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“O FORNOVO” - Informativo eletrônico do IHGGS e da AHIMTB/SP ANO: III (2015) NOVEMBRO N.º 17 1 ___________________________________________________________MENSAGEM DO PRESIDENTE A Vibração Poética e Vigor Militar. Adilson Cezar (*) A princípio a temática escolhida parece ser um tanto estranha, mas se refletirmos, nas diferentes formas das atividades humanas, que são empregadas no auxilio das atividades bélicas, verificamos que todas elas de uma maneira ou outra podem e devem ser utilizadas para essa finalidade. Lembrando que a guerra, revoluções, e ou atividades beligerantes em geral, não são e não devem ser desejadas, mas como tudo existe um certo limite para o seu emprego. O bom senso deve ser essa a medida exata para o empenho ou não em atividades que exercitem o poder da força e da imposição sobre outros nossos semelhantes. Acredito que deve ser o ultimo dos recursos, mas não podemos em favor daquele mesmo já invocado “o bom senso”, recusar a coloca-lo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba IHGGS O Fornovo Casa de Aluísio de Almeida Sorocaba Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil AHIMTB/SP Gen Bertholdo klinger Órgão informativo eletrônico do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil / São Paulo “Gen Bertholdo Klinger” Federada à Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil ANO: (III) 2015 NOVEMBRO N.º 17 Editor responsável: Jorn. Reinaldo Galhardo de Carvalho Presidente do IHGGS e AHIMT/SP: Prof. Adilson Cezar

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“O FORNOVO” - Informativo eletrônico do IHGGS e da AHIMTB/SP – ANO: III (2015) NOVEMBRO N.º 17

1

___________________________________________________________MENSAGEM DO PRESIDENTE

A Vibração Poética e

Vigor Militar.

Adilson Cezar (*)

A princípio a temática escolhida parece ser um tanto estranha, mas se refletirmos, nas diferentes formas das atividades humanas, que são empregadas no auxilio das atividades bélicas, verificamos que todas elas de uma maneira ou outra podem e devem ser utilizadas para essa finalidade. Lembrando que a guerra, revoluções, e ou atividades beligerantes em geral, não são e não devem ser desejadas, mas como tudo existe um certo limite para o seu emprego. O bom senso deve ser essa a medida exata para o empenho ou não em atividades que exercitem o poder da força e da imposição sobre outros nossos semelhantes. Acredito que deve ser o ultimo dos recursos, mas não podemos em favor daquele mesmo já invocado “o bom senso”, recusar a coloca-lo

Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba

IHGGS

O Fornovo

Casa de Aluísio de Almeida Sorocaba

Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil

AHIMTB/SP Gen Bertholdo klinger

Órgão informativo eletrônico do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e da

Academia de História Militar Terrestre do Brasil / São Paulo “Gen Bertholdo Klinger” Federada à Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil

ANO: (III) 2015 NOVEMBRO N.º 17

Editor responsável: Jorn. Reinaldo Galhardo de Carvalho

Presidente do IHGGS e AHIMT/SP: Prof. Adilson Cezar

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em operação, quando a soberania da Pátria estiver em perigo, ou em atos semelhantes os diretos de nossa gente estiver sendo vilipendiados, nossa dignidade ferida ou a sobrevivência correr perigo. No passado remoto, as lutas, aconteciam geralmente na simplicidade da busca infindável de mais poder, mais riquezas. Esses itens nunca foram completamente superados e continuam plenamente válidos. Mas em sua busca por outros meios, os poderosos, envolvem cada vez mais amplos sistemas sociais, como bem demonstra o processo histórico evolutivo da humanidade. Assim desses primórdios, passamos para a Idade Média, quando a sociedade ou comunas, eram divididas por estamentos – o clero, a nobreza e o povo. Nessa circunstância social, a luta se restringia a nobreza, e certamente envolvia a chamada “arraia miúda” (povo), que era apenas um figurante que atendia demandas ocasionais, visto que não tinha na maioria das vezes a capacidade de guerrear. Mas a medida que a evolução se processa, pouco a pouco o povo ou terceiro estado, começa a ser cada vez mais requisitado a compor os exércitos, e os campos de combate ficam cobertos de inúmeros corpos. Mas as batalhas eram sempre travadas nas proximidades das povoações, razão mesma da expressão até hoje empregada, campo de batalha. Os tempos modernos, com o advento de armas mais formidáveis, e quando se percebe a necessidade da indústria para abastecer esses locais de encontros fatídicos, mudam-se as visões a respeito dessas lutas heroicas. A essência ou fundamento para a derrocada do inimigo deixa de serem apenas os exércitos que se concentram nos fronts, e entende-se da necessidade de desmontar o aparato que consegue abastecer as primeiras linhas. As armas se desenvolvem e os ataques passam a envolver o cidadão comum. Não importa a sua situação de pessoa civil, em razão de sua capacidade de alimentar, vestir, e municiar os soldados. Essa capacidade de visualização da guerra transforma o antigo conflito dos “campos de batalha”, para um espaço muito mais amplo e engloba tudo e a todos. Com o desenvolvimento desse conceito, pouco a pouco, começamos a dispor de novas imagens a respeito do mundo bélico. Todas as atividades humanas são no mundo hodierno, convocadas a darem a sua contribuição para o esforço bélico quando sua Nação estiver envolvida, Não existe atividade humana, que fique alheia ao chamamento cívico patriótico quando aconteça nos dias de hoje um evento guerreiro. A digressão que nos propusemos a desenvolver deve a um único fator, que para o seu devido questionamento fazemos a seguinte pergunta: A poesia pode colaborar para com os eventos revolucionários? A questão parece ser esdrúxula. Como algo tão meigo, suave e doce, pode ser transformada em “arma”? O momento é realmente para indagações e observações de inúmeros acontecimentos, aonde o homem vai ao encontro ao seu espírito / alma, para produzir conotações vibrantes capazes de emocionar, mas não para o idílico, mas para evocar aspectos preciosos como o da honra, a dignidade ferida, e impulsioná-lo a uma ação vigorosa, e contundente contra o seu próximo. A análise de diferentes episódios históricos pode nos revelar a profundidade com que mexe com as nossas almas um hino como o da “Marselhesa”, a conduzir as multidões ao delírio e a agressão. Claro não estamos fazendo aqui o uso das conotações morais, éticas e outras mais a que possam estar envolvidos os seus patrocinadores e ou utilizadores desse sistema. Interessa-nos apenas no momento, perceber a musicalidade, e a poesia, como elementos altamente incentivadores das gentes, a deixarem uma atitude passiva e partirem para uma postura de ataque. Recentemente fomos convidados do acadêmico Dr. Agostinho Toffoli Tavolaro, presidente da Academia Campinense de Letras a proferir uma palestra nesse colendo Silogeu, a respeito do príncipe dos poetas brasileiros “Guilherme de Almeida”, e focá-lo em sua contribuição para com a Revolução Constitucionalista de 1932. O estudo dessa personalidade ímpar na história nacional, sua capacidade de criar versos e hinários, todos eles com a finalidade de exaltar os ânimos para um comportamento de massa, pré-determinado, nos traz enorme admiração. A partir desse instante, torna-se para nós de inegável importância o aproveitamento de artes como a poesia e a música para que nos estimule a atitudes de vibração, com finalidades agressivas, defensivas, e ou de unidade e coesão em torno de um ideal. Como em números anteriores, optamos por reproduzir esse nosso diálogo como os acadêmicos campinenses, através da montagem dos slides por nós utilizados. A temática de Guilherme de Almeida, longe de se encerrar nesse quadro por nós traçado, pode ser em muito ampliada, pois basta dizer que a sua contribuição para a participação dos “pracinhas” na segunda Grande Guerra, não foi utilizada, e nem o seu emprego após o retorno de nossos homens do front europeu. Ainda hoje, não existe quem não se emocione, e não se sinta perplexo ao ouvir os acordes e a letra do Hino ao Expedicionário. Caro leitor, espero que possa ter uma boa leitura e proveito.

