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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO Monografia de Graduação “O Ensino e Aprendizagem mediado pela UnB Virtual: um estudo de caso.” Alunos: JOÃO CARLOS BROD - MATR: 98/08272 MARCOS JOSÉ GOMES FAIM - MATR: 98/08311 Professoras orientadoras: PROFª MARIA DE FÁTIMA RAMOS BRANDÃO PROFª DRª RAQUEL DE ALMEIDA MORAES Brasília-DF, agosto/2002

“O Ensino e Aprendizagem mediado pela UnB Virtual: um ... · UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO Monografia de Graduação

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIADEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃOMonografia de Graduação

“O Ensino e Aprendizagem mediado pela UnB Virtual: um estudo de caso.”

Alunos: JOÃO CARLOS BROD - MATR: 98/08272MARCOS JOSÉ GOMES FAIM - MATR: 98/08311

Professoras orientadoras: PROFª MARIA DE FÁTIMA RAMOS BRANDÃOPROFª DRª RAQUEL DE ALMEIDA MORAES

Brasília-DF, agosto/2002

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIADEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

“O Ensino e Aprendizagem mediado pela UnB Virtual: um estudo de caso.”

Monografia de Projeto de Licenciatura do curso de

Licenciatura em Computação

Brasília-DF, agosto/2002

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIADEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

“O Ensino e Aprendizagem mediado pela UnB Virtual: um estudo de caso.”

Monografia de Projeto de Licenciatura do curso de

Licenciatura em Computação

Prof. Dr. Marco Aurélio de Carvalho Profª Drª Ângela Álvares Correia Dias Membro da banca Membro da Banca

Profª Maria de Fátima Ramos Brandão Profª Drª Raquel de Almeida MoraesOrientadora Orientadora

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os que contribuíram de alguma maneira, direta ou indiretamente,

para a realização do presente trabalho, em especial:

ao Prof. Marco Aurélio e aos mestrandos Lino e Emiliano, pela atenção a nós dispensada e

por suas idéias e informações sobre o desenvolvimento do ambiente UnB Virtual;

ao Prof. Affonso, pelas dicas, discussões e revisões deste documento;

às nossas orientadoras Fátima e Raquel, pela atenção e paciência que nos dedicaram;

ao licenciando Henderson, pela participação em discussões sobre o tema;

a nossas equipes de trabalho no Banco do Brasil, pela compreensão acerca de nossas

necessidades e dificuldades;

à Univates, em especial ao consultor Cesar Brod, pela concessão de acessos a ambiente de

teste do TelEduc, para pesquisa;

a nossos familiares, em especial à Cecília e Alcione, Rafael e Lucas, Idalina (in memorian),

pela paciência, compreensão e carinho nas horas de cansaço e dificuldades;

ao criador do Universo, que nos concedeu saúde para cumprir mais uma missão em nossa

trajetória evolutiva.

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PALAVRAS-CHAVE

Avaliação de ambiente educacional virtual, educação à distância, educação dialógica,

educação pela WEB, usabilidade de ambientes virtuais.

KEY WORDS

Evaluation of virtual education environment, distance education, dialogical education, WEB-

based education, usability of virtual environments

RESUMO

Este estudo se propõe a avaliar o ambiente educacional UnB Virtual, a partir das experiências

acumuladas nos últimos seis semestres em turmas da Disciplina Organização da Educação

Brasileira, ministrada utilizando tal ambiente como suporte ao processo educacional.

Fundamentada em princípios de educação dialógica, interdisciplinar e significativa, a

avaliação do ambiente é feita considerando estatísticas de turmas, comparação com o

ambiente virtual TelEduc, da Universidade de Campinas, e fatores tecnológicos. O estudo

procura estabelecer um modelo experimental de avaliação para o ambiente virtual, submetido

a critérios filosófico-pedagógicos.

ABSTRACT

This study aims at evaluating the UnB Virtual education environment based on a six-term

academic experience with the Brazilian Educational Management course at University of

Brasilia. The evaluation was carried out based on principles of dialogical interdisciplinary

meaningful education, considering anecdotal and statistical evidence from the reports of the

course offers, as well as on comparison to the TelEduc education environment, from The

University of Campinas, focusing on technologic issues. The study also establishes an

experimental evaluation model for virtual environments, according to philosophic and

pedagogic criteria.

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SUMÁRIO

PALAVRAS-CHAVE............................................................................................................... 5

KEY WORDS............................................................................................................................5

RESUMO...................................................................................................................................5

ABSTRACT...............................................................................................................................5

SUMÁRIO................................................................................................................................. 6

LISTA DE FIGURAS, GRÁFICOS, QUADROS E TABELAS.............................................. 8

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 9

2. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO..................................................................................12

2.1. Princípios filosófico-pedagógicos..................................................................................12

2.1.1. Definição de termos................................................................................................ 14

2.2. Metodologia de coleta de dados.....................................................................................16

2.2.1. Critérios para a coleta de dados.............................................................................. 16

2.2.2. Ferramentas para coleta de dados........................................................................... 16

2.3. Metodologia de análise.................................................................................................. 16

2.3.1. Critérios para a avaliação do ambiente virtual........................................................17

2.3.2. Indicadores para avaliação de conformidade aos princípios ..................................18

2.3.3. Avaliação de módulos pedagógicos de ambientes virtuais.....................................18

3. REPRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS............................................................ 21

3.1. Dados quantitativos de turmas de OEB......................................................................... 21

3.2. Ficha de reconhecimento do ambiente...........................................................................21

3.3. Questionário de entrevista com desenvolvedores e formadores.................................... 22

3.4. Quadro para observação de módulos de ambiente.........................................................24

4. ANÁLISE............................................................................................................................. 28

4.1. Análise de níveis de evasão e aprovação....................................................................... 28

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4.2. Análise do ambiente.......................................................................................................30

4.2.1. Fatores tecnológicos e de infra-estrutura................................................................ 30

4.2.2. Módulos pedagógicos para ambientes virtuais....................................................... 33

5. SUGESTÕES PARA O AMBIENTE DA UNB VIRTUAL................................................37

6. CONCLUSÕES.................................................................................................................... 44

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................46

8. ANEXOS.............................................................................................................................. 48

8.1. Tabela para registro de dados referentes a turmas da disciplina OEB...........................48

8.2. Ficha de reconhecimento do ambiente...........................................................................49

8.3. Questionário de entrevista com desenvolvedores e formadores.................................... 50

8.4. Quadro para observação de módulos de ambiente.........................................................51

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LISTA DE FIGURAS, GRÁFICOS, QUADROS E TABELAS

Figura 1 – Mapa conceitual da proposta metodológica...................................................... 12@~

Gráfico 1 – Quantidade de alunos matriculados e aprovados............................................28@~

Gráfico 2 – Evasões............................................................................................................ 29@~

Gráfico 3 – Aprovação desconsiderando evasões..............................................................30@~

Quadro 1 – Modelo de módulos pedagógicos para avaliação de ambientes virtuais..........20@~

Quadro 2 – Ficha de reconhecimento do ambiente.............................................................22@~

Quadro 3 – Observação de módulos de ambiente...............................................................27@~

Quadro 4 – Análise de módulos pedagógicos para ambientes virtuais...............................34@~

Quadro 5 – Avaliação de atendimento, pela UnB Virtual, dos módulos selecionados.......36@~

Tabela 1 – Resultados quantitativos de turmas de OEB..................................................... 21@~

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1.INTRODUÇÃO

“(...) no exercício da docência devemos ser um

guia amigável em função de uma pedagogia

criadora, dinâmica, dialógica e reflexiva, que é,

ao meu ver, o fundamento da democracia, com

uma concepção de técnica que ultrapassa os

ditames tecnicistas e que comporta um devir

heterogêneo, onde o respeito à diferença está

presente.” [Moraes, 2002a]

As relações sociais e econômicas da sociedade atual, aliadas a um acelerado

desenvolvimento tecnológico, evidenciam um ser humano inserido num contexto ambíguo,

onde suas relações com o mundo do trabalho, da diversão e do prazer, suas emoções e seus

questionamentos existenciais, são permeados por fatores não apenas naturais e primitivos

como também aqueles vinculados à técnica e ao desenvolvimento tecnológico.

É neste âmbito que se insere a educação nestes tempos. Não é mais possível

desvinculá-la completamente das questões tecnológicas, ao mesmo tempo que é necessário

não deixá-la escrava da tecnologia, em detrimento da essência de sua razão de ser: propiciar

ao homem melhores condições de vida e de evolução.

Dentro desse contexto surgiu o presente trabalho, com o interesse em pesquisar

recursos de ambientes virtuais de educação, motivado pela evidência em que se encontra o

uso de novas tecnologias, especialmente as relacionadas ao ensino via WEB.

Buscou-se integrar na pesquisa os âmbitos pedagógico e tecnológico, a partir de

experiências realizadas com recursos da UnB Virtual e suporte às atividades de ensino que

mostraram-se como argumentos motivadores para a pesquisa em questão.

Havia, no entanto, preocupação quanto à fundamentação filosófica para o estudo,

uma vez que era condição sine qua non para uma pesquisa sobre ambiente virtual de educação

que um claro estabelecimento filosófico-pedagógico embasasse sua análise e conclusão.

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Partindo-se da hipótese de que é possível utilizar um ambiente virtual para

enriquecer o processo de ensino e aprendizagem, em que medida então, a UnB Virtual pode

contribuir para a melhoria da qualidade deste processo?

Para responder à questão acima, este trabalho busca uma avaliação da UnB

Virtual, levando em conta requisitos e princípios pedagógicos e observações das experiências

realizadas desde o primeiro semestre de 1999 na disciplina OEB – Organização da Educação

Brasileira, com recursos desse ambiente (OEB Online), de maneira a contribuir para a

evolução do processo de educação à distância na UnB, especialmente a relacionada ao ensino

via WEB.

A avaliação é norteada por princípios que consideram o ensino e aprendizagem

como um processo a ser conduzido com o objetivo de levar o homem a se libertar da

ignorância e do bloqueio de sua realização como ser integral, permitindo o seu crescimento

interior com autonomia, criatividade, consciência e prazer.

