcionário nas ações promovidas peloNúcleo não poderá ultrapassar em 10% da sua carga horária de trabalho mensal.
§ 1º - Para tanto, o funcionário deverá observar o seguinte procedimento:
a) Solicitação formal com o visto do Gestor da área;
b) Análise pelo Núcleo de Responsabilidade Socioambiental;
c) Aprovação da Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais, se necessário,em reunião da Diretoria Executiva; e
d) Assinatura do Termo de Voluntário, de acordo com a Assessoria Jurídica daFesp.
e) Consolidação do assunto com a inclusão ou não do funcionário nas açõesde Responsabilidade Socioambiental.
§ 2º - No caso da demanda partir do Núcleo de Responsabilidade Socioambientaldeverá ser observado o seguinte procedimento:
a) verificação se há interesse do funcionário em participar do Núcleo;
b) convite formal;
c) aprovação da Diretoria de Programas Educativos e Assistenciais, se necessário,em reunião da Diretoria Executiva; e
d) Assinatura do Termo de Voluntário, de acordo com a Assessoria Jurídica daFesp.
e) consolidação do assunto com a inclusão ou não do funcionário em açõesde Responsabilidade Socioambiental.
Art. 4º - Em ocorrendo 02 (duas) faltas injustificadas consecutivas ou alternadasde algum dos componentes, às reuniões ordinárias, no período de 06 (seis) meses,o fato será levado a conhecimento do Diretor de Programas Educativos e Assistenciaispara as devidas providências.
Política de
Responsabilidade
Socioambiental 51
Reg
ula
men
to
52Reg
ula
men
to
Política de
Responsabilidade
Socioambiental
DAS REUNIÕES
Art. 5º - O Núcleo reunir-se-á, ordinariamente, 02 (duas) vezes por mês, nasede da Fesp e extraordinariamente, sempre que houver necessidade.
Art. 6º - As reuniões terão seus assuntos e deliberações registrados em relatóriode modelo próprio, elaborado pelo Núcleo e assinado pelo seu coordenador, porocasião da realização do ato, relatórios estes que ficarão arquivados na sede daFesp.
Parágrafo Único – A elaboração dos relatórios serão de responsabilidade dosmembros do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental e arquivados pela áreade Responsabilidade Socioambiental.
DA ATUAÇÃO
Art. 7º – No Núcleo serão criados espaços para debate e construção deconhecimentos acerca da Responsabilidade Socioambiental, para o alinhamentoconceitual e aprimoramento dos projetos.
Art. 8º – O Núcleo deve assegurar que os desdobramentos da política deResponsabilidade Sociambiental sejam consolidados, tendo o papel de discutir estesdesdobramentos e transformá-los em ações.
Art. 9º – O Núcleo atuará na disseminação do conhecimento e da cultura daResponsabilidade Socioambiental junto às Unimeds Paulistas.
DAS COMUNICAÇÕES
Art. 10º – Os meios de comunicação a serem utilizados pelos membros doNúcleo poderão ser: memorando Interno, correio eletrônico (e-mail) ou fórum(portal).
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 11 – Todos os casos omissos serão analisados pela Diretoria Executiva daFederação – SP, nos termos do seu Estatuto Social e da legislação em vigor.
São Paulo, 23 de maio de 2007.