(*) Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba; e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil de São Paulo “Gen Bertholdo Klinger”.

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Os contrastes

A revolução constitucionalista de 1932 foi o maior movimentopopular da História Brasileira. Aquele que envolveu tudo etodas as classes (as oligarquias; a burguesia e oproletariado). Impregnou as mais diferentes esferas docotidiano; movimentou as oficinas; produziu inovações;entusiasmou e convocou os homens ao front; as mulheresderam retaguarda; as crianças um sopro de esperança...Ninguém ficou ausente... Todos se fizeram presentes, o ânimoguerreiro se expressou até mesmo na poesia.

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. Só existe uma forma de compreender o surgimento de umhomem a cantar e encantar-se com o processorevolucionário de sua gente. A alma sensível do poetacertamente rejeitaria a selvageria da luta fratricida. Issoentretanto não acontece com Guilherme de Almeida, quereage vigorosamente e através de sua pena produz páginasde belíssimas prosas e poemas. Tudo envolvido num únicoentusiasmo para incentivar e promover a autoestima. Ésobretudo o homem cívico que se sobrepõe ao poeta, osubjuga e o coloca a serviço da causa.

A cidade e o Estado apresentavam nas décadas de 20 e 30 do século XX, um quadro decomplexidade, que não possuía uma definição clara de sua identidade e demonstravauma instabilidade psicológica. Era uma mistura entre as tradicionais etnias e ogigantesco afluxo imigratório, além das evidentes transformações técnicas. A cidadeera um nada,... “um enigma para seus próprios habitantes, perplexos, tentandoentendê-lo como podiam, enquanto lutavam para não serem devorados”. (SEVCENKO, 1992, p.

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• Neste contexto do contraste entre a SãoPaulo, tradicionalista e a São Paulocosmopolita é onde se encontra a origem dopoeta primeiro modernista, mas arraigado àstradições da terra.

• O bandeirante continua a ser o “herói” emque as atenções se concentram, mas abre-seespaço para a atualidade e a evolução, que seinspiram no exemplo do pretérito.

• Mas quem é o poeta???

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Destacou-se também como Advogado, Jornalista, Heraldista, Crítico de Cinema, Ensaísta e Tradutor.

• Nasceu em Campinas: 24 de julho de 1890.• Faleceu em São Paulo: 11 de julho de 1969.• Filho de: Dr. Estevam de Araújo Almeida, professor de direito e jurisconsulto e de Angelina

de Andrade (uma das mais tradicionais famílias de Campinas).– nasceu e cresceu em ambiente propício à literatura sendo, desde cedo, impulsionado

pelo pai para o mundo das letras.• Esposa: Belkiss Barrozo de Almeida (Baby de Almeida) (cearense radicada no RJ.) [casado

em: 03.09.1923].• Filho: Guy Sérgio Haroldo Estevam Zózimo Barroso de Almeida [*29.08.1924].• Educação: Formado em 1912 pela Faculdade de Direito de São Paulo (um “eleito da nação”,

porque conseguiu formar-se nessa escola, nessa época ícone ideológico [reprodução daclasse dominante] de maior prestígio e ainda mais quando estava acompanhado de capitalde relações sociais).

• No meio acadêmico já manifestou seus pendores literários participando como colaboradorde revistas e jornais.

• Inicialmente atuou como advogado junto ao escritório paterno até o falecimento do genitor.• Dedicou-se então exclusivamente às letras e ao jornalismo (onde se destaca como grande

expoente da vida cultural brasileira).– Um dos promotores da Semana de Arte Moderna – 1922.– Em 1928 veio a ser eleito para a Academia Paulista de Letras.– Em 1930, foi a vez da Academia Brasileira de Letras (cadeira vaga de Amadeu Amaral e

por Patrono Gonçalves Dias).