O estudo aborda os recursos tecnológicos de maneira integrada, de forma que se

contemplem as facilidades na realização de tarefas como também os requisitos de qualidade,

seguindo referenciais teóricos sobre os quais se assenta a proposta em questão. A proposta

busca tratar os recursos de interatividade, de aprendizagem dialógica e de adequação do

ambiente (plataforma) utilizado.

Muito além da simples utilização de uma nova tecnologia de educação, no dizer

de Andréia Ramal (2002) “(...) creio que devemos pensar o que significa construir uma

pedagogia intercultural. O prefixo inter indica ênfase nas trocas, nas conexões, no diálogo.

Lopes (1998) distingue o intercultural do multicultural que, para ele, é um termo estático,

‘que pode, na realidade cotidiana, traduzir-se pela simples justaposição de culturas múltiplas

no interior duma sociedade, sem comunicação entre elas, cada uma permanecendo fechada o

mais que lhe for possível.’ O intercultural, ao contrário, é movimento e reciprocidade.

Construir uma pedagogia intercultural será tornar possível, no currículo, a abertura ao outro,

reconhecendo que a experiência do outro é fundamental para a constituição da subjetividade e

para a produção de saber coletivo. A pedagogia intercultural é, em termos bakhtinianos, a

resposta polifônica ao monologismo.”

Caso contrário “O computador pode se tornar apenas mais um ‘modismo’ da

educação, cujos benefícios no que diz respeito ao avanço da qualidade educacional poderão

ser muito duvidosos. A nosso ver, o desafio está em se apropriar criticamente dessa

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tecnologia, dominando-a e não sendo dominado por ela, colocando-a no lugar de apenas mais

uma técnica, e não como o objetivo ‘per se’ da educação.” [Moraes, 2000, p.118]

Dentro desse contexto e da realidade legal que permite a existência de até 20% das

disciplinas de graduação oferecidas integralmente em ambiente virtual e/ou à distância, resta-

nos perseguir formas de consolidar a implementação definitiva de disciplinas no ambiente

virtual. O projeto pretende, pois, como objetivo geral, verificar como a UnB Virtual pode

contribuir para o ensino via WEB.

Como objetivos específicos pretendemos:

- descrever a situação do atual ambiente de aprendizagem quanto aos

referenciais teóricos, os princípios filosóficos, a integração de recursos

humanos e tecnológicos;

- sugerir, quando for o caso, a expansão e/ou alteração quanto à integração de

recursos humanos e tecnológicos e às atividades que melhor se adaptem aos

princípios filosóficos, inclusive no que diz respeito a propostas para

desenvolvimento futuro.

Neste estudo utilizaram-se dados estatísticos para estabelecer análise comparativa

dos níveis de aprovação e evasão em turmas da disciplina OEB. Posteriormente, para permitir

a avaliação de módulos pedagógicos de ambientes virtuais foi proposta uma metodologia

baseada na observações dos ambientes TelEduc, UnB Virtual. Nesta metodologia levou-se em

consideração o nível de conformidade dos módulos aos princípios filosófico-pedagógicos,

para verificar o percentual de atendimento do ambiente UnB Virtual em relação ao modelo.

O Capítulo 2 apresenta uma breve explanação sobre os princípios filosófico-

pedagógicos e os critérios que fundamentaram a pesquisa, inclusive as metodologias

utilizadas. No Capítulo 3, são fornecidos os dados coletados, para que se proceda à análise,

que é detalhada no Capítulo 4, visando à criação da síntese geral da pesquisa.

Para melhor visualização, um conjunto de sugestões para melhorias no ambiente

UnB Virtual é apresentado especificamente no Capítulo 5.

O Capítulo 6 trata das conclusões, quanto à avaliação dos resultados da pesquisa e

dos objetivos alcançados pelo trabalho.

Finalmente, no Capítulo 7 são apresentadas as referências bibliográficas e no

Capítulo 8, os anexos.

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2.METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A Figura 1 representa graficamente, por meio de um mapa conceitual, a

metodologia utilizada neste estudo. Os princípios filosófico-pedagógicos fundamentam os

critérios da metodologia de avaliação, que subsidiam a definição dos indicadores e sustentam

conceitualmente as bases de coleta e análise de dados. A consolidação dos dados coletados e

sua análise subsidiam as conclusões do estudo.

Figura 1 – Mapa conceitual da proposta metodológica

2.1.Princípios filosófico-pedagógicos

As discussões acerca de como inserir a utilização e o próprio ensino da

informática nos processos de ensino e aprendizagem vêm historicamente se consolidando,

tendo por base as teorias pedagógicas e pesquisas experimentais. Situamos o presente estudo

de caso neste contexto: o de encontrar caminhos que estabeleçam uma evolução consistente e

de incluir fundamentos que permitam aprendizagem dialógica, interdisciplinar e significativa,

sem impacto negativo nos processos educacionais pré-existentes. A informática, neste

trabalho, será vista não como fator de redução de custos ou de maximização de lucros, mas

como verdadeira mídia hipertextual, ou melhor, hipercontextual, que formalize novos fatores

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para facilitar o alcance dos objetivos de ensino e da formação de competências de verdadeira

cidadania, não alienantes, onde “(...) usuários diferentes têm necessidades, conhecimento,

objetivos e propósitos distintos. Além disso, um usuário tem necessidades de conhecimento

diferentes no decorrer de um processo, sendo necessária a constante adaptação. Assim, um

sistema capaz de adaptar-se inteiramente ao usuário torna-se necessário e, deve ser capaz de

individualizar suas páginas de hipermídia diante das necessidades do usuário...” [Matos &

Ribeiro, 2002, p.47].

A estratégia deve prevalecer sobre o programa de ações. Deve-se guardar

possibilidades de modificação de cenários durante a evolução das ações. Prudência e audácia

devem ser sopesadas ao mesmo tempo. “...o improvável se realiza mais do que o provável;

saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo provável.”[Morin, 2000]

A educação via WEB vem aparecendo no mundo como uma alternativa que pode

ser saudável e contrária à indústria cultural de massa, desde que conduzida sob princípios

filosófico-educacionais que priorizem a libertação do indivíduo de processos

alienantes/coisificados. Além do mais a WEB, por sua estrutura de rede aberta, pode facilitar

o acesso e a troca de informações de forma compartilhada e colaborativa.

Módulos preparados para serem desenvolvidos de forma colaborativa, a exemplo

dos Fóruns, Listas de Discussão, Bate-papos e Conferências, podem contribuir e serem

aderentes aos princípios de construção participativa do conhecimento, de complemento

significativo de conteúdos, e de aumento do poder de mediação do educador em relação ao

grupo. Na realidade, tudo depende da forma com que se estabeleça a evolução do ambiente

virtual de aprendizado. Com o espírito elevado e a busca abnegada de soluções coerentes, sem

perder de vista princípios fundamentais de cidadania, liberdade, valorização do indivíduo

construtor do conhecimento, podemos acreditar ser possível evitar que a Informática siga o

nefasto caminho expresso nos dizeres de Edward Bernays, em 1928: “Se conseguirmos

compreender os mecanismos e os móbeis próprios do funcionamento do espírito de grupo,

será possível controlar e arregimentar as massas segundo nossa vontade e sem que elas tomem

consciência disso (...) A manipulação consciente e inteligente dos hábitos e opiniões

organizados das massas é um elemento importante em uma sociedade democrática. Aqueles

que manipulam esse mecanismo invisível da sociedade constituem um governo invisível que é

o verdadeiro poder dirigente de nosso país(...) Compete às minorias inteligentes o dever de

utilizar a propaganda de forma sistemática e contínua.” [Matterlart, 1994, p.79]

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Não queremos deixar de registrar também o seguinte pensamento de Adorno e

Horkheimer: “Todas as ações sacrificiais humanas, executadas segundo um plano, logram o

deus ao qual são dirigidas: elas o subordinam ao primado dos fins humanos, dissolvem seu

poderio, e o logro de que ele é objeto se prolonga sem ruptura no logro que os sacerdotes

incrédulos praticam sobre a comunidade crédula. A astúcia tem origem no culto. Enquanto os

indivíduos forem sacrificados, enquanto o sacrifício implicar a oposição entre a coletividade e

o indivíduo, a impostura será uma componente objetiva do sacrifício.” [Adorno &

Horkheimer, 1985, p.51]. A dialética do esclarecimento mostra a contradição entre o domínio

do saber para se libertar e o domínio do saber para dominar o outro. Entre uma geração e

outra, todas as conquistas do esclarecimento ético vêm se perdendo historicamente em

benefício da astúcia que o próprio esclarecimento gera.

O processo de ensino e aprendizagem por educação à distância deverá se

preocupar com fundamentos dessa natureza. Caso contrário estaremos apenas contribuindo

para um malefício de dominação em grande escala, já que o ensino à distância pode

estabelecer relações entre milhares de pessoas.

2.1.1.Definição de termos

Para melhor esclarecimento acerca do conjunto de idéias apresentadas nos

princípios, os seguintes termos são definidos:

Educação bancária: Segundo Paulo Freire,

“Na visão ‘bancária’ da educação, o saber é uma doação dos que se julgam

sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações

instrumentais da ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que constitui

o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre

no outro.

O educador, que aliena a ignorância, se mantém em posições fixas, invisíveis.

Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A

rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como processo de busca.

O educador se põe frente aos educandos como sua antinomia necessária.

Reconhece, na absolutização da ignorância daqueles a razão de sua existência. Os

educadores, alienados, por sua vez, à maneira do escravo na diáletica hegeliana,

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reconhecem em sua ignorância a razão da existência do educador, mas não chegam,

nem sequer ao modo escravo naquela dialética, a descobrir-se educadores do

educador.” [Freire, 1975, p.67]

Educação dialógica: Também para Paulo Freire,

“O diálogo é este encontro dos homens, mediatizados pelo mundo, para

pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu.

Esta é a razão porque não é possível o diálogo entre os que querem a pronúncia

do mundo e os que não a querem; entre os que negam aos demais o direito de dizer a

palavra e os que se acham negados deste direito. É preciso primeiro que, os que assim

se encontram negados no direito primordial de dizer a palavra, reconquistem esse

direito, proibindo que este assalto desumanizante continue.” [Freire, 1975, p.93]

Aprendizagem significativa (Ausubel): Conforme Moreira & Masini,

“O conceito mais importante na teoria de Ausubel é o de aprendizagem

significativa. Para Ausubel, aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma

nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento

do indivíduo. Ou seja, neste processo a nova informação interage com uma estrutura

de conhecimento específica, a qual Ausubel define como conceitos subsunçores ou,

simplesmente, subsunçores (subsumers), existentes na estrutura cognitiva do

indivíduo. A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se

em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem aprende.

Ausubel vê o armazenamento de informações no cérebro humano como sendo

altamente organizado, formando uma hierarquia conceitual na qual elementos mais

específicos de conhecimento são ligados (e assimilados) a conceitos mais gerais, mais

inclusivos. Estrutura cognitiva significa, portanto, uma estrutura hierárquica de

conceitos que são abstrações da experiência do indivíduo”. [Moreira & Masini, 1982,

p.7-8]

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2.2.Metodologia de coleta de dados

2.2.1.Critérios para a coleta de dados

A coleta de dados que subsidia o levantamento e a descrição da situação atual do

ambiente virtual considerou os seguintes critérios:

a) dados de referência da disciplina disponibilizados pela Universidade;

b) dados obtidos através de observação;

c) opinião de desenvolvedores;

d) verificação do ambiente da UnB Virtual a partir de questionários de

reconhecimento;

e) guia de entrevistas; e

f) comparação de ambientes virtuais via Internet.

2.2.2.Ferramentas para coleta de dados

Tabela para Registro de Dados Referentes a Turmas da Disciplina OEB: estabelecimento de

comparação entre turmas da disciplina, indicando freqüência e menções, visando eventuais

análises e conclusões. (Anexo-8.1.)

Ficha de Reconhecimento do Ambiente: observação dos recursos oferecidos pelo ambiente da

UnB Virtual. (Anexo-8.2.)

Questionário de Entrevista com Desenvolvedores e Formadores: levantamento de dados

referentes a recursos de infra-estrutura, de desenvolvimento, objetivos, público-alvo etc.

(Anexo-8.3.)

Quadro para Observação de Módulos de Ambiente: coleta e descrição de características dos

módulos existentes nos ambientes UnB Virtual e TelEduc. (Anexo-8.4.)

2.3.Metodologia de análise

A análise foi baseada na coleta de dados quantitativos referentes a turmas

anteriores, dados da observação de ambientes educacionais via WEB, dados de

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entrevistas/reuniões com desenvolvedores do ambiente da UnB Virtual etc, onde foram

considerados fatores de natureza tecnológica, pedagógica e de infra-estrutura. Para tanto

foram levados em conta os princípios descritos no item 2.1, que fundamentaram os critérios

para avaliação.

2.3.1.Critérios para a avaliação do ambiente virtual

Na avaliação do ambiente buscou-se verificar a interconexão entre supervisão e

desenvolvimento, aprendizagem e recursos tecnológicos. Para tal foram utilizados os critérios

abaixo:

a) avaliar se o ambiente oferece recursos que propiciem aprendizagem dialógica,

interdisciplinar e significativa, permitindo um processo colaborativo e

facilitando a interação formadores–alunos e alunos–alunos, na construção de

conhecimento;

b) avaliar se o ambiente respeita a individualidade/privacidade dos atores;

c) avaliar se o ambiente permite ao educando a possibilidade de conceber,

executar e avaliar, tendo planejado o que irá realizar, conferindo-lhe o

domínio e o comprometimento, o prazer e a gratificação com o

processo[Matos & Ribeiro, 2002, p.20];

d) avaliar os recursos tecnológicos e humanos envolvidos: concentrar o estudo na

interação homem-máquina, na interação entre os alunos e nos processos de

acompanhamento/orientação aos alunos;

e) avaliar se os recursos disponibilizados no ambiente UnB Virtual podem

contribuir e complementar o processo de ensino e aprendizagem que se

desenvolve no ambiente tradicional (aulas presenciais e atividades correlatas);

f) avaliar que fragilidades de design podem ser solucionadas de maneira a

aprimorar o ambiente virtual;

g) promover análise comparativa entre os recursos e módulos disponibilizados no

ambiente da UnB Virtual e o ambiente TelEduc, da Unicamp;

h) verificar a aderência dos recursos virtuais aos objetivos da disciplina.

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2.3.2.Indicadores para avaliação de conformidade aos princípios

Os indicadores abaixo, definidos a partir dos critérios no item 2.3.1., foram

aplicados na avaliação dos módulos pedagógicos propostos no modelo para avaliação de

ambientes virtuais (item 2.3.3.). Tais indicadores servem para a verificação do nível de

conformidade desses módulos aos princípios filosófico-pedagógicos (Quadro 4).

a) Contribui para o estabelecimento do diálogo entre os atores.

b) Possibilita ao aluno, em algum nível, adaptar a atividade às suas necessidades

específicas.

c) Sua utilização é de baixa complexidade.

d) Contribui para maior aproximação e trocas de informação entre os alunos.

e) Contribui para uma maior interação entre formador e aluno.

f) Facilita, na interação formador–aluno, o acompanhamento de aspectos

individuais.

g) Permite autonomia aos formadores na elaboração/organização dos conteúdos.

2.3.3.Avaliação de módulos pedagógicos de ambientes virtuais

O modelo abaixo foi proposto levando-se em conta a observação dos ambientes

educacionais UnB Virtual e TelEduc.

A este modelo foram aplicados os indicadores descritos no item 2.3.2,

possibilitando verificar o nível de conformidade dos módulos pedagógicos aos princípios

escolhidos (Quadro 4).

Posteriormente o ambiente UnB Virtual foi submetido a este modelo, para

avaliação quanto a seu atendimento (Quadro 5).

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Modelo de Módulos Pedagógicos para Avaliação de Ambientes Virtuais

Módulos Pedagógicos Características

01 Apresentação do Ambiente

Informações sobre os recursos disponíveis e o funcionamento do ambiente de cursos à distância.

02 Apresentação do Curso

Informações sobre a metodologia e a organização do curso, podendo ser incluídas através de texto ou de arquivos.

03 Agenda Informações sobre a programação agendada e não vencida, possibilitando visualizar agendamentos passados.

04 Atividades Apresenta as atividades a ser realizadas durante o curso. Permite anexar arquivos, incluir link e definir compartilhamento.

05 Material de Apoio / Leitura

Apresenta artigos, sugestões de revistas, jornais, endereços na WEB, arquivos anexados etc., bem como informações úteis relacionadas à temática do curso, subsidiando o desenvolvimento das atividades propostas.

06 Perguntas Freqüentes

Contém a relação das perguntas realizadas com maior freqüência durante o curso e suas respectivas respostas.

07 Parada Obrigatória

Contém materiais que visam desencadear reflexões e discussões entre os participantes ao longo do curso. Permite anexar arquivos, incluir links e definir compartilhamentos.

08 Quadro de Avisos / Mural

Espaço reservado para todos os participantes disponibilizar informações consideradas relevantes no contexto do curso, separando / destacando as informações dos formadores.

09 Fóruns de Discussão

Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão naquele momento do andamento do curso, possibilitando o acompanhamento da discussão através da visualização estruturada das mensagens já enviadas e a participação por meio do envio de mensagens. Ao formador é permitida a manutenção nos fóruns (criação/exclusão e alternância do status leitura/edição).

10 Bate-papoPermite conversas em tempo real, inclusive privativas, e consultas a sessões realizadas. Aos formadores é permitido o agendamento de horários de bate-papo, bem como a exclusão de sessões anteriores.

11 CorreioÉ um sistema de correio eletrônico que é exclusivamente interno ao ambiente. Assim, todos os participantes de um curso podem enviar e receber mensagens através deste correio.

12 GruposPermite a criação de grupos de pessoas para facilitar a distribuição/realização de tarefas. O grupo possui status de usuário, podendo ser acessado exclusivamente pelo seus integrantes.

13 Participantes

Apresenta lista dos participantes (formadores/alunos). A idéia desse recurso é, em princípio, fornecer um mecanismo para que os participantes possam se conhecer. Além disso, permite a alteração de senha e a definição do perfil do participante, com a edição de dados pessoais (nome, endereço, telefone, e-mail, endereço de página pessoal etc), inclusão/atualização de foto, auto-descrição.

14 Diário de Bordo

Permite que cada participante faça suas anotações consideradas relevantes, podendo compartilhá-las ou não com os formadores. Aos formadores é possível visualizar as anotações compartilhadas de todos os diários de bordo, inclusive registrando comentários que serão vistos exclusivamente pelo autor e formadores.

Modelo de Módulos Pedagógicos para Avaliação de Ambientes Virtuais

19

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Módulos Pedagógicos Características

15 Portfólio

Permite armazenar/atualizar textos e arquivos, bem como endereços da Internet. Esses dados podem ser particulares, compartilhados apenas com os formadores ou compartilhados com todos os participantes do curso. Cada participante pode ver registros compartilhados dos demais portfólios, podendo fazer comentários sobre eles.

16 FreqüênciaPermite a todos os participantes acompanhar o acesso e a freqüência por atividades/usuários em um período, através de relatórios que podem ser impressos ou salvos em arquivo.

17 Módulo Administrativo

Permite aos formadores incluir/excluir as atividades a ser disponibilizadas no curso. Permite ainda: destacar atividades; gerenciar alunos, formadores e inscrições; enviar senhas; alterar cronograma do curso; e enviar e-mail para a equipe de suporte.

18 Avaliação

Permite a criação dos itens (trabalhos, provas, etc.) de avaliação com seus respectivos pesos, inclusive indicando o recebimento, se for o caso. Os alunos visualizam apenas seus resultados podendo compará-los apenas com a média da turma. O sistema permite ao formador ajustes nas menções.