• Na Revolução Constitucionalista de 1932, envolveu-se integralmente (mas o destaque é sua penainflamada em defesa da gente e da terra Paulista) oque lhe valeria exílio em Portugal por um ano.

• Retornando vai ocupar sempre cargos de relevo naburocracia de São Paulo.

• Presidiu a Comissão do IV Centenário da Cidade deSão Paulo.

• Pertenceu a grande número de Instituições CulturaisBrasileiras e estrangeiras, com destaque aoInstituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

• Integrou como Conselheiro o Conselho Estadual deHonrarias e Mérito.

• Devido ao seu explicito e intrínseco amor a SãoPaulo, foi distinguido com vários títulos econdecorações honoríficas.

Para se ter uma noção exata da dimensão do “amor” que uniu o poeta à terra natal,é necessário uma minuciosa análise da sua formação sociocultural, desde suainfância, e que se tornou sólido alicerce para seu itinerário profissional e cultural.

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• 1917 - ganhou em parceria com J. WashtRodrigues, o primeiro prêmio no concursoinstituído pelo então prefeito Washington Luíspara a escolha do brasão de armas da cidade.

• Em sua obra não existe “estadia definitiva”; emcada uma encontramos traços de uma escoladiferente, não existem raízes permanentes, estásempre em movimento.

• em concurso organizado pelo Correio da Manhã,em 1959, foi considerado o “Príncipe dos PoetasBrasileiros”, sucessor de Olavo Bilac.

Trocou o terno de linho pela farda delona, a gravata pelo laço de courorepleto de balas, a caneta pelo fuzil, oescritório pela trincheira e foidemonstrar o seu civismo e o seu amorpor São Paulo e pelos ideaisdemocráticos.

• Um dos expoentes do “Movimento Modernista” percorreu todo o Brasil,divulgando-o, mas sua influência decisiva foi em São Paulo e no Rio Grande doSul.

• Por volta de 1925 desponta o regionalismo com característica predominante. Asegunda fase do modernismo assume um caráter nitidamente nacionalista.

• Dentro do movimento modernista, o autor se aproximou da ala nacionalista eexaltação à cidade de São Paulo, não dissociando seu aspecto político do campoliterário.

• Saindo do modernismo, enveredou para a literatura regional paulista e voltou-se ao passado colonial, de onde retirou a maior parte de seus temas.

• Desenvolveu uma literatura voltada ao enaltecimento paulista:• antes,

• durante a Revolução de 32 e

• depois da guerra civil paulista.

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• Quando assumiu como colunista do Jornal “O Estado de S. Paulo”, volta-se paramisturar a atualidade da pujança metropolitana com o seu passado, buscando aisuas raízes nas tradições que valorizava.

• nas colunas Cinematógrafos e A Sociedade, por ele assinadas percebe-se atransformação do cosmopolita/modernista para o regionalista/tradicionalista.

• Os seus escritos se focalizam basicamente em duas perguntas:

Quais seriam as tradições de São Paulo?

Quem era o povo paulista?

• Todo o seu gênio artístico e inventivo volta-se para a criação de uma identidadeao paulista.

• Não está sozinho ! Para esta empreitada que acontece a partir da década de 20do século XX, conta com o apoio de um circulo de intelectuais, que se reúnem esão representantes de algumas das mais importantes instituições culturais deSão Paulo, como o Instituto Histórico e Geográfico; o Museu Paulista (Ipiranga);a Academia Paulista de Letras; entre outros.

Museu Paulista, inaugurado em 07.09.1895.

Prédio do ConservatórioDramático e Musical de São Paulo,na avenida São João, onde foifundada a Academia Paulista deLetras, em 27.11.1909.

Instituto Histórico e Geográfico deSão Paulo, fundado em 1°. denovembro de 1894. Antiga sedesocial inaugurada em 1910, na RuaBenjamin Constant, 158

Antigo prédio Arcadas, ou Faculdade deDireito do Largo de São Francisco, criado em11.08.1827

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• A partir do final do século XIX, a intelectualidade paulista percebe a incríveltransformação pela qual passa a sua região, principalmente se comparativa aoutras áreas.

• As Instituições, conscientes da hegemonia paulista se propunham em construir anacionalidade do país por meio da história de São Paulo.– “mergulha-se no passado, buscando nas epopéias das descobertas portuguesas e nos

primeiros séculos da colonização, argumentos sólidos de heroísmo, tenacidade,perseverança e outros princípios louváveis.”

• A literatura procura na História as justificativas para esse incrível progresso.

• Algumas efemérides irão contribuir de forma significativa para essaimplementação :– as Comemorações do IV Centenário da Descoberta do Brasil (1900) e

– as Comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo (1954).

– Toda a literatura produzida tinha apenas uma finalidade:

• “Salientar a grandeza de nossos antepassados.”

• Os modernistas adotam estratégias. A primeira é a criação de símbolos que,ao mesmo tempo, se opõem ao passado para limpar seus resíduos eexaltam o novo contexto, a nova forma de fazer arte, o construir uma idéia;a segunda é criação de um mito “tecnizado” - mais projetivo do que efetivo- da cidade de São Paulo, ou seja, construir a imagem heróica damodernidade da metrópole utilizando-se de recursos retóricos, sem sepreocupar tanto com a verdade.

• O aspecto mais nacionalista surge no início do século XX, de uma vertentenão tão ligada aos regimes políticos, mas ao nacionalismo como fruto dascondições naturais da terra (prodigiosa e abençoada) e aos valores das trêsraças originárias, denominada ufanismo, dando esperanças positivas parao futuro e marcando profundamente o pensamento social brasileiro naPrimeira República, inclusive modernistas.

• Sobre esse aspecto nacionalista (ideias ufânicas), encontramos nos livrosRaça e Meu, (1925) respectivamente, ambos de Guilherme de Almeida.

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• Como se percebe o sentimento do orgulho paulista é anterior a Revolução, mas com estaatinge o seu auge.