19 Lista de Discussão

Envia o e-mail para todos os participantes cadastrados da lista. O formador cria, altera e exclui listas.

20 Teleconferência

Disponibiliza recursos para teleconferência entre os participantes, com possibilidade de envio de imagem de webcam e/ou de qualquer outro arquivo existente no participante emissor. A função de indicar com o ponteiro do mouse (ponteiro-cursor) visível para todos os participantes pode ser ativada pelo emissor quando necessário. Os formadores agendam os horários das teleconferências.

Quadro 1 – Modelo de módulos pedagógicos para avaliação de ambientes virtuais

20

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3.REPRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

3.1.Dados quantitativos de turmas de OEB

Em relação às turmas anteriores foram levantadas, a partir de [Moraes, 2002a],

dados quantitativos sobre matrículas/evasões, aprovações/reprovações, conforme tabela 1.

Estes dados abrangem turmas presenciais (referências P-1 e P-2) do primeiro e

segundo semestres de 1999 e turmas virtuais (referências V-1 a V10) de OEB Online dos anos

de 1999 a 2001.

Total MM MS SS

P-1 Lic. em Informática e Letras noturnos

1999/1 Presencial 47 2 1 0 44 1 17 26

V-1 Diversos - horário almoço 1999/1 Virtual 53 4 9 0 40 13 25 2

P-2 Lic. em Informática, Letras e Artes noturnos

1999/2 Presencial 46 1 1 1 43 8 28 7

V-2 Diversos - horário almoço 1999/2 Virtual 32 5 5 0 22 1 12 9

V-3 Diversos - Vespertino 1999/2 Virtual 17 0 1 0 16 0 12 4

V-4 Diversos - Vespertino 2000/1 Virtual 44 2 1 0 41 9 19 13

V-5 Calouros, Pedagogia - horário almoço

2000/1 Virtual 40 6 11 1 22 3 4 15

V-6 Diversos - Vespertino 2000/2 Virtual 28 6 8 0 14 3 4 7

V-7 Lic. em Física e Ciências Biológicas noturnos 2001/1 Virtual 43 3 5 0 35 5 20 10

V-8 Lic. em Informática, Letras e Artes noturnos

2001/1 Virtual 48 2 8 0 38 9 20 9

V-9 Lic. em Física e Ciências Biológicas noturnos

2001/2 Virtual 42 2 8 0 32 4 19 9

V-10 Lic. em Informática, Letras e Artes noturnos

2001/2 Virtual 46 1 7 1 37 4 27 6

Período TipoDescrição

Número de Alunos

Ref.

TurmaAprovadosReprovadosMatrículas Trancamentos Abandonos

Tabela 1 – Resultados quantitativos de turmas de OEB.

3.2.Ficha de reconhecimento do ambiente

Adaptada do modelo proposto por Dias (2001), esta ficha contribuiu para

formalizar a coleta referente a recursos tecnológicos e de usabilidade1 de ambientes.

1 A norma ISO 9241-11 Guidance on Usability (1998) define usabilidade como “a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.” [Dias, 2001, p.36-37]

21

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Questão/Objeto Sim/NãoA informação está organizada em grupos ou sessões ? SimOs grupos e sessões de informação estão identificados por títulos e subtítulos ? SimO ambiente apresenta um grande número de páginas de informação ? SimExiste algum texto que é apresentado de forma repetida ? NãoExiste algum botão que é apresentado de forma repetida ? NãoO ambiente abre navegadores auxiliares além do principal ? NãoO ambiente apresenta um módulo de ajuda geral ? NãoO ambiente apresenta um módulo de ajuda contextual ? NãoO ambiente apresenta mensagens de erro ? NãoO ambiente oferece Download de arquivos ? NãoO ambiente apresenta uma estrutura de navegação do tipo hipertexto ? Sim

Ficha de reconhecimento do ambiente

Quadro 2 – Ficha de reconhecimento do ambiente

3.3.Questionário de entrevista com desenvolvedores e formadores

Também adaptado do modelo proposto por Dias (2001), embora não tenha sido

respondido formalmente, orientou as reuniões e entrevistas com formadores e

desenvolvedores atualmente participantes do projeto da UnB Virtual.

Os casos em que não foi possível estabelecer uma resposta para a questão foram

identificados pela expressão “resposta prejudicada”.

a) Há a estimativa de quantidade de usuários atendidos pelo ambiente?

R: Não foi verificada. Estima-se um grande crescimento para os próximos semestres,

uma vez que a demanda por ensino à distância, via WEB, tem aumentado rapidamente. O

ambiente, atualmente, utiliza em parte um banco de dados MS-Access, o que deverá ser

alterado logo, para que não seja inviabilizado pela demanda.

b) Há tipos diferentes de usuários do ambiente ou seu público alvo é homogêneo?

R: Em termos relativos sim, uma vez que o público universitário tem suas próprias

diferenças por áreas de conhecimento.

c) O sistema foi desenvolvido visando algum tipo de usuário em particular?

R: Não verificado explicitamente, no entanto o público-alvo é o público universitário.

d) Dentre os usuários do público-alvo, há uma porcentagem relevante de novatos na

utilização de interfaces WEB?

R: Resposta prejudicada

22

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e) Qual a configuração básica (mínima) de hardware e software dos computadores

utilizados para acessar o ambiente?

R: Qualquer microcomputador com configuração de hardware e software suficiente

para acessar a Internet nos padrões atuais.

f) O sistema foi desenvolvido visando alguma resolução de vídeo em particular?

R: 800 x 600 dpi (por observação)

g) O sistema foi desenvolvido visando algum navegador WEB em particular?

R: Resposta prejudicada

h) O sistema prevê a utilização de arquivos/recursos de imagem, som e vídeo

(filmes/animações)?

R: Atende parcialmente a partir do módulo curso e colaborativo.

i) Os usuários são motivados a utilizar o ambiente na busca de informações para o

desempenho de suas tarefas?

R: Sim, a partir das mensagens dos formadores e indicação dos alunos nos módulos

links interessantes e colaborativo.

j) Qual módulo do ambiente é utilizado com maior freqüência? Há registros dessa

utilização?

R: Não existe registro (aparente) de qual módulo é utilizado com maior freqüência.

k) Quais as principais tarefas são executadas nesse módulo e quem são seus

usuários?

R: Resposta prejudicada

l) Houve a participação dos usuários em seu projeto?

R: Resposta prejudicada, embora haja usuários/formadores que fazem parte da equipe

de desenvolvimento.

m) Há registros de problemas informados pelos usuários durante a realização das

principais tarefas?

R: Formalmente não.

n) Esses problemas já foram resolvidos?

23

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R: Resposta prejudicada

o) Há algum plano de remodelagem ou alteração significativa do ambiente atual?

R: O ambiente encontra-se em fase de desenvolvimento de nova versão, com inclusão

de módulos, entre os quais uma Ferramenta de Autoria para permitir ao professor uma maior

facilidade para incluir os conteúdos da disciplina e um módulo de Portfólio.

p) Já foi feito algum tipo de avaliação do ambiente?

R: Resposta prejudicada

3.4.Quadro para observação de módulos de ambiente

Para observação e comparação das características dos módulos utilizados nos

ambientes da UnB Virtual e TelEduc, utilizamos o Quadro 3, que apresenta uma descrição do

conteúdo do módulo em cada ambiente. O objetivo foi permitir a visualização simultânea dos

recursos existentes em ambos os ambientes.

Módulos CARACTERÍSTICASUnB Virtual TelEduc

01 Apresentação do Ambiente

Não observado. Contém informações sobre o funcionamento do ambiente de cursos a distância.

02 Dinâmica do Curso

Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser informado através de página html desenvolvida.

Contém informações sobre a metodologia e a organização do curso. Podendo ser informado através de texto ou (exclusivo) arquivos.

03 Agenda

Permite incluir a programação. Apresenta todas as agendas registradas na mesma página.

É a página de entrada do curso com a última agenda cadastrada. Possui link para as agendas anteriores. Permite anexar arquivos.

04 Atividades

Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser informado através de página html desenvolvida.

Apresenta as atividades a ser realizadas durante o curso. Permite anexar arquivos, incluir link e definir compartilhamento.

05 Material de Apoio

Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser informado através de página html desenvolvida.

Apresenta informações relacionadas à temática do curso, subsidiando o desenvolvimento das atividades propostas. Permite anexar arquivos, incluir link e definir compartilhamento.

06 Leituras

Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser informado através de página html desenvolvida.

Apresenta artigos relacionados à temática do curso e algumas sugestões de revistas, jornais, endereços na WEB, etc. Permite anexar arquivos, incluir link e definir compartilhamento.

24

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Módulos CARACTERÍSTICASUnB Virtual TelEduc

07 Perguntas Freqüentes

Não observado. Contém a relação das perguntas realizadas com maior freqüência durante o curso e suas respectivas respostas.

08 Parada Obrigatória

Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser informado através de página html desenvolvida.

Contém materiais que visam desencadear reflexões e discussões entre os participantes ao longo do curso. Permite anexar arquivos, incluir link e definir compartilhamento.

09 Quadro de Avisos / Mural

Para avisos sobre o curso. Atualização disponível apenas para formadores.

Espaço reservado para todos os participantes disponibilizarem informações consideradas relevantes no contexto do curso.

10 Fóruns de Discussão

Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão no curso, permitindo o acompanhamento da discussão e a participação na mesma por meio do envio de mensagens. Não permite ao formador fazer alterações e/ou exclusões.

Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão naquele momento do andamento do curso, permitindo o acompanhamento da discussão através da visualização de forma estruturada das mensagens já enviadas e a participação na mesma por meio do envio de mensagens.

11 Bate-papo

Permite a conversa entre os alunos, o professor e o tutor. Não possui consulta nem manutenção de sessões realizadas.

Permite uma conversa em tempo-real entre os alunos do curso e os formadores, inclusive privativa. Os horários de bate-papo podem ser agendados pelos formadores. Possui consulta de sessões realizadas e permite exclusão pelos formadores.