• Guilherme de Almeida – se apossa desse sentimento e passa a ser seu intérprete:

– a nobreza do paulista, não vem apenas de sua genealogia ou do valor de suastradições, mas vem também de suas atitudes de conquista e amor a São Paulo.

– São Paulo desperta em sua gente um sentimento mais profundo – é aancestralidade, suas tradições e o seu vigor, condutas que enobrecem e despertamo orgulho de ser paulista.

• Escreveu sobre a terra e a gente paulista, tornando-se uma das vozes mais importantesdas letras da Revolução Constitucionalista de 1932.

• É possível observar através das obras de Guilherme, uma evolução e relação indiscutívelcom a história paulistana, em especial com a Revolução Constitucionalista.

• A literatura produzida em tempos de guerra, adquire duas características, a individual ea coletiva, que se fundem para atingir o objetivos coletivos de uma nação.

– Através de poemas, e canções, divulgados para toda a população, contribuiudecisivamente para comoção paulista e fez com que São Paulo entrasse resoluto narevolução, mesmo sabendo não dispor de condições bélicas suficientes paraenfrentar o governo getulista.

•1930 – Washington Luís é deposto por uma rebelião e a Presidência é entreguea Getulio Vargas. Assistiu-se o enfraquecimento político dos fazendeirospaulistas de café e a ausência de uma Carta Magna para a Nação.•São Paulo reage às imposições e exige o retorno à Constituição.•1931, Guilherme de Almeida encontra-se entre os primeiros a apoiar o movimentopaulista e com um grupo funda a LIGA DE DEFESA PAULISTA.

A LDP – reuniu: fazendeiros de café; escritores; profissionaisliberais ; enfim todos que se colocavam contra o governogetulista.Para esse intuito contou com o apoio de seu irmão oadvogado Tácito de Almeida.A finalidade desse grupo era:

“lutar pela libertação de São Paulo das garras daditadura”.Participou da conspiração que preparava a luta armadaaliciando e treinando voluntários.

O Passo do Soldado - poema que se tornaria o “Hino da Revolução Constitucionalista de 1932”

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• 1932 – Uma noite, em reunião da LDP, tendo-se tomado conhecimento de que oGen Klinger se rebelara e vinha para São Paulo, indivíduos tomados pelo espíritobelicoso incitavam a que se pegassem em armas; eram oradores inflamados. Aexcitação era tanta que chegaram mesmo a expulsar a “socos e pontapés”dentre eles a um elemento que protestara contra a afobação. Nessa reunião foiGuilherme de Almeida aclamado Presidente e eleito o conselho composto de 40membros.

• A LDP – entrou em ação, instalou-se na R: Barão de Itapetininga ...e passou atrabalhar com ardor, alistando centenas de voluntários; elaborando manifestos;preparando cartazes de propaganda; organizando o batalhão que deveria partirpara a frente de combate.

– “esse batalhão tomou parte destacada na batalha que travou em Cunha”.

Guilherme de Almeida e os irmãos Tácito, Estevam eAntonio Joaquim, com o amigo Carlos Pinto Alves,em Cunha - 1932

• A LDP – exerceu notável papel tanto para o episódio histórico (alistar batalhões;organizar serviços de apoio) como para as letras paulistas (propagando os ideaisda Revolução).

“Era preciso manter elevado o ânimo de toda uma população eesse trabalho foi feito em São Paulo através de comícios, dejornais com mais de uma edição diária, de mensagensradiofônicas, de boletins que passavam de mão em mão (...) Apalavra de São Paulo foi colocada nos muros, foi ouvida em praçapública, foi transmitida pela imprensa e pelo rádio. “

• Guilherme de Almeida deu o exemplo: foi um dos primeiros a se alistar comosoldado raso, no 1.º Batalhão da Liga de Defesa Paulista e foi para as trincheirasdos campos de Cunha (interior de São Paulo).

• Mas como era insubstituível no campo das letras, foi chamado de volta paraassumir o periódico “Jornal das Trincheiras”.

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• De 14 de agosto a 25 de setembro de1932, foram editados 14 periódicosoficiais da série do Jornal dasTrincheiras, distribuídos nas áreas decombate.

• O jornal enfatiza a situação política /divulga o passado bandeirante, paraexaltar a gente e a terra paulista /apresenta uma série de humor comdesenhos, quadrinhos e textosirreverentes de autores diversos / e dáespaço até para literatura de ficção.

• Deu espaço para popularizar ospoemas emblemáticos como “O Passodo Soldado” e a “Moeda Paulista”.

• Utilizou-se também para a defesa deacusações de que a Revolução eraSeparatista.

• O sucesso obtido refletiu noaparecimento de outros jornais, como“O Separatista” e o folheto “A camorrade cima”.

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Guilherme de Almeida – ao escrever a letra dessaMarcha para a Liga da Defesa Paulista e que viriaa ser considerada o Hino da RevoluçãoConstitucionalista , executa:a. Uma associação entre “passo do soldado” e o

“compasso seguro de um passado, umpresente e um futuro”;

b. Diante da grandeza do Soldado, toda a terrase atiraria aos seus pés;

c. No refrão convida para que o SoldadoPaulista, deixe uma marca na História.

Marca o passo, soldado! Não vêsque esta terra foi ele que fez?Que o teu passo é o compasso segurode um passado, um presente e um futuro?

Vê, soldado, que grande que tu és!Tua terra se atira a teus pés!E estremece de orgulho! E ergue os braços!Ergue o braço de poeira aos teus passos!

(REFRÃO)Marcha, soldado Paulista,Marca o teu passo na História!Deixa na terra uma pista!Deixa um rastilho de glória!(bis)

Letra de: Guilherme deAlmeida.Música de: MarceloTupinambá (pseudônimo deFernando Lobo).

• Para auxiliar na grande campanha “Ouro para São Paulo” de obtenção de recursospara o processo Revolucionário, o poeta compôs “Moeda Paulista”, que foiamplamente divulgada.

Moeda Paulista, feita só de alianças,feita do anel com que Nosso Senhoruniu na terra duas esperanças:feita dos elos imortais do amor!

Quanto vale essa moeda? — Vale tudo!Seu ouro eternizava um grande ideal:e ela traduz o sacrifício mudodaquela eternidade de metal.

Ela, que vem na mão dos que se amaram,Vale esse instante, que não teve fim,em que dois sonhos juntos se ajoelharam,quando a felicidade disse :”SIM”.

Vale o que vale a união de duas vidas,que riram e choraram a uma só voze, simbolicamente desunidas,vão rolar desgraçadamente sós.

Vale a grande renúncia derradeiradas mãos que acariciaram maternais,o menino que vai para a trincheira,e que talvez… talvez não volte mais…

Vale mais do que o ouro maciço:vale a glória de amar, sorrir, chorar,lutar, morrer e vencer… Vale tudo issoque moeda alguma poderá comprar!

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CREDO PAULISTA

Creio em São Paulo todo poderoso,criador, para mim do céu na terra:e um Ideal Paulista, um só, glorioso,nosso senhor na paz como na guerra,o qual foi concebido nas "bandeiras",nasceu da virgem alma das trincheiras,padeceu sob o jugo dos invasores;crucificado, morto e sepultado,desceu ao vil inferno dos traidores,mas, para, um dia ressurgir dos mortos,subir ao nosso céu e estar sentado,à direita do Apostolo-Soldado,julgando a todos nós, vivos ou mortos.Creio no pavilhão das Treze Listas,na santa união de todos os Paulistas,na comunhão da raça adolescente,na remissão de nossa pobre gente,numa ressurreição do nosso bem,e na vida eterna de São Paulo - AMÉM!

A temática é expressiva . Seuconteúdo, é a gloria ancestral, osfeitos heroicos na guerra de 32, e forteapelo a religiosidade cristã.

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Agora é o silêncio...

É o silêncio que faz a última chamada...

É o silêncio que responde:

— "Presente!"

Depois será a grande asa tutelar de São Paulo,asa que é dia, e noite, e sangue, e estrela, e mapadescendo petrificada sobre um sono que é vigília.

E aqui ficareis Heróis-Mártires, plantados,firmes para sempre neste santificado torrão dechão paulista.

Para receber-vos feriu-se ele da máximade entre as únicas feridas na terra,que nunca se cicatrizam,porque delas uma imensa coisa emerge e se impõeque as eterniza.

Só para o alicerce, a lavra, a sepultura e a trincheirase tem o direito de ferir a terra.

E mais legítima que a ferida do alicerce,que se eterniza na casaa dar teto para o amor, a família, a honra, a paz.

Mais legítima que a ferida da lavra,que se eterniza na árvorea dar lenho para o leito, a mesa, o cabo da enxada,a coronha do fuzil.

Mais legítima que a ferida da sepultura,que se eterniza no mármorea dar imagem para a saudade, o consolo, a benção,a inspiração.

Mais legítima que essas feridasé a ferida da trincheira,que se eterniza na Pátriaa dar a pura razão de ser da casa, da árvoree do mármore.

Este cavado trapo de terra,corpo místico de São Paulo,em que ora existis consubstanciados,mais que corte de alicerce, sulco de lavra,cova de sepultura,é rasgão de trincheira.

E esta perene que povoais é a nossa última trincheira.

— Soldados santos de 32,sem armas em vossos ombros,velai por nós!;sem balas na cartucheira,velai por nós!;sem pão em vosso bornal,velai por nós!;sem água em vosso cantil,velai por nós!;sem galões de ouro no braço,velai por nós!;sem medalhas sobre o cáqui,velai por nós!;sem mancha no pensamento,velai por nós!;sem medo no coração,velai por nós!;sem sangue já pelas veias,velai por nós!;sem lágrimas ainda nos olhos,velai por nós!;sem sopro mais entre os lábios,velai por nós!;sem nada a não ser vós mesmos,velai por nós!;

sem nada senão São Paulo,velai por nós!

Esta é a trincheira que não se rendeu:a que deu à terra o seu suor,a que deu à terra a sua lágrima,a que deu à terra o seu sangue!

Esta é a trincheira que não se rendeu:a que é nossa bandeira gravada no chão,pelo branco do nosso Ideal,pelo negro do nosso Luto,pelo vermelho do nosso Coração.

Esta é a trincheira que não se rendeu:a que atenta nos vigia,a que invicta nos defende,a que eterna nos glorifica!

Esta é a trincheira que não se rendeu:a que não transigiu,a que não esqueceu,a que não perdoou!

Esta é a trincheira que não se rendeu:aqui a vossa presença, que é relíquia,transfigura e consagra num altarpara o vôo até Deus da nossa fé!

E pois, ante este altar,alma de joelho à vós rogamos:

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1ª Estrofe

Da Alma Cívica de um povo

Irmanado nas trincheiras

Surgem as novas bandeiras

Criando o São Paulo novo.

Povo heroico, á luta afeito

Firma a tua tradição,

Tendo nas mãos o direito

E a pátria no coração!

CORO

Marchemos cheios de glória

Conosco marcha a vitória!

2ª Estrofe

Anima o surto grandioso

Que a nossa alma retempera,

A ânsia andeja de Raposo

E a firmeza de Anhanguera.

Rumando a novas conquistas

Fiel ao destino da raça,

Ei lo!... Abre alas, Paulistas,

Pois é São Paulo que passa!

• No calor da revolução constitucionalista de 1932, incitaram-se os ânimos em busca de umsímbolo que exprimisse e contagiasse a todos os paulistas.

• A escolha recaiu no resgate de um projeto elaborado pelo mineiro Júlio Ribeiro, porocasião da proclamação da República do Brasil e que deveria servir como estandarteNacional.

• Foi sob a sombra dessa flâmula que a gente paulista enfrentou todas as adversidades em1932.