12 Correio

Não observado. Sistema de correio eletrônico interno ao ambiente. Todos os participantes de um curso podem enviar e receber mensagens de correio.

13 Grupos Não observado. Permite a criação de grupos de pessoas para facilitar a distribuição de tarefas.

14 Perfil

Permite alteração de Nickname, inclusão/alteração de e-mail e endereço de página pessoal e atualização de senha.

A idéia desse recurso é, em princípio, fornecer um mecanismo para que os participantes possam se conhecer. Além disso, permite a edição de dados pessoais, inclusão/atualização de foto, auto-descrição e a alteração de senha. Apresenta lista dos participantes (formadores/alunos)

15 Diário de Bordo

Não observado. Permite a todos os participantes fazer anotações consideradas relevantes. Aos formadores é possível visualizar todos os diários de bordo, inclusive registrando comentários que serão visto exclusivamente pelo autor e formadores.

25

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Módulos CARACTERÍSTICASUnB Virtual TelEduc

16 Portfólio

Não observado. Permite armazenar/atualizar textos e arquivos, bem como endereços da Internet. Esses dados podem ser particulares, compartilhados apenas com os formadores ou compartilhados com todos os participantes do curso. Cada participante pode ver os portfólios compartilhados dos demais, podendo ainda fazer comentários sobre eles.

17 Acessos

Não observado. Permite a todos os participantes acompanhar o acesso e a freqüência por atividades, de todos os usuários, através de relatórios que podem ser impressos ou salvos em arquivo. Não possui relatório unificado com todas as atividades.

18

Módulo Administrativo / Administração

Permite a criação de fóruns, a administração da lista de discussão, liberação de acesso dos alunos aos módulos e listar mensagens de fóruns por tela ou por aluno, inclusive permitindo a exclusão de mensagens. Só disponível para formador.

Permite aos formadores incluir/excluir as atividades a serem disponibilizadas no curso. Permite ainda destacar atividades, inscrever formadores e alunos, gerenciar inscrições, alunos e formadores, enviar senhas e alterar cronograma do curso.

19 Suporte

Não observado. Permite aos formadores entrar em contato com o suporte do Ambiente (administrador do TelEduc) através de e-mail.

20 Avaliação

Permite a criação dos itens (trabalhos, provas, etc.) de avaliação com seus respectivos pesos, inclusive indicando o recebimento, se for o caso. Os alunos visualizam apenas seus resultados podendo compará-los apenas com a média da turma. O sistema permite ao formador ajustes nas menções.

Não observado.

21 ParticipantesListagens dos alunos, professor e tutor com seus respectivos e-mails. Não possui link com dados do perfil.

Disponível no perfil.

22 Lista de Discussão

Envia o e-mail para todos os participantes cadastrados da lista.

Não observado.

23 Colaborativo

Permite a todos os participantes incluir/abrir os arquivos. Somente os formadores podem excluí-los. Não permite estabelecer níveis de compartilhamento.

Não observado. Conceito semelhante a opção de anexar arquivos do portfólio.

24 Links Interessantes

Permite a todos os participantes incluir/abrir/modificar endereços de internet. Somente os formadores podem excluí-los. Não permite estabelecer níveis de compartilhamento.

Não observado. Conceito semelhante a opção de anexar arquivos do portfólio.

26

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Módulos CARACTERÍSTICASUnB Virtual TelEduc

25 TrabalhosPermite ao aluno a remessa de seus trabalhos ao e-mail do formador.

Não observado. Função semelhante é possível na atividade correio, restrito ao ambiente do curso.

26 Enviar e-mail ao Tutor

Permite ao aluno enviar e-mail aos formadores. Não permite anexar arquivos.

Não observado. Função semelhante é possível na atividade correio, restrito ao ambiente do curso.

Quadro 3 – Observação de módulos de ambiente

27

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4.ANÁLISE

Após realizada a coleta e representação dos dados, a construção da análise buscou

enfocar inicialmente a questão dos níveis de evasão e aprovação na Disciplina OEB na UnB

Virtual, em comparação com turmas presenciais.

A seguir foram considerados fatores tecnológicos e de infra-estrutura, inclusive

quanto à usabilidade, uma vez que esta questão foi considerada em parte de nosso estudo e

levantamento de dados.

Finalmente foi considerada a análise dos módulos de ambientes virtuais, com a

montagem de um conjunto (conforme modelo proposto no item 2.3.3.) e a aplicação de teste

em relação à UnB Virtual, visando medir o seu atendimento ou não em relação ao conjunto.

4.1.Análise de níveis de evasão e aprovação

Quantidade de Alunos Matriculados e Aprovados

0

10

20

30

40

50

60

P-1 (99-1)

V-1 (99-1)

P-2 (99-2)

V-2 (99-2)

V-3 (99-2)

V-4 (00-1)

V-5 (00-1)

V-6 (00-2)

V-7 (01-1)

V-8 (01-1)

V-9 (01-2)

V-10(01-2)

Matrículas Aprovados

Gráfico 1 – Quantidade de alunos matriculados e aprovados

Conforme pode-se observar no Gráfico 1, as duas turmas presenciais apresentaram

comportamento semelhante quanto ao número de alunos matriculados e aprovados. Quanto às

turmas virtuais, observa-se que houve uma grande variação entre as turmas com relação a

estes dados, o que perdurou, aparentemente, até 2001. Acreditamos que esta característica

deve-se ao fato de, no período entre 1999 e 2000, estar ocorrendo um aculturamento em

relação ao uso do ambiente virtual como apoio no ensino da disciplina. No ano de 2001 as

28

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turmas com perfil semelhante (Ref. V-7/V-9 e V-8/V-10). Passaram a apresentar

comportamentos semelhantes quanto aos dados de alunos matriculados e de aprovados.

Quando se desloca o olhar para o Gráfico 2, percebe-se que também ocorre uma

estabilização no comportamento dos dados observados quanto a evasões (trancamentos e

abandonos) nas turmas virtuais somente a partir de 2001. Neste ponto pode-se observar que,

comparativamente às turmas presenciais, as turmas virtuais apresentam uma tendência maior

de evasões. Considerando apenas o ano de 2001, o percentual de evasão oscila em torno de

20% contra os cerca de 5% que podem ser verificados nas turmas presenciais.

Evasões

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

P-1 (99-1)

V-1 (99-1)

P-2 (99-2)

V-2 (99-2)

V-3 (99-2)

V-4 (00-1)

V-5 (00-1)

V-6 (00-2)

V-7 (01-1)

V-8 (01-1)

V-9 (01-2)

V-10(01-2)

Gráfico 2 – Evasões

O que leva a este nível mais elevado de evasão?

Não pretendemos responder esta pergunta de forma completa e definitiva, pois

muitas podem ser as razões envolvidas e que não foram foco do presente trabalho. Parece

claro, no entanto, que algumas causas tenham uma relação direta com o uso do ambiente

virtual. Algumas podem ser verificadas quanto a aspectos de exclusão, como por exemplo a

dificuldade de utilização de módulos ou de compreensão das funcionalidades do ambiente.

Como verificamos na análise do ambiente, parte destas dificuldades poderia ser sanada, seja

com a criação de estruturas de ajuda (gerais, de contexto, tutoriais, etc.), seja com a

simplificação/padronização de alguns módulos.

Prosseguindo na análise dos dados relativos às turmas de OEB, verifica-se que, se

forem desconsiderados os dados referentes à evasão de alunos, obtém-se para todas as turmas,

29

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percentuais de aprovação muito próximos, independentemente de serem turmas com aulas

exclusivamente presenciais ou virtuais.

Esta situação fica bastante clara ao se observar o gráfico 3, onde percebe-se que,

independente da turma, o percentual de aprovação, desconsiderados os alunos evadidos, fica

entre 95,7 % e 100 %.

100,0%

100,0%

97,7%

100,0%

100,0%

100,0%95,7%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

97,4%P-1V-1P-2V-2

V-3V-4V-5V-6V-7V-8

V-9V-10

Gráfico 3 – Aprovação desconsiderando evasões

Pode-se, portanto, inferir que, apesar de ser observada uma maior evasão, as

turmas virtuais têm apresentado um índice de aprovação entre os alunos que permanecem no

curso praticamente idêntico ao das turmas presenciais consideradas.

Estas constatações levam a acreditar que os objetivos de aprendizagem vêm sendo

atendidos em todos os casos, mas que se faz necessário um estudo específico para verificar

possíveis ações que reduzam os níveis de evasão.

4.2.Análise do ambiente

4.2.1.Fatores tecnológicos e de infra-estrutura

A análise do ambiente, embora se tenha iniciado por questões relacionadas à

usabilidade (Quadro 2), na verdade mostrou-se muito mais complexa e sutil, razão pela qual

buscou-se considerar as relações ligadas aos fatores tecnológicos, pedagógicos e de infra-

estrutura.

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O ambiente online ainda representa barreira para muitos formadores e alunos.

Conceitos mal formados e a pouca consciência sobre as possibilidades pedagógicas a ele

relacionadas dificultam sua aceitação, demonstrando haver ainda uma defasagem entre os

hábitos culturais da população de usuários quanto ao uso de recursos virtuais e a

disponibilidade já existente desses recursos. Neste sentido pôde-se perceber a necessidade de

agregar ao ambiente da UnB Virtual conceitos de usabilidade que facilitem e até mesmo

convidem o usuário a utilizá-lo.

A inclusão no ambiente de recursos de Ajuda Geral, bem como Ajuda de

Contexto, poderá vir a contribuir para minimizar tais dificuldades, inclusive fatores

relacionados à exclusão tecnológica, ou seja, usuários com pouca experiência no uso de

computadores e de navegação em ambientes online podem vir a sentir-se mais confortáveis ao

se deparar com um eficiente e interativo recurso de ajuda e de tratamento de erros. Ideal,

também, seria a construção de tutoriais do tipo “tour” para alunos e formadores.

Ambientes modernos de interação buscam a máxima amigabilidade possível.

Fatores pedagógicos de natureza motivacional são complementares no processo de ensino e

aprendizagem e, por isso, devem ser levados em consideração e priorizados na alocação de

recursos de desenvolvimento (humanos e tecnológicos).