• Guilherme de Almeida dedicou a ela dois poemas:– Um composto em 1932 – A “Nossa Bandeira” ou “Bandeira das Treze Listas” e– Em 1937, quando da proibição por Vargas de outros símbolos, estaduais e ou

municipais, foi composta “À Santificada”.• 1946 por ocasião da restauração dos símbolos estaduais e municipais, o Estado de São

Paulo, a adotou oficialmente como BANDEIRA.

►Ambos os poemas dedicados a Bandeira, são simples epungentes.►Compara as faixas pretas e brancas alternadas dabandeira com aspectos da História paulista dando um saborpitoresco ao poema.►À Santificada recebe esse nome porque foi queimada pordeterminação getulista embora ainda não representasseoficialmente SP.

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Bandeira da minha terra,Bandeira das treze listas:São treze lanças de guerraCercando o chão dos paulistas!

Prece alternada, responsoEntre a cor branca e a cor preta:Velas de Martim Afonso,Sotaina do Padre Anchieta!

Bandeira de Bandeirantes,Branca e rôta de tal sorte,Que entre os rasgões tremulantes,Mostrou as sombras da morte.

Riscos negros sobre a prata:São como o rastro sombrio,Que na água deixara a chataDas Monções subido o rio.

Página branca-pautadaPor Deus numa hora suprema,Para que, um dia, uma espadaSobre ela escrevesse um poema:

Poema do nosso orgulho(Eu vibro quando me lembro)Que vai de nove de julhoA vinte e oito de setembro!

Mapa da pátria guerreiraTraçado pela vitória:Cada lista é uma trincheira;Cada trincheira é uma glória!

Tiras retas, firmes: quandoO inimigo surge à frente,São barras de aço guardandoNossa terra e nossa gente.

São os dois rápidos brilhosDo trem de ferro que passa:Faixa negra dos seus trilhosFaixa branca da fumaça.

Fuligem das oficinas;Cal que a cidades empoa;Fumo negro das usinasEstirado na garoa!

Linhas que avançam; há nelas,Correndo num mesmo fito,O impulso das paralelasQue procuram o infinito.

Desfile de operários;É o cafezal alinhado;São filas de voluntários;São sulcos do nosso arado!

Bandeira que é o nosso espelho!Bandeira que é a nossa pista!Que traz, no topo vermelho,O Coração do Paulista!

• 28 de setembro de 1932 – São Paulo assumia que fora derrotado pelasuperioridade inquestionável das armas dos federados.

• Aos participantes da Revolução Constitucionalista restava a prisão ou o exílio.

• Guilherme de Almeida ficou detido no Rio de Janeiro até 05 de novembro,quando partiu para o exílio em Portugal.

• Acolhido com carinho pelos Portugueses, foi recebido na Academia de Ciênciasde Lisboa.

• Visitou também a Galiza e a França.

• Retorna ao Brasil em meados de agosto de 1933 e publica um livro de crônicas“Meu Portugal” (onde faz uma comparação dos paulistas com os portugueses).

• Como o Presidente Getulio Vargas, publicasse uma lei que proibia aos Estadosde terem insígnias próprias, como brasões de armas, bandeiras, hinos, etc.,escreveu um segundo poema a Bandeira Paulista que recebeu a denominação de

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Voltas ao nosso reduto.Com sete tarjas de luto,Seis faixas brancas da paz,E teu penacho vermelho,E São Paulo dobra o Joelho,Ao beijo que tu lhe dás.

Vens…Tu fostes a condenada.A réproba incinerada,Que de um ímpio auto-de-fé,Deixa na história em resumo,Negro carvão, branco fumo,Vermelha flama de fé.

Retemperou-te a fogueira,Vens como vinha a “bandeira”,Da fornalha de sertão,Santificou-te o suplício,Repetiu-se o sacrifício,De Joana D’Arc e Ruão.

Voltas a nós, vigilanteMãe, esposa, irmã, amante,Noiva e filha! Volta, pois,É preciso que proveQue existiu um dia noveDe julho de trinta e dois!

E há uma velha faculdade,Que ensinando a mocidade,Com ela foi que aprendeu.E houve um brasão mameluco,Que disse: “Non Ducor, Duco!”E um São Paulo que disse “EU!”

E houve uma noite de heroísmo,Que marcou o teu batismo,De glória: e por isso é queTens quatro letras gravadasNas quatro estrelas douradasDo topo: M.M.D.C.!

Já a garoa, nosso incenso,Beija o teu pano suspenso,Ao teu mastro, que é uma cruz,Vês? É um altar em cada casa,Sobre a qual estende a asa,Rajada de sombra e de luz!

Fala! É preciso que falesDe tudo, de Fernão Sales,De Cunha, Túnel e Buri;De Eleutério, da Pedreira,Do soldado da trincheiraQue só falavam de ti!

Lembra a mulher da cantina,Do hospital e da oficina,Beleza do nosso bem!E as crianças num sorriso,Jurando: “Se for precisoNós partiremos também!”

Recorda a “campanha do ouro”Acumulando um tesouro,Que nunca se esgotará!Depois...a prisão, o exílio,A saudade, o nobre auxílio,Da mão distante que dá!

E agora…agora de novoAbençoado este teu povo.Que tanto soube esperar,Esperança dos Paulistas,Bandeira das treze listrasDesfraldada em cada lar.

Reza a oração que dizia:– “Preto e branco, noite e dia,Pois dia e noite estarei,Como um apóstolo-soldado,Gente Paulista a teu lado,Pela lei e pela Grei”.

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• O termino da Revolução Constitucionalista, não significou o fim da produção deGuilherme de Almeida, voltada ao enaltecimento à São Paulo.

• Fundou-se 1934 o Clube Piratininga, do qual foi um dos associados fundadores, eeste se tornou centro da resistência dos ex-combatentes de 32.

• Esse local, foi tribuna para Guilherme de Almeida, para continuar a lançar seuspoemas de enaltecimento a gente Paulista.

• As data cívicas também foram alvo frequente para suas manifestações, queainda hoje constituem-se no dizer de Novaes e Peixoto, “os mais belos poemasde exaltação a São Paulo”.

• No Clube Piratininga – seus associados foram responsáveis pela editoração da“Revista Paulistânia” (1937 a 1979) - “espaço oficial de temas sobre a RevoluçãoConstitucionalista” – os escritores eram de múltiplas origens, mas geralmenteligados as instituições representativas da inteligência paulista: IHGSP; APL; MP;FDSP; e da USP (esta última criada por Armando Salles de Oliveira, em25.01.1934, pode ser considerada como uma reação do Estado de São Paulo,após a derrota, com a finalidade de formar uma nova elite capaz de contribuirpara o aperfeiçoamento das instituições).

►Cartaz da campanha para DeputadoEstadual de Guilherme de Almeida, peloPartido Republicano (PR). Infelizmentesem data.

►As obras de Guilherme de Almeida,constituem-se em mais de setenta livros.

► Além de lutar como soldado, de fazerpoemas, também fez programas de rádiodurante o conflito, e seus textos tornaram-se “clássicos”, nas narrações de CésarLadeira.

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•Não se pode dissociar o nome de Guilherme deAlmeida, do episódio histórico mais venerado pelospaulistas. O monumental “Obelisco /Capela /Cripta” –santuário em homenagem aos combatentes de 1932,tem em suas quatro faces inscrições cujo texto/poema, é de sua autoria.

•Abaixo segue o texto:

"Aos épicos de julho de 32, que,fiéis cumpridores da sagrada promessafeita a seus maiores - os quemoveram as terras e as gentes porsua força e fé - na lei puseram suaforça e em São Paulo sua Fé.“

•À base do monumento, junto à entrada da capela eda cripta, voltadas ao Parque do Ibirapuera, há outrainscrição de Guilherme de Almeida.

"Viveram pouco para morrer bem

morreram jovens para viver sempre."

• Morreu a 11 Julho 1969, na cidade de SãoPaulo.

• Foi velado na Academia Paulista de Letras.

• O sepultamento, com honras militares, se deuàs 11h do dia seguinte, e seus despojos seencontram no Monumento-Mausoléu aosHeróis de 32, no Parque do Ibirapuera.

• O Poeta foi o primeiro constitucionalista a sersepultado nesse local e ocupa o espaçodedicado aos grandes heróis do Movimento de1932.

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• Ao instituir-se o Conselho Estadual deHonrarias e Mérito, o poeta Guilhermede Almeida, encontrava-se entre os seuscinco primeiros Conselheiros (20 desetembro de 1968).

• A primeira baixa sofrida por esseConselho, foi por falecimento dessenotável gênio da poesia brasileira.Assumiu sua vaga o Acadêmico, Dr.Pedro de Oliveira Ribeiro Neto.

Entre outros títulos honoríficos e de reconhecimento que Guilherme de Almeidarecebeu encontram-se: os de Cavaleiro da Legião de Honra, da França;Comendador da Ordem do Mérito, da Síria; Comendador da Ordem de Santiago daEspada (Portugal); Comendador da Ordem do Tesouro Sagrado, do Japão; GrandeOficial da Ordem Militar de Cristo, de Portugal; Grande Oficial da Coroa daRomênia; Oficial da Ordem das Artes e das Letras, da França; Grã-Cruz da Ordemdo Ipiranga do Governo do Estado de São Paulo, do Brasil; Medalha daConstituição da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – Brasil.

Era membro alem das anteriormente citadas: Academia Paulista de Letras;Academia Brasileira de Letras; da Associação Paulista de Imprensa; do InstitutoHistórico e Geográfico de São Paulo; do Seminário de Estudos Galegos de Santiagode Compostela (Espanha); da Unión Cultural Universal, do Alcácer de Sevilha(Espanha); do Instituto de Coimbra (Portugal); do Colégio de Consulta Heráldica eGenealógica do Rio de Janeiro

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• Com enfoque principal no que é “serpaulista” e sobre a importância cultural deSão Paulo, a revista marcou época.

• Infelizmente, suas publicações emboratrimestrais, foram irregulares.

• Fonte de riquíssimo material a respeito dopassado paulista, teve em Guilherme deAlmeida um de seus principaiscolaboradores.

A Paulistânia ... Além do litoral e do Planalto,abarcava o território das Gerais, de Goiás, deMato Grosso e todo o extremo sul brasileiro...

... Cujo nome abençoado, é a síntese do idealdaqueles que: “não esquecem, não perdoam enão transigem”.

(Alfredo Ellis Jr.)

• "A beleza da guerra de 32 ... foi seu sentido civil.”

• "Deu-se, em São Paulo, o fenômeno da fusão perfeita de todos os fatores de umanacionalidade. Não houve, então, distinção de cor política, nem de credos religiosos,nem de condições, nem de idade, nem de nacionalidade, nem mesmo de sexo, porquea mulher foi tão forte quanto o homem. Nisso é que residiu a beleza da nossaepopeia.“

• "Foi a beleza da revolução que envolveu o povo. A luta foi bela, brava, estoica e avencemos, do ponto de vista ideologico, em todos os pontos. Todos cooperaram.”

• "A revolução de 32 foi uma lição de civismo ao mundo. Era a continuação histórica deuma linha reta de nossas mais lídimas tradições.

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• Guilherme de Almeida, foi e continua sendoprincipalmente através de sua poesia deexaltação, um Paulista até o extremo, masacima de tudo um brasileiro.

• Infelizmente apesar de ter tido grandeimportância em sua época, é uma figuraesquecida nos dias de hoje, talvez por ser umpersonagem singular e por não ter se rendidoestritamente a uma escola literária específica.

A data da Revolução Constitucionalista de 1932, não é uma data exclusiva dosPaulistas, mas assinala ao contrário, uma data nacional, pois marca um exemplo dededicação ao regime democrático e de amor ao Brasil.