O ideal é que ao professor responsável pela disciplina seja conferido o status de

“Administrador do Curso”, com a liberdade para a escolha de quais módulos serão utilizados,

permitindo-lhe a possibilidade de omitir aqueles que abrir mão, evitando-se a oferta de ícones

e objetos de contexto desnecessários para os objetivos educacionais. Também ao professor

deveria competir o estabelecimento dos níveis de acesso para tutores e alunos, de acordo com

o seu entendimento.

Quanto aos aspectos de lay-out básico do ambiente, pôde-se constatar vantagens e

desvantagens relacionadas ao uso de ícones, ao invés de links de texto, para acesso aos

módulos:

•Vantagens: Os ícones, localizados em pequenos botões na barra superior do

ambiente, permitem grande economia de espaço em tela, reservando mais espaço

para os módulos propriamente ditos.

•Desvantagens: Para o usuário freqüente a tradução da relação dos ícones aos

módulos se faz com maior facilidade. No entanto, para o usuário novo,

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principalmente, a busca do módulo específico é pouco didática, não o encorajando

à navegação. Essas diferenças ficam evidenciadas durante a pesquisa de

navegação simultânea nos ambientes UnB Virtual e TelEduc (que utiliza links de

texto ao invés de ícones).

Para a análise de fatores de natureza tecnológica e de infra-estrutura, buscou-se

informações junto aos desenvolvedores e formadores, através de reuniões. Embora tenha

orientado a coleta de dados, o “Questionário de Entrevistas com Desenvolvedores e

Formadores” (Anexo 8.3) foi respondido informalmente.

Estima-se um grande crescimento no uso do ambiente para os próximos semestres,

uma vez que a demanda por ensino à distância, via WEB, tem aumentado rapidamente. Outras

disciplinas da Graduação já se encontram em fase de início de utilização previsto para o 2º

semestre de 2002.

Em relação a plataformas, quanto às opções por sistemas proprietários e

sistemas abertos, elencamos abaixo as seguintes vantagens e desvantagens:

SISTEMAS PROPRIETÁRIOS

Vantagens:

•maior disponibilidade de mão-de-obra qualificada no mercado;

•facilidade de alocação de mão-de-obra em situações de contingência;

•oferecimento de suporte técnico por parte dos fornecedores;

•uma vez conseguidos os recursos financeiros para aquisição, o pacote de serviços é

completo e integrado;

•mediante dificuldades eventuais e burocráticas de alocação de mão-de-obra, para a

Universidade, um pacote fechado de sistemas pode viabilizar a concretização de

projetos, em muito menor espaço de tempo;

•reduz esforço com manutenção, permitindo a alocação de mão-de-obra disponível para

outras etapas e projetos relacionados aos objetivos educacionais;

•menor risco de indisponibilidade operacional por ausência de suporte.

Desvantagens:

•alto custo de aquisição de licenças de uso;

•o custo das licenças de uso pode se tornar inviável, dependendo da quantidade;

32

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•risco de descontinuidade no suporte, por parte do fornecedor do software, por mudança

de estratégias, falência etc;

•necessidade permanente de aquisição de versões de atualização, sob pena de

inviabilização operacional por ausência de suporte e de atualização tecnológica;

•estratégias de desenvolvimento e expansão necessitam considerar variáveis de custos

externas, que podem fugir ao controle orçamentário;

SISTEMAS ABERTOS

Vantagens:

•ausência de custos com licenças de uso;

•não há risco de descontinuidade no suporte em função de problemas externos,

relacionados a fornecedores;

•a atualização de versão vincula-se a estratégias e metas internas;

•a Universidade possui quadro potencialmente qualificável (professores, técnicos e

alunos) que pode ser preparado para participar de equipes de desenvolvimento e

suporte, em consonância com os objetivos educacionais, reduzindo-se custos e

aumentando a qualidade do ensino e aprendizagem;

•maior liberdade de customização dos sistemas;

•a migração para sistemas abertos vem se mostrando como tendência mundial, o que

tende a aumentar a disponibilização de mão-de-obra no futuro.

Desvantagens:

•menor disponibilidade de mão-de-obra qualificada no mercado;

•necessita de política própria de atualização de software e de treinamento de equipes de

suporte;

•estratégias internas mal definidas, quanto à atualização de versões e manutenção de

equipes podem gerar problemas estruturais de inoperabilidade.

4.2.2.Módulos pedagógicos para ambientes virtuais

Para a avaliação dos Módulos Pedagógicos propostos no modelo (item 2.3.3.)

foram utilizados os indicadores definidos (item 2.3.2.), dentro de metodologia de

conformidade (S-Sim) ou não conformidade (N-Não) em relação ao foco principal do

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módulo. Módulos onde não foi possível estabelecer a conformidade ou não-conformidade do

indicador em relação ao seu foco principal foram classificadas como “prejudicado” (P),

conforme pode ser observado no Quadro 4.

Análise de Módulos Pedagógicos para Ambientes Virtuais

Módulos PedagógicosIndicadores (S/N/P)*

A B C D E F GNível de

conformidade

01 Apresentação do Ambiente P P P P P P P P02 Apresentação do Curso S S S N S N S 0,7103 Agenda N S S N S N S 0,5704 Atividades S S S N S N S 0,7105 Material de Apoio / Leitura S S S N S N S 0,7106 Perguntas Freqüentes N N S N S N N 0,2907 Parada Obrigatória S S S N S N S 0,7108 Quadro de Avisos / Mural N N S S S N S 0,5709 Fóruns de Discussão S S S S S N S 0,8610 Bate-papo S S S S S S N 0,8611 Correio S S S S S S N 0,8612 Grupos S N S S S N N 0,5713 Participantes N N S S S S N 0,5714 Diário de Bordo S N S N S S N 0,5715 Portfólio S S S S S S N 0,8616 Freqüência N N S N S S N 0,4317 Módulo Administrativo P P P P P P P P18 Avaliação S N S N N N N 0,2919 Lista de Discussão S S S S S N N 0,7120 Teleconferência S S N S S N S 0,71

(*) S – Sim N – Não P – Prejudicado

Nível de conformidade = (ΣS) / (ΣS + ΣN)Relação de Indicadores: (ref.: 2.3.2.)A – Contribui para o estabelecimento do diálogo entre os atores.B – Possibilita ao aluno, em algum nível, adaptar a atividade às suas necessidades específicas.C – Sua utilização é de baixa complexidade. D – Contribui para maior aproximação e trocas de informação entre os alunos.E – Contribui para uma maior interação entre formador e aluno.F – Facilita, na interação formador–aluno, o acompanhamento de aspectos individuais.G – Permite autonomia aos formadores na elaboração/organização dos conteúdos.

Quadro 4 – Análise de módulos pedagógicos para ambientes virtuais

A quantificação para cada módulo foi em termos de percentual de conformidade

em relação ao total de indicadores. O objetivo desta tabela de aplicação de indicadores foi

fornecer subsídio quantitativo para a análise ampla do ambiente. Com base nos indicadores

definidos, percebe-se que cada módulo teve nível de aderência diferenciada, não significando

com isso que o módulo não seja boa opção de uso, e sim que não é tão aderente à linha

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filosófico-pedagógica escolhida. Por exemplo, o módulo “Avaliação”, embora seja de

fundamental importância, possui baixo nível de conformidade aos indicadores definidos. Sua

utilização se vinculará à liberdade de opção do docente.

Este modelo de análise certamente poderá ser utilizado para outros indicadores,

definidos sob a ótica de outros princípios e critérios.

Seguiu-se uma avaliação do ambiente UnB Virtual (Quadro 5) quanto ao

atendimento total, atendimento parcial ou não atendimento dos módulos previstos no

modelo proposto (item 2.3.3.). Estes resultados foram ponderados com os percentuais de nível

de conformidade obtidos para cada módulo, conforme Quadro 4. Não são considerados nos

resultados os módulos cujos níveis de conformidade não puderam ser verificados (módulos 01

e 17). Este procedimento permite adequar os resultados numéricos aos indicadores, escolhidos

por opção subjetiva na linha de pensamento que amparou o estudo.

Nos Quadros 4 e 5 as características dos Módulos (Quadro 1) são aquelas

consideradas ideais em relação ao observado (Quadro 3). A não ocorrência total de suas

características é o que configura atendimento parcial em relação ao módulo. Isto não significa

que a mesma esteja inadequada, mas apenas que não possui todas as características

consideradas relevantes segundo os princípios filosóficos previstos no presente trabalho.

Pode-se observar no Quadro 5 que 70% dos módulos considerados são atendidos

total ou parcialmente pelo ambiente (2% e 68%, respectivamente), já considerados os ajustes

aos níveis de conformidade obtidos do Quadro 4.

Este nível de atendimento permite inferir que a as características da UnB Virtual

podem contribuir para um processo educacional que favoreça o desenvolvimento de

competências adequadas às potencialidades de cada indivíduo, segundo uma linha de

educação libertadora que crie condições para construção dialógica e significativa do

conhecimento.