CARTAZ da Campanha de Guilherme de Almeida.Tudo por São Paulo 1932.17 de abril de 2011.Disponível em: <http://tudoporsaopaulo1932.blogspot.com.br/2011/04/panfleto-da-campanha-de-guilherme-de.html>Acesso em 28 Jun. de 2015.

CORRESPONDÊNCIA - M.M.D.C. 1932.Bilhete Postal com soldado empunhando um fuzil e bandeira paulista desfraldada ao fundo.Disponível em: <http://www.brasilcult.pro.br/historia/mmdc/correspondencia.htm> Acesso em: 12 Jun. de 2015.

DONATO, Hernani.A Revolução de 32.São Paulo : Circulo do Livro, Editora Abril, 1982.

ELLIS JR, Alfredo.Capítulos de História social de São Paulo.São Paulo : Nacional, 1944.

GALVÃO JR, Heraldo Márcio.O ideário da paulistanidade, a poesia escolar e a literatura infantil nas obras de Guilherme de Almeida.Dissertação do programa de pós graduação do departamento de história.Assis / SP : A MARgem – Revista eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes, 2008.

HEPÁTICAS.154. “Nossa Bandeira” e “À Santificada”.Disponível em: <https://hepaticas.wordpress.com/2011/01/17/154-nossa-bandeira-e-a-santificada/> Acesso em: 1.º Jul. de2015.

JAYO, MartinQuando a cidade era mais gentil.Sensualizando (pin-ups cívicos – de autoria de Vicente Caruso)Disponível em: <https://quandoacidade.wordpress.com/2012/07/12/sensualizando/> Acesso em: 12 Jun. de 2015.

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LUCCA JR, Domingos de.Você tem um dever a cumprir.Banco de dados da Folha. Publicado na Folha da Manhã, sexta-feira, 09 de julho de 1954.Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_09jul1954.htm> Acesso em: 1.º Jul. de 2015.

OLIVEIRA, Lúcia Lippi.A questão nacional na primeira república.São Paulo : Brasiliense, 1990.

SEVCENKO, Nicolau.Orfeu estático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20.São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

ULRICH, Aline.Guilherme de Almeida e a construção da Identidade paulista.Dissertação de Mestrado para programa de pós graduação em literatura brasileira.São Paulo : USP , 2007.

Recebi criticas em Campinas do Acadêmico Prof. José Alexandre dos SantosRibeiro . Pela ausência no trabalho do grande amigo de Guilherme de Almeida,o Dr. Julio de Mesquita – Dono do Jornal O Estado de São Paulo. Infelizmente eletem toda a razão, e certamente surgirão ainda várias outras ausências, visto queé praticamente impossível abordar em todos os ângulos dessa notável trajetóriade vida.

Algumas fotografias de lembrança da Semana Guilherme de Almeida /2015, realizada no dia seis de julho de 2015, na Academia Campinense de Letras, na cidade de Campinas. A nossa palestra “Guilherme de Almeida e o movimento revolucionário de 1932”, constou do programa oficial.

Parte dos Acadêmicos da Academia Campinense de

Letras. O posicionamento destes é lateral.

Na mesa diretora dos trabalhos. O Acadêmico Ex-Prefeito de Campinas e construtor da sede da ACL Dr. Lauro Péricles Gonçalves; o Prof. Adilson Cezar e o Acadêmico Prof. Dr. Duílio Battistoni Filho, na Presidência.

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Entrada do Prof. Adilson Cezar, no salão nobre da Academia Campinense de Letras, seguindo por Acadêmicos.

O Prof. Adilson Cezar, fazendo sua preleção, com auxílio de um data show.

Fachada do prédio da Academia Campinense de Letras e o Acadêmico Presidente Dr. Agostinho Toffoli Tavolaro, a quem devo o convite para a palestra.

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Convite para a Semana “Guilherme de Almeida” 2015. Da Prefeitura Municipal de Campinas, no anverso – rostro; e no verso a programação.

6 de julho – Segunda-feira Horário: 19h30 Palestra: Guilherme de Almeida e 1932 Palestrante: Adilson Cezar (Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil de São Paulo. Local: ACL – Academia Campinense de Letras. Rua: Marechal Deodoro, 525 CEP: 13010-300 Centro – Campinas Tel.: (19) 3231-2854.

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Para reparar em parte a ausência do Dr. Júlio Mesquita como foi reparada pelo Acadêmico Prof. José Alexandre dos Santos Ribeiro. Optamos pela inclusão de uma fotografia retirada da internet, que bem retrata o convívio com a família Mesquita. Da esquerda para a direita: Francisco Mesquita, Baby de Almeida, Sara Mendonça, Alice Mesquita, Antonio Mendonça, Marina e Julio e o poeta Guilherme de Almeida. DANTE ALIGHIERI – PRIMÁRIO 1984 – IMAGENS. Disponível em: <https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/dante1984/conversations/messages/87>

Na fotografia o Acadêmico Prof. José Alexandre dos Santos Ribeiro, utilizando-se da palavra durante a solenidade.

Momento em que o Acadêmico Dr. Jorge Alves de Lima, Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, fazia sua saudação ao Prof. Adilson Cezar.

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Contatos: Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e Academia de História Militar Terrestre do Brasil / São Paulo “Gen Bertholdo Klinger” R: Dr. Ruy Barbosa, 84 – Além Ponte 18040-020 - SOROCABA / SP. Tel.: (15) 3231-1669 E-mail: [email protected] E- mail: [email protected] – Presidente: Prof. Adilson Cezar E- mail: [email protected] – Jorn. Reinaldo Galhardo de Carvalho Editor Executivo: Prof. Adilson Cezar Editor Responsável: Jorn. Reinaldo Galhardo de Carvalho

_____________________________Friso grego de guerra entre deuses e gigantes____________________________

Fachada da Casa de Guilherme de Almeida – Museu Dia festivo de sua reabertura

Crédito para: Rafael Assad Luz. Endereço: Rua Macapá, 187 , Perdizes - São Paulo - 01251-080