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Avaliação de Atendimento, pela UnB Virtual, dos Módulos Selecionados

Módulos Pedagógicos Nível de Conformidade

Atendimento Total

Atendimento Parcial

Não Atendimento

01 Apresentação do Ambiente P X 02 Apresentação do Curso 0,71 X03 Agenda 0,57 X04 Atividades 0,71 X05 Material de Apoio / Leitura 0,71 X06 Perguntas Freqüentes 0,29 X07 Parada Obrigatória 0,71 X08 Quadro de Avisos / Mural 0,57 X09 Fóruns de Discussão 0,86 X10 Bate-papo 0,86 X11 Correio 0,86 X12 Grupos 0,57 X13 Participantes 0,57 X14 Diário de Bordo 0,57 X15 Portfólio 0,86 X16 Freqüência 0,43 X17 Módulo Administrativo P X18 Avaliação 0,29 X19 Lista de Discussão 0,71 X20 Teleconferência 0,71 X

Percentuais Brutos 5% 65% 30%

Percentuais Ajustados pelos Indicadores

11,57 2% 68% 30%

Sejam as Seguintes variáveis consideradas para cálculo dos resultados:ATB = Percentual Bruto de Atendimento Total APB = Percentual Bruto de Atendimento Parcial NAB = Percentual Bruto de Não AtendimentoATA = Percentual Ajustado de Atendimento Total APA = Percentual Ajustado de Atendimento Parcial NAA = Percentual Ajustado de Não AtendimentoMAT = Quantidade de Módulos com Atendimento TotalMAP = Quantidade de Módulos com Atendimento Parcial MNA = Quantidade de Módulos Não AtendidosNCT = Somatório dos Níveis de Conformidade dos Módulos Totalmente AtendidosNCP = Somatório dos Níveis de Conformidade dos Módulos Parcialmente AtendidosNCN = Somatório dos Níveis de Conformidade dos Módulos Não AtendidosNC = Somatório dos Níveis de Conformidade de todos os Módulos consideradosn = Total de Módulos considerados

Os resultados são obtidos segundo as fórmulas abaixo:Percentuais Brutos: Percentuais Ajustados:ATB = (MAT / n) * 100 ATA = [(MAT * NCT) / (n * NC)] * 100APB = (MAP / n) * 100 APA = [(MAP * NCP) / (n * NC)] * 100NAB = (MNA / n) * 100 NAA = [(MNA * NCN) / (n * NC)] * 100

Quadro 5 – Avaliação de atendimento, pela UnB Virtual, dos módulos selecionados

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5.SUGESTÕES PARA O AMBIENTE DA UNB VIRTUAL

As análises realizadas no ambiente UnB Virtual permitem oferecer as seguintes

sugestões de melhoria/adaptação, para considerações futuras, por parte de formadores e

desenvolvedores:

Apresentação do Ambiente

Situação atual: Algumas informações existem na página inicial, porém não há explicações

sobre a estrutura dos módulos.

Sugestão: Criação de tutorial para conhecimento da dinâmica de utilização e/ou de

hipertexto explicativo.

Apresentação do Curso

Situação atual: Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser

informado através de página html desenvolvida, carregada no ambiente via ftp.

Sugestão: Tem o objetivo de apresentar, dentro dos recursos de comunicação de WEB

design, uma visão da Disciplina, como se fosse um convite a quem chega, para participar

daquele processo. Disponibilizar uma das seguintes opções:

- Página padrão: pré-formatada pelo ambiente com campos para preenchimento de

conteúdos, anexação de arquivos, etc., para a composição da página. Esta opção

permite ao professor utilizar o ambiente com um padrão de boa qualidade e

suficiente para apresentação, sem necessitar de conhecimentos sobre construção de

páginas html. Uma outra vantagem da página padrão é permitir ajustes tempestivos

nas informações do curso.

- Página personalizada: página html, construída fora do ambiente, para publicação

como alternativa à página padrão. Tem a vantagem da personalização ser

totalmente a critério do professor, porém exige deste um maior conhecimento de

design e construção de páginas WEB. Poderia ser desenvolvida por um auxiliar ou

desenvolvedores externos, mas neste caso eventuais ajustes podem necessitar de

maior tempo para serem disponibilizados.

Formas de Atualização: Para atualização da página com a apresentação do curso,

independente do tipo escolhido pelo formador, deverá ser disponibilizado um recurso

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que não exija nenhum tipo de conhecimento especializado. No caso específico da

página personalizada, não deverá ser mais complexo do que uma opção de anexar

arquivo.

Agenda

Situação atual: Permite incluir a programação. Apresenta todas as agendas registradas na

mesma página.

Sugestão: Possibilitar a escolha de visualização de todas as agendas, das agendas vencidas

ou das agendas vincendas.

Atividades

Situação atual: Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser

informado através de página html desenvolvida e carregada no ambiente via ftp. Não

permite anexar arquivos e definir compartilhamentos.

Sugestão: Definir módulo próprio apresentando as atividades a serem realizadas durante o

curso, permitindo anexar arquivos, incluir links e definir compartilhamentos.

Material de Apoio / Leitura

Situação atual: Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser

informado através de página html desenvolvida e carregada no ambiente via ftp. Não

permite anexar arquivos.

Sugestão: Definir módulo próprio, onde seja possível apresentar artigos, sugestões de

revistas, jornais, endereços na WEB, arquivos anexados etc., bem como informações úteis

relacionadas à temática do curso, subsidiando o desenvolvimento das atividades

propostas.

Parada Obrigatória

Situação atual: Atendido através do item Curso (casa na barra de índice). Deve ser

informado através de página html desenvolvida e carregada no ambiente via ftp. Não

permite anexar arquivos e definir compartilhamentos.

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Sugestão: Definir módulo próprio para disponibilizar materiais que visem desencadear

reflexões e discussões entre os participantes ao longo do curso, permitindo anexar

arquivos, incluir links e definir compartilhamentos.

Quadro de Avisos / Mural

Situação atual: Para avisos sobre o curso. Atualização disponível apenas para formadores.

Sugestão: Permitir a todos os participantes acesso para disponibilizar informações

consideradas relevantes no contexto do curso, separando/destacando as informações dos

formadores.

Fóruns de Discussão

Situação atual: Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão no

curso, permitindo o acompanhamento da discussão e a participação por meio do envio de

mensagens. Não permite ao formador fazer alterações e/ou exclusões.

Sugestão: Permitir ao formador a manutenção dos fóruns (criação/exclusão e alternância

do status leitura/edição).

Bate-Papo

Situação atual: Permite a conversa entre os alunos, o professor e o tutor. Não possui

consulta nem manutenção de sessões realizadas.

Sugestão: Permitir consultas a sessões realizadas. Permitir também aos formadores o

agendamento de horários de bate-papo, bem como a exclusão de sessões anteriores.

Correio

Situação atual: Permite enviar correio para caixa postal externa ao ambiente, em provedor

externo.

Sugestão: Definir módulo próprio, com sistema de correio eletrônico exclusivamente

interno ao ambiente. Assim, todos os participantes de um curso podem enviar e receber

mensagens através deste correio, inclusive pelas listas gerenciadas pelo ambiente, sem a

necessidade de cadastramento em provedores externos.

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Grupos

Situação atual: Não existe.

Sugestão: Definir módulo próprio, com permissão para a criação de grupos de pessoas

para facilitar a distribuição/realização de tarefas. O grupo deve possui status/poderes de

usuário, sendo acessado exclusivamente pelos seus integrantes.

Participantes

Situação atual: Listagens dos alunos, professor e tutor com seus respectivos e-mails. No

ambiente foi observado o módulo perfil com alguns dados dos participantes.

Sugestão: Agregar no módulo as informações de perfil para consulta por todos e

atualização pelo participante de seus dados pessoais, inclusive com disponibilização de

área para anexar figuras/fotos e registrar texto livre para uma breve apresentação.

Diário de Bordo

Situação atual: Não existe.

Sugestão: Definir módulo próprio, para que cada participante faça anotações consideradas

relevantes, podendo compartilhá-las ou não com os formadores. Aos formadores deve ser

possível visualizar as anotações compartilhadas de todos os diários de bordo, inclusive

registrando comentários que serão vistos exclusivamente pelo autor e formadores.

Portfólio

Situação atual: Não existe. Observadas apenas as funções do Colaborativo e de Links

Interessantes. Não permite níveis de compartilhamento.

Sugestão: Definir módulo próprio, permitindo armazenar/atualizar textos e arquivos, bem

como endereços da Internet. Esses dados podem ser particulares, compartilhados apenas

com os formadores ou compartilhados com todos os participantes do curso. Cada

participante pode ver registros compartilhados dos demais portfólios, podendo fazer

comentários sobre eles.

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Freqüência

Situação atual: Não existe

Sugestão: Definir módulo próprio, possibilitando a todos os participantes acompanhar, de

acordo com os poderes de usuário estabelecidos, o acesso e a freqüência por

módulos/usuários em um período, através de relatórios que podem ser impressos ou

salvos em arquivo.

Administrativo

Situação atual: Permite a criação de fóruns, a administração de listas de discussão,

liberação de acesso dos alunos ao módulo e listagem de mensagens de fóruns por tela ou

por aluno, inclusive permitindo a exclusão de mensagens. Só disponível para formador.

Sugestão: Permitir ao formador definir e selecionar quais módulos deseja utilizar na

disciplina, inclusive destacando os que considerar relevantes em algum momento,

ocultando aqueles que não estiverem sendo utilizados.

Avaliação

Situação atual: Permite a criação dos itens (trabalhos, provas etc.) de avaliação com seus

respectivos pesos, inclusive indicando o recebimento, se for o caso. Os alunos visualizam

apenas seus resultados podendo compará-los apenas com a média da turma. O sistema

permite ao formador ajustes nas menções.

Sugestão: Possibilitar a representação de gráficos e tabelas. Exemplos: notas por aluno,

notas por atividades, notas finais, gráfico de barras de notas, notas em todos os cursos,

etc.

Para trabalhar os processos subjetivos e qualitativos da avaliação, poderia ser

disponibilizado espaço-texto para relato avaliativo e dialógico entre formador e aluno.

Ajuda

Situação atual: Não existe.

Sugestão: Incluir módulo de ajuda geral para o ambiente e ajuda de contexto para os

demais módulos. A elaboração de tutorial para apresentação do ambiente e dos módulos

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poderia facilitar a compreensão do participante quanto ao seu uso. Para tal seria

interessante uma sugestão ativa de sua utilização no primeiro acesso ao ambiente.

Página Inicial

Situação atual: Em geral, a primeira página a ser apresentada quando o usuário entra na

área de um curso no ambiente é a página do curso. Nos casos em que exista um aviso não

visualizado pelo participante, a primeira página apresentada é o quadro de avisos.

Sugestão: Possibilitar ao professor a escolha de qual módulo do ambiente (página) será

mostrado logo após o login (página inicial da Disciplina, dentro do ambiente).Por

exemplo: no início do curso seria o Plano de Curso e no decorrer do curso poderia ser

alterado para a agenda, parada obrigatória, atividades, etc.

Listas de Discussão

Situação atual: Envia o e-mail para todos os participantes cadastrados da lista.

Sugestão: Permitir que na inscrição de participante na lista seja possível tanto a inclusão

de endereço de e-mail externo como de endereço de correio interno ao ambiente, previsto

no módulo correio.

Teleconferência

Situação atual: Não existe.

Sugestão: Desenvolver módulo para teleconferência, com possibilidade de disponibilizar

imagem de webcam e/ou de qualquer outro arquivo existente no participante emissor, com

ponteiro-cursor do emissor ativado para todos os receptores. Deve permitir aos

formadores o agendamento dos horários das teleconferências.

Controle de Acesso/Poderes

Situação atual: Não existe.

Sugestão: Criar opção para que o professor responsável pela disciplina (administrador de

curso) possa estabelecer os acessos/poderes que os participantes terão disponibilizados no

ambiente e em seus módulos.

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Sugestões Gerais:

Compartilhamento: A função de compartilhamento existente em alguns módulos deverá

prever o compartilhamento por tipo de participante (formadores, alunos, etc.) bem como

individualmente por participantes.

Ajuda de Contexto/Tutorial: Deve estar disponível em todos os módulos do ambiente.

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6.CONCLUSÕES

Este estudo de caso, realizado a partir da experiência da disciplina Organização da

Educação Brasileira – OEB, na UnB Virtual, teve como ponto de partida a necessidade de

avaliar a utilização deste ambiente para ministrar a disciplina, já oferecida há seis semestres.

Além disso, o interesse no desenvolvimento de idéias para utilização de ambientes virtuais

para uso pedagógico já era objetivo de pesquisa. Desta necessidade e interesse estabeleceu-se

então o estudo de caso ora realizado.

O objeto da pesquisa passou a ser verificar em que medida o ambiente da UnB

Virtual poderia contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, a partir dos princípios

filosófico-pedagógicos norteadores utilizados na disciplina OEB, oferecida na UnB Virtual.

Objetivou-se descrever a situação atual do processo e sugerir alterações, quando fosse o caso,

para desenvolvimento futuro.

Estabelecida metodologia de trabalho, foram gerados critérios para coleta de dados e

para a representação de resultados. O modelo estabelecido permitiu tornar o método adotado

coerente, enriquecendo a integração entre princípios, metodologia e análise.

A análise comparativa com outros ambientes, especialmente o TelEduc

(desenvolvido pela Unicamp), foi utilizada tanto pela semelhança conceitual entre alguns

módulos dos ambientes, como pelo princípio heurístico de basear-se em experiências com

relativo sucesso, possibilitando enriquecimento do processo avaliativo. Da consolidação de

recursos observados nestes ambientes aplicou-se verificação quanto ao seu atendimento ou

não atendimento pela UnB Virtual, o que permitiu ressaltar parâmetros quantitativos na

avaliação do ambiente, cujos valores subsidiaram as conclusões e sugestões relacionadas,

constantes do Capítulo 5. Essas sugestões estão propostas separadamente, de forma que sua

implantação possa ser total ou parcial, a critério dos desenvolvedores.

Embora não tenha sido objeto específico de estudo, a inserção futura de módulos

lúdicos deveria ser considerada, uma vez que as diversas disciplinas da Universidade

trabalham com enfoques metodológicos variados. Na própria utilização da informática no

ensino fundamental e médio muitas metodologias baseadas em jogos vêm sendo

desenvolvidas. A consideração de metodologias lúdicas de ensino na UnB Virtual viria ao

encontro da importância que têm recebido em várias correntes de ensino e de pesquisa que

atualmente se manifestam dentro da própria Universidade.

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Em relação à plataforma, uma boa opção parece ser a migração para sistemas

abertos, a longo ou até mesmo médio prazo, desde que sopesadas vantagens e desvantagens,

como as relacionadas no item 4.2.1. Esta opção, desde que feita em sintonia com um plano

estratégico bem definido, certamente traria grandes benefícios para a Universidade, tanto

financeiros quanto os relacionados à qualidade do ensino e aprendizagem.

As sugestões de melhorias quanto aos fatores tecnológicos relacionados à

usabilidade e a padrões de plataforma poderão contribuir para consolidar e viabilizar a

expansão do uso da UnB Virtual, de forma que se mantenha sempre adequada às demandas da

comunidade universitária, tanto em relação à capacidade de processamento quanto em relação

à melhoria da cultura de utilização de ambiente virtual por formadores e alunos.

Questões relacionadas à expansão da utilização do ambiente pela comunidade

universitária certamente deverão considerar a conquista de mais apoio institucional aos

projetos, até porque maior demanda de utilização necessitará incremento de recursos para

desenvolvimento e suporte, assim como estes permitirão viabilizar políticas de expansão de

demanda e de melhoria de qualidade.

Uma das principais contribuições deste estudo foi a proposição de uma

metodologia de avaliação que considere princípios filosóficos e pedagógicos de maneira

integrada, segundo uma sistemática genérica de construção de indicadores. Esta metodologia

permitiu verificar a possibilidade de evolução de ambientes virtuais de educação dentro de

linha filosófico-pedagógica libertadora, que permita a construção dialógica e significativa do

conhecimento, e que seja uma antítese a modelos de utilização de recursos computacionais à

distância fundamentados em estatísticas de consumo e de educação bancária, onde o educador

ensina e o aluno aprende. A UnB Virtual já é concebida, e certamente pode evoluir ainda

mais, dentro de um processo educacional que favoreça o desenvolvimento de competências

adequadas às potencialidades de cada indivíduo e não à massificação de modos de pensar e de

se comportar.

As observações e resultados deste estudo não têm a pretensão de ser válidos para

quaisquer disciplinas e correntes de pensamento. Pesquisas futuras poderão rever os

princípios, critérios e indicadores utilizados, propondo e adequando a metodologia a partir de

novos estudos comparativos.

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7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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educação. Portugal: Porto Editoria, 1994.

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corporativos: um estudo de caso no Senado Federal. Brasília: UnB,

2001. Dissertação de Mestrado em Ciência da Informação.

[Freire, 1975] FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1975.

[Freire, 1999 ] FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a

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[Gatti, 2002] GATTI, Bernadete A. A construção da pesquisa em educação no Brasil.

Brasília: Plano Editora, 2002.

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Rio de Janeiro: Editora Bookmar, 2000.

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[Lakatos e Marconi, 1983] LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina de A. Metodologia

Científica. São Paulo: Atlas, 1983.

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de metodologia de pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Editora

Artes Médicas Sul Ltda; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.

[Matos & Ribeiro, 2002] MATOS, Edilaine Rosa de Sousa; RIBEIRO, Késsia Poranga Nina.

“Um modelo de avaliação para ambientes educacionais na WEB” –

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2002.

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[Mattelart, 1994] MATTELART, Armand. Comunicação-mundo: história das idéias e das

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[Moraes & Silva, 2000] MORAES, Raquel A.; SILVA, Henderson. Aula Virtual e

Democracia. Pedagogia on-line Anais da SBPC, Brasília: UnB, 2000 e

http://www.pedagogia.pro.br/aula%20virtual%20e%20democracia.htm.

[Moraes, 2000] MORAES, Raquel A. Informática na Educação. Rio de Janeiro: DP&A,

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[Moraes, 2002a] MORAES, Raquel A. Aula Virtual e Democracia.

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[Morin, 2000] MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários para a educação do futuro.

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8.ANEXOS

8.1.Tabela para registro de dados referentes a turmas da disciplina OEB

Total MM MS SSPeríodo TipoDescrição

Número de Alunos

Ref.

TurmaAprovadosReprovadosMatrículas Trancamentos Abandonos

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8.2.Ficha de reconhecimento do ambiente

Adaptado do modelo proposto por Dias (2001).

Questão/Objeto Sim/NãoA informação está organizada em grupos ou sessões ?Os grupos e sessões de informação estão identificados por títulos e subtítulos ?O ambiente apresenta um grande número de páginas de informação ?Existe algum texto que é apresentado de forma repetida ?Existe algum botão que é apresentado de forma repetida ?O ambiente abre navegadores auxiliares além do principal ?O ambiente apresenta um módulo de ajuda geral ?O ambiente apresenta um módulo de ajuda contextual ?O ambiente apresenta mensagens de erro ?O ambiente oferece Download de arquivos ?O ambiente apresenta uma estrutura de navegação do tipo hipertexto ?

Ficha de reconhecimento do ambiente

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8.3.Questionário de entrevista com desenvolvedores e formadores

Adaptado do modelo proposto por Dias (2001).

a) Há a estimativa de quantidade de usuários atendidos pelo ambiente?

b) Há tipos diferentes de usuários do ambiente ou seu público alvo é homogêneo?

c) O sistema foi desenvolvido visando algum tipo de usuário em particular?

d) Dentre os usuários do público-alvo, há uma porcentagem relevante de novatos na

utilização de interfaces WEB?

e) Qual a configuração básica (mínima) de hardware e software dos computadores

utilizados para acessar o ambiente?

f) O sistema foi desenvolvido visando alguma resolução de vídeo em particular?

g) O sistema foi desenvolvido visando algum navegador WEB em particular?

h) O sistema prevê a utilização de arquivos/recursos de imagem, som e vídeo

(filmes/animações)?

i) Os usuários são motivados a utilizar o ambiente na busca de informações para o

desempenho de suas tarefas?

j) Qual módulo do ambiente é utilizado com maior freqüência ? Há registros dessa

utilização?

k) Quais as principais tarefas são executadas nesse módulo e quem são seus usuários?

l) Houve a participação dos usuários em seu projeto?

m) Há registros de problemas informados pelos usuários, durante a realização das

principais tarefas?

n) Esses problemas já foram resolvidos?

o) Há algum plano de remodelagem ou alteração significativa do ambiente atual?

p) Já foi feito algum tipo de avaliação do ambiente?

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8.4.Quadro para observação de módulos de ambiente.

Módulos CARACTERÍSTICASUnB Virtual TelEduc

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